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A Escola de Cristelo, em Paredes, é um bom exemplo de flexibilização curricular com o objetivo

de alcançar o sucesso pleno dos seus alunos. Esta escola pública, que tem alunos até ao 9.º
ano de escolaridade, não se destaca pelas tecnologias utilizadas ou pelo projeto ambientalista,
mas sim pela sua estrutura curricular inovadora.

Esta escola é, desde 2016, palco do Projeto-Piloto de Inovação Pedagógica (PPIP), que dá
autonomia à direção da escola para adotar diversas medidas inovadoras, com o objetivo de
diminuir a taxa de retenção dos alunos – projeto que agora será alargado a cerca de meia
centena de escolas (ver texto ao lado). A Escola de Cristelo foi pioneira a inovar ao nível da sua
estrutura curricular e reestruturação dos tempos letivos.

Mário Rocha, diretor do Agrupamento de Escolas de Cristelo (AEC), defende que a identidade
do agrupamento “é ser um território interventivo de educação prioritária”. Desde 2009 que o
AEC vem abraçando “medidas pedagógicas com vista à melhoria de resultados escolares dos
alunos do sucesso e inclusão dos mesmos e combate ao abandono escolar.”

Contudo, desde 2016 que a Escola de Cristelo abraçou o PPIP. Hoje, são quatro os grandes
pilares deste seu plano inovador: calendário escolar; agregação das disciplinas; semanas
temáticas; avaliação.

E como se materializam estes parâmetros? Ao nível do calendário, esta escola foge ao típico
modelo trimestral e “tem quatro períodos, de oito semanas cada”. “No final de cada um há
uma semana de paragem para avaliar os alunos, dar a informação aos encarregados de
educação e planear as oito semanas seguintes”, explica. Para além disso juntou-se “uma série
de disciplinas, desde o 1º ao 9º ano, que trabalham de forma agregada, ao mesmo tempo num
modelo curricular que nós chamamos Referências de Integração Curricular (RIC)”. Outra
inovação desenvolvida pelo AEC foram as semanas temáticas: “A oitava semana de cada
período é sempre dedicada a uma temática, onde o que é desenvolvido não são as disciplinas
tradicionais, mas são as áreas de competência do perfil dos alunos”. O último pilar deste
projeto é a sua forma de avaliação, que é realizada no final de cada uma dessas oito semanas.
“No final do primeiro período os pais vão receber uma informação de cada disciplina,
explicando o que os alunos aprenderam e o que ainda estão em défice. Nos restantes períodos
têm já uma avaliação descritiva e quantitativa.”

Segundo o diretor, este tipo de projetos pedagógicos inovadores possibilita que “os alunos
tenham valores de cidadania, os desenvolvam apliquem num contexto social”. Para Mário
Rocha, é importante que os estudantes “olhem para a comunidade onde estão inseridos,
percebam o seu valor e intervenham”. “O aluno passa de uma cidadania passiva para uma
cidadania ativa”, assegura. O diretor faz um balanço muito positivo do projeto: “É
extremamente rico perceber que hoje temos uma comunidade que se preocupa em incluir e
chegar a todos e em fazer com que o sucesso pleno e de excelência chegue a todos.”

A tecnologia do Freixo

Na Rua Bouça de Rodas mora um outro exemplo inovador. Falamos do Agrupamento de


Escolas do Freixo, localizada em Ponte de Lima. Trata-se de um estabelecimento de ensino
público, localizado num meio bastante rural, mas que combate há já vários anos isso mesmo
através da utilização de novas tecnologias por forma a exponenciar a aprendizagem dos seus
alunos.
Nas aulas são utilizados vários gadgets e todos os alunos têm computadores. Para além disso,
têm uma impressora 3D, um clube de robótica há alguns anos e são, frequentemente
elogiados pela Microsoft, que considera esta uma escola mentora. Para lá da tecnologia, o
período das aulas é essencialmente usado para que os alunos esclareçam as suas dúvidas, que
muitas vezes surgem de conversas e não de uma habitual ‘palestra’ unilateral, vinda apenas do
professor.

Jorge Dias tornou-se recentemente o diretor do Agrupamento de Escolas do Freixo. Contudo,


faz parte desde agrupamento com 32 anos de existência, há 10 anos e conhece bem este
programa. Fala de uma escola que tinha “algumas debilidades em termos económicos e
sociais”, onde era, por isso, “fundamental dotar os miúdos deste meio mais tecnológico de
capacidades e competências, para que após saíssem deste agrupamento estivessem em
igualdade de circunstâncias, ou pelo menos mais aproximados, das capacidades de meios mais
favorecidos”.

“Com a diferenciação pedagógica, através da utilização dos recursos que vamos tendo e que,
no fundo, foram enriquecendo a nossa escola nos últimos anos, conseguimos de certa forma
diferenciar a abordagem curricular e, dessa forma, motivar os alunos. Assim, não têm, com a
mesma frequência, o tipo de aula dito convencional e têm um papel mais ativo e interventivo
na sua própria educação. Há um desenvolvimento muito mais claro do seu espírito crítico”,
esclareceu ao i o diretor do agrupamento.

De acordo com Jorge Dias, a escola cria através desta pedagogia “várias oportunidades” para
que os seus alunos “tenham capacidade de escolha”. Escolha essa, “sempre assente na
experimentação, que lhes permitirá ser mais coerentes na tomada de decisões no futuro”. O
representante do Agrupamento de Escolas do Freixo, conclui que “atendendo à realidade das
escolas portuguesas e tendo em conta o ensino público”, os frutos já se começaram aqui a
colher: “Estamos atualmente num patamar muito bom”.

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