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Atividade Avaliativa A1

Nota:______

6º Semestre | Turma: DIR3BN-BUB | Sala: 312

Disciplina: Direito Administrativo II

Professor: Carlos José Teixeira de Toledo

Componentes do grupo (entre 2 ou 3):

LARISSA DICCMAN BALLO | RA. 81713559;


MATHEUS DUTINE DE MELO | RA. 817115281;
NATANAEL RODOLFO PIAUHY DE OLIVEIRA | RA. 817115773.
QUESTÕES SOBRE O CASO PRÁTICO

1. É possível a referida lei criar hipóteses de dispensa da licitação, como


descrito no caso acima, aplicáveis somente à ALIMENTOS DO BRASIL S/A?
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Explique.
Sim. Dispõe o artigo 37, XXI, da Carta Magna, que ressalvados
os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratados mediante licitação. Ademais, a Lei Complementar (que possui
status hierárquico superior às leis ordinárias) nº 8.666/93, em seu Art. 1º, § 1º,
dispõe que se subordinam a ela, as empresas públicas e sociedades de economia
mista. Seguindo tal linha, dispõe o artigo 173, §1º, da CF, que PODERÃO ter
estatuto próprio para licitações e contratos as EPs e SEM que explorem atividade
econômica.
A Sociedade de Economia Mista em questão explora típica
atividade econômica em sentido estrito, visto que a produção e venda de alimentos
básicos não constitui serviço público, em conformidade com o artigo 173, §1º, CF,
conforme ensina Eros Grau:
“Por certo que, no art. 173 e seu §1º, a expressão conota
atividade econômica em sentido estrito. O art. 173, caput, enuncia as hipóteses nas
quais é permitida ao Estado a exploração direta de atividade econômica. Trata-se,
aqui, de atuação do Estado – isto é, da União, do Estado-membro e do Município –
como agente econômico, em área da titularidade do setor privado. Insista-se em que
atividade econômica em sentido amplo é território dividido em dois campos: o do
serviço público e o da atividade econômica em sentido estrito. As hipóteses
indicadas no art. 173 do texto constitucional são aquelas nas quais é permitida a
atuação da União, dos Estados-membros e dos Municípios neste segundo campo.”.
(GRAU, Eros Roberto, A ordem econômica na constituição de 1988, 15º ed.,
São Paulo: Malheiros editores, 2012, p. 101).
Além do mais, a situação de seca é um fator caracterizante da
justificativa para que haja o permissivo da medida excepcional em tela. Irene Patrícia
Nohara ensina que:
“Intervenção estatal por participação é medida excepcional. De
acordo com o art. 173: ‘ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.’.”. (NOHARA, Irene Patrícia, Direito administrativo,
São Paulo: Editora atlas, 2011, p. 433).
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Uma vez que a empresa em epígrafe tenha sua atividade
configurada como atividade econômica, a mesma restará subordinada às normas da
Lei Geral de Licitações, bem como aos princípios da Administração Pública, contidos
no artigo 37 da Carta Magna, bem como, levando em conta o disposto na legislação
vigente do Título da Ordem Econômica e Financeira, ao disposto na Lei
13.303/2016, que estabelece o estatuto jurídico das sociedades de economia mista
que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços.
A Lei 13.303/2016, em seu Art. 28, §3º, inciso I, dispõe que as
sociedades de economia mista estão dispensadas das regras de licitação quando
seu objeto social estiver estritamente ligado aos serviços prestados pelas mesmas.
Ademais, no tocante à capacidade de legislar sobre tal matéria,
o artigo 22, XXVII, CF, determina que a União irá regular as licitações e contratações
das sociedades de economia mista, nos termos do artigo 173, §1º, III, CF. In verbis:
Ora, uma vez que a ALIMENTOS DO BRASIL S/A está
exercendo suas atividades fins e meio em estrita conformidade com o objeto social,
que é: “produção e venda de alimentos básicos, nas regiões Norte e Nordeste do
país, considerando a seca em diversas regiões.”, constata-se que não há impeditivo
para que haja a dispensa de licitação, estando o caso concreto em comento dentro
da legalidade, sendo a regulação interna sobre licitação total plausível, desde que
respeitado o disposto na lei 13.303/2016.
Por fim, seguindo a linha de raciocínio de que a ALIMENTOS
DO BRASIL S/A pode sim ter as mesmas atribuições de entidades plenamente
privadas com o intuito de garantir que possua celeridade para competir com as
demais empresas do ramo, mas mantendo ainda a necessidade, como as já
mencionadas, de realizar licitação para contratar com a Administração Pública, a
jurisprudência já decidiu que quando tratar-se de SEM devem ser aplicadas medidas
que aproximem-na das empresas privadas, de forma a garantir o princípio da livre
concorrência, devendo, para todos os efeitos, ser realizada a licitação para os casos
em que haja a contratação com a Administração Pública, mas não para atingir suas
atividades fim e meio (TJ-MG - AC: 10024056325442002 MG, Relator: Duarte de
Paula E TJ-SP - APL: 10004539020168260333 SP 1000453-90.2016.8.26.0333,
Relator: Manoel Ribeiro)
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2. Disserte sobre a possibilidade, ou não, de criação de uma modalidade nova


de contrato administrativo exclusiva para a ALIMENTOS DO BRASIL S/A?
Dispõe o art. 22, XXVII, da Carta Magna, que é competência
privativa da União legislar sobre as normas gerais de licitação e contratação para as
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §1º, III, devendo-se sempre
respeitar o disposto no artigo 37, XXI. Na mesma linha, já se posicionou a
jurisprudência no sentido de que: “Compete à União legislar sobre normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas e indiretas, cabendo
aos municípios regrar os assuntos de interesse local, bem como suplementar a legislação federal e
estadual, no que couber” (TJ-RS - ADI: 70079284279 RS, Relator: Glênio José Wasserstein
Hekman, Data de Julgamento: 15/04/2019, Tribunal Pleno, Data de Publicação: Diário da
Justiça do dia 29/04/2019).
Com base nesse fato, Irene Patrícia Nohara ensina:
“O art. 54, caput, da Lei de licitações e contratos estabelece
que os contratos administrativos obedecem aos preceitos de direito público,
aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as
disposições de direito privado. Não obstante, o art. 62, §3º, I, da Lei determina que
se aplicam, no que couber, os arts. 55 e 58 a 61 da lei, que prescrevem normas de
orientação publicística, ‘aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em
que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido,
predominantemente, por norma de direito privado’.”.
“A Emenda nº 19/98 procurou modificar a sistemática de
submeter entes da Administração Direta, autarquias e fundações ao mesmo regime
jurídico das estatais que desenvolvem atividade econômica.
[...]
Assim, dispõe atualmente o art, 173, §1º, III, da Constituição
Federal que para as empresas públicas e sociedades de economia mista e
subsidiárias que explorem atividade econômica em sentido estrito há a necessidade
de criação de Lei específica que trate de licitações e contratos.”. (NOHARA, Irene
Patrícia, Direito administrativo, São Paulo: Editora atlas, 2011, p. 386).
Dessa forma, podemos afirmar que a matéria no tocante aos
contratos administrativos das sociedades de economia mista que exerçam atividade
econômica está regulada pela atual Lei 13.303/2016, devendo, para todos os efeitos,
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a ALIMENTOS DO BRASIL S/A submeter-se ao disposto nela, elaborando seu
regimento interno em conformidade com o texto legal.
Hely Lopes Meirelles, em sua obra atualizada por Eurico de
Andrade Azevedo e Vera Monteiro, ensina que:

“As empresas públicas ou sociedades de economia mista que


explorem ou desenvolvam atividade econômica, estas, sim, podem ter regulamentos
especiais para suas licitações e contratações, também sob a égide do Direito
Privado, mas atendendo aos princípios administrativos, desde que tais regulamentos
tenham esteio em lei. Isso quer dizer que não podem licitar ou contratar de qualquer
forma ou com a mesma liberdade como as entidades do setor privado:
evidentemente, continuam sujeitas aos princípios basilares que regem a
Administração Pública, também norteadores das licitações: Legalidade, moralidade,
publicidade, competitividade etc. Portanto, se as estatais que exploram atividades
econômicas devem dispor de normas especiais para realizar seus negócios com
mais agilidade, nem por isso devem olvidar do fato de que seus recursos são
majoritariamente públicos.”. (MEIRELLES, Hely Lopes, Licitação e contrato
administrativo, São Paulo: Malheiros editores, 14ª ed, 2007, p. 202).
Ora, se as sociedades de economia mista, dentre as quais se
encontra a ALIMENTOS DO BRASIL S/A, devem respeitar o disposto sobre
contratos administrativos na Lei 13.303/2016, resta-nos claro que a regulação de
modo específico (não geral) da forma de contratação da empresa encontra-se
respaldada pelo artigo 22, XXVII, de nossa Carta Magna. Entretanto, deverá,
claramente, o contrato que será feito pela empresa em tela, seguir as cláusulas que
já estão previamente fixadas sobre contratos das sociedades de economia mista na
Lei 13.303/2016.
Ademais, o STF já decidiu a respeito da competência da União
para legislar sobre as modalidades de contratos administrativos (STF - ARE: 1023066
RJ - RIO DE JANEIRO, Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 24/02/2017, Data de
Publicação: DJe-040 03/03/2017).

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