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White
e na Bíblia.
Política – votar
As Reformas de 1914 nos condenam por nos tornarmos eleitores, pois desta forma
"estamos tomando parte na política". Devemos, irmão (irmã), fazer diferença entre
ser eleitor e ser político ou tomar parte em política. Não existe lei civil
determinando que toda pessoa seja política ou se envolva na política, mas existe lei
determinando que todo indivíduo, sem impedimento legal, seja eleitor. A Bíblia nos ensina:
"Não façam os adventistas do sétimo dia coisa nenhuma que os assinale como
desobedientes da lei (civil) ou a ela contrários". - Manuscrito 117 - A-m 1901.
"Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das
autoridades civis." - 3TS, pág. 45.
Como adventistas, somos apolíticos. Ser eleitor não é ser político. Os testemunhos
condenam que nos envolvamos em política mas não condenam que nos
tornemos eleitores. Aliás, entendemos que os reformistas de 1914 hoje permitem que os
seus membros se tornem eleitores, mas têm que votar em branco ou tornar nulo o voto. É
justo isso perante Deus? Consideramos desonestidade.
As mensagens citadas como proibição para o adventista votar, entendemos, são as que se
encontram em Obreiros Evangélicos, nas páginas 391 e 392:
"Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para
reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para
levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado... os
membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e
violam a lei de Deus, pisando seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar
tais homens em cargos oficiais, pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles
cometem enquanto investidos desses cargos. - Idem, págs. 391, 392. (Destaques
acrescentados)
Na segunda citação, a escritora usa o mesmo verbo, é certo, mas termina dizendo que o
povo de Deus não deve votar para colocar tais homens.... De que homens a irmã White esta
falando? Acima, ela mencionou homens que empregariam sua influência para reprimir a
liberdade religiosa e pôr em execução medidas repressivas contra o sábado e a favor do
domingo. Igualmente, não devemos votar em ninguém que saibamos possa vir a contrariar
a moral, e os bons costumes.
O testemunho que contém as citações em estudo foi dirigido aos mestres e diretores de
nossas escolas. Vê-se que os nossos professores estavam se imiscuindo em
política.
Outras citações da pena da Sra. White que damos abaixo, somadas às que demos acima e
comparadas com outros dados do comportamento da igreja no tempo em que vivia a
profetisa, fazem concluir que não deve a igreja proibir que os seus membros se tornem
eleitores e votem (com dignidade), pois não existia naqueles idos tal proibição na Igreja.
Vejamos:
"Vi que o nosso dever... é obedecer às leis de nossa pátria, a menos que se oponham às que
Deus proferiu com voz audível no Monte Sinai." - 3TS, pág. 59.
Não sabemos quantas pessoas estavam presentes a essa reunião. Entre os vários que
falaram, só um se opôs ao voto. Prossegue o registro no diário:
Vê-se que a irmã White desejou que falhassem os cálculos políticos dos homens da
intemperança, e que os adventistas comparecessem em massa às urnas para
votar a favor dos homens defensores da temperança. No livro Temperança,
lemos uma declaração da Irmã White feita em 1914:
"Não estamos preparados para provar pela Bíblia que seja incorreto para um crente na
terceira mensagem ir, de modo conveniente à sua crença, depositar seu voto. Não o
recomendamos nem nos opomos a isso. Se um irmão deliberou votar, não podemos
condená-lo e temos a mesma atitude para quem não o queira fazer." - R&H
21/8/1860.[1] (Destaque acrescentado).
"A Sra. White jamais votou, e, mesmo que quisesse fazê-lo, não podia, porquanto em todo o
tempo em que viveu, o direito de voto nos Estados Unidos não se havia estendido às
mulheres.” - A. B. Christianini."[3]
Eis uma resolução da nossa Associação Geral que data do ano de 1865:
"Resolvido - Que, a nosso ver, o ato de votar, quando exercido a favor da justiça, do direito
e do bem-estar do homem, é em si inocente, e em certas ocasiões pode ser altamente
conveniente; mas o voto que redunda no fortalecimento de crimes como a intemperança, a
insurreição e a escravatura, reputamos altamente criminoso à vista dos Céus. Mas pedimos
que não se tenha nenhuma participação no espírito de lutas partidárias. "Relatório, da III
Sessão Anual da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia". Também publicado em
R&H, 23/5/1865.[4]
"Daqui se infere uma distinção entre o votar e a política. Uma coisa permitida, e outra
condenada." [5] - Arnaldo B. Christianini.
"O Senhor quer que seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio
é eloqüência.- Obreiros Evangélicos, pág. 391.
"Quanto ao mundo, dirão os cristãos: não nos intrometeremos na política." - TM, pág. 131.
Se o eleitor observar as regras acima, talvez estará não apenas cumprindo um dever cívico,
mas estará também procedendo a um ato cristão.
É difícil para um cristão ser político, mas, dois testemunhos parecem mostrar que não se
deve considerar errado o adventista tornar-se parlamentar, e que isto pode até tornar-se
bênção para a Igreja e para a sociedade. Para isto a pessoa terá que ser um candidato
diferente e de fibra, abstendo-se de tudo que conspira contra as virtudes cristãs, e isto a
partir da forma de divulgação de sua candidatura. Como eleger-se sem se identificar com os
políticos de seu partido? É difícil. Cremos que um crente fiel somente chega a um cargo
político quando isto está nos desígnios de Deus. É oportuno lembrar aqui que nos tempos
bíblicos Deus teve servos Seus em altos postos de governo como foi o caso de José no Egito,
Daniel e seus companheiros nas cortes de Babilônia, e Ester, rainha no império Medo-Persa.
Examinemos as duas citações que temos:
"Querida mocidade, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-
vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais
exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes
assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na
elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada
um de vós estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas.
Aspirai a altura, e não vos poupeis trabalho para alcançá-la." - Mensagens aos Jovens,
pág. 36.
"E muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra
e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas
assembléias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos paços reais, como testemunhas
do Rei dos reis." - Educação, pág.262.
(Destaques acrescentados)
Mas, note bem, meu irmão ou irmã: Não pretenda "alcançar as alturas" sem total
dependência de Deus, Sua vontade, e Seus princípios. Sem isto, não se candidate a nenhum
cargo político. Você poderá se perder.
"No órgão oficial de nossa Igreja, ‘Review and Herald’, de outubro de 1964, lê-se o seguinte:
´Um cristão dedicado deve estar capacitado a votar mais inteligentemente, e, se eleito para
cargo público, servir mais fielmente do que um cristão nominal ou um incrédulo.´" - RA,
10/1978 .
Conclusão:
Irmãos reformistas, a IASD não impõe aos seus membros como "princípios de fé" o que
não é respaldado por um "Assim diz o Senhor".