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A implementação do Modelo de Auto-Avaliação requer uma liderança forte e uma mudança de atitude
e de práticas por parte do professor bibliotecário e da escola.
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PRÁTICAS E M ODELOS NA AUTO-AVALIAÇÃO DA BE - DREN 3 - 2010
Trabalho do Fórum 3 Jorge Martins
pela equipa...), mas sim à potencial transformação operada, pela dinâmica da Biblioteca
Escolar, junto dos seus utilizadores, como forma de desenvolver nos alunos
competências transversais e mais abrangentes do que a simples procura de documentos
nos diversos suportes (Cram, 1999).
A diferença ou impacto residem não nos inputs (recursos) ou processos mas na
mais-valia que estes trazem à escola e à aprendizagem Todd (2008) “The Evidence-
Based Manifesto for School Librarians”.
O Modelo de Auto-Avaliação perspectiva, também, práticas de pesquisa-acção,
em que a sistemática avaliação, pela recolha de evidências, permite uma constante
reflexão para agir novamente no sentido de colmatar falhas ou melhorar as práticas.
O MABE (2010) salienta a importância das evidências neste processo: “A
avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos
positivos que devemos realçar ou aspectos menos positivos que nos podem obrigar a
repensar formas de gestão e modos de funcionamento. Essas evidências incidem, entre
outros aspectos, sobre as condições de funcionamento da BE, os serviços que a BE
presta à escola, a utilização que é feita da BE pelos vários utilizadores e os impactos no
ensino e na aprendizagem”.
Ross Todd (2008a) explicita o que são evidências e como se cruzam para
alcançar novas estratégias a seguir: “A prática baseada na evidência reconhece múltiplas
fontes, tipos e meios de conseguir evidências. O uso de fontes múltiplas facilita a
triangulação – uma abordagem à análise de dados que sintetiza dados de fontes
múltiplas. Ao usar e comparar dados de um número de fontes, podemos desenvolver
melhores exigências sobre o impacto das suas práticas e resultados. As fontes diferentes
e os tipos de evidência podem incluir entrevistas de estudantes ou portfolios, reflexão e
diários do processo, tarefas formativas e avaliação complementar, guias e rubricas de
medidas baseadas em resultados, exames de estudantes e professores, medidas pré e
pós-testes, produtos gerados pelos estudantes, avaliações distritais, avaliações das
aptidões, avaliações baseadas em desempenhos correntes, dados gerais do estudante e
observações sistematicamente registadas”.
Nestes moldes, para entender o Modelo de avaliação é, também, necessário
entender os conceitos que subjazem à avaliação no contexto das organizações e que
estão incluídos na concepção e estrutura do Modelo:
Então avaliar pode ser:
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- Identifica-se um problema;
- Recolhem-se evidências;
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formação integral como indivíduos. Então a avaliação tem um papel bem pertinente
possibilitando validar a sua forma de actuar e interagir no seio da comunidade
educativa. Saber como trabalham as Bibliotecas Escolares e que impacto têm nas
escolas e no sucesso educativo dos alunos é atribuir uma mais-valia e importância à sua
existência. (Scholastic Research, 2008; Williams & Caroline, 2001).
Desta forma, actualmente, a avaliação centra-se, essencialmente, no impacto
qualitativo da biblioteca, isto é, na aferição das modificações positivas que o seu
funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimento dos utilizadores,
principalmente nos alunos e professores.
Cram (1999) salienta o que “verdadeiramente interessa e justifica a acção e a
existência da biblioteca escolar não são os processos, as acções e intenções que
colocamos no seu funcionamento ou os processos implicados, mas sim o resultado, o
valor que eles acrescentam nas atitudes e nas competências dos utilizadores”.
Cram (1999), em “SIX IMPOSSIBLE THINGS BEFORE BREAKFAST”,
descreve esse processo valorativo: […] “A questão do valor das bibliotecas não é de
ordem imanente – o valor não e uma propriedade intrínseca da biblioteca enquanto
entidade. O valor é (subjectivamente) atribuído e resulta de uma percepção de benefício
real e potencial. As bibliotecas geram valor porque mobilizam recursos e desencadeiam
processos capazes de produzir mais-valia e de criar benefícios. A sua função de gestão
compreende os processos, as actividades e as decisões que possam conduzir a efectiva
produção de valor para os seus utilizadores e para a organização em que se enquadra”.
Dotar os alunos de competências linguísticas, leitoras e interpretativas, como
pesquisar e/ou consultar informação em diversos suportes, explorando os suportes
digitais (DVD, CD-Rom, Internet…), os recursos da Web 2.0, como os blogs, as redes
sociais, o facebok ou os webquest, de modo que o aluno encontre utilidade e uma mais-
valia nestes recursos, capazes de o motivar para a investigação, para a procura de
conhecimento e de os consciencializar que a educação/ aprendizagem é algo
indissociável da valorização humana ao longo da vida.
As iniciativas educativas dos Professores Bibliotecários que devem estar
centradas na literacia da informação estão prestes a conceder o melhor contexto e
oportunidades para as pessoas tirarem o máximo partido, como pessoas com sentido,
construtivas e independentes. A assimilação de informação não significa
necessariamente que os alunos fiquem informados. A informação é a entrada; através
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Gestão da BE
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Neste contexto, Eisenberg & Miller (2002) e Tilke (1999) entendem que o
Professor Bibliotecário deve, neste processo, evidenciar as seguintes competências:
- Ser proactivo;
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É neste sentido que Ross Todd (2003) afirma: “Neste contexto, os bibliotecários
escolares têm grandes desafios pela frente, na medida em que contribuem para o
desenvolvimento da sua escola como uma comunidade inclusiva, interactiva e
fortalecedora da aprendizagem, especialmente agora, no contexto de um intenso
ambiente tecnológico e de informação”.
Desta forma o modelo de avaliação das Bibliotecas Escolares tem como função
privilegiada o reconhecimento do papel eclético e transversal da Biblioteca Escolar,
referindo Ross Todd (2003): “O que é importante é que as evidências recolhidas
mostrem como o professor bibliotecário e a biblioteca escolar têm um papel crucial no
sucesso educativo dos alunos e na criação de atitudes, valores e de um ambiente de
aprendizagem acolhedor e efectivo”.
Esta afirmação de Ross Todd sintetiza a importância da comunicação da
informação obtida através do processo de avaliação e a demonstração do valor e do
impacto da Biblioteca Escolar tem como vantagens:
Não há dúvida que há desafios pela frente. O papel educativo do bibliotecário
escolar é um papel de liderança significativo. As dimensões deste papel de liderança
incluem: (A.A.V.V. s/d, “Professores Bibliotecários Escolares: resultados da
aprendizagem e prática baseada em evidências”)
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Bibliografia
EISENBERG & MILLER (2002) “This Man Wants to Change Your Job”
MARKLESS, Steatfield (2006) Evaluating the Impact of your library, London, Facet
Publishing.
TILKE (1999) “The role of the school librarian in providing conditions for discovery
and personal growth in the school library. How will the school library fulfill this
purpose in the next century?”
TODD, Ross (2003) “Irrefutable evidence. How to prove you boost student
achievement”. School Library Journal, 4/1/2003
<http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA287119.html> [20/10/2010]
WILLIAMS, Dorothy & Coles, Caroline (2001) “Impact of School Libraries Services
on Achievement and…” Learning
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