Sunteți pe pagina 1din 2

Pegada ecológica e sustentabilidade da população

José Eustáquio Diniz Alves1

O ser humano não é dono, mas sim, inquilino da Terra e do sistema solar. A humanidade depende
da disponibilidade de terra, água e ar existente no Planeta. Ultrapassar os limites existentes
significa caminhar para o suicídio e o ecocídio. Qual é a situação atual.

Após 200 anos de desenvolvimento econômico, propiciado pela Revolução Industrial, a


população ganhou com a redução das taxas de mortalidade e crescimento da esperança de vida.
Hoje em dia, na média, as pessoas vivem mais e melhor. O consumo médio da humanidade
cresceu muito. Entre 1800 e 2010 a população mundial cresceu, aproximadamente, 7 vezes (de 1
bilhão para 7 bilhões de habitantes) e a economia (PIB) cresceu cerca de 50 vezes. Mas o
crescimento da riqueza se deu às custas da pauperização do Planeta. Como medir o impacto do
ser humano na Terra?

A Pegada Ecológica é uma metodologia utilizada para medir a quantidade de terra e água (em
termos de hectares globais - gha) que seria necessária para sustentar o consumo atual da
população. Considerando cinco tipos de superfície (área cultivada, pastagem, floresta, área de
pesca e áreas edificadas), o planeta Terra possui aproximadamente 13,4 bilhões de hectares
globais (gha) de terra e água biologicamente produtivas.

Segundo dados da Global Footprint Network’s 2010 a Pegada Ecológica da humanidade atingiu a
marca de 2,7 hectares globais (gha), em 2007, para uma população mundial de 6,7 bilhões de
habitantes na mesma data (segundo a divisão de população da ONU). Isto significa que para
sustentar esta população seriam necessários 18,1 bilhões de gha. Ou seja, já ultrapassamos a
capacidade de regeneração do Planeta. No nível médio de consumo mundial atual, com pegada
ecológica de 2,7 gha, a população mundial sustentável seria de no máximo 5 bilhões de
habitantes. A tabela 1 mostra os números da Pegada Ecológica para diferentes regiões do mundo
e qual seria a população que a Terra seria capaz de manter de maneira sustentável.

Tabela 1: Sustentabilidade da população mundial em diferentes níveis de consumo


Pegada Ecológica - 2007 População sustentável
Regiões do Mundo
(em hectares globais per capita) (em bilhões de habitantes)
África 1,4 9,6
Ásia 1,8 7,4
Europa 4,7 2,9
América Latina 2,6 5,2
EUA e Canadá 7,9 1,7
Oceania 5,4 2,5
Mundo 2,7 5,0
Fonte: Cálculos do autor com base nos dados de Global Footprint Network’s 2010
(http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/)

1
Professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE. Expressa seus pontos de vista em
caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br. Artigo publicado em 28/11/2010.

1
Se a população mundial adotasse o consumo médio do continente africano – com pegada
ecológica per capita de 1,4 gha – a população mundial poderia atingir 9,6 bilhões de habitantes.
Se o consumo médio mundial fosse igual à média asiática (1,8 gha) a população mundial poderia
ser de 7,4 bilhões de habitantes. Com base na pegada ecológica da Europa (4,7 gha) a população
mundial não poderia passar de 2,9 bilhões de habitantes, com a pegada ecológica da América
Latina (2,6 gha), a população mundial não poderia poderia ultrapassar 5,2 bilhões de habitantes.
Com as pegadas ecológicas da Oceania (5,4 gha) e dos Estados Unidos e Canadá (7,9 gha) a
população mudial não poderia ultrapassar 2,5 bilhões e 1,7 bilhão de habitantes, respectivamente.

Qual é a perspectiva para as próximas décadas?

Segundo os dados da divisão de população da ONU a população mundial, em 2050, deve atingir
8 bilhões de habitantes, na projeção baixa, 9 bilhões, na projeção média, e 10 bilhões de
habitantes, na projeção alta. Segundo dados do FMI, a economia mundial deve crescer acima de
3,5% ao ano de 2010 a 2050. Isto significa que o PIB mundial vai dobrar a cada 20 anos, ou
multiplicar por quatro até 2050. Portanto, o mais provável é que a Terra tenha mais 2 bilhões de
habitantes nos próximos 40 anos e uma economia quatro vezes maior. O Planeta suporta?

Evidentemente que não há como manter este crescimento no padrão de produção e consumo
atuais. Para que a humanidade possa sobreviver e permitir a sobrevivência das demais espécies
do Planeta será preciso fazer uma revolução energética, incentivar a eficiência energética,
reciclar, reutilizar e reaproveitar o lixo; reduzir os desperdícios em todas as suas formas; reforçar
e melhorar o transporte coletivo; incentivar o vegetarianismo, diminuir o consumo de carnes e
reduzir os impactos da agropecuária; reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, outras substâncias
tóxicas; introduzir inovações tecnológicas nos prédios e casas para melhorar o aproveitamento da
energia e a reciclagem de materiais; criar empregos verdes; ampliar as áreas de florestas e matas
e a preservação ambiental; proteger a biodiversidade; desestimular a cultura dos PETs Shops e o
elevado consumismo dos animais de estimação; avançar com a aquacultura e a revolução azul;
reduzir os gastos militares; reduzir o consumo conspícuo e o consumo que provoca maiores
danos ambientais; etc.

Desta forma, mais do que nunca é preciso discutir a alternativa do modelo do “decrescimento
sustentável”, especialmente a redução das atividades mais poluidoras, com mudança no padrão de
consumo e o avanço da sociedade do conhecimento e da produção de bens imateriais e
intangíveis.

S-ar putea să vă placă și