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ECONOMIA

1 – INTRODUÇÃO À ECONOMIA:

• Economia é uma ciência social que estuda como os recursos escassos são produzidos e distribuídos entre os grupos da
sociedade para a satisfação das necessidades humanas.

• Os estudos de Economia se baseiam em conceitos como: escassez, necessidades, recursos, produção, escolhas e distribuição.

• Os recursos de produção sempre são limitados, sejam eles matérias-primas, terra ou mão de obra e em contrapartida, as
necessidades humanas são ilimitadas.

SUBDIVISÃO DA ECONOMIA:

• Microeconomia: estuda o comportamento econômico dos agentes individuais, os produtores e os consumidores. Explica o
sistema de preços e as forças do mercado; analisa a demanda e a oferta de bens e serviços, bem como a determinação de
seus preços.
• Macroeconomia: estuda a Economia do ponto de vista agregado: a produção total, o desemprego global, taxas de inflação e
desenvolvimento econômico. Estudam-se as estratégias de crescimento e a satisfação do padrão de vida ao longo do tempo;
ilustra a Economia Internacional, que trata da interação entre as várias economias de países individuais, no que tange à troca
de bens, serviços e recursos financeiros.

PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS:

• Devido à concorrência, os produtores devem escolher qual o método que será utilizado para se fazer a produção.
Geralmente, essas empresas optam por meios que apresentem uma tecnologia mais avançada e que impliquem na redução
de custos.

• Precisamos produzir aos membros da sociedade que participam da distribuição da renda, sejam os proprietários que
adquirem os lucros, os empregados da empresa que recebem o salário ou os bancos, que arrecadam juros pelos
empréstimos.

• Sistema Econômico é a “[...] forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade.” Este sistema
determina o método de organização da produção, distribuição e consumo de bens e serviços dentro daquilo que é adotado
por uma sociedade, visando ao maior bem-estar possível das pessoas que a integram.

• Elementos que compõem o sistema econômico:

a) a quantidade disponível de fatores de produção, como: recursos humanos: são as capacidades físicas e intelectuais das
pessoas. Essas habilidades intervêm no processo produtivo, representadas basicamente pela força de trabalho e capacidade
de gerenciamento empresarial; capital: terra, reservas naturais e tecnologia são exemplos de capital.

b) o conjunto das unidades de produção, que são as empresas; c. as instituições que se constituem nos pilares organizacionais
da sociedade, por exemplo: instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.

• Os sistemas econômicos são classificados da seguinte forma:

Sistema capitalista: também conhecido como economia de mercado, este sistema possui uma economia regida pelas forças de
mercado, ou seja, a intervenção governamental não é predominante. Nele, os fatores de produção são de propriedade
privada e a livre iniciativa prevalece. Além disso, os preços e salários são determinados pelas forças da oferta e da demanda,
sem intervenção governamental.
Sistema socialista ou economia centralizada: neste sistema, há um órgão central de planejamento, predominando a
propriedade governamental dos fatores de produção, abrangendo os meios de fabricação, terras, prédios, bancos e matérias-
primas. Afora isso, os preços e os salários não são decididos pelo mercado, e sim pelo Governo, que também detém a grande
maioria dos fatores de produção (terra, capital e máquinas).
Sistema de economia mista: neste sistema, as forças de mercado prevalecem, mas o Governo cuida da produção dos bens
públicos, como educação, saúde, saneamento, justiça, defesa nacional etc.

• nos sistemas ditos capitalistas, prevalece a Economia Mista, uma vez que o Estado atua na alocação e na distribuição de
recursos em algumas áreas, como infraestrutura, energia, saneamento, telecomunicações e transporte.
CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO (CPP): É a expressão da capacidade máxima de produção de uma sociedade, em que
se utilizam todos os recursos de fabricação que estão disponíveis em um determinado momento.

• Devido à escassez de recursos disponíveis em certas sociedades, há um limite para a capacidade produtiva da Economia,
que é quando ocorre o pleno emprego dos recursos produtivos: todos os trabalhadores estão empregados, assim como os
demais fatores de produção. Neste caso, não há capacidade ociosa, ou seja, não há recursos sobrando e que poderiam ser
utilizados para se produzir mais.

• Qualquer ponto dessa curva indica que a Economia está trabalhando em sua capacidade máxima; em qualquer ponto
dentro da curva de possibilidade de produção, a Economia está trabalhando com capacidade ociosa, ou seja, há
desemprego, e não estão sendo utilizados todos os seus fatores de produção; em qualquer outro ponto acima e à direita
da curva, é impossível de ser atingido com os recursos que a Economia possui no momento atual.

• Custo de oportunidade: pode ser definido de forma simples, como ocorre quando você faz uma escolha e renuncia a algo,
por exemplo: o que você tem que sacrificar para obter outra coisa diferente? Espera-se que os custos de oportunidade
sejam crescentes, uma vez que, para aumentar a quantidade produzida de um determinado bem, devem ser transferidos
fatores de produção de um bem para outro, os quais se tornam cada vez menos aptos para desempenhar a nova atividade.
Com isso, a transferência vai ficando cada vez mais onerosa.

• Curva de Possibilidade de Produção se deslocará para a direita, no caso de crescimento econômico, o que pode ocorrer
devido a vários fatores: aumento de quantidade física dos fatores de produção; melhor aproveitamento dos fatores
existentes: progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das empresas, melhoria no grau de
qualificação da mão-de-obra.

• O fluxo real de uma Economia: sem qualquer tipo de interferência, as empresas, que são os agentes produtores, recebem
o fornecimento dos fatores de produção das famílias. As famílias, por sua vez, recebem os produtos das empresas, também
chamados de bens e serviços. Este fluxo que ocorre entre as empresas e famílias é o que chamamos de fluxo econômico
real.

FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS DA ECONOMIA DE MERCADO: É composto principalmente pela moeda que serve para
remunerar os fatores de produção das empresas e das famílias. Neste sistema, os recursos são recebidos pelos trabalhadores
na forma de salários e voltam para as empresas quando as famílias consomem os bens e serviços por elas oferecidos.

• Quando unimos os fluxos real e monetário da Economia, chegamos ao fluxo circular da renda.

FATORES DE PRODUÇÃO: são os meios necessários à fabricação, quais sejam: os recursos humanos (trabalho, inteligência
empresarial), a terra, a tecnologia e o capital. Para cada fator de produção, existe uma recompensa. O trabalho, por exemplo, é
remunerado pelo salário; a terra é remunerada pelo aluguel; a tecnologia, pelos seus royalties; e o capital, pelo juro.

DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE BENS

• Bens de capital são aqueles utilizados para a fabricação de outros, mas que não se desgastam totalmente no processo de
produção, ou seja, eles podem ser reutilizados muitas vezes no processo produtivo, sendo conhecidos como um ativo fixo
das empresas. Exemplos: as instalações, máquinas e equipamentos industriais. Função: contribuir com a produtividade.

• Bens de consumo são aqueles que têm como função suprir às necessidades humanas diretamente. Eles podem ser
subdivididos em bens de consumo duráveis e não duráveis. No primeiro grupo, encaixam-se produtos como geladeira, fogão
ou automóveis; no segundo, estão os alimentos, energia elétrica, produtos de higiene pessoal etc.

• Bens intermediários são aqueles consumidos completamente no processo produtivo, sendo agregados à produção de
outros bens; são as matérias-primas e insumos.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MERCADOS

• O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens e serviços. Ele pode ser
subdividido, de acordo com alguns critérios, em: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio, monopsônio, oligopsônio e
concorrência monopolística.
• Concorrência perfeita, conforme a sua definição na Teoria Econômica, é praticamente inexistente. Porém, suas premissas
são bastante úteis para que alguns conceitos econômicos possam ser entendidos. Pode-se dizer que o mercado de
concorrência perfeita é o “laboratório” para se estudar Economia, no qual todas as condições ideais são respeitadas. Essas
premissas são as seguintes: existe um grande número de pequenos vendedores e compradores que, sozinhos, representam
uma fração extremamente pequena do total do mercado; o produto negociado nesse mercado é homogêneo, o que significa
que todas as empresas fabricam produtos iguais que não se distinguem por qualidade, marca ou características especiais de
embalagem; há livre entrada e saída de empresas no mercado. Além disso, não há restrições para a entrada de concorrentes,
bem como práticas desleais de preços ou associações para impedir a entrada de novas empresas; há uma transparência
perfeita no mercado, ou seja, há o conhecimento, pela parte de compradores e vendedores, de tudo o que ocorre no
mercado. Por exemplo, se uma empresa conseguir um avanço tecnológico, as demais empresas terão conhecimento
imediato do fato; há perfeita mobilidade dos recursos produtivos, ou seja, a mão-de-obra e os outros insumos utilizados
podem ser deslocados facilmente da fabricação de um produto para outro; nenhum vendedor ou comprador tem influência
sobre o preço de mercado; nenhum vendedor conseguirá vender seu produto por preço superior ao de mercado, pois o
comprador simplesmente comprará de uma empresa concorrente.

• Monopólio é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. Existem dois casos tipos de monopólio:
o legal e o técnico.

• Oligopólio ocorre quando existe no mercado um número muito pequeno de produtores ou vendedores de um determinado
bem. Ele pode, ainda, ser definido como um mercado em que, apesar de haver muitos produtores/vendedores, apenas um
pequeno número deles domina o mercado. São exemplos de oligopólio as indústrias automobilística e de bebidas.

• Monopsônio é um mercado em que há um único comprador. Um exemplo é quando, em uma determinada região, há vários
produtores de leite e apenas uma grande usina onde o leite é pasteurizado.

• Oligopsônio ocorre em casos em que há poucos compradores e um grande número de vendedores. Um exemplo é o
mercado automobilístico, em que as grandes montadoras compram os produtos das autopeças de muitos vendedores.

• Concorrência monopolística é o tipo mais comum de mercado. Nele, existe um grande número de compradores e muitos
vendedores e, além disso, os produtos são diferenciados, ou seja, eles podem ser semelhantes, mas são diferenciados por
algumas características particulares, como a marca, as características de design, dentre outras. O acesso ao mercado é livre
e as empresas se valem de estratégias de publicidade para diferenciar seus produtos aos olhos dos consumidores.

2 - MICROECONOMIA

MICROECONOMIA: É a análise da interação existente entre o consumidor e a empresa, no que diz respeito à quantidade e
ao preço dos bens e serviços ofertados em um mercado específico. Essa área também costuma ser chamada de teoria dos
preços.

• O alicerce da microeconomia é a teoria valor-utilidade. A utilidade é o valor particular, ou a satisfação pessoal, que um
consumidor atribui a um bem ou serviço. Como é subjetiva, a utilidade difere de um indivíduo para outro (alguns preferem
chá, por exemplo, outros, café). De acordo com a teoria valor-utilidade, o valor de um bem é formado por sua demanda, ou
seja, pela satisfação que ele pode proporcionar ao consumidor.

DEMANDA DE MERCADO

• A demanda ou procura é definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir
em certo período de tempo.” Assim, é válido frisar que a demanda por um bem ou serviço é influenciada por diversos fatores,
como: o preço do bem (Px); a renda do consumidor (Y); o preço de outros bens (Pz); e os gostos ou preferências dos
consumidores (G).

• Exceções à lei da demanda: é representada pelos Bens de Giffen (Robert Giffen foi o criador desse conceito), que são bens
de pequeno valor, mas de grande importância para os consumidores de baixa renda, como é o caso do pão. Antes do aumento
deste produto, os consumidores pobres podiam comprar alguns outros bens mais caros que o pão, mas quando seu preço
aumenta, não sobra renda suficiente para adquirir outros alimentos. Como consequência, o consumo do pão terá que
aumentar, visto que ele é o alimento mais barato.

DEMAIS VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE UM BEM

• Mudança na renda dos consumidores:


* Bens normais: são aqueles cujo consumo se eleva conforme o aumento da renda do consumidor. Laticínios, chocolates e carne
de primeira são exemplos destes produtos. Assim, supondo que haja um aumento na renda dos consumidores, deverá
ocorrer uma elevação na quantidade demandada daquele bem x, mesmo que não tenha havido uma diminuição do seu
preço.

* Bens inferiores, ao contrário dos normais, experimentam a queda em sua demanda quando o nível de renda do consumidor
aumenta. Por outro lado, eles conhecem a elevação da demanda quando a renda do consumidor cai. Um exemplo clássico é
o preço da carne de segunda. Se a renda do consumidor aumenta, ele diminui a procura por carne de segunda. Se a sua renda
diminui, ocorre o inverso: ele reduz o consumo de carne de primeira e aumenta o da carne de segunda.

* Mudança nos preços de outros bens:

Vamos chamar os outros bens existentes na Economia de bem Z, o qual pode ter as seguintes relações com o bem X: Z pode ser
um bem de consumo independente de X; Z pode ser um substituto de X; Z pode ser um complementar de X.

OFERTA DE MERCADO: É a quantidade de bens e serviços que os produtores/ empresas desejam colocar à venda no mercado
em determinado período. De acordo com a lei da oferta, a quantidade ofertada de determinado bem ou serviço é diretamente
proporcional ao seu preço, coeteris paribus. Ou seja, quanto maior for o preço, mais elevada será a quantidade a ser ofertada
no mercado pelos produtores/empresas.

• Fatores que determinam a oferta de um bem são: 1. preço do bem (Px); 2. custos dos fatores de produção (insumos) – PI; 3.
aumento do número de empresas no mercado – E; 4. tecnologia – T; 5. preço de outros bens – Pz.

EQUILÍBRIO DE MERCADO: Partindo da hipótese de que o mercado está em concorrência perfeita (nem empresas e nem
consumidores individuais têm poder para influenciar o preço de mercado), o preço de equilíbrio (ponto em que a quantidade
demandada se iguala à quantidade ofertada) no mercado será determinado pelas forças de oferta e demanda. Caso haja um
excesso de demanda, ou uma escassez do produto, haverá uma competição entre os consumidores, e o preço do bem tenderá
a subir. Isso acarretará uma queda de demanda, e o mercado ficará equilibrado.

CONCEITO DE ELASTICIDADE: elasticidade, em Economia, mede a sensibilidade na quantidade demandada ou ofertada do bem
com relação à mudança em quaisquer dos fatores da função demanda, quando os demais permanecem constantes. Nós já vimos
que o aumento de preços deve levar à diminuição da demanda do bem x, mas, por exemplo, se o preço subir 10%, quanto deverá
ser a queda nas unidades demandadas?

• Tipos de Elasticidade:

1 - Elasticidade-preço da demanda (EPD): O coeficiente de elasticidade-preço da demanda tem por objetivo medir a
sensibilidade da demanda de um bem X em relação a variações no seu preço.

2 - Elasticidade-renda da demanda (EY): O coeficiente de elasticidade-renda da demanda tem por objetivo medir a sensibilidade
da demanda de um bem X em relação a variações na renda Y do consumidor.

3 - Elasticidade-cruzada da demanda (EXZ): O coeficiente de elasticidade-cruzada da demanda tem por objetivo medir a
sensibilidade da demanda de um bem X em relação a variações no preço de bem Z, o qual pode ser substituto ou complementar
a x. Caso seja independente, variações em PZ não terão efeito na quantidade demandada de X.

4 - Elasticidade-preço da oferta (EPO): O coeficiente de elasticidade-cruzada da oferta tem por objetivo medir a sensibilidade
da oferta de um bem X em relação a variações no seu preço.

3 - TEORIA DA PRODUÇÃO – CUSTOS DE PRODUÇÃO

TEORIA DA PRODUÇÃO:

• Teoria dos custos de produção ou teoria da oferta da firma individual, é a base para a análise das relações entre a análise
dos fatores de produção, sua alocação e seus custos, o que se torna essencial para a formação de preços dos produtos

• A produção, segundo Vasconcellos (2015, p. 109), pode ser definida como o processo pelo qual uma empresa transforma
os fatores de produção adquiridos e suas matérias-primas em produtos ou serviços para a venda no mercado. Ou seja, a empresa
compra os insumos (fatores de produção e matérias-primas), combina-os de acordo com o processo de produção escolhido e
os coloca no mercado.

• A função de produção é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física do produto
em determinado período de tempo.

• Fatores de Produção:

Fatores de produção fixos são aqueles que permanecem inalterados quando a produção varia, ou seja, a quantidade destes
permanece inalterada com o aumento ou a diminuição da quantidade produzida. Podem ser considerados como fatores fixos:
máquinas, instalações e tecnologia, os quais não se alteram no curto prazo.

Fatores de produção variáveis são os que se alteram com a variação da quantidade produzida. Quanto maior a quantidade que
se decide produzir de um bem, maior a quantidade de matérias-primas e de mão de obra para produzi-lo.

• Na função de produção, há fatores fixos e fatores variáveis, se analisarmos o curto prazo. Considera-se que, no curto prazo,
haja pelo menos um fator de produção fixo, porém, no longo prazo, todos os fatores variam. Ou seja, a empresa pode decidir
comprar mais máquinas, adquirir novas instalações, novas tecnologias podem ser descobertas e aplicadas à produção, e assim
por diante.

PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL

Produto total é a quantidade total produzida com a utilização do fator variável (trabalho), sendo que os demais fatores são
mantidosfixos.

Produtividade média do fator trabalho é dada pela produção total, dividida pelo número de fatores. Representa a contribuição
média de cada trabalhador. Se fôssemos medir a produção média do capital (K), estaríamos medindo a contribuição média de
cada máquina.

Produtividade marginal é a contribuição marginal, ou adicional, de cada fator de produção.

ANÁLISE DE LONGO PRAZO:

• Rendimentos de escala: também conhecidos como economias de escala, representam os resultados, positivos ou negativos,
que a empresa atinge, no longo prazo, ao aumentar seu tamanho, ampliando tanto sua estrutura produtiva quanto a
utilização de mais mão de obra. Eles podem ser crescentes, decrescentes e rendimentos constantes de escala.

• Produção: isoquanta de produção: A isoquanta pode ser definida como sendo uma linha ao longo da qual a mesma
quantidade do bem é produzida, porém, com combinações diferentes de cada fator de produção. Nesse contexto, isoquanta
significa “de igual quantidade”.

CUSTOS DE PRODUÇÃO: As empresas buscam sempre maximizar seus resultados, ou seja, atingir a melhor produção que é
possível, dado um nível de utilização de fatores. Como pontuam Vasconcellos e Garcia (2014), a empresa pode otimizar seus
resultados de duas formas: maximizando a produção total com o mínimo custo ou minimizando o custo para determinada
produção total.

CUSTO TOTAL, CUSTO MÉDIO E CUSTO MARGINAL

• Custos de curto prazo

No Curto Prazo, tem-se os custos fixos e os custos variáveis de produção:

• Custo Variável Total (CVT): é a parcela do custo que varia quando a produção varia. É a parcela que depende da quantidade
produzida, por exemplo, gastos com salários e despesas com matérias-primas. Assim, o custo variável é função da quantidade
produzida

• Custo Fixo Total (CFT): é a parcela do custo que se mantém fixa quando a produção varia, ou seja, são os gastos com fatores
fixos, como aluguel e depreciação.
• Custo Marginal (CMg): é a variação do Custo Total ou ΔCT. É o custo de se produzir uma unidade extra do produto ou, em
outras palavras, é a variação do Custo Total dividido pela variação na quantidade produzida.

CUSTOS DE LONGO PRAZO: No longo prazo, não existem custos fixos, pois todos os custos são variáveis. Assim, o empresário
opera no curto prazo e planeja no longo prazo. De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), o longo prazo é um horizonte de
planejamento, e não aquilo que está efetivamente sendo realizado.

CUSTOS PRIVADOS E CUSTOS SOCIAIS: A empresa, ao produzir determinado bem, deve desenvolver dois tipos de análise: a
análise privada e a social. A avaliação privada corresponde à avaliação específica dos custos e benefícios que a produção daquele
bem trará à empresa. Por exemplo, a produção de automóveis: qual o retorno financeiro que isso trará à empresa? Por outro
lado, existe também a avaliação social que a empresa deve fazer: quais as consequências de sua produ- ção para a sociedade
como um todo? As consequências sociais geradas pela empresa podem ser benéficas ou prejudiciais à sociedade. Por exemplo,
ela pode instalar uma fábrica em determinada cidade e dar emprego à maioria dos seus habitantes, pode abrir estradas e trazer
progresso. Estas seriam externalidades positivas proporcionadas pela empresa. Por outro lado, a empresa pode estar poluindo
os rios locais, causando congestionamentos e poluição. Estes são os custos sociais pelos quais a empresa não está pagando.

CUSTOS VERSUS DESPESAS: São considerados custos aqueles gastos da empresa diretamente ligados à fabricação do bem, por
exemplo, custos com máquinas ou com a mão de obra do chão de fábrica. Despesas, por sua vez, são os gastos da empresa que
não estão diretamente ligados à fabricação do produto, porém, são necessários para que a empresa continue funcionando. Por
exemplo: gastos com o pessoal administrativo, com propaganda etc.

A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO TOTAL:

• De acordo com a teoria microeconômica, as empresas têm como objetivo maior a maximização dos lucros, tanto no curto
como no longo prazo. Assim, o lucro é maximizado quando a diferença entre a Receita Total (valor total do faturamento) e o
Custo Total da produção for a maior possível.

• Assume-se aqui que a maximização dos lucros é buscada em um contexto de concorrência perfeita,com as seguintes
características:

* mercado atomizado: o mercado tem infinitos vendedores e compradores, de forma que um agente isolado não tem condições
de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers,
isto é, tomadores de preços pelo mercado);
* produtos homogêneos: homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de
embalagem e qualidade nesse mercado;
* mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado;
* racionalidade: os agentes econômicos são sempre racionais. Enquanto os consumidores buscam maximizar seu bem-estar, os
empresários buscam a maximização dos lucros;
* transparência do mercado: todas as informações relevantes estão à disposição de todos os agentes econômicos, quer sejam
eles consumidores ou produtores.

• Receita Total é dada por: RT = Preço unitário de venda x quantidade vendida RT = P x Q

• Receita Média (RMe), por sua vez, é a receita por unidade de produto vendida, ou Receita Unitária.

• Receita Marginal é a variação da Receita Total, quando varia a quantidade vendida, ou seja, a receita extra, quando se vende
uma unidade a mais do produto.

LUCRO NORMAL E LUCRO ECONÔMICO:

• Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, em longo prazo, não existem lucros extras ou
extraordinários, apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário, o seu custo de
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade. Os lucros extras ou extraordinários (também
chamados de lucro econômico) podem ser definidos como aqueles representados pela diferença entre a Receita e o Total dos
custos contábeis (explícitos ou efetivamente incorridos) e os custos de oportunidade (o que o empresário ganharia se aplicasse
seu capital em outra atividade).

4 - MACROECONOMIA
MACROECONOMIA: Estuda os agregados econômicos e como as escolhas individuais afetam os agregados nacionais. No
entanto, não é só isso, ela também se preocupa em estudar a economia regional ou nacional como um todo. Sendo assim, a
contabilização dos agregados nacionais, chamada de contabilidade nacional, é feita pelos órgãos governamentais, como o IBGE,
e órgãos estatísticos, como a FGV, os quais servem como parâmetro para que o governo faça os ajustes necessários na economia.

• São motivos para a participação do governo na economia:

* crescimento da renda per capita:


* mudanças tecnológicas:
* mudanças populacionais:
* efeitos da guerra:
* fatores políticos e sociais:
* mudanças da previdência social:

FUNÇÕES DO GOVERNO NA ECONOMIA:

1. alocativa está relacionada com a alocação dos recursos do governo para oferecer bens e serviços que não são oferecidos
adequadamente à população pelo mercado, ou seja, os bens públicos. Tais bens podem se dividir em bens públicos puros e
bens semipúblicos, ou meritórios:
» bens públicos puros são aqueles cuja utilização não é excludente, ou seja, o fato de você consumir não impossibilita que outra
pessoa também o consuma (ou diminui a quantidade disponível). Podemos citar como exemplo o serviço de despoluição de
um rio, pois o benefício que trará para você não impossibilita outro de usufruir desse mesmo benefício. O mesmo acontece
com a segurança nacional e os serviços de meteorologia;
» bens semipúblicos ou meritórios são aqueles cuja utilização é excludente (o seu consumo diminui a quantidade física
disponível ou impossibilita que outras pessoas consumam), porém são oferecidos pelo governo. Os exemplos para esse tipo
de bem são a saúde, a educação, o saneamento etc.;

2. distributiva detém relação com a redistribuição de renda. Isso ocorre porque o mercado, pelo sistema de preços e salários,
via de regra, não distribui a renda de maneira igual entre os diversos setores da sociedade. Em decorrência dessa má
distribuição de renda, o governo age através da tributação para corrigir essa falha, retirando recursos dos agentes mais ricos
da sociedade (pessoas, setores ou regiões) e transferindo para os mais pobres (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014);

3. estabilizadora: tem como objetivo interferir na economia para alterar o comportamento dos níveis de preço e de emprego.
Essa intervenção ocorre através das políticas econômicas: política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas.

POLÍTICA ECONÔMICA

• O governo pode escolher interferir na economia a partir dos instrumentos de política econômica que tem à disposição.

• Objetivos econômicos: • alto nível de emprego; • estabilidade de preços; • distribuição de renda socialmente justa; •
crescimento econômico.

• Para que a política econômica consiga atingir seus objetivos, ela dispõe de cinco instrumentos: a política fiscal, a monetária,
a cambial, a comercial e a política de rendas.

• Política fiscal refere-se aos instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar tributos e controlar suas despesas. Esse
instrumento não só interfere no nível de tributação como também é um meio de estimular ou inibir o consumo das famílias
e empresas, através da manipulação da alíquota e estrutura de impostos.

• Política monetária é a atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos na economia

• Política cambial ocorre atuação do governo sobre a taxa de câmbio, podendo ser ela fixa (determinada pelo governo) ou
flexível (determinada pelo equilíbrio de mercado).

• Política de rendas refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis) com o controle e
congelamento de preços. Atualmente, temos a determinação do salário mínimo como uma ferramenta de controle dos
salários.
• Política monetária e seus instrumentos: Uma das ferramentas que o governo possui para regular a economia do país é a
política monetária. Assim, é através desse instrumento que o governo interfere na quantidade de moeda no mercado. Para
isso, o governo conta com: emissão de moeda, reserva compulsória, open market, redescontos e regulamentação sobre
crédito e taxa de juros.

• Inflação e suas consequências: A inflação é conceituada como um processo de aumento contínuo e generalizado nos níveis
de preços. A mudança nos preços afeta o valor da moeda e, consequentemente, o poder de compra nas transações econô-
micas. Portanto, quando o nível de preços aumenta, as pessoas têm que pagar mais pelos bens e serviços que adquirem, pois
com uma aula monetária real se compra menos quantidade de bens e serviços (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). A ocorrência
da inflação na economia traz diversas consequências sobre os agentes econômicos. A primeira delas refere-se à distribuição
de renda, pois alguns setores têm rendimentos fixos com prazos para os reajustes, o que ocasiona uma perda em seu poder
aquisitivo (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).

• Teorias da Inflação:

* inflação de demanda acontece pelo excesso de demanda agregada em relação à oferta de bens e serviços disponíveis na
economia, ocorrendo normalmente quando a economia se encontra próxima do pleno emprego dos seus recursos;

* inflação de custos é considerada inflação de oferta, que ocorre quando o aumento dos custos das empresas é repassado para
os preços;

* inflação estrutural teve sua formulação teórica na América Latina, por causa de problemas surgidos com a industrialização
dos países latino-americanos, devido à incapacidade estrutural de determinados setores produtivos para responder às
alterações na demanda.

• Taxas de juros x investimentos

As decisões dos empresários com relação à compra de máquinas, manutenção de estoques e capital de giro serão determinadas
pelo nível atual da taxa de juros e pela sua expectativa futura. Se o empresário tiver uma expectativa pessimista sobre a taxa
de juros, ou seja, entender que no futuro ela estará maior, vai diminuir seus estoques e seu capital de giro no presente, pois
no futuro ficará mais caro mantê-los.

Esse fato também interfere nos investimentos em bens de capital, afinal, se as taxas estiverem muito altas, isso poderá
inviabilizar a tomada de empréstimos, e o empresário poderá preferir a aplicação de recursos no mercado financeiro. Para
os consumidores a taxa de juros também é importante, pois, quanto menor essa taxa, maior o poder de compra do
consumidor. Ao comprar uma televisão nova, se a taxa de juros estiver alta, o consumidor vai preferir guardar seu dinheiro
e pagar à vista. Caso a taxa de juros esteja baixa, o consumidor poderá antecipar esse consumo e pagar de forma parcelada
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).

Além disso, uma alta taxa de juros pode interferir na propensão marginal a consumir e a poupar, pois os consumidores estarão
mais dispostos a preferir a poupança em relação ao consumo, enviando suas economias ao mercado financeiro.

POLÍTICA FISCAL E SEUS EFEITOS

• A política fiscal é aquela em que o governo utiliza seus instrumentos de arrecadação de impostos e controle de despesas
para estimular ou inibir os gastos de consumo do setor privado. Esses instrumentos são chamados de tributos, os quais são
constituídos por taxas, contribuições de melhoria e impostos. As taxas têm como função a cobrança pela utilização de
serviços públicos específicos prestados ao contribuinte ou colocados à disposição para sua utilização.

• Os impostos são divididos em: impostos diretos e indiretos.

* Os impostos diretos são aqueles pagos diretamente ao governo e que incidem sobre a renda e o patrimônio. Os impostos
sobre a riqueza (patrimônio) incidem sobre o estoque acumulado de riqueza do contribuinte. São exemplos de impostos
diretos: o IPTU (Imposto sobre Propriedade predial e Territorial Urbana) e o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores). Já o imposto sobre a renda incide sobre os fluxos mensais, ajustados para valores anuais, sobre a renda do
contribuinte. Como exemplo, há o Imposto de Renda.

* O imposto indireto refere-se à cobrança de imposto sobre as transações de mercadorias e serviços. Nessa categoria, o
destaque é dado para o momento em que ocorre a cobrança do imposto (sobre o produtor ou consumidor) e qual o método
de cálculo (no valor total da transação ou no valor adicionado ao produto). Os exemplos são: ISS (Imposto Sobre Serviços),
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

• Outra classificação possível dos impostos é com relação à sua incidência. Eles podem ser impostos regressivos, progressivos
e proporcionais (ou neutros).

* Os impostos regressivos são aqueles em que quanto maior a renda menor é o aumento proporcional de contribuição. Essa
proporção menor de contribuição ocorre nos impostos indiretos porque utilizam a mesma alíquota de imposto para todos
os contribuintes, agindo no preço da mercadoria, e não na renda. Os contribuintes de menor renda pagam
proporcionalmente esses impostos, em relação aos contribuintes de maior renda.

* Os impostos proporcionais são aqueles em que a relação entre a carga tributária e a renda permanece constante, ou seja, um
aumento na renda leva a um aumento na contribuição tributária na mesma proporção. No Brasil não temos exemplos desses
tipos de impostos.

* Os impostos progressivos são aqueles em que se tem um aumento na contribuição tributária proporcionalmente maior do
que o aumento na renda. Nesses impostos as classes de maior poder aquisitivo são mais sobrecarregadas de impostos do
que as classes de menor poder aquisitivo. Os exemplos são os impostos de renda de pessoa física e jurídica

POLÍTICA DE RENDAS:

• É caracterizada como a intervenção direta do governo na formação de renda por meio, por exemplo, de congelamento de
preços, controle de salários ou aluguéis. Essa política tem por objetivo a redistribuição de renda na economia.

POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL: tem por objetivo administrar as contas externas do país. No regime de câmbio fixo, a taxa de
câmbio é atrelada a um referencial, como ouro ou dólar. Dessa forma, a autoridade monetária fixa a taxa de câmbio e se
compromete a comprar e/ou vender moeda à taxa estipulada. A manutenção desse regime pode ser difícil de ser administrada,
pois há o risco de ocorrerem ataques especulativos à moeda e de o governo precisar utilizar as reservas para manter a cotação
da moeda nacional. O regime de câmbio flutuante, por sua vez, é aquele em que as taxas de câmbio acompanham livremente
as oscilações de mercado, sem intervenção da autoridade monetária. Assim, o valor da taxa de câmbio flutua em decorrência
da entrada ou saída de dólares no país.

ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA: em geral, os economistas subdividem o modelo macroeconômico em quatro


mercados distintos, de forma a facilitar a análise de cada um e a interação entre eles: 1. mercado de bens e serviços; 2. mercado
de trabalho; 3. mercado financeiro; 4. mercado de divisas (também chamado de mercado de câmbio).

• O grande desafio de se estudar macroeconomia é que um mercado influencia os demais, ou seja, para que uma análise
correta seja feita, deve ser levada em conta a interação entre os mercados. Dessa forma, a taxa de juros, determinada no
mercado financeiro, afeta a demanda no mercado de bens e serviços, o que afetará o nível de renda que, por sua vez,
influenciará o mercado de títulos, o qual pertence ao mercado financeiro. Enfim, as
variáveis e os mercados macroeconômicos estão todos interligados.

• Assim, a macroeconomia tem como funções: a) explicar como esses mercados funcionam e como eles interagem; b) em que
velocidade as forças da oferta e da demanda poderão levá-los ao equilíbrio; c) estudar como os instrumentos de política
macroeconômica podem agilizar o direcionamento destes em direção ao equilíbrio.

• Mercado de bens e serviços: No mercado de bens e serviços, são determinados o nível de produção agregada e o nível de
preços, os quais estão condicionados ao nível de demanda e oferta agregada.

• Mercado de Trabalho: Na análise macroeconômica do mercado de trabalho, não se distinguem os diferentes tipos de
atividades e nem há segmentação pela qualificação dos trabalhadores. Isto porque o mercado de trabalho trata todos os
trabalhadores como parte de um único conjunto. As variáveis determinadas nesse mercado são o nível de emprego e os
salários nominais. Assim, a demanda por mão de obra depende de seu custo efetivo e do nível de produção desejado pelas
empresas. Já a oferta depende do nível de salários oferecidos e da evolução da população economicamente ativa. O equilíbrio
é atingido quando a demanda agregada iguala a oferta agregada.

• Mercado Financeiro: O mercado financeiro abrange o mercado monetário e o mercado de títulos. No mercado monetário
são determinados a taxa de juros e o estoque de moeda, ou meio de pagamentos. A oferta de moeda é determinada pelo
Banco Central e pelos bancos comerciais. No mercado de títulos, os agentes superavitários compram títulos dos deficitários.
Tais títulos podem ser emitidos tanto pelos governos como por empresas. Além disso, o mercado de títulos e o mercado
monetário estão conectados, pois, quando o governo deseja, por exemplo, colocar mais moeda no mercado ou aumentar o
crédito, ele recompra títulos públicos; quando deseja enxugar liquidez do mercado, vende títulos, geralmente, oferecendo
uma taxa de juros maior, ou seja, mais atrativa. Portanto, a taxa de juros é determinada tanto pelo mercado de títulos como
pelo mercado monetário.

• Mercado de divisas: O mercado de divisas compreende as transações de um país com o resto do mundo. A oferta de divisas
é composta pelos recursos advindos das exportações e pela entrada de capital financeiro (investimentos em mercado
financeiro e de capitais). Já a demanda de divisas é composta pelo volume de importações e pela saída de capital financeiro.
A variável que é determinada nesse mercado é a taxa de câmbio, ou seja, o preço da moeda nacional em termos de outras
moedas. Como já foi comentando, no Brasil, o regime cambial é o de Dirty Float, por meio do qual o Banco Central pode
interferir nesse mercado, por exemplo, comprando ou vendendo moedas quando julgar adequado ou necessário.

5 - CONTABILIDADE NACIONAL

SETORES DA ECONOMIA E AGENTES ECONÔMICOS: Podem ser divididos em: setor primário, setor secundário e setor terciário.

* Primário: abrange a produção da agricultura, pecuária, pesca e extração vegetal.


* Secundário: faz parte desse setor a produção da indústria e da extração mineral.
* Terciário: serviços, comércio, transportes, comunicações e serviços públicos. Já os agentes econômicos podem ser definidos
como as entidades que realizam as transações econômicas. Estão classificados em empresas, famílias, governo e o resto do
mundo.

• Já os agentes econômicos podem ser definidos como as entidades que realizam as transações econômicas. Estão classificados
em empresas, famílias, governo e o resto do mundo.

* Empresas: são os agentes produtores de bens e serviços. Para produzir bens e serviços, compram os fatores de produção das
famílias (terra, capital e trabalho), pagando a estas uma remuneração.
* Famílias: são as entidades que fornecem os fatores de produção às empresas e, numa economia completa, também ao
governo.
* Governo: é constituído pelos órgãos da Administração Direta, de nível federal, estadual e municipal, que prestam serviços que
são consumidos pela coletividade, como a defesa nacional, a administração da justiça, a educação etc. O governo não tem o
objetivo de obter lucro, e suas empresas públicas e de sociedade mista estão incluídas como empresas.
* Resto do mundo: são todas as entidades que praticam atos econômicos com o país em que se elabora a contabilidade social
e que tenham a sua residência fora das fronteiras geográficas deste.

FLUXO CIRCULAR DO PRODUTO, DA RENDA E DO DISPÊNDIO:

• A macroeconomia utiliza o fluxo circular da renda para estudar como são formados o produto e a renda gerados pela
atividade econômica.

• Podemos medir o resultado da atividade econômica do país por três óticas: • a ótica da produção e venda de bens e serviços
finais na economia, conhecida como ótica do produto (que observa os bens e serviços produzidos) e do dispêndio (que
observa a economia pelas despesas para a produção dos bens e serviços). A ótica do produto e a do dispêndio são medidas
pelo mercado de bens e serviços • a ótica da renda gerada no processo de produção é chamada de ótica da renda. É medida
pelos fatores de produção, ou seja, salários, juros, aluguéis e lucros.

PRODUTO NACIONAL: O produto de uma economia é representado pelo valor de todos os bens e serviços finais produzidos em
determinado período de tempo. Bens finais porque não se consideram os bens e serviços intermediários, como matéria-prima
e componentes, para que não haja múltipla contagem. O produto é definido por um período de tempo, ou seja, o produto
brasileiro de 2016 são todos os bens e serviços produzidos e realizados em 2016. Os estoques anteriores a esse ano não contam
como produto de 2016, e sim numa conta de variação de estoques. O produto de uma economia é a soma dos produtos do setor
primário, secundário e terciário.

DESPESA NACIONAL: revela quais são os setores compradores do Produto Nacional, ou seja, representa os gastos dos agentes
econômicos ou quais os setores compradores do Produto Nacional. Suponha que o país produza apenas soja e trigo e que as
famílias, as empresas, o governo e alguns países de fora comprem o que nossa simples economia produziu. Esta seria a Despesa
Nacional, que é o gasto dos agentes econômicos com o Produto Nacional.

RENDA NACIONAL: Como mencionado anteriormente, o consumo das famílias ocorre a partir da renda obtida das empresas.
Assim, podemos afirmar que a renda das famílias, também chamada de Renda Nacional, representa a soma dos rendimentos
pagos aos fatores de produção no período analisado. Ou seja, é o total de pagamentos feitos aos fatores de produção que foram
utilizados para a obtenção do produto da economia. Assim, as remunerações dos fatores de produção são pagas às famílias.

VALOR ADICIONADO: De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), o Valor Adicionado, ou valor agregado, é aquele que se
adiciona ao produto em cada estágio da sua produção. O método do Valor Adicionado (VN) consiste em calcular o que cada
ramo de atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. O Valor Bruto da Produção (VBP)
é o faturamento, a receita de vendas de cada setor produtivo. É a renda gerada por cada setor de atividade na cadeia de
produção. Retirando da receita de vendas os gastos com a compra de bens intermediários, o que sobra é a remuneração dos
fatores de produção de cada setor.

FORMAÇÃO DE CAPITAL: POUPANÇA, INVESTIMENTO E DEPRECIAÇÃO: Como é destacado por Vasconcellos e Garcia (2014),
vamos admitir que as famílias não gastem toda a sua renda em bens de consumo. Ou seja, elas também guardam recursos sob
a forma de poupança, para que possam consumir no futuro. Por outro lado, as empresas também não produzem apenas bens
de consumo, mas também bens de capital, os quais elevarão a capacidade produtiva daquela economia.

• Assim, devemos introduzir em nossa análise os conceitos de Poupança, Investimento e Depreciação, em nível agregado.

* A poupança agregada (S): representa a parte da renda, ou do Produto Nacional, não utilizada para consumo no período de
análise. Ou seja, ela representa a poupança que fazemos para cobrir imprevistos ou para gastos futuros de maior valor.

* Investimento agregado: é o gasto com bens de capital novos (representam aumento na capacidade produtiva) pelas empresas
com o objetivo de ampliar ou melhorar a sua capacidade produtiva. Além dos gastos com bens de capital (máquinas e
equipamentos novos) na economia, quando as famílias compram imóveis novos, estes também são considerados
investimentos porque aumentam a capacidade de consumo da economia. Esses dois tipos de investimento também são
chamados de Formação Bruta de Capital Fixo. Quando há variação de estoques na economia, ou seja, quando não foi
consumido tudo o que foi produzido, essas variações são consideradas também investimentos, sendo contabilizadas,
conforme já dissemos como Variação de Estoques.

* Depreciação é o consumo do estoque de capital físico em dado período. Note que as máquinas e equipamentos também
sofrem desgaste, mas as empresas computam esse desgaste (Depreciação) em parcelas, as quais são abatidas do lucro das
empresas. Então, o Investimento é contabilizado de duas maneiras diferentes, incluindo ou não a Depreciação: Investimento
Bruto = Investimento sem descontar a Depreciação; Investimento Líquido, ou Formação Líquida de Capital ou Acumulação
Líquida de Capital, é o investimento total, ou bruto, menos a depreciação

• Identidade contábil entre Poupança e Investimento: são as poupanças das famílias que financiam os investimentos das
empresas, e a ponte entre ambos é feita pelo mercado financeiro. A renda não consumida pelas famílias é aplicada na
aquisição de ativos financeiros, como depósitos, títulos, fundos de investimento, que rendem juros. Assim, as instituições
financeiras colocam esse dinheiro à disposição das empresas, que realizam os seus investimentos. Além disso, os lucros que
as empresas não distribuem por algum motivo e os gastos em Depreciação também são investimentos.

OS AGREGADOS RELACIONADOS AO SETOR PÚBLICO

* Receita Fiscal A receita do governo é composta principalmente pela arrecadação de impostos, mas, também por algumas
outras receitas: impostos indiretos (IPI e ICMS; impostos diretos: incidem sobre pessoas físicas e jurídicas (IR); contribuições
à previdência social: tanto por parte de empregados como por parte de empregadores; outras receitas: por exemplo, taxas,
multas, pedágios, aluguéis.

* Gastos do governo: dividem-se em três categorias (Vasconcellos e Garcia, 2014): • gastos de ministérios e autarquias; • Gastos
das empresas públicas e sociedades de economia mista; • gastos com transferências e subsídios.

* Superávit ou déficit público Quando o governo tem um total de arrecadação maior do que os gastos públicos, consideramos
que ocorreu superávit das contas públicas; quando ocorre o oposto temos déficit das contas públicas. Ao descontarmos do
total arrecadado dos gastos públicos e excluirmos os juros da dívida pública (interna e externa), temos o conceito de superávit
primário ou déficit primário.

OS AGREGADOS RELACIONADOS AO SETOR EXTERNO

• Exportações e importações: Os conceitos de exportações e importações são bastante simples: as exportações representam
as vendas, para estrangeiros, de mercadorias produzidas no país; as importações são as compras que fazemos de produtos
estrangeiros. Assim, as exportações trazem renda para o país, enquanto as importações levam a Renda Nacional para o
exterior.

PRODUTO INTERNO BRUTO, PRODUTO NACIONAL BRUTO E RENDA LÍQUIDA DO EXTERIOR.

* Produto Interno Bruto (PIB): O principal indicador de crescimento econômico de um país. O PIB é a soma de todos os bens e
serviços finais produzidos dentro do território nacional, num dado período, a preço de mercado.

* Produto Nacional Bruto: Ao somarmos a Renda Líquida Enviada ao exterior ao PIB, temos o Produto Nacional Bruto (PNB),
que representa a renda que efetivamente pertence aos residentes do país

6 - MERCADO DE BENS E SERVIÇOS

O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS: O LADO REAL (MODELO KEYNESIANO BÁSICO)

• A corrente keynesiana surge a partir de uma crise do sistema de produção capitalista. O capitalismo não pode ser regido
somente pelo livre mercado. Keynes aponta que o Estado deve ter um papel na economia, desenvolvendo políticas de
intervenção, promoção e regulação no sentido de promover o desenvolvimento capitalista.

• Keynes aponta em sua obra que o volume de emprego e o nível de produção nacional de uma economia são determinados
pela demanda agregada ou efetiva, que é composta pelos totais gastos em consumo e investimento. Portanto, para ele o
consumo e o investimento é que movimentam a economia de um país.

• As decisões de investimento ocorrem a partir da expectativa futura de rendimento em relação à taxa de juros no mercado.
Se antes de investir em uma empresa se tem uma expectativa de retorno desse valor investido maior do que o pagamento
da taxa de juros num ativo financeiro, o investimento será feito; caso contrário, o dinheiro será utilizado no mercado
financeiro e não na produção de bens/serviços.

HIPÓTESES DO MODELO KEYNESIANO: O modelo keynesiano tem alguns pressupostos, ou hipóteses, a partir das quais o modelo
é construído. São eles: existe o desemprego de recursos (ou subemprego); o nível geral de preços é constante; a oferta agregada
potencial é fixa no curto prazo; há o princípio da demanda efetiva.

• Desemprego de recursos ou subemprego: O modelo macroeconômico básico criado por Keynes pressupõe a possibilidade
do desemprego, ou do equilíbrio abaixo do pleno emprego, assim, quando a produção está abaixo do seu potencial, as
empresas estão com capacidade ociosa e parte dos trabalhadores está desempregada.

• Nível geral de preços constante: Dado que a economia está em nível de subemprego, as empresas não elevam os preços de
seus produtos. E, na fase de recuperação, caso haja um aumento de demanda, as empresas aumentarão a produção e não
os preços. Uma vez que a economia está em subemprego, ou seja, há capacidade ociosa, não há razão para que as empresas
elevem os seus preços.

• Curto prazo: No curto prazo, assume-se que os fatores de produção são fixos, ou seja, que o estoque de fatores de produção
(mão de obra, capital, tecnologia) permanece constante. Pode existir, por exemplo, um estoque de 80 milhões de
trabalhadores disponíveis, mas apenas 10% não estão sendo utilizados. Dessa forma, ao supor a existência do desemprego,
nesse modelo, o objetivo principal da política econômica é criar empregos para esses 10% de mão de obra desempregado,
no curto prazo.

• Oferta agregada(OA): demonstra o valor total da produção de bens e serviços finais colocados à disposição da coletividade
num dado período. Além disso, a oferta agregada varia em função da disponibilidade dos fatores de produção. São eles: mão
de obra, estoque de capital e nível de tecnologia. Existe uma diferença entre a oferta agregada potencial e a oferta agregada
efetiva.

* oferta agregada potencial, temos a produção máxima da economia, ou seja, quando são utilizados todos os fatores de
produção. Na OA potencial toda a população economicamente ativa está empregada, não há capacidade ociosa nas empresas
e a tecnologia disponível está sendo empregada, ou seja, não há como aumentar a produção de bens e serviços nessa
economia;

* oferta agregada efetiva, temos a produção que realmente está sendo utilizada pelo mercado, podendo ocorrer sem a
utilização total dos fatores de produção. Na OA efetiva ela atende à demanda do mercado, mesmo que apresente algum
nível de desemprego, alguma capacidade ociosa e possibilidade de atualização da tecnologia.
• Demanda agregada: também chamada de despesa nacional, quando se encontra completa, com as despesas de todos os
agentes econômicos, representa todos os gastos planejados de todos os quatro agentes macroeconômicos: famílias (C),
empresas (I), governo (G) e setor externo (X e M).

EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO: Para determinação do equilíbrio, há algumas observações importantes a serem feitas: • a
renda de equilíbrio ocorre quando a oferta agregada iguala a demanda agregada (OA = DA), e não necessariamente é a renda
de pleno emprego; • do exposto no item anterior decorre que o equilíbrio não indica necessariamente algo desejável, pois pode
estar existindo um grande volume de recursos não empregados; • é um equilíbrio macroeconômico esperado, planejado (ex
ante), e não o equilíbrio efetivo (ex post).

COMPORTAMENTO DOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS NO MERCADO DE BENS E SERVIÇOS

• Consumo Agregado: o consumo global, ou agregado, de um país é influenciado por vários fatores. São eles: a Renda Nacional,
o estoque de riqueza (ou patrimônio), a taxa de juros de mercado, a disponibilidade de crédito, as expectativas sobre a renda
futura e a rentabilidade das aplicações financeiras.

• Apesar disso, os estudos empíricos mostram que as decisões de consumo da coletividade são influenciadas principalmente
pela Renda Nacional disponível, a qual é definida como a Renda Nacional menos os impostos . Ou seja, a renda disponível é
aquela que o consumidor pode usar livremente, seja para poupar ou para consumir. Portanto, há uma relação direta entre
consumo e renda, isto é, quando a renda aumenta, o consumo também se eleva.

• Poupança Agregada: A poupança pode ser definida como uma parte residual da Renda Nacional que não é gasta em bens de
consumo, em dado período de tempo.

• Investimento agregado: o investimento agregado pode ser definido como o estoque de capital que leva ao crescimento da
capacidade produtiva. O investimento pode ser dividido em: • investimento visto como elemento da demanda agregada: é
a fase que gasta apenas com instalações, equipamentos etc., antes do investimento maturar e resultar em acréscimos de
produção; • investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre quando aumenta a capacidade produtiva, após a
maturação do investimento. Hipóteses: • em curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada; • o
investimento é autônomo ou independente da Renda Nacional.

• Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a produção futura. É também conhecido como Formação
Bruta de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em: • investimento visto como elemento da demanda agregada: é a
fase que gasta apenas com instalações, equipamentos etc, antes de o investimento maturar e resultar em acréscimos de
produção; • investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre quando aumenta a capacidade produtiva, após a
maturação do investimento. Hipóteses: • em curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada; • o
investimento é autônomo ou independente da Renda Nacional.

• Vazamentos e injeções de Renda Nacional: Tendo em mente o fluxo circular da renda, ou seja, a ligação já estudada sobre
a relação entre os fatores de produção e as empresas, imagine que vazamentos e injeções podem ocorrer nesse processo.
Os vazamentos são todos os recursos retirados do fluxo básico, ou seja, toda renda recebida pelas famílias que não é dirigida
às empresas nacionais na compra de bens de consumo. Ou seja, os vazamentos são representados por recursos direcionados
à poupança, aos impostos e às importações.

MULTIPLICADOR KEYNESIANO DE GASTOS: O multiplicador de gastos foi um dos principais conceitos criados por Keynes. As
hipóteses do multiplicador são as seguintes: • o processo é iniciado por uma variação autônoma da demanda agregada - DA, ou
seja, um deslocamento da DA devido à variação autônoma de algum de seus elementos (C, I, G, X, M) ou devido a alguma injeção
ou vazamento do fluxo de renda; • o funcionamento do multiplicador supõe uma economia em desemprego; • o lado monetário
é invariável; • o multiplicador tem um efeito perverso: assim como a renda aumenta em um múltiplo, para aumentos da DA, o
contrário também é válido. Ou seja, quedas da renda levarão a quedas maiores na DA.

7 - MERCADO MONETÁRIO

CONCEITO DE MOEDA: Pode-se conceituar moeda como um instrumento que é aceito pela sociedade para o pagamento de
bens e serviços, ou seja, a moeda intermedeia as transações econômicas. É compulsoriamente aceita, pois sua aceitação é
garantida por lei. Essa aceitação por força da lei torna a moeda fiduciária, o que quer dizer que ela é aceita por confiança, uma
vez que não tem lastro em metais preciosos ou demais objetos de valor.

FUNÇÕES DA MOEDA: as principais funções da moeda são as seguintes:


• instrumento de troca: como já pontuado anteriormente, a moeda serve como um meio para troca de bens e serviços;
• unidade de medida (ou unidade de conta): todos os valores de bens e serviços podem ser expressos em unidades monetárias,
representando, portanto, uma medida-padrão;
• reserva de valor: os agentes econômicos podem acumular moeda para adquirir bens ou serviços em datas futuras.

OFERTA DE MOEDA: A oferta da moeda é sinônimo de meios de pagamento, e pode ser definida como “o estoque de moeda
disponível para uso da coletividade (setor privado não bancário) a qualquer momento”. Estão inclusos nos meios de pagamento
a moeda que está em poder do público mais a moeda que está depositada em bancos comerciais sob a forma de depósitos à
vista.

• Monetização e desmonetização da economia: Vasconcellos e Garcia (2014) observam que pode ocorrer a monetização ou
desmonetização da economia. A inflação provoca a desmonetização, pois, nesse caso, as pessoas buscam aplicações que lhes
deem rentabilidade para, assim, proteger seu dinheiro da corrosão inflacionária. Quando não há inflação, as pessoas tendem
a manter mais recursos em conta-corrente, ou seja, sem rentabilidade.

De acordo com Vasconcellos (2007), o setor bancário pode criar ou destruir moeda. Como os bancos comerciais têm permissão
para emprestarem os valores depositados em conta-corrente pelos seus clientes, eles conseguem emprestar uma quantia
maior do que aquelas que eles têm como suas reservas monetárias. Dessa forma, conseguem multiplicar a moeda em
circulação e disponível ao público em geral (pessoas físicas e empresas).

OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL: No Brasil, a autoridade monetária é representada pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) e pelo Banco Central. O CMN coloca as normas que devem ser seguidas, e o Banco Central as executa e fiscaliza,
sendo o responsável por executar a política monetária e cambial do país. As funções do Banco Central são as seguintes:

* execução de política monetária: controlar a oferta de moeda e crédito, a qual corresponde à sua primeira e mais importante
função;
* banco emissor: é o único responsável pela emissão de moeda (papel ou metálica), ou seja, tem o monopólio das emissões;
* banco dos bancos: como os bancos podem ter excesso ou falta de recursos, o Banco Central aceita depósitos dos demais
bancos e, se necessário, supre a sua falta de recursos;
* banco do governo: recebe depósitos do governo e pode lhe conceder créditos;
* controle e regulação da oferta de moeda: é por meio do Banco Central que o governo coloca em prá- tica a política monetária;
* execução da política cambial e administração do câmbio: administra o câmbio e as reservas de divisas internacionais do país,
ou seja, coloca em prática a política cambial;
* fiscalização das instituições financeiras: O Banco Central lança mão de vários instrumentos para poder cumprir suas várias
funções, e esses instrumentos de política monetária são: as emissões, os depósitos compulsórios, as operações de mercado
aberto, as operações de redesconto e a regulamentação da moeda e do crédito.
* Controle de emissões: O Banco Central controla o volume de moeda manual da economia (papel-moeda e metal).
* Depósitos compulsórios, ou reservas compulsórias: são o percentual dos depósitos à vista que devem ser mantidos
obrigatoriamente pelos bancos comerciais no Banco Central. Por meio dos depósitos compulsórios, o Banco Central pode
administrar a quantidade de moeda disponível, assim, um aumento da taxa de depósitos compulsórios leva a uma queda dos
meios de pagamento, pois, ao ter que depositar um valor maior no Banco Central, os bancos comerciais terão menos dinheiro
para emprestar ao público.
* Operações de mercado aberto (open market): O Banco Central compra e vende títulos públicos para injetar ou tirar dinheiro
do mercado. Quando o Banco Central vende títulos, capta dinheiro do mercado, portanto, tira moeda de circulação. Quando
o Banco Central compra títulos públicos, joga moeda no mercado. Portanto, no primeiro caso, está praticando uma política
monetária restritiva e, no segundo, uma política monetária expansionista.
* Operações de redesconto: A taxa de redesconto é a taxa cobrada pelo Banco Central para emprestar dinheiro aos bancos
comerciais quando estes estão com eventuais problemas de liquidez.

OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAIS: Os bancos comerciais, apesar de não emitirem moeda, também podem
interferir na oferta de moeda na economia. Os bancos têm uma carta patente que lhes permite emprestar mais do que têm em
depósitos. Assim, apesar de não emitir moeda física, o banco comercial cria moeda porque pode fazer promessas de pagamento
com os recursos que são depositados pelo público. Esse fato permite que se crie um mecanismo multiplicador dos depósitos
realizados nos bancos.

• Multiplicador monetário: Os bancos comerciais podem, então, aumentar a oferta de meios de pagamento não com a
emissão de moeda física, mas, escritural. Ou seja, o sistema bancário pode criar moeda em valores múltiplos de uma quantia
monetária inicial que tenha sido depositada pelos clientes.
MODELO KEYNESIANO DE DEMANDA POR MOEDA: A demanda por moeda corresponde à quantidade de moeda que o setor
privado não bancário retém: o público, os cofres de empresas, os depósitos à vista nos bancos comerciais. A pergunta que se
coloca é: por que reter moeda, se existem alternativas mais rentáveis para guardar os recursos financeiros, já que investimento
em ativos geram rentabilidade? Para o modelo keynesiano, os motivos são:

* transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos do dia a dia: alimentação, transporte, aluguel, dentre
outros;
* precaução: devido às incertezas quanto às datas de recebimentos e de pagamentos ou a imprevistos;
* especulação ou portfólio: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos, imóveis etc.). A moeda é um ativo que não
rende juros, mas possui liquidez, portanto, ao deixar uma parte de seu portfólio em moeda, torna-se possível aproveitar
oportunidades em outros mercados. Os títulos pagam rendimento, mas seu valor oscila em função de mudanças da taxa de
juros. Quando os juros sobem, o preço dos títulos cai. Quando os juros estão baixos e um investidor espera (especula) que
subam logo, ele vende títulos e demanda moeda, visando a preservar o valor de seu patrimônio por meio da busca de novas
aplicações.

O PAPELA DA TAXA DE JUROS

• A taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do
empréstimo, para os tomadores. Uma taxa de juros alta gera como consequências:

1. aumento do custo para os tomadores de fundos;
2. aumento do custo de oportunidade em estocar mercadorias, dada a atratividade de aplicar no mercado financeiro;
3. incentivo ao ingresso de recursos de outros países;
4. freio na atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, estimulando a especulação no mercado
financeiro;
5. aumento do custo da dívida pública interna.

• Taxa de juros nominal e taxa de juros real: A taxa de juros nominal é aquela divulgada nos jornais, cobrada pelos bancos,
nos crediários de loja, no cheque especial etc. Porém, existe a taxa real de juros, que é obtida descontando-se da taxa nominal
a inflação do período.

O SISTEMA FINANCEIRO: O sistema financeiro representa o canal que permite a transferência de recursos dos agentes
econômicos superavitários (os poupadores) para os agentes econômicos deficitários (investidores). Os chamados investidores
são aqueles dispostos a investirem na economia produtiva, empresas, fábricas etc. Eles demandam recursos para levar a cabo
esses seus investimentos. Assim, pode-se dizer que o sistema financeiro representa um sistema de intermediação entre esses
dois tipos de agentes econômicos. Sem a existência desse sistema, o crescimento econômico seria dificultado, pois os agentes
teriam que buscar, individualmente, alguém que estivesse disposto a emprestar ou a tomar emprestado recursos para o prazo
e condições que lhes fosse mais convenientes. Porém, o sistema financeiro viabiliza a realização de financiamentos para prazos
distintos, minimizando riscos e atendendo às necessidades das partes envolvidas.

• Segmentos do sistema financeiro: O mercado financeiro pode ser segmentado em cinco grandes mercados: o mercado
monetário, o mercado de crédito, o mercado de capitais, o mercado cambial e o mercado de seguros, capitalização e
previdência privada.
* Mercado monetário, esse mercado abrange as operações de curtíssimo prazo, as quais suprem a necessidade de recursos de
vários agentes econômicos. As operações nesse mercado evitam variações acentuadas de liquidez para os bancos. Abrangem
as operações de open market, hot money, Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI, os quais são caracterizados por
empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos).
* Mercado de crédito, esse mercado tem a função de atender às necessidades de crédito a curto, médio e longo prazo, sendo
as operações mais freqüentes aquelas relacionadas ao crédito ao consumidor para a compra de bens duráveis e ao
financiamento de capital de giro para as empresas. A oferta de crédito nesse segmento vem principalmente das instituições
bancárias. No caso de empréstimos de prazo mais longo, em geral, estes são supridos principalmente pelo Banco do Brasil e
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
* Mercado de capitais (ou mercado de valores mobiliários): O mercado de capitais financia, em sua maioria, as necessidades de
capital de médio e de longo prazo das empresas, ou seja, necessidades relacionadas à produção, abrangendo poucos títulos
de curto prazo, porém, também relacionados às necessidades de capital de empresas. São recursos, em geral, direcionados
à produção e intermediados por instituições não bancárias, como as corretoras e bolsas de valores.
* Mercado cambial: o mercado cambial é onde se determina a taxa de câmbio, influenciada pela oferta e pela demanda de
divisas (moedas estrangeiras) e pela política cambial que as autoridades determinam. O mercado cambial está sob a alçada
do Banco Central, sendo autorizados a operar nesse mercado os bancos e as casas de câmbio.
* Mercado de seguros, capitalização e previdência privada No mercado de seguros, capitalização e previdência privada,
negociam-se ativos destinados à cobertura de finalidades específicas ligados à segurança e proteção de patrimônio (seguros)
e obtenção de aposentadorias e pensões, ou os produtos de previdência privada.

MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO: É importante ressaltar que os ativos podem ser negociados tanto no mercado
primário como no mercado secundário. Quando o ativo é emitido e negociado pela primeira vez, está sendo negociado no
mercado primário. Já quando quem o adquiriu vende-o para um terceiro, trata-se do mercado secundário. Por exemplo, no
mercado acionário, quando a empresa emite as ações e as vende ao público pela primeira vez, é uma operação de mercado
primário. Quando esses primeiros investidores revendem as ações a terceiros, trata- -se de operações do mercado secundário

8 - SETOR EXTERNO

SETOR EXTERNO E A GLOBALIZAÇÃO

GLOBALIZAÇÃO: No entendimento da economia, a globalização nada mais é do que o aumento das trocas de informação, ao
aumento das transações econômicas e da difusão dos valores políticos e morais em escala mundial. O processo de globalização
proporciona o aumento das trocas de informação que afetam as pessoas, as empresas, os movimentos sociais e os governos.
Além disso, a globalização influencia numa maior troca de bens, serviços e investimentos ao redor do mundo, assim como nos
valores morais e políticos de todo o mundo.

• A globalização pode ser dividida nas seguintes esferas ou áreas de influência: • globalização tecnológica; • financeira; •
produtiva; • comercial.

TAXA DE CÂMBIO: A taxa de câmbio nominal é o preço da moeda (divisa) estrangeira, em termos da moeda nacional. A taxa de
câmbio é a medida de conversão da moeda nacional na moeda de outros países, e isto se faz necessário para que se fixe a
relação de troca entre elas. As taxas de câmbio podem ser determinadas de dois modos: por meio das autoridades econômicas
com a fixação de taxas, ou pelo funcionamento do mercado no qual as taxas flutuam automaticamente em decorrência da
pressão de oferta e demanda. Quando a taxa de câmbio encontra-se elevada, significa dizer que a moeda nacional encontra-se
desvalorizada, e o inverso também poderá acontecer, então, nesse caso, a moeda desvalorizada será a moeda estrangeira frente
à moeda nacional. A inflação pode ser controlada pela taxa de câmbio, pois se a moeda nacional está valorizada, as importações
passam a competir com os produtos nacionais que, por sua vez, são forçados a manter preços competitivos com os produtos
importados e, dessa forma, mantendo a inflação sob controle.

• Taxa de câmbio nominal e taxa de câmbio real: As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais.
Os dois preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de câmbio real. A taxa de câmbio
nominal é a taxa pela qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país, já a taxa de câmbio real é a taxa
pela qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens
domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens
estrangeiros em relação a uma cesta brasileira. Portanto, a taxa de câmbio real é um fator-chave na determinação de quanto
um país exporta e importa.

• Valorização e desvalorização cambial: A taxa de câmbio é determinada pela oferta e demanda de divisas. A oferta de divisas
depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos; a demanda de divisas depende do volume das
importações e da saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros etc.).

POLÍTICAS EXTERNAS: O governo pode atuar na área externa por meio de duas políticas, a cambial e comercial. A política cambial
diz respeito às modificações da taxa de câmbio, e a política comercial se refere aos mecanismos de interferência no fluxo de
mercadorias e serviços.

• Política cambial: A política cambial depende do regime de taxas de câmbio que um país decide adotar. Pode-se dizer que há
dois grandes tipos de regime cambial, o de taxas fixas e o de taxas flutuantes de câmbio.
* Taxas fixas de câmbio: a taxa de câmbio é fixada antecipadamente pelo Banco Central e compromete-se a prover o mercado
(exportadores, turistas etc.) negociando as moedas estrangeiras (divisas) à taxa fixada. Como a taxa está fixa, o que se ajusta
são a oferta e a demanda ao valor fixado.
* Taxas de câmbio flutuantes ou flexíveis: a taxa de câmbio varia de acordo com o mercado, ou seja, de acordo com a demanda
e a oferta de divisas. Portanto, ocorre o oposto do que ocorria no caso anterior: é a taxa de câmbio que se ajusta ao mercado,
e não ao contrário. Assim, o Banco Central não tem o compromisso de comprar divisas no mercado .

• Política comercial: Alem da política cambial, o governo administra a política econômica externa por meio também da política
comercial. A política comercial lança mão de mecanismos que influenciam ou que interferem no fluxo de mercadorias e
serviços com outros países. Há várias ferramentas que podem ser usadas pelo governo para colocar em prática a política
comercial externa, dentre elas, podem ser citadas:
* tarifas sobre importações: se a política adotada visar a proteger a produção interna da concorrência de produtos importados,
em geral, isso é feito pela elevação do Imposto de Importação e de outros tributos e taxas sobre os produtos importados.
Porém, caso o objetivo seja a abertura comercial ou a liberalização das importações, as tarifas sobre produtos importados
são fixadas em patamares inferiores;
* regulamentação do comércio exterior: podem ser colocados entraves burocráticos que dificultam as transações com o
exterior, ou o estabelecimento de cotas ou proibições às importações de determinados produtos, o que representa barreiras
qualitativas às importações;
* subsídios fiscais e/ou monetários para exportações: nesse caso, o governo dá incentivos aos exportadores para que os
produtos nacionais fiquem mais competitivos no comércio externo.

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES: As exportações representam o ingresso de divisas no país pelas transações comerciais
realizadas. De forma análoga, as importações representam a saída de dividas do país, por meio de compras de bens e serviços
do país no mercado internacional.

• Exportações: observam que as exportações são influenciadas, ceteris paribus, pelos seguintes fatores:
* preços externos em dólares: caso os preços dos produtos nacionais se elevem no mercado internacional, os exportadores se
sentirão impelidos a produzir mais e a vender mais, portanto, os preços externos provocarão um aumento das exportações
nacionais;
* preços internos em reais: se o preço dos produtos potencialmente exportáveis se elevarem no mercado nacional, os
exportadores podem ser impelidos a vender dentro do país, e não no mercado externo;
* taxa de câmbio nominal (reais por dólar): se a taxa de câmbio nominal subir, ou seja, caso seja necessário mais reais para
comprar uma unidade de moeda estrangeira, as exportações deverão ser estimuladas, pois os exportadores receberão mais
reais pela mesma quantidade de dólares.

• Outra forma pela qual a desvalorização cambial pode estimular as exportações é pela maior demanda de compradores
externos, uma vez que, com a mesma quantidade de dólares, eles poderão comprar mais produtos brasileiros:
* renda mundial: caso ocorra uma elevação da renda mundial, o comércio internacional será estimulado, o que deverá ter um
impacto positivo nas exportações brasileiras, uma vez que os compradores estão com mais recursos para adquirirem nossos
produtos. O oposto também é verdadeiro: a queda da renda mundial deverá ter um impacto negativo nas nossas
exportações;
* subsídios e incentivos às exportações: o governo pode optar por lançar mão de incentivos às exportações para estimulá-las,
por exemplo, por meio de subsídios, como a concessão de empréstimos a exportadores com taxas de juros menores
(subsidiadas), ou o aumento à disponibilidade de financiamentos. Também podem ser utilizados outros incentivos, tais como
os fiscais, por exemplo, e isenções de impostos.

• As importações, por sua vez, são influenciadas por:


* preços externos
* preços internos, em reais
* taxa de câmbio nominal
* renda e produto nacional (y)
* tarifas e barreiras às importações

• BALANÇO DE PAGAMENTOS NO BRASIL: O balanço de pagamentos é o registro sistemático estatístico-contábil das


transações econômicas realizadas entre residentes e não residentes de um país durante determinado período de tempo. São
computadas em determinado período todas as transações de pagamentos incluindo fretes, seguros e empréstimos obtidos
no exterior com mercadorias, serviços, capitais físicos e financeiros entre o país e o mundo.

• O Balanço de Pagamentos está subdividido em:


* balança comercial
* balanço de serviços e rendas
transferências unilaterais correntes
* balanço de transações correntes
* conta capital e financeira
* erros e omissões

• Órgãos internacionais: Alguns eventos de grandes proporções influenciaram as economias de praticamente todos os países
do mundo, o que se refletiu nas relações internacionais. Esses eventos foram as duas guerras mundiais e a Grande Depressão
de 1930.
• Foi nesse contexto que surgiram três organizações bastante importantes para o fomento e a regularização do comércio
internacional:
* o Fundo Monetário Internacional (FMI);
* o Banco Mundial;
* a Organização Mundial do Comércio (OMC).

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