Sunteți pe pagina 1din 40

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do Turismo está intimamente ligado ao desenvolvimento económico


e cultural da humanidade. O Turismo engloba uma gama gigantesca de actividades
económicas, políticas e sociais. Isso porque, além de ser uma actividade de lazer, é
também um fenómeno social em que as pessoas se aproximam, aproximações essas que
provocaram mudanças no comportamento, nos padrões culturais e morais de diversos
povos e civilizações, ao longo da história. O Turismo foi um dos segmentos econômicos
e sociais que aceleraram os processos de urbanização da humanidade, além de funcionar
como elemento de difusão e irradiação cultural.

Apesar dos grandes condicionalismos no passado, devido a situação de conflito armado,


Angola apresenta um enorme potencial de desenvolvimento turístico, tendo o Governo
angolano criado o Ministério da Hotelaria e Turismo (MHT) para dinamizar esta área
bastante importante. Os encantos de Angola são numerosos e diversificados, já que, uma
magnificência natural invulgar se alia uma fabulosa gastronomia, não esquecendo a sua
riqueza étnica, que reúnem excelentes condições para o desenvolvimento do sector
turístico.

Em consequência, os recursos de Angola permitem o desenvolvimento do Turismo


ambiental, Turismo rural, agroturismo, Turismo costeiro ou do eco-turismo. Para além
das áreas de difícil acesso no interior do país, são amplas as áreas que já oferecem
possibilidades interessantes para o investimento no sector do turismo. Naturalmente,
trata-se ainda de um turismo orientado para um mercado empreendedor e menos
exigente em termos de conforto. O território virgem é muito adequado para o turismo
ecológico, sustentável, respeitoso do meio ambiente, sobretudo nas áreas caracterizadas
por um equilíbrio ambiental mais delicado.

Actualmente, regista-se um Turismo crescente que descobre as belezas angolanas. Com


o aumento da procura interna e as potencialidades do turismo estrangeiro, que já
registou os primeiros sinais de interesse, os investimentos no sector hoteleiro e turístico
ganham crescente interesse.

1
Problema

O fraco investimento na área do Turismo tem condicionado o desenvolvimento da


indústria turística em Malanje, enfraquecendo as estruturas económicas da mesma e
impossibilitando a criação de novos empregos para os cidadãos daquela Província.
Estudos apontam que o Turismo é responsável por 8% das emissões actuais de gases de
efeito estufa. Além disso, vários ecossistemas muito frequentados por turistas já estão
tão degradados que as autoridades estão tomando medidas (provavelmente atrasadas)
pra protegê-los de ainda mais danos.

Um outro problema está relacionado com as infra-estruturas e nas vias de acesso aos
locais e isto é notável nas quedas de Kalandula, nas rápidas do Kwanza e outros pontos
de Malanje que se configuram como zonas paisagistas para atracção turística. Para
continuarmos a discusssão em função do tema vertente que nos propusemos discutir, foi
elaborada a seguinte questão de partida:

Como o Turismo pode contribuir para o desenvolvimento económico da Província de


Malanje?

Hipóteses

De modo a dar respostas aos factos evidenciados, valemo-nos de hipóteses, que são
preposições que podem ser desafiadas e têm por objectivo inspeccionar os resultados da
pesquisa. Trata-se de respostas provisórias para solucionar o problema de investigação.
Assim, foram levantadas as seguintes hipóteses:

H1: O Turismo pode contribuir para o desenvolvimento económico de Malanje por meio
da formação de profissionais ligado à indústria turística;

H2: A implementação de infra-estruturas adequadas a actividade turístca pemite


arrecadar receitas com o Turismo;

H3: A divulgação por meio de meios próprios pode contribuir na atracção de turistas
nacionais e internacionais, permitindo a criação de novos postos de trabalho;

2
Objectivo de estudo

Segundo Lakatos e Marconi (2007), toda pesquisa deve ter um objectivo determinado
para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.

Objectivo geral

Analisar o Turismo como factor de desenvolvimento económico da Província de


Malanje.

Objectivos específicos

Para atingir o objectivo geral, delinearam-se os seguintes objectivos específicos:

a) Identificar as zonas turísticas da Província de Malanje;

b) Avaliar as políticas implementadas na área do Turismo na Província de Malanje;

c) Apresentar as medidas que podem alavancar a indústria turística na Província de


Malanje;

Justificativa da escolha do tema

O trabalho que se vai apresentar é de extrema importância, não só a nível pessoal, mas
também no âmbito académico e social, uma vez que a gestão do turismo depende de
numerosos factores que podem ser ajustados para se conseguir um objectivo mais eficaz
e sólido dentro dos propósitos que se pretendem atingir.

A escolha do tema “ O Turismo como factor de desenvolvimento económico na


Província de Malanje” emerge da nossa motivação pessoal e deve-se a três (3) razões:
primeiro, por ser um tea ligado à minha área de formação que tem sido muito debatido
entre os especialista na área; segundo, pelo facto da Província de Malanje ser muito
fértil na área do Turismo e tem condições para se desenvolver a induústria turística e,
terceiro, por se tratar de um assunto que a nível mundial contribui fortemente na
economia de qualquer país, propriamente na criação de empregos.

Atendendo o mundo que está cada vez mais globalizado, falar deste tema não é tarefa
fácil, porque as zonas turísticas estão sempre em desenvolvimento e os esforços vão
sendo maiores para a resistência dos mesmos locais face aos outros.

3
Metodologia

Para nossa pesquisa, utilizamos métodos e técnicas que nos permitiram converter as
hipóteses conceptuais em hipóteses operacionais. Foi propriamente uma pesquisa de
características qualitativas norteada por duas diretrizes: uma que definiu as evidências
empíricas e, outra que supriu ambivalência de processos, para que a informação não
fosse meramente episódica.

O nossa pesquisa baseou-se na pesquisa qualitaiva, através de estudos exploratórios.


Segundo Triviños (1987) citado por Oliveira (2011), a abordagem de cunho qualitativo
trabalha os dados buscando seu significado, tendo como base a percepção do fenómeno
dentro do seu contexto. O uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência
do fenómeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e
mudanças, e tentando intuir as conseqüências.

Segundo Prodanov e Freitas (2013, p.51) " a pesquisa exploratória tem como finalidade
proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua
definição e seu delineamento". Recorremos a este método por razões de maior
proximidade para compreendermos melhor o fenómeno em estudo.

Quantos aos instrumentos de pesquisa, recorremos à análise documental, que segundo


Lakatos e Marconi (2001) citadas por Oliveira (2011, p.40), a “pesquisa documental é a
colecta de dados em fontes primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a
arquivos públicos; arquivos particulares de instituições e domicílios, e fontes
estatísticas”. Esta vale-se de materiais que não receberam, ainda, um tratamento
analítico, podendo ser reelaboradas de acordo com os objectos da pesquisa.

A nossa amostra foi constituída pelas zonas turísticas da Província de Malanje. Trata-se
de uma amostra não probabilística, que de acordo com Gil (2012, p.139) “ a amostra
não probabilística nos dá acesso a um conhecimento detalhado e circunstancial da vida
social”. As amostras não-probabilísticas podem oferecer boas estimativas das
características da população, mas não permitem uma avaliação objectiva da precisão dos
resultados amostrais. Como não há maneira de determinar a probabilidade de escolha de
qualquer elemento em particular para inclusão na amostra, as estimativas obtidas não
são estatisticamente projectáveis para a população.

4
Estrutura do trabalho

No tocante ao conteúdo, o nosso trabalho está estruturado em três (3) capítulos. Após os
coceitos introdutórios e metodológicos, segue-se o primeiro capítulo, referente a
funfamentação teórica. Neste, apresentamos o conceito de Turismo, sua origem e
evolução,seu enquadramento histórico; descremos a segmentação ou tipos de Turismo, o
desenvolvimento económico e suas teorias e doutrinas, bem como os conceitos de
hospitalidade.

No segundo capítulo, apontamos o Turismo como factor de desenvolvimento


económico, no qual apresentamos as definições económicas de Turismo, a importância
económica do Turismo, bem como as funçõesdo Estado perante esta actividade de
ordem socio-económica capaz de alavancar qualquer economia.

No terceiro capítulo, apresentamos os resultados e sua discussão, no qual de forma


breve descrevemos a Província de Malanje e suas potencialidades turísticas, fazendo
uma discussão aravés dos dados colectados e das evidências empíricas. Por fim,
apresentamos as conclusões e quiça, fizemos alguma recomendações.

5
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1.Turismo

Segundo Machado (2013), o Turismo pode ser considerado “uma complexa combinação
de inter-relações entre produtos e serviços integrados a uma prática social balizada na
cultura, na herança histórica, no meio ambiente, nas relações sociais de hospitalidade e a
troca de informações interculturais” (p.110). O somatório desta dinâmica gera um
fenômeno que tem gerado importantes análises, estudos e pesquisas: o fenómeno
turístico.

O conceito de Turismo é um pouco controverso segundo os vários autores que tratam


desse assunto. O Turismo está relacionado com as viagens, porém não são todas as
viagens que são consideradas como turismo. O conceito de turismo implica a existência
de recursos naturais e/ou culturais e infra-estrutura. Na concepção de Benin (1998,p.38)
citado por Barbosa (2004, p.107),” Turismo é o estudo do homem longe de seu local de
residência, da indústria que satisfaz suas necessidades, e dos impactos que ambos, ele e
a indústria geram sobre os ambientes físico, económico, sócio-cultural da área
receptora” .

Turismo compreende um sistema de serviços com finalidade única e exclusiva de


planejamento, promoção e excursão de viagem. Mas é preciso que se tenha
infraestrutura adequada para atender ao desejo e/ou necessidade da pessoa que adquiriu
o serviço, a saber: a recepção, hospedagem, consumo e atendimento às pessoas e/ou
grupos oriundos de suas localidades residenciais.

Hayakawa (1963, p.16) citado por Santos (2010), “apresenta as acepções de turismo
partindo de dois pontos de vista: o do viajante e o do sistema económico” (p.12). O do
primeiro compreende uma “viagem ou excursão por prazer, a locais que despertam o
interesse”; o do segundo, ao afirmar que turismo é o conjunto dos serviços necessários
que visa dar condições de atendimento por meio de provisão de itinerários, guias,
acomodações, transporte entre outros serviços para atrair os que fazem turismo.

O turismo constitui-se fundamentalmente como um conjunto de técnicas baseadas em


princípios científicos com o objectivo de prestar uma série de serviços a pessoas que

6
intencionam aproveitar o tempo livre para viajar, denominadas turistas ou
excursionistas.

1.1.1.Origem do Turismo
De acordo com Barbosa (2002), a palavra turismo teve sua origem no inglês tourism,
originário do francês tourisme. Etimologicamente, a palavra tour (francês) é derivada do
latim tornare e do grego tornos, significando um giro ou um círculo. Ou ainda, o
movimento ao redor de um ponto central ou eixo. O significado mudou no inglês
moderno, passando segundo o autor a representar especificamente um giro.

Segundo Santos (2010), afirma que vários estudiosos, inclusive o suiço Arthur Haulot,
apresentam-na como de origem hebreia, advinda da palavra tur, constante na Bíblia –
Êxodo, capítulo XII, versículo 17, quando “Moisés enviou um grupo de representantes
ao país de Canaã para visitá-lo e informar-se a respeito de suas condições topográficas,
demográficas e agrícolas”. Nessa forma, tur é hebreu antigo e significa “viagem de
descoberta, de exploração, de reconhecimento”.

Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, a Organização Mundial de
Turismo (OMT) citada por Santos (2010), em 1994, formulou um conceito de turismo
que passou a ser referência para a elaboração das estatísticas internacionais. Vejamos:

O turismo compreende as actividades que realizam as pessoas durante suas


viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um
período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou
outras (OMT, 2001, p. 38).

Esta definição engloba os conceitos de Turista e Excursionista. Segundo Fernandes


(2015), Turista corresponde aos visitantes temporários que permanecem pelo menos
24h no país visitado e cuja finalidade de viagem pode ser lazer (lazer, férias, saúde,
estudo, religião e desporto), negócios, família, missões e conferências. Já excursionista
correspondeaos visitantes temporários quer permaneçam menos de 24h no país visitado.
Embora se encontrem diferentes conceitos de actividade turística, o interessante é que,
de modo geral, nesses conceitos há inclusos os três aspectos básicos componentes da
estrutura do turismo, que são: o físico, o tempo e o indivíduo.

No entender de Theobald (2002), o turismo pode ser definido, holisticamente, como um


domínio dinâmico envolvendo a migração temporária de indivíduos e grupos por prazer
e/ou a negócios, que supre as necessidades de viajantes, a caminho e no destino, e os
7
impactos econômicos, socioculturais e ecológicos que os viajantes e a indústria sofrem
na área de destino.
Essa definição implica que o turismo deve ser visto como:

a) um sistema de atrações, transporte e promoção/informação;

b) como um ato social que permite às pessoas expressarem a si próprias enquanto


viajam por lazer ou negócios;

c) como um reflexo de identidade cultural local e da composição social.

Sendo assim, o turismo pode desempenhar um significante papel no planejamento


ambiental e na preocupação pela qualidade ambiental. Ele é formado de tipos diferentes
de operações, envolvidas em diversas atividades: viagem, planejamento, transporte,
entretenimento e alimentação em atendimento ao viajante.

1.1.2. Enquadramento histórico

No iníco da história, no Ocidente Médio e no Egito, as viagens eram feitas por


comerciantes que vendiam e transportavam seus produtos do local de origem até um
mercado, ou pelas populações forçadas a mudar devido à fome, às inundações ou
guerras (Theobald, 2002). Segundo o autor, os primeiros viajantes viajavam pelos
desertos do Oriente Médio carregando mercadorias do Oriente ou dos vales férteis da
Mesopotâmia e do Nilo. Outros ganharam o mar, espalhando o comércio e suas culturas
por toda a região do Mediterrâneo, que acabaria por ser agregada ao Império Romano.

Durante o domínio romano as viagens por motivos comerciais cresceram, assim como
as viagens de lazer, com cidades como Pompéia e Herculano dedicadas às férias dos
romanos. Sabe-se ainda que, a expansão das viagens de negócios e de lazer foi possível
graças a três factores: a) lei e ordem; b) meios de comunicação; c) disponibilidade de
acomodação. E ainda durante a Pax romana essas condições foram estabelecidas,
embora aos padrões não se mantivessem sempre, assim como hoje. Neste sentido,
Theobald (2002) lembra que:

Horácio, viajando de navio em 38 a.C, queixava-se de doença, moscas e rãs.


Sêneca, que morava numa casa de cômodos sobre um local de banhos em
Roma, não conseguia dormir devido aos grunhidos das pessoas que jogavam ou
eram massageadas, e um viajante desconhecido que passava por Pompéia
escreveu na parede do lugar que a estalajadeira era uma vigarista e havia posto
água em seu vinho (p.104).

Com relação às viagens de peregrinação, sabe-se que, quando os barões e príncipes da


Europa começaram a restabelecer a lei e a ordem, auxiliados pelo comando espiritual e

8
moral da Igreja, as viagens recomeçaram. Sendo assim, as viagens eram organizadas
pelos lordes e reis que reuniram exércitos para libertar a Terra Sagrada dos infiéis e ao
mesmo tempo ganhar algum dinheiro transportando para a Europa as sedas, especiairias,
jóias e outros luxos do Oriente.

Num nível mais modesto, a viagem de grupo de peregrinos foi inicialmente para os
lugares sagrados da Europa, tais como Santiago de Compostela, no norte da Espanha,
Canterbury, em Kent, na Inglaterra, e as várias cidades de mosteiros da Itália. Os dois
tipos de viagem segundo Theobald (2002), encerravam um grande elemento de lazer, e
os viajantes vinham de todos os níveis da sociedade. Criou-se assim, uma democracia
da viagem, na qual se reuniam pessoas das mais diversas ocupações e origens. Uma vez
que nessa época o nacionalismo era desconhecido, havia nas viagens uma verdadeira
mescla de povos, que compartilhavam a acomodação em estalagens e comiam juntos em
hospedarias do trajeto.

Neste contexto, Barbosa (2002), lembra que, as viagens culturais o Grand Tour, no
século XVI, a Reforma Protestante dissipou a aura santificada dos templos para onde os
peregrinos afluíam. Como as atrações sobrenaturais dos peregrinos acabaram, o espírito
de averiguação da Renascença gerou um grande interesse em conhecer o mundo. Desse
modo, todos os tipos de estudos geravam grande interesse naquele período. Os filhos
dos nobres, burgueses e comerciantes ingleses deveriam completar os conhecimentos
culturais adquiridos em seu país com a realização de uma grande viagem pelos países de
maior fonte cultural do velho continente e conseguir, assim, a consideração cultural que
a sociedade impunha na Idade Moderna.

Corroborando Barbosa (2002), percebemos que:

O Grand Tour começou no século XVI, atingindo o auge no século


XVIII. Era restrito principalmente aos filhos de famílias ricas, com
propósitos educacionais, sobretudo de jovens recém-saídos de Oxford
ou de Cambridge, duas das mais conceituadas universidades inglesas.
Esses jovens deveriam percorrer o mundo, ver como ele era governado
e se preparar para ser um membro da classe dominante (p. 31-32).

Já por volta da metade do século XVIII, o Grand Tour tornou-se comum entre a elite
britânica, reunindo ao mesmo tempo prazer e instrução, constituindo o primeiro
exemplo significativo de viagem de lazer em larga escala. Porém, o propósito
tradicional do Grand Tour era educacional, voltado para visitas históricas e lugares
culturais, observando ainda maneiras e costumes das nações estrangeiras.

9
O carácter da própria excursão modificou-se, e do Grand Tour Clássico, com base em
observações e registro neutro de galerias, museus e artefatos altamente culturais,
passou-se para o Grand Tour Romântico, que presenciou a emergência do turismo
voltado para a paisagem e de uma experiência muito mais particular e apaixonada da
beleza e do sublime (Barbosa, 2002).

As estradas que cortavam a Europa no século XVIII não eram muito satisfatórias, elas
ainda preservavam as estruturas deixadas pelo Império Romano, e praticamente não
havia a manutenção ou a construção de novas vias. A precariedade das estradas impedia
o curso normal das viagens e os viajantes viam-se muitas vezes teimerosos.

Neste contexto, Barbosa (2002) relata que “para a travessia de rios mais largos,
empregavam embarcações. Portanto, eram poucos os viajantes que se atreviam a se
deslocar para lugares onde os caminhos eram de díficil acesso” (p.36). Percebe-se que
que a fragilidade não estava apenas nas estradas, mas também no meio de transporte da
época, pois os veículos ruins deixavam os viajantes vulneráveis a acidentes, e sobretudo
no período de chuva e neve.

O autor argumenta que , o cavalo era o principal meio de transporte. Os nobres


possuiam carroças, mas apenas por volta de 1750 que surgiram as carruagens. Com o
passar dos tempos foram-se “modernizando” as carruagens e algumas serviam de
dormitório, além de outros que tinham deste ateliê, até uma pequena biblioteca.

1.1.3.Thomas Cook: o pai do turismo

Thomas Cook, o pai das agências de viagens, organizou, em 1841, a primeira excursão
para transportar 578 pessoas de Loughborough a Leicester, a fim de participarem de um
congresso antialcoolismo (Santos, 2010). Nesse processo de organização da viagem,
ficou claro que o meio de transporte não era o único item necessário, mas também se
precisava levar em conta outros segmentos, tais como: hospedagem, alimentação e
pontos turísticos. Ainda incluiram-se outras actividades como jogo e dança ao som da
banda que acompanhou os viajantes.

Depois desse feito, Cook passou a explorar comercialmente um novo ramo de transporte
e organização de viagens. Em 1845, com o intuito de organizar viagens atendendo aos
desejo de clientes, fundou, em parceria com seu filho James, a agência Thomas Cook &

10
Son. Foi ele o primeiro a criar o pacote turisco (preço, passagem, translados, refeições e
hospedagem).

Foi Thomas Cook que revolucionou a actividade comercial do turismo, introduzindo o


conceito de viagem organizada e assim popularizou essa actividade e a tornou mais
acessível a todas as classes sociais.Por esta razão, Cook é considerado Pai do Turismo.

1.1.4.Segmentação ou Tipos de Turismo

Como actividade económica, segundo Silva (2004), “ o Turismo passa por inovações
constantes, em relação à competitividade dos mercados e das exigências da demanda”.
(p.18). Deste modo as empresas de turismo caminham para a especialização, deixando
de ser generalistas, oferecem agora produtos segmentados, para uma demanda
específica. Assim, entendemos que a segmentação é uma forma de organizar o turismo
para fins de planejamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos podem ser
estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e também das características
e variáveis da demanda. Para Rodrigues (2003, p.1) citado por Silva (2004):

A melhor maneira de estudar e planejar o mercado turístico são por meio da sua
segmentação, que é a técnica estatística que permite decompor a população em
grupos homogêneos, e também a política de marketing que divide o mercado em
partes homogêneas, cada uma com seus próprios canais de distribuição, motivações
diferentes e outros factores (p.18).

Essa segmentação possibilita o conhecimento dos principais destinos geográficos e tipos


de transporte, da composição demográfica dos turistas, como faixa etária e ciclo de vida,
nível econômico ou de renda, incluindo a elasticidade-preço da oferta e da demanda, e
da sua situação social, como escolaridade, ocupação, estado civil e estilo de vida. O
motivo da viagem, entretanto, é o principal meio disponível para se segmentar o
mercado.

Segundo a SEDETUR (2004) citado por Silva (2004) no sector de turismo, a


segmentação do mercado usa as seguintes denominações, entre outros:

1.Turismo da melhor idade (3ª Idade): Com o aumento da média de vida das pessoas, o
turismo destinado as pessoas da 3ª Idade, se transformou em um ótimo investimento.
Com mais tempo de vida e através de recursosn provenientes de suas aposentadorias,
eles podem viajar mais e conhecer novos lugares.

11
2.Turismo ecológico - o turismo destinado a pessoas que desejam ver e conviver mais
perto da natureza, fazer trilhas, conhecer cachoeiras e novos lugares, onde a ecologia
ainda esta em seu estado natural.

3.Turismo religioso - é destinado a pessoas que tem uma certa tendência a


espiritualidade, fazem parte deste tipo de turismo, religiosos de todas as crenças.
Lugares muito visitados são: Vaticano, Israel, Palestina, Aparecida do Norte entre outro.

4.Turismo cultural - é o turismo destinado a pessoas que se interessam em apreciar


manifestações e obras de arte, seja pelo factor estético ou histórico.

5.Turismo de negócios é quando pessoas viajam com intuitos profissionais, podem ser
empresários ou executivos. O turista de negócios viaja para certas destinações para
fechar negócios, participarem de negociações, compras e actividades ligadas ao seu
trabalho.

6.Turismo de eventos - normalmente os turistas de eventos são pessoas que viajam com
o intuito de participarem de congresso, convenções e feiras, onde vão buscar novas
tecnologias para suas empresas, vivências pessoais e novos processos.

Segundo os autores acima mencionados, relatam que tanto o turista de Negócios como o
de Eventos tem um poder aquisitivo maior, poisnormalmente, quem paga as contas de
suas viagens, são as empresas ou instituições que eles representam. Chegam a gastar
mais que o dobro de um turista comum.

1.2.Desenvolvimento Económico
O desenvolvimento económico de um país é o processo de acumulação de capital e
incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento da
produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população. O
desenvolvimento económico sempre foi abordado, desde a obra seminal de Adam
Smith, da perspectiva exclusiva da expansão das “forças produtivas”, cujo eixo
fundamental assentava-se no trinômio divisão do trabalho, especialização e
produtividade.

12
A síntese dessa visão era oferecida pela noção de PIB per capita, que oferecia um
indicador geral do quanto a produtividade social disponibilizava potencialmente de
renda/produto a cada indivíduo. Segundo Santos (2011), na década de 1990, contudo,
havia se consolidado uma visão distinta e um novo conceito para o desenvolvimento
econômico que recusava reduzir o desenvolvimento ao crescimento e maximização do
PIB per capita. Aquela ideia de que o crescimento de indicadores tradicionais refletia o
desenvolvimento económico não servia mais de alicerce para fundamentar o
desenvolvimento de um país.

Paul Banan (1964) citado por Fernandes (2015), definiu desenvolvimento económico,
como sendo “o acréscimo ao longo do tempo, das produções per capita de bens
materiais, identificando como causa do processo o aumento ou a melhoria de capital, a
utilização de recursos ociosos, sem mudanças na organização ou tecnologia e o aumento
na produtividade por unidade de recurso”. (p.5). O desenvolvimento económico
corresponde a um processo de transformação qualitativo da estrutura económica de um
país.

Lopes (2002) citado por Fernandes (2015) afirma mesmo que " o desenvolvimento é o
fim e o crescimento é apenas meio".(p.6). O desenvolvimento económico visa atender
directamente um objectivo político fundamental das sociedades modernas – o bem estar
– e, apenas indirectamente os quatro outros grandes objectivos que essas sociedades
buscam – a segurança, a liberdade, a justiça social e a protecção do ambiente. Por isso, é
importante não confundi-lo com o desenvolvimento ou o progresso total da sociedade
que implica um avanço equilibrado nos cinco objectivos.

O desenvolvimento económico trata principalmente de aspectos qualitativos


relacionados ao crescimento da economia, não se restringindo ao crescimento da
produção. Tal desenvolvimento é capaz de gerar riquezas e melhoria na qualidade de
vida da população de uma região, enquanto contribui para o equilíbrio social, o respeito
ao meio ambiente e à cultura regional.

13
1.2.1.Visão doutrinária sobre Desenvolvimento Económico
Ao longo da história do capitalismo contemporâneo, intelectuais de várias áreas têm
discutido o conceito de desenvolvimento económico. Entre estes não há uma definição
universalmente aceita do conceito de desenvolvimento, mas, para a maioria deles trata-
se da relação directa entre desenvolvimento e produção. No campo de estudo
económico, o desenvolvimento sempre foi o foco de análise, e seus determinantes vêm
sendo tratados de inúmeras formas pelas diversas doutrinas econômicas.

Adam Smith (citado por Vieira e Santos, 2012) em seu livro “A Riqueza das Nações”,
publicado em 1776, comenta que a riqueza de uma nação constitui-se a partir do
trabalho produtivo, com aumento dos investimentos em capitais produtivos, a
especialização da mão-de-obra e a divisão do trabalho. O interesse colectivo é resultado
das acções individuais privadas, e os indivíduos buscam atender ao seu interesse
próprio, e, ao fazerem isso de forma indirecta, acabam por atender aos interesses da
colectividade (mão invisível do mercado).

Segundo Silva, Oliveira e Araújo (2012), o termo desenvolvimento económico é


encontrado também na teoria marxista. Marx não se limitou a estudar e entender a
realidade histórica, mas criou seu próprio método de trabalho: o materialismo histórico
(teoria científica) e o materialismo dialético (filosofia). Para Karl Marx, o capital
propicia a produção da mais-valia por meio da exploração do trabalho. O sistema
capitalista consiste na produção de mercadorias. Mercadoria é tudo o que é produzido
não tendo em vista o valor de uso, mas tem por objetivo o valor de troca, isto é, a venda
do produto.

Para Simonsen (1973) citado por Silva, Oliveira e Araújo (2011), “o desenvolvimento
económico somente seria alcançado com uma participação mais efectiva do Estado na
actividade económica”. (p.8). Simonsen defendia o protecionismo económico, a
existência de crédito barato e a substituição de importações. Sen (1999, p.18) citado por
Santos (2011), ao analisar o novo conceito de desenvolvimento económico, utilizando
para isto as diferentes formas de liberdades que devem existir em uma sociedade que
tem como objetivo o desenvolvimento económico relata que:

o desenvolvimento requer que se removam as principais fontes de


privação de liberdade: pobreza e tirania, carência de oportunidades
econômicas e destituição social sistemática, negligência dos serviços
públicos e intolerância ou inferência excessiva de Estados repressivos
(p.15).

14
A criação dos modelos de desenvolvimento regional buscou separar o espaço geográfico
natural do espaço económico, criando um espaço discriminatório para poucos. Em
escala global, foram criados dois circuitos: o dos países desenvolvidos e o dos
subdesenvolvidos. Segundo Myrdal (1965) citado por Silva, Oliveira e Araújo (2012),
as teorias dos polos de crescimento levam em consideração apenas os circuitos dos
países desenvolvidos, capazes de estimular o crescimento provocando desigualdades
regionais – as regiões mais ricas tendem a atrair mais investimentos, enquanto as
regiões mais pobres perdem investimentos”.

A teoria económica contemporânea, que ampara as políticas públicas relacionadas ao


desenvolvimento económico, está centrada no utilitarismo que impele os indivíduos a
buscar a maximização de suas necessidades com o mínimo de esforço. Esse modelo de
estrutura económica promove o crescimento, mas dificulta as ações de desenvolvimento
(Silva, Oliveira e Araújo, 2012). O bem-estar dos indivíduos não depende
exclusivamente da posse de bens materiais, mas da acessibilidade aos meios que
permitem o pleno desenvolvimento das potencialidades pessoais e também da
colectividade.

1.2.2.Etapas do Desenvolvimento
Rostow citado por Niederle e Radomsky (2016), propõe uma teoria
dinâmica da produção, baseada na observação de sociedades
realmente existentes, e não em modelos teóricos que consideram o
desenvolvimento económico como um processo de desdobramentos
logicamente encadeados em etapas que se articulam. O conceito de
desenvolvimento, segundo Rostow, é vinculado ao crescimento
económico, o qual se daria com a industrialização, significando,
portanto, modernização.

Em sua obra The Stages of Economic Growth: A Non-Communist Manifesto (As etapas
do crescimento económico: um manifesto não comunista), publicada em 1960, Rostow
(op.cit.) estabelece a possibilidade de desenvolvimento económico em cinco etapas.
Trata-se de fases que um país deveria atravessar para atingir o
desenvolvimento, o que permitiria classificar as sociedades de acordo

15
com seus estágios econômicos específicos. A passagem de um
estágio para outro envolveria alterações nos padrões de produção, a
partir do manejo de três factores principais: poupança, investimento e
consumo (demanda).

No entender de Santos Silva (2010) citado por Niederle e Radomsky (2016), a teoria
rostowiana aponta que, ao se impulsionar o desenvolvimento para os demais países, as
economias consideradas desenvolvidas, além de expandir ideais capitalistas, poderiam
auxiliar as demais com empréstimos e auxílio técnico.

No que tange à primeira etapa, esta se refere à sociedade tradicional, a qual é definida
em relação à sociedade moderna e se identifica liminarmente pela insuficiência de
recursos. Nesse sentido, Rostow entende tratar-se de uma economia baseada na
produção rudimentar e tradicional, que busca a subsistência e prioriza o trabalho, cujos
principais recursos provêm da agricultura e que não obtém senão limitada quantidade de
capital.

Na segunda etapa, encontra-se uma sociedade em processo de transição, na qual surgem


os primeiros sintomas do que o autor considera “o princípio do arranco ou decolagem”.
Diferentemente da primeira fase, onde a produtividade é limitada, nesta etapa busca-se
romper com os fatores que determinam rendimentos decrescentes, sobretudo mediante o
aumento da especialização do trabalho e a modernização tecnológica.

Na terceira fase, que o autor chama de “arranco”, o desenvolvimento sobrepõe- -se às


resistências e bloqueios que limitavam as mudanças econômicas e sociais já ocorridas
na segunda fase. De acordo com Sarmento (2012) citado por Niederle e Radomsky
(2016), “nesta etapa, fomenta-se a industrialização e ocorre a migração
de mão de obra predominantemente rural para o setor
industrial”(p.14). Constroem-se as bases da “sociedade moderna”,
não apenas do ponto de vista económico, mas também como
alavanca para o surgimento de um novo sistema político, institucional
e social.

16
Da mesma forma, também a quarta etapa, que o autor chama de “marcha para a
maturidade”, agrega o aumento da tecnologia moderna, o incentivo à produção e a
busca pela diversificação de produtos. A mão de obra reduz-se ainda mais no campo, em
contraponto ao aumento da mão de obra especializada nos centros urbanos. Nas
palavras de Santos Silva (2004) citado por Niederle e Radomsky (2016), nesta etapa
consolida-se a ideia de que, por meio da inovação técnica, pode-se produzir tudo ou
quase tudo; e isso redunda no afloramento de novas áreas produtivas, bem como na
possibilidade de importação de novos produtos para o mercado.

Na quinta e última etapa, compreendida como “era do consumo em massa”, Rostow


completa seu modelo focando o consumo de uma sociedade industrial massificada, que,
a partir do aumento da renda per capita, estimula um sistema econômico centrado no
consumo intensivo, tanto de alimentos e vestuário quanto de bens duráveis. Nesta fase,
segundo Santos Silva (2004, op.cit.), verifica-se um aumento na busca por uma melhor
distribuição de renda.

De lembrar que essas etapas não são separadas por demarcações nítidas no tempo. As
sobreposições são decorrência do modo como se processa a interação comercial e
tecnológica entre as nações.

1.2.3.Teoria do Desenvolvimento Económico


Ao falarmos da Teoria do Desenvolvimento Económico, vamos destacar aqui as
inúmeras contribuições de Schumpeter. Vale-nos discorrar a configuração de uma teoria
do desenvolvimento segundo a formulação schumpeteriana. Impõem-se duas
considerações preliminares para situar adequadamente essa análise.

Em primeiro lugar, valendo-se da visão de Souza (2012) citado por Niederle e


Radomsky (2016), está claro que, para Schumpeter, “o aspecto fundamental do
desenvolvimento económico diz respeito ao processo de inovação e às suas
consequências na organização dos sistemas produtivos” (p.19). Assim, enquanto novos
produtos e processos forem gerados, a economia estará em crescimento. Os
investimentos em inovação dinamizam o crescimento, gerando efeitos em cadeia sobre a
produção, o emprego, a renda e os salários.

17
Em segundo lugar, cumpre estabelecer uma distinção entre crescimento e
desenvolvimento, embora ela tenha, para Schumpeter (1982) citado por Niederle e
Radomsky (2016), um efeito mais didáctico do que teórico. O autor define crescimento
como o resultado de incrementos cumulativos e quantitativos que ocorrem em
determinado sistema económico, ele vê no desenvolvimento um processo de outra
natureza, a saber, uma mudança qualitativa mais ou menos radical na forma de
organização desse sistema, gerada em decorrência de uma inovação suficientemente
original para romper com o seu movimento regular e ordenado.

1.3.Hospitalidade
Segundo a Universidade Anhembi-Morumbi (citado por Monteiro, 2006), a
Hospitalidade pode ser entendida como “um processo e uma actividade que possibilita
abrigo e acolhimento, além de possibilitar o compartilhamento de valores e
conhecimentos entre hóspedes e anfitriões”. (p.2). Isso significa que a Hospitalidade
implica práticas de sociabilidade, parcerias e serviços que facilitam o acesso a recursos
locais e, também, proporciona relações que vão além da interação imediata.

Segundo Grinover (2002) citado por Salgado e Silva (2015), a origem da palavra
hospitalidade – como é conhecida actualmente – foi usada pela primeira vez, na Europa,
provavelmente no início do séc. XIII, calcada na palavra latina hospitalis. Ela designava
a hospedagem gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e aos viajantes, os
quais eram acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais.

No livro bíblico de Hebreus, 13:2, encontra-se: “Não vos esqueçais da hospitalidade,


porque por ela alguns, não sabendo, hospedaram anjos”, o que demonstra a importância
da hospitalidade baseada no antigo e no novo testamento. Os monges do século IV eram
responsáveis pelos hospitais e pelas hospedarias e, na prática, obrigados a oferecer
hospitalidade aos viajantes. Gotman (2001, p. 493) citado por Salgado e Silva (2015),
explica: “A hospitalidade é um processo de agregação do outro à comunidade e a
inospitalidade é o processo inverso”. (p.11). Especialmente no turismo, a hospitalidade é
saber receber bem o nosso visitante, proporcionando a ele acolhimento e atenção
durante todo o período de sua estadia.

18
Corroborando Monteiro (2006), “a hospitalidade não se baseia somente nos critérios de
receber, hospedar e alimentar bem quem é de fora, mas também implica uma série de
questões relacionadas aos próprios moradores da região, a chamada hospitalidade
pública”. (p.3). É o que permite à sua população desfrutar de uma série de recursos
(naturais e/ou culturais) não só para sua sobrevivência,como também para levar uma
vida digna. A característica principal da hospitalidade é a intangibilidade, ou seja, não
pode ser estocada.

O autor supra citado acrescentata que alguns dos critérios da hospitalidade pública
abrangem, de maneira uniforme, os sistemas de hospedagem, viário e de transportes, de
comunicações, de equipamentos e áreas de lazer e de infra-estrutura. Outros ainda são
levados em conta como liberdades de escolhas diversas, segurança, higiene, educação,
emprego e trabalho, etc. Consequentemente, isso é algo que, além de ser valorizado
pelos forasteiros, igualmente o é para quem é nativo ou residente. Assim é que se
formam as bases conceituais para a chamada qualidade de vida da população local.

Monteiro (2006) conceitua qualidade de vida como sendo as condições ecológicas e


sociais de um espaço, que seja explorado e ocupado pelo homem com uma certa
garantia da satisfação de suas necessidades e desejos, mediante o uso de recursos
naturais e culturais.

1.3.1.Origem e evolução da hospitalidade


O termo Hospitalidade, segundo Walker (2002), “ é tão antigo quanto a própria
civilização. Deriva da palavra de origem francesa hospice e significa dar ajuda / abrigo
aos viajantes”. (p.4). A palavra hospitalidade, tal como ela é usada hoje, teria aparecido
pela primeira vez na Europa, provavelmente no início do século XIII e designava
hospedagem gratuita, atitude caridosa oferecida aos viajantes da época.

Na Antiguidade surgem, na Grécia e em Roma, as Tavernas e estalagens como uma


necessidade para abrigar os viajantes. Nasce a primeira idéia de hospitalidade. Há um
avanço na hospitalidade na Idade Média. Crescem os números de hospedarias. A
Inglaterra se destaca com as pousadas de melhor qualidade. Surgem os restaurantes e a
carruagem passou a ser o principal meio de transporte na Inglaterra.

19
As viagens passam a fazer parte da vida profissional na Idade Moderna. Surge o grand
tour e algumas publicações com o objectivo de orientar os viajantes. A revolução
francesa influencia na hospitalidade através da culinária. A Europa começa a seguir o
modelo Inglês de hospedagem e estes ambientes passam a desempenhar papel social e
político importante para a sociedade.

Na Idade Contemporânea acontece a revolução industrial e a invenção da máquina a


vapor impulsiona as viagens. Thomas Cook inicia a comercialização do turismo e dar-se
início ao turismo organizado. A hospitalidade é marcada pela arte do bem atender,
implantada neste século por César Ritz. Surge o hotel de alto luxo para atender as
pessoas de grande poder aquisitivo.

Após a segunda guerra mundial houve uma grande evolução na medicina, na


alimentação, nos meios de comunicação, no lazer, nos transportes, provocando uma
melhoria na hospitalidade. A partir de 1949 o turismo é democratizado. Deixa de ser
objeto de luxo e passa ocorrer em grandes escalas. Surge a hotelaria americana com
hotéis mais funcionais e o turismo finalmente é visto como uma actividade económica.

1.3.2.Tipos de hospitalidade
Segundo Salgado e Silva (2015), os tipos de hospitalidade mais comuns são:
Hospitalidade doméstica, Hospitalidade pública, Hospitalidade comercial e
Hospitalidade virtual.

O início da hospitalidade passa inicialmente pela hospitalidade doméstica. Salgado e


Silva (2015) afirmam que ”a hospitalidade doméstica caracteriza-se pela maneira
simples de se receber alguém, sendo seu maior propósito proporcionar ao visitante
aquela sensação de se sentir em sua própria casa, em que se compartilha a moradia com
o hóspede, de maneira aconchegante”.(p.39). Já a hospitalidade pública se caracteriza
pela dinâmica de poder desfrutar de todo o espaço visitado pelo turista. Os autores
relatam que deve principalmente promover a integração entre a comunidade e o
visitante, permitindo que este se sinta em condições de compartilhar as suas
experiências.

20
A hospitalidade comercial, no entender de Salgado e Silva (2015), é compreendida
como “a condição de buscar novos clientes, assegurando a hospitalidade por meio da
troca de pagamento, ao oferecer uma maior qualidade na prestação dos serviços e das
relações humanas”. (p.41). São ofertados serviços de alimentação, hospedagem e
entretenimento para os hóspedes. A hospitalidade virtual compreende, através da
internet, “a relação entre a instituição acolhedora (site) e o cliente (internauta)”. (op.
cit., p.42). No aspecto digital, há o interesse, por meio da pesquisa, em conhecer outras
opções de hospedagem que atendam às expectativas do hóspede.

1.3.3.Relação entre turismo e hospitalidade


O conceito de turismo praticado no passado, que remete a sua prática como sendo
privilégio de poucos, amparado pelo ócio, não se aplica mais, hoje o turismo é visto
como necessidade de todos, estudantes e profissionais, que afetados pelo stress do
quotidiano, vêem no turismo uma perspectiva de descanso e lazer como probabilidade
de revigoramento físico e mental.

Deve-se ressaltar que nos últimos 50 anos, o turismo tornou-se fundamental para a vida
das pessoas e para a economia dos países, tendo se intensificado a partir da revolução
industrial, decorrente dos avanços tecnológicos, em especial dos meios de transportes de
cargas e de passageiros (Embratur, 2002). Segundo Castelli (2001), este crescimento
veloz ocorrido nos últimos anos deu-se pois:

à medida que a renda aumenta nos países desenvolvidos, os gastos em


atividades de lazer crescem mais rapidamente e dentre esses a viagem ao
exterior é um dos maisimportantes. O aumento da renda pessoal e as
facilidades de transporte fizeram com que uma faixa bem maior da população
participasse desse fenômeno de massa ( p. 37).

Tal fenómeno, passa a criar cada vez mais no turista uma expectativa de hospitalidade.
No início das civilizações, a hospitalidade se restringia em apenas conceder abrigo e
alimentação a quem estava longe de seu domicílio. Actualmente o termo hospitalidade é
muito amplo e engloba desde os bens tangíveis como, hotéis, pousadas, resorts,
campings, meios de transportes, entre outros, até os intangíveis que são os serviços
prestados e que proporcionam o bem estar físico e psíquico do visitante.

Conforme cita Walker (2002), “muitos dos valores da hospitalidade medieval ajustam-se
aos dias de hoje, tais como o serviço amigável, a atmosfera amena e a abundância de
21
comida”. (p.28). A hospitalidade atual está voltada também para os sentimentos de todos
os envolvidos no meio turístico. A preocupação vai além da qualidade dos serviços e da
preocupação com o conforto do turista. Ela busca a satisfação total do visitante.

Para ser hospitaleiro é preciso esmerar-se na excelência dos serviços prestados, educar a
comunidade para receber os turistas, investir em infra-estrutura básica, porque a
hospitalidade está desde o atendimento na compra dos pacotes, às condições de
sinalização, estradas e até a higiene e segurança dos destinos, podendo ser espontânea
ou artificial, esta última ocorre quando entidades públicas e/ou privadas, promovem a
criação de infraestruturas forjando uma hospitalidade profissional e muitas vezes para
uso exclusivos dos turistas.

Castelli (2001) afirma que o aumento da participação das pessoas no turismo fez com
que as empresas hoteleiras, um dos principais suportes do roteiro turístico, expandissem,
exigindo uma formação especializada dos recursos humanos para todos os sectores que
formam a estrutura organizacional do hotel. O treinamento do elemento humano faz
parte da arte do bem servir e receber, e torna-se peça fundamental, considerando que o
tratamento recebido pelo turista/ hóspede é, em grande parte o gerador de uma imagem
positiva ou negativa da cidade, da região ou do país.

Assim, podemos afirmar que a hospitalidade se apresente somente relacionada com o


turismo na atitude de receber e hospedar o visitante, objectivando exclusivamente o
aspecto comercial na oferta de um local para dormir e se alimentar, mas também como o
acolhimento e a integração do turista com as comunidades locais envolvidas na cadeia
do turismo.

22
2.TURISMO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

2.1.Definições económicas de Turismo


Segundo Silva (2009),” o bom funcionamento do sistema turístico depende do
desempenho de todos os actores, com particulares responsabilidades para os que
organizam a oferta” (p.49). Neste contexto, importa relevar a importância das parcerias,
sem as quais não será possível gerar os consensos que permitam o desenvolvimento
sustentável. E, se as boas estratégias empresariais são fundamentais para o turismo,
também a coerência das políticas se afigura como primordial, tendo o poder público um
papel importantíssimo neste domínio.

Neste contexto, importa reter os progressos observados nas definições do turismo


baseadas na procura, as quais surgiram para corresponder a necessidades e situações
específicas. O quadro seguinte sistematiza os principais contributos e convergências ao
nível das definições económicas.
Quadro 1– O Turismo e as suas definições económicas
Schullern (1910) A soma das operações, principalmente de natureza económica, que estão
directamente relacionadas com a entrada, permanência e deslocação de
estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região.
Lanquar O turismo trata-se de um conjunto de actividades que têm por objectivo a
(1974) exploração das riquezas turísticas bem como a transformação dos recursos
humanos, do capital e das matérias-primas em serviços e produtos.
McIntosh A ciência, a arte e a actividade de atrair e transportar visitantes,
(1977) alojamento e cortesmente satisfazer suas necessidades e desejos.
Palomo O turismo é uma actividade económica porque as deslocações são actos que
(1991) compreendem gastos e receitas, sendo que, por outro lado, a geração de riqueza
por meio de um processo produtivo é clara e tipicamente uma actividade
económica”.
Middleton A economia do turismo é a soma de componentes tangíveis e intangíveis,
(1994) baseados em uma série de actividades no destino, que é percebida pelos
visitantes como uma experiência e tem determinado preço.
Sessa O turismo é uma actividade industrial real porque nele existe um processo
(1995) de transformação de matérias-primas para a elaboração de produtos que são
comercializados e consumidores o mercado.
Kotler A indústria do turismo é, sem dúvida, a actividade económica que conduz
(1999) ao desenvolvimento, porque o intercâmbio social, cultural e a distribuição de
renda decorrente de gastos pulverizados na economia pelos turistas somados ao
seu elevado multiplicador de renda são os elementos marcantes desta actividade.

23
Fonte: Beni (2004) apud Silva (2009)

2.2.Visão económica do Turismo

Segundo Barbosa (2004), o turismo é uma força económica das mais importantes do
mundo. Nele ocorrem fenómenos de consumo, originam-se rendas, criam-se mercados
nos quais a oferta e a procura encontram-se. Os resultados do movimento financeiro
decorrentes do turismo são por demais expressivos e justificam que esta actividade será
incluída na programação da política económica de todos os países, regiões e municípios.

Nas palavras de Portuguez, Seabra e Queiroz (2012), “o Turismo enquadra-se no sector


dos serviços modernos que representa forma de reestruturação da crise industrial” .
(p.61). Os serviços são atividades funcionais às produções industriais e servem de
suporte à recuperação do trabalho humano, ao progressivo crescimento das relações
industriais, comerciais e financeiras dos diversos mercados internacionais. Neste
contexto, Barbosa (2004) relata que:
O turismo pode ser considerado uma actividade transformadora do espaço, uma
que necessita da existência de uma organização dentro do sector que promove
as viagens e beneficia os locais receptores, pelos meios que utiliza e pelos
resultados que produz. A actividade aproveita os bens da natureza sem
consumi-los, nem esgotá-los; emprega uma grande quantidade de mão-de-obra;
exige investimento de enormes somas de dinheiro; gera rendas individuais e
empresariais; proporciona o ingresso de divisas na balança de pagamentos;
origina receitas para os cofres públicos; produz múltiplos efeitos na economia
do país, valoriza imóveis e impulsiona a construção civil (p.108).

Barbosa (2004) ajuiza que ao analisarmos o fenómeno Turismo devemos levar em conta
dois aspectos importantes: o interesse dos turistas e o interesse do local que recebe os
turistas. O primeiro procura regiões que oferecem actividades que ocupem seu tempo
livre e que atendam a seus interesses. O segundo visa atrair os turistas para ocupar o
tempo livre dos mesmos por meio das atracções que já possui ou que pode criar.

A actividade turística engloba sectores da hotelaria, de transporte de passageiros, de


esporte, de lazer, de repouso, de congressos, de exposições, de arte, de brindes,
artesanato e um vasto elenco de ofertas, ligado directa ou indirectamente, `as viagens
individuais ou em grupo. Oliveira (2000) citado por Barbosa (2004) relata que a
modernização e disseminação das comunicações eletrónicas (televisão e telefonia), o
alargamento e o barateamento das ofertas de transporte transforma o Turismo num

24
fenómeno que se multiplica por todas as regiões, ampliando as bases do sector e
colocando-o como o segmento negocial que mais cresce no mundo.

2.3.Funções do Estado

A crescente interdependência dos factores económicos e sociais do turismo faz com que
só o Estado possa identificar e canalizar os distintos interesses envolvidos, mantendo,
porém. como sua principal preocupação, o desenvolvimento sócio-cultural da
população, a melhoria de sua qualidade de vida, e a proteção ao meio ambiente. Nas
paavras de Nogueira (1987), “ para assegurar o desenvolvimento do turismo,
minimizando seus efeitos perversos, o Estado necessita do apoio e participação de todos
os agentes do sector, e de desempenhar as funções coordenadora, normativa,
planejadora e financiadora que lhe são próprias” (p.37).

2.3.1.Função coordenadora
Segundo Nogueira (1983) citado por Nogueira (1987),” a coordenação da actividade
turística só se torna possível pela elaboração e implementação de uma política pública
para o sector, e para se chegar a ela faz-se necessário uma estreita colaboração entre o
órgão governativo de turismo e as entidades directa e indirectamente ligadas à
actividade” (p.38). Deve, por isso, ser buscada a mais ampla consulta aos órgãos
governamentais e às associações representativas de empresários e profissionais do
turismo, assim como aos usuários e às comunidades locais.

A administração pública deve, segundo Nogueira (1987), actuar como “um despachante
privilegiado, encaminhando a outros órgãos e instâncias do governo e entidades
envolvidas nessa actividade as reclamações e solicitações, pressionando politicamente
para facilitar o processo de implementação dessa política” (p.38-39). Algumas medidas
devem, então, ser tomadas para garantir o sucesso da função coordenadora:

a) Assumir de facto a coordenação e oferecer aconselhamento às diversas entidades do


turismo;
b) Garantir a participação dos representantes das entidades públicas e privadas do sector
no processo decisório;
c) Alargar a base de consultas às entidades de turismo, e também a organizações sem
fins lucrativos, tais como clubes esportivos, sociedades culturais, grêmios sociais;

25
d) Integrar os esforços dos órgãos de turismo do país e do exterior;
e) Distribuir os benefícios culturais, económicos e sociais do turismo;
f) Conscientizar as comunidades para os efeitos positivos e negativos do
desenvolvimento turístico;

2.3.2.Função normativa
Torna-se necessário ao governo, formular leis e regulamentos específicos que
privilegiem o papel do turismo em todos os campos da vida económica, social, cultural
e política, dando-lhe prestígio como actividade e, em conseqüência, atraindo gente
jovem e competente para o sector. Na visão de Nogueira (1987), podemos apontar as
seguintes medidas reguladoras necessárias:

a) Regulamentação do uso do solo para fins turísticos;


b) Protecção do ambiente natural e da qualidade de vida;
d) Credenciamento e regulamentação dos serviços direta e indiretamente ligados ao
turismo;
e) Organização do sistema de promoção do turismo;
f) Cooperação internacional e nacional;
i) Direito dos cidadãos ao descanso e ao lazer, pelo menos como norma programática a
ser progressivamente implementada, como ocorre em vários países.

2.3.3.Função planejadora
O planejamento do turismo faz com que o governo se envolva directamente no processo
de desenvolvimento do sector e cria um clima de confiança, certeza e estabilidade que
vem beneficiar, a um só tempo, o empresariado do sector e os turistas. Assim, Nogueira
(1987) afirma que:
o planejamento do turismo envolve importantes aspectos do
desenvolvimento, tais como: (i) uso racional dos recursos naturais; (ii)
análise da demanda turística; (iii) flexibilidade necessária para integrar
os factores económicos e os não-económicos de peso e reduzir os
efeitos perversos dopróprio desenvolvimento; (iv) formação e
distribuição espacial de recursos humanos especializados; (v)
interiorização e diversificação do produto e dos serviços turísticos
(p.39-40).

Como lembra Kadt (1979) citado por Nogueira (1987) , "sem planejamento e sem
acompanhamento, a proporção de benefícios do desenvolvimento do turismo

26
favorecendo os pobres será menor do que precisa ser" (p.40).Na realidade, o principal
fim do planejamento deve ser assegurar que o produto atenda às necessidades sociais
das comunidades e esteja em concordância com o potencial turístico da região.

2.3.4.Função financiadora
Para se desenvolver, o turismo necessita de vultosos investimentos em infra-estrutura e
equipamentos, e por isso não pode prescindir do financiamento governamental.
Nogueira (1987) relata que o dinheiro público deve servir para promover e acelerar o
progresso da população.

Compete, assim, ao governo suportar o custo dos grandes planos e da necessária infra-
estrutura básica e, só subsidiária e complementarmente, criar unidades turísticas
pioneiras no que toca à localização e às condições de opefação, a fim de, pelo efeito
demonstrativo, atrair a iniciativa privada. Paralelamente, podem ser criados, em áreas
locais de interesse turístico, incentivos e isenções ou outros instrumentos financeiros e
fiscais, tais como:
a) Redução do imposto sobre serviços (ISS) de qualquer natureza e sobre circulação de
mercadorias (ICM);
c) Redução das taxas de juros de empréstimos para empreendimentos turísticos, nos
estabelecimentos bancários estaduais;
d) Fixação de termos preferenciais na venda ou concessão de terrenos públicos para fins
de implantação de empreendimentos turísticos;

27
3.RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1.Historial da Província de Malanje


A Província de Malanje localiza-se na Centro norte de Angola e sua capital está na
cidade e município de Malanje. É constituída por catorze (14) municípios: Cacuso,
Cahombo, Kalandula, Kambundi-Katembo, Cangandala, kiwaba-Nzoji, Kunda-Dia-
Baze, Luquembo, Malanje, Marimba, Massango, Caculama, Mucari, Quela e Quirima.

A Província de Malanje foi fundada em 1921. E dista de Luanda a 425 Km.

3.1.1.Origem do termo Malanje

A palavra Malanje teria vindo vindo da língua kimbundu antiga, e teria como
significado “ pedras” (ma-lanji), existindo porém, várias versões sobre o surgimento do
nome Malanje. A versão mais conhecida afirma que antes da colonização portuguesa, o
rio Malanje (ou rio cadianga) foi atravessado por mercadores e, como na época não
existiam pontes, as pessoas tinham que passar pelos rios em cima de pedras. Após
atravessar o rio, os mercadores avistavam os moradores locais. Perguntando qual era o
nome do rio, os moradores respondiam: Malanji Ngana (são pedras, senhor).

Uma outra versão diz que os portugueses enviaram emissários aos sobas (mwin´ exi)
locais com objectivo de prevenir que eles tivessem que usar a força para ocupar a
região. Quando um dos emissários foi dar a mensagem ao soba local, ele respondeu:
Malaji,que em português significa “ são malucos”.

Antes da chegada dos portugueses, a região de Malanje estava sob domínio do reino da
Matamba, havendo certa influência do reino do Congo. Outro reino que tinha presença
nesta região era o reino de Cassange.

3.1.2.Características geográficas

Segundo as projecções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de


Estatística (INE), Malanje conta com uma população de 1. 108. 264 habitantes e uma
área territorial de 98.320 km2. Possui 14 municípios e 35 comunas.

A sua altitude está compreendida entre 500 m a 1500 m. O seu clima é tropical húmido,
com deficiência moderada de água na estação seca. A Província de Malaje é limitada a

28
norte pela República do Congo Democrático (RDC), a sul com as Províncias do
Cuanza-sul e Bié; a leste com as Províncias das Lundas Norte e Sul e a oeste com as
Províncias do Cuanza-norte e Uíge.

3.1.3.Aspecto económico-turístico de Malanje

O governo Provincial de Malanje (GPM) é um órgão desconcentrado da Administração


Central que visa assegurar a realização das funções do Poder Executivo na Província,
promover e orientar o desenvolvimento sócio-económico, bem como garantir a
prestação dos serviços públicos das respectivas áreas geográficas.

Dentre as principais actividades realizadas na Província, destacam-se a Conferência


Internacional de Ecoturismo e a Expo Malanje.

No que tange a Conferência Internacional de Ecoturismo, a informação ambiental foi


aberta no dia 20 de Julho de 2018, numa ccerimónia que foi presidida pela ministra de
Hotelaria e Turismo, Ângela Bragança, e esta teve lugar junto as quedas de Kalandula.
A Conferência teve êxito, pois as condições foram bem criadas.

Esta Conferência teve como lema “ As aves de Angola, a Ecologia e o Turismo” que
poderá ajudar a identificar as melhores formas de garantir a protecção e a conservação
da variedade de aves existentes em Angola e o seu enquadramento na vertente ambiental
e turística. O Ecoturismo vai dar ênfase ao papel da informação e organização do
conhecimento, com o apoio das ferramentas tecnológicas moderna, no âmbito da
colaboração entre as instituições públicas do sector do ambiente e do turismo.

A Conferência serviu ainda para promover e divulgar, cada vez mais, a nível
internacional, o potencial de que Malanje dispõe no capítulo do Turismo, dispertando o
interesse científico, social, económico e educacional, voltado para o conhecimento do
potencial turístico, no âmbito da conservação da biodiversidade. Teve a presença de
ambientalistas norte americanos, indianos e espanhóis e foi organizada pelo governo
provincial de Malanje em colaboração da empresa espanhola Satol.

No rol dos participantes, estavam agentes hoteleiros, operadores turísticos, entidades


governamentais, pesquisadores e altos funcionários dos Ministérios do Ambiente e do
Turismo.

29
A quanto da Expo-Malanje, esta decorreu de 2 de Maio de 2019 com a presença de 150
expositores nacionais. Esta actividade aconteceu no Pavilhão Arena Palanca Negra e, o
certame contou com a participação de representações empresariais de Portugal, Brasil,
África do Sul, China e nacionais dos sectores da Agricultura, Banca, Seguradora,
Comércio, Indústria e Turismo. A Expo-Malanje visava atrair investimento para a
Província e, com isso promover um sector empresarial forte, capaz de contribuir para o
desenvolvimento local e melhoria da vida da população.

No decorrer da feira foi realizado ciclos de confer~encias sobre o desenvolvimento da


Província de Malanje e as áreas para exploração de negócios, cuja incidência recaiu para
o sector agrícola em função das potencialidades da região neste sector. A Expo contou
também com um salão da cultura, espaço onde foram exibidas as mais variadas
manifestações artísticas e com um salão de saúde, onde eram realizadas consultas grátis
aos cidadãos que visitavam o evento.

Participaram da cerimónia de abertura, o governador provincial Norberto dos Santos, a


Ministra da Indústria Bernarda Martins e o Secretário de Estado da Economia e
Agricultura. Com o apoio dos parceiros locais, a Expo gerou 100 postos de empregos
temporários.

3.2.Discussão dos resultados

A Província de Malanje tem um plano elaborado no quadro das potencialidades


turísticas, que vai permitir a diversificação da Economia naquela região segundo as
expectativas do sector. Admite-se que Malanje é um verdadeiro oásis, onde o turismo
encontra um espaço apropriado, capaz de atrair qualquer cidadão a visitá-la e a desfrutar
dos seus encantos naturais, além da hospitalidade que é intrínseco do povo malanjino.

Ao falar no acto de abertura das jornadas científicas sobre o dia mundial do Turismo, a
assinalar no dia 27 de Setembro (celebrada desde 1980), o responsável do sector
turístico de Malanje relatou que a Província tem o privilégio de contar com alguns dos
mais importantes recursos turísticos, como as quedas de Kalandula e do Musselenji,
Pedras negras de Pungo-A-Ndongo, as Rápidas do rio Kwanza, o Parque Nacional de
Cangandala, entre outras zonas turísticas.

Os recursos turísticos acima mencionados, fazem de Malanje um potencial turístico que,


se traçadas políticas bem articuladas, constituir-se-á num factor diferencial de

30
desenvolvimento económico e, por consequência, um gerador de empregos, com vista a
diminuir o nível de vulnerabilidade de pobreza dos populares da região. Torna-se
necessário que o governo local cria condições de atractividade para que o empresariado
angolano invista fortemente no ramo turísmo, em particular na província de Malanje,
para que se aproveite os encantos da mesma para podução de bens e serviços que
facilitará a resolução de certos problemas de ordem socio-económica.

Com a implantação do Turismo nas localidades, é possível se desenvolver ainda que


basicamente equipamentos de apoio e infraestrutura, criação de novos meios de
hospedagem, entretenimento, mão de obra qualificada, meios de transporte,
oportunidade de expansão dos empreendimentos e serviços alimentares, como bares,
lanchonetes, quiosques e restaurantes, melhorias e adequações na saúde pública,
saneamento, vias de acesso e segurança, dentre outros dos quais os turistas buscam e
necessitam destes, gerando benefícios na qualidade de vida para a própria população
local.

Para o responsável da área de Turismo em Malanje, o plano ligado a base tripla de


inteligência de dados artificiais e plataformas digitais da Organização Mundial do
Turismo (OMT) promoverá o desenvolvimento sustentável do sector. Nos últimos anos,
a influência das novas tecnologias sobre os diversos sectores da sociedade aprofundou-
se e o consumo por parte dos utilizadores cresceu a um ritmo frenético . No caso do
turismo, a realidade é idêntica. Quer pela fotografia, vídeo ou experiências de realidade
virtual, o utilizador procura hoje pelas melhores ferramentas que tornem a sua visita
numa experiência nova e diferente.

O governo Provincial de Malanje em parceria com os empresários ligados ao Turismo,


devem desenvolver esforços para que as novas tecnologias tenham espaço e que se
divulge ao maior número possível a força turistica de Malanje através do meio virtual,
de modo atrair turistas e excursionistas nacionais e internacionais. Através das novas
tecnologias, pode-se desenvolver a hospitalidade virtual, um espécie de marketing
turístico que, se bem planejado pode atrair um número de turista que farão do local, um
espaço frequentemente visitado.

Para tal, é preciso que se ambientalize o espaço a se tornar zona turista, através de infra-
estruturas modernas, como estradas com elevada vida útil, capaz de atrair qualquer
olhar, além do conteúdo paisagista da região. Deve-se desenvolver condições que não

31
comprometem tanto o acolhimento assim como a hospitalidade do visitante (turista) ao
local de estadia e, que este saia daí vendo os seus desejos realizados, capaz de
encomentar os outros a visitar o local.

A indústria turística, acrescentou o vice-governador, só poderá desenvolver no seu pleno


potencial em Malanje, quando as partes interessadas público-privado trabalharem em
conjunto. O governo angolano tem apostado no Turismo como forma de impulcionar o
desenvolvimento económico e melhorar a vida das comunidades locais, oferecendo a
elas novas formas de emprego, permitindo o sustento e a qualidade de vida.

O Turismo através do seu conjunto de actividades produtivas interligadas e com


influência sobre os demais sectores econômicos busca uma estratégia eficiente para
gerar crescimento e desenvolvimento a uma localidade. A actividade turística ainda não
se solidificou em diversas localidades de Malanje que possuem potencial devido à falta
de planejamento adequado, pelo não conhecimento da existência dos atrativos, por ter
uma imagem negativa, por não divulgar e preservar suas potencialidades, e
principalmente pela escassez de consciencialização, interesse e equipamentos
necessários ao exercício da actividade turística.

O Turismo deve adicionar qualidade ao meio em que está inserido, necessitando do


apoio e reconhecimento das pessoas que ali residem, por isso, suas actividades
propostas devem ser condizentes à realidade local e a cultura da comunidade. O facto de
se incluir a população no planejamento turístico se deve ao incremento que a actividade
gera na qualidade de vida local, cujo benefício será notável ao se perceber a
hospitalidade com que o turista é tratado. Portanto, a população se torna eficiente e
muito útil na ajuda do cumprimento e fiscalização da gestão sustentável do turismo no
local.

Durante a nossa visita à Província de Malanje, constatamos um fraco empenho das


forças produtivas ligado à área do turismo, uma vez que não encontramos turistas no
local, quer nacional quer internacional. Segundo os responsáveis da área do turismo,
lamenta-se as políticas de investimento na indústria turística a nível da Província, uma
vez que as empresas mostram pouco interesse em investir nesta indústria. Os mesmos
relataram ainda que o mercado turístico provincial não dita receitas capazes de se
desenvolver novas políticas, quer de emprego, quer de atração turística, pois a procura
na é suficiente, o que compromete a oferta.

32
Percebe-se que a iniciativa deve ser do governo províncial em criar políticas capaz de
facilitar e dinamizar o mercado turístico da Província, pois a actividade turística é uma
das mais importantes no sector económico e da geração de emprego e renda, assim
como a criação de novos negócios e aumento da produção de bens e serviços, uma vez
que traz com ela, desenvolvimento às localidades, e possíveis melhorias na
infraestrutura, trazendo benefícios aos turistas e à comunidade local.

Todavia, é notória a importância de um planejamento estratégico para o sector, a


admnistração pública e a iniciativa privada devem se organizar para criar mecanismos
para potencializar o crescimento do sector e assim, juntos, promoverem políticas de
fomento do desenvolvimento sustentável. A construção de um planejamento estratégico
para o turismo nacional, regional e ou local, deve ser prioridade para todos os
envolvidos na actividade: poder público, iniciativa privada, associações, turismólogos e
a comunidade.

Para que o sector cresça de forma sustentada faz-se necessário um plano de


desenvolvimento coerente e eficaz no âmbito das infra-estrutura. Considera-se como
infra-estrutura de apoio ao Turismo o conjunto dos estabelecimentos e serviços que dão
suporte à actividade turística através do atendimento directo ao visitante. Trata-se dos
meios de hospedagem e alimentação, agenciamento turístico, lazer, compras e
entretenimento, aviação (através de melhorias nos aeroportos) e infra-estrutura urbana.
Integrados ao conjunto da infra-estrutura urbana, constituem, em parte, a força de
atração de uma determinada localidade.

Segundo o responsável para área do Turismo em Malanje, nos últimos três (3) anos a
indústria turística provincial não conseguiu gerar a criação de novos postos de trabalho
por falta de aderência por parte dos turistas ao local e por falta de uma divulgação do
mercado turístico, bem como o fraco investimento na indústria. É necessário que se
implemente e se materialize os programas elaborados para a área do Turismo, para que
se aumente a demanda turística, poi Malanje apresenta um espaço propício para
alavancar mais ainda o Turismo para o desenvolvimento da região.

A Província de Malanje tem forte pontos estratégicos para o Turismo e trata-se de um


um horizonte de oportunidades. O governo Provincial deve estruturar as principais
rotas de acesso às zonas turísticas, promover cada um desses destinos, capacitar e
qualificar os trabalhadores para que ofereçam qualidade para os turistas e os encantem,

33
fazendo-os voltar sempre para lá. Tudo isso faz aumentar a demanda, ampliar os
serviços e cria novos postos de trabalho, gerando emprego e renda. As belezas naturais e
diversidade de espécies da flora e da fauna contribuem para que Malanje seja um dos
lugares mais procurados por quem quer aproveitar as belezas da natureza por meio do
ecoturismo e do turismo de aventura.

O turismo tem registado um crescimento contínuo e constitui-se como um eixo


estratégico para o desenvolvimento sustentado por todo mundo. O dia Mundial do
Turismo comemorou-se a 27 de setembro, este ano sob o tema “Tourism and jobs: a
better future for all”. O tema teve como objectivo analisar a capacidade do sector na
criação de mais e melhor emprego e, assim, contribuir para a construção de um futuro
melhor para milhões de pessoas em todo o mundo.

Um outro assunto levantado pelos responsáveis do Turismo na Província de Malanje


está ligado com os recursos humanos. Estes lamentaram a faltam de profissonais na área
para que possam dar respostas a demanda turísticas, bem como a elaboração de políticas
articuladas para a promoção do negócio turístico. A valorização dos recursos humanos é
um dos maiores desafios, se não o maior, que a actividade do Turismo tem pela frente
nos próximos anos. E é um desafio que deve obrigatoriamente ser ganho, se o país
pretender manter-se competitivo numa área cada vez mais exigente.

A Estratégia para o Turismo , definida pelo Governo, reconhece, precisamente, que a


qualificação dos recursos humanos é um dos aspetos mais prioritários para o futuro
próximo do sector. Neste sentido, estão em curso vários projectos, transversais em todo
o país. Há um investimento nas escolas de Hotelaria e Turismo, assim como se aposta
na revisão dos currículos destas escolas, adequando-os às necessidades e tendências do
mercado. Pretende-se que a formação dos futuros profissionais do sector seja de elevada
qualidade a vários níveis, com um reforço das soft skills, das áreas comportamentais,
das línguas e das competências digitais, preparando-os para uma economia
crescentemente digital e globalizada.

As entidades públicas têm cumprido o seu papel. Mas não conseguem, por si só,
assegurar a devida valorização dos recursos humanos nesta área, nem tornar mais
aliciante a perspectiva de quem escolhe uma carreira profissional no Turismo. Compete
às entidades privadas recompensar de forma adequada quem escolhe esta profissão. É

34
um facto que a grande maioria dos trabalhadores do Turismo não vê ainda a sua
dedicação ser reconhecida financeiramente de forma justa.

Esta é uma profissão que nunca foi devidamente valorizada do ponto de vista social e
está na altura de o fazer. É absolutamente vital valorizar a actividade turística,
consciencializando os empresários para a necessidade de salários mais elevados. É
fundamental que tal aconteça, se queremos que a qualidade do serviço acompanhe o
crescimento deste sector.

O turismo é hoje um dos principais motores da economia internacional, sendo uma das
mais elementar justiça recompensar devidamente quem se esforça todos os dias para
proporcionar as experiências mais inolvidáveis a quem nos visita. São os trabalhadores
quem, em última análise, recebe, auxilia e orienta quem nos visita – são eles os rostos e
os sorrisos que fazem de Malanje um dos melhores destino Turístico do país.

35
CONCLUSÃO

Os novos cenários e tendências mundiais acarretam mudanças e exigências na


actividade turística e, conseqüentemente, no perfil do turista. Dentre esses cenários,
podemos destacar: os avanços tecnológicos, a internacionalização e globalização da
economia e a formação geoestratégica de blocos económicos.

A Província de Malanje apresenta uma ecologia exótica que a torna um forte ponto
turístico do país, através das zonas com encantos naturais únicos. Trata-se de um espaço
fértil para o Turismo que, se apostado com políticas dinamizadoras e infra-estruturas
articuladas poderá contribuir para o desenvolvimento económico acelerado da
Província, possibilitando a criação de novos postos de trabalho que se traduzirá em
renda e qualidade de vida das populaçoes.

Reconhecendo a importância de se preservar as características originais do produto


turístico e principalmente da localidade onde este produto se insere, os responsáveis
pelo desenvolvimento turístico de qualquer local também devem se preocupar em
acompanhar as mudanças que ocorrem em todos os lugares, pois são pequenas coisas
que fazem a diferença na hora de cativar o turista ou de manter o seu produto vivo na
cabeça das pessoas. O profissional envolvido com actividades turísticas deve ficar
atento a tais transições para que possa sempre melhorar o seu atrativo sem perder a
originalidade.

Sendo assim, faz-se necessário propor planos, projectos e acções voltados a estimular e
a induzir a organização social, empresarial e governamental de modo a: promover a
capacitação contínua da mão de obra voltada a actividade turística; fortalecer iniciativas
voltadas a Cadeia Produtiva do Turismo (CPT) propiciando um ambiente positivo para a
geração de novos negócios; fomento a programas de divulgação do destino turístico; a
articulação de parcerias que possam colaborar em a tividades voltadas a conservação
ambiental, a manutenção da cultura e das demais iniciativas correlacionadas ao sector.

36
RECOMENDAÇÕES

Tendo em conta os objectivos da nossa pesquisa e as hipóteses levantadas em função do


tema vertente, recomendamos a partir da evidências empíricas o seguinte:

1.Que o governo Provincial de Malanje em parceria com o gabinete Provincial do


Ministério da Hotelaria e Turismo velassem com maior urgência na implementação dos
programas elaborados para área do Turismo;

2.Que o governo Provincial desse maior apoio para dinamização da indústria turística,
para que possa contribuir no desenvolvimento económico da Província de Malanje;

3.Que se melhore as infras-estruturas e aumentar novas infra-estruturas em zonas de


maior demanda turística;

4.Que se criem condições para formação de quadros ligados ao sector do Turismo, para
darem respostas aos desafios do sector;

5.Que se crie um portal dinâmico para a maior divulgação do negócio turístico da


Província de Malanje, através das novas tecnologias;

37
BIBLOGRAFIA

Barbosa, F. F. (2005). O turismo como um factor de desenvolvimento local e/ ou


regional. Caminhos de Geografia – Revista online, Universidade Federal de Lavras –
Ufla, v. 10, n. 14, p.107-114, ISSN 1678-6343.

Barbosa, Y. M. (2002). História das viagens e do turismo. São Paulo: Aeph-Colecção


ABC do Turismo.

Brito, B. R. (2000). O Turista e o Viajante: contributos para a conceptualização do


Turismo alternativo e Responsável. IV Congresso Português de sociologia, Coimbra-
Portugal.

Campos, S. S. (2010). Segmento do Turismo. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ.


Castelli, G. (2001). Administração hoteleira. 9. ed. Caxias do Sul: EDUCS.

Filho, N. A. Q. (2002). O Turismo o Turista na Antropologia do Turismo: algumas


considerações teóricas e implicações para a gestão do turismo. Revista Reuna, Belo
Horizonte, v.7, n. 3 (20), p.11-21.

Fontana, R. F. & Oliveira, S. D. (2006). Comunicação para o turismo: o papel da


hospitalidade nas localidades turísticas rurais. Intercom – Sociedade Brasileira de
Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da
Comunicação – UnB, Brasil.

Gil, A.C.(2012). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª edição. São Paulo: Atlas.

José, P. (1967). Teorias de desenvolvimento económico: problemas metodológicos.


RAE-Revista de Administração de Empresas, vol. 7, n. 23, ISSN 0034-7590, edição
online.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2007). Fundamentos da Metodologia Científica. São
Paulo, SP: Atlas.

Leví, M. J. A. (2012). O turismo e desenvolvimento sustentável contributos do turismo de


natureza no desenvolvimento do Parque Nacional da Gorongosa. (Dissertação de
Mestrado). Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, Lisboa.

Machado, M. B. T. (2013). As etapas evolutivas do turismo: um estudo sobre o rio de


janeiro (séculos xviii-xx).Revista Cultura e Turismo, Universidade Federal Fluminense-
UFF, Rio de Janeiro, Ano-7, n.14.

Monteiro, M. G. (2006). As relações entre Hospitalidade e Turismo: análises e


perspectivas dos ambientes em que ocorrem. IV SeminTUR – Seminário de Pesquisa
em Turismo do MERCOSUL, Universidade de Caxias do Sul – Mestrado em Turismo,
Caxias do Sul, RS, Brasil.

Niederle, P. A. & Radomsky, G. F. W. (2016). Introdução às teorias do


desenvolvimento. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

38
Nogueira, M. G. (1987). O papel do turismo no desenvolvimento económico e social do
Brasil. Revista Administração Pública, Rio de Janeiro, n.21, (2), p.37-54.

Oliveira, M. F. (2011). Metodologia Científica: um manual para a realização de


pesquisas em administração. Universidade Federal de Goiás, Campus Catalão, Goiás.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE TURISMO - Organização Mundial do Turismo


Portuguez, A. P.; Seabra, G. F. & Queiroz, O. T. M. (2012). Turismo, espaço e
estratégias de desenvolvimento local. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB.

Prodanov, C. C. & Freitas, E.(2013). Metodologia do Trabalho Científico: métodos e


técnicas da pesquisa e do trabalho académico. 2ª edição. Novo Hamburgo - Rio Grande
do Sul –Brasil: Universidade Feevale.

Ramos, D. M. & Costa, C. M. (2017). Turismo: tendências de evolução. PRACS:


Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, ISSN
1984-4352 Macapá, v. 10, n. 1, p. 21-33.

Salgado, H. C. & Silva, T. N. (2015). Teoria geral do turismo II: curso técnico de
hospedagem. Montes Claros, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais.
Santos, C. R. (2011). Um novo conceito de desenvolvimento económico:um estudo
comparativo entre Brasil e China. (Monografia). Faculdade de Ciências e Letras,
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho, Unesp - Araraquara – São
Paulo.

Santos, M. T. (2010). Fundamentos de Turismo e Hospitalidade. Manaus : Centro de


Educação Tecnológica do Amazonas – CETA.

Santos, R. A. & Custódio, M. C. M. (2012). O turismo e a sociedade contemporânea


um olhar sobre nossa ruralidade. Revista científica electrónica de turismo – ISSN:
1806-9169, Ano IX – Número 16, São Paulo- Brasil.

Silva, E. P.; Oliveira, E. A. Q & Araujo, E. A.S. (2012). O conceito de desenvolvimento


económico regional: uma revisão teórica. 4º Congresso Internacional de Cooperação
Universidade-Indústria - Taubaté, SP – Brasil, ISBN 978-85-62326-96-7.

Silva, J. S. S. (2009). A visão holística do Turismo Interno e a sua modelação.


(Dissertação de Mestrado). Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial,
Universidade de Aveiro, Portugal.

Silva, K. C. M. (2014). A importância do turismo para o desenvolvimento económico


do estado do espírito santo. (Monografia). Centro de Ciências Jurídicas e Económicas-
CCJE, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.

Silva, O. V & Kemp, S. R. A. (2008). A evolução histórica do Turismo: da Antiguidade


clássica a Revolução industrial – século xviii. Revista científica eletônica de turismo –
ISSN: 1806-9169, Ano V, n. 9, São Paulo – Brasil.
Theobald, W. F. (2002). Turismo global. Tradução: Anna Maria Capovilla, Maria
Cristina Guimarães Cupertino e João Ricardo Barros Penteado. 2. Ed. São Paulo:
SENAC.
39
Triviños, A. N. S.(2013). Introdução à Pesquisa em ciências sociais. Atlas, São Paulo.

Vieira, Edson Trajano & Santos, Moacir José dos. (2012). Desenvolvimento Económico
Regional – Uma revisão histórica e teórica. In: Revista Brasileira de Gestão e
Desenvolvimento Regional. v. 8, n. 2.

Walker, J. R. (2002). Introdução à hospitalidade. Trad. Élcio de Gusmão Verçosa Filho.


Barueri: Manole.

40

S-ar putea să vă placă și