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A NECESSIDADE DA PSICOTERAPIA

CONCEITO DE TERAPIA
Terapia vem da palavra grega therapeia de therapeúein, e tem os significados de
servir, honrar, assistir, cuidar e tratar. Psicoterapia é um processo de busca de
conhecimento crescimento e desenvolvimento pessoal e principalmente de ajuda.
Tem como objetivo principal ajudar a atenuar o sofrimento humano seja ele expresso
através de crises pessoais, crises profissionais, dificuldades nos relacionamentos
afetivos, distúrbios emocionais refletidos no próprio corpo em forma de doenças e
limitações físicas, fobias, medos, crises de pânico, depressão, timidez, baixa
autoestima, lutos, a angústia muitas vezes vivida em silêncio por vítimas de violência
física e/ou moral, dificuldades escolares, insônia e outros tantos entre uma variedade
imensa de sintomas.
O papel do Psicoterapeuta é iluminar o caminho para permitir que você faça
escolhas, é difícil escolher no escuro. É necessário primeiro que você entenda e
perceba sua forma de se relacionar, suas pautas vinculares. Cada ser humano tem
uma forma pessoal e particular de estabelecer relação com os outros, que
chamamos de pautas vinculares. Estes padrões de vinculação são responsáveis por
inúmeros problemas relacionais. Muitas vezes são inconscientes e quando
conscientes estão muito enraizadas em crenças pessoais aprendidas e alimentadas
ao longo da vida, o que dificulta sua mudança. A pessoa até sabe o que está errado,
o que deveria fazer ou como deveria agir, mas não consegue colocar em prática.
Apesar da similaridade humana, as pessoas são diferentes, justamente por isso,
cada processo de Psicoterapia é único, cada pessoa é especialmente diferente em
suas necessidades, em seu ritmo, e em seus potenciais emocionais, físicos e
intelectuais. Justamente por esses motivos os processos psicoterápicos variam em
duração, e no caminho (metodologias e técnicas) que o Psicoterapeuta utiliza para
alcançar o objetivo proposto no trabalho.
Psicoterapia é um processo de “mão dupla” é necessário alguém que queira ajudar
(Psicoterapeuta), e alguém que queira ser ajudado, mas, principalmente, esteja
disposto a se ajudar. Ninguém ajuda ninguém que não queira ser ajudado.
Quem são os Psicoterapeutas? São os profissionais da área da saúde (Médicos-
Psiquiatras e Psicólogos) que se especializam no tratamento clínico e psicoterápico.
Não é um doutrinador, alguém que vai impor seus valores morais, crenças e
verdades próprias. Também não é um juiz que vai decidir entre certo/errado ou dar
seu parecer sobre o que pensa a respeito deste ou daquele comportamento. É
alguém que fará uma proposta de relação de respeito, aceitando você como é em
sua completude, com suas particularidades incondicionalmente. O que basicamente
orienta o psicólogo não é sua forma pessoal de compreender o mundo, o psicólogo
não é um professor da vida, é um profissional treinado e habilitado para conduzi-lo
nesse difícil processo de criar e desenvolver intimidade. É importante que você
escolha alguém com quem você tenha um mínimo de empatia, que seja de sua
confiança, ou indicado por alguém em quem confie, além é claro, de ser um
profissional comprometido eticamente e preparado tecnicamente para essa função.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA
Para diminuir seu sofrimento e tornar sua vida mais prazerosa e feliz.
O ser humano é resultado de sua historia, seus encontros e desencontros
emocionais, suas doenças físicas e suas relações são o resultado da interação bio-
psico-social, Para pensarmos em qualidade de vida é importante pensarmos no ser
humano como um todo integrado onde estas instâncias tornam o organismo
equilibrado. A saúde emocional mapeia e baliza esta integração.
Nascemos com potenciais de saúde (características herdadas) e necessitamos de
provisão externa para nos desenvolver. Somos influenciados e influenciamos todo o
tempo. Nascemos totalmente espontâneos, criativos e “desarmados” e somos
moldados por nossas próprias experiências, para vivermos socialmente.
Recebemos modelos sociais todo o tempo, os mais fortes geralmente são os que
surgem de nossas primeiras experiências de vida e de vivenciar a sociedade, que
acontece primeiramente através de nossos pais, ou daqueles que fazem esse papel.
O processo de Psicoterapia é capaz de gerar transformações intensas e profundas
na forma e na qualidade da interação que o indivíduo estabelece com o mundo e
com si mesmo. Questionando e redimensionando crenças, mitos e verdades. Revela
códigos que muitas vezes servem de parâmetros para avaliar e estabelecer
relacionamentos expectativas e desejos, ajudando a trazê-los para a consciência.
Nós somos seres sociais, vivemos em relação todo o tempo necessitamos do outro
para crescer e nos desenvolver fisicamente (nos primeiros anos de vida) e
psicologicamente (durante nossa vida toda).
Somos o resultado de nossas características hereditárias e nosso potencial de saúde
acrescido das influencias que recebemos resultantes das crenças e dos valores
morais de nossos pais/educadores.
Temos o potencial para nos relacionarmos afetivamente e intimamente, mas
dependemos do aprendizado. As vivências que temos durante nosso
desenvolvimento emocional moldarão nossa forma de perceber e ver o mundo, e nos
darão parâmetros para nos relacionarmos com ele. São dessas experiências que
nascem nossa autoestima e nosso sentimento de segurança pessoal. O ser humano
é dinâmico e sempre tem a possibilidade de crescimento e transformação, portanto
as dificuldades emocionais que adquirimos como resultado de nossa historia de vida
podem ser superadas.
Estamos continuamente aprendendo com nossas relações, todo o tempo. A relação
de Psicoterapia torna-se um novo modelo, uma nova proposta, onde passamos a
compreender nossa historia, perceber e entender a nossa real responsabilidade
sobre o que nos acontece e onde contribuímos, mesmo sem perceber, para nossas
dificuldades.
A Psicoterapia é um método de tratamento, uma aplicação dos conhecimentos da
Psicologia e da Psicopatologia na clínica psicológica, sendo também chamada de
Psicologia Clínica.
A Psicoterapia é um valioso recurso para lidar com as dificuldades da existência em
todas as formas que o sofrimento humano pode assumir como transtornos
psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais, estados de
sofrimento, conflitos interpessoais, etc.
A Psicoterapia é também um espaço favorável ao crescimento e amadurecimento,
um lugar/tempo/modo privilegiado de criar intimidade consigo mesmo, de
estabelecer diálogos construtivos e transformar padrões estereotipados de
funcionamento, restabelecendo o processo formativo e criativo de cada um.
A Psicoterapia oferece uma oportunidade de compreender e mudar os padrões
relacionamento interpessoal. Os problemas vinculares são fonte de incontáveis
sofrimentos, favorecendo a ocorrência de inúmeras doenças.
Em alguns casos, a Psicoterapia cumpre também uma função de educação para a
vida, oferecendo um espaço de aprendizado, com instrumentos e conhecimentos
que podem ajudar na orientação e condução da vida. Esta função torna-se
fundamental em situações de desestruturação decorrente de crises ou casos de
imaturidade psicológica, quando a pessoa se sente verdadeiramente inapta para
lidar com os enfrentamentos e dificuldades em sua vida.

APLICAÇÕES DA PSICOTERAPIA
A Psicoterapia é um processo que permite transformações profundas da pessoa,
com resultados evidentes em diversas situações como:
>Tratamento de transtornos psicológicos como transtorno do pânico, fobias,
transtorno dissociativo, depressão, anorexia, estresse pós-traumático etc.
>Tratamento de transtornos de personalidade como transtorno borderline, transtorno
esquizóide, transtorno paranóide, surto psicótico, etc.
>Trabalho sobre conflitos pessoais, conjugais, familiares, interpessoais e grupais
que podem produzir ou contribuir para o sofrimento psicológico.
>Tratamento na elaboração de crises existenciais, de transições difíceis (luto, crises
profissionais, etc) e dificuldades nas mudanças de fases de vida (puberdade,
adolescência, vida adulta, menopausa, envelhecimento, etc.).
A Síndrome de Borderline, ou transtorno de personalidade Limítrofe, é uma grave
doença psicológica. Os indivíduos com a síndrome de Borderline vivem no limite
entre a normalidade e os surtos psicóticos.
As dificuldades para se relacionar, oscilações de humor e impulsividade são algumas
características da síndrome de Borderline que o paciente pode apresentar, atingindo
também as pessoas que o cercam. Esses sintomas começam a se manifestar na
adolescência e se tornam mais frequentes no inicio da vida adulta.
A síndrome de Borderline é frequentemente confundida com esquizofrenia ou
transtorno bipolar, porém possui características diferentes, como a duração e
intensidade das emoções.
Sintomas da Síndrome de Borderline.
Os sintomas da Síndrome de Borderline podem ser oscilações de humor,
agressividade, irritabilidade, depressão, automutilação, comportamentos suicidas,
medo de abandono, dificuldade em lidar com as emoções, mudanças de planos
profissionais e nos círculos de amizades, impulsividade e baixa autoestima.
Diagnóstico da Síndrome de Borderline.
O diagnóstico é feito através de características do transtorno, observadas por um
psicólogo ou psiquiatra, e por experiências relatadas pelo individuo. É importante
fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras
doenças.
O diagnóstico da síndrome de Borderline pode ser longo e complexo. Devido à
semelhança com outras síndromes, é muito raro obter o diagnóstico precoce dessa
doença.
Tratamento da Síndrome de Borderline.
O tratamento é feito através de uma combinação de medicamentos e de
acompanhamento psicológico. Os medicamentos usados com mais frequência no
tratamento da síndrome de Borderline incluem anti-depressivos, estabilizadores de
humor e tranquilizantes.
A psicoterapia é o principal tratamento utilizado, porém requer paciência e força de
vontade do paciente. É na psicoterapia que o individuo aprende a lidar e controlar as
suas emoções.
A síndrome de Borderline não tem cura, porém o tratamento ajuda a diminuir as
crises de personalidade na doença.
O transtorno de personalidade esquizóide carateriza-se pela indiferença e pelo
isolamento social. Este transtorno é mais predominante nas pessoas que têm
antecedentes familiares de esquizofrenia ou transtorno de personalidade esquizóide.
Como todos os transtornos de personalidade têm o seu início na idade adulta e
costuma dar-se em diversos contextos socioculturais. No transtorno de
personalidade esquizóide, há uma predominância pelas atividades solitárias e a
introspecção. Costuma dar-se com maior frequência em homens do que em
mulheres, embora costume ser um transtorno comum.
Indiferença. A pessoa que sofre de transtorno de personalidade esquizóide
carateriza-se por ser indiferente perante as relações sociais. Não demonstra ter
desejos de intimidade e não se mostra a fim com o fato de formar parte de uma
família ou de um grupo social. É uma pessoa solitária que prefere atividades que não
impliquem outras pessoas.
Atividades solitárias. As suas atividades limitam-se a jogos de computador ou todos
aqueles passatempos que impliquem o isolamento social. Tem especial atração por
tarefas mecânicas e abstratas, como por exemplo, as matemáticas. No entanto, são
limitadas às atividades que são do seu agrado.
Restrição emocional. Mostra-se indiferente perante as emoções, embora estas
impliquem estímulos diretos, como por exemplo, provocação, flertes, etc. Tem
escasso interesse perante as experiências sexuais com outras pessoas. Dado as
suas características, não costuma ter relações amorosas estáveis, uma vez que não
desfruta das relações interpessoais.
Críticas. Mostra-se indiferente perante as críticas ou elogios dos outros. Não se
interessa pelo que os outros possam pensar dele. Não tem amigos de confiança, à
excepção dos integrantes do seu núcleo familiar básico. Mostra uma frieza emocional
que dificulta a aproximação das pessoas.
Normas sociais. Costuma ter comportamentos excêntricos que refletem uma
inadequação para o reconhecimento e cumprimento das normas sociais. Devido a
estes comportamentos, muitas vezes, é visto como socialmente inapto ou superficial.
Como consequência destas caraterísticas, também costuma ter dificuldades no
âmbito laboral.
Dificuldades emocionais. Quem sofre de transtorno de personalidade esquizóide,
costuma ter dificuldade em expressar as suas emoções. Rara vez manifesta raiva ou
alegria, mostra-se sim frio e distante. Reage passivamente perante os
acontecimentos mais significativos da sua vida.
Transtornos associados. Em alguns casos, este transtorno vem acompanhado de
um transtorno depressivo maior. Também pode aparecer como o antecedente de um
transtorno delirante ou de esquizofrenia.
A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão
invasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de
expressão emocional em contextos interpessoais. Este padrão começa no início da
idade adulta e se apresenta em variados contextos. Os indivíduos com Transtorno
da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade,
mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos,
e parecem não obter muita satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de
outro grupo social (Critério A1). Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem
com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser socialmente isolados ou
"solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não
envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2). Eles preferem tarefas
mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter
pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm
prazer em poucas atividades (se alguma) (Critério A4). Existe, geralmente, uma
experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou
interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses
indivíduos não têm amigos íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum
parente em primeiro grau (Critério A5). Os indivíduos com Transtorno da
Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à aprovação ou
crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério
A6). Eles podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência
não respondem adequadamente aos indicadores sociais, de modo que parecem
socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos. Eles geralmente
exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente
retribuem gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7).
Afirmam que raramente experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria,
freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem frios e indiferentes. Entretanto,
em circunstâncias muito incomuns nas quais estes indivíduos, pelo menos
temporariamente, sentem-se mais à vontade para se revelarem, podem reconhecer
sentimentos dolorosos, particularmente relacionados a interações sociais. O
Transtorno da Personalidade Esquizóide não deve ser diagnosticado se o padrão de
comportamento ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno
do Humor Com Aspectos Psicóticos, outroTranstorno Psicótico ou um Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento, ou se é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de
uma condição neurológica (por ex., epilepsia do lobo temporal) ou outra condição
médica geral (Critério B).
Características e Transtornos Associados
Indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide podem ter uma particular
dificuldade para expressar raiva, mesmo em resposta à provocação direta, o que
contribui para a impressão de não possuírem emoções. Suas vidas freqüentemente
parecem não ter um rumo, parecendo "andar a esmo", em termos de metas. Esses
indivíduos muitas vezes reagem passivamente a circunstâncias adversas e têm
dificuldade em responder adequadamente a acontecimentos importantes de suas
vidas. Em vista de sua falta de habilidades sociais e de desejo de ter experiências
sexuais, os indivíduos com este transtorno têm poucos relacionamentos, encontros
românticos infreqüentes e comumente não se casam. O funcionamento ocupacional
pode estar prejudicado, particularmente se houver necessidade de envolvimento
pessoal, mas os indivíduos com este transtorno podem sair-se bem quando
trabalham em condições de isolamento social. Particularmente em resposta ao
estresse, os indivíduos com este transtorno podem vivenciar episódios psicóticos
muito breves (durando de minutos a horas). Em alguns casos, o Transtorno da
Personalidade Esquizóide pode aparecer como antecedente pré-mórbido
de Transtorno Delirante ou Esquizofrenia. Os indivíduos com este transtorno podem,
por vezes, desenvolver um Transtorno Depressivo Maior. O Transtorno da
Personalidade Esquizóide ocorre mais freqüentemente com os Transtornos da
Personalidade Esquizotípica, Paranóide e Esquiva. Características Específicas à
Cultura, à Idade e ao Gênero Os indivíduos de variados contextos culturais por vezes
exibem comportamentos defensivos e estilos interpessoais que podem ser
erroneamente rotulados de esquizóides. Por exemplo, os indivíduos que se mudam
de ambientes rurais para áreas metropolitanas podem reagir com uma "paralisia
emocional" que pode perdurar por vários meses e se manifestar por atividades
solitárias, afeto restrito e outros déficits de comunicação. Os imigrantes de outros
países às vezes são erroneamente percebidos como frios, hostis ou indiferentes. O
Transtorno da Personalidade Esquizóide pode aparecer pela primeira vez na infância
ou adolescência na forma de solidão, fracos relacionamentos com seus pares e baixo
rendimento escolar, o que pode deixar essas crianças e adolescentes marcados
como diferentes e sujeitos a zombarias. O Transtorno da Personalidade Esquizóide é
diagnosticado com uma freqüência levemente superior em homens, nos quais pode
causar maior comprometimento.
Prevalência O Transtorno da Personalidade Esquizóide é raro em contextos clínicos.
Padrão Familial O Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ter uma
prevalência maior entre os parentes de indivíduos com Esquizofrenia ou Transtorno
da Personalidade Esquizotípica.
Diagnóstico Diferencial. O Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser
diferenciado de Transtorno Delirante, Esquizofrenia e Transtorno do Humor Com
Aspectos Psicóticos, uma vez que todos esses transtornos caracterizam-se por um
período de sintomas psicóticos persistentes (por ex., delírios e alucinações). Para
um diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Esquizóide, este deve ter
estado presente antes do início dos sintomas psicóticos e persistir após a remissão
destes. Quando um indivíduo tem um Transtorno Psicótico crônico do Eixo I (por ex.,
Esquizofrenia) que foi precedido pelo Transtorno da Personalidade Esquizóide, este
último deve ser registrado no Eixo II, seguido da expressão "Pré-Mórbido", entre
parênteses. Pode ser muito difícil distinguir entre indivíduos com Transtorno da
Personalidade Esquizóide e aqueles com formas mais leves de Transtorno Autista e
com Transtorno de Asperger. As formas mais leves de Transtorno Autista e o
Transtorno de Asperger distinguem-se por uma interação social mais severamente
prejudicada e estereotipia de comportamentos e interesses. O Transtorno da
Personalidade Esquizóide deve ser distinguido de uma Alteração da Personalidade
Devido a uma Condição Médica Geral, em que os traços emergem devido aos efeitos
diretos de uma condição médica geral sobre o sistema nervoso central. Ele também
deve ser diferenciado de sintomas que podem desenvolver-se em associação com
o uso crônico de substâncias (por ex., Transtorno Relacionado à Cocaína Sem Outra
Especificação). Outros Transtornos da Personalidade podem ser confundidos com o
Transtorno da Personalidade Esquizóide, por terem certos aspectos em comum, o
que torna importante distinguir esses transtornos com base nas diferenças em seus
aspectos característicos. Entretanto, se um indivíduo tem características de
personalidade que satisfazem os critérios para um ou mais Transtornos da
Personalidade além do Transtorno da Personalidade Esquizóide, todos podem ser
diagnosticados. Embora as características de isolamento social e afetividade restrita
sejam comuns aos Transtorno da Personalidade Esquizóide, Esquizotípica e
Paranóide, o Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado do
Transtorno da Personalidade Esquizotípica pela falta de distorções cognitivas ou
perceptivas e do Transtorno da Personalidade Paranóide, pela falta de
desconfianças e ideação paranóide. O isolamento social do Transtorno da
Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado daquele do Transtorno da
Personalidade Esquiva, que é devido ao medo de sentir embaraço ou ser
considerado inadequado e a uma excessiva previsão de rejeição. Em contraste, as
pessoas com Transtorno da Personalidade Esquizóide têm um distanciamento mais
abrangente e pouco desejo de intimidade social. Os indivíduos com Transtorno da
Personalidade Obsessivo-Compulsiva também podem apresentar um aparente
distanciamento social, oriundo da dedicação ao trabalho e do desconforto com as
emoções, mas eles têm uma capacidade básica para a intimidade. Os indivíduos
"solitários" podem exibir traços de personalidade que poderiam ser considerados
esquizóides, porém eles apenas constituem um Transtorno da Personalidade
Esquizóide quando são inflexíveis e mal-adaptativos e causam prejuízo funcional
significativo ou sofrimento subjetivo.
Critérios Diagnósticos para F60.1 - 301.20 Transtorno da Personalidade Esquizóide
A. Um padrão invasivo de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita
de expressão emocional em contextos interpessoais, que começa no início da idade
adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por pelo
menos quatro dos seguintes critérios:
(1) não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma
família
(2) quase sempre opta por atividades solitárias
(3) manifesta pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com outra
pessoa
(4) tem prazer em poucas atividades, se alguma
(5) não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro
grau
(6) mostra-se indiferente a elogios ou críticas de outros
(7) demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do
Humor Com Aspectos Psicóticos, outro Transtorno Psicótico ou um Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de
uma condição médica geral. Se os critérios são satisfeitos antes do início de
Esquizofrenia, acrescentar "Pré-Mórbido", por ex., "Transtorno da Personalidade
Esquizóide (Pré-Mórbido)".
TRANSTORNO PARANÓIDE
A característica essencial do Transtorno da Personalidade Paranóide é um padrão
invasivo de desconfiança e suspeita quanto aos outros, de modo que seus motivos
são interpretados como malévolos. Este padrão tem início no começo da idade adulta
e está presente em uma variedade de contextos. Os indivíduos com o transtorno
supõem que as outras pessoas os exploram, prejudicam ou enganam, ainda que não
exista qualquer evidência apoiando esta idéia (Critério A1). Eles suspeitam, com
base em poucas ou nenhuma evidência, que os outros estão conspirando contra eles
e que poderão atacá-los subitamente, a qualquer momento e sem qualquer razão.
Estes indivíduos costumam acreditar que foram profunda e irreversivelmente
prejudicados por outra(s) pessoa(s), mesmo que para tal não existam evidências
objetivas. Eles preocupam-se com dúvidas infundadas quanto à lealdade e
confiabilidade de seus amigos ou colegas, cujas ações são minuciosamente
examinadas em busca de evidências de intenções hostis (Critério A2). Qualquer
desvio percebido na confiabilidade ou lealdade serve para apoiar suas suposições
básicas. Eles sentem-se tão perplexos quando um amigo ou colega lhes demonstra
lealdade que não conseguem confiar ou acreditar. Quando enfrentam dificuldades,
esperam ser atacados ou ignorados por amigos e colegas. Os indivíduos com este
transtorno relutam em ter confiança ou intimidade com outras pessoas, pelo medo
de que as informações que compartilham sejam usadas contra eles (Critério A3).
Eles podem recusar-se a responder a perguntas pessoais, afirmando que as
informações "não são da conta de ninguém". Eles lêem significados ocultos,
humilhantes e ameaçadores em comentários ou observações benignas (Critério A4).
Por exemplo, um indivíduo com este transtorno pode interpretar um engano genuíno
cometido por um balconista como uma tentativa deliberada de enganá-lo no troco,
ou pode interpretar uma observação bem-humorada e casual feita por um colega de
trabalho como um sério ataque a seu caráter. Elogios freqüentemente são mal
interpretados (por ex., um cumprimento por uma nova aquisição é interpretado como
uma crítica ao seu egoísmo; um elogio por uma conquista é interpretado como uma
tentativa de forçá-lo a um desempenho maior e melhor). Eles podem interpretar uma
oferta de auxílio como uma crítica por não estarem fazendo o suficiente por conta
própria. Os indivíduos com este transtorno guardam rancores persistentes e relutam
em perdoar os insultos, ofensas ou deslizes dos quais pensam ter sido vítimas
(Critério A5). Pequenos deslizes causam grande hostilidade, e os sentimentos hostis
persistem por muito tempo. Uma vez que estão constantemente vigilantes quanto às
intenções nocivas dos outros, eles acham, muito freqüentemente, que seu caráter
ou reputação foram atacados ou que de alguma forma foram menosprezados. Seu
contra-ataque é rápido e reagem com raiva aos insultos percebidos (Critério A6). Os
indivíduos com este transtorno podem ser patologicamente ciumentos,
freqüentemente suspeitando da fidelidade de seu cônjuge ou parceiro sexual, sem
qualquer justificativa adequada (Critério A7). Eles podem coletar "evidências" triviais
e circunstanciais para apoiarem suas crenças ciumentas. Desejam manter um
completo controle de relacionamentos íntimos para evitar traições, podendo
constantemente questionar o paradeiro, as ações, intenções e fidelidade do cônjuge
ou parceiro. O Transtorno da Personalidade Paranóide não deve ser diagnosticado
se o padrão de comportamento ocorre exclusivamente durante o curso de
Esquizofrenia, Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, ou outro Transtorno
Psicótico, ou se é decorrente de efeitos fisiológicos diretos de uma condição
neurológica (por ex., epilepsia do lobo temporal) ou de outra condição médica geral
(Critério B).
Características e Transtornos Associados.
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Paranóide são, em geral, pessoas
de difícil convivência, e com freqüência enfrentam problemas com relacionamentos
íntimos. Suas desconfianças e excessiva hostilidade podem ser expressadas em
discussões agressivas, queixas recorrentes ou afastamento silencioso e
visivelmente hostil. Como são hipervigilantes para possíveis ameaças, eles podem
comportar-se de maneira reservada, velada ou desviante e parecer "frios" e sem
sentimentos de ternura. Embora possam parecer objetivas, racionais e não-
emocionais, estas pessoas exibem, mais freqüentemente, uma labilidade afetiva,
com predomínio de expressões hostis, obstinadas e sarcásticas. Sua natureza
combativa e desconfiada pode provocar uma resposta hostil dos outros, o que então
serve para confirmar suas expectativas originais. Uma vez que os indivíduos com
Transtorno da Personalidade Paranóide não confiam nos outros, eles têm uma
necessidade excessiva de auto-suficiência e um forte sentido de autonomia. Eles
também precisam ter um alto grau de controle sobre as pessoas à sua volta. Esses
indivíduos freqüentemente são rígidos, críticos em relação aos outros e incapazes
de colaborar, embora tenham grande dificuldade em aceitar críticas a eles mesmos.
Eles podem culpar os outros por suas dificuldades. Em vista de sua rapidez para
contra-atacar em resposta às ameaças que percebem à sua volta, podem ser
litigantes e freqüentemente se envolver em disputas legais. Os indivíduos com este
transtorno tentam confirmar suas noções negativas pré-concebidas envolvendo
pessoas ou situações que encontram, atribuindo motivações malévolas aos outros,
que na verdade não passam de projeções de seus próprios temores. Eles podem
apresentar fantasias grandiosas e irrealistas fracamente encobertas, em geral estão
atentos a temas de poder e hierarquia e tendem a desenvolver estereótipos
negativos de outros, particularmente de grupos populacionais distintos. Atraídos por
formulações simplistas do mundo, eles freqüentemente evitam situações ambíguas.
Estes indivíduos podem ser percebidos como "fanáticos" e formar "cultos" ou grupos
estreitamente fechados com outros que compartilham seu sistema de crenças
paranóides. Particularmente em resposta ao estresse, os indivíduos com este
transtorno podem vivenciar episódios psicóticos muito breves (durando de minutos
a horas). Em alguns casos, o Transtorno da Personalidade Paranóide pode aparecer
como antecedente pré-mórbido do Transtorno Delirante ou da Esquizofrenia. Os
indivíduos com este transtorno podem desenvolver um Transtorno Depressivo Maior
e estar em risco aumentado para Agorafobia e Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
Freqüentemente ocorrem Abuso ou Dependência de Álcool ou de outra substância.
Os Transtornos da Personalidade concomitantes mais freqüentes parecem ser os
Transtornos da Personalidade Esquizotípica, Esquizóide, Narcisista, Esquiva e
Borderline. Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero. Alguns
comportamentos influenciados pelo contexto sócio-cultural ou circunstâncias de vida
específicas podem ser erroneamente rotulados como paranóides e até mesmo ser
reforçados pelo processo de avaliação clínica. Os membros de grupos minoritários,
imigrantes, refugiados políticos e econômicos ou indivíduos de diferentes bagagens
étnicas podem apresentar comportamentos reservados ou defensivos, devido à falta
de familiaridade (por ex., barreiras lingüísticas ou falta de conhecimento de regras e
regulamentos) ou em resposta a uma negligência ou indiferença percebida da parte
da sociedade majoritária. Esses comportamentos, por sua vez, podem gerar raiva e
frustração nas pessoas que lidam com esses indivíduos, desta forma estabelecendo-
se um círculo vicioso de desconfiança mútua, que não deve ser confundido com
Transtorno da Personalidade Paranóide. Alguns grupos étnicos também exibem
comportamentos relacionados à cultura, que podem ser erroneamente interpretados
como paranóides. O Transtorno da Personalidade Paranóide pode manifestar-se
pela primeira vez na infância e adolescência, por uma tendência a ficar solitário,
fracos relacionamentos com seus pares, ansiedade social, baixo rendimento escolar,
suscetibilidade excessiva, pensamentos e linguagem peculiares e fantasias
idiossincráticas. Essas crianças podem parecer "esquisitas" ou "excêntricas" e
provocar zombaria. Em amostras clínicas, este transtorno parece ser diagnosticado
com maior freqüência em homens. Prevalência. A prevalência relatada do
Transtorno da Personalidade Paranóide é de 0,5-2,5% na população geral, 10-30%
em contextos de internação psiquiátrica e 2-10% em ambulatórios de saúde mental.
Padrão Familial
Existem algumas evidências de maior prevalência do Transtorno da Personalidade
Paranóide em parentes de probandos com Esquizofrenia crônica e de um
relacionamento familial mais específico com o Transtorno Delirante, Tipo
Persecutório. Diagnóstico Diferencial
O Transtorno da Personalidade Paranóide pode ser diferenciado de Transtorno
Delirante, Tipo Persecutório, Esquizofrenia, Tipo Paranóide e Transtorno do Humor
Com Aspectos Psicóticos porque esses transtornos são caracterizados por um
período de sintomas psicóticos persistentes (por ex., delírios e alucinações). Para
que haja um diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Paranóide, o
Transtorno da Personalidade deve ter estado presente antes do início dos sintomas
psicóticos e persistir quando os sintomas psicóticos estiverem em remissão. Quando
um indivíduo tem um Transtorno Psicótico crônico do Eixo I (por ex., Esquizofrenia)
precedido por um Transtorno da Personalidade Paranóide, este deve ser registrado
no Eixo II seguido da expressão "Pré-Mórbido", entre parênteses. O Transtorno da
Personalidade Paranóide deve ser diferenciado de uma Alteração da Personalidade
Devido a uma Condição Médica Geral, na qual os traços emergem devido aos efeitos
fisiológicos diretos de uma condição médica geral sobre o sistema nervoso central.
Ele também deve ser distinguido de sintomas que podem desenvolver-se em
associação com o uso crônico de substâncias (por ex., Transtorno Relacionado à
Cocaína, Sem Outra Especificação). Finalmente, ele deve ser distinguido também
de traços paranóides associados com o desenvolvimento de deficiências físicas (por
ex., um prejuízo auditivo). Outros Transtornos da Personalidade podem ser
confundidos com o Transtorno da Personalidade Paranóide, por terem certas
características em comum. Portanto, é importante distinguir esses transtornos com
base nas diferenças em seus aspectos característicos. Entretanto, se um indivíduo
tem características de personalidade que satisfazem os critérios para um ou
mais Transtornos da Personalidade além do Transtorno da Personalidade
Paranóide, todos podem ser diagnosticados. O Transtorno da Personalidade
Paranóide e o Transtorno da Personalidade Esquizotípica compartilham os traços de
desconfiança, distanciamento interpessoal e ideação paranóide, mas o Transtorno
da Personalidade Esquizotípica também inclui sintomas tais como pensamento
mágico, experiências perceptivas incomuns e pensamento e discurso esquisitos. Os
indivíduos com comportamentos que satisfazem os critérios para Transtorno da
Personalidade Esquizóide freqüentemente são percebidos como estranhos,
excêntricos, frios e distantes, mas geralmente não possuem ideação paranóide
proeminente. A tendência dos indivíduos com Transtorno da Personalidade
Paranóide a reagir com raiva a estímulos menores também é vista nos Transtornos
da Personalidade Borderline e Histriônica. Entretanto, esses transtornos não estão
associados, necessariamente, com desconfianças invasivas. Os indivíduos com
Transtorno da Personalidade Esquiva também podem relutar em confiar em outras
pessoas, porém mais por causa do medo de sentirem embaraço ou serem
considerados inadequados do que por medo das intenções maldosas dos outros.
Embora um comportamento anti-social possa estar presente em alguns indivíduos
com Transtorno da Personalidade Paranóide, ele geralmente não é motivado por um
desejo de obter vantagens pessoais ou explorar os outros, como no Transtorno da
Personalidade Anti-Social, porém se deve, mais freqüentemente, a um desejo de
vingança. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Narcisista podem às
vezes apresentar desconfianças, retraimento ou afastamento social, mas estes
derivam principalmente do medo de que sejam reveladas suas falhas ou
imperfeições. Os traços paranóides podem ser adaptativos, particularmente em
ambientes ameaçadores. O Transtorno da Personalidade Paranóide deve ser
diagnosticado apenas quando esses traços são inflexíveis, mal-adaptativos e
persistentes e causam prejuízo significativo ou sofrimento subjetivo.

Critérios Diagnósticos para F60.0 - 301.0 Transtorno da Personalidade Paranóide.


A. Um padrão de desconfiança e suspeitas invasivas em relação aos outros, de modo
que seus motivos são interpretados como malévolos, que começa no início da idade
adulta e se apresenta em uma variedade de contextos, como indicado por pelo
menos quatro dos seguintes critérios:
(1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou
enganado pelos outros.
(2) preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de
amigos ou colegas.
(3) reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações
possam ser maldosamente usadas contra si.
(4) interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em
observações ou acontecimentos benignos.
(5) guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou
deslizes.
(6) percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e
reage rapidamente com raiva ou contra-ataque.
(7) tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou
parceiro sexual.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do
Humor Com Aspectos Psicóticos ou outro Transtorno Psicótico, nem é decorrente
dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral. Nota: Se os critérios
são satisfeitos antes do início de Esquizofrenia, acrescentar "Pré-Mórbido", por ex.,
"Transtorno da Personalidade Paranóide (Pré-Mórbido)".
SURTO PSICÓTICO
Algumas pessoas passam por um surto psicótico (ou surto psicológico) único na
vida e nunca mais voltam a passar por isso. Outras pessoas já passaram algumas
vezes por surtos.
Manifestação do surto psicótico:
A pessoa repentinamente, e sem aviso, passa a ter:
- Delírios ou alucinações, ou seja, passar a ver ou ouvir coisas que não estão
acontecendo.
- Falar de forma desorganizada, rápido demais ou fala coisas muito incoerentes.
- Se comportar de forma incoerente ou fica catatônica (paralisada e sem qualquer
reação).
- Tumulto emocional.
- Oscilação de humor deprimido para euforia, e vice versa, muito acentuada.
Esta explicação é importante, pois muitas pessoas chamam de surto psicótico
quando alguém teve um comportamento agressivo repentino em resposta a um
desagrado, por exemplo alguém que foi cobrada indevidamente no restaurante e
agiu impulsivamente gritando ou batendo na mesa.
Dizer que a pessoa “surtou” quando reagiu de forma intensa pode não ser correto
quanto ao termo mas é correto quanto à percepção de que reações desproporcionais
são sinais de que a pessoa não está bem psicologicamente. Seria muito interessante
que esta pessoa entre em psicoterapia e identifique o porque destas reações para
que o psicólogo aplique técnicas de reestruturação cognitiva para ajudá-lo a pensar
de forma mais equilibrada e ter reações que tragam o resultado desejado (pois
agredir e bater na mesa com certeza não resultará em algo positivo).
Causas do Surto Psicótico.
Em alguns casos é possível que a doença chamada Esquizofrenia esteja
aparecendo.
Em outros casos é possível que a pessoa tenha feito uso de substancias
alucinógenas ou medicações que tiveram forte efeito colateral.
O surto psicótico também pode surgir em decorrência de alguma condição médica
geral como por exemplo um hematoma subdural.
Também pode surgir em decorrência de eventos extremamente estressantes ou um
único evento muito estressante como, por exemplo, a morte de uma pessoa muito
importante e querida, a perda do emprego quando a situação geral for muito delicada
e esta perda acarretaria muitas outras perdas, ou quando a pessoa for frágil
emocionalmente e mesmo que o evento estressante não causaria maiores danos a
outras pessoas para ele acaba sendo muito mais significativo.
Consequências do surto psicótico.
A pessoa pode ter fortes consequências mesmo que o tempo do surto tenha sido
pequeno pois nestas condições ele não poderá tomar decisões importantes e poderá
não se alimentar ou cuidar de sua própria higiene, devido aos seus delírios.
Há risco de suicídio neste momento principalmente em pessoas mais jovens.
Qualquer pessoa está arriscada a passar por isso, mas as pessoas que sofrem
estresse intenso e continuo, as pessoas com transtornos de personalidade
Paranóide, Histriônica, Narcisista, Esquizotípica ou Borderline, correm maior risco.
Ocorre com maior frequência entre os 20 e 30 anos.
Pessoas com transtorno bipolar podem passar por surtos psicóticos com maior
frequência que outras pessoas.
Ouvir vozes em cerimônias religiosas é considerado surto psicótico?
Não. Geralmente estas vozes não persistem e não consideradas anormais pelos
membros de sua comunidade religiosa, sendo algumas vezes até considerado
desejável pelo grupo religioso.
Uma pessoa pode simular um surto psicótico
Sim. Um bom ator, ou até mesmo uma pessoa que não seja da área das artes
cênicas pode simular um surto, mas a necessidade de chamar a atenção para si com
este comportamento também se mostra significativo em termos de saúde
psicológica.
Como é o tratamento da pessoa com surto psicótico
A psicoterapia irá analisar a história de vida destas pessoas e identificar a
possibilidade de esquizofrenia na família, eventos estressores que possam ter
causado o surto ou fragilidades emocionais próprias deste paciente.
O psicólogo trabalhará no sentido de fortalecer esta pessoa para que ela tenha maior
resistência psicológica aos eventos negativos da vida. Poderá ensinar assertividade
se perceber que ele não sabe dizer “não” na hora certa. Trabalhará seus
pensamentos disfuncionais para que a ansiedade seja mais bem controlada e a
depressão evitada.

BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA
>Desenvolvimento da capacidade de autogerenciamento, aprendendo a dialogar
com os estados internos, a regular os estados emocionais e adquirir autonomia.
>Desenvolvimento da capacidade de auto-observação e auto-reflexão.
>Saída dos padrões estereotipados e criar novas narrativas de si, novos modos de
compreender e conduzir a própria vida.
>Desenvolver habilidades interpessoais como capacidade empática, saber se
colocar no lugar do outro, capacidade de comunicação, assertividade, resolução de
conflitos, etc.
>Fortalecimento psicológico, ampliação da resiliência para aumentar a tolerância e
a capacidade de crescer com as dificuldades que a vida apresenta.
>Favorecer a saúde integral, física e psicológica.
>Busca de sentido existencial.
>Amadurecimento psicológico.

A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA
Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens.
Resiliência possui diversos significados para a área da psicologia, administração,
ecologia e física.
Resiliência é a capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após
alguma situação crítica e fora do comum.
Resiliência na Psicologia
Na área da psicologia, a resiliência é a capacidade de uma pessoa lidar com seus
próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão seja qual for a
situação.
A teoria diz que resiliência é a possibilidade do indivíduo de tomar uma decisão
quando tem a chance de tomar uma atitude que é correta, e ao mesmo tempo tem
medo do que isso possa ocasionar. A resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou
não funcionar bem sob pressão.
Resiliência Ambiental
No contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado sistema que
lhe permite recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este
conceito remete para a capacidade de restauração de um sistema.
A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho
do famoso ecologista canadiano C. S. Holling.
Resiliência na Física
Resiliência, também chamada de resilência, é a propriedade dos materiais que
acumulam energias, quando são submetidos a situações de estresse, como
rupturas. Esses materiais, logo após um momento de tensão, podem ou não ser
danificado, e caso seja, se ele terá a capacidade de voltar ao normal.
Consiste na resistência que os materiais apresentam quando são expostos a um
choque ou percussão. É medida em quilogrâmetros por centímetro quadrado
(kgm/cm2) através do instrumento conhecido como pêndulo Charpy, no qual uma
massa pesada cai sobre uma proveta de dimensões padronizadas, o que provoca a
sua ruptura e a energia absorvida é registrada.
Resiliência na Administração
Na área da administração, resiliência faz parte dos processos de gestão de
mudanças. Para as pessoas que trabalham nas organizações, elas devem ter um
grande equilíbrio emocional, principalmente, para saber lidar com os problemas
relacionados com o trabalho, quando as situações não ocorrem como elas
esperavam. Além disso, a resiliência diz respeito à capacidade de tomar medidas
que minimizam os problemas que surgem no contexto laboral.
Os resilientes são aquelas pessoas que passam por dificuldades, como todo mundo,
só que a reação deles não é igual a de todo mundo, com eles a coisa é diferente, por
mais fortes e traumáticas que sejam as dificuldades, eles superam.
O resiliente é aquele que, mesmo quando perde o emprego, morre o amigo, a esposa
pede o divorcio, repete na escola, ainda assim, ele continua lá, firme e forte, ele não
se deixa derrubar.
E você se pergunta: “Como esse cara consegue?”. Ele consegue porque é resiliente.
Resiliência é um atributo da personalidade, que pode ser desenvolvido.
Posso aprender resiliência.
Se você não nasceu resiliente, se você é do tipo que se abate até porque não te
convidaram pra festa que nem queria ir, se abate até com o vizinho que não te
cumprimentou, ainda assim dá pra desenvolver resiliência, dá pra aprender a ser
flexível e superar.
Diante dos problemas ocorre sempre uma desintegração psíquico-emocional.
Para encontrar novas formas de lidar com a vida, existem sete fatores importantes:
Estes sete fatores foram selecionados por serem bem concretos, e podem ser
aprendidos no processo terapêutico.
Os fatores da resiliência são:
Administração das Emoções é a habilidade de se manter sereno diante de um
problema. E também a capacidade de usar as pistas e “ler” as outras pessoas, pra
saber o que fazer.
Controle de Impulsos, não se deixar levar impulsivamente por uma emoção.
Otimismo. É a crença de que as coisas podem melhorar. É esperança e, convicção
na capacidade de controlar o seu destino.
Análise do Ambiente . É a capacidade de identificar as causas dos problemas, isso
permite que a pessoa se coloque num lugar seguro. Saber identificar quando é hora
de falar e quando é hora de calar.
Empatia significa a capacidade de compreender os estados psicológicos dos outros
(as emoções e sentimentos) e saber como agir com as pessoas.
Auto Eficácia, É a crença de que você consegue resolver seus problemas.
Alcançar Pessoas. É a capacidade de se vincular a outras pessoas, sem receios e
sem medo. É a capacidade de se entrosar com as outras pessoas, construir redes
de apoio.
Há muito tempo a ciência vem observando certas pessoas, que têm a capacidade
de superar as piores situações, e compara com outras que ficam presas, infelizes,
na angústia.
Por que certas pessoas são capazes de se levantar mesmo depois um grande
trauma e outros ficam no fundo do poço?
Estudos têm mostrado algumas explicações:
- A Biologia defende o ponto de vista de que cada ser humano é dotado de um
potencial genético que faz com que ele seja mais resistente que outros.
- A Psicologia, vê a importância do relacionamento com a família, principalmente na
infância, que vai construir a capacidade de suportar crises e suportar essas crises.
- A Sociologia diz que a influência da cultura, das tradições é que é importante.
- A Teologia vê a necessidade do sofrimento como fator de oportunidade de
crescimento espiritual: o “dar a outra face”.
Mas não importa a explicação, o que importa é que tem um grupo de pessoas,
homens, mulheres, crianças, velhos, que conseguem retomar a vida depois a morte
de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças
graves, físicas ou psíquicas, e olha que isso são razões suficientes para acabar com
a vida de muita gente.
A resiliência é um termo que vem da física.
Se refere a capacidade dos materiais de resistirem aos choques.
Esse termo passou por uma adaptação nas ciências humanas e hoje representa a
capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do individuo
, não só a resistência física, mas a visão positiva pra reconstruir a vida,
Mas não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal. Um dos
fatores de maior importância é o apoio, é o acolhimento feito por outra pessoa ou
pessoas, e que pode ser também o terapeuta, o psicólogo.
E como que se sabe que a pessoa não foi afetada por um trauma? É quando ela
ainda se mostra capaz de amar, de trabalhar e assumir seus direitos e deveres
depois de ter acontecido algo muito ruim com ela.
Para se tornar resiliente você pode contar com um psicólogo que vai te ajudar a
desenvolver a sua auto-estima e autoconfiança.
O que mais destrói uma pessoa é a descrença, a descrença que vem quando alguém
sofre um problema sério, que, pode ser um irmão que só aprontou na vida e agora é
você que tem que juntar os cacos, pode ser seus pais que estão doentes e você tem
que cuidar deles, pode ser uma doença que apareceu pra você mesmo, , o namorado
que deu o fora, a empresa que faliu,, nestas situações a pessoa tende a não ter mais
vida, pra todo lado que olha só vê dificuldade e problemas, e não consegue analisar
as alternativas de resolução.
Você pode estar pensando... “é isso aí, resiliência é a solução, é disso que preciso”,
saiba que o desenvolvimento da resiliência começa pelo aceitar o desafio, onde se
reconhece a existência do problema e também se percebe que existem soluções.
A palavra Resiliência vem do Latim. Resilire, que significa recusar, voltar atrás. E na
psicologia, significa voltar ao estado anterior, voltar ao que você era antes dos
problemas te pegarem.
Em física Resiliência é a capacidade que um material tem de suportar grandes
impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo, mas pouco a pouco
conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior.
Ou seja, resiliência é a capacidade que um material tem de se deformar inteirinho,
quase “morrer”, mas depois conseguir ir voltando ao que era antes e se refazer e se
reconstruir.
Resiliência X Comportamento.
Quando falamos em comportamento, resiliência significa a construção de novos
caminhos de vida a partir do enfrentamento de situações muito estressantes ou
traumáticas.
Desde os fins dos anos 70 discute-se porque algumas crianças, por exemplo, criadas
por pais alcoólatras, não apresentavam problemas de comportamento ou
psicológico, mas tinham uma qualidade de vida interessante, e a partir dessas
pessoas, naturalmente resilientes, é que começou todo o estudo sobre ao assunto,
principalmente pra aprender com essas pessoas, e transmitir, para quem mais
precisar, as estratégias certas pra que consigam também ser resilientes.
Existe um ciclo muito triste, a vítima tende a se tornar um agressor, ela passa a ser
ela quem agride, e pode acabar em tentativas de suicídio, abuso de álcool ou drogas,
depressão, automutilação e isolação, e outros sintomas.
Carlos Drumond de Andrade, uma vez escreveu: “A dor é inevitável. O sofrimento,
opcional”.
Esta é a lucidez do poeta que, do seu modo, ta falando de, Resiliência.
Na neuropsiquiatria existem estudos demonstrando que nosso cérebro tem a
capacidade de se modificar continuamente. Ou seja, temos uma capacidade de
renovação eterna, podemos melhorar sempre é só saber como usar essa
capacidade. E eu faço questão de frisar isso porque tem gente que diz, assim ”agora
não dá mais tempo, já to velho” ou então fala assim.. “depois que eu passei por
aquele trauma fiquei muito machucado, nunca mais vou me recuperar”, Recupera
sim, a ciência ta mostrando que você pode ser uma nova pessoa, é só querer e
trabalhar pra isso. Como eu sempre digo, não consegue sozinho? Conte com um
psicólogo!
Infelizmente tem gente que acaba se deixando levar de forma passiva, nada
saudável, pelos dissabores da vida. A resignação impede a luta contra os
problemas, vira acomodação, e você fica paralisado
A gente diz que essas pessoas sofrem da "Síndrome da Gabriela": "eu nasci assim,
eu cresci assim, sempre fui assim. Gabriela, Sempre Gabriela". Lembram da
musica?
Ser resiliênte é ser feliz?
Tem gente que acha que superar, enfrentar, é fazer o “jogo do contente”, não é não!
Sorrir feito um João Bobo e fazer as pessoas pensarem que está tudo bem não
resolve problema nenhum.
Outras pessoas são, totalmente, reativas. E só reagido aos outros, são os outros que
determinam seu estado de espírito. Se te tratam bem, está feliz, se o tratam mal, fica
mal, Suas reações são, reclamar e se lamentar.
A revolta é uma das principais características de comportamento do não resiliente,
“isso não devia ser assim, o outro devia fazer assim”, revoltado e inconformado cheio
de devias e deverias , “porque aquele cara fez aquilo, ele não podia ter feito“.
Desenvolvendo, aprendendo a ser resiliente você aprende a confrontar as situações,
enfrentar as tensões, ter desenvoltura, de cada experiência você faz um aprendizado
positivo. Ao invés de focar no problema, foca na solução.
Por exemplo: morreu seu cachorrinho, claro que vai ficar triste mas aprende sobre a
finitude da vida, Foi demitido, claro que vai ser um choque, mas usa a oportunidade
pra arranjar uma colocação melhor ainda porque agora conhece mais do mercado
de trabalho.. e por aí vai.
Não é por casualidade que a palavra "desenvolvendo" foi adicionada na frase acima.
Todo mundo pode desenvolver resiliência.
A Resiliência não é só um traço de caráter herediestário que você tem ou deixa de
ter. É uma conquista pessoal.
Não é à toa que você cresce mais como ser humano justamente nos momentos de
dificuldade!
O ser humano precisa enfrentar desafios para testar seus limites. Enquanto você não
enfrenta uns desafios você fica medíocre.
Em todas as mudanças do ciclo da vida, mudar de solteiro pra comprometido, de
casado pra divorciado, de empregado pra desempregado, em cada mudança é
preciso abandonar sua atitudes antigas pra conseguir enfrentar as novas exigências.
Variáveis fundamentais para o fortalecimento da Resiliência: disciplina e
autoconfiança
-Disciplina - O problema não está na realidade, mas na forma como reagimos a essa
realidade. O problema não são as coisas que te acontecem, o problema é o que você
faz com as coisas que te acontecem.
A gente sabe que não tem como evitar tudo quanto é situação desagradável, que
acontece na sua vida na minha na sua, mas, a maneira como você reage a elas é
que vai definir o seu sucesso.
-Autoconfiança - Essa é a maior característica do comportamento resiliente. A
superação só acontece quando antes de tudo, você acredita em seu potencial, na
sua capacidade de agir positivamente.
Outra análise pode ser feita em relação á vida profissional, a baixa Resiliência é a
responsável pela saída de muitos profissionais no mundo corporativo, porque nunca,
em momento algum, foi tão necessária a capacidade de flexibilização diante das
dificuldades. A pessoa que não consegue administrar seus problemas precisa mudar
o foco, precisa ajustar as velas, "resignificar", para que os obstáculos sirvam como
alavanca de seu desenvolvimento profissional.
Antigamente uma pessoa conseguia um emprego, passava a vida no mesmo
emprego, que funcionava da mesma forma a vida toda, e nela a pessoa se
aposentava, e isso era lindo!
Hoje as coisas mudam muito rápido, não basta só aprender informática, a cada hora
tem um programa novo pra aprender, se a pessoa não for resistente e não gostar de
desafios, está perdida, está fora do mercado.
A música ‘Volta por Cima’, de Paulo Vanzolini, tem muito a ensinar sobre Resiliência.
O refrão diz: "Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a
volta por cima”. É disso que falamos hoje, dar a volta por cima.
Lembram do Lars Grael, aquele esportista que sofreu um acidente terrível? Numa
entrevista lhe perguntaram sobre qual teria sido a lição aprendida desse episódio,
Lars Grael disse: "O erro das pessoas, em geral, é se voltar para trás. Comparar o
agora com o que tinham antes. Se eu fosse comparar minha vida anterior com a vida
que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão. Mas não adianta ficar
olhando para trás. Temos que lidar com o "aqui e agora”.
Cada um de nós tem um ponto frágil que precisa ser cuidado com mais atenção.
Quando alguma parte da vida esta aborrecida, sem graça ou difícil de ser
contornada, é sinal de que precisa dar mais atenção a essa parte, mas tem gente
que quando tem um problema vira avestruz, enfia a cabeça no buraco e espera o
problema passar, mas não passa.
Se você perceber alterações de humor, de disposição para suas atividades, aumento
de tensão e diminuição da alegria de viver, você precisa parar e ver o que pode fazer
para mudar isso.
E não vai ser na farmácia mais próxima que você vai comprar uma vida mais bacana.
É preciso conquistar, com esforço, a alegria de viver, e as lições estão dentro de
você, basta saber ler estas lições.
Não consegue sozinho, pense na possibilidade pedir ajuda a um profissional, pense
em você fazer sua terapia.
Desenvolva resiliência porque uma pessoa resiliente não se abate com facilidade,
não culpa os outros pelos seus fracassos, ela luta.
Pensamentos como tudo é difícil, “não consigo mudar o rumo da minha vida” ou
“ninguém faz nada por mim”, esses pensamentos são os que te derrubam, mas se
você não consegue se livrar deles, precisamos fazer alguma coisa, o que não pode
é ficar parado esperando a vida passar.
A gente sabe que toda mudança pode trazer insegurança, medo do novo, bate
aquela vontade de manter o velho e confortável conhecido, claro é mais
confortável. Mas se você não fizer nada a tendência é de que os problemas fiquem
cada vez piores a cada dia que passa, vão surgindo sintomas, de angústia,
depressão, distúrbios psicossomáticos,
O autoconhecimento é a base para qualquer mudança de vida e, a ajuda de um
psicólogo facilita esse processo.
Na vida, podemos ser problema, ou solução. Se você for só o problema, ninguém vai
gostar de ficar do seu lado, porque você vai ser uma pessoa amarga. Mas, se você
for solução, aí vai ter a chance de conquistar a maturidade com sabedoria. Cada um
escolhe o seu caminho!
Resiliência pra quê?
Na vida é preciso desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as fases de,
adolescência, sair da fase adulta e ir para velhice, mudanças como de solteiro para
casado, emprego novo, divorcio, aposentadoria, etc.
Quem não tem resiliência é o chamado "homem de vidro", que é aquele que se
"quebra” diante de qualquer pressão. E olha que tem gente que se quebra com
pressões bem estranhas, se quebra porque está chovendo, se quebra porque o filho
vai viajar, porque tem que mudar de horário na faculdade, porque levou o fora da
namorada,
Vou citar um poema, bonito, mas é um exemplo de não resiliência : (perdoe-me o
autor, mas em minha pesquisa esse nome não apareceu, que souber por favor me
mande um e-mail que, claro, eu mencionarei o crédito).
Hoje, a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e
entrou. Não ofereci resistência.
Hoje, a doença também me visitou. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente.
Hoje, problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone vieram
pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua
condição de fantasmas eternos .
Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado. O desânimo
comparece em ombros arqueados e olhos sem brilho que pedem para derramar
lágrimas. Então, choro.
Esse é um exemplo de não resiliência.
Eu aprendi que não adianta brigar com problemas. Se a gente não enfrenta, acaba
sendo destruído por eles.
E quando você não soluciona de forma adequada, ele volta, volta e lhe dá uma
rasteira maior ainda.
A felicidade, como já mencionou um grande autor, não é a ausência de problemas.
A ausência de problemas é o tédio.
As felicidades são grandes problemas bem administrados.
O importante é aprender a combater as doenças da mente. Esse é o trabalho da
terapia. percebê-las, identificá-las, respeitá-las e, aniquilá-las.
Mas nem tudo está perdido para você que perde o controle diante do primeiro
obstáculo.
É possível desenvolver essa característica.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA CLÍNICA INTEGRADA


A Psicologia Clínica ocupa um lugar fundamental na área da saúde, por oferecer
uma visão integrada do ser humano, incluindo as dimensões psíquica, orgânica,
social e espiritual agindo conjuntamente na produção da existência humana, assim
como de seus equilíbrios e desequilíbrios.
Não é possível hoje se falar em "doenças orgânicas" sem uma consideração pela
dimensão psicológica e emocional, sendo evidente a natureza psicossomática da
existência humana.
Já há algum tempo as pesquisas científicas tem demonstrado que as experiências
de vida influenciam diretamente o processo de ativação genética, assim como
influenciam as mudanças estruturais que ocorrem no cérebro. Deste modo torna-se
cada vez mais artificial a distinção entre doenças mentais e doenças orgânicas (1).
Cada ser humano, psicossomático por natureza vive uma história de interações,
encontros e acontecimentos em que as doenças, quer se manifestem mais no corpo
ou na "mente", sofrem forte influência dos desequilíbrios existenciais e de soluções
inadequadas de vida. Os aspectos psicológicos participam não somente da formação
de muitas doenças como tem um papel fundamental na sua recuperação. A
Psicoterapia oferece recursos importantes para uma compreensão mais ampla do
processo de adoecimento assim como estratégias para uma vida mais saudável e
integrada.

ABORDAGENS TEÓRICAS
Há diversas escolas teóricas na Psicologia que podem ser agrupadas em cinco
principais perspectivas, com seus ramos e derivações:
-Psicodinâmica (Psicanálise, Psicologia Analítica, etc)
-Humanista (Gestalt, Psicodrama, etc)
-Corporal (Reichiana, Bioenergética, etc)
-Cognitivo-comportamental
-Sistêmica
A diversidade decorre tanto da complexidade do tema a psiquê humana, como da
origem e desenvolvimento da Psicologia a partir da influência de diferentes ramos do
conhecimento, da Filosofia, da Medicina, das Religiões, etc.
No geral, as diferentes abordagens teóricas apresentam alguns elementos básicos,
como: (1) uma teoria sobre o funcionamento mental, (2) uma teoria do
desenvolvimento, (3) uma explicação sobre a origem do sofrimento (psicopatologia)
e (4) uma visão sobre o processo terapêutico.
Ultimamente tem sido comum que terapeutas de uma abordagem teórica utilizem
técnicas originadas em outras escolas. A busca de melhores resultados na
clínica parece estar promovendo estes intercâmbios. Talvez isto indique um
movimento na Psicologia de integração entre as diferentes abordagens teóricas.
TIPOS DE PSICOTERAPIA
Há alguns tipos de Psicoterapia, conforme as necessidades e a configuração dos
problemas, sendo os principais:
Psicoterapia Individual para crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Psicoterapia de Grupo
Psicoterapia de Casal
Psicoterapia de Família
Psicoterapia Institucional

OS PRAZOS VARIAM COM OS OBJETIVOS


Um século de pesquisas e desenvolvimento permitem que a Psicoterapia alcance
resultados cada vez maiores e mais significativos.
No geral, os prazos de tratamento são relativos aos objetivos almejados e à
gravidade do problema.
Há vários desenvolvimentos recentes em Psicoterapias breves, que são focadas em
objetivos específicos. Atualmente é possível atingir resultados significativos em
períodos de 6 a 12 meses e há processos terapêuticos mais profundos que se
encerram satisfatoriamente em prazos inferiores a 3 anos.
Há casos que demandam um trabalho terapêutico mais demorado, geralmente com
problemática mais séria, envolvendo traumas precoces, desorganização psicológica,
problemas vinculares, imaturidade psicológica etc. Estes trabalhos podem exigir
anos de trabalho contínuo, compensados por mudanças significativas que o trabalho
psicoterapêutico pode propiciar.
Algumas pessoas encontram na terapia um ambiente fundamental de
acompanhamento de seu processo de vida, de autoconhecimento e
desenvolvimento pessoal, onde são trabalhadas transformações profundas ao longo
de vários anos. São situações em que o processo terapêutico não tem um prazo
definido, em comum acordo entre o profissional e o cliente.
Apesar de poder parecer, à primeira vista, um tratamento oneroso em termos de
tempo e dinheiro, a Psicoterapia tem se mostrado, na realidade, um modo econômico
de tratamento. Pesquisas indicam, por exemplo, que a Psicoterapia diminui os
índices de consumo de medicamentos e de internações hospitalares (2). A
Psicoterapia tem se mostrado também um tratamento economicamente
compensador por prevenir e tratar problemas psicológicos que, quando não tratados,
trazem enormes prejuízos financeiros para as pessoas, as famílias e mesmo para a
economia do país (3).
Os tratamentos psicológicos demonstram uma grande potência de transformação
das vidas, compensando os investimentos realizados.

O VÍNCULO NA PSICOTERAPIA
O ser humano nasce, cresce e vive em ambientes vinculares. Destes ambientes
depende seu bem estar e suas realizações na vida. Os problemas vinculares da
primeira infância à terceira idade afetam profundamente a capacidade que as
pessoas têm de amar, trabalhar e viver. A Psicoterapia é um espaço para se
esclarecer e transformar estas dificuldades vinculares. Este processo ocorre através
de uma relação saudável com um profissional eticamente comprometido e
tecnicamente qualificado.
A base de uma boa terapia está na relação terapêutica. A boa terapia se desenrola
num enquadre clínico com um vínculo que favorece este processo. Aí está um dos
segredos desta arte e ciência: criar um ambiente que permita a revelação do mundo
interno e favoreça o desenvolvimento do processo singular de cada um. Neste clima
é possível que o ser mais oculto e amedrontado se mostre, seja ouvido e transforme-
se, que o processo formativo possa prosseguir formando vida.

A PSICOTERAPIA FUNCIONA
As pesquisas demonstram uma grande eficácia da Psicoterapia (4). Mesmo as
recentes tecnologias de mapeamento cerebral têm permitido demonstrar como o
tratamento psicológico age transformando o funcionamento cerebral. A eficácia do
tratamento psicológico, que já era conhecida há várias décadas, tem sido
corroborado recentemente pelos novos conhecimentos das neurociências (5).
Existem centenas de livros e pesquisas explorando e explicando porque a
Psicoterapia funciona. Porém, como simples exercício de compreensão, vamos listar
alguns motivos para tentar entender um pouco sobre a efetividade da Psicoterapia.
No início da lista, organizada num continuum que vai do mais simples ao mais
complexo, temos aqueles motivos que são comuns a outras relações de ajuda,
mesmo não profissionais, como uma conversa íntima com um amigo, uma conversa
sobre um problema pessoal com um professor, um médico, etc. Avançando na lista
vamos chegando aos motivos que são próprios da Psicoterapia, até aqueles que lhe
são exclusivos, possíveis pelo meticuloso treinamento teórico e técnico adquirido
pelo psicólogo em sua trajetória de formação profissional.

MOTIVOS PELOS QUAIS A PSICOTERAPIA FUNCIONA


1-Ao dividir um problema você passa a ter "meio" problema. Compartilhar ajuda a
aliviar a carga emocional e o sofrimento
2-Os vínculos de ajuda têm um poder curativo. É mais fácil superar as dores através
de uma relação autêntica de respeito mútuo do que sozinho. A relação terapêutica é
uma relação de ajuda, de compreensão e apoio.
3-O psicólogo clínico (Psicoterapeuta) é um outro, com o olhar e a perspectiva de
um outro, o que lhe ajudará ver a sua vida de um modo diferente, lhe fazer perguntas
diferentes, ajudá-lo a perceber as coisas de um ângulo que você não tinha visto antes
e nem suspeitava ser possível. Assim, a Psicoterapia faz você parar para refletir
sobre a própria vida. Parar, observar e refletir permite muitas mudanças de
orientação, sentido, rumo e aprofundamento da experiência de vida.
4-O Psicoterapeuta conhece teorias psicológicas que ajudam na compreensão do
que ocorre com você, auxiliam a identificar o que pode estar errado em sua vida, a
direção que você está seguindo e as mudanças de rumo necessárias. A partir de seu
conhecimento, o psicólogo pode apontar o que olhar como olhar e o que fazer com
o que se descobre, para que estas descobertas possam ser construtivas em sua
vida.
5-O Psicoterapeuta conhece métodos de investigação tornam possível descobrir
aspectos da sua personalidade que seriam inacessíveis a uma observação não
treinada ou a uma conversa comum. Há um amplo espectro de técnicas de
investigação psicológica que permitem esclarecer problemas de modo
extremamente eficaz.
6-O Psicoterapeuta domina técnicas terapêuticas que ajudam a realizar mudanças
psicológicas profundas.
7-O Psicoterapeuta está preparado para te compreender a partir do vínculo que você
estabelece com ele, das respostas emocionais que você suscita nele. Em seu
treinamento ele afinou a si mesmo como instrumento de trabalho para reconhecer
pequenas nuances do que você mostra na relação com ele (e consequentemente
com "os outros") e assim poder compreender seus modos de vinculação e suas
dificuldades nos relacionamentos.
8-O Psicoterapeuta é capaz de oferecer uma presença autêntica no vínculo com
você. Esta relação funciona como catalisador de processos de mudança necessários
em sua vida, incluindo a superação dos efeitos de traumas de relacionamentos
anteriores.
9-O Psicoterapeuta passou por todos estes passos anteriores, tendo estado em
todos os papéis, como cliente, como profissional e como observador, o que o habilita
a "sentir-se em casa" em situações difíceis , poder caminhar por terrenos inóspitos,
cheios de sofrimento e problemas emocionais e saber ajudar seu cliente a encontrar
um caminho de melhora.
10-O Psicoterapeuta inicia seu cliente num caminho de transformação pessoal. Isto
é possível porque o Psicoterapeuta tem um know-how, um saber fazer que vai além
do conhecimento formal, da teoria e da técnica. É um saber baseado na experiência,
experiência de vida e experiência da clínica.
Esta lista poderia ser estendida e aprofundada, mas pretendemos com ela dar uma
idéia ao público leigo da natureza do trabalho da Psicologia Clínica numa linguagem
diferente daquela do universo teórico, técnico e científico habitual na Psicologia.

UM CAMINHO DE MUDANÇA
O processo terapêutico é como atravessar um túnel. Neste túnel você vai rever
muitas cenas da historia da sua vida de um ângulo completamente novo, fazendo
conexões inusitadas entre os eventos e percebendo a potência do passado para
moldar quem você é hoje e a potência do presente para construir novas
possibilidades de vida.
Na travessia deste túnel você vai aprender a reconhecer os seus padrões de
comportamento que levam você a se comportar de modo parecido em situações
diferentes, muitas vezes "repetindo os mesmos erros". Você vai aprender a
reconhecer o "como" do seu comportamento, como você age, como se relaciona,
como pensa, como sente e vai aprender caminhos para poder influenciar e
transformar estes padrões.
Esta é uma travessia acompanhada, acompanhada de alguém que pode ajudar você
a se compreender. Alguém que pode te ajudar a transformar o seu jeito de ser, a
mudar e a se conhecer profundamente. É uma travessia que pode mudar
profundamente a sua vida.

REFERÊNCIAS FEITAS:
1-Kandel, Eric (1998) A New Intellectual Framework for Psychiatry. Am J Psychiatry,
vol 155 p457-469
2-Gabbard, G O; Lazar, S G; Hornberger J; Spiegel D. (1997). Economic Impact of
Psychotherapy: A Review. The American Journal of Psychiatry, vol 154:2 p147-155
3-Hanns, L A (2004) Regulamentação em Debate. Psicologia: Ciência e Profissão -
Diálogos, ano 1, vol 1, p 6-13
4- Gabbard, A. (2001) Empirical Evidence and Psychotherapy: A Growing Scientific
Base. The American Journal of Psychiatry, Volume 158(1), 1-3)
American Psychological Association (2009). How Psychotherapy Works. Six
questions for Bruce E. Wampold. online.
Shedler, Jonathan (2010). The Efficacy of Psychodynamic Psychotherapy. American
Psychologist, Vol. 65, No. 2, 98–109
5-Siegel, Daniel (2001) The Developing Mind: How Relationships and the Brain
Interact to Shape Who We Are,New York, The Guilford Press
Cozolino, Louis (2002) The Neuroscience of Psychotherapy: Building and Rebuilding
the Human Brain, New York, W W Norton
Cozolino, Louis (2006) The Neuroscience of Human Relationships: Attachment and
the Developing Social Brain, New York, W W Norton

A DIFERENÇA ENTRE PSIQUIATRA, PSICÓLOGO E PSICANALISTA


Estes três diferentes tipos de profissionais trabalham com a saúde mental da
sociedade humana.
A proposta deste texto é oferecer um entendimento didático e rápido a respeito das
principais diferenças entre os trabalhos do Psiquiatra, do Psicólogo e do Psicanalista.
Ao contrário do que se imagina, nem sempre as fronteiras que separam os trabalhos
desses profissionais são tão claras e ocorrem muitas confusões na hora de
estabelecer essas distinções.
Psicólogos e Psiquiatras
Um bom começo é abrir o dicionário. O dicionário Houaiss define a psiquiatria como
ramo da medicina que se ocupa do diagnóstico, da terapia medicamentosa e da
Psicoterapia de pacientes que apresentam problemas mentais e a Psicologia como
ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser
humano e de suas interações com um ambiente físico e social.
A psiquiatria então é uma especialidade da medicina que trabalha de várias
maneiras: com o diagnóstico, com o tratamento medicamentoso e com a
Psicoterapia. Portanto, afirmar que Psiquiatra é um médico que receita remédios
seria uma definição reducionista. O Psicólogo não é um especialista, mas alguém
graduado em Psicologia (e devidamente registrado em seu Conselho) que pode
seguir várias áreas ou especialidades, entre as quais a Psicologia clínica. Na
Psicologia clínica, o Psicólogo também trabalha com diagnóstico, muitas vezes
através de uma avaliação psicodiagnóstica, e com Psicoterapia.
Bem, temos aí diagnóstico e Psicoterapia como atividades em que atuam Psicólogos
e Psiquiatras. Muitos médicos, inclusive, formularam teorias psicológicas e, por isso,
a atividade de Psicoterapia pode ser exercida por médicos e Psicólogos sem
restrições (desde que ambos tenham o registro profissional). Só cabe lembrar que a
prescrição de medicamentos é uma atividade exclusiva dos médicos e o uso de
testes psicológicos, exclusiva dos Psicólogos.
Psicanalistas
O Houaiss diz que Psicanalista é: que ou aquele que é especializado em Psicanálise
(diz-se de médico ou Psicólogo) e numa outra definição que ou aquele que trata pelo
método da Psicanálise (diz-se de Terapeuta). A primeira definição me parece
equivocada e, por isso, vamos fazer nela uma pequena emenda.
Os Psicanalistas merecem um espaço à parte porque não precisam ter uma
graduação específica. Podem ser formados em qualquer curso superior, mas
precisam cumprir certas exigências: fazer um curso de alguns anos numa instituição
psicanalítica, se submeter à análise com um Didata da instituição e recorrer a
supervisão de casos clínicos.
Assim como os Psicólogos, os Psicanalistas não podem prescrever medicamentos,
a menos que sejam médicos. Por causa da sua origem, existem muitos médicos no
mundo inteiro que atuam como Psicanalistas. A Psicanálise demanda um número
maior de sessões por semana, normalmente três; já na Psicoterapia, em
praticamente todas as abordagens é estabelecida uma sessão semanal. Muitas
vezes, a Psicanálise é realizada sem contato visual entre analista e paciente e com
o uso de divã, como fazia Freud.
CONCLUSÃO
A Classificação Brasileira de Ocupações, CBO, do Ministério do Trabalho e
Emprego, descreve os seguintes códigos para descrever os respectivos
profissionais:
2515-50, PSICANALISTA, 2515-10, PSICÓLOGO CLÍNICO e 2231-53,
MÉDICO PSIQUIATRA.
Nem sempre é fácil estabelecer uma fronteira nítida entre os três profissionais porque
com frequência eles mesclam suas formações, de maneira a acumular atividades.
Por exemplo, um Psiquiatra Psicanalista, um Psicólogo Psicanalista ou um Psiquiatra
Psicoterapeuta. Assim sendo, existem Psicanalistas que prescrevem medicamentos,
pois são médicos, e outros que não o fazem. Da mesma forma, existem
Psicoterapeutas que receitam remédios e outros não.
Não existe um profissional da área de saúde que seja mais importante que outro.
Cada um tem a sua importância no tratamento de uma enfermidade mental.
Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo

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