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JOSEPH RAZ
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JOSEPH RAZ
Do original: Practical Reason and Norms
Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Oxford University Press
Copyright © 1975 Joseph Raz, © 1990 (with new postscript) Joseph Raz
ISBN 978-85-352-2504-4
Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer
erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a
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encaminhar a questão.
Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou
perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação.
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A visão de MacCormick evolui e se modifica entre 1978, quando Legal Reasoning and Legal Theory
foi publicado, e 2005, data de publicação de Rhetoric and the Rule of Law (traduzido como parte
desta mesma série). No segundo livro, MacCormick não parece crer em uma separação conceitual
radical entre direito e moralidade.
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ELSEVIER APRESENTAÇÃO
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RAZÃO PRÁTICA E NORMAS — JOSEPH RAZ ELSEVIER
obriga por meio de um contrato é que não reabra a deliberação sobre os prós
e contras de cumprir a obrigação no momento do cumprimento do contrato.
O obrigado deve simplesmente fazer o que se obrigou a fazer. Um contratante
que, no dia do cumprimento da obrigação, percebe que seria mais conveniente
não cumpri-la e arcar com o peso das perdas e danos que poderiam resultar,
descumpre o contrato, isto é, age com base em razões de primeira ordem, que
deveriam ter sido excluídas pelo contrato.
Deixe-me formalizar isso um pouco: razões de primeira ordem são
razões para fazer ou deixar de fazer algo (v.g. se eu for ao bar, terei prazer);
razões de segunda ordem não dizem diretamente o que fazer, mas são razões
para não utilizar certas (ou mesmo todas as) razões de primeira ordem em
processos de tomada de decisão. Ou seja, razões de segunda ordem são razões
para não fazer algo por certas razões de primeira ordem.
Para resumir uma longa história que conecta os conceitos de autoridade
e de razão excludente com o conceito de direito, normas jurídicas são, para
Raz, razões excludentes, quando emitidas por uma autoridade legítima. Aqui
reside a maior injustiça em minha simplificação. O conceito de autoridade
legítima é utilizado por Raz apenas como um “marcador” conceitual que
explica como obrigações jurídicas podem ter força normativa. Esse conceito
será mais longamente desenvolvido em um livro posterior de Raz (The Mo-
rality of Freedom*), mas é suficiente dizer que, para Raz, o direito apenas deve
ser obedecido quando emanar de uma autoridade legítima. Mais ainda: o seu
conceito de legitimidade, explicado na chamada “tese da justificação normal”
é tão exigente que, ao que parece, raras seriam as autoridades políticas na-
cionais que contariam como “autoridades legítimas”. Mas o leitor não deve
ficar excessivamente desapontado com isso. O que Raz pretende com Razão
Prática e Normas não é oferecer uma teoria completa da autoridade política e
da legitimidade de governos, mas explicar como é possível conceber o direito
como um produtor de razões práticas e, para esse fim, sua concepção exigente
de autoridade política seria apropriada.2
Este seria o ponto de contato entre a obrigação moral e a obrigação
jurídica. De acordo com o conceito de autoridade legítima de Raz, a sua obe-
diência é uma necessidade moral. Se essa autoridade é a fonte fundamental de
direito em um sistema jurídico, eu tenho dever de obediência ao direito. Essa
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Introdução ............................................................................ 1
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