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Problema
Um outro problema está relacionado com as infra-estruturas e nas vias de acesso aos
locais e isto é notável nas quedas de Kalandula, nas rápidas do Kwanza e outros pontos
de Malanje que se configuram como zonas paisagistas para atracção turística. Para
continuarmos a discusssão em função do tema vertente que nos propusemos discutir, foi
elaborada a seguinte questão de partida:
Hipóteses
De modo a dar respostas aos factos evidenciados, valemo-nos de hipóteses, que são
preposições que podem ser desafiadas e têm por objectivo inspeccionar os resultados da
pesquisa. Trata-se de respostas provisórias para solucionar o problema de investigação.
Assim, foram levantadas as seguintes hipóteses:
H1: O Turismo pode contribuir para o desenvolvimento económico de Malanje por meio
da formação de profissionais ligado à indústria turística;
H3: A divulgação por meio de meios próprios pode contribuir na atracção de turistas
nacionais e internacionais, permitindo a criação de novos postos de trabalho;
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Objectivo de estudo
Segundo Lakatos e Marconi (2007), toda pesquisa deve ter um objectivo determinado
para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.
Objectivo geral
Objectivos específicos
O trabalho que se vai apresentar é de extrema importância, não só a nível pessoal, mas
também no âmbito académico e social, uma vez que a gestão do turismo depende de
numerosos factores que podem ser ajustados para se conseguir um objectivo mais eficaz
e sólido dentro dos propósitos que se pretendem atingir.
Atendendo o mundo que está cada vez mais globalizado, falar deste tema não é tarefa
fácil, porque as zonas turísticas estão sempre em desenvolvimento e os esforços vão
sendo maiores para a resistência dos mesmos locais face aos outros.
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Metodologia
Para nossa pesquisa, utilizamos métodos e técnicas que nos permitiram converter as
hipóteses conceptuais em hipóteses operacionais. Foi propriamente uma pesquisa de
características qualitativas norteada por duas diretrizes: uma que definiu as evidências
empíricas e, outra que supriu ambivalência de processos, para que a informação não
fosse meramente episódica.
Segundo Prodanov e Freitas (2013, p.51) " a pesquisa exploratória tem como finalidade
proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua
definição e seu delineamento". Recorremos a este método por razões de maior
proximidade para compreendermos melhor o fenómeno em estudo.
A nossa amostra foi constituída pelas zonas turísticas da Província de Malanje. Trata-se
de uma amostra não probabilística, que de acordo com Gil (2012, p.139) “ a amostra
não probabilística nos dá acesso a um conhecimento detalhado e circunstancial da vida
social”. As amostras não-probabilísticas podem oferecer boas estimativas das
características da população, mas não permitem uma avaliação objectiva da precisão dos
resultados amostrais. Como não há maneira de determinar a probabilidade de escolha de
qualquer elemento em particular para inclusão na amostra, as estimativas obtidas não
são estatisticamente projectáveis para a população.
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Estrutura do trabalho
No tocante ao conteúdo, o nosso trabalho está estruturado em três (3) capítulos. Após os
coceitos introdutórios e metodológicos, segue-se o primeiro capítulo, referente a
funfamentação teórica. Neste, apresentamos o conceito de Turismo, sua origem e
evolução,seu enquadramento histórico; descremos a segmentação ou tipos de Turismo, o
desenvolvimento económico e suas teorias e doutrinas, bem como os conceitos de
hospitalidade.
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1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1.Turismo
Segundo Machado (2013), o Turismo pode ser considerado “uma complexa combinação
de inter-relações entre produtos e serviços integrados a uma prática social balizada na
cultura, na herança histórica, no meio ambiente, nas relações sociais de hospitalidade e a
troca de informações interculturais” (p.110). O somatório desta dinâmica gera um
fenômeno que tem gerado importantes análises, estudos e pesquisas: o fenómeno
turístico.
Hayakawa (1963, p.16) citado por Santos (2010), “apresenta as acepções de turismo
partindo de dois pontos de vista: o do viajante e o do sistema económico” (p.12). O do
primeiro compreende uma “viagem ou excursão por prazer, a locais que despertam o
interesse”; o do segundo, ao afirmar que turismo é o conjunto dos serviços necessários
que visa dar condições de atendimento por meio de provisão de itinerários, guias,
acomodações, transporte entre outros serviços para atrair os que fazem turismo.
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intencionam aproveitar o tempo livre para viajar, denominadas turistas ou
excursionistas.
1.1.1.Origem do Turismo
De acordo com Barbosa (2002), a palavra turismo teve sua origem no inglês tourism,
originário do francês tourisme. Etimologicamente, a palavra tour (francês) é derivada do
latim tornare e do grego tornos, significando um giro ou um círculo. Ou ainda, o
movimento ao redor de um ponto central ou eixo. O significado mudou no inglês
moderno, passando segundo o autor a representar especificamente um giro.
Segundo Santos (2010), afirma que vários estudiosos, inclusive o suiço Arthur Haulot,
apresentam-na como de origem hebreia, advinda da palavra tur, constante na Bíblia –
Êxodo, capítulo XII, versículo 17, quando “Moisés enviou um grupo de representantes
ao país de Canaã para visitá-lo e informar-se a respeito de suas condições topográficas,
demográficas e agrícolas”. Nessa forma, tur é hebreu antigo e significa “viagem de
descoberta, de exploração, de reconhecimento”.
Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, a Organização Mundial de
Turismo (OMT) citada por Santos (2010), em 1994, formulou um conceito de turismo
que passou a ser referência para a elaboração das estatísticas internacionais. Vejamos:
Durante o domínio romano as viagens por motivos comerciais cresceram, assim como
as viagens de lazer, com cidades como Pompéia e Herculano dedicadas às férias dos
romanos. Sabe-se ainda que, a expansão das viagens de negócios e de lazer foi possível
graças a três factores: a) lei e ordem; b) meios de comunicação; c) disponibilidade de
acomodação. E ainda durante a Pax romana essas condições foram estabelecidas,
embora aos padrões não se mantivessem sempre, assim como hoje. Neste sentido,
Theobald (2002) lembra que:
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moral da Igreja, as viagens recomeçaram. Sendo assim, as viagens eram organizadas
pelos lordes e reis que reuniram exércitos para libertar a Terra Sagrada dos infiéis e ao
mesmo tempo ganhar algum dinheiro transportando para a Europa as sedas, especiairias,
jóias e outros luxos do Oriente.
Num nível mais modesto, a viagem de grupo de peregrinos foi inicialmente para os
lugares sagrados da Europa, tais como Santiago de Compostela, no norte da Espanha,
Canterbury, em Kent, na Inglaterra, e as várias cidades de mosteiros da Itália. Os dois
tipos de viagem segundo Theobald (2002), encerravam um grande elemento de lazer, e
os viajantes vinham de todos os níveis da sociedade. Criou-se assim, uma democracia
da viagem, na qual se reuniam pessoas das mais diversas ocupações e origens. Uma vez
que nessa época o nacionalismo era desconhecido, havia nas viagens uma verdadeira
mescla de povos, que compartilhavam a acomodação em estalagens e comiam juntos em
hospedarias do trajeto.
Neste contexto, Barbosa (2002), lembra que, as viagens culturais o Grand Tour, no
século XVI, a Reforma Protestante dissipou a aura santificada dos templos para onde os
peregrinos afluíam. Como as atrações sobrenaturais dos peregrinos acabaram, o espírito
de averiguação da Renascença gerou um grande interesse em conhecer o mundo. Desse
modo, todos os tipos de estudos geravam grande interesse naquele período. Os filhos
dos nobres, burgueses e comerciantes ingleses deveriam completar os conhecimentos
culturais adquiridos em seu país com a realização de uma grande viagem pelos países de
maior fonte cultural do velho continente e conseguir, assim, a consideração cultural que
a sociedade impunha na Idade Moderna.
Já por volta da metade do século XVIII, o Grand Tour tornou-se comum entre a elite
britânica, reunindo ao mesmo tempo prazer e instrução, constituindo o primeiro
exemplo significativo de viagem de lazer em larga escala. Porém, o propósito
tradicional do Grand Tour era educacional, voltado para visitas históricas e lugares
culturais, observando ainda maneiras e costumes das nações estrangeiras.
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O carácter da própria excursão modificou-se, e do Grand Tour Clássico, com base em
observações e registro neutro de galerias, museus e artefatos altamente culturais,
passou-se para o Grand Tour Romântico, que presenciou a emergência do turismo
voltado para a paisagem e de uma experiência muito mais particular e apaixonada da
beleza e do sublime (Barbosa, 2002).
As estradas que cortavam a Europa no século XVIII não eram muito satisfatórias, elas
ainda preservavam as estruturas deixadas pelo Império Romano, e praticamente não
havia a manutenção ou a construção de novas vias. A precariedade das estradas impedia
o curso normal das viagens e os viajantes viam-se muitas vezes teimerosos.
Neste contexto, Barbosa (2002) relata que “para a travessia de rios mais largos,
empregavam embarcações. Portanto, eram poucos os viajantes que se atreviam a se
deslocar para lugares onde os caminhos eram de díficil acesso” (p.36). Percebe-se que
que a fragilidade não estava apenas nas estradas, mas também no meio de transporte da
época, pois os veículos ruins deixavam os viajantes vulneráveis a acidentes, e sobretudo
no período de chuva e neve.
Thomas Cook, o pai das agências de viagens, organizou, em 1841, a primeira excursão
para transportar 578 pessoas de Loughborough a Leicester, a fim de participarem de um
congresso antialcoolismo (Santos, 2010). Nesse processo de organização da viagem,
ficou claro que o meio de transporte não era o único item necessário, mas também se
precisava levar em conta outros segmentos, tais como: hospedagem, alimentação e
pontos turísticos. Ainda incluiram-se outras actividades como jogo e dança ao som da
banda que acompanhou os viajantes.
Depois desse feito, Cook passou a explorar comercialmente um novo ramo de transporte
e organização de viagens. Em 1845, com o intuito de organizar viagens atendendo aos
desejo de clientes, fundou, em parceria com seu filho James, a agência Thomas Cook &
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Son. Foi ele o primeiro a criar o pacote turisco (preço, passagem, translados, refeições e
hospedagem).
Como actividade económica, segundo Silva (2004), “ o Turismo passa por inovações
constantes, em relação à competitividade dos mercados e das exigências da demanda”.
(p.18). Deste modo as empresas de turismo caminham para a especialização, deixando
de ser generalistas, oferecem agora produtos segmentados, para uma demanda
específica. Assim, entendemos que a segmentação é uma forma de organizar o turismo
para fins de planejamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos podem ser
estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características
e variáveis da demanda. Para Rodrigues (2003, p.1) citado por Silva (2004):
A melhor maneira de estudar e planejar o mercado turístico são por meio da sua
segmentação, que é a técnica estatística que permite decompor a população em
grupos homogêneos, e também a política de marketing que divide o mercado em
partes homogêneas, cada uma com seus próprios canais de distribuição, motivações
diferentes e outros factores (p.18).
1.Turismo da melhor idade (3ª Idade): Com o aumento da média de vida das pessoas, o
turismo destinado as pessoas da 3ª Idade, se transformou em um ótimo investimento.
Com mais tempo de vida e através de recursosn provenientes de suas aposentadorias,
eles podem viajar mais e conhecer novos lugares.
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2.Turismo ecológico - o turismo destinado a pessoas que desejam ver e conviver mais
perto da natureza, fazer trilhas, conhecer cachoeiras e novos lugares, onde a ecologia
ainda esta em seu estado natural.
5.Turismo de negócios é quando pessoas viajam com intuitos profissionais, podem ser
empresários ou executivos. O turista de negócios viaja para certas destinações para
fechar negócios, participarem de negociações, compras e actividades ligadas ao seu
trabalho.
6.Turismo de eventos - normalmente os turistas de eventos são pessoas que viajam com
o intuito de participarem de congresso, convenções e feiras, onde vão buscar novas
tecnologias para suas empresas, vivências pessoais e novos processos.
Segundo os autores acima mencionados, relatam que tanto o turista de Negócios como o
de Eventos tem um poder aquisitivo maior, poisnormalmente, quem paga as contas de
suas viagens, são as empresas ou instituições que eles representam. Chegam a gastar
mais que o dobro de um turista comum.
1.2.Desenvolvimento Económico
O desenvolvimento económico de um país é o processo de acumulação de capital e
incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento da
produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população. O
desenvolvimento económico sempre foi abordado, desde a obra seminal de Adam
Smith, da perspectiva exclusiva da expansão das “forças produtivas”, cujo eixo
fundamental assentava-se no trinômio divisão do trabalho, especialização e
produtividade.
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A síntese dessa visão era oferecida pela noção de PIB per capita, que oferecia um
indicador geral do quanto a produtividade social disponibilizava potencialmente de
renda/produto a cada indivíduo. Segundo Santos (2011), na década de 1990, contudo,
havia se consolidado uma visão distinta e um novo conceito para o desenvolvimento
econômico que recusava reduzir o desenvolvimento ao crescimento e maximização do
PIB per capita. Aquela ideia de que o crescimento de indicadores tradicionais refletia o
desenvolvimento económico não servia mais de alicerce para fundamentar o
desenvolvimento de um país.
Paul Banan (1964) citado por Fernandes (2015), definiu desenvolvimento económico,
como sendo “o acréscimo ao longo do tempo, das produções per capita de bens
materiais, identificando como causa do processo o aumento ou a melhoria de capital, a
utilização de recursos ociosos, sem mudanças na organização ou tecnologia e o aumento
na produtividade por unidade de recurso”. (p.5). O desenvolvimento económico
corresponde a um processo de transformação qualitativo da estrutura económica de um
país.
Lopes (2002) citado por Fernandes (2015) afirma mesmo que " o desenvolvimento é o
fim e o crescimento é apenas meio".(p.6). O desenvolvimento económico visa atender
directamente um objectivo político fundamental das sociedades modernas – o bem estar
– e, apenas indirectamente os quatro outros grandes objectivos que essas sociedades
buscam – a segurança, a liberdade, a justiça social e a protecção do ambiente. Por isso, é
importante não confundi-lo com o desenvolvimento ou o progresso total da sociedade
que implica um avanço equilibrado nos cinco objectivos.
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1.2.1.Visão doutrinária sobre Desenvolvimento Económico
Ao longo da história do capitalismo contemporâneo, intelectuais de várias áreas têm
discutido o conceito de desenvolvimento económico. Entre estes não há uma definição
universalmente aceita do conceito de desenvolvimento, mas, para a maioria deles trata-
se da relação directa entre desenvolvimento e produção. No campo de estudo
económico, o desenvolvimento sempre foi o foco de análise, e seus determinantes vêm
sendo tratados de inúmeras formas pelas diversas doutrinas econômicas.
Adam Smith (citado por Vieira e Santos, 2012) em seu livro “A Riqueza das Nações”,
publicado em 1776, comenta que a riqueza de uma nação constitui-se a partir do
trabalho produtivo, com aumento dos investimentos em capitais produtivos, a
especialização da mão-de-obra e a divisão do trabalho. O interesse colectivo é resultado
das acções individuais privadas, e os indivíduos buscam atender ao seu interesse
próprio, e, ao fazerem isso de forma indirecta, acabam por atender aos interesses da
colectividade (mão invisível do mercado).
Para Simonsen (1973) citado por Silva, Oliveira e Araújo (2011), “o desenvolvimento
económico somente seria alcançado com uma participação mais efectiva do Estado na
actividade económica”. (p.8). Simonsen defendia o protecionismo económico, a
existência de crédito barato e a substituição de importações. Sen (1999, p.18) citado por
Santos (2011), ao analisar o novo conceito de desenvolvimento económico, utilizando
para isto as diferentes formas de liberdades que devem existir em uma sociedade que
tem como objetivo o desenvolvimento económico relata que:
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A criação dos modelos de desenvolvimento regional buscou separar o espaço geográfico
natural do espaço económico, criando um espaço discriminatório para poucos. Em
escala global, foram criados dois circuitos: o dos países desenvolvidos e o dos
subdesenvolvidos. Segundo Myrdal (1965) citado por Silva, Oliveira e Araújo (2012),
as teorias dos polos de crescimento levam em consideração apenas os circuitos dos
países desenvolvidos, capazes de estimular o crescimento provocando desigualdades
regionais – as regiões mais ricas tendem a atrair mais investimentos, enquanto as
regiões mais pobres perdem investimentos”.
1.2.2.Etapas do Desenvolvimento
Rostow citado por Niederle e Radomsky (2016), propõe uma teoria
dinâmica da produção, baseada na observação de sociedades
realmente existentes, e não em modelos teóricos que consideram o
desenvolvimento económico como um processo de desdobramentos
logicamente encadeados em etapas que se articulam. O conceito de
desenvolvimento, segundo Rostow, é vinculado ao crescimento
económico, o qual se daria com a industrialização, significando,
portanto, modernização.
Em sua obra The Stages of Economic Growth: A Non-Communist Manifesto (As etapas
do crescimento económico: um manifesto não comunista), publicada em 1960, Rostow
(op.cit.) estabelece a possibilidade de desenvolvimento económico em cinco etapas.
Trata-se de fases que um país deveria atravessar para atingir o
desenvolvimento, o que permitiria classificar as sociedades de acordo
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com seus estágios econômicos específicos. A passagem de um
estágio para outro envolveria alterações nos padrões de produção, a
partir do manejo de três factores principais: poupança, investimento e
consumo (demanda).
No entender de Santos Silva (2010) citado por Niederle e Radomsky (2016), a teoria
rostowiana aponta que, ao se impulsionar o desenvolvimento para os demais países, as
economias consideradas desenvolvidas, além de expandir ideais capitalistas, poderiam
auxiliar as demais com empréstimos e auxílio técnico.
No que tange à primeira etapa, esta se refere à sociedade tradicional, a qual é definida
em relação à sociedade moderna e se identifica liminarmente pela insuficiência de
recursos. Nesse sentido, Rostow entende tratar-se de uma economia baseada na
produção rudimentar e tradicional, que busca a subsistência e prioriza o trabalho, cujos
principais recursos provêm da agricultura e que não obtém senão limitada quantidade de
capital.
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Da mesma forma, também a quarta etapa, que o autor chama de “marcha para a
maturidade”, agrega o aumento da tecnologia moderna, o incentivo à produção e a
busca pela diversificação de produtos. A mão de obra reduz-se ainda mais no campo, em
contraponto ao aumento da mão de obra especializada nos centros urbanos. Nas
palavras de Santos Silva (2004) citado por Niederle e Radomsky (2016), nesta etapa
consolida-se a ideia de que, por meio da inovação técnica, pode-se produzir tudo ou
quase tudo; e isso redunda no afloramento de novas áreas produtivas, bem como na
possibilidade de importação de novos produtos para o mercado.
De lembrar que essas etapas não são separadas por demarcações nítidas no tempo. As
sobreposições são decorrência do modo como se processa a interação comercial e
tecnológica entre as nações.
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Em segundo lugar, cumpre estabelecer uma distinção entre crescimento e
desenvolvimento, embora ela tenha, para Schumpeter (1982) citado por Niederle e
Radomsky (2016), um efeito mais didáctico do que teórico. O autor define crescimento
como o resultado de incrementos cumulativos e quantitativos que ocorrem em
determinado sistema económico, ele vê no desenvolvimento um processo de outra
natureza, a saber, uma mudança qualitativa mais ou menos radical na forma de
organização desse sistema, gerada em decorrência de uma inovação suficientemente
original para romper com o seu movimento regular e ordenado.
1.3.Hospitalidade
Segundo a Universidade Anhembi-Morumbi (citado por Monteiro, 2006), a
Hospitalidade pode ser entendida como “um processo e uma actividade que possibilita
abrigo e acolhimento, além de possibilitar o compartilhamento de valores e
conhecimentos entre hóspedes e anfitriões”. (p.2). Isso significa que a Hospitalidade
implica práticas de sociabilidade, parcerias e serviços que facilitam o acesso a recursos
locais e, também, proporciona relações que vão além da interação imediata.
Segundo Grinover (2002) citado por Salgado e Silva (2015), a origem da palavra
hospitalidade – como é conhecida actualmente – foi usada pela primeira vez, na Europa,
provavelmente no início do séc. XIII, calcada na palavra latina hospitalis. Ela designava
a hospedagem gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e aos viajantes, os
quais eram acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais.
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Corroborando Monteiro (2006), “a hospitalidade não se baseia somente nos critérios de
receber, hospedar e alimentar bem quem é de fora, mas também implica uma série de
questões relacionadas aos próprios moradores da região, a chamada hospitalidade
pública”. (p.3). É o que permite à sua população desfrutar de uma série de recursos
(naturais e/ou culturais) não só para sua sobrevivência,como também para levar uma
vida digna. A característica principal da hospitalidade é a intangibilidade, ou seja, não
pode ser estocada.
O autor supra citado acrescentata que alguns dos critérios da hospitalidade pública
abrangem, de maneira uniforme, os sistemas de hospedagem, viário e de transportes, de
comunicações, de equipamentos e áreas de lazer e de infra-estrutura. Outros ainda são
levados em conta como liberdades de escolhas diversas, segurança, higiene, educação,
emprego e trabalho, etc. Consequentemente, isso é algo que, além de ser valorizado
pelos forasteiros, igualmente o é para quem é nativo ou residente. Assim é que se
formam as bases conceituais para a chamada qualidade de vida da população local.
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As viagens passam a fazer parte da vida profissional na Idade Moderna. Surge o grand
tour e algumas publicações com o objectivo de orientar os viajantes. A revolução
francesa influencia na hospitalidade através da culinária. A Europa começa a seguir o
modelo Inglês de hospedagem e estes ambientes passam a desempenhar papel social e
político importante para a sociedade.
1.3.2.Tipos de hospitalidade
Segundo Salgado e Silva (2015), os tipos de hospitalidade mais comuns são:
Hospitalidade doméstica, Hospitalidade pública, Hospitalidade comercial e
Hospitalidade virtual.
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A hospitalidade comercial, no entender de Salgado e Silva (2015), é compreendida
como “a condição de buscar novos clientes, assegurando a hospitalidade por meio da
troca de pagamento, ao oferecer uma maior qualidade na prestação dos serviços e das
relações humanas”. (p.41). São ofertados serviços de alimentação, hospedagem e
entretenimento para os hóspedes. A hospitalidade virtual compreende, através da
internet, “a relação entre a instituição acolhedora (site) e o cliente (internauta)”. (op.
cit., p.42). No aspecto digital, há o interesse, por meio da pesquisa, em conhecer outras
opções de hospedagem que atendam às expectativas do hóspede.
Deve-se ressaltar que nos últimos 50 anos, o turismo tornou-se fundamental para a vida
das pessoas e para a economia dos países, tendo se intensificado a partir da revolução
industrial, decorrente dos avanços tecnológicos, em especial dos meios de transportes de
cargas e de passageiros (Embratur, 2002). Segundo Castelli (2001), este crescimento
veloz ocorrido nos últimos anos deu-se pois:
Tal fenómeno, passa a criar cada vez mais no turista uma expectativa de hospitalidade.
No início das civilizações, a hospitalidade se restringia em apenas conceder abrigo e
alimentação a quem estava longe de seu domicílio. Actualmente o termo hospitalidade é
muito amplo e engloba desde os bens tangíveis como, hotéis, pousadas, resorts,
campings, meios de transportes, entre outros, até os intangíveis que são os serviços
prestados e que proporcionam o bem estar físico e psíquico do visitante.
Conforme cita Walker (2002), “muitos dos valores da hospitalidade medieval ajustam-se
aos dias de hoje, tais como o serviço amigável, a atmosfera amena e a abundância de
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comida”. (p.28). A hospitalidade atual está voltada também para os sentimentos de todos
os envolvidos no meio turístico. A preocupação vai além da qualidade dos serviços e da
preocupação com o conforto do turista. Ela busca a satisfação total do visitante.
Para ser hospitaleiro é preciso esmerar-se na excelência dos serviços prestados, educar a
comunidade para receber os turistas, investir em infra-estrutura básica, porque a
hospitalidade está desde o atendimento na compra dos pacotes, às condições de
sinalização, estradas e até a higiene e segurança dos destinos, podendo ser espontânea
ou artificial, esta última ocorre quando entidades públicas e/ou privadas, promovem a
criação de infraestruturas forjando uma hospitalidade profissional e muitas vezes para
uso exclusivos dos turistas.
Castelli (2001) afirma que o aumento da participação das pessoas no turismo fez com
que as empresas hoteleiras, um dos principais suportes do roteiro turístico, expandissem,
exigindo uma formação especializada dos recursos humanos para todos os sectores que
formam a estrutura organizacional do hotel. O treinamento do elemento humano faz
parte da arte do bem servir e receber, e torna-se peça fundamental, considerando que o
tratamento recebido pelo turista/ hóspede é, em grande parte o gerador de uma imagem
positiva ou negativa da cidade, da região ou do país.
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2.TURISMO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
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Fonte: Beni (2004) apud Silva (2009)
Segundo Barbosa (2004), o turismo é uma força económica das mais importantes do
mundo. Nele ocorrem fenómenos de consumo, originam-se rendas, criam-se mercados
nos quais a oferta e a procura encontram-se. Os resultados do movimento financeiro
decorrentes do turismo são por demais expressivos e justificam que esta actividade será
incluída na programação da política económica de todos os países, regiões e municípios.
Barbosa (2004) ajuiza que ao analisarmos o fenómeno Turismo devemos levar em conta
dois aspectos importantes: o interesse dos turistas e o interesse do local que recebe os
turistas. O primeiro procura regiões que oferecem actividades que ocupem seu tempo
livre e que atendam a seus interesses. O segundo visa atrair os turistas para ocupar o
tempo livre dos mesmos por meio das atracções que já possui ou que pode criar.
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fenómeno que se multiplica por todas as regiões, ampliando as bases do sector e
colocando-o como o segmento negocial que mais cresce no mundo.
2.3.Funções do Estado
A crescente interdependência dos factores económicos e sociais do turismo faz com que
só o Estado possa identificar e canalizar os distintos interesses envolvidos, mantendo,
porém. como sua principal preocupação, o desenvolvimento sócio-cultural da
população, a melhoria de sua qualidade de vida, e a proteção ao meio ambiente. Nas
paavras de Nogueira (1987), “ para assegurar o desenvolvimento do turismo,
minimizando seus efeitos perversos, o Estado necessita do apoio e participação de todos
os agentes do sector, e de desempenhar as funções coordenadora, normativa,
planejadora e financiadora que lhe são próprias” (p.37).
2.3.1.Função coordenadora
Segundo Nogueira (1983) citado por Nogueira (1987),” a coordenação da actividade
turística só se torna possível pela elaboração e implementação de uma política pública
para o sector, e para se chegar a ela faz-se necessário uma estreita colaboração entre o
órgão governativo de turismo e as entidades directa e indirectamente ligadas à
actividade” (p.38). Deve, por isso, ser buscada a mais ampla consulta aos órgãos
governamentais e às associações representativas de empresários e profissionais do
turismo, assim como aos usuários e às comunidades locais.
A administração pública deve, segundo Nogueira (1987), actuar como “um despachante
privilegiado, encaminhando a outros órgãos e instâncias do governo e entidades
envolvidas nessa actividade as reclamações e solicitações, pressionando politicamente
para facilitar o processo de implementação dessa política” (p.38-39). Algumas medidas
devem, então, ser tomadas para garantir o sucesso da função coordenadora:
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d) Integrar os esforços dos órgãos de turismo do país e do exterior;
e) Distribuir os benefícios culturais, económicos e sociais do turismo;
f) Conscientizar as comunidades para os efeitos positivos e negativos do
desenvolvimento turístico;
2.3.2.Função normativa
Torna-se necessário ao governo, formular leis e regulamentos específicos que
privilegiem o papel do turismo em todos os campos da vida económica, social, cultural
e política, dando-lhe prestígio como actividade e, em conseqüência, atraindo gente
jovem e competente para o sector. Na visão de Nogueira (1987), podemos apontar as
seguintes medidas reguladoras necessárias:
2.3.3.Função planejadora
O planejamento do turismo faz com que o governo se envolva directamente no processo
de desenvolvimento do sector e cria um clima de confiança, certeza e estabilidade que
vem beneficiar, a um só tempo, o empresariado do sector e os turistas. Assim, Nogueira
(1987) afirma que:
o planejamento do turismo envolve importantes aspectos do
desenvolvimento, tais como: (i) uso racional dos recursos naturais; (ii)
análise da demanda turística; (iii) flexibilidade necessária para integrar
os factores económicos e os não-económicos de peso e reduzir os
efeitos perversos dopróprio desenvolvimento; (iv) formação e
distribuição espacial de recursos humanos especializados; (v)
interiorização e diversificação do produto e dos serviços turísticos
(p.39-40).
Como lembra Kadt (1979) citado por Nogueira (1987) , "sem planejamento e sem
acompanhamento, a proporção de benefícios do desenvolvimento do turismo
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favorecendo os pobres será menor do que precisa ser" (p.40).Na realidade, o principal
fim do planejamento deve ser assegurar que o produto atenda às necessidades sociais
das comunidades e esteja em concordância com o potencial turístico da região.
2.3.4.Função financiadora
Para se desenvolver, o turismo necessita de vultosos investimentos em infra-estrutura e
equipamentos, e por isso não pode prescindir do financiamento governamental.
Nogueira (1987) relata que o dinheiro público deve servir para promover e acelerar o
progresso da população.
Compete, assim, ao governo suportar o custo dos grandes planos e da necessária infra-
estrutura básica e, só subsidiária e complementarmente, criar unidades turísticas
pioneiras no que toca à localização e às condições de opefação, a fim de, pelo efeito
demonstrativo, atrair a iniciativa privada. Paralelamente, podem ser criados, em áreas
locais de interesse turístico, incentivos e isenções ou outros instrumentos financeiros e
fiscais, tais como:
a) Redução do imposto sobre serviços (ISS) de qualquer natureza e sobre circulação de
mercadorias (ICM);
c) Redução das taxas de juros de empréstimos para empreendimentos turísticos, nos
estabelecimentos bancários estaduais;
d) Fixação de termos preferenciais na venda ou concessão de terrenos públicos para fins
de implantação de empreendimentos turísticos;
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3.RESULTADOS E DISCUSSÃO
A palavra Malanje teria vindo vindo da língua kimbundu antiga, e teria como
significado “ pedras” (ma-lanji), existindo porém, várias versões sobre o surgimento do
nome Malanje. A versão mais conhecida afirma que antes da colonização portuguesa, o
rio Malanje (ou rio cadianga) foi atravessado por mercadores e, como na época não
existiam pontes, as pessoas tinham que passar pelos rios em cima de pedras. Após
atravessar o rio, os mercadores avistavam os moradores locais. Perguntando qual era o
nome do rio, os moradores respondiam: Malanji Ngana (são pedras, senhor).
Uma outra versão diz que os portugueses enviaram emissários aos sobas (mwin´ exi)
locais com objectivo de prevenir que eles tivessem que usar a força para ocupar a
região. Quando um dos emissários foi dar a mensagem ao soba local, ele respondeu:
Malaji,que em português significa “ são malucos”.
Antes da chegada dos portugueses, a região de Malanje estava sob domínio do reino da
Matamba, havendo certa influência do reino do Congo. Outro reino que tinha presença
nesta região era o reino de Cassange.
3.1.2.Características geográficas
A sua altitude está compreendida entre 500 m a 1500 m. O seu clima é tropical húmido,
com deficiência moderada de água na estação seca. A Província de Malaje é limitada a
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norte pela República do Congo Democrático (RDC), a sul com as Províncias do
Cuanza-sul e Bié; a leste com as Províncias das Lundas Norte e Sul e a oeste com as
Províncias do Cuanza-norte e Uíge.
Esta Conferência teve como lema “ As aves de Angola, a Ecologia e o Turismo” que
poderá ajudar a identificar as melhores formas de garantir a protecção e a conservação
da variedade de aves existentes em Angola e o seu enquadramento na vertente ambiental
e turística. O Ecoturismo vai dar ênfase ao papel da informação e organização do
conhecimento, com o apoio das ferramentas tecnológicas moderna, no âmbito da
colaboração entre as instituições públicas do sector do ambiente e do turismo.
A Conferência serviu ainda para promover e divulgar, cada vez mais, a nível
internacional, o potencial de que Malanje dispõe no capítulo do Turismo, dispertando o
interesse científico, social, económico e educacional, voltado para o conhecimento do
potencial turístico, no âmbito da conservação da biodiversidade. Teve a presença de
ambientalistas norte americanos, indianos e espanhóis e foi organizada pelo governo
provincial de Malanje em colaboração da empresa espanhola Satol.
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A quanto da Expo-Malanje, esta decorreu de 2 de Maio de 2019 com a presença de 150
expositores nacionais. Esta actividade aconteceu no Pavilhão Arena Palanca Negra e, o
certame contou com a participação de representações empresariais de Portugal, Brasil,
África do Sul, China e nacionais dos sectores da Agricultura, Banca, Seguradora,
Comércio, Indústria e Turismo. A Expo-Malanje visava atrair investimento para a
Província e, com isso promover um sector empresarial forte, capaz de contribuir para o
desenvolvimento local e melhoria da vida da população.
Ao falar no acto de abertura das jornadas científicas sobre o dia mundial do Turismo, a
assinalar no dia 27 de Setembro (celebrada desde 1980), o responsável do sector
turístico de Malanje relatou que a Província tem o privilégio de contar com alguns dos
mais importantes recursos turísticos, como as quedas de Kalandula e do Musselenji,
Pedras negras de Pungo-A-Ndongo, as Rápidas do rio Kwanza, o Parque Nacional de
Cangandala, entre outras zonas turísticas.
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desenvolvimento económico e, por consequência, um gerador de empregos, com vista a
diminuir o nível de vulnerabilidade de pobreza dos populares da região. Torna-se
necessário que o governo local cria condições de atractividade para que o empresariado
angolano invista fortemente no ramo turísmo, em particular na província de Malanje,
para que se aproveite os encantos da mesma para podução de bens e serviços que
facilitará a resolução de certos problemas de ordem socio-económica.
Para tal, é preciso que se ambientalize o espaço a se tornar zona turista, através de infra-
estruturas modernas, como estradas com elevada vida útil, capaz de atrair qualquer
olhar, além do conteúdo paisagista da região. Deve-se desenvolver condições que não
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comprometem tanto o acolhimento assim como a hospitalidade do visitante (turista) ao
local de estadia e, que este saia daí vendo os seus desejos realizados, capaz de
encomentar os outros a visitar o local.
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Percebe-se que a iniciativa deve ser do governo províncial em criar políticas capaz de
facilitar e dinamizar o mercado turístico da Província, pois a actividade turística é uma
das mais importantes no sector económico e da geração de emprego e renda, assim
como a criação de novos negócios e aumento da produção de bens e serviços, uma vez
que traz com ela, desenvolvimento às localidades, e possíveis melhorias na
infraestrutura, trazendo benefícios aos turistas e à comunidade local.
Segundo o responsável para área do Turismo em Malanje, nos últimos três (3) anos a
indústria turística provincial não conseguiu gerar a criação de novos postos de trabalho
por falta de aderência por parte dos turistas ao local e por falta de uma divulgação do
mercado turístico, bem como o fraco investimento na indústria. É necessário que se
implemente e se materialize os programas elaborados para a área do Turismo, para que
se aumente a demanda turística, poi Malanje apresenta um espaço propício para
alavancar mais ainda o Turismo para o desenvolvimento da região.
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fazendo-os voltar sempre para lá. Tudo isso faz aumentar a demanda, ampliar os
serviços e cria novos postos de trabalho, gerando emprego e renda. As belezas naturais e
diversidade de espécies da flora e da fauna contribuem para que Malanje seja um dos
lugares mais procurados por quem quer aproveitar as belezas da natureza por meio do
ecoturismo e do turismo de aventura.
As entidades públicas têm cumprido o seu papel. Mas não conseguem, por si só,
assegurar a devida valorização dos recursos humanos nesta área, nem tornar mais
aliciante a perspectiva de quem escolhe uma carreira profissional no Turismo. Compete
às entidades privadas recompensar de forma adequada quem escolhe esta profissão. É
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um facto que a grande maioria dos trabalhadores do Turismo não vê ainda a sua
dedicação ser reconhecida financeiramente de forma justa.
Esta é uma profissão que nunca foi devidamente valorizada do ponto de vista social e
está na altura de o fazer. É absolutamente vital valorizar a actividade turística,
consciencializando os empresários para a necessidade de salários mais elevados. É
fundamental que tal aconteça, se queremos que a qualidade do serviço acompanhe o
crescimento deste sector.
O turismo é hoje um dos principais motores da economia internacional, sendo uma das
mais elementar justiça recompensar devidamente quem se esforça todos os dias para
proporcionar as experiências mais inolvidáveis a quem nos visita. São os trabalhadores
quem, em última análise, recebe, auxilia e orienta quem nos visita – são eles os rostos e
os sorrisos que fazem de Malanje um dos melhores destino Turístico do país.
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CONCLUSÃO
A Província de Malanje apresenta uma ecologia exótica que a torna um forte ponto
turístico do país, através das zonas com encantos naturais únicos. Trata-se de um espaço
fértil para o Turismo que, se apostado com políticas dinamizadoras e infra-estruturas
articuladas poderá contribuir para o desenvolvimento económico acelerado da
Província, possibilitando a criação de novos postos de trabalho que se traduzirá em
renda e qualidade de vida das populaçoes.
Sendo assim, faz-se necessário propor planos, projectos e acções voltados a estimular e
a induzir a organização social, empresarial e governamental de modo a: promover a
capacitação contínua da mão de obra voltada a actividade turística; fortalecer iniciativas
voltadas a Cadeia Produtiva do Turismo (CPT) propiciando um ambiente positivo para a
geração de novos negócios; fomento a programas de divulgação do destino turístico; a
articulação de parcerias que possam colaborar em a tividades voltadas a conservação
ambiental, a manutenção da cultura e das demais iniciativas correlacionadas ao sector.
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RECOMENDAÇÕES
2.Que o governo Provincial desse maior apoio para dinamização da indústria turística,
para que possa contribuir no desenvolvimento económico da Província de Malanje;
4.Que se criem condições para formação de quadros ligados ao sector do Turismo, para
darem respostas aos desafios do sector;
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BIBLOGRAFIA
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Regional – Uma revisão histórica e teórica. In: Revista Brasileira de Gestão e
Desenvolvimento Regional. v. 8, n. 2.
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