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HOMEOPATIA

A lei das assinaturas

François Choffat,
É clínico geral, ensina homeopatia na Suiça

Na época de Hahnemann, a lei dos semelhantes era uma idéia


mais familiar do que hoje. Não por acaso a vacinação antivariólica
foi inventada por Jenner no próprio ano do nascimento da
homeopatia. O seu princípio era o seguinte: inoculava-se no
homem, para protegê-lo da varíola, o pus das lesões de uma vaca
na qual foi inoculada a vacina, que é a varíola dos bovinos. Essa
doença menos perigosa para o homem do que a varíola parecia
protegê-lo desta última, em conformidade com o princípio da
semelhança. Tratava-se de um método puramente empírico, já que
não se conhecia a existência dos germes como agentes das
doenças infecciosas. Hahnemann aprovou sem hesitação esse
novo método. Como veremos adiante3, seu entusiasmo não é mais
partilhado por seus discípulos hoje.
A medicina popular funda-se tanto na experiência de gerações de
curandeiros como num pensamento analógico ou simbólico que se
encontra em todas as sociedades pré-industriais e que traz em si a
intuição do princípio da semelhança. Esse pensamento vê
similitudes, por exemplo, entre uma planta medicinal e o mal ou o
órgão de que ela se destina a tratar. Essa lei recebeu no tempo dos
alquimistas o nome de “lei das assinaturas”: a planta carrega a
assinatura de sua função curativa.
A beladona – “bela mulher” – deve seu nome à sua propriedade
de dilatar as pupilas através de um de seus princípios ativos, a
atropina. Arriscando-se a deixar de ver com muita clareza, as
mulheres romanas usavam-na como maquiagem para os olhos.
Ora, é possível ver na baga negra e redonda da beladona a
“assinatura” de uma pupila dilatada. A planta que denominamos
“pulmonária” e cuja infusão acalma a tosse tem folhas em forma de
pulmão de açougue, a hepática tem uma folha em forma de fígado,
o suco da grande celidônia utilizada para as perturbações das vias
biliares é amarela e amarga como a bílis.
Outro exemplo mais sofisticado: a paopula (em francês,
“coquelicot”) traz a “assinatura” morfológica do falo (em francês,
“coq”). Por sua vez, a coqueluche traz a “assinatura” sonora do grito
do galo (“coq”). Tendo-se por base essa dupla “assinatura”, utilizam-
se há muito tempo os extratos de papoula para o tratamento da
coqueluche e da tosse em geral. Ora, é na papoula (ou em sua
irmã, a dormideira) que se encontra o ópio de que se extrai a
codeína, o produto natural mais ativo contra a tosse. Enfim,
emprega-se há séculos a infusão de casca de salgueiro contra os
“resfriados” porque o salgueiro permanece saudável, embora tenha
os pés mergulhados em água fria. Ora, fundando-se na experiência
popular, extraiu-se dessa casca o ácido acetilsalicílico, que não é
senão a aspirina!
Essas considerações, embora talvez anedóticas, permitem
compreender que a lei dos semelhantes não é tão surpreendente
quanto nos parece hoje e que ela corresponde a uma intuição
pertencente à sabedoria popular universal.
Devemos agora falar dos outros quatro princípios fundamentais
da homeopatia, que completam o princípio da semelhança: a
individualização, a globalidade, as doses ínfimas e o unicismo.

Fonte: pág 43 a 45, do livro “Homeopatia e Medicina” Um novo


debate, Dr. François Choffat, 326 páginas, Edições Loyola, São
Paulo, Brasil, 1996.

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