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Citações

(IOKOI 1996, pp 36s)


Começou a delinear-se o aprofundamento da ação do laicado, provocando na hierarquia
conservadora reações radicais. A JUC, tentando fugir do controle do episcopado, que em
1961 emitira um documento contra seus pronunciamentos, foi paulatinamente entrando em
declínio. A ação dos jovens católicos passou a ser desempenhada pela Ação Popular (1961),
entidade que, mesmo não sendo considerada parte da organização da Igreja, teve a prática
estimulada pelo Padre Henrique Vaz, e sua ideologia fortemente marcada pelo humanismo
cristão.

Em sua declaração de princípio, a Ação Popular considerou como tarefa fundamental


superar o capitalismo pelo regime socialista, que poria fim à servidão criada pela economia
de mercado. O documento base da Ação Popular permite perceber os problemas teóricos sob
os quais a juventude católica pautava sua reflexão e os limites de sua prática naquele
período. Responsabilizou-se o mercado pelos desvios e excrescências do capitalismo, sem
explicitar a relação entre produção/circulação. Atribuiu-se ao trabalho concreto a
exclusividade na produção e desqualificou-se o trabalho abstrato, considerando-o
improdutivo. Marx era lido apenas pelo primeiro tomo do Capital, provocando reflexões
absolutizadas sobre sua contribuição teórica e reafirmando o dogmatismo.

Convém, entretanto, ressaltar que a Ação Popular, por defender o humanismo cristão,
"condenava a União Soviética, pela ação tirânica exercida pela burocracia que dominava o
aparelho de Estado, pela mística do Partido e pelo fetichismo ideológico" Essa atitude foi
inovadora no período e influenciou as concepções incorporadas pela Igreja popular durante
as décadas de 1970/80. Foi crítica ao leninismo e ao burocratismo. Considerou fundamental
a necessidade de ampliar a concepção sobre os sujeitos da revolução social, criticando as que
atribuíam ao partido revolucionário a exclusiva direção.

Aceitavam a noção de vanguarda, mas como a que liderava o processo de reflexão sobre
a realidade e a práxis.

(IOKOI 1996, pp 36s)


A opção althusseriana no marxismo de retaguarda teórica, que, ao menos desde os anos
de 1970, vem informando os movimentos populares amparados na ação pastoral católica e,
desde os anos de 1980, nas ações do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra,
nascido na Pastoral da Terra –, é uma opção que bem demonstra o abismo que separa a
ideologia desses movimentos da práxis rica e potencialmente criativa neles contida. As
dificuldades são maiores na conceituação cotidiana e direta dessa práxis por parte de seus
próprios agentes e militantes. O althusserianismo encobre e empobrece as dimensões
complexas e profundas da vivência dos pobres, empobrecendo, portanto, a consciência social
potencialmente contida no modo cotidiano de experienciar a vida em condições de
adversidade extrema (2010: 228)”.

(NICOL 1978, 38)


Embora concordando que tal conclusão parece ser uma decorrência lógica da colocação
feita acerca da participação de fatores culturais na evolução social, o problema é que o autor
nos apresenta uma hipótese sem demonstração. A conclusão é válida se a premissa for válida.
Mas, a única argumentação que o autor apresenta para justificar a validade desta é que Marx
julqou que poderia ser válida, e nada mais. Novamente temos um apelo à autoridade alheia
(no caso, à de Marx), e não um apelo à razão. O leitor é deixado totalmente no escuro no
tocante à justificativa lógica de tal premissa, bem como das condições em que seria válida.
Por exemplo: qualquer país subdesenvolvido poderia ter uma revolução socialista? Basta que
exista um Guevara com um punhado de seguidores bem treinados para que esta ocorra; ou
seriam necessárias outras condições? Se necessárias, quais seriam, exatamente, estas outras
condições? Perguntas como estas, sem as quais a colocação do autor cai no campo do óbvio,
não são nem sequer levantadas.

(NICOL 1978, 40)


Convém não esquecer a colocação de Trotsky, muito bem lembrada por L. A. Galvão: "O
pensamento é sempre conservador e o pensamento revolucionário é mais conservador
ainda."23 Tal afirmação pode parecer paradoxal, mas o paradoxo é facilmente explicável.
Em geral, revoluções ocorrem através de apelos a valores antigos que foram ignorados ou
desvirtuados. Não é o escravo, que nunca sentiu o ar da liberdade, quem irá arriscar sua vida
por ela; normalmente é o inverso: quem luta pela liberdade é quem já a teve, perdeu-a, e quer
recuperá-Ia. O apelo revolucionário tem força na medida em que for um apelo a valores
sentidos, isto é, a valores vivenciados anteriormente. Em geral, são vazios os apelos a valores
imaginários (ainda não vivenciados).
(SANTOS 2011, 26)
O que diferenciava os textos de Chaves Neto da “sociologia da modernização” do PCB
– que operava como um marco destinado a dar inteligibilidade à etapa “nacional e
democrática” da revolução – era o sentido “construtivo” de uma política econômica que
deveria implantar-se na sociedade realmente existente no país como programa, pelo menos
inicial, da revolução brasileira que ele associava aos chamados “ideais democráticos”.5
Coincidindo com outros pecebistas da época (Marco Antônio Coelho e Armênio Guedes),
Elias Chaves Neto também começava a ver a democracia política como um processo de
aperfeiçoamento da sociedade. Cite-se o autor: “É a aceitação plena desses direitos que
firma o sentido atual da democracia, sentido dinâmico que permite a própria transformação
da sociedade, a ponto de haver Palmiro Togliatti afirmado que era possível admitir-se a
passagem para o socialismo por via parlamentar...” (CHAVES NETO, 1956b). No Brasil, a
união das forças progressistas dever-se-ia processar “politicamente” “em torno da defesa
das instituições democráticas”. “A democracia se apresenta portanto através de um prisma
novo no qual as reivindicações e os direitos dos trabalhadores passam a fazer parte
integrante do regime” (idem).

(SANTOS 2011, 7)
A rigor, o curso democrático da revolução brasileira é pensado, pelo menos para boa
parte do período das transformações graduais “antiimperialistas e antifeudais”.6 Após esse
futuro de médio ou mais dilatado prazo, a previsão pecebista decorrente da “imagem de
Brasil” aqui resenhada cede o passo para um tempo descrito na tese da hegemonia proletária
na frente única e na doutrina da transição socialista e assim por diante. Não é este o lugar
para nos referirmos aos cenários que, no tópico “O Caminho Pacífico da Revolução
Brasileira”, a Declaração desenha para a conjuntura. Em qualquer deles – giro progressista
do governo JK, vitória da frente nacionalista e democrática na eleição de 1960 ou uma
resistência para “impor e restabelecer” a legalidade democrática, em caso de tentativa de
golpe –, os redatores daquele texto associam o seu cálculo revolucionário, para o tempo,
repitamos, mais ou menos próximo, à valorização da democracia política, não obstante o seu
marxismo-leninismo. A propósito dessa compreensão da democracia política, quase ao final
do seu livro de 1962, Sodré dirá: A defesa do regime democrático, no processo da Revolução
Brasileira, não se prende, assim, ao supersticioso respeito a uma legalidade qualquer, mas na
compreensão de que a democracia é o caminho apropriado ao seu desenvolvimento. Não
interessa ao nosso povo, evidentemente, uma legalidade qualquer, mas o regime democrático
efetivo cujo conteúdo esteja intimamente ligado ao desenvolvimento de alterações
econômicas, políticas e sociais capazes de afetar profundamente o país e corresponder ao
avanço das forças produtivas que impõem modificações radicais nas relações de produção.

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