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O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

(SUS):
PRINCÍPIOS E LÓGICA
ORGANIZATIVA;
AVANÇOS E DESAFIOS
Gabriela B. G. Mosegui – ISC/UFF/2009
OBJETIVOS
1. Caracterizar o projeto da reforma sanitária brasileira e o SUS
expresso na Constituição de 1988 e Lei Orgânica da Saúde de
1990 (Leis 8080 e 8142 de 1990).
2. Identificar os aspectos-chave para a construção do SUS e situar
o contexto de implementação da política de saúde a partir dos
anos 1990.
3. Identificar os avanços e dificuldades na implementação do SUS
e sugerir alguns desafios para a consolidação da saúde como
direito de cidadania no Brasil.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE NO BRASIL DE 1900 A 2008 -
A REFORMA SANITÁRIA

DE 1900 A 1930

PROGRESSO - EPIDEMIA - DISCURSO POLÍTICO – JORNAL

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - SAÚDE

E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES ?

CARIDADE - SANTA CASA - FILANTROPIA – POBREZA


DE 1900 A 1930 (CONTINUAÇÃO)
O NASCIMENTO DO CAPITALISMO NO BRASIL
IMAGEM DO BRASIL NO EXTERIOR?

TRATAMENTOS ? MITOS ?

O PAPEL DO ESTADO ? POSIÇÃO DO ESTADO COM A SOCIEDADE? O MOVIMENTO DA


SOCIEDADE.

SAÚDE QUESTÃO DE POLÍCIA SANITARISTA

CRESCIMENTO ECONÔMICO – GREVE OPERÁRIA

SURGEM AS CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES


FINANCIADAS PELA UNIÃO, EMPRESAS E TRABALHADORES
TRABALHADORES TEM DIREITO A
ASSISTÊNCIA MÉDICA E APOSENTADORIA
DE 1930 A 1945
ERA GETÚLIO VARGAS
“TRABALHADORES DO BRASIL TRABALHAREI PARA OS POBRES E
DESPROTEGIDOS…….”

CENÁRIO ECONÔMICO CAFÉ, EMPRESAS E INDÚSTRIAS

CENTRALIZAÇÃO E UNIFORMIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE SAÚDE

SURGIMENTO DOS INSTITUTOS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES POR CATEGORIA


PROFISSIONAL (IAPS), COM PRESIDENTE INDICADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
DESCONTO NO SALÁRIO P/ TER DIREITO AOS BENEFÍCIOS. SUBSTITUIÇÃO DAS CAIXAS
DE APOSENTADORIA E PENSÃO.

FINANCIAMENTO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO (INDÚSTRIAS)


DE 1930 A 1945 (CONTINUAÇÃO)
ESTADO NOVO DE VARGAS - DITADURA
CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

SISTEMA PREVIDENCIÁRIO FORMADO PELOS IAPS

DIFERENÇAS ENTRE OS IAPS DIFERENÇAS NA QUALIDADE


DOS SERVIÇOS

CENÁRIO MIDIA, MUDANÇA NOS REGIMES POLÍTICOS, ALTERNÂNCIA DE


DEMOCRACIA E DITADURA, PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS, PATROCÍNIO DE
PROGRAMAS E JORNAIS.

MOVIMENTO SANITÁRIO X ESPECIALISTAS


QUEDA DE GETÚLIO VARGAS
DE 1945 A 1964

MIDIA – PROPAGANGA DE MEDICAMENTOS – PATROCÍNIO TV E RÁDIO


CENTROS DE SAÚDE X HOSPITAIS ESPECIALIZADOS, EQUIPAMENTOS
MEDICINA PREVENTIVA ( QUESTÕES SOCIAIS ) X ESPECIALISTAS
MODELO HOSPITALOCÊNTRICO
HOSPITAIS MODERNOS, ESPAÇO P/ DOENÇA, EQUIPAMENTOS…
PETROBRÁS MINISTÉRIO DA SAÚDE

FORTALECER AÇÕES DE S. PÚBLICA



ASSISTÊNCIA MÉDICA ESPECIALIZADA
PROGRAMAS VERTICAIS
DE 1945 A 1964 (CONTINUAÇÃO)
NASCEM AS PROPOSTAS DE UM SISTEMA DE SAÚDE ÚNICO COM
REDES LOCAIS
CENÁRIO POLÍTICO INSTÁVEL
J.K DESNVOLVIMENTO ECONÔMICO, BRASÍLIA, MUITOS TRABALHADORES,
NOVOS IAPS (NÃO REUNIAM TODOS OS TRABALHADORES)
HOSPITAIS PRÓPRIOS

MEDICINA DE GRUPO (CONTRATADA PELOS TRABALHADORES)


INSTITUTO DE ASSIST. MÉDICA, EMPRESAS MÉDICAS (FUTURO?)

“MELHOR SELEÇÃO DE MÃO DE OBRA, DAS FALTAS” ?


DE 1964 A 1988
DITADURA MILITAR
ARROCHO SALARIAL, DESIGUALDES SOCIAIS, MISÉRIA,
MORTALIDADE INFANTIL, CENSURA, TORTURA.
SUCATEAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA, VANTAGENS PARA ASSISTÊNCIA PRIVADA
SAÚDE É BEM PÚBLICO OU PRIVADO ?
UNIFICAÇÃO DE TODOS OS INSTITUTOS, IAPS, PREVIDÊNCIAS

INPS (INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL)


CONCENTRA TODAS AS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO PAÍS
GERE APOSENTADORIAS, PENSÕES E ASSISTÊNCIA MÉDICA DOS TRABALHADORES
GDE. VOLUME FINANCEIRO FINANCIA INICIATIVA PRIVADA

CONSTRÓI HOSPITAIS, AUMENTA LEITOS HOSPITALARES, EQUIPAMENTOS….


DE 1964 A 1988 (CONTINUAÇÃO)
INVESTIMENTO A FUNDO PERDIDO NA INICIATIVA PRIVADA
OBRAS GIGANTESCAS TRANSAMAZÔNICA, PONTE RIO-NITERÓI,
USINA DE ITAIPÚ…………..
SEM FISCALIZAÇÃO
FALÊNCIA DO SISTEMA, DA DITADURA
INÍCIO DOS MOVIMENTOS POPULARES DE SAÚDE NAS PERIFERIAS, MULHERES,
PROFISSIONAIS SANITARISTAS
SAÚDE É UMA CONQUISTA POPULAR
SAÚDE É DE TODOS
CONSELHOS POPULARES PARA DISCUTIR POLÍTICAS DE SAÚDE
8a. CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE REÚNE:
GESTORES, TRABALHADORES E MOVIMENTOS SOCIAIS
SUS PÚBLICO PARA TODOS, COM EQUIDADE, QUALIDADE E
CONTROLE SOCIAL
DE 1988 A 2006(CONTINUAÇÃO)
COOPERATIVAS MÉDICAS, TERCEIRIZAÇÃO …....
INTERNET – DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO – COMUNICAÇÃO
ROMBO NA PREVIDÊNCIA NASCE O SAÚDE DA FAMÍLIA

PREVENÇÃO E PROMOÇÃO
SUS A MAIS IMPORTANTE POLÍTICA SOCIAL

DO TRANSPLANTE À VACINA
DA EMERGÊNCIA À EPIDEMIA
DA ATENÇÃO A SAÚDE À PESQUISA
DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA AOS GDES. CENTROS
DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL À PRODUÇÃO DE INSUMOS, MEDICAM.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA, QUALIDADE DA ÁGUA, DOS MEDICAMENTOS
O projeto da reforma sanitária
e o SUS
A saúde na Constituição Federal de 1988
“A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem a redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação.”
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas
para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de
medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para
consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos
psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
LEI 8080
 DISPÕE SOBRE AS CONDIÇÕES PARA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA
SAÚDE, A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS CORRESPONDENTES E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS

REGULA EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE, EXECUTADOS, ISOLADA


OU CONJUNTAMENTE, EM CARÁTER PERMANENTE OU EVENTUAL, POR PESSOAS NATURAIS OU
JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do
País.

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se
destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II - DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema
Único de Saúde - SUS.
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle
de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de
equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde - SUS, em caráter complementar.
LEI 8080
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde - SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a
observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação
da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
LEI 8080
DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde - SUS,
seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada,
serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade
crescente.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde - SUS é única, de acordo com o
inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de
governo (...).

DA GESTÃO FINANCEIRA
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde - SUS serão
depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados
sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
LEI 8142
 DISPÕES SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DO SUS E SOBRE AS
TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS E RECURSOS FINANCEIROS NA ÁREA DA SAÚDE E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS

Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro
de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários


Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em
relação ao conjunto dos demais segmentos.
LEI 8689
 ART. 1º FICA EXTINTO, POR FORÇA DO DISPOSTO NO ART
ART. ART.. 198 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NAS
LEIS NºS 8.080,
080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990,
1990, E 8.142,
142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
1990,, O INSTITUTO
NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (INAMPS), AUTARQUIA FEDERAL
CRIADA PELA LEI Nº 6.439,
439, DE 1º DE SETEMBRO DE 1977,
1977, VINCULADA AO MINISTÉRIO DA SAÚDE.
SAÚDE.
O projeto da reforma sanitária
e o SUS
 Concepções sobre a saúde e o “lugar” da política de
saúde
 “Direito de todos e dever do Estado”.
 Conceito ampliado de saúde.
 Garantida mediante políticas econômicas e sociais
 abrangentes.
 Inserida em uma lógica de Seguridade Social, em
conjunto
 com as políticas de Previdência e Assistência Social.
O projeto da reforma sanitária
e o SUS
Características do SUS
 Inclui uma grande diversidade de serviços e ações:
 atividades dirigidas às pessoas, individual e coletivamente, voltadas para a
promoção da saúde e prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de
agravos e doenças;
 serviços prestados no âmbito ambulatorial, hospitalar e nas unidades de apoio
diagnóstico e terapêutico, bem como em outros espaços, especialmente no
domiciliar;
 ações de distintas complexidades e custos;
 intervenções ambientais no seu sentido mais amplo, incluindo as condições
sanitárias nos ambientes de convívio e trabalho, da produção e circulação de bens
e serviços, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de
saneamento ambiental;
 instituições públicas voltadas para o controle da qualidade, pesquisa e produção
de insumos, medicamentos, sangue e hemoderivados, e equipamentos.
O projeto da reforma sanitária
e o SUS
 Admite a participação do setor privado em caráter complementar, mediante o
estabelecimento de contratos e convênios.
 O financiamento é proveniente de recursos tributários do orçamento da União, dos estados
e municípios e a prestação de serviços não está condicionada a qualquer forma de
contribuição financeira prévia.
 Os três níveis de governo são responsáveis pela gestão do sistema de ações e serviços de
saúde.
 Possui diferentes lógicas de organização dos serviços no território, que se orientam por
critérios diversos:
 tipos de serviços envolvidos;
 níveis de complexidade da atenção (atenção básica, média e alta complexidade);
 direcionalidade das ações desenvolvidas (agravos, grupos populacionais e áreas específicas da atenção);
 modelos de prestação do cuidado à saúde.
 Possui um conjunto de princípios e diretrizes, válidos para todo território nacional, que
expressam os direitos dos cidadãos brasileiros e o dever do Estado na área da saúde.
DE 1988 A 2006
SUS É UMA CONQUISTA POPULAR GARANTIDO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO
BRASIL, É FRUTO DA LUTA POPULAR
PRINCÍPIOS: UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE, EQÜIDADE E
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
SAÚDE É DIREITO DE TODOS,
TODOS, NÃO É CARIDADE OU PRIVILÉGIO.
SUS ENFRENTA AS DESIGUALDADES SOCIAIS, CONSTRÓI JUSTIÇA SOCIAL.
NO SUS A POPULAÇÃO PARTICIPA NOS DEBATES DA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS,
DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES É ESTRATÉGIAS, FISCALIZA, APROVA PLANOS…..
CONSELHOS AUTONOMOS E INDEPENDENTES - CONFERÊNCIAS
SUS TEM DIFICULDADE DE IMPLANTAÇÃO INTERESSES PRIVADOS
PÚBLICO X PRIVADO
DIFICULDADES PRIVILÉGIOS

LEGISLAÇÃO EM SAÚDE (1ª AULA) – A REFORMA SANITÁRIA


O projeto da reforma sanitária
e o SUS
Implicações do SUS para a atuação do Estado na saúde,
além da assistência médica, compete ao Poder
Público:
 a execução de ações de vigilância sanitária,
epidemiológica, saúde do trabalhador;
 a ordenação de recursos humanos para o setor;

 a fiscalização e a produção de insumos estratégicos.

A responsabilidade pela saúde não é apenas setorial e


implica a integração das políticas de saúde com as
demais políticas públicas.
 É necessária a atuação integrada das três esferas de
governo.
O PACTO DA SAÚDE 2006
O PACTO PELA SAÚDE É UM CONJUNTO DE REFORMAS INSTITUCIONAIS DO SUS
PACTUADO ENTRE AS TRÊS ESFERAS DE GESTÃO (UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS) COM O
OBJETIVO DE PROMOVER INOVAÇÕES NOS PROCESSOS E INSTRUMENTOS DE GESTÃO,
VISANDO ALCANÇAR MAIOR EFICIÊNCIA E QUALIDADE DAS RESPOSTAS DO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE. AO MESMO TEMPO, O PACTO PELA SAÚDE REDEFINE AS
RESPONSABILIDADES DE CADA GESTOR EM FUNÇÃO DAS NECESSIDADES DE SAÚDE DA
POPULAÇÃO E NA BUSCA DA EQUIDADE SOCIAL.

• SUBSTITUI O PROCESSO DE HABILITAÇÃO PELA ADESÃO SOLIDÁRIA AOS TERMOS DE COMPROMISSO


DE GESTÃO;
• TRAZ A REGIONALIZAÇÃO SOLIDÁRIA E COOPERATIVA COMO EIXO ESTRUTURANTE DO PROCESSO DE
DESCENTRALIZAÇÃO;
• INTEGRA AS VÁRIAS FORMAS DE REPASE DOS RECURSOS FEDERAIS;
• UNIFICA OS VÁRIOS PACTOS EXISTENTES;
• É REGULAMENTADO PELA PORTARIA/GM 399 DE FEVEREIRO DE 2006
O PACTO DA SAÚDE 2006
PORTARIA/GM 399 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006
DIVULGA O PACTO PELA SAÚDE 2006 – CONSOLIDAÇÃO DO SUS E APROVA AS DIRETRIZES OPERACIONAIS
DO REFERIDO PACTO

CONSOLIDAÇÃO DO SUS COM SEUS TRÊS COMPONENTES


COMPONENTES:: PACTOS PELA VIDA, EM DEFESA DO SUS E DE
GESTÃO..
GESTÃO

O PACTO PELA VIDA

O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam
impacto sobre a situação de saúde da população brasileira.
A definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais, estaduais, regionais ou
municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas às prioridades nacionais,
conforme pactuação local.
Os estados/regiões/municípios devem pactuar as ações necessárias para o alcance das metas e dos
objetivos propostos.
O PACTO DA SAÚDE 2006
O PACTO PELA VIDA

SÃO SEIS AS PRIORIDADES PACTUADAS:


A. Saúde do Idoso (60 anos ou mais);
B. Controle do câncer do colo do útero e da mama;
C. Redução da mortalidade infantil e materna;
D. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e
endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e
influenza;
E. Promoção da Saúde;
F. Fortalecimento da Atenção Básica.
O PACTO DA SAÚDE 2006
O PACTO EM DEFESA DOS SUS - DIRETRIZES
O trabalho dos gestores das três esferas de governo e dos outros atores envolvidos dentro deste Pacto
deve considerar as seguintes diretrizes:

Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação


da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do
Sistema Único de Saúde estabelecidos na Constituição Federal;

Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto


com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema Único
de Saúde como política pública.
O PACTO EM DEFESA DOS SUS - INICIATIVAS
O Pacto em Defesa do SUS deve firmar-se através de iniciativas que
busquem a:
Repolitização da saúde, como um movimento que retoma a Reforma
Sanitária Brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS;
Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização social tendo a
questão da saúde como um direito;
Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema.
O PACTO DA SAÚDE 2006
O PACTO EM DEFESA DOS SUS

AÇÕES DO PACTO EM DEFESA DO SUS


• Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e desenvolvimento da
cidadania, tendo a questão da saúde como um direito;
• Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS;
• Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que
lutam pelos direitos da saúde e cidadania;
• Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS;
• Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional;
• Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão,
explicitando o compromisso de cada uma delas em ações e serviços de saúde de acordo
com a Constituição Federal.
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO - DIRETRIZES

Descentralização
Regionalização
Financiamento
Planejamento
Programação Pactuada e Integrada – PPI
Regulação
Participação e Controle Social
Gestão do Trabalho e
Educação na Saúde.
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO - DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS

• Buscando aprofundar o processo de descentralização, com ênfase numa descentralização


compartilhada, são fixadas as seguintes premissas, que devem orientar este processo:

• Cabe ao Ministério da Saúde a proposição de políticas, participação no co-financiamento,


cooperação técnica, avaliação, regulação, controle e fiscalização, além da mediação de conflitos;
• Descentralização dos processos administrativos relativos à gestão para as Comissões Intergestores
Bipartite;
• As deliberações das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite devem ser por consenso;
• As Comissões Intergestores Bipartite são instâncias de pactuação e deliberação para a realização
dos pactos intraestaduais e a definição de modelos organizacionais, a partir de diretrizes e normas
pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite;
• A Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da Saúde promoverão e apoiarão o processo de
qualificação permanente para as Comissões Intergestores Bipartite;
• O detalhamento deste processo, no que se refere à descentralização de ações realizadas hoje pelo
Ministério da Saúde, será objeto de portaria específica.
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO – REGIONALIZAÇÃO
A Regionalização é uma diretriz do Sistema Único de Saúde e um eixo estruturante do Pacto de Gestão e
deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde e os processos de negociação e
pactuação entre os gestores.
Os principais instrumentos de planejamento da Regionalização são o Plano Diretor de Regionalização –
PDR –, o Plano Diretor de Investimento – PDI – e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção à
Saúde – PPI –, detalhados no corpo deste documento.
O PDR deverá expressar o desenho final do processo de identificação e reconhecimento das regiões de
saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal, objetivando a garantia do
acesso, a promoção da eqüidade, a garantia da integralidade da atenção, a qualificação do
processo de descentralização e a racionalização de gastos e otimização de recursos.
PACTO DE GESTÃO – FINANCIAMENTO DO SUS
Responsabilidade das três esferas de gestão – União, Estados e Municípios pelo financiamento do
Sistema Único de Saúde;
Redução das iniqüidades macrorregionais, estaduais e regionais, a ser contemplada na metodologia de
alocação de recursos, considerando também as dimensões étnico-racial e social;
Repasse fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os
gestores;
Financiamento do custeio com recursos federais será constituído, organizado e transferido em blocos de
recursos;
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO – FINANCIAMENTO DO SUS

BLOCOS DE FINANCIAMENTO

Atenção Básica

Atenção da Média e Alta Complexidade

Vigilância em Saúde

Assistência Farmacêutica

Gestão do SUS
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO – PLANEJAMENTO

O processo de planejamento no âmbito do SUS deve ser desenvolvido de forma articulada, integrada e
solidária entre as três esferas de gestão. Essa forma de atuação representará o Sistema de
Planejamento do Sistema Único de Saúde baseado nas responsabilidades de cada esfera de gestão,
com definição de objetivos e conferindo direcionalidade ao processo de gestão do SUS,
compreendendo nesse sistema o monitoramento e avaliação.
Este sistema de planejamento pressupõe que cada esfera de gestão realize o seu planejamento,
articulando-se de forma a fortalecer e consolidar os objetivos e diretrizes do SUS, contemplando as
peculiaridades, necessidades e realidades de saúde locorregionais.

PACTO DE GESTÃO – PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA

A PPI é um processo que visa definir a programação das ações de saúde


em cada território e nortear a alocação dos recursos financeiros para a saúde, a partir de critérios e
parâmetros pactuados entre os gestores.

A PPI deve explicitar os pactos de referência entre municípios, gerando a parcela de recursos destinados
à própria população e à população referenciada.
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO – PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

A Participação Social no SUS é um princípio doutrinário e está assegurado


na Constituição e nas Leis Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90) e é parte fundamental
deste pacto.
Apoiar os conselhos de saúde, as conferências de saúde e os movimentos sociais que atuam
no campo da saúde, com vistas ao seu fortalecimento para que os mesmos possam
exercer plenamente os seus papéis;
Apoiar o processo de formação dos conselheiros;
Estimular a participação e avaliação dos cidadãos nos serviços de saúde;
Apoiar os processos de educação popular na saúde, para ampliar e qualificar a participação
social no SUS;
Apoiar a implantação e implementação de ouvidorias nos municípios e estados, com vistas
ao fortalecimento da gestão estratégica do SUS;
Apoiar o processo de mobilização social e institucional em defesa do SUS e na discussão do
pacto;
O PACTO DA SAÚDE 2006
PACTO DE GESTÃO – GESTÃO DO TRABALHO
A política de recursos humanos para o SUS é um eixo estruturante e deve buscar a valorização do
trabalho e dos trabalhadores da saúde, o tratamento dos conflitos, a humanização das relações de
trabalho;
Municípios, Estados e União são entes autônomos para suprir suas Necessidades de manutenção e
expansão dos seus próprios quadros de trabalhadores da saúde;
O Ministério da Saúde deve formular diretrizes de cooperação técnica para a gestão do trabalho no
SUS;

PACTO DE GESTÃO – EDUCAÇÃO NA SAÚDE


Avançar na implementação da Política Nacional de Educação Permanente por meio da compreensão
dos conceitos de formação e educação permanente para adequá-los às distintas lógicas e
especificidades;
Considerar a educação permanente parte essencial de uma política de formação e desenvolvimento dos
trabalhadores para a qualificação do SUS e que comporta a adoção de diferentes metodologias e
técnicas de ensino-aprendizagem inovadoras, entre outras coisas;
Considerar a Política Nacional de Educação Permanente na Saúde uma estratégia do SUS para a
formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor, tendo como orientação os princípios
da educação permanente;
Âmbitos Estratégicos para o SUS:
aspectos-chave
1. Inserção da saúde no modelo de desenvolvimento, na
 proteção social (Seguridade Social) e articulação com outras políticas públicas
 Articulação da Previdência, Saúde e Assistência Social.
 Integração com demais políticas sociais e coerência com políticas econômicas.
 Implantação do Orçamento da Seguridade Social.
2. Financiamento
 Fontes estáveis e condições de financiamento adequadas nos três níveis de governo.
 Suplementação e redistribuição de recursos para estados e municípios.
 Política regional de investimentos para o SUS.
3. Processo político:
 arranjo institucional do SUS, relações entre gestores, controle social, relações entre
Poderes
 Definição do papel das três esferas de governo respeito-se as especificidades
regionais.
 Criação de mecanismos para negociação e relacionamento entre os gestores.
 Participação da sociedade nas decisões sobre a política.
 Articulação entre os Poderes Executivo,Legislativo e o Judiciário na saúde.
Âmbitos Estratégicos para o SUS:
aspectos-chave
4. Relações público-privadas na saúde
 Consolidação do caráter público, único e universal (papel complementar do
 setor privado).

 Fortalecimento da gestão pública e da regulação do setor privado.


5. Gestão e organização do sistema e dos serviços
 Fortalecimento da capacidade de gestão pública.
 Integração da rede em uma lógica regionalizada e hierarquizada.
 Melhoria da eficiência, qualidade e eficácia dos serviços públicos.
6. Atenção à saúde
 Acesso universal e igualitário às ações necessárias em cada realidade.
 Expansão e desconcentração da oferta pública.
 Mudança do modelo de atenção.
 Melhoria da qualidade e eficácia das ações.
Âmbitos Estratégicos para o SUS:
aspectos-chave
7. Desenvolvimento e provisão de insumos estratégicos
 Desenvolvimento e produção nacional de tecnologias estratégicas.
 Garantia de disponibilidade de insumos para toda a população.
 Uso adequado de tecnologias/insumos.
8. Recursos humanos em saúde
 Contratação, formação e capacitação de RH adequadas (gestão e atenção).
 Constituição de quadros técnicos nos estados e municípios.
 Distribuição eqüitativa de profissionais de saúde no país.

Mas quais são as condições para a implantação


desse ousado projeto de reforma na saúde e do
próprio SUS?
Alguns obstáculos...
Estruturais
 País de dimensões continentais e populoso.
 Modelo de desenvolvimento capitalista brasileiro.
 Marcantes desigualdades no país.
 Alterações demográficas e mudanças epidemiológicas recentes.
 Características do federalismo brasileiro.
Institucionais
 Características do sistema de proteção social brasileiro.
 Trajetória “dual” e fragmentada da política de saúde.
 Persistência do modelo médico-assistencial privatista.
Conjunturais
 Modelo econômico e projeto de reforma do Estado nos anos 1990.
 Políticos e éticos
 Base social de apoio ao SUS.
 Tradição participativa da sociedade.
 Valores coletivos / de solidariedade.
A implementação do SUS
a partir da década de 1990
Nesses últimos 20 anos, a política de saúde
expressa as tensões geradas pelo contexto adverso,
sendo observados tanto avanços como dificuldades
nos diversos âmbitos estratégicos para a
implementação do SUS.

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