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Revolução Verde
Com a Revolução Industrial foram criadas técnicas e métodos que elevaram a produtividade agrícola nos
países desenvolvidos, mas o seu emprego em alguns países subdesenvolvidos só foi intensificado após a
Segunda Guerra Mundial. Nessa época, as inovações na criação de sementes mais resistentes e produtivas
e a ampliação do uso de insumos agrícolas ficaram conhecidas como Revolução Verde.
As sementes tradicionais são resultado de uma seleção de espécies feita pela humanidade ao longo dos
séculos, escolhendo-se as que apresentavam os melhores rendimentos. As sementes geneticamente
modificadas (transgênicas) são resultado do avanço da tecnologia e alcançam maior produtividade em
lugares com clima e solo desfavoráveis.
Para que as sementes transgênicas se desenvolvam bem, são necessários certos insumos, tais como
adubo químico, irrigação e uso de pesticidas. Se um desses insumos falta, a produtividade cai abaixo do
rendimento habitual. Sua implantação, portanto, exigiu mudanças na organização do campo dos países
subdesenvolvidos, determinando a necessidade de grandes investimentos. Dessa forma, ocorreu um
aumento da dependência dessas nações em relação aos bancos estrangeiros e às transnacionais, donas
das tecnologias.
Embora a Revolução Verde tenha contribuído para a elevação da produção agrícola em vários lugares, ela
também contribuiu para a desorganização dos sistemas produtivos tradicionais, muitas vezes gerando nova
concentração de propriedades, bolsões de desemprego no campo, fome e êxodo rural. Em várias regiões
houve também contaminação ambiental devido ao excessivo uso de agrotóxicos.
SCALZARETTO, Reinaldo. Geografia. Coleção Anglo Vestibulares Ensino Fundamental 9º ano. São Paulo: Anglo, 2013. p. 168.
A questão baseia-se no texto a seguir, que está no blog dos quadrinistas brasileiros Fábio Moon e
Gabriel Bá.
Eu tenho vontade de sempre fazer mais do que faço. Experimentar mais, trabalhar mais rápido. Tenho
vontade de criar o tempo todo, fico imaginando histórias entre uma conversa e outra, às vezes entre uma
frase e outra, e muitas vezes me deixo levar pelas histórias imaginárias que fico elaborando e acabo
esquecendo de me concentrar com a realidade, seja ela um momento de trabalho ou um momento de lazer.
Tenho vontade de criar tanto que acabo criando pouco. Quando respiro, tiro a cabeça mergulhada nas
ideias e olho ao redor, me lembro de que o importante não é fazer tudo, nem muito, nem rápido: o
importante é fazer bem feito. Faça com vontade de fazer mais, mas não com vontade de fazer de novo, ou
pior ainda, sem vontade nenhuma.
Disponível em: <http://aprendizdeescritor.tumblr.com/post/20926414429/eu-tenhovontade-de-sempre-fazer-mais-doque- fa%C3%A7o>.
03. Sem alterar o sentido, a vírgula do período “Experimentar mais, trabalhar mais rápido” poderia
ser substituída pela conjunção:
a) aditiva ―e‖.
b) conclusiva ―logo‖.
c) aditiva ―nem‖.
d) alternativa ―ou‖.
1 Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada.
Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal;
esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de
vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dous sacos, o da vida e o da morte, a tirar as moedas
da vida para dá-las à morte, e a contá-las assim:
2 — Outra de menos...
3 — Outra de menos...
4 — Outra de menos...
5 — Outra de menos...
6 O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca,
e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformam ou acabam; as
mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo, é perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol
frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre.
7 Naquela noite não padeci essa triste sensação de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias
tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para ver
o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados. De certo tempo
em diante não ouvi cousa nenhuma, porque o meu pensamento, ardiloso e traquinas, saltou pela janela fora
e bateu as asas na direção da casa de Virgília. Aí achou no peitoril de uma janela o pensamento de Virgília,
saudaram-se e ficaram de palestra. Nós a rolarmos na cama, talvez com frio, necessitados de repouso, e os
dous vadios ali postos, a repetirem o velho diálogo de Adão e Eva.
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994,
v. I – Romance. p. 569.
II. A palavra ―deleitosa‖ (§ 7) significa ―que causa delícia, prazer‖, já que se opõe a ―sensação de enfado‖,
usada anteriormente, na mesma frase.
III. O significado do verbo ―abalroar‖ (§ 7) é ―apressar‖, e pode ser deduzido a partir de uma expressão
usada anteriormente, na mesma frase.
IV. A expressão ―dous vadios‖ (§ 7) refere-se aos pensamentos das duas personagens – Brás Cubas e
Virgília.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I e III.
É correto afirmar que a modalização desse texto indica que o enunciador pretendeu: