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DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a Deus, pois tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que receberá do Senhor
o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.
AGRADECIMENTOS
“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a
espada de que se serve para o defender. A espada sem a
balança é a força brutal; a balança sem a espada é a
impotência do direito”
(Rudolf Von Ihering)
RESUMO
Checking the resources needed to ensure protection and SECURITY for these
individuals. It is essential to demonstrate how social security crimes have
negative influence, because due to the many frauds against the system there is
a great difficulty in granting welfare benefit to those who really need it.
ART- ARTIGO
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ....................................................
AGRADECIMENTOS...........................................................
EPÍGRAFE...............................................................
RESUMO..............................................................................................
ABSTRACT..............................................................................
LISTA DE SIGLAS.................................................................
1- INTRODUÇÃO...................................................
3- CONCLUSÃO
4- REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Sabe-se que para que o Estado possa ter a efetivação de tais direitos,
garantindo a todos o que a legislação lhes assegura, algumas formas dependem
de custeio e da contribuição da pessoa que será beneficiada com o auxilio,
porém outros direitos sociais independem do pagamento de prestações, como
o direito à saúde. Cabe a Lei 8.212/1981, indicar como funciona o ciclo
operacional da Seguridade Social, desde seu custeio, aos benefícios e os
beneficiários. Portanto o principal objetivo deste trabalho é demonstrar a
importância da previdência, bem como os conceitos e definições de cada
crime, para que seja possível a identificação, pois só com a fiscalização
necessária conseguiremos combatê-los.
A SEGURIDADE SOCIAL COMO UM DIREITO HUMANO
Sempre foi uma preocupação de todas as pessoas garantirem uma vida digna e
ter assegurado um meio quando necessitassem dele. Levando em consideração
os direitos sociais e a obrigatoriedade do Estado de garantir uma condição
melhor de vida, a seguridade social encaixa-se perfeitamente nos Direitos
Humanos; tendo em vista que este visa corrigir as desigualdades sociais e
econômicas, procurando solucionar os graves problemas decorrentes da
“questão social” surgida com a Revolução Industrial (GARCIA, 2017, p. 85).
Foi em 1988 quando se tratou pela primeira vez da Seguridade Social, a qual é
um conjunto de ações nas áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social.
Esses direitos passaram a integrar os direitos sociais, que fazem parte dos
direitos fundamentais.
Para que haja a caracterização desse crime, faz se necessário que o agente
retenha os valores devidos à previdência social, ele deixa de repassar as
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal.
O Doutrinador Fábio Zambitte Ibrahim (2014, 19ª Ed. p. 481), diz que: O
elemento subjetivo deste tipo penal é envolto em controvérsias. Pessoalmente,
acredito que para a caracterização do crime, não é suficiente a mera ausência
de repasse. Não se deve confundir o ilícito administrativo-tributário da
ausência de recolhimento com o crime, cuja identificação carece de
componente subjetivo, representado pelo dolo do agente. Deve existir a
consciência e vontade do agente em deixar de repassar os valores.
Miguel Horvath Júnior em seu livro Direito Previdenciário (2014, 10ª Ed. p.
541), a respeito do perão judicial dispõe:
O perdão judicial é causa de extinção da punibilidade que consiste na possibilidade do juiz deixar
de aplicar a pena nos casos previstos em lei. É direito público subjetivo
do acusado, presentes as circunstâncias exigidas na lei, não podendo o
juiz negar aplicação do privilégio.
São requisitos obrigatórios para aplicação do perdão judicial:
Ambos os requisitos obrigatórios e pelo menos um dos requisitos secundários têm de estar
presentes para que o acusado tenha acesso ao perdão judicial.
A insuficiência de recursos por parte do contribuinte que reteve as contribuições não é motivo de
exclusão de culpabilidade que impeça a tipificação penal, pois estamos
diante da inexigibilidade de conduta diversa.
Estelionato
O crime de estelionato não foi alterado pela lei 9.983/2000, o qual continua
sendo regido pelo art. 171, § 3º do CP.
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito
público ou de instituto de economia popular, assistência social ou
beneficência.
Marisa Ferreira dos Santos, (2017, 7ª Ed, p. 662) no que se refere ao crime de
estelionato previdenciário entende que:
O objeto jurídico é o patrimônio da Previdência Social
O objeto material é a vantagem obtida.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
O sujeito passivo é, em primeiro lugar, o Estado, na figura da Previdência Social e, em segundo
lugar o particular eventualmente prejudicado.
O tipo objetivo consiste na obtenção, pelo agente, para si ou para outrem, de vantagem ilícita.
Porém, há três outros requisitos para sua configuração. a) prejuízo alheio;
b) induzimento ou manutenção da vitima em erro, e c) utilização de
artificio ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
O tipo subjetivo é o dolo, consistente na vontade do agente de obtenção de vantagem ilícita, para
si ou para outrem, em prejuízo alheio. Trata-se de dolo especifico, na
escola clássica ou elemento subjetivo do tipo específico.
O referido crime tem sua disposição no capitulo II, do Código Penal, que trata
Dos crimes praticados por particular contra a administração pública.
Conforme o artigo, para que haja a caracterização do mesmo, é necessária a
supressão ou redução das contribuições previdenciárias e omissão de
informações referentes a fato gerador.
O artigo 313-A foi inserido pela Lei 9.983/2000 no Código Penal, esse tipo
visa coibir o crime de inserir ou facilitar a inserção de dados falsos no sistema,
com a pretensão de obter alguma vantagem indevida. O referido art. dispõe:
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de
dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos
sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública
com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para
causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
O referido artigo trata de um crime próprio, visto que este só pode ser
praticado por funcionário público, também é um crime formal, pois independe
de resultado para sua consumação e realizado por ação do agente; é necessário
que haja a mera modificação ou alteração dolosa, para que seja caracterizado o
ilícito penal.
1
1MARISA FERREIRA DOS SANTOS, DIREITO PREVIDENCIÁRIO ESQUEMATIZADO, 7ª Edição, Saraiva, 2017,
p.633.