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MATERIAL COMPLEMENTAR

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM


DISCIPLINA: ÉTICA E LEGISLAÇÃO
PROFESSORA: GABRIELLA DE ARAÚJO GAMA

ÉTICA

A palavra ética se origina do termo grego ethos, que significa "modo de ser", "caráter",
"costume", "comportamento". De fato, a ética é o estudo desses aspectos do ser humano: por um lado,
procurando descobrir o que está por trás do nosso modo de ser e de agir; por outro, procurando
estabelecer as maneiras mais convenientes de sermos e agirmos. Assim, pode-se dizer que a ética trata
do que é "bom" e do que é "mau" para nós.

Bom e mau, ou melhor, Bem e Mal, entretanto, são valores que não apresentam, para o ser
humano, um caráter absoluto. Ao longo dos tempos, nas mais diversas civilizações, várias
interpretações serão dadas a essas duas noções. A ética acompanha esse desenvolvimento histórico,
para que isso sirva de base para uma reflexão sobre como ser ético no tempo presente.

Considera também como esses valores se aplicam no relacionamento interpessoal, pois a noção
de um modo correto de se comportar e posicionar na vida pressupõe que isso seja feito para que cada
um conviva em harmonia com os outros. A ética, portanto, trata de convivência entre seres humanos
na sociedade. Num sentido mais restrito, ela se restringe às relações pessoais de cada um. Num sentido
mais amplo - já que ninguém vive numa pequena comunidade isolada -, ela se relaciona com a política
- da cidade, do país e do mundo. Nesse sentido, ela é possivelmente a área mais prática da filosofia.

BIOÉTICA

A bioética é a ética aplicada a vida e, abrange temas que vão desde uma simples relação
interpessoal até fatores que interferem na sobrevivência do próprio planeta. Dentro da medicina
veterinária, este termo está intimamente ligado à noção de bem-estar animal. O termo bioética foi
utilizado pela primeira vez no ano de 1970, por um médico oncologista chamado van Rensselaer
Potter.

As principais razões para seu surgimento foram:


 Abusos na utilização de animais e seres humanos em experimentos;
 Surgimento acelerado de novas técnicas desumanizantes que apresentam questões inéditas,
como por exemplo, clonagem de seres humanos;
 Percepção da insuficiência dos referenciais éticos tradicionais, pois devido ao rápido progresso
científico, torna-se fácil constatar que os códigos de ética ligados a diferentes profissões não
acompanharam o rápido progresso científico, sendo diversas vezes insuficientes para julgar os
temas polêmicos da bioética.

O emprego de descobertas científicas pode, muitas vezes, afetar positiva ou negativamente a


sociedade ou até mesmo o planeta. Deste modo, a análise das vantagens e desvantagens do emprego de
uma determinada tecnologia ou da realização de certos experimentos deve ser avaliada por comitês
formados por indivíduos de diversas formações. Sendo assim, pode ser percebido que a bioética
envolve profissionais das seguintes áreas:

 Tecnociências (medicina, veterinária e biologia);


 Humanidades (filosofia, teologia, psicologia e antropologia);
 Ciências sociais (economia e sociologia);
 Direito;
 Política.

Os princípios básicos da bioética são quatro:

 Autonomia ou princípio da liberdade: ele se baseia no fato de que na relação profissional-


paciente, este último possui o direito de ser informado sobre seu estado de saúde, detalhes do
tratamento a ser prescrito e tem toda a liberdade de decidir se irá ou não se submeter ao
tratamento determinado. Caso o paciente não possa decidir, os pais ou responsáveis é que
tomam a decisão. Em casos de experimentos conduzidos com seres humanos, os indivíduos
submetidos aos testes devem receber detalhes dos procedimentos a serem adotados e dar uma
autorização, por escrito, de que deseja participar da pesquisa. Na medicina veterinária, como o
animal não pode tomar essa decisão, cabe ao médico veterinário fornecer todas as informações
sobre o animal e possíveis tratamentos e obter a autorização do proprietário para a realização
dos procedimentos.

 Beneficência: toda e qualquer tecnologia deve trazer benefícios para a sociedade e jamais
causar-lhe malefícios. É fato nos dias de hoje, que a bioética está mais relacionada aos seres
humanos do que aos animais, pois a maior parte dos experimentos existentes visa beneficiar o
homem e não os animais.

 Não-maleficência: Esse princípio determina a obrigação de não infligir dano intencionalmente.


O desempenho das atribuições dos profissionais de saúde não devem ocasionar nenhum dano
ao paciente assistido.
 Justiça: os avanços técnico-científicos devem beneficiar a sociedade como um todo e não
apenas alguns grupos privilegiados. Este conceito fundamenta-se na premissa de que as pessoas
tem direito a terem suas necessidades de saúde atendidas livres de preconceitos ou segregações
sociais.
A bioética divide-se em dimensões, também conhecidas como grandes áreas de estudo da
bioética, que são:

 Dimensão pessoal: estuda a relação entre os profissionais responsáveis e seus pacientes. A


liberdade do indivíduo ou responsável pelo indivíduo deve ser respeitada;

 Dimensão social, econômica e política: tem como objetivo estabelecer critérios para que seja
determinada a alocação e distribuição de recursos, bem como tentar reduzir as diferenças
econômicas e sociais dentro de um país ou entre países. Dentre os diferentes assuntos que são
abordados nessa área da bioética, destacam-se: alocação de recursos financeiros; patentes;
desequilíbrio entre países ricos e pobres e fome;

 Dimensões ecológicas: os principais temas que fazem parte da pauta de discussão da bioética
no campo da ecologia são proteção ao meio ambiente, exploração dos recursos
naturais, desertificação, poluição, extinção de espécies, equilíbrio ecológico, utilização de
animais e plantas em condições éticas, proteção da qualidade de vida dos animais, desequilíbrio
entre países ricos e pobres, problemas nucleares e proteção da biodiversidade;

 Dimensão pedagógica: trata-se da discussão de alternativas que visem uma melhora no ensino e
aprendizagem nas instituições;

 Dimensões biológicas ou bioética especial: dentro deste grupo da bioética, destacamos o


começo da vida, o diagnóstico pré-natal, o abortamento provocado, a reanimação do recém-
nascido, a engenharia genética e organismos geneticamente modificados, terapia
gênica, eugenia, reprodução medicamental assistida, clonagem, transplante de órgãos,
experimentação animal e em humanos, eutanásia e distanásia.

A importância das discussões em bioética, em razão do seu caráter transdisciplinar, é fazer com
que a ciência não utilize indiscriminadamente as novas tecnologias logo que se tornem viáveis, mas
somente apenas após possuir o conhecimento e a sabedoria suficientes para utilizá-las em benefício da
humanidade e não em seu detrimento. Nesse sentido, a bioética permitirá que a sociedade decida sobre
as tecnologias que lhe convêm.

ÉTICA PROFISSIONAL

Apesar da existência dos deveres de um profissional, que são obrigatórios, devem ser levadas
em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua atuação
profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.
Muitas destas qualidades serão adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste caso o
mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissional, consegue incorporá-las à sua
personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.

 Virtudes profissionais:

Honestidade: A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a
responsabilidade perante o bem-estar de terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito fácil
encontrar falta de honestidade quanto existe fascinação pelos lucros, privilégios e benefícios fáceis,
pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança de uma
coletividade. A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite
relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.

Sigilo: O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desenvolvido na
formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. Uma informação sigilosa é
algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória. Dentro do exercício da medicina é
sabido da total necessidade do sigilo, passível de punição se ocorrida a sua quebra por parte de
profissionais.

Competência: Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma


adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. O conhecimento da
ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços
de boa qualidade. Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa,
mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços, quando não se tem a devida
capacitação para executá-lo.
Prudência: Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência, fazendo com que o
profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e
minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. A
prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e
as lutas ou discussões inúteis, além das decisões precipitadas que poderiam nos levar ao erro.

Coragem: A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente
quando estamos certos de nosso dever. Ajuda-nos a não ter medo de defender a verdade e a justiça,
principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter
coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em
conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos superiores ou colegas.

Perseverança: Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a
incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o profissional em
seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas.

Compreensão: Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional. É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o
profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu
trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão. Vê-se
que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A compreensão que se
traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em benefício de uma atividade
profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.

Humildade: O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não seja o dono da
verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.
Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua atividade profissional,
a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de outros profissionais mais
capazes, se houver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de
aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de melhor interpretação, dada a sua importância,
pois muitos a confundem com subserviência ou dependência, onde quase sempre lhe é atribuído um
sentido depreciativo.

Imparcialidade: É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina
a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os verdadeiros valores sociais e
éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar, ou seja, para
ser justo é preciso ser imparcial.

Otimismo: Na sociedade moderna, o profissional necessita e deve ser otimista, para crer na capacidade
de realização da humanidade, no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia, bom-
humor e criatividade.

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