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PROGRAMA Módulo:

Atenção à saúde
DE EDUCAÇÃO da pessoa privada
PERMANENTE de liberdade
EM SAÚDE
DA FAMÍLIA

UNIDADE
Atenção integral
2
à saúde do
homem privado de
liberdade

Lannuzya Veríssimo e Oliveira


Mayara Lima Barbosa
Atenção integral à saúde do homem
privado de liberdade

Nesta unidade, vamos abordar, de maneira específica, a saúde dos homens que se encon-
tram em privação de liberdade e que vivenciam o sistema penitenciário brasileiro. Iremos
trabalhar isso reconhecendo sua situação de vulnerabilidade, que emana de diversos aspec-
tos relacionados à vida intramuros, mas também a vivência desse sujeito antes do cárcere,
o perfil epidemiológico dessa parcela populacional e o processo de trabalho da equipe de
saúde para garantir a assistência integral da saúde no âmbito do SUS.

Ainda, para além da legislação específica que trata da saúde da pessoa privada de liberda-
de – a PNAISP – existem outras políticas transversais de cuidado para a população que se
encontra inserida no SUS, como a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do
SUS (HumanizaSUS). E, de forma específica, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde
do Homem (PNAISH) que visa o acolhimento das necessidades de saúde masculinas.

Dessa forma, com o objetivo de prestar atenção integral aos homens reclusos, suas práticas
devem estar embasadas por diversas políticas que irão contribuir para o alcance das metas
propostas, exemplificadas em nossa situação problema!

Atenção à saúde da pessoa privada de liberdade 2


UNIDADE 2
Aula 1 – Principais agravos que
acometem o homem em situação de
aprisionamento

Como vimos na reunião da equipe de saúde da nossa situação problema, a equipe da ESF apre-
senta como dever prestar assistência integral à população que vive em privação de liberdade
em penitenciárias localizadas em seu território. E, portanto, em situação de vulnerabilidade.

Antes de reconhecer os principais agravos que acometem o homem durante o cárcere é


preciso entender esse sujeito e o adoecimento de maneira integral. Para tanto, compreen-
de-se que a integralidade do cuidado é uma dimensão do agir profissional, em que são apre-
endidos, respeitados e valorizados os aspectos objetivos e subjetivos desse sujeito e dessa
coletividade (VIEGAS; PENNA, 2015).

Assim, a integralidade compreende esse homem, a sociedade que o permeia e todas as suas
relações e o ambiente em que vive, de maneira ampla. Desse modo, a manutenção da inte-
gralidade na assistência à saúde é complexa, mas fundamental para entender o perfil epide-
miológico que emerge do cenário prisional nacional. E como a epidemiologia pode contribuir?

Sobre a epidemiologia no interior dos presídios é possível observar claramente a deter-


minação social do processo saúde-doença. Assim, reconhecer a saúde do ponto de vista
biológico/natural é simplificar um fenômeno eminentemente humano e, portanto social.
Nesse cenário, que é amplo, a simples utilização de esquemas de objetivam reconhecer
a  causalidade do adoecimento e a associação minimalista entre condições de saúde e
fatores são insipientes para a compreensão do processo de adoecimento observado nessa
população (NOGUEIRA, 2010).

Ao considerar a saúde e a doença como processos humanos, a partir da determinação social,


inicia-se a explicação da vulnerabilidade em que estão os homens privados de liberdade.
Somada a essa realidade, é importante ressaltar que a maioria das pessoas presas em nosso
país, já viviam em situação de insegurança anterior ao cárcere, relacionado ao baixo acesso
aos serviços de saúde e de educação.

Nesse sentido, a aglomeração e o confinamento duradouro nos presídios, em que os indiví-


duos privados de liberdade não possuem o mínimo acesso a bens culturais e/ou de serviços
de saúde, tornam os apenados como um grupo de “especialmente vulneráveis” ao adoeci-
mento (LOPES et al., 2001).

Como observa-se na figura a seguir, o adoecimento das PPL é motivado por diversas causas,
entre as quais a superlotação – vista anteriormente – é um problema chave para as demais
mazelas que assolam o sistema penitenciário nacional, uma vez que sua presença entrava os
demais processos que fortaleceriam a dignidade da pessoa humana privada de liberdade.

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Ainda, percebe-se que a carência de higiene, a circulação inadequada de ar, a alimentação
inapropriada, a vulnerabilidade antes da situação de cárcere, o acesso restrito à assistência
à saúde integral e o estigma que envolve os homens na procura pela assistência à saúde,
fomentam o aparecimento de diversas doenças. Vejamos a seguir:

Figura 1 – Fatores que interferem negativamente sobre a saúde do homem privado de liberdade.

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Assim, ao considerar as condições em que vivem a população privada de liberdade, perce-
be-se que essa apresenta alto risco à aquisição e transmissão em potencial de diferentes
doenças infectocontagiosas. Ademais, as características sociodemográficas da população
carcerária, que se origina, na maioria das vezes, de comunidades desfavorecidas, apresenta
precário estado de saúde que antecede o aprisionamento, somadas às condições insalubres
de sobrevivência das unidades prisionais, justificam os altos índices de doenças crônicas
e/ou não contagiosas advindas dos sistemas osteomuscular, respiratório, sensorial, digestó-
rio, endócrino e reprodutivo (MINAYO; RIBEIRO, 2016).

Entre as doenças infectocontagiosas que atingem os homens priva-


dos de liberdade, destacam-se a tuberculose, as IST e as hepatites.

Vamos refletir sobre essas doenças?

A incidência de casos de tuberculose nos presídios mostra-se, aproximadamente, 55 vezes


maior que a média nacional da população em geral. Esse potencial de transmissibilida-
de é relacionado a diversos fatores intrínsecos aos apenados, como a baixa escolaridade;
a origem de comunidades vulneráveis e com maior ocorrência de tuberculose; o uso de dro-
gas ilícitas; a maior frequência de tratamento anterior da tuberculose; os antecedentes de
encarceramento; e os entraves referentes ao acesso aos serviços de saúde, a superlotação,
a circulação de ar e a precária assistência à saúde (MACEDO; MACEDO; MACIEL, 2013).

A preconização do Ministério da Saúde para a tuberculose no sistema prisional inicia-se com


o isolamento desse apenado com sintomatologia em sala/cela específica, solicitado pelo
profissional de saúde responsável pelo atendimento. Esse atendimento inicial visa garantir
o isolamento respiratório, até a confirmação do diagnóstico, para iniciar o tratamento e noti-
ficar os casos, contudo, verifica-se que a maioria das prisões brasileiras não cumpre tais
diretrizes básicas para controle e tratamento da tuberculose (MACEDO; MACEDO; MACIEL,
2013), de modo que aumenta a possibilidade de transmissão da doença intra e extramuros.

Para que haja sucesso no controle dessa doença, nas unidades prisionais nacionais, é fun-
damental considerar e respeitar as singularidades que permeiam o ser privado de liberdade
e o ambiente carcerário, a fim de traçar medidas específicas e articuladas. Em relação aos
altos índices das IST/AIDS juntos as PPL, esses estão associados à atividade sexual desprote-
gida, entre diferentes opções sexuais e ao uso de drogas injetáveis com compartilhamento
de seringas, e essas pessoas relatam que esses comportamentos de risco observados são
realizados durante e anteriormente a detenção (BRAVO, 2009).

Assim como a tuberculose, observa-se que os índices de hepatite são maiores entre a
população privada de liberdade quando comparadas à população em geral (MARCHEWKA,
2000). Esse cenário é resultante de uma série de fatores que aumentam o risco entre
os homens encarcerados, a saber: uso de drogas ilícitas injetáveis, e o posterior com-
partilhamento de  seringas, práticas sexuais desprotegidas e realização de tatuagem.

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Assim, rever as práticas desenvolvidas pelos profissionais de saúde que atendem essa
população é essencial para reverter os elevados valores de infecção pelo vírus da hepatite.

As doenças crônicas e/ou não contagiosas como: dores no pescoço,


costas e coluna; prisão de ventre; dificuldades digestivas; diabetes;
gastrite; dificuldade auditiva; cegueira de um dos olhos; sinusite; rinite
alérgica; hipertensão arterial; cistite; uretrite e problemas de próstata
que atingem os homens privados de liberdade são frequentemente
relatadas entre os homens. Leia mais em: <http://www.scielo.br/pdf/
csc/v21n7/1413-8123-csc-21-07-2031.pdf>.

De modo geral, as doenças de caráter crônico e/ou não contagiosas estão relacionadas às
condições de moradia e de assistência à saúde em que se encontram as pessoas em pri-
vação de liberdade. E, além dos espaços institucionais, a equipe de saúde pode contribuir,
de forma significativa, nas orientações sobre os condicionantes e determinantes sociais
em saúde. Que tal conhecermos um pouco acerca das doenças e agravos mais associados
a essa população?

As doenças e agravos provenientes do sistema osteomuscular estão associadas às camas e/


ou colchões disponibilizados para as pessoas no cárcere ou até suas ausências em quadros
de superlotação, quando é possível observar que não há camas suficientes para todos os
homens e que a maioria dorme sobre colchões, colchonetes e tecidos dispostos no chão das
celas apertadas (MINAYO; RIBEIRO, 2016).

O sistema respiratório é especialmente alvo das doenças que acometem a população encar-
cerada e a porcentagem dessas tende a aumentar em uma relação diretamente proporcio-
nal ao tempo de aprisionamento (MINAYO; RIBEIRO, 2016). Doenças e agravos como pneu-
monias, bronquites e asma – frequentemente diagnosticados entre homens que vivem em
cárcere – relacionam-se ao ar frio e à falta de agasalhos em locais com baixas temperaturas,
à constante situação de aglomeração nas unidades prisionais brasileiras, à circulação ine-
ficiente de ar e também à alimentação pobre em nutrientes, sendo assim, constituem-se
elementos primordiais para o adoecimento dessa população (CESAR, 2015).

As doenças pertinentes ao sistema sensorial afetam sobremaneira a população masculina


nas prisões, com ênfase para os relatos de dificuldade auditiva e cegueira em um dos olhos
e as estimativas demonstram que os percentuais percebidos nessa população são supe-
riores aqueles verificados na população em geral (MINAYO; RIBEIRO, 2016). É possível que,
além da situação de miséria vivida nas prisões, a vivência anterior ao cárcere, representada
pela violência, uso de drogas, má condições de higiene e acesso prejudicado ao sistema
de saúde, incida de maneira negativa sob o sistema sensorial (CESAR, 2015).

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O sistema digestório é afetado diretamente nas pessoas em privação de liberdade pela ali-
mentação de má qualidade servida nas prisões. São refeições preparadas em condições
insalubres, sem cuidados referentes à higiene e com balanceamento inadequado de nutrien-
tes (MINAYO; RIBEIRO, 2016).

A diabetes, resultante de desequilíbrio no sistema endócrino, é bastante frequente entre as


PPL e o surgimento da doença não representa o problema principal, mas o seu manejo no
interior das prisões. Os costumes inadequados e as práticas adversas que comprometem
a saúde, como: uso do tabaco e/ou outras drogas, dieta inapropriada, sedentarismo, entre
outros fatores comprometem a qualidade de vida e, por conseguinte, o enfretamento de
doenças crônicas (OLIVEIRA et al., 2013). Ademais, aspectos relativos à segurança, como
a utilização de seringas e agulhas que podem ser usadas como armas pelos apenados, têm
uso restrito nas prisões.

Saiba mais sobre os entraves para o cuidado de pessoas privadas


de liberdade com diabetes, acesse o documento “DESAFIOS NO MANEJO
DO DIABETES MELLITUS EM PACIENTES DE UMA PENITENCIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL”, por meio do link:
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/17434/1/2014_
MariaCruzOliveiraFerreira.pdf>.

Por fim, as doenças do sistema genital masculino mais frequentemente observadas são:
problemas de próstata, cistite e uretrite. Sabe-se que os homens apresentam dificuldades
maiores para procurar a assistência médica, pois o acesso ineficiente e o preconceito – que
ainda permeia esse gênero – constituem-se entraves para a assistência. Contudo, há relatos
em que os homens afirmam que sua situação de saúde melhorou após o encarceramento,
devido à possibilidade de acesso, à disposição de tempo livre e a busca por ações de promo-
ção da saúde e prevenção de doenças (MINAYO; RIBEIRO, 2016).

Nesse sentido, cursistas, após as considerações dessa aula e as leituras completares, dei-
xamos a seguinte reflexão: como a equipe de saúde da nossa situação problema poderá
adentrar na instituição prisional do seu território de atuação, de forma mais efetiva e eficaz,
a fim de promover a saúde e prevenir doenças? Reflitam e até a próxima aula!

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UNIDADE 2
Aula 2 – O papel da equipe da ESF
no acolhimento e cuidado ao homem
privado de liberdade

Agora já conhecemos o cenário prisional, a legislação que estrutura a assistência à saúde


nesse cenário e o perfil epidemiológico dessa população. Contudo, a situação problema
deste módulo expõe um aspecto importante: as necessidades de saúde das PPL não terem
sido alvo de ações integrais, articuladas e efetivas no âmbito da Atenção Primária Saúde,
representada pela Estratégia de Saúde da Família (OLIVEIRA et al., 2013).

Muitos fatores podem influenciar a não realização de ações de saúde ou sua efetivação
de forma fragmentada e desarticulada da realidade prisional, entre os quais a falta de estru-
tura para transporte do apenado para o atendimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS),
a inadequabilidade dos protocolos de segurança, o não reconhecimento da importância de
oferecer cuidados integrais de saúde as PPL e o desconhecimento das atribuições da ESF
junto a essa população. Por isso, a preocupação da enfermeira Daniela da nossa situação
problema! Ela falou, inclusive, da ausência de recursos e de apoio, não foi mesmo?

Contudo, a pessoa em privação de liberdade mantém seus demais direitos, incluindo o direi-
to a assistência integral e resolutiva de seus problemas de saúde, por meio da rede assisten-
cial do SUS (BRASIL, 2014a). Para tanto, a princípio é essencial que os profissionais de saúde
reconheçam esse direito referente aos homens que habitam as prisões brasileiras.

De acordo com a PNAISP as equipes de saúde que atuam junto a população privada de liber-
dade representam a “porta de entrada” e o “ponto de atenção” da RAS, a fim de garantir assis-
tência à saúde integral e intersetorial (BRASIL, 2014). Assim, realizar o acolhimento é condição
inicial e essencial para o seguimento do itinerário terapêutico desse sujeito na RAS.

Em que momento esse sujeito deve ser acolhido pela equipe de saúde?

O acolhimento e as demais ações de saúde para esse sujeito devem ser iniciados pela equipe
da ESF desde a entrada dos custodiados no itinerário carcerário, que em geral acontece nas
delegacias de polícia ou pelos distritos policiais, em seguida pelas cadeias públicas ou pelos
centros de detenção provisória e penitenciárias (BRASIL, 2014).

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Figura 2 – Locais e ações de saúde para a garantia de atenção integral durante o itinerário carcerário.

Ações de saúde voltadas para os locais de cárcere

Acolhimento

Entre os eixos estruturantes da atenção à saúde prisional encontra-se a Humanização


da assistência, de acordo com a Política HumanizaSUS, cujo objetivo principal é a garantia
do acesso humanizado e a resolubilidade das demandas de saúde dos usuários e das comu-
nidades (BRASIL, 2010a).

Sendo assim, pensar na lógica da humanização é essencial para garantir a promoção do


respeito e da individualidade da assistência, que representam a possibilidade de efetividade
do SUS, por meio do acolhimento, que envolve a escuta qualificada, a responsabilização e a
atenção integral, resolutiva e responsável – diretrizes operacionais da política HumanizaSUS
(MITRE; ANDRANDE; COTTA, 2012).

Contudo, o acolhimento deve ser desenvolvido pela equipe multidisciplinar e de maneira


ampliada, com o objetivo de satisfazer as necessidades físicas, psíquicas e sociais, para
tanto precisa promover a inserção do apenado na Rede de Atenção à Saúde (RAS), com-
preendendo que o encaminhamento/triagem se constitui uma perspectiva superficial do
acolhimento (BARBOSA et al., 2010). Que tal imaginarmos um mapa conceitual do acolhi-
mento? Vejam a seguir:

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UNIDADE 2
Figura 3 – Mapa conceitual do acolhimento.

A partir do acolhimento, da formação de vínculo e da responsabilização (Figura 3), as equi-


pes de atenção básica identificam as necessidades de saúde dessa população e, são capazes
de realizar ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e seguimento –
seja por meio dos profissionais na própria equipe de saúde ou dos dispositivos da RAS, pode
ser feira a regulação no SUS e garantir o acesso aos serviços de urgências e emergências,
à atenção especializada e hospitalar na rede (BRASIL, 2014a).

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UNIDADE 2
Promoção da saúde e prevenção de doenças

Ao considerar o cenário carcerário nacional – discutido anteriormente – compreende-se


a necessidade de priorizar o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e preven-
ção de doenças, assim como buscar o diagnóstico precoce de doenças, com ênfase para
aquelas caracterizadas pela transmissibilidade (BRASIL, 2014). Assim, a promoção da saúde
e a prevenção de doenças são atividades compreendidas como dever do Estado, direitos
dos reclusos e operacionalizadas pelos profissionais de saúde (BATISTA E SILVA, 2016). Isso,
com o objetivo de realizar intervenções globais ou especificas sobre determinantes do pro-
cesso saúde e doença, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida individual e coletiva
(MEDINA et al., 2014).

Gostaram do mapa conceitual anterior? Vamos apresentar outro dele a seguir: Mapa concei-
tual para promoção da saúde, adaptado de Medina et al. (2014).

Figura 4 – Mapa conceitual para promoção da saúde.

Fonte: adaptado de Medina et al. (2014).

Contudo, de modo geral, observa-se que esse tipo de atividade é timidamente desenvolvida
pela equipe de saúde para a população em geral, de modo que para a população privada de
liberdade torna-se ainda mais escassa, portanto, é fundamental adotar medidas que esti-
mulem o empreendimento dessas atividades (MEDINA et al., 2014).

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UNIDADE 2
Protocolos clínicos

No âmbito da atenção primária à saúde, a adoção dos protocolos clínicos visa reorganizar
o processo de trabalho das equipes multidisciplinares, a partir de uma visão ampla do usu-
ário e de uma assistência adequada e pautada na evidência científica (RODRIGUES; NASCI-
MENTO; ARAUJO, 2011). Em consonância com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB),
a PNAISP também defende a utilização dos protocolos clínicos junto à população privada de
liberdade para reger as ações de saúde desenvolvidas (BRASIL, 2014a).

Os protocolos utilizados na APS são capazes de organizar a assistência,


de modo a normatizar os exames para diagnóstico e tratamento da
população masculina, entre aqueles mais utilizados estão: hipertensão,
diabetes, doenças sexualmente transmissíveis e Aids, tuberculose,
hanseníase, saúde mental, álcool e outras drogas (MARTINIANO, 2015).

Ainda, a população masculina é alvo da PNAISH, cujo objetivo está relacionado com a orienta-
ção das ações e serviços de saúde integrais, equânimes e humanizados, por meio da adoção
de protocolos clínicos, consonantes com as diretrizes nacionais da atenção (BRASIL, 2009a).

Os homens apresentam protocolos específicos que envolvem o sis-


tema urológico, para: hiperplasia prostática benigna, neoplasia de
próstata, patologias escrotais benignas, incontinência urinária, dis-
função sexual masculina, litíase renal, entre outras, e como deve ser
o encaminhamento desses usuários da atenção básica para a rede
especializada. Saiba mais em PROTOCOLOS DE ENCAMINHAMENTO
DA ATENÇÃO BÁSICA PARA A ATENÇÃO ESPECIALIZADA, disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
protocolos_atencao_basica_especializada_urologia_v_VI.pdf>.

Imunização

A imunização é uma ação bastante desenvolvida entre os homens privados de liberdade,


seja realizada pelas equipes intramuros ou por profissionais das ESF, apoiadas pelas secre-
tarias de saúde e contribuem para a prevenção de doenças no cenário carcerário brasileiro
(ALBUQUERQUE et al., 2014).

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O calendário vacinal contempla homens adultos e idosos com a administração dos seguintes
imunobiológicos: hepatite B, Febre amarela, tríplice viral, dupla adulto, pneumonia e influenza.

A maioria dos imunobiológicos estão disponíveis gratuitamente nas


unidades básicas de saúde e você deve saber as indicações dessas
substâncias para os homens! Saiba mais em:
<http://saudebrasilnet.com.br/Arquitetura/PDFs/calendario-20-59-ho-
mem.pdf>.

Chegamos ao final da unidade, mas é importante ressaltar que aqui é apenas a parte inicial
de atenção ao homem privado de liberdade! A legislação internacional defende a assistência
igualitária entre os reclusos e a população geral, assim como o Brasil. Dessa forma, reflita
sobre a situação problema do módulo diante das dificuldades da equipe de saúde em abor-
dar esse tema, utilize seus conhecimentos e demais publicações oficiais para garantir uma
assistência integral, equânime e resolutiva para essa população.

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