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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - FACULDADE DE DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO


DOCENTE: LEANDRO ARAGÃO WERNECK
DISCENTE: TOM LIMA VASCONCELOS

ESTUDO DIRIGIDO Nº 05 - FUNDOS FINANCEIROS

ACÓRDÃO(S):
i. STF – Medida Cautelar na ADI 1.726 / DF

QUESITOS:
01. Explique, com suas palavras, as principais questões de fato e de direito
postas como relevantes para o(s) caso(s) concreto(s) analisados.
Trata-se de de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido liminar,
promovida pelo Partido Democrático Trabalhista - PDT, com fundamento no art. 103, inciso
VIII, em que pede seja declarada a inconstitucionalidade da Medida Provisória 1.601 de 11 de
novembro de 1997.
O Requerente impugna todo o texto da Medida Provisória, em razão de seu art. 1º ter
instituído o Fundo de Garantia para Promoção de Competitividade - FGPC.
As normas estariam em desarmonia com a Constituição Federal uma vez que
contrariam o art. 165, III, que prevê que as leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão
os orçamentos anuais, bem como o parágrafo 5º do mesmo dispositivo. Ademais, o §9º, inciso
II, dispõe que cabe à lei complementar disciplinar normas de gestão financeira e patrimonial
da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.
Alega que não existe essa norma.
Assevera que o Fundo de Garantia para Promoção de Competitividade - FGPC só
poderia ter sido criado se o Congresso Nacional tivesse deliberado pela sua inclusão na Lei nº
9.438/1997, que aprovou o orçamento para o exercício do ano de 1997, ou nas leis posteriores
que o tivessem alterado.
Houve aditamento à inicial, uma vez que a Medida Provisória 1.601 de 11 de
novembro de 1997, sem reedição, foi convertida na Lei nº 9.531/1997.
O Min. Maurício Corrêa, relator, de início, consigna que o diploma ainda não foi
votado no Legislativo, não podendo o Presidente da República editar Medida Provisória
criando o fundo, e nem mesmo o Congresso Nacional a ter convertido em lei.
Aduz que o Requerente se equivoca quando dos seus fundamentos, uma vez que a Lei
nº 4.320/1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para controle e elaboração de
orçamentos da União foi recepcionada pela Constituição Federal com ​status ​de lei
complementar.
O FGPC, neste sentido, se adequa ao conceito de fundo especial previsto na Lei nº
4.320/1964, entendendo o relator não haver violação ao art. 165, §9º, II, da Constituição. Do
mesmo modo, não vislumbra contrariedade ao art. 167, IX, da CF, que veda a criação de
fundos sem prévia autorização legislativa. Consigna que, nos termos do art. 62 da
Constituição Federal, a medida provisória tem força de lei. E, mesmo que se considere que
trata-se de medida imprópria para a instituição de fundos, a sua conversão em lei torna o
argumento insustentável.
Além disso, sustenta que, naturalmente, a criação de um fundo deve ocorrer antes de
sua consignação no orçamento.
Com base nesses argumentos, vota pelo indeferimento da liminar.
02. O que são fundos “especiais”? Esta classificação se opõe a quais outras
espécies de fundos? A criação e a alimentação de um “fundo” pode ser considerado
despesa pública?
A Lei 4.320/1964 conceitua o que são fundos especiais, em seus artigos 71 a 74. Nos
termos da referida lei, constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei
se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas
peculiares de aplicação, sendo que a aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos
especiais far-se-á através de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em créditos
adicionais. Acredito que pode ser considerado despesa pública, porquanto deve estar
consignado na Lei Orçamentária.

3. É possível que o requisito de “prévia autorização legislativa” seja suprido por


uma medida provisória? E se não houver a sua conversão em lei?
O Min. Maurício Corrêa, relator, consigna que, nos termos do art. 62 da Constituição
Federal, a medida provisória tem força de lei. Há quem a considere medida imprópria, uma
vez que, em que pese seja um instrumento com força de lei, é adotado pelo presidente da
República, em casos de relevância e urgência, só dependendo de aprovação do Congresso
Nacional para transformação definitiva em lei, portanto aprovação posterior ao início da
produção dos efeitos. Não havendo a conversão, não vejo como suprir o requisito da prévia
autorização legislativa.

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