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Oficina – LABORATÓRIO TEATRAL A PARTIR DO DUPLO

Nº DE PARTICIPANTES: ATÉ 20 ALUNOS


IDADE: LIVRE
MINISTRANTE: GUTO SCHEREMETTA
DURAÇÃO: 3H
PUBLICO ALVO:
JOVENS (A PARTIR DE 14 ANOS) E ADULTOS. ATORES E NÃO ATORES INTERESSADOS NA ARTE DO TEATRO DE BONECOS.

O LABORATÓRIO TEATRAL A PARTIR DOS DUPLOS

“O TEATRO É UMA FORMA DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS HOMENS: AS FORMAS TEATRAIS NÃO SE DESENVOLVEM DE
MANEIRA AUTÓNOMA, ANTES RESPONDEM SEMPRE A NECESSIDADES SOCIAIS BEM DETERMINADAS E A MOMENTOS
PRECISOS. O ESPETÁCULO FAZ-SE PARA OS ESPECTADORES E NÃO O ESPECTADOR PARA O ESPETÁCULO, O ESPECTADOR
MUDA, LOGO O ESPETÁCULO TAMBÉM TERÁ DE MUDAR.” AUGUSTO BOAL

O objetivo do Laboratório Teatral a Partir do Duplo além de formar o aluno/ator na consciência e na capacidade técnica do que é e
o que significa o trabalho do ator e do teatro de bonecos, visa:

 Desformalizar o estabelecido sem razões verdadeiras;


 Situar os valores de cada um em relação ao grupo;
 Estabelecer o uso do corpo para os úteis fins de comunicação e expressão de sentimentos;
 Valorizar ao máximo a palavra e a linguagem;
 Levar a pessoa a descobrir e valorizar, nos seus atos, as dimensões vividas e não vividas do seu mundo interior.

Esta oficina irá proporcionar ao participante uma consciência básica de todos os recursos aplicados no teatro, ou seja, preparar o
aluno/ator a estar no palco com consciência, resistência corporal e vocal, trabalhar os impulsos vitais juntamente com o
conhecimento e o domínio das técnicas necessárias para a realização teatral, e o que deseja dizer através desse fazer teatral.
Num primeiro momento, será realizada uma discussão a respeito do que é Teatro, procurando levar os participantes a uma
conversa básica sobre as principais técnicas utilizadas neste segmento artístico.
Para finalizar a discussão, que deve sempre ser gerada através dos desejos e anseios de todos, o assunto será encaminhado para a
área da cultura, para que os participantes passem a ter uma noção maior do real significado da palavra. É necessário chagarmos a
uma conclusão mútua de que todos fazem parte da cultura e que cada um tem seu espaço dentro dela. Desse modo procuraremos
certas opressões que acontecem no grupo ou no local, e desta forma já temos em vista o que podemos dizer através do Teatro.

OS BONECOS
Execução das histórias a partir das opressões colocadas pelos participantes no início do laboratório.

Nesta etapa ocorre a presença de um personagem enquanto o a/a representa um papel. Continua com os mesmos critérios da
etapa dos gestos no que diz respeito à transferência energética, pois o a/a ainda está com o duplo distanciado.
O objetivo é de neutralizar o ator, pois mesmo que o boneco influencie o ator a ceder seu espaço e colocar-se em segundo plano,
o a/a não deve se identificar com seu papel e deve narrá-lo, sempre mantendo um distanciamento físico, emocional e psicológico
do personagem do boneco.
Na relação entre boneco e a/a a dicotomia é clara: o ator percebe o distanciamento entre ele e o personagem fazendo-o perceber
que existe diferença entre o seu ego e o personagem. O boneco neutraliza a presença do a/a em cena, fazendo com que o ator
seja o ego do personagem, mas não a sua imagem. O a/a cede seu espaço colocando-se em segundo plano, e através do boneco,
deixa viver o personagem.
“A capacidade do aluno se expressar através de um boneco não é só as características e possibilidades técnicas, mas também a
capacidade em observá-lo, respeitá-lo e perceber o nervo vital que vem do seu interior”. (Amaral, pg. 81)

O LABORATÓRIO E A SOCIEDADE

Um dos objetivos do Grupo Teatral Auto-Peças, é introduzir os alunos/atores (a/a) ao processo de trabalho de um grupo de teatro
de bonecos. Ir além do que é realizado atualmente nas inúmeras escolas de Ensino Público, no que diz respeito à formação do
aluno em Artes. A Arte Cênica, constituída como área do conhecimento, desperta no aluno o desejo, a emoção e a criatividade,
desde que seja realizada dentro do que interessa para o aluno.
“Através da reflexão crítica sobre a prática, a curiosidade ingênua, percebendo-se como tal, se vá tornando crítica”. (Freire, pg.39).
É despertar a consciência de suas necessidades e potencialidades dos seus instrumentos de trabalho para a realização da Arte
Teatral, tornando-o capaz de detectar, através da concentração e atenção, qualquer possibilidade de atuação mecânica, fria ou
exagerada.
“O ator deve encontrar na alma do personagem um fragmento de si mesmo, de sua alma e de seus desejos”. (Januzelli, pág.78).
Todo o jogo dramático a ser aplicado nas três etapas do Laboratório Teatral a partir dos Duplos coloca em evidência as
necessidades psicológicas dos participantes, seguindo os princípios de Augusto Boal. O simples fazer teatral já libera a
agressividade, já mobiliza a afetividade, enriquece as vivências.
Um princípio básico para o desenvolvimento de um grupo teatral nada mais é do que a convivência. Qualquer coisa que se faça
dentro das artes, o indivíduo deve vir sempre por inteiro, e isso proporciona descoberta das emoções, ampliam a visão de mundo
e, em ritmo de criação, o indivíduo atinge com efetividade a sua verdade.
Tudo está fixado dentro de cada aluno. E para que realizem cada etapa com vontade e disponibilidade, basta fazer uma aula
agradável, divertida e interessante.
Este Laboratório contém um caminho de novidades, possibilita que o aluno tenha contato com diversas linguagens cênicas, onde
naturalmente faz brotar a arte de cada um quando está de acordo com seus desejos e anseios.

O MINISTRANTE
Guto Scheremetta

Nasceu em 16/06/1980, formou-se como ator profissional em 2002, onde passou a trabalhar como homem de teatro ao longo dos
anos. No ano de 2007 forma-se na Faculdade de Artes do Paraná no curso de Licenciatura em Teatro. Foi professor da Rede
Pública de Ensino durante dois anos, ministrou cursos de teatro e tv durante dois anos na Vison Cast e Management em Curitiba e
leciona todas as oficinas exercidas pelo Grupo Teatral Auto-Peças ao longo de cinco anos. Tem projetos de entretenimento aliado
a jogos e brincadeiras antigas, executa espetáculos particulares para eventos. É bonequeiro profissional, executando trabalhos de
confecção de bonecos dos menores aos gigantes. Tem na sua carreira mais de 30 montagens de espetáculos com participação
integral na sua construção. Atualmente faço parte do Grupo Teatral Auto-Peças, da Inventos Produtora Sócio-Cultural, no qual
realiza-se um trabalho na arte do Teatro de Bonecos, desenvolvendo textos, criando os próprios bonecos e executando quase
todas as formas de manipulação possíveis, criando sonoplastias, ou seja, tudo dentro do universo do Teatro de Bonecos. Além
disso vem executando projetos de cunho sócio-cultural através de oficinas, cursos e espetáculos com o objetivo de transformar o
cidadão na sua criticidade e desenvolvimento cultural e social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, A. M. O Ator e Seus Duplos: máscaras, bonecos e objetos. São Paulo: Editora SENAC, 2002.
JANUZELLI, A. A Aprendizagem do Ator. São Paulo: Ática, 2003.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: PAZ E TERRA, 1996.
BOAL, A. Jogos para atores e não-atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

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