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PENSAMENTO INVERTIDO: COMO SER MAIS PRODUTIVO

CONSIDERANDO O OPOSTO DO QUE VOCÊ DESEJA

Em 2008, chegou aos cinemas o filme “O Curioso Caso de Benjamin


Button”, um homem que nasceu de forma incomum, com má aparência
e doenças de uma pessoa com cerca de oitenta anos, mesmo sendo
apenas um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo,
Button rejuvenesce.

O filme foi um sucesso, recebendo 13 nomeações ao Oscar, assim como


muitos elogios do público e da crítica especializada.

O motivo para isso, ao menos em parte, está nas lições que


conseguimos aprender ao visualizar uma pessoa vivendo sua vida de
forma inversa. Isso é, ao imaginar como seria nascer um idoso, e então
rejuvenescer, temos uma visão diferente da vida do que quando
pensamos em nascer jovens e morrer idosos.

Talvez você não saiba, mas pensar inversamente é uma das melhores
habilidades que você pode desenvolver para sua vida e Produtividade
Pessoal. Isso porque ela te oferece a oportunidade de olhar para o que
está fazendo de uma perspectiva única, facilitando que você tenha uma
visão mais clara a respeito dos erros que está cometendo.

Hoje, portanto, discutiremos como o pensamento invertido vem sendo


utilizado ao longo da história, e porque ele é tão importante hoje.
Falaremos ainda de diferentes exercícios que te ajudarão a tomar
melhores decisões no futuro, e terminaremos com estratégias que te
auxiliarão a incorporar a habilidade do pensamento invertido no seu
dia a dia.

Se preferir, você pode clicar nos links abaixo para ir direto a uma seção
particular do artigo que te interessa, ou pode simplesmente continuar
a leitura para ver o artigo completo.

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Sumário do artigo
 I. Introdução
o Conheça Josh Waitzkin

o Josh Waitzkin e o Xadrez

o O Pequeno Bobby Fisher

o A Estratégia de Josh Waitzkin

 II. A Arte do Pensamento Invertido


o “Inverta, sempre inverta”

o O Surgimento do Rock Alternativo

o A Premonição dos Males

 III. Os Benefícios de Pensar para Frente e para Trás


o Gerenciamento de Projetos

o Procrastinação e Foco

o Destralhando a sua Casa

 IV. Considerações Finais


o Referências

I. Introdução
Conheça Josh Waitzkin

No inverno gelado de 1983, Josh Waitzkin tinha apenas 6 anos quando


caminhava com sua mãe rumo ao parque infantil localizado no
Washington Square Park. Ambos já haviam feito aquela mesma
caminhada inúmeras vezes, mas naquele dia algo parecia diferente.

Por motivos que nem mesmo Waitzkin consegue explicar, ele foi
fisgado por figuras misteriosas, que se moviam sobre um tabuleiro de
xadrez. Ele se lembra de ver cada figura como se estivesse em uma
floresta. As peças correspondiam a animais, preenchidas com um
potencial estranho, como se algo mágico e perigoso fosse surgir no
tabuleiro.

Dois competidores estavam sentados em lados opostos da mesa,


provocando um ao outro. O ar estava tenso, e então cada peça parecia

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explodir de tanta ação, com dedos ágeis movendo peças brancas e
pretas com tamanha precisão e velocidade.

Waitzkin foi puxado para o campo de batalha, encantado pelo jogo,


como se tudo aquilo já lhe fosse familiar.

Alguns dias depois, Waitzkin e sua mãe estavam fazendo a mesma


caminhada quando o jovem se desvencilhou, e correu rumo a um velho
que estava organizando peças de plástico no tabuleiro de mármore.

“Quer jogar?”, o velho perguntou, olhando de forma suspeita. A mãe se


desculpou, explicando que o jovem Waitzkin não sabia jogar xadrez.

“Tudo bem”, disse o velho. “Eu também tenho crianças, e no momento,


também tenho um pouco de tempo para perder”.

Naquela época ninguém imaginava, mas esse seria o início de uma


carreira brilhante em um dos jogos de tabuleiro mais famosos e
competitivos no mundo.

Josh Waitzkin e o Xadrez

Daquele dia em diante, o Washington Square Park se tornou a segunda


casa de Waitzkin, e o xadrez, por sua vez, o seu primeiro amor. Depois
da escola, enquanto outras crianças iam ao parque infantil jogar
futebol ou beisebol, Josh insistia em ir ao parque jogar xadrez.

Ele adorava a emoção de cada batalha, e passava horas e horas


encarando a selva de peças, entendendo padrões, e jogando granadas
mentais nos seus oponentes.

Ao longo dos meses, o garoto de 6 anos começou a fazer parte da cena


diária do parque, e se tornou o protegido dos mais veteranos. Eles
começaram a lhe mostrar os seus truques, ensinando-o como gerar
ataques mais devastadores, e como entrar na cabeça dos seus
oponentes.
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Depois de alguns meses, Josh já conseguia bater de frente com alguns
jogadores que entendiam o jogo a décadas. Cada derrota era uma lição,
e cada vitória era emocionante. A cada dia, as peças do quebra cabeça
pareciam fazer mais sentido para ele.

Então, um sábado à tarde, Josh percebeu uma figura diferente


observando-o enquanto jogava contra seu amigo Jerry.

Algumas horas mais tarde, o homem se aproximou de seu pai e se


apresentou como Bruce Pandolfini, um dos melhores professores de
xadrez na época. Bruce contou ao pai de Josh que o menino era muito
talentoso, e se ofereceu para ensiná-lo.

Josh não gostou muito da ideia. Ele se divertia no parque, e seus amigos
estavam o ensinando o bastante. Por que ele precisaria de mais um
treinador? Por que ele deveria trazer um estranho para o seu mundo,
e mostrar as suas estratégias?

O Pequeno Bobby Fisher

Antes de começar a ensiná-lo, Pandolfini precisou quebrar algumas


barreiras na cabeça do jovem aprendiz. Waitzkin era teimoso, e
permanecia repetindo padrões de jogo que havia aprendido no parque.

Pacienciosamente, Pandolfini mencionava o fundamento que o jovem


havia violado, e movimento a movimento mostrava os erros na sua
estratégia. Com o tempo, Waitzkin passou a confiar no seu novo
treinador, e aceitar as suas ideias.
O jovem Josh Waizkin aprende com o professor Bruce Pandolfini

Um ano depois que iniciou seu treinamento, Waitzkin começou a


participar de campeonatos, e passou a dominar a cena mundial juvenil
de xadrez. Ele foi a única pessoa a conquistar os campeonatos
nacionais de escola primária, secundária, ensino médio, e sênior dos
Estados Unidos antes dos 16 anos de idade.
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Na época, ele conseguia facilmente jogar em 20 tabuleiros de xadrez
simultaneamente, os quais eram organizados em um salão, onde Josh
passava andando de mesa a mesa, jogando e ensaiando os jogos
simultaneamente na sua cabeça.

A carreira de Josh ficou particularmente famosa após ser ilustrada no


filme, Searching for Bobby Fischer.

Josh foi rotulado como um prodígio, uma palavra ele nunca gostou, e
que considera um grande erro. Desde as suas aulas iniciais com
Pandolfini, Josh aprendeu uma ESTRATÉGIA para aprimorar suas
habilidades, a qual ele também utilizou para se tornar 13 vezes
campeão nacional dos Estados Unidos em Tai Chi Chuan, e uma vez
campeão mundial em 2004.

A estratégia é discutida em mais detalhes no livro “The Art of Learning”,


e também na entrevista que Waitzkin deu a Tim Ferris, a qual pode ser
vista clicando aqui.

A Estratégia de Josh Waitzkin

Desde que Pandolfini adquiriu a confiança do jovem Waitzkin, sua


estratégia foi focar em princípios do xadrez, particularmente aqueles
princípios se aplicavam ao final do jogo.

Como eu já discuti a importância que grandes treinadores dão aos


fundamentos no artigo “O Poder dos Fundamentos: A Importância de
Trabalharmos Mesmo Quando Estamos Entediados”, eu não vejo
necessidade de focar nisso neste artigo.

Contudo, é importante notar que Pandolfini foi um passo à frente. Ao


invés de focar nos princípios aplicados ao início do jogo, como os
demais treinadores da sua época, o seu foco estava no final do jogo.

Isso porque memorizar aberturas no tabuleiro de xadrez é natural, e


praticamente qualquer pessoa faz isso. Contudo, assim você não estará
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aprendendo os princípios e estratégias na forma correta. Você está
simplesmente aprendendo alguns truques que te ajudarão a ganhar
dos seus amigos amadores.

Para começar, em uma de suas primeiras aulas, o treinador removeu


praticamente todas as peças do tabuleiro, deixando apenas os dois reis
e um peão. Caso você não saiba, essa é a posição mais simples do
xadrez. Ainda assim, simplicidade aqui não indica facilidade.

Para vencer um oponente com apenas um rei e um peão, você precisa


entender princípios básicos do xadrez, tais como o poder dos espaços
vazios, oposição, e como colocar um oponente em zugzwang (uma
situação em que qualquer movimento que ele faça destrói a sua
posição).

Esses princípios, embora sejam válidos durante todo o jogo de xadrez,


podem ser mais explorados em posições de pouca complexidade, como
a dada pelo treinador.

Dessa forma, ao ser treinado para pensar na ordem inversa


(começando pelo final do jogo, ao invés de pelo início, como a maior
parte das pessoas), Waitzkin ganhou uma enorme vantagem sobre
seus oponentes, a qual utilizou mais tarde nas mais variadas
circunstâncias.

II. A Arte do Pensamento Invertido


“Inverta, sempre inverta”

Ao longo da história, existiram vários exemplos de pessoas, que assim


como Waitzkin, tiraram proveito de sua habilidade de pensar na forma
inversa.

Por exemplo, o matemático alemão Carl Jacobi fez uma série de


contribuições importantes para diferentes campos científicos durante
sua carreira. Em particular, ele era conhecido por sua capacidade de
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resolver problemas difíceis seguindo uma estratégia chamada muss
immer umkehren, o que vagamente traduzido seria, “inverta, sempre
inverta”.

Jacobi acreditava que uma das melhores maneiras de esclarecer seu


pensamento era reafirmar problemas matemáticos em sua forma
inversa. Ele escrevia o oposto do problema que ele estava tentando
resolver, e como consequência tinha uma facilidade maior em
descobriu qual a sua solução.

Pensar inversamente é uma poderosa ferramenta de reflexão, já que


através dela você evidencia os erros e bloqueios que não são tão óbvios
à primeira vista.

E se o contrário fosse verdade? E se eu focasse no lado oposto desta


situação? Em vez de me perguntar como fazer algo, o que acontece se
eu me perguntar como não fazê-lo?

Grandes pensadores e inovadores pensam para frente e para trás. Eles


consideram o lado oposto das coisas. Ocasionalmente, eles chegam a
uma solução. Essa maneira de pensar pode revelar oportunidades
ilustres, principalmente para quem busca por inovação.

Não acredita? A história ainda nos dá outros grandes exemplos.

O Surgimento do Rock Alternativo

Uma das maiores mudanças musicais que ocorreram nas últimas


décadas teve origem com a banda Nirvana, um grupo que legitimou um
novo estilo de música chamado de “Rock Alternativo”.

Nevermind, o segundo álbum do grupo, foi imortalizado na Biblioteca


do Congresso Norte-americano como uma das gravações mais
“culturalmente, historicamente e esteticamente importantes” do
século 20.

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Em uma época em que grandes bandas, tais como Poison, ou Def
Leppard gastavam milhões para produzir cada álbum, Nevermind foi
gravado gastando apenas 65 mil dólares.

Em uma época em que grandes bandas de rock compunham músicas


românticas, Nirvana compôs a música “Rape Me” (que em tradução
literal seria, “me estupre”) para que a mídia colocasse mais atenção aos
reais problemas da sociedade. Em uma época de pura extravagância no
rock, Nirvana era totalmente despojado e natural.

O Nirvana inverteu completamente as convenções do rock e música


pop, e fez isso porque pensar inversamente, na realidade, é a base de
toda boa arte, ciência, filosofia e política.

A todo momento, existe um status quo na sociedade, sendo que os


artistas e inovadores que mais se destacam são justamente aqueles
que revertem o convencional.

A Premonição dos Males

Talvez, o exemplo mais antigo que temos de pensamento invertido


aconteceu na Grécia antiga, nos primórdios da filosofia estoica. Isso é,
grandes filósofos estoicos, tais como Marco Aurélio, Sêneca e Epictecus
regularmente faziam um exercício de pensamento invertido chamado
de “premeditatio malorum” o qual podemos traduzir como
“premonição dos males”.

O objetivo desse exercício era visualizar as coisas negativas que


poderiam acontecer na vida. Por exemplo, os estoicos imaginariam
como seria perder seu emprego, ou ficar desabrigado, ou sofrer uma
lesão e ficar paralisado, ou ter sua reputação arruinada e perder todo
o seu status na sociedade.

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Os estoicos acreditavam que ao imaginar o pior cenário antes de ele
acontecer, podiam superar seus medos de experiências negativas e
fazer melhores planos para impedi-los.

Enquanto que a maioria das pessoas estava concentrada em como


alcançar o sucesso, os estoicos também consideravam como
gerenciariam o fracasso. Como as coisas seriam se tudo desse errado
amanhã? E o que isso me diz sobre como devo me preparar hoje?

Recentemente, Timothy Ferris conduziu uma apresentação no Ted


Talks onde forneceu uma versão moderna do exercício, mostrando
como ele já o utilizou na sua vida. Para conferir a apresentação, basta
clicar aqui. Caso não queira assisti-la, o exercício é também explicado
logo abaixo.

Exercício 1 – Definindo seu Medos

Logo de início, Ferris nos aconselha a definir nossos medos em uma


forma muito simples. Basicamente, precisamos preencher a pergunta
“E se eu…?”

 E se eu perder o meu emprego?


 E se eu pedir para ser promovido?
 E se eu não conseguir ser um bom pai?
 E se eu não conseguir gerenciar o meu negócio?
 E se eu falir?
 E se eu morrer?

Todos nós temos medos, e a resposta mais comum a ele é


simplesmente negá-lo, e viver por mais um dia como se ele não
existisse. Contudo, aqui a proposta é justamente parar de fugir, e
definir cada um dos seus medos, sejam eles vinculados a sua vida
pessoal, profissional ou social.

Para facilitar, você pode listar seus medos como no esquema abaixo:

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Uma vez que você tenha definido seus medos, chegou a hora de pensar
em pelo menos uma ação a respeito de como você pode prevenir que
ele se torne realidade. Isso é, na coluna “Previna”, reflita sobre: se não
quero perder o emprego, como posso fazer para me tornar
indispensável dentro da empresa?

Da mesma forma, se você tem medo de não conseguir ser um bom pai,
quais práticas ou hábitos você pode inserir na sua rotina, de forma a
garantir que está cuidando bem dos seus filhos?

Se tem medo de morrer, quais práticas pode adotar para prolongar a


sua vida, e viver muito além da expectativa de vida do país?

Como terceiro e último passo, na coluna “Repare” defina o que você


poderá fazer caso o seu medo se torne realidade. Isso é, se você perder
o emprego, quais ações poderão ser tomadas para encontrar um novo
emprego rapidamente?

Se sua empresa falir, quais serão suas opções dali para frente? Se não
estiver sendo um bom pai, como você pode se redimir?

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Exercício 2 – Definindo os Benefícios de Sobrepor seus Medos

Finalizado o primeiro exercício, podemos seguir em frente e definir o


que ganharíamos se sobrepuséssemos nossos medos. Ou seja,
queremos aqui responder a pergunta “Quais podem ser os benefícios
de uma tentativa, ou de um sucesso parcial?”

Por exemplo, digamos que você deseja abrir seu próprio negócio, mas
está paralisado pelo medo não conseguir gerenciá-lo. No exercício 1,
você já definiu algumas estratégias para prevenir que isso aconteça,
assim como já definiu o que poderá ser feito caso realmente não
consiga fazê-lo.

Em seguida, você se pergunta o que você ganharia se ao menos tentasse


abrir o seu negócio. Você desenvolveria alguma habilidade? Ficaria
mais confiante? Você se sentiria melhor? Você ficaria melhor
financeiramente?

Escreva esses benefícios com o máximo de detalhes que conseguir.


Para isso, eu aconselho que você passe pelo menos 10 a 15 minutos
nesse exercício. Isso porque nos primeiros 5 minutos, você terá
dificuldade em encontrar benefícios, e principalmente terá dificuldade
em detalhá-los.

Existe um motivo pelo qual esse é o seu medo: sua cabeça está muito
mais focada no que pode dar errado do que naquilo que pode dar certo.
Portanto, dê um tempo para sua cabeça inverter o raciocínio, e
começar a pensar nos possíveis benefícios.

Exercício 3 – Definindo o Custo da Inatividade

Esse último exercício pode ser o mais importante, portanto, não deixe
de fazê-lo.

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De maneira geral, humanos são muito bons em considerar o que pode
acontecer de errado se tentarmos algo novo. Essa é a maneira natural
com que nosso sistema nervoso foi projetado.

Justamente por isso, geralmente não consideramos o custo hediondo


de não desafiarmos o status quo, ou de não fazermos o que precisa ser
feito. Então, como terceiro exercício, reflita sobre a seguinte pergunta:

“Se eu evitar essa ação ou decisão, ou ações e decisões similares a ela,


como a minha vida será em 6 meses, 12 meses e 3 anos?”

Se preferir, você pode continuar por mais tempo, como 5 anos, 10 anos,
20 anos. Faça isso por qualquer período de tempo que não pareça
inatingível.

Novamente, procure definir esse custo em detalhes, emocionalmente,


financeiramente, fisicamente, ou seja lá o que for.

Em seis meses, como você estará se sentindo caso continue com seu
trabalho atual? Em um ano, você acha que as coisas terão melhorado?
Em 3 anos, você estará precisando de remédios para controlar sua
depressão?
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O ideal desse exercício é que você defina os custos de ficar parado até
o ponto em que essa deixa de ser uma opção para você. Até o ponto em
que não fazer nada é mais doloroso do que enfrentar o seu medo.

Obviamente, nem todas as pessoas chegam nesse ponto, mas isso não
significa que o exercício falhou.

No final, em uma escala de 0 a 10, você provavelmente perceberá que


existe uma chance de 1 a 3 de tudo sair errado, e você não aprender
nada ao enfrentar seu medo, e uma chance 8 a 10 de você ter benefícios
surpreendentes, que te acompanharão ao longo de toda a sua vida.

III. Os Benefícios de Pensar para Frente e para Trás


Bom, agora que você já sabe como utilizar inversão para definir e
sobrepor os seus medos, eu acho importante te fornecer alguns outros
exemplos de como o pensamento invertido pode te ajudar a ser mais
produtivo.

Gerenciamento de Projetos

Uma das estratégias de negócios que vem se tornando comum em


grandes empresas é chamada “Mate a sua empresa”. Ela funciona como
uma premonição dos males, e funciona da seguinte forma:

Imagine a meta ou projeto mais importante da sua empresa no


momento atual. Então, imagine o que aconteceu seis meses a frente,
assumindo que seu projeto ou meta falhou.

Conte a história de como isso aconteceu. O que foi feito de errado?


Quais foram os erros cometidos? Em detalhes, conte o que não foi feito
de maneira adequada para que o projeto tenha falhado.

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O objetivo aqui é definir os exatos motivos pelos quais você pode
falhar, identificando os desafios que você terá a frente, e utilizar isso
para se planejar e assim evitar que isso aconteça.

Procrastinação e Foco

Hoje em dia, eu posso te afirmar que dois dos maiores desafios que as
pessoas encontram para se manter produtivas estão relacionados a
procrastinação e perda de foco. Isso é, em um mundo onde temos
inúmeras distrações diariamente, fica muito fácil perder o foco e deixar
as tarefas mais importantes para mais tarde.

Contudo, o pensamento invertido também pode te auxiliar em ambos


os casos.

Ao invés de se perguntar “como eu posso parar de procrastinar?”,


pergunte-se “o que eu posso fazer para procrastinar ainda mais?”. Ao
invés de se perguntar “como melhorar o meu foco?”, pergunte-se “o
que eu faria se eu quisesse diminuir o meu foco?” ou “como posso me
distrair ainda mais?”.

Isso fará com que você ganhe perspectiva sobre as distrações que estão
te atrapalhando hoje, assim como sobre aquelas que podem ser
perigosas no futuro. A partir disso, fica muito mais fácil se planejar, e
assim evitar cada uma delas.

Essa estratégia não é apenas eficaz, mas muitas vezes é também mais
segura do que algumas outras. Por exemplo, algumas pessoas tomam
drogas ou estimulantes mentais como um esforço para aumentar sua
produtividade. Esses métodos podem funcionar, mas você também
corre o risco de ter possíveis efeitos colaterais.

Enquanto isso, não existe muito perigo em deixar seu telefone em


outro local, ou bloquear sites de redes sociais ou desligar sua televisão.
Todas essas estratégias lidam com o mesmo problema, mas o

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pensamento invertido permite que você o ataque de um ângulo
diferente e com um risco muito menor.

Destralhando a sua Casa

Marie Kondo, autora do livro “A Mágica da Arrumação”, se utiliza de


inversão para ajudar as pessoas a “destralharem a sua casa”.

Uma de suas frases mais famosas é “Nós deveríamos escolher o que


queremos manter, e não o que queremos jogar fora”. Ou seja, para a
autora, você deve se livrar de tudo na sua casa que não te traga alegria.

Essa mudança na forma de pensar inverte completamente a forma


padrão com que as pessoas limpam a sua casa, e até mesmo o guarda-
roupa, já que foca muito mais naquilo que você deseja manter, ao invés
de focar no que você deseja ou pode descartar.

IV. Considerações Finais


A lógica do pensamento invertido pode ser estendida para muitas
áreas da vida, incluindo relacionamentos e finanças. Por exemplo, ao
invés de se perguntar como ganhar mais dinheiro, pergunte-se como
você está perdendo dinheiro hoje, e o que pode a respeito disso.

Ao invés de se perguntar quais as qualidades de um bom casamento,


pergunte-se quais os erros mais comuns entre casais, os que mais
levam a divórcios. Inverter um mau casamento pode ser uma ótima
forma de evitar que algo ruim aconteça com o seu.

Para terminar, evitar erros é uma maneira subestimada de se tornar


uma pessoa melhor. Na maioria dos trabalhos, você pode desfrutar de
algum grau de sucesso simplesmente por ser proativo e confiável –
mesmo que você não seja particularmente inteligente, rápido ou
talentoso em uma determinada área.
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Às vezes, é mais importante considerar por que as pessoas falham na
vida, ao invés de considerar quais os caminhos que as levam ao
sucesso.

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