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RESUMO
O desenvolvimento desta pesquisa tem como finalidade demonstrar que o processo logístico
e seus procedimentos passam por uma grande transformação, pois com a globalização as
empresas foram buscar alternativas para implantar metodologias mais eficazes em relação à
gestão de transporte, principalmente as que atuam no segmento da carga expressa, courier
e carga fracionada. Portanto, esta proposta investigativa apresenta a tentativa de analisar
opções para esta demanda crescente e ávida de consumo. Com isso, no estudo em questão
há uma abordagem qualitativa, quando traz referências teóricas sobre o assunto e uma
investigação quantitativa.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo demonstrar como há possibilidade de se buscar soluções
adequadas para o mercado, atendendo às novas demandas, realizando um serviço de excelência
a partir de uma gestão de transporte consciente; ao enumerar as características da Gestão
de Transportes relacionando-as às necessidades do mercado atual e do processo logístico
globalizado existente; identificando a melhor condição de trabalho, s do uso de fluxo do sistema
logístico encontrado, minimizando o tempo e o custo, aumentando assim o nível de serviço do
canal de distribuição até o cliente final.
A gestão de transporte eficaz potencializa o processo logístico ao demandar novas
alternativas para as empresas. Iremos pesquisar detalhadamente o melhor transporte a ser
utilizado para entrega de cargas nos grandes centros urbanos. Assim, esta abordagem foca
os procedimentos que se pode adotar para adequar esta roteirização, estudando as leis que
estão em vigor para carga, descarga e os limites de peso, aprimorando critérios de distribuição,
para se obter um atendimento personalizado, buscando soluções, mecanismos, aparatos, que
possibilitem um aumento maior da carga distribuída, minimizando o desconforto do entregador,CADERNOS
de Pesquisa e Extensão
oferecendo qualidade de trabalho.
Para Ballou (2006), a logística é um curso irreversível nas empresas nos dias de hoje,
acerca de uma administração de excelência, agregando valor em todos os processos da cadeia
de suprimentos, desde a compra da matéria-prima até o produto acabado. Portanto, a logística
é uma ferramenta estratégica para agregação dos bens e serviços.
Para Ballou (2006), o custo da logística é fator determinante nos custos da conjuntura
macroeconômica, bem como nas empresas com um todo. A logística tem como uma das funções
estimar e determinar custos.
2 DESENVOLVIMENTO
3 LÓCUS DA PESQUISA
Para Ballou (2006), as tomadas de decisões que envolvem o transporte e seus modais em
consonância com a localização do CD e o estoque são fatores preponderantes no planejamento
para minimizar o custo, atendendo à demanda de acordo ao nível de serviço adequado. Portanto,
se usarmos um planejamento estratégico envolvendo todas as áreas envolvidas, teremos
condições de minimizar os custos e aumentar a rentabilidade da empresa.
É o caso da multinacional Coca-Cola, que sai da fábrica com carga máxima no caminhão e
estaciona em um lugar estratégico no bairro, para dividir, fracionar sua carga em pequenos lotes
e assim efetuar as entregas necessárias por moto ao seu destino final, o cliente. Tendo em vista
que esta operação nos moldes conhecidos acarretaria problemas para a transportadora, com
multa por estacionamento em local proibido de carga e descarga,
CADERNOS
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O planejamento logístico procura resolver quatro grandes áreas de problemas:
níveis de serviços aos clientes, localização das instalações, decisões sobre estoques
e decisões sobre transportes. [...] Cada uma delas tem significativo impacto sobre o
4 projeto do sistema. (BALLOU, 2006, p. 53).
Para Ballou (2006), o planejamento logístico tem que estar em consonância com todas as
áreas da logística, para a tomada de decisões. Certamente o planejamento logístico é fundamental
para as tomadas de decisões, influenciando diretamente nos níveis de serviço ao cliente.
Mais que qualquer outro fator, o nível do serviço logístico proporcionado aos clientes
afeta radicalmente o projeto do sistema. Serviços mínimos possibilitam um número
menor de locais de estocagem e transportes mais baratos. Bons serviços [...] deve ser a
determinação de níveis apropriados de serviço aos clientes. (BALLOU, 2006, p. 53-54).
Para Ballou (2006), o trade off entre os custos e o nível de serviços tem que se ajustar
de acordo ao seu público-alvo, pois existem necessidades do nível de serviços apropriadas a
cada cliente. Outro estudo de caso é a empresa Netshoes, que vende calçados esportivos de
fabricantes renomados como Nike, Adidas, entre outros. Iremos pontuar como é o funcionamento
da compra online, a saber:
a) o site da Netshoes está em toda a rede, nos principais “sites” de relacionamento e de
compras coletivas;
b) o comprador visualiza o produto na rede, o primeiro chamado são as cores vibrantes
do calçado, depois fabricante e por último o preço;
c) ocorre a venda, que pode ser parcelada no cartão de crédito das principais bandeiras
da rede bancária em até 12 x sem juros, ou no débito em conta corrente com desconto;
d) faz-se o cadastro, com a confirmação de todos os dados pessoais e de entrega;
e) emite-se nota fiscal e neste momento pergunta-se ao cliente se quer pagar uma taxa
para entregar mais rápido o produto, com a cobrança de um determinado valor, e a
entrega ocorrerá em até 3 dias; caso não haja, a entrega levará até 7 dias; e
f) o cliente acompanha pelo “site” todo o processo de venda, a finalização da compra, a
transferência do produto no CD para transportadora, até chegar ao destino final.
Consideramos que a empresa Netshoes, que está no mercado desde o ano de 2000, com
um faturamento ultrapassando o valor de 1 bilhão de reais, precisa manter o seu negócio com
precisão, é controlada com “lupa”. No instante que o consumidor finaliza a compra, a equipe tem
duas horas para aprovar o crédito, embalar e despachar o produto. A promessa é de entregar em
até 48 horas, dependendo da região onde o consumidor esteja. A empresa tem 17 transportadores
cadastrados e uma parceria com a ECT em seu CD. A logística de entrega é o foco da empresa,
para evitar imprevistos que possam comprometer sua imagem. Pensando à frente a empresa
inaugurou um novo centro de distribuição no Recife, acompanhando as demandas nas regiões
Norte e Nordeste, reestruturando assim sua área de logística, que dependerá das novas parcerias
com empresas de transporte da região para a distribuição de sua carga. Podemos comparar o
tempo que a empresa efetivamente estabelece como padrão e a realidade, com a amostragem
do tempo do pedido a seguir, que não foi cobrado taxa de entrega, consequentemente o cliente
final esperou por mais dias.
os lucros. Isto é, uma boa gestão da cadeia de suprimentos pode gerar vendas, e
não apenas reduzir os custos. (BALLOU, 2006, p. 36).
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Fonte: Os autores.
Ballou (2006) afirma que o custo de transporte está relacionado ao ponto de partida,
até seu destino, entre outros custos que agregam este serviço. O custo de transporte está
relacionado com o embarque, ponto de início, e ao seu desembarque, ponto final e a agregação
de valores nessas etapas. O prazo final é certamente a principal variável de maior importância
para o consumidor final, no qual possibilita mensurar os atributos que uma transportadora
precisa indicar, como frequência, velocidade, consistência, disponibilidade e capacitação, caso
queira que seu negócio seja um diferencial de mercado.
Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não está ao alcance
dos clientes no momento e lugar adequados ao seu consumo. Quando uma empresa
incorre nos custos de levar ao cliente um produto antes indisponível ou de tornar um
estoque disponível no tempo certo, cria para o cliente valor que antes não existia. E
é valor igual àquele gerado pela produção de artigos de qualidade ou de baixo custo.
É um conceito generalizado [...] principalmente por meio transporte, dos fluxos de
informação e dos estoques. O valor de posse, geralmente sob a responsabilidade do
marketing, engenharia e finanças, [...] considerados responsabilidades do gerente de
logística/cadeia de suprimentos. (BALLOU, 2006, p. 36).
Para Ballou (2006) cliente não pode ficar distante de fornecedor e logística é responsável
por planejar e administrar esses processos. Quanto mais distante o cliente ficar de fornecedor,
os processos necessitaram de ajustas para não causar discrepância nos níveis de estoque. Ainda
segundo Ballou (2006), entre o ponto de origem e do destino tem que haver uma conexão limpa,
refletindo assim no custo direto do transporte. Minimizando os gargalos, pois são formados
quando não há um fluxo limpo entre o ponto de origem e destino.
Percebemos também que as empresas de distribuição de carga fracionada tentam se
eximir das responsabilidades de fixar hora, data e turno para a entrega de produtos e serviços
para os clientes que assim solicitarem, sem inserir qualquer adicional. Porém, a justiça entende
e inclina-se a favor desta operação sem a cobrança de taxas, assim as empresas tentam adequar-
se a uma nova realidade de mercado.
Para Ballou (2006), o tempo de pedido, desde a solicitação do cliente e passando por todos
os processos da CS, tem uma importância na mensuração dos dados e os métodos adotados
para essa gestão. O trade off entre o tempo de pedido e a entrega do produto ao cliente reflete
em todos os processos da CS, desde a compra da matéria-prima, a unidade de transformação,
estoque e o produto final, e são variáveis a se levar em consideração.
4 CONCLUSÃO
A Logística contribui para o sucesso das organizações fornecendo aos clientes entregas
de produtos precisas dentro de prazos. A pergunta-chave é: Quem é o cliente? Do
ponto de vista da Logística, o cliente é a entidade à porta de qualquer destino de
entrega. [...] para o estabelecimento de uma estratégia logística. (BOWERSOX; CLOSS,
2008, p. 63).
Bowersox e Closs (2008) afirmam que o cliente é o ator principal para uma organização.
Entendemos que o cliente é fundamental para uma organização, ele é o propulsor das vendas
e de serviços, é determinante para o sucesso ou fracasso de uma empresa, e implicará em uma
conscientização direta dos empresários e os agentes públicos, que modificar é preciso. Por outro
lado, os Governos, em suas esferas, são responsáveis pela infraestrutura do País, e o que vemos
é a falta de investimentos ao longo dos últimos 20 anos. Em contrapartida, os empresários
estariam dispostos a efetuar investimentos altos sem um planejamento adequado para minimizar
esses problemas? O que constatamos é que a questão do modal rodoviário começa muito antes
de uma simples entrega e envolve outros modais, como o ferroviário, dutoviário, hidroviário
e aeroviário. Desta forma, teremos que mudar profundamente esses conceitos, pois corrigir
problemas, evoluir com as situações é simples, mas envolve vontade de terceiros.
elaborar situações pra que possamos atender essas expectativas de demanda, buscando sempre
transparência e confiabilidade nos serviços prestados. A nova palavra de ordem é eliminar custo,
8
organizar o tempo e aumentar o nível de excelência.
REFERÊNCIAS
CAIXETA FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2001.
SILVA, R. da. Nível de serviço: transporte rodoviário de carga fracionada. O Gerente, São Paulo,
25 maio 2009. Disponível em: <http://ogerente.com.br/novo/artigos_ler.php?canal=11&canall
ocal=41&canalsub2=131&id=2430>. Acesso em: 23 nov. 2015.
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