Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
linguistique
JEAN DUBOIS
MATHÉE GIACOMO
LOUIS GUESPIN
CHRISTIANE MARCELLESI
JEAN-BAPTISTE MARCELLESI
JEAN-PIERRE MÉVEL
Dlntrihutcur exclusif nu C’awuln : M cmuhci ici A DP, 17S1 Kiclumlfron, Mumu'n! (Québec)
niiih ili tra d u c tio n des te rm es q u 'ils ig n o ren t, à l'a id e des m o ts e t des co n c e p ts
l> >i | ilns m u r a n ts de la g ra m m a ire d e l’en seig n e m en t. M ais ce tte tra d u c tio n ,
ii’lli Iu rin e de glossaire q u e l’o n e st c o n d u it à d o n n e r à u n d ic tio n n a ire
ht len tllïq u e cl te ch n iq u e , p o se à so n to u r p lu sieu rs q u e stio n s : la d é fin itio n d u
II m11<- ignoré utilise des m o ts qui d o iv e n t être c o n n u s d u lecteu r, m a is à q u el
nlvi'iiii fie situe ce le cte u r idéal ? P re n o n s q u elq u es ex em p les : si le le cte u r
i h r n lie il.ins ce d ic tio n n a ire d e ling u istiq u e les te rm es c o u ra n ts d e la g ra m m a ire
11 .h 111ii >iii toile : antécédent, relatif, adverbe, adjectif, démonstratif, emprunt, etc., il
i.'iiiicitil ,i tro u v er u n e ex p lica tio n qui le ren v o ie à ce tte g ram m aire, m ais il
mlln ni .m,vil de c o n n a ître les lim ites de cette d é fin itio n ; si le lecteu r ch erch e
.|i m ii ilut-;. 11m im e diésé, pseudo-clivé, tmèse, etc., les ex p licatio n s d u lex ico g rap h e
ilnlvi m Ir im i o in p te d ’u n degré d e te ch n ic ité d iffé re n t q u e l'o n su p p o se ch e z
li I. ■ii ut , i i-tiaiii:; m o ts a p p a rtie n n e n t à des écoles lin g u istiq u es b ien précises
im iiii iiiiiillnm c, d istrib u tio n n alism e , g ra m m a ire g énérativ e, g lo ssém a tiq u e , etc.)
...i i ....... . précis (p h o n é tiq u e , ac o u stiq u e , so cio lin g u istiq u e, psycholin-
HiilMli|iH», m uinllhj;tiistique, g ra m m a ire co m p arée , etc.) ; ils d e v ro n t être définis
i‘ m li >i ir im n . cl le:: n o tio n s q u i a p p a rtie n n e n t à ce tte école e t à ce d o m a in e.
Il ■ ii i. .|i i mvi .ni- de te ch n ic ité d iffé ren ts à la fois p a r les m o ts d ’en tré e, p a r
1. 1. di IhtIIli<u : .1 |i.n led c o m m e n ta ire s qui su iv e n t ces d éfin itio n s.
l 'n i. I . 11. i ii.1111.1111■ i'<i);e, en effet, que l’on ajoute à une définition souvent
ili'iii.iiii . 1. >. i mpli ' qui l'expliquent. Ces définitions et ces exemples forment
un .Il ■i .................. rni yt Inpédique, u n c o m m e n ta ire du c o n c e p t au q u e l ren v o ie
li m. .t iI f iil i n i t ni p o u rq u o i ce d ic tio n n a ire p ren d la fo rm e d ’u n e encyclo-
I.. h. 11mr le un >1 d ’e n iie c , d é fin itio n et c o m m e n ta ire s se m ê le n t p o u r fo u rn ir
un ' n ..... .. i m n p lel .m l.i n o tio n q u e recouvre le m ot. C eci est p articu liè rem e n t
vi il |iin 11 le. ii'iineM de base : langue, langage, acoustique, phonétique, bilinguisme,
v
etc., o ù la d escrip tio n e n c y clo p éd iq u e d e v ie n t u n e v éritab le en cy clo p éd ie (v. liste
à la su ite d e l’av an t-p ro p o s).
Le d ic tio n n a ire e n c y clo p éd iq u e est a s tre in t à la règle d e l'o rd re alp h ab é tiq u e ,
le plus c o m m o d e p o u r la rech erch e ; il d éc o u p e, se g m en te les é n o n c és ; m ais il
fa u t en m ê m e te m p s q u e le le cte u r puisse rep lacer les d é v e lo p p e m e n ts q u 'il lit
d a n s u n c h a m p plus vaste, sin o n d a n s u n e th é o rie. Il fa u t ainsi q u ’u n e n o tio n
c o m m e qualificatif puisse ren v o y e r au c o n c e p t q u ’elle im p liq u e, adjectif, e t que,
à s o n to u r, adjectif ren v o ie à partie du discours o u classe grammaticale. D e plus, la
d é fin itio n de l’ad jectif e st d iffé ren te se lo n q u e l’o n se p lace d a n s la p ersp ectiv e
stru ctu ra liste, g én é rativ iste o u tra d itio n n e lle . Il existe d o n c u n é n o n c é to ta l q u e
le le cte u r d o it p o u v o ir rec o n stru ire p a r le jeu des renvois. O n y p arv ie n d ra de
d eu x m a n ières : d ’u n e part, il y a des articles d e b ase d éfin issan t les co n c e p ts
clés q u i p e rm e tte n t d 'a c c é d e r au x te rm es plus sp écifiq u es (des astérisq u es
sig n a le n t les d é v e lo p p e m e n ts faits au x m o ts ain si n o tés), e t in v e rse m e n t o n
re m o n te ra à ces articles de sy n th è se à p a rtir des m o ts p articu liers p a r u n m ê m e
jeu d 'a sté risq u e s e t de renvois : o n p e u t re m o n te r d e qualificatif à adjectif e t aller
d ’adjectif à déterm inatif ou à classe grammaticale. O n a v o u lu faire du Dictionnaire
de linguistique et des sciences du langage n o n se u le m e n t u n o u v rag e de c o n su lta tio n ,
v isa n t à c o m b le r d es lacunes p o n ctu elles, m ais aussi u n o uvrage d e fo rm a tio n
lin g u istiq u e, a id a n t à c o n s titu e r u n en sem b le d ’exp o sés explicatifs. Par là, n o u s
esp é ro n s faire d u d ic tio n n a ire u n e so rte d e m a n u e l libre.
W1
I.i lin g u istiq u e, ca r ce d ic tio n n a ire d e lin g u istiq u e n e vise p as à ê tre u n d ic tio n n a ire
de:, scien ces h u m a in e s m a is s e u le m e n t u n d ic tio n n a ire d es scien c es d u lan g ag e.
I.c ra ffin e m e n t de l’a n a ly se lim ite au ssi l’é te n d u e d u le x iq u e é tu d ié . C h a q u e
école lin g u istiq u e a d é v e lo p p é av e c ses th é o rie s e t ses m é th o d e s p ro p re s u n
v o cab u laire sp écifiq u e, a d a p té a u x b e so in s d e la th é o rie , s in o n m ê m e c o n s tru it
de to u te s pièces. O r, ce d ic tio n n a ire ne vise p as à ê tre l'e x p re s s io n ex clu siv e
d ’u n e école, d ’u n e te n d a n c e , d ’u n e p e rso n n e , e n c o re m o in s d ’u n e sim p le o p in io n .
S'il a fait place à q u e lq u e s g ra n d s c o u ra n ts, il n e p o u v a it ê tre q u e s tio n d e su iv re
c h a q u e école d a n s ses ra ffin e m e n ts d ’an a ly se e t ses d étails te rm in o lo g iq u e s. Il y
a un seuil à p a rtir d u q u e l le le c te u r in fo rm é n e p e u t p lu s ré s o u d re ses q u e s tio n s
q ue p a r le te x te m ê m e q u ’il e s t e n tra in d e lire. O n a d o n c p ro c é d é à u n ch o ix
arb itra ire , e n n o u s a r rê ta n t à u n d eg ré de te c h n ic ité en d e ç à d e la re c h e rc h e
upccialisée. L o rs q u ’u n e science e s t d u d o m a in e ex clu sif d ’u n p e tit n o m b re d e
«pri ialistes, elle a te n d a n c e à d é v e lo p p e r d es te rm in o lo g ie s a b o n d a n te s e t
111ii | ni rates : la n é c e ssité p o u r c h a q u e école, s in o n p o u r c h a q u e lin g u iste , d ’affirm er
un e o rig in alité s o u v e n t m in e u re a m è n e à p ro p o s e r d e n o u v e a u x te rm e s q u i n e
rir d is tin g u e n t d e s a n c ie n s o u de c e u x des a u tre s écoles q u e p a r le u r fo rm e e t
n o n p ar leu r c o n te n u . M a is lo rsq u e c e tte scien ce c o m m e n c e à é c h a p p e r au x
•kmils sp é cialistes q u i te n d a ie n t à s’en a ssu re r la p o sse ss io n ex clu siv e, il se p ro d u it
une d é c a n ta tio n te rm in o lo g iq u e q u i n ’é p a rg n e pas les n o m e n c la tu re s les p lu s
atmuriTS. U n d e u x iè m e fac teu r, n o n m o in s im p o rta n t, in te rv ie n t lo rsq u e , d a n s
I'I ■i .......... d 'u n e science, se d é v e lo p p e n t de n o u v elles th é o rie s q u i m e tte n t
iai Iii ali m e n t en cau se celles q u i les a v a ie n t p ré c é d é e s : le stru c tu ra lis m e s 'é ta it
!i li m ilii1 h o p fa c ile m e n t avec la v érité e t la science id é ale ; il a é té c o n te s té p a r
la c,lam inaire g é n é ra tiv e , c o n sid é ré e elle a u ssi tro p v ite c o m m e tr a n s c e n d a n t
r iio iu m e e t s o n h isto ire ; o b je t de c ritiq u e s in te rn e s, la th é o rie g é n é ra tiv e s’est
a non to u r disso ciée e n p lu sie u rs n o u v e lle s h y p o th è s e s . Les lin g u iste s o n t au ssi
I n lu m m s d e n c e d es im p lic a tio n s p h ilo s o p h iq u e s d e le u rs th é o rie s e t d e la re la tio n
1111'(*1!cs e n tre tie n n e n t avec le d é v e lo p p e m e n t d es so c iétés d a n s le sq u elles ils
vivent , ils o n t re c o n n u la d im e n s io n h is to riq u e e t so ciale d e le u r ac tiv ité
m ii i il 11n |ii< . A insi, la lin g u istiq u e n e p e u t ê tre d isso cié e d e la p lace a c c o rd é e a u x
I n i il île nie s du langage e t de la c o m m u n ic a tio n d a n s les so c iétés d é v e lo p p é e s. Le
i mD11 i laliMne m é c a n iste des n é o -g ra m m a irie n s, le p o sitiv ism e des d istrib u tio n -
nall'iir'i cl des F onctionnalistes, l’in n é ism e des g é n é ra tiv iste s p a rtic ip e n t à des
iili iili>>•,ii s qui s 'e x p liq u e n t e lle s-m ê m e s d a n s l’h isto ire d es so c iétés q u i les
....... . uni ni le m o m e n t o ù les lin g u iste s o n t co n scie n ce d es p ré su p p o sé s
| il 1111un 11il 1111ne s qui s o u s -te n d e n t le d é v e lo p p e m e n t d es scien ces h u m a in e s fixe
le u n im e n t ini la m é ta la n g u e d 'u n e science e s t su sc ep tib le d ’an a ly se .
I m l ......M inai lin g u istiq u e q u i e s t à la b a se d e ce d ic tio n n a ire , c o m m e n c é e il
. • |ilin ili d e n te ans, e t p o u rsu iv ie e n su ite , a été c o m p lé té e p a r l’u tilis a tio n
.........Mi 11n il. . n n li '.ile s p rin c ip a u x m a n u e ls u tilis é s e n F ra n c e .L a b ib lio g ra p h ie ,
1111m a |niii, i|iii ai i m u pag n e le d ic tio n n a ire ré p e rto rie l'e n se m b le d es o u v rag e s
•li 111111111 dii|in m u mil paru être u tiles a u x le cte u rs in fo rm é s, à l'e x c lu s io n des
aitli li p tllillfi imliri Irri revues.
VII
Liste des articles encyclopédiques
a c ce n t fo n c tio n
a c o u stiq u e fo n c tio n d u langage
a c q u isitio n d u langage fo n c tio n n a lism e
ad jectif fo rm a lisa tio n
a lp h a b e t p h o n é tiq u e fo rm e
an a ly se de d iscours g én é rativ e (g ram m aire)
an a ly se co n v e rsatio n n elle gen re
a n to n y m ie g éo g ra p h ie lin g u istiq u e
ap h a sie g lo ssém a tiq u e
ap p liq u é e (linguistique) in c o m p a tib ilité
artic u la tio n (d o u b le) in fo rm a tio n
artic u la to ire (p h o n é tiq u e ) langage
asp ec t I. la n g u e (concept)
bilin g u ism e II. lan g u es (système de communication)
I. cas (déclinaisons) III. lan g u e (organe de la phonation)
II. cas (grammaire de cas) lex èm e
cham p lexical (ch a m p )
changem ent lex icalisatio n
classe lexicographie
c o m m u n ic a tio n lexicologie
c o m p o n e n tie lle (analyse) lexique
c o n n o ta tio n lin g u istiq u e
consonne M a rk o v (m o d è le de)
co rd es vocales m a rq u e
co rp u s m essag e
d é riv a tio n m ode
d ia ch ro n ie m o rp h è m e
dialecte m ot
d ic tio n n a ire m u ltilin é aire -(phonologie)
discours nasal
d isco u rs direct, in d ire c t n éo lo g ie
d istin ctif nom
d istrib u tio n n e lle (analyse) n o m b re
données o p p o sitio n
écrit p a ra p h ra se
écritu re p aro le
em b ra y e u r p arties d u d isco u rs
em p h a se p assif
e m p ru n t p e rso n n e
én o n c ia tio n phonèm e
éty m o lo g ie p h o n é tiq u e
expression p h o n o lo g ie
fam ille de langues p h rase
p o lysém ie su b s titu tio n
p o n c tu a tio n sujet
p ro so d ie syllabe
i a p p o rt sy m b o le
red o n d a n ce sy n c h ro n iq u e
référence sy n o n y m ie
règle sy n ta g m a tiq u e
sy n ta g m e
ry th m e
sy n th è se d e la p a ro le
I sé m a n tiq u e (n. f.)
sy n th é tise u r
II sé m a n tiq u e (adj.)
te m p s
nciniologie
th é o rie lin g u istiq u e
Dont tra it
Hlgnc tra d u c tio n
m " ii 'linguistique tra d u c tio n a u to m a tiq u e
non tra n s fo rm a tio n
i.i.illtitique lexicale tra n sla tio n , tra n sp o s itio n
.ntic tu ralism e ty p o lo g ie
fit ructure u n iv e rsa u x d u langage
ntyle universelle (g ram m aire)
ityllm lquc verb e
.1il mi . 11n c voix
Bibliographie
A arsleff (H ans), The Study o f Language in England, 'I780--I860, Berkeley, Princeton Univ.
Pr., 1967, 288 p.
A bercrom bie (David), Eléments of General Phonetics, Edimbourg, University Press et
Chicago, Aldine, 1967, 203 p.
A braham (Samuel) et Kiefer (Ferenc), A Theory o f Structural Semantics, La Haye, M outon,
1966, 98 p.
Achard (Pierre), la Sociologie du langage, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1993.
A dam czew ski (Henri), Grammaire linguistique de l'anglais, Paris, A. Colin, 1982, 352 p.
le Français déchiffré. Clés du langage et des langues, Paris, A. Colin, 1991, 424 p.
A dam czew ski (H enri) et Keen (D.), Phonétique et phonologie de l'anglais contemporain,
Paris, A. Colin, 1973, 252 p.
Adelung (Johann C hristoph), Deutsche Sprachlehre, Vienne, 1783 ; 3" éd., Berlin, 1795.
Mithridates, oder allgemeine Sprachen Kunde, mit dem « Vater unser » als Spracltprobe in
beynahe fünfhundert Sprachen und Mundarten, Berlin, 1806-1807, 6 vol.
Aebli (H ans), Über die geistige Entwicklung des Kindes, Stuttgart, Klett, 1963.
A juriaguerra (Julian de) et H écaen (H enry), le Cortex cérébral. Étude neuro-psychopathologique,
Paris, Masson, 1949 ; nouv. éd., 1960, 459 p.
A juriaguerra (Julian de), Bresson (F.), Fraisse (P.), Inhelder (B.), O léron (P.) et
Piaget (J.) [éds], Problèmes de psycholinguistique, Paris, P.U.F., 1963, 219 p.
A juriaguerra (Julian de), A uzias (M.), C oum es (F.), D en n er (A.) et coll., l'Écriture de
l'enfant, Neuchâtel, Delachaux et Niestlé, 1964, 2 vol.
A khm anova (O. S.), Psycholinguistique. Éléments d'un cours de linguistique, en russe. Moscou,
1957.
Dictionnaire de termes linguistiques, en russe, M oscou, 1966.
A khm anova (O. S.), M el’cuk (I. A.), Frum ldna (R. M.) et Paduceva (E. V.), Exact
Methods in Linguistic Research, Moscou, éd. en russe, 1961, trad. anglaise, Berkeley et
Los Angeles, Univ. of California Press, 1963.
A kin (Johney) et coll. (eds.), lœnguage Behavior ; a Book o f Readings in Communication,
La Haye, M outon, 1970, 359 p.
A lajouanine (Théophile), O m brédane (André) et D urand (M arguerite), le Syndrome de
désagrégation phonétique dans l'aphasie, Paris, Masson, 1939, 138 p.
A larcos Llorach (Emilio), Fonologta espanola, Madrid, 1950 ; 5e éd.; 1961.
A lbrecht (Erhard), Die Beziehungen von Erkenntnisstheorie, Logik und Sprache, Halle,
Niemeyer, 1956, 152 p.
Beitrâge zur Erkenntnisstheorie unddas Verhdltnis von Sprache und Denken, Halle, Niemeyer,
1959, 570 p.
Sprache und Erkenntnis, logisch-linguistische Analysen, Berlin, Deutscher Verlag der
Wissenschaften, 1967, 328 p.
Allard (M ichel), Elzière (M ay), G ardin (Jean-Claude) e t H ours (Francis), Analyse
conceptuelle du Coran sur cartes perforées : I, Code, 110 p. ; II, Commentaire, 187 p., La
Haye, M outon, 1963, 2 vol.
Allen (R obert Livingston), The Verb System o f Present-Day American English, La Haye,
M outon, 1966, 303 p,
Allen (W illiam Sidney), Phonetics in Ancient India, Londres, Oxford Univ. Pr., 1953, 96 p.
On (ht Linguistic Study of Lattguages, Cambridge, University Press, 1957.
X
Alli'ton (Viviane), l'Écriture chinoise, Paris, P.U.F., coll. « Q ue sais-je ? », 1970.
Allières (Jacques), la Formation de la langue française, Paris, P.U.F., coll. « Q ue sais-je ? »;
1988.
Amacker (René), Linguistique saussurienne, Genève, D roz, 1975, 246 p.
Animer (Karl), Einführung in die Sprachwissenschaft, Halle, Niemeyer, 1958.
Spmche, Mensch und Gesellschaft, Halle, Niemeyer, 1961.
Aiulcrson (John M.), The Grammar o f Case. Towards a Localistic ’l'heory, Cambridge,.
University Press, 1971, 244 p.
Aiulcrson (W allace Ludwig) et Stageberg (N orm an Clifford) [eds.], Introductory Readings
• 'il hmguage, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1962 ; nouv. éd. 1966, 551 p.
Aiulrcev (N.) [éd.], Matériaux pour la traduction mécanique, en russe, Leningrad, 1958.
Air.i om bre (J.-C.) et D ucrot (O sw ald), VArgumentation dans la langue, Liège-Paris, Éd.
Mardaga, 1983.
Annhen (Ruth N anda) [éd.], Language. An Enquiry into its Meaning and Function, N ew
Ymk, Harper, 1957, 366 p.
Anlal (l.aszlô), Questions of Meaning, La Haye, M outon, 1963, 95 p.
I oiitnit, Meaning and Understanding, La Haye, M outon, 1964, 61 p.
Aninlni! (Gérald), la Coordination en français, Paris, d’Artrey, 1963, 2 vol., 1411 p.
A111*.11n* (Gérald) et M artin (Robert) [éds], Histoire de la tangue française : 1880-/I9,I4,
r.iiin, l.dltlons du C.N.R.S., 1985, 642 p.
N..un (|ufn pli), A Grammar o f Anaphora, Cambridge, Mass., M IT Press, 1985, 190 p.
\ji•ir111 I (I,«•<>), M andelbrot (Benoît) et M orf (Albert), Logique, langage et théorie de
I iiiloiin,ition Paris, P.U.F., 1957, 216 p.
\|in nj.iii (J. O.), Recherche expérimentale sur la sémantique du verbe russe, en russe, Moscou,
i
I L'tiii'iir. sur les idées et les méthodes de la linguistique structurale contemporaine, trad. du
i u i’h , I)unod, 1973, 392 p.
A nnlnl (linrko), Principi di linguistica applicata, Bologne, Il Mulino, 1967 ; trad. fr.
I'mil ifv -' .A' linguistique appliquée, Paris, Payot, 1972, 302 p.
An im (lluii'i), Sprachwissenschaft : der Gang ihrer Entwicklung von der Antike bis zur
' ..r. mtw/l l ilbourg et Munich, K. Albert, 1955, 567 p.
.............. r. 11lili.i’i l .veline) et W ard (Ida Caroline), Handbook o f F.nglish Intonation, Leipzig
.i H. riju. I' G. leubner, 1926, 124 p.
Am i•111111 (Antoine) el Lincelot (Claude), Grammaire générale et raisonnée, Paris, 1660 ;
i*i .I l'i l'iililii .ni<>ms Paulet, 1969, 157 p.
A llM i Ml. lu h ri Chevalier (Jean-Claude), la Grammaire, Paris, Klincksieck, 1970,
1-'I |l
A111»•►I Mli In11), i uidi-l (lian ço ise) et G alm iche (Michel), la Grammaire d'aujourd'hui,
I ni. I l u .....u h >n, |'VI)6, 720 p.
Aaii.li | l .i , i / luiliii I..... «), I , /oui ili fonologia comparata del saitscrito, de! greco e de! latino,
i ...... •. II.,.,!,.. 11„ n hcr, 1870.
Annlli-lll II tililiiiii'), I ,i iblliuhi mmogtnistica di Alfredo Trombetti, sua genesi, suo svolgimento,
'<n,i n/inioi uni/,i Im n n, ,'ii/ili, y.rafica Fili Lega, 1962, 397 p.
' 11 i........... i liiiiu.i I-1II. -, (ImvIiI) d Roca (Iggy), Foundations o f General I.itiguistics,
I ...............nII* n uni I li i "lu, IY02, 388 p.
S..... i". i 11\ I uni 11 . ..Il M,iii‘ihiu\ pour une histoire des théories linguistiques, Université
ilti I IIIr, I'j im , niH p
th i,m,' ,/,■. i.l,i,', liih'iihiiqiii", Itruxi-llcs, éd. Mardaga, 1990-1992, 2 vol., 510 p. et
film p
xi
A ustin (John Langshaw ), Philosophical Papers, Oxford, Clarendon Pr., 1961.
Sense and Sensibilia, Oxford, Clarendon Pr., 1962 ; trad. fr. le langage de la perception,
Paris, A. Colin, 1971, 176 p.
How lo do Wtings with Words, Cambridge, Mass., Harvard Univ. Pr., 1962 ; trad. fr.
Quand dire, c'est faire, Paris, Le Seuil, 1970, 186 p.
A ustin (W illiam M .) [éd.], Papers in I.inguistics in Honor o f Léon Dostert, La Haye. M outon,
1967, 180 p.
A yer (Alfred Jules), Language, Truth and Logic, Londres, Collancz. 1936 ; 2e éd., 1958,
254 p.
Philosophy and Language, Oxford, Clarendon Pr., I960, 35 p.
'Pie Problem o f Knowledge, Baltimore, Md, Penguin Books, 1964.
Bach (Adolf), Deutsche 1Vlundartforsclumg : litre Wege, Ergebnisse und Aufgaben, Heidelberg,
Cari Winter, 1934 ; 2e éd., 1950, 179 p.
Ceschichte der deutschen Sprache, Leipzig, Teubner, 1938, 240 p.
Bach (Em m on), An Introduction to Transformational Grammars, N ew York, Holt, Rinehart
and W inston, 1964, 205 p. ; trad. fr. Introduction aux grammaires transformationnelks,
A. Colin, 1973, 224 p.
Bach (Em m on) et H arm s (R obert T.) [eds.], Universats in Linguistic Theory, N ew York,
Holt, Rinehart and W inston, 1968, 210 p.
Bachm an (Christian), Lindenfeld (Jacqueline) et Sim onin (Jacky), Langage et communi
cations sociales, Paris, Hatier, 1981, 224 p.
Bailey (Richard W.) et Burton (D olores M .), English Stylistics : a Bibliography, Cambridge,
Mass., M IT Press, 1968, 198 p.
Baker (C. L.) et M cC arthy (J. J.) [eds.], The Logical Problem o f Language Acquisition,
Cambridge, Mass., M IT Press, 1981, 358 p.
Bakhtdne (M ikhail), le Marxisme et la philosophie du langage, Paris, Éd. de Minuit, 1977,
232 p.
Baldinger (Kurt), Die Semasiologie, Verstich eines Überblicks, Berlin. Akademie Verlag, 1957.
40 p.
Balibar (Renée), les Français fictifs, Paris, H achette, 1974, 295 p.
l'institution du français, Paris, P.U.F., 1985, 422 p.
Balibar (Renée) et Laporte (D om inique), le Français national, Paris, Hachette, 1974,
280 p.
Bally (Charles), Traité de stylistique française, Paris, Klincksieck, 1909 ; 2* éd., 1919.
le Langage et la vie, Genève, Atar, 1913 ; 3e éd., 1952, 237 p.
Linguistique générale et linguistique française, Paris, E. Leroux, 1932 ; 4‘ éd. Berne.
A. Francke, 1965, 440 p.
Balpe (J.-P.), Initiation à la génération de textes en langue naturelle, Paris, Eyrolles. 1986.
Baltin (M ark R.) et K roch (A nthony S.) [eds.], Alternative Constructions o f Phrase Structure,
Chicago et Londres, University of Chicago Press, 1989, 316 p.
Bange (P.) et coll., Logique, argumentation, conversation, Berne, Peter Lang, 1983.
Baratin (M arc), la Naissance de la syntaxe à Rome, Paris, Éd. de M inuit, 1989, 544 p.
Baratin (M arc) et D esbordes (Françoise), l'Analyse linguistique dans l'Antiquité classique,
Paris, Klincksieck, 1981, 270 p.
Bar-Hillc! (Yehoshua), language and Information, Selected Bssays on their Theory and
Application, Jérusalem et Reading. Mass., Addison-Wesley, 1954 ; nouv. éd., 1964,
388 p.
Four Lectures on Algehraic Linguistics and Machine Translation, Jérusalem, 1963.
l’ragnuitic,s o f Natttral Languages, Dordrecht, D. Reidel, 1971, 231 p.
Barr (James), Sémantique du langage biblique, Paris, coéd. Aubier Montaigne, Le Cerf,
Delnehaux et Nicsdé, Descléc De Brouwer, 1971, 372 p.
Ilmllics (Roland), le Degré zéro de l'écriture, Paris, Le Seuil, 1953.
/:vvi/s i ritiques, Paris, Le Seuil, 1964-1993, 4 vol.
Système de la mode, Paris, Le Seuil, 1967, 302 p.
I' u loti (M atteo), Saggi di linguistica spaziale, Turin, V. Bona, 1945, 306 p.
Huiwick (Karl), Problème der stoischen Sprachleltre und Rhetorib, Berlin. Akademie Verlag,
1957, 111 p.
lUrilulc (Roger) [éd.], Sens et usage du terme structure dans les sciences humaines et sociales,
I ,i I laye, M outon, 1962, 165 p.
ll.iMtiji Dcrvillez (Jacqueline), Structure des relations spatiales dans quelques langues naturelles,
( .rnève, Droz, 1982, 464 p.
Ilm d o u in de C ourtenay (Jan L), Versuch einer Théorie phonetischer Altemationen, Strasbourg,
1nlbner, 1895, 124 p.
Iliiylon (C hristian) et Fabre (Paul), les Noms de lieux et de personnes, Paris, N athan, 1982,
,!78 p.
Un rrll (Charles Ernest), Linguistic Form, Istanbul, 1953.
I mguistic Typology (Inaugural Lectures), Londres, School of Oriental and African Studies,
1958.
H,i cil (Charles Ernest), C atford (J. C.), H alliday (M. A. K.) et Robins (R. H .) [eds.],
lu Memory of J. R. Firth, Londres, Longmans, 1966, 500 p.
Hr,Milieux (Charles), Histoire de l'orthographe française, Paris, Champion, 1967, 2 vol.,
l(i7 p. et 134 p.
tlOMllzce (Nicolas), Grammaire générale ou Exposition raisonnée des éléments nécessaires du
langage pour servir de fondement à l'étude de toutes les langues, Paris, 1767.
l'i i hnde (Hervé-D.), Syntaxe du français moderne et contemporain, Paris, P.U.F., 1986, 336 p.
Phonétique et morphologie du français moderne et contemporain, Paris, P.U.F., 1992, 304 p.
Ili■i lirrt (Johannes), C lém ent (Danièle), T hüm m el (Wolf) et W agner (Karl H einz),
I inliilmtng in die generative Transformationsgrammatik. Ein Lehrbuch, Munich, Hueber,
1970.
Ni i lard (Edith) et M aurais (Jacques) [éds], la Norme linguistique, Québec, Consp’î de la
Inutile Française et Paris, Le Robert, 1983, 850 p.
r.. Icvltch (Vitold), Langage des machines et langage humain, Bruxelles, Office de publicité,
1956, 121 p.
Ui llnj’,1 (Ursula) et Brow n (Roger) [eds.], The Acquisition o f Language. Report ofthe Fourth
< Sponsored by the Cominittee on Intellective Processes Research ofthe Social Science
A\ '.l'an It Counçil, Lafayette, Indiana, Purdue University, 1964, 191 p.
Hi lym v (Boris Vasilievitch), The Psychology ofTeaching Foreign Languages, traduit du russe,
| IhIuk I, Pergamon Pr., 1963.
I' • 11111m (Edward H erm an), Componential Analysis of General Vocabulary : The Semantic
.'■i/zii lut t’ of a Set ofVerbs in English, Hindi and Japauese, Bloomington, Indiana University
I n i'i m La Haye, M outon, 1966 : traduit en partie dans langages, n° 20, Paris,
I iin iiiiir.c, déc. 1970, « Analyse com ponentielle du vocabulaire général », pp. 101-125.
Urni»' (Max), Semiotik. Allgemeine Theorie der Zeichen, Baden-Baden, Agis Verlag, 1967,
79 p.
l'i nvcnislc (Emile), Origines de la formation des noms en indo-européen. Paris, A. Maisonneuve.
TU'', 224 p.
Noms d'agent et noms d'actions en indo-européen, Paris, Klincksieck, 1948, 175 p.
Hittite et indo-européen, Paris, A. M aisonneuve, 1962, 141 p.
Problèmes de linguistique générale, Paris, Gallimard, 1966-1974, 2 vol.
h Vocabulaire des institutions indo-européennes, Paris, Éd. de Minuit, 1969-1970, 2 vol.
XIII
B em stein (Basil), Class, Codes and Control, Londres, Routledge and Kegan, 1971-1974,
3 vol. : trad. fr. (partielle), langage et classes sociales, Paris, Ed. de Minuit, 1975, 352 p.
B errendonner (Alain), Cours critique de grammaire générative, Lyon, Presses universitaires
de Lyon, 1983.
Eléments de pragmatique linguistique, Paris, Ed. de M inuit, 1981, 256 p.
Bertoldi (Vittorio), Clottologia. Principi, problemi, metodi, Naples, Stab. Tip. editoriale,
1942, 160 p.
Il linguagio umano nella sua essenza universale e nella storicità dei suoi aspetti, Naples,
Libreria ed. Liguori, 1949, 189 p.
La storicità dei fatti di lingua, Naples, Libreria ed. Liguori, 1951, 143 p.
Bertoni (Giulio), Storia délia lingua italiana, Rome, Castellani, 1934, 144 p.
Lingua e cultura, Florence, Olschki, 1939, 302 p.
Bertschinger (Max), To Want : an Essay in Semantics, Berne, A. Francke, 1941, 242 p.
Berwick (R obert C.) et W einberg (Am y S.), The Grammatical Basis o f linguistic Performance :
Language Use and Acquisition, Cambridge, Mass., M IT Press, 1984, 326 p.
Beth (W. Evert), Formai Methods, an Introduction to Symbolic Logic and to the Study o f
Effective Opérations in Aritlimetic and Logic, D ordrecht, D. Reidel, 1962, 170 p.
Biardeau (M adeleine), Théorie de la connaissance et philosophie de la parole dans le brahmanisme
classique, La Haye, M outon, 1964, 486 p.
Bibliographie linguistique des aimées 1939-1947, Utrecht et Anvers, Spectrum, 1949, 2 vol.
Bibliographie linguistique, 1948-'I967, U trecht et Anvers, Spectrum, 20 vol. parus.
Bierwisch (M anfred), Modem Linguistics. lts Development, Methods and Problems, trad. de
l’allemand, La Haye, M outon, 1971, 105 p.
Bierwisch (M anfred) et H eidolph (Karl Erich) [eds.], Progress in Linguistics, La Haye,
M outon, 1970, 334 p.
Black (Max), Language and Philosophy. Studies in Method, Ithaca, N. Y., Cornell University
Press, 1949.
Models and Metaphors : Studies in Language and Philosophy, Ithaca, N. Y., Cornell
University Press, 1962.
Blanché (Robert), Raison et discours. Défense de la logique réflexive, Paris, Vrin, 1967, 276 p.
Blanche-Benveniste (Claire) [éd.], le Français parlé, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1990, 292 p.
Blanche-Benveniste (Claire) et Chervel (André), l'Orthographe, Paris. M aspero, 1969,
238 p.
Blinkenberg (Andréas), l'Ordre des mots en français moderne, Copenhague, D et kgl Danske
Videnskabemes Selskabs historisk — filologiske M eddelelser XVII, 1 et XX, 1, 1928-
1933, 2 vol.
le Problème de la transitivité en français moderne, Copenhague, Munksgaard, 1960, 366 p.
Bloch (Bernard) et T rager (George L.), Outline o f Linguistic Analysis, Baltimore, Waverly
Press, 1942.
Bloch (O scar) et W artburg (W alther von), Dictionnaire étymologique de la langue française,
Paris, P.U.F., 1949 ; 4“ éd., 1964, 720 p.
Blok (D. P.) [éd.], Proceedings of the F.ighth Conférence o f Onomastic Sciences, Amsterdam
1963, La Haye, M outon, 1966, 677 p.
Bloomfield (Léonard), Introduction to the Study o f Language, N ew York, Holt, 1914.
language, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1933, et Londres, Allen and
Unwin, 1935 ; nouv. éd. Londres, Allen and Unwin, 1965, 566 p. ; trad. fr. le langage,
Paris, Payot, 1970, 525 p.
Linguistic Aspects of Science, Chicago, University Press, 1939, 59 p.
A Léonard Bloomfield Anthology, éd. par Ch. F. Hockett, Bloomington et Londres,
Indinna University Press, 1970, 553 p.
Bons (Franz), Race, language and Culture, N ew York, Macmillan, 1940, 647 p.
viv
(ed.) Handbook o f American Indian Languages, W ashington, D. C.. Bureau of American
lihnology, Sm ithsonian Institution, t. I, 1911, t. II, 1922.
Nobon (J.), Introduction historique à l'étude des néologismes et des gtossolalies en psychopathologie,
l'aris, Masson, 1952, 342 p.
Hochenski (Innocent M arie Joseph), Formate lagik, Fribourg et M unich. Karl Alber,
1956, 639 p.
Holdli (Tristano), Per itna storia délia ricerca linguistica, Naples, 1965.
Holinger (D w ight), Aspects of language, N ew York. Harcourt, Brace and World, 1968.
326 p.
IVinnard (H enri), Code du français courant, Paris, M agnard, 1981, 336 p.
Huons (Jean-Paul), Guillet (Alain), Leclère (Christian), ta Structure des phrases simples en
français. Constructions intransitives, Genève, D roz, 1976, 377 p.
Booth (W ayne C.), Tlte Rhetoric o f Fiction, Chicago, University Press, 1961.
Hnpp (Franz), Über das Konjugationsystem der Sanskritsprache in Vergleichung mit jenem der
f'fiechischen, lateinischen, persischen und germanischen Sprache, Iéna, 1816.
Vcrgleickende Zergliederung des Sanskrits und der mit Htm verwandten Sprachen, Iéna, 1824.
Vergleichende Grammatik, des Sanskrits, Zend, Griechischen, Lateinischen, Gothischen und
Ikutschen, Berlin, 1833 ; 2e éd., 1857-1860, 2 vol. ; trad. fr. par Michel Bréal, Grammaire
i emparée des langues indoeuropéennes comprenant le sanscrit, le zend, l'arménien, le grec, le
latin, le lithuanien, l'ancien slave, le gothique et l'allemand, Paris, Impr. impériale et impr.
nationale, 1866-1874 ; nouv. éd. 1885-1889, 5 vol.
K<>icr (Hagit), Parametric Syntax, D ordrecht, Foris Publications, 1984, 260 p.
llciiNt (Arno), Der Turmbau von Babel, Stuttgart. Hiersemann, 1957-1964, 4 vol.
Uni ha (R udolf P.), The Function of the Lexicon in Transformational Generative Grammar, La
I laye, M outon, 1968, 272 p.
’ITie Methodohgical Status of Grammatical Argumentation, La Haye, M outon, 1970, 70 p.
Wethodological Aspects of Transformational Generative Phonology, La Haye, M outon, 1971,
266 p.
I lie Conduct o f Linguistic Inquiry : A systematic introduction to the methodology o f generative
grammar, La Haye, M outon, 1981, 462 p.
Bonheurs (R. P. D om inique), les Entretiens d'Ariste et d'Eugène, Paris, 1671.
Ile un l iez (Édouard), Éléments de linguistique romane, Paris. Klincksieck, 1910 ; 5e éd. revue
pur l’auteur et Jean Bourciez, 1967, 783 p.
hiMirdicu (Pierre), Ce que parler veut dire. L'Economie des changements linguistiques, Paris,
hiyard, 1982, 244 p.
Boulon (Charles P.), le Développement du langage chez l'enfant, aspects normaux et pathologiques,
I'.iiin, Masson, 1976.
1.1 linguistique appliquée, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? ». 1979.
/ thiours physique du langage, Paris, Klincksieck, 1984, 234 p.
1.1 Ni'iirolinguistique, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1985.
Wmivcrcsse (Jacques), la Parole malheureuse. De l'alchimie linguistique à la grammaire
l ’htl,<\,iphique, Paris, Éd. de M inuit, 1971, 476 p.
\\ iinyitstein : la rime et la raison, Paris, Éd. de M inuit, 1973, 240 p.
hmvriM (). S.), The Theory>of Grammatical Relations, Ithaca, Cornell University Press, 1981,
,'lltl p,
llimlv (Michael) et Berwick (R obert C) [eds.], Computational Models o f Discourse,
1 itmbridge, Mass., MIT Press, 1983, 404 p.
hinln (W alter Russel), Speech Disorders. Aphasia, Apraxia and Agnosia, Londres, Butter-
WOi'th, 1961 ; 2e éd., 1965, 184 p.
11".il (Michel), Mélanges de mythologie et de linguistique, Paris, Hachette, 1877 ; rééd.
1978,
XV
Essai de sémantique (science des significations), Paris, Hachette, 1897 ; 4 ' éd., 1908, 372 p.
Brekle (H erbert Hrnst), Generative Satzsemantik und transformatiottelle Syntax im System der
englischen Nominalkomposition, Munich, Fink, 1970, 221 p.
Semantik, Munich, Fink, 1972 ; trad. fr. Sémantique, Paris, A. Colin, 1974, 110 p.
Brekle (H erbert Ernst) et Lipka (Leonhard), Wortbildung, Syntax und Morphologie :
Festschrift zum 60. Geburtstag von Flans Marchand, La Haye, M outon, 1968, 368 p.
Bresson (François), Jodelet (François) et M ialaret (G aston), Langage, communication et
décision, t. VIII du Traité de psychologie expérimentale, sous la dir. de P. Fraisse et J. Piaget,
Paris, P.U.F., 1965, 308 p.
Breton (Roland), Géographie des langues, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1976.
Brichler-Labaeye (Catherine), les Voyelles françaises. Mouvements et positions articulatoires à
la lumière de la radiocinématographie, Paris, Küincksieck, 1970, 258 p.
Briere (Eugene John), A Psycholinguistic Study of Plwnological Interference, La Haye, M outon,
1968, 84 p.
Bright (W illiam) [éd.], Sociolinguistics : Papers oftlte UCLA Conférence on Sociolinguistics,
La Haye, M outon, 1966, 324 p.
Broadbent (D onald Eric), Perception and Communication, Oxford, Pergamon, 1958, 338 p.
B ronckart (Jean-Paul), Théories du langage, une introduction critique, Bruxelles, D essart et
M ardaga, 1977, 362 p.
B ronckart (Jean-Paul) et al., le Fonctionnement des discours, Paris, Delachaux et Niestlé,
1985.
B ronckart (Jean-Paul), Kail (M ichèle) et N oizet (Georges), Psycholinguistique de l'enfant,
Paris, Delachaux et Niesdé, 1983, 294 p.
Brondal (Viggo), le Système de la grammaire, Copenhague, M unksgaard, 1930.
le Français, langue abstraite, Copenhague, Munksgaard, 1936.
Essais de linguistique générale, Copenhague, Munksgaard, 1943.
les Parties du discours, Copenhague, M unksgaardj 1948.
Substrat et emprunt en roman et en germanique. Etude sur l'histoire des sons et des mots,
Copenhague et Bucarest, 1948.
Théorie des prépositions, introduction à une sémantique rationnelle, Copenhague, Munksgaard.
1950.
Brow er (R euben A.) [éd.], On Translation, Cambridge, Mass., Harvard University Press,
1959, 306 p.
Brow n (Roger Langham), Wilhelm von Humboldt's Conception o f Linguistic Relativity, La
Haye, M outon, 1967, 132 p.
Brow n (Roger W .), Words and Things, Glencoe, Illinois, Free Press, 1958.
Brucker (Charles), l'Étymologie, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1988.
Brugm ann (Karl Friedrich), Zum heutigen Stand der Sprachwissenschaft, Berlin, 1885.
Kurze vergleichende Grammatik der indogermanischen Sprachen a u f Grund der « Grundriss
der vergleichenden Grammatik der indogermanischen Sprachen von K. Brugmann und
B. Delbrück », Strasbourg, Trübner, 1904, 777 p. ; trad. fr. sous la direction d'A. Meillet
et R. Gauthiot, Abrégé de grammaire comparée des langues indo-européennes, Paris,
Klincksieck, 1905, 856 p.
Brugmann (Karl Friedrich) et D elbrück (Berthold), Grundriss der indogermanischen Sprachen,
Strasbourg, Trübner, 1886-1900, 7 vol.
Brugm ann (Karl Friedrich) et O sthoff (H erm ann), Morphologische Untersuchungen, Leipzig.
1890.
Bruner (Jerom e S.), G oodnow (J. J.) et A ustin (George A.), /I Study o f Thiitking, N ew
York, Wiley, 1956.
Brunot (Ferdinand), la Doctrine de Malherbe d'après soit Commentaire sur Desportes, Paris,
Picard, 1891 ; rééd., Paris, A. Colin, 1969.
XVI
Histoire de la langue française des origines à 1900, Paris, A. Colin, 1905-1937, 10 tomes.
la Pensée et la Langue, Paris, Masson, 1922 ; 3e éd., 1936.
Kuchanan (C ynthia Dee), A ProgrameA Introduction to Linguistics : Phonetics and Phonemics,
Boston, Heath, 1963, 270 p.
Bühler (Karl), Sprachtheorie. Die Darstellungsfunktion der Sprache, Iéna. 1934 ; 2" éd.,
Stuttgart, 1965.
Bull (W illiam E.), Time, Tense and the Verh, Berkeley et Los Angeles, University of
California Press, 1963 ; nouv. éd., 1968, 120 p.
Büntig (Karl D ieter), Einführung in die Linguistik, Francfort, A thenàum , 1971.
Bureau (C onrad). Linguistique fonctionnelle et stylistique objective, Paris, P.U.F., 1976, 264 p.
Burney (Pierre), l'Orthographe, Paris. P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1959.
les Langues internationales, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1961.
Burt (M aria K.). From Deep to Surface Structure, N ew York. H arper and Row, 1972,
200 p.
Buszkowski (Wojciech), M arciszew ski (W itold) et Van B enthem (Johan) [eds.],
Categorial Grammar, Amsterdam et Philadelphia, John Benjamins Publishing Com pany,
1988, 366 p.
Buyssens (Éric), les Ljtngages et le discours. Essai de linguistique fonctionnelle dans le cadre de
la sémiologie, Bruxelles, Office de publicité, 1943, 98 p.
Vérité et langue. Langue et pensée, Bruxelles, Institut de sociologie. 1960, 52 p.
Linguistique historique, Paris, P.U.F., 1965, 158 p .
la Communication et l'articulation linguistique, Paris, P.U.F., 1967, 176 p.
les Deux Aspectifs de la conjugaison anglaise au x x ‘ siècle, Paris, P.U.F., 1968, 328 p.
( lalame-Griaule (Geneviève), Ethnologie et Langage. La Parole chez les Dogon, Paris,
Gallimard, 1965, 589 p.
( .alvet (Louis-Jean), Linguistique et colonialisme, Paris, Payot, 1974, 236 p.
Pour et contre Saussure, Paris, Payot, 1975, 152 p.
la Production révolutionnaire, Paris, Payot. 1976, 202 p.
Marxisme et linguistique, Paris, Payot, 1977, 196 p.
les Langues véhiculaires, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1981.
l'Europe et ses langues, Paris, Pion, 1993, 230 p.
Histoires de mots, Paris, Payot, 1993, 218 p.
( lam proux (Charles), les Lingues romanes, Paris, P.U.F., coll. « Q ue sais-je ? », 1974.
1 lautineau (Jean), Etudes de linguistique arabe, Paris, Klincksieck, 1960, 312 p.
< apell (Arthur), Studies in Sociolinguistics, M outon, La Haye, 1966, 167 p.
i arnap (Rudolf), Der logische Aufbau der Welt, Berlin, 1928, 290 p. ; 2' éd. en anglais,
Ihe Logical Structure of the World et Pseudoproblems in Philosophy, Los Angeles, Univ. of
( California Pr., 1961 ; nouv. éd., Londres, Routledge and Kegan, 1967, 364 p.
Iliilosophy and Logical Syntax, Londres, Kegan Paul, 1935, 100 p.
Logische Syntax der Sprache, Vienne, 1934, 274 p. ; trad. anglaise, The I.ogicat Syntax of
Iiitiguage, Londres, Routledge and Kegan, 1937, 352 p.
Introduction to Semantics (1942), 259 p., et Eormalization o f Logic (1943), 159 p.,
i ambridge, Mass., Harvard University Press, 1958.
Meaning and Necessity, A Study in Semantics and Modal lx>gic, Chicago, University of
< liicago Press, 1946 ; 4e éd., 1964, 258 p.
logical Foundations of Probability, Chicago, University of Chicago Press, 1950 ; 2 ' éd.,
1962, 613 p.
i am ochan (J.), Crystal (D.) et coll., Word Classes, Amsterdam, N orth-Holland. 1967.
261 p.
i ain o y (Albert), les Indo-Européens : préhistoire des tangues, des mœurs et des croyances de
I l urope, Bruxelles, Vromant, 1921, 256 p.
XVII
la Science du mot, traité de sémantique, Louvain. Universitas, 1927, 428 p.
Carré (René) [éd.], Langage humain et machine, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1991.
Carroll (John B.), The Study of Language. A Survey o f Linguistics and Related Disciplines in
America, Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1953, 289 p.
Lœnguage and Thought, Englewood Cliffs, N ew Jersey, Prentice-Hall, 1964.
Cassirer (Ernst), Philosophie der symbolischen Formen, t. I, Die Sprache, Berlin, 1923 ; trad.
fr. la Philosophie des formes symboliques, t. I, le langage, Paris, Éd. de Minuit. 1992,
360 p.
C atach (Nina), l'Orthographe française à l'époque de la Renaissance, Genève,. D roz et Paris,
M inard, 1968, 496 p.
l'Orthographe française. Traité théorique et pratique, Paris, N athan, 1980, 334 p.
l'Orthographe en débat. Dossiers pour un changement, Paris, N athan, 1991.
C atach (Nina), G olfand (Jeanne) et D enux (Roger), Orthographe et lexicographie, Paris,
Didier, 1972, 2 vol.
C atford (John C unnison), A Linguistic Theory o f Translation, Londres, Oxford University
Press, 1965, 103 p.
C aton (Charles E.) [éd.], Philosophy and Ordinary Ixmguage, Urbana, Illinois, University
Press, 1963.
Cavaciuti (Santino), La teoria linguistica di Benedetto Croce, Milan, 1959, 192 p.
Cellard (Jacques) et Rey (Alain). Dictionnaire du français non conventionnel, Paris, Hachette,
1990, 894 p.
Centre d'études du lexique, la Définition, Paris, Larousse, 1990, 304 p.
Cerquiglini (Bernard), la Parole médiévale, Paris, Éd. de M inuit, 1981, 256 p.
Eloge de la variante, Paris, Éd. du Seuil, 1989.
C erteau (M ichel de), et coll., Une politique de la langue. La Révolution française et les patois,
Paris, Gallimard, 1975, 320 p.
C ervoni (Jean), VÉnonciation, Paris, P.U.F., 1987, 128 p.
C hakravarti (Prabhata-Chandra), The Linguistic Spéculation o f the Hindus, Calcutta,
University Press, 1933, 496 p.
C ham bers (W. W alker) et W ilkie (John R.), A Short History o f the Germait Language,
Londres, M ethuen, 1970.
C hao (Yuen Ren), Cantonese Primer, Cambridge, Mass., Harvard University Press. 1947,
242 p.
Mandarin Primer, Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1948, 336 p.
Language and Symbolic Systems, Cambridge, University Press, 1968, 240 p.
C happell (Vere C.) [éd.], Ordinan: Language. Essays in Philosophical Method, Englewood
Cliffs, N. J., Prentice-Hall, 1964.
C haraudeau (Patrick), langage et discours, Paris, H achette. 1983.
Grammaire du sens et de l'expression, Paris, H achette. 1992, 928 p.
C hatm an (Seym our) et Levin (Samuel R.) [eds.]. Essays in the Language o f Literature,
Boston, H oughton Mifflin Co., 1967.
C haudenson (Robert), les Créoles français, Paris. Nathan, 1979. 174 p.
C haoum ian (Sébastian K.), Problèmes de phonologie théorique, en russe, Moscou, 1962 ;
trad. angl., Problems o f Theorical Phonology, La Haye, M outon, 1968, 224 p.
Linguistique structurale, en russe, M oscou, 1965 : trad. angl., Principles o f Structural
Linguistics, La Haye, M outon, 1971, 359 p.
Applicational Grammar as a Semantic Theory o f Natural Language, Chicago, Chicago
University Press, 1977.
A Semiotic Theory of Natural Language, Bloomington, Indiana University Press, 1987.
C haoum ian (Sébastian K.) et Soboleva (P. A.), Modèles d'application génératifs et
dénombrements des transformations en russe, en russe, Moscou, 1963.
XVIII
Fondements de la grammaire générative de la langue russe, en russe, Moscou, Nauka, 1968.
f Chaurand (Jacques), Histoire de la langue française, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? ». 1969.
( Cherry (Colin), On Humait Communication. A Review, a Survey and a Criticism, Cambridge,
Mass., M IT Press, 1957 ; 2 ' éd., 1966, 337 p.
Information Theory, Londres, Bacterworths, 1961.
( Chevalier (Jean-Claude), Histoire de la syntaxe. Naissance de la notion de complément dans
la grammaire française (-1530-1750), Genève, Droz. 1968, 776 p.
« Alcools » d'Apollinaire. Essai d'analyse des formes poétiques, Genève, D roz et Paris,
Minard, 1970, 280 p.
(éd.), Grammaire transformationnelle : syntaxe et lexique, Université de Lille, 1976, 265 p.
( Chevalier (Jean-Claude), Arrivé (Michel), Blanche-Benveniste (Claire) et Peytard (Jean),
Grammaire Larousse du français contemporain, Paris, Larousse, 1964, 495 p.
( Chevalier (Jean-Claude) et Gross (Maurice), Méthodes en grammaire française. Initiation à
la linguistique, Paris, Klincksieck, 1976, 226 p.
( Chiss (Jean-Louis), Filliolet (Jacques), M ainguenau (D om inique), Initiation à la problé
matique structurale, tom e 1, Paris. Hachette, 1977, 160 p. ; tom e 2, Paris, H achette
1978, 168 p.
( Chomsky (Caroll), The Acquisition o f Syntax in Children from 5 lo 10, Cambridge, Mass.,
MIT Press, 1970.
( Chomsky (N oam ), Syntactic Structures, I,a Haye, M outon, 1957 ; S1, impr., 1969, 118 p. ;
trad. fr. Structures syntaxiques, Paris, Le Seuil, 1969, 141 p.
Current Issues in Linguistic Theory, La Haye, M outon, 1964 ; 4e éd., 1969, 119 p.
Aspects o f the Theory o f Syntax, Cambridge, Mass., MIT Press, 1965, 251 p. ; trad. fr.
Aspects de la théorie syntaxique, Paris, Le Seuil, 1971, 284 p.
Topics in the 'llteory o f Generative Grammar, La Haye. M outon, 1966, 95 p. : 2 ' éd.,
1969.
( lartesian Linguistics. A Chapter in ihe Ilistory of Rationalist Thought, N ew York, H arper
and Row, 1966 ; trad. fr. ta Linguistique cartésienne, suivie de la Nature formelle du
langage, Le Seuil, 1969.
Language and Mind, N ew York, Harcourt, Brace and World, 1968, 88 p., nouv. éd.,
1972, 224 p. ; trad. fr. le Lutgage et la pensée, Paris, Payot, 1970, 145 p.
Studies on Semantics in Generative Grammar, La Haye, M outon, 1972, 207 p. ; trad. fr.
par B. Cerquiglini, Questions de sémantique, Paris, Ed. du Seuil, 1975, 231 p.
Essays on Eorm. and Interprétation, N ew York, North-Holland, 1977.
Reflections on Language, N ew York, Panthéon Books, Random House, 1975 : trad. fr.
Réflexions sur k langage, par Judith Milner, Béatrice Vautherin et Pierre Fiala, Paris,
I1. Maspero, 1977, 285 p.
Soute Concepts and Conséquences of a Theory of Government and liinding, Cambridge, MIT
Press, 1982 ; trad. fr. la Nouvelle Syntaxe, Éd. du Seuil, 1987.
Knowledge o f Language .- Its Nature, Origin and Use, N ew York, Preager, 1986.
liarriers, Cambridge, M IT Press, 1986.
' liom sky (N oam ) et Halle (M orris), The Sound Pattern o f English, N ew York, Harper
and Row, 1969, 470 p. ; trad. fr. (partielle) Principes de phonologie générative, Le Seuil,
1973.
i liom sky (N oam ) et Miller (George A.), I'Analyse formelle des langues naturelles (trad.
des chap. xi et xii du vol. II du Handbook o f Mathetnatical Psychology, sous la dir. de
I). R. Luce, N ew York, Wiley, 1963), Paris, Gauthier-Villars et M outon, 1968, 174 p.
« liii herba (Lev V ladimirovitch), les Voyelles russes du point de vue qualitatif et quantitatif,
en russe, M oscou, 1912.
Phonétique française, en russe, Moscou, 1937.
XIX
C hurch (Alonzo), Introduction to Mathematical Logic, vol. I, Princeton, University Press,
1956, 378 p.
Claret (Jacques), le Choix des mots, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1976.
C lédat (Léon), Grammaire raisonnée de la langue française, Paris. Le Soudier, 1894.
Manuel de phonétique et de morphologie historique du français, Paris, H achette, 1917, 288 p.
C lém ent (Danièle), Elaboration d'une syntaxe de l'allemand, Francfort, Peter Lang, 1982.
Cocchiara (Giuseppe), Il linguaggio dei gesto, Turin, Bocca, 1932, 131 p.
Cofer (Charles N .) et M usgrave (Barbara S.) [eds.], Verbal Behavtor and Learning :
Problems and Processes Proceedings o f the Second Conférence Sponsored by the Office o f Naval
Research and New York University, N ew York, McGraw-Hill, 1963, 397 p.
C ohen (David) [éd.], Mélanges Marcel Cohen, La Haye, M outon. 1970, 461 p.
l'Aspect verbal, Paris, P.U.F., 1989.
C ohen (Jean), Structure du langage poétique, Paris, Flammarion, 1966, 231 p.
C ohen (Jonathan L.), The Diversity of Meaning, Londres. M ethuen, 1962 ; 2e éd., 1966.
The Implications of Induction, Londres, M ethuen, 1970.
C ohen (Marcel), Histoire d'une langue : le français (des lointaines origines à nos jours), Paris,
H ier et A ujourd’hui, 1947 ; 3e éd., Paris, Éditions sociales, 1967, 513 p.
Linguistique et matérialisme dialectique, Gap, Ophrys, 1948, 20 p.
Regards sur la langue française, Paris, SEDES, 1950, 142 p.
le Langage : structure et évolution, Paris, Editions sociales, 1950, 144 p.
l'Écriture, Paris, Éditions sociales, 1953, 131 p.
Grammaire et style, Paris, Éditions sociales, 1954, 240 p.
Cinquante Années de recherches, Paris, Imprimerie nationale et Klincksieck, 1955, 388 p.
Pour une sociologie du langage, Paris, Albin Michel, 1956, 396 p.
Notes de méthode pour l'histoire dit français, Moscou, Éditions en langues étrangères.
1958, 100 p.
la Grande Invention de l'écriture et son évolution, Paris, Imprimerie nationale, 1959. 3 vol.
Nouveaux Regards sur la langue française, Paris, Éditions sociales, 1963, 320 p.
le Subjonctif en français contemporain, Paris, SEDES, 1965, 226 p.
Encore des regards sur la langue française, Paris, Éditions sociales, 1966, 310 p.
Cole (Peter) [éd.], Syntax and Semantics, Pragmatics, N ew York, Academic Press. 1978.
340 p.
Colin (Jean-Paul), Mével (Jean-Pierre), Leclère (Christian), Dictionnaire de l'argot, Paris,
Larousse, 1990, 763 p.
C ollart (Jean), Varron, grammairien latin, Paris, Les Belles Lettres, 1954, 378 p.
C om rie (B.), Language Universals and Language Typology, Londres, Blackwell, 1981.
C o ndon (John Cari), Semantics and Communication, N ew York, Macmillan, 1966, 115 p.
Conseil de l’Europe, les Théories linguistiques et leurs applications, Paris, A.I.D.E.L.A. et
Didier, 1967, 189 p.
C ontreras (Heles W.), The Phonological System o f a Bilingual Child, Lafayette, Indiana,
University Press, 1961 226 p.
C ooper (W illiam S.), Set Theory and Syntactic Description, La Haye, M outon, 1964, 52 p.
Foundation o f Logico-linguistics, Dordrecht, Reidel, 1978, 250 p.
C oquet (Jean-Claude), le Discours et son sujet, Paris, Klincksieck, 1984.
C oquet (Jean-Claude) et coll., Sémiotique, l'École de Paris, Paris, Hachette, 1982, 208 p.
C orbin (Danielle), Morphologie dérivationnelle et structuration du lexique, Lille, Presses
universitaires de Lille, 1991, 938 p.
C orblin (F.), Indéfini, défini et démonstratif, Genève, Droz, 1987, 264 p.
C o m fo rth (M aurice), Marxism and the Linguistic Philosophy, Londres, Lawrence and
Wishart, 1965, 384 p,
C ornu (M aurice), les Formes surcomposées en français, Berne, Prancke, 1953, 268 p.
( iom ulier (Benoît de), Effets de sens, Paris, Éd. de Minuit, 1986, 208 p.
C orraze (Jacques), les Communications non verbales, Paris, P.U.F., 1980, 190 p.
( '.oseriu (Eugenio), La geografta lingüistica, M ontevideo, Universidad, 1955.
Logicismo y antilogicismo en la gramâtica, M ontevideo, 1957.
Sincronia, diacronta e historia, M ontevideo, Universidad, 1958.
Teort'a dei lenguaje y lingüistica général, Madrid. 1962.
( iosnier (Jacques), B errendonner (Alain), C oulon (Jacques) et O recchioni (Catherine),
les Voies du langage, Paris, Dunod, 1982, 330 p.
Costabile (N orm a), Le strutture délia lingua italiana, Bologne, Patron, 1967, 211 p.
Coulm as (F.) [éd.], A Festschrift for the Native speakers, La Haye, M outon, 1981, 406 p.
( iourtès (J.), Introduction à la sémictique narrative et discursive, Paris, Hachette, 1976, 144 p.
Coyaud (M aurice), Introduction à l'étude des langages documentaires, Paris, Klincksieck.
1966, 148 p.
Linguistique et Documentation, Paris, Larousse, 1972, 176 p.
( 'resswell (M. J.), Structured Meanitigs : The Semantic o f Propositional Attitudes, Cambridge,
Mass., M IT Press, 1985, 202 p.
( iroce (Benedetto), Estetica corne scienza dell'espressione e lingüistica generale : teoria e storia,
Milan, R. Sandron, 1902 ; 4e éd., Bari, Laterza, 1912 ; 8e éd., 1950.
( Brothers (Edw ard J.) et Suppes (P.), Experiments in Second Language Learning, N ew York,
Acad. Pr., 1967.
( Irymes (Ruth), Some Systems o f Substitution Corrélations in Modem American English, La
Haye, M outon, 1968, 187 p.
l Culicover (Peter W .), W asow (Thom as), A km ajian (Adrian) [eds.], Formai Syntax-, N ew
York, Academic Press, 1977, 500 p.
( ’tilioli (Antoine), Pour une linguistique de renonciation, Paris, Ophrys. 1991, 225 p.
i ulioli (Antoine), Fuchs (C atherine) et Pêcheux (Michel), Considérations théoriques à
propos du traitement formel du langage (tentative d'application au problème des déterminants),
Paris, D unod, 1970, 50 p.
i lurat (Hervé), la Locution verbale en français moderne, Québec, Presses de l’Université
Laval, 1982, 320 p.
l'm a t (Hervé) et M eney (Lionel), Gustave Guillaume et la psychosystématique du langage,
Québec, Presses de l’Université Laval, 1983, 238 p.
< urry (Haskell B.) et Feys (Robert), Combinatory Logic, vol. I. Amsterdam, North-
1lolland, 1958 ; 2' éd., 1968, 417 p.
t urtius (Georg), Grundzüge der griechischen Etymologie, Leipzig, Teubner, 1858-1868,
2 vol. ; 5e éd., 1879, 858 p.
Pas Verbum der griechischen Sprache, Leipzig, Hirzel, 1863-1876, 2 vol.
I ’.iixac (Christian), le Langage des sourds, Paris, Payot, 1983, 206 p.
I i.tlil (O sten), Topic and Comment. A Study in Russian General Transformational Grammar,
( ioteborg, Almquist, 1969, 53 p.
I tiimamme-Gilbert (B.), la Série énumérative, Genève, D roz, 1989, 376 p.
I Jmnourette (Jacques) et Pichon (Edouard), Essai de grammaire française. Des mots à la
priisie, Paris, d ’Artrey, 1927-1950, 7 vol.
I)nnu: (Frank Esburn) [éd.], Ffiwtan Communication Theory, N ew York, Holt, Rinehart
m u! W inston, 1967, 332 p.
i 'üiiIoh (Laurence), The Linguistic Basis of Text Génération, Cambridge, Cambridge
University Press, 1987.
I limon Boileau (Laurent), Produire le fictif, Paris, Klincksieck, 1982, 182 p.
I( Su pi de /'énonciation. Psychanalyse et linguistique, Paris, Ophrys,- 1987.
D anto (A rthur C olem an), Analytical Philosophy o f Knowledge, Cambridge, University Press,
1968, 270 p.
D arm esteter (Arsène), De la création actuelle de mots nouveaux dans la langue française, et
des lois qui la régissent, Paris, Vieweg, 1877. 307 p.
la Vie des mots étudiés dans leurs significations, Paris, Delagrave, 1887 : 13“ éd., 1921,
212 p.
Cours de grammaire historique de la langue française, Paris, Delagrave, 1891-1897, 4 vol.
D arm esteter (Arsène) et H atzfeld (Adolphe), Dictionnaire général de la langue française,
Paris, Delagrave, 1895-1900, 2 vol.
D au zat (Albert), Essai de méthodologie, linguistique dans le domaine des langues et des patois
romans, Paris, Cham pion, 1906, 295 p.
la Vie du langage, Paris, A. Colin, 1910, 312 p.
Essais de géographie linguistique, Paris, Cham pion et d A rtrey, 1915-1938, 3 vol.
la Géographie linguistique, Paris, Flammarion, 1922 ; nouv. éd., 1943, 296 p.
Histoire de la langue française, Paris, Payot, 1930, 588 p.
D auzat (Albert), D ubois (Jean) et M itterand (Henri). .Nouveau Dictionnaire étymologique,
Paris, Larousse. 1964 ; 3" éd., 1972 ; 4e éd., 1993.
D avidson (D onald) et H arm an (Gilbert) [eds.], Semantics o f Natural Language, Dordrecht,
Reidel, 1969, 769 p.
Davis (M artin) [éd.], The Undecidabte. Basic Papers on Undecidable Propositions, Unsolvable
Problems and Computable Functions, N ew York, Raven Press, 1965, 440 p.
D ean (Léonard F.) et W ilson (K enneth G.) [eds.], Essays on Language and Usage, Londres,
O xford University Press, 1959 ; 2 ' éd., 1963, 346 p.
De Cecco (John Paul) [éd.], The Psychology o f Language. Thought and Instruction, N ew
York, H olt, Rinehart and W inston, 1966, 446 p.
Deese (James E.), The Structure o f Associations in Language and Thought, Baltimore, Johns
Hopkins Press, 1965.
D e Laguna (Grâce A ndrus), Speech : its Function and Development, N ew Haven, Yale
University Press, 1927, 363 p.
Delas (Daniel) et Filliolet (Jacques), Linguistique et poétique, Paris, Larousse, 1973, 206 p.
D elattre (Pierre), The General Phonetics Characteristics o f Languages, Boulder, Colorado,
1962.
Studies in French and Comparative Phonetics : Selected Papers in French and English, La
Haye, M outon, 1966, 286 p.
D elavenay (Emile), la Aïachine à traduire, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1959.
D elavenay (Emile et K atherine), Bibliographie de la traduction automatique, La Haye,
M outon, 1960, 69 p.
D elbrück (Berthold), Syntaktische Forschungen, Halle, 1871-1888, 5 vol.
Einleitung in das Studium der indogermanischen Sprachen, Leipzig, Breitkopf, 1880, 141 p.
D eledalle (Gérard), Théorie et pratique du signe, Paris, Payot, 1979, 216 p.
Delesalle (Sim one) et Chevalier (Jean-Claude), la Linguistique, la grammaire et l'école,
Paris, A. Colin, 1986, 386 p.
Dell (François), les Règles et les sons, Paris, H erm ann, 1973, 282 p.
De M auro (Tullio), Storia lingüistica dell'ltalia imita, Bari, Laterza, 1963, 521 p.
Introduzione alla semantica, Bari, Laterza, 1965, 238 p. ; trad. fr., Une introduction à la
sémantique, Paris, Payot, 1969, 222 p.
I.udwig Wittgetistein, his Place in the Development o f Semantics, Dordrecht, Reidel. 1967,
62 p.
« Introduction » et « com m entaire » de la trad. ital. de F, de Saussure, Corso di
lingüistica générale, Bari, laterza, 1968.
XXII
I )croy (Louis), l'Emprunt linguistique, Paris, Les Belles Lettres, 1956, 486 p.
I >i-i rida (Jacques), /'Écriture er la différence, Paris, Le Seuil, 1967, 440 p.
De ta grammatologie, Paris, Éd. de Minuit, 1967, 448 p.
Desclés (J.-P.), langages applicatifs, langues naturelles et cognition, Paris, Hermès, 1990.
I )cssaux-Berthonneau (A.-M.), Théories linguistiques et Traditions grammaticales, Lille, Presses
universitaires de Lille, 1980, 276 p.
D cutsch (Karl W .). Nationalisai and Social Communication, Cambridge, M IT Press, 2e éd.
1966.
I )rvoto (Giacom o), Storia délia lingua di Roma, Bologne, Cappelli, 1940, 429 p.
I fondamenti délia storia lingüistica, Florence, Sansoni, 1951, 95 p.
I )ew èze (A.), Traitement de l'information linguistique par l'homme, par la machine, Paris,
Dunod, 1966, 228 p.
I >ickoff (James) et James (Patricia), Symbolic Logic and Language, N ew York, McGraw-
Hill, 1965.
Di Cristo (Albert), Prolégomènes à l'étude de l'intonation, Paris. Éd. du C.N.R.S., 1982,
232 p.
I lierickx (Jean) et Lebrun (Yvan) [éds.], Linguistique contemporaine. Hommage à Eric
Buyssens, Bruxelles, Institut de sociologie, 1970.
I liez (Friedrich), Grammatik der romanischen Sprachen, Bonn, Weber, 1836-1844, 3 vol. ;
Irad. fr., Grammaire des langues romanes, Paris, Vieweg, 1874-1876, 3 vol.
I )ik (Sim on), Coordination : Ils Implications for the ’llteory o f General Linguistics, Amsterdam,
North-Holland, 1968, 318 p.
I )ingwall (W illiam O rr), Transformational Generative Grammar-, W ashington, D.C., Center
for Applied Linguistics, 1965, 82 p.
I )inneen (Francis Patrick), An Introduction to General Linguistics, N ew York, Holt, Rinehart
and W inston, 1967, 452 p.
« Diogène », Problèmes du langage (contributions de Émile Benveniste, N oam Chomsky,
Roman Jakobson, André M artinet, etc.), Paris, Gallimard, 1966, 217 p.
I >ii inger (David), The Alphabet, Londres, H utchinson, 1949, 607 p. ; 3* éd., 1968, 2 vol.
I lispaux (Gilbert), la Logique et le quotidien. Une analyse dialogique des mécanismes de
Iargumentation, Paris, Éd. de M inuit, 1984, 192 p.
I >ixon (R obert M alcolm W ard), Linguistic Science and Logic, La Haye, M outon, 1963,
108 p.
What is Language ? A New Approach to Linguistic Description, Londres, Longmans, 1965,
216 p.
I >ixon (Theodor R.) et H o rto n (David L.) [eds.], Verbal Behavior and General Behavior
Theory, Englewood Cliffs, N ew Jersey, Prentice-Hall, 1968, 596 p.
I loblhofer (Ernest), le Déchiffrement des écritures, Paris, Arthaud, 1959, 388 p.
Dnleze! (Lubom ir) et Bailey (Richard W .) [eds.], Statistics and Style, N ew York, Am.
lïlsevier, 1969, 245 p.
I lom inicy (M arc), la Naissance de la grammaire moderne, Bruxelles, Mardaga, 1984, 256 p.
I ii mzé (Roland), la Grammaire générale et raisonnée de Port-Royal. Contribution à l'histoire
des idées grammaticales en France, Berne, Francke, 1967, 257 p.
I )i isse (François), Histoire du structuralisme, t. I : le Champ du signe, 1945-1966, Paris, La
Découverte, 1991, 492 p.
Di linge (Theodore M.), Type Crossings, Sentential Meaninglessness in the Border Area of
Linguistics and Philosophy, La Haye, M outon, 1966, 218 p.
I Holxhe (D.), la Linguistique et l'appel de l'histoire (1600-1800). Rationalisme et révolutions
positivistes, Genève, D roz, 1978, 460 p.
I lubois (Claude-Gilbert), Mythe et Langage au x v i ‘ siècle, Bordeaux, Ducros, 1970, 174 p.
X XIII
D ubois (Danièle) [éd.], Sémantique et cognition, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1991, 342 p.
D ubois (Jacques). V. G roupe p..
D ubois (Jean), le Vocabulaire politique et social en France de 1869 à 1872, Paris, Larousse,
1962,. 460 p.
Étude sur la dérivation suffixale en français moderne et contemporain, Paris, Larousse. 1962,
118 p.
Grammaire structurale du français : I, Nom et pronom ; II, le Verbe ; III, la Phrase et les
transformations, Paris, Larousse, 1965-1969. 3 vol.
D ubois (Jean) et D ubois-Charlier (Françoise), Eléments de linguistique française : Syntaxe,
Paris, Larousse, 1970, 296 p.
D ubois (Jean) et D ubois (Claude), Introduction à la lexicographie : le dictionnaire, Paris,
Larousse, 1971, 208 p.
D ubois (Jean), Lagane (René), N iobey (Georges), Casalis (Jacqueline e t D idier) et
M eschonnic (H enri), Dictionnaire du français contemporain, Paris, Larousse, 1966.
D ubois-Charlier (Françoise), Eléments de linguistique anglaise : Syntaxe, Paris, Larousse,
1970, 276 p.
Éléments de linguistique anglaise : ta phrase complexe et les nominalisations, Paris, Larousse.
1971, 296 p.
D uchâcek (O tto), Précis de sémantique française, Brno, Universita J. E. Purkynë, 1967,
263 p.
D uchet (Jean-Louis), la Phonologie, Paris, P.U.F., « Que sais-je ? ». 1981.
D u cro t (O sw ald), Dire et ne pas dire, Paris, Herm ann, 1972, 284 p.
la Preuve et le dire, Paris, Marne, 1974.
l'Échelles argumentatives{ Paris, Éd. de M inuit, 1980, 96 p.
le Dire et le dit, Paris, Ed. de Minuit, 1984, 240 p.
Logique, structure, énonciation, Paris, Éd. de M inuit, 1989, 192 p.
D ucrot (O sw ald) et coll., Qu'est-ce que le structuralisme ? Paris, Le Seuil, 1968, 448 p.
D ucrot (O sw ald) et T odorov (Tzvetan), Dictionnaire encyclopédique des sciences du langage,
Paris, Le Seuil, 1972, 480 p.
D um arsais (César Chesneau), Logique et Principes de grammaire, Paris, 1769.
Traité des tropes, Paris, 1730 ; réédité Paris, Le Nouveau Commerce, 1977.
D u rand (Pierre), Variabilité acoustique et invariance en français, Paris. Éd. du C.N.R.S..
1985, 300 p.
Eaton (Trevor), The Semantics of Literature, La Haye, M outon, 1966, 72 p.
Ebeling (Cari L.), Linguistic Units, La Haye, M outon, 1960, 143 p.
Eberle (Rolf A.), Nominalistic Systems, Dordrecht, Reidel, 1970, 217 p.
Eco (U m berto), Sémiotique et philosophie du langage, Paris, P.U.F., 1988, 285 p., trad. de
Semiotica e ftlosofia dei linguaggio, Torino, Einaudi, 1984.
E dm undson (H. P.) [éd.], Proceedings o f the National Symposium on Machine Translation,
Englewood Cliffs, N.J., Prentice-Hall, 1961.
Egger (Émile), Apollonius Dyscole. Essai sur l'histoire des théories grammaticales dans l'Antiquité,
Paris, D urand, 1854, 349 p.
E hrm ann (M adeline Elizabeth), The Meanings o f the Models in Present Day American
English, La Haye, M outon, 1966, 106 p.
Ellis (Jeffrey), Towards a General Comparative Linguistics, La Haye, M outon, 1966, 170 p.
Elson (Benjamin) et Pickett (V. B.), An Introduction to Morphology and Syntax, Santa Ana,
Calif., Sum m er Institute of Linguistics, 1962.
Elw ert (W ilhelm T heodor) [éd.], Problème der Semantik, Wiesbaden, Steiner, 1968, 61 p.
Em m et (D orothy), Ritles, Rotes and Relations, N ew York, Macmillan and Co., 1966.
XXIV
lim pson (William), The Structure of Complex Words, Londres, Chatto and Windus, 1951 :
5' éd., 1969, 452 p.
In g ler (Rudolf), Théorie et critique d'un principe saussurien : l'arbitraire du signe, Genève.
Impr. populaire, 1962, 67 p.
Cours de linguistique de F. de Saussure : édition critique, Wiesbaden, O tto Harrassowitz,
fasc. 1, 1967, 146 p.
P.ntwistle (W illiam J.), Aspects of Language, Londres, Faber, 1953.
I.ssais sur le langage, textes de E. Cassirer, A. Sechehaye, W. Doroszewski, K. Bühler,
N. Troubetzkoy, Gh. Bally, E. Sapir, G. Guillaume, A. Gelb, K. Goldstein, A. Meillet,
Paris, Éd. de M inuit, 1969, 348 p. (journal de Psychologie, 15 janvier - 15 avril 1933.)
Palk (Eugene H.), Types ofThematic Structure, Chicago, University Press, 1967.
Fant (G unnar). Acoustic Theory of Speech Production, La Haye, M outon. 1960 ; 2" éd..
1971.
Fauconnier (Gilles), la Coréférence : syntaxe ou sémantique, Paris, Éd. du Seuil., 1974.
237 p.
Espaces mentaux. Aspects de la construction du sens dans les langues naturelles, Paris, Éd. de
Minuit, 1984, 224 p.
Pavez-Boutonier (Juliette), le Langage, Paris, C.D.U., 1967, 115 p.
Pay (H. W arren), Temporal Sequences in the Perception of Speech, La Haye, M outon, 1966,
126 p.
Peigl (H erbert) et Sellars (W. S.) [eds.], Readings in Philosophical Analysis, N ew York,
Appleton, 1949, 626 p.
Perenczi (Victor) [éd.], Psychologie, langage et apprentissage, Paris, CREDIF, 1978, 176 p.
Perreiro (Emilia), les Relations temporelles dans le langage de l'enfant, Genève, Droz, 1971,
390 p.
Peuillet (Jack), Introduction à l'analyse morphosyntaxique, Paris, P.U.F., 1988, 224 p.
Février (James G.), Histoire de l'écriture, Paris, Payot, 1948 ; 2‘ éd. 1959, 608 p.
Filipov (J. A.), Création littéraire et cybernétique, en russe, Moscou, 1964.
Pillmore (Charles J.), Indirect Object Construction in English and the Ordering o f Transformation,
La Haye, M outon, 1965, 54 p.
Pinck (Franz N ikolaus), Die Haupttypen des Sprachbatts, Leipzig. Teubner, 1910 ; 2e éd.,
1923, 156 p.
Pirth (John Rupert), Speech, Londres, Benn, 1930, 79 p.
The Tongues of Men, Londres, W atts, 1937, 160 p.
Papers in Linguistics, 1934-1951, Londres, Oxford University Press, 1951, 246 p.
Pishman (Joshua A.), Yiddish in America : Sociolinguistic Description and Analysis, Bloo-
mington, Indiana, University Press et La Haye, M outon, 1965, 94 p.
Sociolinguistics. A Brief Introduction, Rowley, Mass., N ew bury House, 1971.
(ed.) Language Loyalty in the United States. The Maintenance and Perpétuation o f Non-
llnglish Mother Tongues by American Ethnie and Religious Croups, La Haye, M outon,
1966, 478 p.
(ed.) Readings in the Sociology o f Language, La Haye, M outon, 1968, 808 p.
(ed.) Advances in the Sociology o f Language, La Haye, M outon, 1971.
Pishman (Joshua A.), Ferguson (Charles A.) et D as G upta (J.) [eds.], Language Problems
of Developing Nations, N ew York, Wiley, 1968, 521 p.
I Inmm (Alexandre), TAnalyse psychogrammaticale, Neuchâtel. Delachaux et Niesdé. 1990,
305 p.
Pletcher (H.), Speech and ITearing in Communication, N ew York, Van Nostrand, 1953.
Plcw ( A nthony) [éd.], Essays on Logic and Ijxnguage, Oxford, Blackwell, 1951-1953, 2 vol.
Plores d'Arcais (Giovanni) et Levelt (W illem J. M.) [eds.], Advances in Psycholingttistics,
Amsterdam, North-Holland, 1970, 464 p.
Fodor (Jerry A.) et Katz (Jerrold J.) [eds.], The Structure o f Language. Readings in the
Philosophy o f Language, Englewood Cliffs, N.J., Prentice-Hall, 1964, 612 p.
Fônagy (Ivân), Die Metaphern in der Phonetik. Beitrag zur Entwicklungsgeschichte des
wissenschaftlichen Denkens, La Haye, M outon, 1963, 132 p.
la Vive Voix. Essais de psychophonétique, Paris, Payot, 1983, 344 p.
F ontanier (Pierre), les Figures du discours, Paris, Flammarion, 1968, 502 p.
Foucault (M ichel), les Mots et les Choses, Paris, Gallimard, 1966, 408 p.
Fouché (Pierre), Études de phonétique générale, Paris, Les Belles Lettres, 1927, 132 p.
Phonétique historique du français, Paris, Klincksieck, 1952-1961, 3 vol., 540 p.
Traité de prononciation française, Paris, Klincksieck, 1956, 529 p.
Foulet (Lucien), Petite Syntaxe de l'ancien français, Paris, Cham pion, 1919 ; réimpr., 1968,
353 p.
Fourquet (Jean), les Mutations consonantiques du germanique, Paris, Les Belles Lettres, 1948,
127 p.
Prolegoniena zu einer deutschen Grammatik, Düsseldorf, Schwann, 1955, 135 p.
Franckel (J.-J.), Étude de quelques marqueurs aspectuels du français, Genève, D roz, 1989,
496 p.
François (Frédéric) la Communication inégale, Neuchâtel, Delachaux et Niesdé, 1990.
[éd.], Linguistique, Paris, P.U.F., 1980, 560 p.
François (Frédéric) et coll., la Syntaxe de l'enfant avant cinq ans, Paris, Larousse, 1977,
238 p.
François (J.), Changement, causation, action, Genève, Droz, 1989, 668 p.
Frege (G ottlob), Translations from the Philosophical Writings o f Cottlob Frege, éd. par Peter
T. Geach et M ax Black, Oxford, Blackwell, 1952 ; 2e éd., 1960, 244 p.
Funktion, Begriff, Bedeutung. Fiinf logische Studien, éd. par G unther Patzig, Gôttingen,
Vandenhoeck et Ruprecht, 1962, 101 p.
Frei (H enri), la Grammaire des fautes. Introduction à la linguistique fonctionnelle, Paris,
G euthner et Genève, Kündig, 1929, 215 p.
Freud (Sigm und), Zur Auffassung der Apltasien, Leipzig et Vienne, Denliche, 1891 ; trad.
angl. On Aphasia, a Critical Study, N ew York, International Universities Press, 1953,
105 p.
Friem an (R obert R.), Pietrzyk (Alfred) et Roberts (A. H ood) [eds.], Information in the
Language Sciences, N ew York, American Elsevier, 1968.
Friend (Joseph H arold), The Development o f American Lexicography, 1798-1864, La Haye,
M outon, 1967, 129 p.
Fries (Charles Carpenter), The Structure of English : an Introduction to the Construction o f
English Sentences, N ew York, H arcourt and Brace et Londres. Longmans, 1952 ; 5” éd.,
1964.
Linguistics and Reading, N ew York, H arcourt, Brace and World, 1963.
Frum kina (R.), Méthodes statistiques de l'étude du lexique, en russe, M oscou, 1964.
Fuchs (Catherine), la Paraphrase, Paris, P.U.F., 1982, 184 p.
Fuchs (C atherine) et Le Goffic (Pierre), Initiation aux problèmes des linguistiques contem
poraines, Paris, Hachette, 1975, 128 p.
Fuchs (C atherine) et Léonard (A.-M.), Vers une théorie des aspects, The Hague-Paris,
M outon, 1979.
Fucks (W ilhelm), Mathematische Analyse von Sprachelementen, Sprachstil und Sprachen,
Cologne, W estdeutscher Verlag, 1955.
Furet (François) et O zo u f (Jacques), Lire et écrire. L'Alphabétisation des Français de Calvin
à Jules Ferry, Paris, fid. de Minuit, 1977, 2 vol., 392 p. et 380 p.
XXVI
l urth (H ans G.), Thinking withottl Language : Psychological Implications o f Deafness, N ew
York, Free Press. 1966.
( Inatone (D.), Etude descriptive de la négation en français contemporain, Genève, D roz, 1971.
G abelentz (G eorg von der), Die Sprachwissenschaft, Leipzig, Weigel, 1891.
G adet (Françoise), le Français ordinaire, Paris, A. Colin, 1989, 192 p.
( iadet (Françoise) et Pêcheux (Michel), la Langue introuvable, Paris, Maspero, 1981,
248 p.
Gaeng (Paul A.), Introduction to the Principles of Language, N ew York ; H arper and Row,
1971, 243 p.
G aifm an (Haim ), Dependency Systems and Phrase Structure Systems, Santa M onica, Calif.,
Rand Corporation, 1961.
G alanter (Eugene), Contemporary Psychopltysics, N ew York, Holt, Rinehart and W inston,
1962.
( ialisson (Robert), Recherches de lexicologie descriptive : la banalisation lexicale, Paris, N athan.
1978, 432 p.
(ialisson (Robert) et C oste (Daniel) [éds.], Dictionnaire de didactique des langues, Paris,
Hachette, 1976, 612 p.
Galliot (M arcel), Essai sur la langue de la réclame contemporaine, Toulouse, Privât, 1955,
579 p.
Galmiche (Michel), Sémantique générative, Paris, Larousse, 1975, 192 p.
Sémantique, linguistique et logique. Un exemple : la théorie de R. Montague, Paris, P.U.F.,
1991, 151 p.
G anz (Joan Safran), Rules, a Systetnatic Study, La Haye, M outon, 1971, 144 p.
Garde (Paul), I'Accent, Paris, P.U.F., 1968, 176 p.
Gardes-Tam ine (Joëlle), la Grammaire, Paris, A. Colin, 1990, 2 vol.
Cardin (Bernard) [éd.], Pratiques linguistiques, pratiques sociales, Paris, P.U.F, 1980, 210 p.
Gardin (Jean-Claude), Syntol, N ew Brunswick, N.J., Rutgers University Press, 1965,
106 p.
Gardiner (Alain H enderson), The ’llieory o f Speech and Language, Oxford, Clarendon
Press, 1932 ; 2e éd., 1951, 360 p. ; trad. fr. Langage et actes de langage. A ux sources de
la pragmatique, Lille, Presses universitaires de Lille, 1990, 310 p.
G arm adi (Juliette), la Sociolinguistique, Paris, P.U.F., 1981, 232 p.
( iarvin (Paul Lucian) [éd.], A Prague School Reader on Estheiics, Literary Structures and Style,
Washington, D.C., 1955.
(ed.) Natural Language and the Computer, N ew York, McGraw-Hill, 1963, 398 p.
(ed.) Soviet and F.ast European Linguistics, La Haye, M outon, 1963, 620 p.
(ed.) A Linguistic Method. Selected Papers, La Haye, M outon, 1964.
(ed.) Compuiaiion in Linguistics, a Case Rook, Bloomington. Indiana, University Press,
1966, 332 p.
(ed.) Method and Theory in Linguistics, La Haye, M outon, 1970, 325 p.
*iary-Prieur (Marie-Noëlle), De la grammaire à la linguistique. L'Etude de la phrase, Paris,
A. Colin, 1989, 168 p.
<.iiudefroy-D em om bynes (Jean), l'Œuvre linguistique de Ilumboldt, Paris, G. P. M aison
neuve, 1931, 200 p.
( i.i/.dar (Gerald) et al., Generalized Phrase Structure Grammar, Oxford, Blackwell. 1985,
276 p.
i Iciich (Peter T.), Reference and Generality : an Examination o f Some Aiedieval and Modem
Flieories, Ithaca, Cornell University Press, 1962.
■.flb (Ignace Gay), A Study o f Writing, Chicago, University Press, et Londres, Kegan
Paul, 1952, 295 p.
G em m igen (Barbara von) et H ôfler (M anfred) [éds], la Lexicographie française du x v ih c
au x x ‘ siècle, Paris, Klincksieck. 1988, 316 p.
G enouvrier (Émile) et Peytard (Jean), Linguistique et Enseignement du français, Paris.
Larousse, 1970, 288 p.
G erm ain (Claude), la Sémantique fonctionnelle, Paris, P.U.F., 1981, 222 p.
G higlione (Rodolphe) et coll., les Dires analysés. L'Analyse propositionnelle du discours,
Paris, A. Colin, 1985, 192 p.
G hizzetti (Aldo) [éd.], Automatic Translation o f Languages, Oxford, Pergamon Press, 1966.
G illiéron (Jules), Généalogie des mots qui désignent l'abeille..., Paris, Champion, 1918, 366 p.
Pathologie et thérapeutique verbales, Paris, Cham pion, 1921, 208 p.
Gilliéron (Jules) et E dm ont (Edm ond), Atlas linguistique de la France, Paris, Champion,
1902-1912, 9 vol. ; Supplément, Cham pion, 1920.
Atlas linguistique de la Corse, Paris, Cham pion, 1914-1915, 4 fasc.
Gilliéron (Jules) et Roques (M ario), Études de géographie linguistique, Paris, Champion,
1912, 165 p.
G ilson (Étienne), Linguistique et Philosophie. Essai sur les constantes philosophiques du langage,
Paris, Vrin, 1969, 312 p.
G insburg (Seym our), The Mathematical Theory o f Context-Free Languages, N ew York,
McGraw-Hill, 1966, 232 p.
G irard (Gabriel), l'Orthographe française sans équivoque et dans ses principes naturels ou l'Art
d'écrire notre langue selon les lois de la raison et de l'usage, Paris, P. Giffart, 1716.
la Justesse de la langue française, ou les Différentes Significations des mots qui passent pour
synonymes, Paris, L. d'H oury, 1718, 263 p. ; nouv. éd. sous le titre Synonymes français,
leurs significations et le choix qu'il en faut faire pour parler avec justesse, 1746, 490 p.
les Vrais Principes de la langue française ou la Parole réduite en méthode, Paris, Le Breton.
1747, 2 vol.
Girault-Duvivier (Charles Pierre), Grammaire des grammaires [ou Analyse raisonnée des
meilleurs traités sur la langue française], Paris, A. Cotelle, 1811 ; 18e éd., 1863, 2 vol.
Giry-Schneider (Jacqueline), les Prédicats nominaux en français. Les Phrases simples à verbe
support, Genève, D roz, 1987.
les Nominalisations en français. L'Opérateur « faire » dans le lexique, Genève, D roz, 1978,
353 p.
Givôn (Talmy) [éd.], Syntax and Semantics. Discourse and Syntax, N ew York, Academic
Press, 1979, 533 p.
Gladkii (A. V.), Leçons de linguistique mathématique, trad. du russe, Paris, D unod, 1970,
2 vol., 232 et 168 p.
G leason (H enry Allan), An Introduction to Descriptive Linguistics, N ew York, Holt, Rinehart
and W inston, 1955 ; nouv. éd., 1961, 503 p. ; trad. fr. Introduction à la linguistique,
Paris, Larousse, 1969, 380 p.
Linguistics and English Grammar, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1965, 519 p.
G ochet (Paul), Esquisse d'une théorie nominaliste de la proposition, Paris, A. Colin, 1977,
264 p.
G odard (Danièle), la Syntaxe des relatives en français, Paris, Ed. du C.N.R.S., 1988, 236 p.
G odart-W indling (B.), la Vérité et le menteur. Les Paradoxes suifalsificateurs et la sémantique
des langues naturelles, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1990, 272 p.
G odel (Robert), les Sources manuscrites du « Cours de linguistique générale » de Ferdinand de
Saussure, Genève, D roz et Paris, M inard, 1957, 283 p.
Goffmnn (Erving), Façons de parler, trad. de l’angl. par A. Kihm, Paris. Éd de Minuit.
1987, 280 p.
G oldstcin (Kurt), Ijinguage and Language Disturbances, N ew York, Grune and Stratton,
1948, 374 p,
V' XVI I I
G oodenough (W ard H .) [éd.], Explorations in Cultural Anthropology : Essays in Honor o f
George Peter Murdock, N ew York, McGraw-Hill. 1964.
G oodm an (N elson), Fact, Fiction and Forecast, Cambridge, Mass., M IT Press, 1955 ;
2 ' éd., Indianapolis, Bobbs-Merrill Co., 1965, 128 p.
G oody (Jack), la Raison graphique. La Domestication de la pensée sauvage, Paris, Ed. de
Minuit, 1979, 272 p.
la Logique de l'écriture. Aux origines des sociétés humaines, Paris, A. Colin, 1986, 200 p.
Goose (André) et Klein (Jean-René) [éds.], Où en sont les études sur le lexique, Gembloux,
Duculot, 1992, 208 p.
G ordon (Patrick), Théorie des chaînes de Markov finies et ses applications, Paris. D unod,
1965, 146 p.
Gorski (D. P.), Pensamiento y lenguaje, Mexico, 1962, 365 p.
G ôtz (Dieter) et B urgschm idt (Ernst), Einfiihrung in die Sprachwissenschaft für Anglisten,
Munich, Hueber, 1971.
G ougenheim (Georges), Étude sur les périphrases verbales de la langue française, Paris, Les
Belles Lettres, 1929 ; Nizet, 1971, 388 p.
la Langue populaire dans le premier quart du x i x ' siècle, d'après le Petit Dictionnaire du
peuple de J.-C. — L. P. Desgranges, Paris, Les Belles Lettres, 1929.
Éléments de phonologie française, Paris, Les Belles Lettres, 1935.
Système grammatical de la langue française, Paris, d ’Artrey, 1938, 400 p.
Dictionnaire fondamental de la langue française, Paris, Didier, 1961, 256 p.
les Mots français dans l'histoire et dans la vie, Paris, Picard, 1963-1974, 3 vol.
Études de grammaire et de vocabulaire français, Paris, Picard, 1970, 368 p.
G ougenheim (Georges), M ichéa (René), Rivenc (Paul) et Sauvageot (Aurélien),
/'Elaboration du français élémentaire, Paris, Didier, 1956 ; nouv. éd. 1964, 257 p.
( irabm ann (M artin), Mittelalterliches Geistesleben, Munich, Hueber. 1926-1936 ; nouv. éd.
1956, 3 vol.
( iram m ont (M aurice), la Dissimilation consonantique dans les langues indo-européennes et
dans les langues romanes, Dijon, Imprim. Darantières, 1895, 215 p.
Traité de phonétique, Paris, Delagrave, 1933 ; 8' éd. 1965, 490 p.
G ranger (Gilles G aston), Pensée formelle et sciences de l'homme, Paris, Aubier, 1960, 228 p.
Essai d'une philosophie du style, Paris. A. Colin, 1968, 316 p. ; republié Éd. Odile Jacob,
1988.
Langages et épistémologie, Paris, Klincksieck, 1979, 226 p.
( .rasserie (Raoul R obert G uérin de la), Essai de syntaxe générale, Louvain, J. B. Istas,
1896, 240 p.
Du verbe comme générateur des autres parties du discours, Paris, Maisonneuve, 1914, 314 p.
( .ravit (Francis W .) et V aldm an (Albert) [eds.], Structural Drill and the Language Laboratory,
N ew York, Humanities, 1963.
• .ray (Louis H erbert), Foundations of Language, N ew York, Macmillan, 1939 ; 2e éd.
1950, 530 p.
Greenberg (Joseph H.), Essays in Linguistics, Chicago. University of Chicago, 1957,
108 p.
The Languages o f Africa, La Haye, M outon, 1963, 171 p.
Language Universals, La Haye, M outon, 1966.
Anthropological Linguistics, N ew York, Random House, 1968, 212 p.
(ed.) Universals o f Language, Cambridge, Mass., M IT Press, 1963, 269 p.
( ii(limas (Algirdas Jules), Sémantique structurale, Paris. Larousse, 1966, 262 p. ; nouv. éd.
l’.U.F., 1986.
Du sens, Paris, Le Seuil, 1970, 320 p. ; Du sens II, id., 1983.
X X IX
Sémiotique et sciences sociales, Paris, Éd. du Seuil, 1976.
Dictionnaire de l'ancien français, Paris, Larousse, 1979, 630 p.
(ed.) Sign, Language, Culture, La Haye, M outon, 1970, 723 p.
(éd.) Essais de sémioticjue poétique, Paris, Larousse, 1972, 240 p.
G rcim as (Algirdas Jules) et C ourtès (J.), Sémiotique. Dictionnaire raisonné de la théorie du
langage, I et II, Paris, Hachette, 1986.
G reim as (Algirdas Jules) et Keane (Teresa M ary), Dictionnaire du moyen français, Paris,
Larousse, 1992, 668 p.
Grevisse (M aurice), le Bon Usage, Gembloux, D uculot et Paris, Geuthner. 1939 : 8* éd.,
1964, 1192 p.
G rim m (Jakob), Deutsche Grammatik, Gôttingen, 1819-1837, 4 vol., nouv. éd., Berlin,
D üm m ler, 1870-1898, 5 vol.
Geschichte der deutschen Sprache, Leipzig, 1848 ; 3“ éd., 1868, 726 p.
G rim sley (Ronald), Sur l'origine du langage, suivi de trois textes de M aupertuis, Turgot
et M aine de Biran, Genève, D roz et Paris, Minard, 1971, 108 p.
G rize (J.-B.), Logique et langage, Paris, Ophrys, 1989.
G root (Albert W ilhem de), Betekenis en betekenisstruciuur, Groningue, J. B. W olters, 1966,
158 p.
G ross (G aston), les Constructions converses du français, Genève, Droz, 1989, 513 p.
G ross (M aurice) Grammaire transformationnelle du français. Syntaxe du verbe, Paris, Larousse.
1968, 184 p.
Méthodes en syntaxe. Régime des constructions complétives, Paris, Herm ann, 1975, 414 p.
Grammaire transformationnelle du français. Syntaxe du nom, Paris, Larousse, 1977, 256 p.
Grammaire transformationnelle du français. Syntaxe de l'adverbe, Paris, Asstril, 1986, 670 p.
G ross (M aurice) et Lentin (André), Notions sur les grammaires formelles, Paris. Gauthier-
Villars, 1967, 198 p.
G rosse (E m st Ulrich) [éd.], Strukturelle Textsemantik, Fribourg, 1969.
G roupe p. (Jacques D ubois, F. Edeline, J. M. Klinkenberg, P. M inguet, F. Pire,
H. T rinon), Rhétorique générale, Paris, Larousse, 1970, 208 p.
G ruaz (Claude), la Dérivation suffxale en français contemporain, Publications de l’Université
de Rouen, 1988.
Du signe au sens. Pour une grammaire homologique des composants du mot, Publications de
l’Université de Rouen, 1990.
G ruenais (Max-Peter), États de langue, Paris, Fayard, 1986, 248 p.
G runig (Blanche), les Mots de la publicité, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1990, 240 p.
G uentcheva (Zlatka), Temps et aspect, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1990, 248 p.
G uéron (Jacqueline) et Pollock (Jean-Yves) [éds], Grammaire générative et syntaxe comparée,
Paris, Éd. du C.N.R.S., 1992, 272 p.
G uilbert (Louis), la Formation du vocabulaire de l'aviation, Paris, Larousse, 1965, 712 p.
le Vocabulaire de l'astronautique, Paris, Larousse, 1967, 362 p.
la Créativité lexicale, Paris, Larousse, 1975, 286 p.
G uilhot (Jean), la Dynamique de l'expression et de la communication, La Haye, M outon,
1962, 230 p.
G uillaum e (Gustave), le Problème de l'artide et sa solution dans la langue française, Paris,
Hachette, 1919, 318 p. ; rééd. Québec, 1975.
Temps cl Verbe. Théorie des aspects, des modes et des temps, 134 p., suivi de TArchitectonique
du temps dans les langues classiques, 66 p., Paris, Cham pion, 1929 ; nouv. éd., 1964.
hmgage et Science du langage, Paris, N izet et Québec, Presses de l'Université Laval,
1964 ; 2" éd. 1969, 287 p.
Leçons de linguistique : série A, 194 6 194$. Structure semiologique et structure psychique de la
langue (pubi. par Roch Valin), Klincksieck, 1971, 271 p.
Leçons (te linguistique : série B, '1948-1949- Psychosystématique du langage. Principes, méthodes
et applications, I, Klincksieck, 1971. 224 p.
( lUillemin-Flescher (Jacqueline) [éd.], Linguistique contrastive, Paris, Ophrys, 1992, 204 p.
CJuillet (Alain), la Structure des phrases simples en français. Verbes à complément direct et
complément locatif, Genève, Droz, 1992.
G uiraud (Pierre), Langage et Versification d'après l'œuvre de Paul Valéry. F.tude sur la forme
poétique dans ses rapports avec la langue, Paris, Klincksieck, 1953, 240 p.
les Caractères statistiques du vocabulaire, essai de méthodologie, Paris, P.U.F., 1954, 116 p.
la Stylistique, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1954 ; 7" éd., 1972.
la Sémantique, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1955 ; 7B éd., 1972.
l'Argot, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1956.
la Grammaire, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1958 ; 5r éd., 1970.
Problèmes et méthodes de la statistique linguistique, Paris, P.U.F., 1960, 146 p.
les Locutions françaises, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1961 ; 4 ' éd., 1973.
la Syntaxe du français, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1962.
/'Ancien Français, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1 9 6 3 ; 4r éd., 1 9 7 1 .
le Moyen Français, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1 9 6 3 ; 5 e éd., 1 9 7 2 .
l'Étymologie, Paris, P.U.F., « Que sais-je ? », 1 9 6 4 ; 3 ' éd., 1 9 7 2 .
les Mots étrangers, Paris, P.U.F., « Que sais-je ? », 1 9 6 5 ; 2 e éd., 1 9 7 1 .
le Français populaire, Paris, P.U.F., « Que sais-je ? », 1 9 6 5 ; 3 ' éd., 1 9 7 3 .
Structures étymologiques du lexique français, Paris, Larousse, 1967, 212 p.
Patois et Dialectes français, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1968.
les Mots savants, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1968.
la Versification, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1970.
Essais de stylistique, Paris, Klincksieck, 1970, 288 p.
la Sémiologie, Paris, P.U.F., « Que sais-je ? », 1971 ; 2 ' éd., 1973.
Dictionnaire érotique, Paris, Payot, 1978, 640 p.
Sémiologie de la sexualité, Paris, Payot, 1978, 248 p.
Essais de stylistique, Paris, Klincksieck, 1980, 286 p.
Dictionnaire des étymologies obscures, Paris, Payot, 1982, 524 p.
G uiraud (Pierre) et K uentz (Pierre), la Stylistique. Lectures, Paris, Klincksieck, 1970, 329 p.
G um perz (John J.), Discourse Stratégies, Cambridge, Cambridge University Press, 1982 ;
trad. fr. in Engager la conversation, Paris, Éd. de Minuit, 1989, 158 p. et in Sociolinguistique
interactionnelle, Paris, l’H arm attan, 1989, 244 p.
G um perz (John J.) et H ym es (Dell) [eds.], The Ethnography o f Communication, Menasha,
Wisconsin, American Anthropologist, 1964 ; nouv. éd., N ew York, Holt, Rinehart
and W inston, 1968.
G usdorf (Georges), la Parole, Paris, P.U.F., 1953, 124 p.
Gvozdev (A. N.), Problèmes de l'étude du langage enfantin, en russe, Moscou, 1961.
Haag (M.), le Style du langage oral des malades mentaux étudié par comparaison statistique
entre groupes neurologiques, Paris, thèse, 1965.
I lagège (Claude), ta Structure des langues, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1982, 128 p.
l'Homme de paroles, Paris, Fayard, 1985.
I lagège (Claude) et H audricourt (André), la Phonologie panchronique, Paris, P.U.F., 1978,
224 p.
Hall (R obert A nderson), Linguistics and your Language, N ew York, Doubleday, 1960,
265 p.
Idealism in Romance Linguistics, Ithaca, N. Y., Cornell University Press, 1963, 109 p.
Introductory Linguistics, Philadelphie, Chilton, 1964, 508 p.
Pidgin and Creole Languages, Ithaca, N. Y., Cornell University Press, 1966.
Halle (M orris), The Sound Pattern of Russian, La Haye, M outon, 1959 ; 2e éd., 1971.
Halle (M orris), Bresnan (Joan) e t M iller (George A.) [eds.], Linguistic Theory and
Psychological Reality, Cambridge, Mass., M IT Press, 1978, 330 p.
Halle (M orris) et Keyser (Sam uel ].), English Stress; N ew York, H arper and Row, 1971,
200 p.
H alliday (M ichael A lexander K irkwood), Explorations in the Functions o f Language, London,
E. Arnold, 1978.
A n Introduction to Functional Grammar, London, E. Arnold, 1985.
H alliday (M ichael A lexander K irkw ood), M cln to sh (Angus) et Strevens (Peter Derek),
The Linguistic Sciences and Language Teaching, Londres, Longmans, 1964.
Hallig (Rudolf) et W artburg (W alther von), Begriffssystem als Grundlage fur die Lexicographie,
Versuch eines Ordnungsschemas, Berlin, Akademie Verlag, 1952, 140 p. ; 2“ éd., 1963,
316 p.
H am ers (Josiane) et Blanc (Michel), Bilingualité et bilinguisme, Bruxelles, Mardaga, 1983.
498 p.
H am m el (Eugene A.) [éd.], Formai Semantic Analysis, M enasha, Wisconsin, American
Anthropologist, 1965.
H am on (Philippe), Introduction à l'analyse du descriptif Paris, H achette, 1981, 268 p.
Texte et idéologie, Paris, P.U.F., 1984, 230 p.
H am p (Eric P.), A Glossary of American Technical Linguistic Usage, 1925-1950, Utrecht et
Anvers, Spectrum, 1957.
H am p (Eric P.), H ouseholder (Fred W .) et A usterlitz (Robert) [eds.], Reading in
Linguistics, II, Chicago et Londres, Chicago University Press, 1966, 395 p.
H ansen Love (Ole), la Révolution copernicienne du langage dans l'œuvre de Wilhelm von
Humboldt, Paris, Vrin, 1972, 96 p.
H an so n (N orw ood Russel), Patterns o f Discovery, Cambridge, Cambridge University
Press, 1965.
H anzeli (Victor Egon), Missionary Linguistics in New France : a Study o f Seventeenth and
Eighteenth Century Descriptions of American Indian languages, La Haye, M outon, 1969,
141 p.
H arm s (R obert T.), Introduction to Phonological Theory, Englewood Cliffs, N ew Jersey,
Prentice-Hall, 1968, 142 p.
H am ois (Guy), les Théories du lançage en France, de 1660 à 1821, Paris. Les Belles Lettres,
1929, 96 p.
H aroche (C laudine), Faire dire, vouloir dire, Lille, Presses universitaires de Lille, 1984,
224 p.
H arris (James), Hermes or Philosophical Inquiry Concerning Universal Grammar, Londres,
1751 ; 2e éd., 1765, réimpr. Londres, Scolar Press, 1968, 459 p. ; trad. fr. Hermès ou
Recherches philosophiques sur ta grammaire universelle, Paris, Imprimerie de la République,
1796.
H arris (Zellig S.), Methods in Structural Linguistics, Chicago, University of Chicago Press,
1951 ; nouv. éd., Structural Linguistics, 1963, 384 p.
String Analysis o f Sentence Structure, La Haye, M outon, 1962.
Discourse Analysis Reprints, La Haye, M outon, 1963, 73 p.
A-lathentatical Structures o f Language, N ew York, Wiley, 1968, 230 p. ; trad. fr. Structures
mathématiques du langage, Paris, D unod, 1971, 260 p.
Papers in Structural and Transformational Linguistics, Dordrecht, Reidel, 1970, 850 p.
Notes du cours de syntaxe, Paris, Ed. du Seuil, 1976, 240 p.
Papers ou Syntax, D ordrecht, Reidel, 1981.
A Grammar o f I nglish on Mathematkal Principes, N ew York, Wiley-lntcrscience, 1982.
XX X 11
I larrison (Bernard), .Meaning and Structure o f Language, N ew York, H arper and Row,
1972, 400 p.
I lartm ann (Peter), Théorie der Grammatik : t. I, Die Sprache als Form (1959) ; t. II, Zur
Konstitution einer allgemeinen Grammatik (1961) ; t. III, Allgemeinste Strukturgesetze in
Sprache und Grammatik (1961) ; t. IV, Grammatik und Grammatizitdt (1963), La Haye,
M outon.
Syntax und Bedeutung, Assen, Van Gorcum, 1964.
Sprache und Erkenntnis, Heidelberg, C. W inter, 1958, 160 p.
liarw eg (Roland), Pronomina und Textkonstitution, Munich, W. Fink, 1968, 392 p.
I lathaw ay (Baxter), A Transformational Syntax. The Grammar o f Modem American English,
N ew York, Ronald Press Co., 1967, 315 p.
Hatzfeld (H elm ut A.), A Gritical Bibliography o f the New Stylistics, Chapel Hill, University
of N orth Carolina Press, 1953-1966, 2 vol.
I laudricourt (André) et Juilland (Alphonse), Essai pour une histoire structurale du phonétisme
français, Paris, Klincksieck, 1949 ; 2' éd., La Haye, M outon, 1971, 135 p.
I laudricourt (André) et T hom as (Jacqueline M. C.), la Notation des langues. Phonétique
et phonologie, Paris, Imprimerie de l’institut géogr. nat., 1967, VI-166 p .,+ 2 disques.
I laudry (Jean), l'Indo-Européen, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1979.
I laugen (Einar), The Norwegian Language in America : a Study in Bilingual Behavior,
Philadelphie, University of Pennsylvania Press, 1953, 2 vol.
Bilingualism in the Americas : a BibUography and a Research Guide, M ontgom ery, University
of Alabama Press, 1956.
I lâusler (Frank), Das Problem Phonetik und Phonologie bei Baudouin de Courtenay und in
seiner Nachfolge, Halle, Max Niemeyer, 1968, 161 p.
Ilayakaw a (Sam uel Ichiye), language in Ihought and Action, Londres, Allen and Unwin,
1952 ; 2e éd., 1965, 350 p.
I lays (David G.), Introduction to Computational Linguistics, N ew York, American Elsevier
Publications Co., 1967, 231 p.
I lécaen (H enry), Introduction à la neuropsychologie, Paris, Larousse. 1972, 327 p.
I Iccaen (H enry) et Angelergues (René), Pathologie du langage, Paris, Larousse, 1965.
200 p.
I Iccaen (H enry) et D ubois (Jean), la Naissance de la neuropsychologie du langage, 1825-
1865 (Textes et documents), Paris, Flammarion, 1969, 280 p.
I leesterm an (J. C.) et coll. (eds.), Pratidânam : Indian, Iranian and Indo-European Studies
Presented to Francisais Bernardus Jacobus Kuipers on his 60th Birthday, La Haye, M outon,
1968, 654 p.
I loidegger (M artin), Die Kategorien und Bedeutungslehre der Duns Scotus, Tübingen, 1916 ;
trad. fr., Traité des catégories et de la signification chez Duns Scot, Paris, Gallimard, 1970,
240 p.
I lénault (Anne), Histoire de la sémiotique, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1992.
I U nie (Paul) [éd.], Language, Thought and Culture, Ann Arbor, University of Michigan
Press, 1958.
I (enry (Albert), Métonymie et Métaphore, Paris, Klincksieck, 1971, 163 p.
I lenry (Paul), le Mauvais Outil. Langue, sujet et discours, Paris, Klincksieck, 1977, 210 p.
I Im y (Frank) [éd.], Ambiguities in Intensional Contexts, D ordrecht, Reidel, 1981, 286 p.
I li iault (Daniel), Eléments de théorie moderne des probabilités, Paris, D unod, 1967, 256 p.
I Icrbert (Albert James), The Structure of Technical English, Londres, Longmans, 1965.
I Icrdan (Gustav), Language as Clwice and Chance, Groningue, N oordhoff, 1956.
ly/te-Token Mathematics : A Textbook o f Mathematical Linguistics, La Haye, M outon, 1960.
The Calculas o f Linguistic Observations, La Haye, M outon, 1962, 271 p.
XXXIII
Quantitative Linguistics, Londres, Butterw orth, 1964. 284 p.
The Advanced Theory o f Language as Choice and Chance, Berlin, Springer, 1966.
H erder (Johann G ottfried von), « A bhandlung über den Ursprung der Sprache », dans
le tom e V des Herder's sàmmtliche Werke, éd. par B. Suphan, Berlin, 1877.
H ertzler (Joyce O.), The Sociology of Language, N ew York, Random House, 1965.
H igounet (Charles), /'Ecriture-, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1955.
Hill (Archibald A.), Introduction to Linguistic Structures : Front Sound to Sentence in F.nglish,
N ew York, H arcourt, Brace and World, 1958.
(ed.) Linguistics Today, N ew York. H arper and Row, 1968, 320 p.
H intikka (K. J. J.) et al. [eds.], Approaches to Natural iMnguages, Dordrecht, Reidel, 1973,
526 p.
H irtle (W alter), The Simple and Progressive Forms. An Analytical Approach, Québec, Presses
de l’Université Laval, 1967, 115 p.
Time, Aspect and the Verh, Québec, Presses de l'Université Laval, 1975, 152 p.
Numher and Inner Space, Québec, Presses de l'Université Laval, 1982, 144 p.
H iz (H enry), The Rôle of Paraphrase in Grammar, Washington, D.C., G eorgetown
University Press, 1964.
Hjelmslev (Louis), Principes de grammaire générale, Copenhague, 0 s t et S0 n, 1928, 363 p.
la Catégorie des cas. Etude de grammaire générale, Aarhus, Universitets-forlaget, 2 vol.,
1935-1937, 184 p. et 78 p.
Prolégomènes à une théorie du langage, en danois, Copenhague, 1943 ; trad. fr., avec la
Structure fondamentale du langage, Paris, Ed. de Minuit, 1968, 236 p.
Essais linguistiques, Copenhague, Nordisk Sprog-og Kultursorlag, 1959 ; nouv. éd. Paris,
Éd. de Minuit. 1971, 288 p.
le Iœngage.^ Une introduction, en danois, Copenhague, Berlingske Forlag, 1963 ; trad.
fr., Paris, Éd. de Minuit, 1966, 191 p.
Nouveaux Essais, Paris, P.U.F., 1985, 224 p.
H ockett (Charles F.), A Manual of Pltonology, Bloomington, Indiana, Indiana University
Press, 1955.
A Course in Modem Linguistics, N ew York, Macmillan, 1958 ; 9 ' impr., 1965, 621 p.
Language, Mathematics and Linguistics, La Haye, M outon, 1967, 243 p.
The State o f the Art; La Haye, M outon, 1968, 123 p.
H ockney (D.) et al. [eds.], Contemporary Research in Philosophical Logic and Linguistic
Semantics, Dordrecht, Reidel, 1975, 332 p.
H oekstra (Teun), Transitivity. Grammatical Relations in Government-Binding Theory, D or
drecht, Foris Publications, 1984, 314 p.
H oekstra (Teun) et al. [eds.], Lexical Grammar, D ordrecht, Foris, 1980, 340 p.
H oenigsw ald (H enry Max), Language Change and Linguistic Reconstruction, Cambridge,
University Press, 1960 : nouv. éd., Chicago et Londres, Chicago University Press,
1965.
H oijer (H arry) [éd.], Language in Culture, Chicago, Chicago University Press, 1954.
Proceedings o f a Conférence on the Interrelations o f iMnguage and the other Aspects o f Culture,
held in Chicago, Chicago, Chicago University Press, 1963.
H older (Preston) [éd.], Introduction to Handbook o f American Indian languages, Lincoln,
University of N ebraska Press, 1966.
H ollhuber (Ivo), Sprache, Gesellschaft, Mystik, Prolegomena zu einer pneumatischen Anthro
pologie, Munich et Bâle, F. Reinhardt, 1963, 337 p.
H om burger (Lilias), les Langues négro-africaines, Paris, Payot, 1941, 350 p.
le L ut gage et les langues, Paris, Payot, 1951, 256 p.
I loràlck (Karcl), Filosofie jazyka, Prague, University Karlova, 1967, 160 p.
H ôrm ann (Hans), Psychologie der Sprache, Berlin et Heidelberg, Springer Verlag, 1967 ;
nouv. éd., 1970, 396 p. ; trad. fr., Introduction à la psycholinguistique, Paris, Larousse.
1972.
H ornstein (N orbert) et Lightfoot (David) [eds.], Explanation in Linguistics, Londres,
Longmans, 1981, 288 p.
I louseholder (Fred W .) et S aporta (Sol) [eds.], Problems in Lexicography, Report o f the
Conférence on Lexicography, Bloomington, Indiana, I.J.A.L., 1962, 286 p. ; nouv. éd.,
N ew York, Humanities, 1967.
Hughes (John P.), The Science o f Language : an Introduction to Linguistics, N ew York,
Random House, 1962.
H um boldt (W ilhelm von), Über die Verschiedenheit des menschlichen Sprachbaus, Berlin,
1836 ; rééd. D arm stadt, CIaasen and Roether, 1949.
Die Sprachphilosophisclten Werke, Berlin, 1884, 700 p.
De l'origine des formes grammaticales et de leur influence sur le développement des idées suivi
de Lettres à M . Abel Rémusat, Paris, 1859 ; rééd. Bordeaux, Ducros, 1969, 156 p.
Introduction à t'œuvre sur te kavi, trad. P. Caussat, Paris, Éd. du Seuil, 1974, 440 p.
H u ndsnurscher (Franz), Neuere Methoden der Semantik. Eine Einfiihntng anhand deutscher
Beispiele, Tübingen, Niemeyer, 1970.
1-lunt (R. W .), The History o f Grammar in the Middle Ages, Londres, Benjamins, 1980.
241 p.
H u o t (Hélène), Constructions infmitives du français. Le Subordonnant « de », Genève, Droz,
1981, 552 p.
Enseignement du français et linguistique, Paris, A. Colin, 1981, 168 p.
H uot (Hélène), Bourguin (Jacques) et coll., la Grammaire française entre comparatisme et
structuralisme, 1890-1960, Paris, A. Colin, 1991, 312 p.
I luppe (Bernard Félix) et Kam insky (Jack), Logic and Language, N ew York, Knopf,
1956, 216 p.
H uston (N ancy), Dire et interdire, Paris, Payot, 1980, 192 p.
Hym es (Dell) [éd.], Language in Culture and Society : a Reader in Linguistics and Anthropology,
N ew York, H arper and Row, 1964, 800 p.
Hym es (Dell) et Fought (J.), American Structuralism, La Haye, M outon, 1981, 296 p.
Imbs (Paul), les Propositions temporelles en ancien français, Paris. Les Belles Lettres, 1956,
608 p.
/'Emploi des temps verbaux en français moderne. Etude de grammaire descriptive, Paris,
Klincksieck, 1960, 276 p.
Irigaray (Luce), le Langage des déments, The Hague-Paris, M outon, 1973, 357 p.
Parler n'est jamais neutre, Paris, Éd. de Minuit, 1985, 325 p.
Sexes et genres à travers les langues, Paris, Grasset, 1990, 461 p.
lsaac (J.), Calcul de la flexion verbale en français contemporain, Genève, Droz, 1985, 502 p.
Istrin (V. A.), le Développement de l'écriture en russe, en russe, Moscou, 1961.
Ivanov (V. V.) et T oporov (V. N .), Systèmes modelants secondaires dans les langues slaves,
en russe, Moscou, 1965.
Ivie (Milka), Trends in Linguistics, trad. du serbo-croate, La Haye, M outon, 1965, 260 p.
[fiberg (Karl), Aspects géographiques du langage, Paris, Droz, 1936, 120 p.
Spracliwissenschaftliche Eorschungen und F.rlebnisse, Paris, D roz, 1938, 347 p.
Jnckendoff (Ray), Semantic Interprétation in Generative Grammar, Cambridge, M IT Press,
1972.
V Syntax : A Study of Phrase Structure, Cambridge, MIT Press, 1977, 249 p.
Smantics and Cognition, Cambridge, MIT Press, 1983.
( onsciousness and the Computational Mind, Cambridge, M IT Press, 1987.
Jiicob (André), Temps et Langage, Paris, A. Colin, 1967, 404 p.
les Exigences théoriques de la linguistique selon Gustave Guillaume, Paris, Klincksieck, 1970,
292 p.
Genèse de la pensée linguistique, Paris, A. Colin, 1973, 336 p.
(éd.) Points de vue sur le langage (textes choisis et présentés par A. Jacob), Paris,
Klincksieck, 1969, 637 p.
Jacobs (Roderick A.) et Rosenbaum (Peter S.), English Transformational Grammar,
W altham, Mass., Blaisdell, 1968.
(eds.) Readings in English Transformational Grammar, W altham, Mass., Blaisdell. 1970.
277 p.
Jacobson (Pauline) et Pullum (Geoffrey K.) [eds.], The Nature o f Syntactic Représentation,
Dordrecht, Reidel, 1982, 480 p.
Jakobovits (Léon A.) et M iron (M urray S.) [eds.], Readings in the Psychology o f Language,
Englewood Cliffs, N ew Jersey, Prentice-Hall, 1967, 636 p.
Jakobson (Rom an), Kindersprache, Aphasie und allgemeine Lautgesetze, Uppsala, 1941 ;
trad. fr. Langage enfantin et aphasie, Paris, Éd. de Minuit, 1969.
Essais de linguistique générale, Paris, Éd. de Minuit, 1963-1973, 2 vol., 260 et 320 p.
Selected Writings, I : Phonological Studies, l a Haye, M outon, 1962, 678 p.
Selected Writings, Il : Word and Language, La Haye, M outon, 1971, 752 p.
Selected Writings, III : The Poetry of Grammar and the Gramtnar o f Poetry, La Haye,
M outon, 1967.
Selected Writings, TV : Slavic Epie Studies, La Haye, M outon, 1966, 751 p.
Studies on Child Ijtnguage and Aphasia, La Haye, M outon, 1971, 132 p.
Questions de poétique, Paris, Le Seuil, 1973, 512 p.
Six Leçons sur le son et k sens, Paris, Éd. de M inuit, 1976, 128 p.
Une vie dans le langage, Paris, Éd. de M inuit, 1985, 168 p.
(ed.) Structure of Language and its Mathematica! Aspects, Providence, R.I., American
M athem atical Society, 1961, 279 p.
Jakobson (Rom an), Fant (George M.) et H alle (M orris), Preliminaries to Speech Analysis,
Cambridge, Mass., M IT Press, 1952 ; 9e éd. 1969, 64 p.
Jakobson (Rom an) et Halle (M orris), Fundamentals o f Language, La Haye, M outon,
1963 ; 2' éd. 1971.
Jakobson (Rom an) et K aw am ato (Shigeo) [eds.]. Studies in General and Oriental Linguistics,
Tokyo, T.E.C. Co., 1970.
Jakobson (Rom an) et W augh (Linda), The Sound Shape o f Language, 1979 ; trad. fr. la
Charpente phonique du langage, Paris, Éd. de Minuit, 1980, 338 p.
To Honor Roman Jakobson : Essays on the Occasion ofhis 70th Birthday, La Haye. M outon,
1967, 3 vol.
Jaubert (Anna), la Lecture pragmatique, Paris, Hachette, 1990, 240 p.
Jensen (H ans), Die Schrift in Vergangenheit und Gegenwart, Berlin, Deutsche Verlag der
W issenschaften, 1958, 582 p.
Jespersen (O tto), Progress in Language with Spécial Reference to English, Londres, Swan
Sonnenschein, 1894.
llow to Teach a Foreign Language, trad. du danois, Londres, Swan Sonnenschein, 1904.
Growth and Structure of the English Language, Leipzig, Teubner, 1905 ; 9' éd., Oxford,
Blackwell, 1948.
A Modem English Grammar, Londres, Allen and Unwin, 1909-1949, 7 vol.
I.alignai’/ , its Nature, Development and Origin, Londres, Allen and Unwin, 1922, 448 p. ;
nouv. éd. 1968.
77/e Philosophy of Grammar, Londres, Allen and Unwin, 1924, 359 p. ; trad. fr. la
Philosophie de la grammaire, Paris, Ed. de Minuit, 1971, 516 p.
VVVVI
Mankind, Nation and Individual from a Linguistic Point of View, Oslo, 1925 ; nouv. éd.,
Londres, Allen and Unwin, 1946.
Essentials of English Grammar, Londres,. Allen and Unwin, 1933, 387 p.
Analytic Syntax, Copenhague, Munksgaard, 1937 ; trad. fr. la Syntaxe analytique, Paris,
Éd. de Minuit, 1971, 264 p.
Jones (Daniel), English Pronouncing Dictionary, Londres. J. M. D ent, 1917 ; 12' éd. 1963,
537 p.
An Outline o f English Phonetics, Cambridge, Heffer, 1918 ; 8e éd. N ew York, D utton,
1956.
The Phoitenie : its Nature and Use, Cambridge, Heffer, 1950 ; 2e éd., 1962, 267 p.
The Pronunciation o f English, Cambridge, University Press, 1956 ; 4e éd. 1966.
Joos (M artin), The English Verb, M adison, University of W isconsin Press, 1964, 249 p. ;
2e éd. 1968.
(ed.) Readings in Linguistics, t. I : Ihe Development of Descriptive Liinguistics in America
192.5-1956, Chicago, University of Chicago Press, 1957 ; 4" éd., 1966, 421 p.
Jorgensen (Jens j 0rgen), A Treatise o f Formai Logic, trad. du danois, Copenhague,
M unksgaard et Londres, Oxford University Press, 1931, 3 vol.
Introduction à l'étude de la logique, en danois, Copenhague, 1956.
Joshi (Aravind K.), W ebber (Bonnie L.) et Sag (Ivan A.) [eds.], Eléments o f Discourse
Understanding, Cambridge, Cambridge University Press, 1981, 342 p.
Joyaux (Julia) [Julia Kristeva], le Langage, cet inconnu, Paris, S.G.P.P., 1969, 320 p.
Juilland (Alphonse), Outline of a General Theory of Structural Relations, La Haye, M outon,
1961, 58 p.
Juilland (Alphonse) et Chang-Rodriguez (E.), Erequency Dictionary o f Spanish Words, La
Haye, M outon, 1964, 500 p.
Juilland (Alphonse), Brodin (D orothy) et D avidovitch (Catherine), Erequency Dictionary
o f French Words, La Haye, M outon, 1971, 503 p.
Jum pelt (R. W.), Die Übersetzung naturwissenschaftlicher und technischer Literatur, Berlin,
Langenscheidt, 1961, 214 p.
Jünger (Friedrich Georg), Sprache und Denken, Francfort, Klostermann, 1962, 232 p.
Junker (H einrich), Sprachphilosophisches Lesebuch, Heidelberg, Winter, 1948, 302 p.
K ahn (Félix), le Système des temps de l'indicatif chez un Parisien et chez une Bâloise, Genève,
D roz, 1954, 221 p.
Kaplan (H. M .), Anatomy and Physiology of Speech, N ew York, McGraw-Hill, 1960.
K atz (Jerrold Jacob), The Problem o f Induction and its Solution, Chicago, University of
Chicago Press, 1960.
The Philosophy of Language, N ew York, H arper and Row, 1966, 326 p. ; trad. fr. la
Philosophie du langage, Paris, Payot, 1971, 272 p.
Semantic Theory, N ew York, H arper and Row, 1972, 384 p.
Katz (Jerrold J.) et Postal (Paul M.), An Integrated Theory o f Linguistic Descriptions,
Cambridge, Mass., M IT Press, 1964, 178 p. ; trad. fr., Théorie globale des descriptions
linguistiques, Marne, 1974, 270 p.
Kayne (Richard S.), French Syntax, The Transformational Cycle, M IT Press, 1975 ; trad. fr.
par P. Attal, Syntaxe du français, Paris, Éd. du Seuil, 1977, 444 p.
Keenan (Edw ard L.) et Faltz (Léonard M .), Boolean Semantics for Natural Language,
Dordrecht, Reidel, 1985, 388 p.
Kempson (R.), Presuppositions and the Délimitation o f Semantics, Cambridge, Cambridge
University Press, 1975.
Kerbtra-Orecchioni (Catherine), /'Énonciation. De la subjectivité dans le langage, Paris,
A. Colin, 1980, 290 p.
la Connotation, Lyon, Presses universitaires de Lyon, 1977.
XYYVII
tes Interactions verbales, Paris. A. Colin. 1990, 320 p.
Kesik (M arek), la Cataphore, Paris, P.U.F., 1989. 160 p.
Key (Thom as H ew itt), Language : Its Origin and Development, Londres, 1874.
Kibédi Varga (A.), Discours, récit, image, Bruxelles, P. Mardaga, 1989.
Kiefer (Ferenc), On Emphasis and Word Order in Hungarian, La Haye, M outon, 1967.
Mathematical Linguistics in Eastern Europe, N ew York, American Élsevier, 1968.
(ed.) Studies in Syntax and Semantics, Dordrecht, Reidel, 1969, 243 p.
Kimball (John P.), [éd.], Syntax and Semantics I, N ew York, Seminar Press, 1972, 281 p.
King (R obert D.), Ilistorical Linguistics and Generative Grammar, Englewood Cliffs, N ew
Jersey, Prentice-Hall, 1969.
K irchner (Gustav), Die Zehn Hauptverben der Englischen, Halle, Niemeyer, 1952, 605 p.
Klaus (Georg), Semiotik und Erkenntnistheorie, Berlin, Deutsche Verlag der W issenschaften.
1963, 1964 p.
Kleiber (Georges), Problèmes de référence. Descriptions définies et noms propres, Paris,
Klincksieck, 1981.
Du côté de la référence verbale. Les Phrases habituelles, Berne, P. Lang, 1987.
la Sémantique du prototype, Paris, P.U.F., 1990, 208 p.
Kleiber (Georges) et T yvaert (Jean-Emm anuel) [éds], l'Anaphore et ses domaines, Paris,
Klincksieck, 1990, 402 p.
Klein (W olfgang), T Acquisition de langue étrangère, Paris, A. Colin, 1989, 256 p.
Klein (W.) et D ittm ar (N.), Developing Grammars, Berlin, Springer, 1979.
Klum (Am e), Verbe et adverbe, Uppsala, 1961.
Koch (W alter A.), Récurrence and a Three-Modal Approach to Poetry, La Haye. M outon,
1966, 57 p.
Kolsanskij (G. B.), Logique et structure de ta langue, en russe, M oscou, 1965.
K orzybski (Alfred), Science and Sanity, An Introduction to Non-Aristotelian Systems and
General Semantics, N ew York, Science Press, 1933 ; 4e éd., Lakeville, Connect., Institute
of General Semantics, 1958, 806 p.
K otarbinski (Tadeusz), Éléments de ta théorie de la connaissance, de la logique formelle et de
la méthodologie des sciences, en polonais, Varsovie, 1929 ; 2 ' éd., 1961.
K outsoudas (Andréas), Wriling Transformational Grammars, N ew York, McGraw-Hill.
1967.
K rashen (S.), Second Language Acquisition and Second Language Ixarning, Oxford, Pergamon
Press, 1981, 151 p.
K renn (H erw ig) et M üllner (Klaus), Bibliographie zur Transformationsgrammatik, Heidelberg,
W inter, 1968.
Kripke (Saul), la Logique des noms propres, trad. P. Jacob et F. Recanati, Paris, Ed. de
Minuit, 1982, 176 p.
Kristeva (Julia), Recherches pour une sémanalyse, Sêmeiôtikè, Paris, Le Seuil, 1969, 384 p.
le Texte du roman, La Haye, M outon, 1971, 209 p.
Kristeva (Julia), M ilner (Jean-Claude) et R uw et (Nicolas) [éds], Langue, discours, société.
Pour Emile Benveniste, Paris, Éd. du Seuil, 1975, 400 p.
Kristeva (Julia), Rey-Debove (Josette) et U m iker (D onna Jean) [eds.], Essays in Semiotics.
Essais de semiotique, La Haye, M outon, 1971, 649 p.
K ronasser (H einz), Handbuch der Semasiologie, Heildelberg, Cari W inter, 1952, 204 p.
K ukcnheim (Louis), Contribution à l'histoire de la grammaire italienne, espagnole et française
à l'époque de la Renaissance, Amsterdam, North-Holland, 1932.
Esquisse historique de la linguistique française et de ses rapports avec la linguistique générale,
Lcyde, Universitare Pers, 1962, 205 p.
Kiing (Guido), Ontologie und logistiche Analyse der Sprache, Vienne, Springer, 1963 : trad.
anglaise, Ontology and the Logistic Analysis o f Language, Dordrecht, Reidel. 1967, 210 p.
Kuroda (S.-Y.), Aux quatre coins de la linguistique, Paris, Éd. du Seuil, 1979, 286 p.
K urylowicz (Jerzy), Études indo-européennes, I, Cracovie, 1935, 294 p.
Esquisses linguistiques, Varsovie et Cracovie, Polska Akadema Nauk, 1960.
The Inflexional Catégories o f Indo-European, Heidelberg, Cari W inter, 1964.
l.abov (William), The Social Stratification of English in New York City, Washington, D.C.,
Center of Applied Linguistics, 1966, 655 p.
Sociolinguistique, Paris, Éd. de Minuit, 1976 ; trad. de Sociolinguic Patterns, University
of Pennsylvania Press, 1972, 344 p.
le Parler ordinaire, la langue dans les ghettos noirs des États-Unis, Paris, Éd. de M inuit,
1979 ; nouv. éd., 1993, 250 p.
Lacan (Jacques), Ecrits, Paris, Le Seuil, 1966. 912 p.
ladefoged (Peter), Eléments of Acoustic Phonetics, Chicago, University of Chicago Press,
et Édimbourg, University of Edinburg Press, 1962.
Three Areas o f Expérimental Phonetics, Londres, Oxford University Press, 1967, 180 p.
Lado (Robert), Language Testing, Londres, Longmans, 1961, 389 p.
Language Teaching : A Scientific Approach, N ew York, McGraw-Hill, 1964, 239 p.
U fo n (Jean-Claude), Message et phonétique, Paris, P.U.F., 1961, 168 p.
Lafont (R.), le Travail et la langue, Paris. Flammarion, 1978.
l.akoff (George), Irregularity in Syntax, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1970,
207 p.
Linguistics and Natural Logic, Synthese 22, 1970, repris dansD . Davidson and G. Harman,
(eds.), Semantics o f Natural language, D ordrecht, Reidel, 1972 ; trad. fr. Paris,
Klincksieck, 1976, 137 p.
l.akoff (George) et Johnson (M ark), les Métaphores dans la vie quotidienne, trad. M. de
Fomel, Paris, Éd. de M inuit, 1986, 256 p.
I.amb (Sidney M .), Outline o f Stratificational Grammar, Washington, D.C., G eorgetown
University Press, 1966.
Lambert (Karel) [éd.], The Logical Way of Doing Things, N ew Haven, N.J., Yale University
Press, 1969, 325 p.
I.amérand (R aym ond), Syntaxe transformationnelle des propositions hypothétiques du français
parlé, Bruxelles, AIMAV, 1970, 157 p.
l.andar (H.), Language and Culture, Londres, Oxford University Press, 1966.
I.angacker (Ronald W.), language and its Structure, N ew York, Harcourt, Brace and
World, 1968, 372 p.
Eoundations o f Cognitive Grammar I, Standford, Standford University Press, 1987.
L m gendoen (D. Terence), The Study of Syntax. The Generative Transformational Approach
to the Structure o f American English, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1969,
174 p.
Essentials of English Grammar, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1970, 223 p.
la rose (Robert), Théories contemporaines de la traduction, Québec, Presses de l’Université,
1989, 336 p. '
Larousse (Pierre), Grand Dictionnaire universel, Paris, Larousse, 1866-1876, 17 vol.
I.arreya (Paul), le Possible et le nécessaire. Modalités et auxiliaires modaux en anglais britannique,
Paris, N athan, 1984, 380 p.
I nsnik (H ow ard), Essays on Anaphora, D ordrecht, Kluwer Academic Publishers, 1989,
180 p.
I msberg (Heinrich), Romanische Sprachwissenschaft, Berlin, W. de Gruyter, 1956, 2 vol.
Hanaouch der literarischen Rltetorik, Munich, Hueber, 1960, 601 p.
Lecomte (Alain) [éd.], l'Ordre des mois dans les grammaires catégorielles, Paris, Adosa, 1992,
269 p.
Lecom te (Gérard), Grammaire de l'arabe, Paris. P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1967.
Lederer (M arianne) [éd.], Éludes traductologiques, Paris, Lettres modernes, 1990. 286 p.
Lees (R obert B.), The Grammar o f English Nominalizations, Bloomington, Indiana, Indiana
University Press, 1963 ; 4e éd., La Haye, M outon, 1966. 205 p.
The Phonology of Modem Standard Turkish, Bloomington, Indiana, Indiana University
Press, 1964.
Lehiste (lise), Acoustic Characteristics o f Selected English Consonants, La Haye, M outon,
1 9 6 4 , 1 9 7 p.
Sonie Acoustic Characteristics o f Dysarthric Speech, N ew York, Phiebig, 1965, 142 p.
Readings in Acoustic Phonetics, Cambridge, Mass., MIT Press, 1967, 358 p.
L ehm ann (W infred P.) [éd.]. A Reader in Nineteenth Century Historical Indo-European
Linguistics, Bloomington, Indiana University Press, 1967.
L ehm ann (W infred P.) et M alkiel (Yakov) [eds.], Directions for Historical Linguistics : a
Symposium, Austin, Texas, University Press, 1968.
Leisi (Em st), Der Wortinltalt, seine Struktur im Deutschen und Englischen, Heidelberg, 1953.
Lem aréchal (Alain), les Parties du discours, sémantique et syntaxe, Paris, P.U.F., 1989, 272 p.
L em pereur (Alain) [éd.], l'Argumentation, Bruxelles, Mardaga, 1991, 224 p.
Lenneberg (Eric H einz) [éd.], New Directions in the Study of Language, Cambridge. Mass.,
M IT Press, 1964, 194 p.
The Biological Eoundations o f language, N ew York, Wiley, 1967, 489 p.
Lenneberg (Eric H .) et R oberts (John M .), The Language o f Expérience. A Study in
Methodology, Bloomington, Indiana, Indiana University Press, 1956.
Le N y (Jean-François), Science cognitive et compréhension du langage, Paris, P.U.F., 1989.
la Sémantique psychologique, Paris, P.U.F., 1990.
Léon (Pierre R.), laboratoire de langues et correction phonétique. Essai méthodologique,
Philadelphie, Chilton Co., et Paris, Didier, 1962 ; 2” éd., 1968, 275 p.
Essais de phonostylistique, Paris, Didier, 1971, 186 p.
Léon (Pierre R.) et M artin (Philippe), Prolégomènes à l'étude des structures intonatives, Paris,
Didier, 1970, 226 p.
Léon (Pierre), Schogt (H enry) et B urstynsky (Edw ard), la Phonologie, Paris, Klincksieck.
1977, 344 p.
Leopold (W erner F.), Speech Development o f a Bilingual Child. A Lingnistic Record, Evanston,
Illinois, N orth-w estern University Press, 1939-1949, 4 vol.
Bibliography o f Child Language, Evanston. Illinois. N orthw estern University Press, 1952,
116 p.
Lepschy (Giulio C.), La lingüistica strutturale, Turin, Einaudi, 1966 ; trad. fr., la Linguistique
structurale, Paris, Payot, 1966, 240 p.
Leroi-G ourhan (André), le Geste et la parole, Paris, A. Michel, 1964-1965, 2 vol.
Lerond (Alain), l'Habitation en Wallonie malmédienne (Ardenne belge). Etude dialectologique.
Les Termes d'usage courant, Paris, Les Belles Lettres, 1963, 504 p.
Leroux (Robert), l'Anthropologie comparée de Guillaume de llumboldt, Paris, Les Belles
Lettres, 1958, 72 p.
Leroy (M aurice), les Grands Courants de la linguistique moderne, Bruxelles, Presses
universitaires de Bruxelles, et Paris, P.U.F., 1964, 198 p.
Lersch (Laurenz), Die Sprachpliilosophie der Alten, Bonn, 1838-1841, 3 vol.
Lester (M ark) |e d .|, Readings in Applied Transformational Grammar, N ew York, Holt,
Rinehart and W inston, 1970, 314 p.
Introductory Transformational Grammar of English, N ew York. Holt, Rinehart and Winston,
1971, 335 p.
I.evi (Judith N .), Tlte Syntax and Semantics o f Complex Nommais, N ew York, Academic
Press, 1978, 301 p.
I.cvin (Sam uel R.), Linguistic Structures in Poetry, La Haye, M outon, 1962 ; 3e éd., 1969,
64 p.
l.evinson (S. C.), Pragmatics, Cambridge, Cambridge University Press, 1983.
Lévi-Strauss (Claude), Anthropologie structurale, Paris, Pion, 1958, 454 p.
l.evitt (Jesse), The « Grammaire des grammaires » of Girault-Duvivicr, La Haye, M outon,
1968, 338 p.
Lewis (M orris M ichael), Infant Speech, a Study o f the Beginnings o f Speech, N ew York,
H arcourt and Brace, 1936, 335 p.
Lexicologie et lexicographie françaises et romanes. Orientations et exigences actuelles [Actes
du colloque de Strasbourg, 12-16 nov. 1957], Paris, C.N.R.S., 1959, 293 p.
l.ieb (H ans H einrich), Sprachstudium und Sprachsystem ; Umrisse einer Sprachtheorie,
Stuttgart, Kohlhammer, 1970, 306 p.
I.ieberman (Philip), Intonation, Perception and Language, Cambridge, Mass., MIT Press,
1967, 210 p.
Lieberson (Stanley) [éd.], Explorations in Sociolinguistics, N ew York, Humanities. 1967,
191 p.
Lindkvist (Karl G unnar), Studies on the Local Sense of the Prépositions « in, at, on and to »
in Modem English, Lund, Gleerup et Copenhague, Munksgaard, 1950, 428 p.
Linsky (Léonard) [éd.], Semantics and the Philosophy o f Language, Urbana, Illinois,
University of Illinois Press, 1952, 289 p.
Referring, N ew York, H um anities, 1967.
Littré (Emile), Dictionnaire de la langue française, Paris, H achette, 1863-1872, 5 vol.
l.ivet (Charles Louis), la Grammaire française et les grammairiens au xvr ' siècle, Paris, Didier,
1859, 536 p.
Ljudskanov (A.), Traduction humaine et traduction mécanique, Paris, D unod, 1969, 2 vol.
Lockwood (David G.), Introduction to Stratificational Linguistics, N ew York, H arcourt
Brace, 1972, 260 p.
Lohm ann (Johannes), Philosophie und Sprachwissenschaft, Berlin, Duncker und H um blot,
1965, 297 p.
l.ongacre (R obert E.), Grammar Discovery Procédures, La Haye, M outon, 1964.
The Grammar o f Discourse, N ew York, Plénum, 1983.
Lorian (Alexandre), l'Expression de l'hypothèse en français moderne : antéposition et postposition,
Paris, M inard, 1964, 128 p.
Lotman (J. M.), Leçons sur la poétique structurale, en russe, Tartu, 1964.
Louis (Pierre) et Roger (Jacques) [éds], Transfert de vocabulaire dans les sciences, Paris, Éd.
du C.N.R.S., 1988, 340 p.
I.uce (R. D uncan), Bush (R obert R.) et G alanter (Eugene) [eds.], Handbook ofMathetnatical
Psychology, N ew York, Wiley, 1963, 3 vol., 490, 537 et 606 p.
l.ukasiewicz (Jan), Aristotle's Syllogistic from the Standpoint o f Modem Formai Logic, Oxford,
Clarendon Press, 1951 ; 2e éd., 1957.
I u nt (H orace G.) [éd.], Proceedings of the Ninth International Congress ofl.inguists [Cambridge,
Mass., 27-31 août 1962], La Haye, M outon, 1964, 1174 p.
I.uriya (A leksandr R om anovitch), The Rôle of Speech in the Régulation o f Normal and
Abnormal Behavior, trad. du russe, Oxford, Pergamon, 1961, 100 p.
Trautnatic Aphasia : Its Syndromes, Psychology and Treatment, trad. du russe, La Haye,
M outon, 1970, 479 p.
(ed.) The Mentally Retarded Child, trad. du russe, Oxford, Pergamon, 1963, 207 p.
Luriya (Aieksandr Rom anovitch) e t Yudovich (F. I.). Speech and the Development of
.Mental Processes in the Child, trad. du russe, Londres, Staples Press, 1959, 126 p.
Lyons 0ohn), Structural Semantics. An Analysis o f Part of the Vocabulary o f Plato, Oxford,
Blackwell, 1963, 237 p.
Introduction to Theoretical Linguistics, Cambridge, Cambridge University Press, 1968,
519 p. ; trad. fr. Linguistique générale. Introduction à la linguistique théorique, Paris,
Larousse, 1970, 384 p.
Chomsky, Londres, Collins, 1970, 120 p. ; trad. fr. Paris, Seghers, 1971, 183 p.
Semantics I, Cambridge, University Press, 1977 ; trad. fr. Éléments de sémantique, par
J. Durand, Paris, Larousse, 1978, 296 p.
Semantics II, Cambridge, University Press, 1978 ; trad. fr. Sémantique linguistique, par
J. D urand et D. Boulonnais, Paris, Larousse, 1980, 496 p.
(ed.) New Horizons in Linguistics, H arm ondsw orth, Penguin, 1970, 367 p.
Lyons (John) et W ales (Roger J.) [eds.], Psycltolinguistics Papers : The Proceedings o f the
Edinburgh Conférence, Édimbourg, University Press, 1966, 243 p.
M cC aw ley (James D.), The Phonological Component o f a Grammar o f Japanese, La Haye,
M outon, 1968, 208 p.
Grammar and Meaning, N ew York, Academic Press, 1976, 388 p.
Everything that Linguists have always wanted to know about Logic, Chicago, The University
of Chicago Press, 1981, 508 p.
M clntosh (Angus), An Introduction to a Survey o f Scottish Dialects, Édimbourg, Nelson,
1952.
M clntosh (Angus) et H alliday (M ichael A lexander Kirkwood), Patterns o f Language :
Papers in General Descriptive and Applied Linguistics, Londres, Longmans, 1966, 199 p.
M cNeill (David), The Acquisition o f Language. The Study of Developmental Psycholinguistics,
N ew York, H arper and Row, 1970, 183 p.
M agnusson (Rudolf), Studies in the Theory o f the Parts o f Speech, Lund, Gleerup et
Copenhague, Munksgaard, 1954, 120 p.
M ahm oudian (M.), Linguistique fonctionnelle : débats et perspectives, Paris, P.U.F., 1980,
344 p.
M ainguenau (Dom inique), Initiation aux méthodes de l'analyse du discours. Problèmes et
perspectives, Paris, Hachette, 1976, 192 p.
Approche de dénonciation en linguistique française, Paris, H achette, 1981.
Genèses du discours, Bruxelles, Mardaga, 1984.
TAnalyse du discours, Paris, Hachette, 1991, 268 p.
M alherbe (Michel), les Langages de l'humanité, Paris, Seghers, 1983, 444 p.
M alm berg (Bertil), la Phonétique, Paris, P.U.F., « Q ue Sais-je ? », 1954 ; rééd. en 1993,
128 p.
Structural Linguistics and Human Communication, Berlin, Springer, 1963, 210 p.
New Trends in Linguistics, Stockholm, 1964 ; trad. fr. les Nouvelles Tendances de la
linguistique, Paris, P.U.F., 1966, 343 p.
les Domaines de la phonétique, en suédois, Stockholm, 1969; trad. fr. P.U.F., 1971,
300 p.
Phonétique générale et romane, La Haye, M outon, 1971, 478 p.
le Langage, signe de l'humain, Paris, Picard, 1979, 292 p.
Histoire de la linguistique, Paris, P.U.F., 1991, 496 p.
(cd.) A M anual of Phonetics, Amsterdam, North-Holland, 1968.
M arccllcsi (Jean-Baptiste), le Congrès de Tours, études sociolinguistiques, Paris, Le Pavillon-
Rogcr Maria, 1971, 357 p.
M aied lesi (|can-B aptiste) et G ardin (Bernard), Introduction à la sociolinguistique, Paris,
Larousse, 1974, 264 p.
M archand (H ans), The Catégories and Types o f Present-Day English Word Formation,
W iesbaden, O. H arrassow itz, 1960, 379 p.
Marchello-Nizia (C.), Histoire de la langue française aux x tv ‘ et X V ' siècles, Paris, Bordas,
1979 ; nouv. éd., D unod, 1993, 384 p.
M arcus (M itchel P.), A Theory of Syntactic Récognition for Natural language, Cambridge,
Mass., MIT Press, 1980, 336 p.
M arcus (Solom on), Lingüistica Matematicà, Bucarest, 1963 ; nouv. éd., Introduction
mathématique à la linguistique structurale, Paris, D unod, 1967, 292 p.
Grammatici si automate finite, Bucarest, 1964.
Poetica Matematicà, Bucarest, F.d. academiei, 1970, 400 p.
M arin (Louis), Le récit est un piège, Paris, Éd. de Minuit, 1978, 152 p.
M arouzeau (Jules), la Linguistique ou Science du langage, Paris, Geuthner, 1921 ; 3 ' éd.
1950, 127 p.
Lexique de la terminologie linguistique, Paris, Geuthner, 1931 : 3e éd. 1951, 265 p.
Précis de stylistique française, Paris, Masson, 1940, 174 p.
M arr (Nikolai lakovlevitch), Der Japlietische Kaukasus und das dritte ethnische Element im
Bilduttgsprozess der mittelandischen Kultur, en russe, Moscou, 1920 ; trad. allemande,
Stuttgart, Kohlhammer, 1923, 76 p.
M artin (Richard M ilton), Truth and Dénotât ion, a Study in Semantical Theory, Chicago,
University Press, 1958, 304 p.
M artin (Robert), le Alot « rien » et ses concurrents en français, du x rv f siècle à l'époque
contemporaine, Paris, Klincksieck, 1966, 340 p.
Temps et Aspect. Essai sur l'emploi des temps narratifs en moven français, Klincksieck, 1971,
451 p.
Pour une logique du sens, Paris, P.U.F., 1983.
Langage et croyance, Bruxelles, Mardaga, 1987.
M artinet (André), Phonologv as Eunctional Phonetics, Londres. O xford University Press,
1949.
la Prononciation du français contemporain 194$, Genève. Droz, 1954 ; 2‘ éd., 1971, 249 p.
Économie des changements phonétiques. Traité de phonologie diachronique, Berne, A. Francke.
1955 ; 2e éd., 1964, 396 p.
la Description phonologique, avec application au parler franco-provençal d'Ilauteville (Savoie),
Genève, D roz, et Paris, M inard, 1956, 109 p.
Eléments de linguistique générale, Paris, A. Colin, 1960 ; 3e éd., 1991, 224 p.
A Functiottal View o f Language, Oxford, Clarendon Press, 1962 ; trad. fr. Langue et
Fonction, Paris, Gonthier, 1971, 224 p.
la Linguistique synchronique, études et recherches, Paris, P.U.F., 1965, 248 p.
le Français sans fard, Paris, P.U.F., 1969, 224 p.
Grammaire fonctionnelle du français, Paris, Credif, 1979, 276 p.
Des steppes aux océans. L'Indo-Européen et les Indo-Européens, Paris, Payot, 1986, 274 p.
Syntaxe générale, Paris, A. Colin, 1985, 224 p.
Fonction et dynamique des langues, Paris, A. Colin, 1989, 208 p.
Mémoires d'un linguiste, Paris, Q uai Voltaire, 1993, 300 p.
(éd.) le Langage, Paris, Gallimard, « Encycl. de la Pléiade », 1968, 1544 p.
(éd.) Linguistique, guide alphabétique, Paris, Denoël-Gonthier, 1969, 490 p.
M artinet (André) et W alter (H enriette), Dictionnaire de ta prononciation française dans son
usage réel, Paris, France-Expansion, 1973, 932 p.
M artinet (André) et W einreich (Uriel) [eds.], Linguistics to day, N ew York, Linguistic
Gircle of N ew York, 1954, 280 p.
M arty (Anton), Untersuchiwgen zur Grundlegung der allgemeinen Grammatik und Sprachplti-
losophie, Halle, H. Niemeyer, 1908.
Psyché und Sprachstruktur, Berne, Francke, 1940.
M athiot (M adeleine), An Approach to the Cognitive Study o f Language, N ew York,
H um anities, 1968.
M atoré (Georges), le Vocabulaire et la Société sous Louis-Philippe, Genève. D roz, 1951,
371 p.
la Méthode en lexicologie. Domaine français, Paris, Didier, 1953 ; nouv. éd., 1963, 127 p.
l'Espace humain, Paris, La Colombe, 1962, 208 p.
Histoire des dictionnaires français, Paris, Larousse, 1968, 208 p.
M aurer (K.) [éd.], Poetica. Zeitschrift fiir Sprach und Literaturwissenschaft, Munich, Fink,
1967 et suiv.
M ay (Robert) et Koster (Jan) [eds.], Levels o f Syntactic Représentation, D ordrecht, Foris
Publications, 1981, 302 p.
M azaleyrat (Jean) et M olinié (Georges), Vocabulaire de la stylistique, Paris, P.U.F., 1989.
379 p.
M ehler (Jacques) [éd.], Cognitive Psychology Handbook, Englewood Cliffs, N ew Jersey.
Prentice-Hall, 1970.
M eigret (Louis), le Tretté de la grammaire française, Paris, 1550.
M eillet (Antoine), Introduction à l'étude comparative des langues indo-européennes, Paris,
H achette, 1903 ; 8e éd., 1937, réimpr. 1964.
les Dialectes indo-européens, Paris, Champion,. 1908 ; 2e éd. 1922, 142 p.
Aperçu d'une histoire de la langue grecque, Paris, H achette, 1913 ; 7e éd., Klincksieck,
1965, 344 p.
Caractères généraux des langues germaniques, Paris, H achette, 1917 ; 7e éd., 1949, 242 p.
les Langues dans l'Europe nouvelle, Paris, Payot, 1918 ; 2' éd., 1928.
Linguistique historique et linguistique générale, Paris, Cham pion et Klincksieck, 1921-1936,
2 vol. ; t. I, 335 p., rééd., 1958 ; t. II, 235 p., rééd., 1952.
la Méthode comparative en linguistique, Paris et Oslo, 1925, rééd. Cham pion, 1966.
117 p.
Esquisse d'une histoire de la langue latine, Paris, Hachette, 1928 ; nouv. éd. avec une
bibliographie par J. Perrot, Klincksieck, 1966, 296 p.
M eillet (Antoine) et C ohen (Marcel) [éds], les Langues du monde, Paris, Champion.
1924 ; 2e éd., C.N.R.S., 1952, 1 296 p.
M eillet (Antoine) et V endryes (Joseph), Traité de grammaire comparée des langues classiques,
Paris, Cham pion, 1924 ; 3e éd., 1963.
M el’cuk (I. A.), Analyse syntaxique automatique, en russe, Novosibirsk, 1964.
Dictionnaire explicatif et combinatoire du français contemporain ; recherches lexico-sémantiques,
I, M ontréal, Presses de l’Université, 1984.
M énage (Gilles), Observations sur la langue française, Paris, 1672.
M enyuk (Paula), Sentence Children Use, Cambridge, Mass., M IT Press, 1969, 165 p.
M eschonnic (H enri), Pour la poétique. Essai, Paris, N.R.F. Gallimard, 1970, 180 p. ;
tom e II, Épistémologie de l'écriture. Poétique de la traduction, 1973 ; tom e III, Une parole
écriture, 1973 ; tom e IV (2 vol.), 1977.
Des mots et des mondes. Dictionnaires, encyclopédies, grammaires, nomenclatures, Paris, Hatier,
1991, 311 p.
(éd.), le Langage comme défi, Presses universitaires de Vincennes, 1992, 290 p.
Méthodes de la grammaire. Tradition et nouveauté [Actes du colloque tenu à Liège, 18-
20 nov. 1964], Paris, Les Belles Lettres, 1966, 195 p.
M etz (Christian), Essais sur la signification au cinéma, Paris, Klincksieck, 1967, 246 p.
Langage et cinéma, Paris, Larousse, 1971, 224 p.
M cycr-l.übke (W ilhelm), Grammatik der romanischen Sprachen, Leipzig, Reisland, 1890-
1906, 4 vol.
VI I V
Einführung in das Studium der romanischen Sprachwissenschaft, Heidelberg. Cari Winter,
1901, 224 p.
Historische Grammatik der franzôsischen Sprache, Heidelberg, Cari W inter, 1913.
Michaels (L.) et Ricks (C.), The State of the Language, Stanford, California University
Press, 1980, 624 p.
Milic (Louis T.), Style and Stylistics. An annotated Bibliographv, N ew York, Free Press,
1968.
Miller (George A.), Language and Communication, N ew York, McGraw-Hill. 1951 ; trad.
fr. Langage et Communication, Paris, P.U.F., 1956, 404 p.
Miller (George A.) et G alanter (Eugene), Plans and the Structure o f Behavior, N ew York,
H olt and Co., 1960.
Miller (Philippe) et Torris (Thérèse), Formalismes syntaxiques pour le traitement automatique
du langage, Paris, Hermès, 1992, 360 p.
Miller (R obert L.), The Linguistic Relativity Principle and Humboldtian Ethnolinguistics, La
Haye, M outon, 1968, 127 p.
M ilner (Jean-Claude), De la syntaxe à l'interprétation. Quantités, insultes, exclamations, Paris,
Éd. du Seuil, 1978, 408 p.
Ordres et raisons de langue, Paris, Éd. du Seuil, 1982.
T Amour de la langue, Paris,Éd. du Seuil, 1978.
les Noms indistincts, Paris, Éd. du Seuil, 1983.
Introduction à une science du langage, Paris, Éd. du Seuil, 1989, 710 p.
Misra (Vidya N iw as), The Descriptive Technique ofPânini, La Haye, M outon, 1967, 175 p.
M itterand (Henri), les Mots français, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1960.
M oeschler (J.), Dire et Contredire. Pragmatique de la négation et acte de réfutation dans la
conversation, Berne-Francfort, Peter Lang, 1982.
Modélisation du dialogue. Représentation de l'inférence argumentative, Paris, Hermès, 1989.
Argumentation et conversation. Éléments pour une analyse pragmatique du discours, Paris,
Hatier, 1985.
M ohrm ann (Christine), Som m erfelt (Alf) et W hatm o u g h t [eds.], Trends in European
and American Linguistics, '1930-1960, Anvers et Utrecht, Spectrum, 1961.
M ohrm ann (Christine), N orm an (F.) et Som m erfelt (Alf) [eds.], Trends in Modem
Linguistics, Anvers et Utrecht, Spectrum, 1963, 118 p.
M oignet (Gérard), Essai sur le mode subjonctif en latin post-classique et en ancien français,
Paris, P.U.F., 1959, 2 vol.
les Signes de l'exception dans l'histoire du français, Genève, Droz, 1959, 248 p.
lAdverbe dans la locution verbale, Québec, Presses de l’Université Laval, 1961, 36 p.
le Pronom personnel français. Essai de psycho-systématique historique, Paris, Klincksieck.
1965, 180 p.
M oirand (Sophie), Une histoire de discours. Une analyse des discours de la revue « le Français
dans le monde », W é-t-W Sl, Paris, H achette, 1988, 802 p.
Mol< (Q uirinus Ignatius M aria), Contribution à l'étude des catégories morphologiques du genre
et du nombre dans le français parlé actuel, Paris, M outon, 1968, 159 p.
Moles (Abraham ), Théorie de l'information et perception stylistique, Paris, Flammarion, 1958,
224 p.
Moles (A braham ) et V allancien (B.), Phonétique et Phonation, Paris, Masson, 1966, 258 p.
(éds) Communications et langages, Paris, Gauthier-Villars, 1963, 215 p.
Moles (sous la direction d ’A braham ), assisté de Z eltm ann (Claude), la Communication,
Paris, Centre d ’étude et de prom otion de la lecture, 1971, 576 p.
Molho (M aurice), Linguistique et Langage, Bordeaux, Ducros, 1969, 164 p.
M olinlé (Georges), Éléments de stylistique française, Paris, P.U.F., 1987, 224 p.
M onnerot-D um aine (M aurice), Précis d'interlinguistique générale e.i spéciale, Paris, Maloine.
1959, 211 p.
M ontague (Richard), Formai philosophy. Selected Papers of Richard Montague, éd. par
R. H. T hom ason, N ew Haven, Yale University Press, 1974.
M orel (M ary-Annick) et Danon-Boileau (Laurent) [éds], la Deixis, Paris, P.U.F., 1992,
672 p.
M orier (H enri), Dictionnaire de poétique et de rhétorique, Paris, P.U.F., 1961, 492 p.
M orris (Charles W .), Signs, Language and Behavior, Englewood Cliffs. N.J., Prentice-Hall,
1946 ; nouv. éd., 1955, 365 p.
Signification and Signifiance, Cambridge, Mass., MIT Press, 1964.
M oser (Hugo), Deutsche Sprachgeschichte, Stuttgart, 1957.
M otsch (Wolfgang), Syntax des deutschen Adjektivs, Berlin, Akademie Verlag, 1966.
M ouloud (Noël), Uingage et Structures, Paris, Payot, 1969, 252 p.
M ounin (Georges), les Problèmes théoriques de la traduction, Paris, Gallimard, 1963, 297 p.
la Machine à traduire. Histoire des problèmes linguistiques, La Haye, M outon, 1964, 209 p.
Histoire de la linguistique, des origines au x x c siècle, Paris, P.U.F., 1967 ; 2e éd., 1970.
Clefs pour la linguistique, Paris, Seghers, 1968, 190 p. ; nouv. éd. 1971.
Saussure ou le Structuraliste sans le savoir, Paris, Seghers, 1968, 191 p.
Introduction à la sémiologie, Paris, Éd. de Minuit, 1970, 251 p.
Clefs pour la sémantique, Paris, Seghers, 1972, 268 p.
Dictionnaire de la linguistique, Paris, P.U.F., 1974. 340 p.
Linguistique et philosophie, Paris, P.U.F., 1975, 216 p.
la Linguistique du x x ‘ siècle, Paris, P.U.F., 1975, 256 p.
M ow rer (O rval H obart), Learning Theory and the Symbolic Processes, N ew York, Wiley,
1960.
M ulder (Johannes W . F.), Sets and Relations in Phonology. An Axiomatic Approach to the
Description o f Speech, Oxford, C larendon Press, 1968, 259 p.
M uller (Bodo), le Français d'aujourd'hui, Paris, Klincksieck, 1985, 302 p.
M uller (Charles), Essai de statistique lexicale : « l'illusion comique. », Paris. Klincksieck, 1964,
204 p.
Étude de statistique lexicale : le vocabulaire du théâtre de Pierre Corneille, Paris, Larousse.
1967, 380 p.
Initiation à la statistique linguistique, Paris, Larousse, 1968, 249 p.
M uller (Claude), la Négation en français. Syntaxe, sémantique et éléments de comparaison avec
les autres langues romanes, Genève, D roz, 1991, 470 p.
M undle (C. W. K.), A Critique o f Linguistic Philosophy, Londres, Oxford University Press.
1970, 292 p.
M ynarek (H ubertus), Mensch und Sprache, iiber Vrsprung und Wesen der Sprache in ihrer
anthropologischen Valenz, Fribourg, Herder. 1967, 160 p.
N ash (Rose), Multilingual Ixxicon o f Linguistics and Philology : English, German, Russian,
French, Paris, Klincksieck, 1969, 390 p.
Nef (F.), Sémantique et référence temporelle en français moderne, Berne, Peter Lang, 1986.
N ida (Eugene Albert), Morphology : the Descriptive Analysis o f Words, Ann Arbor, Michigan.
University Press, 1949, 342 p.
Outline o f Descriptive Syntax, Glendale, Calif., 1951.
Message and Mission, the Communication o f Christian Faith, N ew York, H arper and Row,
I960.'
A Synopsis of English Syntax, Norman, O klahom a, Summer Institute of Linguistics,
I960 ; 2" éd., La Haye, M outon, 1966, 174 p.
lomirds d Science o f Translating, Leyde, Brill, 1964, 331 p,
N ique (Christian), Grammaire générative : hypothèses et argumentation, Paris, A. Colin.
1978, 208 p.
Initiation méthodique à la grammaire générative, Paris, A. Colin, 1991, 176 p.
N olan (R.), Foundations for an Adequate Criterion o f Paraphrase, La Haye, M outon, 1970.
N yrop (Kristoffer), Grammaire historique de la langue française, Copenhague, Gyldendal,
1899-1930, 6 vol.
Etudes de grammaire française, Copenhague, Hôst, 1919-1929, 7 vol.
O ettinger (A nthony G.), Automatic Language Translation, Cambridge, Mass., Harvard
University Press, 1960.
O gden (Charles Kay), Opposition, Londres, P. Kegan, 1932 ; rééd., Bloomington, Indiana,
University Press, 1967, 103 p.
O gden (Charles Kay) et Richards (Ivor A rm strong), The Meaning o f Meaning, Londres,
P. Kegan, 1923 ; 8e éd., Roudedge et Kegan, 1946.
O h m an (Suzanne), Wortinhalt und Weltbild, Stockholm, 1951.
Oldfield (Richard Charles) et M arshall (J. C.) [eds.J, language : Selected Readings,
H arm ondsw orth, Penguin Books, 1968, 392 p.
O Ishew sky (Thom as M .) [éd.], Problems in the Philosophy o f Language, N ew York, Holt,
Rinehart and W inston, 1969, 774 p.
O lsson (Yngre), On the Syntax o f the English Verh : with Spécial Reference to « hâve a Look »
and Similar Complex Structures, Stockholm et Uppsala, Gothenburg, 1961.
O m brédane (André), l'Aphasie et l'élaboration de la pensée explicite, Paris, P.U.F., 1951,
444 p.
O rrick (Allan H.), Nordica et Anglica : Studies in Honor o f Stefan Einarsson, La Haye,
M outon, 1968, 196 p.
O rtigues (Edm ond), le Discours et le Symbole, Paris, Aubier, 1962.
O sgood (Charles Egerton), Method and Theory in Expérimental Psychology, Londres, Oxford
University Press, 1953, 800 p.
O sgood (Charles Egerton) et coll., The Aleasurement o f Meaning, Urbana, Illinois,
University Press, 1957, 342 p.
O sgood (Charles Egerton) et Sebeok (Thom as A.) [eds.], Psycholinguistics. A Survey of
Psycholinguistic Research, 1954-1964, Bloomington, Indiana University Press, 1965, 307 p.
O sthoff (H erm ann), Das Verbum in der Nominalkomposition itn Deutschen, Griechischen,
Slavischen und Romanischen, Iéna, 1878, 372 p.
Zur Geschichte des Perfects in Indogermanischen, mit besonderer Rücksicht a u f Griechisch und
lateinisch, Strasbourg, Trübner, 1884, 653 p.
O sthoff (H erm ann) et B rugm ann (Karl), Alorphologische Untersuchungen a u f dem Gebiete
der indogermanischen Sprachen, Leipzig, Hirzel, 1878-1910, 3 vol.
Pagès (Robert), le Langage, textes et documents philosophiques, Paris, Hachette, 1959, 96 p.
l’aget (Richard A rthur Surtees), Human Speech, Londres, Kegan, 1930, 360 p.
l’alm er (Frank Robert), A Linguistic Study o f the F.nglish Verb, Londres, Longmans, 1965 ;
3” éd., 1968, 199 p.
,
(ed.) Prosodie Analysis Londres, O xford University Press, 1971, 284 p.
l'ap (Arthur), Eléments o f Analytic Philosophy, N ew York, Macmillan, 1949, 526 p.
An Introduction to the Philosophy o f Science, Glencoe, Illinois, Free Press, 1962.
l’app (Ferenc), Mathematical Linguistics in the Soviet Union, La Haye, M outon, 1966, 165 p.
l'aquot (Annette), les Québécois et leurs mots, Québec, Presses de l’Université Laval, 1989.
l’ariente (Jean-Claude), le langage et l'individuel, Paris, A. Colin, 1972, 312 p.
T Analyse du langage à Port-Royal, Paris, Éd. de Minuit, 1985, ,388 p.
(éd.), Essais sur le langage [textes de E. Cassirer, A. Sechehaye, W. Doroszewski,
K. Bühler, etc.], Paris, Ed. de Minuit, 1969, 348 p.
Parret (H erm an), Language and Discourse,_La Haye, M outon, 1971, 292 p.
(éd.), le Sens et ses hétérogénéités, Paris, Éd. du C.N.R.S., 1991, 300 p.
(éd.), Temps et discours, Presses universitaires de Louvain, 1993. 268 p.
Passy (Paul-Édouard), Etude sur les changements phonétiques et leurs caractères généraux, Paris,
D idot, 1890.
Paul (H erm ann), Principien der Sprachgeschichte, Halle, Niemeyer, 1880 ; 2e éd., 1886.
Paulus (Jean), la Fonction symbolique et le langage, Bruxelles, C. Dessart, 1969, 173 p.
Pavel (Thom as), le Mirage linguistique. Essai sur la modernisation intellectuelle, Paris, Éd. de
Minuit, 1988, 210 p.
Pêcheux (Michel), Analyse automatique du discours, Paris, D unod, 1969, 152 p.
les Vérités de La Palice, Paris, M aspéro, 1975, 278 p.
l'inquiétude du discours (textes choisis et présentés par D. Maldidier), Paris, Éd. des
Cendres, 1990, 334 p.
Pedersen (Holger), Linguistic Science in the Nineteenth Century, éd. danoise, 1924 ; trad.
par J. W. Spargo, Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1931 ; réimpr., Tlte
Discovery of Language, Bloomington, Indiana, University Press, 1959.
Pei (M ario), The Story o f Language, Londres, Allen and Unwin, 1952 ; 2 ' éd., 1966,
491 p. ; trad. fr., Histoire du langage, Paris, Payot, 1954, 298 p.
Invitation to Linguistics : a Basic Introduction to the Science o f Language, Londres, Allen
and Unw in, 1965, 266 p.
Clossary o f Linguistic Terminology, N ew York, D oubleday, 1966, 299 p.
Peirce (Charles Sanders), Selected Writings, éd. par Ph. P. Wiener, N ew York, Dover,
1958.
Collected Papers, Cambridge, Mass., Harvard Univ. Pr., 1960, 8 vol.
Penfield (W ilder) et Roberts (Lamar), Speech and Brain-Mechanisms, Princeton, University
Press, 1959, 286 p. ; trad. fr. Langage et Mécanismes cérébraux, Paris. P.U.F., 1963,
311 p.
Pergnier (M aurice), le Mot, Paris, P.U.F., 1986, 128 p.
les Fondements sociolinguistiques de la traduction, Presses universitaires de Lille, 1993,
280 p.
P erlm utter (David M .), Deep and Surface Structure Contraints in Syntax, N ew York, Holt,
Rinehart and W inston, 1971, 137 p.
Perrin (Isabelle) [éd.], Approches énonciatives de l'énoncé complexe, Paris. Peeters. 1992,
143 p.
P errot (Jean), la Linguistique, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1953 ; 8' éd., 1969.
Peterfalvi (Jean-Michel), Introduction à la psycholinguistique, Paris, P.U.F., 1970, 160 p.
Petitot C orcorda (Jean), Morphogenèse du sens, Paris, P.U.F., 1985, 320 p.
Peytard (Jean), Syntagmes. Linguistique française et structures du texte littéraire, Paris, Les
Belles Lettres, 1971, 289 p.
Piaget (Jean), la Formation du symbole chez l'enfant, Neuchâtel, Delachaux et Niestlé, 1945,
314 p.
Piaget (Jean) [sous la dir. de], Logique et connaissance scientifique, Paris, Gallimard, « Encycl.
de la Pléiade », 1967, 1 345 p.
Piattelli-Palmarini (M assim o) [éd.], Théories du langage, théories de l'apprentissage, Paris,
Éd. du Seuil, 1979, 534 p.
Picabra (I.élia), Éléments de grammaire générative. Applications au français, Paris, A. Colin,
1975, 122 p.
Plcoche (Jacqueline) et M archello-Nizia (Christiane), Histoire de la langue française, Paris,
N athan, 1989, 400 p.
XLVIII
l'Ic ion (H enri), Vocabulaire de la psychologie, Paris, P.U.F., 1951 ; 4e éd., 1968.
P lcm cn s (Michel), la Tour de Babil. La Fiction du signe, Paris, Éd. de M inuit, 1976. 176 p.
Plkc (K enneth L.), Phonetics, Ann Arbor, University of Michigan Press, 1943.
///r Intonation o f American English, Ann Arbor, University of Michigan Press, 1945.
l'kmemics, a Technique for Reducing Language to Writing, Ann Arbor, Univ. of Michigan
l'rcss, 1947.
I iinguage in Relation to a Unified Theory o f the Structure o f Human Behavior, Blendale,
Calif., 1954-1960, 3e vol. ; 2e éd., La Haye, M outon, 1967.
l'Inchon (Jacqueline), tes Pronoms adverbiaux « en » et « y », Genève, Droz, 1972, 398 p.
l'Inker (Steven), language Learnability and Ijinguage Development, Cambridge, Mass.,
I larvard University Press, 1984, 436 p.
l'iiu u (M assim o), Problemi di filosofia dei linguaggio, Cagliari, Editrice Sarda, 1967, 152 p.
l'ulitzer (Robert), Foreign Language Learning, Englewood Cliffs, N.J., Prentice-Hall, 1965.
I‘n|> (Sever), la Dialectologie. Aperçu historique et méthodes d'enquêtes linguistiques, Louvain
et Gembloux, Duculot, 1950, 2 vol.
l'nrset (Charles) [éd.], Varia Lingüistica, vol. 4 [textes de Maupertuis, Turgot, Condillac,
Du Marsais et A. Smith], Bordeaux, Ducros, 1970, 353 p.
l'nite (J.), Recherche sur la théorie générale des systèmes formels et sur les systèmes connectifs,
l ouvain, Nauwelaerts, et Paris, Gauthier-Villars, 1965, 146 p.
l'orzig (W alter), Das Wunder der Sprache, Berne, A. Francke, 1950, 415 p.
Die Cliederung des indogermanischen Spradtgebiets, Heidelberg, C. W inter, 1954, 251 p.
Postal (Paul M artin), Constituent Structure : A Study o f Contemporary Models o f Syntactic
Description, Bloomington. Indiana University Press, et La Haye. M outon. 1964 ; 3e éd.
1969.
Aspects o f Phonological Theory, N ew York, H arper and Row, 1968, 326 p.
Cross-Over Phenomena, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1971, 262 p.
< ht Raising. One Rule o f English Grammar and Its Theoretical Implications, Cambridge,
MIT Press, 1974, 447 p.
l'olter (Ralph Kimball) et coll., Visible Speech, N ew York, Van N ostrand, 1947, 441 p.
l'ottier (Bernard), Systématique des éléments de relation. Etude de morphosyntaxe structurale
romane, Paris, Klincksieck, 1962, 380 p.
Recherches sur l'analyse sémantique en linguistique et en traduction mécanique, Publ. Fac. des
l.ettres de Nancy, 1963.
Introduction à l'étude de la philologie hispanique : Phonétique et phonologie espagnole, Paris,
l.diciones hispano-americanas, 1965, 103 p.
Introduction à l'étude des structures grammaticales fondamentales, Publ. Fac. des Lettres de
Nancy, 1966.
Introduction à l'étude de la morphosyntaxe espagnole, Ediciones hispano-americanas, 1966.
125 p.
Présentation de la linguistique, fondements d'une théorie, Paris, Klincksieck, 1967, 78 p.
C,rammaire de l'espagnol, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1969.
théorie et analyse en linguistique, Paris, H achette, 1987.
Sémantique générale, Paris, P.U.F., 1992, 240 p.
(éd.), les Sciences du langage en France au XXe siècle, Paris, Selaf, 1980, 2 vol. ; nouv.
éd. Peeters-France, 1992, 758 p.
l'outsm a (H.), ^4 Grammar of Late Modem English, t. I : The Sentence ; t. II : Part o f Speech ;
I III : The Verb and the Particles, Groningue, Noordhoff, 1926-1928, 3 vol.
l'rmidi (M ichele), Sémantique du contresens. Essai sur la forme interne du contenu des phrases,
Paris, Éd. de Minuit, 1987, 224 p.
l'iicto (Luis), Principes de noologie : fondements de la théorie fonctionnelle du signifié, La Haye,
M outon, 1964, 130 p.
Messages et signaux, Paris, P.U.F., 1966, 168 p.
Etudes de linguistique et de sémiologie générale, Genève, D roz, 1975, 196 p.
Pertinence et pratique, Paris, Éd. de M inuit. 1975, 176 p.
Principes (The) of the International Association, Londres, 1949.
Prior (A rthur N.), Formai Logic, Oxford, Clarendon Press, 1955 ; 2‘ éd. 1962, 341 p.
Time and Modality, Oxford, C larendon Press, 1957, 148 p.
Papers on Time and Tense, Oxford, Clarendon Press, 1968, 166 p.
Puhvel (Jaan) [éd.] , Substance and Structure o f Language, Berkeley, University of California
Press, 1969, 223 p.
Pulgram (Ernst), Introduction to the Spectrography of Speech, La Haye, M outon, 1959.
Purtill (Richard L.), Logical Thinking, N ew York, H arper and Row, 1972, 157 p.
Q ueliet (Henri), les Dérivés latins en « -or ». Etude lexicographique, statistique, morphologique
et sémantique, Paris, Klincksieck, 1970, 247 p.
Q uem ada (Bernard), Introduction à l'étude du vocabulaire médical, 1600--I7'IO, Paris, Les
Belles Lettres, 1955.
les Dictionnaires du français moderne (-I539-'I86$). Etudes sur leur histoire, leurs types et leurs
méthodes, Paris, Didier, 1968, 684 p.
Q uine (W illard van O rm an), From a Logical Point o f View, Cambridge, Mass., Harvard
University Press, 1953.
Word and Object, Cambridge, Mass., MIT Press, 1960, 294 p.
Q uirk (Randolph), The Use o f English (avec des com plém ents de A. C. G imson et
J. Warburg), Londres, Longmans, 1962 ; 2 ' éd. 1968, 333 p.
Q uirk (R andolph) et G reenbaum (Sidney), A University Grammar o f English, Londres,
Longmans, 1973, 484 p.
Raja (K. K.), Indian Theories o f Meaning, M adras, 1963.
R am at (Paolo), Typologie linguistique, Paris, P.U.F., 1985, 140 p.
Ram irez de la Lastra (Carlo) et Garcia Vives (Miguel), les Réflexes linguistiques, Paris,
P.U.F., 1981, 232 p.
Ram us (Pierre de la Ramée, dit), Grantère, Paris, 1562 ; nouv. éd., Grammaire, 1572.
Rask (Ram us C hristian), Investigation sur l'origine du vieux norrois ou islandais, en danois,
Copenhague, 1818.
A Grammar of the Anglo-Saxon longue, trad. du danois, Copenhague, 1830 : 2e éd.,
Londres, 1865.
A Grammar o f the Icelandic or Old Norse 'longue, trad. du suédois, Londres, 1843, 272 p.
Raskin (Victor), Semantic Mechanisms o f Ilumor, D ordrecht, D. Reidel, 1985, 284 p.
Rastier (François), Sémantique interprétative, Paris, P.U.F., 1987, 288 p.
Sémantique et recherche cognitives, Paris, P.U.F., 1991, 272 p.
Reboul (Olivier), Introduction à la rhétorique, Paris, P.U.F., 1991, 238 p.
Récanati (François), la Transparence et l'énonciation, Paris, Éd. du Seuil, 1979.
les Énoncés performatifs, Paris, Éd. de M inuit, 1981, 288 p.
Reform atski (A. A.), Introduction à la linguistique, en russe, Moscou, 1955.
Reibel (David D.) et Schane (Sanford A.) [eds.], Modem Studies in English. Readings in
Transformational Grammar, Englewood Cliffs, N. J., Prentice-Hall, 1969, 481 p.
Rcichcnbach (Hans), F.lements o f Symbolic Logic, N ew York et Londres, Macmillan, 1947,
437 p.
Reichler (Claude) et coll., l'interprétation des textes, Paris, Éd. de M inuit, 1989, 232 p.
Renou (Louis) [éd.], la Grammaire de Pâttini. Texte sanscrit, traduction française avec
extraits du com mentaires, Paris, École française d'Extrême-Orient, 1948-1954 ; nouv.
éd., 1966, 2 vol.
I.
Rruck (A. V. S. de) et O ’C onnor (M.) [eds.], Symposium on Disorders o f language,
Londres, Churchill, 1964, 356 p.
Krvcsz (Géza) [éd.], Tltinking and Speaking : a Symposium, Amsterdam, North-Holland.
1954, 205 p.
( )rigins and Preliistory o f Ixinguaçe, trad. de l'allem and, New York, Philosophical Library.
1956, 240 p.
Krvzin (Isaac Iosifovitch), les ^Modèles linguistiques, en russe, M oscou, 1962 ; trad. fr.
Paris, D unod, 1968, 212 p.
Rfy (Alain), la Lexicologie, Paris, Klincksieck, 1970, 324 p.
I.ittré, l'humaniste et les mots, Paris, Gallimard, 1970, 352 p.
Théories du signe et du sens, Paris, Klincksieck, 1973-1976, 2 vol.
le Lexique : images et modèles, Paris, A. Colin, 1977, 312 p.
Encyclopédies et Dictionnaires, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1982.
(éd.) le Dictionnaire historique de la langue française, Paris, Le Robert, 1992, 2 vol.
Rcy-Debove (Josette), Etude linguistique et sémiotique des dictionnaires français contemporains,
La Haye, M outon, 1971, 330 p.
le Métalangage, Paris, Éd. Le Robert, 1978, 318 p.
Sémiotique, Paris, P.U.F., 1979, 156 p.
Richards (Ivor A rm strong), Tlte Philosophy of Rhetoric, Londres, Oxford University Press,
1936, 138 p.
Kii.haudeau (François), Recherches en psycholinguistique, Paris, C.E.P.L., 1971.
lUchelle (M arc), TAcquisition du langage, Bruxelles, Dessart, 1971, 215 p.
Kiegel (M artin), l'Adjectif attribut, Paris, P.U.F., 1985, 224 p.
Ries (John), Was ist Syntax? Marbourg, Elwert, 1894, 164 p.
Kiffaterre (M ichael), Essais de stylistique structurale, Paris, Flammarion, 1971, 368 p.
lUvara (René), le Système de la comparaison. Sur la construction du sens dans les langues
naturelles, Paris, Éd. de M inuit, 1990, 224 p.
Robbins (Beverly L.), The Definite Article in English Transformations, La Haye. M outon,
1968, 248 p.
Roberts (A. H ood), A Statistical Linguistic Analysis of American English, La Haye, M outon,
1965.
Roberts (Paul), English Syntax, N ew York, H arcourt, Brace and W orld, 1964, 404 p.
Robin (Régine), Histoire et Linguistique, Paris, A. Colin, 1973.
Kubins (R obert H enry), Ancient and Médiéval Grammatical Theory in Europe, Londres,
Longmans, 1951, 104 p.
General Linguistics :An Introductory Survey, Londres, Longmans, 1967 ; trad. fr. Linguistique
générale. Une introduction, A. Colin, 1973, 400 p.
/I Short History of Linguistics, Londres, Longmans, 1967, 248 p. ; trad. fr. Brève Histoire
de la linguistique, Paris, Éd. du Seuil, 1976, 252 p.
Robinson (Richard G.), Définition, Oxford, Clarendon Press, 1950.
Ruget (Peter), Roget's Thésaurus (éd. abrégée avec des additions de J.-L. et S.-R. Roget),
I larm onsdw orth, Penguin, 1953 (éd. originale, 1852).
Rom ney (A. Kimball) et D ’A ndrade (R. G oodw in) [eds.], Transcultural Studies in
Cognition, M enasha, Wisconsin, American Anthropologist, 1964, 186 p.
R o iu t (M itsou). C ouquaux (Daniel) et al., la Grammaire modulaire, Paris, Éd. de Minuit,
1986, 360 p.
Rondeau (Guy), Introduction à la terminologie, Québec. Centre Éducatif et Culturel, 1981,
228 p.
Rmm (lleinrich), Die Modi Significandi des Martinus von Dacia, M ünster, Aschendorff.
1952, 167 p.
1.1
Rose (C hristine Brooke), A Grammar o f Metaphor, Londres, Secker and Warburg. 1958,
343 p.
R osenbaum (Peter), The Grammar o f English Predicate Comblement Constructions, Cambridge,
Mass.. M IT Press, 1967, 128 p.
Rosenfield (Law rence W illiam), Aristotle and Information Tlteory, La Haye, M outon, 1971,
149 p.
Rosengren (Inger), Semantischen Strukturen : Eine quantitative Distributions-analyse einiger
mittelhoch deutscher Adjective, Copenhague, M unksgaard et Lund, Gleerup, 1966.
R osetti (Alexandre), le Mot. Esquisse d'une théorie générale, Copenhague et Bucarest, 2e éd..
1947.
Lingüistica, La Haye, M outon, 1965, 268 p.
Sur la théorie de la syllabe, La Haye, M outon, 1959 ; 2e éd. 1963, 43 p.
Rosiello (Luigi), Linguistica illuininista, Bologne, Il Mulino, 1967, 219 p.
Roudinesco (Elisabeth), Initiation à ta linguistique générale, Paris, l’Expansion scientifique
française, 1967, 96 p.
Rougier (Louis), la Métaphysique et le Langage, Paris, Flammarion, 1960, 256 p.
Roulet (Eddy), Syntaxe de la proposition nucléaire en français parlé. Étude tagmémique et
transformationnelle, Bruxelles, AIMAV. 1969, 187 p.
(éd.) l'Articulation du discours en français contemporain, Berne, Peter Lang, 1985.
Rousseau (Jean-Jacques), Essai sur l'origine des langues ; où il est parlé de la mélodie et de
l'imitation musicale [Genève, 1781], éd., introduction et notes par Ch. Porset, Bordeaux,
Ducros, 1970, 24 p.
Rousselot (Jean-Pierre) et Laclotte (F.), Précis de prononciation française, Paris. Welter.
1902.
Ruegg, Contributions à l'histoire de la philosophie linguistique indienne, E. de Boccard, 1960.
Russell (Bertrand), An Inquiry into Meaning and Truth, Londres, Macmillan, 1940 ; trad.
fr. Signification et Vérité, Paris, Flammarion, 1958, 408 p.
Logic and Knowledge, Essays 1901-1950, Londres, Macmillan, 1956.
R uw et (Nicolas), Introduction à la grammaire générative, Paris, Pion, 1967 ; 2e éd., 1970,
448 p.
Théorie syntaxique et syntaxe du français, Paris, Ed. du Seuil, 1972, 295 p.
Grammaire des insultes et autres études, Paris, Éd. du Seuil, 1982, 351 p.
Ryle (Gilbert), The Concept o f Mind, N ew York, Barnes and Noble, 1949.
Sahlin (G unvor), César Chesneau du Marsais et son rôle dans l'évolution de la grammaire
générale, Paris, P.U.F., 1928.
Sala (M arius) et Vintila-Radulescu (Iona), les Langues du monde, Bucarest et Paris, Les
Belles Lettres, 1984, 476 p.
Salkoff (M orris), Analyse syntaxique du français : grammaire en chaîne, Amsterdam.
J. Benjamins, 1979.
Une grammaire en chaîne du français. Analyse distributionnelle, Paris, D unod, 1973, 199 p.
Salom on (Louis Bernard), Semantics and Common Sense, N ew York, Holt, Rinehart and
W inston, 1964, 180 p.
Salzinger (Kurt et Suzanne) [eds.], Research in Verbal Behavior and Some Neurophysiological
Implications, N ew York et Londres, Academic Press, 1967, 510 p.
Sandfeld (Kristian), Syntaxe du français contemporain, Paris, Champion, 1928-1936, 2 vol. .
nouv. éd., Genève, D roz et Paris, M inard, 1965, 3 vol.
Linguistique balkanique. Problèmes et résultats, Paris, Cham pion, 1930, 243 p.
S andm ann (M anfred), Subject and Predicate, Édimbourg, Edinburg Univ. Publ., 1954,
270 p.
Sandys (John Edwin), History of Classical Scholarship front the Sixtlt Century B.C. to the
End of the Middle Ages, Cambridge, University Press, 1903 ; 3r éd., 1921.
III
f
Srtplr (Edw ard), Language : an Introduction to the Study of Speech, N ew York. Harcourt,
Brace and World, 1921 ; trad. fr., le Langage, Paris, Payot, 1953, 222 p.
Sclected Writings in Language, Culture and Personality, Berkeley, University of California
Press, 1949 ; trad. fr., Anthropologie, Paris, Éd. de M inuit, 1967, 2 vol.
Linguistique [articles traduits de l'américain], Paris, Éd. de M inuit, 1968, 289 p.
Sapir (Edw ard) et H oijer (H ariy), The Phonology and Morphology o f the Navaho Language,
Berkeley, University of California Press, 1967, 124 p.
Suporta (Sol) [éd.], Psycholinguistics : a Book o f Readings, N ew York, H olt, Rinehart and
W inston, 1961, 551 p.
Sflporta (Sol) et C ontreras (H.), A Phonological Grammar o f Spanish, Seattle, University
of W ashington Press, 1962.
Vuimjan (S. K.). V. Chaoum ian.
Saussure (Ferdinand de), Mémoire sur le système primitif des voyelles dans les langues indo-
européennes, Leipzig, 1878.
De l'emploi du génitif absolu en sanskrit, Leipzig, 1880.
(.'ours de linguistique générale, Lausanne, Payot, 1916, 331 p. ; nouv. éd., 1972, 532 p.
Sauvageot (Aurélien), les Procédés expressifs du français contemporain, Paris, Klincksieck,
1957, 243 p.
Irançais écrit, français parlé, Paris, Larousse, 1962, 235 p.
Portrait du vocabulaire français, Paris, Larousse, 1964.
Nchaff (Adam), le Concept et le Mot, en polonais. Varsovie, 1946.
Introduction à la sémantique, en polonais, Varsovie, 1960 ; trad. fr. Paris, Anthropos,
1968, 335 p.
Langage et connaissance, suivi de Six Essais sur la philosophie du langage, en polonais,
Varsovie, 1964 ; trad. fr. Paris, Anthropos, 1969, 374 p.
Srhane (Sanford A.), French Phonology and Morphology, Cambridge, Mass., M IT Press,
1968, 161 p.
Scheffler (Israël), The Anatomy o f Inquiry : Philososophical Studies in the Theory o f Science,
New York, Knopf, 1963.
Scherer (George A.) et W ertheim er (M.), A Psycholinguistic Experiment in Foreign Language
Teaching, N ew York, McGraw-Hill, 1964.
Si hlegel (Karl W ilhelm Frederick), L'ber die Sprache und Weisheit der Indier, in Œuvres
complètes, t. VIII, Vienne, 1846.
'•i hleicher (August), Linguistische Untersuchuneen. Die Sprache Europas in systematischer
Übersicht, Berlin, 1850.
Die deutsche Sprache, Berlin, 1860 ; 2e éd., 1869.
Die darwinische Théorie und die Sprachwissenschaft, Berlin, 1865.
Unit- und Formenlehre der polabischen Sprache, Berlin, 1871.
Schmidt (Franz), Logik der Syntax, Berlin. D eutscher Verlag der W issenschaften. 1957,
128 p.
'•i liram m (W ilbur Lang), Approaches to a Science o f English Verse, low a City, University
Press, 1935, 82 p.
'.i liuchardt (Hugo), Der Vokalismus des Vulgàrlateins, Leipzig, Teubner, 1866, 3 vol.
Romanische und Keltische, gesammelte Aufsatze, Berlin, Oppenheim , 1886, 440 p.
Ilugo Schuchardt-Brevier, éd. par L. Spitzer, Halle, Niemeyer, 1928, 483 p.
'ir.irlc (John R.), Speech-Acts, An Essay in the Philosophy of Language, Cambridge, University
Press, 1969 ; trad. fr. les Actes du langage. Essai de philosophie du langage, Paris, Herm ann,
1973.
Expression and Meaning, Cambridge, Cambridge University Press, 1979 ; trad. fr. Sens
<•l ^pression, Paris, Éd. de M inuit, 1982, 248 p.
Mil
Sebeok (Thom as A.), Finttish and Hungarian Case Systems : their Forms and Function,
Stockholm, 1946.
(ed.) Style in Language, Cambridge, Mass., M IT Press, 1964.
(ed.) Current Trends in Linguistics : t. I, Soviet and Eastern European Linguistics ; t. II.
Linguistics in F.ast Asia and Southeast Asia ; t. III, Theoretical Foundations ; t. TV, Iber-
American and Caribbean Linguistics ; t. V, Linguistics in South Asia ; t. VI, Linguistics in
South-West Asia and North Africa ; t. VII, Linguistics in Sub-Saharan Africa, N ew York,
H um anities, 1963-1971, 7 vol.
(ed.) Portraits o f Linguists. A Biographical Source Book for the History o f Western Linguistics,
1746-1963, Bloomington et Londres, Indiana University Press, 1966, 2 vol.
(ed) Encyclopédie Dictionnar)/ of Semiotics, Amsterdam, M outon, 1985, 2 vol.
Sebeok (Thom as A.), H ayes (A. S.) et Bateson (M. C.) [eds.], Approaches to Semiotics :
Cultural Anthropology, Education, Linguistics, Psychiatry, Psychology, Cambridge, Mass.,
M IT Press et La Haye, M outon, 1964.
Sebeok (Thom as A.) et Zeps (Valdis), Concordance and Thésaurus o f Clieremis Poetic
Language, La Haye, M outon, 1961, 259 p.
Sechehaye (Albert), Programme et Méthodes de la linguistique théorique, Paris et Genève,
1908.
Essai sur la structure logique de la phrase, Paris, Cham pion, 1926 ; nouv. éd., 1950.
Serbat (Guy), Cas et fonction, Paris, P.U.F., 1981, 216 p.
Sens (H om ero). Bibliografia de la lingüistica espanota, Bogota, Instituto Caro y Cuervo,
1964.
Serras (Charles), le Parallélisme logico-grammatical, Paris, Alcan, 1933.
la langue, le sens, la pensée, Paris, P.U.F., 1941.
Servien (Pius), le Langage des sciences, Paris, Blanchard, 1931 ; 2e éd., H erm ann, 1938.
Seuren (Pieter A. M.), Operators and Nucléus : a Contribution to the Theory o f Grammar,
Cambridge, Cambridge University Press, 1969.
S hannon (Claude Elw ood) et W eaw er (W arren), Mathematical Theory o f Communication,
Urbana, Illinois, University Press, 1949.
Siertsem a (Bertha), A Study of Glossematics. Critical Survey o f its Fundamental Concepts, La
Haye, Nijhoff, 1954, 240 p.
Silberztein (Max), Dictionnaires électroniques et analyse automatique des textes, Paris, Masson.
1993, 248 p.
Sinclair de Z w aart (H.), Acquisition du langage et développement de la pensée : sous-systèmes
linguistiques et opérations concrètes, Paris, D unod, 1967, 176 p.
Skinner (Burrhus Frédéric), Verbal Behavior, N ew York, Appleton-Century-Crofts, 1957.
Slama-Cazacu (Tatiana), Langage et Contexte, La Haye, M outon, 1961, 251 p.
Slobin (D.) [éd.], The Ontogenesis o f Grammar, N ew York, Academic Press, 1971.
Sm aby (R. M.), Paraphrase Grammars, D ordrecht, Reidel, 1971.
Sm ith (Frank) et M iller (George A) [eds.], 'The Genesis o f Language. A Psycholinguistic
Approach, Cambridge, Mass., M IT Press, 1968, 400 p.
Snell (Bruno), Der Aufbau der Sprache, H am bourg, Claassen, 1952, 219 p.
Soam es (Scott) et Perlm utter (David), Syntactic Argumentation and the Structure o f English.
Berkeley, University of California Press, 1979, 602 p.
Sohngen (Gottlieb), Analogie und Metapher, kleine Philosophie and Theologie der Sprache,
Fribourg et Munich, K. Alber, 1962, 137 p.
Sarcnsen (H ans Christian), Aspect et Temps en slave, Aarhus, Universitetforlaget, 1949.
188 p.
Studies on Case in Russian, Copenhague, Ronsenkilde, 1957, 96 p.
S arensen (H olger Steen), Word Classes in Modem Fnglislt, Copenhague, 1958, 189 p.
LIV
Sp.ing-Hansen (H enning), Probability and Structural Classification in Language Description,
Copenhague, 195Ü.
Recent Théories on the Nature of the Language Sign, Copenhague, 1954, 142 p.
Spencer (John W alter), Enkvist (Nils Erik) et G regory (M ichael), Linguistics and Style :
ou Defining Style, an Essay in Applied Linguistics et An Approach to the Study o f Style,
Londres, Oxford, University Press, 1964, 109 p.
Sperber (Dan) et W ilson (Deirdre), la Pertinence. Communication et cognition, Paris, Éd. de
Minuit, 1989, 400 p.
Spitzer (Léo), Stilstudien, Munich, Hueber, 1928 ; 2e éd., 1961, 2 vol. ; trad. fr., Éludes
de style, Paris, Gallimard, 1970, 536 p.
Staal (J. F.), Word Order in Sanskrit, and Universal Grammar, D ordrecht, Reidel, 1967,
98 p.
Staline (Joseph V issarionovitch), le Marxisme et les Problèmes de linguistique, Éd. de
Moscou, 1952 : rééd. dans les Cahiers marxistes-léninistes, n° 12-13, Paris. Maspero,
1966.
Starobinski (Jean), les Mots sous les mots. Les Anagrammes de Ferdinand de Saussure, Paris,
Gallimard, 1971, 162 p.
Stati (Sorin), Teorie di metoda in sintaxa, Bucarest, Éd. Académie de la République socialiste
de Roum anie, 1967, 271 p.
les Transphrastiques, Paris, P.U.F., 1990.
Statistique et analyse linguistique [Colloque de Strasbourg, 20-24 avril 1964], Paris, P.U.F.,
1966, 135 p.
Sléfanini (Jean), la Voix pronominale en ancien et moyen français, Ophrys, Gap, 1962, 753 p.
Steinberg (D anny D.) et Jakobovits (Léon A.) [eds.], Semantics. An Interdisciplinary Reader
in Philosophy, Linguistics and Psychology, Cambridge, University Press, 1971, 603 p.
Slcinberg (N.), Grammaire française, Moscou, 1966, 2 vol.
Steinthal (H eym ann), Geschichte der Sprachwissenschaft bei der Griechen und Rômertt mit
besomlerer Rücksicht a u f die Logik, Berlin, Dümmler, 1863 ; 2e éd., 1890.
Sten (Holger), les Temps du verbe fini (indicatif) en français moderne, Copenhague,
Munksgaard, 1952, 264 p.
Stern (H ans Heinrich), Foreign language in Primary Education, H am bourg, 1963, 103 p.
Stem (Nils Gustaf), Meaning and Change o f Meaning, Gôteborg, 1931, 456 p.
Stctson (R. H .), Motor Phonetics, La Haye, 1928 ; nouv. éd., Amsterdam, North-Holland,
1951, 216 p.
Slevens (Stanley Sm ith) et Davis (Hallowell), llearing : its Psychology and Physiology,
N ew York, Wiley, 1938, 489 p.
Slindlova (Jitka), les Machines dans la linguistique : colloque international sur la mécanisation
et T automation des recherches linguistiques, La Haye, M outon, 1968, 336 p.
'.lockwell (R obert P.), Schachter (Paul), Hall Partee (Barbara), The Major Syntactic
Structures o f English, N ew York, Holt, Rinehart and W inston, 1973, 847 p.
'itockwell (R obert P.), B ow en (J. D onald) et M artin (John W .), The Grammatical
Structures of F.nglish and Spanish, Chicago, University Press, 1965, 328 p.
Slraka (Georges), Album phonétique, Québec, Presses de l'Université Laval, 1965,
I brochure, 33 pages et planches, 188 p.
Strang (Barbara M. H.), Modem English Structure, N ew York, St. M artin’s Press, et
Londres, Arnold, 1962.
'iii.iw son (Peter Frederick), Introduction to Logical Theory, N ew York, Wiley, et Londres,
M ethuen, 1952, 266 p.
htdividuals : an Essay in Descriptive Metaphysics, Londres, M ethuen. 1959 ; nouv. éd.,
1964.
Strevens (Peter Derek), Papers in Language and iMnguage Teaching, Londres, Oxford
University Press, 1965, 152 p.
(ed.) Five Inaugural Lectures, Londres, Oxford, University Press, 1966, 129 p.
Sturtevant (Edgar H ow ard), Ait Introduction to Linguistic Science, N ew Haven, Connect.,
Yale University Press, 1949.
S uham y (Henri), les Figures de style, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1981, 128 p.
la Poétique, Paris, P.U.F.. « Q ue sais-je ? ». 1986.
Sum pf (Joseph), Introduction à la stylistique du français, Paris, Larousse, 1971, 192 p.
Sutherland (Roberd D.), language and Lewis Carroll, La Haye, M outon, 1970, 245 p.
Svennung (Josef), Anredeformen, Vergleichende Forschuttgen zur indirekten Anrede in der dritten
Person, Uppsala, Almqvist, 1958, 495 p.
Tam ba-M ecz, k Sens figuré, Paris, P.U.F., 1981, 200 p.
T chang Tcheng-m ing (B.), l'F.criture chinoise et le geste humain. Essai sur la formation de
l'écriture chinoise, Paris, Geuthner, 1938, 206 p.
T chekhoff (Claude), Aux fondements de la syntaxe : l'ergatif, Paris, P.U.F., 1978, 208 p.
Tesnière (Lucien), Eléments de syntaxe structurale, Paris, Klincksieck. 1959 ; 2e éd., 1965,
672 p.
T him onnier (René), le Code orthographique et grammatical du français, Paris, Hatier, 1971.
320 p.
T hom as (Jacqueline), Bouquiaux (Luc) et Cloarec-Heiss (France), Initiation à la phonétique,
Paris, P.U.F., 1976, 254 p.
T hom as (O w en), Transformational Grammar and the Teacher o f English, N ew York, Holt,
Rinehart and W inston, 1965, 240 p.
T hom sen (Vilhelm), Sprogvidenskabens Historié, Copenhague, 1902 : trad. allemande.
Halle, 1927.
T horndike (Edw ard Lee) et Lorge (Irving), The Teacher's Word Book o f 30 000 Words,
N ew York, Columbia University Press, 1944, 274 p.
T h u ro t (Charles), Notices et Extraits de divers manuscrits latins pour servir à l'histoire des
doctrines grammaticales au Moyen Age, Paris, Impr. impériale, 1868, 592 p.
T h u ro t (François), Tableau des progrès de la science grammaticale (Discours préliminaire à
« Hernies »), introduction et notes par A ndré Joly, Bordeaux, Ducros, 1970, 143 p.
T issot (R.), Neuropsychopathologie de l'aphasie, Paris, Masson, 1966, 114 p.
T o d orov (Tzvetan), Littérature et Signification, Paris, Larousse, 1967, 120 p.
Théories du symbole, Paris, Éd. du Seuil, 1977, 378 p.
les Genres du discours, Paris, Éd. du Seuil, 1978.
(éd.) Théorie de la littérature [textes choisis des formalistes russes], Paris, Le Seuil, 1966,
320 p.
T ogeby (Knud), Structure immanente de la langue française, Copenhague, 1951 ; 2e éd.,
Paris, Larousse, 1965, 208 p.
Immanence et Structure, Copenhague, Akademische Forlag, 1968, 272 p.
Tollis (Francis), la Parole et le sens. Le Gttillaumisme et l'approche contemporaine du langage,
Paris, A. Colin, 1991, 520 p.
T ouratier (Christian), la Relative : essai dç théorie syntaxique, Paris, Klincksieck, 1980.
T rabalza (Ciro), Storia délia gratnmatica italiana, Milan, Hoepli, 1908, 561 p.
Traduction automatique et linguistique appliquée, Paris, P.U.F., 1964, 286 p.
Trager (George Léonard) et Sm ith (H enry Lee), Outline o f English Structure, N ew York,
American Council, 1957, 91 p.
l'ricr (Jost), Der deutsche Wortschatz im Sinnbezirk des Verstandes, Heidelberg, Cari Winter,
1931, 347 p,
l m ka (IL), Selected Papers in Structural Linguistics, La Haye, M outon, 1980, 368 p.
I rom betti (Alfredo), L'unitâ di origine deI linguaggio, Bologne, Beltrami. 1905, 222 p.
l-lementi di glotiologia, Bologne, Zanichelli, 1923, 755 p.
I roubetskoï (N ikolaï Sergueïevitch), Crundzüge der Phonologie, Prague, 1939 ; trad. fr.
par J. Cantineau. Principe!; de phonologie, Paris. Klincksieck, 1949 ; réimpr. 1967, 430 p.
I radeau (Danielle), les Inventeurs du bon usage, 1529-1647, Paris, Éditions de M inuit,
1992, 226 p.
Uldall (H ans Jorgen), Outline o f Glossematics. A Study in the Methodology o f the Humanities
with Spécial Rejerence to Linguistics. Part I : General Theory, Copenhague. M unksgaard.
1957, 90 p.
Ullmann (Stephen), The Principles o f Semantics, Oxford. Blackwell et Glasgow, Jackson.
1951 ; 2e éd., 1957, 314 p.
Précis de sémantique française, Berne, Francke, 1952. 342 p.
Semantics : an Introduction to the Science o f Meaning, Oxford, Blackwell, 1962.
Language and Style : Collected Papers, Oxford, Blackwell, 1964, 270 p.
Unesco, Bilingualism in Education, Londres, 1965.
Unesco, Description et Mesure du bilinguisme, O ttaw a, 1967.
I Ispenskij (B. A.), Principes d'une typologie structurale, en russe, Moscou, 1962 ; trad. angl.
Principles o f Structural Typology, La Haye, M outon, 1968, 80 p.
Vachek (Josef) [éd.], Dictionnaire de linguistique de l'École de Prague, Utrecht et Anvers,
Spectrum, I960, 104 p.
A Prague School Reader in Linguistics : Studies in the History and Theor\> o f Linguistics,
Bloomington, Indiana, University Press, 1964, 485 p.
V aldm an (Albert), le Créole : structure, statut et origine, Paris, Klincksieck, 1978, 402 p.
(éd.), Trends in Language Teaching, N ew York, McGraw-Hill, 1966.
Valin (Roch), Petite Introduction à la psychomécanique du langage, Québec, Presses de
l'Université Laval, 1954, 91 p.
Perspectives psychomécaniques sur la syntaxe, Québec, Presses de l’Université Laval, 1981,
98 p.
Van B enthem (Johan), language in Action, Amsterdam, North-Holland, 1991, 349 p.
Vandeloise (Claude), /'Espace en français, Paris, Éd. du Seuil, 1986.
Van der A uw era (Johan), The Semantics o f Determiners, Londres, C room Helm, 1980,
310 p.
Van Dijk (Teun A.), Text and Context, Londres, Longmans, 1977, 260 p.
Studies in the Pragmatics o f Discourse, T he Hague, M outon, 1985.
Van Dijk (Teun A.) et Kintsch (W.), Stratégies of Discourse compréhension, N ew York,
Academic Press, 1983.
Van G inneken (Jacques), la Reconstruction typologique des langues archaïques de l'humanité,
Amsterdam, North-Holland, 1939, 182 p.
Van H oof (H enri), Histoire de la traduction en Occident, Gembloux, Duculot, 1991, 320 p.
Van Riem sdijk (H enk) et W illiams (Edw in), Introduction to the Theory o f Grammar,
Cambridge, Mass., The M IT Press, 1986, 366 p.
V.m W ijk (Nicolas), les Langues slaves, La Haye, M outon, 2e éd., 1956, 118 p.
Vasiliu (E.) et Golopentia-Eretescu (Sanda), Sintaxa transformaiionala a limbii romane,
Bucarest, Éd. Académie de la République socialiste de Roumanie, 1969, 329 p.
Ventiler (Zeno), Linguistics in Philosophy, Ithaca, N. Y., Cornell University Press, 1967,
203 p.
Adjcctives and Nominalizations, La Haye, M outon, 1968, 134 p.
Vcmliyes (Joseph), le Langage. Introduction linguistique à l'histoire, Paris, La Renaissance
du Livre, 1929 ; nouv. éd., A. Michel, 1968, 448 p.
I.VII
V ergnaud (Jean-Roger), Dépendances et niveaux de représentation en syntaxe, Amsterdam,
John Benjamins Publ. Co., 1985. 372 p.
V ertov (A. A.), la Sémiotique et ses problèmes fondamentaux, en russe, Moscou, 1968.
Vet (C.), Temps, aspects et adverbes de temps en français contemporain, Genève, Droz, 1980.
V etters (Cari), le Temps, de la phrase au texte, Presses universitaires de Lille, 1993, 210 p.
V iet (Jean) [éd.], Liste mondiale des périodiques spécialisés. Linguistique, l a Haye, M outon,
1972, 243 p.
Vignaux (G.), /'Argumentation. Essai d'une logique discursive, Genève, Droz, 1976, 348 p.
V ildom ec (Verobsj), Multilingualism, Leyde, Nijhoff, 1963, 262 p.
V inay (Jean-Paul) et D arbelnet (Jean). Stylistique comparée du français et de l'anglais, Paris.
Didier, 1958, 331 p. ; nouv. éd.. 1968.
V inogradov (V iktor Vladim irovitch), la Langue russe, en russe, Moscou, 1945.
Grammaire de la langue russe, en russe, Moscou, 1960.
les Problèmes théoriques de la linguistique soviétique actuelle, en russe, Moscou, 1964.
Vion (Robert), la Communication verbale, Paris, H achette, 1993, 302 p.
Visser (F. Th.), A Historical Syntax of the English Language, Leyde, Brill, 1963-1966, 2 vol.,
1 305 p.
V uillaum e (Marcel), Grammaire temporelle des récits, Paris, Éd. de M inuit, 1990, 128 p.
V ygotsky (Lev S.). Thought and Languaçe, trad. du russe. Cambridge, Mass., M IT Press,
1962, 168 p.
W ackernagel (Jakob), Vorlesungen über Syntax, Bâle, Birkhàuser, 1920-1924, 2 vol.
W agner (R obert Léon), les Phrases hypothétiques commençant par « si » dans la langue
française, des origines à la fin du x v i " siècle, Genève, Droz, 1939, 552 p.
Introduction à la linguistique française, Genève, Droz, et Lille, Giard, 1947, 143 p.,
Supplément bibliographique, ibid., 1955, 72 p.
Grammaire et Philologie, Paris, C.D.U., 1953-1954, 2 fasc., 193 p.
les Vocabulaires français ; t. I, Définitions, les dictionnaires, Paris, Didier, 1967, 192 p. ;
t. II, les Tâches de la lexicologie synchronique, glossaires et dépouillements. Analyse lexicale,
Paris, Didier, 1970.
la Grammaire française, Paris, SEDES, 1968, 152 p.
['Ancien Français, Paris, Larousse, 1974, 272 p.
Essais de linguistique française, Paris, N athan, 1980, 200 p.
W agner (R obert Léon) et Pinchon (Jacqueline), Grammaire du français classique et moderne,
Paris, H achette, 1962 ; éd. rev., 1967. 640 p.
W ahrig (G erhard), Neue Wege in der Worterbucharbeit, Hambourg, 1967.
W aism ann (F.) [ed. R. Harre], The Principles o f Linguistic Philosophy, Londres, Macmillan,
1965, 422 p.
W alter (H enriette), la Dynamique des phonèmes dans le lexique français contemporain, Paris,
France-Expansion, 1976, 482 p.
la Phonologie du français, Paris, P.U.F., 1977, 162 p.
Enquête phonologique et variétés régionales du français, Paris, P.U.F., 1982, 256 p.
le Français dans tous les sens, Paris, Laffont, 1988, 384 p.
W arn an t (Léon), Dictionnaire de la prononciation française, Gembloux, Duculot, 3e éd.,
1968, 654 p.
W artburg (W alther von), Franzôsisches etymologisches Wôrterbuch [F.E.W.], Tubingen, puis
Râle-Paris, 1922-1970, 136 fascicules parus.
Bibliographie des dictionnaires patois, Genève, D roz, 1934, 147 p.
Evolution et Structure de la langue française, Berne, Francke, 1934 ; 5 éd., 1958.
Problèmes et Méthodes de la linguistique, Paris, P.U.F., 1963.
W einrcich (Uriel), Languages in Contact, N ew York, Linguistic Circle of N ew York,
1953 ; réimpr. La Haye, M outon, 1963, 161 p.
i win
W cinrich (Harald), Tempus, Stuttgart, Kohlhammer, 1964, 358 p. : trad. fr.. Le Seuil,
1973.
W rir (R uth Hirsch), Ixmguage in the Crib, La Haye, M outon, 1962 ; 2 ' éd., 1970, 216 p.
Wcisgerber (Johann Léo), Von den Kràften der deutschen Sprache, Düsseldorf, Schwann,
1949-1951, 4 vol.
Die vier Stufen in der F.rforschung der Sprachen, Düsseldorf, Schwann, 1963, 303 p.
Wcxler (Peter J.), la Formation du vocabulaire des chemins de fer en France ('1778-1842),
Genève, D roz. 1955, 160 p.
W liatm ough (Joshua), Language, a M odem Synthesis, Londres. Secker and Warburg, 1956,
270 p.
W hitney (W illiam D w ight), Language and the Study o f Language, N ew York. Scribner.
1869, 505 p.
Vite I.ife and Growth o f Language, N ew York, Adler, 1876 ; trad. fr., la Vie du langage,
Paris, Baillière, 1877.
W horf (Benjamin Lee), Language, Thought and Reality : Selected Writings, N ew York,
Wiley, 1956 ; trad. fr., Linguistique et Anthropologie. Les Origines de la sémiologie, Paris,
Denoël-Gonthier, 1969, 224 p.
W ierzbicka (Anna), Lexicography and Conceptual Analysis, Ann Arbor, Karoma, 1985.
Wilmet (M arc), la Détermination nominale, Paris, P.U.F., 1986, 200 p.
W inograd (Terry), Language as a Cognitive Process, Reading, Mass., Addison-Wesley,
1983, 640 p.
W inter (W erner) [éd.], Evidence for Laryngeals, La Haye, M outon, 1965, 271 p.
W ittgenstein (Ludwig), Philosophical Investigations, Oxford, Blackwell, et N ew York,
Macmillan, 1953 ; trad. fr., Investigations philosophiques, Paris, Gallimard, 1961, 368 p.
avec le Tractatus logico-philosophicus.
le Cahier bleu et le cahier brun, Paris, Gallimard, 1965, 448 p.
W ittw er (Jacques), les Fonctions grammaticales chez l'enfant, Neuchâtel, Delachaux et
Niestlé, 1959, 296 p.
W ooldridge (Terence Russon), les Débuts de la lexicographie française. Estienne Nicot et le
<• Trésor de la langue françoyse », Toronto, University of T oronto Press, 1977, 340 p.
W otjak (Gerd), L’ntersuchungen zur Struktur der Bedeutung, Berlin, Akademie Verlag, 1971.
W underlich (Dieter), Tempus und Zeitreferenz im Deutschen, Munich, Hueber, 1970.
(ed.) Problème und Fortschritte der Transformationsgrammatik, M unich. Hueber, 1971,
318 p.
W undt (W ilhelm), Volkerpsychologie : t. I, Die Sprache, Leipzig, Engelmann, 1900, 2 vol.
W yatt (G ertrud L.), Language Learning and Communication Disorders in Children, N ew
York, Free Press, 1969.
Yule (Georg U dny), The Statistical Study o f Literary Vocabulary, Cambridge, Cambridge
University Press, 1944, 306 p.
/n m p o lli (A ntonio) [éd.], Linguistic Structures Processing, N ew York, Elsevier-North
Holland, 1977.
/g u sta (Ladislav), M anual o f Lexicography, La Haye, M outon, 1971, 360 p.
/III 1 (Paul), Semantic Analysis, Ithaca, N ew York, Cornell University Press, 1960.
/Ilbcrberg (Claude), Raison et poétique du sens, Paris, P.U.F., 1988, 240 p.
/In k (G aston), I'Ancien Français, Paris, P.U.F., « Q ue sais-je ? », 1987.
Phonétique historique du français, Paris, P.U.F., 1989, 256 p.
/in k in (N. I.), les Mécanismes de la parole, en russe, Moscou, 1958, 370 p. ; trad. angl.,
Mechanisms o f Speech, La Haye, M outon, 1968, 461 p.
/ Ipf (George Kingsley), Selected Studies in the Principle o f Relative Frequency in iMnguage,
( !,imbridge, Mass., Harvard Univ. Pr., 1932.
Tlte Psycho-Biology o f Language, Cambridge, Mass., Riverside Press, 1935.
Human Behavior and the Principe o f Least Effort, Cambridge, Mass., Addison-Wesley.
1949.
Z uber (Richard), Implications sémantiques dans les langues naturelles, Paris, Ed. du C.N.R.S.,
1989, 176 p.
Zvegincev (A. V.), Essai pour une linguistique globale, en russe, M oscou, 1962.
Histoire de la linguistique aux x i x ’ et X X e siècles, en russe, Moscou, 1964, 2 vol.
Sémasiologie, en russe, Moscou, 1957.
Z w anenburg (W.), Recherches sur la prosodie de la phrase française, Leyde, Universitare
Pers, 1964, 136 p.
a
I
abruption
L’abréviation peut aussi être constituée par 2 . En grammaire générative, on dit d'un verbe
une suite de mots réduits : ainsi le sigle ORSEC qu’il est abstrait quand il est théoriquement
est la réunion des abréviations OR (organisa impliqué par les transformations de nominali
tion) et SEC (secours), et, dans C.N.R.S., C. sation ou d'adjectivisation. mais qu'il ne reçoit
est l'abréviation de Conseil. N. de National, pas une réalisation morphophonologique.
R. de Recherche et S. de Scientifique. Selon Ainsi, le nom ingénieur indique une nominali
les cas, les m ots accessoires (prépositions sation à partir du verbe théorique ingéni-,
notamment) sont omis ou non : P.S.d.F. a été comme ajusteur est dérivé de ajuster ; l'adjectif
l'abréviation de Parti Socialiste de France (par audible implique une dérivation adjectivale à
opposition à P.S.F., Parti Socialiste Français), partir d’un verbe théorique, de racine aud(i)-.
mais dans S.F.l.O. (pour Section Française de On dit de même qu’un nom est abstrait quand
L'Internationale Ouvrière), les unités de l' ne on doit supposer un radical non réalisé pour
sont pas représentées. Ces sigles peuvent acqué rendre compte d’un mot dérivé ; ainsi, le
rir une autonomie telle que leur prononciation collectif marmaille (sur le modèle de valetaille)
peut devenir syllabique (C. A.P.E.S. se prononce implique un nom abstrait de type marm-,
[kapEs]) ou se confondre avec le mot (laser) ; 3. En grammaire générative, par opposition
ils peuvent donner naissance à des dérivés aux phrases effectivement prononcées par les
(C.A.P.E.S. donne capésien, C.G.T. donne cégé- locuteurs d’une langue (ou phrases concrètes),
tiste). Les éléments de l'abréviation sont géné on appelle phrase abstraite la phrase de structure
ralement, mais pas toujours, représentés par profonde formée des symboles les plus géné
des lettres suivies d'un point. raux (SN [syntagme nominal] ; SV [syntagme
abruption verbal], etc.). Le degré d’abstraction de la
En rhétorique, syn. de Arosiopùss. structure profonde est d'autant plus grand que
la distance est grande entre la forme de la
absentia v. in absf.ntia. phrase réalisée et la forme profonde sous-
absolu jacente. Par exemple, une grammaire qui ana
1. Ablatif absolu, v. a b l a t if . lyse le verbe transitif comme issu de deux
2. On dit d’un adjectif qu’il est absolu ou qu’il propositions dont la première est factitive (Jean
a le sens absolu quand, au sens propre, il n'est lit un livre est issu de [Jean + fait] + [que +
pas en principe susceptible de degrés de compa un livre + est lu par Jean]) a un caractère plus
raison. Ainsi, géographique ne peut pas avoir de profond que la grammaire qui fait correspondre
comparatif ou de superlatif. On emploie aussi en ce cas la structure de surface et la structure
absolu après superlatif pour désigner les construc profonde (Jean lit un livre issu de Jean + lit un
tions comme il est très grand, qui excluent toute livre). [Nous avons remplacé ici les symboles
comparaison, (v. r e l a t if , s u p e r l a t if .) par des mots de la langue.]
3. On appelle temps absolus l’ensemble des formes
verbales du français exprimant le temps par abus
rapport au moment de l’énoncé (présent, impar En lexicographie, les notations par abus ou
fait, futur, etc.) ; par opposition, les temps relatifs abusivement sont des marques de rejet qui
expriment l'aspect accompli par rapport aux signalent les sens ou les mots rejetés par les
temps absolus : ainsi le futur antérieur et le passé puristes : extensions de l’emploi d’un mot hors
antérieur expriment l’accompli par rapport à un de son champ d’application originel, emprunts
futur ou à un passé exprimé dans l’énoncé. à d'autres langues ou transformations diverses
altérant le sens « premier ». Ainsi, l’emploi de
absolument bien achalandé (dans boutique bien achalandée)
On appelle verbe employé absolument un verbe avec la valeur de « fréquenté par de nombreux
transitif employé sans complément d’objet clients » est « reçu » ; mais le sens de « bien
(ex. : Pierre mange à cinq heures. Laisse-moi faire). pourvu de marchandises » est jugé abusif;
abstrait i’expression contrôler une course, qui est un calque
1. Nom abstrait, syn., en grammaire, de nom de l'anglais, est rejetée comme abusive par les
NON CONCRET, (v . CONCRET.) puristes.
)
accentuation
I, accen t
I. L’accent est un phénom ène prosodique de mise en relief d ’un e syllabe, parfois
plusieurs, dans une unité (m orphèm e, m ot, syntagm e). Il est donc classé parm i les
I>rosodèmes*, ou élém ents suprasegm entaux. au m êm e titre que la quantité ou la
pause*. Par sa nature, l'accent correspond à une augm entation physique de longueur*,
intensité* et éventuellem ent de hauteur*. C ertaines langues privilégient ce dernier
paramètre, com m e les langues d ’Extrême-Orient, le suédois, ou le grec ancien et le
latin classique : on parle alors de ton*. La tradition gram m aticale a conservé ce term e
dans les appellations qui définissent la place de la syllabe accentuée dans les langues
à accent d ’énergie : accentuation oxytonique*, paroxytonique*. proparoxytonique*.
D ans les langues à accent d ’énergie, la mise en relief s'effectue essentiellem ent par
l'intensité, c’est-à-dire une augm entation de la force expiratoire (cet accent est appelé
aussi accent d'intensité, accent dynam ique ou accent expiratoire). La durée et la
hauteur interviennent aussi com m e élém ents secondaires. L’accent d'énergie a une
fonction distinctive* dans les langues où il est mobile, com m e en anglais, en russe, et
dans la plupart des langues rom anes. L'anglais oppose les m ots 'import « im portation »
et im'port « im porter » par le seul fait que la syllabe initiale est prononcée avec plus
de force que la deuxièm e dans le prem ier m ot, avec m oins de force dans le second.
I.'italien présente des paires m inim ales reposant uniquem en t sur la différence de place
de l'accent : an'cora « encore », 'ancora « ancre » ; 'debito « dette », de'bito « dû » ; en
russe, 'mouka « to u rm e n t » et m ou'ka « farine ».
D ans les langues où l'accent est fixe, l'accent d'énergie a une fonction démarcative*,
il indique soit la fin du m ot, com m e en français où il n ’affecte que la dernière syllabe,
soit le début du m ot, com m e en tchèque où il affecte toujours la prem ière syllabe.
1.'accent d'énergie exerce une fonction culminative* com m e som m et d 'u n e unité
phonétique qui peut être le m o t ou le groupe de m ots : en français, la séquence « un
enfant m alade » /ô c n à f à m a la d / constitue u n seul groupe phonétique d o n t l'accent
porte sur la dernière syllabe /la d / tandis que la séquence « un enfant jouait »
/<5én àfo t 3UE/ com porte deux accents, l'u n sur /foc/, l'autre sur /e/. L 'im portance de
l’accent d'énergie dans les langues varie selon la force avec laquelle est prononcée la
syllabe accentuée par rapport aux syllabes inaccentuées : en français, la différence est
laible, les syllabes inaccentuées gardent toute leur force articulatoire, mais, dans les
langues germ aniques, les syllabes accentuées sont très fortes et les syllabes inaccentuées
faibles.
2 . D ans la langue courante, le term e « accent » renvoie souvent aux caractéristiques
d'une façon de parler étrangère qui concerne la réalisation des phonèm es et le débit
(accent étranger, accent m éridional, etc.). Il p eu t aussi renvoyer à une expression
affective ou à une form e d'insistance, et, dans ce cas, le term e d ’accentuation* est
préférable.
u'iirl esc un accident et enfant une substance ; résultat de cette contrainte formelle est que les
iltms l.e temps est pluvieux, pluvieux est u n m ode pronom s concernés prennent les m arques de
(Ir temps. personne, de genre et de nom bre, les verbes
accidentel concernés, celles de personne et de nom bre,
les adjectifs et participes concernés, celles de
1Mi appelle propriétés accidentelles les propriétés
genre et de nom bre en rapport avec le nom
de qualité, de quantité, de lieu, d ’état, etc., qui
ou le pronom . Ainsi, dans Les pommes sont
peuvent être attribuées aux personnes ou aux
cuites, étant donné pommes, nom de genre
i luises qui sont les « substances ». Les pro
féminin, pour lequel on a choisi le nom bre
priétés accidentelles, ou accidents,, sont les
pluriel, l’article (qui a les m êm es règles que
prédicats des substances dans des propositions
l’adjectif) prend la form e du féminin pluriel,
lilrn form ées logiquem ent ; dans Le livre est
parce q u ’il se rapporte à pommes, le verbe être
ii'Uge, livre est la substance et rouge est la
se m et au pluriel et à la troisièm e personne,
propriété accidentelle ; dans Georges est ici,
le participe passé cuit prend le genre et le
h l est la propriété accidentelle attribuée à
( itorges. nom bre de pommes, bn réalité, les différentes
langues n ’effectuent pas les accords de la m êm e
accolades manière. Certaines, com m e le bantou, répètent
I,cs accolades constituent un systèm e de notation sur tous les m ots de la phrase certaines m arques
qui, en gram m aire générative, indique que l’on du sujet, conférant ainsi à l’énoncé une grande
n le choix entre deux suites possibles pour u n ité form elle. D ’a u tre s, com m e l'anglais,
convertir un élém ent en un autre. Si la règle réduisent à peu de chose les accords (l’article
iln réécriture du syntagm e verbal (SV) est la e t l’adjectif sont invariables). Les langues à
suivante : d é clin aiso n c o n n a isse n t ég alem e n t l’accord
fv + sm ] en cas.
En français, l’accord a une fonction dans la
" - |v } com m unication. La variation du verbe rappelle
i rla signifie que le syntagm e verbal peut être ainsi que celui ou ce d o n t o n parle est « sin
réécrit soit par un verbe suivi d ’un syntagm e gulier » ou est « pluriel », ce qui perm et de
lever telle ou telle ambiguïté. La variation en
nominal (Pierre mange sa soupe), soit par un
verbe seul (Pierre court), [v. rf.f.criturf..] personne perm et égalem ent de rappeler le
rapport existant entre le sujet et le locuteur :
accommodation v, assimilation. dans nous parlons, le locuteur est sujet (« je »
accompagnement est parm i les sujets de parlons), ce qui n ’est pas
l'il gram m aire, le complément d'accompagnement le cas dans vous parlez. Toutefois, ies m arques
indique la personne avec laquelle l’agent per- m orphologiques d ’accord sont, en français, plus
•ii mne accom plit une action, (v. conutatu.) nom breuses dans la langue écrite que dans la
langue parlée : la phrase Les poires sont mûres
accompli possède cinq m arques (variations) à l’écrit par
l 'accompli est une form e de l’aspect* indiquant, rapport au singulier, et deux seulem ent à
par rapport au sujet de dénonciation (« je [dis l'oral.
que] »), le résultat d ’une action faite antérieu L’adjectif et souvent le nom , attributs du
rement. Pierre a mangé, Pierre avait mangé, Pierre sujet ou du com plém ent d ’objet, suivent la
itiita mangé sont, respectivem ent, u n accompli
variation en nom bre et en genre du sujet ou
présent, un accom pli passé et u n accompli
du com plém ent d ’objet com m e dans Elles sont
futur. L’accompli est exprimé en français par
belles, ou dans Je les juge belles ; dans la langue
li « formes verbales dites « com posées » avec
parlée, la variation en nom bre de belles n ’est
l'auxiliaire avoir. O n utilise dans le m êm e sens m anifeste que dans les cas de liaison.
Ira term es de perfectif et de parfait.
U n problèm e particulier d ’accord est celui
accord qui est posé par le participe passé conjugué
I ’.ucord e st le p h é n o m è n e s y n ta x iq u e par avec l’auxiliaire avoir (ou à la form e pronom i
li quel, en français par exemple, u n nom ou nale avec l’auxiliaire être quand le pronom
un pronom donné exerce une contrainte for signifie « à m oi, à toi, etc. ») ; la règle veut
melle sur les pronom s qui le représentent, sur qu'il varie com m e le com plém ent d ’objet direct
li i verbes d o n t il est sujet, sur les adjectifs ou (variation analogue à celle de l’attribut du
participes passés qui se rapportent à lui. Le com plém ent d ’objet direct), à condition que
5
acculturation
celui-ci soit placé avant le verbe {v. xi-c t i o n ). nominal {ex., en latin : Claudius Claudiant
Ex. : La pomme que je lui ai donnée est mûre. La amat). Dans les déclinaisons grecque, latine,
main que je me suis foulée me fait mal. etc., l’accusatif peut assumer des fonctions
grammaticales ou locales traduites dans
acculturation
d’autres langues par l’allatif, l’illatif, etc. :
On désigne du nom d’acculturation tous les
direction, but, durée, etc. De même, on a
phénomènes socioculturels qui relèvent de l’ac
dénommé accusatif d'objet interne (en grec :
quisition, du maintien ou de la modification
polemein polemon [livrer un combat]) un complé
d’une culture*, en particulier l’adaptation d’un
ment correspondant au français vivre sa vie ;
individu ou d’un groupe social à un nouveau
ce complément d’un verbe normalement intran
contexte socioculturel ou sociolinguistique (on
parlera ainsi de l’acculturation des émigrés sitif représente la racine du verbe : Yaccusatif
de relation est un complément qui exprime le
récents).
point de vue (« en ce qui concerne Pierre, quant
accumulation à Pierre »), c’est-à-dire que sa valeur est celle
En rhétorique, groupement dans une même d’une incise.
phrase et un même mouvement oratoire, de achoppement syllabique
détails (mots) développant l’idée principale On appelle achoppement syllabique l’interversion,
(ex. : Français, Anglais, Lorrains, que la fureur
oubli ou addition de sons ou de syllabes qui
rassemble [Voltaire]).
intervient non parce que la vitesse du débit est
accusatif trop grande, mais parce que des troubles se
On donne le nom d’accusatif au cas', utilisé présentent dans la programmation de l’énoncé.
dans diverses langues, exprimant la fonction (Ex. : boujour pour bonjour ; depuis jours j'ai
grammaticale de complément dans le syntagme observé pour depuis deux jours j'ai observé ; masoit
verbal du type : verbe suivi de syntagme pour maison.)
a co u stiq u e
La phonétique acoustique s’attache à étudier les propriétés physiques des ondes sonores
de la parole (traitem ent du signal), leur m ode de transm ission dans le milieu, et le
fonctionnem ent des générateurs acoustiques de l'appareil vocal qui d o n n en t naissance
à ces ondes. Elle s'occupe enfin de définir la nature exacte des liens qui peuvent être
établis entre les propriétés physiques du signal et le fo n ctionnem ent du code
linguistique. D ans cette dernière perspective, les investigations p o rten t sur la recherche
des indices acoustiques qui contribuent à l’identification et à la com préhension des
unités linguistiques : m ode et lieu d'articulation, variations des param ètres prosodiques
de l'intonation. Le développem ent de la phonétique acoustique est lié à l'invention
du spectrographe*, appelé sonagraphe* (nom commercial), qui fournit une représen
tation tridim ensionnelle du signal de parole, fréquence, intensité, durée. La théorie
binariste a utilisé ces données pour établir une grille de traits distinctifs définis en
term es acoustiques correspondant aux traits définis en term es articulatoires ou
génétiques. Les techniques plus récentes par ordinateur avec la mise au po in t de
logiciels perm ettent l'analyse du spectre en tem ps réels et la représentation im m édiate
des données de fréquence, d ’am plitude et de durée. Les détecteurs de m élodie ont
perm is la recherche des variables physiques par lesquelles se m anifestent les formes
linguistiques de l'accent, des tons et de l'intonation. Le développem ent des techniques
en synthèse de la parole a égalem ent contribué à la recherche des traits d'identité
acoustique, en p erm ettant de faire varier un param ètre in d épendam m ent des autres
et de vérifier les conséquences auditives de cette m odification. O n a pu m esurer
l’im portance des effets com pensatoires qui perm ettent d ’obtenir un m êm e effet
acoustique par des articulations différentes, évaluer les effets acoustiques qui résultent
du changem ent de configuration du condu it vocal, établir la relation entre les cavités
et les form ants, etc.
6
acoustique
l.;i structure acoustique des sons du langage a fait l'objet de descriptions détaillées
n m c em a n t les différents types vocaliques ou consonantiques dans des langues
différentes.
7
acoustique
• Les voyelles nasales. Les trois ou quatre voyelles nasales [à], [o], [è], [œ] du français,
qui apparaissent dans dans, don, daim, d'un, se caractérisent par un abaissement du
voile du palais et donc la mise en communication du conduit nasal avec le conduit
oral (pharynx et conduit buccal). Ce branchement en parallèle se produit à 10 cm
au-dessus du larynx. La modification spectrale due au couplage des cavités nasales
peut être interprétée com m e l'adjonction de paires form ant/antiformant (pôle/zéro)
notés F 1" et À 1", liées à la présence d’une cavité supplémentaire. Leur position
fréquentielle dépend du degré de couplage, c'est-à-dire du degré d'abaissement du
voile du palais. Le couplage provoque en outre une modification de la fréquence des
formants associés au seul conduit oral. Ces formants sont notés F ’ 1, on a donc
F’ 1 = F 1 lorsque le voile est relevé (couplage nul).
Le premier formant nasal F "! vers 500-700 H z est stable pour le conduit nasal d’un
sujet donné et peu sensible au degré de couplage. Le premier formant oral F '' est
plus élevé que F' après nasalisation. Sa fréquence dépend du degré de couplage et il
peut même disparaître (œil nasal*). Les sinus (maxillaire, frontaux, sphénoïdaux)
constituent autant de cavités qui introduisent plusieurs paires pôle/zéro supplémen
taires dont la principale est à 300 H z environ (Maeda, 1982).
Les consonnes
• Les occlusives. Les consonnes occlusives se caractérisent par un silence qui correspond
à la tenue articulatoire de l'occlusion complète du conduit vocal. Four une consonne
occlusive initiale, la durée du silence se confond avec le silence préphonatoire et ne
peut donc pas être mesurée. En règle générale, une consonne voisée est plus brève
qu’une consonne non voisée. Une occlusive voisée dure généralement plus de 50 ms
et pour un débit de lecture les durées varient de 70 à 120 ms environ. Les occlusives
sourdes sont de 10 à 20 p. 100 plus longues. La nature de l’entourage influe également
sur la durée de l’occlusion.
D ans le cas des occlusives voisées, le silence n ’est pas total : les vibrations des
cordes vocales pendant la tenue articulatoire se traduisent par une concentration de
l’énergie dans les très basses fréquences (100-300 Hz) appelée « barre de voisem ent ».
En français, le voisem ent s'établit généralement avant la fin du silence (plus précisément
avant la barre d’explosion ou burst* pour les occlusives voisées). L'amplitude du
voisem ent diminue au cours de la tenue pour les consonnes. Le voisem ent peut
même s'interrompre avant la barre d’explosion si l’accumulation derrière le barrage
occlusif est tel que la différence de pression au-dessus et au-dessous de la glotte
devient trop faible pour permettre le voisement.
L’identification des occlusives repose sur l’analyse des transitions formantiques,
c’est-à-dire l'inclinaison des formants que l'on observe au passage d’une consonne à
une voyelle et réciproquement. Ces transitions ont deux origines :
- la diminution du degré de constriction qui suit la rupture de l’occlusion provoquant
un effet acoustique plus important que ne le suggère peut-être la faible amplitude du
mouvement articulatoire ;
- le mouvement des organes articulatoires vers une nouvelle cible.
Un resserrement aux lèvres [p / b] abaisse les fréquences des trois premiers formants.
Les transitions CV sont donc montantes.
Une occlusion dans la zone dentale entraîne une élévation de F3 et F4 et implique
des transitions descendantes pour ces formants, alors que F2 n’est pas perturbé.
Pour les vélaires, la caractéristique essentielle est la convergence de P et P ,
M
acoustique
9
acoustique
10
acoustique
v,n iable (20 par seconde). II n ’apparaît pas d ’énergie au-dessous de 1 kHz. L'intensité
globale est faible ( - 2 0 à 20 dB au-dessous de la voyelle). En position finale, l'intensité
|K!Ut être encore plus faible et cette consonne disparaît sur le spectre. Le spectre d ’un
11<| est proche de celui de la voyelle [o]. [R] présente une variante dévoisée en
position finale.
il) Les semi-consonnes [j], [w] et [i[] : la sonante palatale [j] possède une structure
acoustique proche de celle de la voyelle [i] : P = 300 kH z, Fz = 2,1 kH z,
/•1 = 3 kHz, F 4 = 3,5 kH z. Le deuxièm e form ant est souvent très faible. En position
linale, après voyelles labiales, le 2 ' et le 3e form ant peuvent baisser jusqu’à 1 900 et
2 500 kH z. Lorsque [j] est précédé d ’une voyelle labialisée antérieure et postérieure,
le 3e fo rm ant de la voyelle s’incurve vers le bas jusqu’à toucher le 2 ' form ant de la
voyelle qui présente une rapide transition m ontante. P rem onte ensuite rapidem ent
en direction de 3 kH z, valeur cible du F3 de [j]. Lorsque [j] est suivi d ’une voyelle
labialisée antérieure ou postérieure, un phénom ène identique se produit : le 3 ' form ant
i U- [j] se connecte au 2e form ant de la voyelle contiguë. Ces form ants différents
dépendent en fait de la m êm e zone du conduit vocal dans ces sons différents. Après
une occlusive voisée. [j] conserve la m êm e structure acoustique. Il palatalise fortem ent
une occlusive. La barre d ’explosion et le fort bruit de friction so n t ceux que l’on
trouve devant [i].
e) La sonante labiovélaire [w] : cette consonne labialisée (arrondie) est proche de [u],
1:11e est le plus souvent suivie d ’u n [a], d ’un [e] ou d ’un [i] en français. En débit
lapide, to u t groupe [uV] en hiatus peut devenir [wV] : louer [lue] devient [Iwe]. Le
form ant F 1 est toujours intense vers 300 kH z. F2 est souvent faible, vers 0.6 à 0,7 kHz.
un peu plus élevé si précédé d ’une dentale. P et F 2 so n t rarem ent visibles vers 2,2
et 3,3 kH z. En débit rapide, cette consonne ne possède plus d ’état stable. O n ne voit
que des transitions relativem ent lentes vers la cible vocalique.
/) La sonante palatale [q] : cette consonne est toujours suivie d ’un [i] en français
(huit et oui, fuit] et [wij). C ette consonne est proche de la voyelle [y]. En débit rapide,
la séquence [yV] devient [qV] dans Suède, par exemple. Le fo rm an t F 1 se place vers
0,3 kH z, le form ant P vers 1,5 kHz, le form ant P souvent faible, atteint 2.1 à
2,2 kH z. U n form ant F4 est souvent visible vers 3,2 kH z. La transition du form ant
/•' vers [i] est fortem ent m ontante, e t fait contact vers 2,2 kH z avec le 3e form ant
au m o m en t où celui-ci am orce sa transition m on tan te vers 3 kH z. fréquence du
I ' de [i].
11
acquisition du langage
de rattraper un certain nombre d’erreurs par indique une montée continue de Fc d’am
l’algorithme suivant : si plusieurs segments plitude x, et si x représente la montée principale
fortem ent vocaliques ont été détectés en de la phrase, alors on propose un regroupement
séquence et si la fréquence du fondamental de tous les segments vocaliques dans une seule
superposée à l'ensemble de ces segments et même voyelle, (v. d is p e r s io n .)
a cq u isitio n du langage
Pendant longtemps, l'acquisition du langage a été traitée par des psychologues, des
sociologues et des pédagogues, sans lien direct avec les théories linguistiques. Ce n'est
que vers les années 60, et avec les travaux de R. Jakobson, que l'idée de l’existence
de rapports étroits entre structures de la langue et modalités d'acquisition s'est
imposée et que, dès lors, la connaissance du développement verbal a pu éclairer celle
du fonctionnem ent de la langue adulte.
Autour des années 70, on assiste ainsi à de multiples descriptions du langage
enfantin à l'aide des catégories linguistiques utilisées pour décrire la langue des adultes.
Plusieurs remarques peuvent être faites sur cette période. En premier lieu, il ne s’agit
que de décrire les productions de l’enfant en tant que résultats d’un processus dont
on ne sait rien. Celles-ci apparaissent com m e des grammaires successives, évoluant
avec l’âge de l’enfant et conformes aux théories utilisées. En deuxième lieu, cette
optique envisage la production enfantine en termes de fautes ou de manques par
rapport au langage adulte. On s’interroge sur ce qui conduit les maniements
linguistiques de l’enfant à ressembler de plus en plus à ceux de l’adulte, surestimant
l’aspect répétition-imitation au détriment de l’aspect créatif. En effet, dans son
appropriation du langage, l’enfant fait de nombreuses tentatives de généralisation, de
transfert ; son apprentissage par essais et erreurs traduit sa capacité à faire des
hypothèses, à anticiper, à risquer, à renoncer. Enfin, on pense que tous les enfants
passent, à peu de chose près, par les mêmes stades d’acquisition, ce qui justifie, du
point de vue méthodologique, la portée générale accordée aux études faites sur un
seul enfant. Les études différentielles qui suivront vont montrer qu’au sein de
tendances très générales se manifestent des variations entre les enfants qui ne peuvent
en aucun cas être attribuées à des facteurs aléatoires. L’influence de N. Chomsky et,
surtout, le primat déclaré de l’analyse formelle amènent les chercheurs à se centrer
sur le développement syntaxique, négligeant le problème du sens des énoncés du langage
enfantin, de ses liens avec le contexte, de ses effets sur l'entourage. La conséquence
essentielle de ce centrage sur les aspects formels de l’acquisition du langage a été un
recours au nativisme com m e mode d’explication de l'acquisition rapide et régulière du
langage par l'enfant.
Des études plus récentes ont pu faire apparaître que l’enfant produit des catégories
sémantiques avant de construire des énoncés. On a remarqué que la saisie de
l’invariant signifié précède celle des relations de classe. Comme ce que l’enfant a à
dire est plus complexe, plus varié et évolue plus vite que les m oyens linguistiques
dont il dispose, la mise en relation syntaxique retarde sur l’utilisation des implications
sémantiques des unités.
Mais le résultat le plus marquant des études sur l'acquisition des années 80 est la
réhabilitation des événements langagiers de la première année de la vie de l'enfant. S’il
n'y a pas encore présence de la langue chez l'enfant, il y a, depuis le départ, interactions
et production de sens. Dans la perspective innéiste, la période verbale seule intéresse
les linguistes, c'est-à-dire la période où émerge la compétence linguistique. Or, en fait, la
12
acrophonie
langue émerge d’une activité de langage, constituée par un vaste réseau d'échanges
affectifs et communicatifs dans lequel l'enfant met en place des compétences de
communication de plus en plus élaborées qui constituent ce que l'on nomm e communication
prélinguistique. Le dialogue naît de ces premiers épisodes interactifs, des proto-conversations,
comme les appelle J. S. Bruner. C’est le point de départ et la source des acquisitions
linguistiques qui, à leur tour, procurent à l’enfant les m oyens d’accéder à de nouvelles
possibilités d’échange. Insister sur le primat de ces compétences de communication,
c’est rappeler le caractère éminemment social du langage. En effet, com m e le souligne
M. A. K. Halliday, l’enfant est confronté non pas à des grammaires, à des lexiques
ou à des phrases émises au hasard, mais à du langage en action, aux autres et à lui-
même.
Les aspects différentiels dans l’acquisition com m encent à être étudiés. L’existence
de différences individuelles dans la vitesse avec laquelle le langage est acquis est une
expérience courante. Plus délicates à observer sont les diverses stratégies que les enfants
mettent en œuvre dans l’apprentissage. Certains enfants seraient par exemple plus
portés vers la mise en mots des objets, d’autres vers la mise en mots des relations
aux autres. Certains seraient plus « syntaxiques » et d’autres plus « lexicaux ». Même
s'il semble probable que ces différences pourraient être liées à des styles cognitifs
individuels différents, on considère globalement que celles-ci ont pour origine les
divers contextes éducatifs, essentiellement familiaux, dans lesquels vivent les enfants.
Les travaux sur ces questions s'inspirent principalement des idées proposées par
B. Bernstein : les stratégies que produisent les enfants sont en grande partie déterminées
par les caractéristiques langagières des différents contextes de socialisation qu'ils
rencontrent dans leur vie quotidienne. Les études font une place importante aux
échanges mère-enfant dans la constitution de ces différences : l'adulte joue bien un
rôle de médiation entre l'enfant et le langage, mais il existe une complémentarité
obligée entre le « monitorat » assuré par l’adulte, les capacités cognitives de l’enfant
et le monde dans lequel ils vivent.
13
actanciel
■14
addition
.iclive, le verbe aimer est à la voix active tion de l'interlocuteur). Parfois encore, l'actua
(opposée à la voix pronominale s'aimer et à la lisation est sous-jacente à l’énoncé ; le lecteur
voix passive être aimé). d'un panneau portant l’inscription « interdit »
On appelle vocabulaire actif l’ensemble des rétablira, en fonction de la situation de commu
mots qu’un sujet parlant est capable d'em nication, l'énoncé linguistique sous-jacent, par
ployer spontaném ent dans sa production exemple « le passage est interdit ».
linguistique. On distingue le caractère implicite ou expli
action cite de l’actualisation. Ainsi, en français, la
1. On a appelé verbe d'action, par opposition à quantification est explicite dans le nom comme
verbe d'état, un verbe qui exprime une action dans le verbe (un chien / des chiens ; je cours /
(» modifier quelque chose, effectuer un mou nous courons). L'opposition entre actualisation
vement, produire un objet, etc. »), comme explicite et implicite ne vaut, pour cette langue,
courir, marcher, descendre, lire, vendre, etc. que dans le cas de la localisation. Des hommes
2. Action-réponse, v. iiifONSt. est explicitement actualisé du point de vue
I. l ’action est la quatrième partie de la rhéto quantitatif (le pluriel marquant une certaine
rique, qui traite de la prononciation, des quantité d’hommes, plus d'un homme), mais
mimiques et des gestes {pose de la voix, variété implicitement du point de vue qualitatif (cer
du ton, du débit, etc.). |Syn. hytocrisis.] tains hommes, qui étaient plusieurs).
Selon les langues, les impératifs de l'actua
actualisateur lisation diffèrent. Ainsi, considérant seulement
On appelle actualisateur tout morphème per l’aspect, le verbe indo-européen ne localisait
mettant l’actualisation, c’est-à-dire le passage pas l'action verbale dans le temps. L'actuali
de la langue à la parole. Les actualisateurs sont sation temporelle n'était alors qu'implicite (en
les différents éléments que la langue exploite dépendance du contexte).
pour relier les notions virtuelles (concepts) aux Dans la plupart des langues, un certain type
objets et procès de la réalité extérieure d’actualisation est nécessaire pour donner au
(référents). message un caractère achevé : un énoncé mini
On peut opposer les unités lexicales, signes mal comprendra en principe deux termes :
complets {liaison d ’un signifiant et d ’un l’actualisateur et l’actualisé. À ce titre, le pre
’iignifié), et les actualisateurs, qui sont les mier morphème cité ci-dessus (Va !) peut être
morphèmes grammaticaux. Dans ce livre, livre considéré comme actualisé par la catégorie du
i orrespond à la description saussurienne du nombre (va/allez).
Mgne (liaison d'un concept et d’une image
Acoustique), pendant que ce assure le lien entre actuel v . VIRTUEL
I. a d jectif
La grammaire définit l'adjectif com m e le m ot qui est joint au nom pour exprimer la
qualité de l'objet ou de l’être, ou de la notion désignée par ce nom (adjectif qualificatif),
ou bien pour permettre à ce nom d’être actualisé dans une phrase (adjectif déterminatif).
D es adjectifs aussi différents que bas, noir, fragile, petit, laid, glacial, hugolien, superbe,
municipal, spirituel sont qualificatifs. Au contraire, la liste des déterminatifs est
relativement restreinte ; ils se subdivisent en adjectifs numéraux, possessifs, démons
tratifs, relatifs, interrogatifs et exclamatifs, indéfinis ; outre qu'ils ont des contraintes
d'emploi spécifiques (en français, ils ont une place définie et ne peuvent être attributs),
ils ont des fonctions de localisation, de quantification (pluralité), etc. Si l'on s’en
tient au critère du sens, on doit constater toutefois que, dans beaucoup de ses emplois,
l’adjectif qualificatif non seulement caractérise (ou qualifie), mais aussi détermine.
Ainsi, dans F.lle porte un pull-over rouge; rouge permet de distinguer parmi les autres un
pull-over qui est ainsi individualisé.
46
adjectif verbal
Les adjectifs qualificatifs sont divisés en adjectifs qualificatifs proprement dits (exprimant
une qualité) et adjectifs de relation ou relationnels : ces derniers sont dérivés de noms,
par ex. universitaire de université, porcin de porc, économique de économie, et indiquent
qu’il existe un rapport entre le nom qualifié et le nom dont l'adjectif dérive, l'usage
définissant le ou les rapports exprimés : ainsi, l'agitation révolutionnaire peut être
« l'agitation pour faire la révolution », « l'agitation de ceux qui veulent faire la
révolution », « l'agitation qui est la révolution ». L'adjectif relationnel peut avoir des
emplois synonym es ou complémentaires à ceux du « complément de nom » introduit
par de : l'influence de la France et l'influence française sont synonymes, mais la situation
française peut être équivoque : « la situation de la France » ou « la situation en
France ». Les adjectifs qualificatifs proprement dits et les adjectifs dérivés de noms
ont des propriétés syntaxiques différentes : position dans le syntagme nominal,
possibilité ou non d ’entrer dans une phrase avec être, etc.
L’adjectif qualificatif (adjectif qualificatif proprement dit ou adjectif relationnel)
peut être épithète ou attribut. Il est épithète quand il entre dans le groupe nominal
dont le m ot principal est le nom auquel l'adjectif est joint (on dit qu'il le « qualifie »
ou qu'il s'y « rapporte ») ; il n’y a dans ce cas aucun verbe qui mette en rapport
l’adjectif avec le nom. Ainsi, dans la porte étroite, une extraordinaire aventure, un petit
bonhomme, étroite, extraordinaire et petit sont épithètes. Quand l'adjectif exige ou implique
la présence d’un verbe (celui-ci pouvant être « sous-entendu »), on dit qu'il est attribut
du nom ; c'est le cas dans II est remarquable, On le considère comme sincère, Il se montre
sérieux, et avec un verbe non exprimé dans Jacques, tranquille, se met à parler (v. advirbiai).
On caractérise parfois formellement cette catégorie par le fait que ses éléments
varient en genre et en nombre selon le genre et le nombre du nom qualifié ; les
traités de grammaire avancent souvent dans ce cas une règle orthographique selon
laquelle le féminin se forme en général en ajoutant -e à la forme du masculin si
celui-ci n’en comporte pas. Les règles de la langue parlée sont différentes, l'adjectif y
apparaissant généralement comme invariable. D e toute manière, en langue écrite,
nombre d'adjectifs n'ont pas d'opposition de genre (adjectifs à forme de masculin
terminée par -e com m e remarquable, nom s adjectivés com m e marron) ; parfois même,
,-iucune variation n’est possible ni en genre ni en nombre (adjectifs composés comme
bleu-vert : des teintes bleu-vert).
Les adjectifs qualificatifs (à l’exclusion des adjectifs relationnels, com m e métallique,
géographique, etc.) ont des degrés de comparaison*. On distingue ainsi un superlatif
relatif (Il est le plus sage de la classe) et un superlatif absolu (Il est très sage), un comparatif
de supériorité (Il est plus grand que son ami), un comparatif d’égalité (Il est aussi grand
que son ami) et un comparatif d’infériorité (Il est moins grand que son ami). D e ce fait,
l’adjectif em ployé sans degré de comparaison est dit adjectif au positif.
L'adjectif peut être substantivé (employé comme nom) ; on a ainsi les Noirs, les
nffreivc, le haut ; il peut être em ployé com m e adverbe en conservant la variation en
p.enre et en nombre (Elles sont assises studieuses) ou en devenant invariable (Il crie fort).
attribut* exprime l'action que le nom a l’obli déré comme un constituant du syntagme adjec
gation. de subir. tival (Paul est plus content de son sort que Pierre.)
2. En français, [’adjectif verbal est une forme de L’adjectif est la « tête » du syntagme adjectival.
sens actif qui, contrairement au participe pré (v . ADJECTIVJSAllON.)
sent invariable, s'accorde en genre et en nombre 2. On appelle parfois adjectivaux deux classes
avec le nom auquel elle se rapporte. La forme différentes d’adjectifs qualificatifs ; la première
du masculin singulier, généralement semblable est définie par ceux des adjectifs qui entrent
à celle du participe correspondant, est en •ant : dans des phrases prédicatives, du type Jean est
toutefois, l'adjectif verbal de verbes en -quer et heureux, et dans des comparatifs et des super
■guer est en -cant (et non pas -quant). ■gant (et latifs, du type Jean est plus heureux, Jean est le
non pas •guattl) ; on a, en outre, des terminai plus heureux ; la seconde est définie par le même
sons en eut dans adhérent, affluent, coïncident, critère de la phrase prédicative, mais les adjectifs
compétent, confluent, convergent, différent, déférent, qui la constituent n’ont ni comparatif ni super
divergent, émergent, équivalent, excellent, expédient, latif (aîné, cadet, circulaire, double, dernier, etc.).
négligent, précédent, somnolent, violent.
La distinction des sens de l’adjectif verbal et
adjectivisateur, adjectivateur
On appelle adjectivisateur un morphème, en
du participe correspond à la distinction des sens
particulier un suffixe, qui fait passer un terme
d’un verbe et d’un adjectif. Alors que l’action
de la catégorie des noms dans celle des adjectifs
exprimée par le participe présent est limitée dans
(c’est un translatif). Ainsi, en français, le suffixe
le temps, celle qui est dénotée par l'adjectif verbal
-et est un adjectivisateur dans structurel de
correspond à une qualité plus ou moins perma
structure, constitutionnel de constitution.
nente sans délimitation de durée. Ainsi, La petite
troupe s'avance provoquant les passants et La petite adjectivisation, adjectivation
troupe s'avance, provocante s’opposent : le participe On appelle adjectivisation la transformation qui
présent provoquant exprime une action simultanée convertit un syntagme prépositionnel (prépo
à celle de s'avancer; l’adjectif verbal provocante sition suivie d’un syntagme nominal) en un
exprime une attitude indépendante, au moins syntagme adjectival ou en un adjectif.
pour la durée, de l'action de « s’avancer ». Le Soit la phrase : L'industrie de France doit
participe entre dans un syntagme verbal, l’adjectif exporter. Si le syntagme prépositionnel de France
verbal exclut le complément d'objet, ces complé est converti en un syntagme adjectival français
ments étant éventuellement construits comme par la transformation adjectivale, ou adjectivisation,
les compléments d’adjectif. on obtient la phrase transformée : L'industrie
Dans certains cas, le rapport entre le nom française doit exporter.
qualifié et l’adjectif n’est pas un rapport de
sujet à verbe actif : la troupe provocante, c’est adjoint
bien « la troupe qui provoque », mais une On appelle adjoint tout constituant d’une phrase
couleur voyante est « une couleur que l’on voit » qui n’est pas structurellement indispensable et
(l'adjectif verbal a donc quelquefois le sens qu’on peut enlever sans que le reste de la
passif), une femme bien portante, c’est « une phrase (composé d’un sujet et d’un prédicat)
femme qui se porte bien » (voix pronominale), cesse pour cela d’être grammatical. Ainsi, dans
et une soirée dansante, c’est « une soirée au cours la phrase Jean lit un livre dans le jardin, dans le
de laquelle on danse, qui est consacrée à la jardin est un adjoint (de lieu) ; car, si on l’enlève,
danse » (les rapports entre le verbe et l’adjectif la phrase Jean lit un livre reste grammaticale.
verbal sont complexes), (On donne parfois comme synonyme à adjoint
le terme d’expansion.) On distingue les adjoints
adjectival de phrase qui sont des modificateurs de la
1. On appelle syntagme adjectival un syntagme phrase, réduite à ses constituants indispen
constitué d’un adjectif éventuellement précédé
sables, et les adjoints de noms ou de syntagmes
d’un adverbe de degré ou de quantité et d’un comme les adjectifs, qui sont les modificateurs
complément de l’adjectif sous forme de syn d’un nom avec la fonction d’épithète.
tagme prépositionnel. Ainsi, le syntagme adjec 1
(v . C RCONSTANT.)
tival très fier de soit fils dans la phrase Paul est
tirs fier de son fils est constitué de l’adjectif fier, adjuvant
de l'odverbe de degré très et du complément Dans une analyse structurale du récit, on donne
de l'adjectif de son fils. Dans certaines gram le nom d’adjuvant à la fonction assurée par un
maires, le complément du comparatif est consi personnage (ou une force quelconque) qui agit
adverbe
Les adverbes sont classés sémantiquement L'homme avançait courageux. D’une manière plus
en : adverbes de manière, comme incognito, générale, on parle aussi d’emplois adverbiaux
mal, gratis, volontiers, etc., et aussi français dans quand des adjectifs s’emploient en fonction
parler français ; adverbes de quantité et d’in d’adverbe avec un verbe pour caractériser le
tensité, comme assez, plus, beaucoup, trop, tout, procès exprimé par celui-ci (ils sont invariables
moins ; adverbes de temps, comme après, bien dans ce cas) : Il parle bas, Il crie fort.
tôt, depuis, ensuite, aussitôt ; adverbes de lieu, 3. On appelle locutions adverbiales des suites
comme ailleurs, arrière, derrière, devant, loin, figées de mots qui équivalent pour le sens et
partout, ici, là, là-bas, etc. ; adverbes d’affir la fonction dans la phrase à des adverbes.
mation, comme assurément, aussi, certainement Souvent, les locutions adverbiales sont d’an
et surtout oui et si ; adverbes de négation, ciens compléments circonstanciels dont les
comme non, aucunement, guère, jamais, rien, personne, éléments ne sont plus saisis séparément : au
ne et les locutions dont ne est le premier élément : petit bonheur, à pied, tout de suite, sans façon, en
ne ... que, ne ... pas, ne ... point, ne ... jamais (la un tournemain. Les locutions adverbiales sont
langue familière tend à considérer le second parfois appelées adverbes composés.
élément comme ayant lui-même le sens néga adverbialisateur
tif) ; adverbes de doute, comme apparemment, On donne le nom d’adverbialisateur à un mor
sans doute. Certains adverbes ont, comme les phème, en particulier un suffixe, qui fait passer
adjectifs, des degrés de comparaison* (loin, un terme de la catégorie des adjectifs dans
longtemps, près, souvent, tôt, tard), les adjectifs celle des adverbes. Ainsi, en français, le suffixe
employés adverbialement et modifiant un verbe -ment est un adverbialisateur dans poli/ poliment,
(bon, fort, sec, bas, cher), certaines locutions correct / correctement.
adverbiales, la plupart des adverbes de manière
en -ment, enfin bien, mal et peu. adversatif
La catégorie traditionnelle de l'adverbe Une conjonction ou un adverbe sont dits
groupe en réalité des mots qui n’ont de adversatifs quand ils marquent une opposition,
commun que l’invariabilité (encore y a-t-il un comme mais, pourtant, cependant, bien que, tandis
adverbe variable : tout) : adverbes proprement que, alors que, etc.
dits équivalant à des syntagmes prépositionnels affaiblissement
compléments circonstanciels, mots-phrases* et Syn. : A D O u c is sB d ïN r, l ê n it io n .
modalisateurs*. On a pu aussi distinguer les
affectif
adverbes simples (très, anciennement, autrefois, 1. On appelle langage affectif ou expressif celui
etc.) et les adverbes composés (à la fois, comme qui traduit l’intérêt personnel que nous prenons
de juste, à la folie, etc.), correspondant à la à nos paroles par une manifestation naturelle
distinction entre adverbes et locutions adver et spontanée des formes subjectives de la
biales, mais dont les propriétés syntaxiques
pensée.
sont les mêmes. 2. Le sens affectif d’un mot est constitué par
Mobile, l’adverbe de phrase peut souvent
l’ensemble des associations affectives qui sont
être déplacé, pour des raisons stylistiques (équi liées à son emploi (syn. : c o n n o t a o o n ) , par
libre, rythme, harmonie, mise en relief) ; dans
opposition au sens cognitif (syn. : d é n o t a i t o n ) ,
le syntagme nominal, l’adverbe se place avant qui représente sa relation à l’objet signifié.
l’adjectif ou l’adverbe qu’il modifie, Ainsi, le terme de collaboration a un sens cognitif
adverbial (action de collaborer, de participera une action,
1. Le terme d 'adverbial désigne la fonction d’un un effort) et un sens affectif péjoratif qu’il a
adverbe, d ’un complément circonstanciel gardé de son utilisation pendant et après
consistant à modifier le verbe dans une l’occupation allemande en France, au cours de
construction endocentrique" : ainsi prudemment la Seconde Guerre mondiale.
dans Pierre conduit prudemment ou ce matin dans
Pierre est venu ce matin ont une fonction adver
afférence
L’afférence est une opération d’inférence per
biale.
2. On parle de Yemploi adverbial d’un adjectif mettant d’actualiser un sème afférent’.
quand celui-ci a la valeur d’un adverbe et afférent
caractérise non pas seulement le nom auquel On parlera de sème afférent, par opposition à
il sc rapporte grammaticalement, mais aussi le sème inhérent, pour désigner des sèmes
procès exprimé par le verbe, comme dans construits, dans le procès discursif, par des
20
affriquée
inlibrences contextuelles et par la prise en (temps), Inf (infinitif), PP (participe passé) sont
compte des normes sociales. des affixes ; les verbes et la copule être sont
Ix*s inférences contextuelles à l’origine de la des verbaux. Ainsi dans la phrase de structure
11instruction de sèmes afférents proviennent du profonde :
contexte, souvent supérieur à la phrase, dans L'enfant + Pas + dormir,
lequel figure l’unité. Le drapeau rouge est levé
où Pas (passé) est un affixe représenté par ait,
pourra, selon le contexte, renvoyer à « gauche
politique » ou à « danger », « interdiction ». la transformation affixale fait permuter Pas et
dorm(ir), ce qui donne la phrase de structure
affermissement de surface :
L'affermissement est un phénomène d’évolution L'enfant -I-dorm(ir) + Pas.
historique constaté en particulier dans l'évo
lution du système consonantique de plusieurs La combinaison dorm(ir) et ait donne dormait.
langues indo-européennes, où il a souvent affixadon
succédé à un phénomène d’affaiblissement' en L’affixation consiste à créer des mots nouveaux
liaison avec l’apparition de l’accent* d’énergie. par l'adjonction d’affixes* à un radical.
Ainsi, en italique tardif, les consonnes occlu affixe
sives non-voisées, qui s’étaient affaiblies en 1. Vaffixe est un morphème non autonome
occlusives non-voisées lâches, retrouvent leur adjoint au radical d’un mot pour en indiquer
tension initiale, les occlusives voisées |b, d, g], la fonction syntaxique (morphème casuel),
qui s’étaient affaiblies en fricatives [p, 5, y], pour en changer la catégorie (morphème
retrouvent leur occlusion, etc. (Contr. : a d o u entrant dans les nominalisations, les adjectivi-
CISSEMENT.)
sations, etc.) ou en modifier le sens (morphème
affinité exprimant dans les verbes le factitif, l’inchoatif,
On parle d 'affinité entre deux ou plusieurs etc.). Les affûtes constituent une classe où l'on
langues, qui n’ont entre elles aucune parenté distingue, selon la place qu'ils occupent par
génétique, quand elles présentent certaines rapport au radical, les suffixes, qui sont placés
ressemblances structurelles (organisation de la après le radical (en français ment dans vivement),
phrase, vocabulaire général, déclinaison, etc.). les préfixes, qui sont placés avant le radical (en
Par exemple, les similitudes existant entre la français, re- dans refaire), et les infixes, qui sont
déclinaison latine et la déclinaison russe sont insérés dans le radical (en latin n dans jungo,
dues à une parenté génétique puisque la gram donc le radical est jug).
maire comparée* attribue aux deux langues On distingue aussi : les affixes dérivationnels,
une origine commune : l’indo-européen ; en qui servent à former avec un radical un thème
revanche, les ressemblances entre le takelma capable de fonctionner comme verbe, nom,
et l’indo-européen sont dues, elles, à une adjectif ou adverbe ; ainsi -ation est un affixe
certaine affinité, (v . f a m ille , t y p o l o g ie .) dérivationnel en français et en anglais
(v. surrixF.) ; les affixes flexionnels, qui entrent
uffirmatif
dans la flexion casuelle des noms ou des
I a phrase affirmative, opposée à la phrase nega-
adjectifs ou dans la flexion verbale
live, est définie par son statut, l’affirmation :
(v. d é s in e n c e ) ; les affixes verbaux, ou désinences
l'itul viendra est une phrase affirmative opposée
de temps (présent, passé, nombre et personne),
.1 la phrase négative l’aul ne viendra pas.
d'infinitif et de participe passé.
affirmation 2. Dans une première étape de la grammaire
I/ affirmation est le statut de la phrase consistant générative, les affixes sont des symboles représen
a présenter le prédicat de la phrase comme tant des morphèmes grammaticaux qui ont pour
vrai, possible, probable, contingent ou néces propriété de se combiner avec des morphèmes
saire (par opposition à la négation, à l'inter lexicaux ; ils correspondent alors à l’ensemble
rogation, à l’ordre). des désinences de temps, de participe et d’infi
affixal nitif ; par leur présence, ils déclenchent la trans
On appelle transformation affixale, dans la pre formation affixale. (v. a ïh x a l .)
mière étape de la grammaire générative, la affriquée
twmsformation qui fait permuter les symboles Une affriquée est une consonne qui combine
AT. (affixe) et v (verbal) dans la suite Af + v très étroitement une occlusion et une frication.
• v I Af. Les constituants de l’auxiliaire T pu Ainsi la consonne initiale anglaise dans child (à
21
agent
22
aliénable
23
aliénation
alp h ab et p h o n étiq u e
La transcription d ’un discours, c’est-à-dire son enregistrem ent linguistique par la
graphie, im plique l’existence d 'u n systèm e de signes sym bolisant les sons du langage.
Si l'o n v eut représenter le m axim um de nuances phoniques, m êm e celles qui n ’o n t
pas de fonction linguistique, la transcription sera présentée entre crochets, ainsi [...] ;
si l'on ne veut représenter que les traits phoniques doués d 'u n e fonction linguistique,
la transcription se fera entre barres obliques, ainsi /.../. En fait, il n'existe pas de
transcription phonétique parfaite, sinon celle qui est réalisée avec l’enregistrem ent du
fait acoustique bru t par des appareils d ’analyse du son tels que les oscillographes, car
il n 'e st pas possible de no ter toutes les nuances phoniques de chaque réalisation d 'u n
phonèm e. U ne notation phonologique est plus simple q u 'u n e n o tatio n phonétique,
dans la m esure où elle ne se soucie pas de noter les différentes variantes d 'u n m êm e
phonèm e et utilise u n seul signe là ou la transcription phonétique doit recourir à
plusieurs signes différents pour signaler les principales variations (com binatoires,
sociales ou individuelles) d 'u n e m êm e unité distinctive. La consonne initiale du m ot
français rail sera n o té e /r /d a n s une transcription phonologique, mais suivant l’accent
régional du locuteur, elle sera notée p honétiq u em en t [r], [R] ou [ y ] . Le b u t d ’un
alphabet phonétique international est donc de fournir un répertoire de signes correspondant
aux principales réalisations phonétiques des différentes langues du m onde, et dans
lesquelles la notatio n phonologique opère un tri.
Le principe de l'alphabet phonétique est : « u n seul signe pour chaque son, un
seul son pour chaque signe ». D ans le Visible Speech de Bell, les sym boles sont les
diagram m es simplifiés des organes vocaux en position d'ém ission des divers sons ;
l’Alphabetic Notation de O. Jespersen com bine des lettres grecques correspondant aux
différents organes vocaux et des chiffres arabes indiquant la position de ces organes
pendant l'articulation. L'« alphabet phonétique international » (A.P.I.) est créé en
1888 par l’Association phonétique internationale (n o tam m en t par D. Jones, H. Sweet,
P. Passy), puis mis à jour et perfectionné par elle au cours des années. C et alphabet
utilise des lettres em pruntées aux alphabets grec et latin, en leur d o n n an t la valeur
qu'elles o n t dans ces langues, ou des sym boles dessinés par les phonéticiens, com m e
lc /J /o u le /y .
a,4
alphabet phonétique
Postalvéolaires
Labiodentales
Pharyngales
Rétroflexes
Alvéolaires
Bilabiales
Uvulaires
Dentales
Clottales
Palatales
Vélaires
CONSONNES
Voisement - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - +
Occlusives P b t d t 4 C k 9 q c ?
Nasales m no n a .n G N M
Vibrantes
roulées B r R ; ;; >
Vibrantes
r i
battues
Fricatives B f v 0 <5 S z ; § § z. Ç i x Y x K h Y h fi
Latérales
Fricatives i fe **** '
w
u j i j
M
Latérales
iïH 1 L A L
*W! ■*■ ' ' ;
Implosives f 6 [ cT c J R cf G
— Consonnes :
p, b, t, 4 k, m, n, t, f et h ont la valeur q u ’ils o n t co m m u n ém en t dans les langues
européennes.
g fr. gare, gu de gué ; angl. get
I. hindi E ( 0 ; suédois rt dans fort
4 hindi ^ (d ) ; suédois rd dans bord
c fr. dialectal quai ; hongrois ty dans kutya ; perse k dans yak
J fr. dialectal guêpe ; hongrois g y dans nagy
? arabe hamza ; ail. du N ord Verein (ferVain)
q arabe 3 ; esquim au K
o perse 3
4> ail. w dans Schwester ; japonais h devant u com m e dans H u zi (Fuji)
(3 esp. b intervocalique com m e dans saber
0 angl. th dans thing ; esp. c, z dans placer, plaza ; grec 9
angl. th dans this ; esp. d dans coda ; danois d dans gade ; grec Ô
s angl. set ; fr. son
z angl. zeal ; fr. zèle ; russe 3
v com m e v en angl., fr.. it. ; ail. w ; russe B
j angl. du Sud dans dry ; angl.-américain ir dans bird
§ m arathi q (s) ; suédois rs dans tvdrs ; pékinois variété de J
z. pékinois variété de 3
J fr. ch ; angl. sh ; ail. sch ; russe m ; it. sc dans pesce, sci dans uscio
3 angl. s dans measure ; fr. / dans jour, g dans g é a n t; Il en espagnol
d'A m érique du Sud ; russe »
ç ail. ch dans ich ; jap. h devant i com m e dans hito
ç polonais s dans ges, si dans gesia
z polonais z dans zle, z i dans ziarno
x écossais ch dans loch ; ail. ch dans ach ; esp. / dans hijo, g dans gente ;
russe x
V esp. g de luego ; danois g de koge ; grec y ; arabe
X arabe £
h variété d ’arabe
b variété r de fr. dit parisien (r uvulaire fricatif)
V arabe
fi h voisé, angl. entre sons voisés, dans behave, manhood
rr) it. n dans invidia ; esp. n dans ânfora
a m arathi uy (n)
ji fr. et it. gn dans gnôle ; esp. n
0 angl. ng dans sing ; esp. n dans cinco, tengo ; ail. ng dans D ing
n esquim au eN im a « m élodie »
t angl. / dans table ; russe jt ; une variété du polonais t
4 gallois II dans Llangollen ; kaffir hl dans hlamba « laver »
1} zoulou dhl dans dhla « m anger »
1 m arathi ô<5 (/)
X it. g l dans egli ; gli dans voglio ; esp. Il dans aille ; grec /.( dans ïfk io s
\ r roulé com m e en anglais, italien, espagnol, russe, écossais. Ce signe est
aussi utilisé quand c’est possible linguistiquem ent pour transcrire le 1
alphabet phonétique
0/1
alphabétique
A utiliser les deux codes. L’aitemance d'incom « alvéolaires », comme les consonnes françaises
pétence au contraire est un expédient destiné et anglaises [t, d, s, z, 1, n] classées phonolo-
A compenser une carence. giquement parmi les dentales, mais réalisées
phonétiquement comme des alvéolaires.
alternant
I lans la première étape de la grammaire géné- alvéopalatales
i.itive, certaines règles de réécriture doivent Les consonnes alvéopalatales, dites aussi palato-
être dédoublées pour permettre la génération alvéolaires ou postalvéolaires, sont des consonnes
de deux types de séquences de symboles (ou prépalatales articulées à la limite des alvéoles
île symboles uniques) à droite de la flèche. et du palais dur, ayant comme articulateur
Ces règles sont dites alternantes. On peut en inférieur la pointe ou la région prédorsale de
prendre pour exemple la réécriture de SV : la langue ; les fricatives [f] [3], les affriquées
RS x (a) : SV V, [tf], [ÎI3] sont des alvéopalatales. Phonologi-
(à lire : règle syntagmatique x (a) ; SV est à quement, les alvéopalatales sont à classer parmi
réécrire en V, [verbe intransitif]) ; les palatales, dont elles présentent les caracté
RS x (b) : SV -*• Vt + SN ristiques acoustiques (aigu, diffus).
(à lire : règle syntagmatique x (b) : SV est à amalgame
réécrire en V, [verbe transitif] suivi d'un syn 1. En linguistique fonctionnelle, il y a amalgame
tagme nominal). quand deux ou plusieurs morphèmes sont
Les verbes du lexique incorporé à la gram fondus de manière tellement indissoluble que
maire générative considérée devront en consé si l’on retrouve les divers signifiés de chacun
quence comporter la spécification V/V,. sur le plan du contenu, on n'observe qu’un
La notion de règle alternante est à distinguer seul segment sur le plan de la forme. Dans le
de l’opposition entre règle obligatoire et règle français au il y a amalgame de à le, c'est-à-dire
facultative. Le caractère facultatif d’une règle que cette forme unique correspond à plusieurs
se marque graphiquement par l’emploi de choix : à la préposition à, à l’article défini et
parenthèses. Par exemple, on peut écrire aux marques de masculin singulier. De même
RS x (a) de la façon suivante : dans aimons, la terminaison -ons amalgame le
RS x (a) : SV -> V, (Adv). monème de présent indicatif et celui de pre
Dans le cas de la règle alternante, une liberté mière personne du pluriel. L’amalgame est très
existe, mais aussi la nécessité d'un choix. Pour fréquent en latin, comme dans toutes les
indiquer cette nécessité en évitant la multipli langues flexionnelles, mais pratiquement
cation des sous-règles, la présentation est sou absent des langues agglutinantes.
vent faite entre accolades : 2. Dans les contacts de langues, quand il n’y
a pas substitution (abandon de la langue
naturelle au profit d’une autre) ou commuta
RS * ; s v - K ' ♦ sn } tion (usage alterné de deux ou plusieurs
langues), c’est-à-dire utilisation préférentielle de
Une autre possibilité consiste à présenter les
l'une des deux avec de nombreuses interfé
combinaisons possibles en séquences séparées
rences* de l’autre.
par des virgules à l'intérieur d’une accolade.
Par exemple : ambiguïté
RS X : SV -> {V„ V, + SN} L'ambiguïté est la propriété de certaines phrases
qui présentent plusieurs sens. L’ambiguïté peut
alvéolaire
tenir au lexique, certains morphèmes lexicaux
On donne le nom d 'alvéolaire à un phonème
ayant plusieurs sens. Ainsi, la phrase :
consonantique articulé au niveau des alvéoles
îles dents d’en haut, le plus souvent par appli- Le secrétaire est dans le bureau
ration de la pointe de la langue (v. amcoalvéo- a au moins deux sens, car secrétaire est soit une
iAiun) ; ce type de consonnes entre dans la classe personne, soit un meuble (on parle alors
tirs dentales*. En français, les consonnes [s] et d’ambiguïté lexicale).
[z| sont des fricatives alvéolaires. L’ambiguïté peut tenir au fait que la phrase
alvéoles a une structure syntaxique susceptible de plu
les alvéoles postérieures des incisives supé sieurs interprétations. Ainsi, Le magistral juge
rieures constituent l’articulateursupérieur pour les enfants coupables répond soit à l’interprétation
la prononciation de certaines consonnes dites Le magistrat juge que les enfants sont coupables,
amnesique
soit à l’interprétation Le magistrat juge les enfants ou, dans certaines positions, la voyelle neutre
qui sont coupables (on parle alors d ’ambiguïté [a] dite « e muet », « instable » ou « caduc »
syntaxique ou d’homonymie de construction). Les (dans la première syllabe du mot petit fpti], ou
ambiguïtés syntaxiques sont dues à ce que la dans la deuxième syllabe du mot appeler [aple]).
même structure de surface relève de deux (ou amusie
plus de deux) structures profondes différentes. L’amusie est la perte du langage musical consé
Ainsi, Georges aime Marie autant que Jean répond cutive à des lésions corticales. Le sujet atteint
soit à Georges aime Marie autant que Jean aime d'amusie est incapable de reconnaître et de
Marie, soit à Georges aime Marie autant qu'il reproduire les sons musicaux, alors qu’il en
aime Jean. De même, Pierre regarde manger un était capable avant sa maladie.
poulet est syntaxiquement ambigu, la phrase de
structure profonde étant soit Pierre regarde (des anacoluthe
gens) manger un poulet, soit Pierre regarde un Rupture dans la construction d’une phrase,
poulet manger (quelque chose). l’anacoluthe est formée de deux parties de phrase
qui sont syntaxiquement correctes, mais dont
amnésique la séquence donne une phrase syntaxiquement
L’aphasie amnésique est une forme d’aphasie* anormale ou déviante. Ainsi, les suites celui qui
caractérisée par un manque de mots dans le n'est pas encore convaincu et c'est à lui que je
discours spontané et des déficits à la dénomi m'adresse sont syntaxiquement correctes, mais
nation des objets, des images d’objets, des la séquence celui qui n'est pas encore convaincu,
couleurs, etc. c'est à lui que je m'adresse constitue une anaco
amphibologie luthe. Elle peut être une figure de rhétorique
On appelle amphibologie toute construction (ex. : Le nez de Cléopâtre, s'il eût été plus court,
syntaxique qui, sans être agrammaticale, est, toute la face de la terre aurait changé [Pascal]).
par sa forme, équivoque, obscure ou ridicule anacyclique
(ex. : Je donne des bonbons à mes enfants qui sont Se dit d’un mot ou d’un groupe de mots qui
enveloppés dans du papier). présentent toujours un sens qu’on les lise à
amplification l’endroit ou à l’envers (de gauche à droite ou
En rhétorique, on appelle amplification le pro de droite à gauche) [ex. : Léon et Noël\.
cédé linguistique par lequel on répète la même anaglyptique
structure, on en accroît la longueur, le nombre, Uécriture anaglyptique désigne le mode d'im
la quantité (ex. : la description du nez de pression en relief de l’écriture Braille des
Cyrano de Bergerac). aveugles.
amplitude analogie
En phonétique acoustique, on appelle amplitude Le terme d’analogie a désigné, chez les gram
de l’onde vocale l’écart entre le point de repos mairiens grecs, le caractère de régularité prêté
des particules d’air vibrant et le point extrême à la langue. Dans cette perspective, on a dégagé
qu’elles atteignent dans leur mouvement. un certain nombre de modèles de déclinaison,
L’amplitude de la vibration est responsable par exemple, et on a classé les mots, selon
de l’intensité du son (si la fréquence* est qu'ils étaient ou non conformes à l’un de ces
constante). On peut rendre l'intensité d’un son modèles. L'analogie a fondé ainsi la régularité
quatre fois plus grande en en doublant l’am de la langue. Par la suite, l’analogie a servi à
plitude. L’amplitude peut être augmentée par expliquer le changement linguistique et, de ce
la combinaison de deux ou plusieurs vibrations fait, a été opposée à la norme*. L’analogie
de fréquence identique : ainsi, l’onde sonore fonctionne ainsi, selon l’expression de F. de
produite par la vibration des cordes vocales est Saussure, comme la « quatrième proportion
rendue audible grâce au renforcement de son nelle ». Ce type d'enchaînement logique joue,
amplitude à travers différents résonateurs de par exemple, quand on prononce le pluriel de
l’appareil phonatoire. cheval comme le singulier. Dans ce cas, le sujet
amuïssement parlant procède ainsi : au singulier [l(s) toro],
On appelle amuissement le processus par lequel le taureau, correspond un pluriel [letoro], les
un phonème finit par ne plus être prononcé ; taureaux, donc, au singulier, [l(3)j(a)val], le
par exemple, en français la consonne h dite cheval, correspondra un pluriel [le j(o)val], 7c.
aspirée, À l'Initinlc de héros, les voyelles finales, chevats. On dira « x sera à je dis ce que vous lisez
analyse de contenu
est à je lis » : c’est ainsi qu'on obtient la forme logique. Dans la classification typologique de
'mus disez. L'attraction analogique a donné le l’abbé Girard, analogue s'opposait à inversif.
lutur enverrai au lieu de l'ancien français envoie-
rai, sur le modèle de voir / verrai. De ce point
analysabilité
En grammaire générative, l'analysabilité est la
de vue, l'analogie joue donc un rôle important
propriété d'une suite terminale générée par la
dans l’évolution des langues et les néogram
base*, qui fait que cette suite possède la
mairiens l’ont utilisée pour rendre compte de
structure exigée pour qu’une transformation
la réorganisation des systèmes linguistiques
donnée puisse s’appliquer. Ainsi, si la
bouleversés par les lois phonétiques.
transformation passive est définie comme
analogique une transformation qui s’applique aux suites de
On appelle changement analogique toute évolu la forme
tion de la langue que l’on peut expliquer par Pass + SNj + Aux + V + SN.
un phénomène d’analogie*. La « faute » (Pass = passif, SN, et SN2 = syntagmes
consiste à donner comme pluriel à le cheval nominaux, Aux = auxiliaire, V = verbe), alors
[tajaval] *les chevals [lcjaval], en conformité la suite générée par la base
avec le type le mouton [lamuto], les moutons
Pass + le père + Prés + le journal
JlemutS] ou, au contraire, à donner comme
pluriel à le chacal [lofakal] *les chacaux [lcjako], est analysable dans la structure précédente et
en conformité avec le cheval [tajsval], les chevaux elle peut se voir appliquer la transformation
[lcjovo], passive. Au contraire, la suite :
Pass + l’enfant + court
analogistes
Chez les grammairiens grecs, à partir du n’est pas susceptible d’une telle analyse struc
IIe siècle av. J.-C. s'est développée une discussion
turelle ; la transformation passive ne peut
sur l’importance qu’il convenait d’accorder à s’appliquer : elle est bloquée.
la régularité dans l’étude des phénomènes analyse
linguistiques. Les analogistes soutenaient que la 1. L’analyse grammaticale est un exercice scolaire
langue est fondamentalement régulière et visant à découvrir dans une phrase la nature
exceptionnellement irrégulière (reflétant la sys et la fonction des mots qui la constituent.
tématisation propre à la pensée), alors que la Ainsi, dans la phrase Ils l'ont élu député, on
thèse inverse avait la faveur des anomalistes* devra donner dans l’analyse grammaticale la
(considérant la langue comme produit de la nature (nom) et la fonction (attribut de l’objet
nature). Les analogistes se sont attachés à établir le) du mot député.
des modèles (« paradigmes ») selon lesquels la 2. L’analyse logique, chez C. Bally, est un procédé
plupart des mots (dits alors « réguliers ») pou d’analyse de la phrase fondé sur le postulat que
vaient être classés. De ce fait, ils étaient les énoncés réalisés comprennent chacun deux
conduits à corriger tout ce qui pouvait appa parties, l’une qui est le corrélatif du procès, le
raître comme une irrégularité sans parfois dictum, l'autre par laquelle le sujet parlant exerce
même s'apercevoir que ce qui est irrégulier une intervention (pensée, sentiment, volonté) sur
d’un côté peut être parfaitement régulier d’un le dictum ; c'est la modalité. C’est aussi un
autre côté. Ainsi, la déclinaison de hoûs, hoos exercice scolaire visant à découvrir la nature et
paraît irrégulière par rapport à korax, korakos, la fonction des propositions*.
mais elle est régulière si on se place du point 3. L’analyse structurelle, en grammaire généra
de vue historique, une fois admis les divers tive, est une procédure consistant à tester une
traitements du son transcrit par le digamma, phrase, générée par la base, pour voir si elle a
lettre ancienne disparue de l’alphabet grec : une structure qui rende possible l’application
boFs / boFos. Les recherches des analogistes d’une transformation (v. a n a ly s a b iu t é ) .
ont beaucoup contribué à l’établissement de
la grammaire. analyse d e contenu
Le contenu d'un texte peut être décrit en
analogue termes qualitatifs ou en termes statistiques ;
On classait autrefois comme analogues les c’est l’objet de ['analyse de contenu. On peut se
langues dont l’ordre des mots est relativement demander : « Comment ce texte est-il organisé
fixe, comme le français. Il s'agissait là d'une et que pouvons-nous déduire de cette organi
analogie avec ce qu’on croyait être l’ordre sation pour caractériser son auteur ? » ou
.U
analyse de discours
« Quels sont les principaux éléments de contenu ainsi conservateurs et progressistes. Aussi de telles
de ce texte ? ». Il s’agit en quelque sorte de cooccurrences sont-elles largement indépen
systématiser et d'essayer de fonder sur des bases dantes du contrôle conscient.
rigoureuses ce qu’on appelle couramment « lire Une autre méthode utilisée est l'analyse
entre les lignes », de définir des règles qui d’évaluation assertive. On soumet à des sujets,
déterminent l’organisation des textes. Il faut donc choisis en fonction de la recherche, des pro
reconnaître la même idée sous des formes dif positions du type « A vous semble plutôt...
férentes et définir les paraphrases. X », où A est un mot ou une proposition et
Il y a deux manières principales de découvrir X un adjectif comme vrai, grand, faux, petit, etc.
le sens implicite sous le sens apparent. L’une La convergence entre les sujets permet de
consiste à utiliser le plus large environnement définir leur culture, leur opinion, etc.
du texte (les circonstances de sa production, Une autre méthode est fondée sur l'utilisa
son but général), l’autre est de se concentrer tion d’un texte dont on supprime tous les 3‘
sur les traits du texte dont on peut présumer (ou les 4‘, ou les 5e, etc.) mots. Avec un seul
qu’ils sont indépendants du contrôle conscient texte ou un seul groupe de textes on peut
de l’émetteur. tester plusieurs sujets ou plusieurs groupes
Face à la première, qu’on ne sait guère pour qu’on invite à remplir les blancs. Les écarts
le moment définir de manière rigoureuse, la dans le nombre de bonnes réponses permet
seconde méthode, dite « analyse de cooccur tront de classer les sujets ou les groupes selon
rence », se présente comme un affinement des leur degré de compréhension. II suffira évidem
comptages de fréquence. Au lieu de compter ment de mettre le classement en parallèle avec
l’occurrence des concepts A, B et C, on compte les points de la description socioculturelle des
le nombre de fois que A apparaît en même sujets ou des groupes de sujets pour établir
temps (dans la même phrase, le même para des relations de type sociolinguistique* entre
graphe ou la même unité au sens large) que B un texte déterminé et des conditions socio
et on compare avec le nombre total d’appari culturelles.
tions de l’un et de l’autre (de A et de B réunis). Cette prodécure permet également de
L'index qui en résulte peut être utilisé pour comparer des textes (ou des ensembles de
mettre en évidence la force de l’association textes) du point de vue de la lisibilité. Le sujet
entre les deux idées dans l’esprit de l’émetteur. est alors invariant et les textes variables. Les
La nature précise de l'association dans le texte caractères socioculturels des textes sont mis en
n’est pas prise en considération — la phrase rapport avec le nombre de fautes rencontrées
U s conservateurs délestent les progressistes associe pour chacun d’eux.
a n a ly se d e d isco u rs
O n appelle analyse de discours la partie de la linguistique qui déterm ine les règles
com m andant la production des suites de phrases structurées.
L'analyse de discours, ou analyse d ’énoncé, trouve son origine dans la distinction
faite par F. de Saussure entre la langue* et la parole*, bien que le linguiste genevois
ait pensé que cette dernière, soum ise au hasard et à la décision individuelle, ne
relevait pas d 'u n e étude rigoureuse. L'influence des form alistes russes, qui avaient
élaboré un type radicalem ent nouveau d'analyse littéraire, et le travail de l’école de
Genève o n t m aintenu, depuis F. de Saussure jusqu'aux années 50, le cou ran t d ’une
linguistique de la parole opposant à la fonction de com m unication, essentielle pour
l'étude de la langue, une fonction d ’expression (phénom ènes ém otionnels, subjectifs,
individuels) qui pose les problèm es de l'étu d e des énoncés supérieurs à la phrase,
n o ta m m e n t de to u t ce qui touche à l 'énonciation.
La linguistique essaie de rendre com pte non seulement de la phrase, mais aussi des
suites de phrases à partir de trois séries de travaux ; les uns tentent de définir les règles
qui com m andent la succession des signifiés d ’un texte : c’est l'analyse de contenu. De
leur côté, les lexicologues, après avoir longtemps pris comme base opérationnelle le mot,
ou unité graphique isolée, ont reconnu la nécessité de prendre en considération des
analyse conversationnelle
analytique anaphorique
1. Un jugement est dit analytique quand il est On dit d'un pronom personnel ou démonstratif
nécessairement vrai, sa véracité étant assurée qu'il est anaphorique quand il se réfère à un
par les propriétés sémantiques des mots qui le syntagme nominal antérieur ou à un syntagme
constituent et par les règles syntaxiques de la nominal qui suit (Pierre, je le vois ; j'en ai assez
langue qui mettent ces mots dans un certain de le voir inactif ; j'apprécie celui qui parle fran
type de relation : ainsi, Pierre est un homme est chement; etc.). Cet emploi anaphorique s’oppose
un jugement analytique, car Pierre a dans ses à l'emploi déictique* du démonstratif, comme
traits « humain » et la relation syntaxique de dans les phrases : De ces cravates, j'aime mieux
la phrase lui attribue ce trait. Un jugement est celle<i plutôt que celle-là ; elle est surprise (elle
dit synthétique quand il n'est vrai que dans une renvoyant à une personne présente, mais non
situation donnée, que sa véracité dépend des dénommée antérieurement).
circonstances, comme Pierre est ivre. anarthrie
2. Une langue analytique est une langue iso L’anarthrie est le nom donné à l'aphasie* d’ex
lante* : en particulier, on qualifie ainsi le pression, caractérisée par des perturbations
français. dans la réalisation des phonèmes et des
3. On dit qu’une phrase est analytique si le sens séquences de phonèmes.
du prédicat est entièrement contenu dans le
sujet ; par exemple, Mon père est un homme est
anastrophe
On appelle anastrophe un renversement de
une phrase analytique. On dira de même
l'ordre habituel des mots. Si l’on pose que
qu'une phrase relative est analytique si le sens
l'ordre habituel du latin est Clauditis Claudiam
de la principale est entièrement contenu dans
amat, on dira qu’il y a anastrophe de l'accusatif
celui de la relative ; par exemple, la phrase
dans Claudiam Clauditis amat ; il y a anastrophe
Ceux qui parlent français parlent une langue est
de inter dans quos inter (au lieu de inter quos),
une phrase analytique.
anastrophe du pronom dans me voici (au lieu
4. Une procédure analytique est un type d’analyse
de voici + moi).
linguistique qui consiste à découper l'énoncé
en phrases, syntagmes, morphèmes pour abou anglaise
tir aux unités ultimes, les phonèmes. Cette L’anglaise est l'écriture cursive penchée vers la
procédure de « haut en bas » s’oppose à la droite.
procédure synthétique, qui consiste à aller de animaux
bas en haut dans l’analyse, à partir des unités Les noms d'animaux constituent une sous-caté
les plus petites pour les grouper ensemble selon gorie des noms qui désigne des êtres vivants
des règles combinatoires et aboutir ainsi à la non-humains et qui se caractérise par une
phrase. La procédure analytique est celle de syntaxe différente de celle des noms humains.
L. Hjelmslev, par exemple, la procédure syn Ainsi, le verbe penser implique un sujet humain ;
thétique celle de Z. S. Harris. si on lui donne un sujet non-humain, on
anaphore attribue à l’animal les propriétés de l'homme.
1. En rhétorique, l'anaphore est la répétition (v . RECATÉGORISATION.)
ii.
anontif
féminin (femelle) [lion/lionne ; paysan/ paysanne], s’expliquer en faisant jouer une régularité d'un
lr masculin et le féminin n’ayant pas le sens certain type. Sur l’anomalie était fondée la
d'opposition sexuelle dans les non-animés {le soleil thèse des anomalistes, qui soutenaient que
■la lune, le fauteuil / la chaise), etc. On dit aussi dans la langue, produit de la nature, l’impor
que des morphèmes comme Jean, homme, chien, tance des exceptions était plus forte que celle
enfant ont le trait distinctif [ + animé] et que des des régularités, (v. a n a i o g i i . )
morphèmes comme rocher, table, arbre, Paris ont 2. En linguistique moderne, une phrase est
le trait distinctif [-animéj. Les verbes et les dite anomale quand elle présente des divergences
adjectifs ont un trait contextuel [ + animé] ou au regard des règles de la langue. Pour les
| -animé] (ou les deux) selon qu’ils sont compa- anomalies grammaticales, on use plutôt des
iibles avec des noms, sujet ou complément, termes à'agrammaticalité et de degrés de gram-
affectés du trait [+ animé] ou [-animé]. Ainsi, maiicalité, et on réserve celui d'anomalie pour
le verbe parler a le trait contextuel [ + animé sujet] désigner la déviation sémantique. Ainsi, la
parce qu’il implique que son sujet soit un nom phrase II écoute la musique qui reluit sur ses
| i animé] humain ou, par métaphore, animal ; chaussures est sémantiquement anomale, car le
en revanche, germer implique un sujet non-animé sujet de reluire doit avoir les traits [+ objet
concret ou abstrait (figuré). Selon que appréhender
concret] et [susceptible de recevoir et de ren
n le trait contextuel [+à objet animé] ou [—à
voyer la lumière] ; elle n’est donc interprétable
objet animé], il a le sens de « arrêter qqn »
que comme une métaphore, c’est-àndire en
(appréhender un malfaiteur) ou de « comprendre
modifiant les traits sémantiques du verbe. La
iiqch » (appréhender un argument).
différence entre anomalie et agrammaticalité
«nnomi nation varie avec les théories linguistiques, elle est
lin rhétorique, 1’annomination est une sorte de souvent floue.
|ru de mots sur un nom propre (ex. : Tu es
l'ierre, et sur cette pierre je bâtirai mon Église), ou anomalistes
«ur un groupe de mots (ex. : Traduttore, tradi- Chez les grammairiens grecs, par opposition aux
lore). Syn. : p a r o n o m a s e . analogistes”, les anomalistes insistaient sur l’im
portance des irrégularités dans la langue. La
annulation grammaire ainsi conçue devenait avant tout une
I)ans la notation quasi arithmétique de Y. Bar- collection d'exceptions. Sans nier l’importance
I lillel, la classification catégorielle d'un élément de l’analogie, ils mettaient en évidence le grand
tomme mourir s’exprime sous la forme d’une
nombre d'irrégularités dont le raisonnement ne
fraction dont le dénominateur dénote avec
pouvait rendre compte (ainsi pour l’article grec
quelle autre catégorie cet élément peut se
on avait le masculin ho et le féminin hé, mais le
combiner, et dont le numérateur dénote la
neutre to). De même, ils insistaient sur les
Catégorie de la construction obtenue. Ainsi,
1 distorsions qui existent dans la langue entre le
mourir est exprimé sous la forme - , qui signifie nombre, ou le genre grammatical, et la réalité :
n Athenai « Athènes », pluriel, ne désigne qu'une
que si Pierre est un nom, la phrase Z Pierre est cité, paidion « enfant », être animé, est neutre.
mort est grammaticale, puisque mourir combiné Pour eux, la langue n'était pas le produit d'une
avec un nom donne une phrase. On peut convention humaine, source de régularité, mais
établir la grammaticalité au moyen d'une règle plutôt de la nature. De ce fait, l'usage, beaucoup
il'annulation, comme en arithmétique : plus que les schèmes logiques, devait être pris
en considération dans l'établissement des gram
maires. D’une certaine manière, les discussions
autrement dit n et n s’annulent et il reste Z, actuelles sur la place de la théorie et de l’usage
i e qui signifie que l'expression est une phrase ; en linguistique continuent la polémique des
li point après n représente ici le signe de anomalistes et des analogistes.
Concaténation*, anontif
niiomalie Le terme anontif désigne, chez L. Tesnière, la
I. ( ihez les grammairiens du IIe siècle av. J.-C.. troisième personne du verbe et correspond aux
le mot anomalie désignait le caractère d’irrégu- pronoms personnels proprement dits de la
Ifllïté de la langue (opposé à l’analogie) et, par grammaire générative (opposés aux noms per
♦Hlrnslon, tout emploi qui ne pouvait pas sonnels) : il, elle, eux, etc.
37
antanaclase
38
anîimétabole
a n to n y m ie
Les antonymes sont des unités dont les sens sont opposés, contraires ; cette notion de
« contraire » se définit en général par rapport à des termes voisins, ceux de
complémentaire (mâle vs femelle) et de réciproque (vendre vs acheter) [v. c o m p l é m e n t a r it é ,
r é c ip r o c it é ] . On prendra comme exemple l'opposition grand vs petit. Pour les définir,
/i/i
aphasie
au profit d'un des deux termes considéré com m e non marqué ; c'est le plus souvent
le terme jugé supérieur. On retrouve cette neutralisation dans les nominalisations
comme longueur vs largeur. On demandera la longueur d’un fleuve (petit ou grand),
jamais la petitesse ; on demandera la largeur d'une planche (large ou étroite), jamais
«on étroitesse ; on prend des nouvelles de la santé d’un ami (en bonne santé ou
malade), mais non de sa maladie. En ce cas, l'antonyme non marqué est appliqué à
ce qui est jugé supérieur dans la norme considérée.
Il existe cependant des points communs entre les antonymes, les réciproques et
les complémentaires : ainsi, dans la paire de réciproques acheter v s vendre, la proposition
Ican a vendu la maison à Pierre implique la proposition Pierre a acheté la maison à Jean,
comme dans les antonymes (mais cette implication réciproque ne se retrouve pas
pour la paire de réciproques demander vs répondre : la question n'implique pas la
réponse). Inversement, l’affirmation d'une propriété représentée par un terme d’une
paire de contraires implique souvent dans la logique commune la négation de la
propriété contraire : ainsi, dire que la maison est petite implique souvent que la maison
n'est pas grande, de la même façon que, dans une paire de complémentaires, l’un des
termes implique la négation de l’autre (Jean n'est pas marié implique Jean est célibataire).
On comprend dès lors que l'on ait du mal à distinguer les antonymes des
complémentaires et des réciproques, et que, dans la terminologie linguistisque on ait
parfois réuni ces trois catégories de termes sous le nom générique d'antonymes, qui
recouvre alors les contraires, les réciproques et les complémentaires.
nphasie
Les aphasies sont des perturbations de la com munication verbale sans déficit intellectuel
«rave ; elles peuvent porter sur l’expression et/ou sur la réception des signes verbaux,
oraux ou écrits. Ces troubles sont déterminés par des lésions focales (foyers lésionnels)
tic l’hémisphère cérébral gauche chez les sujets droitiers, et aussi le plus souvent chez
li s sujets gauchers (qui présentent toutefois des caractéristiques spécifiques). Dans
Ai
aphasie
ÛZ
apocope
43
apodioxis
âA
appliquée
peuvent entretenir avec telle ou telle lésion corticale ou telle ou telle maladie mentale.
La sociolinguistique se donne pour fin d’étudier les relations entre le comportement
linguistique et le comportement social : en tant que membre de groupes (classe,
lamille, club sportif, profession, etc.), un être humain peut avoir une manière
particulière d’utiliser la langue. D e même, la géographie linguistique peut se donner
comme objet de mettre en rapport des variations géographiques et des variations
linguistiques. Enfin, l’ethnolinguistique m et en rapport la linguistique avec l'ethno
graphie et l’ethnologie.
Dans tous ces domaines, la linguistique offre des hypothèses sur le langage et des
techniques appropriées à l'étude des comportements verbaux, manifestations du sujet,
du groupe social ou de l’ethnie : c’est alors qu’on peut parler proprement de
linguistique appliquée.
appositif
luit que ne le pensait F. de Saussure, il n’y a Les traits pleins représentent les branches de
rtuamc raison, au départ, pour qu'à tel signi l’arbre et les traits pointillés représentent la
fiant corresponde tel signifié : ce n’est que substitution aux symboles catégoriels de mots
11Ans la dérivation que les signes deviennent de la langue.
im ilivés ; ainsi l'utilisation de dix pour exprimer Dans cet arbre, SN et SV sont des nœuds :
lr nombre dont il est le signifiant est immotivée, chaque nœud est étiqueté, c’est-à-dire qu'il
ni.us dizième, par exemple, est motivé par reçoit une étiquette qui est un symbole caté
rapport à dix. On parle alors d’arbitraire relatif. goriel; les lignes pleines qui joignent les nœuds
Knfin, l'arbitraire se distingue du caractère sont des branches. On dit que le nœud P
nécessaire* qui définit une relation intérieure domine les nœuds SN et SV et que le nœud
r u signe, entre le signifiant et le signifié : une SN domine D et N. Le symbole à gauche de
luis le rapport établi dans la langue, il ne la flèche dans les règles est le nœud dominant ;
dépend pas des individus de changer les cor- les symboles à droite de la flèche sont les
irspondances entre les signifiés et les signi nœuds dominés.
fiants ; la règle s’impose à tous et, si elle change Cet arbre constitue la représentation ou
il'une époque à l’autre, ce n'est jamais par la description structurelle de P.
volonté d’individus isolés.
nrbre archaïsme
{ 'arbre est une représentation graphique de la 1. L'archaïsme est une forme lexicale ou une
structure en constituants d’une phrase (celle-ci construction syntaxique appartenant, dans une
peut être représentée aussi par une parenthé- synchronie donnée, à un système disparu ou
i nation*). en voie de disparition. A un moment donné,
Si une grammaire contient les règles : dans une communauté linguistique, il existe
P -» SN + SV (la phrase est formée d’un simultanément, selon les groupes sociaux et
syntagme nominal suivi d'un syntagme selon les générations, plusieurs systèmes lin
verbal) guistiques ; en particulier, il existe des formes
qui n’appartiennent qu’aux locuteurs plus
SN -+ D + N (le syntagme nominal est âgés ; celles-ci seront considérées par les locu
formé d’un déterminant suivi d’un nom) teurs plus jeunes comme des archaïsmes
SV -> V + SN (le syntagme verbal est par rapport à la norme commune. Ainsi,
formé d’un verbe suivi d’un syntagme Ch. Delescluze utilise en 1871, pendant la
nominal) Commune, le terme de réacteur, qui paraît vieilli
D -* le (le déterminant est le) aux jeunes révolutionnaires, qui le mettent
entre guillemets et n’utilisent pour leur compte
N -» père, journal (le nom peut être pire que le mot réactionnaire.
ou journal) 2. Dans une perspective synchronique, il
V -» lit (le verbe est lit) existe en syntaxe des formes canoniques
In phrase P est formée de la suite : répondant à des schèmes habituels de phrases ;
D + N + V + D + N. ainsi celui du verbe suivi d’un syntagme
nominal, lui-même formé d’un déterminant
SI l’on remplace les symboles catégoriels par et d’un nom (par exemple : sans dire un moi).
Irurs valeurs possibles (journal étant exclu de Mais il existe aussi des formes non cano
lu position sujet par le verbe lit), on a : niques, où l’ordre verbe + syntagme nominal
le + père + lit + le + journal. est inversé (ainsi : sans coup férir). La seconde
lu structure de cette phrase peut être représen construction, répondant diachroniquement à
t e par l’arbre suivant : une forme de phrase qui a existé en ancien
français, est qualifiée d 'archaïsme. De même, le
terme férir, qui ne s'emploie que dans ce groupe
SN SV de mots, est un archaïsme relativement à
frapper.
Y \ N V
\ SN
3. En stylistique, Parchaïsme est l’emploi d’un
terme appartenant à un état de langue ancien
I ! / \ et passé d’usage dans la langue contemporaine :
p N
l’archaïsme fait partie de l’ensemble des écarts
père lit le journal entre la langue standard et l’expression litté
archigraphème
raire. Le verbe cuider est un archaïsme au [o] vs [d] est neutralisée en syllabe ouverte
moment où La Fontaine en use dans ses finale, où l’on a toujours [o] : mot, sot.
Fables. Dans les positions de neutralisation d’une
opposition, les traits distinctifs sont les traits
archigraphème communs aux deux termes de cette opposition
L’archigraphème est une unité abstraite qui. par (par exemple : vocalique, palatal, non labialisc.
convention, désigne les correspondants gra ouverture intermédiaire pour [e] vs [c]). Ce sont
phiques d'un même phonème. Ainsi l’archigra- ces traits qui définissent phonologiquement
phème O désigne à la fois o, au, eau. l’archiphonème, représenté graphiquement par
archilexème la lettre majuscule [E] ou [O], L’archiphonème
La lexicologie structurale ayant calqué sa ter est donc l’intersection des ensembles formés
minologie sur celle de l'analyse phonologique, par les traits pertinents de deux phonèmes
la notion à’archilexème est parallèle à celle dont l’opposition est neutralisable.
d’archiphcnème. archisémème
L’archilexème représente la neutralisation la notion d 'archisémème, équivalente à celle
d’une opposition de traits sémantiques, c’est- d’archilexème*, est utilisée en sémantique struc
à-dire qu’il présente l’ensemble des sèmes turale pour définir le signifié de familles séman
communs aux diverses unités d’une même tiques. Le signifié de chaque mot étant consi
série lexicale. déré comme un sémème* ou paquet de sèmes
A ce titre, [SIÈGE] est l'archilexème de la (ensemble de sèmes), les sèmes communs aux
série pouf, tabouret, chaise, fauteuil, etc., pour sémèmes des mots de cette famille constituent
autant qu'il neutralise l’opposition multilaté un sous-ensemble inclus dans chacun des
rale existant entre ces termes, et qu’il présente sémèmes, c’est-à-dire l’intersection de tous les
l’ensemble des traits pertinents communs à sémèmes (S). Soit la série de noms de
toutes ces unités (soit ici, grosso modo, [ina « chaises ». L'ensemble des descriptions des
nimé] + [objet manufacturé] + [pour s’as chaises fait apparaître certains caractères (dos
seoir]). sier en bois, quatre pieds, pour s’asseoir) dont
Certains archilexèmes sont sciemment certains seront propres à certaines chaises
fabriqués, en particulier dans les vocabulaires seulement et d'autres communs à toutes les
scientifiques, comme gaz ( = ensemble des traits chaises : on aura ainsi : s, = avec dossier.
sémantiques pertinents communs à oxygène, s2 = sur pied, s, = pour une seule personne,
azote, hydrogène, etc.), oses (= ensemble des s., = pour s’asseoir ; l'ensemble des s de chaise
traits sémantiques pertinents communs à l'en constitue le sémème de chaise (S,). En appli
semble des formations biologiques suffixées en quant la même procédure à fauteuil (S2), on
■ose : diastases, etc.). On notera également le pourra attribuer à ce dernier s„ s2, s„ s., et
cas d’agrume, archilexème venu remplir une en plus s5 (= avec bras). En procédant de
case vide du vocabulaire commercial et agricole. même avec tous les noms de sièges (S,
pouf, S4 = tabouret, S, = canapé) l’archisé-
archiphonème mème A de siège sera le sous-ensemble des s
On appelle archiphonème une unité abstraite inclus dans tous les S, on posera l'inclusion :
définie par l'ensemble des particularités dis A c {S,, S2, S5, S4, S5}
tinctives communes à deux phonèmes dont
l'opposition est neutralisable”. Ainsi, en fran C'est-à-dire l'intersection
çais standard, l'opposition d'ouverture inter a = s, n s2 n s3 n st n s,
médiaire semi-fermé [e] et semi-ouvert [e] qui On aura :
fonctionne en syllabe finale ouverte (lait-lé) est A = {S2, S4}
neutralisée dans certaines positions : en syllabe
fermée, où seule est possible la voyelle [«] (ex. : Calqué sur l’archiphonème (non susceptible de
vert, pertinent) ; en syllabe ouverte intérieure, réalisation phonologique), l'archisémème
où la voyelle est généralement réalisée avec un paraît susceptible de réalisation lexicale (ici
degré d'aperture intermédiaire entre la semi- siège).
fermeture et la semi-ouverture (ex. : maison, argot
pédant) ; l’opposition de type normatif [e] vs L'argot est un dialecte social réduit au lexique,
[«) (ex. ; pécheur pécheur) tend dans cette de caractère parasite (dans la mesure où i! n<
position à disparaître De même, l'opposition fait que doubler, avec des valeurs affective:.
à8
artefact
illfférentes, un vocabulaire existant), employé voyelles vélaires* par opposition aux voyelles
ilini une couche déterminée de la société qui antérieures* (voyelles d’avant ou palatales). Les
ne veut en opposition avec les autres ; il a pour consonnes d'arrière sont réalisées avec la partie
luit de n’être compris que des initiés ou de postérieure de la langue (consonnes dorsales)
marquer l'appartenance à un certain groupe. contre la région postérieure du palais et la
I 'argot proprement dit a été d’abord celui des région vélaire.
malfaiteurs (jobelin, narquin, jargon de bandes Sur le plan acoustique, les phonèmes d'arrière
de voleurs de grands chemins). Il s'est déve- sont caractérisés par la concentration de l’éner
li ippé d’autres argots dans certaines professions gie dans les basses fréquences du spectre (les
(marchands ambulants) ou dans certains deux formants sont dans le domaine bas du
groupes (écoles, armée, prisonniers). Certaines registre) et ont un timbre grave* qui s’explique
professions tendent à doubler les termes tech par l’ampleur du résonateur buccal et son
niques de termes argotiques. Tous ces argots absence de compartimentation.
tint en commun entre eux et parfois avec la arrondi
langue populaire un certain nombre de pro
Le trait arrondi caractérise les articulations
cédés de formation (troncation, suffixation
vocaliques réalisées avec l’arrondissement des
parasitaire, interversion de sons ou de syllabes). lèvres. Les voyelles vélaires sont souvent arron
Ils utilisent aussi des procédés de codage : par dies (le russe, le roumain présentent une voyelle
exemple en largonji (jargon), addition de ji à la vélaire non-arrondie : î). Le français oppose à
lin du mot et agglutination de I au début du
une série de voyelles palatales non-arrondies
mot ; le hucherbem (boucher) transporte à la
une série de voyelles palatales arrondies : [y],
Imale, avant la suffixation, la consonne initiale [0], [(*]. Cette articulation entraîne l’adjonction
(r‘il toucedé — en douce). Enfin, pour renouveler d’un résonateur secondaire, le résonateur labial
le stock des bases lexicales, les argots utilisent (syn. : ia b iai.isf), ce qui explique que, sur le
volontiers l’image (la cafetière pour la tête, la plan acoustique, les phonèmes arrondis soient
brioche pour le ventre), la substitution de syno
bémolisés*.
nymes partiels (le paternel pour le père) et les
emprunts aux dialectes, ou bien, en donnant arrondissement
«nuvent aux termes une valeur péjorative, aux L'arrondissement est le mouvement articulatoire
Lingues étrangères (avec valeur péjorative, un qui accompagne en général la protraction des
l'ted, un Engliche, une mousmé ; avec valeur lèvres (labialisation* des voyelles dites « labia-
méliorative, un caïd). lisées » ou « arrondies », comme les vélaires
dans la plupart des langues [u, o, et les
argument labiopalatales : en français par exeir p ; [y, 0,
1. En rhétorique, on appelle argument toute ce]).
proposition visant à persuader. On a distingué
uelon les formes les arguments par analogie, artefact
par comparaison, par distinction, par récipro 1. On dit qu’il y a artefact dans une recherche
cité, par le ridicule, etc. quand on a considéré comme résolu le pro
2. Emprunté à la logique, le terme d 'argument blème posé et qu’on retrouve dans sa conclu
ilésigne une entité à laquelle s’applique une sion les prémisses de sa recherche. Ainsi,
fonction et pour laquelle elle possède une supposons qu’un sociolinguiste veuille voir si
valeur. On posera ainsi dans une classification les diversifications sociopolitiques corres
des verbes que Jean marche est un verbe à un pondent à des diversifications linguistiques et
argument, Jean mange une pomme est un verbe qu’il établisse d’abord un classement sociopo-
À deux arguments, Jean donne une pomme à litique des locuteurs et examine ensuite, en se
André est un verbe à trois arguments, et que il référant à ce classement, le comportement
l'IfUt est un verbe qui a sa fonction en lui- linguistique des individus ; il y aura artefact
même. puisque l’isomorphisme des structures est
impliqué par la méthode suivie et ne peut donc
arrière pas être démontré grâce à elle.
Les myelles d'arrière sont réalisées avec la masse 2. On appelle noms artefacts les noms concrets
tli! la langue ramenée en arrière de la bouche, désignant des produits de l’activité humaine
le plus près possible du voile du palais (en (la table, le livre, le disque, la serviette) par
Imnçais, [u], [o], fo] sont des voyelles d’arrière). opposition aux noms naturels, noms concrets
On les appelle aussi voyelles postérieures ou désignant les objets de la nature (la roche, le
article
volcan, la terre, la mer) ; cette opposition est langage leur timbre caractéristique. L’articulateur
fondamentale dans la classification des noms, supérieur (lèvre supérieure, incisives supérieures,
car ces deux classes n'ont pas les mêmes alvéoles supérieurs, les différentes zones du palais
propriétés syntaxiques. dur, les différentes zones du palais mou, la luette,
la paroi pharyngale) est en général immobile,
article
On donne le nom d 'articles à une sous-catégorie sauf s’il s'agit de la lèvre ou de la luette.
L’articulateur inférieur est toujours mobile : lèvre
de déterminants (en français le, un, zéro, des)
inférieure, pointe de la langue, différentes zones
constituants obligatoires du syntagme nomi
nal ; dans L'enfant joue, je lis un livre, l' et un du dos de la langue, etc.
sont les articles, constituants nécessaires des I. articulation
syntagmes nominaux. Ils peuvent être précédés L'articulation est l’ensemble des mouvements
d’un préarticle (tout un livre) ou suivis d’un des organes vocaux qui déterminent la forme
postarticle (le même enfant) et se distinguent des des différents résonateurs sur le passage de
démonstratifs (ce, cet, cette, ces) qui occupent la l’air laryngé, et donc la nature des ondes
même place, mais n’ont pas la même syntaxe sonores utilisées pour la production des sons
(en particulier lors de la pronominalisation). du langage. L’articulation est déterminée par
Ils peuvent avoir le trait [ + défini] comme le, deux ordres de coordonnées, dont les premières
la, les ou le trait [-défini], comme un, une, des définissent le mode d’articulation, c’est-à-dire
(la grammaire traditionnelle les appelle articles la façon dont l'air s'écoule (vibration des cordes
définis et articles indéfinis). Constituant obliga vocales, ouverture plus ou moins grande du
toire, l’article (défini) est absent devant les chenal expiratoire), et les secondes définissent
noms propres comme Jean, Paris, Alédor, etc. le point d’articulation (lieu d'articulation en
(article défini + Jean) ; l’article (indéfini) peut phonologie), c’est-à-dire l'endroit où se situe le
prendre la forme zéro comme dans toute per resserrement le plus étroit du chenal expira
sonne (toute + zéro + personne). Avec les toire.
noms non-comptables, l 'article dit partitif II. articulation
indique un prélèvement quantitatif non défini : On appelle articulations du discours des mor
du beurre, de la farine, manger des épinards. phèmes ou suites de morphèmes qui servent
articulateur à indiquer les rapports logiques entre les
Les articulateurs sont les organes phonatoires qui phrases ou, à l'intérieur des phrases, entre des
interviennent sur le passage de l’air laryngé et constituants : ainsi, les conjonctions et, ou,
dont les mouvements, en modifiant la forme des mais, etc., les adverbes cependant, aussi bien, etc.,
cavités de résonance, donnent aux sons du sont des articulations logiques.
articulatoire (base)
On parle de base articulatoire pour désigner comme le français, dont le système phonétique
l'ensemble des habitudes articulatoires qui est dominé par l'articulation labiale ; d’autres,
caractérisent une langue. Certaines langues ont comme le portugais, préfèrent les articulations
une prédilection pour les articulations anté postérieures vélaires ; d’autres encore les arti
rieures (labiales, dentales, apicales, palatales), culations pharyngales, laryngales, etc.
articulatoire (p h o n étiq u e)
La phonétique articulatoire est une des branches les plus anciennes de la phonétique*.
L'ancienne phonétique de l’Inde en offre, en effet, déjà des exemples très précis. Elle
étudie les sons utilisés dans le langage humain d’après les mécanismes de leur
production par l’appareil vocal. La description exacte et détaillée de tous les sons,
que la phonétique s'était fixée com m e objectif, s'est vite avérée impossible, malgré,
ou plutôt par, la découverte de techniques d'observation et d’appareils de mesure de
plus en plus perfectionnés. Il est vite apparu que les productions sonores de l'appareil
vocal humain sont infinies. Il est seulement possible de décrire des classes de sons et
les mécanismes généraux de la production du langage..
Cette description s'effectue en fonction de trois variables : l'activité du larynx
(voisement ou sonorisation), l'endroit où se situe le resserrement maximum de la
bouche (point d’articulation), la façon dont s'effectue l'écoulement de l'air à travers
lu chenal phonatoire (mode d'articulation). Il est parfois nécessaire de faire intervenir
une quatrième variable correspondant à l'intervention d'un articulateur secondaire
qui modifie la modulation du son élémentaire.
Le larynx est l'organe fondamental de l'ém ission du son. Sa fonction est avant
tout respiratoire. Pour cet organe, com m e pour les autres organes phonatoires, la
fonction vocale est une fonction secondaire, sociale et non biologique.
L’importance du larynx réside dans le fait qu’il contient les cordes vocales, replis
de tissus horizontaux situés de part et d’autre du passage habituel de la colonne d'air
montant des poumons. Les cordes vocales représentent le stade le plus évolué, chez
les mammifères supérieurs, du diaphragme musculaire qui termine l’appareil respi
ratoire chez tous les animaux dotés d’un système respiratoire communiquant avec le
monde extérieur, et qui, déjà chez les édentés les plus primitifs, entre en vibration
nous l’action de l'air pulmonaire pour donner des sons. L’activité du thorax joue
également un grand rôle, puisque c’est la contraction des muscles intercostaux, des
muscles abdominaux, du diaphragme, puis leur relâchement qui détermine le cycle
île la respiration : inspiration (phase active) et expiration (phase passive). L’acte de
phonation se situe pendant le temps qui correspond à la phase passive de la respiration.
Lors de la phonation, le rythme respiratoire est modifié pour répondre aux besoins
de l'ém ission sonore. Le tem ps inspiratoire est très court pour ne pas
S4
articulatoire
aspect
l ’aspect est une catégorie grammaticale qui exprime la représentation que se fait le
sujet parlant du procès exprimé par le verbe (ou par le nom d’action), c’est-à-dire la
représentation de sa durée, de son déroulement ou de son achèvement (aspects
inchoatif, progressif, résultatif, etc.), alors que les temps*, les modaux* et les auxiliaires*
de temps expriment les caractères propres du procès indiqué par le verbe indépen
damment de cette représentation du procès par le sujet parlant. L’aspect se définit,
par exemple, par l’opposition en français entre l’accompli (perfectif ou parfait) Pierre
,i mangé et le non-accompli (ou imperfectif) Pierre mange. Par rapport à la phrase sous-
|.icente « Je dis que », où « Je » est le sujet de renonciation, l’énoncé Pierre a mangé
est analysé par le sujet comme le résultat présent d’une action passée, et Pierre mange
comme une action présente en train de se dérouler : l’aspect accompli et l’aspect
non-accompli sont tous deux des présents. D e même, relativement à la phrase
cnonciative « Je dis que », Pierre mangeait et Pierre avait mangé sont des passés, mais
li' premier envisage l’action dans son déroulement et le second com m e une action
achevée. L’aspect est donc distinct du temps (présent, passé, futur), qui situe le procès
iclativement à l’énoncé, et non relativement à renonciation « Je dis que ».
Historiquement, le terme d’aspect a d’abord été em ployé en français (1829) pour
designer un caractère important de la conjugaison des verbes russes et d’autres langues
•laves : la distinction entre perfectif et imperfectif. Le russe oppose deux formes
verbales distinctes pour traduire la phrase j'ai lu un roman hier soir : « protchitai/
SI
aspectuel
tchital » ; la première, préfixée par rapport à la seconde, implique que l’action de lire
a été achevée, que le roman a été terminé (perfectif), la seconde est une simple
description de l'action (imperfectif). Cette notion d’aspect a été appliquée, par le
linguiste allemand G. Curtius, à l'analyse de la conjugaison grecque ; le système
aspectuel du grec oppose trois thèmes du mêm e radical « laisser » : leloip-, qui est un
perfectif indiquant l'état résultant de l'achèvement de l’action, leip-, qui est l’imperfectif
plus ou moins duratif, et l’aoriste lip-, qui considère l’action sans indication de durée
(aspect ponctuel ou momentané).
L’aspect se distingue des modaux com m e devoir et pouvoir, suivis de l’infinitif, qui
expriment les modalités logiques, nécessaire / contingent, probable / possible (Il peut
pleuvoir demain), et des auxiliaires de mode (semi-auxiliaires) ou aspectuels, qui
expriment le procès dans son déroulement (inchoatif, itératif, semelfactif, imminent,
etc.), com m e aller, venir de, être en train de, être sur le point de, finir de, commencer à,
suivis de l’infinitif (Pierre vient de partir, Pierre va aller chercher son billet à la gare).
D e nombreuses langues ne possèdent pas de distinctions de temps ou de voix dans
leur systèm e verbal, mais toutes, semble-t-il, ont des oppositions d'aspect, mêm e si,
com m e en français, ces oppositions sont souvent masquées par les distinctions
temporelles. Dans les langues où le système aspectuel est prédominant (indo-européen
ancien, slave, chamito-sémitique, chinois, langues négro-africaines, etc.), il existe
souvent des couples de formes verbales opposant une forme marquée à une forme
non marquée, la première étant dérivée de la seconde par des procédés variés (préfixes
ou suffixes verbaux, alternance vocalique ou consonantique à l’intérieur de la racine,
etc.).
«r passe un certain temps pendant lequel l'air Q uand le phénom ène concerne deux pho
«‘ccoule en produisant ie bruit du souffle. Les nèm es contigus, il y a assim ilation sur le m ode
Minsonnes occlusives aspirées existent en d ’articulation (dans absurde, l’occlusive voisée
malais, ainsi qu’en sanskrit et dans d’autres [b] devient [p] sourd devant [s] : [apsyrd]) ou
langues de l’Inde. sur le po in t d ’articulation (dans certaines pro
.iNsertif nonciations de cinquième, la vélaire [k] avance
1.1 phrase assertive, opposée à la phrase interro son point d ’articulation pour devenir dentale
gative et à la phrase impérative, est définie par [sètjcin]). [Syn. : accommodation : contr. : dis-
■nm statut*, l’assertion (syn. phrase . d é c l a r a tiv e ). SIMIIATTON.]
Paul vient est une phrase assertive ou déclarative, 2 . L'assimilation linguistique est le processus par
opposée à la phrase interrogative Paul vient-il ? et lequel un individu ou une communauté modèle
«i la phrase impérative Paul, viens ! partiellement ou totalement sa pratique lan
gagière sur celle d’une autre communauté. Cela
(insertion
va du simple emprunt d'une articulation à la
I assertion est le mode de communication ins
substitution complète d’une autre langue à la
inué par le sujet parlant entre lui et son (ou langue d’origine. L’assimilation linguistique est
les) interlocuteur(s) et consistant à faire une partie de l’assimilation culturelle ou accul
dépendre ses propositions d’une phrase impli turation.
cite Je te dis que (« Je porte à ta connaissance
3. En sémantique, il y a assimilation lorsque
If fait que »), énonçant une vérité, déclarant
l’isotopie d’un énoncé impose l’actualisation
lin fait. L'interrogation dépend de la phrase
d’un sème. Par exemple dans le gendarme aboie,
implicite Je te demande si et l’impératif ou
aboie se voit pourvu du trait « humain ».
injonction de la phrase Je t'ordonne que.
assib ilatio n associatif
On appelle assibilation la transformation d’une 1 . On appelle sens associatif d'un mot l'ensemble
occlusive en une sifflante : ainsi, dans l’évolution des mots qu’un sujet (ou groupe de sujets)
du français, il y a eu assibilation dans le cas de associe à un terme qu’on lui présente dans une
<• latin suivi de e ou de i (latin centum [kentum] épreuve d’association de mots (il s’agit de dire
devenant catt [sa], de r intervocalique (chaire quels sont les mots que le terme présenté
devenu dans le dialecte parisien chaise), et t évoque) ; ces mots ainsi associés constituent
devant i dans inertie [inersi], patience [pasjàs], etc. la structure associative du mot-stimulus. Ainsi, si
l'on présente à des sujets le mot diable, on dira
assimilation que le sens associatif de ce mot est défini par
I. On appelle assimilation un type très fréquent la hiérarchie des réponses d'associations à ce
tic modification subie par un phonème au mot (enfer, sombre, sinistre, méchant, péché, etc.).
Contact d’un phonème voisin, et qui consiste On appelle lien associatif le rapport qui unit le
pour les deux unités en contact à avoir des mot-stimulus au mot-réponse qui lui est associé
lialts articulatoires communs. Cette modifica dans cette épreuve.
tion peut correspondre à une mise en place 2. F. de Saussure appelle rapports associatifs
anticipée des organes phonatoires en vue de l'ensemble des rapports très divers, formels ou
lu prononciation d’un phonème qui suit : c'est sémantiques, par lesquels un mot est associé
l’assimilation régressive ; ainsi, le latin capsa a à d’autres. Le rapport associatif unit des termes
donné le français châsse par assimilation régres- in absentia dans une série, justifiée par une
i.ivr de p à s qui suit. Elle peut correspondre, association mentale qui les conserve ainsi en
ail contraire, à un retard dans l'abandon de la mémoire ; les membres d’une série associative
position des organes phonatoires correspon sont dans un ordre indéterminé et souvent en
dant à la prononciation du phonème précé nombre infini. F. de Saussure donne comme
dent : c’est l’assimilation progressive ; ainsi, le exemple enseignement qui entretient des rapports
mu gitti vient de git + di « il alla » par associatifs avec enseigner, éducation, apprentissage,
iwumilation de d à t qui précède. L’assimilation etc. (v. p a r a d ig m a tiq u e ) .
n»ll double quand le phonème est modifié à la
li il*, par celui qui le précède et par celui qui le association
mit, I,'assimilation joue un rôle très important On appelle association de mots l'ensemble des
il,lits l'évolution des langues, par exemple pour relations qui peuvent exister entre une unité
rlfn processus de mutation tels que la palatali- donnée et une ou plusieurs unités latentes,
Halhm (assimilation à distance ou métaphonie). non manifestées ; les liens associatifs rap
assonance
assourdissemnt asyllabème
Le phénomène d’assourdissement, appelé aussi Certains linguistes classent sous l'appellation
dévoisement ou dévocalisation, consiste en une de asyllabèmes les unités phoniques qui ne
perte de la voix ou vibration laryngée par une peuvent pas fonctionner comme centre de
fermeture de la glotte qui stoppe le passage de syllabe. Cette notion coïncide en partie avec
l’air. Ce phénomène peut correspondre à un la notion traditionnelle de consonnes (« qui
changement historique ou à une alternance sonne avec ») ; mais il est des langues, comme
synchronique due à des variations combina- le tchèque, où les liquides [r] et [1] fonctionnent
toires : le phonème [b] de robe se dévoise dans comme centres de syllabe et entrent donc dans
l’expression une robe toute rouge au contact du la classe des syllabèmes. Inversement, certaines
phonème non-voisé [t] et se réalise comme une voyelles peuvent entrer dans la catégorie d'asyl-
occlusive non-voisée [b] (sans toutefois se iabèmes lorsqu'elles se réalisent comme des
confondre avec le phonème français [p], auquel glides : par exemple, en italien, la voyelle [i] a
il s'oppose aussi par l’opposition tendu vs lâche). un allophone asyllabique [j] en fin de syllabe
(mai prononcé [mai] ou [maj]).
assumer
On dit d’un énoncé qu’il est assumé quand le asyndète
sujet parlant prend à son compte l’assertion L’asyndéte est, d’une manière générale, l’absence
(positive ou négative), l'interrogation ou l’ordre de liaison formelle entre deux unités linguis
qu'il formule à l'intention d’un interlocuteur ; tiques organisées ensemble.
on dit d’un énoncé qu’il n’est pas assumé En linguistique, l'asyndète est l'absence d'un
quand le sujet parlant met une distance entre mot de liaison là où la règle voudrait qu’il y
lui et son énoncé au moyen d'une modalisation en eût un. Ainsi, dans l'expression sur le plan
(emploi d’adverbes ou du conditionnel, d'in forme, il y a asyndète par absence de la
cises, qui impliquent le doute, le rejet implicite, préposition et de l'article, puisque le bon usage-
etc.). Ainsi, Paul viendra demain (assumé) s’op veut qu’on dise sur le plan de la forme.
pose à Paul viendra peut-être demain ainsi qu’à En revanche, l’asyndète par absence de
Paul, à ce qu’on dit, viendra demain, Paul viendrait coordination est une figure de rhétorique quand
demain, etc, (non assumé). dans les énumérations on supprime et devam
attitude.
le dernier terme, comme dans Femme, enfants, guistique de la France. Il s’agit d’un travail collectif
parents, il a tout sur les bras. Il peut y avoir par régions. Les enquêteurs pratiquent le parler
asyndète entre des propositions, comme dans de la région ; de ce fait la marge d’erreur dans
Il court, saute tout 1e temps (asyndète du coor le relevé des faits et dans leur interprétation
donnant et). Les grammaires normatives du est plus réduite. Un questionnaire spécifique à
français moderne interdisent l’asyndète de la chaque région suscite des réponses ponctuelles
conjonction introduisant une complétive. Ce mais surtout sert de guide à une conversation.
procédé syntaxique, fréquent en ancien fran En plus de la représentation cartographique
çais, apparaît aussi dans beaucoup de langues : des différences linguistiques, ces atlas fournis
au lieu de I think that you are ill (« Je pense que sent des illustrations mariant la dialectologie à
vous êtes malade »), l’anglais dit plus souvent l’ethnographie. Chaque région française a
/ think you are ill. désormais son atlas. On élabore maintenant
des adas qui chevauchent les frontières poli
asyn taxi q u e
tiques comme l’atlas linguistique roman, qui tend
Se dit d’un énoncé contraire aux règles de la
à couvrir tout le domaine des langues romanes
syntaxe. (Syn. : a g r a m m a t ic a l .)
ou l’atlas linguistique européen. L’utilisation de
atem p o rel l’informatique permet d’ exploiter les données
On appelle atemporel le temps du verbe qui de manière beaucoup plus fructueuse et beau
indique le non-passé (par rapport au passé coup plus parlante, (v . g é o g r a p h ie l in g u is t iq u e .)
[imparfait, passé composé, passé simple]) et le
ato n e
non-futur (par rapport au futur, au condition
1. On dit de toute syllabe qui ne porte pas
nel) ; il est dénommé présent dans la nomen
d’accent qu’elle est atone. Dans le mot espagnol
clature traditionnelle, mais ne correspond qu’à
cabeza, la première et la troisième syllabe sont
une partie des emplois de ce dernier ; il s’agit
atones. (Contr. : t o n i q u e .)
du seul présent « à valeur générale » que l’on
2 . On appelle atones les pronoms personnels
a par exemple dans La lutte tourne autour de la
(appelés aussi conjoints) qui se placent
terre, (v. g .m o m iq u e [aoriste].)
immédiatement avant le verbe ou l’auxiliaire
a th ém a tiq u e avec la fonction de complément ; ainsi, les
En linguistique indo-européenne, et en parti formes le, me, se sont des formes atones dans
culier en grec, on donne le nom d’athématiques Je le vois, Il me parle, Il se félicite. (Contr. :
aux radicaux nominaux ou verbaux qui se TONIQUE, DISJOINT.)
terminent par une consonne ou une sonante
a tta q u e
sans voyelle thématique (voyelle e alternant
L'attaque est le mouvement de mise en place
avec o). Ainsi, en grec, les verbes du type luô,
des cordes vocales pour les articulations voca
tuomai sont des verbes thématiques (lu + o
liques : elle peut être douce (comme à l’initiale
+ mai), mais l’aoriste athématique elusa est
en français, où les cordes vocales se mettent
formé non sur le thème, mais sur la racine (e
immédiatement dans la position de vibration)
+ lu + sa).
ou dure (comme à l’initiale en allemand, où
atlas lin g u istiq u e les cordes vocales commencent par fermer tout
Ouvrage dont le modèle a été longtemps l'Atlas le passage à l’air, puis s’entrouvrent brusque
linguistique de la France établi par Jules Gilliéron ment).
grâce aux enquêtes d’Edmond Edmont, un atlas
a tte s ta tio n
linguistique se compose de trois éléments : un
On appelle attestation l’exemple daté de l’emploi
questionnaire indiquant les notions à faire
d’un mot ou d’une expression.
dénommer par les sujets interrogés, les types
de phrases à obtenir, les conversations à enga a ttitu d e
ger ; une détermination des points d’enquête 1. On appelle verbes d'attitude (par opposition
r i des personnes interrogées ; enfin, partie à verbes performatifs*) les verbes qui décrivent
rssentielle, des cartes’ linguistiques sur lesquelles l’action accomplie simultanément à l’assertion
nn reporte point par point les formes, les mots qui suit le verbe d’attitude : jurer, promettre,
ft les types de construction enregistrés. Pour souhaiter sont des verbes d’attitude.
dépasser le travail de Gilliéron et Edmont, 2. Les attitudes langagières constituent l’en
A, Dauzat a posé, dès avant la Seconde Guerre semble des opinions explicites ou implicites
mondiale, les fondements du Nouvel Atlas lin sur l’usage d’une langue.
attraction
audiométrie autochtone
On appelle audiométrie la mesure de l'aptitude Un système linguistique est dit autochtone quand
à saisir les différents sons de la parole, il est originaire de la région où on le parle.
auditeur Mais, dans la mesure où on évoque ainsi
Celui qui reçoit des énoncés produits par un l’histoire, l’utilisation du terme implique une
locuteur est appelé auditeur, (v. RÉctmuR, inter datation. En effet le français n’est pas autoch
locuteur.) tone en France si on prend comme référence
l'époque de l’Empire romain. Et le gaulois n’a
augment pas été autochtone en Gaule si on se reporte
V augment est un affixe préposé à la racine à la période qui a précédé l’arrivée des tribus
verbale dans la flexion de certaines formes du celtiques quelque cinq ou six siècles avant
passé. 11 se rencontre dans certaines langues J.-C. Pratiquement, on considère comme
indo-européennes. En grec, l’augment consiste « autochtones » en Europe les langues qui
en un élément e ou ê qui constitue une syllabe étaient déjà parlées approximativement dans
supplémentaire lorsque la racine verbale leur ressort actuel avant la fin du Moyen Age.
commence par une consonne (augment sylla En ce sens, le français est autochtone.
bique : ex. : epltere « il portait », de pherein
« porter ») ou forme une voyelle longue lorsque autocitation
la racine verbale commence par une voyelle L’autocitation est une citation que qqn fait de
{augment temporel ; ex. : ege « il conduisait », de son propre discours.
ageitt « conduire », de e + âge). autocorrection
augmentatif On appelle autocorrections les corrections qu'un
On dit d’un préfixe (archi-, extra-, sur-, super-) ou sujet parlant apporte aux erreurs de son propre
d’un suffixe (-issime) qu’il est augmentatif quand énoncé au moment où il aperçoit que celui-ci
il a le sens de « à un très haut degré, à un ne correspond pas à ce qu’il voulait dire ; chez
point élevé ». Ainsi, extradur est formé de certains sujets aphasiques, les autocorrections
l’adjectif dur et de l’augmentatif extra, le mot se répètent plusieurs fois de suite après qu’un
signifiant « qui est très dur » ; l’adjectif richis item erroné a été émis.
sime est formé de l’adjectif riche et de l’aug autodominé
mentatif •issime. On dit qu’un élément A est autodominé quand
Austin (John) logicien et linguiste britannique il est dominé par lui-même, c’est-à-dire par un
(Lancaster 1911-Oxford 1960). Professeur de élément A de même catégorie. Soit la règle de
philosophie à Oxford (1952-1960), il n’a pas réécriture de la coordination :
publié de livres, mais ses articles ont été N -*• N et N
rassemblés dans Philosophical Papers (1961), on dira que les N à droite de la flèche sont
Sense and Sensibilia (1962) et How do do Things autodominés et que le N à gauche de la flèche
with Words (1962). Convaincu que le langage est autodominant.
ordinaire constitue la meilleure façon d'aborder
les faits en fournissant le seul point de départ autoenchâssement
valide, il pense que, pour résoudre certains L’autoenchâssement est une opération qui
problèmes, il faut faire un inventaire exhaustif consiste à enchâsser (insérer) dans une phrase
des situations où ils se posent, ce qui implique, une autre phrase de même nature syntaxique,
contrairement à ce que pense Wittgenstein, par exemple lorsqu’on insère une relative dans
que les emplois du langage ne sont pas infinis. une relative (le jardinier qui a pris le rateau qui
Son apport essentiel réside dans le fait que, en était dans l'appentis).
comparant l’énoncé constatif (une chose est autonome
vraie ou fausse) avec l’énoncé performatif 1. On dit d’une unité qu’elle est autonome
(l’acte de parole constitue par lui-même un quand elle peut apparaître dans différents
acte), il montre que toute énonciation, destinée points de l’énoncé sans que la différence de
n être communiquée, est d’abord et avant tout place modifie en quoi que ce soit son rôle ou
un acte de parole (speech act) produit dans la son acception propres (ex. : le samedi dans je
situation totale où elle est énoncée et où se me repose le samedi/le samedi je me repose).
trouvent engagés les interlocuteurs. On lui doit 2. On dit d’une langue qu’elle est autonome
üinsi la définition de l’acte illocutionnaire. quand la communauté qui la parle ne cherche
(V. Bibliographie.) qu’en elle-même (et non dans un groupe
59
autonymie
extérieur) les règles de l'usage. C’est ainsi que dire ou ne pas dire : les écrivains deviennent
le corse est autonome de l’italien parce que ainsi les garants du bon usage, et des autorités
les instances qui régissent l'italien ne se voient linguistiques. Les autorités prennent, en effet,
reconnaître aucune autorité par les corso- généralement comme fondements de leurs
phones. L'autonomie est une condition néces jugements, ou bien leur propre usage, ou bien
saire de la reconnaissance (v. ce mot). l’usage des bons auteurs, ou bien certains états
passés de la langue, ou bien certains faits
autonymie historiques et étymologiques, ou enfin certains
On parle d'autonymie quand un signe renvoie
modèles logiques.
à lui-même en tant que signe et non à l'objet,
au monde (ex. : soir et espoir dans Soir rime avec autosegmentale (théorie)
espoir ; Baguette est un nom féminin ; Robert se La théorie autosegmentale est l’une des trois
termine par un t). Ce mot est issu de la logique, thèses, avec la structure syllabique et l’arbre
où un terme autonyme est celui dont il est métrique, qui ont contribué à la mise en place
uniquement fait mention. du cadre théorique de la phonologie multili-
L’usage autonymique d’un mot dans un néaire substitué au cadre de la représentation
énoncé est celui du mot-entrée dans le diction linéaire unidimensionnelle défini par Chomsky
naire. Le dictionnaire propose à l’usager une et Halle (1966). Le néologisme autosegmental a
forme hors discours (entrée), et il lui offre de été inventé par John Goldsmith qui a exposé
cette forme des définitions et des fragments cette théorie en 1976. Le renouveau de la
de discours où s’illustre le fonctionnement du phonologie générative a fait ses preuves dans
mot. Ainsi l’entrée dans un dictionnaire est différentes directions : domaine tonal (Golds
hors discours, et représente le niveau métalin- mith, Clements), domaine de l’accent (Halle
guistique, c’est-à-dire celui où l’usage du code et Vergnaud, Prince), domaine syllabique (Kaye
est appliqué réflexivement à un élément du et Lowenstamm, Clements et Keyser, Ver
code. gnaud, Selkirk), domaine des harmonies voca
Tout mot d’un énoncé peut être détaché - liques (Clements, Halle et Vergnaud, Kaye...).
par le locuteur ou l’interlocuteur - de son La théorie n’est pas encore suffisamment avan
environnement et considéré en situation auto cée pour articuler ces différents domaines,
nyme. Cas de la réflexion du locuteur sur son l’absence d’uniformité qui se rencontre chez
discours : J'ai dit « peut-être », je n'ai pas dit de nombreux auteurs est le symptôme d’une
« oui ». Cas de la réflexion de l’interlocuteur : recomposition en cours. Une tentative d’uni
Vous me dites « tout de suite » : maintenant, ou fication de deux types d’approche de la pho
dans une heure ? nologie plurilinéaire, phonologie autosegmen
L’autonymie se distingue des autres situa tale et phonologie métrique, est proposée par
tions métalinguistiques (demande de répéti Pierre Encrevé (1988) avec une mise à l’épreuve
tion, de définition, recherche dans le diction de la théorie dans les travaux relatifs au
naire) par le fait qu’elle concerne toujours traitement de la liaison en français.
l’énoncé rapporté par le locuteur (autocitation) auxèse
ou par autrui (citation). En rhétorique, syn. d ’HYPERBOLE.
autoréférent auxiliaire
Syn. de a utonym e. 1. On donne le nom d'auxiliaire à une catégorie
autorégulation grammaticale qui comprend les verbes avoir et
être suivis d’un participe passé (avoir vu, être
Syn. d e p e ed -b a c k .
tombé). En français, ils entrent dans la consti
autorité tution des formes composées de verbes (il a
On dit que quelqu’un est une autorité ou fait mangé, il est venu, il est pris, il a été renversé),
autorité en matière de langue quand une dans un verbe actif, ils opposent les formes
communauté socioculturelle lui reconnaît le composées (traduisant l’accompli) aux forme:,
droit de définir ce qui est à dire et ce qui n'est simples (traduisant le non-accompli) [ v a s p e c t ) .
pas à dire, c’est-à-dire la norme ou le « bon ils opposent un verbe transitif passif à un verbe
usage ». Ainsi, en France, l’Académie et chacun transitif actif (être ou avoir été + participe
des académiciens sont des autorités. L’autorité passé). Les deux auxiliaires ont des distributions
reconnue peut fort bien aussi ne pas avoir eu différentes : avoir est l'auxiliaire des verben
l’intention d’offrir l’exemple de ce qu’il fallait transitifs actifs (il a fini) et de quelques intran
axiome
64
bilatéral
dentale (ou alvéolaire) du français (le [I] de occlusives bilabiales. Toute opposition faisant
loup, de lit, de aller) ou la latérale palatale de partie d’une corrélation est nécessairement
l'espagnol llorar, colle, de l'italien figlio ou la bilatérale. Les oppositions qui ne sont pas
latérale vélarisée du portugais. bilatérales sont dites « multilatérales ».
Il arrive que la latérale soit réalisée comme bilingualité
une unilatérale sans qu’il s’ensuive de différence Certains, comme Hamers et Blanc, opposent
acoustique perceptible. Il n'y a donc pas d'uti la bilingualité au bilinguisme en mettant sous
lisation phonologique de cette différence arti le premier l’ensemble des états ou des facteurs
culatoire. psychologiques liés à l’utilisation de deux sys
2. Une opposition bilatérale est une opposition tèmes linguistiques différents et sous le second
phonologique entre deux phonèmes possédant les facteurs proprement linguistiques. La bilin
en commun un ensemble de traits distinctifs gualité peut être caractérisée par l’âge d’acqui
que l'on ne retrouve dans aucun autre phonème sition (enfance - adolescence — âge adulte
de la langue considérée. Ainsi, en français - précoce), les modes d’acquisition (consé
comme dans de nombreuses autres langues, cutive, simultanée) ou les rapports entre les
les phonèmes et /b / sont dans un rapport systèmes (additive. soustractive. équilibrée,
d'opposition bilatérale, car ce sont les seules dominante, composée, coordonnée).
b ilin g u ism e
1. D 'u n e m anière générale, le bilinguisme est la situation linguistique dans laquelle les
sujets parlants sont conduits à utiliser alternativem ent, selon les milieux ou les
situations, deux langues différentes. C 'est le cas le plus courant du plurilinguisme.
2. D ans les pays où vivent ensem ble des com m unautés de langues différentes, le
bilinguisme est l’ensem ble des problèm es linguistiques, psychologiques et sociaux qui
se posent aux locuteurs conduits à utiliser, dans une partie de leurs com m unications,
une langue ou un parler qui n ’est pas accepté à l’extérieur, et, dans une autre partie,
la langue officielle ou la langue com m uném en t acceptée. C ’est n o tam m en t le cas des
familles ou des groupes d ’émigrés insuffisam m ent intégrés à leur patrie d ’adoption
et qui continuent à utiliser dans les relations intérieures au groupe q u ’ils constituent
la langue de leur pays d ’origine. C ’est le cas de certaines com m unautés juives un peu
parto u t dans le m onde, des travailleurs africains en France, des Portoricains aux États-
Unis, etc.
3. D ans les pays où u n dialecte* a été institutionnalisé com m e langue au détrim ent
des autres parlers (français dans la partie nord de la France, par exemple) ou aux
dépens de langues de m êm e origine (français en pays occitan), ou en recouvrant des
langues d ’autres familles linguistiques, le bilinguisme est la situation de la plupart des
habitants qui pratiquent plus ou m oins, dans la vie quotidienne, le parler indigène,
m ais dans beaucoup d ’autres cas la langue officielle. Ce type de bilinguisme est le
plus répandu, et la grande m ajorité des êtres hum ains est en ce sens plus ou moins
bilingue. D ans ce sens o n préfère parler de âiglossie (v. ce m ot), ce qui d onne lieu à
la problém atique des conflits* linguistiques.
4. D ans le cas de déplacem ent m assif de populations ou de « contacts de langues >•
à des frontières politiques ou linguistiques, le bilinguisme est la situation dans laquelle
chacune des com m unautés (parfois l’une seulem ent), to u t en d o n n an t à sa propre
langue un caractère officiel, est conduite à pratiquer assez couram m ent la langue de
l’autre com m unauté : en Gaule, après les grandes invasions, il y a eu pen d an t un
tem ps assez long un état de bilinguisme (g au lo is/latin ).
5. D ans certains États com m e la Belgique, le bilinguisme est l’ensem ble des disposition1;
officielles qui assurent ou tendent à assurer à chacune des langues parlées dans le
pays un statut officiel. O n parle de m êm e de bilinguisme pour caractériser la situation
binauriculaire
existant dans chacune des régions des Etats m ultinationaux plurilingues où la langue
de l'u n io n et la langue locale o n t u n statu t officiel. Ainsi, l'ancienne U nion soviétique
était un E tat plurilingue ; la langue de l'U nion était le russe ; les langues des nationalités
étaient le russe, l'ukrainien, le biélorusse, l’estonien, le lituanien, le letton et de
nom breuses autres langues : la situation de l’U kraine était caractérisée par un
bilinguisme d'Etat russo-ukrainien.
6. Le bilinguisme est un m ouvem ent par lequel on essaie de généraliser, par des
mesures officielles et par l'enseignem ent, l'usage courant d 'u n e langue étrangère en
plus de la langue m aternelle. Le bilinguisme est dans ce cas un m ouvem ent politique
fondé sur une idéologie selon laquelle l’apprentissage d ’une langue étrangère dans
des conditions définies doit perm ettre de donner aux individus des com portem ents
et des m anières de penser nouveaux et faire ainsi disparaître les oppositions nationales
et les guerres.
7. Sur le plan individuel, le bilinguisme est l’aptitude à s’exprim er facilem ent et
correctem ent dans une langue étrangère apprise spécialem ent, (v . a d d i t i f , c o m p o s é .
COORDONNÉ. CONSÉCUTIF, DOMINANT, ÉQUIUBRÈ SIMULTANÉ. SCUSTRACni.
permettent la localisation des sources soniques Ainsi, dans Les coffres-forts ont été forcés, les unités
qui est l'effet binauriculaire le plus important : Les coffres-forts et ont été forcés sont séparées les
pour localiser un son, on interprète les écarts, unes des autres par des blancs typographiques,
d'une oreille à l’autre, entre les écarts, d’une mais elles ont deux (ou plus de deux) mor
oreille à l’autre, entre les temps d’arrivée et les phèmes (le -t- s, coffre + s + fort + s, etc.) :
intensités de l’onde sonore. C’est également le blanc typographique s’oppose ainsi au trait
grâce au caractère binauriculaire de l’audition d’union, qui réunit deux unités qui, dans
normale que l’on peut isoler les bruits perti d’autres contextes, pourraient être analysées
nents des bruits de fond, dans une enceinte comme autonomes (ainsi coffre-fort), ou à l’ab
où plusieurs conversations se poursuivent : par sence de blanc typographique lorsque deux
exemple, en capter une et ignorer les autres. unités, par ailleurs autonomes, se trouvent
La reproduction stéréophonique cherche à réunies dans un mot composé (ainsi gentil
restaurer les conditions de l’audition binauri homme). Les emplois respectifs du trait d’union,
culaire pour donner à l’auditeur l’impression du blanc typographique et de l’absence de
de la participation à l’audition directe. blanc dans les mots composés reposent sur
bisémique des règles complexes et souvent arbitraires :
On dit d’un mot qu’il est bisémique quand il a ainsi choux-rave s'oppose à chou rouge, pomme de
deux sens différents selon les contextes ; ainsi terre s’oppose à pomme-cannelle. Les entrées d’un
chasser un animal (chercher à le tuer ou à le dictionnaire sont, par convention, des mots
capturer) et chasser une personne (la faire sortir, compris entre deux blancs typographiques au
l’éloigner) sont des sens différents de chasser, sens le plus strict.
qui est dit bisémicjut. (v. p o l y s é m i e .) blèsement
bit On appelle blèsement un trouble de la parole
Dans la théorie de la communication, le bit est caractérisé par la substitution ou la déformation
l’unité de mesure de la quantité d’information. systématique d’une ou plusieurs consonnes,
Le terme bit (on dit aussi binit) lui-même est Ainsi, le zézaiement, qui est une forme de
une abréviation de l’expression anglaise binary blèsement, consiste à remplacer la fricative
digit. Les données, dans les systèmes d’infor sonore [3] par la sifflante sonore [z],
mation mécanique ou électronique, comme Bloch (Bernard), linguiste américain (New
l’ordinateur, ne sont représentées que par deux York 1907-New Haven, Connecticut, 1965).
états possibles ; c’est donc une notation binaire Professeur de linguistique à Yale (1943-1965),
que l’on emploie pour illustrer ces indications. rédacteur en chef, à partir de 1940, de la revue
Le système binaire n’utilise que deux sym Ijinguage, il fut un des plus fidèles repré
boles : 0 ou 1. Les deux notations sont appelées
sentants de la tradition bloomfieldienne.
bits. Le bit est donc la plus petite parcelle
(V. Bibliographie.)
d’information que l’on puisse trouver dans la
machine. Si on considère un code, ou système Bloomfield (Léonard), linguiste américain
de signes, susceptible de servir de base à la (Chicago 1887-New Haven, Connecticut,
transmission d’un message, ce code, compor 1949). Formé à la linguistique indo-européenne
tant deux signaux possibles, tous deux égale classique, il s’est aussi intéressé à la description
ment probables (0 et 1, par exemple), a une des langues amérindiennes et malayo-polyne
capacité de 1 bit chaque fois qu’il est utilisé ; siennes. Mais c’est en linguistique générale que
un code qui a 4 choix possibles équiprobables son apport est fondamental. Il participe à l.i
a une capacité de 2 bits ; un code qui a 8 choix fondation de la revue Language et de la Société
possibles équiprobables a une capacité de américaine de linguistique, qui consacra la
3 bits. Autrement dit, la capacité en bits d’un séparation entre linguistes et professeurs de
code de ce type est le logarithme à base 2 langues vivantes. D’abord influencé par la
du nombre de signaux alternatifs qu’il psychologie de Wundt, il est profondément
comporte. marqué par les théories béhavioristes (anti
blanc typographique mentalisme) : soucieux de donner un statut
Dans la transcription des phrases d’une langue, scientifique à la linguistique, il ne veut prendre
on sépare typographiquement, par des blancs, en compte dans la description que ce qui peut
des unités, appelées mots, qui sont elles-mêmes être rigoureusement observé (analyse phono
constituées d’un ou de plusieurs morphèmes. logique, analyse de la phrase en constituant:!
AH
bon usage
BOÎTE DE HOCKETT
le petit chat noir mange ait un poisson
article adjectif nom adjectif racine verbale désinence article nom
groupe nominal verbe syntagme nominal
syntagme nominal syntagme verbal
phrase
AQ
Bopp
ment libre de l'air qui les rapproche des localisation de l’articulation se traduisent par
voyelles. une opposition compact vs diffus et grave w
buccal aigu.
La cavité buccale est la plus importante des
cavités supraglottiques. Sa forme et donc son but
influence acoustique sur les ondes qui la tra 1. On appelle complément de but, proposition
versent varient plus que celles de toute autre subordonnée circonstancielle de but, le complément
partie du conduit vocal par les déplacements ou la subordonnée qui indiquent dans quelle
de ses parois mobiles, la langue, l’extrémité du intention est faite l’action indiquée par le verbe
palais mou ou luette, le maxillaire inférieur. principal, vers quel objectif tend l’action de la
Pendant la phonation, la cavité buccale est principale ; ex. : Il travaille pour réussir. Fais pour
limitée en avant par les incisives et en arrière le mieux. Envoie les lettres rapidement pour que tout
par le point d’articulation, c’est-à-dire le point le monde soit averti à temps.
de resserrement le plus étroit. La position de 2. On donne parfois le nom de but à l’objet
la langue par rapport à la paroi supérieure de d'un verbe transitif, par opposition au nom
la cavité buccale détermine les articulations sujet, qui est I’actant* ; dans la phrase Pierre
dentales, alvéolaires, prépalatales, palatales, rédige un article, le complément un article est dit
postpalatales, vélaires, uvulaires. le but du verbe rédiger, dont le sujet-actant est
Au niveau acoustique, les variations de la Pierre.
■ i
c
cacologie et en anglais américain, où elles résultent en
On a appelé cacologie une construction syn général de la chute d’un [r] apical (girl\ more,
taxique agrammaticale (ex. : il est grièvement far, etc.).
malade).
cadavre exquis
cacophonie Le cadavre exquis désigne l’emprunt, par les
On donne le nom de cacophonie à une répétition. surréalistes, du jeu des « petits papiers ».
|ugée désagréable à entendre, des mêmes sons Chaque participant note sur une bande de
(phonèmes ou syllabes). On peut citer comme papier un nom, puis replie la partie écrite,
exemple ce vers de Voltaire : Non, il n'est rien passe à son voisin, qui note un adjectif, puis
que Nanine n'honore. replie, passe à son voisin et ainsi de suite
jusqu'à ce qu’on ait autant de phrases
cacuminal complètes que de participants. La plus réussie
On appelle consonne cacuminak (dite aussi, plus de ces phrases aléatoires ayant été « le cadavre
souvent, rétroflexe et, plus rarement, cérébrale) exquis boira le vin nouveau », ce mode de
une consonne dont l’articulation comporte un production d’énoncés aléatoire reçut le nom
contact du revers de la pointe de la langue de cadavre exquis. L’Oulipo de R. Queneau,
contre le sommet de la voûte palatale (lat. également féru de « littérature potentielle »,
uicumen). C’est un type d’articulation apico- retiendra ce procédé.
prépalatale, à résonance creuse, le plus souvent
occlusive. On en trouve des exemples en Inde, cadence
où le hindi présente une série de consonnes La cadence est le relâchement, la descente de
cacuminales. l’intonation qui marque la fin d’une unité
En Europe, ce type d’articulations est surtout linguistique (mot, syntagme, phrase) à un
représenté dans le sud de la péninsule italique rythme régulier.
(Calabre et presqu’île de Salente), en Sicile, en cadméen
Sardaigne, dans le sud de la Corse (Sotta) et Se dit d’un alphabet grec primitif composé de
rn quelques points isolés des montagnes des seize lettres.
Asturies. Dans ces derniers exemples, il n’existe
li- plus souvent qu’un seul exemple de consonne caduc
i .icuminale, l’occlusive voisée [d], prononcée Le terme de caduc s’applique à certains pho
avec plus ou moins d’énergie, simple ou gémi nèmes, en particulier à certaines voyelles, sus
née suivant les variantes locales et correspon- ceptibles de disparaître dans le flux de la chaîne
dant en général, historiquement, à l’aboutis- parlée. Le [a] français atone de petit, par
«cment d’une latérale dentale géminée ou d’une exemple, qui se prononce dans le groupe de
l.itérale palatale ([bsdu] « beau ». [ada] mots une petite fille [ynpstitûj], mais qui disparaît
• ail »). dans des groupes de mots tels que la petite fille
[laptitlij], les petits enfants [It:plizïf5], est une
Le-suédois présente aussi un exemple d’ar-
liijulation cacuminale dû au fait que un [r] voyelle caduque, ou voyelle instable.
.ipical se fond dans un [t] ou un [d] suivant calque
pour former une seule consonne apico-pré- On dit qu’il y a calque linguistique quand, pour
pnlatale dans kort « bref » et bord « table ». 11 dénommer une notion ou un objet nouveaux,
existe aussi des voyelles cacuminales, réalisées une langue A (le français, par exemple) traduit
avec une élévation du revers de la pointe de un mot, simple ou composé, appartenant à
la langue vers la voûte du palais ; on les trouve une langue B (allemand ou anglais, par
il'ins le parler de certaines régions d’Angleterre exemple) en un mot simple existant déjà dans
canal
A
carte linguistique
minants {comme les démonstratifs, les articles, les articulations vocaliques. Il a été ainsi établi
les possessifs, les indéfinis), parce qu’ils peuvent un système de 8 voyelles cardinales ou voyelles
ne pas être précédés d’un article (il a deux fis). cardinales primaires, de formation et de qualité
Ils peuvent se présenter sous une forme simple acoustiques bien connues : i, e, s, a, a, o, o, u.
(vingt, cent, mille) ou composée (vingt-deux, trois L’observation aux rayons X a montré que les
i aits) ; ils sont invariables en genre et en différentes positions de la langue corres
nombre (sauf vingt et cent qui, dans certains pondant à ces 8 voyelles forment dans la cavité
i as, prennent la marque du pluriel). Us défi buccale un trapèze idéal dont la représentation
nissent par leur emploi les noms comptables, permet de décrire les voyelles qui diffèrent des
leur fonction fondamentale étant d’indiquer voyelles cardinales. Les voyelles cardinales
un nombre précis d’unités, sauf le cas de constituent des pôles articulatoires en fonction
locutions figurées (cent sept ans, je l'ai dit cent de deux dimensions : la position de la partie
fois, il en a vu trente-six chandelles). Les numéraux la plus élevée de la langue et le degré d’ouver
cardinaux peuvent aussi être employés dans la ture de la bouche (voyelle d’avant la plus
fonction des numéraux ordinaux pour indiquer ouverte, voyelle d’arrière la plus fermée, etc.).
la date (le trois janvier), la numérotation (page Entre ces pôles se situent les positions inter
vingt-trois), le rang d’un souverain (Louis qua médiaires séparées par des degrés de différen
torze), avec une syntaxe particulière. Les numé ciation acoustique approximativement égaux :
raux ordinaux (premier, second, troisième, etc.) et i (u) - e (o), e (o) - e (o), s (o) - a (a).
les numéraux distributifs (triple, quadruple, etc.) L’intervention d’une troisième variable, la
sont des adjectifs qualificatifs qui, dans la position des lèvres, permet de dégager un
fonction d'épithètes, sont généralement anté système de voyelles cardinales secondaires : y,
posés, 0 , œ, 2, a , Y, m. Dans le système primaire, les
II. cardinal lèvres sont protractées pour les voyelles pos
On appelle son cardinal un son dont la position térieures et ont une position neutre pour les
articulatoire a été adoptée comme norme. Les voyelles antérieures ; dans le système secon
fondateurs de l’alphabet phonétique internatio daire, au contraire, les lèvres sont protractées
nal, notamment Daniel fones, devant l’im pour les voyelles antérieures et ont une position
possibilité de trouver un signe graphique cor neutre pour les voyelles postérieures. On a
respondant à chaque son, ont dégagé un ainsi un deuxième trapèze vocalique dont les
système d’articulation standard pouvant servir voyelles d’arrière sont cependant beaucoup
de référence, de point de comparaison pour plus rares que les autres dans les langues du
les articulations voisines, en particulier pour monde.
I. cas
Le cas est une catégorie gram m aticale associée au syntagm e nom inal, d o n t il traduit
la fonction syntaxique dans la phrase. Considérons, par exemple, la fonction de
sujet : si le verbe est transitif, to u t en n ’étan t pas suivi d ’u n com plém ent d ’objet à
l’accusatif (Pierre regarde), le cas utilisé pour la fonction sujet est alors I’ergatif ; si le
verbe est intransitif, passif ou transitif avec u n com plém ent à l’accusatif (Pierre regarde
Paul) ; le cas utilisé pour la fonction sujet est le nominatif, toutefois, dans de nom breuses
langues, le nom inatif recouvre toutes les fonctions du sujet. Si le syntagm e nom inal
est l’objet d ’un verbe transitif, com m e dans L'enfant lit un livre, le cas est l'accusatif ;
si le com plém ent est un syntagm e prépositionnel attributif d ’un verbe qui a aussi un
syntagm e nom inal com plém ent, le cas est le datif (L'enfant lit un livre à son père) ; si
la fonction est celle d ’appellatif (Pierre, viens), le cas est le vocatif; si le syntagm e
prépositionnel est com plém ent attributif d’un verbe intransitif, com m e dans Pierre va
à Lyon, ou u n com plém ent circonstanciel dans une phrase com m e L'enfant lit un livre
dans le salon, il est catégorisé par les traits sém antiques qui définissent sa relation au
procès du verbe. Ainsi, le comitatif est le cas de l’accom pagnem ent (Pierre vient avec
ses parents), Y instrumental est le cas du com plém ent de m oyen ou d ’in stru m en t (Pierre
le blesse avec un couteau), Yagentif est le cas du com plém ent d ’agent, en particulier
dans les phrases passives (Pierre a été blessé p ar Paul).
Les fonctions syntaxiques « locales » reposent sur l’opposition entre le m ouvem ent
(la direction) et le « non-m ouvem ent » : le cas directionnel s’oppose au cas locatif.
C hacun de ces deux cas locaux est subdivisé selon l’opposition entre l’intérieur et
l’extérieur du lieu : ainsi, le m ouvem ent « venan t de l’extérieur d ’un lieu » est traduit
par le cas ablatif, celui de « venant de l’intérieur du lieu », par le cas élatif ; le
m ouvem ent « vers l’extérieur d ’u n lieu » (vers, près de) est trad u it par Yallatif, et
« vers l’intérieur du lieu », par l'illatif ; le locatif est subdivisé en inessif (« à l’intérieur
d ’un lieu »), abessif (« près d ’un lieu, à l’extérieur ») et adessif (« près d ’un lieu, sur le
lieu »). D ’autres cas correspondent à des transform ations : ainsi, le génitif est le cas
du com plém ent du no m indiquant la possession (Le chapeau de Pierre) est issu de la
phrase Pierre a un chapeau, ( v . aussi p a r t i t i f , t r a n s l a t a . ) Alors que l’ergatif, le nominatif,
l’accusatif et le vocatif sont des cas grammaticaux, les com plém ents circonstanciels (et
attributs de verbes intransitifs) sont des cas concrets.
Le nom inatif et l’accusatif sont dits aussi cas directs, et les autres, cas obliques
(term inologie qui traduit les fonctions primaires et les fonctions secondaires relati
vem ent au verbe).
Les cas sont exprim és dans les langues par la position des syntagm es relativement
au verbe (en français et en anglais) : par des prépositions (à/d e en français : Pierre va
à Paris/Pierre vient de Paris) et par des affixes nom inaux qui varient avec les noms
C ’est à ces affixes, d o n t l’ensem ble form e la flexion nominale ou la déclinaison des nom--
que l’on réserve en général la dénom ination de cas. Ainsi, en ancien français, il y a
deux cas : le cas sujet (souvent m arqué au singulier par un affixe s), qui traduit la
fonction du sujet, et le cas régime (m arqué au singulier par l’absence de s), qui exprime
toutes les autres fonctions. Le français m oderne ne connaît la flexion casuelle que
pour les pronom s où il y a une opposition entre je (sujet) et me (com plém ent).
Les langues à cas, ou langues casuelles, n ’o n t en général q u ’un nom bre lim ité de
désinences (ou affixes) pour traduire les différentes fonctions : aussi tel cas formel
d ’une langue réunit-il des fonctions gram m aticales ou concrètes assurées dans une
autre langue par deux ou plus de deux cas. L’ablatif latin réunit les em plois de
7 /,
catégorématique
l'instrum ental, de l’agentif et parfois du locatif ; le génitif grec réunit les em plois du
l'.i'nitif et de l'ablatif, etc. Le latin connaît 6 cas, le hongrois 20 cas, le finnois 15 cas.
(v SYNCRÉTISME.)
La classification nom inale se fait sur différents critères selon les langues ; la flexion
casuelle est aussi variée qu'il existe de classes de nom s, et elle interfère avec les
russifications par genre et avec les affixes de nom bre.
cas
O n appelle grammaire de cas un m odèle proposé par Ch. J. Fillmore qui rejette l'analyse
de la phrase en sujet et prédicat, parce q u ’elle ne perm et pas d ’exprim er les fonctions
sém antiques pertinentes des entités im pliquées dans le procès. En particulier, la notion
de sujet ne peut pas être considérée com m e ayant une valeur sém antique constante ;
ainsi, dans Paul ouvre la porte, cette clé ouvre la porte, la porte s'ouvre, le sujet est, tour
a tour, [agent], [instrum ent], [objectif], et dans Londres est pluvieux, c'est un [locatif] ;
d'où le projet d'établir une structure sous-jacente m entio n n an t les rôles sém antiques
(les cas) q u ’assum ent les syntagm es nom inaux (argum ents) avec tel ou tel verbe ou
adjectif (prédicat). Par exemple, savoir se construit avec un [datif] (com m e sujet) et
Un [objectif] (com m e objet direct), alors que apprendre diffère de savoir en ce que son
sujet est un [agent] (il en est de m êm e pour entendre/écouter, voir/regarder, etc.). C ette
approche perm et de faire ressortir un certain nom bre de régularités ; ainsi, dans Le
jardin abonde en fruits, Les fruits abondent au jardin, Les fruits sont abondants dans le jardin,
les fonctions syntaxiques des argum ents sont différentes, alors que les rôles sém antiques
sont constants, d ’où une structure casuelle unique pour ab o nder/abondant : [- (OBJ)
(LOC)]. Les structures casuelles sont ensuite converties en structures de surface par
des transform ations qui réordonnent les argum ents et perm ettent n o tam m en t de
prom ouvoir l’u n deux pour en faire le sujet. Les cas sont, en outre, censés appartenir
à un ensem ble d ’universaux sém antiques ; après diverses recherches et rem aniem ents
(ainsi [datif] se trouve redistribué en [affecté], [objet] et [but]), Ch. J. Fillmore aboutit
a la liste suivante : [agent], [affecté] (angl. experiencer), [instrum ent], [objet], [but],
[lieu], [temps] ; l’ordre dans lequel ils sont présentés correspond à une hiérarchie
indiquant une priorité pour la sélection du sujet.
entrer comme partie dans une totalité de Ces deux règles signifient que le noyau P (de
rang plus élevé, qui, serait, par exemple, le la phrase) est formé d’un syntagme nominal
discours. (SN) suivi d’un syntagme verbal (SV) et que
catégorème le syntagme verbal (SV) est formé de l’auxiliaire
Le catégorème est l'ensemble des traits séman (Aux), du verbe (V) suivi d’un syntagme nomi
tiques définissant les relations syntaxiques nal (SN). La relation grammaticale établie dans
d’une forme avec les autres ; il correspond à la règle (2) est celle du verbe (transitif) et de
la catégorie grammaticale. Ex. : triste a le caté son complément d’objet.
gorème « adjectif ». 2 . On appelle symbole catégoriel un symbole repré
sentant une catégorie : SN est le symbole de la
catégorie catégorie du syntagme nominal. N est celui de
1. Le terme de catégorie désigne une classe dont la catégorie du nom. Le symbole peut prendre
les membres figurent dans les mêmes environ des valeurs diverses ; ainsi, pour N on peut avoir
nements syntaxiques et entretiennent entre eux les valeurs table, chaise, enfant, laideur, etc.
des relations particulières. Ainsi, on dira que 3. K. Goldstein appelle attitude catégorielle l’at
les mots chaise, table, bibliothèque, etc., qui titude du sujet parlant appréhendant un objet
peuvent figurer dans le même environnement non pas dans son existence actuelle, mais
syntaxique (par exemple : Pierre essuie avec un comme représentant les propriétés générales
chiffon la...), appartiennent à la même catégorie. de l’objet : c’est le passage du concret à
Dans cet emploi, le terme de catégorie se l’abstrait. Cette attitude catégorielle ne serait
confond avec celui de classe*. pas conservée chez certains malades mentaux ;
2. On distingue aussi deux types de catégories. ainsi, devant l’image d’un champignon, au lieu
Les catégories syntaxiques définissent les consti de donner le terme générique sollicité, le
tuants* selon leur rôle dans la phrase ; ainsi, le malade donnerait un terme spécifique, en étant
syntagme nominal et le syntagme verbal, consti incapable d’envisager la classe tout entière des
tuants immédiats de la phrase, sont des catégories champignons, définie par ses propriétés.
syntaxiques de premier rang ou catégories prin 4. En matière de dérivation lexicale, on doit
cipales ; les parties du discours (ou espèces de envisager le rapport catégoriel entre le formant
mots), constituants des syntagmes, sont des de base et l’unité résultante. Une règle de
catégories de deuxième rang ; ce sont des catégories dérivation lexicale par suffixation comprend
lexicales parce que les morphèmes de ces classes les éléments suivants : la base, les suffixes, le
sont des mots du lexique. Les catégories gramma rapport catégoriel et le sens. Par exemple, on
ticales définissent les modifications que peuvent peut passer d’une base verbale à un nom d'action
subir les membres de ces parties du discours en par diverses règles de formation entraînant le
fonction du genre, du nombre, de la personne, sens « action de » {-âge, V -* N ,« action de » :
etc. Le temps, la personne, le nombre, le genre balayer, balayage ; labourer, labourage ; -ode,
sont des catégories grammaticales parce que les V -+ N, « action de » : glisser, glissade ; baigner,
membres de ces classes sont des morphèmes baignade, etc.).
grammaticaux (désinences verbales, flexion nomi
nale). C’est souvent à ce dernier emploi que l’on catégorisation
restreint l’usage du mot catégorie. Les catégories La catégorisation est une opération consistant,
lexicales sont dites catégories primaires ; les caté après avoir analysé la chaîne parlée en éléments
gories grammaticales sont dites catégories secon discontinus, à classer ces segments en catégories
daires. grammaticales ou lexicales selon les propriétés
catégoriel distributionnelles qu’ils possèdent.
1. En grammaire générative, la composante caté causal
gorielle est la partie de la base qui définit, d’une On dit d’une conjonction qu’elle est causale
part, le système des règles régissant les suites quand elle coordonne ou subordonne uni-
permises et, d’autre part, les relations gram proposition à une autre dont elle exprime la
maticales entre les symboles catégoriels for cause. Ainsi, dans les phrases : L'incendie a
mant les structures profondes de la langue. rapidement progressé parce que les matériaux étaient
Ainsi, supposons que la composante catégo très inflammables ou car les matériaux étaient tu"-
rielle définisse les deux règles suivantes : inflammables, les conjonctions parce que (de
(1) P -» SN + SV subordination) et car (de coordination) soni
(2) SV - Aux + V + SN des conjonctions causales, et la proposition eut
"711
cédille
(du parce que) les matériaux étaient très inflam d'articulation', c’est-à-dire le lieu de resserre
mables est une proposition causale. On réserve ment le plus étroit du chenal buccal pendant
le nom de subordonnée causale à la proposition l'articulation. La cavité nasale intervient dans
rxprimant la cause et introduite par les conjonc- la phonation quand l’abaissement de l’extré
tlons de subordination parce que, puisque, comme, mité du voile du palais, ou luette, permet
vu que, étant donné que, du fait que. l’écoulement libre, par les fosses nasales, d'une
partie de l’air issu du larynx. La cavité labiale
causa tif
est comprise entre les incisives et les lèvres
1. Le causatif, ou factitif, est une forme verbale
plus ou moins protractées. Elle intervient dans
(lui exprime que le sujet fait en sorte que
la phonation quand la projection des lèvres,
d'autres fassent l’action, au lieu de la faire
qui s’accompagne en général d’un arrondisse
directement lui-même ou que l’action ait lieu
ment, permet un allongement vers l’avant de
du fait d’un phénomène quelconque. Dans la
la cavité labiale : ainsi pour la prononciation
phrase Pierre a fait construire par un entrepreneur
des consonnes labiales ([p], [m], [v] dans les
mie maison dans la banlieue lyonnaise, le sujet
mots français pain, mer, vitre) ou des voyelles
grammatical de la phrase est Pierre ; mais
labialisées ou arrondies ([u], [ce] dans les mots
l'agent (l’actant) de construire est spécifié (c'est
français loup, heure, etc.).
tut entrepreneur). L’agent peut ne pas être spé
Chacune de ces cavités exerce l’influence
cifié. comme dans Pierre a fait construire une
d’un résonateur sur le son complexe produit
maison. En français, le causatif s’exprime soit
par l’air vibrant issu de la glotte. Elle renforce
par le verbe faire ; soit par le verbe transitif
certaines fréquences (celles qui correspondent
lui-même (Pierre construit une maison dans la
à sa fréquence de résonance propre) et en
banlieue lyonnaise) ; soit encore par les suffixes
affaiblit d’autres ; elle fonctionne ainsi comme
(i)fier et -(i)ser : raréfier, synthétiser. Dans d’autres
un filtre acoustique.
langues, le causatif s’exprime par des marques
La forme et le volume de chaque cavité
morphologiques comme le redoublement, l'in
peuvent être modifiés par le mouvement de
fixe. On distingue parfois le factitif, qui exprime
ses parois mobiles (langue, luette, maxillaire
une action que l’on fait faire à quelqu'un,
inférieur, lèvres), ce qui entraîne une variation
spécifié ou non, et le causatif, qui exprime un
de sa fréquence de résonance et donc de son
état résultant de l’action faite : ainsi, le causatif
influence acoustique sur le son laryngé.
Pierre a caramélisé du sucre signifie que Pierre
,t fait (en chauffant) que k sucre est devenu cécité
On appelle cécité verbale l’incapacité de lire
2. On donne le nom de causatif existentiel à une constatée chez des sujets atteints de lésions
classe de verbes transitifs (le plus commun en corticales et ne présentant, par ailleurs,
français est faire) dont l’objet est le résultat de aucun trouble de la vision, ni perturbation du
I l'action du verbe : ainsi, quand je dis Pierre écrit langage.
lin livre, livre est l’objet résultatif de écrire, qui
I est alors un causatif existentiel, par opposition à cédille
| l’objet simple dans Pierre lit un livre (le livre La cédille est un signe diacritique qui se met en
I • existe » avant l'action de lire). français sous le c devant a, o, u, pour indiquer
le son [s] et non |k] (ex. : façade, leçon, reçu).
cavité La cédille est à l'origine un z placé sous le c,
I l'appareil vocal comporte différentes cavités au lieu de l’être après, pour transcrire le son
nue traverse l'air issu du larynx au moment [ts] puis le son [s]. On la trouve dès le vm' siècle
de l’acte de phonation. Ces cavités sont dites dans les manuscrits wisigothiques, mais elle
[ \uprapharyngales ou supragloitiques. fut peu utilisée par les scribes, qui préféraient
Les deux cavités principales sont le pharynx employer une lettre supplémentaire pour noter
i ri la bouche, auxquels peuvent s’adjoindre le son sifflant de c (ils écrivaient recettl, apercent).
f éventuellement, comme cavités secondaires, les C’est l’imprimerie qui a développé l’usage de
I lusses nasales et la cavité labiale. la cédille (comme celui des accents) : on la
La cavité pharyngale est limitée vers le bas trouve pour la première fois en 1530 chez
N.’ir le larynx et vers le haut par la racine de G. Tory et elle se généralisa rapidement dans
I la langue et le voile du palais. La cavité buccale, l’usage typographique, candis que l’écriture
I dite aussi cavité antérieure, est limitée à l'avant manuscrite conserva, longtemps encore, l’an
L put des incisives et à l’arrière par le point cien usage du e intercalaire.
79
cenematîijue
phrases. La phrase es: alors la séquence minimale sérer à une place déterminée d’une chaîne centrale
Acceptée par l'informateur : c’est la chaîne centrale. ou d’une partie de chaîne. Chaque chaîne centrale
( les chaînes peuvent se voir ajouter d'autres comprenant un nombre zéro, ou plus, d'adjonc
iici|uences de morphèmes qui ne sont pas accep- tions est une phrase ; si Pierre est heureux est une
li*cs comme phrases ; ces chaînes sont des phrase, Pierre est très heureux, qui comprend une
adjonctions, chacune d'entre elles pouvant s'in adjonction, est encore une phrase.
champ
D éterm iner un champ, en linguistique, c’est chercher à dégager la structure d 'u n
dom aine donné ou en proposer une structuration.
La lexicologie cherche à définir des champs linguistiques. Le term e reste ambigu,
puisqu'on pourra envisager le cham p sém antique d’un m ot, le cham p lexical d 'u n e
Iamille de m ots ou le cham p lexical d 'u n e réalité extérieure à la langue. Par exemple,
on pourra tenter d ’établir le cham p sém antique du m o t père, le cham p lexical des
m ots père, mère, frère, sœur, le cham p lexical de la parenté.
Les prem ières tentatives (Trier, Ipsen, Porzig) de délim itation de cham ps p o rten t
en fait sur des champs conceptuels (par exemple, le cham p des m ots désignant la
« connaissance »). Elles o n t souvent été faites par des ethnographes et des anthro
pologues : il s'agit, par des procédures souvent raffinées, d ’exploiter des données
linguistiques pour bâtir les schèm es conceptuels d;une société. O n a étudié en ce sens
les vocabulaires de la parenté (com m e chez les Iroquois Sénéca), les classifications
botaniques populaires (aux structures particulièrem ent intéressantes en u n pays de
vieille culture com m e la France), le vocabulaire des anim aux dom estiques, etc. Ainsi
conçues, ces recherches ne concernent pas directem ent la linguistique, la structuration
en langue ne recoupant pas la structuration conceptuelle (non-isom orphism e de la
pensée et de l’expression). En particulier, ces recherches ne ren d en t com pte que de
la désignation des unités dans u n certain systèm e conceptuel (mère par rapport à père,
fils, fille, par exemple) et non de la polysém ie essentielle au lexique (mère de famille vs
cellule mère, maison mère, la mère supérieure, notre mère Ève).
Une solution proposée a consisté à partir en to u t état de cause des données d 'u n
cham p conceptuel (le vocabulaire politique et social), et à élaborer ensuite des
procédures proprem ent linguistiques pour l’étude des relations établies entre les
termes. A l'intérieur du cham p conceptuel socialem ent défini, il s’agit de m ettre en
évidence des réseaux linguistiques de synonym ie ou d ’antonym ie et de corrélations
diverses. Partie d 'u n cham p conceptuel, cette procédure distingue en particulier les
unités par leur cham p dérivationnel. La n otion de champ dérivationnel repose sur la
ro n statation que le m êm e m orphèm e se distingue, dans ses diverses significations,
par une série différente de dérivés. Par exemple, s'abstenir1 (d’u n vote) déterm inera
line série abstention, abstentionniste, pendant que s'abstenir2 (de certains aliments)
déterm inera une série abstinence, abstinent.
O n a poussé plus loin encore cette tentative, en se fo ndant sur le principe que
deux m orphèm es qui o n t des significations différentes diffèrent aussi quelque part
il,3ns leur distribution. O n recherchera donc le champ syntaxique des unités ; par l’étude
des ressem blances et des différences dans le com portem ent syntaxique, on pourra
aboutir à des conclusions sur ressem blances et différences sém antiques. En effet, la
til ructure syntaxique est si prégnante du point de vue du sens que, dans certaines
lonstructions syntaxiquem ent définies, m êm e u n verbe imaginaire recevrait un
■n'inantisme par la construction qui lui est attribuée (voir à ce sujet les créations de
I i î w I s Caroll ou d 'H enri Michaux). Les cham ps seraient donc syntaxiques avant que
d être sém antiques, (v . c o m p o n e n t ie iu ! ia n a iy s e i.)
champ de dispersion
champ de dispersion
On appelle champ de dispersion l'ensemble des nèmes voisins. Il existe entre deux champs de
variations qui affectent la réalisation d’un dispersion une région appelée « marge de sécu
même phonème soit dans des contextes dif rité » sur laquelle on peut empiéter dans des
férents (par variation combinatoire), soit dans circonstances exceptionnelles {l’auditeur, ayant
un même contexte dans le parler d'une même conscience du caractère anormal dans lequel
personne ou des membres d ’une même s’effectue l’émission du message, fera davan
communauté. L'éventail des réalisations pos tage appel au contexte), mais sur laquelle on
sibles d’un même phonème ne doit pas passer ne peut empiéter trop régulièrement sans
certaines limites articulatoires et acoustiques risques pour la compréhension et, à plus longue
qui ne coïncident pas toujours exactement avec échéance, pour l’équilibre du système phono
les limites du champ de dispersion des pho logique.
changem ent
1. Le changement, appelé aussi variation, est sans do u te le caractère le plus im p o rtan t
du langage. A deux époques données, on constate q u ’un m ot, ou une partie de m ot,
ou un procédé m orphologique ne se présentent pas de la m êm e manière, m êm e si
l’écriture peut parfois faire illusion. Ainsi, la term inaison du m ot chevaux s'est
prononcée d ’abord [-aws] avant d ’évoluer vers le son actuel [-0 ]. Soupe a d ’abord
désigné la tranche de pain sur laquelle on versait le bouillon avant de désigner
l'ensem ble constitué par la tranche et le bouillon, ou m êm e le liquide seulem ent. Le
changem ent dans l'espace géographique (v. g é o g r a p h i e u n g u i s i ï q u e . d i a l e c t o l o g i e ) se
constate p artout dès q u 'o n ne se préoccupe pas seulem ent de l’écriture, mais aussi
de la prononciation et, d 'u n e m anière plus large, de la langue parlée. 11 est bien
connu que l’intonation générale de la phrase diffère parfois d 'u n village à l'autre alors
q u 'o n y utilise la m êm e langue ou le m êm e dialecte : les consonnes et les voyelles
n 'o n t pas exactem ent le m êm e son. Le français parlé par u n h o m m e du peuple e t le
français parlé dans les milieux intellectuels présentent des différences telles q u ’on
peut deviner souvent l'origine sociale de celui qui parle. Enfin, les conditions dans
lesquelles on parle (type de discours) ont une très grande im portance dans ce dom aine.
Le changem ent peut résulter du contact entre les langues, et dans des situations de
bilinguisme, o n parlera d ’emprunts* de calques*, d ’interférences*.
2. O n appelle changements phonétiques les m odifications que subissent les sons d ’une
langue au cours de son histoire.
Il y a lieu de distinguer les changem ents phonétiques p roprem ent dits, simple
transform ation des habitudes de prononciation d 'u n phonèm e donné sans influence
sur la structure phonologique de la langue considérée, et les changem ents p honolo
giques, variations qui entraînent la m odification de la structure phoném atique de la
langue par la disparition e t/ ou l’apparition d ’u n ou plusieurs phonèm es. Ainsi, le
passage des voyelles longues de l’anglais ancien à des diphtongues (stan [sta:n]
stone [stown]) en anglais m oderne constitue un changem ent phonétique. Par contre,
le passage des prononciations affriquées de l’ancien français [ts], [dz] à des pronon
d atio n s fricatives [s], [z] en français m oderne correspond à un changem ent phonique
puisqu’il a entraîné la disparition de deux phonèm es [ts] et [dz] et l'h o m o n y m ie de
m ots tels que cire et sire.
C ependant, com m e cette distinction est liée à l'opposition établie par la linguistique
contem poraine entre « son » et « phonèm e », on a longtem ps donné le nom de
changement phonétique à toute m odification affectant la prononciation des sons d ’une
langue, qu'elle ait ou non une im portance linguistique. Sous l’apparent désordre de-,
Chomsky
i liangem ents phonétiques qui accom pagnent l’évolution des différentes langues, Jacob
C rim m a été un des premiers, à la suite du D anois Rasm us Rask, à m ettre en
évidence, dès 1822, une certaine logique et une certaine régularité des changem ents
phonétiques par sa découverte de la m u tation germ anique, appelée plus tard « loi de
Grimm* ». Son intuition a été développée, cinquante ans plus tard, par les néogram-
mairiens tels que W . Scherer et H. Paul qui se son t efforcés de m ontrer que les
i liangem ents phonétiques obéissent à des lois* « im m uables », les exceptions étant
expliquées par l’analogie et les em prunts. Les travaux ultérieurs o n t m ontré que les
changem ents phonétiques obéissent p lutôt à des tendances q u 'à des lois impérieuses.
.1. En gram m aire générative, le changement structurel est un des aspects de la
transform ation consistant, après l'analyse* structurelle, à effectuer diverses opérations
de suppression, de réarrangem ent, etc., sur la structure ainsi analysée, (v. t r a n s f o r
MATION.)
créativité : tout locuteur natif possède une tée, les cordes vocales sont partiellement acco
certaine intuition de la structure de sa langue, lées, mais la partie de la glotte qui se trouve
qui lui permet, d’une part, de distinguer les entre les aryténoïdes reste ouverte en laissant
phrases grammaticales des phrases agramma passer l'air. La source sonore est alors faite
ticales, d'autre part de comprendre et d’émettre d’un bruit d'écoulement semblable à celui d’un
une infinité de phrases inédites. De même, une jet d’air qui traverse toutes les cavités supra-
grammaire devra rendre compte explicitement glottiques et sert de support au message pho
de toutes les phrases grammaticales de la langue nique. La voix chuchotée donne en principe
considérée. Dans Aspects de la théorie syntaxique une image complète de l'articulation et rend
(1965), il perfectionne sa conception de la normalement l’expression phonétique à l’au
syntaxe et ses relations avec la phonologie et dition comme à l'analyse harmonique. Cepen
la sémantique dans le cadre théorique beaucoup dant, l’intensité est moins importante et la
plus élaboré de la grammaire générative et portée plus réduite que pour la voix normale.
présente dans Principes de phonologie générative chuintant
(1968), en collaboration avec M. Halle, sa Les consonnes chuintantes sont des consonnes
conception de la composante phonologique de fricatives, en général postalvéolaires ou prépa
la grammaire. Il a par la suite constamment latales, telles que [J] dans le français chou et
modifié sa théorie. (V. Bibliographie.) [3] dans le français joue. Elles se différencient
chrie des consonnes qui leur sont le plus proches,
En rhétorique, on appelle chrie un exercice les sifflantes [s] et jz], par un léger recul du
scolaire consistant à développer une idée d'au point d’articulation et surtout par un jeu
tant de manières qu’il existait de lieux différent des lèvres, arrondies et protractées
communs dans l’école. pour l’articulation chuintante.
L'adjonction de la cavité labiale entraîne un
chromatique abaissement de la fréquence de vibration, de
L'accent chromatique, appelé aussi accent musical,
sorte que le spectre des chuintantes se distingue
accent de hauteur (ou ton), consiste en une
du spectre des sifflantes par une concentration
élévation du timbre de la voix due à une plus
de l’énergie dans des zones plus basses du
forte tension des cordes vocales et portant sur
registre (2 000 à 3 000 cycles par seconde au
un mot ou sur une syllabe d’un mot. Le terme
lieu de 4 000 et plus).
de chromatique s’explique par l’association natu
relle entre la sensation visuelle de couleur et chute
la sensation acoustique de timbre. On appelle chute un changement phonique
dû à la disparition d’un ou de plusieurs pho
chronogenèse nèmes à l’initiale d’un mot (aphérèse : latin
Dans la linguistique de G. Guillaume, la chro
arena -» italien rend), à l’intérieur d’un mot
nogenèse est une opération systématique consis
(syncope : parahola -> français parole), à la fin
tant à spatialiser le temps, qui correspond à la
d’un mot (apocope : tramway -* tram).
conjugaison des verbes.
chva ou schwa
chronothèse 1. Ce terme, qui est la transcription d’un mot
Dans la linguistique de G. Guillaume, on désigne hébreu signifiant « néant », est parfois employé
du nom de chronothèse chaque étape du procès pour désigner la voyelle neutre, centrale [a],
de représentation du temps correspondant aux appelée « e muet » ou « e caduc » en français,
différents modes du verbe (infinitif, subjonctif, et que l’on trouve fréquemment en position
indicatif, mais non l’impératif, qui est un mode atone dans d’autres langues romanes, comme
d’expression de l’événement verbal). le portugais de Lisbonne, le roumain (ex.
chuchotement mina [mui^no] « main »), certains dialecteti
La voix chuchotée est le bourdonnement laryngé italiques centro-méridionaux (Campanie,
produit par la vibration des cordes vocales Abruzzes, etc. ; ex. : [Xu latts] « le lait »).
lorsque celles-ci occupent une position inter 2 . On a expliqué par une série de sons voc/i
médiaire entre la position correspondant à la liques chva,, chva2 et chva3 un certain nombre
respiration normale (cordes vocales écartées et de correspondances entre les langues indo-
glotte ouverte) et celle qui correspond à la européennes : ainsi, en latin l’alternance a/e
phonation (cordes vocales accolées et glotte dans jacio/jeci est expliquée par jak (degré zéro)
fermée), Pour la production de la voix chucho et jaek (degré e), s donnant u et ae donnant e
Hû
civilisation
«95
clair
qui sert de support à une littérature écrite et seconde occlusion, dite « occlusion d’appui »,
qui joue un rôle important dans la diffusion obligatoirement vélaire, produite par l’élévation
et le maintien d'une culture. de la partie postérieure du dos de la langue
contre le palais mou. Cette double occlusion
clair détermine une cavité où l’air est raréfié par un
Une voyelle claire est une voyelle acoustiquement mouvement de succion. Quand l’occlusion
aiguë*, c’est-à-dire génétiquement palatale, telle antérieure prend fin, l'air se précipite de l’ex
que jj, [e], [c], [a], [y], [oj et [ce]. Les voyelles térieur dans cet espace intermédiaire privé d’air
claires s’opposent aux voyelles sombres* ou avec un bruit de claquement ; juste à ce
graves. Le terme de clair, souvent employé moment, l’occlusion vélaire prend fin égale
traditionnellement, même par la première géné ment, de sorte que le son claquant peut être
ration de phonologues et de phonéticiens struc voisé ou non, nasal ou non.
turalistes, traduit l’association naturelle entre Le bruit du baiser, le bruit qui sert à marquer
l’impression auditive d’acuité sonore et l’im un certain énervement ou celui qui sert à
pression visuelle d'acuité lumineuse, au nom exciter les chevaux sont des sons claquants,
de laquelle Mallarmé dénonçait le paradoxe respectivement labial, dental et latéral,
des signes jour et tuiit qui associent la lumière (v. CLAQUEMENT.)
du jour à une voyelle sombre [u] et l’obscurité
de la nuit à des sonorités claires [q] et [i], claquement
La corrélation' de claquement caractérise les
claquant (son) ou claquante langues dites « langues à clics », comme le
Un son claquant (dit aussi claquement ou clic) est zoulou, où les différents types de clics (palatal,
un son réalisé au moyen de deux occlusions : latéral, etc.) forment des séries de localisation
une occlusion principale, formée soit par les parallèles à des séries correspondantes sans
lèvres, soit par la partie antérieure de la langue claquement. L’opposition de claquement est
contre les dents ou contre le palais et qui une opposition de localisation privative qui se
produit différents types de claquantes (labiale, retrouve dans plusieurs séries du même sys
dentale, rétroflexe, palatale, latérale), et une tème. (v . CLAQUANT.)
classe
Une classe représente un ensem ble d'unités linguistiques ayant une ou plusieurs
propriétés com m unes entre elles.
1. En gram m aire distributionnelle, une classe grammaticale sera définie com m e l’en
semble des unités ayant les m êm es possibilités d ’apparaître en un po in t donné de
l'énoncé.
La notion de classe grammaticale s’oppose ainsi à la notion de p artie' du discours
telle que la définit la gram m aire traditionnelle, par référence à une théorie de
l'ad éq u atio n entre le no m et la substance, le verbe et le procès, etc.
L'étude des potentialités d'occurrence perm ettra de constituer des classes à partir
de la considération d ’u n corpus. Soient les phrases :
Le chien mord. Le voyageur disparaît. Le soleil brille. L'enfant arrive.
L’étude du corpus perm ettra de dégager les classes 1, 2, 3, correspondant aux « parties
du discours » article, nom , verbe. La constitution de classes et leur affinem ent en
sous-classes (c'est-à-dire nom anim é/nom inanim é, verbe intransitif/verbe transitif,
etc.) doivent perm ettre au gram m airien de form uler les règles qui p roduiront toutes
les phrases acceptables de la langue et elles seules. D ans le corpus donné plus haut,
la sous-classification perm et d'éviter *Le chien brille, *Le soleil mord, et de produire I c
chien arrive, Le soleil disparaît.
La notion de classe distributionnelle rend com pte de certaines am biguïtés des én o n ce
réalisés. Je vais voir peut noter un m ouvem ent (« Je m e rends là-bas, pour voir ») ou
un futur (« )e verrai dans peu de tem ps »), selon l'appartenance de classe du segment
86
classe
t1,!/' verbe ou auxiliaire. O n peut ainsi opposer l’am biguïté due à la classe (Je vais voir
mi sens 1 et au sens 2) et l'am biguïté due à la structure de constituants : Des boutiques
tic frivolités désuètes pourra s'analyser en (Des boutiques de) (frivolités désuètes) ou Des
boutiques (de frivolités) désuètes.
La notion de classe distributionnelle s'est révélée fructueuse en linguistique à divers
niveaux (analyse phonologique, analyse m orphém atique, et jusqu'à l’analyse de
discours de Z. S. Harris). Mais elle ne peut rendre com pte de toutes les am biguïtés
de la langue ; cette constatation est u n des points de départ de la critique de
N. C hom sky. La peur du gendarme (qu'a le gendarm e ou qui est due au gendarm e)
ll'est pas désam biguïsé ni par la considération des classes distributionnelles, ni par
l'analyse en constituants im m édiats. Seule l’histoire dérivationnelle de la phrase peut
rendre com pte de la double interprétation sém antique de la structure superficielle.
2. La n otion de classe est utilisée en sém antique sur le m odèle de la logique des
liasses. Par exemple, on établit la taxinom ie des term es de parenté en étudiant les
rapports entre les différentes unités ; la classe des êtres dénotés (denotata) par le m o t
parent est plus grande que celle des êtres dénotés par le m o t père, on dira que père
est à l’égard de la classe des parents en relation d ’hyponymie et que parent est en
relation d ’hyperonymie à l’égard de père.
t. O n appelle classe de mots, en linguistique structurale et distributionnelle, une
Catégorie* de m ots définis par des distributions analogues dans des cadres syntaxiques
préalablem ent déterm inés. Ainsi, o n définira une classe de déterm inants par la position
>|u’ils o n t en français de précéder une autre catégorie, les nom s. Les classes de m ots
rem placent les parties du discours de la gram m aire traditionnelle.
O n appelle classe de morphèmes l’ensem ble de m orphèm es ayant le m êm e environ
nem ent (contexte) et la m êm e distribution. D ans l’environnem ent du suffixe adverbial
ment figurent (doux) douce, (amical) amicale, (péjoratif) péjorative, etc. ; ces m orphèm es
constituent une classe définie par l'environnem ent -ment ; ils s'o p p o sen t à une autre
classe de m orphèm es com m e rouge, aîné, bon, etc., qui o n t en com m un avec la classe
|>récédente certains environnem ents, m ais qui n 'o n t pas celui-là.
O n appelle classes nominales les catégories caractérisées par l’em ploi de certains
iiuffixes, appelés indices de classe ou classificateurs, entre lesquelles certaines langues
négro-africaines répartissent les nom s selon la nature des êtres ou des choses qu'ils
désignent (hum ain, actant, nom bre, etc.).
O n appelle classe paradigmatique ou distributionnelle le regroupem ent en une m êm e
liasse des m orphèm es lexicaux ou gram m aticaux qui peuvent être substitués les uns
aux autres dans de nom breuses phrases, c'est-à-dire qui possèdent les m êm es propriétés
distributionnelles. Soit la phrase :
Je mange un morceau de —
Les m orphèm es suivants peuvent com m uter à la place indiquée par le tiret : viande,
pain, fromage, etc. Ils appartiennent à la m êm e classe distributionnelle.
O n appelle classe syntagmatique le regroupem ent en une m êm e classe des m orphèm es
ayant les m êm es environnem ents. Ainsi, les m orphèm es presse-citron, pousse-café, tire-
bouchon appartiennent à la m êm e classe parce qu'ils o n t les m êm es environnem ents
iInns le syntagm e nom inal com m e ce—, le —, etc.
•I. En analyse de discours*, on appelle classes d'équivalence les classes fondées sur
l'équivalence ou identité de distribution (Z. S. Harris).
La prem ière opération consiste à rechercher entre les énoncés des term es identiques
(pivots). T o u t ce qui précède et to u t ce qui suit le pivot, dans un énoncé donné, est
S7
classème
mêmes propriétés distributionnelles, séman- isolées, parlées elles aussi en Afrique du Sud :
iic|ues, etc. : on obtient des classes de mor le hottentot et le bochiman. (v. c l a q u e m e n t .)
phèmes.
cliché
!.. On classe les langues en leur assignant une En stylistique, on appelle cliché toute expression
parenté plus ou moins grande fondée sur une qui constituait un écart de style par rapport à
communauté d’origine plus ou moins ancienne la norme et qui s'est trouvée banalisée par
11 des points de ressemblance plus ou moins l’emploi trop fréquent qui en a déjà été fait
nombreux : c'est une classification génétique ou
(l'aurore aux doigts de rose, l'astre des nuits) : c’est
historique qui permet d'établir des familles" de un lieu commun.
Lingues. On les classe aussi selon des listes de
critères linguistiques préétablis (syntaxiques, clitique
morphologiques), sans se préoccuper d’autres On donne parfois le nom de clitiques aux
ressemblances ni d'une possible communauté pronoms atones du français, comme dans II
il'origine : on a alors une classification typolo me l'a dit (te, se, le, etc.).
gique, ou typologie’. clivage
classique En grammaire générative, le clivage est une
1. On qualifie de classique un état de langue opération d'enchâssement d’une relative ou
correspondant à un moment de la culture d’une complétive dans une phrase matrice,
d'une communauté linguistique pris comme accompagné de l'extraction d’un des syntagmes
référence et norme ; les états de langue qui nominaux de cette relative, (v . c u v é .)
précèdent sont appelés préclassiques et ceux qui clivé
suivent postclassiques. Le concept de « clas En grammaire générative, une phrase est clivée
sique » est lié à l'idée finaliste que la langue a quand l’enchâssement d’une phrase (relative
atteint à un moment donné un état d’équilibre ou complétive) dans la matrice s’accompagne
et de perfection, par rapport auquel les états de l’extraction d’un syntagme nominal consti
;intérieurs apparaissent imparfaits et les états tuant de la phrase enchâssée. Ainsi, en français,
postérieurs comme manifestant une décadence. il y a transformation de clivage et phrase clivée
2. On donne le nom de français classique à un quant à partir de J'aime le chocolat on obtient
« état de langue », s’étendant du début du C'est le chocolat que j'aime par extraction de k
XV IIe siècle à la fin du xvilf siècle, considéré chocolat et relativisation par que. (v . p s e u d o -
comme relativement stable et comme s’oppo c l i v a c f .)
X<3
cockney
d’ouverture des fosses nasales. De même, dans les signaux sont transmis. La forme codée n'a
un mot comme abus, l’articulation du [b] subi aucune modification de sens. Cette forme
présente un arrondissement des lèvres qui parvient ensuite au point de destination (des
anticipe progressivement la réalisation du [yj. tinataire ou récepteur-décodeur) au niveau
La réalisation d'un même phonème implique duquel s’effectue l’opération de décodage, au
la combinaison de plusieurs articulations, dont cours de laquelle la forme codée se voit assigner
certaines correspondent à des choix phoné un sens. L’ensemble des processus constituant
tiques (habitudes articulatoires) ou phonolo la transmission du code, du codage au déco
giques, mais dont d’autres sont nécessairement dage, constitue le processus de la communi
entraînées par la présence de certains traits : cation*. Le code étant une forme qui permet
ainsi, l’ouverture vocalique s'accompagne la transmission d’un message, d’une informa
d’une durée plus longue, car le mouvement tion, les signaux émis, nouvelle forme du
des mâchoires se superpose au mouvement des message, doivent pouvoir être compris par le
lèvres. récepteur afin que la communication puisse
s’établir. Le code est donc un système conven
cockney
tionnel explicite. La convention est donnée,
I,e cockney est l’argot" des quartiers populaires
explicitement formulée. La forme codée peut
de Londres.
de ce fait être identifiée par le récepteur.
codage Les langues naturelles, qui sont les systèmes
Syn. de encouacl. de communication par excellence, ont la forme
code d’un système de signes, ou code linguistique,
Un code est un système de signaux (ou de formés de signes* vocaux - ou phonèmes -
signes, ou de symboles) qui, par convention en nombre restreint, combinables, et donc les
préalable, est destiné à représenter et à trans règles de combinaison, conventionnelles et
mettre l’information entre la source (ou émet communes à l'ensemble des utilisateurs du
teur) des signaux et le point de destination (ou code, permettent la formation de signes lin
récepteur). guistiques d’un niveau supérieur, les mor
Un code peut être formé de signaux de phèmes.
différentes natures, soit de sons (code linguis code-mixing
tique), soit de signes écrits (code graphique), Terme anglais correspondant à mélange de
ou de signaux gestuels (mouvements des bras langues.
d’un homme qui tient un drapeau sur un
bateau ou sur une piste d’aérodrome), ou de coder
symboles comme les panneaux de signalisation Une fois qu’on a décidé de la série des concepts
routière, ou encore de signaux mécaniques à communiquer, coder, c’est établir les éléments
comme les messages tapés en morse, etc. physiques capables d’emprunter le canal, et
Les signaux qui forment un code sont en qui correspondent à ces concepts, (v. c o n F ..)
nombre restreint : le nombre même de ces code-switching
signaux est le plus souvent conventionnel et il Terme anglais correspondant à alternance de
ne varie qu’avec l’accord des usagers du code. langues.
Intégré dans le processus de la communi
cation, un code est un système de transforma cognitif
tion de la forme d’un message* en une autre 1. On appelle fonction cognitive, ou fonction réft
forme qui permet la transmission du message. rentielle, du langage la fonction de communi
Par exemple, l’écriture est un code qui permet cation, traduite dans la langue par la phrase
de transformer un message acoustique en assertive servant à informer, à faire connaître
message graphique ; de même, des signaux une pensée à un interlocuteur, (v. d é n o t m i o k .)
morses sont un code permettant de transformer 2. On appelle catégorie cognitive une classe d’ob
un message graphique en un message de forme jets ou d’individus présentant des caractéris
mécanique. L’opération de transformation du tiques communes sur le plan de la représen
message en sa nouvelle forme codée s’appelle tation. Une catégorie est alors désignée par u n
codage ou encodage. L’encodage se fait au niveau concept naturel (ex. : un mammifère). Certain:,
de l'émettcur-encodeur. Une fois codé, le mes représentants sont des représentants plu .
sage peut être transmis par l'intermédiaire du typiques d’une catégorie que d'autres. Ainsi
canal*, qui est le moyen par lequel le code ou un chien est un représentant plus typique de
90
combinaison
l.i classe des mammifères qu'une baleine, tant chêne, frêne, cerisier au moyen de l’affixe aie.
par sa forme que par ses caractéristiques. Ces affixes peuvent avoir une valeur péjorative,
.1. La grammaire cognitive, apparue au milieu des comme -aille dans valetaille. Les noms collectifs
années 80, conçoit les opérations linguistiques peuvent être aussi des noms-racines, comme la
comme des parcours au sein d’un espace foule, le régiment, la troupe, la meute, la horde,
abstrait ; elle se donne pour objectif la simu l'essaim, la forêt, ou des noms de nombre dérivés,
lation des processus mentaux, en mettant en comme dizaine, douzaine.
œuvre une conception mencaliste du langage collocation
qui en fait classiquement un moyen de repré On appelle collocation l’association habituelle
senter la pensée. L’explication des faits linguis d’un morphème lexical avec d’autres au sein
tiques procède de la connaissance des états de l’énoncé, abstraction faite des relations
cérébraux qu’ils reflètent. La grammaire cogni grammaticales existant entre ces morphèmes :
tive rejoint la grammaire universelle du ainsi, les mots construction et construire, bien
X V II' siècle, traitant davantage du langage que
qu'appartenant à deux catégories grammati
des langues ; elle répond aussi aux besoins cales différentes, ont les mêmes collocations,
économiques nouveaux, comme le traitement c’est-à-dire qu'ils se rencontrent avec les mêmes
automatique des langues qui n’intéresse qu’un mots. De même, pain est en collocation avec
petit nombre de langues vivantes. Sur le plan frais, sec, blanc, etc. Les mots sont cooccur-
théorique, la linguistique cognitive, d’abord rents.
dominée par la syntaxe formelle, privilégie la
sémantique et les recherches sur le lexique et coloration
les schémas mentaux, cette sorte de psycho On appelle coloration le phénomène d’assimi
sémantique étant à son tour bouleversée par lation progressive (anticipation) ou régressive
les progrès des neurosciences, par le biais de par lequel une voyelle communique sa couleur*
l’imagerie médicale. aux consonnes contiguës : ainsi, la consonne
vélaire [k] reçoit une coloration palatale dans
cohyponyme les mots qui, cinquième, etc. l.a coloration des
Les cohyponymes d’un terme A sont les unités consonnes par les voyelles avoisinantes est une
lexicales dont le signifié est inclus dans celui tendance caractéristique du français, surtout
de A, qui est dit superordonné’. Soit la série du français populaire et des dialectes, par
chaise, pouf, tabouret, fauteuil, banquette, on dira rapport à d’autres langues comme l’anglais ou
que ces mots (et d’autres) sont cohyponymes l’allemand. La coloration peut aboutir à un
entre eux et hyponymes* de siège. Pour être changement phonologique, dont un des
cohyponymes, les unités, dans la hiérarchie exemples les plus frappants est le phénomène
des inclusions successives, doivent être de de palatalisation qui a marqué fortement le
même niveau (ne doivent pas entretenir des passage du système phonologique latin à celui
rapports d’inclusion). Tulipe, rose, œillet, etc., des langues romanes par l’apparition de nou
sont cohyponymes entre eux et hyponymes veaux phonèmes : [k] + [i] ou [e] -» [tf] en
du superordonné fleur. En revanche, tulipe noire italien et en espagnol, [ts] en ancien français,
ou œillet de Nice sont hyponymes, respective etc. L’évolution de certaines langues, comme
ment tulipe noire de tulipe, œillet de Nice de œillet, celle du vieil irlandais, offre un système complet
mais non cohyponymes. de coloration des consonnes auquel on donne
collectif le nom d’infection*.
On appelle collectif un trait distinctif de la combinaison
catégorie du nombre* indiquant la représenta 1. La combinaison est le processus par lequel
tion d’un groupe d’entités, par ailleurs une unité de la langue entre en relation, sur le
isolables : ainsi, la chênaie désigne « un groupe plan de la parole, avec d’autres unités elles
de chênes ». Le terme chênaie a le trait distinctif aussi réalisées dans l’énoncé.
» collectif », noté [-t-collectif]. Sans définir le terme de combinaison, F. de
On appelle nom collectif un nom désignant Saussure le fait entrer en opposition avec le
une réunion d’entités, par ailleurs isolables, terme de substitution. On peut donc dire à sa
conçue comme une entité spécifique. Les noms suite que l’axe syntagmatique est celui des
collectifs peuvent être dérivés de noms combinaisons, le syntagme étant la combinai
comptables au moyen d’affixes spécifiques, son de plusieurs unités dans l’énoncé ; l’axe
i omme chênaie, frênaie, cerisaie par rapport à paradigmatique est celui des substitutions.
91
combinatoire
Pour f. de Saussure, certaines des combi c’est-à-dire que ses unités et ses règles sont en
naisons constatées dans l'énoncé réalisé sont nombre fini. La méthode combinatoire de la
du domaine de la parole, pour autant que ces linguistique structurale consiste a) en la prise
combinaisons ne répondent pas à des méca en considération des seuls contextes des unités
nismes linguistiques impératifs : « Le propre (analyse du corpus), b) en la recherche des
de la parole, c'est la liberté des combinaisons. » contraintes qui s’exercent sur les unités dans
Si l'on se réfère à la définition de la parole la chaîne parlée.
comme a) « les combinaisons par lesquelles le La théorie de F. de Saussure se fonde sur la
sujet parlant utilise le code de la langue en vue nécessité de définir toute unité de la langue
d’exprimer sa pensée personnelle ; b) le méca selon deux axes : celui des oppositions (axe
nisme psycho-physique qui lui permet d’exté paradigmatique) et celui des combinaisons (axe
rioriser ces combinaisons », on est amené à syntagmatique).
chercher des exemples de combinaisons libres Sur l’axe des combinaisons, les unités entre
relevant de la parole. F. de Saussure donne tiennent des rapports de contraste et non d’op
deux types d’exemple : position. On définira la fonction combinatoire des
a) Les expressions à quoi bon ?, allons donc !, à unités comme leur possibilité de s’associer
force de, pas n'est besoin de..., etc. Il fait alors entre elles pour former des groupes qui per
remarquer que « ces tours ne peuvent être mettent la réalisation d’unités de niveau supé
improvisés et qu’ils sonc fournis par la tradi rieur : combinatoire de phonèmes aboutissant
tion ». On remarquera toutefois qu’il en va de au morphème, combinatoire de morphèmes
même pour toute construction, et que la aboutissant au Iexème ou au syntagme, et cela
distribution de manger (X mange Y) ou de Panl jusqu’au discours.
(Paul -4- fait, mange, voit X ou X voit, écoute, Une analyse combinatoire part d’un corpus
parle à + Paul) n’est pas moins impérative si de matériaux linguistiques et tente de rendre
elle est plus délicate à établir. compte des énoncés par des formules struc
b) Le dérivé indécorable. Ce mot est fabriqué turelles spécifiant les classes acceptables de
selon le principe de la quatrième proportion séquences. Il s’agit, à tous les niveaux, d’arriver
nelle, à partir de décorer, sur le modèle du à une taxinomie, à un classement ordonné. La
rapport pardonner/impardonnable. F. de Saussure distribution des segments est repérée à tous
voit là une combinaison de la langue, non de les niveaux par des procédures de même nature.
la parole. C’est dire que toute néologie relève La combinatoire lexicale emprunte l’essentiel de
du mécanisme de la langue. sa démarche à l’analyse phonologique ; les
2. En phonétique, on appelle combinaison l’agen contraintes qui s'exercent sur les morphèmes
cement par simultanéité ou par contiguïté de lexicaux ne sont pas différentes par nature Ce
deux ou plusieurs articulations. Les phonèmes celles qui pèsent sur les phonèmes. La combi
complexes résultent de la combinaison de deux natoire sémantique est définie, dans la même
articulations simultanées (l’une occlusive et perspective, comme un calcul du sens des
l’autre fricative pour les affriquées comme le énoncés à partir de leur syntaxe, c’est-à-dire
[1)3] de l’anglais Jane, l’une vélaire et l’autre des combinaisons de morphèmes.
labiale pour les labiovélaires comme le [w] du La critique que fait N. Chomsky de la
français oui [wi], etc.). La combinaison de deux linguistique structurale porte, entre autres, sur
phonèmes contigus obéit à des règles combi- la notion de combinatoire ; pour lui, ni le
natoires" qui varient suivant les différentes modèle distributionnel, ni le modèle de gram
langues, et s’accompagne de modifications maire de constituants immédiats n’expliquent
résultant de l’influence réciproque que ces la totalité des phénomènes de production
phonèmes exercent l’un sur l’autre (change d’énoncés. La notion de créativité du langage
ments combinatoires")- (aptitude de tout locuteur à comprendre ou
3. Bn psycholinguistique, on appelle combinai produire un nombre indéfini d’énoncés jamais
son l’association, dans la séquence « îtem-sti- encore formulés) accroît la difficulté de rendre
mulus et réponse », de mots déjà rencontrés compte de l’ensemble des faits par l’analyse
dans une suite réelle de la langue, dans une combinatoire.
phrase. 2. En phonétique, un changement combinatoiie
combinatoire est la modification phonétique que subit un
I. /.'analyse combinatoire repose sur le postulat phonème au contact d’un phonème voisin et
qu'une grammaire est un mécanisme fini, qui résulte en général de la tendance à l’assi
92
communauté
milation*. Ainsi la plupart des consonnes modi b) En grammaire descriptive, commun caracté
fient leur point d'articulation et leur timbre rise l’ensemble des formes admises par des
iclon la nature des voyelles qui les entourent : populations de langues ou dialectes apparentés
la consonne [k] est plus ou moins vélaire et pour communiquer entre eux : ainsi, le grec
plus ou moins aiguë suivant qu'elle se trouve commun ou koinè des ivMii' siècles av. J.-C.
devant une voyelle palatale (aiguë), comme [i], c) De plus, les planificateurs linguistiques ont
i m devant une voyelle vélaire (grave), comme établi des langues d’union, comme l’ibo
|u). Le phonème français /k / présente ainsi commun, où les différences dialectales sont
deux variantes’ combinatoires, dont l'une, pala éliminées, afin de constituer une langue de
talisée, apparaît par exemple dans le mot qui, large intercommunication.
ci l’autre, dans le mot cou. d) En sociolinguistique, commun se dit de la
Les changements combinatoires que langue courante, parlée habituellement, par
Mibissent les consonnes au contact des voyelles opposition aux langues techniques et scienti
idèvent principalement de quatre phéno fiques.
mènes : la palatalisation, la vélarisation, la 2. En grammaire traditionnelle, on appelle noms
labialisation, la labiovélarisation. (v. aussi communs (par opposition à noms propres) les
VARIANTE.) noms qui s’appliquent à un être ou à un objet
appartenant à toute une catégorie, à toute une
Comitatif espèce : homme, livre, enfant sont des noms
l.e comitatif est le cas* exprimant l'accompa
communs. Les noms propres (au singulier)
gnement (ex. : Il est vaut avec ses parents ou
réfèrent à une personne, un être vivant ou un
sans ses enfants), réalisé en français par un
objet unique (Robert, Médor, la Lune).
syntagme prépositionnel. Le com itatif se
confond parfois avec l'instrumental, avec lequel communauté
Il a en commun certains moyens morpholo 1. On appelle communauté linguistique un groupe
giques (par exemple, la préposition avec). d’êtres humains utilisant la même langue ou
le même dialecte à un moment donné et
commentaire pouvant communiquer entre eux. Quand une
l.e commentaire est la partie de l'énoncé qui nation est monolingue, elle constitue une
ajoute quelque chose de nouveau au thème, communauté linguistique. Mais une commu
qui en « dit quelque chose », qui informe sur nauté linguistique n’est pas homogène ; elle se
lui, par opposition au topique*, qui est le sujet compose toujours d’un grand nombre de
du discours, l'élément qui est donné par la groupes ayant des comportements linguistiques
situation, par la question de l'interlocuteur, différents ; la forme de langue que les membres
qui est l'objet du discours, etc. Ainsi, dans de ces groupes utilisent tend à reproduire d'une
l'ierre est venu hier, Pierre est le topique et est manière ou d’une autre, dans la phonétique,
venu hier est le commentaire, qui, dans les la syntaxe ou le lexique, les différences de
langues indo-européennes, s’identifie au pré génération, d'origine ou de résidence, de pro
dicat*. fession ou de formation (différences sociocul
commination turelles). Une communauté linguistique n'est
On appelle commination la figure de rhétorique donc jamais entièrement homogène. Elle se
qui consiste à intimider son adversaire, à le subdivise en de nombreuses autres commu
menacer. nautés linguistiques. Tout individu appartenant
à la communauté peut évidemment appartenir
commun en même temps à plusieurs groupements lin
I. L'adjectif commun prend des sens différents guistiques.
•iiilon qu’il est utilisé en grammaire historique Ainsi, on peut dire que les habitants d'une
nu en grammaire descriptive. vallée qui utilisent un certain idiome apparte
a) En grammaire historique, commun qualifie nant à une langue déterminée forment une
un état, généralement non attesté, qui serait communauté linguistique ; de même une
i (.‘lui d’une langue donnée (parfois non attestée nation tout entière, de même, d’une certaine
clic même) avant sa différenciation en langues manière, Québécois et Français de France, ou
nu dialectes différents. Ainsi, on postule pour simplement les membres d’une profession uti
les différentes langues slaves, germaniques, un lisant un argot* ou un vocabulaire technique ;
ilfive commun (protoslave), un germanique de même, enfin, un groupe donné, par exemple
commun (protogermanique). des lycéens ou des soldats à un moment donné
communication
co m m u n icatio n
1. La communication est l’échange verbal entre un sujet parlant, qui produit un énoncé
destiné à u n autre sujet parlant, et un interlocuteur d o n t 11 sollicite l’écoute et/ou une
réponse explicite ou implicite (selon le type d ’énoncé). La com m unication est
intersubjective. Sur le plan psycholinguistique, c’est le processus au cours duquel la
signification q u ’u n locuteur associe aux sons est la m êm e que celle que l’auditeur
associe à ces m êm es sons.
Les participants à la communication, ou acteurs de la com m unication, so n t les
« personnes » : l'ego, ou sujet parlant qui p roduit l’énoncé, l’interlocuteur ou
allocutaire, enfin ce d o n t on parle, les êtres ou objets du m onde.
La situation de communication est définie par les participants à la com m unication,
d o n t le rôle est déterm iné par je (ego), centre de l’énonciation, ainsi que par les
dim ensions spatio-tem porelles de l'énoncé ou contexte situationnel : relations
tem porelles entre le m om ent de l’énonciation et le m o m en t de l’énoncé (les aspects
et les temps), relations spatiales entre le sujet et les objets de l’énoncé, présents ou
absents, proches ou éloignés, relations sociales entre les participants à la com m unication
ainsi q u ’entre eux-mêmes et l’objet de l’énoncé (les types de discours, les facteurs
historiques, sociologiques, etc.). Ces embrayeurs de la communication sont symbolisés
par la form ule « je, ici, m aintenant ».
Le statut de la communication est défini par la distance sociale, ou intersubjective,
instituée par je avec ses interlocuteurs (ainsi la différence entre tu et vous traduit une
intim ité ou une relation sociale différente), et par la m anière d o n t je envisage son
énoncé. Ainsi, l’énoncé peut être plus ou m oins pris en considération, assum é par le
locuteur : cela se traduit par les m odes et les aspects du verbe, et par des adverbes
com m e peut-être, sans doute, c'est-à-dire par ce q u ’on appelle les modalisations*.
2. Au sens que lui d o n n en t les ingénieurs des télécom m unications, la communication
est le fait q u ’une inform ation est transm ise d 'u n point à un autre (lieu ou personne).
Le transfert de cette inform ation est fait au m oyen d ’un message qui a reçu une
communication
certaine form e, qui a été codé. La prem ière condition, en effet, pour que la
com m unication puisse s'établir, est le codage de l'inform ation, c’est-à-dire la trans
form ation du message sensible et concret en un systèm e de signes, ou code, d o n t la
caractéristique essentielle est d ’être une convention préétablie, systém atique et
catégorique.
Q uand la com m unication s’établit, nous disons que les parties com posantes de
cette transm ission form ent un systèm e de com m unication. Le schém a de la com m u
nication suppose la transm ission d ’u n m essage’ entre un ém etteur et un récepteur
possédant en com m un, au m oins partiellem ent, le code nécessaire à la transcription
du message. U n systèm e com porte les élém ents suivants :
1) Le code, qui com prend des signaux spécifiques et u n ensem ble de règles de
com binaisons propres à ce systèm e de signaux ; dans les langues naturelles, le code
est constitué par les phonèm es, les m orphèm es et les règles de com binaison de ces
élém ents entre eux (par opposition à la parole, constituée par les énoncés réalisés,
ou messages) ;
2) Le canal, support physique de la transm ission du message, m oyen par lequel le
code ou les signaux so n t transm is : c’est l’air pour le cas de la com m unication verbale,
mais le canal peut avoir des form es très diverses : bandes de fréquence radio, lumières,
systèmes m écaniques ou électroniques divers, etc. ;
3) L 'ém etteur, qui est à la fois la source du message, l’ém etteur p roprem ent dit,
co m portant les m écanism es du codage et l'appareil ém etteur lui-même. O n d it de
l'ém etteur q u ’il est u n encodeur, c’est-à-dire qu 'il sélectionne à l'intérieur du code un
certain nom bre de signaux perm ettan t de transm ettre le message ;
4) Le récepteur-décodeur. C 'est à la fois l'appareil qui reçoit le message (oreille ou
récepteur-radio) et le destinataire proprem ent dit du message (cerveau hum ain pour
le langage parlé, auditeur pour la radio, etc.). Le processus du décodage se fait au
niveau du récepteur-destinataire par la « recherche en m ém oire » des élém ents
sélectionnés par l’ém etteur et constituant le message ;
5) Le recodage, ou réencodage, opération par laquelle le message codé, puis décodé,
reçoit une nouvelle forme. Par exemple, on dicte un télégram m e (form e acoustique),
qui est transcrit sur une feuille de papier (form e graphique), puis tapé en m orse
(form e m écanique) et finalem ent transm is sous form e d'im pulsions électriques.
11 est possible de figurer graphiquem ent quelques schém as de com m unication.
a) Schéma physique qui peut traduire ce qui se passe dans un matériel téléphonique :
S t T R D Dv
Source destinataire
BRUIT
S = sélecteur R = récepteur
E = encodeur D = décodeur
T = transm etteur Dv = développeur
communication
CONTEXTE
DESTINATEUR------------------------------------------ MESSAGE ------------------------------------------- DESTINATAIRE
CONTACT
CODE
Audition Phonation
V____ __ S
Phonation Audition
commutation
97
commutativité
98
compensatoire
99
compétence
anglaise appartiennent au même type acous certains, une règle universelle, un des univer
tique. saux du langage, mais le fait que la transfor
En phonologie diachronique, on appelle mation se fasse par un pronom réfléchi (comme
phénomène compensatoire un changement qui a en français) ou par la forme moyenne du verbe
pour effet de pallier les risques de confusion (comme partiellement en grec) appartient à la
entraînés par un autre changement antérieur grammaire de chaque langue et relève de la
ou simultané. Ainsi, dans le dialecte piémon- compétence particulière.
tais, la disparition des voyelles finales autres La compétence est donc le résultat d'une
que a a pour conséquence une augmentation abstraction et d’une idéalisation des données
du nombre des homonymes dans la langue : linguistiques directement accessibles à l’obser
mais, par ailleurs, l’apparition d'une série voca vation qui, elles, appartiennent au domaine de
lique labiopalatale [y], [0 ]. [ce] supplémentaire la performance : ü s’agit des actes de parole
réduit la proportion d’homonymes et permet individuels, des textes, discours, etc., qui non
le maintien d’un équilibre, seulement représentent l’actualisation du sys
compétence tème de la compétence, mais sont également
La compétence est le système de règles intériorisé tributaires de nombreux paramètres liés à la
par les sujets parlants et constituant leur savoir situation et aux dispositions psychologiques
linguistique, grâce auquel ils sont capables de des sujets (mémoire, attention, émotivité, etc.)
prononcer ou de comprendre un nombre infini Ainsi, ce n’est que lorsqu’on dispose d’hypo
de phrases inédites. La compétence d’un sujet thèses suffisantes sur le système, c’est-à-dire la
parlant français explique la possibilité qu'il a grammaire, que l'on peut se préoccuper de
de construire, de reconnaître et de comprendre savoir comment les locuteurs l’utilisent dans
les phrases grammaticales, de déceler et d’in des situations concrètes ; c’est pourquoi l’étude
terpréter les phrases ambiguës, de produire des de la compétence précède logiquement celle
phrases nouvelles. Cette intériorisation de la de la performance,
grammaire rend compte aussi de l'intuition* complément
du sujet parlant, c’est-à-dire de la possibilité On désigne sous le nom de complément un
qu’a ce dernier de porter un jugement de ensemble de fonctions assurées dans la phrase
grammaticalité sur les énoncés présentés, de par des syntagmes nominaux (ou des propo
décider si une suite quelconque appartient ou sitions qui peuvent se substituer à eux) ; ces
non à la langue, de repérer les paraphrases. derniers peuvent être objets, directs ou indi
Une des tâches de la linguistique est de définir rects, constituants de syntagmes verbaux ou
cette compétence, commune aux locuteurs qui de phrases ou circonstants, constituants de
appartiennent à la même communauté linguis syntagmes verbaux ou de phrases ; ils
tique. La compétence, concept de la grammaire complètent le sens des syntagmes constituants
générative, correspond en partie à la « langue », de la phrase. Selon la nature de la relation
concept de la linguistique saussurienne. La sémantique entre le verbe et le complément,
compétence s’oppose à la performance’, définie et selon que ce dernier est introduit par une
par i’ensemble des contraintes qui s’exercent préposition ou non, on parlera de complément
sur la compétence pour en limiter l’usage : la de relation (le mot complété renferme l'idée
performance, qui correspond partiellement à d’une relation et le complément est l’objet de
la « parole » saussurienne, rend compte des cette relation : Le constructeur de l'immeuble) et
utilisations diverses de la langue dans les actes de complément de détermination (le complément
de parole. précise le complété : Le. chapeau de Pierre) ; de
On a distingué une compétence universelle, complément d'objet direct (Pierre lit un livre), di
formée de règles innées qui sous-tendent les complément d'objet indirect (Pierre obéit à ses
grammaires de toutes les langues, et une parents), de complément circonstanciel (Pierre est <1
compétence particulière, formée des règles spéci la maison). Dans une phrase comme Piertï
fiques d’une langue, apprises grâce à l'environ affirme qu'il viendra demain, la fonction de l.i
nement linguistique. Par exemple, si dans une proposition qu'il viendra demain est celle d’un
structure du type SN+V + SN les deux syn syntagme nominal complément de affinité
tagmes nominaux sont identiques, s’ils sont Cette notion de complément, qui joue un rôle
coréférents (comme dans Pierre lave Pierre), il y important dans la tradition grammaticale fran
a alors une transformation réflexive (Pierre se çaise, est apparue vers 1750 chez Dumars.n
lave). L't transformation réflexive serait, d’après et Beauzée pour remplacer celle de « régime
100
complétivisation
co m p o n en tielle (analyse)
L’analyse componentielle est une procédure visant à établir la configuration des unités
m inim ales de signification (com posants sém antiques, traits sém antiques, ou sèmes) à
l’intérieur de l’unité lexicale (m orphèm e lexical ou m ot).
L’analyse com ponentielle est née de la constatation faite par les anthropologues
am éricains de l’inadéquation des concepts, formés dans les civilisations indo-
européennes, pour la description des cultures am érindiennes. Des procédures se sont
peu à peu élaborées, soucieuses beaucoup plus de champs* conceptuels que de
cham ps linguistiques ; c’est-à-dire que les enquêteurs cherchent à obtenir, à travers
des énoncés de la langue, des renseignem ents de nature, non pas linguistique, mais
socioculturelle (par exemple, quels sont les concepts ren d an t com pte des liens
familiaux dans telle civilisation). Les préoccupations d ’ordre linguistique apparaissent
toutefois avec les besoins de la traduction (en particulier, traduction de la Bible dans
diverses civilisations au substrat économico-culturel aussi éloigné de celui du Proche-
O rient antique que de celui des civilisations gréco-latines dans lesquelles s’est opérée
la prem ière diffusion des textes bibliques). D ès lors, sur la constatation linguistique
de l'im possibilité d'u n e correspondance term e à term e entre langues, le recours à
l’analyse com ponentielle s’est effectué dans une optique linguistique : quelle est la
structure sém ique capable de rendre com pte des unités A, B, C de telle langue ? La
structure sém ique des unités X, Y, Z de telle autre langue permet-elle d ’établir un
réseau de correspondances ?
1. O n présente ici les procédures initiales de E. A. Nida. La m éthode proposée est
com parative. Les distinctions sém antiques obtenues sont présentées en diagramme.
Ensuite, une fois délim ités les com posants pertinents (sèmes) dans une culture
donnée, on peut procéder à l’analyse com ponentielle de term es individuels. U fait
dra décrire l’unité en term e de contexte linguistique et de contexte culturel.
Le principe de base est q u ’une description lexicale par oui ou par non est fallacieuse
le descripteur est confronté non à un problèm e de « vrai ou faux », mais « à celui
du degré de vérité et de fausseté ». Les procédures devront rendre com pte de cetl<
exigence.
a) O n procède d ’abord au repérage du cham p sém antique. Ainsi, travaillant sur It
m ot sorcier dans différentes langues primitives, le descripteur classe en liste verticale
tous les nom s du sorcier dans les langues considérées ; en horizontale, toutes les
fonctions du sorcier, quel que soit le m ot em ployé. Les inform ateurs devront indique i
quel m ot de la liste verticale correspond aux diverses fonctions de la liste horizontale
componentielle
(par ex. : le X soigne le bétail, le Y jette les sorts, etc.). Cette procédure perm et un
listage plus cohérent et plus com plet des données.
b) Ensuite vient le repérage par le diagram m e du cham p. Un term e unique peut
revêtir des sens très différents, mais il y a des relations clairem ent reconnues, reflétant
généralem ent des faits culturels. Ici encore le contact de langues p eu t être m is à
profit : la racine kbd de l’hébreu se traduit en français par « lourd, beaucoup, lent,
abondant, pénible, difficile, oppressant, indolent, passif, richesse, respect, honneur,
|,’,rand ». O n aboutit à quatre types de gloses :
- quantité (sans valeur de jugem ent) : lourd, beaucoup ;
- inertie sans valeur de jugem ent : lent ;
inertie avec jugem ent péjoratif : indolent, passif ;
- valeurs culturellem ent reconnues : richesse, respect, honneur, grand ; abondance
(com m e valeur négative) : pénible, difficile, etc.
O n peut construire le diagram m e :
1
4- 1 lent
honneur i
beaucoup
1
oppressant
grand indolent
\passif
c) Le stade ultim e de la procédure est l’analyse com ponentielle de term es individuels.
Par exemple, le term e jwok en anuak (Soudan). À partir du corpus d ’em ploi du term e
jwok tel q u ’il a été recueilli auprès d ’inform ateurs, on ab o u tit à un tableau de la
forme suivante :
Composants 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouvoir extraordinaire............................ + + + + + + + +
Personnalité humaine............................. + + ± ±
Personnalité non humaine.................... + +
Crainte..................................................... ± + + + ± ± ± + + ±
Respect.................................................... + ± + + + + + ± +
Séquences inhabituelles de causalité.... + + + +
Objets...................................................... + + +
Processus ................................................. + + + +
103
componentielle
405
composition
106
concordance
Quand le verbe de la subordonnée est au etc., sont des noms concrets, ils ont le trait
subjonctif, le système fonctionne de la même [+ concret], alors que courage, pensée, jalousie,
manière ; en principe, le présent du subjonctif etc., sont des noms non concrets ou abstraits.
joue le rôle du présent et du futur, l’imparfait Ils ont le trait [ - concret]. Ces deux classes
du subjonctif celui de l’imparfait de l’indicatif, de noms se caractérisent par des syntaxes
le passé du subjonctif, les rôles du passé composé différentes ; certains verbes impliquent un sujet
et du futur antérieur, le plus-que-parfait ceux du concret, mais excluent un sujet abstrait, dans
passé antérieur, du plus-que-parfait de l'indicatif, certains de leurs sens. Ainsi, courir, marcher,
du futur antérieur du passé, du conditionnel aboyer, germer impliquent des noms concrets
passé. En réalité, la langue commune a tendance (animés et non-animés) ; leur emploi éventuel
à substituer à ce système à quatre temps un avec des noms abstraits correspond à des sens
système à deux temps (présent - futur exprimant figurés.
la simultanéité ou l’action postérieure ; passé
exprimant l'action antérieure). On a ainsi, en condition
langue soutenue : On appelle subordonnée ou proposition de condition
ou subordonnée conditionnelle une subordonnée
Je veux qu'il vienne (action de venir exprimant à quelles conditions est effectuée
postérieure à je veux), je doute qu'il vienne
l’action du verbe principal (Si tu veux, je viendrai
(action de venir postérieure ou simultanée Qu'ils me détestent, pourvu qu'ils me craignent)
par rapport à je doute). Je voulais qu'il vînt
cette proposition peut être une infinitive (Viens
(action de venir postérieure à je voulais).
à condition d'être muet) ou une participiale (F.n
Je doutais qu'il vînt (action de venir
procédant ainsi, tu réussiras).
postérieure ou simultanée à je doutais).
Mais, en langue commune : conditionné
On dit d’une forme linguistique (phonème,
Je veux, je doute, je voulais, je doutais qu'il
morphème, syntagme) qu’elle est conditionnée
vienne.
quand elle apparaît dans un environnement
Ce qu’on appelle les règles de concordance n’a toutes les fois que certaines conditions précises
pas une application universelle. F. Brunot a apparaissent. La forme conditionnée est cooc
même écrit : « Ce n’est pas le temps principal currente des conditions elles-mêmes. Ainsi, en
qui amène le temps de la subordonnée, c’est anglais, l’affixe du pluriel des noms a trois
le sens. Le chapitre de la concordance des formes /-z/, /-s/, /-ijJ. Ces allomorphes du
temps se résume en une ligne : il n’y en a même morphème /Z / sont conditionnés phono-
pas. » C’est ainsi qu’on dira : Certains ne logiqtiement en ce sens qu'après les radicaux
croyaient pas que la terre soit ronde (vérité générale terminés p ar/b d g v 8 m n tj r 1 a j w h /o n
indépendante). Sans aller aussi loin a /-z/, après les racines terminées par /p t k f
que E. Brunot, on peut considérer que la O / on a /-s/ et après les racines terminées par
concordance est un simple ajustement stylis /s z J' 3 c z / on a /-iz/. Le pluriel de ox est oxen
tique. [aksin] :/-in/est un allomorphe du pluriel qui
II. concordance n’est utilisé qu’avec ox/aks/: il est conditionne
En lexicographie, une concordance est un index morphologiquement.
de mots présentés avec leur contexte. Une fois conditionnel
réalisée, l’indexation des mots d’un texte, d’un 1 . On appelle conditionnelle mode* de la phrase
auteur, d'une époque fournit des renseigne que le locuteur ne prend que partiellement à
ments sur les références des mots et éventuel son compte ou qu’il n’assume pas ou qui seri
lement sur leur fréquence ; on offre à l’utili à présenter l’action comme une éventualité,
sateur la possibilité d’étudier parallèlement les comme soumise à une condition : Paul viendrait
divers emplois du même vocable. il ? Il pleuvrait demain que cela ne m'étonnerait
concret pas. Pourriez-vous venir demain ?
On appelle noms concrets une catégorie de noms 2. On donne le nom de conditionnel à un
qui réfèrent à des objets du monde physique ensemble de formes verbales qui, en franç.nr.,
(ou de ce qui est considéré comme tel), par sont formées de la combinaison du futur et
opposition aux noms abstraits, qui dénotent des du passé (on dit aussi « forme en -rais », pai
entités appartenant à l’ensemble idéologique : opposition à la « forme en -ra » [futur] et n la
ainsi, les noms rocher, chaise, Jean, bière, dieu, « forme en ais » Ipassé]), et qui traduisent li
conjonction
Imtir dans les complétives d’une phrase au implique que certains des traits distinctifs sont
(Musc : Je pensais qu'il viendrait correspond à la liés de manière indissociable. Par exemple, fille
phrase au « présent » Je pense qu'il viendra. est représentée par l’agglomérat [ - i- humain],
• onditionnement [ - mâle], etc., tandis que dans géant les
Un psycholinguistique, le conditionnement est un deux traits [+ humain] et [grand] sont indis
mécanisme physiologique d’association entre sociables.
une stimulation (des stimuli) et un processus confirmation
ll'excitation interne ou externe qui la suit En rhétorique, la confirmation est la partie du
Immédiatement, ou du moins de très près, et discours dans laquelle on apporte la preuve de
i rla à plusieurs reprises. En ce cas, l’association sa thèse (confirmation directe) ou la réfutation
ninsi réalisée transfère l’efficacité à la stimula des objections (confirmation indirecte).
tion initiale qui déclenche alors les réactions
i|ui dépendaient initialement de l’excitation ;
conflit linguistique
Terme par lequel beaucoup de sociolinguistes,
ninsi, la vue de la nourriture déclenche le
à la suite d’auteurs catalans ou occitans, carac
processus salivaire chez le chien ; si cette vue
térisent la diglossie non comme un ensemble
00 nourriture est précédée d’un son de cloche,
harmonieux ou stable (comme on l’envisageait
#t cela à plusieurs reprises, le processus salivaire
dans la définition canonique de Ferguson),
|»>urra être déclenché par le seul son de la
mais comme un conflit potentiel (« latent »
cloche ; il y a eu donc transfert d’efficacité. Le
donc) ou comme un conflit manifeste.
(onditionnement opérant est une technique expé
rimentale proposée par le psychologue béha- conglobadon
Vlouriste B. F. Skinner, par opposition au En rhétorique, la conglobation consiste à accu
Ifntlitioimement pavlovien. Dans ce dernier cas, muler les arguments en faveur de sa thèse, les
I f sujet passif subit la situation expérimentale figures de style en vue de frapper l’imagination.
ttlmulus-réponse ; dans le cas de Skinner, le congloméré
ILijct est libre d’agir, mais sa réponse est suivie
Dans la terminologie de É. Benveniste, le
ll'un! renforcement établissant ainsi le circuit congloméré est une unité nouvelle formée d’un
Itlinulus-réponse. Ce conditionnement a été syntagme comportant plus de deux éléments,
■tendu au langage, (v. m é d i a t i o n . )
comme va-nu-pieds, meurt-de-faim, (v s y n a p s e , syn
1onduit t h è m e .)
même dénomination deux types de mots qui ainsi définies par les différences entre les
jouent le rôle de connecteurs ou d'articulations désinences verbales ; la grammaire tradition
logiques du discours. nelle établit que le français a trois conjugaison;,
Les conjonctions de coordination joignent des et que le latin en a quatre. C’est ainsi qu’on
mots, des groupes de mots, des propositions parle en français de la l rc conjugaison (ou
ou des phrases : les principales sont mais, ou, modèle de variation des verbes dont l'infinitif
donc, et, or, ni, car. On comprend aussi dans est terminé par -er), de la 2' conjugaison (ou
cette classe toute une série de mots ou de modèle de conjugaison des verbes dont l’infi
locutions classés plutôt par d’autres grammai nitif est terminé par -ir et le participe présent
riens comme adverbes et exprimant eux aussi par issant), de la 3' conjugaison (ou ensembli
l'opposition, l’alternative, la conséquence, la des verbes qui ne sont ni de la 1" ni de la
liaison, la transition ou la cause [cependant, 2e conjugaison). Cette classification repose
néanmoins, en effet, par conséquent, etc.). essentiellement sur les désinences et la relation
Les conjonctions de subordination relient une infiniti&inodes personnels. On a pu en proposeï
proposition subordonnée à celle dont elle d’autres reposant sur la variation du radical
dépend et expriment des rapports de cause (verbes sans variation de radical comme chantc,
(comme, parce que, puisque, etc.), de but (afin à une variation comme finir [fin-/finiss-]. ou
que, pour que, de peur que), de conséquence (que, mentir [men-Zment-], etc.) qui ne recoupent pa»
de sorte que, de façon que), de concession ou la classification usuelle.
d’opposition (bien que, quoique, encore que), de Les systèmes de conjugaison sont extrême
condition ou de supposition (si, au cas où, ment divers selon les langues, les catégorie',
supposé que, à condition que), de temps (quand, grammaticales pertinentes pouvant varier d’unr
lorsque, avant que), de comparaison (comme, de langue à l’autre. Par exemple, le hongrol»
même que, ainsi que, autant que, comme si). A distingue une conjugaison subjective, employer
quelques exceptions près (donc, en effet, pourtant, en cas d ’objet indéterminé ou d’absenct
cependant et quelquefois aussi), les conjonctions d’objet, et une conjugaison objective en c.m
se placent avant les mots, groupes de mots ou d'objet déterminé : adok (je donne), adûlll
propositions qu'ils relient à d’autres mots (je donne quelque chose). Enfin, certaincu
ou d’autres groupes de propositions. langues ne possèdent pas de conjugaison, le
{v. CONNECTEUR.) verbe ne subissant aucune variation morpho
logique.
IL conjonction
La conjonction est une opération syntaxique
connecteur
consistant à réunir deux phrases afin de pro 1. Le connecteur est un opérateur susceptible dt
duire un énoncé unique. Par exemple, soient faire de deux phrases de base une seule phram
les deux phrases : Pierre lit le journal, Paul lit le Ainsi, le morphème si est un connecteur dam
journal, l’opération de conjonction par et consis la transformation :
tera à les réunir : Pierre lit le journal et Paul lit Jean vient, je suis heureuse —►Je suis heureux
le journal, puis par l'effacement des éléments si Jean vient.
identiques, un déplacement du deuxième syn 2. Le verbe copule être est parfois qualifié iltl
tagme nominal sujet et un ajustement des connecteur.
marques de nombre : Pierre et Paul lisent le
journal. connexion
Chez L. Tesnière, la connexion est la relatiuli
conjugaison qui existe entre deux mots d'une même phi.u.i,
On désigne sous le nom de conjugaison l'en L'ensemble des connexions constitue la simi/i
semble des formes pourvues d ’affixes ou ture de la phrase : de ce fait, une phi'aid
accompagnées d'un auxiliaire que présente un comme Jacques crie n’est pas constituée de (Irlll
verbe pour exprimer les catégories du temps, éléments (Jacques et crie), mais de trois : Ja, ,/wH|
du mode, de l’aspect, du nombre, de la per crie et la connexion qui relie Jacques et <rit, (<l
sonne, etc. La conjugaison est un système, ou sans laquelle il n’y aurait pas de phrase, l !lwii|iii|
paradigme, de formes verbales, tandis que la connexion met en relation un terme supeiieiii
déclinaison* est un paradigme de formes nomi (régissant) et un terme inférieur (régi ou 'ml mi-
nales, pronominales ou adjectivales. Le nombre donné). Le verbe se trouve ainsi au sominM
de conjugaisons varie selon les classes de verbes de la hiérarchie des connexions.
connotation
connivence
La connivence est un concept utilisé pour analyser partient pas à ce groupe ; c’est ainsi que le
les phénomènes d'énonciation* : il est opposé mot séparatiste, par lequel le général de Gaulle
A la simulation" et au masquage’. Il y a désignait les communistes, a pu être employé
connivence lorsqu'un locuteur utilise intention par eux ironiquement devant des locuteurs qui
nellement une forme de langue qui le ferait savaient que ce mot n’appartenait pas à leur
classer comme appartenant à un groupe autre vocabulaire et qui n’acceptaient pas la propo
que le sien si le locuteur lui-même et surtout sition impliquée par le général de Gaulle : « Les
les destinataires ignoraient que lui-même n’ap communistes sont séparés de la nation. »
co nn o tatio n
l'o p p o sitio n entre connotation et dénotation est reprise à la logique scolastique, où elle
servait à désigner la définition en extension (dénotation) et la définition en
com préhension (connotation). Ainsi, le concept de chaise a pour com préhension
l'ensem ble de ses caractères constitutifs, ce qui constitue une chaise (une chaise est
un siège ; elle a un dossier ; elle a des pieds, etc.) ; toute m ention du concept de
ckaise connote ces divers élém ents ; ce m êm e concept a pour extension l’ensemble
îles m eubles possédant ces caractéristiques (ceci est une chaise ; voilà une chaise ;
|'ai acheté deux chaises, etc.) ; toute application du concept de chaise dénote u n ou
plusieurs élém ents de cet ensemble.
L'application de ce concept à la linguistique a entraîné des m odifications de sa
définition. En linguistique, la connotation désigne un ensem ble de significations secondes
provoquées par l'utilisation d 'u n m atériau linguistique particulier et qui viennent
s'ajouter au sens conceptuel ou cognitif, fondam ental et stable, objet du consensus
de la com m unauté linguistique, qui constitue la dénotation. Ainsi, cheval, destrier,
canasson o n t la m êm e dénotation (désignent le m êm e animal), mais ils diffèrent par
leurs connotations : à côté de cheval, qui est neutre, on dira que destrier connote une
langue poétique, canasson une langue familière. Ainsi, rouge dénote une couleur précise,
définissable en term es de longueurs d’onde, pour la com m unauté française. La
i onnotation est alors ce que la signification de rouge a de particulier à u n individu
ou à u n groupe donné à l’intérieur de la com m unauté ; par exemple, la connotation
politique de rouge ne sera pas identique pour toute collectivité francophone. Une telle
définition de la connotation ne va pas sans poser problèm e : si l’association de rouge
Ct de danger est une connotation (pour au tan t q u ’elle ne participe pas à la dénotation
du terme), o n rem arquera cependant que cette valeur est reconnue par to u t locuteur
français. Les connotations peuvent être liées à l’expérience de la com m unauté
| linguistique to u t entière (com m e dans le cas précédent) ou bien à celle d ’u n groupe
particulier (par ex. les m ots agriculteur et paysan ne sont pas ressentis p arto u t de la
même m anière), ou bien à celle d’u n individu ; c’est pourquoi on parle aussi de sens
[ «llectif ou ém otif, de contenu ém otionnel. Ainsi, le réseau des connotations d ’un
[texte ou d ’u n discours peut perm ettre de donner des indications aussi bien sur
l'origine géographique ou sociale de son auteur que sur son attitude volontaire ou
Inconsciente à l’égard de son destinataire. Il faut noter que les m ots ne constituent
fins à eux seuls le m atériau linguistique susceptible d ’entraîner des connotations ; il
Brut s’agir d 'u n e prononciation particulière, de la construction des phrases ou de
l'organisation du discours ; autrem ent dit, les unités de con n o tatio n ne coïncident
nécessairem ent avec les unités de dénotation.
[ Pour L. Bloomfield, il y a trois types de connotation, m anifestés par a) les niveaux
Ile langue, h) les tabous linguistiques et c) le degré d ’intensité des form es linguistiques.
conscience linguistique constellation
C ’est dire que l'étude de la connotation est du ressort de la sociolinguistique. Poui ll'ubstruction du con d u it vocal, on distingue les occlusives, caractérisées par une
L. Hjelmslev. l’étude de la connotation échappe à la linguistique : les connotations li'iincture totale ; les fricatives (ou constrictives), p o u r lesquelles le conduit vocal est
apparaissent com m e u n contenu, qui a pour plan de l’expression l'ensem ble du I Bfnplem ent resserré ; les affriquées, qui com binent une occlusion et une frication ; les
langage de dénotation. Ainsi, alors que le fo n ctionnem ent dénotatif de la langue est mirantes, p o u r lesquelles l'écoulem ent de l’air est interrom pu par de brèves occlusions
proprem ent linguistique (dans le cadre de la théorie saussurienne du signe), le jeu mu lessives ; les latérales, qui co m p o rten t u n écoulem ent de part e t d ’au tre d ’une
des connotations est supérieur au niveau de la langue : l’analyse ne p eu t relever pour Occlusion centrale ; les glides (semi-consonnes ou semi-voyelles), pour lesquelles le
lui que de la sém iotique, science générale des signes et n o n plus celle des seuls signes t< induit vocal est à peine plus resserré que pour les voyelles. T outes les consonnes
linguistiques. |n iiir lesquelles l’écoulem ent de l’air est interrom pu (occlusives, affriquées, vibrantes)
mmt dites « m om entanées «.T outes les autres so n t dites « sonantes » ( ou« continues »,
nu « duratives »).
conscience linguistique beau, s'il fait beau est conséquent par rapport
Le p o in t d ’articulation, ou obstacle, p eu t se situer dans le pharynx ou dans le
La linguistique saussurienne donne le nom de à Je sortirai.
2. On appelle conséquent tout terme gramma l.irynx p o u r les consonnes dites « glottalisées », qui peuvent être occlusives ou
conscience linguistique à la connaissance intuitive
que le locuteur a des règles et des valeurs tical, appartenant à la classe des relatifs ou des Iflcatives. L’occlusion est double p o u r les clics ou consonnes claquantes, qui com portent
linguistiques : c’est la faculté de langage., proche conjonctions, qui introduit une proposition deux occlusions, d o n t l'une obligatoirem ent vélaire. Les autres types de consonnes
de l’intuition du locuteur natif. relative ou conjonctive annoncée dans la prin le différencient su rto u t p ar la n atu re des deux articulateurs principaux qui constituent
cipale par un terme corrélatif (appelé antéa l'obstacle : l’articulateur supérieur (lèvres, incisives, alvéoles supérieurs, palais dur
consécutif dent’). Ainsi, dans la phrase Je l'ai retrouvé id
1. On appelle subordonnée consécutive ou subor antérieur, central ou postérieur, palais m ou dit aussi « voile du palais », luette) et
que je l'ai connu il y a dix ans, le mot tel est
donnée de conséquence une proposition qui. subor l'.irticulateur inférieur (lèvres ou incisives inférieures, pointe de la langue, revers de
antécédent et le mot que est conséquent,
donnée à une autre, en exprime la conséquence. lu pointe de la langue, dos de la langue antérieur, central ou postérieur).
consonantique
Ainsi dans II est tellement paresseux qu'on ne peut Un son consonantique; ou contoïd, est un son qui Suivant la natu re de l’articulateur supérieur, on distingue les labiales, les dentales,
obtenir de lui ce travail, la proposition qu'on ne présente les caractéristiques essentielles des les alvéolaires, les prépalatales, les centro-palatales, les postpalatales, les vélaires (ou
peut obtenir de lui ce travail est une subordonnée consonnes, c'est-à-dire un obstacle sur le pas mitturales), qui se différencient en sous-types suivant la nature de I’articulateur
consécutive. sage de l’air entraînant une turbulence ou Inférieur. Les labiales peuvent être bilabiales ou labiodentales, les dentales peuvent
2 . On dit d'un bilinguisme ou d’un bicultura même une interruption du flux d’air qui sc n i c apicodentales ou apico-interdentales, les alvéolaires et les palatales peuvent être
lisme qu’il est consécutif quand il est caractérisé traduisent dans le spectre acoustique par une
par le fait que l’une des deux langues ou des nuit apicales ou apico-rétroflexes, soit dorsales (prédorso-alvéolaires, dorso-palatales).
réduction de l'énergie totale. Tous les soni ISS vélaires peuvent être apicales ou dorsales (apico-vélaires, dorso-vélaires).
deux cultures a été acquise avant l’autre. traditionnellem ent considérés comme des
L’intervention d ’un articulateur secondaire p eu t créer un deuxièm e obstacle qui
conséquent consonnes sont consonantiques. Ceux qu’on
appelle traditionnellement semi-consonnes. Ica Oppose aux consonnes simples les consonnes com plexes com m e les affriquées, les
1 . On dit d’une proposition subordonnée
glides* comme [w], [j], [q] , ainsi que les voyelles, chuintantes ou les glides bilabiovélaires ou bilabiopalatales.
qu’elle est conséquente quand elle suit la pro
position principale : dans Je sortirai, s'il fait sont non-consonantiques. Du p o in t de vue acoustique, il n ’est pas facile de définir les constituants acoustiques
lie la consonne. Leur interprétation spectrale est com plexe, su rto u t pour les occlusives,
(lui apparaissent com m e des parties blanches représentant le silence provoqué p ar
co n so n n e I Interruption de l'écoulem ent de l'air. D ans tous les cas, on ne p eu t vraim ent
La consonne est un son com portant une obstruction, totale ou partielle, en un ou Interpréter les spectres acoustiques des consonnes q u ’en ayant recours aux effets
plusieurs points du conduit vocal. La présence de cet obstacle sur le passage de l'ail produits sur les form ants des voyelles placées à côté.
provoque u n bruit qui constitue la consonne ou u n élém ent de la consonne. Selon
que ce bru it correspond à la ferm eture ou au resserrem ent du conduit vocal après Li constante et Jacques a vu de l'eau, on dira que les constantes
prononciation d 'u n e voyelle ou à son ouverture avant la prononciation d ’un e voyelle, I. On appelle constante une grandeur dont la sont Jacques a et de l'eau (si on s’en tient à
la consonne est dite explosive com m e le / p / dans le m o t français pas, ou implosivr Késence est la condition nécessaire d’une l'analyse en mots) ou Jacques a et -u de l'eau
com m e le / r / dans le m o t français or. En général, les consonnes se perçoivent mal MMndeur à laquelle elle est liée par une fonction (si on s’en tient aux signes de l’écriture).
toutes seules, sans le soutien d ’une voyelle contiguë. i:»l qui est la variable. Ainsi, dans une règle de
ijli lorme SN —* D + N (syntagme nominal constadf
En phonétique articulatoire, on distingue différents types de consonnes d'après l<
d1 i t'écrit déterminant suivi de nom), les sym- On dit d’une phrase qu’elle est constative quand
m ode d ’articulation (ou m ode de franchissem ent de l’obstacle*) et le point d'articii elle décrit seulement l’événement (par oppo
Boles D et N sont traités comme des constantes.
lation* (ou obstacle). I , Au terme de constante, défini par opposition sition à la phrase performative*) ; par exemple :
En fonction du m ode d’articulation, on distingue les consonnes voisées des consonne i miable, on substitue très souvent en linguis Je me promène.
non-voisées selon que les cordes vocales vibrent ou n o n ; les consonnes nasales cldl tique invariant'. Une constante est constituée, constellation
consonnes orales selon que la position de la luette perm et ou n o n l'écoulem ent de l’ali Ml exemple, dans deux énoncés qui ne varient En glossématique, le terme constellation désigne
par les fosses nasales ; les consonnes tendues (ou fortes) des consonnes lâches (dites ;msnl ■Ur N u r certains points, parles parties d'énoncés de manière précise la fonction qui existe entre
faibles ou douces) selon le degré de tension des muscles articulatoires. Selon le il<yn i|in ne changent pas. Dans Jacques a bu de l'eau deux fonctifs*, variables tous les deux.
li"
constituant
1U
contenu
sèmes (sémème). Tandis que le lexème sera c’est-à-dire N peut être réécrit N et N quanti
étudié par les méthodes de la lexicologie (défi N est précédé de X et suivi de Y. II faudra
nition du lexème par ses rapports paradigma donc que l’on ait un énoncé de forme X N Y
tiques et syntagmatiques). le sémème sera pour que la règle s’applique. Elle ne s’appli
étudié comme unité de contenu, c'est-à-dire en quera évidemment pas si l’on a X N Z ou Z
fonction des « mots clefs » caractéristiques N Y. (Grammaire [règles] dépendante, indépendante
d’une société à une époque donnée, et du du contexte, v. s y n t a g m a t iq u e .)
systèm e de m ots subordonnés qui en
contextuel
dépendent. Le lexème chaise une fois étudié en
1 . Trait contextuel, v. t r a it .
lexicologie, il reste à étudier le sémème chaise
2. Variante contextuelle, syn. de variante comiii
dans l’ensemble des sièges, en fonction de la
natoirc.
technologie et de la civilisation fournissant le
paradigme des sièges dans le français contem contiguïté
porain. En linguistique distributionnelle, la seule rela
tion existant entre deux morphèmes ou deux
context suites de morphèmes est la contiguïté, c’est à
Dans la linguistique distributionnelle améri
dire la proximité immédiate de deux mot
caine, on a appelé règles context sensitive les
phèmes ou suites de morphèmes ; ainsi, danti
règles dépendantes du contexte, c’est-à-dire où,
la suite SN + SV, SN est défini par sa contiguïté
dans la réécriture : X-»VYZ (X se réécrit Y
à SV.
dans le contexte V et Z), V et Z ne sont pas
nuls. contingent
O n a appelé règles context free les règles L’opposition contingent vs nécessaire (ou ce qui
indépendantes du contexte, c’est-à-dire les est accidentel vs ce qui est permanent OU
règles où X peut être remplacé, dans la réécri obligatoire) se manifeste surtout dans le verltr
ture ci-dessus, par Y quels que soient V et Z. (contingent : Il peut arriver ce soir vs nécessaire i
Il doit arriver ce soir), mais elle intéresse ausm
contexte dans certaines langues les noms et les adjectiln
1. On appelle contexte ou contexte verbal l’en
(contingent : Je suis ivre vs permanent : Je sut>
semble du texte dans lequel se situe une unité
un homme).
déterminée, c’est-à-dire les éléments qui pré
cèdent ou qui suivent cette unité, son environ continu
nement. Un son continu est un son dont la prononciation
2. On appelle contexte situaiionnel ou contexte de com porte un écoulem ent co n tin u de l’.ilr
situation l’ensemble des conditions naturelles laryngé (en partie ou dans sa totalité). Le#
sociales et culturelles dans lesquelles se situe voyelles sont des continues, ainsi que toutes In#
un énoncé, un discours. Ce sont les données consonnes autres que les occlusives, les aflil
communes à l’émetteur et au récepteur sur la quées et les vibrantes. En effet, les voyelle »,
situation culturelle et psychologique, les expé les glides, les consonnes fricatives n«
riences et les connaissances de chacun des comportent pas d ’occlusion du conduit vocal
deux. Les latérales et les nasales comportent cltil
3. Les grammaires syntagmatiques font un occlusions buccales, mais celles-ci s’accom
grand usage de la notion de contexte : on peut pagnent d’un écoulement simultané de l’.ni
les diviser en grammaires indépendantes du soit à travers la cavité buccale, de part 11
contexte et gram m aires d épendantes du d ’autre de l’occlusion, soit à travers les fosiiel
contexte. Soit une règle de réécriture N->N et nasales.
N (N peut être réécrit N et N) ; cette règle Les consonnes continues sont dites éi;,,ilr
s'appliquera sans aucune limitation contex ment « sonantes » ou « duratives », par <>p| »>
tuelle (il suffira simplement que N apparaisse sition aux « momentanées ».
pour que la règle soit applicable) ; c'est une
continua tif
règle indépendante du contexte.
Syn. de uuratik
F.n revanche, si N ne peut être réécrit N et
N que quand il est précédé ou suivi ou bien continuité
précédé et suivi de certaines unités, on dira En géographie linguistique, la continuité r;ii li
que la règle est dépendante du contexte et caractère des situations dialectales dan:. Iri
on Aura N >N et N clans le contexte X ... Y, quelles il n’y a pas de frontières linguistli|iiw
J
contrainte
nettes, si bien qu'on passe par étapes d ’un sont ceux dont le radical est terminé par les
ilialecte à un autre dialecte, un trait linguistique voyelles a, e ou o, qui se combinent avec la
«'(.•tendant jusqu’à un point, un autre allant voyelle thématique e ou a (timômen de tima-o-
plus loin, men).
continuum contracté
Ce terme qui pourrait référer à la continuité En grammaire traditionnelle, on appelle articles
géographique est appliqué plus spécialement à contractés les formes prises par l’article défini
lu situation sociolinguistique dite « post-
quand celui-ci se combine avec les prépositions
riéole » dans laquelle, en un même point, la à et de pour former des mots uniques : à le
distance entre le créole et la langue dont celui- devient au ; à les devient aux ; de 1e devient
ci est issu s’amenuise au point qu'on passe du ; de les devient des. (En les devenait ès, ce
Insensiblement, par des « [ectes » impliqués qui s’est maintenu dans licence ès lettres.)
l’un dans l'autre, de la variété la plus élevée à
la variété la moins élevée. Par extension, le contraction
terme peut s’employer pour toute situation On appelle contraction la réunion de deux
il.ins laquelle il n’y a pas discontinuité entre éléments en un seul (ex. : de les donne des).
1rs variétés haute(s), moyenne(s) et basse(s). [Syn. de c o a l e s c e n c e .]
contoïd contrainte
Le terme contoïd est le terme employé par Les contraintes sont l'ensemble des Limitations
certains linguistes am éricains (K. L. Pike, (nécessités ou interdits) portant, en un point
C. Hockett) pour désigner les sons consonan- de chaîne parlée, sur les occurrences des unités
liques*. Dans cette terminologie, les contoïd qui précèdent ou suivent.
s'opposent aux vocoïd, qui présentent les carac
D 'une manière générale, la linéarité de la
téristiques essentielles des voyelles,
chaîne parlée interdit d’avoir en un point
contour unique de l'énoncé deux unités de même
l.ii contour d'intonation, ou contour tonal, est niveau : l'émission d’un phonème exclut en ce
l'ensemble des caractéristiques mélodiques qui point tous les autres phonèmes ; mais, en
constituent l’unité de la phrase. Chaque phrase outre, l’existence d'une unité conditionne la
est caractérisée par un contour d ’intonation possibilité d’occurrence d ’unités subséquentes.
consistant en une ou plusieurs variations de La question de l’ordre des mots peut éclairer
hauteur et un contour final. La différence entre le problème. En latin, après un début pater, on
lus contours finals permet d ’opposer linguisti attend aussi bien un verbe qu’un nom (pater
quement trois types principaux de phrases, amat filium / pater filium amat) ; en français, le
ü.ïns l'ensemble des langues européennes tout début le père fait peser sur l’ordonnancement
.m moins : le relèvement terminal de la hauteur de l'énoncé une contrainte beaucoup plus forte.
mélodique, qui se termine à un niveau plus Les contraintes séquentielles peuvent concer
élevé que le niveau mélodique de soutien, ner le premier élément de l'énoncé : la nécessité
Caractérise la phrase interrogative. La phrase d'un « sujet apparent » dans le français il pleut,
Impérative est caractérisée par un abaissement il neige peut être considérée sous cet angle.
final de la hauteur de la voix au-dessous du On comprend que la linguistique distribu
niveau de soutien. La phrase assertive est tionnelle ait volontiers confronté cette notion
marquée par l’absence de ces deux traits, de contrainte avec les données de la théorie
contracte de l’information. Après j'ai vu un... la langue
Di Quand deux voyelles contiguës se sont française est contrainte à un choix paradig
féduites à une seule selon certaines lois pho matique, très vaste encore ; après « j'ai vu un
nétiques, la voyelle unique qui résulte de cette diplo... t, un choix est encore possible (diplôme,
tumtraction est dite voyelle contracte. Ainsi, dans diplomate, diplômé, etc.) ; après « j'ai vu un
li1 ),;rec teikhous, venant de teikheos, on est une diplod..., » la séquence « -ocus » devient obliga
Woyelle contracte. toire : sa probabilité d'occurrence devient abso
B . On appelle noms et adjectifs contractes, en lue. On a pu se servir de cette considération
lircc, ceux qui sont caractérisés par la contrac pour une tentative de délimitation du m ot :
tion de la voyelle de la désinence avec la sur la base de la probabilité d ’occurrence des
BOyelle du thème ou celle du radical (ex. : phonèmes, on déterminerait les limites entre
mleltons issu de teikheos). Les verbes contractes les segments de l'énoncé.
contraire
La notion de contrainte (ou de son opposé, généralement perçue comme signifiant C'est un
la liberté d'occurrence) est particulièrement mauvais livre. Entre la relation d'implication
utile à la constitution d ’une grammaire de logique et les mécanismes et la langue, il semble
constituants immédiats. Une des règles de qu’il faille introduire le filtre d ’un modèle
l’analyse en constituants immédiats pose que psycholinguistique.
la meilleure division est celle qui aboutit à
des constituants ayant la plus grande liberté
contraste
En phonologie, le contraste est la différence
d'occurrence - et donc sujets à moins de
contraintes séquentielles. Dans le groupe une phonologique entre deux unités contiguës de
grande bonne volonté, un découpage / grande / la chaîne parlée. C’est un rapport d ’ordre
bonne volonté / est plus vraisemblable, qu’un syntagmatique, à distinguer de \’opposition, qui
découpage /grande bonne/volonté/, pour autant est un rapport d ’ordre paradigmatique entre
que / grande+SN / et / bonne volonté / se unités alternatives.
rencontreront dans beaucoup plus de contex Il peut y avoir contraste entre une syllabe
tes ( = seront moins contraints) que / grande accentuée et une syllabe atone qui la précède
b o n n e / : le même raisonnement vaudrait pour ou qui la suit, entre deux phonèmes différent:-
chère petite amie, vraie bonne farce, etc. qui se succèdent, etc. Le contraste maximal esi
celui qui permet la constitution des premières
contraire
On appelle contraires des unités de sens opposé séquences syllabiques dans le langage de l’en
dont l’une est la négation de l’autre et vice fant. Dans la syllabe /pa/) il y a le contraste
versa. La notion de contraire en logique est plus entre la fermeture maximale de l’occlusive et
vaste que la notion d’antonymie* en linguis l’ouverture maximale de la voyelle, le contraste
tique. compact / diffus, le contraste grave / aigu. Le
E. Sapir fait remarquer que l’antonymie contraste, c'est-à-dire la différence entre les
repose sur la comparaison : petit et grand ne unités successives, est indispensable à l.i
réfèrent pas à des notions contraires, mais compréhension, ce qui limite les effets de l.i
précisent des points sur un axe des grandeurs tendance à l’assimilation.
toujours ordonné, au moins de façon implicite. Cette importance du contraste dans la trans
Dans la phrase Un petit éléphant, c'est grand, mission du message explique aussi la loi du
grand réfère implicitement à l’ordre de grandeur contraste phonologique minimal, c'est-à-dire
des animaux, pendant que petit réfère à l’ordre l’incompatibilité pour deux phonèmes differcn
de grandeur des éléphants. ciés par une marque de corrélation* de si
La complémentarité est plus proche de la combiner dans le même morphème : ainsi, or.
notion de contraire ; en effet, le test de la ne peut trouver les combinaisons telles que
négation y donne des résultats probants ; par /pb/, /td/, /k g / dans les langues où existe la
exem ple, pour l ’o p p o sitio n nuit / jour, on corrélation de voisement comme en françai:.
remarque que II ne fait pas jour implique II fait L’observation de l’acquisition du langage
nuit, alors que dans la relation précédemment enfantin am ène R. Jakobson à considérci
définie comme antonymie, le test donne des l’ordre suivant : d ’abord acquisition d'un
résultats différents : Il n'est pas grand n ’implique contraste entre une voyelle large et une occlusive
pas II est petit. d’avant-bouche (habituellement, ce contraste
La notion de réciprocité est elle aussi à est réalisé par A et une occlusive labiale |I'A
l’origine d’unités de sens contraire. La relation ou BAj) ; ensuite acquisition de deux oppositions
entre actif et passif est caractéristique de ce consonantiques. Généralement, l’ordre eut
troisième type de contraires en français. opposition orale vs nasale / p / vs /m /, pulfi
Toutefois, il est remarquable que ces dis opposition labiale vs dentale / p / vs / 1/. C"nil
tinctions entre les diverses acceptions de ensuite seulement que l’acquisition d ’une oppu
contraire soient généralement neutralisées dans
sition vocalique (voyelle large vs voyelle étnuli’
la langue : tout se passe, en général, comme
par e x e m p le /a /v s/u /o u /i/) permet d’entii lili
si les antonymes s'opposaient en soi, et non
la gamme des contrastes syntagmatiques
par référence à l’origine de la comparaison. Le
critère de l’interrogation s’oppose sur ce point contrastif
à celui de la négation. Si Ce livre n'est pas 1. La fonction contrastive de l’accent est celle <|i|i
mauvais n'implique pas Ce livre est bon, la consiste à individualiser un segment par rappuil
réponse non à C'est nu hou livre < est très aux autres segments de même type prévenu
convention
conventionnel cooccurrence
On dit de la langue qu'elle est conventionnelle Si on appelle occurrence d’un élément linguis
si on considère qu’elle est une institution sociale tique x le fait que x figure dans une phrase
résultant de la coutume et de la tradition, donc donnée, les éléments qui figurent avec lui dan:,
d’un contrat tacite entre les hommes. Par cette phrase sont ses cooccurrences. Ainsi, dans
opposition, on dira que la langue est naturelle la phrase Le garçon joue, on dira que garçon a
si on considère qu’elle tient son origine d’un pour cooccurrents le et joue. On appelle distri
principe inné, inhérent à la nature de l’homme bution de .v l’ensemble des cooccurrents qui
lui-même. (v. a r b i t r a i r p ..) figurent ou peuvent figurer avec x. Dans la
convergence phrase ci-dessus, la distribution de garçon est
Des langues, différentes au départ, peuvent la suivante : le -jo u e ; le tiret entre le et joue
tendre à subir parallèlement les mêmes chan représentant l’occurrence de l’élément x, à
gements : ainsi, le passé simple disparaît simul définir. L’étude des régularités dans les co
occurrences permet de décrire la structure d’une
tanément en français et dans le sud de l’Alle
magne. O n parle de convergences à base langue et notam ment de définir certains type»
géographique quand les langues sont parlées
de relations entre élém ents linguistiques
dans des régions contiguës, et de convergences simple contiguïté, dépendance mutuelle, exclu
fortuites quand on rapproche, par exemple, le sion mutuelle.
tswana d’Afrique du Sud et l’allemand. cooccurrent
conversion On dit que les éléments B, C et D sont co
On appelle conversion la transformation d ’une occurrents d ’un autre élément A quand A figure
catégorie en une autre à l’aide de morphèmes avec ces éléments, chacun dans une position
grammaticaux ; ainsi, on dira qu'il y a conver déterminée, pour produire un énoncé. L'envi
sion du nom en adjectif dans le cas d’addition ronnement de A est constitué par la position
du suffixe -if (crainte/craintif). relative des cooccurrents B, C et D. Ainsi, on
Toutefois, quand on évoque la néologie par dira que D, M, Adj sont des cooccurrents de
conversion, on envisage plus souvent le chan V dans la phrase française du type D + N i
gement de catégorie grammaticale d ’une unité, Adj + V (L'enfant attentif écoute), la position
sa morphologie demeurant inchangée. Le chan relative des cooccurrents D, N et Adj étant
gement, sans se traduire par l’adjonction de définie relativement à V, dont ils constituent
morphèmes grammaticaux, n'en est pas moins l’environnement dans cette phrase.
relatif à la partie la plus abstraite de la signi coordination
fication, celle qui confère à l’unité une combi 1. O n appelle coordination le fait qu’un mot
natoire syntaxique, et qui dépend du système (dit conjonction de coordination) relie deux m o l »
grammatical tout entier. La conversion de ou deux suites de mots qui sont de m ê m e
l’adjectif en nom est courante (voiture automobile statut (catégorie) ou de même fonction d,m#
donne automobile, boulevard périphérique donne la phrase. Ainsi, dans le pull rouge et bleu, rou/jH
périphérique). et bleu sont de même nature et ont pouf
La conversion du nom. en adjectif doit être fonction de qualifier pull. Cette définition pi...
distinguée de la composition ; la liberté d’oc trois types de problèmes :
currence permet de distinguer un timbre-poste a) Il y a coordination entre des termes il'1
(composé) et un moment clé : clé adjectivé peut nature et de fonction différentes (du m o i i n
qualifier mouvement, décision, etc. Cette conver selon les acceptions que ces mots ont daim lu
sion tend à se répandre (être rock, être montagne, grammaire traditionnelle) ; ainsi, dans un ü/'/i1/
etc.). vert et d'étrange aspect, vert et d'étrange aspci i ml
La conversion de l’adjectif en adverbe est sont ni de même nature ni de même foin ......
ancienne (« voire, dit Picrochole, mais nous ne et sont pourtant coordonnés. En réali té, "<1
bûmes point frais »), mais elle aussi tend à se deux unités peuvent se trouver à la nn'inii
développer (acheter français, rouler tranquille, par place (dans la même distribution) : un l'/yl
ler branché, s'habiller anglais). vert, un objet d'étrange aspect ; un objet d'ctunini
convertir aspect et vert sera plus rare, mais pour •lti<
H11 grammaire générative, convertir c’est faire raisons d’équilibre rythmique. C ’est ci Inlt
passer une phrase d'une étape à une autre essentiel qu’intuitivem ent les grammanl' >n|
étape de sa dérivation. avaient reconnu depuis longtemps ;
120 J
copulatif
b) Par « suite de m ots », il faut entendre des langues correspondent à des situations cultu
propositions, des m em bres de phrase, des relles différentes, (v . b iu m c u is m b .)
Unités isolées : ainsi, dans Un coup de matraque 2. Coordonnées déictiques. v. dêictique.
violent et qui fait mal, qui fait mal (proposition)
eut coordonné à l’adjectif violent ;
Copenhague (école de)
11 La juxtaposition n ’est q u 'u n cas particulier La longue tradition des linguistes danois qui
lié la coordination ; elle est caractérisée par se sont consacrés à la grammaire générale expli
l‘;ibsence du coordonnant (Il court, saute dans
que l’importance de l'école de Copenhague, qui
tous les sens ; Un vin sec, qui fait quinze degrés ;
se réclame de F. de Saussure et qui a développé
\hie nuit claire, étoilée, mystérieuse). M is à
avec beaucoup de rigueur et un grand souci
part l’absence de la conjonction de coordi- de cohérence certains aspects importants du
Cours de linguistique générale. Toutefois, avec
lïiition, les rapports entre les term es juxtaposés
u>nt les m êm es q u ’entre les term es coor V. Brandal, l’objet de la linguistique est de
donnés.
retrouver dans la langue certaines conceptions
de la logique, de rechercher notam ment le
I.a coordination peut être cum ulative (F.ntrons
flans ce café et buvons un verre), disjonctive (Un
nombre des catégories et leur définition. Cette
conception annonce la recherche d ’universaux*
homme riche et néanmoins malheureux), causale (Il
fuit l'aimer car il est juste), consécutive (je pense
de langage sur l’importance de laquelle a insisté
i l m je suis), transitive (avec or), com parative
depuis N. Chomsky. La critique de V. Brandal
(l’Ius il mange, plus il a faim), oppositive (Un
vise la grammaire comparée* et son caractère
hi'inme riche, mais malheureux), tem porelle (Il
historique (qu’expliquait un goût romantique
thtvaille, puis il fume). pour les temps anciens), son positivisme fondé
sur l’examen des petits faits vrais grâce à une
3, Les constructions endocentriques" se divi-
observation exacte et minutieuse, sa volonté
l#nt en deux types, le type par coordination et
d’établir des lois, des rapports constants entre
li- type par subordination*. Les constructions
endocentriques par coordination o n t les m êm es
les faits constatés, volonté qui rappelle les buts
des sciences exactes. Les linguistes de Copen
propriétés syntaxiques que chacun de leurs
hague po sen t une théorie des m utations
nim posants pris séparém ent ; ainsi, le fils et la
brusques, par sauts, qui permettent de passer
lillc ont les m êm es propriétés syntaxiques que
d ’un état à un autre état. Cette conception
/c fils (un des com posants) ; il en est de m êm e
pour le fils ou la fille. Ces syntagm es so n t des permet de rendre compte de la résolution des
ivmagmes coordonnés ; cependant, le prem ier
synchronies successives dans la dynamique de
R p e (le fils et la fille) se distingue du second (le
la diachronie. Les concepts opposés de langue
et parole, celui de structure gardent évidem
/lit ou la fille) puisque, dans le prem ier cas, le
ment dans cette perspective toute leur impor
[Vlirbe est au pluriel et, dans le second, il est
ill singulier. tance. C ’est L. Hjelmslev (Principes de grammaire
générale, 1928) qui, avec H. J. Uldall ( Outline
i "ordonnant o f Glossematics, 1952-1957, Prolégomènes, 1943-
Au term e de conjonctions de coordination 1953), donna à l’école de Copenhague sa
Buractérisées longtem ps par l’existence d'une théorie : la glossématique" (Travaux du Cercle
Hltc fermée et, ni, ou, mais, or, car, donc), on de linguistique de Copenhague, Acta lingüistica,
fcttfère souvent le m ot plus général de coordon■ Bulletin du Cercle de linguistique de Copenhague) ;
ftf/iK dans lesquels o n englobe des m ots K. Togeby a donné une description du français
■Mnme soit, soit que, néanmoins, pourtant, en effet, selon cette théorie (Structure immanente de la
Miihiui. etc. (v. aussi connicteuu.) langue française).
tm i r d o n n é copulatif
Mi On dit d ’un bilinguisme q u ’il est coordonné 1. On appelle fonction copulative du verbe être
D)m opposition à composé* quand, chez u n sujet la fonction attributive (Pierre est heureux), celle
H II hkiic, les univers culturels auxquels se réfère d’identification (Cet enfant est Pierre) et la fonc
IMuii une des langues sont entièrem ent dis- tion locative (Pierre est à la maison).
Hl)i h ; c’est la situation des vrais bilingues 2. Un verbe copulatif est un verbe qui est suivi
■Dur qui, par exemple, le français (langue A) d’un adjectif ou d ’un syntagme nominal attri
M l In langue de l’école, celle de l’adm inistration, but. Les verbes devenir, rester, paraître, sembler,
H t , et l’alsacien (la langue B) est la langue de etc., sont des verbes copulatifs (il devient un
Il I «mille, des relations sociales, etc. ; les deux ingénieur ; il reste seul, il paraît fatigué, etc.).
A 1 J
copule
co rd es vocales
Les cordes vocales sont une paire de lèvres symétriques formées d'un muscle et d’un
ligament élastique, situées de part et d ’autre du larynx entre Los cricoïde, ou « pommi1
d'Adam », à l’avant et les cartilages aryténoïdes à l'arrière. Sur chaque aryténoïde est
fixée une extrémité d'une corde vocale. L'écartement des aryténoïdes entraîne
l'ouverture en V des cordes vocales, qui restent jointes à l’avant, sur le cricoïde. La
glotte est l'espace compris entre les cordes vocales : elle est longue d'environ 18 mm
et s’ouvre de 12 mm environ. Quand les aryténoïdes se joignent, entraînant dans
leur mouvement les cordes vocales, qui s’accolent, la glotte est fermée et l’air ne
passe plus. La longueur et l'épaisseur des cordes vocales sont modifiées par le
m ouvement des aryténoïdes.
Pendant la phonation, les cordes vocales sont fermées ; l'air issu des poumon:,
s'accumule derrière et sa pression finit par écarter les cordes vocales. L’air s’écoule,
la pression diminue, les cordes se referment. La pression se rétablit alors et le cycle
recommence. La colonne d'air issue des poumons est donc sectionnée en une suite
de bouffées ou impulsions dont la fréquence* dépend de la vitesse avec laquelle le»
cordes vocales s’éloignent ou se rapprochent. L’air qui sort du larynx vibre donc
selon une fréquence qui dépend de plusieurs facteurs .(longueur et épaisseur de»
cordes vocales, pression de l'air issu des poumons, etc.). En parlant, on modifie
constamment ces facteurs pour obtenir la fréquence désirée, qui varie, dans un
discours normal, de 60 à 350 cycles par seconde.
Cette possibilité de régler la vitesse de vibration des cordes est en partie individuel le
elle dépend entre autres de l'âge et du sexe. Plus les cordes sont longues et épaisse»,
plus les vibrations sont longues ; plus elles sont brèves et minces et plus la fréquence
augmente, et avec elle l'intensité du son. C'est pourquoi la voix des fem mes et do»
enfants est plus aiguë que celle des hommes.
En phonétique expérimentale, le mouvement des cordes vocales peut être obsové
soit en utilisant l'effet stroboscopique, soit à l'aide d'un miroir dentaire, à l’œil nu
ou sur un film tourné à une cadence très rapide et projeté ensuite au ralenti l.r
vibrations des cordes vocales apparaissent alors comme latérales et verticales, nui»
les vibrations verticales prédominent.
Du point de vue acoustique, la vibration des cordes vocales produit un bourdon
nement audible, la voix*, qui est ensuite modifiée par les résonateurs supralaryn)',an>
Il s’agit du ton fondamental laryngé qui se traduit dans le spectre acoustique pm lu
présence d'une excitation périodique de basse fréquence.
i l '»
corpus
La vibration des cordes vocales est appelée sonorisation ou voisement. Les phonèmes
uni utilisent la vibration des cordes vocales sont les plus nombreux dans les langues
du monde. Il s'agit en général de toutes les voyelles (bien que quelques langues
amérindiennes, comme le comanche, semblent présenter des voyelles non-voisées). Il
n'agit aussi de la majorité des consonnes : ainsi en français, les consonnes non-voisées
ll’l- W» M i Mi [s], [I] sont au nombre de 6 sur 24 phonèmes consonantiques et ont
toutes un partenaire voisé ([p]-[b], [t]-[d], [k]-[g], [f]-[v], [s]-[z], [fl-fe]).
Sur l'origine de la vibration des cordes vocales, deux théories s’affrontent. Selon
ta théorie la plus ancienne, dite « théorie myo-élastique », la vitesse de vibration des
cordes vocales dépend avant tout de causes mécaniques, l’ouverture de la glotte étant
iorcée par la pression de l’air subglottique ; le contrôle nerveux existe, mais seulement
dans un premier stade, pour la mise en position de phonation, par la fermeture ou
le rétrécissement des cordes vocales. Selon une théorie plus récente émise dès 1935
l>nr R. Husson et dite « diéorie neurochronaxique », ce n ’est pas la pression de l’air
qui provoque le mouvement des cordes, ce sont les cordes elles-mêmes qui livrent
passage à la pression de l’air, en réponse à des influx nerveux : ainsi les cordes vocales
pourraient vibrer sans l’aide d’aucun souffle d’air. Cette deuxième théorie, qui suppose
une genèse cérébrale du phénomène sonore, est en contradiction avec de nombreux
laits pathologiques, en particulier l’impossibilité d’un passage à travers le système
nerveux des fréquences de l’ordre des fréquences acoustiques. Elle semble devoir être
définitivement abandonnée.
On appelle fausses cordes vocales une paire de lèvres semblables aux précédentes
(dites par opposition « vraies cordes vocales ») et qui s’étendent au-dessus d’elles, de
l.i pom m e d’Adam aux aryténoïdes. Elles restent probablement ouvertes, de même
que l’épiglotte, pendant le discours. Leur rôle dans la phonation est controversé et
Neinble en tout cas de très faible importance.
coréférence coronal
l.orsque l’on a une phrase comme Pierre regarde On appelle articulation coronale une articulation
Pierre dans la glace, Pierre sujet et Pierre objet où seuls les bords de la lame de la langue entrent
peuvent désigner la même personne ; ils ont en jeu. (Contr. iavu.mal). Pour les phonologues
U n ce cas la même référence ; ils sont coréfé- générativistes N. Chomsky et M. Halle le trait
rents au même « objet ». Dans ce cas précis, ( -f coronal) caractérise les phonèmes réalisés avec
In coréférence entraîne la réfiexivisation du un relèvement de la langue dans la cavité buccale
fiiccond Pierre et la phrase dérivée est alors Pierre par rapport à la position neutre. La catégorie des
•r regarde dans la glace. Le deuxième Pierre peut coronales regroupe ainsi les voyelles rétroflexes
l'ire différent du premier et, en ce cas, il n ’y et les consonnes dentales, alvéolaires et palato-
[H lias coréférence et il ne se produit pas de alvéolaires.
■rtflexivisation ; ex. : Un homme est un homme, coronis
flore n'est plus Pierre. On appelle coronis le signe employé par les
grammairiens grecs, analogue à l’esprit doux
et servant à marquer la crase* / ’/.
corpus
fin grammaire descriptive d’une langue s'établit à partir d’un ensemble d’énoncés
BBli’on soumet à l'analyse et qui constitue le corpus de la recherche. Il est utile de
distinguer le corpus des termes voisins désignant des ensembles d'énoncés : l’« univers »
cm l'ensemble des énoncés tenus dans une circonstance donnée, tant que le chercheur
fl'ii pas décidé si ces énoncés entraient en totalité ou en partie dans la matière de sa
■cherche. Ainsi un dialectologue qui s'intéresse aux mots d’origine étrangère dans
m
correction
un parler donné réunira d’abord ou fera réunir un grand nombre d’énoncés produits
librement ou sur incitation des enquêteurs. Beaucoup de ces énoncés pourront fort
bien n’avoir aucun rapport avec la recherche et ne contenir aucun des mots qui
intéressent le linguiste. La totalité des énoncés recueillis est l’univers d u discours. A
partir de l’univers des énoncés réunis, le linguiste trie les énoncés qu’il va soumettre
à l’analyse : dans le cas qui nous intéresse ce pourra être l’ensemble des phrases, ou
groupes de phrases, comprenant des mots présentant tel trait phonétique ou bien
une terminaison ou une origine étrangère. Ce sont uniquement ces segments d’énonccs
qui seront soumis à l’analyse et qui constitueront le corpus. On pourra aussi, sur des
bases statistiques, délimiter soit dans l’univers, soit dans le corpus, des passages qui
seront soumis à une analyse quantitative : par exemple, une page toutes les dix
pages ; les pages ainsi retenues constituent un échantillon du texte. Par hypothèse,
on considérera comme échantillon toute partie représentative du tout. Le corpus peut
évidemment, si le chercheur le juge utile ou nécessaire, être constitué par l’univers
d’énoncés tout entier. D e mêm e une analyse quantitative pourra fort bien se passer
d’échantillonnage.
Le corpus lui-même ne peut pas être considéré com m e constituant la langue (il
reflète le caractère de la situation artificielle dans laquelle il a été produit et enregistré),
mais seulement com m e un échantillon de la langue. Le corpus doit être représentatif,
c’est-à-dire qu’il doit illustrer toute la gamme des caractéristiques structurelles. On
pourrait penser que les difficultés sont levées si un corpus est exhaustif, c'est-à-dire s'il
réunit tous les textes produits. En réalité, le nombre d’énoncés possibles étant indéfini,
il n’y a pas d’exhaustivité véritable et, en outre, de grandes quantités de données
inutiles ne peuvent que compliquer la recherche en l’alourdissant. Le linguiste doit
donc chercher à obtenir un corpus réellement représentatif et écarter tout ce qui peut
rendre son corpus non représentatif (méthode d'enquête choisie, anomalie que
constitue l'intrusion du linguiste,, préjugé sur la langue, etc.), en veillant à éviter tout
ce qui conduit à un artefact*.
Certaines grammaires, dont la grammaire générative, ayant pour but de rendre
compte d'un nombre indéfini de phrases possibles, ne partent pas d’un corpus qui
ne pourrait jamais être constitué, mais des règles de production de phrases, contrôlant
les énoncés par les jugements des locuteurs natifs.
Le terme de corpus est aussi employé en planification linguistique pour désigna
l’ensemble des productions langagières régies par les mesures prises.
126
croissant
dévies français en Haïti, à la Martinique, à la critique verbale repose sur l’étude des méca
Guadeloupe, des créoles anglais à la Jamaïque nismes psychologiques de la reproduction d ’un
rl aux États-Unis (gullah), des créoles portugais modèle écrit (lecture ou dictée d’un manus
ihj néerlandais. Le nombre de mots d ’origine crit) : tout copiste est susceptible d ’erreurs de
africaine y est très réduit, sauf exceptions. Les lecture, d ’erreurs d ’interprétation, d ’erreurs de
conditions de formation de ces créoles à partir transcription. Le philologue doit d’abord déce
de pseudo-sabirs (utilisation d ’im pératifs, ler le caractère inacceptable du texte (erreur
d'infinitifs, de formes syntaxiques simples) de fait, incohérence ou contradiction), déter
rxpliquent leurs caractères communs. Les res- miner l’endroit exact où porte la faute, essayer
ncmblances entre des créoles éloignés géogra de faire l'histoire de cette faute, enfin la
phiquem ent ou de familles différentes corriger. Dans le cas où il existe plusieurs
n'expliquent ainsi. En fait, leur origine mixte versions du même texte, la comparaison de
différencie les créoles des dialectes d’une langue celles-ci et des fautes qu'elles comportent per
rt leur statut socioculturel les oppose à la met d ’établir plus sûrement la reconstitution
langue même. du texte avant d ’en faire l’édition.
créolisation crochets v. ponctuation.
la créolisation est un processus par lequel le
parler d’une langue se constitue en créole. Le croisé
h.mçais parlé en Haïti s’est créolisé pour 1. On appelle classification croisée une classifi
devenir la langue maternelle de toute la commu cation où chaque terme est défini par une suite
nauté linguistique haïtienne. de traits qui correspondent à des sous-catégo
risations distinctes d ’une m êm e catégorie.
creux Ainsi, la catégorie du nom est sous-catégorisée
I expression son creux est parfois employée en nom propre et nom commun ; chacune de
pour caractériser certaines consonnes telles que ces sous-catégories est subdivisée en animé ou
les rétroflexes’. Des séries fondamentales de non-animé : il y a des noms propres animés
consonnes peuvent se scinder en séries appa (Pierre), non-animés (Paris), des noms communs
rentées dont la marque de différenciation est animés (un enfant) et non-animés (la table) ; et
l'opposition son creux/son plat. Les consonnes chacune de ces sous-catégories peut elle-même
rétroflexes s'opposent comme des consonnes se subdiviser en masculins et féminins ; ces
/l son creux aux dentales habituelles, à son sous-catégorisations se croisent. Pour pallier cette
pial. La sonorité creuse correspond à une difficulté, on procédera à une classification
amplification de la cavité antérieure et donc à croisée ; ainsi :
Un abaissement du timbre dû, dans le cas des
Pierre : nom, propre, animé, masculin ;
h'troflexes, à l’élévation de la pointe de la
Table : nom, commun, non-animé, féminin.
longue contre le sommet de la voûte palatine.
On appelle « fricatives à langue en creux » 2 . On donne parfois le nom A’étymologie croisée
(*L !/■]> LfL taL Par opposition aux « fricatives aux phénomènes d ’attraction* paronymique
h langue plate » [i], [v], etc., les sifflantes et consacrés par la langue, le terme d 'étymologie
i|en chuintantes pour l'articulation desquelles la populaire étant dans ce cas réservé aux erreurs
langue prend une forme de gouttière et se individuelles.
itfeuse en un sillon médian.
croisement
cricoïde On appelle croisement l’action de deux mots
'i ’i'.s cricoïde est un cartilage à la base du larynx agissant l'un sur l’autre par contamination* ;
rf|>|n:lé couramment « pomme d ’Adam », sur ainsi recroqueviller semble dû au croisement de
lequel sont fixées les extrémités antérieures, coquille et de croc.
BWmobiles, des cordes vocales.
croissant
Critique verbale Une diphtongue est dite croissante quand le
Jf)n appelle critique verbale l’examen auquel un premier élément est semiconsonantique et le
philologue doit soumettre, dans les textes qu’il second vocalique, par exemple dans la diph
n t rn train d’établir, les termes dont il suspecte tongue /w a / dans la première syllabe du mot
lii lorme et/o u le sens et qui appellent une français oiseau/ w azo/ou les diphtongues/ ] / et
i "i ici tion. Il s’agit, par-delà le manuscrit étudié, /w / dans les mots italiens piede / ’pjsde/et nuovo
ll'lilteindre un état antérieur du texte. La / ’nwnvo/. (Contr. d é c r o i s s a n t . )
12.7
cryptanalyse
I ?S
11 cycle négative à le feu rouge avait arrêté cette voiture
Omis la première étape de la grammaire géné- avant de passer à la phrase La voiture avait tué
Mtive, les diverses transformations* (négative, accidentellement Paul) : dans le principe non
11ii<-rrogative, em phatique, passive), qui cyclique, on appliquera d’abord la transforma
n'nppliquent à la structure profonde pour la tion passive à toutes les phrases, toujours de
Convertir en une structure de surface, doivent la plus profonde jusqu’à la matrice, puis la
âtrc ordonnées. Quand il s'agit d'une seule transformation négative, et ainsi de suite.
Hiilte générée par la base, ce principe s'applique c y c li q u e
(m'ilement, mais, quand les transformations Principe cyclique, v. c y c l e .
opèrent sur deux (ou plus de deux) suites, dont c y rilliq u e
In deuxième est enchâssée dans la première, la Se dit de l’alphabet créé au iXe siècle pour
question de l’ordre d'application des transfor transcrire le slave, et aujourd’hui le russe,
mations, c’est-à-dire du cycle transformatiomtel, l’ukrainien, le bulgare, le serbe, etc. Le cyrillique
ic pose. Ainsi, la phrase II n'est pas prouvé que apparaît au IXe siècle pour l’évangélisation des
l'.iul n'ait pas été tué accidentellement par cette peuples slaves. La tradition en attribue la
tviture qui n'avait pas été arrêtée par le feu rouge paternité à saint Cyrille, qui serait, en fait,
i (importe dans les trois propositions une trans- i’inventeur de l’alphabet glagolitique. A l’ori
Inrmation passive et une transformation néga gine, c'est un alphabet de 43 lettres (le slave
tive. L’ordre des transformations est toujours est très riche en sons), qui sont soit des lettres
ik la phrase la plus profondément enchâssée grecques, soit des combinaisons de lettres
(le feu rouge avait arrêté cette voiture) jusqu’à la grecques, soit des signes empruntés à l’hébreu
phrase matrice (on a prouvé quelque chose) ; dans (ts, tch. ch, chtch). Le cyrillique actuel, qui
If principe cyclique, on applique toutes les trans- comprend une trentaine de lettres, est le résultat
li irmations d’abord à la phrase la plus profon- de simplifications successives (disparition des
iliiment enchâssée, puis à toutes les autres lettres superflues) dont la dernière en date est
phrases jusqu’à la matrice (ainsi, on appliquera la réforme effectuée en 1918 par ie gouverne
|« transformation passive et la transformation m ent soviétique.
d
data V. DONNÉES. dire de cas* ; le sanskrit en a huit, le grec
ancien cinq, le latin six (sept avec le locatif),
datation
l’ancien français deux, Leur nombre varie aussi
En lexicographie, l'étymologie du m ot d'entrée
selon les classes de mots ainsi définies par la
est souvent accompagnée de la date de la
différence des désinences casuelles : le latin a
première attestation écrite et de la référence à
cinq déclinaisons nominales, le grec ancien, trois
l’ouvrage où ce premier emploi a été relevé ;
On a appliqué aussi le terme de déclinaison à
cette datation passe pour l'apparition du mot
l’ensemble des formes affixées que présentent
dans la langue (ex. : établir 1080 [Chanson de
les mots dans les langues agglutinantes, les
RolandI, latin stabilité, de stabilis, stable).
affixes agglutinés jouant un rôle analogue à
datif celui des désinences dans les langues flexion
On appelle datif le cas* exprimant la fonction nelles ; ces affixes peuvent être en nombre très
grammaticale d ’attributif* (syntagme préposi élevé et se juxtaposent sans se fondre.
tionnel introduit par les prépositions à, de, etc., 2 . En phonétique acoustique, le terme déclinai
en français) dans un syntagme verbal compor son (en anglais déclination) peut désigner la
tant déjà un syntagme nominal complément pente descendante du contour tonal* (affai
d’objet (ex. : Pierre donne une pomme à son frère). blissement de F n) ou l’abaissement des struc
Ce cas est indiqué par une désinence de la tures de form ant' F F 2, F 3, etc. vers les zones
flexion en latin et en grec. inférieures du spectre".
décision décodage
La décision est un processus psychologique qui Le décodage est l'identification et interprétation
a lieu quand un sujet doit choisir entre plusieurs des signaux par le récepteur du message émis ;
conduites possibles. Le concept est utilisé sous c’est un des éléments du processus de la
les noms de « choix » et « sélection ». communication. Le code étant un système de
transmutation d ’un message en une autre
déclaratif forme qui permet sa transmission depuis un
1. On appelle phrase déclarative une phrase
émetteur jusqu’à un récepteur par l’intermé
assertive*.
diaire d ’un canal, la substance « message » eut
2. On appelle verbe déclaratif un verbe qui
devenue, par l'opération de l’encodage, une
exprime l’énonciation pure et simple d’une
substance codée ; il y a alors transfert d'une
assertion, comme dire, raconter, déclarer, annoncer,
forme, non d'un sens. La forme prise pai le
affirmer, etc., par opposition aux verbes d'opinion,
message doit pouvoir être comprise par le
qui impliquent que l'assertion qui suit n ’est
récepteur afin que s’établisse la relation sociale
pas assumée (croire), q u ’elle est donnée comme
qui est la finalité de la communication. U
une simple opinion (penser).
convention (le code) est donnée, explicitement
déclinaison formulée. La forme codée peut alors etu
1. On appelle déclinaison l’ensemble des formes identifiée par le récepteur-décodeur (v i .....
pourvues d ’affixes que présente un nom, un d rir) ; l'identification de cette forme est a ppc
pronom ou, par accord*, un adjectif, pour lée décodage. Le message décodé reçoit eiiMiin
exprimer les fonctions grammaticales ou les une nouvelle forme au cours d'une opérai....
fonctions spatio-temporelles d’un syntagme appelée recodage. Le processus de décodant
nominal. La déclinaison est un système, ou s’effectue au niveau du récepteur-destinaiane
paradigme, de formes nominales, pronominales qui « recherche en mémoire » les élénienlii
ou adjectivales. Les déclinaisons comportent appartenant au code sélectionnés auparavant
un nombre variable de formes affixées, c'est-à- pour la transcription du message. R. Jakob nii
définition
«nli que le processus du décodage dans le dans gisant ou ci-gît ; le verbe traire est défectif.
tangage va du son au sens, des éléments aux car il n ’est pas utilisé au passé simple, etc. Ces
«ymboles. phénomènes résultent du fait que dans l’his
ilicodeur toire de la langue ces verbes sont entrés en
Bftns le circuit de la communication, le décodeur concurrence avec d ’autres verbes de même
Dm «oit l’appareil récepteur-décodeur (récepteur sens : choir/tomber, clore/fermer, traire/tirer,
Intlio, par exemple), soit la personne, ou récep- quérir/chercher. Le mouvement se poursuit avec
h ni destinataire, qui reçoit le message. Lors mouvoir/bouger, remuer, résoudre/solutionner.
qu'il s'agit d’une personne, l’appareil récepteur défectivité
i m l’oreille et le conduit auditif. On dit qu’il y a défectivité quand un membre
décomposition d ’une classe A (racine verbale, par exemple)
1.1 décomposition consiste, en grec ancien (grec ne pouvant, en règle générale, figurer dans un
lnjinérique), dans la résolution d’une voyelle énoncé sans qu’un membre de la classe B
Inique ou d ’une diphtongue en deux voyelles ; (désinences verbales, par exemple) ne soit
ainsi horâsthai est décomposé en horaasthai. im m édiatem ent cooccurrent, cette cooccur
rence ne peut se faire pour certains membres
tlrroupage V. SEGMENTATION. de la classe A (verbes défectifs, par exemple),
décréolisation [v. DRFECllf.]
131
déglutination
A
démarcatif
• nliner » l’énoncé (à l'embrayer sur la situa- construction propre à exprimer l’idée que le
llon) sont des déictiques. La deixis est donc un sujet de l’énonciation s’interroge sur la décision
mode particulier d'actualisation” qui utilise soit qu’il doit prendre. En latin, le subjonctif sert
lu geste (deixis mimique), soit des termes de de déliberatif dans l'interrogation quid faciam ?,
Li langue appelés déictiques (deixis verbale). qui correspond à l’expression française que
Le dcictique, ou présentatif, est ainsi assimilé faire ?
.t lin geste verbal (équivalence entre donne 2. En rhétorique, le genre déliberatif se dit d'un
«sorti d’un geste, et donne ceci). discours par lequel l’orateur conseille ou dis
11, Weinreich signale les facteurs suivants de suade, se propose de faire adopter ou rejeter
Id situation de communication comme pouvant une résolution dans une assemblée politique,
Cire utilisés pour la deixis (de façon évidem d é lié
ment très diverse selon les langues) : Le délié est la partie fine d ’une lettre calligra
il) L'origine du discours (« le je de phiée.
1" personne ») et l’interlocuteur (« le tu de
2’ personne ») ; d é lim ita tio n
l>) Le temps du discours, modifiant le verbe,
La délimitation est une opération consistant à
parfois le nom (en hopi, par exemple), parfois identifier les unités minimales en segmentant
lu phrase comme un tout (en chinois) ; la chaîne parlée au moyen du critère de
i) Le lieu du discours, le plus généralement substitution, de commutation*,
organisé selon la catégorie de la « personne » d é lo c u tif
ni français (ici / là situent par rapport à la 1. On appelle détocutifs les verbes dérivés d ’une
première personne, le latin iste situe par rapport locution et dénotant une activité du discours.
il la deuxième personne) ; Ainsi, selon E. Benveniste, le latin salutare, qui
tl) L'identité de deux actes de discours : c’est veut dire « prononcer à l'intention de l'inter
lin jugement sur l'identité de deux référés qui locuteur le m ot salus », est un délocutif.
luütifie le fonctionnement des pronoms. Dans 2 . Dans la terminologie de J. Damourette et
/ (» vu Pierre, il va bien, le pronom il s'est E. Pichon, le délocutif est la personne se référant
mibstitué à Pierre, dont le sujet a constaté aux êtres absents de l’acte de communication,
l'identité de référence avec le premier Pierre. aux choses et aux notions dont on parle
( v IfMBRAYEUR.) (3e personne).
dtlabialisé d é m a r c a tif
I In son délabiatisé est un son fondamentalement 1. En phonétique, un signal démarcatif est un
l.ibialisé, mais qui, dans certains cas, perd ce élément phonique qui marque les limites d ’une
Wractère, ou bien a un taux de labialisation unité significative, mot ou morphème, à l’ini
inférieur à son taux normal. Par exemple, le tiale ou à la finale. Ce rôle peut être joué par
phonème [J] dans le m ot acheter [ajie] est l’accent, dans les langues où l’accent est fixe
tlélabialisé sous l’influence de la voyelle et de au début ou à la fin du m ot et n ’a pas de
lu consonne non labiales qui l’environnent. valeur distinctive. Ainsi, en tchèque, l'accent
On emploie parfois le terme de délabialisé du mot, toujours placé sur la syllabe initiale,
comme synonyme de non labialisé pour désigner en signale le début, (v. a c c e n t .)
Un son pendant l’articulation duquel les lèvres Certains traits distinctifs peuvent également
irsient neutres ou sont étirées, au lieu d ’être avoir une valeur démarcative, comme en grec,
<ii rondies, par exemple [i] ou [e], où l'aspiration n ’apparaît qu’à l’initiale de mot
et a une double fonction, distinctive et démar
ililatif cative : [hcks] six - [eks] hors de.
Le délatif est un cas, utilisé dans les langues C ertains traits p h oniques dépourvus de
llnno-ougriennes, pour indiquer un mouvement valeur distinctive peuvent avoir une fonction
pour s'éloigner d’un endroit ou en descendre démarcative. Ainsi en russe, dans les mots et
(rôle joué par la préposition ab en latin). expressions suivants :/danos/[danos] dénoncia
tion e t/d a n o s / [danos] et le nez aussi, /jixida/
deleatur
[jix'ids] personne rancunière et /jix ida/ [jix ida]
Nt^nc conventionnel en correction d ’épreuves
leur Ida : la fermeture de la voyelle dans le
'l'imprimerie pour indiquer une suppression.
premier exemple, l'absence de palatalisation
ik'libératif dans le second indiquent la fin d ’un mot. La
I On appelle délibératif la forme verbale ou la fermeture vocalique est ici un signe démarcatif
démographie linguistique
positif, la palatalisation est un signal démarcatif tratif prochain) et -là (démonstratif lointain! .
négatif, puisque c'est son absence qui signale -ci et -là sont ajoutés par un trait d’union au
la frontière de mot. masculin-féminin, sans trait d ’union au neutre,
Le signal démarcatif peut également être où -là perd également son accent : cela, qui se
constitué par un groupe de phonèmes qui contracte souvent en ça. Les formes simple;,
n’apparaissent qu'à la frontière des unités ne s’emploient que suivies d ’un complément
significatives (signal positif) ou en sont exclus prépositionnel (ceux de Corneille) ou d ’une pro
(signal négatif). Ainsi, en français, la gémination position relative (ceux que j'ai lus), alors que les
n’apparaît qu'à la frontière de mots (en dehors formes composées sont impossibles dans ce
des cas de prononciation académique ou de cas. On constate (mais les puristes condamneni
certains futurs), comme il l'a lu [illaly] différent cette construction) l’emploi de celui, celle(s) ei
de il a lu [ilaly]. De même, en anglais, le groupe ceux suivis d ’un adjectif ou d ’un participe
[1] vélarisé + voyelle n’apparaît qu'à la frontière (Quelles bouteilles as-tu prises ? -C elles mises de
de mot, où il différencie par exemple we learit côté).
et m il earn. Par contre, en italien standard, la Sur le plan linguistique, les adjectifs démom
gémination n'apparaît jamais qu'à l’intérieur tratifs appartiennent à la classe des détermi
du m ot et peut donc être considérée comme nants ; selon les analyses, le démonstratif est
un signal démarcatif négatif. considéré comme un déterminant de mêm<
2. En linguistique, on donne le nom de démar nature que l’article, commutable avec lui, ou
catif aux éléments linguistiques (prépositions,
bien il est un préarticle qui, en structure
conjonctions de subordination, en particulier)
profonde, est suivi d ’un article défini ; cet
qui marquent le début d'une expansion (phrase
article défini est effacé en surface (cela explique
ou syntagme nominal). Ainsi, que est un démar
la fonction déictique et la fonction anaphorique
catif dans Je sais que Paul viendra, et de est un
dévolues aux démonstratifs).
démarcatif dans Je parle de ton départ.
2 . En rhétorique, le genre démonstratif se dit
démographie linguistique d’un discours qui a pour objet la louange ou
Discipline qui analyse quantitativement les le blâme (oraisons funèbres, discours annivei
sociétés humaines en relevant les diverses saires, commémorations).
données (nombre, origine, âge, sexe) des indi
vidus qui parlent chacune des langues ou des
démotivé
O n dit d'un dérivé ou d ’un composé qu’il esl
variétés.
démotivé quand il a perdu son rapport séman
dém onstratif tique avec le terme de base ; le rapport entre
1. Les démonstratifs sont des déictiques, adjectifs cœur et courage, qui en est issu n'est plus perçu
ou pronoms, servant à « montrer », comme qu’avec certaines expressions (avoir du cœur).
avec un geste d ’indication, les êtres ou les O n a étendu le sens du terme « démotivé »
objets impliqués dans le discours. Souvent, i) aux cas de fausse motivation : on a créé un
s'agit simplement de noter que l’être ou l’objet rapport entre force et forcené alors que ce der
dont on parle est connu parce qu’il en a déjà nier m o t v ien t de fors seité, « hors de
été question ou parce que, pour diverses rai sens ».
sons, il est présent à l’esprit du destinataire.
En français, l’adjectif démonstratif, qui appar dénombrable
tient à la classe des adjectifs déterminatifs, a Syn. de com ptable.
implique un changement affectant le second. représenté par [e] après les consonnes mouil
Ainsi, l’opposition : lées, par [a] après les consonnes non mouillées
Je connais la personne à qui vous pensez. La déphonologisation peut aussi aboutir à unt
Je connais ce à quoi vous pensez, identité ; en français, l’opposition [a] et ;a]
patte ■ pâte a pratiquement disparu, les deux
peut être décrite comme un seul morphème
termes de l’opposition étant identifiés avec le
discontinu :
phonème antérieur [a]. De même, certains
la personne Qu-i ce Qu-oi dialectes polonais ont confondu en une seule
3. En grammaire générative, il existe deux série [s, z, ,f, 3] deux séries de consonnes
variétés de grammaires syntagmatiques, selon anciennement distinctes [s, z, J, 3] et [tf, djj.
que dans la règle de réécriture fondamentale
XAY -> XZY déplacement
Le déplacement est l’opération consistant à modi
(A dans le contexte X et Y se réécrit Z dans
fier l’ordre de deux constituants adjacents d ’uni1
le même contexte) les symboles X et Y sont
phrase {ou deux suites de constituants) dans
ou ne sont pas nuls. Dans le premier cas. on
des conditions définies. Par exemple, la trans
a des grammaires indépendantes du contexte, dans
formation pronominale comporte, entre autres
le second cas des grammaires dépendantes du
o pérations élém entaires, une opération de
contexte. La règle de réécriture du syntagme
déplacement : le syntagme nominal pronomi
nominal
nalisé qui, dans la structure, se trouve après le
SN -> D + N verbe est déplacé pour être mis devant le
(déterminant + nom) est une règle indépen constituant auxiliaire et après le constituant
dante du contexte. Mais la règle de constitution syntagme nominal sujet : ainsi, en simplifiant,
du syntagme verbal on a :
SV -> V + SN Pierre voit le film -* Pierre voit le -> Pierre le
(verbe suivi de syntagme nominal) appartient voit.
à une grammaire dépendante du contexte, On dit aussi qu’il y a permutation des deux
puisque SN ne pourra être réécrit après V que constituants le et voit.
si ce dernier appartient à la catégorie des verbes
transitifs. déponent
On donne le nom de déponent à la voix'
déphonologisation moyenne du latin, c’est-à-dire, selon l’analyse
Une déphonologisation est une mutation, dans des grammairiens latins, aux verbes qui ont
l’évolution phonique d ’une langue, qui entraîne « abandonné » (deponere) la flexion active pom
la suppression d’une différence phonologique. prendre la flexion passive, tout en gardant le
La déphonologisation peut aboutir à créer entre sens actif. Les déponents correspondent le plus
les deux termes de l’ancienne opposition pho souvent à des verbes intransitifs ou pronomi
nologique un rapport de variantes combina- naux français (mon', mourir ; fungi, s’acquittci
toires : ainsi, dans une partie des dialectes de), mais non nécessairement (sequi:, suivre),
grand-russes, les deux phonèmes [c] inaccentué
e t [a] inaccentué so n t devenus les deux dépréciatif
variantes combinatoires d’un même phonème Syn. de p é jo r a t if .
d ériv a tio n
1. Pris en un sens large, le terme de dérivation peut désigner de façon générale le
processus de formation des unités lexicales. Dans un emploi plus restreint et plun
courant, le terme de dérivation s'oppose à composition {formation de mots compose;,),
le recours à la dérivation étant variable selon les langues.
La dérivation consiste en l’agglutination d'éléments lexicaux, dont un au moinn
n'est pas susceptible d’emploi indépendant, en une forme unique. Refaire, malltatrat\
sont des dérivés ; les éléments re-, ■eux ne sont pas susceptibles d’emploi indépendant
tandis que faire et malheur sont des unités lexicales par elles-mêmes. Les élément «
d'un dérivé sont :
1 *6
dérivation
il) le radical, constitué par un terme autonome (faire dans refaire) ou dépendant (-fec-
il.ms réfection) ;
li) les affixes, éléments adjoints appelés préfixes s’ils précèdent le radical (re-, dé- dans
h'fit ire, défaire), ou suffixes s’ils le suivent (-eux, -iste dans malheureux, lampiste). Les
préfixes peuvent correspondre à des formes ayant une autonomie lexicale (contre,
niIverbe et préposition, est préfixe dans contredire ; bien, adverbe et substantif, est
préfixe dans bienfaisant), alors que les suffixes ne sont pas susceptibles d’emploi
Indépendant.
(l'est dire les limites d’une opposition entre dérivation et composition reposant
mu le critère de l'autonomie lexicale des composants : dans contredire ou bienfaisant,
|);ir exemple, l'autonom ie des termes n’est pas moindre que dans le m ot com posé
portefeuille,
l.es préfixes ne jouent aucun rôle sur la catégorie grammaticale de l’unité de
lignification résultante (dé- permet de dériver un verbe : défaire ; un substantif :
i/i'/t’Ction ; un participe-adjectif : défait), alors que les suffixes permettent le changement
lie catégorie grammaticale : l'adjectif noir aura ainsi une série de dérivés verbaux,
nominaux ou adjectivaux noircir, noirceur, noirâtre. Ce fait incite à rapprocher la
lurmation par préfixe de la composition, rendant plus ténue la frontière entre
n imposition et dérivation.
La dérivation impropre (que l’on appelle aussi hypostase) désigne le processus par
lequel une forme peut passer d’une catégorie grammaticale à une autre sans
modification formelle. La substantivation du verbe ou de l’adjectif, par exemple, sera
un cas de dérivation impropre : boire, manger dans le boire et le manger ; doux, amer
lions le doux et l'amer.
Composés et dérivés ont en commun de se comporter dans l’énoncé comme les
Imités lexicales simples susceptibles d’apparaître dans les m êmes contextes. Par
Memple, un vieux gentilhomme n’est pas un homme vieux et gentil, mais bien un
uentilhomme qui est vieux ; pour un beau portefeuille, il est impossible de faire porter
Fadjectif sur aucun des deux éléments du com posé pris séparément.
l.es champs dérivationnels* des unités lexicales permettent de structurer le lexique,
Ica dérivés permettant de délimiter les diverses acceptions du mot. Ainsi on a deux
trrmes juste selon le champ dérivationnel :
juste j adv. juste, subst. justesse (une pensée juste, penser juste, jouer juste)
juste 2 justement, injustement, justice, injustice (un homme juste).
( !cpendant, les différences des divers sens des unités lexicales ne se manifestent pas
nécessairement par une différence du champ dérivationnel.
2 . lin grammaire générative, la dérivation est un processus par lequel les règles de la
base génèrent des phrases à partir de l’élément initial et en leur assignant une
description structurelle, de telle manière que chaque suite découle de la précédente
Bfir l’application d’une seule règle de grammaire. La dérivation est dite terminale quand
mi arrive à une suite terminale* d’éléments, à laquelle on ne peut plus appliquer de
règles de grammaire. La dérivation peut être représentée par un arbre* ou une
|Mienthétisation étiquetée. On appelle aussi dérivation l’ensemble des suites ainsi
générées, de l’élément initial à la suite terminale en passant par les suites intermédiaires.
dérivationnel
A
désinence
140
diachronie
diach ro n ie
la langue peut être considérée com m e un systèm e fonctionnant à un m oment
déterminé du temps (synchronie*) ou bien analysé dans son évolution (diachronie) ;
par la diachronie, on suit les faits de langue dans leur succession, dans leur changement
il’un m oment à un autre de l'histoire : chez F. de Saussure, la diachronie est d'abord
l'un des points de vue que le linguiste peut choisir et qui, de manière fondamentale,
n'oppose à la synchronie. Dans cette perspective, toute étude diachronique est une
explication historique du système synchronique et les faits diachroniques sont les
changements subis par la langue.
La diachronie est aussi la succession de synchronies qui, pour F. de Saussure, peut
seule rendre compte de façon adéquate de l'évolution de la langue. La diachronie
iléfinit le caractère des faits linguistiques considérés dans leur évolution à travers le
temps. La discipline qui s'occupe de ce caractère est la linguistique diachronique. La
ilinchronie constate d’abord les changements qui se produisent et les localise dans le
lumps. Mais il faut ensuite replacer l’unité linguistique étudiée dans le système tel
qu'il a fonctionné à un m oment donné.
diachronique
dialecte
l,e grec dialektos désignait les systèmes différents utilisés dans toute la Grèce, chacun
pour un genre littéraire déterminé, et considérés com m e la langue d'une région de la
( .rèce où ils devaient recouvrir des dialectes au sens moderne du terme, régionaux
i m sociaux ; l’ionien, non seulement en Ionie, mais dans toute la Grèce, était utilisé
pour le genre historique, le dorien l'était pour le chant choral.
I. Employé couramment pour dialecte régional par opposition à « langue », le dialecte
est un système de signes et de règles combinatoires de mêm e origine qu'un autre
système considéré com m e la langue, mais n’ayant pas acquis le statut culturel et
nocial de cette langue indépendamment de laquelle il s’est développé : quand on dit
i|ue le picard est un dialecte français, cela ne signifie pas que le picard est né de
1 évolution (ou à plus forte raison de la « déformation ») du français.
Dans les pays com m e la France, où l'on trouve une langue officielle et normalisée,
If dialecte est un système permettant une intercompréhension relativement facile
entre les personnes qui ne connaîtraient que le dialecte et les personnes qui ne
connaîtraient que la langue ; le dialecte est alors exclu des relations officielles, de
l'enseignement de base et ne s’emploie que dans une partie du pays ou des pays où
l'on utilise la langue. Les dialectes régionaux français d ’oïl sont : le francien, l’orléanais,
dialectique
145
dictionnaire
d ictio n n aire
Le dictionnaire est un ouvrage didactique constitué par un ensemble d'articles dont
l'entrée constitue un mot ; ces articles sont indépendants les uns des autres (maigre
les renvois pratiqués) et rangés par ordre alphabétique ; son mode de lecture est la
consultation ; la lexicographie* est la technique de confection des dictionnaires.
On distingue aussi le dictionnaire de langue, qui vise à la description de l'usage de la
langue, du dictionnaire encyclopédique, qui vise à offrir des informations sur le monde a
partir d'un mot d’entrée considéré non plus comme un signe, mais com m ê un concepi
Le dictionnaire de langue donne des informations sur le lexique d’une langue et l’utilisation
des mots (syntaxe, phonétique, etc.) dans le discours. L’unité de traitement lexicographique
est souvent éloignée de l'unité définie par la linguistique : le mot d’entrée est un terme
graphique privé de toute flexion (infinitif pour le verbe), limité à une suite entre deux
blancs typographiques (possibilité du trait d’union intérieur). Le dictionnaire ne peut
échapper à un certain arbitraire : l’objectif est souvent incertain, par hésitation entre
l’impossible exhaustivité et les limites matérielles et pratiques ; le volume des articles peut
varier selon la décision de l'auteur, qui consacrera plus ou moins de place aux emploi:;
techniques, aux emplois métaphoriques, etc. ; la distinction entre vocabulaire général d
langue de spécialité ne peut être observée ; les critères permettant de retenir un néologisme
comme consacré en langue ne sont pas évidents, etc.
Les dictionnaires bilingues ou plurilingues reposent sur le postulat qu’il existe une
correspondance entre les langues en prenant comme base un couple de mots (français/
anglais, par ex.) : coin en anglais 15 pièce (de monnaie) en français. Ces types d'information:;,
développés par des contrefiches*, donnent naissance à des formes de dictionnaires a
doubles entrées (anglais-français et français-anglais) : ainsi, donner la pièce avec une
contrefiche à l'ordre alphabétique de la partie anglais-français pour (to) tip.
Les dictionnaires bilingues précèdent historiquement en France les dictionnaires
monolingues (latin-français, français-anglais), reflétant un état linguistique où le fiançai»
se substitue au latin dans les sciences et le droit, où les relations commerciales s’intensifienl
en Europe, où la diffusion des connaissances entraîne leur vulgarisation. L’essor de
l’imprimerie au x v f siècle donne une première floraison de dictionnaires : celui de
Calepino, d’abord bilingue latin-italien, s’enrichit au fil de ses rééditions d’un plus grand
nombre de langues cibles ; le Dictionnaire français-latin, de R. Estienne (1539), procède dr
son Thésaurus linguae latinae (1532) et donnera, par enrichissement progressif des explication:,
en français, un dictionnaire de plus en plus monolingue, le Trésor de la langue française, de
Nicot (1606). Mais ce n'est qu'à la fin du XVIIe siècle que paraissent, à quelques anneeti
d'intervalle, les premiers dictionnaires uniquement monolingues du français : celui de
Richelet (1680), celui de Furetière (1690) et celui de l’Académie française (1694) , il»
témoignent du goût pour les mots, caractéristique du x v if siècle, ainsi que du besoin
d’une sorte de bilan de la langue du xvne siècle. Le x v iii' siècle se montre pluim
encyclopédiste : le Dictionnaire de Trévoux et l'Encyclopédie de Diderot en sont les principaux
monuments. Le XDC" est le siècle des grands travaux érudits : Boiste, Bescherelle, ma 11
surtout le Littré et le Dictionnaire général, d’une part, pour les dictionnaires de langue,
l’œuvre de P. Larousse, d'autre part, pour les dictionnaires encyclopédiques. La seconde
partie du XXe siècle verra, de même, un développement important sur le plan 1li
dictionnaires de langue, parallèle à l’essor de la linguistique : dictionnaires Le Roben, Alain
Key et Josette Rey-Debove, dictionnaires de langue chez Urousse (Dictionnaire du franklin
contemporain, Lexis, dirigés par J. Dubois), etc. ; sur le plan des dictionnaires encyclopéci ic111•■»
YEncyclopédie Britannica, le Grand Dictionnaire encyclopédique Lirottsse, etc. (v . l e x i c o c r a i 'i m i l
différenciation
des mots (distinguée iu sens dénotatif*). Éla étaient les suivants : coexistence de deux sys
borée par Ch. E. Osgood. elle consiste à faire tèmes linguistiques différents mais proches entre
coter par des sujets des mots sur les trois eux et dérivés de la même langue, hiérarchi
dimensions « évaluation » (bon ou mauvais), sation sociale de ces systèmes, l’un considéré
« puissance » (fort ou faible) et « activité » comme haut, l'autre comme bas, répartition
(rapide ou lent). Cette cotation permet, par des fonctions (des usages dans la société) de
exemple, de rapprocher des mots corrélés chacune de ces deux variétés.
connotativement comme rouge et amour ; à côté W. Marçais a appliqué ces principes à l’arabe
d ’une carte cognitive. elle permet de dresser en Algérie et Ferguson les a systématisés en
une carte affective d ’un mot. faisant appel à q u atre situations caractéri
3. La différenciation linguistique concerne l'usage santés : Grèce, pays arabes (arabe « classique »
de la langue selon le sexe, l'âge, la classe ou vs arabe « dialectal »), suisse germanophone
couche sociale, les conditions d’emploi. (schwyzer tüiitsch v-s allemand), Haïti (français
vs créole haïtien). Il faut ajouter comme critères
diffus
Les phonèmes diffus sont caractérisés par une la durée et la stabilité.
configuration de leur spectre acoustique telle 3. Dans la mesure où les problèmes sociolin
que les deux formants principaux (du pharynx guistiques étaient du même ordre, Fishman a
étendu l'application de ce concept à des situa
et de la bouche) se situent aux deux extrémités
tions où les systèmes n'étaient pas proches
du spectre au lieu d ’être rapprochés au centre
parents, les autres caractères (hiérarchisation,
comme pour les phonèmes compacts. Cet effet
de sonorité est provoqué du point de vue répartition des rôles, stabilité et durée) étant
seuls à prendre en compte. L’examen critique
articulatoire par la forme et le volume de la
cavité buccale, beaucoup plus petite en avant des thèses de Ferguson et de Fishman ont
porté sur la réalité même des situations (les
qu’en arrière. Les fréquences du résonateur
buccal (2‘ formant) sont beaucoup plus éle H aïtiens so n t m assivem ent m onolingues
vées que celles du résonateur pharyngal créoles, si bien que le français n'y serait qu’une
( V formant). Les consonnes labiales et dentales
langue étrangère utilisée par l'Etat), sur la
séparation des systèmes (v. c o n t i n u u m ) ou sur
sont donc diffuses, ainsi que les voyelles fer
mées, par opposition aux consonnes vélaires l’harmonie et la stabilité. Les critiques sur ces
derniers points ont abouti à la définition de la
et palatales et aux voyelles ouvertes, qui sont
compactes. Cette différence dans le spectre des diglossie comme conflit linguistique ou fonction
nement diglossique (v . d ig l o s s ie ) .
voyelles en fonction de leur ouverture apparaît
très nettem ent si on prononce en série les digram me
voyelles [i], [e], [e], [a] : les deux formants, très On appelle digramme un groupe de deux lettres
écartés au départ, se rapprochent par un dépla employé pour transcrire un phonème unique.
cement vers le centre du spectre : le formant Ainsi, le phonèm e/J1/ est transcrit en français
haut descend et le formant bas remonte. par le digramme ch.
digam m a diladon
Lettre de l’alphabet grec archaïque (F), servant La dilution, ou assimilation à distance, est la
à noter le son [w] et disparue de bonne heure modification du timbre d ’un phonème due à
en ionien attique. l'anticipation d ’un autre phonème qui ne lui
d iglossie est pas continu : la forme moderne du mot
1. H istoriquem ent, la diglossie caractérisait, français chercher [Jr.rJe] est due à une dilation
chez Psichari, la situation linguistique issue de de la consonne dentale [ts] ou [s] initiale p.u
l’installation d'une monarchie bavaroise à la la palatale intérieure [tj] ou [J] : encan >
chercher. La métaphonie' est un cas particulu'i
tête de la Grèce indépendante et dans laquelle
la katharevousa (langue grecque archaïsante) de dilation dû à l'influence de la voyelle fin.ilr
était la seule langue reconnue par l’Etat, alors dim inutif
que les formes, tournures, prononciation et 1. Le diminutif est un nom qui se réfère à un
mots quotidiens étaient dénommés démotique objet considéré comme petit et en géni-t.il
(dhémotiki). accom pagné d 'u n e co n n o tatio n affective
2 . l.e terme a été ensuite employé, par oppo (hypocoristique). Ce sont les conditions d ’en i
sition à bilinguisme, pour toutes les situations ploi (contexte affectif ou familier) qui cat.n
analogues à celles de la Grèce ; les critères térisent le diminutif. Le diminutif peut élu
discontinu
2. En phonétique, une consonne discontinue est pendant toute la durée de leur réalisation un
une consonne pour l'articulation de laquelle écoulement de l’air au moins partiel. Ce trait
l'éco u lem en t de l'a ir est to talem en t in ter se manifeste acoustiquement par un silence
rompu. Les occlusives [p], [t], etc., les affriquées (blanc), au moins dans la zone de fréquences
[tj], fdj], etc., les vibrantes [r] sont des discon située au-dessus du fondamental, suivi ou
tinues, par opposition aux fricatives, aux laté précédé d’une diffusion de l'énergie sur une
rales. aux nasales, aux glides, qui comportent large bande de fréquences.
d isco u rs
1. Le discours est le langage mis en action, la langue assumée par le sujet parlant.
(Syn. : p a r o l e . )
2. Le discours est une unité égale ou supérieure à la phrase ; il est constitué par une
suite formant un message ayant un com m encement et une clôture. (Syn. : é n o n c é . )
3. En rhétorique, le discours est une suite de développements oratoires destinés à
persuader ou à émouvoir et structurés selon des règles précises. On distingue le genre
démonstratif* (blâme ou louange), le genre délibératif* (conseil ou dissuasion), le
genre judiciaire* (défense ou accusation). Le discours rhétorique se com pose de six
parties qui n ’entrent pas toutes nécessairement dans un discours : l'exorde, la
proposition ou division (exposé du sujet), la narration (exposition des faits), la preuve
ou confirmation (m oyens sur lesquels on s'appuie), la réfutation (rejet des objections),
la péroraison (conclusion qui persuade et émeut). Les discours relèvent aussi des
circonstances dans lesquelles ils sont prononcés : éloquence de la chaire (sermon),
du barreau (plaidoyer, réquisitoire), éloquence académique (commémoration).
4 . Dans son acception linguistique moderne, le terme de discours désigne tout énoncé
supérieur à la phrase, considéré du point de vue des règles d’enchaînement des suites
de phrases.
Dans la problématique antérieure à l'analyse de discours, le terme de discours ne
pouvait être, du point de vue linguistique, que synonym e d ’énoncé. L'opposition énoncé
/d isco u rs marquait simplement l’opposition entre linguistique et non linguistique. La
linguistique opérait sur les énoncés qui, regroupés en corpus, s'offraient à l'analyse ;
les règles du discours, c'est-à-dire l’étude des processus discursifs justifiant I’enchaî
nement des suites de phrases, étaient renvoyées à d’autres modèles et à d’autres
méthodes, en particulier à toute perspective qui prendrait en considération le sujet
parlant.
Pour É. Benveniste. la phrase, unité linguistique, n’entretient pas avec d’autres
phrases les mêmes rapports que les unités linguistiques des autres niveaux (morphème,,
phonèmes) entretiennent entre elles, rapports qu’avait notés F. de Saussure. Lrii
phrases ne constituent pas une classe formelle d'unités opposables entre elles, comme
les phonèmes s’opposent aux phonèmes, les morphèmes aux morphèmes et Ir.
lexèmes aux lexèmes. Avec la phrase, on quitte le domaine de la langue comme
systèm e de signes ; le domaine abordé est celui du discours, où la langue fonctionne
com m e instrument de communication. C’est dans ce domaine que la phrase, cess.mi
d’être un terme ultime, devient une unité : la phrase est l’unité du discours. Indiquom
cependant un autre usage fait par É. Benveniste du terme de discours, dans uiir
opposition récit vs discours. Pour lui, le récit représente le degré zéro de 1’énonciatinn
dans le récit, tout se passe com m e si aucun sujet ne parlait, les événements semblent
se raconter d'eux-mêmes ; le discours se caractérise, au contraire, par une énonciation,
supposant un locuteur et un auditeur, et par la volonté du locuteur d’influencer ■>n
interlocuteur. À ce titre seront opposés : toute narration impersonnelle (récit) et totlit
discours direct
151
discret
'ISA
distinctif
lin fait, une définition cohérente des traits distinctifs n'est encore possible qu'au niveau
•ii ticulatoire et au niveau acoustique. Certains linguistes préfèrent utiliser la terminologie
articulatoire. qui permet une vérification plus aisée de la réalisation des traits distinctifs
en l’absence de tout matériel expérimental. D ’autres préfèrent définir les traits distinctifs
en ternies acoustiques, à partir des données fournies par les spectrogrammes de l’onde
Honore, afin de mieux rendre compte de leur rôle dans le fonctionnement de la langue,
surtout dans le cadre de l'hypothèse binariste. D ’après R. Jakobson, tous les systèmes
Ihonologiques du monde reposent sur une douzaine d’oppositions binaires dans lesquelles
i haque langue effectue un tri. Le système de chaque langue peut être représenté par une
matrice dans laquelle les phonèmes se définissent par un choix positif ou négatif entre
les deux termes des différentes oppositions. Tous les traits distinctifs utilisés par la langue
n'interviennent pas nécessairement dans la définition de chaque phonème et peuvent
n’assurer qu’une fonction de trait pertinent. La matrice phonologique tient compte de
cette différence en représentant par un 0 ou un blanc l’absence de choix distinctif entre
les deux termes d’une opposition. Mais, pour connaître la réalisation des phonèmes dans
la prononciation standard d’une langue donnée, il faut prévoir une matrice phonétique
qui représente également les traits pertinents, (v. aussi a c œ n t et t r a i t . )
distributif
Les distributifs sont des adjectifs numéraux, des positions par rapport à d’autres éléments d ’une
indéfinis, etc., qui expriment une idée de manière qui n ’est pas arbitraire. En ce cas,
répartition d'objets pris chacun en particulier. l’élément l'enfant a deux environnements cooc
Ainsi, les adjectifs indéfinis chaque et chacun currents : le « début de phrase », d ’une part,
sont des distributifs. En latin, il existe des et « lance la balle, court, est heureux », etc.,
adjectifs numéraux distributifs de la forme terni d’autre part. Lorsque des unités apparaissent
« trois par trois », singuli « un par un », etc. dans les mêmes contextes, on dit qu’elles ont
les mêmes distributions, qu’elles sont équivti
distribution
lentes distributionnellement ; si elles n ’ont aucun
1. Dans les énoncés significatifs d’une langue,
contexte commun, elles sont alors en distribution
la distribution d’un élément est la somme de
complémentaire. Le plus souvent, les unités ont
tous les environnements de cet élément (ou
des distributions partiellement équivalentes,
contexte*). Ainsi, la suite de morphèmes l'en
soit que l'u n e des distrib u tio n s contienne
fant, considérée comme un seul élément, est
l’autre, soit qu’elles se chevauchent ou se
définie à partir des phrases significatives L'en
recouvrent partiellem en t avec une aire
fant court, L'enfant lance la balle, L'enfant est
commune.
heureux, etc., par les contextes « début de
2. En rhétorique, syn. de d is p o s i t i o n .
phrase » et court, lance la balle, est heureux, etc.
Cette définition repose sur l’hypothèse que distributionnalism e
chaque élément se rencontre dans certaines Syn. de l in g u is t iq u e o u a n a l y s e d is t r ib u t io n n e ! i :
liées : le sens est fonction de la distribution (sans qu'on puisse parler de parallélisme
parfait de structure).
Visant essentiellement la description des éléments d’une langue par leur aptitude
à s’associer entre eux de manière linéaire, l’analyse distributionnelle ne peut pas
rendre compte des phrases ambiguës (du type J'ai acheté ce livre à mon frère). D e plus,
elle présente de la langue un m odèle à états finis, c’est-à-dire que, à partir des formules
combinatoires qu’elle extrait de l’observation du corpus, on peut construire un
ensemble de phrases dénombrable ; il n’existe pas, synchroniquement, avec un tel
point de vue, de phrases nouvelles. Le type d’analyse ne rend donc pas compte de
la créativité du sujet parlant.
Enfin, sa méthode se veut purement descriptive et inductive, sans l'être totalement
C’est de l’analyse de ces insuffisances qu’est née la grammaire générative.
données
l'.irmi les actes de parole, une analyse linguistique empirique, inductive, en retient
■certains pour en faire ses données (ou data), réunies en un corpus*. Mais en réalité
Imite observation des faits de langue est sous-tendue par une théorie : mêm e en
phonologie, domaine qui pourrait paraître objectif, la construction théorique (au
niveau de la théorie linguistique générale) est sous-jacente à la construction de l'objet
étudié. En linguistique, com m e dans toute autre science, la distinction entre objet
I rt'fl et objet de science est à observer avec soin.
Pour les linguistes descriptivistes, les conditions dans lesquelles les données doivent
0!re recueillies pour constituer un corpus sont essentielles ; ce sont elles qui valident
mi non les données sur lesquelles opérera une théorie inductive pour dégager des
règles.
Pour les linguistes théoriciens, la condition nécessaire est la validité de la théorie,
tlont on déduira les règles de la langue. Pour N. Chomsky, l'adéquation observation-
nelle, c’est-à-dire la rigueur dans la présentation des faits observés, est l’objectif le
|)ltis bas que puisse s’assigner le linguiste. Une grammaire qui rend compte de la
I compétence linguistique du locuteur natif et spécifie les données en termes de
I «ces [p], [t], [k], [1], [s], [f] so n t dures en différent si leur durée est différente. Si les
q u 'il ne s’agisse pas véritab lem en t de la que bis crié ne diffère de pisse que par le trait
Irançais, par opposition aux consonnes voisées différences de durée existent dans toutes les
répétition d ’une m êm e articulation, mais voisé normalement redondant. Dans certaine
I et douces [b], [d], [g], [v], [z], [3 ]. langues, seules certaines langues les utilisent
plutôt d’une consonne plus longue et plus langues, les consonnes douces s’opposent aux
consonnes fortes sans aucune participation duratif phonologiquement pour différencier des mor
forte que la consonne homorganique corres
de la voix : c’est le cas dans le système On appelle duratifs les m orphèm es lexicaux et, phèmes et des mots.
pondante, Il s’agit, en général, d'une opposition à deux
phonologique de l’allemand de Suisse et de en particulier, les verbes et les adjectifs qui
d o u b le t certains dialectes italiques comme le corso k exprim ent par eux-mêmes la notion de durée ; termes : un terme bref et un terme long ; le
O n appelle doublet un couple de mots issus Ils s’opposent aux m orphèm es lexicaux non latin présentait une opposition de ce type qui
méridional.
d'un même étymon*. mais dont le premier est Du fait que l’opposition consonantique dont f duratifs, qui n ’exprim ent pas cette notion. permettait d'opposer, par exemple, le présent
le résultat du jeu des lois phonétiques telles vs forte se confond avec l'opposition vocalique Ainsi, les verbes savoir, posséder, réfléchir, etc., venit ([e]) au parfait venit ([e:]), les langues
qu’on peut les déduire des autres mots de la lâche vs tendue, le terme de douce ou faible est I sont duratifs : ils ont le trait [-1- duratif], com m e germaniques modernes connaissent également
langue, et dont le second est un calque direct aujourd’hui employé comme synonyme do les a d je c tifs petit, ivre, rougeaud, e tc. ; au cette opposition, par exemple en anglais, où
d’un terme de la langue mère, et qui n ’a subi contraire, les verbes mourir, allumer, arriver, etc., s’opposent un [i:] long et un [i] bref, comme
lâche.
que des adaptations minimes : livrer et libérer Du point de vue acoustique, une consonne t et les adjectifs étincelant, agacé, etc., so n t non l’attestent les paires seat vs sit, [si:t] vs [sit], beat
(venant tous les deux du latin liberare), natal et douce est caractérisée par une zone de formants d u ra tifs. O n o p p o se ainsi voir à regarder vs bit, etc. Les langues finno-ougriennes se
Noël (venant tous les deux de natalis). La forme moins nettem ent définie, par une diminution (duratif), entendre à écouter (duratif). [On dit servent beaucoup des différences q uantita
qui a subi l'évolution phonétique est dite de la quantité totale d'énergie et de son ' aussi stattf et nonstatif.] tives ; certaines, comme l’estonien, connaissent
« populaire », la forme calquée directement est expansion dans le temps, même trois degrés de longueur vocalique, avec
dite « savante ». F. de Saussure considère l’ex durée un terme bref, un terme long et un terme très
pression de doublet comme impropre, puisqu'un dualité 1 La durée (ou quantité) d ’u n son est son exten- long ([sada] « cent » s’oppose à [sa:da]
La dualité est un trait distinctif de la catégorie ■ «ion dans le tem ps. T ous les sons du langage,
seul des deux mots a subi une évolution « envoie » - impératif - et à [sa::da] « avoir la
du nombre" ; il indique l’existence de « deux •
phonétique normale, l'autre étant une forme I l’exception des occlusives, peuvent durer permission de »).
entités isolables par opposition à « plus di> I autant que le p erm et le souffle, c’est-à-dire l’air
figée dès l’origine. Les différences de durée consonantique
deux » entités (pluralité) ; il est exprimé pal | expulsé par les poum ons p endant une expira
d o u te u x peuvent également avoir une valeur phonolo
le duel (en grec par exemple) ou par le pluriel tion. M êm e les occlusives sont susceptibles
On dit d'une phrase qu'elle est douteuse quand, gique dans certaines langues. Dans ce cas, les
(les yeux, les oreilles, en français). La diw d ’un certain allongem ent, la ferm eture du
produite par la grammaire d ’une langue, elle consonnes longues sont souvent scindées en
lité est n o tée par les traits [ —singularité, I chenal vocal pouvant être m aintenue dans
est agrammaticale au regard d ’une autre gram deux par la frontière syllabique et sont dites
+ dualité], I certaines limites.
maire de la même langue, définie par un ou alors « géminées »ou« doubles ». L’opposition
dubitation Cette durée est m esurable instrum entale- consonnes longues vs consonnes simples a une
plusieurs autres sujets parlants. En ce cas, la On appelle dubitation une figure de rhétorique I m ent pour chaque son concret d ont la m oyenne grande importance dans la langue italienne,
phrase est douteuse au regard de la compétence
par laquelle on feint de mettre en doute et) donne la durée d ’un phonèm e. qui, à la différence des autres langues romanes,
générale de la communauté linguistique. La
qu’on va énoncer, La durée d ’un phonèm e dépend de la vitesse a considérablement augmenté le nombre des
phrase douteuse est indiquée en la faisant
duel [ du débit, de la longueur du groupe prononcé géminées présentes en latin (/p an i/v s/p an n i/
précéder d'un point d’interrogation dans les
Le duel est un cas grammatical du nombn ’ I (plus le groupe est long et plus les phonèm es « pains » w « vêtements »).
descriptions,
traduisant la dualité dans les noms comptable I sont brefs), de ses qualités phonétiques propres. La durée a un rôle phonologique très res
doux (« deux », par opposition à « un » et à « pim Les règles qui lient la durée d ’un phonèm e à treint en français moderne, où les géminées
Une consonne douce est une consonne dont de deux ») ; il comporte dans des Ianguei [ tes qualités phonétiques sont à peu près les apparaissent seulement à la frontière de m ot
l’articulation est réalisée avec moins de force comme le grec un ensemble spécifique il* mêmes dans toutes les langues : plus une pour opposer certains groupes tels que il a dit
que celle de sa partenaire forte. Ce trait corres désinences nominales et verbales. Le duel ml voyelle est fermée, plus elle est brève ([i] est et il Ta dit. La différence de durée vocalique a
pond, du point de vue articulatoire, à un noté par [ —sing, +duel], (v toisl.) plus bref que [c], [e] est plus bref que [e], etc.) ; peut-être encore une valeur phonologique dans
relâchement des muscles des organes buccaux, les v o y e lle s p o sté rie u re s , a c o u s tiq u e m e n t certaines variétés telles que le parisien ou le
Dumarsais (César Chesneau), grammairien
plus proche de la position de repos, et à un {(laves, so n t plus brèves que les voyelles anté français de Normandie, où elle permet d’op
français (Marseille 1676 - Paris 1756). Il M!
affaiblissement de la pression de l’air qui rieures, acoustiquem ent aiguës. Les consonnes poser des mots tels que mètre et maître, et les
l’auteur d ’un ouvrage original : Exposition d'uni
traverse le chenal buccal, la résistance offerte liieatives sont plus longues que les occlusives, formes de certains adjectifs, comme aimé [p.me]
méthode raisonnée pour apprendre la langue hiltiit
au point d’articulation étant moins forte. Cette les voisées plus brèves que les non-voisées. vs aimée [sme:].
(1722). dans lequel il propose d ’enseignet |i
pression de l'air moins élevée derrière le point La durée d ’une voyelle (et donc de la syllabe
latin comme une langue vivante. Charj;< |i/it dyade
d'articulation s’accompagne aussi d ’une durée ilont elle est le noyau) est en relation avec
Diderot et d’Alembert de la partie gramnviiii iilr Le terme dyade se dit du couple mère-enfant
plus brève. Dans certaines langues, comme le l'm:cent : la syllabe plus longue que les syllabes
de YEncyclopédie, il écrit environ 150 article dans les échanges précoces et marque l’aspect
français, le russe, l’opposition douce vs forte Voisines est entendue com m e la syllabe accen
(césure, citation, conjugaison, consonanir, <*, fusionnel de l’interaction (v . a c q u i s it io n ) . La
double l'opposition voisée vs non-voisée et assume tuée. La place de l’accent dit « accent d ’inten-
futur, etc.). [V. Bibliographie.] construction de la langue se fonde sur des
la fonction distinctive en cas de dévoisement tttté » dépend donc aussi de la longueur de la
dur acquisitions communicatives antérieures qui se
de la voisée ou de voisement de la non-voisée «vüabc et ne dépend pas seulem ent de son
Un phonème dur, appelé de préférence ten,h' réalisent au sein des interactions entre l’enfant
dans les expressions coupe de champagne ou rude Intensité.
ou fort’, par opposition aux phonèmes ./<•«* * et son entourage dès le début de la vie. Ces
travail ; clans d'autres cas, c’est l'opposition La durée est égalem ent liée au tim bre : deux
lâche* ou faible", est caractérisé par une temiiitll interactions concernent le plus souvent la mère
douce, v s forte qui disparaît : ainsi, un [b] crié Voyelles de form ants identiques o n t un tim bre
des muscles buccaux. Les consonnes nnnvtil et l’enfant, et les recherches, en psychologie
énergiquement égale en force un [p], de sorte
dynamique
comme en linguistique, ont porté de façon phonèmes dû soit à une lésion centrale (lésion
préférentielle sur ce couple qu'on a appelé la corticale) entraînant un déficit dans la program
« dyade mère-enfant ». Le dialogue étant une mation de ces phonèmes, soit à des lésions
création à deux, on a pu observer la façon périphériques entraînant une paralysie de c.er
dont la forme prise par les interactions mère- tains organes moteurs d ’exécution.
enfant modèlent les usages du langage chez dysgraphie
l'enfant et font évoluer le rôle de tuteur de la La dysgraphie est un déficit de la graphie
mère. Ainsi, pour donner un exemple, si toutes caractérisé par des difficultés dans l’adéquation
les vocalisations de l’enfant de six mois sont de l'écriture à la norme orthographique en
interprétées comme significatives, seules celles usage,
qui constituent de bonnes approximations des
mots adultes sont prises en compte vers l’âge dyslexie
de un an. Cette médiation permanente de la La dyslexie est un déficit de la lecture, caractérisé
mère entre son enfant et le langage permet la par des difficultés dans la correspondance entre
conventionnalisation progressive des éléments des symboles graphiques, parfois mal reconnus,
com m unicatifs produits pendant l’échange et des phonèmes, souvent mal identifiés. Le
(cris, regards, gestes, mimiques, intonations). trouble intéresse de façon prépondérante soit
O n pense que, de façon globale, l’investisse ia discrimination phonétique, soit la recon
m ent maternel dans la relation dyadique et les naissance des signes graphiques ou la transfor
stratégies utilisées par elle varient d’un groupe mation des signes écrits en signes verbaux (ou
social à l’autre. Cette variation de nature réciproquement).
socioculturelle et sociolangagière du fonction dysorthographie
nement de la dyade commence à peine à être 1. La dysorthographie est un trouble de l'ap
étudiée. prentissage de l’orthographe qui se rencontre
dynam ique chez les enfants d’intelligence normale, lié ou
1. On donne le nom de dynamique au terme associé à une dyslexie.
non accompli dans l'opposition aspectuelle 2. On appelle dysorthographie une faute d’or
définie par le couple être (accompli) [statique] thographe, quelle qu’en soit l’origine.
et devenir (non accompli) [dynamiquej. dysphasie
2. En phonétique, l'accent dynamique, ou accent 1. Chez l'enfant, la dysphasie est un trouble de
d’intensité, est un trait prosodique qui est une la réalisation du langage, dont la compréhen
variété intersyllabique des traits de force : la sion est peu atteinte, et qui est consécutif à
syllabe sur laquelle il porte est prononcée avec un retard dans l'acquisition et le développe
plus de force que les autres syllabes de la ment des diverses opérations qui sous-tendeni
même séquence, grâce au mécanisme sublaryn- le fonctionnement du langage.
gal, en particulier aux mouvements de l’abdo 2. Syn. d’APHASit.
men et du diaphragme. Cet accent a une dysprosodie
fonction culminative qui se combine soit avec La dysprosodie est une anomalie du rythme, dt
la fonction dém arcative, lo rsq u ’il est fixe, l’intonation ou de la hauteur du ton dans le
comme en tchèque, soit avec la fonction discours de certains malades aphasiques : ralen
distinctive, lorsque sa place est totalement ou tissement du débit et syllabation chez leii
relativement libre, comme en italien, (v. accent.) aphasiques m oteurs, présence d ’un acceni
dysarthrie « étranger » consécutif à une distorsion du
La dysarthrie est un trouble de l’articulation des rythme de la parole, (v. aphasie.)
e
to rt écholalie
I, Quand on compare deux états de langue et On appelle écholalie la répétition par un malade
qu'on constate dans l’un la présence d ’une aphasique de mots ou de phrases prononcés
u n i t é là où, dans l’autre, on constate l’emploi devant lui sans qu’ils aient pour lui de signi
d'une autre unité de sens équivalent, on définit fication. Ces répétitions intégrales et rapides
Un écart entre deux états de langue : ainsi, il y constituent souvent les seules « réponses » aux
n écart entre l’ancien français rei (le roi) pro questions posées.
noncé [rei] et le français moderne roi prononcé
économ ie
11wa], cet écart permettant de constituer des
Le principe de l’économie linguistique repose sur
i lasses de variations systématiques. On peut
la synthèse entre des forces contradictoires
île- même définir des écarts géographiques ou
(besoin de com m unication et inertie) qui
lociaux.
entrent constamment en conflit dans la vie des
Quand on définit une norme, c’est-à-dire un
langues. 11 p erm et d ’expliquer un certain
image général de la langue commun à l’en-
nombre de faits en phonologie diachronique.
«cmble des locuteurs, on appelle écart tout acte
Pour un phonème, il est indispensable et
ilt- parole qui apparaît comme transgressant
suffisant qu’il soit distinct des autres phonèmes
une de ces règles d’usage ; l’écart résulte alors
de la langue. D ’une part, toute réalisation de
d'une décision du sujet parlant. Lorsque cette
phonèmes qui ne permet pas à une opposition
décision a une valeur esthétique, l’écart est
de se maintenir nettement met en danger
analysé comme un fait de style.
l’existence indépendante des deux phonèmes
{■change verbal et l’intégrité du système. Pour qu’un système
On donne le nom d 'échange verbal à la commu réponde aux exigences de la compréhension,
nia ation* considérée sous l’angle du dialogue : il faut que la marge de sécurité entre les
li- locuteur produit un énoncé qu’il « donne » phonèmes soit suffisante, afin que les inévi
(1 un interlocuteur qui, en réponse, lui tables déviations articulatoires de la parole
« donne » un autre énoncé, n'aboutissent pas à la confusion. D ’autre part,
échantillon il est plus économique de recourir à un mini
I tans une analyse descriptive d ’énoncés obte mum de traits pertinents, en réduisant le
nus dans une population donnée, l’étude lin nombre des articulations utilisées à des fins
guistique (phonologique, syntaxique ou lexi- distinctives : chacune étant plus fréquente dans
i air) porte sur un nombre restreint d ’éléments la parole, sera plus facilement reproduite à
prélevés dans l’ensem ble des énoncés qui l’émission et perçue à l’audition. C’est pour
muaient pu être obtenus dans cette même quoi les phonèmes isolés, non intégrés dans
|><ipulation : on a donc déterminé une fraction un système, sont instables, exposés à disparaître
ilans l’univers statistique que constitue l’en- ou à se créer un partenaire corrélatif, et c’est
llnuble des énoncés possibles. Cette fraction pourquoi les systèmes phonologiques les plus
forme un échantillon. L’échantillon est dit repré- stables sont ceux qui présentent le plus grand
•rncatif de l’ensemble dont il est tiré si les nombre de corrélations" et de faisceaux de
pénilltats obtenus ne diffèrent pas significati- corrélations, c’est-à-dire des ensembles de pho
Hémenc des résultats qu’on aurait obtenus au nèmes résultant des combinaisons des mêmes
RKH où on aurait déterminé d’autres fractions traits distinctifs.
ilturi cet ensemble ; cela veut dire que les Ainsi, le passage de l’espagnol médiéval à
Hfuitltats de l’échantillon peuvent être projetés l’espagnol moderne s’est traduit par une réor
•lu l’ensemble des données considérées. ganisation économique du système phonolo
IV (©M US.) gique. Les fricatives voisées [v], [z], [3] ont
•/Ai
écrit
disparu, ainsi que les affriquées voisées [dz] et b) une plus grande différenciation des points
[d3 ] et l’affriquée non-voisée dentale [ts]. Deux d'articulation (une interdentale, une alvéolaire,
phonèmes non-voisés sont apparus, dans la une vélaire au lieu de deux alvéolaires et de
série des dentales [0] et dans celle des vélaires deux palatales) diminuant les risques de confu
[x]. L'économie réalisée dans cette mutation sion :
se traduit de la manière suivante : c) une cohérence majeure du système due à
a) une diminution du nombre de phonèmes la formation de trois faisceaux de corrélation
(donc d'unités distinctives minimales), liée sans (occlusives non-voisées, occlusives voisées,
doute à la faiblesse de leur rendement fonc fricatives non-voisées, labiales, dentalen,
tionnel ; vélaires).
écrit
1. L’expression langue écrite a deux sens différents. Dans un premier sens, la langue
écrite est l’ensemble des formes spécifiques qu’on utilise quand on « écrit », c’est-n
dire quand on fait un travail d’écrivain ou qu'on rédige des textes exigeant uni-
certaine tenue (dans ce cas, la langue écrite est la langue littéraire). Langue écrite s'oppose
aussi à langue familière ou à langue populaire. L’école enseigne ainsi qu’il y a dc:i
« choses » qu’on dit et qu’on n'écrit pas : ainsi ça est une forme parlée, cela une
forme écrite. Dans un second sens, la langue écrite est la transcription de la langue
orale ou parlée. Or il existe une distorsion très accusée entre certains systèmes de
marques de l’oral et des systèmes correspondants de l’écrit : pour indiquer le genre
dans les adjectifs, la langue parlée oppose surtout des terminaisons féminine»
consonantiques à des masculins vocaliques com m e dans le féminin [pk zàl] plaisante
vs [plezà] plaisant, mais assigne plutôt aux deux séries de formes la même prononciation
à finale vocalique [eme] aimé vs aimée, mis vs mise, mais on a tranquille pour le masculin
et le féminin.
De mêm e la langue écrite a une variation en nombre pour presque tous les nomt.
et adjectifs (auxquels on ajoute -s pour marquer le pluriel), alors que la langue parléi
n’a de formes particulières au pluriel que dans les cas de liaison : enfant vs enfants (adorés),
mais [àfà], [àfàzadore] ; ou pour quelques mots : cheval vs chevaux, [Javal] vs [fovo].
La langue écrite peut aussi s’opposer à la langue parlée par le vocabulaire et pat
des structures de phrases beaucoup plus complexes.
2. D'une manière générale, les formes écrites, qui ont plus de stabilité et de possibilili
de diffusion que les formes orales, ont été à la base de la constitution des langutn
nationales des grands États. Ainsi l’allemand : en Allemagne, en Autriche, dans tint'
grande partie de la Suisse, dans de petits secteurs d'autres pays européens, les gewi
considèrent que leur langue est l’allemand. Malgré les différences considérables entre
les formes parlées (différences plus grandes qu’entre les langues scandinaves
suédois, danois, norvégien), il n’existe qu’une seule langue écrite dans toute cet l>
région ; aussi, toute personne qui sait lire et écrire peut-elle communiquer .tvn
une autre utilisant l’allemand écrit. À partir d’un dialecte de m oyen allemand, cetti
forme s’est généralisée com m e allemand écrit (Schriftdeutsch) et présente une grandi
uniformité.
L’italien écrit moderne s’est de même développé à partir du toscan grâce surtout
au prestige de la Divine Comédie de Dante. Empruntant par la suite aux divers dialceien,
notamment à celui de Rome, cette langue est ainsi une sorte de m oyenne de toUH
les dialectes italiens.
3. D ’une manière générale, la langue écrite est beaucoup plus stable que la lattyiw
parlée : la représentation du système français du genre et du nombre de la lanj;uu
i
écriture
écrite, présenté plus haut, est celui que la langue parlée (comme la langue écrite)
connaissait encore au milieu du XVIe siècle.
La langue écrite change elle aussi, mais très lentement. Ainsi, le texte suivant fait
fessortir le changement : « A quoy Paiiurge baissa sa teste du cousté gauche et mist le doigt
millieu en l'oreille dextre, élevant le poulce contremont » s’écrirait « A quoi (sur quoi) Panurge
missa sa (la) tête du côté gauche et mit le doigt milieu (le médius) en l'oreille dextre (dans
l'oreille droite), élevant (levant) le pouce contremont (en l’air) ». La langue écrite est le
principal facteur de conservation linguistique. Toutefois, il arrive qu’une réforme
permette de tolérer les changements ; par exemple, l’orthographe suédoise a subi une
irvision assez complète à peu près une fois par génération depuis le début du
Xix1' siècle.
■i, La langue écrite a souvent un lexique différent de celui de la langue parlée ; mais,
i ontrairement à une illusion assez répandue,, le lexique de la langue parlée est aussi
m lie que le lexique de la langue écrite. Les vocabulaires parlés sont caractérisés par
la richesse en hom onym es, que l’orthographe distingue généralement (par exemple :
v/ seau, sceau, saut), et en synonym es ou en mots presque synonym es (la langue
parlée emprunte, en effet, à différents dialectes des m ots différents de même signifié).
Mais les différences entre langue écrite et langue parlée peuvent être importantes.
Ainsi, des formes écrites très différentes {hindi et ourdou dans l’Inde) existent pour
|)es formes parlées identiques : la différence de contexte (l’ourdou, qui utilise l’alphabet
arabe, est la langue des musulmans) a provoqué une évolution telle qu’on a deux
langues écrites différentes à partir d’une m êm e langue parlée.
En sens inverse, on peut très bien n ’avoir qu’une langue écrite correspondant à
(les formes parlées très différentes : c’est la cas de l’arabe, dont la forme écrite, dite
< arabe littéraire », recouvre des langues très différentes entre elles, dites « arabes
dialectaux ». Mais, dans ce domaine, les cas typiques sont ceux des langues
Idéographiques, comme le chinois, qui peuvent écrire avec les mêmes signes des
langues entièrement différentes.
S. Sur un plan plus général, la langue écrite est un facteur puissant de culture et
i l’unification. La conséquence est qu’on confond souvent la forme écrite avec la langue
i Ile-même, si bien qu’on oppose des langues écrites (français, anglais, hinciï) aux langues
lu ni écrites, c’est-à-dire à celles qui n’ont pas de textes (langues primitives connues parfois
in iq uem ent grâce aux remarques de missionnaires ou de chercheurs), mais qui,
évidemment, peuvent être transcrites. Les langues non écrites trouvent de nos jours une
u'itaine uniformité en se constituant des formes écrites dites « langues* d’union ».
écriture
l ’écriture est une représentation de la langue parlée au m oyen de signes graphi-
■ llcs. C’est un code de communication au second degré par rapport au langage,
■ udc de communication au premier degré. La parole se déroule dans le temps
Ikl disparaît, l’écriture a pour support l’espace qui la conserve. L’étude des différents
m i e s d’écriture élaborés par l’humanité a donc un étroit rapport avec l’étude de
■ langue parlée, ainsi qu’avec celle des civilisations dans lesquelles elles se sont
écriture écriture
perfectionnées. Une étude de l'écriture doit se développer sur deux plans parallèles : j Différentes classifications ont été proposées concernant les divers types d’écriture
d’une part, une étude historique de l'écriture depuis son « invention » jusqu’à découverts jusqu’à nos jours. La classification traditionnelle présentée par M. Cohen
est historique. Elle distingue trois étapes :
ses états actuels ; d'autre part, une étude linguistique qui tente de dégager loi
règles de fonctionnem ent de l’écriture, ainsi que ses rapports avec la langue <i) Les pictogrammes, écriture de type archaïque, figurative, qui représente le contenu
du langage (et non le langage avec les mots et les sons) ;
parlée.
h) Les idéogrammes, signes représentant de façon plus ou moins symbolique les
I (lignifiés des mots ;
Les origines de l’écriture
| c) Les phonogrammes, signes abstraits représentant des éléments de mots ou des
A. Leroi-Gourhan a situé les origines de l’écriture vers 50000 avant notre ère pour li I sons, com m e dans les écritures alphabétiques.
moustérien évolué (incisions régulièrement espacées dans la pierre ou dans l’os) cl Cette classification a été en partie contestée par les recherches ultérieures.
vers 30000 avant notre ère pour l’aurignacien (figures gravées ou peintes). Vers 2000(1 A. Leroi-Gourhan remet en cause le premier stade uniquement figuratif et le caractère
la figuration graphique devient courante, et vers 15000 elle atteint une maîtrise réaliste et concret des pictogrammes, auxquels il donne le nom de mythogrammes. À
technique presque égale à celle de l’époque moderne. Les graphismes, couramment l,i typologie en trois stades, on substitue aujourd’hui une classification en cinq
appelés pictogrammes, sont la première grande invention de l’hom m e dans le domaine I catégories :
de l’écriture ; il s’agit d’un type spatial d'écriture ; certaines de ces écritures évolueront il) Les phrasogrammes, qui sont des inscriptions transmettant des messages entiers,
vers la linéarité phonétique, vers des alphabets, reproduisant plus ou moins le phonétismi sans distinguer les mots. Ils sont divisés en deux sous-groupes : les pictogrammes et
et la linéarité de la chaîne parlée. [ les signes conventionnnels (signes totémiques, tabous, signes magiques, etc.) ;
h) Les logogrammes, qui sont les marques des différents mots. Le terme, proposé
Les conditions de l’évolution de l'écriture par L. Bloomfield, recouvre la mêm e réalité que celui d’idéogramme. Tous deux
I désignent les mots, les unités sémantiques du discours. Ils sont de deux types : les
Les modifications constatées dans les différents types d’écriture au cours de leiil
I logogrammes sémantiques, qui évoquent la forme de ce qu’ils indiquent ; les
histoire relèvent de facteurs divers : les conditions économiques des sociétés, leu
j logogrammes phonétiques, qui sont liés au phonétisme du m ot ; polysémiques, ils
progrès intellectuels et plus particulièrement la faculté d’abstraction et la connaissance | «ont em ployés pour désigner des hom onym es ;
de la structure de la langue parlée. Selon A. Meillet : « C’est la stmeture de la langui’ t) Les morphémogrammes, qui marquent les diverses parties du mot, les morphèmes ;
qui a conditionné chaque invention décisive dans le développement de l’écriture. ■ </) Les syllabogrammes, qui distinguent les différentes syllabes ; on en trouve dans
{Scientia, déc. 1919.) le s écritures assyro-babylonienne et créto-mycénienne ;
Cette évolution va d'une représentation figurative du signifié à un code formé dit L t) Les phonogrammes, qui sont les marques des éléments phoniques minimaux de
signes abstraits, sym boles des sons de la langue : les systèmes d’écriture tendent veut I la chaîne parlée, les phonèmes. On distingue les écritures phonétiques consonantiques,
une abstraction de plus en plus grande, jusqu’à être de véritables codes île qui ne marquent que les consonnes (hébreu, arabe), et les écritures phonétiques
com munication — les systèmes d’écriture alphabétique - dont les signes ont rompu vocalisées, qui marquent consonnes et voyelles.
tout lien avec le sens du mot, obéissent à des règles particulières et sont soumi:; ;ï
Les pictogram m es
des contraintes spécifiques. L’évolution révèle ainsi une conscience de plus en plut
affinée de la structure de la langue. Parti pour l’essentiel du pictogramme, qui ( le sont des dessins complexes qui fixent le contenu du message sans se référer à sa
n’impliquerait pas de rapport explicite entre le récit et un énoncé oral, l'idéogramme forme linguistique, à un énoncé parlé. Il n’y a pas encore de figuration détaillée du
révèle la prise de conscience des mots distincts de la chaîne parlée, puis, par un effor! i langage. Ce type d ’écriture se rencontrerait chez les populations à groupements
d'abstraction, de la syllabe. Peu à peu, l'emploi des signes-sons - o u phonogrammet denses de chasseurs et de pêcheurs (Indiens d’Amérique, Esquimaux, Sibériens,
- m êlés aux idéogrammes marque une étape vers une analyse des éléments minimmiH ] Africains Bochimans et Océaniens). On distingue : les pictogrammes-signaux, qui sont
phonétiques. une sorte d’aide-mémoire servant à déclencher une récitation (comme les strophes
On est sur le chemin de l'écriture phonologique lorsqu'on reconnaît que certaine» I des chants de prêtres peintes sur les robes de peau des sorciers-prêtres de Sibérie), et
parties de m ots se prononcent comme des mots entiers : par exemple, si on représeun les pictogrammes-signes, qui portent en eux-mêmes leur signification, qui « parlent à
chapeau par la juxtaposition des deux idéogrammes chat + pot. Les écriture» lu vue ». Les découvertes de A. Leroi-Gourhan ont remis en question la thèse classique
alphabétiques enfin tém oignent d'une appréhension des phonèmes en tant qu’unln'i ilu pictogramme présenté com m e le mode d’écriture le plus ancien et le plus
constitutives des mots. rudimentaire. La découverte des incisions régulièrement espacées du paléolithique
Les systèm es d’écriture évoluent vers une économ ie de plus en plus grande Au* nupérieur apporte la preuve d’un graphisme symbolique non figuratif. Quant aux
systèmes pictographiques, peu explicites pour qui ne faisait pas partie de lit iCÈnes figuratives des tracés aurignaciens, elles ne seraient pas lues comme l’histoire
communauté, aux systèmes idéographiques, peu économiques dans la mesure mi racontée par un tableau, mais com m e des tracés conventionnels, abstraits, servant
chaque objet est représenté par un signe, succèdent des systèmes économique'. |mt probablement de support mnémotechnique à un contexte oral irrémédiablement
le nombre des signes employés, transmettant une infinité de messages grâce .i un perdu ; cette manière synthétique de marquage transmettait une conceptualisation :
minimum de signes (écritures alphabétiques ou syllabiques). iliaque marque aurait une valeur d’après sa place dans l’ensemble marqué, comme
\(i~t
ecnture
Les idéogram m es
L'idéogramme est défini par M. Cohen com m e un « signe-chose », « un caractère ou
un ensemble de caractères représentant une notion qui par ailleurs est exprimée par
un m ot unique ». Lorsque le signe-chose est lu dans la langue des utilisateurs de
l’écriture, il devient un « signe-mot », chaque petite image représentant un mot,
chaque mot étant représenté par une seule petite image. Ce sont les « signes figuratifs »
de Champollion. Ces dessins dénotent l’objet lui-même, d’une façon plus ou moins
réaliste ou stylisée. Le manque d’économ ie de ce système (chaque dessin représentant
un seul signifié) le fait évoluer ; les signes deviennent polysémiques (le dessin d’une
massue peut signifier « massue », puis « battre ») ou prennent une valeur de trope*
(un croissant de lune se lit mois, etc.).
• L'écriture maya. Cette écriture n’a pas encore été déchiffrée, et les hypothèses
concernant sa structure et son fonctionnem ent ont varié. Les Indiens Mayas avaient
une conception cyclique du temps, d’où la nécessité pour eux de noter les événement;;
qu’ils considéraient com m e récurrents. D e même, leur numération était fondée sut
les révolutions des astres. La plupart des textes mayas retrouvés sont donc probablement
des chroniques historiques, des notations d’événements où les dates et les chiffres
sont nombreux. La connaissance et l’usage de l’écriture étaient l’apanage des prêtres
et des familles royales ; liée aux cultes religieux, l’écriture aurait été instaurée par un
personnage nom m é Itzamna, identifié com m e un dieu ; cette double limitation
dans l’usage et dans le nombre des utilisateurs — explique que la tradition ne s’en
soit pas conservée.
D ’après l’hypothèse classique, l’écriture maya serait de type picto-idéographique.
formée de signes analogues aux hiéroglyphes égyptiens ; chacun d’eux est égal en
hauteur et en largeur ; ils sont disposés dans de grands carrés ou rectangles,
parallèlement aux côtés, mais on ne sait pas dans quel sens il faut les lire. On aurait
relevé 350 signes de ce type. Abandonnant l’hypothèse hiéroglyphique, le Russe
Y. V. Knorozov revient à l’hypothèse alphabétique du premier déchiffreur des M ayas,
Diego de Landa. Pour lui, l’écriture maya se composerait de « complexes graphiques
dont chacun à son tour comprendrait quelques graphèmes, liés en carrés ou en ronds
et faits de signes (têtes d'hommes, animaux, plantes, etc.). La discussion reste
actuellement ouverte.
• L'écriture de l'Egypte antique. On distingue trois types d'écriture égyptienne
l'écriture hiéroglyphique proprement dite, la plus ancienne, découverte sur les
monuments ; l'écriture cursive, dont la plus ancienne est l’écriture hiératique (les
scribes, transposant sur le papier l’écriture des monuments, schématisent et allègent
les signes, utilisent des ligatures en un tracé presque ininterrompu, de droite it
gauche) ; l'écriture démotique, variante de l’écriture cursive, plus simplifiée que
l’écriture hiératique ; utilisée par l’administration, elle devient d’un usage courant,
« populaire » (d’où le nom de « démotique »).
Le grand pas franchi par l'écriture hiéroglyphique égyptienne est l’emploi de sigm n
phonétiques, ou phonogrammes, à côté des signes idéographiques, ou signes-mots
Jusque vers 2500 av. J.-C., les hiéroglyphes égyptiens inscrits sur les monument»
sont pictographiques ; les dessins, représentant des êtres animés ou des partie: de
ces êtres, des végétaux, des objets, etc., sont peu schématisés. Les signes pouvaient
écriture
niissi représenter des actions ou des sentiments : le dessin d’un hom m e portant la
main à la bouche signifiait manger ou avoir faim. On compte 700 à 800 dessins. Dans
If hiératique et dans le démotique, les tracés se sont simplifiés au point que les objets
fie pouvaient plus se reconnaître.
Comme pour les Mayas, l’écriture était, pour les anciens Égyptiens, d’origine
Jivine, inventée par le dieu Thot. Elle est donc d’abord un objet divinisé, le métier
Nacré d’une caste privilégiée de scribes. Puis elle se répand largement, d’abord à cause
île son usage ornemental, ensuite grâce à la fabrication du papier avec le papyrus.
Les signes de ces trois types d’écriture, plus ou moins schématisés, sont figuratifs.
Mais ils peuvent avoir des fonctions différentes ; il s’agit de :
- signes-mots à proprement parler, ou logogrammes, désignant en mêm e temps
le mot et le concept. Le sens propre d’un signe polysémique est précédé d’un petit
Irait distinctif vertical.
- signes-mots perdant leur sens propre et accompagnant d’autres signes-mots en
qualité de déterminatifs : ils ne sont pas « lus ». Us sont de deux sortes : les
iléterminatifs d'espèce, qui précisent dans quelle catégorie sémantique se trouve le
Hlgne-mot qu'ils accompagnent ; les déterminatifs de genre, plus tardifs, qui signalent
A laquelle de ces catégories appartient le signe-mot qu'ils accompagnent : peuples,
hommes, bêtes, oiseaux, etc.
- signes-mots faisant fonction de phonogrammes, qui permettent non seulement
d’écrire le nom de l’objet qu'ils représentent, mais aussi les consonnes qui forment
i:e nom. Ils servent de « compléments phonétiques », destinés à lever l'ambiguïté des
nij.>!ies-mots polysémiques et polyphones. Les plus nombreux de ces phonogrammes
Correspondent à des suites de deux consonnes. Une trentaine de signes, correspondant
a une seule consonne, constituent un alphabet consonantique à l'intérieur du système
égyptien.
• l.'écriture en Mésopotamie. D ès le IVe millénaire avant notre ère, des peuples de
langue sémitique se sont concentrés dans la vallée du Tigre et de l’Euphrate ; parmi
eux, le peuple sumérien a développé une civilisation avancée. Sa langue est restée
Vivante du IVe millénaire au i f millénaire avant notre ère. Vers 2400 av. J.-C., les
Sumériens perdent leur individualité au profit des Sémites Akkadiens, qui leur
empruntent leur langue comme langue sacrée, secrète, et utilisent la langue écrite
inimérienne com m e langue savante ; par la suite, les Akkadiens écrivent leur propre
langue grâce à ce même système.
l’our les Akkadiens aussi, l’écriture est d’origine mythique ; elle est attribuée à
1 lannès, homme-poisson venu sur terre pour enseigner aux hommes les arts, les
Jclcnces et les techniques.
[ l.’écriture prend son origine dans le pictogramme. Mais l'emploi de grosses tablettes
tl'argile gravées à l’aide d'un roseau taillé en biseau lui donne un aspect fragmenté
particulier, combinaison de traits à tête large, triangulaire, en forme de clous (d'où
nom d 'écriture cunéiforme). Puis elle devient cursive, partiellement horizontale, les
n |e t s sont représentés très schématiquement, dans une position horizontale, et
Interrompus. Ce ne sont plus alors des signes-choses, mais des signes-mots.
i <• système d’écriture rappelle sur bien des points le système égyptien. Certains
jolies fonctionnent com m e logogrammes. Le stock se révèle sans doute insuffisant
....... noter tous les m ots de la langue, divers procédés permettant d’augmenter les
■Dnsibilités du système : attribution d’un signifié nouveau à un signe grâce à quelques
■taIts supplémentaires, juxtaposition de plusieurs signes : le signe oiseau + le signe
wuj désignent l’action d 'enfanter. Certains signes fonctionnent com m e déterminatifs
ecnture
lin général, les alphabets sont d'abord syllabiques ; ils deviennent phonétiques avec
Ulii' analyse plus poussée, bien que souvent empirique, de la structure de la langue.
• L'écriture de l'Inde. L'écriture la plus ancienne actuellement connue est celle de
i\Micnjo-Daro, découverte dans la vallée de l’Indus sur des sceaux et des vases en
poterie. Elle est hiéroglyphique.
\ ’écriture brahmi est plus connue (300 av. J.-C.). Elle a été créée pour transcrire les
Imbues littéraires de groupes de population parlant des langues indo-européennes,
liant la plus importante est le sanskrit. L’écriture brahmi est syllabique ; elle note les
Consonnes et indique les voyelles par un signe complémentaire.
• l'écriture phénicienne. On a longtemps considéré les Phéniciens com m e les inventeurs
île l’alphabet. Leur écriture comporte 22 à 25 caractères non idéogrammatiques qui
ne notent que les consonnes. Plus que d'un alphabet consonantique, il s’agit d’une
dotation syllabique qui n ’a noté de la syllabe que la consonne, élém ent essentiel pour
Indiquer le sens, en laissant suppléer la voyelle par le lecteur. L'alphabet phénicien
dégage le « squelette consonantique » du mot : il ne s’agit pas encore d’une véritable
(’i riture alphabétique qui noterait tous les sons de la langue.
• I 'écriture grecque. Les Grecs ont emprunté aux Phéniciens leurs caractères syllabiques
>i 11mction consonantique et les ont ajustés aux caractéristiques de la langue grecque :
les signes syllabiques phéniciens en ont noté les consonnes, certains d’entre eux ont
lervi à noter les voyelles. D ’où une notation totalement alphabétique de 24 signes.
• llxtension de l'écriture alphabétique. Ce système s’est répandu dans toute l’Europe
(m u s nouveaux perfectionnements, en particulier chez les Romains, dont les tracés
dérivent des tracés grecs (alphabet latin).
Au M oyen Age, la théorie phonétique très fine de la grammaire arabe est à l'origine
(lu grand intérêt porté au système graphique, étroitement lié par ailleurs à la religion :
le» exégèses du Coran s'accompagnent d'une explication mystique de la valeur de
risque signe graphique. Avec la constitution de l’État omeyyade apparaît le souci
B embellir le signe graphique. L’écriture devient un art lié à l'exercice de la religion :
unijonction d’éléments géométriques, floraux, etc.
Au M oyen Age encore, les peuples dits barbares com m encent à inventer leur
Oniture :
- l’écriture ogamique (vers le Ve siècle, en Irlande méridionale et au pays de Galles) a
l'ttHpect d’une série d’entailles dont chaque groupe est une lettre ;
^ l’écriture runique, chez les Germains, présente des caractères taillés dans le bois,
ti m nés d'un trait vertical et de plusieurs traits horizontaux ;
* l’alphabet glagolitique, chez les Slaves, s'est employé concurremment avec l'alphabet
millique, qui a fini par l'emporter.
Dans l'ensemble, ces alphabets attestent une analyse minutieuse de la chaîne
Itahore en éléments minimaux. Mais, pour diverses raisons, et en particulier à cause
|d« l'évolution phonétique des langues, une distorsion se produit entre l'alphabet et
U système phonétique de la langue, entre ce système et l’orthographe du m ot : il
Imii parfois plusieurs signes pour noter un seul son [J] ; ou bien un seul signe note
uliniieurs sons (x) ; les linguistes, pour leurs travaux, ont ressenti le besoin d’une
f M . i t ion précise de tous les sons du langage, un signe pour chaque son, un seul son
Eboi signe : d’où la naissance d’alphabets phonétiques, en particulier de YAlphabet1'
moilétique international.
éditer
■172 J
élision
*r réfère toujours à celui qui parie au moment fibroscopie* ou la laryngographie*. Des élec
i>u i! parle. Le locuteur est ainsi toujours au trodes sont introduites dans les muscles qui
centre de la situation d’énonciation, le desti rapprochent ou écartent les cordes vocales de
nataire étant représenté par tu (vous). manière à enregistrer sur un tracé l’activité
tjcctif électrique qui accompagne l’activité muscu
laire.
l,cs consonnes éjectives sont des consonnes pro
duites par la seule utilisation de l’air suprala- élément
iV'lgal : à la suite d’une fermeture glottale et 1. On appelle élément (d'un ensemble’) tout objet,
d'une remontée du larynx, l’air accumulé dans ou toute notion,, qui, par définition ou énu
l.i cavité buccale se trouve comprimé puis mération, entre dans la constitution de l’en
Imrtalement expulséavec un bruit d’éclatement semble. Soit le phonème / a / ; il appartient, ou
lois du relâchement de l’occlusion buccale. La n ’appartient pas, à l’ensemble A. Il lui appar
tient si A = {/a/, / i/, /e /, /e/}
même impression auditive résulte du seul jeu
ou si A = (phonèmes vocaliques du français}.
(les cordes vocales dans le cas des éjectives
U ne lui appartient pas si A = {b, d, g}
({liittalisées. Du point de vue acoustique, ces
ou si A = {phonèmes consonantiques du
11 msonnes s’opposent comme des phonèmes français}.
bloqués* aux consonnes correspondantes non- 2. On appelle élément linguistique toute unité,
rjectives et donc acoustiquement non-bloquées. item grammatical ou item lexical, qui forme le
I r:i consonnes éjectives sont notées par le signe constituant d’un syntagme ou d’une phrase ;
|'| placé en haut et à droite de la consonne on appelle aussi élément linguistique des suites
i|u’il affecte. Les langues indiennes d’Amérique, de morphèmes, comme les mots, les syn
i i‘rtaines langues d’Afrique, d’Extrême-Orient, tagmes, les phrases, ou encore tout phonème,
du Caucase septentrional, les langues sémi constituant d’un morphème. (On dit aussi
tiques présentent des occlusives éjectives ; le ÉLÉMENT D'EXPRESSION.)
i usassien, par exemple, oppose [c'a] nom et élevé
|ca] dent. Les fricatives éjectives sont plus En rhétorique, se d itd ’un style noble et soutenu
Nires. destiné à exprimer des pensées marquées de
éjection supériorité morale.
['éjection est un processus articulatoire qui tend élision
A expulser l’air contenu dans la glotte par un L’élision est un phénomène de phonétique
ttccolement des cordes vocales et une compres- combinatoire à la frontière de mot (sandhi),
uion de l’espace glottique. Ce m ouvem ent se par lequel une voyelle finale atone disparaît
tfnduit acoustiquem ent par un taux élevé de devant l’initiale vocalique du mot suivant. Dans
||A décharge d ’énergie dans un intervalle de certaines langues, l'élision se produit systé
Ipinps très réduit, (v. âmcnr.) matiquement tout au long de la chaîne parlée,
si les mots ne sont pas séparés par une pause.
rUrgissement
Dans d'autres langues, l’élision ne se produit
C appelle élargissement l’addition d ’un m or que dans certains cas : en italien moderne les
phème ou d ’un élém ent nouveau à un m ot. mots santo (santa) présentent une élision dans
[it racine latine frag (« briser ») présente un les expressions satu'Antonio, Sant'Agata, etc. En
Ithrgissem ent par l’infixe -n- ajouté au présent français, dans la langue écrite, l'élision est
[(le l'indicatif dans frango. signalée par l’apostrophe. Elle concerne des
l'Iiltif termes grammaticaux, généralement courts et
I, On appelle élatif le cas* exprimant dans de grande fréquence, souvent atones : les
■cruiines langues finno-ougriennes le mouve formes pleines (je, le, etc.) et les formes élidées
ment de l’intérieur d’un lieu vers l’extérieur (j', I', etc.) se trouvent en distribution graphique
Dpx. : Pierre sort de ta maison dans le jardin). complémentaire. L’élision du e se produit dans
I . On donne parfois le nom d’élatif au super- les mots je, me, te, se, le, ce, ne, de, jusque et que
devant les mots à initiale vocalique : j'aime,
IhiIP relatif.
l'Itomme, c'est, jusqu'ici ; dans lorsque, puisque,
IIc c(romy ograph i c quoique devant il, elle, un, une, en, on, ainsi :
Kiltctromyographie est une technique d’explo- lorsqu'il viendra, quoiqu'on dise qu'il n'ait rien
Htlon du larynx, au même titre que la vu... ; enfin, on peut la signaler dans les mots
ellipse
quelqu'un et presqu'île ainsi que (selon l’Acadé- particulier Dumarsais et Beauzée. Rejetée pai
mie) dans entr'aimer, entr'apercevoir et entr'égor- F. Brunot, elle a été reprise sous le nom
ger. I.e a s’élide dans la (article et pronom ) d'effacement" par la grammaire générative.
devant les m ots à l’initiale vocalique : l'âme, il
elliptique
l'aime. L’élision du / n ’a lieu que dans la On qualifie d’elliptiques certaines phrases incom
conjonction si devant il(s) : s'il vient. La langue
plètes, inachevées dans lesquelles il manque
parlée élide aussi le u de tu : t'as vu.
un élément structurel, (v. e f f a c e m e n t , e l u p s e .)
ellipse
D ans certaines situations de com m unication
élocution
Hn rhétorique, l'élocution constitue la troisième
ou dans certains énoncés, des élém ents d'une
partie qui traite du style, de l’emploi des figures,
phrase donnée peuvent ne pas être exprimés,
des genres élevé, bas, sublime.
sans que pour cela les destinataires cessent de
com prendre. éloigné
O n d it alors qu’il y a ellipse, que les phrases Dans la catégorie de la personne, une distinc
sont incom plètes ou elliptiques. tion est faite entre la personne proche* (celle
a) L'ellipse peut être situationnelle : dans cer qui est la plus proche, l'objet principal de ta
taines situations, il n ’est pas indispensable de communication, l’objet ou la personne men
prononcer certains m ots, pour que le destina donnés en premier) et la personne éloignée (la
taire com prenne. Si on dem ande à un artiste personne la plus éloignée, l’objet secondaire
peintre ce q u ’il a fait de sa journée et q u ’il de la communication) ; cette distinction csi
d ise « J’ai p e in t », l’ellip se p o rte su r donc étroitement liée à l’opposition entre je,
« tableaux », que la situation perm et de sup tu et il. L’opposition « proche » vs « éloigné »
pléer. De m êm e, quand on dem ande « A quelle est traduite dans certaines langues (comme le
heure pars-tu ? » et q u 'il est répondu « A cree) par la flexion des verbes et des nom s,
3 heures », l’ellipse de « je pars » est permise en français, l’opposition celui-ci vs celui lit
par le contexte (ici, la phrase précédente). recouvre partiellement cette distinction.
b) L'ellipse peut être grammaticale. Des m ots
éloquence
que la connaissance de la langue (des règles
Ensemble des règles de la rhétorique présidanl
syntaxiques) perm et de suppléer peuvent être
à la construction des discours.
omis. Ainsi, si je produis i’énoncé « Com plè
tem ent perdu », ce so n t les m ots je et suis que emboîtement
la structure de la phrase im pose d ’introduire ; 1. Chez U. Weinreich, soucieux d’établir une
le sens de ce qui précède n ’intervient en rien. théorie sémantique susceptible de s'intégra
L'ellipse peut être une ellipse du sujet, comme composante d’une grammaire généra
com m e dans Soit dit entre nous. Il y a égalem ent tive transformationnelle, l’emboîtement (nestmi;
ellipse quand plusieurs propositions sont jux s’oppose à l’enchaînement* (linking). Une
taposées, com m e dans II court, saute, trépigne, construction est dite un emboîtement leuri
hurle. L’ellipse du sujet est typique du « style qu’elle n’entraîne pas une nouvelle cônfigum
télégraphique » (Arriverons demain). Il y a aussi don* des traits sémantiques. Ainsi, alors que
ellipse du verbe dans les form ules com m e fleur jaune demande à être décrit comme mi
Heureux qui comme Ulysse et dans les phrases produit logique (toute la définition sémique île
com m e Chacun prend ce qui lui tombe sous la jaune portant sur fleur, toute la définition
main : Jacques une pioche, Charles une fourche et sémique de fleur portant sur jaune) pour cofi
Etienne un gros caillou. respondre à un denotatum, au contraire dank
L’ellipse peut avoir u n caractère archaïque la construction d’emboîtement, par exemplt
(elle est fréquente dans les proverbes et les acheter des fleurs, il ne naît pas une nouvel lu
dictons) ou u n caractère familier (elle peut configuration de traits non ordonnés. I ’rni
ainsi exprim er l’ordre avec force, com m e dans boitement se manifeste en particulier dans le*
« Dans m es bras I »). [v. effacement.] relations à deux arguments : il achète des jkmi
La notion d ’ellipse a été utilisée dès l’Anti- est ordonné (sémantisme de acheter —> semaw
quité dans la description gramm aticale, mais tisme de fleurs) parce que le schéma est X <uIn'U1
elle a été mise à l’honneur par les gram m airiens V et diffère de Y achète X.
qui se situent dans la lignée de Port-Royal, en 2. Syn. d ’ENCHÂSSEMENT.
774 I
émetteur
cm brayeur
Les embrayeurs sont une classe de m ots d ont le sens varie avec la situation ; ces m ots,
n ’ayant pas de référence propre dans la langue, ne reçoivent un réfèrent que lorsqu’ils
sont inclus dans un m essage, (v. d é i c t i q u e . ) Par exem ple, je, hier, ici ne prennent de
valeur que par référence à un locuteur ém etteur et par référence au tem ps de
l'énonciation, Je, ici exigent que so it connu le locuteur ; trouvés dans un énoncé
transcrit sur un papier n o n signé, ils ne perm ettent pas la pleine com préhension du
m essage ; hier dem ande que soit connu le tem ps de l’énoncé.
M ais on ne peut pas définir les embrayeurs par le seul critère de l’absence de
signification générale unique. Par exemple,, toutes sortes d ’opérateurs logiques
(connecteurs) utilisés dans les langues naturelles (or, mais, donc) n ’o n t jamais dans le
discours la valeur conceptuelle propre q u ’ils o n t en logique ; ils servent à marquer à
chaque fois une relation particulière entre deux concepts ou deux propositions. Le
critère essentiel est don c bien le renvoi obligatoire au discours.
Selon la description des fonctions du langage, on réservera le n om d ’em brayeur aux
unités du code renvoyant obligatoirem ent au m essage. Sans en dresser la liste,
R. Jakobson signale le pronom et les tem ps des verbes. En effet, par leur faculté de
signaler un évén em en t antérieur ou postérieur à l’énonciation du m essage, les tem ps
verbaux jouent le rôle d ’embrayeurs. D ans un essai de classification des catégories
verbales (en fon ction de l ’op p osition entre embrayeurs et non-em brayeurs). R. Jakobson
arrive aux conclusions suivantes :
donnés et introduits dans le canal. Dans son décodage) et elle relève du modèle de perfor
schéma de la communication, on donne parfois mance.
à l'émetteur le nom de destinateur et au récep émique v. t a g m I m i q u b .
teur le nom de destinataire, ( v . aussi !.o c u i ï u r .)
2. On appelle grammaire de l'émetteur une gram émission
maire de production de phrases établie afin de Utilisé par référence à la théorie de l'informa
rendre compte des mécanismes par lesquels tion, le terme d 'émission désigne l’acte de
un locuteur produit des phrases en effectuant produire, d’émettre des phrases.
une suite de choix parmi les règles possibles. émotif
La grammaire de l’émetteur (ou d’encodage) On donne parfois le nom de fonction émotive à
s’oppose à la grammaire du récepteur (ou de la fonction expressive* du langage.
em p h ase
1. L'em phase est u ne figure de rhétorique consistant à donner à un term e une
im portance qu’il n ’a pas d'ordinaire, à exagérer l’expression d ’un e idée.
2 . En syntaxe transform ationnelle, ['em phase désigne un accent particulier porté sur
un constituant de la phrase. Le signifié « em phase » peut se trouver représenté
uniquem ent au niveau p honologique (intonation particulière frappant un m o t de la
phrase), mais aussi par des constructions syntaxiques (Paul, lui, c'est un ami).
D an s une première form e de la syntaxe générative transform ationnelle, l’em phase
était introduite par une transform ation d ’em phase portant sur la phrase P et opérant
un changem ent structurel précédant la transform ation affixale*. D ans une seconde
étape, l’em phase a été un des élém ents facultatifs de la m odalité de phrase, dans
l’optique du schém a initial E -» M od + P (à lire : phrase de base = m odalité de
phrase + noyau). La réécriture de la m odalité de phrase est alors :
f D éclaratif
M od -» J Interrogatif l + (N ég) + (Emph) + (Passif)
( Im pératif J
c’est-à-dire que, outre un ch oix im pératif entre les trois élém ents placés entre les
accolades, il reste la possibilité de sélectionner facultativem ent un ou plusieurs den
trois constituants entre parenthèses : négadon (N ég), em phase (Emph) et passif (Passif).
.m i.
emprunt
em pru n t
I, Il y a em prunt linguistique quand un parler A utilise et finit par intégrer une unité
BU un trait linguistique qui existait précédem m ent dans un parler B (dit langue source)
et que A ne possédait pas ; l’unité ou le trait em prunté so n t eux-m êm es qualifiés
il ‘emprunts. L’em prunt est le ph én om èn e sociolinguistique le plus im portant dans tous
les contacts de langues (v. b ilin g u is m e ) , c'est-à-dire d’une manière générale toutes les
(ois qu’il existe un individu apte à se servir totalem en t ou partiellem ent de deux
purlers différents. Il est nécessairem ent lié au prestige d on t jouit une langue ou le
| uni pie qui la parle (m élioration), ou bien au mépris dans lequel o n tient l'un ou
l'autre (péjoration).
La tendance à l’em prunt n ’est pas le lot exclusif des tem ps m odernes. Ainsi, le
français, à certaines époques, a em prunté autant que de n os jours, mais au latin ou
ou grec : à partir du XIVe siècle, les clercs et les savants, qui utilisaient autant le latin
que le français, o n t d on n é à notre langue, à partir des langues anciennes, une grande
partie de son vocabulaire. La m édecine s’est forgé un lexique à partir des racines
«recques. Le vocabulaire politique s'est développé, au m ilieu du xv n ie siècle, à partir
tir l’anglais, dans les m ilieux anglophiles ; de m êm e, une partie du lexique anglais
[(1rs sports s’est introduite en France à la fin du X IX ' siècle par les m ilieux aristocratiques,
f|in firent pénétrer aussi les m ots du turf. D an s le dom aine économ ique et com m ercial,
mn im porte souvent d ’un pays étranger le m o t avec la chose. En sens inverse, au
B| X ' siècle, les m ots introduits par des groupes sociaux d on t le français com m un
tlVlnit pas la langue d’origine (Auvergnats, Savoyards, Bretons, Picards) o n t pris des
LVfllcîurs péjoratives. Il en est de m êm e, de n os jours, pour des m ots em pruntés à
l'.uabe, com m e barda, bled ou sm alah.
l 'intégration du m ot em prunté à la langue em prunteuse se fait de m anières très
diverses selon les m ots et les circonstances. Ainsi, le m êm e m o t étranger, em prunté
J îles époques différentes, prend des form es variées. L’intégration, selon qu’elle est
|iIiin ou m oins com plète, com porte des degrés divers : le m o t peut être reproduit à
TSpii près tel qu ’il se prononce (et s'écrit) dans la langue B ; il y a tou tefois généralem ent,
iiirin e dans ce cas, assim ilation des p h on èm es de la langue B aux p h on èm es les plus
177
énallage
À
endocentrique
lu relation est asymétrique, et que x achète y un autre mot en constituant avec lui une unité
ont différent de y achète x. accentuelle. Parmi les enclinomènes, on dis
1,’enchaînement peut être assuré non seule tingue les enclitiques* et les proclitiques’.
ment par des constructions grammaticales (du
enclise
type chaise bleue), mais aussi par des formants
L’enclise désigne le phénomène grammatical par
particuliers (du type et). Les traits sémantiques
lequel une particule, dite enclitique’, forme avec
d'un enchaînement peuvent avoir à être décrits
le mot qui précède une seule unité accentuelle.
comme ordonnés, malgré le caractère de pro
Ainsi, la particule latine -que (« et ») est adjointe
duit logique de l’ensemble. Ainsi, si je forme
à un mot pour le coordonner au précédent :
In construction grammaticale un petit éléphant,
Dei hominesque (« les dieux et les hommes »).
|r puis produire, à un niveau supérieur, un petit
éléphant, c'est grand, sans contradiction ; les enclitique
règles d’association habituelles de l’enchaîne Un enclitique est un morphème grammatical
ment sont suspendues, la petitesse de l’éléphant non accentué joint au terme qui le précède
(■tant ici à considérer comme différente de la pour ne former avec lui qu’un seul mot porteur
petitesse en d’autres enchaînements (opposez de l’accent. Ainsi, le grec tis (« un, un certain »)
’mte petite souris, c'est grand, sémantiquement dans anthropos tis (« un homme ») est un
Inacceptable). enclitique.
enchâssement encodage
1. En grammaire générative, l' enchâssement est Le mot encodage (ou codage) désigne un des
l'opération qui, au cours d'une transformation, éléments du processus de la communication".
consiste à inclure totalement une phrase dans Le code étant un système de transformation
une autre phrase en l’insérant à la place d’un d’un message en une autre forme permettant
des constituants de cette dernière. La phrase sa transmission entre un émetteur et un récep
dans laquelle on insère une autre phrase est teur par l’intermédiaire d’un canal, l’encodage
appelée la phrase matrice* (ou phrase réceptrice), est le processus par lequel certains signaux du
In phrase insérée est appelée phrase enchâssée. code sont sélectionnés (choisis) et introduits
Soit les deux phrases : dans le canal ; c’est l'opération de transfor
(1) Je n'ai pas lu ce livre, mation du message en une forme codée qui
(2) Vous m'avez donné ce livre. permet sa transmission.
énonciation
Vénonciation est l ’acte individuel de production, dans un contexte déterm iné, ay.uii
pour résultat un énoncé ; les deux term es s’op p osen t com m e la fabrication s'oppose .i
l'objet fabriqué. L 'énonciation est l’acte individuel d'utilisation de la langue, alors cjllc
l’énoncé est le résultat de cet acte, c’est l’acte de création du sujet parlant devenu
alors ego ou snjej d'énonciation. Il s’agit essentiellem ent, pour les initiateurs de ce concept
(R. Jakobson, É. Benveniste, ]. L. Austin, J. R. Searle), de dégager les élém ents cjiil,
180
énonciation
dans les énoncés, peuvent être considérés com m e les traces ou les em preintes des
procès d'énonciation qui les on t produits, puis de dégager leur fonctionnem ent, leur
organisation, leur interaction.
C 'est le cas principalem ent de nom breuses unités qui, tout en appartenant à la
langue, ne prennent leur sens qu’à l’occasion d’un acte d ’én on ciation particulier et
qu’on a appelées embrayeurs (je, ici, m aintenant) qui s’articulent autour du lieu et du
m om ent de l’énonciation. Ainsi, ren on ciation est constituée par l’ensem ble des
facteurs et des actes qui provoquent la production d ’un énoncé. O n peut aussi
s’occuper des positions respectives du locuteur et de l'allocutaire (par exem ple, pour
la différence entre la dem ande et l’ordre), du degré d ’engagem ent pris (la différence
entre la sim ple expression d ’intention et la prom esse), de la différence dans le contenu
propositionnel (la différence entre les prédictions et les constats), de la manière d on t
la proposition se relie aux intérêts du locuteur et de l'allocutaire (la différence entre
i lier et gémir, entre mettre en garde et informer), des états psychologiques exprim és, des
différentes m anières par lesquelles un én on cé se relie au reste de la conversation (la
différence entre la sim ple réponse à la réplique précédente et l’objection à ce qui
vient d'être dit).
D ans les écrits français, rén o n cia tio n peut être caractérisée au m o y en de plusieurs
concepts :
a) Le sujet parlant adopte vis-à-vis de son énoncé une attitude déterm inée par laquelle
il s’y inscrit ou au contraire s’en évade com plètem ent. Il instaure un e distance entre
lui-même et son énoncé par des adverbes de m odalité co m m e sans doute, peut-être ou
des verbes exprim ant une attitude co m m e croire, penser. Le locuteur adhère ou refuse
d ’adhérer à des assertions. L’apparition du pronom je, n otam m ent, peut être une
manière de réduire la distance. Le discours didactique est par excellence un discours
dans lequel le locuteur creuse la distance entre lui et so n énoncé. La n otion de verbes
performatifs appartient à l’acte d ’énonciation ; ils réalisent l’action q u ’ils signifient :
ainsi dire je promets, c ’est s ’engager dans une prom esse, dire je parie, c’est s’engager
dans u n pari.
b) La transparence ou l’opacité se définissent par le rapport que le récepteur entretient
.ivec l’énoncé ; il ne s'agit pas, là encore m oin s qu’ailleurs, de n otion s discrètes. O n
peut considérer q u ’il y a continuité de la transparence m axim ale à l’opacité m axim ale.
La transparence est ainsi le caractère de l’én on cé con stitu é de m anière que le récepteur
pourrait être la source d'énonciation ; l’énoncé à transparence très grande est la
maxime ou d ’une m anière générale les énoncés gnom iques.
c) La tension définit la dynam ique du rapport établi entre le locuteur et le destinataire ;
le discours est alors une tentative pour situer l’interlocuteur ou le m onde extérieur
par rapport à l’énoncé.
il) La sim ulation est une tentative pour trom per les destinataires sur ce qu'on est, en
utilisant le m od èle d ’autrui, une tentative de m asquage pour faire oublier ce que l’on
est en n’utilisant pas son propre m odèle, ou un essai de biaiser la connivence, en
utilisant les perform ances d ’autrui sans les reprendre à son com pte et en sachant que
le destinataire n'ignore pas cette distance.
enquête
IX ?
epicene
.i a /.
esprit
J'ai connu une fille charmante. dans des environnements identiques ; (2 ) qui
I,'adjectif charmante, issu de cette transforma- se trouvent dans des environnements eux-
lion, est épithète du nom fille. mêmes équivalents. Si l’on prend les énoncés
suivants :
épitrope
I. épitrope est une figure de rhétorique par Jacques mange des pommes,
Jacques mange la soupe,
laquelle on feint d’admettre un argument de
l'adversaire afin de mieux le réfuter. La cuisinière fait cuire la soupe,
Il faut acheter les pommes,
épizeuxe
I.épizeuxe est une figure de rhétorique consis selon ( 1 ), des pommes et la soupe sont équiva
tant en la répétition du même mot (ex. : De lents ; de ce fait, selon (2). la cuisinière fait cuire
l'audace, encore de l'audace, toujours de l'audace). et il faut acheter sont équivalents, puisque la
soupe et des pommes sont eux-mêmes équivalents.
équatif L’équivalence n’est une synonymie que tout à
On donne le nom d ’équatif au comparatif fait exceptionnellement.
«I égalité (Pierre est aussi grand que Paul). 4. Classe d'équivalence, v. c ia s s e .
équation ergatif
On parle parfois d’équation sémantique pour
L’ergatif est un cas* utilisé dans un certain
désigner la formule sémique d’une unité lexi-
nombre de langues flexionnelles (langues cau
i aie (le sémème”).
casiennes, basque, tibétain), distinct du nomi
équilibre natif, qui exprime l’agent du procès. Dans les
Le concept d’équilibre est lié à la notion de langues qui connaissent l’ergatif, ce cas sert à
structure : à un moment donné, la structure indiquer l’agent (participant actif du procès)
est définie par l’ensemble des relations que les des verbes transitifs, tandis que le patient
termes d’une langue entretiennent entre eux, (participant passif du procès) des verbes tran
ces relations étant les règles de combinaison sitifs, ainsi que l’agent des verbes intransitifs
des éléments entre eux. Cette structure consti- ou le sujet des verbes passifs seront au nomi
lue donc un équilibre ; toute modification dans natif ou ne porteront pas de marque casuelle.
une des règles, dans une des relations, a pour Ainsi, si le prédicat verbal est susceptible d’avoir
conséquence une rupture de l'équilibre décrit et deux participants, l’un actif, l’autre passif,
une modification de l’ensemble des relations. l’ergatif sera la marque qui sert à les distinguer ;
équiprobable si le prédicat verbal n’admet qu’un seul parti
lu statistique linguistique, on dit de deux ou cipant, celui-ci, même s’il est actif, ne portera
plusieurs événements qu’ils sont équiprobabks pas la marque de l’ergatif, celle-ci n’étant pas
quand ils ont autant de chances de se produire alors nécessaire. L’ergatif, comme notion et
les uns que les autres. non plus comme cas de la flexion, a pu être
étendu à l’analyse de langues non flexionnelles,
équivalence, équivalent comme le français ou l’anglais, (v . g r a m m a i r e
1. On appelle équivalence l’implication réci c a s u e l l e .* )
proque : Si la phrase P, implique la phrase P2
i l que P2 implique P, (par exemple relation érisdque
actif-passif), on dira que P, et P2 sont équiva En rhétorique, art de la controverse.
lents. espèce de mots
2 . On dit que deux grammaires sont faiblement Syn. de p a r t ie d u d is c o u r s .
équivalentes quand elles génèrent le même
«nsemble de phrases ; elles sont fortement équi esprit
valentes quand non seulement elles génèrent le L’esprit est un signe diacritique particulier à la
jïlême ensemble de phrases, mais que, de plus, langue grecque, qui se place sur la première lettre
elles leur assignent la même description struc des mots commençant par une voyelle ou la
turelle. (V. CAPACITÉ GÉNÉRATIVE. ) consonne [p], ou sur la deuxième voyelle des
II. Deux items sont en équivalence distributionnelle mots commençant par une diphtongue. On
i|iiiind ils ont les mêmes distributions dans un distingue l’esprit doux ( J), qui ne correspond à
Cntlre déterminé. L’équivalence est le rapport aucun phonème, et l’esprit rude ( ‘), qui corres
(hymbolisé généralement par le signe = ) qui pond à une aspiration (en français, l’esprit rude
OXistc entre deux éléments (1) qui se trouvent grec est transcrit en général par un h).
,i f/c
essif
■1X6
étymologie
système du séri (Mexique), qui a des verbes waya de Bolivie), de langues techniques a son
différents pour acheter selon qu’on achète de importance ici, de même que le choix entre de
la nourriture ou autre chose, ou pour mourir nombreux types de discours.
selon que c'est un être humain ou un animal, éthopée
est révélateur d'une certaine manière d'orga En rhétorique, Yéthopée consiste à peindre les
niser le monde. Une seconde série de problèmes mœurs et le caractère d’un personnage.
concerne la place qu’un peuple déterminé fait
au langage et aux langues (existence d’une ethos
mythologie du langage, de tabous linguis Partie de la rhétorique traitant du caractère de
tiques). La réflexion sur la motivation relève l’orateur et de ceux auxquels il s’adressse, de
ainsi de l’ethnolinguistique. leur affectivité.
Enfin, l'ethnolinguistique s’occupe égale étique v. t a c m |M 3Q u u .
ment des problèmes de la communication entre
peuples de langues différentes ou de l'utilisation étiquette v. a rb r c , pa r en tt ié t ïs a t io n .
par un peuple dominé de deux ou plusieurs étranger
langues (plurilinguisme). L’existence de langues Une langue est dite étrangère dans une commu
sacrées (archaïsante ou même ésotérique), de nauté linguistique quand elle est inconnue lors
langues secrètes (aussi bien l'argot des malfai d’un premier apprentissage ; elle s’oppose à
teurs que le parier mixte des médecins calla- langue maternelle.
étym ologie
Vétym ologie est la recherche des rapports q u ’un m o t entretient avec une autre unité
plus ancienne qui en est l'origine.
Sens anciens
Dans l’A ntiquité grecque, Y étymologie est la recherche du sens « vrai » ou fondam ental
qui sert à déceler la vraie nature des m ots, à partir de l'idée que leur form e correspond
effectivem ent et de façon naturelle aux objets q u ’ils désignent. A défaut de pouvoir
réduire le m o t à une filiation onom atopéique*, on le rapproche, au m oins, d'autres
unités ayant de vagues ressem blances de form e et qui en révéleraient le sens exact,
ou bien on le ramène à des syllabes d ’autres m o ts dont la com binaison serait
significative : ainsi Platon explique le n o m du dieu D ionusos par didous ton oirton,
« celui qui d on n e le vin », et les Latins interprétaient cadaver par ca(ro) da(ta) ver(mibus),
« chair d on n ée aux vers ».
Au M oyen Age. Yétymologie est la recherche fon d ée sur la croyance que toutes les
langues pouvaient provenir d ’une langue connue déterm inée, étudiée sous sa form e
écrite. A insi, au xvn e siècle encore, on dém ontrait que le français venait de l’hébreu
(pris sou ven t com m e langue mère pour des raisons religieuses) ; le passage d ’une
langue à l’autre s'opérait par des transpositions, des suppressions, des additions ou
des substitutions de lettres. Il faut signaler toutefois que M énage, en faisant rem onter
le français au latin, celui-ci au grec et ce dernier à l’hébreu, a trouvé u n nom bre non
négligeable d ’étym ologies exactes.
Sens modernes
lin linguistique historique, Y étymologie est la discipline qui a pour fonction d'expliquer
l'évolution des m ots en rem ontant aussi loin que possible dans le passé, souvent au-
delà m êm e des lim ites de l'id iom e étudié, jusqu’à une unité dite étym on*, d'où on
lait dériver la form e m oderne. Pour le français, on rem ontera ainsi jusqu’au latin
(form es attestées ou supposées) ou au germ anique ; roi sera expliqué par les
Iransform ations successives subies par le latin regem, alors que savoir ne peut venir
i V f
étymologie
que de *sapere (qui n ’est pas attesté, com m e l'indique dans ce cas l'astérisque) au
lieu du classique sapêre ; enfin, blesser sera rattaché à blettjan, m o t germ anique signifiant
« meurtrir ». D e m êm e, la grammaire com parée des langues indo-européennes
expliquera la plupart des m o ts signifiant « cent » (langues germ aniques exceptées)
par une racine unique aboutissant aussi bien au latin centum, au grec (he)katon qu’à la
form e de l’avestique s a tm . D ans ce cas, F‘étym ologie s'appuie surtout sur la phonétique
historique, mais, contrairem ent à une pratique purem ent form elle, elle ne saurait
ignorer la sém antique* dans la m esure où l’étym on a un sens assez différent de celui
du dérivé (par exem ple necare « tuer » aboutit à noyer ; tripalium « instrum ent de
torture » à travail).
La recherche de la racine d ’un m ot ou d ’un groupe de m ots n ’est pas l'unique
tâche de l’étym ologie. O n est conduit, en effet, à suivre le m ot, pendant toute la
période où il fait partie de la langue, dans tous les systèm es de relations où il entre.
La première série de ces relations est entretenue avec les unités des champs*
sém antiques auxquels il appartient. S'occuper, par exem ple, en linguistique, du signe
entendre, c’est étudier le passage du latin intendere « faire attention » au sens actuel.
Cela suppose qu'on déterm ine, à chaque époque, les rapports que l’unité entretienl
avec l’ancien verbe signifiant « entendre » et qui est ouïr (venant de audire). Cette
évolution, qui aboutit à l’élim ination de la form e ouïr (sauf dans quelques expressions
figées), ne peut s'expliquer que si l'on fait intervenir égalem ent écouler. Enfin,
l’étym ologie conduit à remettre en cause partiellem ent la théorie de l’arbitraire du
signe, telle que l’a définie F. de Saussure : o n constate ainsi l'existence de relations
entre certains traits form els et certains invariants de sens (on est ram ené ainsi, mai:,
par des voies rigoureuses, aux am bitions des philosophes grecs). La form e d ’un mot
explique parfois, dans un systèm e de relations com plexes, le sens qu'il finit par
prendre. Selon P. Guiraud, il faut adm ettre l’existence de matrices lexicogéniques ; a
certains types de con stitu tion radicale correspondent certains sens élémentaire''.
(protosémantismes) q u ’o n retrouve com binés avec d ’autres caractères sém antiques dans
toutes les unités du type. Il en est ainsi pour les com p osés tautologiques (protose
m antism e « tourner ») et les racines con ten an t deux co n son n es t et k séparées pat
une voyelle ; les unités, quelle que so it leur origine, finissent par inclure dans leur,
sens celui de « coup » ; au contraire,, loucher (doublet étym ologiq u e de toquer), en
perdant pour des raisons phonétiques le son k passé à une chuintante écrite ch
n ’exprim e pas l’idée de coup provoquant un bruit. D 'u n e manière plus immédiat!
les on om ato p ées so n t faites à partir de son s ou de bruits, interprétés d ’ailleum
différem m ent selon les langues (cocorico).
D an s l’étude de la dérivation, Y étymologie est la discipline qui s’occupe de ht
form ation des m ots et par laquelle o n réduit des unités plus récentes à des term n
déjà connus : ainsi aborder s ’explique par le français bord et linguiste par lingua repin
au latin.
Etymologie populaire
L’étymologie populaire, ou étymologie croisée, est le p h én om èn e par lequel le sujet parlant,
se fondant sur certaines ressem blances form elles, rattache con sciem m en t ou incoivi
ciem m ent une form e don n ée à une autre form e avec laquelle elle n ’avait aucun»'
parenté génétique ; les m ots soum is à cette attraction paronym ique finissent par tu
rapprocher sur le plan sém antique : le français v o it sou ven t dans choucroute les mol*
chou e t croûte, alors que le m ot vient de l’allem and dialectal stirkrtil (satierkraut) « at(.;ir
chou » , de m êm e forcené, rattaché à force par les sujets parlants et qui vient de f>\<
exception
« hors » et sen « sens ». L’étymologie populaire est appelée aussi fausse étymologie, et on
lui oppose Y étymologie savante, fondée sur la connaissance des form es anciennes et des
lois qui o n t présidé à leur évolution. O n réserve parfois étymologie populaire aux erreurs
individuelles com m e Trois-atdéro pour Trocadéro.
chacal, etc., constituent des exceptions à cette (au moyen des messages ainsi constitués), ( ci
règle et que la règle qui leur est appliquée est phrases (ou syntagmes) sont ou bien extraites
alors la règle générale d’addition de s. d'un corpus (ce dernier pouvant se confondre
exclamatif avec l’ensemble de la littérature de la commu
1. La grammaire traditionnelle qualifie d ’excla- nauté sociolinguistique), ou bien forgées par
matifs les adjectifs interrogatifs* employés non le lexicographe, agissant en tant que sujet natil
plus pour poser une question, mais pour de la langue. Ainsi, les exemples justifient la
exprimer l'étonnement que l’on éprouve devant définition, dont ils sont même souvent une
l'être ou l’objet désigné par le nom. (Adverbe, partie ; offrent les constructions syntaxiques
phrase, pronom exclamatifs. v . e x c ia m a t i o n .) les plus courantes ou les associations séman
2. La phrase exclamative est, en français, tiques les plus communes ; forment aussi des
construite sur le même modèle que la phrase phrases hors contexte et, même lorsqu’ils sonl
interrogative (les adverbes et pronoms excla- extraits d'un corpus, prennent dans un diction
matifs sont pratiquement les mêmes que les naire une nouvelle signification ; forment enfin
interrogatifs : quel, combien, etc., comme étant des commentaires culturels.
spécifique aux exclamations indirectes), mais En grammaire, ce sont des citations littéraire:!
elle se distingue de celle-ci par l'intonation ou des énoncés forgés servant à montrer le
(transcrite par un point d'exclamation) : Quelle fonctionnement d’une règle.
erreur I Combien ne sont pas revenus I Comment 2 . En rhétorique, Yexemple est un argument indue-
a-t-il pu faire ça I tif allant du fait à la règle ou du fait au fait.
exclamation exhaustivité
1 . En rhétorique et en grammaire, on appelle Une étude ou un corpus sont exhaustifs quand
exclamation un type de phrase, parfois réduit à ils prennent en considération tous les faits de
une interjection*, qui exprime une émotion langue impliqués par la recherche.
vive ou un jugement affectif. exhortation
2. Le point d'exclamation est le signe de ponc L’exhortation est une figure de rhétorique consis-
tuation que l’on met après une interjection ou tant à susciter, par des mouvements oratoire!!,
une phrase exclamative directe. des sentiments déterminés, une émotion.
exclusif existentiel
1. On dit que deux phonèmes sont dans un 1 . Causatif existentiel, v. c a u s a t if .
rapport exclusif quand ils ne s'opposent que par 2. La phrase existentielle est un type de phrase
un trait pertinent, tout en étant les seuls à où le prédicat de la structure profonde es!
présenter tous les traits qu'ils ont en commun : constitué du verbe être suivi d’un syntagme
/ p / e t / b / e n français sont en rapport exclusif, prépositionnel de lieu ; en français, une trans
ils ne se distinguent que par le trait de sonorité formation d’extraposition déplace le syntagme
et ils sont les seuls à présenter à la fois les nominal sujet après le verbe être, lui-même
traits [+ bilabial] et [-nasal]. transformé en (il) y a :
2. Noms ou pronoms personnels exclusifs. Se dit Des lions sont (en Afrique) -» Il y a des lion»
en français de la première personne du pluriel (en Afrique).
du pronom (nous) signifiant « moi et lui à
l’exclusion de toi ». (v . i n c l u s e et p e r s o n n e .) exocentrique v. e n d o c e n t r iq u e .
exclusion v. n o n -i n c l u s io n . exolingue
Est exolingue celui qui utilise une langue éti.m
exégèse
gère à la communauté dans laquelle il vit.
L’exégèse est l’explication, le commentaire phi
lologique, historique ou doctrinal d’un texte exorde
obscur ou sujet à discussion. En rhétorique, Yexorde est la première paillfl
exemple du discours consistant à attirer la bienveiilamr
de l’auditoire et à définir le sujet ; il peut t'tie
1. En lexicographie, les exemples sont des
aussi une brutale entrée en matière.
phrases ou des syntagmes comportant des
occurrences du mot d'entrée et fournissant des expansion
informations linguistiques (sur les traits syn 1 . En linguistique structurale, si deux suil<". il<
taxiques et sémantiques, au moyen de termes morphèmes figurent dans le même environ
cooccurrents) et des informations culturelles nement syntaxique, c’est-à-dire si elles ont lu
expression
même distribution et que l'une soit au moins y sont significatifs. Ainsi, la négation ne (signi
.itissi longue que l’autre (contienne au moins ficative dans je n'ose) n’a pas de valeur négative
le même nombre de morphèmes), tout en dans II est plus bête que je ne croyais : elle est
ayant une structure en constituants* différente, explétive. Il en est de même pour la préposition
«lors cette suite est Yexpansion de la première, de dans l’apposition la ville de Paris.
qui en est le modèle*.
Soit les deux suites de morphèmes : l'enfant explicite
On qualifie d’explicite une grammaire dont les
d le petit enfant, qui figurent dans les mêmes
environnements syntaxiques et qui ont une règles, décrites d’une manière précise et rigou
iitructure en constituants différente puisque reuse, peuvent être formalisées ; la grammaire
l'une est de la forme Déterminant + Nom et esc dite alors formelle, (v. cènf.xatii.)
l'autre Déterminant + Adjectif + Nom, on explosif
dit que le petit enfant est l’expansion de l'enfant. En phonétique moderne, on réserve le nom
I)e même, si l’on considère les deux phrases : d’explosive à toute consonne qui se trouve avant
(1) Jean court, une voyelle, par opposition aux consonnes,
(2) L'enfant du gardien de l'immeuble lance la dites consonnes implosives, qui se trouvent
balle, après. Ainsi, dans le mot mer, la consonne [m]
un dira que la phrase (2) est l’expansion de la est explosive.
phrase ( 1 ) si les deux phrases peuvent être On trouve cependant encore le terme de
iInfinies comme ayant la même distribution consonne explosive pour désigner toute
iiyntaxique. consonne occlusive, indépendamment de sa
2. En linguistique fonctionnelle, esc expansion place dans la syllabe, par allusion au bruit que
clans une phrase tout terme ou tout groupe de i’on entend à la fin de l’occlusion, quand l’air
termes que l’on peut supprimer de la phrase sort brusquement.
sans que celle-ci cesse d’être une phrase et sans explosion
i|iie les rapports grammaticaux entre les termes On appelle souvent explosion le bruit provoqué,
«oient modifiés. Ainsi, dans la phrase : Le chat à la fin d’une articulation occlusive, par la
île la concierge dort sur le tapis, on dira que de la sortie de la bouche de l’air expiratoire lors de
umeierge est une expansion du syntagme nomi la séparation brusque des organes articulateurs.
nal et sur le tapis une expansion du syntagme Il y a lieu, cependant, de réserver ce terme
verbal puisqu'ils peuvent être extraits de la au bruit produit par l’ouverture du chenal
|ihrase sans que celle-ci cesse d’être une phrase : buccal au début d’une syllabe, afin de distinguer
le chat dort. l'explosion de l’implosion*.
ex p iratio n expolidon
I expiration est l’acte par lequel on expulse l’air En rhétorique, l’expolition est la reprise du même
pulmonaire ; c’est la phase de la respiration argument sous des formes variées afin de lui
pendant laquelle se situe l’acte phonatoire. La donner plus de force.
plupart des sons du langage utilisent l’air
expulsé des poumons pendant l’expiration. Il expressif
rxiste cependant dans certaines langues des 1. On appelle fonction expressive la fonction* du
consonnes dites « consonnes récursives* » pro langage par laquelle le message est centré sur
duites grâce à l’accumulation au-dessus de la le locuteur, dont il exprime les sentiments.
«lotte* d’une masse d’air que celle-ci expulse 2. On appelle trait expressif un moyen syn
linisquement au moyen d’une sorte de coup taxique, morphologique, prosodique qui per
ilr piston. On dit des langues qui opposent met de mettre une emphase sur une partie de
deux séries de consonnes appartenant respec l’énoncé et suggère une attitude émotionnelle
tivement à ces deux types qu’elles présentent du locuteur.
Une corrélation d'expiration (ou corrélation de I. expression
mturskm *). 1. En grammaire, on appelle expression tout
explétif constituant de phrase (mot, syntagme).
On appelle mots explétifs (adverbe de négation, 2 . L’élément de l'expression est l’unité la plus petite
pronom, préposition, etc.) des cermes vides de du plan de l'expression de la langue, distinctive
li’iv., mais qui, présents dans d’autres énoncés, sur le plan du contenu, (v . c o m m u t a t i o n , p i a n .)
expression
II. e x p re ssio n
Le discours hum ain se présente com m e une suite ordonnée de sons spécifiques. On
appelle expression l’aspect concret de ce systèm e signifiant. A ce titre, expression
s'op p ose à contenu*.
C hez L. Hjelm slev, tou t m essage com porte à la fois un e expression et un contenu,
c'est-à-dire peut être envisagé du poin t de vue du signifiant (expression) ou du signifie
(contenu).
L’expression elle-m êm e peut être considérée (com m e d ’ailleurs le contenu) sous
deux aspects : com m e une substance, sonore ou visuelle selon q u ’il s ’agit de l'expression
orale ou écrite, c'est-à-dire com m e un e m asse phonique ou graphique (on parlera
alors de substance de l'expression) ; ou com m e la form e m anifestée par cette substance,
c'est-à-dire com m e la matière phonique ou graphique agencée, ce par quoi le plan
de l'expression s’articule au plan du contenu. Ainsi, il n'y a aucun rapport entre les
sons [b], [a] et l’idée de bas, mais il y a rapport entre la structure du plan de
l’expression [ba] et la m êm e idée, « bas ». Le m êm e problèm e se pose pour le plan
du contenu.
L’interdépendance entre la structure de l’expression et la structure du contenu se
fait, selon les langues, par des rapports variables. Par exem ple, les m ots exprimanl
les couleurs du prisme dessinent dans le vocabulaire une grille très différente selon
les langues : m êm e l’anglais e t le français n 'on t pas exactem ent le m êm e paradigme
de l'« arc-en-ciel ». À plus forte raison, o n notera des découpages du spectre en
quatre, trois et m êm e deux couleurs. La taxinom ie des n o m s ou adjectifs de coulem
sera donc très différente selon les langues : plus nom breuses seront les couleur,
fondam entales, m oin s la langue devra recourir à des opérateurs perm ettant de notn
des nuances (suffixes du type -âtre, m ots du type sang, cerise, locutions du type tirer
sur, etc.). II s’agit là exclusivem ent de la structure de l ’expression : le contenu résil
ia perception des rayonnem ents lum ineux, dépendant n on de la culture mais de
l'organisation physiologique.
C om m e le lexique, la grammaire des langues com porte des contraintes variées la
perception de l'op p osition des sexes est du dom aine du contenu, mais la notation
du sexe est obligatoire, selon les langues, exclusivem ent dans des conditions spécifier:,
Par exem ple, là où le français n ote seu lem en t le genre du possédé (il, elle) voit son
père, sa mère, l'anglais note le genre du possesseur : he secs his fatlier, « il voit son
père » ; she sees her father, « elle vo it son père ».
La structure de l’expression s ’opère à des niveaux distincts : un de ces niveaux cul
sans rapport direct avec le contenu, c ’est le niveau phoném atique ; le phonèm e, unilr
phonique de la langue, est sans rapport direct avec le contenu : c’est dire que le
phonèm e n ’a pas de sens en lui-mêm e. C ’est au niveau m orphém atique que se l.m
la première liaison entre structure de l’expression et structure du contenu. L
m orphèm e est l'unité du plan de l’expression entrant en relation avec le plan <ln
contenu.
extrinsèque
194
famille de langues
« idéalise » les faits. P. de Saussure le remarque « trivial » mais seulement un écart par rapport
déjà dans son exemple du mot messieurs pro à la langue écrite et au « bon usage ». La
noncé à diverses reprises au cours d'une même tendance des puristes, toutefois, est de
conférence : c'est par une décision que le confondre « familier » et « grossier ».
linguiste assimile ces différents segments du famille
corpus à un fait de langue unique. 1. En phonétique, on appelle famille artiatlatoire
On distingue les faits des données* linguis une famille de sons comprenant les phonèmes
tiques : c’est par l’intervention du descripteur de même aperture.
lui-même, ou celle de ses informateurs que la 2. En lexicologie, on appelle famille de mots des
matière linguistique brute est transformée en groupes de mots associés entre eux en raison
matière classée ; les faits interprétés par le d’un élément commun qui est la racine ou
descripteur locuteur natif constituent les don
l’étymon ; ainsi, raison, raisonner, raisonnement,
nées.
déraisonner, etc., constituent une famille de
familier mots ; le mot chef et les mots capital, décapiter
On dit qu’un style, une langue, un mot sont forment une famille de mots, car ils ont comme
familiers quand leur emploi implique un degré élément commun la racine latine caput, capitis,
d’intimité entre les interlocuteurs et conjoin « tête ».
tement un refus des rapports cérémonieux 3. En grammaire générative, on appelle famille
qu’exige la langue soutenue ou académique. de transformations un ensemble de transforma
Familier s’oppose également à grossier ou tions apparentées qui appliquent une même
trivial : il s’agit donc d’un niveau de langue ; analyse structurelle aux suites terminales :
le terme n’implique pas un jugement moral ainsi, les transformations négative, interroga
sur le contenu des termes, sur le sens d’un tive et emphatique constituent en anglais une
mot comme les qualificatifs « grossier » ou famille de transformations.
Fig. 1 Fig. 2
celtique celtique
italique italique
grec grec
albanais albanais
ira n ie n iranien
tokharien tokhanen
balte balte
slave slave
Le diagram me peut être partiel et représenter essentiellem ent les antécédents d'une
langue (fig. 3) :
Fig. 3
français m oderne
„ m oyen français
/f
//' ancien français
'V
période préfrançaise
italique primitif
V période pré-italique
indo-européen primitif
famille de langues
l.’indo-européen
Parmi les fam illes de langues, celle qui a été la m ieux établie par F. Bopp et d on t
l'étude a servi de m odèle à toutes les recherches de la grammaire com parée est la
famille des langues indo-européennes. Elle com prend les langues de pays développés
et, de ce fait, on im agine souvent, à tort, qu elle représente un type supérieur. C ’est
très tô t qu'on lui a appliqué la m éth od e comparative, et elle a fait à elle seule l'objet
de plus de recherches que toutes les autres réunies. Les divergences qui subsistent
entre linguistes à son propos portent m oins sur ses lim ites et ses principales
subdivisions que sur des détails concernant les rapports entre les diverses branches,
qui sont la germanique, la celtique, la romane, la slave, la balte (groupées en balto-slave),
l'albanaise, Yarménienne, la grecque, l’iranienne, l'indienne (groupées en indo-iranien), la
tokhariennc et, peut-être aussi, aujourd’hui disparue, 1’anatolienne ou indo-hittite.
Les langues germ aniques se subdivisent en anglo-frison (anglais, et frison parlé par
une population peu nom breuse dans le nord des Pays-Bas et de l'Allem agne), en
néerlando-allemand (allem and, d ont un dialecte, le yiddish, utilise parfois l'alphabet
hébreu, néerlandais, don t un dialecte est l’afrikaans d ’Afrique du Sud, flamand de
Belgique et de France) et en Scandinave (danois, suédois de Suède et de Finlande, et
les langues norvégiennes bokm âl ou riksmâl et landsm àl ou nynorsk).
Les langues celtiques sont le breton, en France, et le gallois, l ’irlandais et le gaélique,
dans les îles Britanniques.
Les langues romanes (issues du latin) les plus im portantes son t le portugais, l’espagnol
et le français (qui on t don n é naissance à plusieurs créoles), l’italien et le roumain.
Elles recouvrent souvent d'autres langues ou dialectes rom ans (catalan, provençal,
sarde). Ces langues son t nées de l’évolution du latin populaire, m ais des langues
attestées dans FA ntiquité et aujourd’hui disparues, com m e l’osque, l ’om brien et le
vénète, form aient avec le latin la branche italique.
Les langues slaves com prennent une branche orientale (russe, biélo-russe, ukrainien),
une branche occidentale (polonais, tchèque, slovaque), une branche m éridionale (serbe
et croate, notam m ent, en Y ougoslavie, et bulgare).
La branche balte réunit essentiellem ent le lituanien (Lituanie) et le lette (Lettonie).
O n la réunit souvent au slave sous le nom de balto-slave.
La branche albanaise se réduit à l’albanais, com m e la branche arménienne, à l’arménien.
Sous le n om de branche grecque, ou grec, on réunit les divers « dialectes » grecs de
l’Antiquité e t le grec m oderne.
La branche iranienne com prend des langues m odernes (kurde, persan, afghan,
baloutchi, tadjik) et des form es anciennes célèbres (vieux perse, avestique, pahlavi).
Le tokharien, aujourd’hui disparu, est connu grâce à des inscriptions sou s deux
formes (dialectes A et B).
La branche indienne com prend le hindi, langue officielle de l’Inde, et l’ourdou,
langue officielle du Pakistan, m ais aussi le bengali, l'assam ais. l’oriya, le mahratte, le
goujrati, le sindhi, le pendjabi, le cachem irien ou darde, le népalais et enfin le
cinghalais. Le sanskrit et le védique so n t des form es anciennes, sacrées, relevant
égalem ent de la branche indienne et qui on t permis de dém ontrer la parenté des
langues indo-européennes.
197
famille de langues
La famille chamito-sémitique
La fam ille chamito-sémitique ou afro-asiatique se subdivise en cinq branches : la branche
sém itique est représentée actuellem ent par l'hébreu, l’arabe littéral et les diverses
langues arabes (sou ven t dites dialectes) et les langues éthiopiennes (amharique, tigré
ou tigrina, gu èze ou éthiopien). Étaient aussi des langues sém itiques l’assyrien (ou
akkadien ou babylonien), l’araméen, le syriaque, enfin le phénicien, d o n t le punique
(ou carthaginois) n'était qu'un dialecte. La branche égyptienne est représentée par
l’ancien égyptien, d on t est sorti le copte actuel. La branche berbère réunit le kabyle,
le chleuh, le zenaga et sans doute aussi le touareg (ou tam ahek). La branche couchitique,
ou d ’Afrique orientale, com prend, entre autres, le som ali. le galla et le bedja. La
branche tchadienne réunit des langues peu parlées en dehors du haoussa, que d ’autres
rattachent aux langues négro-africaines.
La famille nigéro-congolaise
D an s la fam ille nigéro-congolaise, on range l’atlantique occidental (tim né et b o u lo m de la
Sierra Leone, o u o lo f du Sénégal, foulbé dans diverses régions du Sénégal), la branche
m andingue du Liberia et de la Sierra Leone (kpelle, lom a, m endé, malinké et bambaia),
la branche k m , dissém inée du Liberia au Cam eroun (akan divisé en fanti et tclii,
baoulé, éw é. fon, yorouba, ibo, noupe, sans doute aussi bassa et krou). la branche
gu r (essentiellem ent le m oore, langue des M ossis). O n peut penser que le zan dé et le
sango, parlés du C am eroun au C ongo, form ent une branche de la fam ille nigéro
congolaise, qui com prend égalem ent une branche centrale (essentiellem ent l’efik et le
tiv, parlés du C am eroun au Nigeria) et le bantou.
Les langues et dialectes relevant du bantou so n t si nom breux et parlés sur une
étendue si grande que certains linguistes fon t du bantou n o n une branche de la
fam ille nigéro-congolaise, mais une fam ille indépendante. Certaines langues bantoin '•
sont véhiculaires (en Afrique orientale souhahéli, au Zaïre souhahéli, kongo, louba ■i
ngala) ; d ’autres son t des langues d'union* (chona de Zambie, ngam ya du Nyassaland)
ou sim ples langues de tribu (entre autres, ganda en Ouganda, kikouyou et kamba au
Kenya, tchagga et n y a m w ézi du Tanganyika, ruanda, bem ba en Zam bie, mboudi m
19S
famille de langues
en A ngola, héréro en Afrique du Sud-Ouest, zou lou , xhosa, sw azi, soth o et tsw ana
en Afrique m éridionale).
La fam ille khoin com prend le sandaw e et le hatsa de la Tanzanie, et le bochim an
et le h otten tot d’Afrique du Sud.
branche atlantique com prend le m assachusetts (dit algonquin), le pow hatan, le delaware,
le m ohagan, le penobscot, le pasam aquoddy, le m icm ac ; Y algonquin central est
constitué par le fox (W isconsin), le cree (baie d'H udson), le m en om in i (M ichigan) et
l'ojibw a (Grands Lacs) ; la branche occidentale com prend le p otaw atom i (M ichigan),
l’illinois, le ch aw n i (au T enn essee), le black-foot, l’arapaho et le cheyenne.
La famille natchez-muskogee du sud-est des États-Unis com prend le creek, l'alabama,
le chikasaw, le ch octaw et le natchez.
La famille iroquoise com prend le cherokee, célèbre par so n syllabaire, le tuscarora
(C aroline) et, en Pennsylvanie, le huron, Férié, l’oneida, les langues des Sénécas, des
O nondagas et des Cayagas, enfin le conestoga et le susquehana.
La fam ille sioux (grandes plaines du N ord) est form ée du biloxsi, de l’ofo, du tutélo,
du katawba, du dakota, du m andan, du w in n eb ago, du chiw era (avec les dialectes
io w a et m issouri), du dhéguiba (om aha, ponça, osage, kansa, quapaw , arkansa), enfin
de l’hidatsa et du crow .
Les familles caddo (caddo proprem ent dit, w ich ita et p aw nee), tunica (stakapa et
chitim acha), y ch i (au T ennessee), hoka (à l'O uest) ne sont peut-être que des branches
d ’une fam ille hoka-sioux.
La fam ille esquimau-aléoute se subdivise en aléoutien et langues esquim audes (inupik,
yupik).
Les trois fam illes de la côte nord-ouest du Pacifique, salish (bella coola, cœur
d'alène, chehalis, kalispel), w akash (nookta. kw akiutl, bella bella) et chimakuau
(chim akum et quileute), son t parfois regroupées en une grande fam ille, le mosan. On
considère généralem ent com m e form ant un e fam ille l'haïda, le dingit. le tsim shian et
le kutenaï. O n regroupe parfois en une seule fam ille le m osan, le kutenaï et l’algonquin.
En O regon et en Californie, o n a dénom bré vingt-cinq fam illes : w in tu n , maidu,
m iw ok, costanoan, yok u ts, takelma, kalapuya, siuslaw , coos et surtout chinook
(cette dernière a d onné naissance à un sabir très im portant dit « ch in ook ») ; certaines
autres sont rattachées aux groupes penutia et hoka (en A rizona et en Californie,
karok, shasta, chimariko, pom o, esselen, salinan, shum ash et surtout yana ; au Texai,,
tonkaw a ; au nord du M exique, com ecrudo ; au sud du M exique et au Nicaragua,
tlapanec, subtiabia et téquislate ; au Honduras, jicaque).
La fam ille m aya, ou maya-zoque, com prend au Guatemala le m am . le ketchi, le
quiché, le cackchiquel, le pokam am , le pokonchi, l'ixil ; à l'ouest, le tzeltal. le tzotzil,
le tojolabal, le chol et le chontal de Tabasco, qui son t de la m êm e branche que
le chorti du H onduras ; au nord, le yacatèque ; dans le M exique central, le
huaxtèque.
D ans le su d du M exique on trouve trois groupes de langues, sans doute proches du
m aya, le m ixe, le zo q u e et le pop oloca de Veracruz, le totonaque et le tepehua, enfin
le huava. O n trouve aussi d’autres groupes à parentés m al définies et d ont certaiiin
sont réunis sous le n o m d ’otom angue : ce son t le potèque et le chatino, le mixtèque, I
le cuicatèque, le trique et l'am usgo, le m azatèque, le chocho, l’ixcatèque et le popoloeo
de Pueblo, l’otom i, le m azahua et le pam e, enfin le tarasque.
La fam ille uto-aztèque com prend, au sud du M exique, le nahatl (qui avait son
écriture, antérieure aux contacts avec les Européens et qui a fourni beaucoup
d’em prunts), dans le C olorado le shoshone, le painté, le tubatulabal et surtoui le
hopi, en Arizona et dans le nord-ouest du M exique le papago, le pima, le tarahum.iM,
le cora et le huichol. Le com anche était utilisé dans les grandes plaines du Sud. I.ii
fam ille uto-aztèque est souvent regroupée, avec le tanoa et quelquefois le zum eu
feed-back
Problèmes en suspens
Mis à part quelques certitudes (fam illes indo-européenne, finno-ougrienne, afro-
asiatique. etc.), bien des problèm es restent à résoudre en ce qui concerne les fam illes
de langues. Ainsi, on hésite encore à affirmer la parenté du basque de France et
d’Espagne avec les langues caucasiennes ou avec quelque autre fam ille. D e m êm e,
les contours et les subdivisions de la fam ille cham ito-sém itique restent à définir avec
exactitude. Il en va de m êm e pour la place du bantou. Enfin, il est difficile de
corroborer ce qui peut être envisagé dans les regroupem ents des grandes fam illes (la
réunion, par exem ple, des fam illes finno-ougrienne et altaïque en une fam ille ouralo-
altaïque qui pourrait com prendre aussi le japonais et le coréen, ou de l’indo-européen,
du dravidien et du finno-ougrien, ou de l'indo-européen et du sém itique) ; on en est
dans ce dom aine à de pures hyp oth èses de travail. M algré le caractère souvent
séduisant de celles-ci, la science im p ose là-dessus la plus grande prudence.
201
femelle
202 A
finale
cause de la fréquence des syntagmes bon de contenu propre. Une langue utilise un
heur et mal heur qui ont fini par constituer des nombre relativement réduit de figures, mais
mots. construit, en les combinant, un nombre infini,
ou du moins indéfini, de signes.
figure
t. En rhétorique, les figures sont les divers figuré
aspects que peuvent revêtir dans le discours On dit d'un mot qu’il a un sens figuré ou
les différentes expressions de la pensée. On qu'il est employé avec un sens figuré, quand,
distingue : défini par les traits « animé » ou « concret »,
a) les figures de pensée, qui consistent en certains il se voit attribuer dans certains contextes le
tours de pensée indépendants de leur expres trait « non-animé » (chose) ou « non-concret »
sion ; celles-ci se font par « imagination » (ex. : (abstrait). Ainsi, dans le chemin de Ici vie, chemin,
la prosopopée), par « raisonnement » (ex. : la qui a le trait « concret » au sens propre et se
délibération ou la concession) ou par « déve voit attribuer le trait « non-concret », est
loppement » (ex. : la description) : employé au sens figuré. De même, dans le
b) les figures de signification, qui intéressent le chien d'un fusil, le mot chien est employé dans
changement de sens des mots (ex. : la méto un sens technique, non-animé : il a un sens
nymie, la métaphore et la synecdoque) ; figuré.
c) les figures d'expression, ou iropes, qui inté
; ressent ie changement de sens affectant des figurer
mots, des groupes de mots et des phrases ; On dit d’un item lexical ou grammatical qu’il
celles-ci se font par « fiction » (ex. : allégorie), figure dans une phrase ou dans un constituant
par « réflexion » (« les idées énoncées se réflé- quand, étant une des valeurs possibles que
[ chissent sur celles qui ne le sont pas » ; ex. : peut prendre la variable « nom », « verbe »,
la litote, l’hyperbole) ; par « opposition » (ex. : « adjectif », « temps », etc., il se substitue dans
l'ironie, le sarcasme) ; la structure de la phrase au symbole (N, V,
d) les figures de diction, qui consistent dans la Adj., etc.) de cette variable. On dit, par exemple,
modification matérielle de la forme des mots que, dans la phrase Mon père lit le journal, journal
[ (ex. : enœr, avecque, en français ; ex. : prothèse, figure dans la position (à la place) du nom
t épenthèse, apocope, métathèse, crase) : objet dans la structure : déterminant + nom
e) les figures de construction, qui intéressent auxiliaire -f- verbe + déterminant + nom.
(v . OCCURRENCE.)
l’ordre naturel des mots ; celles-ci se font par
« révolution » (modification de l'ordre), par filtre
« exubérance » (ex. : apposition), par « sous- On appelle filtre acoustique un mécanisme des
entendu » (ex. : ellipse) ; tiné à renforcer certaines fréquences d’un son
f) les figures d ’élocution, qui intéressent le choix complexe et à en affaiblir d'autres. Pendant la
des mots convenant à l'expression de la pen phonation, le conduit vocal se comporte
sée ; ce sont l’« extension » (ex. : épithète), la comme un filtre à l’égard du son complexe
« déduction » (ex. : répétition et synonymie), créé dans le larynx par la vibration des cordes
la « liaison » (ex. : asyndète) : la « conso vocales, puisque chaque cavité du conduit vocal
nance » (ex. : allitération) ; renforce les fréquences proches de celle qui
u) les figures de pensée, ou de style, qui intéressent est propre. Si les harmoniques* hauts sont
la façon dont est présentée la pensée ou renforcés, le son est aigu ([t], [i], etc.) ; si les
l'expression des relations entre plusieurs idées : harmoniques bas ou le fondamental sont ren
elles consistent en « emphase » (ex. : énumé forcés, le son est grave {[p], [k], [u], etc.).
ration), « tour de phrase » (ex. : apostrophe,
Interrogation), « rapprochement » (ex. : finale
; comparaison, antithèse), « imitation » (ex. : 1. La finale d'un mot est la position de son
l harmonie imitative). dernier phonème ou de sa dernière syllabe,
?.. En glossématique, la figure de contenu est un qui se trouvent de ce fait soumis à un certain
élément qu’on peut identifier avec les traits ou nombre d’altérations dues à l’anticipation de
les sèmes de l’analyse sémantique. On l’appelle l’initiale du mot suivant. En français, une
[tussi plérème'. La figure d'expression est un voyelle finale est omise devant un autre mot
élément de la chaîne linguistique, appelé aussi commençant par une voyelle, une consonne
Wllime", qui s'oppose au signe' et qui est privé finale est omise devant un autre mot commen
203
Finh
çant par une consonne ou devant une pause : nences ; ceux-ci expriment les fonctions syn
un petit ami vs un petit camarade, un rude travail taxiques (cas), les catégories grammaticales du
vs un rude hiver. nombre, du genre, de la personne, ou les
2. On appelle proposition ou subordonnée finale catégories sémantiques de l’animé, du
une subordonnée de but introduite par les comptable, etc., selon les classes de mots
conjonctions pour que, afin que ou les préposi déterminées par chaque langue. La flexion
tions pour, dans le but de, afin de suivies de inclut la déclinaison (flexion nominale) et la
l’infinitif. conjugaison (flexion verbale). Certaines langues,
comme le latin et l'allemand, possèdent éga
Firth (John Rupert), linguiste anglais
lement une flexion pronominale. Le mot se
(Leeds 1890-Londres 1960). Professeur de lin
présente alors comme un ensemble de formes
guistique générale à l’université de Londres de
fléchies, appelé paradigme. Ainsi, le latin
1944 à 1956, il est profondément influencé
connaît une flexion nominale : dominas est
par les travaux et les idées des anthropologues.
Confronté à la nécessité de traduire en anglais formé de la racine domin-, de la voyelle thé
matique -o- et de la désinence casuelle de
les mots et phrases de langues d'Océanie, il a
nominatif -s. (La flexion a été appelée aussi
élaboré une théorie contextuelle de la signifi
accidence.) C’est aussi l’ensemble de formes
cation, selon laquelle le sens des mots se réduit
à l’ensemble des usages qu’on peut en faire fléchies d’un mot (nom, pronom ou verbe)
variant selon les cas, le genre et le nombre, la
(contexte). [V. Bibliographie.]
personne, etc.
flèche
flexionnel
Dans le système de notation de la grammaire
Les langues dont les mots sont pourvus de
générative, la flèche donne l’instruction de
morphèmes grammaticaux qui indiquent la
réécrire l’élément à gauche de la flèche par
fonction des unités sont flexionnelles (par oppo
l’élément (ou la suite d’éléments) écrit à droite
sition aux langues agglutinantes", tei le turc),
de la flèche. Si la règle de réécriture est de la
toutes les fois que les éléments constituant
forme SN -» D + N, la flèche indique que le
chaque morphème ne peuvent être segmenu-.
syntagme nominal (SN) doit être converti dans
Ainsi, dans le latin boni le i est à la fois marque
la suite d’éléments : D (déterminant) suivi de
du pluriel, marque du nominatif, marque du
N (nom).
masculin. Les formes différentes des mots dans
fléchi les langues flexionnelles forment des déclinai
On appelle forme fléchie un mot constitué d’un sons*, classées en types et, pour chaque type,
morphème lexical et d’un morphème affixal existe un paradigme* ou modèle sur lequel
(désinence*) qui exprime la fonction gramma doivent être déclinés tous les mots du type
ticale, le nombre, la personne, la catégorie Au contraire, avec le turc, on peut tou jourt.
sémantique, etc. (v. pllxsom.) analyser les mots en leurs éléments compo
fleuri sants.
En rhétorique, se dit d’un style imagé, focaliser
recherché. Syn. d e e m p h a tise r.
flexion focus
En grammaire, la flexion est un procédé mor On utilise parfois l’expression de mise en fo<ir.
phologique consistant à pourvoir les racines pour désigner les procédés d’emphase* port.uii
(verbales, nominales, etc.) d’affixes ou de dési sur un constituant.
fo n ctio n
1. On appelle fonction le rôle joué par un élém en t linguistique (phonèm e, morphèm e,
m ot, syntagm e) dans la structure gram m aticale de l’én on cé. (« Fonction » s’opp' vir
à « nature » qui dén ote l’aspect m orphologique du m o t et n on son em ploi syntaxiqm
dans la phrase.) C ’est ainsi qu’on parle de fonction sujet et de fonction prédical, qui
définissent les relations fondam entales de la phrase, et des fonctions co m p lé m e n t
(objet, circonstances), qui précisent ou com p lèten t le sens de certains term es. Aiiml
dans la phrase Pierre lit mi livre, le m ot livre a une fonction de com p lém en t d ’objrl,
104
fonctionnalisme
fonction d u langage
Les fonctions du langage, c ’est-à-dire les diverses fins q u ’o n assigne aux énoncés en les
prononçant, son t à la base des thèm es de l’école de Prague. Le langage étant considéré
avant tou t com m e ayant pour but de com m uniquer des inform ations, sa fon ction
centrale est donc la fonction de com m unication (dite aussi référentielle ou cognitive) ;
elle est essentielle car elle cond ition n e l’organisation m êm e du langage, les caractéris
tiques des unités linguistiques, et beaucoup de faits diachroniques. C ependant, il peut
être utile de distinguer, selon les caractères de la com m unication, différents types de
message, don c différentes fonctions du langage. O n y joint ainsi la fonction impérative
ou injonctive (le langage com m e m o y e n pour am ener l’interlocuteur à adopter certains
com portem ents). Le psychologue K. Bühler distingue la fon ction de représentation
(relation de l'én on cé avec l’univers extralinguistique), la fon ction d ’expression ou
expressive (relation avec l ’ém etteur du m essage) et la fon ction d ’appel ou interrogative
(relation avec le récepteur). R. Jakobson propose une classification plus élaborée,
fondée sur le processus général de la com m unication tel que le décrivent les théoriciens
de la cybernétique ; tou t acte de com m unication suppose six facteurs : un destinateur,
qui envoie un m essage à un destinataire, un contexte (ou réfèrent), u n code com m u n
nu destinateur et au destinataire, un contact (ou canal) qui perm et d'établir et de
maintenir l’échange. Il distingue : la fonction référentielle (ou dénotative ou cognitive),
qui centre le m essage sur le contexte (Le chien est un animal) ; la fonction émotive, qui
le centre sur le destinateur, ou locuteur (Hélas ! il pleut i) ; la fon ction conative, sur le
destinataire (Viens ici I) ; la fon ction phatique centre le m essage sur le con tact (Allô, ne
coupez pas), la fonction métalinguistique, sur le code (Il ne faut pas dire je m 'ai coupé,
mais je me suis coupé) ; la fonction poétique enfin envisage le m essage en lui-même.
fo n ctionnalism e
l , La réflexion de l ’école de Prague sur les fonctions* du langage a donné naissance
t divers courants fonctionnalistes dans la deuxièm e m oitié du XXe siècle jusque vers les
années 70. A insi, A. M artinet p ose en principe que la fon ction principale du langage,
qui est celle de la com m unication, im plique la n otion d ’économie linguistique. Le point
central de la doctrine réside dans le concept de double articulation du langage. La
première articulation en m on èm es intervient sur le plan de l’expression et sur le plan
du contenu ; grâce à elle, un nom bre indéfini d ’énoncés est possible à partir d ’un
fonctionnalisme
206
force
qualité. Ainsi, les consonn es se classent sur la base des oppositions, présence ou
absence du caractère labial, dental, palatal, etc. O n se dirige donc vers une sorte de
classification unitaire dans laquelle les voyelles et les conson n es so n t classées selon
les m êm es catégories. M êm e si on peut contester l'hypothèse selon laquelle une
phonologie universelle se contenterait de 12 op p osition s binaires, le schém a binariste
est très pratique et se trouve n otam m en t repris par M . Halle pour décrire le
fonctionnem ent de la com p osan te p honologique d'une grammaire générative.
207
formalisation
form alisation
La form alisation est la description linguistique réalisée au m o y e n de règles formelles
explicites. U ne théorie linguistique ne peut se concevoir sans recours à une présentation
form alisée, adaptée de m od èles m athém atiques, logiques ou biologiques. Cette
présentation explicite en quelque sorte les h yp oth èses sous-jacentes à la description,
qui sont soum ises à deux exigences fondam entales : d'abord, constituer un tout
cohérent (c’est-à-dire qui exclut les contradictions), ensuite, pouvoir être confronte
aux faits linguistiques afin d’être confirm é ou infirmé. Ces deux exigences ne peuvent
être satisfaites que si les h yp oth èses son t exprim ées dans un m étalangage comportant
ses propres sym boles, ses règles et ses contraintes. Ainsi, à partir de concepts primitif1,
(catégories gramm aticales, unités lexicales, etc.) et de relations primitives (combinatoire.
dépendances), il devient possible de concevoir un systèm e capable de décrire des
énoncés attestés, de prévoir (prédire) u ne infinité d ’én on cés possibles. Ce système
fonctionne en suivant un e série d ’instructions portant sur les catégories et les relations
précédem m ent définies selon un ordre préétabli. Les résultats obtenus par l’application
systém atique des règles d oiven t être soum is aux jugem ents des locuteurs natifs. Les
énoncés inacceptables conduiront alors à m odifier les règles. L’évolu tion de la théorie
est donc conçue com m e un aller-retour entre les h yp oth èses et les faits linguistiques.
20#
1
forme
form e
En linguistique, le m o t forme a des sens divers selon les théories.
1. D ans l’acception saussurienne, le terme forme est syn on ym e de structure et s’oppose
à substance : la substance est la réalité sém antique ou phonique (m asse non structurée),
la form e est le découpage spécifique opéré sur cette m asse am orphe et issu du
systèm e de signes. La form e d 'une langue va d on c s'exprimer par les relations que
les unités linguistiques entretiennent entre elles. Aussi, pour É. Benveniste, la forme
d’une unité linguistique se définit-elle com m e sa capacité de se dissocier en constituants
de niveau inférieur, pendant que le sens d ’une unité se définit com m e sa capacité
d’intégrer une unité de niveau supérieur (c'est-à-dire que l'unité fera « partie intégrante »
d’une unité de rang supérieur, ici le syntagm e). La form e de table sera sa capacité à
se dissocier en /t/, /a/, /b /, / l / ; qui son t des ph on èm es ; le sens de table sera sa capacité
à constituer avec d ’autres unités du rang m orphém atique une unité syntaxique table
d'opération (syntagm e). C ’est sur ce sens du m o t forme q u ’opère L. Hjelm slev, mais il
réinterprète l’op p osition form e vs substance de F. de Saussure ; il oppose, tant au
plan de l’expression (signifiants) qu'au plan du contenu (signifiés), la forme et la
substance. D ans l’expression*, n ou s avons une substance (la m asse phonique) structurée
comme forme par la langue. La forme de l'expression fournira, par exemple, sept m ots
pour l'expression des « couleurs fondamentales » du spectre solaire en français. D e même,
le contenu, fondé sur une substance (pensée am orphe), reçoit u ne form e propre à la
langue donnée. Ce sont ces deux form es qui définissent linguistiquem ent la langue.
2. D ans une acception traditionnelle, le m o t forme s'op p ose à contenu, à sens (F. de
Saussure parle en ce cas d ’expression op p osée à contenu). La form e est alors la
Htiucture de la langue non interprétée sém antiquem ent qui s'op p ose au sens, à la
•lignification.
E. Sapir insiste, dans cette perspective, sur l'absence de rapport, dans une langue
donnée, entre form e et fonction. Par exem ple, l’idée de négation peut être marquée
on français par des procédures form elles très différentes : adjonction du préfixe in-
Iinconnu), ou em ploi du m orphèm e discontinu ne ... p a s (je ne le connais pas).
3. Le m o t forme peut désigner une unité linguistique (m orphèm e ou construction)
identifiée par ses traits formels. À ce titre, on opposera, par exem ple, la form e régulière
d oute form e q u ’un locuteur peut com poser sans l’avoir jamais entendue, par sim ple
Application de règles ; par exem ple le futur de n ’im porte quel nouveau verbe) et la
209
formel
form e irrégulière (tou te form e q u ’il est nécessaire d ’avoir déjà entendue pour la
réaliser correctem ent : par exem ple courrai). La linguistique distributionnelle américaine
distingue forme libre* (free form) e t forme liée* (bound forin). Sera dite form e libre toute
unité susceptible de constituer un énoncé. Jacques, heure, etc., son t des form es libres ;
-ant dans chaînant, -eur dans chanteur so n t des form es liées. Les form es libres elles-
m êm es se subdivisent en form e libre m inim ale (le m ot) et form e libre n on minimale.
Le m ot, ém is seul, possède un sens et ne peut être analysé en unités ayant toutes un
sens ; malheureux peut s ’analyser en malheur (ayant un sens) et en -eux ; malheur com m e
malheureux son t des m ots, alors que -eux est une form e liée. La form e libre non
m inim ale est le syntagm e : la phrase est elle-m êm e une form e libre non m inim ale.
210
fricative
211
frontière
connu une longue éclipse pendant la période dans une autre suite, dite « phrase matrice' •
du positivisme. N. Chomsky y voit actuelle Les transformations généralisées, ou transfor
ment l'ancêtre des grammaires génératives. mations binaires, s’opposent aux transforma
généralisation tions singulières qui opèrent sur une seule
La généralisation est un processus cognitif qui suite, comme les transformations passive, inter
consiste, en partant d'un certain nombre de rogative, affixale, etc.
constatations empiriques, à élaborer un 2. On appelle quelquefois comparatif généralise
concept : ainsi, le concept « chaise » est élaboré le superlatif relatif”.
à partir de la perception d’objets comportant généralité
un certain nombre de propriétés communes. Le critère de généralité des règles est un critère
La généralisation est dite secondaire quand elle qui, avec la simplicité, permet d’évaluer la
se produit non pas directement à partir des capacité d’une grammaire : la règle qui pourra
objets eux-mêmes, de leur voisinage physique,
rendre compte du plus grand nombre de fait:,
mais à partir de mots ou d’images qui évoquent
possibles dans le plus grand nombre de langues
cet objet. Il y aura généralisation sémantique
satisfait à cette condition de généralité.
quand une réponse provoquée par un mot-
stimulus est aussi provoquée par des syno génératif
nymes de ce mot : si on conditionne une Une grammaire est générative quand elle est
réponse de sécrétion salivaire au mot manière, faite d’un ensemble de règles (avec un lexique
la même réponse sera évoquée, bien que plus associé) qui permet, pour toute combinaison
faible, par un stimulus proche sémantiquement, des mots de la langue, de décider si cette
comme façon, sorte. combinaison est grammaticale et de lui fournir,
généralisé dans ce cas, une description structurelle. Une
1. Dans la première étape de la grammaire grammaire générative est explicite en ce sens
générative, on appelle transformation généralisée que la nature et le fonctionnement des règle:,
la transformation* qui opère sur deux (ou plus sont décrits d’une manière rigoureuse et précise
de deux) suites générées par la base. Ainsi, les qui en permet la formalisation. Une grammain
transformations relative et complétive sont des générative n’a pas nécessairement des tran:,
transformations généralisées puisqu'elles formations comme la « grammaire générative «
enchâssent une suite (relative ou complétive) de N. Chomsky.
214
générative
D ans une première étape (appelée théorie standard), la grammaire est form ée de
trois parties ou com p osan tes :
— une composante syntaxique, systèm e des règles définissant les phrases perm ises dans
une langue ;
— une composante sémantique, systèm e des règles définissant l'interprétation des
phrases générées par la com p osan te syntaxique ;
— une composante phonologique et phonétique, systèm e de règles réalisant en une
séquence de sons les phrases générées par la com p osan te syntaxique.
La com posan te syntaxique, ou syntaxe, est form ée de deux grandes parties : la
base, qui définit les structures fondam entales, et les transformations, qui perm ettent de
passer des structures profondes, générées par la base, aux structures de surface des
phrases, qui reçoivent alors une interprétation phonétique pour devenir les phrases
effectivem ent réalisées. Ainsi, la base perm et de générer les deux suites :
(1) La + m ère + entend + quelque chose,
(2) L’ + enfant + chante.
La partie transform ationnelle de la grammaire perm et d'obtenir La mère entend que
l'enfant chante et Ijj mère entend l'enfant chanter. Il s ’agit encore de structures abstraites
qui ne deviendront des phrases effectivem ent réalisées qu’après application des règles
de la com posante phonétique.
La base est form ée de deux parties :
a) La composante ou base catégorielle est l'ensem ble des règles définissant les relations
gram m aticales entre les élém ents qui constituent les structures profondes et qui son t
représentés par les sym boles catégoriels. A insi, une phrase est form ée de la suite
SN + SV, où SN est le sym b ole catégoriel de syntagm e nom inal et SV le sym bole
catégoriel de syntagm e verbal : la relation gramm aticale est celle de sujet et de
prédicat ;
b) Le lexique, ou dictionnaire de la langue, est l ’ensem ble des m orphèm es lexicaux
définis par des séries de traits les caractérisant ; ainsi, le m orphèm e mère sera défini
dans le lexique com m e un nom , fém inin, anim é, hum ain, etc. Si la base définit la
suite de sym boles : Art + N -4- Prés + V + Art + N (Art = article, N = N o m ; V = v erb e,
Prés = Présent), le lexique substitue à chacun de ces sym boles un « m ot » de la
langue : La + m ère + t + finir + le + ouvrage, les règles de transform ation
convertissent cette structure profonde en une structure de surface : la + mère +
finir + t + le + ouvrage, et les règles phonétiques réalisent La mère finit l'ouvrage.
O n a donc obtenu, à l’issue de la base, des suites term inales de form ants
grammaticaux (com m e nom bre, présent, etc.) et des m orphèm es lexicaux ; ces suites
sont susceptibles de recevoir une interprétation selon les règles de la com posante
sém antique. Pour être réalisées elles v o n t passer par la com p osan te transform ationnelle.
Les transformations son t des opérations qui convertissent les structures profondes
en structures de surface sans affecter l'interprétation sém antique faite au niveau des
structures profondes. Les transform ations, déclenchées par la présence dans la base
de certains constituants, com p orten t deux étapes : l’une consiste en l’analyse
structurelle de la suite issue de la base afin de voir si sa structure est com patible avec
une transform ation définie, l’autre consiste en un changem ent structurel de cette
ouite (par addition, effacem ent, déplacem ent, substitution) ; on aboutit alors à une
iiuite transform ée correspondant à une structure de surface. Ainsi, la présence du
constituant « Passif » dans la suite de base entraîne des m odifications qui fon t que
la phrase La mère finit l'ouvrage devient L'ouvrage est fini p a r la mère.
215
generatm
C ette suite va être convertie en une phrase effectivem ent réalisée par les règles de
la com posante phonologique (on dit aussi m orphophonologique) et phonétique. Ces
règles définissent les « m ots » issus des com binaisons de m orphèm es lexicaux et de
form ants grammaticaux,, et leur attribuent une structure phonique. C 'est la com posante
phonologique qui convertit le m orphèm e lexical « enfant » en une suite de signaux
acoustiques [ S la ],
La théorie générative doit fournir une théorie phonétique universelle permettant
de dresser la liste des traits phonétiques et les listes des com binaisons possibles entre
ces traits ; elle repose donc sur une matrice universelle de traits phoniques. La théorie
doit fournir une théorie sém antique universelle susceptible de dresser la liste des
concepts possibles ; elle im plique donc une matrice universelle de traits sém antiques.
Enfin, la théorie doit fournir une théorie syntaxique universelle, c’est-à-dire dresser la
liste des relations gram m aticales de la base et celles des opérations transform ationnelles
capables de donner une description structurelle de toutes les phrases. C es tâches de
la grammaire générative im pliquent donc l’existence d ’universaux linguistiques à ces
trois niveaux.
La nature m êm e de ce type de démarche im plique que la grammaire ne saurail
être conçue com m e un m odèle figé. C 'est pourquoi, dès son origine, la grammaire
générative n’a cessé d ’être l’objet d ’am énagem ents divers, pouvant m êm e aller jusqu'à
remettre en cause l’organisation de son appareil conceptuel. Les principaux remanie
m ents d on t la théorie standard a été l’objet so n t nés avant tout de considérations
d ’ordre sém antique. D es linguistes com m e G. Lakoff et J. D . M cC aw ley se sont, en
effet, attachés à m ontrer q u ’une structure profonde de type syntaxique m anquait de
généralité dès qu’il s ’agissait de l ’interpréter sém antiquem ent, c’est-à-dire de la mettre
en relation avec une représentation sém antique. Ils en so n t donc venus à proposer
un m odèle don t la véritable structure sous-jacente était beaucoup plus abstraite et
plus proche d ’une forme logique ayant pour but de contenir toute l’information
sém antique. D ès lors, les transform ations on t un rôle accru dans la mesure où elles
sont chargées de relier directem ent la représentation sém antique à la structure de
surface. C ette conception de la grammaire est connue sous le n om de sém antique4
générative. D e so n côté, N. C h om sk y a apporté diverses m odifications au m odèle de
1965 ; elles l’o n t conduit à proposer alors une version nouvelle de la grammaire,
q u ’il a appelée « théorie standard étendue » : il s ’agit d ’un systèm e gramm atical qui
m aintient le principe d ’au ton om ie de la syntaxe, tou t en perm ettant aux règle:,
d ’interprétation sém antique d ’intervenir, à la fois au niveau de la structure profonde
et au niveau de la structure de surface, afin d’obtenir (to u t com m e l’’a proposé la
sém antique générative) une form e logique. Ensuite, N . C h om sk y s’est consacre .1
l’établissem ent de contraintes relatives au form alism e des transform ations, en pain
culier celles qui provoquent des déplacem ents, et celles qui im pliquent des processus
de coréférence, l’enjeu essentiel étant de contenir les procédures form elles dans îles
lim ites com patibles avec l ’h yp o th èse de l ’universalité de la faculté de langage.
D ep uis les années 80, sur le plan syntaxique, la grammaire se présente com m e un
systèm e stratifié de représentations abstraites, les m odules, qui so n t autant de théoi ir .,
chaque m odule ayant ses contraintes propres, mais en interaction avec les autres il
y a une théorie sur la hiérarchie des constituants de la phrase, sur les dépendais 1 s
form ant la rection, sur les cas et la distribution des syntagm es nom inaux, sur leu
anaphores, sur les argum ents des opérateurs prédicatifs (rôles sém antiques).
genre
genre
|.e genre est une catégorie gram m aticale reposant sur la répartition des n om s dans
îles classes nom inales, en fon ction d ’u n certain nom bre de propriétés form elles qui
si: m anifestent par la référence pronom inale, par l'accord de l’adjectif (ou du verbe)
et: par des affixes nom inaux (préfixes, suffixes ou désinences casuelles), un seul de
ces critères étant suffisant. Ainsi, d ’après ces trois critères, on définit en français deux
classes, les m asculins et les fém inins : Le prince est mort ; il était encore un enfant s’oppose
,i La princesse est morte ; elle était encore une enfant, par la référence pronom inale (il/elle),
t i n
géographie linguistique
par l'accord (m o rt/m o rte, un enfant / une enfant) et par les affixes nom inaux (-/-esse)
en latin, on définit trois classes, les m asculins, les fém inins et les neutres : domina*
bonus est, hic..., dom ina bona est, liaec..., tem plum altum est, hoc..., par la référence
pronom inale (hic, haec, hoc), l'accord (bonus, bona, altum ) et les désinences casuelles
(us, a, uni). Il existe en français des élém ents pouvant conclure à l ’existence d ’un
neutre dans le systèm e pronom inal. D an s les descriptions linguistiques des langues
connaissant deux classes, un des genres est pris com m e base du systèm e (cas non
marqué), les autres genres étant décrits relativem ent à lui (cas marqués) : en français,
le fém inin est généralem ent décrit par une variation m orphologique du m asculin pris
com m e base (le fém inin maîtresse est décrit par l’adjonction de l’affixe -esse au masculin
m aître). C ette classification en deux ou trois genres, la plus courante dans les langues
indo-européennes, n ’est pas la seule ; les langues africaines connaissent des classes
nom inales plus nom breuses, fondées sur des critères gramm aticaux analogues.
À cette catégorisation relevant de propriétés form elles (genre gramm atical) est
associée le plus souvent une catégorisation sém antique (genre naturel) relevant d'une
représentation des objets du m onde par leurs propriétés spécifiques. Les classifications
les plus constam m en t associées son t :
a ) l’op p ositio n entre les personnes et les objets (anim és et non-anim és), les non
anim és étant neutres relativem ent à la distinction de genre m asculin / fém inin ; en
français, cette classification apparaît dans la distinction entre qui ? que ? quoi ? ;
b) l’op p osition de sexe à l’intérieur des anim és entre mâle et femelle. Ainsi, on peut
avoir des anim és m âles (masculins), des anim és fem elles (féminins), des non-animés
(neutres).
En fait, les catégorisations gramm aticale et sém antique ne se correspondent qur
partiellem ent dans les langues. En français, quand il s’agit de personnes, le genre
naturel (m âle / fem elle) et le genre gramm atical (m asculin / fém inin) son t le plus
sou ven t associés (m ais n o n constam m ent) ; ils le so n t m oins systém atiquem ent quand
il s'agit d ’anim aux ; quant aux n om s non-anim és, ils son t répartis en m asculins ci
fém inins selon leurs propriétés form elles. T outefois, lorsqu’un non-anim é est recatr
gorisé en anim é, so n genre grammatical inhérent est interprété com m e un genre
naturel : en français, la mort est une fem m e dans les m étaphores et les allégories,
mais en anglais death est un h om m e dans le m êm e cas. Inversem ent, lorsqu'un nom
a un genre gram m atical qui contredit le genre naturel, les accords de l’adjectif attribut
et les références pronom inales peuvent se faire sur le genre naturel : Le professeur vient
d'arriver ; elle est nouvelle et donne une dictée, mais les accords à L’intérieur du syntagme
nom inal entre le déterm inant, l’adjectif et le n om fo n t dom iner le genre grammatical
sur le genre naturel {le p etit docteur, l'ingénieur, etc., peuvent être des fem m es). Certain»
n om s désignant des personnes (ainsi que les pronom s je et tu) ont un genre commun
(m ots épicènes). en ce sens que les accords et les références pronom inales se funl
selon le genre naturel : L'enfant est beau vs L'enfant est belle.
géographie linguistique
La partie de la dialectologie qui s’occupe de localiser les unes par rapport aux auiien
les variations des langues s’appelle le plus souvent géographie linguistique. Elle est d ’mip
certaine manière issue de la grammaire com parée. Celle-ci, après avoir postule d e
langues m ères uniform es et des ruptures soudaines et définitives, a été conduite n
adm ettre que, quand une différenciation en langues diverses s’est produite, elle ct.nl
préfigurée avant la rupture par des variations linguistiques, et qu’en sens inverse deii
géographie linguistique
parlers d ’origine com m une déjà différenciés peuvent subir des changem ents com m uns.
I n outre, en réaction contre les grammairiens du xvm ' siècle qui croyaient que la
langue standard était la form e la plus ancienne et que les dialectes locaux étaient des
form es « abâtardies », la grammaire historique a eu tendance à chercher les survivances
et les régularités dans les dialectes et, de ce fait, à s ’y intéresser en privilégiant leur
étude.
L’atlas de Wenker
D 'em blée, dès sa naissance, la géographie linguistique a tenté d'établir, ce qui justifie
son n om , des cartes linguistiques regroupées en atlas linguistiques. U n Allem and,
Georg W enker, a com m en cé par publier en 1881 six cartes, premier élém ent d'un
adas de l'A llem agne du N ord et du Centre. A yant étendu ses am bitions à tout
l’empire allem and, il procède ensuite à une vaste enquête. Avec l’aide du gouvernem ent,
il fait traduire dans quarante m ille dialectes locaux allem ands, quarante phrases-tests.
Le report sur une carte des diverses réponses obtenues pour une question donnée
visualise les variations géographiques de la langue.
Pour im parfaites q u ’aient été ces recherches, les cartes de Georg W enker on t fait
apparaître com m e évident que les dialectes locaux n'étaient pas plus proches des
formes anciennes que la langue standard. D e plus, les zo n es dans lesquelles on
rencontrait des variations étaient loin de coïncider pour des traits différents : les
lignes dites « isoglosses » qui réunissaient les points ultim es où on trouvait un trait
linguistique d on n é avaient chacune son propre tracé.
En outre, cette tentative a permis de poser les problèm es qui so n t encore aujourd'hui
ceux de la géographie linguistique. D 'abord, la carte ne vaut que ce que vaut l’enquête.
Ilus les points d ’enquête so n t serrés, plus la carte sera précise et exacte. D e ce p oin t
de vue, avec leurs quarante m ille points, les cartes de G. W enker n'avaient rien à
envier aux recherches les plus m odernes. M ais il faut aussi, pour enregistrer toutes
les variations possibles, relever la grammaire et le lexique tout entier avec, le cas
échéant, tou tes les variantes possibles. D e plus, les relevés d oiven t être exécutés d'une
manière scientifique, avec un alphabet phonétique, par des enquêteurs qualifiés. Enfin,
l’enquête doit couvrir toutes les régions où on parle la langue, m êm e en dehors des
frontières politiques du pays. C ’est dire qu’avec les quarante phrases-tests de G. W enker,
transcrites en écriture allem ande ordinaire par des instituteurs sans form ation
linguistique, avec une étude qui excluait d'im portantes régions ou des parlers de l’aire
germ ano-hollandaise (Pays-Bas et Belgique, Suisse, Autriche, allem and balte, transyl
vanien, yiddish), on était loin du com pte.
1,'A.L.F. de Gilliéron
I A tlas linguistique de la France de Jules Gilliéron et Edm ond Edm ont pallie certains de
rus défauts.
[ Conçu par J. Gilliérion, l’A.L.F. avait pour but d'asseoir sur des bases solides l’étude
des patois gallo-rom ans (y com pris donc la Belgique rom ane ou la W allonie et la
Suisse rom ande). Le questionnaire, d ’environ 1 500 phrases et m ots usuels (on était
loin des 40 phrases-tests de W enker), donnait l’essentiel des systèm es lexicaux,
phonétiques, m orphologiques et m êm e syntaxiques : il devait faire surgir les archaïsmes
>0t les néologism es, la flexion des pronom s, les conjugaisons, etc.
I L’enquêteur unique, E. Edmont, qui avait reçu une form ation phonétique, devait
parcourir les 630 points fixés à l’avance, y passer deux jours et y interroger un
Informateur unique, le plus apte à répondre au questionnaire. Les résultats étaient
géographie linguistique
ensuite reportés par J. Gilliéron sur une carte du pays gallo-rom an : l' enquête demanda
quatre ans (1897-1901) et l'ouvrage fut finalem ent publié volu m e par volu m e de 1902
à 1909. Un atlas linguistique de la Corse, préparé par les enquêtes d'E. Edm ont, ne
fut publié que très partiellem ent à cause de la guerre.
L’atlas de J. Gilliéron a été un m o m en t de la géographie linguistique, et son
expérience a été m ise à profit par tous les atlas postérieurs, dans tous les pays où on
a procédé à ce genre de recherches.
Les reproches qui lui on t été faits son t les suivants : il ne recueille qu’une réponse,
la première donnée, alors que parfois plusieurs form es étaient possibles ; le question
naire était à traduire, ce qui provoquait les calques, n otam m en t en syntaxe ; les
cond itions de travail ne perm ettaient pas une n otation phonétique rigoureuse (pour
M alm édy, en A rdenne liégeoise, le linguiste A. Lerond a trouvé pour 1 423 questions
2 450 faits n on conform es à la réalité : plus d ’un par m ot) ; les tém oins choisis
rapidem ent n ’on t pas toujours d onné de bonnes réponses ; les questions elles-m êmes
étaient parfois peu satisfaisantes (ainsi, alors qu’il existe des marm ites à anse, des
m arm ites sans anse, des m arm ites avec pied, sans pied, des m arm ites à mettre sur la
cuisinière et d’autres à mettre dans la chem inée, chacune désignée par un terme
spécifique, le tém oin ne devait donner q u ’un m ot) ; les m ailles de l’enquête étaient
trop larges.
politique tendent à subsister avec des changem ents m inim es pendant des siècles après
la disparition de la frontière. En revanche, les isoglosses ne correspondent à des
frontières géographiques que si elles so n t aussi (ou o n t été) des frontières politiques.
Par exem ple, à quarante kilom ètres à l’est du Rhin o n trouve le grand faisceau
d ’isoglosses qui sépare le bas allem and du haut allem and. Il est donc nécessaire de
chercher la covariance ou parallélisme dans les variations entre les autres faits hum ains
et les faits linguistiques. Ainsi, quand o n constate l'existence en A llem agne d ’une
isoglosse helpe vs helfe, lucht vs luft, on ne peut se contenter d ’y voir la lim ite des
dialectes ripuaire et m osello-franconien. O n constatera une série de covariances
correspondant aux aires de C ologn e e t de Trêves que sépare la chaîne de l'Eifel. À
l’opposition, kend vs kenk « enfant », hatts vs hus « m aison », grum per vs erpel « p om m e
de terre », etc., correspondront des op p osition s « faux à lam e longue » vs « faux à
lame courte », « pain gris à m iche ovale » vs « pain noir rectangulaire », « saint Quirin
patron du bétail » vs « saint Quirin patron des chevaux ».
i i i
Gilliéron
unités de communication relativement auto par contiguïté entre un geste et la réalité qu’il
nomes et suffisantes : ainsi, dans notre commu traduit).
nauté socioculturelle, il existe un geste dont
G illiéro n Ouïes), linguiste suisse (La
le signifié est l’« affirmation » (ou acceptation)
Neuveville 1854-Cergnaux-sur-Cléresse, 1926)
et le signifiant un mouvement vertical de la
F.Iève de Gaston Paris à l’École des hautes
tête, par opposition à un autre geste ayant
études, il y occupe la chaire de dialectologie
pour signifié « négation » (ou refus) et pour
romane de 1883 à sa mort. Il est le fondateur,
signifiant un mouvement de la tête selon un
avec l’abbé Rousselot, de la Revue des patois
axe horizontal. Ce rapport s'inverse d’ailleurs
gallo-romans (1887-1892) et de la Société d e s
dans d'autres cultures. Il peut y avoir des
parlers de France (1893-1900). En 1902 par.iii
variantes personnelles dans la réalisation de
le premier fascicule de l’Atlas linguistique de
l’acte, mais, tant qu’elles n’entraînent pas la
la France, réalisé avec la collaboration
confusion du « oui » et du « non », elles sont
d’E. Edmont. Les 35 volumes de ce monumen
non pertinentes. C’est donc la commutation
tal ouvrage, premier du genre, sont publiés d e
qui permet d’isoler ce qui est pertinent de ce
1902 à 1909 (suivis d’un supplément en
qui ne l'est pas, à condition que cette commu
1914-1915). Créateur de la géographie* lin
tation s'exerce dans un ensemble de gestes
guistique, Gilliéron a profondément renouvelc
constituant un système. Le langage gestuel
les études étymologiques en mettant en évi
comporte également des unités isolables et
dence les multiples facteurs dialectaux qtii
dénombrables par la com mutation. Par
entravent le libre jeu des « lois » phonétiques
exemple, à l'intérieur d'un système sociocultu
des néogrammairiens (phénomènes d’étymo-
rel de salutation par gestes, la commutation per
logie populaire, collisions homonymiques et
met de mettre en correspondance des éléments
paronymiques, etc.). [V. Bibliographie.]
partiels du signifié et du signifiant. Ainsi le
scout français dispose d’un microsystème de glagolitique
salutation gestuelle : le louveteau salue avec Le glagolitique est une écriture, probablement
deux doigts levés, l’éclaireur avec trois doigts ; de même origine que le cyrillique, introduite
dans les deux cas, le geste complet comporte au IX" siècle dans les communautés slaves den
en outre divers autres éléments (position de la Balkans pour les besoins de l’évangélisacion ,
main amenée à la hauteur de l’épaule, etc.). il comporte à peu près le même nombre d e
Le geste du louveteau ne signifie pas « louve lettres que le cyrillique avec la même v a le tn
teau », mais « je salue en tant que louveteau » phonique.
(de même pour l’éclaireur) ; le nombre de
doigts levés est une partie du geste complet,
glide
et le sémantisme « louveteau » (ou « éclai Le terme de glide, emprunté à la phonétique
reur ») est une partie du signifié du geste : une anglaise, désigne les phonèmes appelés tradl
modification partielle du geste entraîne une tionnellement et avec imprécision semi
modification partielle du sens : il existe donc consonnes ou semi-voyelles, Ces phonème,,
des unités gestuelles plus petites que le geste. comme le (j] de [pje] « pied », le [w] de |\vl|
On peut proposer divers classements typo « oui », le [q] de [nqi] « nuit », constituent une
logiques des gestes. L’un se fonde sur leur classe de phonèmes au même titre que leu
caractère plus ou moins naturel (ou artificiel) consonnes et les voyelles, caractérisés par le liill
qu'ils ne sont ni vocaliques, ni consonantique»
et oppose les gestes descriptifs, les plus naturels
(on montre quelque chose du doigt), les gestes glissement de sens
expressifs (bras ouverts pour marquer la bien 1. Le glissement (ou changement) de sens esl un
venue) et les gestes symboliques (par exemple processus de dérivation implicite ; il c o n s b to
le salut militaire ou le pied de nez), qui sont à faire passer un mot dans une autre catéi'.mhl
les plus formalisés. Un autre classement est sans changement de forme, (vkhaiii
proposé par R. Jakobson à partir des travaux c o k is a tio n .)
de C. S. Pierce sur le signe : il oppose les gestes La grammaire traditionnelle, classant ce plu»
symboles (gestes artificiels ou symboliques du nomène sous le nom de dérivation improi'ir Irt
classement précédent), les gestes iconiques, où limitait à la notation de faits très appaienh
l'on peut reconnaître une analogie avec la comme le passage de l’infinitif ou de I' a11je. ni
rcalilé exprimée (geste expressif, imitant une à l'emploi substantivé : le boire et le miitii'/i /.■
situation, etc,), enfin les gestes indices (opérant doux et l'twier. Ch. Bally voit là un p ro ie, un
glossématique
général de formation lexicale particulièrement différents : on oppose voler son patron et voler
productif en français. Les exemples fournis de l'argent : la nature du sémantisme n'est
sont éclairants par leur diversité : une femme déterminée que par la nature du complément.
enfant, un à-côté {enfant sert d'adjectif qualifica 2. En grammaire normative, on appelle glisse
tif ; la locution adverbiale à côté est nominali- ment de sens une extension de sens rejetée par
sée). les puristes ; on dira que c’est par un glissement
Toute dérivation où le suffixe n'apparaît pas de sens que achalandé, qui voulait seulement
•ii.'ra dite dérivation implicite. La catégorie nou dire « pourvu de clients », a pris le sens de
velle à laquelle appartient le mot se révèle à « pourvu de marchandises » dans l’expression
des signes extérieurs au mot lui-même : une un magasin bien achalandé.
situation tragique /le tragique d'une situation.
glose
Dans les substantifs, le procédé de la méto
On appelle glose une annotation très concise
nymie sera particulièrement fécond : le cuivre,
que portent certains manuscrits au-dessus ou
la gloire, nom de matière et nom abstrait,
en marge d’un mot ou d'une expresssion qu’elle
peuvent devenir des noms concrets désignant
explique par un terme susceptible detre connu
choses ou personnes (faire jouer les cuivres ; une
gloire de la littérature).
du lecteur. Les gloses sont le plus souvent des
Le glissement entre l’adjectif et le substantif traductions d’un mot rare ou inhabituel ; aussi
le glossaire est-il un dictionnaire des mots rares
est constant : artiste est pratiquement adjectif
dans la phrase : Paul est très artiste ; en revanche, ou des termes d'une langue différente de la
langue courante.
l'adjectif sera très facilement substantivé : un
sage, ntt paresseux. glossaire
Pour les verbes, on note les oppositions On appelle glossaire un dictionnaire qui donne
intransitif / transitif sortir de l'écurie / sortir un sous forme de simples traductions le sens de
cheval de l'écurie, et transitif / intransitif boire de mots rares ou mal connus, ou qui contient un
l'eau/cet homme boit. Il y a également glissement lexique des termes techniques d’un domaine
de sens entre l'emploi de compléments d’objet spécialisé.
223
'ssème
230
Helmholtz
ou un renforcement de la fréquence fonda plus basse de la langue, pour les voyelles semi-
mentale de la vibration laryngée à travers les fermées. Les voyelles hautes sont diffuses* du
cavités vocales de même fréquence. C'est ce point de vue acoustique.
renforcem ent qui rend audibles les ondes
hauteur
Bonores produites dans le larynx et qui déter
1. La hauteur d'un son, en acoustique, est la
mine le timbre particulier de chaque son.
qualité subjective du son qui s'apparente à la
Harris (Zellig), linguiste américain (Balta, fréquence, de même que la force est associée
Ukraine, 1909). Professeur (depuis 1947) à l’uni à l’intensité. Plus la fréquence d'un son est
versité de Pennsylvanie, Z. S. Harris travaille grande et plus le son est haut : mais ce rapport
tout d’abord dans une perspective bloomfiel- n’est pas directement proportionnel. L'oreille
dienne à des études de linguistique descriptive perçoit les vibrations sonores selon une échelle
portant sur les langues sémitiques. Poussant à logarithmique, de sorte qu’une fréquence de
leurs extrêmes conséquences ies principes de vibration deux fois plus rapide est toujours
l'analyse en constituants immédiats en vue perçue comme le même intervalle : l’octave de
d'une description de plus en plus formalisée ia musique. L’unité de hauteur est le mel ; on
des langues naturelles, il élabore la théorie a fixé à mille mels ia hauteur d'un son de
distributionnelle exposée dans son ouvrage de 1 000 hertz de fréquence, zéro mel égalant
synthèse Methods in Structural Lingtiistics (1951 ; zéro fréquence. Un son de 2 000 mels est
réédité en 1963 sous le titre Structural Linguis perçu comme deux fois plus haut qu’un son
tics). Il utilise systématiquement des équations de 1 000 mels. alors que sa fréquence est
ou des relations d'équivalence ou des substi quatre fois plus grande.
tutions pour mettre en valeur les caractères Les variations de hauteur sont utilisées dif
formels les plus importants des langues natu féremment dans chacune des langues, à des
relles : il est le premier à avoir utilisé, en fins distinctives, démarcatives ou culminatives,
linguistique, la méthode hypothético-déduc- pour la phonologie du mot (accent de hauteur)
tive. Cependant, très vite, il se heurte aux ou pour la phonologie de la phrase (intona
limitations de la description par constituants tion*).
immédiats et introduit la notion de transfor 2. On appelle accent de hauteur, accent musical
mation reprise par son élève Noam Chomsky ou ton, les variations de hauteur utilisées dans
dans le cadre de la grammaire générative. Harris certaines langues pour opposer des mots de
fait également figure de précurseur par ses sens différents présentant par ailleurs les
travaux sur l'analyse de discours : appliquant mêmes phonèmes. L’accent de hauteur a une
au domaine du texte les principes distribution- fonction distinctive dans certaines langues d’Eu
nels utilisés dans le cadre de la phrase, il rope, comme le serbo-croate, le lituanien, le
montre que l'étude des récurrences de formes suédois et surtout dans des langues d’Afrique
dans les énoncés longs permet de mettre en et d'Extrême-Orient : ainsi, le chinois distingue
évidence des structures. (V. Bibliographie.) quatre tons (uni, montant, brisé, descendant)
qui permettent d’opposer les différents sens
haut
du mot chu « porc », « bambou », « seigneur »,
1. En phonétique acoustique, on appelle par
« habiter, vivre ». L’accent de hauteur existe
fois formant haut ou deuxième formant, le
aussi dans des langues qui ne sont pas des
formant qui se situe dans la partie supérieure
langues à tons, comme le français où l'accen
du spectre, par opposition au formant bas, ou
tuation en fin de mot ou de groupe de mots
premier formant, qui se situe dans la partie
est marquée surtout par une élévation de la
inférieure. Les formants qui se trouvent dans
voix. L’accent de hauteur a alors une fonction
ries fréquences supérieures à celle du deuxième
démarcative.
formant sont appelés aussi formants hauts,
çpmme ie formant nasal ou le formant carac- Helmholtz (résonateur de)
iéristique des voyelles aiguës. Le résonateur de Helmholtz est un appareil per
2. Une voyelle haute est une voyelle réalisée mettant d’identifier les harmoniques et de faire
Avec une position haute de la langue, c'est-à- l’analyse et ia synthèse des sons complexes,
ilire avec la langue aussi proche du palais qu’il inventé par ie physicien et physiologiste alle
e,nt possible sans gêner l’écoulement de Pair. Il mand Hermann Ludwig Ferdinand Von Helm
rxiste deux degrés de hauteur vocalique, le holtz (1821-1894), un des grands savants du
deuxième correspondant à une position un peu xix' siècle, auteur de nombreuses découvertes
231
hendiadys
2 *2
homéotéleute
233
homogénéité
par la même syllabe (ou les mêmes syllabes), secteur déterminé »). On appelle souvent homo
ia figure est un koméotéleute (ex. : Il est décidé à nymes les homophones ou morphèmes qui m
se défendre et non à se rendre). La rime est un prononcent de la même façon, mais qui n’ont
genre particulier d’homéotéleute, qu’on ren pas le même sens et ne s’écrivent pas de l.i
contre quand les unités terminées par les même façon. À l’époque classique, on a accordé
homéotéleutes entrent dans un ensemble ryth une grande importance à la distinction par
mique harmonisé. l’écriture des homophones ; c’est alors qu’on
a spécialisé les orthographes de dessein et dessin,
homogénéité de compte et conte. Cette tendance explique la
L’étude linguistique faite à partir d’un corpus
présence en français, et également en anglais,
d’énoncés exige, pour être valide, que ces
de beaucoup d’homophones et de peu d’ho
énoncés répondent à un critère d ’homogénéité.
mographes.
Celle-ci varie selon l’objet de l’enquête ; pour
2. En grammaire générative, les homonymes
déterminer les règles de la langue à partir du
syntaxiques sont des phrases de surface qui
corpus, pris comme échantillon, il faut que les
peuvent correspondre à deux structures pro
énoncés soient homogènes quant à l'état de
fondes différentes. L’homonymie syntaxique
langue (niveau de langue, intercompréhension
correspond à l’ambiguïté".
complète des interlocuteurs, etc.).
homonymie
homoglosse
L’homonymie est l’identité phonique (homophu
On donne le nom d’homoglosses à des diction
nie) ou l’identité graphique (homographie) de
naires dont la langue d’entrée est un parler ou
deux morphèmes qui n’ont pas, par ailleurs,
un dialecte de la langue de sortie (qui est alors
le même sens.
la langue commune). Ainsi, un dictionnaire
picard-français est dit homoglosse, par opposition homophone
aux dictionnaires bilingues, ou hétéroglosses, On dit qu’un mot est homophone par rapport
dont les entrées et les sorties appartiennent à à un autre lorsqu’il présente la même pronom
deux langues différentes (français/anglais, alle ciation, mais un sens différent : ainsi, en
mand/français). français, la séquence phonique [so] correspond
à quatre homophones : sceau, seau, sot, saut
homographe Ce terme est également employé pour désigner,
On dit de deux formes qu’elles sont homographes
dans l’écriture courante, deux signes graphique:,
quand elles ont la même graphie mais des sens
qui transcrivent un même phonème ; ainsi, en
différents. Par exemple, rue « voie de circula
français, les lettres s, c, (, ss représentent le
tion » et me « plante vivace » sont des homo
phonème [s] dans le syntagme si ça cesse, le
graphes ; ils ont des étymologies différentes,
suffixes -ment (servant à former des noinr.
des sens différents, mais la même représenta
d’action) et -ment (servant à former des adverbes
tion graphique et la même prononciation. De
de manière) sont homophones. En franç.un,
même, dans les cas de polysémie*, quand une
l’orthographe sert souvent à distinguer de»
même forme vient à prendre deux ou plusieurs
homophones : ainsi, on a distingué par l.i
sens nettement différenciés, on peut également
graphie les deux termes Iknte], qui avaient l.i
parler d’homographie. Deux homographes
même origine latine (computare) : on a eu compter
peuvent avoir des prononciations différentes :
(comptable) et conter (raconter).
ainsi, les fils de Pierre et Jacqueline et les fils de-
laine. homophonie
Vhomophonie est l’identité phonique entre deux
homonyme ou plusieurs unités significatives, ou entre deux
1. Dans le lexique, un homonyme est un mot
ou plusieurs signes graphiques appelés home
qu’on prononce ou/et qu’on écrit comme un
phones*.
autre, mais qui n’a pas le même sens que ce
dernier. A part les cas rares ou les curiosités, homorgane, homorganique
les homonymes à la fois homophones* et On appelle homorganes ou Itomorganiqties deux
homographes* sont peu fréquents en français ; ou plusieurs phonèmes qui ont un même |" mil
leur existence s’explique notamment par des d'articulation tout en différant par d’autii
phénomènes de polysém ie" (bureau, par traits. Ainsi [p] et [b] sont homorganes put»
exemple, au sens de « table de travail » et qu’ils sont prononcés tous deux avec un»
d’« ensemble de personnes travaillant dans un occlusion labiale.
234
hypercorrection
23 5
hyperdiakctique
sapêre, a été ortho g rap h ié au XVe siècle sous la lapin, etc.), mais chien est plus inclusif qu'animal
fo rm e sçavoir, parce q u 'o n le sup posait issu de pour ce qui est des traits de compréhension
scire. (chien a tous les traits d’animal, qui n'a pan
L'hypercorrection est la faute ou l’écart pho tous les traits de chien).
nétique, morphologique, lexical ou syntaxique, L'hyponymie établit un rapport d’implica-
né de l’application d’une norme ou d’une règle tion unilatéral. Cramoisi étant un hyponyme
là où il n’y a pas lieu, par le jeu de l’analogie de rouge, on peut poser « x est cramoisi z> ,v
des paradigmes, par exemple : ainsi lorsqu’un est rouge », mais non « x est ronge x esl
locuteur dit vous contredites* pour contredisez, cramoisi ». L’ordonnancement des unités lexi
c’est parce qu’il applique à contredire la conju cales en superordonnées* et en hyponymes se
gaison de dire. fera alors par test : on vérifiera quelle est
hyperdialectique l'implication admise et quelle est l'implication
On qualifie d’hyperdialectique une forme dialec rejetée. De même l'existence de cohyponymes*
tale créée selon une règle de correspondance d’un terme superordonné permet d’étabiir la
qui n’est pas valable pour la forme donnée. hiérarchie : x est une fleur ; y est une fleu r.
Ainsi, le grec pltilâsô est une forme hyperdia est une fleur ; donc x, y et z sont cohyponymes
lectique du dorien (forme faussement dorienne entre eux et hyponymes de fleur.
qui répond à l’attique philêsô, d’après la cor Les relations de superordonné à hyponyme
respondance ionien glâttés - dorien glôttas) : en sont complexes. On a considéré œillet de Nice
effet, dans philêsô, ê vient de l'allongement de et tulipe noire comme des hyponymes de œillet
-e- et non de l’allongement de -a- (radical en et tulipe. Des cohyponymes comme bicyclette,
-e- : phileo, philo). moto(cyclette), vélomoteur n’ont pas eu longtemps
hyperonyme de superordonné. On a fini par créer le géné
Syn. de su per o r d o n n è. rique deux-roues. Il arrive que les langues utilisent
com m e superordonnés des élém ents trèn
hyperonymie
vagues ; en français par exemple ; personne
On appelle hyperonymie le rapport d’inclusion
chose, truc, machin, faire, etc.
du plus général au plus spécifique.
L’hyponymie proprement dite se définit
hyperurbamsme comme une relation d’implication unilatérale
On dit qu’il y a hyperurbanisme quand il y a (asymétrique), contrairement à l’hyponymie
adaptation d’une forme dialectale ou régionale considérée comme une relation réciproque et
au parler de la ville. symétrique : il s’agit alors de synonyme:,
hypocoristique L'hyponymie est également transitive en i'f
On appelle hypocoristique un mot traduisant sens que si elle relie a à b et b k c, elle relie
une affection tendre. Les hypocoristiques sont aussi a, b i c.
le plus souvent des appellatifs familiers comme
hypostase
frérot, mon chou, fifille, etc. Les procédés hypo
On appelle hypostase le passage d’un mot d’une
coristiques sont en général la substitution de
catégorie grammaticale dans une autre (on <lil
suffixe et le redoublement de la syllabe initiale.
aussi dérivation impropre) : par exemple, I lat
hyponymie, hyponyme pagon, nom propre, peut devenir un nom
L’hyponymie désigne un rapport d’inclusion* commun, synonyme d'« avare ». (v. c îu s sim w ii
appliqué non à l’objet référé, mais au signifié DE S tN S .)
des unités lexicales concernées ; ainsi il y a
inclusion du sens de chien dans le sens à'anima! : hypotaxe
on dit que chien est un hyponyme d ’animal. On donne le nom d ’hypotaxe au procédé :iyn
Contrairement au terme d’inclusion, qui ne taxique qui consiste à expliciter par uni
doit s’appliquer qu’aux unités qui ont une conjonction de subordination ou de coordlnuj
référence, hyponyme s’emploie aussi bien pour tion le rapport de dépendance qui peut exmli i
celles qui n’en ont pas. D ’autre part, les entre deux phrases qui se suivent dan:, un
rapports d’inclusion sont complexes ; plus la énoncé long, dans une argumentation, eii
classe des référés est petite, plus l’ensemble Ainsi : Cet homme est habile, aussi réussira i il < i’I
tics trait s définisseurs est grand. Ainsi, animal homme est habile et il réussira, Cet homme lai^ihi
cm plus inclusif que chien pour ce qui est de parce rju'il est habile sont des formes divertie*
ln classe des référés (animal s’applique à chat, d'hypotaxe (coordination ou subordination)
hystéron-protéron
n’opposant à la simple juxtaposition des phrases : glacée., / Et, lasse de parler, succombant sous l'ef
( 'ci homme est habite, i! réussira, procédé syn- fort, / Soupire, étend les bras, ferme l'œil et s'endort.
uixique appelé parataxe*. [Boileau]).
hypothétique hystérologie
On appelle hypothétique une proposition condi En rhétorique, syn. de h ystêro n pro téro n .
tionnelle introduite par si.
hystéron-protéron
hypotypose L’hystéron-protéron est une figure de rhétorique
F.n rhétorique, ïhypotypose est une figure qui consistant à renverser l’ordre naturel (chrono
consiste en une description vivante et précise logique ou logique) de deux termes (mots ou
de la chose dont on veut donner l’idée, sorte propositions). Ex. : Laissez-nous mourir et nous
de tableau vivant. (Ex. : La Mollesse, oppres- précipiter au milieu des ennemis (traduction de
h ie, / Dans sa bouche, à ces mots, sent sa langue Virgile, Enéide, II, 353).
icône fonction attributive (Jean est professeur et Cette
Dans la terminologie de Ch. S. Peirce, on fille est charmante).
distingue icône, indice et symbole. Ce classement identité
des signes se fonde sur la nature du rapport On appelle sens d ’identité l’emploi prédicatil
entretenu par le signe avec la réalité extérieure. du verbe être exprimant l’identité de deux
Les icônes sont ceux des signes qui sont dans unités, comme dans Cet enfant est Pierre, où
un rapport de ressemblance avec la réalité enfant et Pierre sont « identifiés », par oppont
extérieure, qui présentent la même propriété tion aux sens d’appartenance* et d'inclusion*
que l’objet dénoté (une tache de sang pour la
idéogramme
couleur rouge). Certains signes des écritures
On appelle idéogramme un caractère graphique
idéogrammatiques antiques (chinoise, égyp
correspondant à une idée (concept, procès,
tienne) semblent avoir été en rapport iconique
qualité). On prend généralem ent pom
avec la réalité désignée : par exemple, le signe
exemples d’écriture idéogrammatique l ’écriturr
chinois désignant l'homme, le signe hiérogly
chinoise et les hiéroglyphes égyptiens sous li-ui
phique désignant la mer, etc. Le portrait sera
forme la plus ancienne.
le type le plus évident d’icône : ce signe traduit
1) L’origine de l'idéogramme chinois est dann
un certain niveau de ressemblance avec l'objet
le pictogramme, représentation stylisée d’objdn
modèle. À l’icône s’opposent l'indice”, sans
concrets et de quelques procès : l'homme, leu
rapport de ressemblance mais avec un rapport
animaux, les principaux mouvements, etc. Am
de contiguïté, et le symbole*, où le rapport est
pictogrammes se sont adjoints, postérieure
purement conventionnel.
ment sans doute, des notations proprement
identification idéogrammatiques, dès lors qu’on a utilise Ion
1. On appelle identification des unités une des indices (selon le raisonnement « X impliqut
procédures, avec la segmentation, nécessaires Y ») ou les symboles (le signe notant une idée,
pour déterminer les unités linguistiques et qui mais de façon purement conventionnelle),
consiste à reconnaître un seul et même élément Les idéogrammes complexes proviennent d(
à travers ses multiples occurrences ; ainsi, en l’analyse d’une idée en éléments déjà repré
dépit de différences phonétiques importantes sentés dans l’écriture ; par exemple, le si^ns
dans la prononciation, on identifie comme bon - aimer (l'idéogramme ne note pas telle ntl
étant un même phonème [t] les réalisations j ] telle « catégorie grammaticale ». notion éti.m.
devant [o] et [u], [t’] devant [i] ou [j], etc. En gère au chinois) s’obtient par combinaison clou
linguistique distributionnelle, deux occurrences signes femme-femelle et enfant-mâle. La réalisation
sont considérées com m e appartenant à la phonique de l'idéogramme complexe n’a bien
même unité quand elles se rencontrent dans entendu pas de rapport avec l’un quelconque
les mêmes environnements. des signes composants.
2. On distingue parmi les fonctions du verbe Certains linguistes contemporains sont |mi
être, la fonction existentielle et les fonctions ticulièrement attentifs au rôle joué par l'écrltiii»
copulative et prédicative : parmi ces dernières, idéogrammatique : la réflexion grammatuaM,
outre les fonctions attributive et locative, on la conception du rapport entre la langue et h>
trouve la fonction identificatrice, ou fonction monde, et peut-être même la conception iln
d ’identification. Par elle, le verbe être exprime monde elle-même peuvent être modifiée:, ilaiif
que le sujet a le même référé que l'attribut : des proportions importantes par l'opposit....
ainsi, dans Ce chien est Méilor, le verbe être entre l’usage de l’écriture idéogram m atupn u|
exprime l'identité de ce chien et de Médor. 11 celui de l’écriture phonétique. La grammahi
faut distinguer la fonction identificatrice de la logie de ]. Derrida a trouvé là son origine
idiosyncrasie
2} L’écriture hiéroglyphique égyptienne, dans sur certains caractères particuliers des pro
son état ancien, attesté, représente un état blèmes de la géographie linguistique : tout
mixte évoluant vers la phonétisation. On relève corpus de parlers, dialectes ou langues n’est
conjointement dans les inscriptions des logo représentatif que dans la mesure où il émane
grammes (signes-mots). des phonogrammes qui de locuteurs suffisamment diversifiés ; mais
fonctionnent à la fois comme logogramme c’est, au moins au départ, sur des bases non
d'un mot donné et comme transcription du linguistiques que sont choisis ces locuteurs et
consonantisme des mots homonymes, et des les énoncés qu’ils produisent ; même si le
déterminatifs, logogrammes non prononcés ser chercheur relève pour un parler donné des
vant à distinguer des homonymes en indiquant énoncés en nombre suffisant de tous les locu
la classe dans laquelle on doit ranger le signe teurs rencontrés dans l’aire étudiée, il postule
ambigu (par exemple maison s’ajoutera comme implicitement que ces locuteurs ont le même
déterminatif aux signes désignant des bâti parler. La notion d'idiolecte implique, au
ments). contraire, qu’il y a variation non seulement
d’un pays à l’autre, d’une région à l’autre,
idéographique, idéogrammatique
d’un village à l’autre, d'une classe sociale à
On appelle écritures idéographiques les sys
l’autre, mais aussi d’une personne à l’autre.
tèmes où les graphèmes font référence à des
L’idiolecte est au départ la seule réalité que
morphèmes et non à des phonèmes. Les gra
rencontre le dialectologue.
phèmes représentent alors des idées, des
notions et non plus des portions phoniques de idiomatique
la chaîne parlée. La plus connue des écritures On appelle expression idiomatique toute forme
idéographiques est sans doute le système grammaticale dont le sens ne peut être déduit
chinois ; à une époque ancienne, ce dernier de sa structure en morphèmes et qui n’entre
représentait chaque notion par un caractère pas dans la constitution d’une forme plus
I, conventionnel (d'abord un dessin stylisé). Par large : Comment vas-tu ? How do you do t sont
la suite, beaucoup de morphèmes chinois étant des expressions idiomatiques, (v . g a i .u c i s ,vif, t r i o -
formés d’une seule syllabe, les caractères qui TISM t.)
les représentaient ont été aussi utilisés pour idiome
représenter dans les mots nouveaux polysyl 1. On appelle idiome le parler' spécifique d’une
labiques non plus la notion, mais la syllabe. communauté donnée, étudié dans ce qu’il a
On passe ainsi peu à peu d’un système pure de particulier par rapport au dialecte ou à la
ment idéographique à un système en partie langue auxquels il se rattache.
phonétique, (v. é c r i t u r e . ) 2 . Le terme d'idiome peut être synonyme de
idiographème « langue ».
On appelle idiographème toute variante indivi idiosyncrasie
duelle ou stylistique d’un graphème dans une Devant un ensemble de données identiques,
i écriture manuscrite ; par exemple, les diffé- les sujets ont tendance a les organiser de
I- fentes formes de s, de f, de p, etc., réalisées manière différente selon leurs dispositions intel
par le même scripteur, sont des idiographèmes, lectuelles ou affectives particulières : ils ont
11 laque idiographème conservant les traits per ainsi, chacun, un comportement idiosyncrasique ou
tinents graphiques de la lettre. L’ensemble des une idiosyncrasie. Un enfant qui dit j'aüerai pour
1 habitudes graphiques particulières à une même j'irai a un comportement idiosyncrasique : ses
personne forme Yidiographie. connaissances lui ont fait admettre que la
langue formait le futur en ajoutant toujours
idiographie v. idiocraphême.
-ai à l’infinitif, alors que justement il n’en est
idiolecte pas toujours ainsi (entre autres pour le verbe
I On désigne par idiolecte l’ensemble des énoncés aller). Ainsi, la plupart des fautes individuelles
| produits par une seule personne, et surtout sont dues à des comportements idiosyncra-
U t» constantes linguistiques qui les sous- siques. Quand ceux-ci se généralisent, on parle
ïtendent et qu’on envisage en tant qu’idiomes de langue courante ou fam ilière, jusqu’au
I OU systèmes spécifiques ; l’idiolecte est donc moment où la forme passe dans la langue
l>nsemble des usages d’une langue propre à écrite. Le plus souvent, les comportements
tin individu donné, à un moment déterminé idiosyncrasiques sont dus à des réactions affec
non! style). l,a notion d’idiolecte met l’accent tives.
idiotisme
240 J
I en -ir (cueillir; couvrir, offrir, ouvrir, souffrir, dont d’autre forme que celle de la troisième personne
I l’impératif est identique à la troisième personne du singulier avec pour sujet le pronom neutre
■ tlu présent : Chante ; Cueille ; Offre ; Va). Ces il (il faut, il fait froid).
I formes reçoivent un s graphique ([z] oral)
implication
lorsqu’elles sont suivies du complément pro
1. On appelle implication entre deux proposi
nominal en ou y : Plantes-en. Les verbes savoir,
tions une relation telle que, la première étant
vouloir, les auxiliaires être et avoir ont des formes
vraie, la seconde est nécessairement vraie. Ainsi,
. d’impératif identiques au subjonctif présent :
Î
Sache ; Veuille ; Sois ; Aie -, ces dernières parti
cipent à la formation de l'impératif passé.
L’impératif n’a pas de valeur temporelle : seul
Tous les hommes sont mortels et Jacques étant un
homme étant admis, la proposition Jacques est
mortel est impliquée par (contenue dans) la
précédente. On écrit :
■ le contexte (adverbes) permet de situer le
Tous les hommes sont mortels => Jacques est
I procès : Pars tout de suite/demain. Il permet
mortel.
I surtout d’exprimer, à la fois, l’idée d’une action
■ et la volonté de son exécution (en phrase Quand la vérité de la seconde proposition
■affirm ative) ou de son interdiction (en phrase implique la vérité de la première, on dit qu’il
■ négative). y a double implication.
2. La double implication entre deux propositions
2. En grammaire générative, ['impératif est un
A et B est le rapport réciproque d'implication
B type de phrase (ou modalité de phrase), comme
qui existe quand la vérité de A entraîne la
I l’interrogation (phrase interrogative) et I’asser-
vérité de B et que la vérité de B entraîne la
I tion (phrase déclarative) ; c’est un constituant
vérité de A.
■ de la phrase de base qui. compatible seulement
I «vec un sujet de deuxième personne (ou implicationnel
| incluant une deuxième personne, comme nous), 1.'analyse implicationnelle identifie, dans une
déclenche une transform ation impérative ; situation de continuum*, les différents lecces
celle-ci, entre autres opérations, efface le pro- et leur distribution dans la pratique de la
10m sujet de la phrase : Impératif + Vous + communauté linguistique.
nez + demain devient Venez demain.
implosif
,1. On appelle fonction impérative la fonction du
1. Une consonne implosive est une consonne qui
^ langage par laquelle l’émetteur tend à imposer
se trouve après la voyelle ou le noyau syllabique
nu destinaire un comportement déterminé. On
et qui correspond donc à la phase de tension
I l'appelle aussi conative, injonctive.
décroissante de la syllabe.
Im p e rfe c tif Dans le m ot rare [a a a | , la deuxième
Syn. de NOK-ACCOMPI.I. consonne est implosive, tandis que la première
est explosive. Historiquement, les consonnes
Im p erso n n el implosives, d’intensité plus faible que les
1 1. On appelle construction impersonnelle la phrase consonnes explosives, s'affaiblissent et dispa
où le syntagme nominal sujet est représenté raissent plus facilement.
Î
j par un pronom neutre de la troisième personne
»/ substitué au sujet de la structure profonde
2 . On appelle parfois gkttalisée implosive l’injec-
tive (dont l’articulation s’accompagne d’une
Pc la phrase (ou sujet réel') ; ce dernier est, fermeture de la glotte, suivie d’un abaissement
quant à lui, déplacé après le verbe. La phrase du larynx).
W est arrivé un malheur est une construction
implosion
Impersonnelle issue de Un malheur est arrivé,
L'implosion est la fermeture qui se produit à la
i «r le syntagme verbal est arrivé a pour sujet
fin d’une syllabe pour la réalisation de la
iiBparent un pronom « impersonnel », il, et consonne dite « implosive ».
leu r sujet réel un malheur, placé après le On appelle parfois implosion la première
^Bntagm é verbal. phase de la prononciation d'une consonne
On appelle mode impersonnel en français le occlusive comme [p] ou [t], phase qui précède
(fonde du verbe qui ne comporte pas de flexions la tenue et la catastase* (dite explosion), et
Indiquant la personne ; ce sont l’infinitif, le pendant laquelle les organes phonateurs
pmticipe et le gérondif. prennent la position de fermeture d’où résulte
Ai l e verbe impersonnel est le verbe qui n’a pas i’occlusion.
absentia
que A’ est inclus dans A, et on écrit A’ cr A. s.,, par exemple). L’archisémème A du champ
L'inclusion est une relation réflexive (A e lexical est un sous-ensemble de S.
A), transitive (si A c B et B c C, A c C, 2. On appelle sens d'inclusion l’emploi prédicatif
mais non symétrique {si A c B, B c: A est du verbe être exprimant l’inclusion dans un
impossible). ensemble, comme dans Iss professeurs sont des
La notion d'inclusion a une grande impor fonctionnaires, ce qui signifie que les membres
tance en analyse sémique. Dans une famille de la classe des « professeurs » sont inclus dans
sémique (champ lexical), le sens de chaque la classe des fonctionnaires. Le sens A’inclusion
mot est un ensemble (S) de sèmes (s„ s2l s~, s’oppose aux sens à ’appartenance* et à!identité*.
incom patibilité
1. U incompatibilité est la relation qui s'établit entre deux propositions quand la vérité
de l’une entraîne la fausseté de l'autre (on dit couram m ent que ces propositions sont
contradictoires) ; si les propositions sont A et B, l’incompatibilité entre elles s’exprimera
ainsi : A 3 non B, qui se lira A implique que B n ’est pas. L’implication peut n'être
qu’implicite. Ainsi, Jacques est grand est incompatible avec Jacques est petit. Il est à
remarquer que l’incompatibilité des noms de couleurs, quand ils n ’entretiennent pas
de relations de superordonné* à hyponyme*, n ’est pas une conséquence secondaire
de leur sens, mais est impliquée par l’apprentissage et la connaissance du sens de
chacun des termes. Ces derniers recouvrent, en effet, un continuum : la connaissance
du signifié de l'un des termes, rouge par exemple, suppose que l'o n connaît aussi la
frontière de ce qui n 'est pas rouge.
L’incompatibilité doit être distinguée de la simple différence de sens. Rectangulaire
et rouge n ’ont pas le même sens, mais ne sont pas incompatibles : on peut avancer
simultanément à propos du même livre : Le livre est rouge. Le livre est rectangulaire. On
ne peut pas avancer à propos du même meuble : Ce meuble est un fauteuil. Ce meuble
est une armoire à pharmacie. Fauteuil et armoire à pharmacie sont incompatibles. Le
problème de l'incompatibilité se pose surtout à l’intérieur d'un champ lexical*
déterminé. Il est peu intéressant de se demander si banque et bicyclette sont compatibles
ou incompatibles. Dans la hiérarchie des unités lexicales, il y a incompatibilité entre
les termes de même niveau cohyponym es”1, mais non entre les termes entretenant
des relations de superordonné à l’hyponyme.
La complexité des relations d'incompatibilité tient au fait que bien souvent deux
(plusieurs) cohyponym es n ’ont pas de superordonné, ou que la langue utilise des
suites (qu’on considère alors com m e « lexicalisées ») pour tenir la place de l’item
manquant, ou encore qu’elle crée des sous-catégories par des procédés morphologiques.
Ainsi, neige poudreuse correspondra à un seul m ot esquimau, hyponym e de neige. Les
cohyponymes aîné vs cadet correspondront à des termes anglais dérivés à partir
d’adjectifs au moyen du suffixe superlatif.
2. O n dit que deux termes sont incompatibles dans une phrase quand leur com binaison
en un constituant supérieur n ’est pas interprétable sém antiquem ent ou que cette
combinaison est sém antiquem ent anomale. Ainsi, le verbe penser a dans ses traits
distinctifs celui de « à sujet humain », ce qui signifie qu’il n'est com patible qu’avec
des syntagmes nominaux dont le nom se réfère à une personne : Pierre pense est
valide sémantiquement, les deux termes penser et Pierre sont compatibles, car Pierre a
dans ses traits le trait « humain ». En revanche, La table pense est anomale, les deux
termes penser et table sont incompatibles, car table a dans ses traits le trait « objet »,
qui exclut le trait humain. Si on a la phrase Les animaux pensent, la phrase n ’est
interprétable que si on donne à animal le trait distinctif « humain », ce qui signifie
que l’on assimile, dans cette phrase, l’hom m e et l’animal.
incomplet
3As
indiciel
du ciel est translatif, puisque bleu, à l’origine, vieil irlandais, Il résulte de l’anticipation de
est adjectif. Au contraire, il est indice dans le l’articulation caractéristique de la voyelle sui
livre, puisque livre, à 1;origine, est déjà substantif, vante :/ti/est prononcé [t‘i],/te/est prononcé
5. Indice de classe, v. c l a s s i h c a t e u r . [tce], /tu/ est prononcé [t"u]. Ce processu»
phonétique peut prendre une valeur phonolo-
indiciel gique et morphologique en cas de confusion
L’aspect indiciel de l’énonciation est défini par
ou de disparition de certaines de ces voyelle,,
les participants à la communication, par le
Ainsi, l’équivalent vieil irlandais du mot latin
temps et le lieu de l’énonciation et par le mode
vir présente trois formes distinctes pour le
de relation du sujet à son énoncé (je, ici,
singulier qui s’écrivent respectivement fer (nom,
maintenant). acc.), fir (voc.. gén.) et fiur (dat.), mais qui sr
indirect distinguent phoniquement par la coloration du
1. Le complément indirect {complément de phrase r final.
ou complément de verbe) est un complément infectum
qui se rattache à la phrase ou au verbe par En grammaire latine, l’infectum désigne le syn
l'intermédiaire d’une préposition (ex. : Je viens tème de formes verbales groupant le présent,
à Paris. /4 y réfléchir, je n'en sais rien). l’imparfait et ie futur, et exprimant l'aspect
2. Discours indirect, style indirect, interrogation
non-accompli.
indirecte désignent des énoncés qui reproduisent
les paroles de quelqu'un à l’intérieur d’un autre infinitif
énoncé par l’intermédiaire (ou non) d’un subor 1. L’infinitif est une forme nominale du verbe
donnant (ex. : Il a dit qu'il ne viendrait pas. Il qui exprime l’état ou l’action, mais sans porter
m'a demandé si je viendrais), v. d i s c o u r s . de marques de nombre et de personne. Il peut
assumer dans la phrase toutes les fonctions du
individuation nom ; il peut être sujet ou attribut (perdre h
On appelle individuation linguistique le processus rend agressif ; mon rêve est d'avoir une maison il
par lequel un groupe se caractérise face à un la campagne), complément d'objet (je désitt
autre groupe grâce à des constantes de l'activité sortir), com plém ent prépositionnel (c'est il
langagière. L'individuation peut être implicite prendre ou à laisser), complément circonst.m
ou explicite, volontaire ou involontaire, repé- ciel (il parle pour ne rien dire). Comme un verbe,
rable ou non repérable. il peut exprimer l'aspect* (avoir lu vs lire) il il
inductif un objet construit comme celui d’un verbe A
La méthode inductive consiste, en linguistique, à un mode personnel (lire un livre vs la lectttrt
recueillir un corpus d’énoncés et à en tirer, par d'un livre). Comme un nom, il peut être précédé
segmentation et substitution, des classes (ou d’un article (le boire et le manger) ; en françulN,
listes) d'éléments et de règles qui permettent cette dernière possibilité est limitée ; elle csi,
de rendre compte de toutes les phrases. en revanche, très étendue en grec ancien
L’infinitif est la forme d’entrée dans un dli
industries de la langue tionnaire en raison de ses propriétés nominale»,
On donne le nom d'industries de la langue à 2. On appelle transformation infinitive la tniim
l’ensemble des activités industrielles impliquant formation* déclenchée lors de l'enchâssement
la production d’objets langagiers : fabrication d’une complétive dans une phrase mat ri- •,
de dictionnaires traditionnels, élaboration de lorsque le sujet de cette complétive est Mt|rl
dictionnaires ou de base de données électro objet ou complément prépositionnel de In
niques, traduction automatique, intelligence matrice. Dans la phrase Je veux que Pierre vicnm't
artificielle, etc. le sujet de la complétive Pierre est diffère:n du
sujet de la phrase matrice je ; si les deux :;ii|ei(
inessif
sont identiques ('Je veux que je vienne), lu
On appelle inessif un cas" utilisé dans certaines
transformation infinitive, comportant un elln
langues finno-ougriennes et indiquant le lieu à
cernent du je de la complétive et l’introdin imn
l’intérieur duquel se place le procès du verbe
de l’affixe d’infinitif, sera appliquée : /<• i.»»
(ex. : Il est dans la maison).
venir. De même Je promets à Pierre que /‘ niI
infection viendra devient, lorsque le sujet de la complet lv*
l 'infection est un système complet de coloration que Paul viendra est identique au sujet je de It
des consonnes, particulièrement important en promets : Je promets à Pierre de venir. Daim lu
i /,â
information
phrase Je dis à Pierre de sortir, le sujet de la modification de timbre que subit parfois une
[ complétive est identique au complément pré- voyelle sous l’influence d’une voyelle voisine.
I positionne! de la phrase matrice (Pierre). Il s’agit d'un cas particulier de métaphonie*.
inform ation
Au sens que donne à ce terme la théorie de l'inform ation, l’information est la
I signification que l’on attribue à des données à l’aide des conventions employées pour
les représenter ; ce terme désigne donc, techniquem ent parlant, tout ce qui peut se
I mettre, de quelque manière, sous une forme codée. Pour les théoriciens de la
communication, le terme d’information (ou « message »*) désigne une séquence de
signaux correspondant à des règles de combinaison précises, transmise entre un
émetteur et un récepteur par l'intermédiaire d'un canal qui sert de support physique
a la transmission des signaux. Pour la théorie de la com munication, le sens de cette
séquence de signaux codés n'est pas considéré com m e un élém ent pertinent.
Quantité d'information
Deux concepts sont à la base du calcul de la quantité d’information transmise : (1) le
concept de capacité d'un code lié au nom bre de signaux alternatifs de ce code ;
(2) le concept de quantité réelle d'inform ation transmise, proportionnelle au nombre
de possibilités du code.
<i) Information et probabilité. Plus un phénom ène est probable, moins il est informant.
Sa probabilité permet de quantifier et de mesurer sa quantité d'information. Prenons
un exemple, celui de l'état du ciel ; deux cas sont possibles : (1) il y a de gros nuages
noirs, on dit « il va pleuvoir », cela n'apprend pas grand-chose ; la probabilité
d'occurrence de l'événem ent est restreinte ; si l'événem ent ne se produit pas,
l'information sera plus grande. On dit que la probabilité d’occurrence d;un fait est
inversement proportionnelle à la quantité d'information.
I>) Calcul de la quantité d'information. O n peut définir trois types de probabilités :
(1) probabilité certaine positive : coefficient 1 ; (2) probabilité certaine négative :
Coefficient 0 ; (3) entre ces deux extrêmes, il y a des probabilités partielles (par
exemple : il y a 60 chances sur 100 qu'il pleuve) ; on a alors une certaine information
qui est calculable : s’il se m et à pleuvoir, la probabilité devient certaine et prend le
coefficient 1. Lorsqu'on dit qu’il y a 60 chances sur 100 qu’il pleuve, la probabilité
est: de 0,60. Quand le fait est résolu, la probabilité devient égale à 1. La quantité
d'information est alors égale à : 1 - 0 , 6 0 = 0,40.
En raisonnant dans l’abstrait, nous pouvons dire qu'un phénomène de probabilité
K a un contenu d’information égal à 1 —Px. Pour des raisons pratiques, on mesure
Cette quantité d'inform ation 1 non par la probabilité, mais par son logarithme. Soit
t « log 1 - l o g Px et, com m e log 1 = 0 on a I = log P.v.
2Al
injective
1 1 1
IA - log 2 ------ = log 2 16 = 4 bits ; IB = log 2 —— = lo g 2 — = 0 ,0 9 3 bit.
1 15 15
16 16
D onc, B; plus fréquent que A, transm et moins d’information. D 'autre part, nouit
pouvons à partir de là quantifier l'inform ation m oyenne par signal : 1 occurrence <lt<
A = 4 bits. 15 occurrences de B = 0,09 x 15 = 1,39 bit. 16 occurrences portent an
total = 5,39 bits.
5 39
La quantité m oyenne d’inform ation par signal est de = 0,34 bit. Or, si Ii (t
16
signaux étaient équiprobables, chaque signal aurait une capacité de 1 bit. Donc, la
fréquence inégale des signaux réduit l'efficacité du code d'environ 1/3. La capat IIA
totale d'un code n 'est réalisée que si tous les signaux ont des probabilités q(<tli n
d’occurrence. Cette perte d’information, due en particulier au bruit*, introduit la
notion de redondance*.
initiale
Les langues naturelles possèdent certaines qualités communes à tous les systèmes de
com munication, si on les envisage com m e des systèmes de transmission de l’infor
mation au m oyen d ’un code caractérisable par leur nombre de signaux et leurs règles
de com binaison. Mais les codes linguistiques présentent une particularité par rapport
aux codes non linguistiques ; ils sont constitués de deux sous-codes, non indépendants
l’un de l’autre, définis en linguistique com me relevant de deux niveaux d’analyse
spécifique : le niveau morphématique et le niveau phonématique.
Les théoriciens de la com m unication se sont proposé d’évaluer la quantité m oyenne
d’inform ation transmise par les langues naturelles en considérant le degré d’incertitude
relatif aux différents signaux dans chacun des sous-codes. Ce faisant, ils rejoignaient
les recherches poursuivies en linguistique depuis une vingtaine d’années par les
distributionnalistes (v . d i s t r .i b u t i o n n f .ix e [ a n a ly s e ] ) , préoccupés de décrire les langues en
termes de contraintes formelles apparaissant dans l ’enchaînem ent des unités de base,
chacune dans leur cadre respectif (morphématique et phonématique). En réalité, les
théoriciens de la com m unication présentaient aux linguistes le modèle mathématique
implicite connu sous le nom de modèle à états finis*, ou de théorie des chaînes de
Markov*, ou de modèle de Markov. (v . aussi c o m m u n i c a t i o n . )
2A Q
injective
■ > cn À
y
iniensité
251
intercompréhension
mesure en watts par centimètre carré (une exem p le, d’op p o ser en italien /an 'kora/ encore
intensité sonore d'un centième de watt par vs/'ankora/ an cre, ou/'kapitano/ils arrivent par
centimètre carré peut léser l'oreille). Cepen hasard vs Æapi'tano/ cap itain e vs /kapita'nc/ il
dant. il est plus commode le plus souvent, et co m m an d a, en anglais /'import/ (su b stan tif) vs
en particulier dans le cas des ondes sonores /im'port/ (v erb e), [v. accent.]
utilisées pour la phonation, de mesurer les intercompréhension
intensités en unités décibels (dB). Le décibel On appelle intercompréhension la capacité pour
exprime un rapport d’intensité par rapport à des sujets parlants de comprendre des énoncén
une intensité de référence choisie arbitraire émis par d’autres sujets parlants appartenant
ment. L'équivalent en décibels d’un rapport à la même communauté linguistique. L’inter
d’intensité vaut dix fois le logarithme de base compréhension définit l'aire d’extension d'une
10 de ce rapport. langue, d’un dialecte ou d'un parler.
L’avantage de l'unité décibel est qu’elle
permet de travailler avec des chiffres plus interconsonantique
commodes : ainsi les sons les plus élevés que On appelle interconsonantique un phonème ou
puisse percevoir l'oreille ont une intensité un élém ent phonique placé entre deux
10 millions de fois plus grande qu’un son à consonnes ; ainsi [a] dans [par] part.
peine perceptible ; or, cet énorme rapport se intercourse
réduit à 130 décibels. Chez F. de Saussure, l’esprit d'intercourse est Ia
Le niveau de référence utilisé en pratique tendance à accepter les particularités lingm»
est de 10 15 watts par centimètre carré (un dix tiques d'autres communautés géolinguistiques
millionième de millionième de watt par cen À l’esprit d’intercourse s’oppose l’esprit <L
timètre carré), c’est-à-dire l’intensité minimale clocher, qui pousse au rejet des caractères lin
pour produire un son à peine audible. L’inten guistiques propres à d'autres communautés.
sité moyenne de la parole à un mètre des lèvres interdentale
est d'environ 60 décibels par centimètre carré, Une consonne interdentale est une consonne
c’est-à-dire qu’elle est un million de fois plus fricative prononcée avec la pointe de la langui
grande que 10 ' 15 watts par centimètre carré. placée contre les incisives supérieures, entre
Les variations d’intensité dans la chaîne les deux rangées de dents légèrement écartée»,
parlée sont utilisées différem m ent par les comme le 0 espagnol à l'initiale de cinco.
langues, à des fins distinctives ou expressives
(accent d’intensité* et intonation*). interdépendance
En glossématique, le terme d ’interdépendant!
2. L'accent d'intensité, appelé aussi accent dyna
désigne la fonction qui existe entre deux terme»
mique ou accent expiratoire, est la mise en relief
constants,
d'une unité (phonème ou suite de phonèmes)
par un renforcement de l’énergie expiratoire interférence
ou intensité. Selon que les syllabes d'un mot On dit qu'il y a interférence quand un sujei
sont prononcées avec plus ou moins d’intensité, bilingue utilise dans une langue-cible A un troll
on distingue les syllabes plus fortes (accentuées) phonétique, morphologique, lexical ou syn
des syllabes plus faibles (atones). Dans certaines taxique caractéristique de la langue B. L’eni
langues, l’accent a une place fixe dans le mot. prunt et le calque sont souvent dus, à l’origine
En polonais, l'accent frappe toujours l’avant- à des interférences. Mais l'interférence re i'
demière syllabe. En français, l’accent tombe individuelle et involontaire, alors que l'emprunt
toujours sur la dernière syllabe du mot, ce qui et le calque sont en cours d’intégration ou .......
implique qu'il a une fonction démarcative et intégrés dans la langue A. Un Français pari,ml
permet de distinguer les limites des unités espagnol ou russe pourra ne pas rouler lu
accentuelles. L’accent exerce aussi cette fonc consonne r et lui donner le son qu'elle a un
tion démarcative en tchèque, en finnois, où français. Un Allemand parlant français pmiir#
c’est la première syllabe du mot qui est accen donner au mot français la mon le genre masi iilln
tuée. Dans d’autres langues, comme l’anglais, du mot allemand correspondant Tod (ititeili
l’italien, l’espagnol, le russe, l'accent est libre, rence morphologique). Pour dire Je vais il /Vn'fy
c'est-à-dire qu'il peut porter sur une, deux ou un Français parlant anglais pourra utiliseï : .....
trois syilabes du mot ou plus, et faire varier joindre scltool à I am going la préposition iii (qui
par là le sens du mot, On dit alors que l’accent est parfois l’équivalent de à), alors que l’.uit'.l.tlM
a une fonction distinctive qui permet, par utilise to après les verbes de mouvement (Inlm
■ interne
1
I férence syntaxique). Ur. italien parlant tançais l’énoncé, au discours ou à la situation un effet
I pourra dire une machine (macckina) pour une sém antique que l’interlocuteur interprète
| voiture (interférence lexicale). comme l’expression de tel ou tel état affectif
La problématique de Finterférence est consi- du locuteur ou comme sa volonté d'établir ou
I dérée par certains didacticiens des langues de maintenir la communication : Ah I Ah I (Je
I étrangères comme liée à celle de la faute. m'en cloutais). Hein ? (Tu disais ?)
I Posant eue, cans la forme mixte, il faut prendre
■ en compte ce qui relève de la langue-cible et
interlangue
I non ce qui vient de la langue-source, ils pro- D ans les situations d’apprentissage d’une
seconde langue, Yinterlangue est un système
l posent de raisonner non en termes d ’interfé-
intermédiaire plus ou moins stabilisé fondé sur
I rences, mais en termes de systèmes*
I intermédiaires''approximatifs d apprentissage. la présence simultanée d'éléments appartenant
à chacune des langues en présence.
| intérieur
I La position intérieure à un segment, morphème, interlecte
I mot ou phrase., est celle des phonèmes ou L’interlecte est l’ensemble des faits linguistiques,
I séquences de phonèmes qui ne se trouvent pas qui, dans une diglossie ou un continuum,
I à la frontière {initiale ou finale). Cette position peuvent relever de l’une et de l’autre langue
I correspond parfois à un traitement phonique en même temps, sans discrimination possible ;
■ différent : ainsi, en français, l’opposition [e] vs ils y constituent quantitativement l’essentiel de
I [c] qui se présente en syllabe finale ouverte (lé la parole quotidienne. Ce concept s’oppose à
I •lait) est neutralisée* à l’intérieur du mot. celui de diglossie, qui suppose la discrimination
facile entre deux systèmes.
Interjection
I On appelle interjection un mot invariable, isolé, interlinguistique
■ formant une phrase à lui seul, sans relation On qualifie d'interlinguistique toute recherche
I avec les autres propositions et exprimant une ou tout mouvement qui se donne pour fin de
I réaction affective vive. Les mots que l’on classe créer, d’étudier ou de promouvoir des langues
I dans la catégorie de l'interjection partagent artificielles* dites aussi langues auxiliaires inter
■ tous le caractère suivant : alors qu’ils sont nationales ou interlangues’ (comme l’espé
I pratiquement dépourvus de contenu séman- ranto).
I tique et qu’ils échappent aux contraintes syn- interlocuteur
I Cliniques, ils n’en agissent pas moins sur le On appelle interlocuteur le sujet parlant qui
E contenu ou sur les situations du discours, grâce reçoit des énoncés produits par un locuteur ou
[ À l’intonation que leur confère le locuteur qui y répond, (v. a iio c u t a ir i .)
I (approbation, désapprobation, doute, colère,
I Ironie, insistance, appel, etc.). En effet, bon intermédiaire
I nombre d’interjections ne sont pas décompo- En grammaire générative, on appelle structures
lables en éléments signifiants ; elles procèdent intermédiaires les structures de phrases, issues
de cris (Ah ! il est enfin là. Je crois, hum, que je des structures profondes, à chaque étape du
I mis refuser) ou d’onomatopées (Clac ! j'ai dit ce cycle transformationnel et avant l’étape finale
I i/»d je pensais. Zut I j'ai oublié mon carnet). des structures de surface.
I D’autres, d’apparence analytique, sont cepen
international
dant devenues des formes invariables et figées,
On donne le nom de langue internationale à une
I lu signification particulière attachée aux mots
langue servant ou ayant servi aux relations
I oui les composent ayant disparu. C'est le cas
commerciales ou culturelles entre un grand
I dc certains syntagmes nominaux (Ciel ! Mon
nombre de pays dans une aire géographique
I «■// !),' de certains adjectifs (Joli !), de certains
définie. Ainsi l’araméen dans le Proche-Orient
I adverbes (Encore '), d’expressions verbales
entre le V f siècle av. J.-C. et le V f siècle après,
I (Tiens I Tu vois !). A la différence des autres
ou le latin en Occident pendant le Moyen Age.
Irrmes invariables de la langue, les interjections
V o n t pas de place définie dans la chaîne interne
Byntagm atique : elles peuvent interrompre 1. L'oreille interne est un organe auditif placé
U énoncé entre deux pauses, ou remplacer, en en arrière de l’oreille moyenne et formé de
■llUAtion, un énoncé, à elles seules. Seule menues cavités logées dans le crâne. Dans l’une
■Intonation dont elles sont le siège confère à de ces cavités, appelée cochlée ou limaçon, s’opère
1
interpolation
aréoplane pour aéroplane). Si les phonèmes sont nation descendante). L'intonation assertivc
éloignés, on parle plutôt de métathèse*. contient en puissance deux groupes proso
diques, un groupe progrédient (intonème conti-
intervocalique
nuatif) et un groupe terminal (intonème conclu-
Une consonne intervocalique est une consonne
sif) ; l'intonème continuatif se situe au départ
placée entre deux voyelles ; ainsi [1] dans
dans la dynamique de base, mais en fin tic
[balô] ballon.
syntagme, sur la tonique, il se réalise dans le
intonation haut médium, ou l'infra-aigu, c’est-à-dire un
Les travaux menés essentiellement au cours ton et demi ou deux tons au-dessus de lu
des vingt dernières années dans le domaine de dynamique de base le groupe terminal effcc.
l:acoustique et de la perception, permettent de tue son départ au-dessous de l'intonème conti
définir l'intonation comme une forme disconti nuatif, l’intonème conclusif se réalise soit dans
nue, constituée d’unités discrètes sur les deux le grave, soit dans l’infra-grave. la distance entre
axes paradigmatique et syntagmatique, unités le maximum et le minimum est d'une quinh:
toujours significatives qui s’organisent dans le Les unités intonatives ont aussi une fonction
cadre de la phrase ou de ses constituants jonctive / disjonctive : en dehors de certaine',
(Rossi). La substance auditive de l’intonation conditions phonologiques prévisibles, i’into*
est constituée par les variations de la fréquence nème continuatif marque obligatoirement la
fondamentale, laquelle dépend du rythme de limite entre le syntagme nominal sujet (SN I )
vibration des cordes vocales et peut se combiner et le syntagme verbal (SV) même si SN 1 n’est
aux paramètres d ’intensité (pression sous- pas le thème.
glottique) et de durée vocalique (en partie Les intonèmes impressifs sont étudiés en
déterminée par la nature des consonnes précé référence aux intonèmes continuatif et conclu
dentes ou subséquentes : voisée/non-voisée, sif : ainsi, l’intonème continuatif et la question
occlusive/constrictives, etc.). La fréquence et ont des configurations rigoureusement iden
l’intensité peuvent être autonomes, comme tiques mais la question est caractérisée par la
c’est le cas dans l’interrogation. Six niveaux présence d’un glissando perceptible qui travcnii
intonatifs différents, susceptibles d’être iden deux niveaux, médium et infra-aigu, ou inlra
tifiés par les auditeurs français, couvrent une aigu et aigu (Di Cristo). En français, les deux
octave et demie dans la tessiture du sujet, phrases il vient et il vient ? s’opposent unique
depuis la note la plus basse réalisée à la fin de ment par le fait que l’interrogation compoiie,
l’énoncé déclaratif neutre (dynamique de base au terme de la phrase, une augmentation rapide
ou fondamentale usuelle du locuteur) : l'infra- de la fréquence fondamentale, tandis que la
grave, le grave, l’aigu, l’infra-aigu, le sur-aigu. réalisation de l’intonème affirmatif met en jeu
(Rossi et Chafcouloff). le processus inverse.
L'encodage et le décodage de l’intonation Au plan expressif, les intonèmes du nivc.nl
s’effectuent syntagmatiquement sous la forme expressif s’associent aux intonèmes du niveau
de relais ou de points clefs (attaque, prétonique, représentatif essentiellement sur l’axe paradlu
tonique). On appelle intonème* chacun des matique. Les morphèmes intonatifs exprcsntft
ensembles de traits réalisés sur les points clefs. peuvent être apparentés aux unités lexicale:, i
L’attaque et la prétonique ne peuvent compor même après filtrage de la parole, on coni.....
ter qu’un intonème, la tonique peut en compor
à en reconnaître le signifié, par exempll
ter deux (cf. l’intonation d'appel). La suite des
le doute, la surprise, etc. (P. Léon, I. Fônagvli
intonèmes d'un point clef forme un morphème
intonatif discontinu. intonème
Les fonctions de l’intonation sont étroite On appelle intonème l'unité distinctive d’inlrt
ment imbriquées. On distingue cependant le nation au niveau de la phrase. On peut . .unit
râle syntaxique (domaine du représentatif), le tériser les deux phrases assertive Qean wiil
rôle appellatifou impressif(question, ordre, appel, demain) et interrogative (Jean vient demain 0 paf
etc.), le rôle lexical relevant de l’expressivité l’existence de deux intonèmes différent1, (en
(colère, joie, doute, surprise, etc.). particulier, courbe montante de l'interroy.ai e. i i
Au plan syntaxique, les morphèmes intonatifs La linguistique américaine utilise plut'il lu
successifs de la phrase forment un syntagme notion de morphème intonatif ou supiaiin^
intonatif, et celui-ci constitue une phrase intonative mental pour décrire les courbes d'intonation
s’il est terminé par un morphème conclusif (into (v. PROSODÊME.)
inversion
mots, par rapport à l’ordre général de la langue. première conjugaison en français, car ses temps
Le français met le complément d’objet direct et ses modes sont formés sur trois radicaux
après le verbe, sauf si c’est un pronom person ail-, v-, ir-.
nel ou relatif. Je vois la ville. La ville que je vois.
isoglosse
La ville, je la vois. Ces inversions sont obliga
On appelle isoglosse la ligne idéale séparanl
toires. Le français connaît également l’inver
deux aires dialectales* qui offrent pour un trait
sion du pronom sujet {sujet après le verbe)
donné des formes ou des systèmes différents
dans l’interrogation de la langue soutenue :
L’isoglosse (ou ligne d'isoglosse) est représentée
Il vient. —> Vient-il ?
sur une carte linguistique par une ligne qui
inverti sépare les points où l’on rencontre un trait
Les phonèmes rétroflexes (cacuminaux* ou donné de ceux où l'on ne le rencontre pas
cérébraux) sont parfois appelés aussi phonèmes Dans le nord de la France, l’isoglosse représen
invertis, car leur articulation comporte un retour tant le traitement du k latin suivi de a par [k|
nement de la pointe de la langue contre la délimite les aires picardes et les aires fran
voûte palatale. ciennes (où k + a -> [j]). Un ensemble
iotacisme d’isoglosses superposées ou proches est dit
On appelle iotacisme l'évolution en grec post faisceau* d'isoglosses et marque des limites ou
classique de voyelles et de diphtongues vers le des frontières linguistiques.
son i ; l’iotacisme affecte les sons ê long, u, oi, isolable
ei du grec classique, On dit d’un élément composant qu’il est isolable
ironie quand il peut être délimité à l’intérieur du mot
En rhétorique, l’ironie est une figure consistant composé. Ainsi, le préfixe ré- / re- est isolablt
à dire le contraire de ce qu’on veut dire pour dans réajuster ou refaire ; mais l’article défini h
railler, et non pour tromper. et la préposition à ne sont pas isolables dan:,
l’article contracté au. (Syn. : s è f a r a b i .iï . ) [ v . a m a i
irradiation C a m e .]
On appelle irradiation l’influence exercée par le
radical d’un mot sur le sens d’un préfixe ou isolante
d’un suffixe. Le suffixe -aille avait la valeur On appelle langue isolante (ou analytique) unt
d’un collectif (pierraille) ; il a pris un sens langue dont les « mots » sont ou tendent à
péjoratif (antiquaille) parce que les radicaux avec être invariables et où on ne peut pas, pat
lesquels il entrait en combinaison étaient pris conséquent, distinguer le radical et les élémcntu
dans un sens péjoratif (valetaille). grammaticaux. Une langue est ainsi définie pat
son degré moyen d'isolation* caractérisé pat
irréel le rapport entre le nombre de morphèmes de
Le terme d ’irréel désigne les formes verbales
la langue et le nombre de mots. Aux languei,
propres à exprimer que l’action indiquée
isolantes (analytiques) on oppose les langueii
dépend d'une condition que l’on juge impro
agglutinantes* et les langues flexionnelles'
bable ou irréalisable. Si cette condition se
rapporte au présent, le verbe de la proposition isolât
principale est en français au conditionnel pré On appelle isolai un groupe ethnolinguistiqm
sent (irréel du présent) et la proposition condi isolé du reste de la communauté, ou bien
tionnelle ou hypothétique est à l’imparfait de vestige d’une communauté disparue.
l’indicatif : Si w réfléchissais, lu verrais ton erreur isolation
(mais tu ne réfléchis pas). Si la condition se L’isolation définit le caractère de langue cm
rapporte au passé accompli, la principale est, lante*. Le degré d'isolation est fondé sur le plun
en français, au conditionnel passé (irréel du ou moins grand caractère analytique de i «lit
passé) et la proposition conditionnelle ou hypo langue. De ce fait, l’unité de mesure est Ii
thétique est au plus-que-parfait de l’indicatif : rapport entre le nombre de morphèmes di l>i
Si tu avais fait cela, je t'aurais plaint. langue et le nombre de mots. Plus le rappuii
irrégulier est bas et plus la langue est isolante. <l’eut
Les mots irréguliers sont ceux dont la déclinaison ainsi que le degré d’isolation de l'anglais eiil
ou la conjugaison s'écartent du paradigme (du 1,68, alors que celui du sanskrit est de 2 ,;^ et
type) considéré comme constituant la norme. celui de l’esquimau (très synthétique) de >. t
Le verbe aller est ainsi un verbe irrégulier de la Le degré d'isolation peut varier selon les i I.imi «
item
de mots ; une langue, par exemple, peut est alors, quelle que soit sa nature, à l’origine
être isolante pour les verbes et non pour les d’une isotopie. La redondance de la marque
noms. de pluriel dans l’énoncé français, les chevaux
hennissent, où les trois unités comportent une
isom orphism e
marque de pluriel, constitue ainsi une isotopie
1. On dit qu’il y a isomorphisme entre deux
morphophonique ou morphographique.
structures de deux ordres différents de faits
Mais s’il définit l’isotopie au sens linguistique
quand elles présentent toutes deux le même
général, A. J. Greimas porte son intérêt sur
type de relations combinatoires : ainsi, si les
l'isotopie sémantique, c’est-à-dire sur la récurrence
lois combinatoires des morphèmes sont iden
syntagmatique du même sème ou groupement
tiques aux lois combinatoires des sèmes (syn
de sèmes. La relation d’identité entre les occur
taxe = sémantique), on dit qu'il y a isomor
rences du sème ou du groupement sémique
phisme entre les deux structures. En linguis
entraîne des relations d’équivalence entre les
tique, le problème le plus important de ce
sémèmes qui les comportent : des unités poly
point de vue est celui de l'isomorphisme ou
sémiques peuvent ainsi être rendues monosé-
de l’absence d’isomorphisme entre les faits
miques par la relation d’isotopie. Dans l’exemple
sociaux, la culture et la langue. B. L. Whorf et
de A. J. Greimas : « belle soirée - et quelles
E. Sapir ont posé, à titre d’hypothèse, l’iso-
toilettes », l’isotopie de la « réception » amène à
morphisme de la langue et de la culture. Ils
lire toilettes comme « robes » et non comme
supposent que la langue d’un peuple est orga
« cabinets ». Mais A. J. Greimas étudie là une
nisatrice de son expérience du monde. C. Lévi-
histoire « drôle », et la réponse est « je ne sais
Strauss, en supposant qu’il y a homologie entre
pas, je n’y suis pas encore allé » : on redécouvre
la langue, la culture et la civilisation, postule
le caractère polysémique du mot toilettes, que
d'une autre manière le même isomorphisme.
l’isotopie de la mondanité avait occulté.
A propos des thèses de N. Marr, selon lesquelles
Outre l’histoire drôle, la poésie et la litté
à un stade déterminé d’évolution des structures
rature en général jouent largement sur les
; sociales correspond un type de langue, on peut
ambiguïtés isotopiques : F. llastier, étudiant
parler aussi d’isomorphisme. De même pour
Salut, de Mallarmé, y fait ressortir le jeu
toutes les recherches qui postulent la dépen
constant du poète sur divers sens de salut,
dance étroite du linguistique par rapport au
« sauvetage », « manifestation de sympathie »,
social (ou inversement).
« rédemption ».
2. Quand les sens des termes d’une structure
II faut se garder de limiter ia portée de la
sémantique d’une langue peuvent être mis en
notion d ’isotopie aux textes en écart, littérature,
rapport, terme à terme, avec les sens d’une
publicité, histoires comiques : on peut faire du
structure sémantique d’une autre langue, on
fonctionnement isotopique un niveau essentiel
dit que les deux langues sont sémantiquement
de la cohésion sémantique de tout énoncé,
'isomorphes ; il est évident que le degré d'isomor
phisme varie selon les couples de langues mises item
en parallèle. 1. On appelle item tout élément d’un ensemble
(grammatical, lexical, etc.), considéré en tant
isosémie que terme particulier : on dira que les noms
B. Pottier désigne par isosémie l’isotopie” concer père, frère, sœur, table, chaise sont chacun des
nant les sèmes génériques et par anisosémie la items lexicaux ayant des propriétés séman
rupture de cette isotopie sémique. Il y a tiques particulières et que présent, passé sont
isosémie dans « le fruit que quelqu’un a des items grammaticaux.
mordu » et anisosémie dans « les portes qui 2. La grammaire ou modèle à item et arrangement
mordent ». décrit un énoncé comme formé d’items lin
guistiques minimaux,, grammaticalement per
isosyllabique
tinents, appelés morphèmes, combinés entre eux
On dit de deux ou plusieurs mots qu’ils sont
selon certaines règles d’arrangement les uns
uosyllabiqties quand ils ont le même nombre
par rapport aux autres (selon une certaine
(Ir syllabes.
combinatoire). Le modèle à item et arrange
Isotopie ment est le modèle des constituants immé
Au sens le plus général, A. J. Creimas définit diats*. Une règle à item et arrangement est de
{'isotopie comme « toute itération d’unité lin cette forme : « la phrase est formée de la suite
guistique » : un fait de redondance linguistique syntagme nominal + syntagme verbal » ; ou
V ” /l
itératif
bien « mangeait est constitué de la racine verbale Une règle à item et procès est de la forme
mange- muni de l’affixe de passé ait ». La « mange- + passé donne mangeait ». Le modèle
grammaire ou modèle à item et procès consiste à item et procès est celui de la grammaire
à décrire les diverses formes réalisées dans un traditionnelle et de la linguistique fonctionnelle.
énoncé comme le résultat d'une opération
itératif
effectuée sur une forme ou un item de base.
Syn. de f r é q u e n t a t if .
On dira que le nom construction est le
résultat d’un procès de dérivation s’appliquant ithos
à un item de base construit et entraînant des L’ithos est la partie de la rhétorique qui traite
modifications morphologiques de cet item (ou des moyens nécessaires pour s’attirer la bien
racine). De même, on dira que la forme mangeait veillance de l’auditoire, c’est-à-dire des mains,
est obtenue par le procès du temps passé par opposition au patlws (les passions). On
appliqué à la racine verbale (ou l’item) mange-. écrit également ethos.
À
/ k
bémolisation, c'est-à-dire un abaissement des seat « siège ». Pour noter les voyelles lâches, on
composants et une concentration de l’énergie utilise souvent l'exposant 3, l’exposant 1 étani
plus forte dans les basses fréquences du spectre, employé pour les voyelles tendues. Le français
labiovélaire standard oppose [te't] « tête » et [tcH) « tette
O n appelle labiovélaire une articulation lallation
complexe qui combine un resserrement ou une La lallation, ou lambdacisme, est un des stades
occlusion au niveau du palais mou. ou voile prélinguistiques de l’enfant, survenant vers If-
de palais, avec un arrondissement des lèvres. troisième mois, qui consiste dans l’émission
C’est le cas des voyelles vélaires en général, d’une gamme d’expressions sonores plus éten
comme [u], [o], [o], du glide [w] dans le mot dues que celles qui seront utilisées dans Li
français oui [wi], du groupe consonantique [kw] langue et qui apparaissent comme le résultat
ou [gvv], d'une activité non symbolique (activité d’au
Labov (William), linguiste américain (Passaic, torégulation des organes phonateurs, activité
New Jersey, 1927). Elève d’U. Weinreich, ses ludique, etc.).
recherches portent sur le changement linguis lambdacisme
tique qu’il étudie, au travers d’enquêtes sur le Syn. de l a l l a t io n .
terrain, dans des communautés (New York, en
particulier le ghetto noir de Harlem). Selon lui, laminai
toute étude linguistique doit prendre en compte Une consonne est dite laminait quand elle est
les variables sociales ; le changement n’est pas réalisée avec le pourtour antérieur de la face
seulement fonction du facteur temps, mais supérieure de la langue (région appelée bltitlc
aussi de la structure sociale de la communauté « lame » par les phonéticiens anglo-saxons).
étudiée. (V. Bibliographie.) Lancelot (Claude), l’un des Messieurs de Porl
lâche Royal (Paris v. 1615-Quimperlé 1695). Il pal
Un phonème lâche (faible ou doux) est un ticipe à la fondation des Petites Écoles de Pi ui
phonème dont l’articulation s’accompagne Royal. Après leur fermeture (1660), il s’occupe
d’une décharge d’énergie expiratoire plus faible, de l’éducation du duc de Chevreuse et tien
donc d’une tension musculaire moins forte deux petits princes de Conti. En 1672, il -,i
que son homorgane tendu, avec une défor retire à l’abbaye de Saint-Cyran, y faisant
mation plus légère de l’appareil vocal par profession en 1673 ; en 1680, il est à l'abbaye
rapport à la position de repos. En français, de Quimperlé, Il a contribué à la réforme
toutes les consonnes voisées sont tendues. introduite par Port-Royal dans l’enseignement,
Toutes les voyelles brèves, comme en anglais en composant des livres à la fois simples pi
le [i] de sit « être assis », sont lâches, tandis clairs, notamment la Grammaire générale ,1
que les longues sont tendues, comme le [i] de raisonnée, dite Grammaire de Port-Royal.
langage
Le langage est la capacité, spécifique à l’espèce humaine, de com muniquer au moyen
d’un système de signes vocaux (ou langue*) m ettant en jeu une technique corpon lli
complexe et supposant l’existence d’une fonction symbolique et de centres corticaux
génétiquem ent spécialisés. Ce système de signes vocaux utilisé par un groupe soeinl
(ou com munauté linguistique) déterminé constitue une langue particulière. Par le
problèmes qu’il pose, le langage est le lieu d’analyses très diverses, impliquant <lrn
rapports multiples : la relation entre le sujet et le langage, qui est le domaine de U
psycholinguistique, entre le langage et la société, qui est le domaine de la socioliii
guistique, entre la fonction symbolique et le système que constitue la langue, i-mii'
la langue com m e un tout et les parties qui la constituent, entre la langue comme
système universel et les langues qui en sont les formes particulières, entre la laii)',u«'
particulière com me forme com mune à un groupe social et les diverses réalisation', -1'
cette langue par les locuteurs, tout cela étant le domaine de la linguistique, linniit
ces divers domaines sont-ils nécessairement et étroitem ent reliés les uns aux autmi.
langagier
Le nom de langage a été étendu à tout système de signes socialem ent codifiés qui
ne fait pas appel à la parole (ex. le langage des sourds-muets). 1! se confond parfois
avec communication ; ainsi, le langage des abeilles m et en œuvre des moyens physiques
(position par rapport au soleil, battem ents d’ailes, etc.) pour com muniquer des
informations sur les gisements de nectar.
Le nom de langage est largement utilisé en informatique pour indiquer une série
d’instructions utilisant divers signes numériques et alphabétiques.
en faisant la moue). Dans cette perspective. la vision d’un développement verbal homogène
problématique du signe se trouve déplacée : les chez les enfants, c’est la vision hétérogène qui
unités linguistiques et leurs combinatoires ne est mise en avant. On constate que les enfants
sont plus porteuses que de certaines instructions sont plongés dès le départ dans des bain*
de sens qui vont avoir à se combiner avec celles langagiers divers et que l’acquisition se poursuit
fournies par les indices situationnels. Au-delà du dans des rapports humains toujours plus diver
décodage linguistique c'est une interprétation sifiés, les instances de socialisation dans lesquelles
contextualisée que le sujet doit construire. l’enfant se trouve inserré se multipliant avec
4. La distinction linguistique/langagier inté l’âge (famille, crèche, école, garderie, voisinage,
resse aussi les comportements réflexifs des rue, loisirs, voyage, travail). Dans ces diven.
sujets, l e métalangage en tant que langage sur lieux où il s’approprie le langage, l'enfant côtoie
le langage est de nature métalinguistique lorsqu'il des personnes différentes qui ont des statuts
renvoie au fonctionnement linguistique (« on différents dans les échanges avec lui et pai
ne dit pas infractus, mais infarctus »), ou de rapport auxquelles il doit se construire des rôles
nature métalangagière lorsque la référence en est langagiers différents (fils, élève, copain, frère,
le fonctionnement langagier (« parle moins vite, consommateur). De plus, ces personnes pro
on ne te comprend pas »). Les compétences duisent des mises en mots diverses qu'il va
métalinguistiques et métalangagières font partie devoir confronter à ses propres maniement',
de la compétence générale des sujets dans la linguistiques. 11 fait aussi l'expérience d 'e n je u x
maîtrise du langage. Les analyses du développe communicatifs variables qui vont exiger de sa
ment langagier ont montré que les secondes part tout un ensemble de savoir-faire relation
étaient plus précoces que les premières, l'enfant nels et sociaux. La manière dont il sera accueilli
prenant plus vite conscience des contraintes dans ces divers lieux, la façon dont il saura
externes à la gestion des discours (aspects s’imposer, la qualité de l’écoute qui lui sera
fonctionnels) que de celles internes au fonc ou non offerte, l’efficacité de la communication
tionnement du code (aspects formels). dont il fera l’expérience ou, au contraire, la
5. Une part importante de la socialisation de multiplication des échecs et des décrochage:,,
l’enfant passe par la construction du langage : tout cela entre en compte dans le d é v elo p p e
ses relations aux autres, l’image qu’il se fait de ment langagier de l’enfant et contribue à sa
lui-même, sa place dans un groupe, ses capacités socialisation.
d’attention et d’écoute, ses possibilités d’adap 6. Dans le cadre du langage, le sujet langagiei
tation aux êtres et aux événements, ses mani possède une identité psycho- et socio-linguistique,
festations de connivence ou de rejet. On appelle porteur de son histoire personnelle, de ses affci t»,
socialisation langagière l’aspect langagier de la de ses représentations : il s’est construit et s'eit
socialisation générale des individus. Cette vu imposer dans la vie collective des rôles sociaux
notion met l’accent sur le fait que l’acquisition ayant leur matérialisation dans le langage. Il eni
du langage se réalise d'abord dans une commu considéré à la fois dans son histoire individuelle
nauté sociale particulière qui a ses habitudes dans son inscription sociale et dans son action
de vie, ses modes de pensée, ses pratiques par le langage (ses rôles langagiers et ses stratôj',u t,
langagières spécifiques. Contrairement à la langagières).
I. langue
1. Au sens le plus cou rant, une langue est un in stru m en t de com m u nication, un
systèm e de signes v o cau x spécifiques aux m em bres d’u n e m êm e com m u nau té.
O n appelle langue m aternelle la langue en usage dans le pays d’origine du locu tn ii
e t que le locu teu r a acquise dès l’enfance, au cours de so n apprentissage du lanj>.i>,,r
Les langues vivantes, nom breuses, so n t toutes les langues actu ellem en t utilisées, tanl
dans la co m m u n icatio n orale que, pour certaines, la com m u n icatio n écrite, dan:. Ir#
d ifférents pays. Les langues mortes ne so n t plus en usage co m m e m oy en oral ou n ni
de com m u n icatio n ; m ais il subsiste des tém o in s de ces langues, utilisées il y a parlnlti
des m illiers d ’a nn ées : textes littéraires, d o cu m en ts archéologiqu es, m onum ent:-. 11<
L’ccritu re a perm is de transm ettre ces tém oignages des langues étein tes, com m e Im
latin, le grec ancien, etc.
If)6 a
À l ’intérieur d'une même langue, les variations sont également importantes,
synchroniquement parlant : pour les niveaux de langue, on parle de langue familière,
soutenue, technique, savante, populaire, propre à certaines classes sociales, à certains
sous-groupes (famille, groupes professionnels) ; dans cette catégorie, on place les
différents types d’argots et de jargons ; pour les variations géographiques, on parle
de dialectes et de patois. Enfin, à l’intérieur d'une même langue, on distingue deux
moyens différents de com munication, dotés chacun d’un système propre : la langue
écrite et la langue parlée.
Cette variété même, appréhendée par l'expérience commune, est source d'ambiguïté
lorsqu'il s’agit de définir le terme de langue. D'une part, on a une infinité de langues
diverses dont on peut étudier la typologie. D ’autre part, on constate qu'au sein d'une
communauté linguistique donnée tous les membres de cette communauté (tous les
locuteurs du français, par exemple) produisent des énoncés qui, en dépit des variations
individuelles, leur perm ettent de com muniquer et de se comprendre, et qui reposent
sur un même système de règles et de relations qu'il est possible de décrire. C ’est à
ce systèm e abstrait, sous-jacent à tout acte de parole, qu'on a donné le nom de
langue.
2 . Pour F. de Saussure, pour l’école de Prague et le structuralisme américain, la langue
est considérée com m e un système de relations ou, plus précisément, com me un
ensemble de systèmes reliés les uns aux autres, dont les éléments (sons, mots, etc.)
n'ont aucune valeur indépendamment des relations d'équivalence et d'opposition qui
les relient. Chaque langue présente ce système grammatical implicite, com mun à
l’ensemble des locuteurs de cette langue. C 'est ce système que F. de Saussure appelle
effectivement la langue ; ce qui relève des variations individuelles constitue pour lui
la parole*.
L'opposition langue vs parole est l'opposition fondamentale établie par F. de Saussure.
Le langage, qui est une propriété com mune à tous les hom mes et qui relève de leur
laculté de symboliser, présente deux com posantes : la langue et la parole. La langue
est donc une partie déterminée du langage, mais une partie essentielle. C 'est à l'étude
de la langue telle que l'a définie F. de Saussure que se sont attachés les phonologues,
les structuralistes distributionnalistes et fonctionnalistes. (v, f o n c t i o n n a l i s m e , p h o n o l o g i e ,
STRUCTURALISME.)
Dans cette théorie, la langue est un produit social, tandis que la parole est définie
comme la « com posante individuelle du langage », com me un « acte de volonté et
d’intelligence ». La langue est un produit social en ce sens que « l’individu l'enregistre
passivement » ; cette partie sociale du langage est « extérieure à l'individu », qui ne
peut ni la créer ni la modifier. Elle est un contrat collectif auquel tous les membres
de la com m unauté doivent se soumettre en bloc s’ils veulent communiquer. Dans le
vocabulaire saussurien, la langue est tour à tour « un trésor déposé par la pratique
de la parole dans les sujets appartenant à une même com munauté », « une somme
d’empreintes déposées dans chaque cerveau », « la somm e des images verbales
rmmagasinées chez tous les individus ». Ainsi, la langue est la partie du langage qui
existe dans la conscience de tous les membres de la communauté linguistique, la
nomme des empreintes déposées par la pratique sociale d'innombrables actes de
parole concrets.
i Un des principes essentiels de F. de Saussure est la définition de la langue com me
un système de signes : « Dans une langue, un signe* ne se définit com me tel qu’au
ücin d’un ensemble d ’autres signes. Il tire sa valeur, son rendement, des oppositions
qu'il contracte avec eux. Un signe se définit donc par ses rapports avec ceux qui
langue
268 J
langue
sont opposables. Son contenu n ’est vraiment déterminé que par le concours de ce
qui existe en dehors de lui. » Deux idées importantes sont ici dégagées : (1) la notion
de système lexical, de champ sémantique ; (2) l’idée que « les valeurs ém anent du
système », que la valeur propre des termes découle de leur opposition avec d’autres
termes : « La partie conceptuelle de la valeur est constituée uniquement par des
rapports et des différences avec les autres termes de la langue. »
b) La valeur considérée dans son aspect matériel. La partie matérielle de la valeur est
également constituée uniquement par des rapports et des différences : « Ce qui
importe dans le m ot, ce n ’est pas le son lui-même, mais les différences phoniques
qui perm ettent de distinguer ce m ot de tous les autres, car ce sont elles qui portent
la signification. » La notion de phonème est ici déjà développée ; ce sont avant tout
« des entités oppositives, relatives et négatives ».
c) Le signe considéré dan s sa totalité. F. de Saussure conclut de ce qui précède : « Dans
l;i langue, il n’y a que des différences », différences conceptuelles et phoniques, « tout
le mécanisme du langage repose sur des oppositions, et sur les différences phoniques
et conceptuelles qu’elles impliquent ». Ces rapports d’oppositions, de différences, qui
rapprochent les unités du système, sont de deux types : (1) les rapports syntagmatiques,
ou com binatoires ; (2) les rapports paradigmatiques, ou associatifs.
3 . F. de Saussure, en dégageant les notions de système d’unités linguistiques et de
valeurs, a jeté les bases d'une étude structurale de la langue. 11 s’agit ensuite de
trouver les règles d'assemblage, d'arrangement, des unités de ce système, ou structure
de ce système, règles reposant sur des processus de choix - ou sélection - et de
combinaison.
- R apports syntagm atiques et axe syn tagm atique* : les rapports syntagmatiques sont les
rapports qui unissent les éléments de la langue sous l'angle de la successivité, de
l’ordre linéaire de la chaîne parlée. Com m e certaines successions d'élém ents sont
admises et d'autres exclues, on est amené à se représenter la structure d'une phrase
essentiellement com m e une suite finie de places et de positions, dont chacune peut
ctïe occupée par certains éléments. L'ensemble des positions possibles pour un
élément et des com binaisons possibles de cet élém ent avec ceux qui précèdent et qui
suivent est appelé distribution, et les rapports qui unissent ces éléments sont les
(apports syntagmatiques, ou com binatoires, qui se situent sur l ’a x e syntagm atique, axe
de l'énoncé effectivement produit. Parallèlement au processus de com binaison situé
su r l'axe syntagmatique, le processus de sélection permet la com m utation des unités
e ntre elles dans un grand nom bre d'énoncés. En effet, pour certaines positions, sinon
pour toutes, le choix est possible entre un certain nombre d’éléments, ce qui permet
(le définir des classes d'élém ents : appartiennent à une même classe les éléments qui
peuvent se trouver à une même place, dans un cadre donné. L'ensemble des éléments
d'une même classe form e un paradigme ; ces éléments, entre lesquels le choix s’opère
et qui peuvent com m uter, sont situés sur l'axe paradigm atique.
•I. Les processus de com binaison (axe syntagmatique) et de sélection (axe paradig
matique) peuvent se situer aux différents niveaux d’analyse de la langue. La langue,
rn effet, est, dans la perspective des structuralistes, « un complexe de structures de
différentes natures ». L'hypothèse, de la double articulation du langage, formulée
tiltisl par A. M artinet, est une distinction entre deux niveaux linguistiques qui relèvent
iliacun d'une analyse linguistique spécifique. Les unités du niveau supérieur sont
Ii innées d'une suite d'éléments concaténés du niveau inférieur : (1) niveau inférieur
i ni seconde articulation du langage : celle des unités non signifiantes et distinctives,
IfN phonèmes, qui relèvent d'une analyse phonologique ; (2) niveau supérieur ou
269
langue
27a
langues
La grammaire est constituée (1) d’un nombre fini de règles syntagmatiques capables
d’engendrer les structures profondes, qui seules sont susceptibles d’interprétation
sémantique, une fois les insertions lexicales réalisées : (2) d’un nombre fini de règles
de transformation faisant passer les phrases de la structure profonde aux phrases de
la structure de surface, qui seules sont susceptibles d’une interprétation phonétique,
(v. [g r a m m a ir e ; g é n é r a t i v e . ) La description chom skyenne de la langue présente donc
deux parties : (1) une partie générative, description syntaxique des phrases de base
de la structure profonde ; (2) une partie transformationnelle, description des opérations
permettant de passer de la structure de base à la structure de surface. Les
développements futurs de la grammaire générative laisseront intactes ces principales
hypothèses sur le fonctionnem ent de la langue.
Ii. langues
O n reconnaît l'existence d’une pluralité de langues dès qu’on parle de langue française,
anglaise, etc. Ce terme entre en concurrence avec les autres m ots (dialectes, parlers,
patois) qui désignent aussi des systèmes de com m unication linguistiques. La notion
de langue est une notion pratique, mais complexe, introduite bien avant que la
linguistique ne se constitue.
Z71
Sénégal, où l'enseignem ent est donné en français, le ouolof est une langue). O n n'a
pas toujours dans ce cas-là le critère de l’écriture pour dire qu’un ensemble de parlers
locaux est une langue, par opposition à un autre ensemble voisin ou occupant la
m êm e zone qui est considérée com m e une autre langue. Le critère qui semble le plus
évident dans ce cas est celui de l’intelligibilité mu telle, ou intercompréhension. On
poserait com m e principe que si deux personnes ayant des dialectes différents se
com prennent en parlant chacun son dialecte, elles parlent la même langue ; sinon
elles parlent des langues différentes. En réalité, l’intercompréhension est quelque
chose de relatif : on ne se comprend jamais entièrement, on se comprend toujours
un peu : un Bonifacien (de dialecte génois) comprend bien un Porto-Vecchiais (de
dialecte corso-gallurais), mais l'inverse n’est pas vrai ; et entre un Porto-Vecchiais et
un Cap-Corsin (ayant tous deux conscience de parler la même langue), l’intercom
préhension sera possible par l’acceptation de la polynomie.
Un autre critère peut être l'énum ération des éléments communs. O n peut établir
une liste du vocabulaire fondamental de 100 mots et établir la concordance de 0 à
100 p. 100. On pourrait sans doute procéder de même pour la morphologie ou la
syntaxe, mais le problème est de savoir à partir de quel pourcentage d’écarts on dira
qu’il y a deux langues. Le problème est que le parler d’un village B sera proche do I
celui d’un village voisin A, celui de C proche de celui de B, et ainsi de suite jusqu'il
Z, mais qu’il y aura un énorme écart entre les dialectes de A et de Z. Il y a trtv; I
souvent continuité linguistique dans toute la zone des langues romanes, alors qu'on
parle de langues différentes. D e même, les isoglosses ne coïncident jamais émir
rem ent, et il faut alors ch oisir entre les traits négligeables et im p ortan t1.
(v. DIALECTOLOGIE, FAISCEAU [D'ISO G LO SSESI, GÉOGRAPHIE LIN G U ISTIQ U E). En réalité, il y a d f l
limites nettes entre le roman et le germano-néerlandais (on ne se comprend pas d’un
village à l’autre), mais non dans chacune de ces zones.
En dehors des formes écrites, la définition des langues (v. f a m i l l e d e l a n g u e s ) est
donc compliquée, dans la mesure où la continuité linguistique est chose fréquente.
III. l a n g u e
La langue est l’organe qui, grâce à sa souplesse, sa mobilité, sa situation dans la cavité I
buccale, joue le rôle principal dans la phonation. Ses mouvements entraînent dn
modifications dans la forme de la cavité buccale et exercent ainsi une influence sur
l’onde sonore issue du larynx. La langue intervient en général com me l'articulatcui
inférieur et peut s'élever pour se rapprocher plus ou moins de l'articulateur supériem
jusqu'à entrer en contact avec lui dans l’occlusion. Les positions plus ou moins hauin
de la langue par rapport à la voûte du palais déterm inent les différents def’.rci
d’aperture, depuis l'aperture maximale représentée par la voyelle la plus ouverte,
pour la réalisation de laquelle la langue est basse, jusqu'à l'aperture minimale :
(fermeture maximale) représentée par les consonnes occlusives. Suivant la partie dp
l'articulateur supérieur vers laquelle se dirige la langue, on distingue les phonnuni
antérieurs (dentales et palatales) ou postérieurs (vélaires). Suivant la partie de la
langue qui est la plus proche de l'articulation supérieure, on distingue les articulations
apicales (réalisées avec la pointe de la langue, com m e le [s] espagnol), apico-rétroflcxen
(avec le revers de la pointe de la langue, com m e la série de dentales hindi [t, d. n.
r]), prédorsales (avec la partie antérieure du dos de la langue com m e le [s] du f r a n ç a i s ,
médiodorsales (avec le milieu du dos de ia langue, com m e les consonnes palatalnil
postdorsales (avec la partie postérieure du dos de la langue, com me le [k] et le lr
de cou et goût), radicales (avec la racine de la langue, com m e le [h] du français i.iil) j
laryngé
Mais l'intervention d ’une partie de la langue plutôt que d’une autre dans la réalisation
d’un phonème n ’est pas toujours pertinente en soi, car elle est souvent automatique
ment déterminée par la nature de l’articulateur supérieur : une articulation dentale
peut difficilement être postdorsale ou même médiodorsale,. une articulation vélaire
peut difficilement être apicale, etc. Certaines articulations font intervenir deux parties
de la langue : ainsi, la latérale vélarisée [t], qui existe en russe,, en polonais, qui
existait en ancien français avant d’être vocalisée, est apicodentale, mais comporte un
renflement de la racine de la langue au niveau du voile du palais.
latyngographe ou des deux côtés (bilatérale) de l’obstacU-, f vocal par rapport à la position de repos. [atta] -> [a-Ta] -» [ata]
L’appareil présenté sous le nom de laryngographe avec un faible bruit causé par la friction de Dans des langues com m e le français, le [ata] -» [ada] —> [a0a]
à l'Académie des sciences en 1955 par le Docteur l’air contre les parois. Le français moderne ne trait de la laxité est concomitant avec le trait [adda]-> [a-Da]-> [ada]
Fabre et perfectionné par A. Fourcin et M. West, connaît qu’une latérale apicovélaire, le [1] tic de voisement : il peut suffire à maintenir [ada] - * [aôa]
connu aussi sous le nom de glottographe, est un lit, loup, etc. L’anglais connaît une apicovélaire l’opposition des phonèmes normalement voisés
qui comporte, dans certaines positions, un lettre
des instruments d’exploration du larynx. Il est avec leurs homorganes non voisés, en cas de
relèvement du dos de la langue contre le palais dévoisement des premiers ou de voisement des Le terme général de lettre s’emploie pour dé
basé sur le principe d’un émetteur-récepteur : des
mou : c’est le [î] dit « I dur » ou « vélarisé », seconds. signer chacun des éléments graphiques dont
électrodes disposés de part et d’autre du cartilage
que l’on entend aussi en portugais, en catalan. est constitué un alphabet et qui sont utilisés
thyroïdien fonctionnent comme deux systèmes leçon
Certaines langues, comme le russe, opposent dans les écritures alphabétiques. Les lettres
différents, émission pour l’un, réception pour On appelle leçon chacune des interprétations
phonologiquement une latérale apicodentalc peuvent ne correspondre à aucun son effecti
l'autre. L’appareil permet ainsi de mesurer direc offertes par les différentes copies ou les diffé
îl] et une latérale vélarisée [f]. Le français vement réalisé {h dit « muet » ou .vdans chevaux)
tement les vibrations des cordes vocales en rents éditeurs du texte.
ancien a connu un tel [I], qui s'est affaibli en ou noter toute autre chose qu’un son (le h dit
enregistrant les changements d’impédance dus
un élément vocalique vélaire [u] : ainsi, dan» lecte « aspiré » en français note l’absence de liaison).
aux accolements et décollements successifs des
l’ancien pluriel devais, le [t] s’est transformé Dans une langue, le lecte désigne l’ensemble de Les lettres peuvent noter un phonème, comme
cordes vocales, et donc de mesurer directement
en [w], puis la diphtongue [aw] s’est réduite ,i caractères linguistiques différenciés qu’on peut a prononcé [a], ou plusieurs, comme a- pro
les vibrations qui sont à la base de la fréquence
[o], d’où l’alternance actuelle cheval vs chevaux regrouper en une structure et qu’on réfère à noncé [ks] ou [gz]. Elles peuvent aussi être un
du son, sans le masquer par des harmoniques
[Jsval] vs Lfsvo]. L’ancien français connaissini une couche sociale, à un groupe professionnel. élément dans une suite de lettres représentant
dus aux cavités supraglottiques.
également la latérale dorsopalatale [>„]. £rr un phonème : ainsi a, i, et h dans aiii prononcé
lénition [?]. Dans l’enseignement, on confond très
laryngophonie quente dans les langues romanes (espagnol
La laryngophonie est une technique consistant On appelle lénition une mutation consonantique souvent les lettres et les sons. La terminologie
llorar, calle ou italien gli, figlio), remplacée en
à appliquer directement sur le cou, au niveau consistant en un ensemble de phénomènes qui a introduit les termes de Icttres-consotmes,
français moderne par le glide 0] de fille [li.j|
de la glotte, un microphone, appelé dans ce d'affaiblissem ent des consonnes intervoca- lettres-voyelles pour les sons représentés, lettres-
Au plan acoustique, la fréquence de F cm
cas laryngophone, qui transmet les vibrations liques ; ce phénomène est particulièrement signes pour les graphèmes a tenté de pallier cet
assez stable vers 300 Hz, F varie en fonction
des cordes vocales à un oscillographe. important en phonétique historique pour l’évo inconvénient. La linguistique parle pour les
de la coarticulation, F dépend du volume
lution des langues celtes. Ainsi, dévolution du premières de phonèmes, pour les Iettres-signes
de la cavité antérieure, F1 des cavités parai
laiynx système des occlusives brittoniques à l'inter- de graphèmes’ .
Le larynx est une espèce de boîte cartilagineuse lèles.
vocalique peut être décrite de la façon suivante :
qui termine la partie supérieure de la trachée
lèvres
latif les géminées sourdes [pp], [tt], [kk| ont dû se
et qui est composée de quatre cartilages : le Les lèvres interviennent dans la phonation soit
Le latif est un cas utilisé dans certaines langue* simplifier en [p], [t], [k] (avant de s’aspirer et
cricoïde, le thyroïde, les deux aryténoïdes. A au titre d’articulation principale (articulation
non européennes pour exprimer la direction d’aboutir aux spirantes sourdes du gallois
ces cartilages sont rattachés les muscles et labiale [p, b. m]), soit au titre d’articulation
ou le but, distinct de l’accusatif. moderne) ; les occlusives sourdes [p], [t], [k]
ligaments qui forment les cordes vocales, dont secondaire (articulation labialisée [f, 3, w], etc.).
mit été voisées en [b], [d], [g], les occlusives
le rapprochement empêche le passage de l’air latinisation voisées ont été affaiblies en spirantes [p], [0],
L’articulation labiale est dite « bilabiale » si les
à travers le larynx, et dont la vibration produit 1 . La latinisation est la pénétration massive deux lèvres entrent en jeu, « labiodentale » si
d’emprunts latins dans une langue. F.n françnln,
M- une seule lèvre entre en jeu : il s’agit toujours
le bourdonnement laryngé indispensable à la La lénition doit son origine à la tendance
phonation, ou voix*. on distingue deux latinisations, la première, .ni dans ce cas de la lèvre inférieure, qui se
xuic et au xiv* siècle, intéresse en particuliei lu îles géminées à se simplifier : en s’affaiblissant, rapproche des incisives supérieures, comme
latent vocabulaire philosophique, abstrait, la secoiuli elles exercent une pression sur leurs partenaires pour le [f] et le [v] français. L’intervention des
1 . Un phonème latent est. un phonème qui au xvi' siècle, intéresse les vocabulaires siien Intervocaliques simples, qui se sonorisent, exer ièvres qui se protractent a pour effet de
n’apparaît pas dans la chaîne parlée, mais dont tifiqueet juridique, en particulier. Ces emprunlil çant ainsi à leur tour une pression sur leurs prolonger la cavité buccale et d’aggraver, par
on est obligé d’invoquer la présence dans le directs au latin se font parallèlement à l’évu partenaires voisés qui deviennent des spi- bémolisation, l’influence de ce résonateur sur
système de la langue pour expliquer certains liintes : le son laryngé.
lution populaire des mots latins : il se u n
phénomènes ; ainsi, le phonème dit « h aspiré » alors de nombreux doublets*.
disparu en français, bloque encore la liaison à 2. La latinisation est aussi le fait d’adopti'i
l’initiale de certains mots, comme héros, haricot, l’alphabet latin pour transcrire une langue
Iexèm e
etc.
laudatif I,t: Iexème est l’unité de base du lexique, dans une opposition lexique / vocabulaire,
2 . En sociolinguistique, conflit latent, v. c o n f l i t
On qualifie de lauilatij un terme affecte ilnu où le lexique est mis en rapport avec la langue et le vocabulaire avec la parole. Selon
UNGutsnauH.
sens évoquant l’idée de « beau, bon », ili ' les théories, cependant, le Iexème sera assimilé au morphème ( = morphème lexical)
latérale valeur morale », etc. Ainsi, les mots beauir ,m OU à l’unité de signification (souvent supérieure au m ot). Plus souvent, on cherchera
Une consonne latérale est une consonne occlusive honnête, succès ont un contenu laudatif. il distinguer le morphème grammatical et le morphème lexical par des dénominations
pour l’articulation de laquelle le contact entre
l'articulateur inférieur {le plus souvent la laxité dilfcrentes. A. M artinet propose le terme de mott'eme pour désigner l’unité significative
langue) et l’articulateur supérieur (dents ou La laxité -est la caractéristique des phoiii'inr* île première articulation ; il suggère ensuite de distinguer lexèmes et morphèmes, le
palais) ne se fait qu’au milieu du chenal buccal, lâches", par opposition à la tension ; rllr ni [Iexème « trouvant sa place dans le lexique » et le morphème « apparaissant dans la
l’air s’écoulant librement d’un côté (unilatérale) manifeste par une faible déviation de l'iippnii il |«lam m aire ». L’unité travaillons se divisera ainsi en deux, un Iexème travailI- et un
lexical
morphème -ons. D ’autres préfèrent opposer les lexèmes, appartenant à des inventaires
illimités et ouverts (les radicaux ne peuvent être énumérés, et de nouveaux radicaux
peuvent apparaître), et les grammèmes, morphèmes grammaticaux, appartenant à des
inventaires fermés et limités. En français, les lexèmes sont dépendants, c'est-à-dire
que leur actualisation nécessite le recours aux grammèmes. Les grammèmes, eux,
peuvent être dépendants (les divers affixes) ou indépendants [le, très, pour, et, etc.). Le
lexème est pourvu d’un contenu sémique (ensemble de ses sèmes) ou sémème.
D ’une manière générale, l’emploi du terme « lexème » permet d’éviter une ambiguïté
du terme « m ot ». Il est embarrassant d’avoir à dire que chantant est une forme du
m ot chanter, com m e l’exige la grammaire traditionnelle. Le terme « m ot » servant, en
un sens beaucoup plus concret, dans une opposition m ot / vocable (en linguistique
quantitative), la linguistique moderne a recours au terme de lexème pour indiquer une
unité abstraite. O n peut ainsi observer une opposition à trois termes : m ot phonique
ou graphique vs m ot grammatical vs lexème. A ce titre,, le m ot phonique ou graphique
(segment) marche représente plusieurs formes flexionnelles (m ots grammaticaux : 1"
et 3e personne du singulier de l’indicatif présent, 2 ' personne de l’impératif, 1”' et
3e personne du singulier du subjonctif présent) d’un lexème inarch-. Il représente aussi
l’une des formes flexionnelles du lexème marche (substantif).
lexical (cham p)
Dans la terminologie la plus courante, le champ lexical n ’est pas clairement distingue
du champ sémantique : il s’agit, dans les deux cas, de l’aire de signification couverte
par un m ot ou un groupe de mots. Une fois distingué le champ conceptuel (aire des
concepts couverte par un m o t ou un groupe de m ots ; par exemple, le champ
conceptuel des relations de parenté), le champ lexical peut se définir :
a) soit com m e le champ lexical d'un terme du vocabulaire : il s’agit des diverses acceptions
du terme, si l’on part d ’un traitem ent polysémique du m ot (par exemple, établissement
du champ lexical de fer avec toutes les acceptions du m ot) ou des divers emplois
d’un sens unique du m ot, en cas de traitem ent hom onym ique (par exemple, dans
une étude de fer = métal brut, établissement du champ lexical de cette acception
dans un corpus com prenant : ce minerai est riche en fer, le fer s'oxyde, le fer est solide, le
fer fond, etc.,, où malgré l’identité globale du sémantisme, les différences d’emploi
sont fortes) ;
b) soit com me le champ lexical d'un groupe de termes : il s’agit d’établir les liens eniir
une série de termes du vocabulaire, par exemple les verbes présentant la caractéristique
com m une d’inclure dans leur sémantisme une relation du type / A possède B /. ( r
champ lexical comprendra prêter, louer1 ( = donner en location), donner, etc., mais non
emprunter, voler, louer2 ( = prendre en location), par exemple.
Toutefois, le champ lexical peut aussi se différencier du champ sémantique 11
s’établir sur d’autres considérations. En reprenant la distinction précédente entie
terme isolé et groupe de termes, on remarquera : (1) la possibilité pour le terme isolé
de posséder un champ dérivationnel qui lui soit propre. Ainsi raffiner possède ileim
champs dérivationnels distincts, dégageant deux hom onym es raffiner. Raffiner' (qui'l
qu’un) aura pour nominalisation raffinement ; raffiner2 (du pétrole, du sucre) aura puni
nom inalisation raffinage ; les dérivés raffineur, raffinerie, d’autre part, ne c o r r e s p o n d i s mi
qu’à raffiner2 ; (2) la possibilité qu’a un champ lexical de se constituer en usant ill »
termes du vocabulaire général com m e opérateurs dérivationnels détournés de Uni
valeur habituelle. Un champ lexical de la parenté peut s’établir sur la considération
276 |
lexicalisation
I luite de l'usage des opérateurs grand, petit, arrière (pour noter les générations) et des
■ opérateurs beau, belle (pour marquer la non-consanguinité) : sur la base lexicale père,
■ mire, fils, fille, on établira ainsi le champ lexical com portant arrière-grand-père, beau-père,
V jlnmd-mère, belle-mère, petit-fils, etc.
f On note une tendance à spécialiser les termes de champ lexical et champ sémantique.
I Dans cet esprit, le terme de champ lexical est réservé à l’ensemble des mots désignant
B | ts aspects divers d’une technique, d’une relation, d’une idée, etc. : on a ainsi un
i l champ lexical des relations de parenté orienté par un certain nombre de dimensions
I Mructurelles, variables selon les langues (génération, latéralité, sexe, âge relatif, etc.).
H / : champ sémantique est alors réservé à la notation de l’ensemble des distributions
7 il'tine unité_ de signification dans lesquelles cette unité possède un sémantisme
■ ip écifiq u e. A ce titre, grève a deux champs sémantiques, grève1 pour les distributions
WU$ ouvriers sont en grève, Briser la grève, etc., et grève2 pour les distributions II se promène
wi ta grève, La grève est battue par les flots, etc.
lexicalisation
I U lexicalisation est le processus par lequel une suite de morphèmes (un syntagme)
I devient une unité lexicale. C ’est un processus de « dégrammaticalisation », un procès
i|in favorise le lexique aux dépens de la grammaire. Les termes d’un syntagme peuvent
■Ainsi devenir inanalysables du point de vue de l'usage linguistique quotidien : tout à
I /di/ n'est pas senti com m e trois unités et ne diffère pas, dans son com portement, de
WtOmplètement.
lin ce sens, il y a des degrés de lexicalisation : se mettre à fuir n’est guère lexicalisé,
E llo r s que prendre la fuite l’est davantage, par le sens très vague du verbe prendre ;
■ I 1enfuir est plus lexicalisé que le précédent. Le procès de lexicalisation peut être mené
■ U üqu'à son terme (exemple : à mon corps défendant), mais il arrive que la locution qui
B durait pu se trouver lexicalisée engendre une nouvelle forme grammaticale : par
B x e m p le , les ablatifs absolus latins pendente pugna, pendente somno, loin de donner des
impressions figées, lexicalisées, ont abouti à une nouvelle forme grammaticale, la
■ proposition pendant.
F Si l’on prend l’exemple des catégories du genre et du nombre, on s’aperçoit du carac-
Irm systématique de l’exploitation par la langue du procès de lexicalisation. Dans le domai-
J lu- du nombre, la marque de pluralité ayant tendance à se porter sur le déterminant et le
■Vrrbe en code oral (Les enfants sont gentils = [lez - oefa - so - 3 0 t-ti], soit [+ - + - ] ) ,
H t caractère secondaire pris par l’opposition singulier/pluriel dans les substantifs et adjectifs
HiW/ vs yeux = [œj] vs [jo], amical vs amicaux, etc.) permet une exploitation sémantique
^particulière des noms pluriels et singuliers. A côté d’une opposition conforme au
■ fonctionnement actuel de la langue (L'émail fabriqué par cette firme est résistant, Les émails
B l briqués par cette firme sont résistants), le cas marqué de l’ancien système (pluriel) a subi le
Btoocessus de lexicalisation (conservation de la forme avec glissement sémantique) : les
J M iUX signifie « les ouvrages émaillés ».
I l .i lexicalisation d’un terme reposant sur un cas marqué peut aller jusqu’à provoquer
■ l réfection d’un cas non-marqué dans le cadre du système actuel : l’opposition matériel
H|k matériaux, perdue, entraîne conjointement une normalisation matériel vs matériels et la
■ Ii’hh nlisadon de matériaux, puis un nouveau paradigme matériau vs matériaux.
I te s conditions de la lexicalisation dans le domaine du genre ne sont pas identiques.
B lu n s la catégorie des animés personnes, les possibilités sont limitées, puisque
Su p p o sitio n de genre est exploitée pour noter le sexe. Plus souvent, l’opposition
lexicaliste
lexicographie
1. La lexicographie est la technique de confection des dictionnaires et l’analynf
linguistique de cette technique. Le lexicographe désigne à la fois le linguiste étudiiinl
la lexicographie et le rédacteur d’un dictionnaire, dit aussi dictionnairiste. O n distin|,;ui
ainsi la science de la lexicographie et la pratique lexicographique et, de la même
façon, le linguiste lexicographe et l’auteur de dictionnaire.
La pratique lexicographique est fort ancienne : les premiers témoignages écrit:, i pu
nous possédions sont des glossaires et des nomenclatures. Toutefois, les prémuni
dictionnaires qui visent à une relative exhaustivité sont postérieurs à l’invention ili
l’imprimerie. En France, le x v f siècle est témoin d’une intense activité lexicograp!ii<|t(i
(dictionnaires de Robert et Henri Estienne), et le xv.ue, entre autres dictiomi.mmi
importants, voit paraître les dictionnaires de Richelet, de Furetière, de l’Acadciulti
française. Le xviu* siècle est marqué par l’édition des Trévoux et de \’Encyclopédie, dit
D'Alembert et Diderot. La seconde m oitié du XIXe siècle voit naître, à côté d'un j'.i.md
nom bre de dictionnaires (par Bescherelle, Dupiney de Vorrepierre, etc.), deux ouvi ,uv«
notables : le D ictionnaire de langue d’É. Littré et le premier D ictionnaire e n c y c lo p é d ie
de P. Larousse.
2 . Une typologie des dictionnaires doit tenir compte des perspectives très div< .......
des auteurs de dictionnaires.
- Le dictionnaire encyclopédique, ou l’encyclopédie alphabétique dans la lignée de >i lli
de Diderot, vise à apporter à l'usager un bilan des connaissances humaines .1 mu
époque. Depuis P. Larousse, les dictionnaires encyclopédiques envisagent essetilirlli
ment un rapport entre le signifié et l'expérience du monde.
A
lexicographie
280
île fer dans passe-moi le fer ( = « sac de minerai » ; fer à friser, à repasser ; fer à cheval ;
■ « talonnette », etc.) seront à trouver sous T'entrée générale fer. Dans le second type,
les entrées seront plus nombreuses, et les mots seront désambiguïsés : fer sera à
i hercher sous des rubriques différentes selon le contexte (ici technologique).
| l.cs définitions
1 l.e postulat de base de toute définition, dans la pratique lexicographique, est qu'il y
KO au moins une expression (mot, syntagme ou toute forme de paraphrase) sémanti
quement équivalente à l’unité étudiée. O n remarquera le problème que pose ce
■ p ostu lat, en observant que généralement les définitions de dictionnaire décrivent la
■ réa lité concrète désignée, et non le statut linguistique du m ot : l'entrée pomme nous
Q apprendra beaucoup sur l’objet botanique concret qu’est la pomme, beaucoup moins
sur le fonctionnem ent linguistique du terme.
| On a mis cette carence sur le com pte de l’absence d'une métalangue distincte de
■ la langue-objet. N otons toutefois qu’il existe des opérateurs métalinguistiques propres
t nu dictionnaire (ex. : action de, fait de, etc.). La considération de la forme d’un
I énoncé n'est, en effet, pas suffisante pour que nous puissions décider s’il constitue
une paraphrase qui donne la définition : on rapprochera : (1) Une balustrade est un
I ornement architectural auquel on peut s'accouder et (2) Un livre est un témoin historique auquel
c# peut se référer. Pour constituer une définition, il faut certes que la phrase soit une
I paraphrase du morphème considéré, mais il faut aussi qu’elle soit la seule définition
■ o p tim ale (cas de 1, non de 2). Cette remarque indique la nécessité du recours à des
I critères clairs de définition.
| Enfin, la présence d'exemples constitue un autre type de paraphrase possible du
■ mot-entrée. O n remarque que pour certaines catégories grammaticales (verbes, adjectifs,
■ prépositions), les exemples sont généralement de portée syntaxique (com m ent l'unité
■ fonctionne-t-elle dans la langue ?) alors que pour les substantifs les exemples sont
■ généralem ent à tendance culturelle. Le postulat implicite est que les premières
■ ta tég o ries invoquées seraient relationnelles, alors que le nom serait une unité en soi,
■ mais en fait les substantifs ont aussi des valeurs relationnelles, quand ils sont analysés
I en hyperonymes et hyponymes (ou superordonnés).
lexicologie
1 Li lexicologie est l’étude du lexique, du vocabulaire d’une langue, dans ses relations
■ftvcc les autres com posants de la langue, phonologique et surtout syntaxique, et avec
■li-s facteurs sociaux, culturels et psychologiques. La lexicologie, conçue com me étude
fccien tifiq u e des structures du lexique, est une discipline récente. Si le terme apparaît
■bour la première fois (com m e d'ailleurs celui de lexicographie) dans YEncyclopédie en
■ 1 7 6 5 , les domaines des deux disciplines se distinguent mal et les deux mots sont
fco u v en t considérés com me synonymes. C 'est dans le cadre de l'enseignem ent de
H , de Saussure que la lexicologie acquiert son autonomie. Critiquant la conception
■ l e la langue identifiée à une nomenclature, Saussure affirme que le sens d’un m ot
| ï« l purement négatif puisque le m ot est engagé dans un système de rapports et que
seule réalité signifiante provient des limitations que lui impose l’existence de ce
■ y stè m e : le m ot est considéré com m e participant à une structure (le lexique) qu’il
H a u t étudier dans le cadre des rapports syntagmatiques et paradigmatiques. Cependant,
B'iipplication des modèles structuraux fournis par la phonologie et la syntaxe a posé
■ l i e s problèmes difficiles étant donné l’immense com plexité des relations lexicales,
lexique
1. Référé à la lexicographie, le m ot lexique peut évoquer deux types d’ouvrages im
livre com prenant la liste des termes utilisés par un auteur, par une science ou p u
une technique, ou bien un dictionnaire bilingue réduit à la mise en parallèli tli
unités lexicales des deux langues confrontées. A ce titre, lexique s’oppose à dictionihiiiil,
2 . Com m e terme linguistique général, le m ot lexique désigne l’ensemble des imllfl»
formant le vocabulaire, la langue d’une com munauté, d’une activité humaine, diili
locuteur, etc. À ce titre, lexique entre dans divers systèmes d’opposition selon la FaI'HI
dont est envisagé le concept.
La statistique lexicale oppose lexique et vocabulaire ; le terme de lexique est alors
réservé à la langue, le terme de vocabulaire au discours. Les unités du lexique sont les
It'xèmes, pendant que les unités du discours sont les vocables et les mots (le m ot
désignant toute occurrence d’un vocable quelconque). Le vocabulaire d’un texte, d’un
in o n cé quelconque de la performance n’est dès lors qu’un échantillon du lexique du
locuteur ou, selon la perspective adoptée, du lexique de la communauté linguistique.
I.a considération de l'énoncé ne saurait déterminer le lexique source et ne peut pas
fournir plus que des indications sur le lexique.
A l’intérieur de cette opposition lexique vs vocabulaire, on pourra successivement
envisager le lexique à divers points de vue. Le lexique envisagé est celui d'un locuteur
(dans le cas où le texte émane d’une source locutionnaire unique, ou dans le cas où
Ile corpus est constitué par regroupement des actes de parole isolés d’un locuteur
unique). Si considérable soit-il, le corpus constitué ne peut fournir qu'un vocabulaire
et ne saurait rendre com pte du lexique (potentialités lexicales, ou com pétence) du
locuteur. Le lexique envisagé est celui de plusieurs interlocuteurs : on définira le
■Vocabulaire du groupe considéré com m e l’ensemble des unités repérées dans le corpus.
Le lexique, en revanche, pose un problème : de la considération des performances
dus locuteurs A, B, ... N, on ne peut conclure à l'identité de la com pétence (lexique) ;
lelon le point de vue, la description lexicale aboutira alors à un lexique fondamental
(intersection des divers ensembles que sont le vocabulaire de A, de B, ... de N) ou,
|flu contraire, à un « trésor » (réunion des divers ensembles).
Le passage du vocabulaire au lexique demande en particulier que soit prise en
rompte la possession, par le locuteur-auditeur, d'un vocabulaire passif : tout locuteur
possède en fait une double com pétence lexicale. En effet, de nombreux lexèmes sont
lompris sans être jamais réalisés ; la considération de la situation suffira à faire
comprendre ce cas : certains mots, couram m ent enregistrés et correctem ent décodés
par le locuteur (par exemple, à la radio, dans les journaux), peuvent n'avoir chez le
locuteur aucune probabilité d'em ploi actif. En outre, il faut tenir compte, dans la
description d’un lexique, de la relation entre syntaxe et sémantique ; certains lexèmes
luisant appel à une règle de formation constante (nominalisation, par exemple) et à
un radical banal peuvent n'avoir jamais donné lieu à une performance du locuteur-
auditeur ; ils n 'en sont pas moins disponibles et doivent figurer, au m oins au titre
des potentialités offertes par les règles et le stock des bases lexicales, dans la description
de la com pétence lexicale du locuteur-auditeur.
B. La grammaire générative considère le lexique com m e un des éléments de la
tomposante de base de la grammaire. La com posante de base (engendrant la structure
profonde) comprend la com posante catégorielle et le lexique. La composante
catégorielle représente les règles de réécriture aboutissant à un indicateur syntagma-
llque, pendant que le lexique spécifie les propriétés syntaxiques, sémantiques et
phonologiques de chaque unité lexicale. Les unités lexicales ainsi définies seront
Appliquées à l’indicateur syntagmatique selon les règles d'insertion lexicale. La difficulté
('prouvée par la grammaire générative à préciser la place de la sémantique dans la
théorie linguistique amène toutefois des incertitudes terminologiques ; pour
M. Chomsky, l'unité lexicale est définie par trois ensembles de traits : syntaxiques,
«rinantiques et phonologiques ; c'est donc un symbole complexe ; pour J. Katz, le
lexique ne com porte que les traits syntaxiques et phonologiques, alors que la
n imposante sémantique de la grammaire comprend un dictionnaire (présentant le
Unis des unités sous forme de traits sémantiques, de différenciateurs sémantiques et
liaison
linguistique
cursive, soit le caractère qui joint plusieurs des éléments linguistiques paraissent se che
lettres (comme oe, a ). vaucher, comme les morphèmes et les traits
limite d'intonation, on peut toujours obtenir une
On appelle limites les frontières" linguistiques représentation linéaire, conforme à l’hypothèse
de toutes sortes qui séparent des aires à langues d’une succession linéaire des événements lin
ou dialectes différents ou des aires se différen guistiques. Ainsi, les phonèmes et les mor
ciant par deux traits distincts correspondant à phèmes d’intonation, d’accent et de hauteur
un seul critère. sont simultanés aux morphèmes lexicaux et
grammaticaux : on peut soit ordonner les
linéaire phonèmes et morphèmes prosodiques (ou
1. On dit d’une écriture syllabique qu elle est suprasegmentaux) avant ou après les phonèmes
linéaire quand elle est orientée selon des lignes (ou morphèmes) impliqués, soit représenter un
horizontales, tracé qui a remplacé les signes- énoncé comme la résultante de deux suites
Images de l’écriture idéographique. parallèles, l'une segmentale (les morphèmes),
2. Les noms de linéaire A et de linéaire B ont l’autre suprasegraentale (l'intonation). Cette
été donnés à deux écritures linéaires de l'Anti- conception de la chaîne parlée comme une
quité. Le linéaire A fut utilisé en Crète aux suite ordonnée de segments qui a été analysée
| XVII' et XVIe siècles av. J.-C. ; il notait une comme une grammaire à états finis, relevant
langue inconnue et n’a pas été déchiffré. Le des chaînes de Markov, n’est pas suffisante
linéaire B est attesté entre le xv1 et le xn' siècle pour rendre compte de certains phénomènes
av. J.-C. par un grand nombre de tablettes comme les constituants discontinus, l’ambi
d’argile trouvées à Knossos, à Pylos et à guïté, etc.
Mycènes ; il a été déchiffré en 1953 par lingua franca
M. Ventris et J. Chadwick. C’est un système On donne le nom de lingua franca au sabir
syllabique comprenant environ 90 signes : il parlé jusqu’au XIXe siècle dans les ports médi
servait à noter la forme la plus anciennement terranéens. Il est à base d’italien central et
connue du grec, le mycénien.
comprend divers élém ents des langues
linéarité romanes. On appelle aussi lingua franca toute
lin linguistique structurale et distributionnelle. langue composite du même type.
la linéarité est une des propriétés fondamentales lingual
du langage. Les énoncés sont des suites d'élé Une consonne linguale est une consonne dont
ments discrets ordonnés de façon linéaire. l’articulation comporte l'intervention de la
Chaque morphème est une suite de phonèmes, langue, comme [t], ou [k], ou [r], etc., par
chaque phrase est une suite de morphèmes, opposition aux consonnes qui n’utilisent pas
chaque discours une suite de phrases. Lorsque la langue, comme les labiales.
linguistique
On s’accorde généralement à reconnaître que le statut de la linguistique com m e étude
scientifique du langage est assuré par la publication en 1916 du Cours de linguistique
générale de F. de Saussure.
I,. Cependant, si nous considérons la période antérieure, nous constatons que, depuis
l’Antiquité, les hom m es se sont penchés sur le langage et ont réuni une somme
il'observations et d’explications considérables. L’héritage est énorme - pensons à
Cette analyse de la langue que représente l’écriture, modèle de la double articulation
du langage.
Dès l'Antiquité, trois soucis principaux apparaissent qui donnent naissance à trois
mutes d ’études. Le souci religieux d’une interprétation correcte des textes anciens,
textes révélés ou dépositaires des rites (les Veda, les textes homériques) m et en
évidence l’évolution de la langue et, en se laïcisant, donne naissance à la philologie.
I a valorisation du texte ancien, sacré ou respectable, fait de toute évolution une
corruption et développe une résistance au changement. D ’où l'apparition d’une
linguistique
liquide littéral
On donne souvent le nom de liquides, d’un On qualifie de littéral un état de langue rcptA
terme hérité des grammairiens de ['Antiquité, sente par des textes écrits et maintenu daim
à une classe de consonnes qui combinent une une communauté linguistique comme langui
occlusion et une ouverture du chenal buccal, de culture, par opposition à la langue p. uIci',
de manière simultanée comme les latérales, ou ou langue vulgaire. Ainsi, Yarabe littéral, n||l
de manière successive comme les vibrantes. littéraire, ou classique, ou coranique, s'oppntll
Elles sont caractérisées par un degré de sonorité à l’arabe parlé, ou dialectal, ou moderne.
proche de celui des voyelles et, de fait, leur
Littré (F.mile), philosophe et lexicogr.iplti
spectre acoustique présente les caractéristiques
français (Paris 1801 -id. 1881). Il étudia d’almtil
vocaliques, avec une structure de formants
la médecine, puis les langues anciennes il
assez nette. Acoustiquement, les liquides sont
l’arabe. Disciple indépendant d’A. Comte, qu il
à la fois consonantiques et vocaliques. La
refusait de suivre dans la partie politique el
distinction entre les deux types de liquides est
mystique de son système, il s’employa i\l
peu fréquente et instable. Peu de langues, en
diffuser les idées du Cours de philosophie pv.iiiw
dehors du monde occidental, distinguent [r] et
par ses ouvrages et par la fondation en Idfi/
[1]. Les grandes langues de l'Extrême-Orient, le
de la Revue de philosophie positive. Son (vuvm
chinois, le japonais, par exemple, l'ignorent. Il
principale reste son Dictionnaire de la lnni'jir
n'y a dans ces langues qu’un seul phonème
française (1863-1873).
liquide, réalisé comme vibrant ou comme
latéral, suivant le contexte. C’est, selon local
R. Jakobson, une des dernières distinctions que Fonctions locales, v co n crètes ( f o n c t io n s ).
les enfants acquièrent. On retrouve cette ins
tabilité de la distinction entre les deux types
locatif
1. Par opposition au « directionnel », on appcll*
de liquides en phonétique diachronique,
locatif un cas utilisé dans des langues flexionmiltH
puisque le développement de Fibéro-roman et
exprimant le déroulement dans un lieu du proi M j
celui de l’italique m ontrent de nom breux
du verbe (ex. : On construit beaucoup à PnrM
exemples de confusion [r] - [I], Certains parlers
Dans certaines langues, le locatif se tro tiv r
espagnols d’Amérique les ont même
distingué en inessif*, abessif* et adessif*.
confondues rapidement, sous l’influence des
2. Le terme de locatif a été étendu à l’enseinlil»
langues indigènes au contact desquelles ils se
des compléments de lieu, compléments ilil
trouvent.
phrase et compléments de verbe. On appfllfl
lisibilité verbes locatifs les verbes suivis normaleim'hl
Pour mesurer l’intercompréhension d’énoncés d’un complément de lieu (// vient à Paris, Il
écrits entre des locuteurs de parlers différents, enfonce un clou dans le mur).
on utilise la notion de lisibilité en lui donnant
une acception plus restreinte.
locus
F.n phonétique acoustique, le locus est la /ima
La lisibilité d’un texte se mesure par compa
de fréquence du spectre d’une consonne vOFt
raison avec d’autres textes selon des méthodes
laquelle se dirigent les transitions des fonn.inU
utilisées en analyse de contenu : on prend un
des voyelles adjacentes (le locus des transition!
seul sujet (ou un groupe de sujets) considéré
du second formant peut constituer un imlliH
comme homogène (lecteur invariant) ; on lui
perceptif du lieu d’articulation de la consoimi i
(leur) propose de restituer, dans les textes, des
Chaque consonne apporte dans le :.p<>lu)
mots qu’on a supprimés. Les textes dans
de la voyelle contiguë des modification!! i|U|
lesquels le nombre de mots restitués sans
correspondent au changement graduel 11> lu
faute sera le plus élevé seront les plus lisi
forme des différents résonateurs lors du |u nnt||||
bles.
de la consonne à la voyelle ou de la voyelli A
litote la consonne. Ces inflexions de formant , "il
La litote est une figure de rhétorique consistant transitions’ , convergent vers un même point,
à se servir d’une expression qui affaiblit la le locus, qui permet l'identificalinn iliH
pensée, afin de faire entendre plus qu’on ne consonnes, et en particulier des occlusives U
dit : dans le Ciil de Corneille, les mots « Va, ie direction vers laquelle pointent Its f<>>n mi iU
ne te liais point », que Chimène dit à Rodrigue, est plus importante, à cet égard, puni U
forment une litote. perception des distinctions linguistique!
>S S
long
289
Markov
292
V
marque
marque
i En phonologie, on appelle marque une particularité phonique dont l’existence ou
[1# non-existence dans une unité donnée suffit à l’opposer aux autres unités de même
[Hature de la même langue. En français, le phonème /b/ s'oppose au phonèm e /p/ par
Ia présence dans son articulation de la vibration des cordes vocales ou voisement.
On dit que l’unité /b/ est positive ou marquée, tandis que l'unité /p/ est négative ou
lion-marquée. En position de neutralisation, c'est la forme non-marquée qui réalise
p'nrchiphonème* : ainsi, en allemand, en russe, l’opposition entre /t/ et /d/ est
Beutralisée à la finale, et la forme qui apparaît dans cette position est la forme non-
ïfoisée /T/, qui est l’archiphonème. Il en est de même en italien, où l'opposition de
Boisement/s/ v s /z/ est neutralisée à l'initiale au profit de la forme non-voisée/S/. La
loi me non-marquée a donc une distribution plus large que la forme marquée.
I Une marque phonologique est appelée marque de corrélation* quand elle permet
■l'opposer respectivement les termes de plusieurs paires minimales : le voisement en
Imnçais permet d’opposer les séries marquées /b d g v 2 / aux séries non-marquées
p l k f s/, la nasalité vocalique permet d’opposer les séries marquées /à. o, ê , d e/
lu x séries non-marquées /a, d, e, i/, etc.
293
marque
294
masquage
mesurer les degrés de passage d'une forme de langue, employée par un premier
locuteur, dans le discours d’un second locuteur opérant la reformulation* des énoncés
ilu premier. Les exemples les plus typiques de marques orales ou écrites de rejet sont
des formules com m e ce qu'il appelle, prétendu, soi-disant, etc. ; les guillemets sont la
marque la plus connue, essentiellement écrite, mais transcrivant parfois une intonation
Spécifique, (v . m o d a j.i s a t i o n .)
195
masque
de langue le ferait classer comme appartenant l'air et à une articulation moins complexe. I m
à un groupe sociopolitique auquel il appartient bilabiales [p], [b], [p], dont l’articulation ne
effectivement, évite de l'employer. comporte que l’obstacle des lèvres, sont main
masque par rapport aux labiodentales [f] et [v] corrrn
pondantes (stridentes), qui emploient l’obsta» lu
On appelle effet de masque, en acoustique., le
phénomène par lequel certains sons en sub supplémentaire des dents. Les dentales [0], [il|
mergent ou en masquent d'autres dans des et les palatales non sifflantes et non chuin
conditions données (le bruit de la rue, par tantes, les vélaires proprement dites [k], (ni,
exemple, couvre le son d’une conversation [y] sont des consonnes mates, à la différcmn
particulière et la rend inaudible). Le son qui des labiopalatales, des Iabiovélaires, des uvil
domine l’autre est appelé composante masquante, laires, des sifflantes, des chuintantes.
celui qui est dominé est appelé composante Du point de vue de la perception, les son»
masquée. L’intensité pour laquelle la compo mats sont moins audibles que les sons strident)
correspondants, puisque leur intensité t-ni
sante masquante est juste audible en excluant
la composante masquée est appelée seuil de moins forte. L’occlusive optimale est donc
masque. L’intensité pour laquelle la composante mate, tandis que la fricative optimale ml
masquée, prise isolément, est juste audible est stridente. De fait, dans beaucoup de langue»,
appelée seuil absolu. en français par exemple, l’opposition entre Ii
L’effet de masque peut être mesuré en occlusives et les fricatives se double d’une
décibels par le rapport entre le seuil de masque opposition mat vs strident. Les occlusive»
(p. b, t, d. k, g] sont mates, les fricatives f, v,
et le seuil absolu. Les effets de masque varient
donc suivant l’intensité des deux composantes, s, z, J, 3. h ] sont stridentes. Cependant, l'anal,il»
mais aussi suivant leur fréquence. Aux inten oppose des fricatives mates [0], [8] aux occln
sités modérées, les sons tendent à mieux sives mates [t], [d] et aux fricatives stridente*
masquer les sons de fréquence voisine que les [s], [z] correspondantes. Le portugais oppose .1
l’intervocalique des fricatives mates [p, <S, y|
sons de fréquence éloignée. Si les sons de basse
fréquence masquent efficacement les sons de (dues à une spirantisation des occlusives homni
haute fréquence, de leur côté les sons de haute ganiques [b. d, g]) aux fricatives stridente»
fréquence réussissent beaucoup mieux à mas [v. z, 3]'
quer ceux de basse fréquence. maternel
massif, massique On appelle langue maternelle la première langui
On appelle massifs ou (plus rarement) massiques apprise par un sujet parlant (celle dont il ml
le locuteur" natif) au contact de l'environne
les noms non-comptables indiquant une
matière, une substance fragmentable le plus ment familial immédiat.
souvent. Ainsi le blé, ie sucre, la roche, etc. En matière
français, ils sont précédés soit du défini géné 1. En linguistique, la matière est le mateil.iu
rique soit du partitif (planter du blé, mettre du physique dans lequel est composée la subslaiti 1
sucre dans le café, exploiter de la roche calcaire) ; et à qui est imposée une forme particulière qui,
lorsque ces termes sont au pluriel ou précédés donne à cette substance son identité et m
de l’indéfini un, ils sont issus de phrases sous- permanence ; par exemple, la matière peu! 1lu
jacentes comme plusieurs sortes de blé (des blés phonique ou graphique.
tendre et dur), plusieurs morceaux de sucre (mettre 2. L. Hjelmslev appelle matière la réalite ::eniiiii
deux sucres dans la tasse), etc. Le concept de tique ou phonique considérée indépendant
non-comptable” est plus étendu que celui de ment de toute utilisation linguistique.
massif, puisqu’il englobe les noms uniques 3. On appelle compléments de matière les complt
comme le Soleil, la Terre, etc. ments circonstanciels ou les complément' ilil
mat nom introduits par en ou de et indiquant lu
Un phonème mat, ou phonème à bords lisses, est matière dont quelque chose est fait (ex 11M
un phonème dont ie spectre acoustique est table de marbre).
caractérisé par une diffusion de l’énergie plus matrice
faible, mais plus régulière et plus uniforme que 1 . On appelle matrice un arrangement oui' •iiita
celle des phonèmes stridents correspondants. d’un ensemble d’éléments.
Cet aspect acoustique correspond, du point de 2. En grammaire générative, la phrase ilhllth?
vue articulatoire, à une moindre turbulence de ou suite matrice, est une suite P, dans lm|iivlli
mélioratif
une autre suite P2 vient s'enchâsser au cours théories de la médiation jouent un rôle impor
d’une opération d’enchâssement. La notion de tant dans les théories linguistiques béhaviou-
phrase matrice correspond à celle de proposi ristes, comme chez L. Bloomfield.
tion principale, compte tenu du fait que la
matrice peut elle-même ensuite devenir une
médiodorsal
phrase enchâssée dans une autre proposition Une consonne médiodorsale est une consonne
(v . e n c h â s s e m e n t ) . Dans la phrase composée
réalisée avec une élévation du milieu du dos
m i bien aimé le cadeau que w m'avais fait, la de la langue, le plus souvent au niveau du
palais dur, dans la région médiopalatale. La
phrase J'ai bien aimé le cadetw est la matrice.
Dans la phrase J'ai regardé à la télévision le film iatérale et la nasale palatales [à] et [n] sont en
que mes parents que j'ai vus avant-hier m'ont général réalisées comme des médiodorsales.
i conseillé, la phrase Mes parents m'ont conseillé ce médiopalatal
film est la matrice de la phrase enchâssée que Une consonne médiopalatale est une consonne
j'ai vus et elle est elle-même la phrase enchâssée réalisée au niveau du milieu du palais dur
de la matrice J'ai regardé à la télévision le comme [?„] et [p]. Le [k] français devant [a]
est également réalisé comme une médiopa
r
matronyme latale, par un rapprochement du point d’arti
On appelle matronyme un nom de famille formé culation dû à l'assimilation de la voyelle
sur le nom de la mère. suivante.
mécanisme médiopassif
La grammaire peut, dans certaines théories On appelle médiopassif la voix moyenne ou le
linguistiques, être considérée comme un méca déponent* dans le système verbal.
nisme fini capable de générer un ensemble infini
Meillet (Antoine), linguiste français (Moulins
de phrases grammaticales auxquelles elle asso
1866-ChâteaumeilIant 1936). Formé dans la
cie automatiquement une description structu
tradition de la grammaire comparée, il suit
relle. (v . ANALYSE STRUCTURELLE.)
également l’enseignement de F. de Saussure, à
médial qui il succède à 1 Ecole des hautes études, et
Dans certains alphabets, on appelle médiale la celui de M. Bréal, en remplacement duquel il
forme de la lettre qui est employée dans le est élu au Collège de France (1906). Ses travaux
cours des mots, par opposition à l’initiale et à intègrent à la méthode comparative des néo-
la finale. grammairiens les notions de diachronie et d’état
médian de langue. Il a par ailleurs subi l’influence du
IJn phonème médian est un phonème dont le sociologue É. Durkheim, d'où son insistance
lieu d’articulation se situe à l’intérieur et non sur l’aspect social des faits linguistiques (« l’his
à la périphérie de la cavité buccale. Il s’agit toire de la langue est commandée par des faits
des articulations palatales et dentales [t, d. p], de civilisation »). [V. Bibliographie.]
par opposition aux articulations labiales et méiose
vélaires [p, b, k, g] définies de ce point de vue En rhétorique, la méiose est une hyperbole*
comme périphériques. visant à déprécier l’adversaire.
Au plan acoustique, la réduction du réso
nateur buccal et son aspect compartimenté mélange de langues
entraînent une concentration de l’énergie dans Dans les situations de bilinguisme, l'apparition
les hautes fréquences du spectre ; les phonèmes dans le même mot d'éléments appartenant à
médians sont donc aigus, par opposition à la deux langues différentes est un code-mixing, ou
lonalité grave des phonèmes périphériques. mélange de langues.
médiation mélioratif
llntre le stimulus initial (objet, propriétés de On qualifie de mélioratif un terme dont le sens
l’objet) et la réponse verbale qui se trouve à comporte un trait connotatif présentant l’idée
la fin d’une chaîne d’actions, il y a des chaînons ou l’objet désigné sous un aspect favorable.
Intermédiaires qui sont à la fois les réponses Ainsi, les adjectifs grand et petit peuvent être,
Aux stimuli qui les précèdent et à leur tour des dans certaines de leurs acceptions, le premier
tilimuli pour les chaînons qui suivent (stimulus. un mélioratif (un grand homme), le second un
> réponse ... stimulusj -» réponse). Les péjoratif (un petit esprit).
297
mélodie
m essage
Dans le schéma de la com m unication*, le message désigne une séquence de signaux
qui correspond à des règles de com binaison précises et qu'un émetteur transmet ,i
un récepteur par l'intermédiaire d’un canal qui sert de support physique à la
transmission. La signification du message n'est pas alors considérée comme un
élém ent pertinent : ce qui est transmis, c ’est une forme et non un sens. Cette forme
varie selon la nature du système de com munication et du code* qui sert à transmetlie
le message : vibrations sonores, lumières, mouvements, impulsions mécaniques du
électriques, etc. Cette forme étant codée, la signification du message est dégagée loin
de l’opération du décodage : le récepteur-destinataire, machine ou être humain,
« recherche en mémoire » les éléments du code qui ont été sélectionnés poui la
transcription du message à transmettre en une forme codée qui est la fornu
transmissible du message. R. Jakobson, parlant de la com m unication linguistique,
précise que cette opération du décodage va du son au sens.
La transmission du message établit un rapport social (l'inform ation, l'interrogation
ou l’ordre) ; cette inform ation, cette interrogation ou cet ordre constituent la substam r
du message que l’ém etteur essaie de transmettre en se servant d’un signal ou d ’mn
séquence de signaux. La forme du message est le support de cette information, .li
cette interrogation ou de cet ordre, c ’est-à-dire de la substance du message. La mlm
en forme de la substance du message s’appelle le codage. Il arrive souvent qu’apn «
l’identification de cette forme, ou décodage, par le récepteur, le message reçoive uni
nouvelle forme dans un nouveau code ou soit recodé dans sa forme primitive muni
le message graphique codé en morse (forme mécanique), transmis par impulsmiiii
électriques et retranscrit (ou recodé) graphiquement après décodage de la forme ili
transmission par impulsions électriques.
message
S
l impression d'une certaine émotion, vraie ou feinte. La fonction expressive colore
n o u s nos propos à tous les degrés ; les éléments expressifs du message (intonation,
^Interjection. etc.) transmettent une information au même titre que l’aspect cognitif
1 du langage.
1
! i) La fonction conative trouve son expression grammaticale plus particulièrement
ilnns le vocatif et l'impératif. Cette troisième forme d’information, transmise par un
■message conatif, est orientée vers le destinataire.
Aux trois derniers facteurs constitutifs de la communication verbale correspondent
Btl'ois fonctions linguistiques.
■ j I) La fonction phatique est assumée par des messages qui servent à établir, prolonger
* nu interrompre la communication, à vérifier si le circuit fonctionne («Allô, vous
ni'on tendez ? — Eh bien, vous m’écoutez », etc.).
message
3 00
métaphore
301
m&taplasme
3 02
micromélodie
deux termes ou notions étant liés par une nome donnée (Lea, 1972). Les recherches sont
relation de cause à effet (la récolle peut désigner menées sur les logatomes", soit isolés, soit
le produit de la cueillette et non pas seulement dans un environnement syntaxique, mais il
l'action de cueillir elle-même), par une relation n’est pas prouvé que ces variations aient un
de matière à objet ou de contenant à contenu comportement identique dans les logatomes
(boire un verre), par une relation de la partie au et dans la parole continue. Il est possible qu'il
tout (une voile à l'horizon). La métonymie est entre dans la parole continue des procédés de
devenue un terme de linguistique avec les compensation destinés à éviter toute interfé
analyses de R. Jakobson. Elle manifeste un rence entre le niveau intonatif et le niveau
rapport de contiguïté, par opposition à la intrinsèque.
métaphore", qui manifeste un rapport de simi Les recherches ont permis de constater que
larité ; elle est un important facteur de création les variations de F intrinsèque sont très impor
lexicale. tantes dans certains contextes. La fréquence
.
microcontexte fondamentale intrinsèque des voyelles est
Le microcontexte désigne le contexte immédiat modifiée par le degré d'aperture, la nasalité et,
du mot envisagé, c'est-à-dire le mot qui précède surtout, le voisement. Quelle que soit la langue
et le mot qui suit, par opposition au macrocon- étudiée, les voyelles hautes comme /i/ et /u/
texte, qui désigne un environnement plus large correspondent aux valeurs les plus élevées de
(par exemple la phrase, le paragraphe, le dis la fréquence fondamentale F . L’écart de F0
cours). entre une voyelle haute (fermée) et une voyelle
basse (ouverte) peut excéder les limites d’un
microglossaire niveau intonatif (Di Cristo, 1982). La valeur
On appelle microglossaire un dictionnaire stric moyenne du F intrinsèque de /u/ est légère
tement limité aux mots et aux significations ment supérieure à celle de /i/, cette différence
nécessaires pour traduire des textes appartenant est de l’ordre de 1. à 4 p. 100 inférieur au seuil
à des domaines particuliers, scientifiques ou différentiel de la fréquence fondamentale. Les
techniques. voyelles nasales ont un F intrinsèque sensi
micromélodie blement plus élevé que celui des voyelles orales
l.e terme de micromélodie désigne l’ensemble correspondantes.
des effets exercés sur la mélodie, c’est-à-dire la La fréquence fondamentale F e s t plus élevée
fréquence* et l'intensité" du fondamental' F , dans un entourage voisé que dans un entourage
par les unités segmentales (voyelles et non-voisé : la différence peut être de 10 hertz
consonnes) qui constituent le signal de la parole en anglo-américain (Lea, 1972).
et par leur concaténation. Au-delà des diffé Un facteur négligé est celui du lieu d’arti
rences d’un individu à l’autre en fonction de culation : le trait + coronal entraîne un abais
.variables comme l’âge, le sexe ou le débit de sement de 7 p. 100, le trait - coronal, une
parole, les caractéristiques intrinsèques liées au élévation symétrique.
lieu et au mode d’articulation des phonèmes Si le voisement entraîne des différences
et à leur coarticulation ont pour résultat de perceptibles, les différences entraînées par les
créer, dans la réalisation linguistique, un certain autres modes de réalisation consonantique sont
nombre de distorsions qui sont communes à extrêmement faibles et le plus souvent non
H'ensemble des sujets parlants et font partie significatives.
îles universaux du langage. En reconnaissance En ce qui concerne les caractéristiques micro
(utomatique de la parole fondée sur la variation mélodiques des consonnes, on a observé les
tic la fréquence du fondamental, l’ordinateur faits suivants. A l’initiale, les occlusives voisées
Détecte des frontières de constituants qui n’ont non continues débutent à une fréquence infé
(iiicune relation avec la structure syntaxique. rieure de 10 à 20 Hz à celle de la voyelle
Ces erreurs de détection sont souvent dues aux suivante. A la finale, on observe pour les
v.uiatdons microprosodiques et plus particuliè occlusives voisées continues aussi bien que
rement aux variations abruptes causées par pour les non-continues une chute de 15 à
l'influence des consonnes sur les voyelles adja 20 Hz. Les nasales s'intégrent bien dans le
centes ; il a donc été nécessaire, en préalable continuum mélodique quoiqu'une légère chute
1 l’étude de l’intonation et de la prosodie, de 5 à 10 p. 100 puisse parfois les caractériser.
l'e n tre p re n d re l’étude exhaustive de ces carac- Les voyelles exercent une pression puissante
Hiiistiques dans le cadre d’une analyse auto sur les consonnes appartenant au même noyau
microsegment
syllabique de sorte que les caractéristiques deuxième degré de fermeture est utilisé pho
mélodiques de la première sont transmises à nologiquement dans les langues qui présentent
la seconde, malgré les multiples contraintes deux degrés d’aperture intermédiaire, comme
dont celle-ci est l'objet. L’anticipation proso le français ([e], [o], [o]) ou l'italien ([c], [o)),
dique de la voyelle sur la consonne constitue etc.
un critère acoustique nouveau de la segmen
mimique
tation syllabique., phénomène mis en évidence
On désigne du nom de mimique le langage pal
par les travaux de Di Cristo. gestes et attitudes du visage.
Certains auteurs estiment que les perturba
tions apportées par les consonnes postvoca- minimal
liques sont loin d’être négligeables. Halle et 1. Le terme minimal se dit de tout élément qui
Stevens émettent l’hypothèse que les effets des représente le plus petit segment existant à un
consonnes postvocaiiques devraient être iden niveau donné de l'analyse linguistique.
tiques à ceux occasionnés par les consonnes 2 . La paire et la série minimale sont, en linginn
prévocaliques. Les voyelles seraient affectées tique fonctionnelle, l’ensemble de deux ou
d’une configuration convexe dans un environ plusieurs mots ayant un sens différent et dont
nement voisé, concave dans un environnement le signifiant ne se distingue que par un seul
non-voisé phonème (ex. : pain [pè] et bain [bs]). La
Les causes de ces variations ont été définies constitution de paires et de séries minimaleii
dans le cadre de plusieurs théories : la théorie permet, par l'opération de commutation, dp
dynamogénétique de Taylor (1933, Ladefoged, mettre en évidence les traits distinctifs de»
1967), la théorie de l’attraction linguale (Lade phonèmes et de dégager le système phonolo
foged 1964, Lehiste 1967), la théorie aérody gique d'une langue.
namique de Mohr, la théorie du couplage minoré
acoustique entre la source et le conduit vocal. Une langue est minorée quand elle a un staim
microsegment inférieur à la langue officielle.
En linguistique distributionnelle, le microsegment minoritaire
est une partie d’un macrosegment (ou phrase) 1. Une langue est dite minoritaire quanti, dann
isolée par un phénomène de joncture (il cor une étendue donnée, elle est moins parli ■
respond grossièrement à un mot ou à un qu’une autre, dite majoritaire.
morphème, selon le cas). 2. Une langue est dite également mmoriltwt
microprosodie quand elle est le fait d’une minorité nationale,
Syn. de m ic r o m éio d ie . c’est-à-dire d’une communauté qui n’a pa:; pu
faire triompher son droit à l’indépendance nu
microstructure au moins à l’autonomie culturelle.
On donne le nom de microstructures à certains
sous-systèmes qui, à l'intérieur d'une structure minuscule
plus large, présentent des régularités spécifiques Les lettres minuscules sont de petites lettre:,, |mi
et une organisation qui leur assurent une opposition aux majuscules, ou capitales.
relative autonomie de fonctionnement. Ainsi, mi-occlusive
les noms de parenté constituent une micro- Les affriquées* sont dites aussi mi-occlusin \un il
structure formée, en français, d'unités linguis qu’elles sont occlusives pendant le délml <U
tiques en nombre fini, déterminées sémanti leur réalisation. Même à ce moment-là, l'un lu
quement par les rapports qu’elles entretiennent sion n’est d’ailleurs jamais aussi complète i|tlt
entre elles et par rapport à un « moi » (ego) pour les véritables occlusives : ainsi, dann Irl
imaginaire, et morphologiquement par un sys réalisation des séquences Its, dz, tj. d;i| iIm
tème particulier de morphèmes (grand et petit mots italiens zio, zappa, cena, giro, l’attaqui eiil
dans grand-mère, petit-fils, etc.). moins occlusive qu’elle ne l'est pour l.i li.illf
microsystème sation des phonèmes rLt, d],
En linguistique, syn. de m icro stru ctur e .
mi-ouvert
mi-fermé Une voyelle mi-ouverte est une voyelle peiu Ih
Une voyelle mi-fermée est une voyelle réalisée réalisation de laquelle la langue est aiiaii.mJ
avec la langue élevée vers le palais sans être sans l’être autant que pour la réalisation ili1
aussi haute que pour une voyelle fermée. Le [a]. Les voyelles mi-ouvertes apparaissent drilll
\
modalité
les langues qui ont deux degrés d’aperture l’énoncé : dans le cas de distance maximale,
intermédiaire, comme le français ([s], [œ], [o]) le sujet considère son énoncé comme partie
ou l'italien ([r.], [o]). intégrante d’un monde distinct de lui-même ;
mixte la distance minimale est le fait de l’énoncé
totalement assumé par le locuteur.
1. On qualifie de mixtes des langues artificielles
— Le concept de transparence étudie la pré
ou naturelles empruntant certains traits à une
sence ou l’effacement du sujet d’énonciation :
langue et certains autres traits à d’autres. Ainsi,
le discours pédagogique (livre scolaire) aura
les créoles peuvent avoir été au départ des
une transparence maximale, la poésie lyrique
langues mixtes de syntaxe africaine et de
une opacité maximale.
vocabulaire européen. Les sabirs, les pidgins
— Le concept de tension enregistre les rap
peuvent être aussi des langues mixtes.
ports entre beuteur et interlocuteur par le
2. Un son mixte est un son intermédiaire entre
moyen du texte : être et avoir marqueront la
deux sons définis : les voyelles moyennes*, par
tension minimale, les auxiliaires vouloir, pouvoir,
exemple [e, e , o , o ] , sont dites aussi parfois
etc., la tension maximale.
voyelles mixtes.
Le concept de modalisation sert à l’analyse
modal des moyens utilisés pour traduire le procès
1. On appelle modaux, ou aiLxiliaires modaux, la d énonciation. L’adhésion du locuteur à son
classe des auxiliaires du verbe qui expriment discours est ressentie par l’interlocuteur tantôt
les modalités logiques (contingent vs nécessaire, comme soulignée, tantôt allant de soi, tantôt
probable vs possible) : le sujet considère l’action en baisse ; la tension rend compte de l’oppo
exprimée par le verbe comme possible, néces sition entre l'orateur qui agit sur son public et
saire, comme une conséquence logique ou celui qui « ignore son public ». La modalisation
comme le résultat d’une décision, etc. En permet de rendre compte de la perception par
français, les auxiliaires modaux sont pouvoir et i’interlocuteur du fait que l’orateur croit, tient
devoir, suivis de l’infinitif (Il peut pleuvoir demain. à ce qu’il dit. La modalisation de l’énoncé est
La mine doit sauter à 10 heures, si rien n'intervient donc du domaine du contenu : une ou plusieurs
entre-temps) ; en anglais, les auxiliaires modaux phrases, un « état » du discours sont ressentis
sont can, may, will, must (He couid corne). comme comportant un certain degré d’adhé
2. L. Tesnière appelle propositions modales les sion du sujet à son discours. Le paradoxe de
phrases qui, après une translation”, deviennent ['énonciation reste que les degrés continus de
des adverbes de manière. Ainsi comme il respire la modalisation se réalisent dans le discours
dans II ment comme il respire. par des éléments discrets. U. Weinreich exploite
ainsi les travaux de R. Jakobson sur les
modalisateur embrayeurs ; toutefois, le recours au modèle
On appelle modalisateursles moyens par lesquels génératif lui permet d’inclure dans les moda
un locuteur manifeste la manière dont il envi
lisateurs certains faits impliquant la considé
sage son propre énoncé ; par exemple, les ration des structures profondes : les transfor
adverbes peut-être, sans doute, les incises à ce que
mations peuvent être modalisatrices. Ainsi, à
ic crois, selon moi, etc., indiquent que l’énoncé côté d’adverbes modalisateurs {peut-être, bien
n'est pas entièrement assumé ou que l’assertion
sûr, etc.), du jeu des niveaux de langue (présence
est limitée à une certaine relation entre le sujet
inattendue d’un mot argotique dans un dis
et son discours, (v. m o d a u s à h o n .)
cours soutenu), certaines transformations
modalisation comme l’emphase, certaines constructions
I >ans la problématique de l’énonciation (acte comme l’insertion de l’énoncé rapporté consti
de production du texte par le sujet parlant), la tuent aussi des marques de la modalisation.
modalisation définit la marque donnée par le modalité
«ujet à son énoncé, c’est la composante du 1. Comme synonyme de mode*, la modalité
procès d’énonciation permettant d'estimer le définit le statut de la phrase : assertion, ordre
ilu’gré d’adhésion du locuteur à son énoncé. ou interrogation.
I.'évocation des différents concepts utilisés 2 . Chez Ch. Bally, dans une analyse logique
dans l’analyse de rénonciation permet de de la phrase, la modalité est une série d’éléments
mieux comprendre la notion de modalisation. qui indiquent que le dictum*, procès pur et
■ Le concept de distance envisage le rapport simple considéré comme débarrassé de toute
filtre sujet et monde par l’intermédiaire de intervention du sujet parlant, est jugé réalisé
.3 0 *
mode
ou non, désiré ou non, accepté avec joie ou non les deux ou les trois en même temps), l.es
regret, et cela par le sujet parlant ou par autres sont facultatifs : une phrase peut êtri
quelqu'un d’autre que le sujet parlant. passive ou active, emphatique ou neutre, néga
Toute phrase est donc caractérisée par une tive ou affirmative. Chaque constituant de
modalité apparente ou implicite. Les modes* modalité déclenche une transformation spéci
grammaticaux ne sont qu’un des moyens uti fique, c’est-à-dire un changement structurel
lisés pour exprimer la modalité ; celle-ci peut dans la phrase.
prendre la forme d’une incise ou d’une pro 4. A. Martinet appelle modalités les monèmes
position comme je crois, je crains que ; je me grammaticaux qui ne peuvent pas servir à
réjouis de ce que, etc. Les adverbes jouent aussi marquer la fonction : le monème de pluriel est
souvent ce rôle (peut-être, à mon avis, etc.). une modalité.
3. En grammaire générative, la modalité est, 5. On appelle modalités logiques les diverses
avec le noyau, un constituant immédiat de la manières d’envisager le prédicat de la phrase
phrase de base. Ce constituant de modalité comme vrai, contingent (ou nécessaire), pro
(Mod) représente les éléments obligatoires bable (ou possible). Les modalités de la contin
suivants : Déclaratif, Interrogatif, Exclamatif et gence (vs nécessité) ou de la probabilité (v.s
Impératif, et les éléments facultatifs : Emphase, possibilité) sont traduites par des auxiliaires de
Négatif (ou Affirmatif), Passif (ou Actif). Il mode ; la modalité du vrai est traduite par
définit donc le statut de la phrase : la phrase l’absence d'auxiliaire de mode et la seule
est interrogative, déclarative, exclamative, présence du temps. La modalité logique esi
impérative et facultativement emphatique, distincte de la modalisation (où le locuteur
négative ou passive ; ou bien, si deux éléments assume ou n’assume pas son énoncé qui peut
facultatifs (ou plus) sont combinés avec un comporter une modalité logique) ; ainsi les
élément obligatoire, la phrase est interro-néga- deux phrases : Le train doit arriver à cinq heures
tive, déclarative, passive et négative, etc. (Pierre et Le train devrait arriver à cinq heures ont toutes
n'est-il pas venu ?... Pierre n'a pas été blessé par deux la modalité « probable », mais la premiéri
cette remarque.) En effet, parmi ces éléments, les est assumée par le sujet parlant alors que la
uns sont obligatoires : une phrase ne peut être seconde ne l’est que partiellement ou ne l’est
que déclarative, interrogative ou impérative (et p a s . (v . MODAUSATION.)
mode
1. Le mode est une catégorie grammaticale associée en général au verbe et traduisant
le type de com m unication institué par le locuteur entre lui et son interlocuteur (statut
de la phrase) ou l’attitude du sujet parlant à l’égard de ses propres énoncés. Le mode
est alors confondu avec les valeurs modales, avec la modalisation.
D ans le premier cas, le mode, ou modalité, de la phrase s’exprime par l’opposition
entre a) l’assertion exprimée dans la phrase assertive, affirmative ou négative : l’anl
vient. Paul ne vient pas ; b) l’interrogation exprimée dans une phrase interrogativi
affirmative ou négative : Paul vient-il ? Paul ne vient-il pas ? Le mode de l’assertion cl
de l’interrogation est en français l’indicatif, nom donné au mode de base ; c) l’ortltr
ou le souhait (le désir) exprimé dans une phrase impérative ou optative, affirmative
ou négative. Le mode de l’ordre et du souhait est en français l’impératif ou lr
subjonctif : Paul, viens. Puisse Paul venir demain. Dans d’autres langues, l'ordre <-nl
exprimé par le mode impératif et le souhait par le mode optatif. Des phrases tic cil
type peuvent être directes (com m e ci-dessus) ou indirectes, dépendant de « je dln
que » pour l'assertion, de « je demande si » pour l’interrogation, de « je t'ordotms
de » pour l’impératif, de « je désire que ou je souhaite que » pour l’optatif, l u
français, le mode de l'assertion et de l'interrogation indirecte est l’indicatif (mai;., en
latin, le mode de l'interrogation indirecte est le subjonctif) et le mode de l'impôt.itll
et de l’optatif est le subjonctif : Je dis que Paul est venu / J e demande si Paul est venu t
J'ordonne tftte Paul vienne / Je souhaite cjtie Paul vienne.
206
modificateur
307
modification
coupée en est le modificateur. Si Ton considère base aussi bien lexicales que proprement mor
ensuite le syntagme l'oreille coupée, la tête de la phologiques.
construction est l'oreille et le modificateur est a) Monème autonome : si le rapport de l'unité
coupée. avec l’énoncé est simplement impliqué dans le
2. V. MODIFICATION, contenu sémantique de l’unité, le monème esi
dit autonome parce qu’il peut figurer en toute
modification
La grammaire traditionnelle et la linguistique position, moyennant quelques réserves. Ex.
structurale utilisent le terme de modification
Aujourd'hui c'est ta fête, C'est aujourd'hui ta fête
pour définir le rôle syntaxique des constituants
C'est ta fête aujourd'hui, où aujourd'hui a des
places variables. Il en va de même pour hier
du syntagme nominal autres que le nom
« tête » et ses déterminants, et celui des consti vite, souvent, etc.
tuants du syntagme verbal autres que le verbe, b) Monème fonctionnel .- la langue utilise des
son auxiliaire et le syntagme nominal objet. monèmes fonctionnels pour l’introduction
Ainsi, d’une part, l’adjectif épithète, le complé d’unités qui ne comportent pas en elles-mêmes,
ment du nom et la relative sont des modificateurs dans leur signification, leur rapport au reste de
du syntagme nominal et, d'autre parc, les l’énoncé. Le rapport à l'énoncé est alors spécifi<
adverbes de manière, les subordonnées et par un ou divers autres monèmes, dont c’est
là le rôle et qu’on appellera monèmes fonctionnels.
adjoints de temps, de lieu, etc., sont des
modificateurs du syntagme verbal. Ex. : depuis ta fête; depuis, monème fonctionnel,
spécifie le rôle de l’unité syntagmatique ta fête
modifier c) Monème dépendant : on appelle ainsi tout
Le terme modifier est utilisé, particulièrement monème ne comportant pas en soi l’indication
en grammaire traditionnelle, pour, définir la de sa fonction (cas du monème autonome) et
fonction de l’adverbe par rapport au verbe (Il n’ayant pas pour rôle d’indiquer la fonction
l'aime beaucoup) ou par rapport à l’adjectif (Il d’un autre monème (cas du monème fonction
est très fort). nel), c’est-à-dire l’immense majorité des
modiste monèmes de la langue.
Au Moyen Age, les modistes affirmaient l’au À cette liste essentielle des monèmes,
tonomie de l'expression (modus significandi) et A. Martinet ajoute :
de la grammaire par rapport à la logique. Selon - Les modalités, monèmes et syntagmes qui
leurs principes (qui seront remis en cause par actualisent, spécifient, complètent un monème
les grammairiens de Port-Royal, mais repris par dépendant. Ex. : articles et possessifs, comme
la linguistique moderne), une catégorie gram son dans soit chien, la dans la voiture.
maticale ne doit pas être définie par son signifié, - Les monèmes prédicatifs, qui ne pourraient
mais par le rapport qui existe entre ce signifié disparaître de l’énoncé sans détruire celui-ci en
et la manière dont on l’exprime. tant que tel. C’est l’élément autour duquel
modus s’organise la phrase. Le monème prédicalil
Le modus est l’attitude que le sujet parlant peut constituer la totalité de l’énoncé : niera,
manifeste vis-à-vis du contenu de ce qu’il dit, ici, sensationnel, etc.
ou dictum. monolingue
momentané Le terme monolingue s’applique à des individu»
Les consonnes momentanées, ou discontinues, ou des populations qui ne parlent qu'une seiili
sont les consonnes qui comportent une fer langue, par opposition à bilingue ou phiriliny.in'.
meture complète suivie d’une ouverture brus (Syn. UNH.INCUÏ.)
que du chenal buccal, comme les occlusives, monophonéma tique
les vibrantes, les affriquées [p, t, d, t], r], Une séquence phonique a une valeur monopltv
etc., par opposition aux consonnes continues. nématique et apparaît comme la réalisation d'un
monème phonème unique si, d’après les règles de 11
Dans la terminologie d’A. Martinet, le monème langue en question, elle est traitée comme un
est l’unité significative élémentaire. Ce peut phonème unique ou si la structure générale .lu
être un mot simple, un radical, un affixe, une système des phonèmes de cette langue evij*»
désinence. Par l’emploi du terme de monème, une telle valeur. Ainsi, en espagnol, la séquem f
l’auteur cherche à désambiguïser le terme de [tJ] que l’on entend dans mucho a une Viilem
morphème désignant les unités significatives de monophonématique parce qu’il n’est pan |•<>#
308
more
sible de la segmenter en deux phonèmes dis aux mots qui ont plusieurs sens (polysémiques).
tincts [t], [J], ce deuxième phonème n'existant La plupart des termes appartenant aux termi
pas en espagnol. En italien, la séquence fdj] nologies scientifiques n’ont qu’un sens : laryn-
doit être considérée comme monophonéma- gologie, appendicectomie, névralgie, etc.
tique pour les mêmes raisons, [3] n’existant
pas dans la langue.
monosyllabe, monosyllabique
1. Un mot monosyllabe est un mot formé d'une
monophtongaison syllabe : pain, roi, lait, etc.
On appelle mouopktoitgaisott le passage d’une 2 . Les langues monosyllabiques sont ainsi appelées
diphtongue ou d’une triphtongue à une mono- parce que les morphèmes lexicaux et gram
phtongue, comme la réduction en latin vulgaire, maticaux sont pour la plupart des mots d’une
de [œ] à [e] {/paettam/ -> /pcnam/« peine ») ; de seule syllabe (le chinois est considéré comme
[ac] à [e] (Æàeitim/ -* Ar.lum/ « ciel ») ; de [au] une langue monosyllabique mais possède aussi
à [o] l/aûrum/ —>/arum/ « or »). Le passage de des mots polysyllabiques).
l’ancien français au français moderne offre monotonique
aussi des exemples de monophtongaison : lait Les langues monotoniques sont celles où les tons
[1e] anciennement prononcé [lajlj, reine [ren] ne jouent pas de rôle distinctif au niveau des
anciennement prononcé [rejn]. morphèmes, par opposition aux langues à tons.
Le français est une langue monotonique.
monophtongue
Une monophtongue est une voyelle qui ne change monotonisation
pas sensiblement de timbre au cours de son La monotonisation est un aspect d’une technique
* émission, comme [s], [a], etc., par opposition des méthodes de synthèse du langage appelée
aux diphtongues [sj], [aw], aux tnphtongues*, « technique de perturbation » : elle consiste à
|etc. faire dire un texte, préalablement analysé, par
un synthétiseur du langage, mais en supprimant
monoréférentialité les cléments d’intonation, puis à le soumettre
La terminologie issue de la théorie d’E. Wuster à l’audition et au jugement d’un auditeur.
affirme la monoréférentialité du terme scientifique L’intelligibilité n’est guère changée, mais l’ac
ou technique ; c’est dire que, dans un domaine* centuation et toutes ies clauses de style verbal
étroitement défini, le terme ne désigne qu'une sont pratiquement détruites. Il s'agit de savoir
dasse d’objets, de qualités ou de procès : le dans quelle mesure le sujet reconstitue ces
réfèrent est unique, par l’intermédiaire de la éléments manquants et, par là, de comprendre
notion*, insérée dans un système notionnel*. le rôle que ceux-ci jouent dans la communi
1 Cette opinion sur le terme est très dépen cation.
dante de la polarisation de la terminologie sur
les nomenclatures (E. Wuster était ingénieur more
mécanicien), qui échappent à la problé Une more est l'unité prosodique inférieure à la
matique du signe linguistique quand elles syllabe, dont la durée est équivalente à une
ne sortent pas du cercle des spécialistes. Les brève. Dans les langues qui comptent les mores,
grandes taxinomies* telles que celle de la chimie la différenciation entre les deux unités proso
comportent elles aussi une intervention volon diques d’une même syllabe se fait parla hauteur
taire du scientifique sur le système. On a bien, de l’accent musical : il y a élévation du ton
dans ces cas, monoréférentialité. Mais ces sur la more culminante.
«ystèmes ne constituent pas, et de loin, l’es En lituanien, dans le mot lova [lo.ova] « lit »,
sentiel de la terminologie d’une discipline : la seule la première more de la première syllabe
grande masse des termes scientifiques et tech est aiguë ; dans lostas [.lo.ostas] « famille,
niques naissent et vivent hors d’un système race », c’est la seconde more de la première
tûxinomique ou d’une nomenclature. On est syllabe ; dans losejas f.loo.Je.ejas] « joueur »,
alors nécessairement dans la problématique du c’est la première more de la deuxième
ligne' linguistique, et la monoréférentialité n’est syllabe ; dans lovys [.loovi.is] « ange », c’est la
pii'j assurée. seconde more de la deuxième syllabe. Dans
chacun de ces mots, toutes les autres syllabes
monosémique sont graves.
Un morphème ou un mot sont monosémiques Le latin de l’époque classique était aussi une
BUand ils n’ont qu’un seul sens, par opposition langue à more : l’accent délimitant le mot
m
morphe
frappait toujours l’avant-dernière more avant par les trois morphes : ail-, v-, i-, respectivement
la dernière syllabe, c’est-à-dire soit l’avant- dans allons, vais, ira. (v.allomosphb et morfhêmi..)
dernière syllabe (pénultième) si celle-ci était morphématique
longue, soit l’antépénultième si celle-ci était On qualifie de morphématique ce qui est consti
brève. tué de morphèmes, ce qui relève du mor
morphe phème : le rang ou niveau morphématique, daim
Le morphe est la réalisation concrète du mor j'analyse structurale, est fait de la séquence
phème, sur le plan phonique et/ou graphique. des unités minimales de signification que sonl
En français, le morphème « aller » est réalisé les morphèmes.
morphème
1. Le terme de morphème désigne le plus petit élément significatif individualisé dans
un énoncé, que l ’on ne peut diviser en unités plus petites sans passer au niveau
phonologique. C ’est donc l'unité minimale porteuse de sens que l'on puisse
obtenir lors de la segmentation d'un énoncé sans atteindre le niveau phonologique
À ce titre, il s'oppose au phonème. On dira donc qu'un énoncé com me Les boxent'■
souffrent est com p osé, sur le plan graphique, de sept m orphèm es
le + s + box + eur + s + souffr + ent. O n distingue les morphèmes lexicaux et les moi
phèmes grammaticaux, les premiers appartenant à une liste ouverte (box-, souffr-) cl
les seconds à une liste fermée (le, -eur, -s, -ent).
Le rapport du morphème à la signification peut être direct ou indirect. Les
distributionnalistes notent la différence entre le sens ainsi postulé et le sens tel qu'il
est défini en sémantique ; par exemple de, dans se souvenir de, joue un rôle essentiellement
structurel et son sens ne peut être défini selon les critères de la sémantique.
Le morphème peut être défini com m e constituant immédiat du mot. L'interprétation
à donner de cette définition demande toutefois à être précisée. En effet, on pourr.i
demander que le morphème soit un segment identifiable du m ot ; les morphènu i,
seront déterminés par la segmentation. C ’est à ce titre qu'on parle du morphème itl
dans invalide, incapable, indigeste ; de même pour -eux dans malheureux, paresseux. D.uvt
cette optique, on dégage un morphème pluriel -s pour le français (morphème du c o d e
écrit) ; on note la présence de ce morphème dans tables, chaises, enfants ; mais quel
m orphème de pluriel dégager dans chevaux, jeux ? De même, com m ent rendre compte,
avec une telle théorie du morphème, du rapport entre Le livre du garçon et Le livre tL[
la fille, c ’est-à-dire du caractère complexe du segment du ? Aussi le morphème e-.i il
pour certains un constituant grammatical abstrait. Le rapport entre à et an eut
identique au rapport entre à et à la ; le rapport cheval / chevaux est identique .111
rapport table/ tables. Les morphèmes seront alors les éléments grammaticaux absti.nl 11
que le descripteur pourra rétablir dans au (deux morphèmes), du (deux morphème H) |
ces éléments abstraits n’auront donc pas toujours une représentation segment. 1I1
propre. Cette optique am ène à distinguer morphème et morphe : le morphe sei.i li
constituant immédiat isolable com m e segment dans l'énoncé, et donc représenl.ini
du morphème. I.’allomorphie sera la faculté pour un morphème unique d’être re.illm
par plusieurs morphes : on appellera allomorphes les diverses représentations segment .ili «
de ce morphème unique. Ainsi, le morphème/aller/ est-il réalisé en français p.u Imn
morphes (allomorphes) ail-, v-, i-.
O n distingue, en outre, morphème simple et morphème composé, morphème
segmentai et morphème suprasegmental, et on définit certaines unités com me m< n |il n
mes uniques. Le morphème composé résulte de la com position de deux ou de pkr.ieuiK
310
morphophonclogie
mot
1. En linguistique traditionnelle, le mot est un élém ent linguistique significatif compose
d’un ou de plusieurs phonèmes ; cette séquence est susceptible d’une transcription
écrite (idéogrammatique, syllabaire ou alphabétique) comprise entre deux blancs ;
dans ses divers emplois syntaxiques, elle garde sa forme, soit totalement, soit
partiellement (dans le cas de la flexion). Sur le plan sémantique, le m ot dénote un
objet (substantif), une action ou un état (verbe), une qualité (adjectif), une relation
(préposition), etc. C ’est cette définition qui est retenue en lexicographie. Une telle
définition rencontre diverses difficultés portant :
a) sur l'identité postulée entre graphisme et fonctionnem ent sémantique ;
b) sur le fait qu’un m ot possède, en général, non pas un seul sens, mais plusieurs ;
c) sur le fait que les mêmes notions, com m e la qualité ou l’action, peuvent être
marquées indifféremm ent par des mots de diverses natures grammaticales (pîii
exemple, pour la qualité, blanc et blancheur, pour l’action bondir et bond) ;
d) et, surtout sur le fait que cette définition ne peut rendre compte des expressif mm
figées ou des mots composés de plusieurs unités significatives qui ne sont pas réunit",
par des traits d'union dans l’écriture. On sera alors amené à parler à ’adverbes, d'adjc< til
de noms composés (en vain, rouge foncé, pomme de terre), sans com pter les sigles et leu
abréviations, qui constituent aussi une catégorie de « m ots ».
2 . En linguistique structurale, la notion de mot est souvent évitée en raison de ......
manque de rigueur.
a) Elle intervient encore dans une opposition terme vs mot. « Term e » désigne n l
l’emploi monosémique (possédant une signification unique) qui sera fait d'une unli•
lexicale dans telle ou telle science, soucieuse d’établir une correspondance univoqui
entre ses concepts et les termes de sa nomenclature (par exemple, rayon est un ternir
scientifique de physique, dans rayon X, rayon gamma, etc.). « M ot » désignera, cl.nw
cette opposition, l’unité lexicale du vocabulaire général, essentiellement polysémique
(susceptible de significations variées). Ex. : rayon dans chef de rayon, rayon de soleil, rm>
à rayons, etc.
b) O n retrouve également la notion de m ot dans une opposition mot vs vocable. Pour
la statistique lexicale, le m ot est l'unité de texte inscrite entre deux blancs graphiques.
Chaque nouvelle occurrence est un nouveau mot. Dans cette optique, le Cid com pte
16 690 mots, selon la norme de Ch. M uller ; il est indispensable au statisticien lexical
de se créer une unité de com pte, et la reconnaissance du m ot peut poser un problème.
Par exemple, faut-il com pter depuis que pour deux mots et dès lors que pour trois ?
Faut-il com pter de la gare pour trois m ots et du quai pour deux ? Si l’on optait pour
trois mots dans du quai ( = de le quai), faudrait-il trois mots aussi pour du Havre, qui
com mute pourtant avec de Paris ? On comprend la nécessité de décisions rigoureuses.
En face du m ot. unité de texte, le vocable sera l’unité de lexique. C ’est-à-dire que
tous les emplois du « même m ot » (singulier et pluriel, par exemple) seront alors
regroupés. O n dira alors que le Cid com pte 1 5 1 8 vocables. Mais la reconnaissance
de deux mots du texte com me vocables identiques peut poser problème. En reprenant
l’exemple donné plus haut, il est difficile de trancher si les m ots rayon dans chef de
rayon et dans roue à rayons seront considérés com m e le même vocable.
Le terme de mot, pour son manque de rigueur, est volontiers banni au profit de la
recherche d’unités significatives minimales, chaque linguiste ayant alors sa terminologie
propre : lexie, synapsie, lexème, unité significative, etc.
motivation motivé
1 . On appelle motivation l’ensemble des facteurs Selon F. de Saussure, la relation entre le
conscients ou semi-conscients qui conduisent signifiant et le signifié a un caractère non-
un individu ou un groupe à avoir un compor motivé. ou immotivé, parce qu’il n’y a eu
tement déterminé dans les actes de parole : aucune raison, au départ, pour faire corres
ainsi, on peut parler de motivation quand un pondre à un signifiant donné, /animal/ par
locuteur, pour réagir contre une mode ou ce exemple, un signifié donné (ici la notion d’ani
qu'il croit être une mode, évite systématique mal). En revanche, une fois la relation établie,
ment d’employer tel ou tel terme. les dérivés sont motivés par rapport à la base :
2. On appelle motivation la relation de nécessité ainsi, le choix fait par la langue latine de la
qu’un locuteur met entre un mot et son signifié chaîne de sons mare pour désigner la notion
(contenu) ou entre un mot et un autre signe. de « mer » n’était pas motivée, du moins au
Sauf en ce qui concerne les onomatopées, niveau du latin ; les dérivés français de la série
F. de Saussure a soutenu que le signe était marin, marine, marinier, marinière sont motivés
immotivé (qu’entre [arbr], par exemple, et la par rapport à la base mar- empruntée au latin,
notion d’arbre il n’y avait aucun rapport de et amerrir est motivé par rapport au français
nécessité). mer, amerrissage étant lui-même motivé par
É. Benveniste a contesté cette description en rapport à amerrir.
remarquant que le rapport entre signifiant et
signifié, loin d’être arbitraire, était nécessaire : mot-phrase
c’est en fait entre le signe (ensemble formé du On appelle mots-phrases ou phrasilions des unités
signifiant et du signifié) et le réfèrent (la qui ne se laissent pas analyser en unités
« chose », l'objet ou procès du monde exté significatives plus petites, mais qui jouent
rieur, de la réalité non linguistique) que le sémantiquement le même rôle qu’une phrase
rapport est arbitraire. entière. Parmi les mots-phrases, il faut ranger les
Dans la dérivation, on parlera de motivation interjections de la grammaire traditionnelle :
pour définir la relation entre le mot et le aïe ! à la bonne heure ! au secours !, mais aussi
dérivé : ainsi, vingtième est motivé par rapport voici, voilà qui sont des mots-phrases incomplets
,i vingt. Enfin, l’attraction paronymique (par exigeant l’adjonction d’autres éléments (voici
exemple, forcené, anciennement fors sené « hors Paul), et les mots-phrases aitaplioriqucs, qui tirent
île sens », rattaché à force) est fondée sur une leur sens des phrases avec lesquelles ils sont
l.\usse motivation. en connexion (Avez-vous vu Jean ? ■ Oui/non).
mot-portemanteau
En raison de la variété des idées et des senti le mathématicien poète L. Carroll qui, sous le
ments qu’ils sont susceptibles d'exprimer, les nom de motsportemanteaux, a plaisamment fan
mots-phrases se prêtent à une classification la théorie des mots-valises dans De l'autre côtc
sémantique qui distingue les phrasillons du miroir : Humpty-Dumpty explique certains
logiques (incomplets ou anaphoriques) des mots du « Jabber-wocky » ; par exemple, slithy
phrasillons affectifs auxquels participent les signifie à la fois little et slimy.
interjections de la grammaire traditionnelle.
mou
mot-portemanteau 1. Le terme de consonne molle est parfois
Syn. de m o t -v a l i s e . employé comme synonyme de consonne lâche ’
mot-racine 2 . Palais mou. v. p a l a is .
On appelle mot-racine, en le distinguant alors mouillé
de la racine' proprement dite, un dérivé ayant Une consonne mouillée est une consonne carat
une forme identique à celle du mot dont il térisée par rapport à son homorgane non
dérive, ou plus brève encore. Ex. : marcher —» mouillé par une élévation du dos de la langue
marche ; bondir -*■ bond. contre le palais dur, qui a pour effet de diminue!
Il semble opportun de préciser qu'il s'agit le volume de la cavité buccale et de conférer
d’un niveau terminal, celui du segment réalisé au son une coloration semblable à celle de i
dans l'énoncé (morphe) ; en effet, à un niveau ou de /. Ces consonnes ont une valeur pho
abstrait, tout rapproche le mot-racine du mot nologique dans les langues slaves et peuvent
formé par dérivation suffixale. Ch. Bally note être notées par différents signes diacritiques,
que le signe de transposition est, pour ainsi par exemple, le signe [’] : le russe oppose
dire, caché à l'intérieur du transposé. /mat’/ « mère » et /mat/ « échec ».
Les mots-racines répondent à un processus
de création d’unités lexicales beaucoup moins mouillure
rigoureux que les autres dérivés du français. 1. Syn. de p a l a t a l is a t io n , (v. m o u i l l é .)
En face de la régularité des paradigmes jardin, 2. La mouillure emphatique est un type particulier
jardinier, jardinage, outil, outiller, outillage, brigand, de mouillure ou palatalisation qui apparait
brigander, brigandage, etc., il est difficile d’indi dans certaines langues du Caucase oriental,
quer les règles de formation des mots-racines comme le tchétchène, le lakke, l’ingouche, etc.,
du français. Les féminins sont relativement et qui comporte une position particulière du
réguliers par rapport aux verbes : marche, gêne, larynx provoquant un bruit fricatif spécial,
estime ; mais les masculins revêtent les formes « enroué », qui s'étend aussi aux voyelles vol
les plus diverses : chant, tri, retour, gain, élan, sines.
etc. I. moyen (adj.)
Dans certaines langues, le système de varia 1. Le terme de moyen désigne un stade inter
tions vocaliques donne de l’unité à la médiaire dans l'évolution d'une langue entre
catégorie : en allemand, le rapport finden/Fund, un état dit ancien et un état dit moderne (Ii
singen / Sang, etc., permet le classement des moyen français est le français des xiV-xv' siècles),
substantifs en question dans une catégorie 2. En phonétique, une voyelle moyenne est uni
aisément repérable. En français, l’irrégularité voyelle produite avec le dos de la langui'
et l'imprévisibilité de la variation vocalique s'articulant vers le milieu de la voûte paladin
contribuent, au contraire, à faire passer le mot- à la limite du palais dur et du palais mou, |>.n
racine pour un mot simple, en masquant son opposition aux voyelles antérieures et .itix
caractère de dérivé (jouer/jeu, soigner/soin, etc.). voyelles postérieures : le timbre de ces voyelleii
Les mots-racines sont parfois désignés est donc intermédiaire entre celui des voyellen
comme déverbaux (au sens de « mots dérivés palatales et celui des voyelles vélaires I en
à partir des verbes »). voyelles de ce type peuvent être arrondies mi
mot-valise non-arrondies : l’anglais connaît une voyelle
Un mot-valise résulte de la réduction d’une suite moyenne mi-ouverte et non-arrondie (dans Ici
de mots à un seul mot qui ne conserve que la mots sir, girl, etc.), le norvégien connaît uni
partie initiale du premier mot et la partie finale voyelle moyenne fermée arrondie (dans le nml
du dernier : bit, dont une autre forme est binit, luis « maison »), le suédois connaît une voyelle
est un mot-valise pour binary digit ; franglais est moyenne mi-ouverte et arrondie (dans le imil
un mot-valise issu de français et anglais. C'est huiid « chien »). On peut aussi considère! la
multilinéaire
voyelle [o] du français, dite « e muet », comme garçon » [œptigarso], mais « une petite fille »
une voyelle moyenne, d'ouverture intermé [ynpstitftj]), le It dit « aspiré », qui ne se
diaire, non-arrondie. prononce pas, mais qui joue un rôle dans la
On désigne parfois aussi sous le nom de prononciation puisqu’il empêche les liaisons
voyelles moyennes les voyelles d'ouverture inter (on dit « un héros » [œ ero], mais « un éclair »
médiaire, surtout dans les systèmes phonolo [cëneklsr]).
giques qui ne connaissent que trois degrés
multidimensionnel
d’ouverture vocalique, comme l'espagnol, où
On qualifie de multidimensionnelle l’analyse de
[e] et [o] sont les voyelles moyennes.
la chaîne parlée quand celle-ci est considérée
3. En rhétorique, moyen se dit d'un style tem
comme une structure à deux dimensions. L’une
péré propre aux genres qui excluent la noblesse
des dimensions est celle des séquences de
des sentiments ; c’est le style de la satire et de
la comédie. phonèmes (objet de l’analyse phonologique) ;
4. Le complément de moyen est le complément l’autre est celle des séquences de traits proso
prépositionnel indiquant au moyen ou à l’aide diques, accents, tons, intonations, pauses (objet
de quoi une action est accomplie (ex. : il se de l’analyse prosodique), combinés aux pho
chauffe au gaz). nèmes, aux groupes de phonèmes, aux mots
ou aux phrases. L’analyse phonologique isolée
IL moyen (n.)
est unidimensionnelle. (v. u n c a i r i . )
Le moyen est une voix des verbes indo-euro
péens, qu’on retrouve notamment en sanskrit multilatéral
et en grec. 11 a une flexion spécifique par Une opposition multilatérale est une opposition
rapport à la flexion active et à la flexion passive, phonologique dont la base de comparaison est
et indique que le sujet de la phrase est à la commune non seulement aux deux termes de
fois l’agent et l'objet (ce qui correspond au l’opposition considérée, mais aussi à d'autres
pronominal français : Pierre se lave), ou que le termes du même système. Ainsi, en français
sujet est distinct de l’agent (ce qui correspond et en allemand, l'opposition /d/ - /b/ est
à l’intransitif français : La branche casse), ou multilatérale, les traits communs occlusif et
encore que le bénéficiaire de l’action est l’agent voisé se retrouvant aussi dans le phonème /g/.
lui-même (en français, le pronominal à double Dans tout système d’opposition, les opposi
complément : Pierre se lave les mains), [v. d f .p o tions multilatérales sont plus nombreuses que
R e n t.) les bilatérales : le système allemand possède
muet 20 consonnes, soit 190 oppositions possibles,
On appelle phonème muet un phonème qui est dont 13 bilatérales et toutes les autres multi
conservé dans l’écriture, mais qui n’est pas latérales, soit 93 p. 100 du système. Tout
prononcé, tout au moins dans certaines posi- phonème fait nécessairement partie d’une
lions ; ainsi le phonème [o] du français qui se opposition multilatérale, tandis que rares
maintient dans certains contextes pour éviter sont ceux qui font partie d’une opposition
un groupe difficile à prononcer (« un petit bilatérale.
m ultilinéaire (phonologie)
On appelle phonologie multilinéaire (ou non-linéaire ou plurilinéaire) les théories qui se
sont développées en alternative à une représentation phonologique unilinéaire, réduite
.i de simples séquences de phonèmes où manquent les éléments intonatifs et les
structures syllabiques. Ces théories correspondent à l’approche autosegmentale*.
métrique* et tridimensionnelle*. L’objectif est d’intégrer des éléments qui ne sont pas
a la taille des phonèmes, notam m ent les structures tonales pour les langues à tons,
mais aussi des éléments tels que la nasalité ou l’harmonie vocalique. La représentation
est à l’image d’une partition dont les différentes lignes sont indépendantes, chacune
ayant son développement spécifique, avec des correspondances et une synchronisation.
Le nombre d’éléments sur chaque ligne peut être différent. Si sur une ligne il y a
plus d’éléments que sur les autres lignes, ces éléments sont appelés éléments flottants
(floating tones, Clements et Keyser, 1983) ; on parle d’éléments vides quand sur une
multilinéaire
ligne il y a moins d’éléments que sur les autres. Une consonne flottante est une
consonne ambisyllabique, ou qui n’est pas liée à une syllabe, com m e le dernier t du
m ot petit en français (alors que dans petite, le t est associé à la dernière syllabe),
com m e le t de dont [do], dont acte [dotakt], le n de bon, le s de les, les roseaux, les
oiseaux [le rozo], [le zwazo]. Dans l’adjectif bon, le trait de nasalité affecte la voyelle
elle-même dans [bo], mais suscite l'apparition de l'élém ent consonantique dans les
syntagmes avec liaison bon ami, bon appétit [bonami], [bonapeti], etc.
o
C/ X V
P o ( i i d
Pour dont un ami, il est donné la représentation suivante
I
v C'
Dans le cadre multilinéaire. le h aspiré est conçu com me un élément consonne relié
à la structure syllabique mais sans lien avec la ligne segmentale où il n’y a pas do
correspondant, ainsi pour le m ot héros :
e r o
La théorie métrique (Lowenstamm, 1979) suppose que toute syllabe comporte uni’
Attaque (onset) facultative et une Rime, divisée elle-même en Noyau et une Codii
facultative. Dans ce cadre, les mots à h aspiré à voyelle initiale sont analysés comtm
des m ots ayant une attaque nulle, ce qui bloque l'application de la règle d’élision rl
de troncation valable dans les m ots à initiale vocalique sans h aspiré. Par exemple Ii
syntagmes la hausse et l'école se présentent ainsi :
g o o n o
I a 0 o s 1 a e k .i I
Dans la théorie métrique*, les m ots à It initial aspiré mais à semi-voyelle initiale ml
considérés com m e ayant une attaque nulle, ce qui les différencie des autres m ol’. <i
h initial aspiré : ainsi le m ot huit est traité com m e un m ot à initiale vocalique, poNiilnii
qui intègre les voyelles hautes dans la même classe majeure que les glides ( i vu.,,
-I- cons.), les opposant ainsi aux autres voyelles ( + voc. — cons.).
L’application à l'étude de la liaison de la théorie autosegmentale* associée .\ Ii
phonologie métrique* a permis la mise en évidence d’une liaison sans enchaînenn iil
multilinéaire
phones t o t
Tps millisec. 95 70 85 50 85
multilingue
nasal
Un phonème nasal, com me le [m] de maI ou le [o] de pont, est un phonème caractérisé
du point de vue articulatoire par l'écoulem ent d’une partie de l’air issu du larynx à
travers les fosses nasales, grâce à l’abaissem ent de la luette. Cette bifurcation de l’air
entraîne l'adjonction au résonateur buccal d’un résonateur supplémentaire. Du point
de vue acoustique, les phonèmes nasals s'opposent aux phonèmes oraux correspondants
par la réduction de l’intensité des formants, la diffusion de l'énergie sur de plus larges
bandes de fréquence et par l’introduction de formants additionnels : pour les voyelles,
un form ant situé entre le premier et le deuxième form ant ; pour les consonnes, deux
formants constants et nets situés environ, l’un à 200 c/s et l’autre à 2 500 c/s.
L’opposition entre consonnes orales et consonnes nasales est à peu près universelle :
certaines langues, cependant, l'ignorent, com m e le wichita. Toutes les classes de
localisation (labiale, dentale, palatale, vélaire) peuvent com porter une consonne nasale,
mats les nasales les plus fréquentes sont la nasale labiale [m] et surtout la dentale
[n]. Le français présente aussi une nasale palatale [p], com me dans agneau. L’anglais,
l’allemand présentent également une nasale vélaire [rj] que l'on entend à la fin des
mots song « chanson » et jung « jeune ». Les consonnes nasales sont en général
voisées : elles peuvent perdre ce trait au contact de phonèmes non-voisés, par
assimilation, com m e dans les terminaisons en -isme prononcées [ism] ou inversement
[izm] dans les m ots communisme, prisme, etc. Seules quelques langues de faible
rayonnement opposent des nasales voisées et des nasales non-voisées (com m e le
kuanyama, dans le Sud-Ouest africain, qui oppose [na] « avec » et [na] « calme »).
Les consonnes nasales sont des continues et des sonantes.
L’opposition entre les différentes nasales d'un même système phonologique peut
être neutralisée à la finale ou à l’intérieur du m ot devant une consonne (com m e en
grec ancien, en italien, en espagnol, en croate, en finnois, en japonais, etc.) ; le choix
du représentant de l'archiphonèm e est alors conditionné extérieurement par la nature
de la consonne suivante : en espagnol, les oppositions [m], [n] et [p], admises à
l’initiale, sont neutralisées à la finale, où la nasale est réalisée com me [m] devant
[p, b, m] (un beso), com m e [n] devant les dentales (un tonto), com m e [p] devant une
nasalisation
palatale (un llano), com m e [g] devant une vélaire (un gato). D e cette simplification il
résulte, dans quelques langues et dans certaines positions, un phonèm e nasal de
localisation indéterminée appelé nasale indéterminée, caractérisé uniquement par le
degré minimal d’obstacle (par exemple en chinois central, en tamoul).
L'opposition phonologique entre voyelles nasales et voyelles orales est très rare.
En Europe, toutes les langues l’ignorent, sauf le français et, partiellement, le polonais
et le portugais. Le français présente quatre voyelles nasales qui s'opposent aux quatre
voyelles orales correspondantes, bien que le point d’articulation ne soit pas en tous
points semblables ([ôtj, [à], [s], [œ] de an, on, pain, un). Les voyelles [s] et [<5e] tendent
à se confondre dans la langue parisienne, où l’on ne distingue plus brin et brun. Cette
confusion, qui n ’a pas d'équivalent pour les voyelles orales, s’explique par la subtilité
de la distinction de nasalité : celle-ci implique un affaiblissement de l'intensité de;;
autres form ants qui rend plus difficile la perception des différences de labialisation
et d’ouverture. De fait, la distinction entre les voyelles nasales et orales apparaît tard
dans le système phonologique de l'enfant français.
3 1 ,/
néologie
n é o lo g ie
La néologie est le processus de formation de nouvelles unités lexicales. Selon les
frontières qu'on veut assigner à la néologie, on se contentera de rendre compte des
m ots nouveaux, ou l’on englobera dans l'étude toutes les nouvelles unités de
signification (m ots nouveaux et nouvelles com binaisons ou expressions).
O n distingue néologie de forme et néologie de sens. Dans les deux cas, il s'agit de
dénoter une réalité nouvelle (nouvelle technique, nouveau concept, nouveaux realia’
de la com munauté linguistique concernée). La néologie de forme consiste à fabrique)
pour ce faire de nouvelles unités ; la néologie de sens consiste à employer un signifiant
existant déjà dans la langue considérée en lui conférant un contenu qu'il n ’avait pas
jusqu'alors — que ce contenu soit conceptuellem ent nouveau ou qu’il ait été jusque
là exprimé par un autre signifiant.
D e nom breux processus existant en langue perm ettent la néologie de forme : préfixation
et suffixation (minijupe, vietnamiser), troncation (une mini), siglaison [sida, pour
Syndrom e Immunodéficitaire Acquis), etc. O n peut penser que l'em prunt aux
langues étrangères est à assimiler au néologisme de forme. Souvent les processus se
cumulent : préfixe et trait d ’union (micro-onde), siglaison et suffixation ( cégétiste, formé
sur C.G .T.).
La néologie de sens semble pouvoir provenir d’origines diverses en discours : le
néologisme peut être le fruit d'une métaphore figée, passée en langue ; par exemple,
la fourchette (en matière de prévisions statistiques), un créneau (en organisation du
travail).
On sait la difficulté pour le français d'admettre les néologismes : le xvnc siècle ,t
contribué à figer les capacités du français en matière de néologie par des prescription:,
rigoureuses, mais souvent injustifiées (la concurrence des suffixes créait parfois ci)
m oyen français des possibilités jugées excessives de dérivation, chaque suffixe ne
parvenant pas à se spécialiser en un sens). Depuis, les progrès scientifiques, techniques,
culturels ont conduit à la nécessité d'une terminologie en continuel accroissement
L'intérêt gouvernemental pour la survie du français com m e langue scientifique et
technique entraîne une meilleure com préhension de la nécessité d’aider à la gestion
de la néologie. Avec du retard sur le Q uébec, pour qui l’arrêt du processun
d’américanisation de la langue a été une question essentielle, la France, encourage
par le concept de francophonie (ensemble des pays et des locuteurs francophones). •■<•
dote d’institutions qui on t entre autres pour fonction de canaliser la néolo^h,
nécessaire à l ’équipement des vocabulaires spécialisés. Ainsi, la Délégation générale .1
la langue française, rattachée aux services du Premier ministre et exécutant l<n
recomm andations du Conseil supérieur de la langue française, fait paraître un
Dictionnaire des néologismes officiels qui reprend les recomm andations des commissionn
de terminologie d'abord publiées au journal officiel.
neurolinguistique neutralisation
La neurolinguistique est la science qui traite des 1. On appelle neutralisation phonologique le fait
rapports entre les troubles du langage (apha que, dans certaines positions de ia chaîne
sies*) et les atteintes des structures cérébrales parlée, une opposition phonologique comme
qu’ils impliquent. L'hypothèse fondamentale [e] v s [e ] en français n’est plus pertinente. On
de la neurolinguistique est qu'il existe une distingue différents types de neutralisation
relation entre les formes de désorganisation suivant les conditions dans lesquelles elles se
verbale, qui peuvent être décrites selon les réalisent. La neutralisation assimilative est une
divers modèles linguistiques (distributionnel ou neutralisation déterminée par l’assimilation à
structural, transformationnel et génératif), et un phonème contextuel, ou conditionnée par
les types pathologiques établis par le neuro le contexte : par exemple, la neutralisation des
logue sur la base de la localisation de la lésion consonnes nasales en espagnol, en italien, etc.
responsable et des aires corticales atteintes. U neutralisation conditionnée par la structure
est celle qui se produit indépendamment des
neutralisable phonèmes environnants et dans des positions
Une opposition phonologique neutralisable est une
déterminées du mot : par exemple, à la fron
opposition bilatérale susceptible de ne pas tière initiale et/ou finale (neutralisation centri
fonctionner dans certaines positions de la
fuge comme l’opposition voisé vs non-voisé en
chaîne parlée. Ainsi, en français, l’opposition russe). La neutralisation dissimilative est celle
[e] vs [e] fonctionne en position de syllabe qui se réalise lorsque les deux phonèmes en
finale ouverte (ré / raie ; lé / lait ; allez / allait) ; opposition se dissimilent par rapport au trait
dans les autres contextes, en syllabe fermée distinctif d’un phonème contextuel : l'opposi
(finale ou intérieure), ver, perdant, il y a auto tion aspiré vs non-aspiré en grec est neutralisée
matiquement réalisation par [r.] : en syllabe lorsqu’apparaît dans le mot, sans suivre immé
ouverte intérieure, maison, pécheur, pécheur, il y diatement, une consonne aspirée. La neutrali
a en général réalisation libre du [e], du [e] ou sation réductive est la neutralisation d’une
plutôt d’un son intermédiaire (l’opposition [c] opposition phonologique en toutes positions
vs [s] de pécheur - pêcheur n’ayant plus qu’une autres que la position accentuée : ainsi, en
valeur normative). Il y a donc réalisation de russe, les oppositions [e] vs [i], [o] vs [a], en
l’archiphonème* dans toutes les positions italien, les oppositions [0] vs [n], [e] vs [k] sont
autres qu’en finale ouverte : l’archiphonème neutralisées en position inaccentuée. La neu
est représenté par un terme de l’opposition en tralisation progressive est celle qui se produit
syllabe fermée, par l’un ou l’autre (ou par une avant quelque chose, la neutralisation régres
réalisation intermédiaire) en syllabe ouverte sive celle qui se produit après quelque chose.
intérieure. Dans les positions de neutralisation, 2. Le concept de neutralisation a été également
l’archiphonème s’oppose, par les traits appliqué au domaine syntaxique (par ex. dans
communs aux deux termes de l’opposition (ici, leur [Je leur parle], il y a neutralisation de
voyelle palatale intermédiaire), à tous les autres l'opposition masculin vs féminin manifestée
phonèmes du système. Or, cette base commune dans ils vs elles), ainsi qu'au domaine lexical
n’existe que si l’opposition est bilatérale. C’est (notion d'archilexème").
pourquoi une opposition neutralisable est neutre
nécessairement bilatérale, bien que toutes les 1. Le neutre est un genre* grammatical qui,
oppositions bilatérales ne soient pas nécessai dans une classification en trois genres, s'oppose
rement neutralisables. Une opposition non au masculin et au féminin. Le neutre représente
neutralisable est une opposition constante, souvent, mais non constamment, le terme
comme en français l’opposition [i] vs [a], ou « non-animé » dans le genre naturel, lorsque
[p] vs [b]. En allemand et en russe, l'opposition celui-ci repose sur l’opposition entre les animés,
de voisement [t] vs [d] est neutralisée à la personnes et animaux, d’une part (classés en
finale, le représentant de l’archiphonème étant « mâle/masculin » et en « femelle/féminin »)
toujours le terme non-voisé. De même, en et les objets non-animés, d’autre part. Ainsi, le
italien, l'opposition de voisement [s] vs [7] est latin templum (temple) est neutre, s’opposant par
neutralisée à l’initiale au profit du [s], ses désinences à dominus et à domina (maître /
l.es deux termes d’une opposition neutrali maîtresse). En français, l’opposition entre
sable sont plus étroitement apparentés que animé et non-animé apparaît dans les pro
ceux d’une opposition constante. noms : quelqu'un / quelque’ chose, qui t / que f
nexie
quoi ? etc. Aussi certains grammairiens ont-ils mépris que son milieu d’origine. Les niveaux de
soutenu l’existence d'un neutre en français. langue sont donc liés à la différenciation sociale
2. Une voyelle neutre est une voyelle qui est en classes ou en groupes de divers types : ce
intermédiaire entre les positions cardinales (ni sont des registres sociolinguistiques d’une même-
ouverte, ni fermée, ni antérieure, ni postérieure, langue. Le groupe social peut être restreint. Ainsi
ni arrondie, ni rétractée), comme le [o] du Labov a relevé les différences de langue dans les
français dans petit prononcé [pati] ou du rou trois types de grands magasins de l’agglomération
main dans mina [’mtuns]. new-yorkaise selon Ja nature sociale de la dien
3. On appelle parfois verbes diathétiquement neutres tèle, reflétée ainsi sur le milieu professionnel
les verbes symétriques”, comme casser, brûler, etc. Les locuteurs peuvent employer plusieurs
(Il a atssé la branche. La branche a cassé.) niveaux différents selon les milieux dans les
nexie quels il se trouvent (cas du lycéen utilisant
L. Hjelmslev appelle nexie un groupement de dans sa famille la langue cultivée et dans la
plusieurs nexus (ou phrases) ; la nexie corres cour de l’école des termes d'argot scolaire).
pond au paragraphe ou au discours. L'utilisation d’un niveau de langue déterminé
est donc liée à la contrôlabilité* ou à la non-
nexus contrôlabilité des performances et aux inten
L. Hjelmslev appelle nexus ce qui correspond à tions du locuteur, à son « vouloir-paraître ».
phrase : le noyau du nexus est le verbe. Les clivages peuvent être seulement d’ordre
niveau lexical (argot et langue standard, vocabulaire
1. En linguistique structurale, niveau est syno technique et langue commune) ou d'ordre
nyme de rang : niveau phrastique, morphématique, phonétique, morphologique, syntaxique et lexi
phonématiqtte. (On dit encore niveau de struc cal (langue cultivée et langue populaire, langue
ture.) Le concept de niveau implique que la courante et patois). Il est à noter que des
langue est une structure où des unités d'un dialectes” proches de la langue officielle
niveau A sont composées d’unités plus petites, peuvent jouer le rôle de langue populaire.
constituant un niveau inférieur B ; les unités Toutefois, quelles que soient les situations
de niveau A, en se combinant entre elles, linguistiques, on retrouve toujours au moins
constituent des unités d'un troisième niveau les niveaux suivants : une langue soutenue, qui
ou niveau C. La langue est donc faite d’une tend à ressembler au parler cultivé, utilisé dans
hiérarchie de niveaux, (v . s t r u c t u r a l i s m e .) la couche qui jouit du prestige intellectuel, une
2 . En linguistique générative, le niveau de repré langue courante ou commune qui tend à suivre
sentation est le système de concaténation repré les usages du parler populaire".
sentant une phrase comme une suite d'éléments
nœud
discrets : il y a donc plusieurs niveaux de
1. Dans une représentation sous forme
représentation d'une phrase (phonétique, pho
d'arbre*, le nœud est l'élément détermine pur
nologique. syntagmatique, transformationnel) ;
d’autres éléments et dominant ceux-ci.
chaque niveau est alors défini par un ensemble
2. L. Tesnière appelle nœud l’ensemble consli
fini d'éléments (par exemple, les morphèmes au
tué par le régissant* et ses subordonnés”. Il cm
niveau morphématique) et un ensemble fini de
règles qui déterminent les rapports entre ces localisé dans le stemma par la place du terme
éléments. Les relations entre les niveaux sont régissant lui-même. Ainsi, dans la phrase /.,!
définies par un ensemble de règles de représen jeune fille citante une chanson gaie, représentée
tation exprimant la manière dont les éléments par le stemma
d’un niveau supérieur sont représentés par les
éléments d’un niveau inférieur.
chanson
niveau de langue
^ n i
Dans une langue donnée, on constate que certains
usages apparaissent surtout dans des milieux
sociaux déterminés et d'autres dans d’autres chante est le nœud central (nœud des noeuds),
milieux sociaux ou par référence à eux. Chacune puisqu’il forme le nœud de chante, fille ci
de ces utilisations de la langue commune, iden chanson, c’est-à-dire de chante et des nœuds ////1
tifiée au milieu social ainsi défini, jouit généra et chanson, fille étant le nœud de fille, la cl
lement. du même prestige ou souffre du même jeune, chanson de chanson, une et gaie.
nombre
nom
11. Depuis la Grammaire générale el raisonnée (1660), de Axnault et Lancelot, la grammaire
traditionnelle définit comme noms soit les seuls substantifs (noms substantifs), c'est-à-dire
les mots par lesquels on désigne les êtres animés et ce qu elle a regroupé comme
[ « choses », à savoir les créations de l’esprit, les objets, les sentiments, les qualités, les
phénomènes, etc., soit l'ensemble des substantifs et des adjectifs (noms adjectifs pour ces
derniers) ; la première acception est la plus courante. De ce fait, sont noms substantifs,
dénotant des substances à qualités constantes, au même titre : André, chat, chaise, révolution,
remise, tranquillité, méchanceté, compote, verre, maison, et sont noms adjectifs, dénotant des
accidents de la substance : calme, brun, géographique, etc. Cette sous-catégorisation logique,
étayée par des critères formels et fonctionnels, est toutefois nuancée par l’usage. On
classe, en effet, parmi les noms substantifs, les mots accompagnés d’un déterminant qui
ont la propriété exclusive de fonctionner comme sujet ou complément à l’intérieur de la
proposition, et parmi les noms adjectifs, les mots qui supportent les marques de l’intensité
(degrés de comparaison). Or, les insuffisances du lexique pour l’expression des formes
(une femme colosse), des nuances de couleur (un chemisier cerise), des styles (un fauteuil Régence),
des manières (une épouse pot-au-feu) sont compensées par la translation du substantif en
adjectif. A l’opposé, certains mots, classés parmi les adjectifs, peuvent fonctionner comme
substantifs (un Noir ; un Rime). De plus, certains types de substantifs peuvent exprimer
une forme accidentelle (Il est boucher/prince/soldat). Les noms substantifs ont, toutefois, en
commun, la propriété de comporter une extension, ou étendue ; ce qui permet d’opposer
les noms communs, qui peuvent s’appliquer à des éléments appartenant à des ensembles
d’êtres ou de choses auxquels le nom s'applique de la même manière, et les noms propres,
qui ne s’appliquent qu’à un être ou une chose pris en particulier (prénoms, noms de
famille, noms de dynasties, noms de peuples, noms géographiques de pays, de contrées,
de villes, de fleuves, de montagnes). Toutefois la frontière entre noms propres et noms
communs est instable. O n a considéré toutefois que lune, soleil étaient des noms communs,
bien que l’ensemble ne comprenne qu’un seul élément ; par ailleurs, les noms propres
Bont parfois accompagnés d’un déterminant, pour désigner des familles (les Dupont), des
objets par métonymie (un Picasso), pour opposer plusieurs aspects d'un individu unique
{Ce n'est plus la Jeanne que j'ai connue) ou pour constituer une classe (Les Césars ne courent
pas les rues). D ’autre part, les noms géographiques employés avec l’article et, surtout, les
noms de marques, qui ont toutes les propriétés des noms communs (une/des/quelques
Renault), semblent former une classe intermédiaire entre le nom propre et le nom commun.
On a réparti aussi les noms communs en concrets et abstraits et en individuels et en
collectifs selon la nature de ce qu’ils désignent. En français, le nom peut être caractérisé
formellement par un genre et varie en nombre. Les fonctions traditionnelles du nom
«ont : sujet (Jacques est mécontent) ; attribut (Il est [le] maître chez lui) ; apposition (Ajaccio,
dtef-lieu de la Corse) ; complément d'objet direct (Je vois des nuages) ; complément d’objet
Indirect (Je profite des vacances) ; complément d’attribution, comme André dans Je donne des
livres, à André, et complément circonstanciel.
2. La linguistique générative définit com me nom tout morphème susceptible d’être
Inséré à la place d’un symbole postiche A , dominé par le symbole catégoriel N.
•«ombre
I. l.e nombre est une catégorie grammaticale reposant sur la représentation des
personnes, animaux ou objets, désignés par des noms, com me des entités dénom-
ITables, susceptibles d’être isolées, comptées et réunies en groupes par opposition à
nombre
la représentation des objets com m e des masses indivisibles. Le nombre oppose dm»
les noms susceptibles d'être com ptés aux noms qui ne le sont pas : les nonvi
comptables et les noms non-comptables. Ces représentations varient d'une langue .1
l'autre : le français fruit est comptable, l’anglais fruit est non-comptable. À l’intériem
des noms comptables, le nom bre oppose la représentation d'un « objet » individualise,
isolé (singularité), à la représentation de plus d'un objet individualisé (pluralité), l u
pluralité peut être, à son tour, conçue dans la seule opposition « un » à « plus d'un «,
mais elle peut être aussi conçue com me une opposition entre « deux » et « plus île
deux » (dualité opposé à pluralité), ou com m e opposition entre « deux », « trois >■ >1
« plus de trois » objets (dualité opposé à triel, opposé à pluralité). La pluralité peut ém
conçue com m e un dénom brem ent indéterminé (les enfants) ou déterminé (deux enfants),
La réunion en un ensemble d ’objets individualisés oppose ainsi « une entité » à « un
ensemble d’entités » conçu com m e une unité (« singularité » opposé à « collectif »),
Le nombre est une catégorie du groupe nominal qui s'exprime :
a) par l’opposition entre le singulier (traduisant la singularité) et le pluriel (traduis. 11il
la pluralité) dans les nom s comptables, et parfois par le singulier, le duel (traduis,ml
la dualité) et le pluriel (plus de deux), ou par le singulier, le duel, le triel et le pluriel
(plus de trois). Cette opposition de traits distinctifs [+sing] (singulier) et [—sing| «8
réalise au m oyen d’affixes. de désinences ou de variations morphophonologiques tien
racines nominales (en français journal/ journaux ; en latin lupus/lupi, etc.) ; sur le plan
morphologique, le singulier apparaît com me le cas non-marqué, le pluriel comme le
cas marqué ;
b) par l’opposition entre le singulier déterminé ou indéterminé désignant l’unité isolfr
et le pluriel exprimant un dénombrem ent, déterminé ou indéterminé, au moyen 1I1
numéraux (un enfant, deux, trois enfants) ou de quantificateurs (beaucoup, peu d'enfanh)
Dans certaines langues, l’opposition est faite par la présence ou l'absence ili
quantificateurs numéraux, sans qu’il y ait une opposition entre des formes lexie.île-
différentes au singulier et au pluriel ;
c) par l’opposition entre le singulier, représentant l'unité individualisée (singularité),
et le singulier collectif représentant la réunion d’objets dans un ensemble (pluralité),
ceci s’exprimant souvent par une affixation nominale (chêne/chênaie).
Le singulier peut donc exprimer la singularité, déterminée ou indéterminée il,un
l'opposition au pluriel, mais il peut traduire aussi l’absence d'opposition, par excinpli
dans les nom s non-comptables (Le vin est bon cette année) ou la pluralité indétermim 1
(collectif, générique : l/hom m e est mortel). De même, le pluriel, s’il traduit la pluivilili
peut exprimer la singularité, com me dans les ciseaux, les obsèques, etc. En françal»,
l ’analyse comparée des manifestations du pluriel en langue écrite et en langue p.ulti
m et en évidence l ’existence de deux dispositifs formels. À l'écrit, mis à part Ii h
substantifs et adjectifs irréguliers et ceux caractérisés par leur absence de marque mi
marque zéro (noix ; heureux ; nez), le pluriel se réalise par l'adjonction, à la finale, <l uit
s (mouton/moutons ; bleu/bleus ; le/les ; il/ils) ou d’un x (cheveu/cheveux) et utilise, pmil
les verbes, les graphèmes -en (il était/ils étaient), -nt (il mange/ils mangent), -ent (il mît i/i
mettent). À l'oral, eu égard au nom bre restreint de substantifs ou d'adjectifs présentai!!
une variation vocalique (émail/émaux ; égal/égaux), c'est au changement vocaliqm 'I*
l’article ([lo] ; [la]/[lc]), auquel s'ajoute le son [-7.-] devant certains segments |/i
enfants ; les hommes), que revient la fonction d’indiquer le nombre pour l’ensemlili
du groupe nominal, dans les cas où la quantification n ’a pas lieu de manière explu IW
par le truchement d ’adjectifs numéraux cardinaux (deuxgarçons) ou d’adjectifs inclellnli
(quelques garçons). De même, l’absence de marque qui affecte les pronoms personne l'*
nominalisation
sujets de troisième personne {il [il] ; eux [re]) est compensée par la duplication de
substituts pronominaux à variation vocalique (Eux/ceux-là, ils pensent) ou par une
répétition anaphorique (Ces filles, elles croient au père Noël).
Le nom bre, catégorie grammaticale du groupe nominal, peut déclencher une
: transformation d'accord* à l’intérieur du syntagme nominal et entre le syntagme
nominal et le syntagme verbal (être + adjectif) ou un seul constituant de ce syntagme
verbal, le verbe.
2. On appelle noms de nombre les adjectifs numéraux cardinaux (un, deux, dix, cent,
mille), qui appartiennent à la catégorie des déterminants ; ce sont des quantifieurs.
Bhonèmes non-voisés, qui ne présentent pas porteur de germes et germicide, sur microbe, microbien,
■tin murmure laryngé, sont audibles grâce au microbiologie — dérivé de microbe plutôt que
bruit provoqué soit par l’occlusion ou le res composé de micro- et biologie) maintient en vie
serrement du chenal buccal après la réalisation ces unités polysémiques et à désignation
d'une voyelle, soit par son ouverture avant la vague.
Voyelle. Il s’agit en général de consonnes, par On oppose parfois standardisation à normali
nxemple en français [p t k s J]. sation, le premier terme désignant alors une
normalisation attitude pius réaliste, tenant compte des pra
Tîn terminologie, on parlera de normalisation tiques langagières hors de la communauté
pour évoquer le processus par lequel un orga étroite des spécialistes, et tendant davantage à
nisme doté d’autorité administrative définit la bonne coexistence de termes de niveaux de
nue notion, et recommande ou impose un spécificité différents, qu’à l’impossible univo-
terme pour la désigner. cité postulée du terme technique.
La normalisation terminologique est parfois assu normalisé
rée par les mêmes instances que la normalisation Une langue est dite normalisée quand l’action
mhnologiiiue : ainsi l’ISO, organisme internatio des autorités de planification visent à en écarter
nal de standardisation, sis à Vienne (Autriche) les irrégularités ou ce qui est considéré comme
publie des normes terminologiques aussi bien tel.
que technologiques. Le principal organisme
opécialisé dans la normalisation en France est normatif
l'AFNOR. La grammaire s’est parfois réduite à une série
Toutefois, l'activité gouvernementale en de préceptes normatifs, c’est-à-dire à une série
inatière de normalisation terminologique tend d’instructions qui finalement se résolvent à
|l se renforcer : des commissions de termino dites X, ne dites pas Y.
logie travaillent auprès des principaux minis La grammaire normative se fonde sur la dis
tères, et les résultats de leurs travaux, d’abord tinction de niveaux* de langue (langue cultivée,
publiés au Journal officiel, sont ensuite recueillis langue populaire, patois, etc.) ; et, parmi ces
«n volumes, sous ie titre de Dictionnaire des niveaux, elle en définit un comme langue de
néologismes officiels. La normalisation termino prestige à imiter, à adopter ; cette langue est
logique peut être exécutoire ou non, et l'obli dite la « bonne langue », le « bon usage ».
gation d’exécution peut être limitée aux services Dans cette détermination, il est bien évident
publics. qu’entrent non des raisons proprement lin
L'acceptabilité terminologique d’un terme guistiques, mais des raisons d'ordre sociocul
( d u pondération) s'exprime selon une échelle turel : la langue choisie comme référence du
«ur laquelle l’accord tend à se faire entre Dites... est celle du milieu qui jouit du prestige
,spécialistes. On distingue généralement terme ou de l’autorité (milieux de « bonne bourgeoi
tuommandé. (ou privilégié), terme toléré, en parti- sie », par exemple). Un autre facteur pris en
i iilier dans le cas de synonymie avec un terme considération par la grammaire normative est
[fccommandé, ou dans le cas d’absence d’un l’imitation des « bons auteurs ». Des raisons
terme existant plus satisfaisant (il fallait bien stylistiques peuvent évidemment jouer ici ;
• tolérer » walkman tant que baladeur n’était mais, plus souvent, seule la tradition entre en
Uns créé), terme rejeté, lorsqu’un organisme ligne de compte ; en outre, dans cette pers
faisant autorité l’a condamné. Enfin, on pective, tous les écarts qu'un « bon auteur »
parlera de terme désuet pour le terme sorti s’est permis sont justifiés et toutes les lacunes
{l'usage. dues à des goûts d’auteur, ou même simple
Il est difficile de porter ce type de jugement ment au hasard, incitent à la méfiance. C'est
«utrément qu’en faisant appel à l’argument d’au parce que CL Marot a défini des règles du
torité. Les organismes de normalisation doivent participe passé calquées sur l'italien qu'aujour
donc recourir au linguiste (ce qui devient plus d’hui on utilise dans ce domaine un système
fréquent), car le recours au spécialiste disciplinaire relativement complexe.
))c permet pas de voir toutes les implications, On invoque aussi une prétendue logique
Mir l'ensemble du système, d’une adoption ou tendant à établir des analogies sur des bases
d'une suppression. Par exemple, germe paraît étroites et à proscrire tout ce qui ne leur est
ilnmet, et microbe vieilli, par rapport à micro- pac conforme : ainsi, dans le but de ne serait
piyiiiisHic, mais l'existence de champs (sur germe, pas correct parce que but signifie à l’origine
normativisation
« cible ». On ne tient pas compte de l'appari objet ou à une classe d’objets, qui peut s'ex
tion de but dans un environnement qui lui primer par un terme" ou par un symbole’ <
donne le sens d’« intention ». Cette définition est conforme à celle de l’ISO,
organisation internationale de standardisation
normativisation
(technique et terminologique) sise à Vienne en
La normativisation est la tendance à imposer une
Autriche.
norme, c’est-à-dire un ensemble de prescrip
Cette conception réduit le terme à I'aspn i
tions sur les variantes linguistiques qu'on doit
« signifiant » du signe saussurien : les notion»
employer au détriment d’autres. La normati
s’organisent, dans un domaine scientifique ou
visation implique le respect de cette norme.
technique donné, en système notionnel, indépen
(v. NORMATIF.)
dant des réalisations graphiques ou phonique,
norme Il n’est donc pas juste de poser une équivalan t
1. On appelle norme un système d’instructions entre notion ainsi comprise et signifié saussurien,
définissant ce qui doit être choisi parmi les non plus qu’entre la conception du terme qui
usages d’une langue donnée si l’on veut se en découle et le signifiant. On ne saut.ut
conformer à un certain idéal esthétique ou évidemment non plus, dans cette optique,
socioculturel. La norme, qui implique l'exis considérer le terme comme correspondant ,ui
tence d’usages prohibés, fournit son objet à la signe saussurien.
grammaire normative* ou grammaire au sens
courant du terme. notionnel
2. On appelle aussi norme tout ce qui est d’usage 1. On appelle grammaire Hotionmlle la gram
commun et courant dans une communauté maire qui part de l’hypothèse que le langage
linguistique ; la norme correspond alors à l’ins traduit des catégories de pensée universel k',,
titution sociale que constitue la langue standard. extra-linguistiques, indépendantes des ai il
3. Chez L. Hjelmslev, la norme, c’est le trait, dents que sont les langues.
ou l'ensemble des traits, qui permet de distin 2 . On appelle champ notionnel le champ lexical
guer un élément de tous les autres éléments. concernant une réalité du monde extérieur oll
Soit la consonne [r], qui est la seule vibrante un champ de la pensée délimité intuitivement
en français : le caractère vibrant constitue donc par l’expérience (ex. : le champ notionnel dei,
la norme de [r]. Mais [r] se présente toujours animaux domestiques, des fleurs, des couli’iim,
avec d’autres traits. C’est une sonore roulée etc.)
alvéolaire, ou une constrictive sonore uvulaire, 3. En terminologie, on appelle système i/oihnini'l
etc. Tous ces traits, qui ne sont pas distinctifs ou système de notions un ensemble structure ilii
et qui ne permettent pas de caractériser le notions” qui reproduit les relations exi.'.i.mi
phonème [r] puisqu’on peut ne pas les rencon entre les notions qui le composent : chaqilK
trer, constituent l’usage*. notion est ainsi déterminée par sa position
dans le système.
normé Cette conception décrit des relations .....
Une langue est normée quand les usages linguistiques ; elle présuppose que, dam. n,t
de la langue ont été relativement stabilisés démarche onomasiologique. le terminoloy.Mi
par les institutions sociales : en France, le donne une « priorité à la notion » (E. Wù .t •11
français est pourvu d’une norme par l’effet de pour bâtir un réseau de contenus sépari"■ ilij
l’enseignement et l’influence des médias. tout rapport aux formes linguistiques.
(v. STANDARDISÉ.)
noyau
notation En grammaire générative, la structure pr<>l<>utl»|
On appelle notation phonétique l’ensemble de
d’une phrase est constituée d’un N<iy,iu
symboles utilisés pour transcrire les sons.
(abréviation P) et d’un autre constituant a|'|n li,
(v . ALPHABET PHONÉTIQUE.)
selon les auteurs. Modalité” (abréviation Moil)|
notion ou Constituant de phrase ou Type de plu
La terminologie a d’abord hésité entre les dont la présence déclenche une transform.il mu
termes de notion et de concept. L’unification (interrogative, passive, négative, etc.), 1,. hnyitil
s’est faite sur le terme de notion. La notion est est constitué de deux parties, le syntiigittl
définie par l'Office de la langue française du nominal (SN) et le syntagme verbal l>V)l
Québec comme « l’unité de pensée constituée qui en sont les constituants imniftllfill
d’un ensemble de caractères attribués à un (P->SN -l-SV). Le choix du symbole I’ |mui li<
nunation
noyau s’explique par le fait que. dans la nombre. C’est par pure convention qu'on les
première étape de la théorie,, le noyau repré classe parmi les adjectifs.
sentait la phrase active, déclarative, affirmative, Les numéraux cardinaux sont des quantifieurs
appelée aussi phrase-noyau ou phrase nucléaire. et appartiennent à la classe des déterminants ;
Dans une étape ultérieure, le noyau est une ils précèdent le nom (deux hommes) et iis peuvent
partie seulement de la phrase de base. (v. aussi à eux seuls constituer le syntagme nominal
M h r a se n o y a u .) (deux d'entre eux sont arrivés). Ils ne varient pas
en genre (sauf un, une) ; seuls vingt et cent
nu
varient quand ils sont précédés (mais non
Une racine est dite nue quand elle se présente
suivis) d’un autre numéral cardinal qui les
sans l'addition d'aucun élément de formation
multiplie {quatre-vingts, mais quatre-vingt-
(infixe, voyelle thématique, etc.).
dix).
nucléaire Les numéraux ordinaux sont de véritables
1. On qualifie de nucléaire ce qui appartient au adjectifs qualificatifs antéposés qui indiquent
noyau de la phrase. Le syntagme nominal sujet le rang tenu par le nom (premier, deuxième,
et le syntagme verbal prédicat sont des consti troisième). Ils sont pour la plupart dérivés des
tuants nucléaires, (v. e x t r a n u c l é a i r e .) numéraux cardinaux qui les remplacent dans
2. Dans une première étape de la grammaire certains de leurs emplois (livre III, acte IV,
cnérative, la phrase nucléaire, ou phrase-noyau, Louis XIII, l'an mille, le chiffre huit, etc.).
est la phrase active, déclarative, affirmative, Il existe également des adjectifs numéraux
constituée d’un syntagme nominal et d’un multiplicatifs, comme simple, double, triple, qua
syntagme verbal réduits dans leur réalisation à druple, bis, ter, etc. En revanche, c’est avec une
leurs constituants élémentaires. Ainsi, L'enfant locution formée par la répétition du numéral
lance la halle, Pierre court, Georges est heureux sont au moyen de la préposition par que le français
des exemples de structures de phrases exprime le distributif, alors que le latin a une
nucléaires, (v. aussi p h r a s e n o y a î j .) série distributive singuli, bini, terni (trini), le
français dit un par un, deux par deux, trois par
nucléus trois.
1, L. Tesnière appelle nucléus le noyau de la Une série de noms est également rattachée
phrase ; la notion de nucléus fait intervenir aux numéraux : ce sont les noms de fractions
notamment les fonctions (fonction sémantique, de l’unité, comme le demi, le tiers, le quart, le
fonction modale, fonction translative), alors cinquième : à partir de cinquième, ces substantifs
que le nœud n’est que l’expression matérielle se forment avec le suivi de l’ordinal (le cinquième,
rt le point géométrique de la fonction modale le sixième, etc.).
et se caractérise uniquement par les relations Peuvent être également classés parmi les
tic régissant à régi (subordonné). noms numéraux certains dérivés en -ain, -aine,
2. On donne parfois le nom de nucléus au ■aire qui sont aussi parfois adjectifs (quatrain,
noyau* de la phrase de base. sizain, dizaine, douzaine, octogénaire, etc.),
numéral nunation
I Hgrammaire traditionnelle, les numéraux sont Le terme de nunation désigne l’adjonction, dans
(1rs adjectifs cardinaux ou ordinaux ; les numé les langues sémitiques, de la consonne nasale
raux cardinaux sont aussi appelés noms de [n] à une voyelle brève finale.
0
(nasales, liquides, vibrantes, glides), qui corres De toutes les occlusives, l’occlusive diffuse [p]
pondent au degré d’obstacle le plus bas, soit qui représente le minimum d’énergie, et qui
que la présence de l’obstacle en un point du se rapproche le plus du silence, est la consonne
chenal expiratoire se combine simultanément maximale.
ou successivement à l'absence d’obstacle,
comme pour les nasales, les liquides et les
occlusion
Une occlusion est la fermeture complète et
vibrantes, soit que le chenal buccal ne soit
momentanée du chenal phonatoire en un point
presque pas resserré, comme pour les glides.
quelconque, obtenue par un rapprochement si
La présence de l'obstacle provoque une
étroit des deux articulateurs que l’air ne peut
interruption de l’écoulement de l’air laryngé
plus passer, et précédée et/ou suivie d’une
qui se traduit, dans le spectre acoustique, par
ouverture brusque. L’occlusion peut être buccale
une absence d'intensité et donc une absence
si elle se produit en un point ou un autre de
de structure de formant, ou une turbulence de
la cavité buccale "t. d, k, g] ; labiale si elle se
l'air laryngé qui brouille les structures de
situe au niveau des lèvres [p, b] ; laryttgale (ou
formant.
glottale) si elle est réalisée par le rapprochement
obstruante des cordes vocales (elle est, dans ce cas, suivie
Une consonne obstruante est une consonne du coup de glotte), par exemple le hamza
dont l’émission est réalisée au moyen d’une arabe [?].
fermeture partielle ou complète du conduit
occurrence
vocal.
Toutes les fois qu'un élément linguistique
occlusif (type) figure dans un texte, on parle d’occurrence
Une consonne occlusive est une consonne dont (token). L'apparition du terme politique dans
l'articulation comporte essentiellement une un texte analysé du point de vue linguistique
occlusion du chenal vocal. Le son consonan sera une occurrence du mot politique.
tique provient du déclenchement ou de l’arrêt
oghamique
brusque de l’écoulement de l’air.
On appelle écriture oghamique l'écriture utilisée
Acoustiquement, les occlusives sont carac
au début de l’ère chrétienne pour noter l'irlan
térisées par le trait discontinu, c’est-à-dire, dans
dais.
le spectre, par un silence (du moins pour les
fréquences situées au-dessus des vibrations des onde
cordes vocales, dans le cas des occlusives 1. Une onde sonore est la propagation des
voisées) suivi et/ou précédé d’une diffusion de particules d’air sous l’impulsion d’une vibration
l'énergie sur une large bande de fréquences. qui peut être périodique ou apériodique (non-
Chaque occlusive est différenciée des autres périodique), simple ou composée. Dans la
par son locus', c'est-à-dire par la fréquence vers phonation, les ondes qui constituent le son
laquelle tendent, sans l’atteindre, les formants peuvent être provoquées soit par la vibration
(surtout le formant buccal) de la voyelle pré des cordes vocales (voyelles), soit, essentielle
cédente et/ou suivante. Pour [p], les formants ment, par la présence brusque d’un obstacle
vocaliques pointent vers les basses fréquences, sur le passage de l’air (consonnes).
pour [t] vers les fréquences du milieu du spectre. 2. La lliécrie des ondes, ou Wellentheorie, a été
La prononciation d’une occlusive comporte conçue par le linguiste Johanes Schmidt pour
trois phases correspondant à la mise en place expliquer les convergences entre langues géo
des organes (catastase), à la tension plus ou graphiquement voisines. Dans cette perspec
moins prolongée (tenue), au relâchement des tive, les innovations se répandent progressive
urganes (métastase). Les occlusives sont dites ment à partir de certains centres qui jouissent
.iussi plosives, et on distingue parfois, suivant de la prépondérance politique et/ou sociale.
que l’occlusion interrompt ou précède l'écou Les changements se transmettent de proche en
lement, entre les explosives qui précèdent une proche, progressivement, aussi loin que s’exerce
voyelle et les implosives qui la suivent. l'influence du point d'origine. Les changements
Les occlusives pures se distinguent des politiques ou sociaux expliquent que chaque
consonnes combinant une occlusion et un innovation ait son aire d’extension spécifique.
écoulement de l’air fricatif (affriquées) ou libre Cette théorie de la vague ou des ondes
(nasales, liquides, vibrantes). explique que des langues différentes subissent
Les occlusives sont les consonnes maximales. des modifications du même ordre et paraissent
onomasiologie
de ce fait avoir une parenté génétique : ainsi, l’onomatopée constitue une unité linguistique
le nom du chanvre, qu'on retrouve avec des susceptible d’un fonctionnement en langui’,
formes qui semblent remonter à une origine affectée d’un système de distribution et dt
commune indo-européenne, a été emprunté marques : on dira des cocoricos, un oumuti!
par les Grecs aux Scythes ou aux Thraces : à agressif; éventuellement, des dérivés seront
partir du grec, le mot s’est répandu dans possibles : un néologisme cocoricftter recevra
diverses langues indo-européennes. La théorie aisément une interprétation sémantique. On
des ondes s’oppose à celle de l'arbre généalo notera toutefois la moindre capacité d’accueil
gique. du français pour l’onomatopée, comparée .1
onomasiologie celle d’autres langues ; l’anglais, plus grand
L’onomasiologie est une étude sémantique des producteur d’onomatopées, les intègre égale
dénominations ; elle part du concept et ment plus facilement à des séries dérivation
recherche les signes linguistiques qui lui cor nelles (sptash, to splash, sptasher, splashy).
respondent. Dans l’optique de L. Hjelmslev, Beaucoup d’unités apparemment onomato
on dira que l’onomasiologie part de la consi péiques sont simplement le produit de l’évo>
dération de la substance du contenu (concept) iution phonétique : si fouet ou siffler n.....
pour aboutir à la forme du contenu (signes paraissent imiter des sons non-linguistiques, leu
sources latines flagellum et sibilare sont beau
îinguistiques correspondant au découpage du
coup plus éloignées de l’onomatopée. La motl
champ conceptuel). Par exemple, la démarche
onomasiologique établira les structures concep vation que le français peut découvrir ici nV»t
tuelles de la parenté dans une culture donnée : donc que remotivation (comparable au pbr
cette culture retient, par exemple, comme nomène plus général de l’étymologie popu
pertinentes l’opposition des sexes, la hiérarchie laire).
des générations, telle organisation de la lignée L’hypothèse de l’origine onomatopéiqur ilu
(patriiinéaire ou matrilinéaire), etc. De là. les langage humain est assez généralement abandon,
signes linguistiques seront examinés. Dans une née de nos jours. F. de Saussure indique dejn
telle démarche, mère ne sera pas d’abord étudié que ce processus de création lexicale ne satu.nl
pour son fonctionnement linguistique (distri être que marginal. La théorie de l'arbitra»e du
bution et oppositions paradigmatiques) et dans signe s’oppose radicalement à une conception
sa polysémie ( mère d'un enfant, mère de vinaigre, onomatopéique de l’origine des langues.
la terre mère, etc.), mais comme signe Linguis ontif
tique correspondant à une relation particulière Le terme ontif désigne chez L. Tesnière leu
dans la taxinomie des relations de parenté. première et deuxième personnes du verbe, qui
L’onomasiologie s’oppose à la sémasiologie, se réfèrent aux êtres qui participent à l'ai te dit
qui part du signe pour aller vers l’idée. communication. L’ontif s’oppose à Viimwilf*
onomastique (troisième personne) et correspond aux i i o i i i d
Vonomastique est une branche de la lexicologie personnels de la grammaire générative
étudiant l’origine des noms propres. On divise opacité
parfois cette étude en anthroponymie (concer Le concept bipolaire de transparence vs
nant les noms propres de personnes) et topo utilisé dans l’analyse du discours, note lit
nymie (concernant les noms de lieux). présence ou l’effacement de ['émettent put
onomatopée rapport à son discours et du point de vtiu di|
On appelle onomatopée une unité lexicale créée récepteur. Dans le cas de transparence patlullf,
par imitation d’un bruit naturel : tic-tac, visant le récepteur assume entièrement le dru oiir|
à reproduire le son du réveil ; cocorico, imitant qui lui est tenu (ou du moins, le 1<><ittotii
le chant du coq, sont des onomatopées. s'efface le plus qu’il peut pour obtenu <rlli(
On distingue l'imitation non-linguistique transparence) : on peut prendre comrm letm
(reproduction par un imitateur, parfois à la rence d’opacité minimale le cas du livn- m<>l.nn ,
perfection, du chant du coq) et l’onomatopée. où le sujet d’énonciation est nié : chaque <Ii vij
Celle-ci s’intégre dans le système phonologique doit pouvoir assumer le discours tenu <l.m lit
de la langue considérée : tous les phonèmes livre, discours déjà réassumé par l’ensel).’iMiil!
de cocorico, tic-tac, otia-otia sont français, même qui y reconnaît son enseignement.
si leur agencement diffère des combinaisons A l’opposé, l’opacité sera maximale ilunr U
les plus fréquentes de la langue. En outre, poésie lyrique (fonction expressive du laii|tii||t»j
opposition
{entrée sur i:émetteur) : la lecture du poème est indépendante des catégories grammaticales.
lyrique demande elle aussi au récepteur de Dans le cadre de la grammaire-lexique de
devenir sujet d'énonciation ; à l’inverse du M. Gross, un opérateur est défini par ses
discours pédagogique, c’est un énoncé forte propriétés distributionnelles et transformation-
ment modalisé qu’il s’agit cette fois d'assumer, nelles, l’unité formée par un sens et déterminée
c’est-à-dire que le poète a fortement marqué par l’ensemble de toutes les propriétés syn
de sa subjectivité l’énoncé qu’il demande para taxiques associées étant appelée emploi d'opé
doxalement au récepteur d’assumer entière rateur.
ment. On distingue 4 opérateurs différents dans
les énoncés suivants :
opérande
1 - Les enfants ont regardé le spectacle
Dans la théorie transformationnelle de
2 - Cette affaire regarde tout le monde
Z. Harris, on appelle opérande la phrase, élé
3 - La façade regarde la place du marché
mentaire ou non,, sur laquelle s’applique une
transformation,, et résultante le produit de la 4 - L’examinateur va regarder ta copie
transformation. Si on a la transformation Paul 2 ne peut être mis au passif : 3 ne peut avoir
fait des histoires —> Paul est un faiseur d'histoires, de sujet humain au sens de « être tourné
on appelle opérande la phrase Paul fait des vers » ; 4 n’est synonyme d’examiner qu’avec
histoires et la résultante est Paul est un faiseur des noms en nombre limité, sinon on passe
d'histoires. au sens 1.
Par la suite les verbes opérateurs (faire, mettre,
opérateur laisser, rendre) ont pour caractéristique essen
!. On appelle opérateur un élément linguistique tielle de constituer un élément verbal avec un
vide de sens qui sert à constituer une structure infinitif de sens causatif.
phrastique. On dit ainsi que la copule être est
un opérateur existentiel dans la phrase opinion
prédicative : Pierre est heureux ; que la conjonc On appelle verbe d'opinion un verbe déclaratif
tion que et la préposition de sont des opérateurs exprimant la pensée du sujet parlant : croire,
dans les transformations complétive et infini estimer, juger, etc.
tive du type : Je crains qu'il vienne. Je crains de opposant
I venir. On appelle opposant la fonction assurée dans
12. Pour Z. Harris, toute phrase élémentaire est le récit par un personnage (ou une force
i constituée d’un opérateur et de ses arguments. quelconque) qui s’oppose à la réalisation du
Cette opposition entre opérateurs et arguments désir du héros.
opposition
I . L’opposition est le rapport distinctif existant entre deux unités de même niveau
(phonème, morphème) pouvant être substituées l'une à l'autre en un point donné de
I énoncé.
[ Opposition et contraste sont, en linguistique descriptive, dans le même rapport que
substitution et com binaison. Toutefois, on notera que la distinction opposition vs
contraste n ’est pas faite chez F. de Saussure, qui se contente d'indiquer qu’il ne faut
pas confondre opposition et différence. Pour cet auteur, la langue fonctionne dans son
i utier par un réseau de différences sans termes positifs. Mais, dès lors que l’on
rapproche des signes complets (signifiant et signifié), il n 'y a plus différence, mais
opposition.
Sur le plan conceptuel (signifié), une unité ne reçoit de valeur que par les limita
tions qu’elle subit du fait d’autres unités en rapport virtuel avec elle. Selon
I de Saussure : « redouter, craindre, avoir peur n ’ont de valeur propre que par leur
opposition. Si redouter n'existait pas, tout son contenu irait à ses concurrents ». C 'est
Ifnrce que ces mots sont dans un rapport différentiel qu'ils entrent dans une série
d'oppositions.
optatif
optatif oralité
On appelle optatifun mode* du verbe exprimant L’oralité est le caractère oral de la langue,
le souhait, le désir. En grec, en sanskrit, i’optatif oratoire
est traduit par un système de formes En rhétorique. \’action oratoire est l’usage île •
autonomes ; en français, l’optatif est traduit gestes et attitudes qui accompagnent la |i.... Il
par le mode subjonctif : Puisse-t-il se remettre et constituent les moyens par lesquels l'or.ilriM
vite. Je souhaite qu'il se remette très vite. fait valoir ce qu’il dit.
opta tion ordinal
En rhétorique, Yoptation consiste à formuler un On appelle adjectifs numéraux ordinaux (nnlin u
souhait favorable sous la forme d’exclamation, rement dérivés des adjectifs numéraux i :wllr
la réalisation dépendant en général de décisions naux par le suffixe -ième) les adjectih. nul
supra-humaines. expriment le rang, l’ordre des êtres ou Him
oral objets ; par exemple, en français, premm
1. La langue orale est synonyme de langue parlée; deuxième ou second, troisième, etc. Les .uljeiilU
elle désigne plus précisément la forme écrite de ordinaux, qui ont une syntaxe comparable
la langue prononcée à haute voix (lecture). adjectifs qualificatifs antéposés, peuvnil ilit>
2. Un phonème oral (ou non-nasal) est un pho utilisés comme nom (le second, le centième),
nème réalisé par une élévation du voile du I. ordre
palais qui détermine la fermeture des fosses 1. Des phonèmes forment un ordre qu.uJ lit
nasales et l’écoulement de l’air expiratoire à sont caractérisés par une même artieul.-iHiiit
travers la cavité buccale : la voyelle fa], a du située en un point déterminé du canal i xpiiilt
français, s’oppose comme voyelle orale à [à] toire, ne se distinguant l’un de l'autre que p li
an ; les consonnes [t] et [d] s’opposent, comme une autre articulation distinctive ; ainsi, i> K
consonnes orales, à [n], consonne nasale. m] forment l’ordre bilabial.
orthographe
338
oxytoniser
individuelle qu’à la succession des vibrations avec une position basse de la langue, de sorte
dans le flux de la chaîne parlée : il préfère que le chenal buccal est ouvert. Il y a deux
donc à la représentation de l'intensité en positions d’ouverture vocalique : l’une où la
fonction du temps, celle des intensités relatives langue est très basse, comme pour [a] ; l’autre
des différentes fréquences en fonction du temps où elle l’est un peu moins (comme pour les
fourni par le sonagraphe. voyelles mi-ouvertes [r.] et [a]). Du point de
vue acoustique, les voyelles ouvertes sont
o sten sif compactes.
On appelle définition ostensive une définition
consistant à montrer l'objet que dénote un ouverture
mot. Ainsi, dans les manuels d’enseignement Syn. de wertum.
des langues étrangères, la définition ostensive oxymoron, oxymore
est largement utilisée (Ceci est la craie, ceci est le On appelle oxymoron une figure de rhétorique
tableau, etc.). qui, dans une alliance de mots, consiste à
réunir deux mots apparemment contradictoires
Osthoff (loi d’)
ou incompatibles, par exemple, un silence élo
lin vertu de la loi dite d'Osthoff formulée par quent.
le néo-grammairien allemand H. Osthoff (1847-
1909), une voyelle longue ancienne devient en oxyton
grec une voyelle brève devant les semi-voyelles Un oxyton est un mot accentué sur la dernière
i, u, devant une nasale et devant une liquide, syllabe, comme en italien città (du grec tonos
suivies de consonne ; la forme gnôntos est issue « accent » et oxus « aigu » : il s’agissait, chez
il’une forme hypothétique gnôntos. les grammairiens grecs, seulement de l’accent
de hauteur, et non de celui d’intensité). En
outil français, tous les mots sont des oxytons.
l.e mot-outil est le nom donné parfois au mot
oxytoniser
fonctionnel.
Oxytoniser, c’est faire porter l’accent d’intensité
output v. iNPirr. sur la dernière syllabe. Ainsi, le français oxy-
tonise la dernière syllabe des mots qu’il
ouvert emprunte ; l’anglais camping accentué sur
1. Classe ouverte, v. jermé. l’avant-dernière syllabe, est oxytonisé en fran
2. Une voyelle ouverte est une voyelle qui, par çais, ce qui a eu pour résultat de créer un
opposition aux voyelles fermées, est prononcée suffixe -ing.
Ÿ
paire
1. On appelle paire minimale une paire de mots
avancé son point d’articulation sous l’influcnM
des voyelles palatales suivantes [i] et ,ej <>»!
ayant un sens différent et dont le signifiant ne d'un yod ; cela s’est traduit par le passant- .i
diffère que par un phonème, comme en français l’affriquée d’abord alvéodentale [ts] attestée i u
les mots pain [pÈ] et bain [be]. ancien français, puis prépalatale [ij] comme en
2 . Paire corrélative, v. coRRfiATir. espagnol et en italien [tjera], qui a eu ensuite
des aboutissements différents dans différente»
palais
langues romanes ([s] en français cent, |0] <■»
Le palais est la paroi supérieure de la cavité
espagnol ciento, [tj] en italien cento) : lat. cenlnni
buccale, limitée en avant par les alvéoles des
—> h [sot], it. [tjento], esp. [Ojento], Il
dents supérieures, en arrière par la luette. Le
dans ce cas d'une palatalisation régressive. I e
palais est constitué au deux tiers, dans sa partie
passage du groupe [kl] puis [jt] à l’affriquni
antérieure, par la voûte palatine, partie osseuse
[tj] en espagnol (comme dans l’évolution lût
et fixe appelée aussi palais dur. La partie qui
noctem -* esp. noclie) correspond à un pheiui
se trouve en arrière est une cloison molle,
mène de palatalisation progressive.
relativement mobile, appelée palais mou, ou
voile du palais, qui se termine par la luette palatalisée
(lat. uvula). Le palais dur comprend, lui, trois Une consonne palatalisée est une consonne ilnni
régions : prépalatale, médiopalatale, postpala le point d’articulation se rapproche du p.il.tl*
tale, et le palais mou comprend aussi trois dur : ainsi, la consonne vélaire [k] est palatalir.< n
régions : prévélaire, postvélaire, uvulaire. Le dans les mots français qui, cinquième. On dotnm
palais mou provoque l’ouverture ou la ferme aussi cette appellation aux consonnes ayant
ture des fosses nasales. un point d’articulation palatal comme poiili
d’articulation secondaire.
palatal
Un phonème palatal est un phonème dont palatine
l’articulation principale se situe au niveau du La voûte palatine, ou palais" dur, est la piui
palais dur, comme les consonnes [ji] du français antérieure du palais, constituée par une pmi il
montagne, de l'espagnol maîiana, [X] de l’italien osseuse et inerte.
maglia, de l’espagnol calle, le glide 0] du français palatogramme
rayon, les voyelles [i, e, e , y . e ] , etc. Un palatogramme est la représentation, pat mi
Le phonème palatal est acoustiquement diagramme ou une photographie, de la miiU t»
compact et aigu, la cavité de résonance buccale de rencontre entre la langue et le palais pemliini
très compartimentée et plus importante en avant la prononciation de certains sons,
qu’en arrière de l’étranglement le plus étroit.
palatographie
palatalisation La palatographie est une technique expérimentai'
La palatalisation est le phénomène particulier permettant de déterminer les zones de «mitnt
d’assimilation que subissent certaines voyelles entre la langue et le palais, propres à l’artieiilali' 'h
ou certaines consonnes au contact d’un pho d’un son, principalement une consonne I lin
nème palatal : la réalisation du phonème [k] consiste à badigeonner la langue du sujet nvwl
dans le mot français qui est une consonne un produit coloré et à photographier l'cmpi' inli
postpalatale sous l’influence de la voyelle [i] laissée sur le palais après l’articulation du thiJ
phonétiquement très différente du |k] de cou. La palatographie indirecte procède J uin*
Il s'agit dans ce cas d’une assimilation. Ce méthode similaire, mais elle nécessite l'i
phénomène est très important en phonétique d'un palais artificiel réalisé à partir d'un nu ml ir (
historique ; la consonne vélaire [k] du latin a du palais du sujet. L’électropalatograplue nmd!!
340
paradigme
lue une technique plus récente qui se fonde sur une distinction entre deux idées qui présen
l'emploi d’un palais ardficiel dans lequel ont été tent une analogie entre elles (ex. : inculpé et
Insérées des électrodes. Les points de contact de accusé).
la langue peuvent alors être visualisés sur un
tableau ou enregistrés graphiquement.
paradigmatique
Les rapports paradigmatiques sont les rapports
paléographie virtuels existant entre les diverses unités de la
I a paléographie est la science des anciennes langue appartenant à une même classe mor
écritures et du déchiffrement des manuscrits. phosyntaxique et/ou sémantique.
palilalie La prise en considération par f . de Saussure
On appelle palilalie un trouble du langage consis des rapports virtuels, saisis par l’esprit, entre
tant dans la répétition spontanée des mêmes divers termes, est empruntée à la théorie
suites de mots plusieurs fois de suite ; l'écholalie" psychologique alors dominante, l’associa-
est la répétition des expressions de l’interlocuteur. tionnisme ; aussi parle-t-il plutôt de rapports
associatifs. C’est la linguistique issue de son
palindrome enseignement qui généralise l’appellation de
On dit d’un mot. d’un vers, d’une phrase qu’ils rapports paradigmatiques (v. p a r a d ig m e .)
Nont palindromes quand on peut les lire indif
Chaque terme relevé en un point de l’énoncé
féremment de gauche à droite ou de droite à
entretient avec d'autres termes de la langue un
gauche (ex. : le mot ressasser). On trouve sur
rapport différent de celui qu’il entretient avec
de vieux baptistères la formule palindrome les autres termes de l’énoncé. Ce rapport est
grecque * nipson atiomenata, me monan opsin », celui des associations qu’il entraîne — et qui
• lave tes fautes, et pas seulement ton visage » conditionnent sa signification. Une unité ne
(palindrome parfait en écriture grecque, du fait reçoit de signification que de l’existence
[de la lettre psi). d’autres termes de la langue qui la délimitent
I Avec les vers holorimes*, les « petits et la contredisent.
papiers » et les contrepèteries, ces recherches
L’exemple de F. de Saussure est celui d’en
Formelles amusantes ont été une source impor seignement. Enseignement est, du point de vue
tante d’inspiration du surréalisme, puis plus
du radical, en rapport paradigmatique avec
(rfeemment de l’Oulipo de R. Queneau et enseigner, enseignons, etc. ; du point de vue du
l;r. Le Lionnais (v. c a d a v r e e x q u i s ) .
suffixe, en rapport paradigmatique avec arme
paliphrasie, palimphrasie ment, changement, etc. ; du point de vue séman
Chez certains malades mentaux, la paliphrasie tique, en rapport paradigmatique avec instruc
est la répétition continuelle de la même phrase tion, apprentissage, éducation, etc. ; du point de
on du même mot. vue phonique, en rapport paradigmatique avec
panchronique les homéotéleutes justement, clément, etc.
On qualifie de panchronique tout phénomène Les rapports entretenus par une unité avec
.linguistique qui traverse une longue période de d’autres unités de l’énoncé (rapports syntagma
temps sans subir de changement : ainsi, la relation tiques) et avec d’autres unités dans une ou
entre la fonction et l’ordre des mots est en plusieurs séries virtuelles (rapports paradigma
Bançais un phénomène panchronique. tiques) ne sont pas de même nature. La linguis
1 Par opposition à l’étude synchronique ou à tique post-saussurienne a pris l’habitude de dé
l'analyse diachronique, l’étude panchronique met signer comme contrastes les différences au plan
SJ'uccent sur les faits permanents d’une structure syntagmatique, réservant l’appellation d’opposi
[linguistique, sur ceux qui semblent indépendants tions aux différences apparaissant au plan para
tics modifications inhérentes à la durée. digmatique. (v. c o m b in a i s o n . s i e s i r r u n o N . )
l»nrabole paradigme
lîn rhétorique, la parabole est une simple compa 1. En grammaire traditionnelle, un paradigme
raison, devenue ensuite un récit allégorique est l’ensemble typique des formes fléchies que
t'Iiargé d’une leçon morale ou religieuse. prend un morphème lexical combiné avec ses
désinences casuelles (pour un nom, un pronom
pnrachrèse ou un adjectif) ou verbales (pour un verbe),
Jn rh éto riq u e, syn. d ’Au.rrtRATiON. selon le type de rapport qu’il entretient avec
Itnradiastole les autres constituants de la phrase, selon le
lin rhétorique, la paradiastole consiste à établir nombre, la personne, le temps : on dit décli
341
parafe
naison pour un nom, un pronom ou un adjectif syntaxique des phrases (paragrammatisme exprtti
et conjugaison pour un verbe. Ainsi, le paradigme sif) ou en une substitution de formes grain
de la première déclinaison latine est formée de maticales incorrectes, ou néoformes, au»
l'ensemble des formes de roseï (« la rose ») : formes correctes attendues (paragrammansmt
rosae, rosà, rasam au singulier, rosae, rosarum, impressif).
rosis, rosâs, au pluriel. paragraphe
2 . En linguistique moderne, un paradigme est On appelle paragraphe une unité de discourt
constitué par l’ensemble des unités entretenant
constituée d’une suite de phrases, formant uni)
entre elles un rapport virtuel de substituabilité. subdivision d’un énoncé long et définie ty|>u
F. de Saussure retient surtout le caractère virtuel
graphiquement par un alinéa initial et par In
de ces paradigmes. En effet, la réalisation d’un
clôture du discours par un autre alinéa.
terme (= sa formulation dans l’énoncé) exclut
la réalisation concomitante des autres termes. À paragraphie
côté de rapports in praesentia (v. syntagme, rapfoki s Chez les aphasiques, les paragraphes som dru
s y n t a g m a t i q u e s ) , les phénomènes du langage troubles de même nature que les paraphasleii*
impliquent également des rapports in absentia, (substitutions de termes ou néoformes), qui ni'
virtuels. On dira ainsi que les unités a, b, c, ... n manifestent dans l’écriture de ces malade:;
appartiennent au même paradigme si elles sont paralangage
susceptibles de se substituer les unes aux autres On désigne sous le nom de paralangage l’civ
dans le même cadre typique (syntagme, phrase, semble des moyens de communication naturel*
morphème). I.es paradigmes de flexion des qui, sans faire partie du système linguistique,
langues exploitant un système flexionnel comme accompagnent et renforcent les actes de parole,
la déclinaison ou la conjugaison ne sont donc comme la mimique et les gestes.
que des cas particuliers des rapports associatifs.
La linguistique issue de F. de Saussure parlera paralexème
d'une manière générale de rapports paradigmatiques On donne parfois le nom de paralexème au nuil
là où le linguiste genevois parlait de rapports composé (pomme de terre), par opposition ni
associatifs. lexème (abricot).
parafe, paraphe paralexie
Le parafe est le signe abrégé de la signature ; Dans la lecture à haute voix chez les aphasiqu< •<
il est une sorte de sigle du nom propre de la les paralexies sont des substitutions de tcmiei
personne, du scripteur. aux mots attendus ou des néoformes, qui un
correspondent à aucun terme de la langue,
paragoge
On appelle paragoge, ou épithèse, le phénomène paralogue
qui consiste à ajouter un phonème non éty On appelle paralogue une suite de syllfllinn
mologique à la fin d’un mot (du préfixe grec appartenant à une langue donnée, mais qui i ni
para-, qui implique une idée d’addition). La dépourvue de signification. Ainsi porbidtt Jiiti
paragoge est fréquente en italien dans l’assi kabé, sivolur sont en français des paralonun#
milation des mots étrangers se terminant par (Syn. : LOGATOMt.)
une consonne (üavidde, Sémiramisse). Elle a paraphasse
caractérisé l’évolution des finales consonan- Dans le langage des aphasiques, les paraphai i>|
tiques latines dans les formes verbales sono sont des substitutions de termes plus ou inulilJ
<— sum, cantatio *- 'cantan <— cantattt. Ce éloignés sémantiquement des termes atli mil!*
phénomène fonctionne encore régulièrement (paraphasies verbales ; ex. : deux mètres, pnui ./•
dans la prononciation populaire, où ftlobus est ans) ou morphologiquement (panipliilhli'K
prononcé ftlobusse, lapis « crayon » est pro littérales ; ex. : livrer pour niveler) ; ce soin
noncé tapisse. Il faut noter aussi la paragoge des formes qui n’existent pas dans la lan||iiti
de syllabes finales comme -ne (-ni) en Italie (néoformes), mais dont la constitution pin >nii|iii
centrale et méridionale (ment « moi », perchene obéit aux règles morphophonologiqiu di l>
« pourquoi », en Toscane), et -di en Italie méri langue du locuteur. Ainsi, on a observe * In i
dionale (Calabre septentrionale et Lucanie). un sujet : J'avais toutes les élèves à faut' it.iv.nlLi
paragrammatisme et à s'occuper de la [vokdisk] et aussi à ■■. nfi/l
On appelle paragrammatisme un trouble du de tous les [tak] qu'elles se mettaient en
langage parlé consistant en une désorganisation temps que moi.
HZ
parasite
paraphrase
1. Un énoncé A est dit paraphrase d ’un énoncé B si A est la reformulation de B, tout
en étant plus long et plus explicite que lui. On peut dire ainsi que la phrase passive
est la paraphrase de la phrase active correspondante. Deux énoncés sont dits
paraphrastiques s'ils sont nécessairement vrais (ou faux) en même temps. En ce cas,
la paraphrase est métalinguistique. (v. parapiirastiquk.)
2. La notion de paraphrase, issue de la rhétorique, est particulièrement exploitée en
linguistique.
En lexicographie, la définition du mot-entrée est constituée en général d'un groupe
de paraphrases synonym es du mot-entrée, chaque paraphrase correspondant à une
acception. Le m ot a autant d ’acceptions qu'il y a de paraphrases synonym es du mot-
entrée qui ne soient pas synonym es entre elles. O n distingue cependant le traitement
lexicographique hom onym ique du traitem ent polysémique. Le premier consiste en
ce que chaque entrée correspond à une seule paraphrase ; les mots ne sont pas
ambigus. Le traitem ent polysémique prend pour entrée un m ot graphique défini par
un ensemble de paraphrases ayant des traits communs.
E. Bendix, étudiant la relation A lias 3 (A possède B), pose ainsi le problème : il
|s'agit de définir cette relation par une classe de constructions de même forme, mais
ne contenant pas le verbe étudié (ici posséder) ; cette classe représente des phrases
paraphrasant la relation entre A et B. On part du fait empirique que les locuteurs
considèrent les membres de cette classe de constructions com me des paraphrases des
phrases contenant le verbe posséder.
Une définition de ce type est comparable à une règle transformationnelle : la
relation A has B est, en effet, ici formalisée. La grammaire transformationnelle est
essentiellement fondée sur la notion de paraphrase, devenue un concept opératoire.
On définit par des relations de paraphrases différentes Im route est déviée par la
gendarmerie et sa structure profonde La gendarmerie dévie la route, et La route est déviée
par un chemin de campagne et sa structure profonde [On] dévie ta roule par un chemin de
campagne. La paraphrase permet de déceler les ambiguïtés : la phrase Le forcené tirait
sur le toit accepte plusieurs paraphrases : Le forcené est sur 1e toit ou Le forcené lire vers
le toit ; les structures profondes sont différentes puisque sur le toit peut être soit issu
d’une relative enchâssée au sujet, soit un locatif com plém ent du verbe.
[ Enfin, l’analyse du discours doit elle aussi se faire une théorie de la paraphrase.
On a distingué les paraphrases linguistiques des paraphrases pragmatiques. La phrase
Paul n'est guère crédible a pour paraphrase linguistique On ne peut guère croire Paul et
pour paraphrase pragmatique, entre autres, On ne le croit pas du tout.
343
yarasynonyme
différence est celle des niveaux de langue. langues relevant de la famille indo-européenne.
On peut établir aussi des parentés typologiques,
para synthétique on constate ainsi que, dans certaines régions, de\
Un mot parasynthétique est formé par l'addition langues, différentes au départ, tendent à convct
combinée d’un préfixe et d’un suffixe ; ainsi, ger, à se rapprocher (v. c o n t a c t d e la n g u e s ) . Il ne
dévitaliser est formé avec le préfixe dé- et le produit aussi des convergences fortuites, comme
suffixe -iser, alors que dévital et vitaliser ne sont on en a constaté entre le tswana d'Afrique du
pas attestés. Sud et le germanique (consonantismes resscin
parataxe blants) ; de même, le takelma et l'indo-européen
La parataxe est un procédé syntaxique consis ont six importants traits typologiques en
tant à juxtaposer des phrases sans expliciter commun. On réserve le nom d’affinité" aux
par une particule de subordination ou de convergences fortuites et celui de parenté d.ms
coordination le rapport de dépendance qui l’hypothèse d’une origine commune.
existe entre elles dans un énoncé, dans un parenthèses
discours, dans une argumentation ; c’est-à-dire 1 . Les parenthèses appartiennent au système ilr
sans procéder à l’enchâssement d’une phrase ponctuation* de la langue écrite ; elles intrn
dans l'autre, ni coordonner l’une à l’autre. Il duisent et délimitent une réflexion, une nom
y a parataxe quand on a les deux phrases : Cet tion incidente, et ne dépendent pas synt.vi
homme est habile, il réussira, par opposition à quement des phrases précédentes ou suivante .
[’hypotaxe que constituent les phrases Cet homme 2. En linguistique, les parenthèses font partie ilil
réussira parce qu'il est habile. Cet homme est habile, système de notation et indiquent, dans les uyjt
aussi réussira-t-il. Cet homme est habile, et il réussira, de réécriture, un élément facultatif. Si la règle île
etc. On parle aussi de juxtaposition, par oppo réécriture de la phrase est la suivante :
sition à subordination et à coordination. P- SN + SV (SP)
paratexte cela signifie que les éléments syntagme noivnmtl
On appelle paratexte l'ensemble des textes, et syntagme verbal sont obligatoires (dan:, t ci
généralement brefs, qui accompagnent le texte ordre) et que le constituant syntagme pré|m
principal. Dans le cas d'un livre, le paratexte sitionnel (SP) est facultatif. Lorsque le synt.i>Mnn
pourra être constitué par la page de titre, un prépositionnel est choisi, on a : Le chat boit '.en
avant-propos, une préface, des annexes lait dans la tasse. Si le syntagme prépositionm I
diverses, une « quatrième de couverture » ; n’est pas choisi, on a : Le chat boit son Lui
dans le cas d'un article, le résumé (dans la ( v . FARÏ.NTHÉ1ISATION.)
même langue ou en langue étrangère), les
notes, la bibliographie, etc. Dans une pièce de parenthétisation ou parenthésage
théâtre, la liste des personnages, les indications La parenthétisation est une représentation ^nt
scéniques, la description des décors sont le phique de la structure en constituants d'un*
phrase au moyen d’un système de pdMltlli'^l
paratexte.
emboîtées les unes dans les autres et de pluu eli
parembole plus incluantes ; chaque parenthèse port» uni*
En rhétorique, la parembole est une parenthèse étiquette qui est la catégorie syntaxique ili|
incidente dans le discours, reliée au sujet de la constituant mis entre deux parenthèses ielln
phrase principale. étiquette est un symbole souscrit aux parrut Ite>» i
m
parleur
Soit la phrase Le père lit le journal ■elle peut utilisés dans la langue écrite, alors que, dans
recevoir une représentation sous la forme de la communication orale, on en emploierait
parenthèses étiquetées : d’autres : on écrira plus facilement qu’on ne
( ( (le) (père) ) dira la grève pour la plage. D’une manière plus
P SN D D K N SN nette, notamment dans les régions qui
( (lit) ( (le) (journal) ) ) ) conservent un dialecte, on utilisera en parlant
SV V V SN D D N N SN SV P des formes ou des tournures locales qu’on
n’écrira pas. Un méridional dira très souvent,
Cela signifie que la phrase P {Le père lit le
mais écrira rarement : Il se la mange, et en
journal) est formée de deux constituants SN (le
Suisse alémanique on dira couramment ksij
père) et SV (lit le journal), que le constituant SN
pour le participe passé de être, mais on écrira
est formé de deux autres constituants le et père
gewesen. On oppose quelquefois à l’ordre de la
(qui reçoivent respectivement les étiquettes de
langue parlée l'ordre scriptural, le code oral au
D et de N), et que SV est formé des deux
code écrit. L'existence de deux codes différents
constituants lit, qui reçoit l'étiquette de V
se justifie aussi sur des bases socioculturelles :
(verbe), et le journal, qui reçoit l’étiquette de
l’écrit est traditionnellement valorisé, dans la
SN ; ce dernier constituant peut à son tour
mesure où il est contrôlé par des règles nor
être analysé en le (déterminant D) et journal
matives, scolaires, alors que le code parlé est
(N). La parenthétisation étiquetée a les mêmes
jugé avec plus de tolérance ; si certains mots
propriétés que l’arbre* mais, dès que la phrase
ou expressions « ne s'écrivent pas », on admet
devient complexe, sa lisibilité laisse à désirer.
néanmoins qu'ils peuvent « se dire ».
parfait
Le parfait fait partie de la flexion verbale et I. parler (n. m.)
exprime l’accompli*. 1. Par opposition au dialecte, considéré comme
relativement uni sur une aire assez étendue et
parisose délimité au moyen des critères linguistiques de
En rhétorique, la parisose consiste en un équi la dialectologie* et de la géographie* linguistique,
libre rythmique entre les deux phrases (ex. : le parler est un système de signes et de règles de
Boire ou conduire, il faut choisir). combinaison défini par un cadre géographique
parisyllabique étroit (vallée, par exemple, ou village) et dont le
On appelle parisyllabique un type de déclinaison statut social est indéterminé au départ. Une
caractérisé en latin par le fait que le nombre langue ou un dialecte étudiés en un point précis
de syllabes n’est pas modifié par l’adjonction sont donc étudiés en tant que parlers.
des désinences casuelles ; ainsi, civis nominatif 2. Le parler est une forme de la langue utilisée
singulier fait au génitif singulier civis, au datif dans un groupe social déterminé ou comme
civi, nominatif pluriel cives. (Seuls les cas signe de l'appartenance ou de la volonté d’ap
obliques pluriels datif et ablatif présentent une partenir à ce groupe social : le parler patois est
syllabe de plus : civibus.) rural et s’utilise pour des activités campa
parlé gnardes ; le parler courant est neutre et peut
l,a langue parlée est la forme de la langue s’employer en toutes circonstances ; le parler
utilisée dans la conversation quotidienne, dans cultivé est le signe d’un certain niveau d'ins
la communication orale, par opposition à la truction ou de culture, contrairement au parler
langue écrite. Il n’y a jamais correspondance populaire. Chacun de ces parlers (pour ne
exacte entre les unités qu’on utilise dans les signaler que les principaux) a des vocables et
échanges oraux et celles qu’on utilise dans la des règles syntaxiques qui lui sont particuliers
représentation écrite, même quand on fait la et beaucoup d’autres qui sont communs à
transcription des conversations. Ainsi, en fran plusieurs parlers de la langue ou même à tous.
çais, la langue parlée marque le nombre des IL parler (v.)
noms surtout grâce aux variations de l’article, Parler, c’est communiquer avec d'autres locuteurs
alors que l’écriture a des terminaisons de pluriel selon un système défini appartenant à une
(très souvent la marque -s). La redondance est communauté linguistique particulière (langue).
en ce cas plus forte en langue écrite que dans
Il langue parlée. Les phrases écrites sont ache parleur
vées, l’oral est souvent marqué par des phrases Le parleur ou locuteur est l’émetteur d’un mes
Inachevées, etc. De même, certains mots sont sage, par opposition à l’auditeur ou au scriptettr.
345
parole
parole
La parole a longtemps été confondue avec le langage ; le m ot anglais language se
traduisant aussi bien par parole que par langage. La parole est alors considérée comnir
la « faculté naturelle de parler ». D éfinir ainsi la parole, c'est faire d ’elle un acte
com m e l'acte de marcher, de manger, actes naturels, c'est-à-dire instinctifs, innés,
reposant sur des bases biologiques spécifiques à l'espèce humaine. Si la parole, comme
l'écrit E. Sapir dans le Langage, « semble aussi naturelle à l'hom m e que la marche
[...], il ne faut qu’un instant de réflexion pour nous convaincre que cette façon de
juger n'est qu’une illusion. Le processus d’acquisition de la parole est, en réalite,
absolum ent différent de celui de la marche [...]. La marche est une fonction biologique
inhérente à l’hom m e [...]. La parole est une fonction non instinctive, acquise, une
fonction de culture. Si l'individu parle, communique son expérience, ses idées, ses
ém otions, il doit cette faculté au fait qu'il est né au sein d'une société. Eliminons l.i
société, l'hom m e aura toutes chances d'apprendre à marcher ; il n'apprendra jamais
à parler ».
C 'est F. de Saussure qui a donné à la parole, distinguée du langage, une place
particulière en l'opposant à la « langue ».
346
absentia dans une série mnémonique virtuelle. « Leur siège est dans le cerveau ;
|ils] font partie de ce trésor intérieur qui constitue la langue chez chaque individu. »
C’est sur cet axe que s'opère la sélection, parmi des termes mis en mémoire
et associés par une relation quelconque, d'un terme qui sera réalisé sur l'axe
syntagmatique et com biné sur cet axe avec d’autres éléments pour former un
syntagme.
La question se pose donc de savoir si le syntagme fait partie du domaine de la
langue ou de celui de la parole, dans quelle mesure tous les syntagmes sont libres,
le propre de la parole étant la liberté des combinaisons. F. de Saussure estime que,
en ce qui concerne les syntagmes, un grand nombre d’expressions appartiennent à la
langue ; ce sont les locutions toutes faites, auxquelles l’usage interdit de rien
changer : c'est le cas de à quoi bon, comment ça va, prendre la mouche, forcer la main à
quelqu'un, etc., tours qui ne peuvent être improvisés et qui sont fournis par la tradition.
F. de Saussure attribue également à la langue tous les types de syntagmes construits
sur des formes régulières, ces types n'existant « que si la langue en a enregistré des
spécimens suffisamm ent nombreux » ; c ’est le cas de : la terre tourne, que vous dit-il ?
etc.
Mais il ajoute qu’« il faut reconnaître que, dans le domaine du syntagme, il n'y a
pas de limite tranchée entre le fait de langue, marque de l'usage collectif, et le fait
de parole, qui dépend de la liberté individuelle ».
Q uant à la phrase, elle échappe à cet usage collectif et relève de la parole : « Elle
appartient à la parole, non à la langue. »
d) L’aspect créateur du langage est le fait de l’acte de parole. Pour F. de Saussure,
l’aspect créateur du langage est éliminé de la langue, domaine des signes et des règles
de fonctionnem ent transmis com m e un héritage, déposés dans la mémoire où ils
sont sélectionnés ; pour lui, l'aspect créateur est essentiellement le fait de l’acte de
parole, domaine de la liberté, de la fantaisie, où n'existent pas de règles.
c) Le mécanisme psychophysiologique de l’acte de parole suppose au moins deux
individus ; soit deux personnes A et B, Saussure décrit le circuit suivi par la parole
ilans cet acte de communication ; pour lui, le point de départ du circuit est dans le
cerveau de la personne A, où les faits de conscience (concepts) se trouvent associés
aux représentations des signes linguistiques ou images acoustiques servant à leur
expression. Lorsqu’un concept déclenche dans le cerveau l’image acoustique corres
pondante, nous avons un phénom ène psychique. Suit alors un phénomène
physiologique : le cerveau transm et aux organes de la phonation une impulsion
corrélative à l’image. Un procès physique ensuite : les ondes sonores se propagent
de la bouche de A à l’oreille de B, l’air jouant le rôle de canal de communication,
linsuite, le circuit se prolonge en B dans l’ordre inverse : de l'oreille au cerveau,
transmission physiologique de l'im age acoustique : dans le cerveau, association
psychique de cette image avec le concept correspondant. Si B parle à son tour, le
nouvel acte de parole suivra la m êm e marche que le premier.
l es organes de la parole
• La parole, phénom ène phonétique. La parole est un phénom ène physique et concret
qui peut être analysé soit directement, à l'aide de l’oreille humaine, soit grâce à des
methodes et à des instruments analogues à ceux qu’on utilise en sciences physiques.
I .i parole est, en effet, un phénom ène phonétique : ' articulation de la voix donne
naissance à un segment phonétique, im m édiatement audible à titre de pure sensation.
L’acte de la parole comprend physiquement trois phases :
a) la production de la chaîne sonore par les organes dits de la parole (articulation ci
phonation) ;
b) la transmission du message à l’aide d’une onde sonore ; cette phase comprend la
structure physique des phénomènes vibratoires et l'acoustique de la parole ;
c) la réception de cette onde sonore par une oreille humaine ; cette phase comprend
la perception de la chaîne sonore, c’est-à-dire son interprétation com m e une scrie
d'élém ents de valeur distinctive.
• L 'appareil phonatoire et la production des sons du langage. Il s'agit d'étudier leu
organes de la parole. E. Sapir remarque que, même au niveau de la production de»
sons, le langage est autre chose qu'une simple fonction biologique, puisqu'il a fallu
que les mécanismes primaires de l'activité laryngée soient totalem ent transformés par
les modifications que leur impose le jeu de la langue, des lèvres, du voile du palalu
pour qu'un « organe de la parole » fût enfin constitué. C 'est peut-être parce que cet
« organe de la parole est, en réalité, un réseau secondaire et com m e surajouté
d’activités physiologiques qui ne correspondent pas aux fonctions primaires dn
organes impliqués que le langage a pu se libérer de l’expressivité corporelle directe »
D ans le Langage, E. Sapir précise cette idée : « Il n 'y a, à proprement parler, pmi
d’organes de la parole ; il y a seulement des organes qui sont fortuitement utiles ,i
la production des sons du langage : les poumons, le larynx, le palais, le nez, !,i
langue, les dents et les lèvres sont utilisés pour la parole, mais ne doivent pas êlio
considérés com m e les organes essentiels de la parole [...] ; la parole n’est pas une
activité simple qui est produite par des organes biologiques adaptés à cette fonction .
c'est un réseau très compliqué et constam m ent changeant d’adaptations variées : du
cerveau, du système nerveux, des organes d’audition et d’articulation, tout cela
tendant vers un seul but désiré : la com munication des idées. » En résumé, la parole,
physiologiquement, est « une fonction, ou, pour mieux dire, un groupe de fonction"
qui em piètent sur les autres. Elle obtient tout ce qu'elle veut d'organes et de fonctioni
soit nerveuses, soit musculaires, qui, en réalité, ont été créés et se sont m aintenir
pour des fins bien différentes ».
M9
particule
verbale,, ici « venir », et on obtient alors la d) lorsqu'ils entrent dans un ensemble auxi
forme de surface : venu (Pierre est venu). liaire-participe précédé de en ou du pronom h>
3. La grammaire normative édicté les règles de (ou /') anaphorique d'une proposition: De»
variabilité des participes passés en langue écrite. filles, j'en ai connu. La situation est plus grave t/iif
Les participes passés s'accordent : nous ne l'avons imaginé ;
a) avec le sujet lorsqu'ils sont conjugués avec e) lorsque ce sont des verbes impersonnel:i
l’auxiliaire être : Elles sont venues ; règle à laquelle Quelle pluie il est tombé, cette nuit !
se rattachent les participes passés des verbes
dits essentiellement pronominaux et les pro particule
nominaux à sens passif : Elle s'est plainte. Les Une particule est un morphème grammatic.il
fruits se sont bien vendus ; non autonome, qui forme avec un morphème
b) avec le complément d’objet direct antéposé lexical une unité accentuelle ou mot. Sous li
lorsqu’ils sont conjugués avec l’auxiliaire avoir : nom de particules, on regroupe souvent leii
Les fleurs qu'elle a achetées ; règle qui s'applique affixes (suffixes, préfixes), les conjonctions dr
aussi lorsque le pronom complément d'objet coordination (comme le latin -que), les adverlu".
direct antéposé est sujet de l’action marquée par négatifs (comme le français ne, le grec me), leu
l’infinitif qui suit : C'est 1a plie que j'ai vue plâtrer ; prépositions (comme le français de).
et à laquelle se rattachent les participes passés
partiel
des verbes pronominaux réfléchis et réciproques
1. Un partiel, ou harmonique’', est, dans uni
dont le pronom fonctionne comme objet direct :
vibration composée, l’onde sonore produite
Elle s'est regardée (= elle a regardé elle-même) ;
par l’une des parties du corps vibrant. Dan:, U
Ils se sont tués ( = ils ont tué eux-mêmes).
Les participes passés restent invariables : phonation, les ondes sonores produites pai l,i
a) lorsqu'ils sont conjugués avec l’auxiliaire vibration des cordes vocales sont composccii
avoir : Ils ont vu Jeanne ; d’un certain nombre de partiels de fré q u e iu m
b) lorsqu'ils appartiennent à la flexion des variées. Chaque partiel est renforcé par la cavité
verbes intransitifs et transitifs indirects : Ils nous supraglottique dont la fréquence est équivn
ont parlé ; règle à laquelle se rattachent les lente à la sienne. Le pharynx, par exemple
participes passés des pronominaux dont le renforce les partiels de basse fréquence.
pronom fonctionne comme objet indirect : Ils 2. Une interrogation est dite partielle quand, ,m
se sont nui ( = ils ont nui à eux-mêmes) ; lieu de porter sur toute la phrase (inteirogatmu
c) lorsque, transitifs avec avoir, ils sont suivis totale), elle ne porte que sur certains élénvnii
d'un infinitif ou d’une proposition complément de la phrase : ainsi quand on demande (}ui fui
d’objet direct : Les fruits que j'ai vu cueillir. Ixs joies venu ? Quand est-il venu ? on interroge mil
que j'avais pensé que vous auriez (règle absolue pour l’auteur ou sur le temps de l’action, non mu
le participe passé de faire) ; l’action de « venir » elle-même. (v. f o r ™ . )
parties du discours
1. A la suite de la Grammaire générale et raisonnée de Port-Royal, les gramm.’mni
françaises appellent parties du discours, ou espèces de mots, les classes de mol:, (nu
catégories lexicales) définies sur la base de critères syntaxiques (définition formelli I
et sur celle de critères sémantiques (définition notionnelle). Syntaxiquemeni, l>
classes sont définies :
a) par le rôle réciproque des m ots dans la constitution de la phrase ; le nom, trie du
syntagme nominal, s'associe au verbe, tête du syntagme verbal, pour former la phi,i > (
b) par la spécificité des flexions (m odifications du m ot selon sa fonction syntaxiquu,
son mode spécifique de référence). Le nom et le verbe se distinguent parce qui Ih
flexion nominale du premier supporte les catégories grammaticales du genre ri i lu
nombre, tandis que la flexion verbale du second supporte les catégories grammalii nli n
de la personne et du temps, du moins dans les langues indo-européennes.
C ’est le rôle syntaxique qui détermine les neuf classes des noms, des pronom;■ i It i
verbes, des adjectifs, des déterminants (ou articles), des adverbes, des prépositions ilrn
35 0
passé
357
passif
passif
1. O n appelle phrase passive une phrase correspondant à une phrase active transitive
dans laquelle le sujet de la phrase active est devenu l’agent (introduit par la préposition
de ou par en français) et où l'ob jet de la phrase active est devenu le sujet d’un verbe
constitué de l’auxiliaire être et du participe passé du verbe transitif. Soit la phrase
active transitive directe : (1) Le vent a cassé la branche, la phrase passive correspondante
est : (2) La branche a été cassée par le vent. O n considère qu’il y a quasi-synonymie
entre la phrase active (1) et la phrase passive (2).
D ans la mesure où la grammaire traditionnelle range le passif (être lu) et l’actif (lire)
dans un répertoire com m un appelé voix, elle en fait deux catégories verbales de même
niveau ; ce qui suppose, com m e c’est le cas en grec et en latin, l’existence d’affixcii
de conjugaison spécifiques du passif. Or, en français, le mode et le temps des forme,
passives, réduites à ceux de l'auxiliaire être (Je suis aimé ; ils seront aimés), ne légitiment
pas l'unité morphologique de la voix passive, qui se confond aussi parfois avec lu
voix m oyenne du grec ou du latin. En outre, l’identité structurale des formes verbaleii
associant un participe passé à l’auxiliaire être (Je suis v e n u /Je suis aimé) et la difficulté
à distinguer les traits inhérents de être copule (Il est désabusé) de ceux de être auxiliaire
(Il est trompé) ont conduit à évaluer les critères du passif à partir des relations logiquci
et syntactico-sémantiques de réciprocité qui le lient à l’actif.
La phrase passive est garantie par la condition nécessaire que le verbe soit transitif
direct. Comporter, valoir, pouvoir et les verbes transitifs indirects (obéir, nuire) échappcni
à cette relation. O n retrouve parfois ce type de relation entre intransitif et le transit il
direct (le papier jaunit au soleil ou le soleil jaunit le papier).
2 . En grammaire générative, on appelle transformation passive les opérations de transloi
mation que subit la phrase active transitive de structure profonde pour devenir la structure
de surface passive. Dans une première étape de la théorie, on a formalisé la correspondance
actif-passif à partir de la grammaire traditionnelle sous la forme suivante :
SNj-t-Aux + V + S N 2 -» SN2 + Aux + être + P P + V + par + SN.
(SN, et SN 2 : syntagmes nominaux ; Aux : auxiliaire ; V : radical verbal ; PP : aflixr
de participe passé). La transform ation était facultative et ne modifiait pas le sens de
la phrase active sous-jacente. Dans une deuxième étape de la théorie, on a consideic
que la transformation passive était déclenchée par la présence en structure profonde
d'un com plém ent de manière (abréviation M an) formé de par et d’une proforme il
la place de laquelle venait le syntagme nominal sujet de la phrase active :
S N .+ A u x + V + S N 2 + M an —►SN 2+ A u x + être + P P + V + par SN,
O n appelle ellipse, ou effacement de l'agent du passif, la transformation qui efface le
com plém ent d'agent du verbe passif :
La vitre a été cassée par quelqu'un (ou quelque chose). -> La vitre a été casser
3. Le passage de l’actif au passif, s’il n'altère pas le contenu sémantique du mes:..i|;t
modifie toutefois les fonctions syntaxiques et les thèmes dénonciation. Les syntagme#
qui fonctionnent comme sujet et complément d’objet direct dans la phrase active IUiiI ,i
vu l'assassin deviennent respectivement complément prépositionnel (complément cl’.ii’i ni i
et sujet dans la phrase passive L'assassin a été vu par Paul, l’action étant envisagée du |» >lnl
de vue du patient et non plus du point de vue de l’agent. La passivation permet ......il
d’éviter la spécification du sujet : I.e président m'a raconté que... Il m'a été raconté Cl
dispense d’un sujet indéfini : On/Quelqu'un a dit que... Il a été dit que...
4 . Le wcabulaire passif est l’ensemble des mots que le sujet parlant est capable île
*52
perfectum
353
performance
354
j
personne
personne
I . La personne est une catégorie gram m aticale rep o san t sur la référence aux participants
à la co m m u n ication et à l’én o n cé produit. La situ atio n de com m u n icatio n est définie
par une relation entre un su jet parlant qui én on ce e t un autre su jet parlant à qui cet
énoncé est adressé pour qu ;à son tour il donne une réponse : « je te dis que »
(com m u n icatio n intersubjective). La phrase im plicite, sous-jacente à to u t énoncé. « je
le dis que » représente l’én o n ciation * et les phrases e ffectiv em en t produites l’énoncé*.
La com m u n ication , ou éch ange verbal, im plique donc un locu teu r (prem ière personne),
le « je » ou « ego » qui est le centre de la co m m u n icatio n (celle-ci est égocentrique) :
un interlocu teu r ou allo cataire (d eu xièm e personne), le « tu », e t un o b je t énoncé (ce
35.5
personne
*56
pertinent
357
pétition de principe
le trait de laxité qui accompagne la réalisation le locuteur et le destinataire. Des mots comme
des consonnes voisées ; dans de nombreuses allô ou vous m'entendez utilisés au téléphone
langues, le trait de labialisation qui accompagne relèvent essentiellement de la fonction plkitiijiii
la réalisation des voyelles postérieures. (v. aussi c o m m u n io n p h a tiq u e ).
L'œuvre principale des philologues est donc d’un phonème, variables suivant le contexte
l'édition des textes. Le texte à éditer a été phonique, le locuteur, les conditions générales
longtemps l’écrit originel, considéré comme d’émission.
l’unique source des copies ultérieures, d’où
phonématique
l'idée qu’il faudrait corriger les écarts, les fautes
1 . Suivant la terminologie la plus courante en
dues aux scribes successifs. L'original hypo
Europe, la phonématique est la partie de la
thétique est reconstitué en comparant les
phonologie” qui étudie plus particulièrement
diverses leçons des manuscrits : ce domaine
les phonèmes, c ’est-à-dire les unités distinctives
philologique est celui des texte religieux et
minimales. Le but de la phonématique est de
celui des textes grecs et latins, même affinée
dégager l’inventaire des phonèmes de la langue
et modifiée par la substitution de l’idée de
ou des langues étudiées, de les classer, d’étudier
« variante » à celle de « faute » et par celle de
leurs combinaisons, etc.
« familles » à celle d’« original unique ». Pour
Différentes méthodes s’offrent à la phoné
les textes littéraires, le changement théorique
matique. La première, la plus traditionnelle,
a été plus profond : une réévaluation des
s’appuie sur les différences de sens entre les
diverses copies, considérées comme des états
quasi-homonymes : deux unités s’opposent en
différents d’un même récit, a pris pour base le
tant que phonèmes si, en les faisant commuter
mode de réception des textes au Moyen Âge.
dans un même contexte, on obtient des mots
Les copistes devenaient des auteurs, et non
de sens différents ; cette méthode, dite des
plus des transcripteurs. On a édité séparément
« paires minimales », a l’inconvénient d’impli
chacun des manuscrits, considéré comme un
quer, de la part de celui qui étudie le système
texte original. Le développement d’une sorte
phoném atique d’une langue donnée, une
de génétique textuelle a conduit à éditer l’en
connaissance préalable assez approfondie de
semble des manuscrits se rapportant à un même
cette langue. Les autres méthodes s’efforcent
récit, comme une sorte d’écriture au travail.
plus ou m oins im parfaitem ent d’éviter le
Enfin la philologie a largement bénéficié des
recours au sens, comme par exemple celle qui
techniques modernes (radiographie, analyse
consiste à faire entendre aux locuteurs de la
chimique des supports), des apports statis
langue étudiée la paire de mots obtenue par
tiques, de l’inform atique qui a permis,
commutation pour voir s’ils les différencient
en particulier, la constitution de bases de
linguistiquement. Enfin, la troisième méthode
données, a été utilisée pour l’étude des langues amérin
phonation diennes, totalement inconnues des linguistes
La phonation est l’émission des sons du langage qui s’y intéressaient : cette méthode consiste
par un ensemble de mécanismes physiolo à rassembler un corpus très large et à étudier
giques et neurophysiologiques dont les étapes les rapports syntagmatiques entre les unités
principales sont la production du souffle par qui y apparaissent ; seules peuvent être consi
un mouvement respiratoire spécifiquement dérées comme en opposition les unités appa
adapté à l’acte de parole, la production de la raissant dans le même contexte. Cette méthode
voix par la mise en vibration des cordes vocales, est l'application de la technique cryptanaly
la modulation de la voix en fonction des unités tique* aux recherches phonologiques.
phoniques à réaliser par l’excitation des diffé 2 . Le terme de phonématique est parfois
rents résonateurs, employé, comme traduction de l’anglais pho-
phone ttemics, pour désigner l’ensemble de la phono
On appelle parfois phones les sons du langage, logie, ou comme adjectif, pour désigner ce qui
c’est-à-dire chacune des réalisations concrètes relève de la phonologie.
phonèm e
[.e phonème est l’élém ent minimal, non segmentable. de la représentation phonolo-
gique d’un énoncé, dont la nature est déterminée par un ensemble de traits distinc
tifs. Chaque langue présente, dans son code, un nombre limité et restreint de
phonèmes (une vingtaine à une cinquantaine selon les langues) qui se com binent
successivement, le long de la chaîne parlée, pour constituer les signifiants des messages
et; s'opposent ponctuellement, en différents points de la chaîne parlée, pour distinguer
35 9
phonème
les messages les uns des autres. Cette fonction étant sa fonction essentielle, le
phonèm e est souvent défini com me l’unité distinctive minimale. Le caractère phonique
du phonèm e est accidentel (L. Hjelmslev propose le terme de cénème, « unité vide,
dépourvue de sens ») ; il est néanmoins im portant puisque toutes les langues connues
sont vocales. Le phonème est donc défini., en référence à sa substance sonore, par
certaines caractéristiques qui se retrouvent aux différents niveaux de la transmis
sion du message (niveau moteur ou génétique, niveau acoustique, niveau perceptif,
etc.).
Ces caractéristiques phoniques, dites « traits distinctifs » ou « pertinents », ne se
présentent jamais isolées en un point de la chaîne parlée : elles se com binent ;i
d'autres traits phoniques qui peuvent varier en fonction du contexte, des conditions
d’émission, de la personnalité du locuteur, etc., et que l'on appelle traits non-distinctify
Le locuteur d'une langue donnée a appris à produire certains mouvements des organes
phonatoires de façon à placer dans les ondes sonores un certain nombre de traits
que l'auditeur de la même langue a appris à reconnaître. Un même phonème est
donc réalisé concrètem ent par des sons différents, form ant une classe ouverte mais
possédant tous en com m un les traits qui opposent ce phonème à tous les autres
phonèmes de la même langue. Ces sons différents, qui réalisent un même phonème,
sont appelés variantes ou allophones. D ans le m ot français rare, le phonème /r/ peut
être prononcé com m e une vibrante dentale [r] dite « r bourguignon », com m e une
vibrante uvulaire [R ] dite « r grasseyé ». com m e une fricative uvulaire [K] dite i
parisien » : il s’agit de trois sons différents, ou de trois variantes différentes (ici. des
variantes régionales et sociales) réalisant un même phonème.
Le phonèm e français/a/s’oppose à/i/./e/,/e/,/y/, /u/. /o/, /a/, etc., com m e le monde
la série minimale la, lis, les, lait, lu, loup, lot, las, etc., et à tous les autres phonèmes
du français parce qu’il est le seul à posséder ensemble les traits vocalique, non
consonantique, palatal (aigu), ouvert (com pact). Ce sont ces traits que l’on retrouve
dans la voyelle des m ots suivants, chat, lac, cale, patte, mêlés à d'autres traitN
articulatoires (acoustiques) qui dépendent du contexte et n'ont pas de fonction
linguistique.
Certains traits constants dans la réalisation concrète d’un phonème donné peuvent
ne pas avoir de fonction distinctive et être cependant importants pour l'identification
du phonèm e : ainsi, en français, le /l/ est suffisamment défini phonologiquement
com m e une latérale (vocalique, consonantique, continue) puisqu’il n ’y a pas d’autie
latérale dans le système phonologique : mais si on ne tient pas com pte de l'artI
culation dentale, habituelle en français, et si on prononce une latérale palatal*
[A], on risque de confondre des mots com me fil /fil/ prononcé /fi) J et fille /ll|
De même, en anglais, l’aspiration n'a pas de valeur phonologique, mais elle
facilite l’identification des occlusives initiales, dans des m ots com me pin, tin. i iJ '
etc.
Deux phonèmes appartenant à deux langues différentes ne peuvent jamais eire
semblables puisque chacun se définit par rapport aux autres phonèmes de la langui
à laquelle il appartient. Ainsi, le /s/ français est défini com m e consonantique, imii
vocalique, dental (diffus et aigu), fricatif (continu), non-voisé ; en espagnol, le plu un n n
/s/est défini par les mêmes caractéristiques sauf la dernière, puisqu'il n'y a pas il.mu
cette langue de sifflante voisée com m e en français ; le phonèm e/s/est realisi eh
espagnol tantôt com m e non-voisé [s], tantôt com m e voisé [z], en fonction du conte u
Moins les phonèmes sont nombreux dans une langue et plus ils présentent île
variantes.
360
phonétique
phonétique
1. Traditionnellem ent, le terme de phonétique, désigne la branche de la linguistique
qui étudie la com posante phonique du langage, par opposition aux autres domaines :
morphologie, syntaxe, lexique et sémantique.
2 . Dans la terminologie qui s'est développée à travers la linguistique contemporaine
à partir des années 20. le terme phonétique désigne, en opposition à la phonologie,
l’étude de la substance physique et physiologique de l’expression linguistique : « ce
qui caractérise particulièrement la phonétique, c’est qu'en est tout à fait exclu tout
rapport entre le complexe phonique étudié et sa signification linguistique... La
phonétique peut donc être définie : la science de la face matérielle des sons du
langage humain » (N. Troubetskoï).
3 . Mais la phonétique ne peut faire abstraction du caractère social du langage, de même
que la phonologie ne peut faire abstraction de la connaissance des sons concrets de la
parole aux différents niveaux de la chaîne parlée. La multiplicité des variantes contextuelles
ou facultatives d’un seul et même phonème dans la prononciation réelle est due à la
combinaison de ce phonème avec différentes sortes de traits expressifs et redondants.
Cette diversité ne gêne pas l’extraction du phonème invariable. « Le code inclut non
seulement les traits distinctifs mais aussi les variantes contextuelles, tout autant que les
traits expressifs qui gouvernent les variantes facultatives ; les usagers d’une langue ont
appris à les produire et à les appréhender dans le message » (R. Jakobson). L’étude du
chevauchement des unités phoniques dans la chaîne parlée, avec les phénomènes de
coarticulation, montre l’importance des règles relationnelles au moyen desquelles le
locuteur, guidé par le code linguistique, appréhende le message.
La phonétique générale étudie l’ensemble des possibilités phoniques de l’hom m e à
travers toutes les langues naturelles. La phonétique comparée étudie les sons qui
apparaissent dans deux ou plusieurs langues. La phonétique appliquée se limite aux
particularités phoniques d’un système vocal déterminé, langue ou dialecte (phonétique
française, anglaise, etc.). La phonétique historique peut suivre l'évolution des sons au
cours de l'histoire de la langue tandis que la phonétique descriptive les étudie à un
m om ent donné de cette évolution.
Mais les principales distinctions entre les différentes branches de la phonétique sont
déterminées par la nature complexe du message vocal, la spécificité des différentes étapes
de sa transmission et la diversité des méthodes grâce auxquelles il peut être appréhendé
et décrit Les domaines de la phonétique qui sont le plus explorés sont la phonétique
articulatoire* ou physiologique, qui étudie les mouvements des organes phonateurs lors de
l’émission du message, la phonétique acoustique* ou physique qui étudie la transmission du
message par l'onde sonore et la façon dont il vient frapper l’oreille de l’auditeur, la
phonétique auditive*, enfin, qui touche à la psychologie et qui étudie les modalités de la
perception du message linguistique. La phonétique neurophysiologique, moins étudiée, cherche
à décrire les mécanismes cérébraux et neurologiques de l’encodage et du décodage du
message chez le sujet parlant en tant qu’émetteur et en tant que récepteur.
phonétographe
phonologie
La phonologie est la science qui étudie les sons du langage du point de vue de leur
fonction dans le système de com m unication linguistique. Elle se fonde sur l'analyse
des unités discrètes (phonèmes* et prosodèmes*) opposées à la nature continue des
sons. Elle se distingue donc de la phonétique bien qu’il soit difficile de séparer coït ]
deux domaines de recherche. La phonologie s’organise elle-même en deux champs
d’investigation :
a) la phonématique* étudie les unités distinctives minimales ou phonèmes en nombre
limité dans chaque langue, les traits distinctifs ou traits pertinents qui opposent entle
eux les phonèmes d'une même langue, les règles qui président à l'agencem ent dru
phonèmes dans la chaîne parlée ; les deux opérations fondamentales de la linguistiqur
sont la segm entation et la com m utation qui permettent de dresser l’inventaire dfn
phonèmes d’une langue donnée, d’en déterminer les variantes contextuelles ou
allophones. et d'étudier ces phonèmes selon leurs propriétés au niveau articulatoirc’ .
acoustique’ , auditif*, et dans le cadre de la perception ;
b) la prosodie* étudie les traits suprasegmentaux, c ’est-à-dire les éléments phonique»
qui accom pagnent la transmission du message et qui ont aussi une fond ion
distinctive : l’accent*, le ton*, l’intonation*. À côté des études phonologiques appliqucvt»
à une langue donnée, la phonologie générale étudie les principaux systèmes phonologn|iu n
du monde et les lois générales de leur fonctionnem ent, la phonologie contrastive étudn
les différences des systèmes phonologiques de deux ou plusieurs langues, la phonolyu
synchronique envisage le système dans un état donné de fonctionnem ent de la langui
tandis que la phonologie diachronique vise à décrire et à expliquer les changement:, iln
système dans le passage d'un état de langue à un autre (déphonologisaimii,
rephonologisation, etc.).
Pendant longtemps, la phonologie a été confondue avec la phonétique. Quai ni Ii
terme phonologie a com m encé à être employé, vers 1850, il l’a été concurremmeii!
avec celui de phonétique, chaque école, parfois chaque linguiste donnant une accepimu
différente aux deux termes qui ont par ailleurs le même sens étymologique : et mit
des sons ».
phonologie
En fait, la nécessité de distinguer deux types d'élém ents phoniques dans la langue,
ceux qui jouent un rôle dans la com m unication et constituent les constantes à travers
les différentes réalisations d’un message, et ceux qui correspondent à des variantes,
avait été entrevue très anciennement, com m e en témoigne chez les grammairiens
hindous com m e Patanjali, environ 150 ans avant J.-C., la théorie du sphota, ou « son
signifiant », opposé au dhvani, « réalisation concrète et variable de cette entité ». Le
même concept est implicite dans l ’utilisation de l’écriture à partir du m om ent où on
a com m encé à employer des symboles non plus com m e idéogrammes, mais com m e
phonogrammes.
Les exigences normatives, l'im portance donnée à la langue écrite au détriment de
la langue orale, ont contribué au cours des siècles à l’occultation de cette distinction.
Au xix'' siècle, l'intérêt prédominant pour l'étude des sons et la régularité des change
ments phonétiques, le développement même des méthodes expérimentales en phoné
tique font passer au second plan l'étude fonctionnelle des unités phoniques. Le
terme phonème est adopté en 1873 par la Société de Linguistique de Paris. La
recherche des symboles pour le développement d'un système de transcription univer
sel et l’établissement d'un alphabet phonétique international sous l'impulsion de
H. Sw eet et P. Passy constituent un prélude à la recherche des invariants. À la fin
du xixc siècle, l’apparition chez Baudouin de Courtenay d'une distinction entre une
vhysiophonéticjue et une psychophonétique préfigure la distinction entre phonétique et
phonologie.
Le véritable départ de la phonologie en Europe n’a été possible que par l'application
systématique à l’étude des sons du langage des notions linguistiques élaborées par
F. de Saussure, la théorie du signe, les notions de système et de valeur, la distinction
entre synchronie et diachronie, etc. Les travaux du Cercle linguistique de Prague, en
particulier les contributions de N. Troubetskoï et de R. Jakobson, le retentissement
qu’ils ont eu au 1e' Congrès international de linguistique de La Haye en 1928 ont
conféré à la phonologie son statut définitif de science linguistique. D es recherches
menées à peu près à la même époque en France et aux Etats-Unis aboutissent à des
résultats semblables, malgré un certain nombre de divergences de principe et de
méthode. Le Cercle de Copenhague avec L. Hjelmslev développe à l’extrême la
distinction entre phonétique et phonologie au point de faire abstraction de la substance
phonique du langage, considérée com m e accidentelle : les unités distinctives minimales
sont appelées cénèmes, c'est-à-dire « unités vides de sens », par opposition aux plérèmes
(unités significatives lexicales) et aux morphèmes (unités significatives grammaticales)
et la phonologie devient la cénématique. Mais les linguistes américains refusent le
« mentalisme » européen et dans un souci d'objectivité, sous l’influence du « beha-
viorisme », ils privilégient la segmentation aux dépens de la com mutation, d’autant
que les recherches se fondent souvent sur les langues amérindiennes qu'ils découvrent
et enseignent au fur et à mesure qu'ils les décrivent. Certaines théories accordent
aussi plus de place à la prosodie, aux tons, à l’accentuation, à l’intonation, à l’harmonie
vocalique (théorie prosodique de Firth, théorie tagmémique de Pike, analyse compo-
nentielle de Harris). Les recherches de Bloomfield sur les propriétés distinctives des
phonèmes ont abouti à la notion de « traits distinctifs » qui conduit Jakobson à
développer un ensemble théorique autour de la constatation que ce sont les traits
eux-mêmes et non les phonèmes qui constituent les véritables éléments minimaux
i l'une représentation phonologique ; il élabore l'hypothèse d’un inventaire universel
îles traits distinctifs correspondant à des universaux du langage dans lequel chaque
Lingue puise les constituants de son système phonologique.
phonologicjue
ches. comme dans les langues de l’Inde : en d’abord apparu dans les capitales et dans la
tamoul, un seul et même phonème doit être haute société, par exemple en France celle de
prononcé [ts] ou [s] suivant la caste du sujet la cour de Versailles. 11 caractérise en Italie un
parlant. Dans presque toutes les sociétés, il milieu intellectuel mondain. La prononciation
existe une prononciation « mondaine » affec de l'américain de New York présente deux
tée, caractérisée le plus souvent par un certain variantes pour le phonème/r/et trois variantes
relâchement : ainsi., le [m] fricatif, moins éner pour le phonème /O/ correspondant à des
gique que la vibrante qu'il a remplacée ou qu'il stratifications sociales.
tend à remplacer dans de nombreux pays, est
phrase
Selon la grammaire traditionnelle, la phrase est une unité de sens accompagnée, à
l ’oral, par une ligne prosodique entre deux pauses et limitée, à l’écrit, par les signes
typographiques que sont, en français, la majuscule et le point. La phrase peut contenir
plusieurs propositions (phrase com posée et com plexe). Cette définition s'est heurtée
à de grandes difficultés. Pour définir la phrase, on ne peut avancer l’unité de sens,
puisque le même contenu pourra s'exprim er en une phrase (Pendant que je lis, maman
coud) ou en deux (Je lis. M am an coud). Si on peut parler de « sens com plet », c’est
justem ent parce que la phrase est complète. En outre, on a posé à juste titre le
problème de telle phrase poétique, par exemple, dont l’interprétation sera fondée
uniquement sur notre culture et notre subjectivité, et de tel « tas de mots *> ayant un
sens clair et ne form ant pas une « phrase », com m e dans M oi y en a pas d'argent. La
phrase a pu être aussi définie com m e un énoncé dont les constituants doivent assumer
une fonction’' et qui, dans la parole, doit être accompagné d’une intonation. La phrase
dans les théories hypothético-déductives est définie com m e une concaténation de
deux constituants, un syntagme nomimal et un syntagme verbal, chaque constituant étant
ensuite analysé selon ses propriétés distributionnelles et/ou transformationnelles et
répondant sur le plan sémantique et/ou logique à la distinction entre thème (ce dont
on parle) et prédicat (ce qu’on dit du thème).
Dans les phrases sans verbe, l’intonation permet de reconnaître si on a affaire à un
mot ou à un groupe de mots isolé, sans fonction, ou bien à une phrase, même constituée
par un seul mot (mot-phrase). Une phrase a également une fin déterminée : elle énonce
quelque chose (prédicat) à propos de quelqu’un ou de quelque chose (thème). La phrase
peut ne comporter qu'un élément qui est le thème (la phrase est alors incomplète), ou le
prédicat, comme dans Formidable ! où le thème n'est pas évoqué ; ou bien deux éléments
sans verbe comme dans Bon, ce gâteau. Les phrases ayant un verbe se divisent en phrases
simples et phrases complexes. Les phrases simples ne comportent qu’un membre organisé
autour d’un verbe (à un mode personnel ou à l’infinitif). Les phrases complexes comportent
plusieurs membres dits « propositions », celles-ci étant soit juxtaposées, soit coordonnées,
soit subordonnées. Dans les phrases complexes, les propositions juxtaposées ou coordon
nées ont une autonomie grammaticale complète permettant à chacune de fonctionner le
cas échéant comme une phrase simple. La proposition subordonnée, au contraire, ne peut
pas fonctionner telle quelle, comme une phrase simple ; elle a besoin du support de la
proposition principale, qui contient un tenne dont elle est dépendante ; ainsi, dans :
Chaque matin, il constatait qu'on lui avait volé des poires, qu'on lui avait volé des poires est la subor
donnée et dépend de constatait ; Chaque matin, il constatait est la principale, support de cette
subordonnée. La phrase simple ou complexe peut être énonciative, ou exclamative, ou inter
rogative, ou impérative ; en ce cas on parle de type de phrase, on définit le statut de la
phrase.
phrase-noyau
A
langues différentes. Le système du pidgin est plein
beaucoup plus complet que celui du sabir*, 1. On appelle forme pleine la forme d’un mot
son vocabulaire couvrant de nombreuses acti existant à côté d’une forme réduite (par apo
vités. Plus particulièrement, le pidgin-english, cope, élision, etc.) ; ainsi le latin nihil existe à
ou pidgin, est une langue composite à base côté de la forme réduite nil.
grammaticale chinoise et à vocabulaire anglais 2. On appelle mots pleins, par opposition aux
(par opposition au pidgin mélanésien ou mots vides* les morphèmes lexicaux opposés aux
bichlamar*). termes grammaticaux. Us prépositions pleines sont
celles qui ont un signifié propre (malgré, sans) qui
pidginisation
les oppose à d'autres, vides, qui expriment les
La pidginisation est le processus par lequel, dans
seuls rapports syntaxiques (de).
une situation de contact de langues, tend à
apparaître un pidgin. pléonasme
1. Le pléonasme est la répétition dans un même
pinyin énoncé de mots ayant le même sens. Une suite
Le pinyin est un système de transcription de
de mots est pléonastique dès que les éléments
récriture chinoise en alphabet latin, fondé sur
d’expression sont plus nombreux que ne l'exige
la prononciation des caractères idéographiques
l’expression d’un contenu déterminé : suffisam
dans le dialecte de Pékin (mandarin du Nord)
ment assez, descendre en bas, sont des pléonasmes,
et utilisé surtout sur le plan international. (v. R F . D O N D A N Œ .)
pitch 2. On appelle pléonasme, ou transformation pléo
Le terme de pitch est un terme emprunté à la nastique, une transformation d’addition qui, ne
linguistique anglaise et américaine pour dé modifiant pas le sens de la phrase initiale,
signer l’accent de hauteur, ou ton* par oppo n’ajoute rien du point de vue qualitatif. Ainsi,
sition au stress* ou accent de force. on dira que la phrase J'ai mal à mon bras gauche
est la transformation pléonastique de J'ai mal
place au bras gauche,
Dans une terminologie dérivée de la logique,
on appelle structure (de phrase) à une place ou pléréma tique
un argument une phrase intransicive simple, L. Hjelmslev appelle plérématicjue la théorie glos
comme Pierre meurt, où Pierre occupe l’unique sématique du contenu visant à définir les
place associée à mourir. La structure à deux places plérèmes.
ou deux arguments est celle des phrases transi plérème
tives avec un seul complément, comme Pierre Hn glossématique, le plérème est l’élément de
aime Marie, où Pierre et Marie occupent les deux contenu dont la définition permet de ramener
places de sujet et d’objet. La structure à trois des variantes infiniment nombreuses à un
places ou trois arguments est celle des phrases nombre limité d’invariants et de réduire les
transitives à double complément, comme dans signes infiniment nombreux à des combinai
Pierre montre un livre à Ceorges, où Pierre, Georges sons d’un nombre limité de plérèmes. Ainsi,
et livre occupent les trois places de sujet, d’objet, on minimisera certains écarts en posant un
et de complément prépositionnel attributif. De plérème du type « genre-elle » (genre naturel
même, les intransitifs sont dits verbes à une femelle, à ne pas confondre avec le genre
place (ou argument). grammatical féminin). Ce plérème permettra
plan de rendre compte du contenu de jument en
Le concept de plan, distinct de celui de niveau” posant que c’est « cheval + genre-elle ».
ou de rang*, a été introduit en linguistique plosive
structurale pour définir la relation entre le Syn. de o c c lu s iv e .
signifiant, ou plan de l'expression, et le signifié,
pluralité
ou plan du contenu.
La pluralité est un trait distinctif sémantique de
planification linguistique la catégorie du nombre” indiquant la représen
I nsemble de mesures ordonnées prises par un tation de plus d’une seule entité isolable. La
l'.Ul: pour la normalisation d’une langue ou de pluralité se distingue de l’opposition morpho
don emploi. La planification linguistique peut être logique singulier/pluriel. La pluralité est expri
h elle toute seule la politique linguistique ou mée en français par le pluriel (les tables) dans
en former seulement une des parties. les noms comptables, par l’affixe des collectifs
(une hêtraie), par le générique (l'homme est mortel). imparfait de l’énoncé (Quand il avait bu, il n'était
La pluralité est notée parie trait [— singularité], plus maître de lui), [v. p a s s e .]
p lu r ie l p o é tiq u e
Le pluriel est un cas grammatical de la catégorie Chez R. Jakobson, la fonction poétique est la
du nombre* caractérisé par des marques lin fonction du langage par laquelle un message
guistiques (en français s et x) traduisant le plus peut être une oeuvre d'art. La poétique peut être
souvent la pluralité dans les noms comptables : une partie de la linguistique dans la mesure
tables est pluriel et exprime la pluralité (« plus où celle-ci est la science globale des structure:,
d’un ») ou, plus rarement, la singularité : les linguistiques. Toutefois, bon nombre des pro
ciseaux, les obsèques. Il existe des noms singuliers cédés que la poétique étudie ne se limitent pas
exprimant la pluralité, comme les collectifs aux problèmes du langage, mais relèvent d'une
(chênaie, hêtraie, cerisaie, etcj. Le pluriel est noté manière plus générale de la théorie des signe:,
par le trait [— sing].
p o in t
p lu rilin g u e 1. Le point est un signe de ponctuation servant
On dit d'un sujet parlant qu'il est plurilingue à marquer, en langue écrite, la fin d'une phrase
quand il utilise à l'intérieu r d'une même ou d'un énoncé de sens complet. Le point
communauté plusieurs langues selon le type d'interrogation marque la fin d'une phrase inter
de communication (dans sa famille, dans ses rogative directe. Le point d'exclamation marque
relations sociales, dans ses relations avec l'ad la fin d'une phrase exclamative ou suit uni
ministration, etc.). On dit d'une communauté exclam ation ou une locution exclamative
qu'elle est plurilingue lorsque plusieurs langues (v. p o n c t u a t i o n ) .
sont utilisées dans les divers types de commu 2 . Le point est un signe diacritique qui se place
nication. (v. b i l i n g u i s m e . ) Certains pays, comme sur certaines lettres (i, j en alphabet latin, m;»n.
la Suisse, où le français, l'allemand, l'italien i sans point en turc). C ’est aussi un signe
et le rom anche sont langues officielles, d’abréviation.
connaissent le plurilinguisme d’État.
p o in t d’a r tic u la tio n
p lu r in o r m a lis te On appelle point d'articulation l’endroit où :,i
Est plurinormaliste toute attitude qui admet dans produit le resserrement ou la fermeture du chciml
une langue l'existence de plusieurs normes phonatoire, par le rapprochement ou le cont.u i
(v. ce mot) comme toutes également dignes des deux articulateurs*. Le point d'articulation
d'attention. L’enseignement a pour but alors est à distinguer du lieu d'articulation. Les dillf-
de faire découvrir et respecter la fonction propre rences de point d'articulation n'ont pas île
de chacune de ces normes (v. n iv e a u d e l a n g u e ) . fonction phonologique bien qu'elles caractérisa)!
souvent les habitudes articuiatoires de cerUium
p lu riv a le n c e
phonèmes et soient très importantes pour lem
On appelle plurivalence la propriété pour une
identification. Le lieu d'articulation correspond ii
unité linguistique (mot ou phrase) de pouvoir
une zone plus vaste, dont chacune couvre Iwt
recevoir plusieurs interprétations, d’avoir plu
points d'articulation dont l’écart n’entraîne |w
sieurs sens ou valeurs.
une différence de sens. Ainsi, les consonnen
p lu riv o q u e dentales correspondent à un même lieu d'mtl
Un morphème appartenant à une catégorie culation dans différentes langues, mais elle.......
grammaticale ou lexicale définie est plurivoque souvent des points d’articulation différent. le
ou polysémique quand il présente, selon les phonème français k / comme à l’initiale de nii
contextes, plusieurs sens : ainsi, le verbe appré est une alvéolaire prédorsale, tandis que l< pim
hender (un danger, une personne, etc.) est nème espagnol h / qu'on trouve par exrinpl*
plurivoque. (v. p o l y s é m jh .) à l'initiale de suerte « chance, sort » e:,t un»
dentale apicale.
p lu s-q u e -p a rfa it
On donne le nom de plus-que-parfait à un p o in t-v irg u le
ensemble de formes verbales du français consti Le point-virgule est un signe de ponctuation i|ul
tuées de l’auxiliaire avoir (ou être) et d'un sépare deux membres de phrase indepeinLinU
participe passé, l'auxiliaire étant lui-même l’un de l’autre grammaticalement, mai:, enlli'
affecté d’affixes d’imparfait. Le plus-que-parfait lesquels il existe une liaison logique et. nue»
traduit l’aspect accompli relativement à un saire. (On dit aussi point et virgule.)
polysémie
polysémie
On appelle polysémie la propriété d'un signe linguistique qui a plusieurs sens. L’unité
’ iguistique est alors dite polysémique. Le concept de polysémie s'inscrit dans un double
[systèm e d’oppositions : l’opposition entre polysémie et hom onym ie et l’opposition
1entre polysémie et monosémie.
L’unité polysémique est souvent opposée à l'unité monosémique, com m e le mot
(du vocabulaire général) est opposé au terme (d'un vocabulaire scientifique ou
technique). On remarque, en effet, que les vocabulaires spécialisés se constituent
souvent par emprunt et spécialisation d'un terme du vocabulaire général. Ainsi, fer
est un terme m onosém ique du vocabulaire de la chimie : son symbole Fe lui est
toujours substituable, il peut se présenter sous l'un ou l'autre des états de la matière,
etc. ; or, le terme fer de la chimie est emprunté au vocabulaire général, où l'unité est
largement polysémique : sans évoquer les figures possibles (un cœur de fer ; ce siècle de
I fer ; brandir le ferj, dont on peut considérer qu'elles relèvent de la rhétorique et non
de la linguistique, le m ot fer du vocabulaire général com porte divers sens pos
sibles, souvent exprimés par des sous-adresses dans le dictionnaire : fer. = métal :
fer2 = objet (indéterminé) en fer ; fer5 = objet (déterminé) en fer...
Le caractère polysémique du vocabulaire général a souvent été senti com m e une
Icontrainte pour la pensée scientifique (par exemple par Leibniz). Les linguistes
[(établissent parfois, en revanche, une corrélation entre le développement d'une culture
i c i l’enrichissement polysémique des unités (M. Bréal).
La polysémie est en rapport avec la fréquence des unités : plus une unité est
Iréqucnte et plus elle a de sens différents. G. K. Zipf a tenté de formuler une loi
n , ii
polysyllabe
3 -7/1
ponctuation
p o n c tu a t io n
Pour indiquer les limites entre les divers constituants de la phrase complexe ou des
phrases constituant un discours,, ou pour transcrire les diverses intonations, ou encore
pour indiquer des coordinations ou des subordinations différentes entre les proposi
tions, on utilise un système de signes dits de ponctuation. Ce système comprend en
français le point (.), le point d'interrogation (?), le point d’exclam ation (!), la virgule (,),
le point-virgule (;), les deux-points (:), les points de suspension (...), les parenthèses (( )),
les crochets ([ j), les guillemets (« »), le tiret ( - ) , l’astérisque (* ) et l’alinéa. O n
attribue l'invention de la ponctuation à Aristophane de Byzance (IIe s. av. J.-C.) ; son
système com portait trois degrés : une ponctuation forte notée par un point en haut
de la ligne, une moyenne, et une faible notée en bas de la ligne. Cependant, pendant
tout le M oyen Age, s'il existe une ponctuation dans les manuscrits, les copistes n'en
font un usage ni régulier ni systématique. Entre le XVIe et le x v iir s., les imprimeurs,
en systém atisant les blancs de séparation entre les mots, codifieront le système.
Le point signale la fin d’une phrase, mais il est aussi utilisé pour détacher d’une
proposition principale une proposition subordonnée sur laquelle on veut mettre
l’accent. Par rapport à l ’énoncé oral, le point correspond à un silence ou à une pause.
Il est aussi utilisé après toute abréviation ou élém ent d’une suite d'abréviations
com m e dans O .N .U .
Le point d'interrogation correspond à l’intonation ascendante, suivie d’une pause,
de l'interrogation directe et s'emploie uniquement à la fin des phrases qui en expriment
une.
Le point d'exclamation correspond à l'intonation descendante suivie d’une pause et
s’emploie soit à la fin d'une simple interjection, soit à la fin d'une locution interjective
ou d'une phrase exclamative.
La virgule correspond à une pause de peu de durée ou distingue des groupes de
m ots ou des propositions qu'il est utile de séparer ou d'isoler pour la clarté du
contenu. Elle s’emploie aussi pour séparer des éléments de même fonction qui, dans
les asyndètes, ne sont pas reliés par une conjonction de coordination : Il a tout vendu :
voiture, chevaux, champs, maison. Elle permet aussi d'isoler tout élém ent ayant une
valeur purement explicative ou certains com pléments circonstanciels : Son père mort,
il a dû élever ses frères et sœurs.
Le point-virgule correspond à une pause de moyenne durée, intermédiaire entre
celle que marque la virgule et celle que marque le point. Dans une phrase, il délimite
des propositions de m êm e nature qui ont une certaine étendue.
Les deux-points correspondent à une pause assez brève et ont une valeur logique :
ils perm ettent d’annoncer une explication ou une citation plus ou m oins longue.
Les points de suspension correspondent à une pause de la voix, sans qu’il y ait chute
de la mélodie, à la fin du m ot qui précède : c'est que l’expression de la pensée n ’est
pas com plète pour une raison sentim entale ou autre (réticence, convenance, prolon
gement de la pensée sans expression correspondante, etc.). Elle permet ainsi, parfois,
de mettre en valeur ce qui est dit à la suite.
Les parenthèses introduisent et délimitent une réflexion incidente, considérée com m e
moins importante et dite d'un ton plus bas. Quand, à l'endroit où on « ouvre » la
parenthèse, la phrase demande un signe de ponctuation, celui-ci se place une fois la
parenthèse fermée.
Les crochets sont utilisés quelquefois com m e les parenthèses, ou mieux pour isoler
des suites de m ots contenant elles-mêmes des unités entre parenthèises.
ponctue!
.373
postcréole
invariables {ou particules) qui se placent après langage (motivations psychologiques des locu
les syntagmes nominaux qu’ils régissent : ainsi, teurs, réactions des interlocuteurs, types socia
les mots latins causa et gratta sont des post lisés de discours, objet du discours, etc.) par
positions qui suivent le nom au génitif qu’elles opposition à l'aspect syntaxique et sémantique
régissent (mortis causa). Dans beaucoup de (v. p sY cn ouN G uisTiQ U E,soaO LiN C U !sn Q uc). Hnsuite
langues (turc, japonais, hindi, etc.), il existe avec l’étude des actes' de langage et des
des postpositions qui remplissent les mêmes performatifs* par J. L. Austin, la pragmatique
fonctions que les prépositions françaises. s’est étendue aux modalités d’assertion, à
l’énonciation* et au discours" pour englober
post-tonique
les conditions de vérité et l’analyse conversa
Un phonème ou une syllabe post-tonique sont ceux
tionnelle*.
qui se trouvent après une syllabe accentuée.
Cette position entraîne une certaine instabilité ; Prague (école de)
■linsi. les voyelles post-toniques du latin se sont On associe souvent au nom de F. de Saussure
souvent amuïes lors du passage aux différentes celui de Yécole de Prague. Le lien s’explique plus
langues romanes : lat. acutum —►*oelum -> fr. par des traits communs décelés a posteriori que
ceil, it. occhio, esp. ojo, etc. par une parenté génétique. L’activité de l’école
de Prague s’étend d’octobre 1926 à la Seconde
postvélaire
Guerre mondiale. Les théories (dites « thèses »)
Une postvélaire est une consonne dont le point
de l’école de Prague présentées en 1929 se
d'articulation se trouve dans le palais mou,
trouvent notamment illustrées dans les huit
soit au niveau de la luette, comme la consonne
volumes des Travaux du Cercle de linguistique de
uvulaire du français standard de l'initiale de
l’rague, publiés de 1929 à 1938. Si les partici
rat (réalisée comme une vibrante [R] ou comme
pants aux Travaux furent nombreux (on compte
une fricative [>l]), soit dans le pharynx ou dans
parmi eux les Français L. Brun, L. Tesnière,
le larynx. Les postvélaires sont à classer parmi
J. Vendryès, É. Benveniste, G. Gougenheim,
les vélaires.
A. Martinet), les protagonistes furent incontes
potentiel tablem ent S. Karchevskij, R. Jakobson et
1. Le potentiel exprime, dans les phrases hypo N. S. Troubetskoï.
thétiques, l'action qui se réaliserait dans l’avenir La méthodologie du Cercle de linguistique
si la condition était réalisée. Le potentiel s'op de Prague est fondée sur une conception de la
pose à l’irréel*. Dans la phrase Si je gagnais au langue analysée comme un système qui a une
tiercé dimanche prochain, je vous paierais un bon fonction, une finalité (celle d'exprimer et de
repas, on a un potentiel. Toutefois, le français communiquer) et, en conséquence, qui a des
n'a pas de moyen grammatical pour exprimer moyens appropriés à ce but. Sans considérer
l'opposition entre potentiel et « irréel du pré comme insurmontable la distinction entre la
sent ». La phrase donnée en exemple est méthode synchronique et la méthode diachro
ambiguë sous cet angle : en effet, l’hypothèse* nique, les linguistes du Cercle de Prague se
formulée peut être non fondée, si je n’ai pas sont plutôt préoccupés de faits de langue
joué au tiercé ; dans ce cas, l’apodose* est contemporains, parce que seuls ces derniers
irréalisable ; on est alors dans « l’irréel du forment un matériau complet et dont on peut
présent », Nombre de langues notent gram avoir un « sentiment direct ». La comparaison
maticalement cette opposition entre potentiel des langues ne doit pas avoir pour seule fin
et irréel du présent ; latin et italien la notent des considérations généalogiques ; elle peut,
par le choix de temps différents du subjonctif. en effet, permettre d’établir des typologies de
2 . On appelle énoncé potentiel, phrase potentielle systèmes linguistiques sans parenté aucune.
tout énoncé, toute phrase qui peut être formé On établit ainsi des lois rendant compte de
à partir des règles de grammaire d’une langue l’enchaînement des faits, alors que, dans le
et qui peut être interprété au moyen des règles domaine de la langue, on avait tendance jusque-
■iémantiques de cette langue, mais qui n'a pu là à expliquer des changements isolés et pro
titre relevé dans un corpus. duits accidentellement.
pragmatique préarticle
Sous le nom de pragmatique, on regroupe des On donne le nom de préarticle à une sous-
orientations très diverses. À l’origine, elle a catégorie des déterminants, placés avant l’ar
concerné les caractéristiques de l'utilisation du ticle et non précédés d'un article. Ainsi, tout
preaspire
est un préarticle dans les syntagmes toute une aurait une représentation logique du genre
ville, toute la classe, tous les gens. donner (Paul, le journal, Sophie), où le verbe est
On donne parfois aux préarticles le nom de une constante prédicative, et les arguments des
prédéterminants ; on en fait en ce cas non des constantes individuelles.
constituants du déterminant, mais directement prédicatif
des constituants du syntagme nominal. Les On appelle phrase prédicative une phrase rédmir
déterm inants sont alors les articles et les au seul prédicat ; celui-ci est soit un adjcitil
démonstratifs. ou un syntagme nominal attribut, soit un verbr
En français, les préarticles appartiennent en à l’infinitif, le thème n’étant pas exprimé ni
grammaire traditionnelle à la classe des adjectifs rappelé par un pronom personnel : Très beau I
indéfinis. Comment faire ?
préaspiré On donne le nom de syntagme prédicatif au
Une consonne préaspirà est une consonne dont syntagme verbal dans la phrase composée d'un
l'articulation est précédée d’une aspiration, sujet et d’un prédicat. Dans la phrase L'homme
comme il en existe dans certaines langues est heureux, est heureux est le syntagme prédicatif.
amérindiennes {fox, hopi). Dans la phrase La voiture a renversé le passant,
a renversé le passant est le syntagme prédicatif
précation
On appelle emploi prédicatif du verbe être son
En rhétorique, la précation est une figure consis
utilisation dans une phrase avec un attribut du
tant à adresser une prière à la divinité.
sujet, (v. APPARTENANCE, IDENTITÉ, INCLUSION.)
prédéterminant v. p r î a r t i c l e . prédication
prédicat On appelle prédication l'attribution de propriétés
Dans une phrase de base constituée d’un à des êtres ou à des objets au moyen de U
syntagme nominal suivi d’un syntagme verbal, phrase prédicative'. Les différents modes d(
on dit que la fonction du syntagme verbal est prédication représentent les différents modm
celle de prédicat. Ainsi, dans Pierre écrit une lettre d’être des objets et des êtres animés (prédiuv
à sa mère, le syntagme nominal est le sujet tion de lieu, de qualité, d’action, etc.).
{c’est-à-dire le thème de la phrase) et le syn prédictif
tagme verbal écrit une lettre à sa mère est Une grammaire est dite prédictive quand, ayant
le prédicat (c'est-à-dire le commentaire du établi un système de règles à partir d’un
thème). échantillon de la langue, on peut, grâce à £•
Dans une phrase de base dont le syntagme système, non seulement décrire toutes le»
verbal est constitué d’une copule (être) ou d’un phrases réalisées de la langue, mais aussi toiiirti
verbe assimilé à la copule (rester, paraître, etc.j, ies phrases qui peuvent être produites d.uin
on appelle prédicat l’adjectif, le syntagme nomi cette langue (les phrases potentielles).
nal ou le syntagme prépositionnel constituant
du syntagme verbal. Ainsi, dans les phrases
prédiquer
Pierre reste à la maison, Pierre est heureux, Pierre Prédiquer, c’est donner un prédicat à un j.yn
est devenu un ingénieur, les syntagmes à la maison, tagme nominal, c’est-à-dire fournir un comnu n
heureux et un ingénieur sont appelés des prédicats. taire* à un sujet topique*.
En grammaire traditionnelle, on appelle parfois prédorsal
prédicat le seul adjectif attribut constituant Une consonne prédorsale est une consonne km
d’une phrase avec la copule être. Ainsi, dans lisée avec la partie antérieure du dos tic lu
Pierre est intelligent, intelligent est le prédicat langue. En français, les phonèmes [s], |i| d|
de la phrase. Dans cette dernière conception, sont réalisés phonétiquement comme de . put
la prédication consiste à conférer une pro dorsales, alors que le [sj et le [t] de l'ital...... .
priété au sujet (être ou objet) par la copule de l'espagnol sont des apicales. Cette p.u i n u
est. larité phonique peut constituer une hahiiudn
L’essor récent des théories qui font appel à articulatoire dans une langue donnée, n u i ll>
un niveau de représentation logico-sémantique n’entraîne pas de différence acoustique ....
a entraîné un recours fréquent à la notion de sible, et n’est jamais un trait phonoloj',ii|tii ,'i
prédicat logique : il s’agit, alors, d’un opérateur, valeur distinctive. Les consonnes reallm 11
mis en relation avec divers arguments. Ainsi, comme prédorsales font partie de la cI.wm ili'l
la proposition Paul donne le journal à Sophie dentales.
prépositionnel
379
principal
don, de diversification linguistique. Primitif t si dont les termes sont caractérisés par différent»
ainsi synonyme de commun dans certains de degrés de la même particularité (/i/et/e/ |>.n
ses emplois. On parlera ainsi de germanique exemple), et des oppositions équipollentt'u,
primitif pour l’ensemble des formes linguis dont les termes sont logiquement équivalentti
tiques antérieures au détachement, de la famille (k /g et b/m par exemple).
germanique, du germanique westique (anglo- 2 . On appelle alpha privatif le préfixe grec ,1
frison). On parlera d’anglo-frison primitif pour indiquant dans Les composés l’absence ou l,i
la période antérieure à la diversification en vieil négation du signifié exprimé par le radical ;
anglais et en frison, etc. ainsi akephalos •< privé de tête », akêratos, « non
3. En grammaire, une forme primitive est une mêlé ». On donne le nom de a- privatif au
forme qui ne peut être réduite à une forme préfixe français qui a la même fonction.
plus simple (radical, racine), par opposition
probabilité
aux formes secondaires que sont les dérivés et
Principe fondam ental de la théorie de la
les composés. Le temps primitif est le temps qui
communication1', la probabilité définit la qu.m
sert de base à la formation des autres temps.
tité d’information que porte une unité lingn 1
principal tique dans un contexte donné. La quantité
1. On appelle constituant principal d'un syntagme d’information d’une unité est définie en font
la tête* de ce constituant, le constituant qui tion de sa probabilité dans un énoncé : elle r i
est le centre de ce syntagme (le nom, par inversement proportionnelle à la probabilité
exemple, dans le syntagme nominal). d’apparition de cette unité, (v. rRF.vismti.rri.)
2. En grammaire, on appelle proposition princi
pale la phrase à laquelle sont subordonnées procédure
des complétives, des relatives, des circonstan Une théorie linguistique doit être capable tir
cielles et qui n ’est elle-même subordonnée à fournir une procédure de découverte, c'est-à-tliri
aucune autre phrase. La proposition principale une méthode d’analyse permettant, à pat 111
est appelée en linguistique générative phrase d’un corpus d’énoncés, de dégager la grain
matrice', avec la restriction que cette dernière, maire d’une langue ; elle deit être capable tic
qui sert de base à des enchâssements, peut fournir une procédure d'évaluation, c'est-à-cli 1e
elle-même être enchâssée. Ainsi, en grammaire une méthode qui permette, deux grammaiiru
traditionnelle, dans la phrase Je dis que Pierre d’une langue étant construites, de décitlrl
est venu au rendez-vous que je lui avais fixé, la laquelle est la meilleure (la plus simple).
proposition je dis est la principale ; en gram procès
maire générative, Pierre est venu au rendez-vous 1. On dit d’un verbe qu’il indique un /wn'i
est la matrice de que je lui avais fixé et je dis est quand il exprime une « action » réalisée par It
la matrice de que Pierre est venu au rendez-vous sujet de la phrase (Pierre court, Pierre lit un livir,
que je lui avais fixé. Pierre mange, etc.), que le verbe soit tranmill
prise de parole ou intransitif, par opposition aux verbes qui
Quand, après un silence ou l’arrêt du discours indiquent un « état », comme les intranaluli
d’un autre locuteur, un locuteur commence à être, ressembler, paraître, etc., ou les transit il :, qui
parler, son acte constitue la prise de parole. indiquent le résultat d’un procès comme .s'rttv»
On dit aussi que les verbes statifs* (vt-i Ih'*i
privatif d ’état) s’opposent aux verbes nonstalllu
1. Une opposition privative est une opposition
(verbes indiquant un procès ou une action),
entre deux termes dont l’un est caractérisé par
Certains englobent sous le nom de procè••(<mi ■'«
l'existence d'un trait distinctif appelé marque
les notions (action et état) que le verbe peut
et l’autre par l’absence de ce trait : ainsi,
affirmer du sujet.
l’opposition voisé vs non-voisé, l’opposition
2. Orienté vers le procès, v. agent (O RIün i i v i r 11.
nasal (nasalisé) vs oral (non-nasalisé), l’oppo
sition labial vs non-labial. Les oppositions entre processus
les séries/p, t, k, f, s, \l et/b, d, g, v, z, 3 /, 1. Processus est un synonyme fréquent île "u,.i
entre les séries /i, e, s / et /y, 0 , oc/ sont des nisme (grammatical, linguistique) implli|ll,nil
oppositions privatives. un ensemble d’opérations successives.
Dans le classement et la terminologie de 2 . En glossématique, la notion de proie•■■■ir. • 1
l'école de Prague, les oppositions privatives se liée à celle de système. Le processus est rcalhÊ ]
différencient donc des oppositions graduelles, par l’application de la fonction et (conjnm iloli j
proforme
logique) à des unités déterminées. Ainsi, dans trées dans les phrases réalisées. Ainsi, le pro
un texte" donné, le processus est le résultat de cessus lexical consistant à former des verbes
la juxtaposition les unes après les autres des préfixés par a / en (comme atterrir, embarquer,
lettres de l'alphabet. Dans « Stop », le proces encaserner, etc.) est productif, comme l’indique,
sus sera réalisé par s + t + o + p. Le processus par exemple, le néologisme alunir.
de la glossématique doit être rapproché des
p ro fo n d e (s tr u c tu re )
termes couramment employés de combinai
En grammaire générative, toute phrase réalisée
son* et d’axe* syntagmatique.
comporte au moins deux structures : l’une,
3. En sociolinguistique, suite d’événements liés
dite structure de surface, est l’organisation syn
les uns aux autres modifiant progressivement
taxique de la phrase telle qu’elle se présente ;
une situation initiale.
l’autre, dite structure profonde, est l’organisation
p ro ch e de cette phrase à un niveau plus abstrait, avant
Dans la catégorie de la personne, une distinc que ne s’effectuent certaines opérations, dites
tion est faite entre la personne proche et la transformations*,, qui réalisent le passage des
personne éloignée* ; cette opposition, traduite structures profondes aux structures de surface.
dans certaines langues par la flexion verbale et La structure profonde est une phrase abstraite
nominale, apparaît en français dans certains générée par les seules règles de la base* (compo
emplois de celui-ci/ celui-là. sante catégorielle et lexique). Par exemple, les
p ro c lis e règles de la composante catégorielle' défi
On appelle proclise le phénomène qui consiste nissent une structure de phrase comme :
à traiter un mot comme s’il faisait partie du Nég i D + N + Pas + V + D + N. où
mot suivant. Les prépositions (tout au moins Nég est négation, D déterminant, N nom, Pas
certaines), les articles, les conjonctions de coor passé, V verbe. Si l'on substitue des mots de
dination subissent souvent un phénomène de la langue aux symboles catégoriels, on obtient
proclise, de sorte qu'ils finissent parfois par se la structure profonde : Ne pas + le + père
confondre avec le mot suivant, formant avec + ait + lire + le + journal, qui, après une
lui une unité accentuelle. Dans la forme popu série de transformations, donnera la structure
laire un levier, la consonne initiale vient de ce de surface de la phrase ainsi transformée : Le
que dans l'évier l’article I' a été senti comme + père + ne + lire + ait + pas + le +
étant l’initiale du mot suivant. C ’est par le journal.
phénomène de proclise que s’est formé, par Les règles de la composante phonétique et
exemple, le mot lierre (l'yerre en ancien français, phonologique donneront la phrase effective :
edera en italien, du lat. hédera, etc.), [v. p r o c l i Le père ne lisait pas le journal.
t i q u e .]
Toutefois, dans l’évolution de la grammaire
générative, la structure profonde devient un
p ro c litiq u e objet de plus en plus abstrait, éloigné des
On appelle proclitique un mot privé d’accent structures de surface. Par exemple, la phrase
propre qui s’appuie sur le mot qui suit et transitive Pierre construit une maison a pu se voir
forme avec lui une unité accentuelle. Ainsi, les attribuer une structure profonde comportant
articles et les pronoms conjoints (le, la, les, me, un causatif, du type « Pierre fait cela qu'une
te, se, lui, leur) jouent en français le rôle de maison est construite ». (v . a b s t r a i t , s o u s -j a c e n t .)
proclitiques, (v. p r o c l i s e . )
p ro fo rm e
p ro d u c tio n
En grammaire générative, la proforme est le
1. On appelle production l’action de produire,
représentant d’une catégorie (N, par exemple),
de créer un énoncé au moyen des règles de
c’est-à-dire que la proforme représente l’en
grammaire d’une langue. (Contr. : c o m p r é h e n
semble des propriétés qui sont communes à
s io n , r é c e p t io n .)
tous les membres de la catégorie, abstraction
2. Grammaire de production de phrases. Syn. de
faite des traits sémantiques qui distinguent
UiAMMAIRE DE L'ÉMETTEUR*.
chaque membre de la catégorie en question.
p ro d u ctiv ité Ainsi, chose peut être considéré comme une
On dit d’un processus lexical qu’il est productif proforme qui représente l’ensemble de la caté
lorsqu'il peut produire de nouvelles expressions gorie des noms (chose nom commun et Chose
nominales, adjectivales, etc., c’est-à-dire des nom propre), c’est-à-dire des items affectés du
expressions qui ne se sont pas encore rencon trait [+ N] ; mais, en combinaison avec qu(e)
381
progressif
2 U /. A
prosodie
prosodie
Le terme prosodie se réfère à un domaine de recherche vaste et hétérogène, com m e
le m ontre la liste des phénom ènes qu’il évoque : accent, ton, quantité, syllabe,
jointure, mélodie, intonation, emphase, débit, rythme, métrique, etc. Les éléments
prosodiques présentent la caractéristique com mune de ne jamais apparaître seuls et
de nécessiter le support d'autres signes linguistiques. Leur étude exige donc leur
extraction du corps vivant de la langue, bien que le contrôle neuronal des faits
prosodiques soit en partie indépendant des autres faits linguistiques qui leur servent
de support.
Certains traits prosodiques constituent la partie la plus résistante du signal vocal
(com m e présence latente de la mémoire) et ils l ’emportent sur les autres faits du
langage : les travaux en intonologie développementale montrent, par exemple, la
capacité extrêm em ent précoce des enfants à reconnaître et reproduire à des fins
linguistiques certains schémas intonatifs, et plus largement prosodiques, alors qu’ils
n’ont pas encore acquis la maîtrise du langage (Crystal, 1970 ; G. Konopzinsky,
1986).
Les faits prosodiques sont physiquement déterminés par plusieurs paramètres
acoustiques dont les trois principaux sont : la fréquence fondamentale F (appelée
parfois aussi mélodie*), l’intensité* et la durée*. La modélisation de la prosodie à des
fins de synthèse de la parole nécessite donc un contrôle étroit et simultané de ces
trois paramètres. L’examen du mécanisme de la phonation révèle qu'il existe un lien
entre l’intensité et la hauteur mélodique de la syllabe, ces deux paramètres résultant
d’un facteur com mun, mais non unique, la pression sub-glottique (Ps), l’autre facteur de
la fréquence laryngienne étant la tension des cordes vocales (T). Les études sur la
prosodie doivent tenir com pte non seulement de la fréquence fondam entale F ° mais
aussi de l'interaction de F 0, de l’intensité et de la durée des segments phonétiques et
de leur structure harmonique. Les mesures portant sur les seuils différentiels de ces
paramètres acoustiques m ontrent que, en ce qui concerne la fréquence F 0, seules les
différences de plus de trois demi-tons, soit 17 Hz entre 25 à 150 hertz, jouent un
rôle dans les situations normales de com m unication ; en ce qui concerne Yintensité,
le seuil différentiel est de l’ordre de 1 dB sur des phrases courtes, de l ’ordre de 1 à
2 dB pour des durées d’au moins 200 ms, et elle doit atteindre 4 dB pour qu’il y ait
perception d ’emphase ; en ce qui concerne la durée, le seuil différentiel peut aller de
5 ms pour certaines voyelles où la durée est phonologiquem ent pertinente à plus de
25 ms pour certaines consonnes.
La littérature linguistique consacrée à la prosodie témoigne d’une grande diversité
d’approche et de divergences dans le repérage des aspects susceptibles d’être classés
dans le domaine prosodique. Les critères souvent invoqués pour définir les traits
prosodiques et rendre com pte de l'ensemble des phénomènes qu'ils caractérisent sont
585
prosodie
A
prosodie
1 c.
1 /
C,
/C,
\ Q
- 1 5 % + 2 5 % + 8 % - 1 0 %
387
yrosopcpée
c, c3 c, c0
‘"MX (,c,^c„ \c, q
c, c, c, c0
Expérimentalement, le prototype est cité en verbe) un substitut verbal qui joue, relativement
premier dans les tests, il est catégorisé plus aux verbes, le même rôle que le pronom de
vite, son nom est appris plus tôt par l'enfant troisième personne relativement aux noms : il
et il sert de point de référence cognitif. Il remplace le verbe ou le syntagme verbal pour
possède donc un caractère saillant du point de en éviter la répétition. Ainsi le mot faire est un
vue social, mémoriel et perceptif. proverbe qui peut remplacer un verbe intransitif
Le problème principal réside dans la nature ou pronominal, un verbe transitif et son objet,
référentielle du concept : il permet d’organiser un syntagme verbal (il est souvent accompagné
non des significations mais des référents selon du pronom le), etc.
des traits de saillance. Ainsi, c'est en tant que Pierre court. Que fait-il <
désignation qu’autruche constitue un représen Pierre n'a pas écrit à sa tante. Il le fera.
tant moins prototypique que moineau de la Pierre ne travaille pas autant qu'il l'a fait
catégorie oiseau. l'année dernière.
Sur le plan hiérarchique, la typicité permet de
Le proverbe porte les marques de temps, de
mettre en évidence l'existence d’un niveau de
nombre et de personne comme le verbe.
base, niveau suffisamment abstrait pour rassem
bler un nombre important d’informations, mais proxémique
suffisamment concret pour que l’on puisse La proxémique est la partie de la linguistique
construire une image mentale (exemple : animal qui étudie les significations qui s’attachent à
se situe à un niveau trop abstrait, on ne peut l’utilisation que les êtres vivants font de l’es
construire que l’image d’une sorte d’animal, alors pace, et qui entrent dans la structure générale
que chien permet de construire une image de de leur comportement.
chien, teckel se situant à un niveau subordonné).
proximité
On peut noter la parenté de ces nouons avec
La proximité définit une catégorie de déictiques*
celles, plus usuelles en sémantique, de taxème, de
indiquant les objets proches' (voici, ceci), par
générique et de spécifique. opposition aux déictiques indiquant des objets
L’intérêt du concept de prototype pour la
éloignés (voilà, cela).
sémantique réside principalement dans la mise
en avant d’une gradualité de l’appartenance pseudo-clivage
d’unités à une classe. Cette gradualité se sub En grammaire générative, la transformation de
stitue aux conditions nécessaires et suffisantes pseudo-clivage déplace en tête de la phrase un
qui établissent des catégories hom ogènes, syntagme nominal en lui donnant la forme
démenties par l’usage. d’une relative avec antécédent générique, tout
Cette nécessité de nuancer l’appartenance à en constituant une matrice avec c'est. Soit la
une catégorie est attestée dans la pratique phrase : Pierre aime le chocolat. La transformation
définitoire des lexicographes qui font appel à de pseudo-clivage la convertit en Ce que Pierre
des modalisateurs i la boîte est « généralement aime, c'est le chocolat ou Celui qui aime le chocolat,
munie d'un couvercle » ; l’assonance est « la c'est Pierre, selon le syntagme nominal sur lequel
répétition du même son, spécialement la porte la transformation. La proposition c'est le
voyelle... » ; les reptiles sont « généralement ovi chocolat ou c'est Pierre est une pseudo-divée. Cette
pares... leurs membres sont souvent atrophiés... transformation est ainsi appelée parce qu’elle
beaucoup sont venimeux... ». aboutit à une fausse subordination (pseudo
La notion de prototype est souvent rappro subordonnée), ou faux clivage, entre deux pro
chée, à juste titre, de la notion de stéréotype, positions issues en fait d’une seule phrase de
empruntée à la philosophie analytique. base. (v. e m p h a s e .)
protraction pseudo-copulatif
En phonétique on appelle protraction le mou On donne parfois le nom de pseudo-copulatifs
vement vers l'avant des lèvres qui accompagne aux verbes sembler, paraître, devenir, etc., qui se
souvent leur arrondissement et a pour effet comportent dans de nombreuses constructions
d’amplifier le résonateur buccal en dormant comme la copule être.
plus de gravité au son. pseudo-intransitif Syn. de in v e r sü .
proverbe pseudo-sabir
A l'image du pronom (pro-, à la place de, et Un pseudo-sabir est un sabir* de type unilatéral,
nom), on appelle proverbe (pro-, à la place de, et utilisé par l'une des communautés de manière
pseudo-subordonnée
à reproduire plus ou moins bien la langue de ont été étudiés à la lumière des modèles
l'autre communauté. C'est une forme de langue informatiques de mémoire sémantique, repre
assez instable qui évolue selon les sujets par sentations des connaissances en mémoire. Les
lants dans le sens d’une correction toujours phénomènes du langage dépassent alors It1
plus grande ou, au contraire, selon ses voies domaine propre de la psycholinguistique, pour
propres, en se libérant de la langue qu'elle ressortir à la psychologie cognitive.
prétendait imiter au départ.
psychomécanique,
pseudo-subordonnée psychosystématique
Syn. de p s e u d o -c u v é e (v. p s e u d o -c l iv a g f .) . Le nom de psychomécanique, ou psychosyslénm
psilose tique, est donné à la théorie du langage et à la
On appelle psilose la perte de l'aspiration. Ce technique d’analyse élaborée par le linguiste
mot est issu d’un terme grec qui désigne ce français G. Guillaume. La langue est formée
phénomène, fréquent dans les dialectes ionien d’un ensemble de morphèmes, unités discrètes
et dorique (passage de l'« esprit dur » à où se coule, à chaque acte de parole, une
l’« esprit doux »). Ainsi, dans les textes d'Hé- pensée continue. Le linguiste doit définir un
rodote (dialecte ionien), on a ippos pour Itippos langue chaque morphème par un seul sens, de
(le cheval). façon à rendre compte de toutes les possibilités
d’emploi (ou effets de sens) de cette forint
psycholinguistique grammaticale dans le discours. Chaque valeur
La psycholinguistique est l'étude scientifique des de langue est alors conçue comme le signe
comportements verbaux dans leurs aspects d’un mouvement de pensée inconscient, pro
psychologiques. Si la langue, système abstrait duisant différents effets de sens selon qu’il cm
qui constitue la compétence linguistique des intercepté par la conscience plus ou moins pré»
sujets parlants, relève de la linguistique, les de son début ; la linguistique de G. Guillaume
actes de parole qui résultent des comporte est une linguistique de position : il y a une
ments individuels et qui varient avec les carac ligne continue sur laquelle se placent den
téristiques psychologiques des sujets parlants moments de la pensée (alors que la linguistique
sont du domaine de la psycholinguistique, les de F. de Saussure est une linguistique d’op
chercheurs mettant en relation certains des position, où les unités discrètes se définissent
aspects de ces réalisations verbales avec la par leurs relations).
mémoire, l’attention, etc. La psycholinguistique
s'intéresse en particulier aux processus par psychophonétique
lesquels les sujets parlants attribuent une signi Le terme de psychophonétique est le terme pro,
fication à leur énoncé, aux « associations de posé à la fin du siècle dernier par le linguiste
mots » et à la création des habitudes verbales, Baudouin de Courtenay pour désigner la part le
aux processus généraux de la communication de la linguistique qui correspond approxinwi
(motivations du sujet, sa personnalité, situation tivement à ce que nous appelons aujourd'hui
de la communication, etc.), à l’apprentissage la phonologie, par opposition à la physioplwiu'
des langues, etc. tique, dans une distinction entre la conception
Mais la psycholinguistique peut avoir des « intérieure » du phonème, purement psycho
ambitions plus grandes, celle, en particulier, de logique, et sa réalisation concrète, purement
construire un modèle général de perception, physiologique. Cette distinction est aujourd'hui
de compréhension et de production de langage, rejetée par les linguistes, malgré l ’intéiei
au sein des sciences cognitives. Les recherches de la discrimination entre les deux scicnien,
mettent alors l'accent sur l'identification de car la phonologie est moins un fait de p- v
principes explicatifs universels et spécifiques chologie individuel qu’un fait social, et I»
de langage, et non plus sur les actes de parole. phonétique fait intervenir des mécanisme:, |" v
Développée à partir des théories linguistiques chologiques et neurophysiologiques au toiil
de N. Chomsky, sur le caractère inné des que des m écanism es purement phy:,ioln 1
schémas initiaux du langage, la perspective giques.
fonctionnaliste postule l’autonomie des traite
psychosystématique v. ............................
ments d’information par rapport au substrat
matériel. Le modèle construit suppose un trai puissance
tement autonome de la syntaxe, du lexique, On dit d’une règle qu’elle est plus pui^iinii
et les phénomènes d’interprétation sémantique qu’une autre lorsqu'elle rend compte de pliln
»
purisme
W
questionnaire
Pour U. Weinreich, l'étude des quantifica niveaux de langues différents ou sont utilisées
teurs d une langue s’intégre dans l’étude de la dans des conditions discursives différentes (voir
: classe des formateurs, unités logiques de la également la notion de synonymie incomplète à
langue, en opposition avec les désignateurs. s y n o n y m ie ) .
quiescent
Les lettres quiescentes en hébreu ne se prononcent tique du vietnamien : créé au xvn“ siècle pat
que si elles sont accompagnées d'un point- des missionnaires, le quôc-ngu est devenu l’éci i
voyelle. ture officielle au début du XX* siècle, remplaçant
les idéogrammes chinois. Un système complcxr
quôc-ngu d'accentuation des voyelles permet de nom
Le quôc-ngu est le système d’écriture alphabé les tons.
r
racine signifie « il a écrit », katib « écrivain », kitab
On appelle racine l 'élément de base, irréductible, « un écrit, le livre ».
commun à tous les représentants d’une même E. Sapir appelle racine secondaire l’élément
Famille de mots à l'intérieur d'une langue ou qui, comme les suffixes, n’apparaît jamais sans
d'une famille de langues. La racine est obtenue le soutien d’une racine, mais dont la fonction
après élimination de tous les affixes et dési est aussi concrète que celle de la vraie racine
nences ; elle est porteuse des sèmes essentiels, elle-même.
communs à tous les termes constitués avec
cette racine. La racine est donc une forme I. radical (n.)
abstraite qui connaît des réalisations diverses ; On appelle radical une des forme prises par la
on parlera ainsi de la racine verbale française racine dans les réalisations diverses des phrases.
[vcnj, qui signifie « venir » et qui comporte Le radical est donc distinct de la racine, qui
deux radicaux” : ven-/vien- ; elle se réalise dans est la forme abstraite servant de base de
les formes venons, venues, vienne, etc. représentation à tous les radicaux qui en sont
En linguistique romane, la racine est une les manifestations. Ainsi, on dira que la racine
forme généralement latine, dont l'existence est /ven/ « venir » a deux radicaux, ven et vieil, qui
attestée ou supposée et dont est issue une se réalisent avec adjonction de désinences
forme plus récente attestée dans l'une des grammaticales dans venons, venue, venait, vienne,
langues ou dans l’un des parlers romans. viennent, etc. De même, la racine/chant/ « chan
ter » a deux radicaux, chant- et cant-, qui se
La racine de mère est la form e latine
matrem. réalisent dans les formes chantait, chantre, chan
teur, cantatrice, cantilène, etc. Une racine peut
En linguistique indo-européenne, la racine est
n’avoir qu’un radical : en ce cas, racine et
un symbole hypothétique constitué le plus
radical se confondent. Ainsi, en grec, la racine
souvent de deux consonnes et d’un élément
/lu/ « délier » ne comporte que le radical lu-,
vocalique, et exprimant une certaine notion.
que l’on trouve dans luei luete, leluka, etc. Le
En principe, la racine est débarrassée de tous
radical est ainsi la base à partir de laquelle
les éléments de formation, (préfixes, infixes,
sont dérivées les formes pourvues d’affixes :
suffixes, etc.) apparaissant dans un contexte
en grec, le radical gonos est dit « thématique »
ou avec un degré d'alternance déterminé. Elle
parce qu’il est dérivé de la racine /gen/, qui
est irréductible et n’apparaît dans les mots que
connaît l’alternance vocalique e/c- par l’adjonc
sous la forme de radicaux, formes servant de
tion de la voyelle thématique -o (gono-). Le
base à la flexion. L’élément vocalique de la
radical /thé/« poser », qui se confond avec la
racine indo-européenne se présente souvent
racine, est dit « athématique » parce qu’il ne
non comme une voyelle, mais comme un
comporte pas cette voyelle thématique efo ;
système de voyelles alternantes ; l’apparition
c’est à partir de lui que sont constituées les
de l’une ou de l'autre de ces dernières est liée
formes titheini « je place », thêso « je placerai ».
au type du radical formé à partir de la racine :
pour la racine g e/o n exprimant la notion II . radical (adj.)
d’engendrer et de naissance, on aura des 1. On appelle radical celui des morphèmes*
radicaux à base gen-, gon-, gn, etc. d’un mot qui n ’est pas un affixe et auquel est
En linguistique sémitique, la racine est une lié le signifié. Dans amateur, ama- est le mor
suite de trois consonnes, ou trilitère, liée à une phème radical. Table est un morphème radical.
notion déterm inée et qui, com plétée de 2 . On appelle radical ce qui fait partie des
voyelles, donne la base des mots. En arabe, la éléments constituant le radical” et non des
racine blb exprime la notion « écrire », kataba affixes. Dans amateur, -teur étant le suffixe, les
395
rang
d eux a so n t des vo y elles radicales, m- est une d o n t les un ités co n stitu an tes so n t les syn
c o n so n n e radicale. tagm es, ch aq u e sy n tag m e étan t fo rm é d ’uniteu
3 . U n e consonne radicale est une co n so n n e d o n t du rang inférieur, les m orp h èm es. Les co n ii'i
la réalisatio n im pliqu e une in terv en tio n de la n aisons de phrases d o n n en t l’é n o n cé . Son
partie postérieu re du dos de la langue., ou l’ én on cé form é de deux phrases : Le garçon
racine, qui se trouve à la lim ite de la cavité courait, il tomba. C h aq u e phrase est form ée de
b u c c a le e t d e la c a v ité p h a r y n g a le . Les syn tag m es ; par exem p le, Le garçon courait cm
co n so n n es radicales, c o m m e le / a / français, fo rm é de deux syn tagm es le garçon et courait
so n t p h o n o lo g iq u em en t des vélaires. (v c o n s titu a n t immédiat). C h aq u e syntagm e e-ic
rang form é de m orp h èm es : ainsi le garçon est forme
En linguistique structu rale, la langue est une des m orp h èm es le + garçon ; courait est form é
structu re c o m p o rta n t des rangs ou niveaux des m orp h èm es cour + ait ;
successifs, h iérarch iqu em en t su b o rd o n n és les b) le rang du morphème (niveau m orphologique
uns a u x autres, à partir d 'u n e un ité supérieure ou m o rp h ém atiq u e), chaqu e m orp h èm e étant
(l’é n o n cé ), et s’a ch ev a n t par des u n ités élé co n stitu é d ’u n ités élém en taires du rang im m é
m en taires, inan aiysab lcs en u n ités plus petites d iatem en t inférieur, les p h on èm es ; ainsi, gar^'ii
(traits distin ctifs des p h o n èm es). C h a q u e rang e st fo rm é de la c o m b in aiso n [g] + [a] + i|
c o n stitu e une « co u ch e » d 'a n a ly se ; il a ses + [S1 + P ] ; les co m b in aiso n s des m orp h èm e,
règles spécifiques et il est fo rm é d ’u n ités d o n t d o n n en t les syn tag m es de la phrase, rang
les co m b in a iso n s gouvernées par des règles im m é d iate m e n t sup érieu r ;
spécifiq u es fo rm e n t les un ités du rang im m é c) le rang du phonème (niveau phoném atique
d ia tem en t supérieur, alors q u ’in v ersem en t les ou p h on olo g iq u e) ; ch aq u e p h o n èm e est an»
un ités de ce rang so n t fo rm ées de la co m b i lysé en traits distinctifs, n on seg m entab le,,
n aison d es unités du rang im m é d ia te m e n t co n stitu a n t le p rem ier niveau élém en taire. I a
inférieur. L ’en sem b le des règles de co m b in a i co m b in aiso n des p h o n èm es d on n e les m>i
son, éta b lies pou r ch aq u e rang, co n stitu e la p h èm es. Ainsi, cour- est co n stitu é de la succes
gram m aire d ’une langue. sio n des p h on èm es [k], [u] et [r]. Le phonèm e
O n distingue ainsi : [k] est d éfini par les traits d istin ctifs : occlusion,
a ) le rang de la phrase (niveau ph rastiqu e), non-voisé, p ostérieu r, etc.
rapport
La notion de rapport, mise en évidence par F. de Saussure, est essentielle à l.i
linguistique moderne ; celle-ci part de la constatation que, dans un état de langue
donné, tout repose sur des rapports : les signes de la langue sont en rapport aux
objets réels : le signe linguistique est lui-même le produit d’un rapport entre signifiant
et signifié ; la valeur linguistique est constituée d'un double rapport, rapport à unr
chose dissemblable (une idée) susceptible d’être « échangée » contre un m ot et rappoit I
à une chose similaire susceptible d’être comparée à un m ot (un autre mot). Au même
titre que les faits lexicaux, les faits de grammaire (opposition singulier vs pluriel, |>.tl
exemple) et les faits de phonologie (contraste d’une voyelle avec une consonne, nu
opposition de deux voyelles, par exemple) sont essentiellement des rapports, et imll
des caractères positifs.
La distinction saussurienne entre rapports syntagmatiques et rapports associai il »
été conservée par la linguistique structurale sous les noms de rapports syittagiitatn/iiî\
et rapports paradigmatiques.
Le rapport syntagmatique est pour F. de Saussure du domaine de la parole : dair. I*
discours, les mots contractent entre eux des rapports fondés sur le caractère lim-.n i w
de la chaîne parlée ; le syntagme est la com binaison des unités ayant contracte >rn
rapports ; par exemple, les éléments constituant re-lire, contre tous, la vie humaine <i>(|
sont dans un rapport syntagmatique. Le rapport paradigmatique est, lui, du domaine
de la langue : un rapport paradigmatique oppose des termes qui reçoivent leur valrm
396
récepteur
de cette opposition et dont un seul sera réalisé dans l'énoncé produit ; par exemple.
enseignement est en rapport paradigmatique, en langue, avec éducation, apprentissage,
d’une part, avec enseigner, enseignons, d’autre part, etc.
Cette confusion entre l’opposition langue vs parole et l’opposition rapports
paradigmatiques vs rapports syntagmatiques, en germe chez F. de Saussure, ne se
retrouve pas chez tous les linguistes. O n peut constater, en effet, l’existence de
rapports syntagmatiques et paradigmatiques tant en langue qu’en parole. Prenons un
exemple :
- en langue, sur l’axe syntagmatique, [o] et [m] sont en rapports contrastifs pour
former l’unité [om] (hom m e) ; sur l’axe paradigmatique, homme est en rapport
d’opposition à la fois dans une série (1) enfant, vieillard, etc., dans une série (2) femme,
fille, etc., dans une série (3) statue, robot, animal, etc. ;
- en parole, sur l’axe syntagmatique, homme est en rapport contrastif avec les autres
segments d’un énoncé [set om e 3 enere] (Cet homme est généreux) ; sur l’axe
paradigmatique, homme est en rapport d’opposition avec les seuls mots qui, dans
l’énoncé, pourraient com m uter avec lui. Soit, dans la phrase Cet homme est généreux,
on peut, pour la série (1), substituer, enfant à homme et non à vieillard (exclu par la
forme [set]) ; pour la série (2), on ne peut rien substituer (la com m utation étant
rendue impossible par la forme foenera]), et pour la série (3), on ne peut rien
substituer non plus : animal, phonétiquement et syntaxiquement possible, étant exclu
pour des raisons sémantiques.
realla recatégorisation
Les realia désignent toute réalité non linguis On appelle recatégorisation tout changement de
tique qui permet de retrouver le signifié d'un catégorie affectant un morphème lexical. Soit
mot. Ainsi dans un dictionnaire, les realia sont le morphème veau, qui peut être défini comme
les illustrations représentant les objets désignés un nom animé et comptable en ce sens que,
par les mots. Ce sont les représentations des par exemple, on peut réaliser la phrase Trois
« choses » dénotées par les entrées Iexicogra- veaux sont nés ce mois-ci à la ferme. Il peut être
phiques (les denotata). Les realia désignent aussi recatégorisé en un nom non-animé et non-
les termes d'une langue étrangère désignant comptable, ce qui permet de réaliser une phrase
une réalité particulière à telle ou telle culture comme J'ai mangé du veau à midi. Le terme
et qui sont utilisés tels quels dans la langue. beauté est un nom non-anim é, mais non-
comptable et non-concret (abstrait) ; il peut
réalisation
être recatégorisé comme animé, personne,
On utilise le terme de réalisation dans les théories
comptable, concret dans De jeunes beautés pré
linguistiques qui établissent une distinction entre
sentaient une collection de robes. La recatégorisation
un système abstrait commun à tous les locuteurs
peut affecter soit la catégorie grammaticale (un
d’une même communauté linguistique (compé
nom devenant un adjectif, comme marron, cerise,
tence, langue) et des phrases effectives, diverses
etc. ; un adjectif devenant un nom, comme (le)
selon les locuteurs (performance, parole) ; on
bon, (le) beau, etc.) ; soit les catégories séman
oppose les phrases abstraites aux phrases
tiques fondamentales (animé, humain, concret,
(énoncés) réalisées (syn. : A c n .’AUSÉcs). Il y a dif
comptable, etc.).
férents types de réalisation selon la substance (pho
nique ou graphique) dans laquelle les unités se récepteur
réalisent : sons ou lettres. De même le phonème 1. On appelle récepteur celui qui reçoit et décode
est une unité abstraite qui peut être réalisée de un message réalisé selon les règles d’un code
plusieurs façons suivant sa position dans l’énoncé spécifique. (Syn. : i n t £ I u . o c u t ï u r . )
et les caractéristiques individuelles ou géogra La communication" étant le transfert d'une
phiques du sujet parlant : le français ne possède information, d’un message d’un lieu ou d’une
qu’un phonème [R], qui connaît de nombreuses personne à un autre lieu ou à une autre
icalisations phonétiques ou variantes. personne, par l’intermédiaire d’un canal et sous
\Q"7
réception
une forme codée, on appelle émetteur l'appareil est réciproque quand un terme présuppose
ou la personne qui est à la source du message, l’autre et vice versa. Ainsi, en latin, dans une
et récepteur l’appareil grâce auquel le message forme, le cas présuppose le nombre et Ii
est reçu (émetteur radio, par exemple, ou nombre le cas puisqu'une même désinence
appareil auditif s’il s’agit d’une personne). signale les deux. (v. RÉumocnt, u n il a t é r a l . )
L’appareil récepteur est en même temps un 2. On parle de verbe pronominal réciproque quand
appareil décodeur qui procède au décodage du celui-ci exprime qu’une action est exercée p.'ii
message, c ’est-à-dire à la « recherche en deux ou plusieurs sujets les uns sur les autre:,
mémoire » des éléments appartenant au code Ainsi Pierre et Paul se battent est issu de l/i
qui ont été sélectionnés pour la transcription coordination de Pierre bat Paul et Paul bat Pian
du message.
2. On appelle grammaire du récepteur une gram
récit
On appelle récit un discours rapporté à une
maire d’interprétation de phrases destinée à
temporalité passée (ou imaginée comme telle)
donner à l’utilisateur la possibilité d’analyser
par rapport au moment de l’énonciation. L'op
et de décrire toute phrase de la langue en lui
position entre le discours (énonciation directe)
donnant un sens ; la grammaire du récepteur
et le récit (énoncé rapporté) se manifeste e n
est l’ensemble des règles qui permettent de
français par des différences dans l’emploi d e :,
rendre com pte de la com préhension des
temps (passé composé dans le discours, passe
phrases (par opposition à la grammaire de
simple dans le récit).
1 émetteur, qui rend compte de la production
des phrases). recomposé
réception On parle de recomposés (ou composés savant'-)
On appelle réception l’action de recevoir un pour les unités complexes formées par recoin:
à une base non autonome. S’il s’agit de for
message. Ce terme est utilisé par référence au
mants empruntés aux langues anciennes, on
schéma de la théorie de la communication, où
parlera de recomposés classiques. Par exemple,
le message de l’émetteur est transmis par un
canal au récepteur.
thermocouple est formé à partir d’un formant
thermo- qui n’a pas d’autonomie syntaxique
réciprocité De même, le formant organe- dans organolepti<iih‘
La réciprocité est l’une des trois relations n’a rien à voir avec organe ; dans ce c.'in
qui est impliquée
(v . a n t o n y m i e , c o m p l é m e n t a r i t é ) d’ailleurs, aucun des deux formants n'a d’exe,
quand on dit qu’un mot est le contraire de tence autonome en français. Il en va de même
l’autre. La réciprocité intervient quand on peut de pithécanthrope et de son inverse anthropopl
avancer (relations permutatives*) SN, A à SN, tlièque.
=> SN, B à SN,. A et B seront, par exemple, Les recomposés modernes agglutinent un loi
acheter et vendre ou mari et femme. mant français tronqué et une base autonome i
Il est à noter que la relation de réciprocité éceproduit, eurodollars, fibrociment.
(en utilisant des moyens purement grammati La distinction entre recomposés classiques
caux) se trouve dans le passage de l’actif au et modernes s'estompe si l’on considère leu
passif. composés en synchronie ; de plus, les recoin
L’analyse par la réciprocité permet d’élucider posés modernes usent de formants grecs ou
certains rapports, dont les plus souvent étudiés iatins homonymes.
sont, par exemple, ceux du mariage. F.n fran
çais : SN, épouse SN 2 SN, épouse SN,. Le recomposition
verbe épouser peut apparaître dans les deux On appelle recomposition la restitution ,i Uli
contextes. Il n’en est rien en latin, où l'on aura élément d’un mot composé de la forme qu'il
SN. (N, étant « femelle ») + ntibere + SN , (N, avait comme mot simple. Ainsi, le latin m linh »r
étant « mâle »), SN 2 + ducere in matrimonium a été recomposé en bas latin en reclauda, «ni
+ SN,. 11 en est de même en grec, où gameitt le modèle du mot simple dauderc ; retittae il
s'emploiera comme en latin ducere (ducere iu été recomposé en retenere sur le model ■lit
matrimonium) et gameisthai comme nubere. tenere.
C ’est dans les termes de parenté que la reconnaissance
relation de réciprocité a le plus d’importance. Acte solennel par lequel, implicitement "U
réciproque explicitement, l'existence d’une langue e n l ml
1. On dit qu’une relation entre deux termes qu'entité autonome (v. ce mot) est proclami ijt
récursivité
Le « serment de Strasbourg » (842) est l’acte toire pat lequel l’air rassemblé au-dessus de la
de reconnaissance du « roman » (stade ancien glotte fermée est expulsé par une remontée
du français) face au latin. brusque de la glotte.
reconstruction récursivité
Syn. de R F .c o M F o s m o N . On appelle récursivité la propriété de ce qui
peut être répété de façon indéfinie, propriété
rection essentielle des règles de la grammaire généra
On appelle rection la propriété qu'a un verbe
tive. Soit une grammaire comportant une règle
d'être accompagné d’un complément dont le
d'adjonction d'un adjectif à un syntagme nomi
mode d’introduction est déterminé. Par
nal au moyen d’une relative ; en simplifiant,
exemple, on dira que la rection est directe si
nous avons par exemple :
le complément d’objet du verbe transitif est
Un mur qui est gris Un mur gris
introduit sans préposition (ou est à l’accusatif) ;
ou. au contraire, que la rection est indirecte si Cette proposition relative contient un relatif
ce complément d’objet est introduit par une qui, issu lui-même d’un syntagme nominal ;
préposition (ou est au datif, au génitif, à elle peut donc être à son tour l’objet d’une
l’ablatif, etc.). La rection est directe dans Pierre nouvelle relative, et le syntagme se voit adjoint
lit le journal ; elle est indirecte dans Pierre obéit un second adjectif : Un mur gris, moussu ; la
à ses parents. Le terme dépendant (régi) et le deuxième relative comporte un relatif (qui),
terme principal (régissant) n’appartiennent pas issu d’un syntagme nominal, qui peut à son
à la même catégorie. tour être l'o b je t d’une troisièm e relative
On parle aussi de rection pour les préposi comportant un adjectif : Un mur gris, moussu,
tions lorsque l’on considère que la préposition délabré, et ainsi de suite.
régit (gouverne) le cas qui est celui du syntagme Un deuxième type de récursivité apparaît
nominal qui suit ; ainsi, on dira que la rec avec des règles comme
tion de la préposition latine ex est l’abla SN -> SN et SN,
tif. qui rendent compte de la coordination. En ce
recto tono cas, on peut obtenir en réécrivant chaque SN
L'appellation recto tono qualifie une mélo par SN et SN les suites (l'élément SN est alors
die* plate, sans variation notable de autodominant) :
hauteur. SN et SN
reçu SN et SN et SN
On dit d’un mot qu’il est reçu quand il est SN et SN et SN et SN
considéré comme appartenant à la norme c’est-à-dire Pierre et Georges (sont partis), Pierre et
standard du français dit « cultivé ». Georges et André (sont partis), Pierre et Georges et
André et Paul (sont partis).
récursif
La récursivité est dite à droite si c’est le
1. Une consonne récursive, ou éjective* est une
second SN qui est réécrit SN et SN, et à gauche
consonne dont l’articulation n’utilise pas l’air
si c’est le premier SN qui est réécrit SN
pulmonaire, et qui est réalisée par un mouve
et SN.
ment de récursion. Le terme de glotto-ocdusive
La grammaire générative, grâce à cette pro
a également été employé par N. S. Trou-
priété, peut énumérer un ensemble infini de
betskoï. On trouve des consonnes récursives
phrases. La limitation effective (nombre d’ad
en Afrique, dans le Caucase oriental, dans
jectifs épithètes à un syntagme nom inal)
certaines langues de l’Inde.
dépend du type de communication écrite ou
2 . v. r é c u r s iv it é .
parlée, du degré d’attention ou de culture, etc.,
récursion c’est-à-dire non de la compétence mais de la
On appelle récursion un mouvement articula performance.
redondance
redondance
1. En rhétorique, la redondance est une figure de style consistant dans la répétition
excessive d’ornements.
2. La cybernétique, la théorie de l'inform ation ont donné un sens technique précis
au terme de redondance. Celle-ci est définie com m e étant un rapport dont l’écart à
l’unité est habituellem ent mesuré en pourcentage entre une quantité d’information
donnée et son maximum hypothétique.
Considérons dans le cadre de la théorie de la com munication, telle que l'o n t définie
les ingénieurs des télécom munications C. E. Shannon et W . Weaver. le processus de
la transmission d’un message : le code, ou système de signes, permet la transmutation
d'un message en une forme mécanique, gestuelle, auditive, graphique, etc. ; la capacité
totale de ce code, c'est-à-dire la quantité d’inform ation qu'il peut transmettre, n’est
réalisée que si tous les signaux ont une probabilité égale d’occurrence. Lorsque tous
les signaux sont équiprobables, chaque signal émis a. par convention, une capacité
de 1 bit. Or. la fréquence inégale des signaux réduit l’efficacité du code, sa capacité
théorique, la quantité d’inform ation transmise. O n a quantifié l’inform ation transmise
par un système de com munication.
Si la fréquence inégale des signaux du code, leur non-équiprobabilité, réduit
l’efficacité du code, la quantité d’inform ation transmise, on appellera redondance la
capacité inutilisée du code (la perte d’inform ation qui résulte de cette non
équiprobabilité des signaux).
Si la non-équiprobabilité des signaux est cause d’une diminution de la capacité
théorique du code et d'une perte d'inform ation, par contre la répétition des signaux
peut être considérée com me l'ém ission d'un surplus d’inform ation. En ce sens, h
redondance est un élém ent positif dans la transmission et la réception d’un message
En effet, au cours du processus de transmission d’un message, des causes diverses
viennent diminuer la quantité d’inform ation transmise en entravant la bonne marche
de la transmission : canal de transmission défectueux, mauvaise réception due à des
causes techniques ou tout simplement à des bruits au sens ordinaire du terme ; ces
causes diverses, quelle qu'en' soit la nature, sont appelées bruits. Outre le bruit, ce
sont aussi les contraintes inhérentes au code : nombre restreint des signaux du code
et règles de com binaison des signaux du code qui limitent les choix théoriquement
possibles, et, de ce fait, augmentent ou dim inuent la probabilité d’apparition dc«
signaux les uns par rapport aux autres. La perte d’inform ation au cours de la
transmission doit être compensée par un surplus d’inform ation. C ’est finalement la
perte d’inform ation com pensée par un surplus d’information, concrétisé par la
réception des signaux, qui constitue ce que la théorie de la com munication appelle
redondance.
Si nous considérons les langues naturelles com m e des codes, ou systèmes de signen
susceptibles de transmettre une information dans des conditions analogues à cellrn
qui président à la transmission de l’information par un système, mécanique ou aum
dont la caractéristique essentielle est la forme codée du message transmis, tvnm
pouvons introduire également la notion de redondance lorsque nous parlons du
fonctionnem ent du code linguistique. Com m e tout autre système de com m unieaiim i,
en effet, la com m unication linguistique est susceptible d’être rendue défectueieit
par une des raisons que les théoriciens de la com m unication rassemblent smn, lu
term e de bruits : bruits proprem ent dits, m auvais éta t du cond u it auditif,
etc.
/.nn
redondance
401
redondance
présence n'est pas strictement nécessaire à la communication,, mais qui, com pte tenu
des conditions de la transmission, sont indispensables pour que la communication
puisse effectivement s’établir. La redondance permet la conservation de l'information
que les « bruits » peuvent supprimer.
À tous les niveaux également, les contraintes imposées dans le choix des unités cl
dans leurs combinaisons, leurs relations représentent la cause essentielle de redondance
T o u t ce qui implique, en effet, un choix (choix entre des unités, d’autant plu:,
contraignant que ces unités sont en nombre restreint, choix entre diverses combinaison:,
possibles de ces unités) postule une redondance, puisque la nécessité de choix modifie
la probabilité des signes.
Ainsi, la redondance se trouve au niveau de la syntaxe. Il n ’y a pas de syntaxe
sans redondance : ce que la grammaire considère com m e un phénomène d'accord
en français peut être expliqué com m e une redondance de la marque du nombre ou
du genre d’un syntagme à un autre syntagme.
Dans la phrase Les enfants sont gais [lc-z-àfàso g e], nous observons pour le code
oral deux marques de pluriel, pour le code écrit quatre marques de pluriel. Dans le
code oral, les deux marques se répartissent sur chacun des deux syntagmes ; dans le
code écrit, la redondance est très grande, dans la mesure où la liberté de choix entn
des phonèmes en nombre restreint est inexistante et où les possibilités de combinaison',
sont également relativement restreintes, com m e l’ont montré les travaux <le
A. A. Markov. Au fur et à mesure que l’on m onte dans l’échelle des unités, le:,
contraintes relatives au choix et aux combinaisons des unités deviennent moirm
grandes ; l’imprévisibilité d ’apparition des signes augmente, tandis que. corollairement,
le taux de redondance diminue. R. Jakobson a remarqué qu’il existe dans la combinais! m
des unités « une échelle ascendante de liberté » ; il écrit en particulier : « Dans l.i
com binaison des traits distinctifs en phonèmes, la liberté du locuteur individuel e:,l
nulle ; le code a déjà établi toutes les possibilités qui peuvent être utilisées dans lu
langue en question. La liberté de com biner les phonèmes en m ots est circonscrit i ,
elle est limitée à la situation marginale de la création des mots. Dans la formation
des phrases à partir des mots, la contrainte que subit le locuteur est moindre. » Ainsi,
par l’action des règles contraignantes de la syntaxe, les quatre marques de l'accord
en nom bre du français sont réparties régulièrement sur chacun des deux syntagme',
Enfin dans la com binaison des phrases en énoncés, la liberté du locuteur est tic
grande.
Le rôle joué par la redondance est double :
a) la redondance conserve l’information que des « bruits » peuvent supprimer ;
b) la redondance fonctionne com m e facteur de cohésion syntagmatique. La solidame,
la relation des deux groupes essentiels est assurée par leur position réciproque et
confirm ée par la redondance de marque. En particulier, la redondance de mnn|in
permet de modifier l’ordre des syntagmes tout en assurant leur cohésion.
Au niveau du lexique également, nous trouvons de la redondance. Là encore, il y j
a redondance lorsque la probabilité d’apparition d’un signe est maximale et éjule ,i
1, ou proche du maximum. Dans ce cas, le signe n ’apporte pas d'information, ou i n
apporte peu, mais peut cependant être considéré com m e une conservation (compi n
satrice) de l'inform ation. Dans la phrase : J'a i joué au..., nous attendons d'une | m i !
un substantif, de probabilité maximale égale à 1 ; la catégorie « substantif (till j
adjectif) masculin singulier est donc ici redondante au niveau syntaxique : l'information
apportée à ce niveau est nulle ; d’autre part, la phrase : J'a i joué au... détermim le
choix entre un nombre relativement restreint de substantifs (ballon, tennis, eu ) lii
402
référé
probabilité de l’unité choisie est inférieure à 1, le contenu d'inform ation varie lui
aussi avec la probabilité d;apparition de l'unité ; nous avons là un exemple de
redondance au niveau lexical.
La redondance est donc inhérente au fonctionnement du code linguistique ; elle est
nécessaire à la conservation de l’information masquée par les « bruits ». D'autre part,
tout code impliquant un nombre restreint d’unités et un choix dans les combinaisons de
ces unités, la redondance est un des facteurs essentiels du fonctionnement de ce code.
En ce sens, c'est grâce à la redondance qu'un code peut être économique, c'est-à-dire
qu'il peut transmettre le maximum d'information avec un minimum de signes. Enfin,
définies en terme de redondance, donc de probabilité, les relations syntaxiques et lexicales
peuvent être appréciées en fonction de leur contenu d'information ou quantité d'infor
mation ; elles peuvent donc être quantifiées, mesurées et formalisées.
référence
1. La référence est la propriété d'un signe linguistique lui permettant de renvoyer à un
objet du monde extra-linguistique, réel ou imaginaire. La fonction référentielle est
essentielle au langage. Il serait toutefois inexact de limiter la description du procès
de com m unication à cette seule fonction. R. Jakobson a décrit les divers pôles de
l'acte de com m unication : si la fonction référentielle est toujours présente, elle n ’est
pas la seule (v . f o n c t i o n d u l a n g a g e ) .
T o u t signe linguistique, en même temps qu'il assure la liaison entre un concept et
une image acoustique (définition saussurienne du signe), renvoie à la réalité extra
linguistique. Cette fonction référentielle m et le signe en rapport, non pas directement
avec le monde des objets réels, mais avec le monde perçu à l'intérieur des formations
idéologiques d’une culture donnée. La référence n'est pas faite à un objet réel, mai:,
à un objet de pensée ; par exemple, percevant la même radiation lumineuse que moi
(identité du phénomène physique), un locuteur étranger pourra référer cette sensation
à un découpage différent du spectre solaire : sa référence au spectre solaire pourra,
par exemple, n'être qu’à deux termes, et non à sept com m e en français.
Le triangle sémiotique, imaginé par Odgen et Richards, rend com pte de la différence
entre sens et référence :
signifié
signifian t réfèren t
La terminologie adoptée ici pour présenter le triangle sémiotique est une des plus
fréquentes : le signe linguistique se constitue sur l'oblique de gauche, par la liaiünti
du signifié (concept) et du signifiant (image acoustique) ; la liaison directe enttr
signifié et réfèrent (objet du monde) est marquée par l'oblique de droite, elle a u s s i
en traits pleins. Les pointillés marquent le caractère indirect de la liaison entre l'image
acoustique et le réfèrent.
Le rapport référentiel est souvent désigné com m e la dénotation* d’un signe.
2 . La référence d’un phonème est caractérisée par la portion de la chaîne parlée ou lit
notion qu’il est censé représenter. Dans certains cas, la référence est phonologiqiie
mais les faits sont souvent complexes : ainsi, a représente un phonème et i égalemi ni
mais la com binaison a + i a la même référence que e (et que d’autres combinaisons)
En sens inverse, en anglais, un seul signe com m e -y pourra avoir, dans by par excni|>li
com m e référence /a + j/. Ces distorsions entre l'écriture et la référence phonoloj',i<|tn
perm ettent d’évaluer l ’adéquation plus ou moins grande de la première à la s a omli
Parfois, la référence est morphologique : ce qui est alors représenté, c ’est m ........ i
déterminé et non les phonèm es qui le constituent. Ainsi, & représente la conjom imn
et, et elle seule. On n ’écrira ni & tait ni & ait pour l’imparfait du verbe être troitm mi
personne du singulier. De même, le -s de pluriel en français a, sauf cas de liaivii
une référence purement morphologique. Quand l’écriture généralise un système ili
référence morphologique, on dit qu’elle est idéogrammatique.
régime
âÛ 5
régional
autres que celles de sujet. Le cas régime est fréquence dans laquelle se situe acoustique
marqué par l’absence de toute désinence spé m ent chacun de ces éléments. Les voyelles
cifique relativement au cas sujet : ainsi, le cas palatales se situent dans un registre aigu, les
régime singulier mur (issu du latin imirti[mj) voyelles vélaires dans un registre grave, etc.
s'oppose au cas sujet singulier murs (issu du On dira aussi que la voix des femmes et des
latin munis). enfants se situe dans un registre plus aigu que
régional celles des hom mes adultes. Les différences de
1. Le français régional est la langue française registre sont utilisées dans certaines langues
parlée dans telle ou telle région, caractérisée pour différencier des m ots (ainsi dans les
par certaines particularités phoniques (accents), langues dites « langues à tons », en Extrême
lexicales (m o ts rég ion au x) et sy n ta x i O rient, en Afrique) ; mais la différence de
ques. registre se com bine le plus souvent à une
2. Une langue régionale peut être aussi une différence dans la direction du mouvement de
langue qui, dans le cadre d ’un État, diffère de l’intonation du m ot : ton m ontant, ton des
la langue officielle et dont les locuteurs posent C e n d a n t , ton uni, ton brisé com m e dans le
le problèm e de son statut à côté de la langue dialecte chinois de Pékin, où l’on oppose les
officielle. En France, on regroupe sous cette m ots grâce à ces différents tons. Les différence:;
appellation aussi bien l’occitan, le catalan et le de registre opposant les phrases sont plu:;
corse (langues romanes) que l’alsacien et le fréquentes : l’intonation de continuité carac
flamand (langues germaniques) ou le breton térise également la phrase interrogative et la
(langue celtique) et le basque. phrase assertive non terminée, mais dans cei
taines langues com m e l'allemand, le russe, une
régionalisme
élévation du registre de la phrase permet
1. Le régionalisme est un fait linguistique parti
d’opposer l’interrogation à l’assertion non tel
culier à une région et relevant soit de la forme,
minée : com m e en allemand er soi! kommen ■ il
soit du sens : drôle au sens de « petit garçon »
doit venir ? » et er soll kommen... und sich sellât
est un régionalisme du midi de la France, !ou-
überzeugeii « il doit venir... et s’en assurer p:n
chet (espèce de bêche) est picard ou nor
mand. lui-même » ; en russe : on Ijubit igrat' v-karty
2. Le régionalisme est un m ouvement qui reven « Il joue volontiers aux cartes ? » et on Ijtiblt
dique en faveur des régions un pouvoir qui igrat' v-karty... no tol'kajn'i-na den'gi « il joue
permettrait, entre autres, la prise en charge de volontiers aux cartes..., mais pas pour de
i’existence et de la promotion des langues l’argent ». Un abaissem ent du registre de lu
minoritaires. voix peut caractériser les propositions inci
dentes. Cependant, dans la phrase com m e daim
régir le m ot, l’opposition de registre est toujouiii
Un m ot régit (ou gouverne) un autre m ot qui
liée à une intonation de phrase déterminée,
est son com plém ent si la form e grammaticale
to u t au m oin s dans les langu es eum
de ce dernier est déterminée par la nature du
péennes,
premier : on dira ainsi que la préposition latine
Un emploi indépendant du changement dr
ex régit l’ablatif. On fait ainsi abstraction, entre
registre apparaît cependant avec une fond mu
autres, de la notion exprimée primitivement
d'appel et avec une fonction expressive : une
par le cas. Le m ot qui gouverne le cas ou la
certaine affectation dans la conversation d m»'
form e grammaticale de l’autre est dit régissant ;
femm e se traduit par le choix d’un reginUi'
celui qui est gouverné est dit régi. (v. m o t i o n .)
plus aigu que son registre normal (trait p.n
régissant lequel elle accentue sa féminité), les sentiment n
O n appelle régissant ie m ot qui gouverne le cas violents s'exprim ent par des registres aiy.iin
ou la forme grammaticale d’un autre terme, etc.
(v. RÉGIR.) 2 . Les registres de la parole sont les utiliMlinii
registre que chaque sujet parlant fait des mveiiti\ >/r
1. Le registre vocal d’un phonème, d’une syl langue existant dans l'usage social d’une l.mpn
labe, d’un m ot, d'une phrase est la bande de (familier, populaire, soutenu, etc.).
règle
règle
1. En grammaire traditionnelle, une règle constituait un précepte pour bien parler ou
bien écrire, c'est une prescription normative. En linguistique, une règle est une
hypothèse au sujet d'un mécanism e de la langue. Le terme a été parfois synonyme
de loi. Le positivisme du x i x c siècle a formulé com me lois de nombreuses observations,
en particulier dans le domaine phonétique. La loi prétend décrire ce qui se passe
dans la réalité ; en linguistique moderne, la règle est une hypothèse au sein d'une
théorie linguistique générale.
2 . Dans la théorie standard de la grammaire générative, le concept de règle est essentiel.
La grammaire comporte un alphabet (de symboles) et un ensemble de règles de
production. Les règles de production se subdivisent elles-mêmes en sous-ensembles,
constituant les com posantes de la grammaire : selon les oppositions (1) composante
de base / com posante transformationnelle / com posante interprétative, et (2) com po
sante syntaxique / com posante sémantique / com posante morphophonologique.
Les règles syntaxiques se divisent en règles de réécriture et règles trattsformationnelles.
Les règles de base (règles de la com posante de base) sont les règles de réécriture et
les règles lexicales (correspondant au lexique). Les règles de réécriture peuvent être
indépendantes du contexte (context free rules) :
A -» N, à lire : le symbole abstrait A se réécrit en la suite de symboles N
(la deuxième partie de l'alphabet marquant ici le caractère complexe d'un
symbole).
Elles peuvent être dépendantes du contexte :
A -> N / - B, à lire : le symbole abstrait A se réécrit en la suite de symboles
N dans un contexte où N est suivi de B.
Les règles de réécriture conduisent du symbole le plus abstrait (par exemple P) à des
symboles terminaux, c’est-à-dire à des symboles qui ne sont plus susceptibles de
réécriture. Une autre distinction à faire parmi les règles de réécriture est entre les
règles de branchement (branching rules) : A -»• Z, analysant A en séquence de symboles,
et règles de sou s-catégorisation* (subcategorisation rules) : A rticle —>
[ + Défini], introduisant des traits syntaxiques. Les règles lexicales servent à l'intro
duction d'un form ant lexical. Les instructions peuvent se présenter ainsi : « Si Q est
un symbole com plexe dans une séquence préterminale, et si (D, C) est une entrée
lexicale où C n'est pas distinct de Q, alors Q peut être remplacé par D. »
Les règles transformationnelles opèrent sur l'indicateur syntagmatique (arbre)
correspondant à la série des règles de réécriture appliquées précédemment. Une règle
transformationnelle donne les instructions pour la transformation de la séquence
terminale de l'indicateur syntagmatique d’un énoncé de base en énoncé transformé ;
par exemple, la transform ation d'emphase fait passer des symboles abstraits qui
pourraient correspondre à un énoncé réalisé Pierre mange la pomme à l'indicateur
syntagmatique correspondant à des énoncés com m e Pierre la mange, la pomme, ou
C'est Pierre qui mange la pomme, etc. Les règles de transformation généralisée permettent
la fusion de deux indicateurs syntagmatiques en vue de la réalisation d'une phrase
unique (par exemple, Pierre mange la pomme + ] e vois la pomme —> Pierre mange la
pomme que je vois).
Les règles de la grammaire générative doivent être évaluées, c'est-à-dire que le
linguiste doit avoir à sa disposition les critères perm ettant de conclure qu'un ensemble
de règles est meilleur qu'un autre, critères de simplicité et d'économ ie.
â07
regroupement
3 . En linguistique générative, les relatifs appar base à l’insertion est appelé antécédent*. Soit la
tiennent à la classe des déterminants* et ils phrase
entrent dans la transform ation relative. J 'a i lu le livre que tu m'avais donné,
(v. RHLAIIVISATÎON.)
la proposition que tu m'avais donné, où le relatif
II. relatif que est issu d ’un syntagme nominal, Déterm i
1 . O n dit d'un superlatif qu’il est relatif quand nant + livre, est une relative insérée dans le
il est suivi d'un com plém ent qui précise dans syntagme nominal (le livre) de la phrase matrice
quelles limites est vraie l'assertion dans laquelle j'ai lu le livre ; ce syntagme nominal (le livre)
le com paratif est impliqué : ainsi, dans Jacques est l'antécédent de que ; livre est le nom
est le plus grand des élèves, l'assertion Jacques est antécédent.
le plus grand ne se trouve vraie que si on se O n distingue deux types de relatives :
réfère aux élèves (elle ne sera peut-être pas a ) la relative déterminative, qui restreint ou pré
vraie si on compare Jacques aux professeurs, cise le syntagme nominal antécédent par l’ad
par exemple). Le superlatif relatif est dit aussi dition d’une propriété nécessaire au sens ;
com paratif généralisé. Le contraire du superlatif syntaxiquem ent, elle joue le même rôle qu’un
relatif est le superlatif absolu. dém onstratif ;
2 . O n donne le nom de temps relatifs à des b) la relative appositive, qui ajoute une propriété
form es de l'accompli qui expriment le futur contingente, non indispensable au sens : syn
ou le passé par rapport à un futur ou à un taxiquement, elle joue le rôle d’un com plém ent
passé de l’énoncé, ( v . a b s o l u .) ou d'un adjectif apposé.
3 . Transformation relative, v . r p i a t t v i s a u o n . Ainsi, dans les phrases : (1) Prends le livre qui
est sur mon bureau, (2) L'ami qui m'accompagnait
relatinisation fut surpris de voir Paul, les relatives sont déter-
La relatinisation est l’introduction massive et minatives.
relativement brusque de m ots directement issus Au contraire, dans les phrases : (1) Prends
du latin dans une langue romane (au x v f s., mon livre, qui est sur le bureau, (2) M on ami, qui
en français), [v. l a t i n i s a t i o n .] ne le connaissait pas, fut surpris de voir Paul, les
relation relatives sont appositives.
Les relatives appositives sont souvent sépa
1. O n appelle relation un rapport existant entre
rées du nom antécédent par une virgule qui
deux termes au moins, ces termes pouvant être
joue le rôle de parenthèses ; les relatives déter-
des phonèmes, des morphèmes ou des phrases.
minatives sont coreliées au déterminant du
Les relations peuvent être entre des éléments
syntagme nominal antécédent (le... qui est sur
se succédant dans la chaîne parlée (rapports
le bureau).
syntagmatiques) ou pouvant être substitués les
uns aux autres dans une même position (rap relativisation
ports paradigmatiques). Les relations peuvent En grammaire générative, on appelle relativisa
exister entre les termes à l’extérieur d'un m ême tion la form ation d'une relative par une trans
champ sém antique, etc. (v . r a p p o r t .) form ation qui enchâsse une phrase (phrase
2 . Accusatif de relation, v a c c u s a t i f , constituante) dans le syntagme nominal d’une
autre phrase (phrase matrice) au m oyen d’un
relationnel relatif.
On appelle adjectifs relationnels ou de relation des Soit les deux phrases : (1) J e lis D + livre,
adjectifs dérivés d ’un nom et qui expriment (2) Tu m'as donné D + livre, la phrase (2), où
l’existence d’un rapport entre le nom auquel le déterminant D est le relatif que, va venir
l’adjectif est joint et le nom dont l’adjectif est s ’enchâsser dans le syntagme nominal consti
dérivé : ainsi, dans problèmes sucriers et pétroliers, tuant de la phrase (1) D + livre (où D est un
sucriers et pétroliers désignent les problèmes dont déterminant). L'effacem ent des éléments iden
il est question en indiquant qu'il s’agit de ceux tiques donnera alors : J e lis le livre que tu m'as
qui ont rapport au sucre ou au pétrole. donné, (v. m l a t i v e . )
relative relativité
On appelle relative une proposition com portant La relativité linguistique est un concept théorique
un relatif, insérée dans le syntagme nominal selon lequel la connaissance qu'un peuple a
constituant d'une phrase matrice (ou phrase du monde dépend de la langue qu’il parle.
principale), l.e syntagme nominal qui sert de ( v W horf Sapir .)
/,na
renaissantiste
d'air dont la fréquence est proche de la sienne. l'ob jet résultatif de il écrit, mais dans II lit une
La fréquence de vibration de la cavité, et donc lettre, lettre est un com plém ent d 'objet ordinaire.
l’influence acoustique qu'elle exerce sur Fonde
r é tic e n c e
qui la traverse et la fait entrer en vibration,
La réticence est, en rhétorique, une figure par
dépend de sa form e et de son volume. Ainsi,
dans la phonation, le conduit vocal exerce sur laquelle l'orateur s'interrom pt avant d’avoir
achevé l'expression de sa pensée, tout en
l’onde issue du larynx une influence résonnante
laissant clairem ent entendre ce qu’il ne dit pas.
qui varie suivant la form e qu’il assume, en
fo n ctio n des d iffé re n ts m ou v em en ts des ré tra c té
organes vocaux. Le conduit vocal agit, en ses O n appelle rétractée la position des lèvres dans
différentes parties, com m e un résonateur. laquelle celles-ci sont en retrait par rapport à
ré s o n a te u r leur position neutre, com m e pour la réalisation
Un résonateur est une cavité qui a pour effet de la voyelle [i] ou [e], au lieu d’être protractées,
d’amplifier l'onde sonore qui la traverse et c’est-à-dire tendues en avant, com m e pour la
dont la fréquence de vibration est voisine de réalisation des voyelles arrondies françaises (par
sa fréquence propre. Les cavités supraglottiques exemple [y, o. œ]).
du conduit vocal, essentiellement le pharynx r é t r o a c t io n
et la cavité buccale, éventuellement les fosses La rétroaction désigne parfois le feedback”,
nasales et la cavité labiale, agissent com m e des
résonateurs sur l’onde sonore provoquée par ré tro fle x e
la vibration des cordes vocales. Le pharynx Un phonème rétroflexe est un phonème dont
renforce les plus basses fréquences, les fosses l’articulation implique le relèvement du revers
nasales les fréquences basses, mais à un degré de la pointe de la langue vers le palais. Une
moindre. La cavité labiale renforce les fré articulation rétroflexe est dite aussi cacuminate
quences basses ou élevées suivant la forme que ou cérébrale.
lui confèrent les différentes articulations, en Les consonnes rétroflexes, en général,
fonction du message à émettre. opposent une série de dentales rétroflexes à
une série de dentales non-rétroflexes. On en
r e s p e c t iv e
trouve dans les dialectes de l’Inde, en arabe,
En sémantique générative, on appelle transfer-
en quelques points isolés d’Europe (Sicile,
mation respective (ou trdnsformation-respectivcment)
Sardaigne, sud de la Corse, quelques points
l'opération qui consiste à dériver Pierre et Jean
des Asturies). Le trait rétroflexe double par
aiwem leurs maisons respectives de la phrase
fois un autre trait distinctif com m e le trait de
abstraite Pierre aim e la maison de Pierre et Jean
force.
aim e la maison de Jean.
Des voyelles rétroflexes existent en suédois
ré s u lta n te v. o p é r a n d e . et dans certaines variétés d’anglais, où elles
sont dues à la fusion de la voyelle avec le [r]
ré s u lta t if
suivant : dans les m ots girl, far. Le suédois
t . O n appelle résultatifs les morphèmes lexicaux
présente aussi ce type d’articulation qui résulte
et, en particulier, les verbes qui impliquent un
d’une fusion entre un [r] et le [t] ou le [d]
état présent résultant d'une action passée (ce
su iv an t dans les m o ts kort « b re f », bord
sont des accomplis), com m e savoir, tenir, vivre,
« table ».
rester, par opposition à d'autres verbes qui
Acoustiquement, les rétroflexes sont bémo-
impliquent une action en voie d’accomplisse
lisées, com m e les consonnes labiales et pha-
ment ou une action m om entanée (ce sont des
ryngales. Elles sont notées par un point placé
n o n -a cco m p lis), co m m e appren dre, prendre,
au-dessous de la consonne ou par le signe
naître, venir. Les verbes résultatifs ont souvent
musical de bémolisation.
le m êm e sens que les acco m p lis (passé
composé) d’autres verbes : je sais implique j'ai ré u n io n
appris ; je liens, j'ai pris ; il vit, il est né ; il reste, La réunion de deux ensem bles* A et B est
il est venu. O n appelle aussi résultatif l’aspect de constituée par la totalité des éléments appar
ces formes accomplies. tenant à A et des éléments appartenant à B.
2, O n appelle objet résultatif le com plém ent O n dit que R égale A union B et on écrit
d’objet du verbe transitif dont il indique le R = A ( J B. Dans une certaine tradition de
résultat ; ainsi, dans II écrit une lettre, lettre est la grammaire, l’ensemble des « noms » est
réversible
constitué par la réunion des substantifs et des sont issus de la racine verbale à laquelle s’ajoute
adjectifs. une désinence d’infinitif -se, où le [z] intervo
calique devient [r].
réversible
Par extension, le terme de rhotacisme désigne
En linguistique transformationnelle, on dira
la transform ation en [r] d ’autres consonne:,
qu’une transform ation est réversible quand les
com m e [d] et surtout [I], Ainsi, dans un grand
m em bres des classes sont identiques dans les
nom bre de dialectes italiques (piémontais, loin
deux constructions, la phrase de base et la
bard ancien , ligure, rom an esq u e, calabrais,
phrase transform ée. Ainsi, la pronominalisation
etc.), le [I] intervocalique latin a connu un
dans Pierre voit Paul —> Pierre te voit est réversible,
phénomène de rhotacism e dans certaines posi
puisque toute construction avec SN h Vt +
tio n s : so it à l’ in terv o caliq u e, so it devant
SN (syntagme nom inal suivi du verbe transitif
consonne. A M ilan, surtout dans les couche:,
et syntagme nominal objet) est transformable
les m oins cultivées, on dit gora (ital. goht)
en SN + Pronom + V . et que la réciproque
« gorge », f i e r a (ita l. fig lio la ) « fille » ; .1
est vraie. Une transform ation est dite irréversible
Lucques, on a des form es mignoro (ital. migrtolo)
quand une partie des membres qui satisfont
« petit doigt », petttora (ital. peniola) « mar
une construction ne satisfont pas l’autre. Ainsi,
m ite » ; à Sora (Latium), on a taw sra (ital.
à cause de phrases com m e Pierre est obéi rie Paul
tavola) « table ». etc. ; à Rom e, l’article mas
(Paul obéit à Pierre), on ne peut pas dire que
culin singulier est er (italien il).
toute phrase passive est la transform ée d’une
phrase active ayant un verbe transitif. rime
réversion Il y a rime quand, à la fin de certains m ou
En rhétorique, la réversion est une figure qui voisins ou peu distants, ou à la fin de certain!,
fait reparaître dans un second m em bre de groupes rythmiques (des vers, par exemple),
phrase une expression qui. dans le premier, on rencontre la m êm e voyelle (rime pauvre)
avait un ordre différent (ex. : il faut manger com m e dans cela et dada, ou la même voyelle
pour vivre et non p as vivre pour manger). suivie de la m êm e consonne (rime suffisante)
com m e dans sortir et dormir, ou la m ême voyelle
rewording suivie de la m êm e consonne et précédée de l.i
On appelle rewording le phénomène de traduc
même consonne ou des mêmes consonnen,
tion intralinguale* plus connu sous le nom de
com m e dans bâtir et partir (rime riche),
reformulation.
romanisation
rhème
O n appelle romanisation la transcription en un
Syn. de c o m m e n ta ir e .
alphabet latin de langues non écrites ou 1I1
rhétorique langues écrites dans d’autres alphabets (turc,
O n appelle rhétorique l’ensem ble des procédés cyrillique) ou par d’autres systèmes (vietn#
constituant l'art oratoire, l'art du bien-dire. La mien).
rhétorique com porte trois com posantes essen
tielles : ['invention (thèmes et arguments), la ronde
disposition (arrangement des parties) et surtout La ronde est une écriture à jambages courbrtt,
l’élocution (choix et disposition des mots) ; on à panses et à courbes presque circulaires
y ajoute parfois la prononciation (ou mode roulé (r)
d’énonciation) et la mémoire (ou mémorisation). O n appelle r roulé la vibrante apicale [r] 1111•
L’élocution, objet principal de la rhétorique, se qu'elle est réalisée en différentes régioiv; dift
définit essentiellem ent par l’étude des figures* France (Bourgogne, Cévennes, Pyrénées, ( m
ou tropes. Les discours définis par la rhétorique rèze, etc.) dans la prononciation des m o t. 1111
sont le délibératif (discours tenu pour persuader que rue, mer, terre, terreau, etc. Cette commun*
ou conseiller), le judiciaire (discours tenu pour est réalisée par un ou plusieurs battement!. 1I1
accuser ou défendre) et l’épidictique (discours la pointe de la langue contre les dent:., Un
tenu pour louer ou blâmer). alvéoles ou la région prépalatale ; le |t! mult
rhotacisme est la réalisation primitive du phonème miqinl
O n appelle rhotacisme la transformation de la il correspond. C 'était sans doute le r du lutin,
sifflante sonore fz] en [r] apical. Ce processus du grec, de l’indo-européen. La tendann qui
s'observe dans la phonétique historique du a consisté à remplacer un r antérieur p.u un 1
latin, où les Infinitifs (intare, legere, audire, etc., postérieur, produit soit par la vibration •l< lu
rythme
rythme
Le caractère rythmique du discours naturel se manifeste différem ment selon les langues.
Il existe deux grandes catégories dans les systèmes rythmiques des langues : certaines
langues s'apparentent plus nettem ent à l’une ou à l’autre, tandis que d ’autres sont
plutôt mixtes. D ans les langues à rythme syllabique, le temps repose sur la syllabe
ou sur une unité subsyllabique, la more, de sorte que toutes les syllabes tendent vers
une durée approximativement égale : les langues nettem ent apparentées à cette
catégorie sont des langues à structure syllabique assez simple, com m e le français ou
le japonais. D ’autres langues on t un rythme syllabique basé sur le pied* : dans ce
type de rythme, le temps dépend d’une durée plus large, constituée d’une syllabe ou
de plusieurs, connue sous le nom de pied, en sorte que les pieds tendent vers la
même durée. Ceci implique que la longueur des syllabes doit être variable, puisqu’un
pied peut com pter un nombre variable de syllabes, qui peut atteindre six ou sept au
maximum. Si un pied, qui com porte par exemple quatre syllabes, possède la même
durée qu’un pied d'une syllabe, chacune des quatre syllabes du premier est à l’évidence
plus brève que la syllabe unique du second. L’anglais relève nettem ent de ce second
lype. C ’est une langue clairement basée sur l’unité de pied plutôt que de syllabe.
Il arrive que le rythme soit tout à fait régulier, com m e dans les comptines, mais dans
rythme
A l/ i
5
s adverbial modification phonétique qui affectent l’initiale
Le s adverbial est une caractéristique non et/ou la finale de certains mots, morphèmes ou
étymologique de certains adverbes en français, syntagmes. La forme prononcée en position isolée
consistant en l ’addition d’un s ; ainsi alors (issu est la forme absolue, les formes qui apparaissent
de a d illant lioram), à reculons, etc. en position incluse sont les formes sandhi. La
liaison en français est un phénomène de sandhi :
sabir
le m ot six, par exemple, présente une finale
Les sabirs so n t des sy stèm es lin g u istiqu es
absolue, comme dans la phrase ils sont six
réduits à quelques règles de combinaison et à
[il s5 sisj, et deux finales sandhi, qui apparais
un vocabulaire lim ité ; ce sont des langues
sent dans les syntagmes suivants : six oiseaux
com posites nées du contact de deux ou plu
[sizwazo] et six livres [silivr). Le sandhi final
sieurs comm unautés linguistiques différentes
affecte en français les ardcles (la sœur vs l'amie) ;
qui n ’ o n t au cu n au tre m o y en de se
les pronoms (vous êtes Ivuzst] vs vous venez
comprendre, notam m ent dans les transactions
[vuvonej) ; les adjectifs (savant [savot], un savant
comm erciales. Les sabirs sont des langues
anglais [œsavàtocgls]) ; certains adverbes (très beau
d’appoint, ayant une structure grammaticale
[irebo] vs très intéressant [trezrtergsà]), les mor
mai caractérisée et un lexique pauvre, limité
phèmes du pluriel (des livres [delivr] vs des
aux besoins qui les on t fait naître et qui assurent
livres anciens [delivrezotsjï]), etc.
leur survie. Ils se différencient des pidgins*,
Le sandhi final est le plus fréquent. Le sandhi
qui sont des systèm es com plets seconds, et
initial se rencontre cependant dans certaines
des créoles*, qui, nés com m e sabirs ou pidgins,
langues celtiques, com m e l’irlandais moderne,
s o n t d evenus les langu es m atern elles de
qui prononce le m ot correspondant à « vache »
comm unautés culturelles.
en position absolue [’bo:], mais en position
Le nom de sabir a été d ’abord celui de la
incluse [an vo] « une vache » et [ar’mo] « notre
lingua franca ; il a été par la suite étendu à tous
vache ».
les systèmes de même type. Certains sabirs,
O n distingue le sandhi irrégulier, qui n’af
com m e aux États-Unis le chinook, à base de
fecte que certaines form es (com m e en français),
chinook proprement dit, ont servi de langue
du sandhi régulier ou général, qui affecte tous
comm erciale sur une grande étendue géogra
les mots dans un contexte donné. Le sandhi
phique.
général était fréquent en sanskrit. Dans certains
On distingue parfois les sabirs proprement
dialectes italiques (parlers corses, par exemple),
dits (utilisés sous la m êm e forme par les
on trouve un phénomène de sandhi régulier
locuteurs de comm unautés différentes) et les
initial avec l’alternance entre une initiale abso
pseudo-sabirs.
lue non-voisée et une initiale incluse voisée qui
samprasarana affecte les occlusives, les affriquées et les
O n appelle sam prasarana le développement fricatives : [’saku] « sac » vs [u’zaku] « le sac »,
d'une voyelle au contact d’une sonante, qui [’foku] « feu » ms [u’voku] « le feu » , [’fuk:a]
devient une consonne. Ainsi, dans le latin certus « chèvre » vs [a’guk:a] « la chèvre ».
(en grec kritos), de la racine krtos, un e s’est
S a p i r (Edward), linguiste américain (Lauen-
développé, le r devenant la consonne r.
burg, Allemagne, 1884-N ew Haven, Connec
sandhi ticut, 1939). fo rm é dans la tradition néogram
Le terme de sandhi est un terme hérité des mairienne, il s’en dégage en se consacrant,
anciens grammairiens de l’Inde ; il signifie sous l’influence de F. Boas, à la description
littéralem ent « mettre ensemble, joindre ». Ce des langues et des cultures amérindiennes. Les
terme désigne les traits de modulation et de conditions particulières de cette description,
satellisation
qui ne peut être m enée que d'une manière 1910-1911), la linguistique générale. Le Cours de
synchronique et formelle, le conduisent, dès linguistique générale, qui paraît sous son nom en
1925, et indépendamment des travaux de F. de 1916, est une synthèse de ces trois année!,
Saussure et du cercle de Prague, à dégager la d’enseignement, réalisée par ses disciples.
notion de phonème. Il propose également une Ch. Bally et A. Séchehaye à partir de noter,
typologie des langues, fondée non plus sur un manuscrites d’élèves. L’ouvrage marque le point
classement génétique, mais sur la prise en de départ du structuralisme. (V. Bibliographie.)
considération de données formelles (m orpho savant
logie, procéd és de d érivation, org an isation En linguistique diachronique, savant qualifie un
sémantique, etc.). Sa conception du langage emprunt direct à la langue mère, par opposition
(hypothèse dite de Whorf-Sapir) est que toute à une forme dont l’évolution phonétique ;i
langue, « représentation symbolique de la réa été progressive et régulière, dite populaire
lité sensible », contient une vision propre du
(V . DO UBLET.)
monde, qui organise et conditionne la pensée
et en est, de ce fait, inséparable. Son ouvrage schéma
de synthèse le Langage, une introduction à l'étude L. Hjelmslev donne le nom de schéma à ce q u e
de la parole (1921) est un des premiers essais F. de Saussure appelle « langue » ; chez lu i , Ir
pour constituer une nouvelle science du langage schéma, qui est la langue com m e forme p u r e
hors de l’empire des considérations histori (système ou pattern), est opposé d’une p a r t i\
ques, en insistant sur le caractère systématique la norme, qui est la langue com m e f o r m e
des faits linguistiques. E. Sapir est un précur matérielle, déjà définie par une certaine réali
seur original du structuralisme américain. sation sociale, mais indépendante encore du
(V. Bibliographie.) détail de cette réalisation, d ’autre part à Vusage.
qui est la langue com m e ensemble d’habitude:
satellisation articulatoires d ’une société donnée. Ainsi, le t
Processus par lequel une langue antérieurem ent est, dans le schéma, défini par rapport à l.i
autonom e, ou différente du point de vue structure phonologique et aux autres unités de
génétique (v. ce m ot) d’une autre, tend à ce systèm e abstrait ; dans la norme, c’est uni
dépendre de celle-ci ou à être considérée comm e consonne définie par ses propriétés a r t i c u l .v
une simple variante de celle-ci. toires ou acoustiques, relativement aux a u t r e r .
phonèmes ; dans l’usage, ce sont les typet.
Saussure (Ferdinand de), linguiste suisse
divers d’articulations par lesquels les s u je lii
(Genève 1857-Vufflens-le-Château, canton de
parlants peuvent réaliser ce phonème (r roulé,
Vaud, 1913). En 1876, il va étudier le sanskrit à
r grasseyé, r uvulaire).
Leipzig, où la jeune école des néogrammairiens
est en train de renouveler les méthodes de la schème
grammaire comparée. Il y soutient, en 1880, sa 1. Syn. de p a t ie r n .
thèse de doctorat sur l’emploi du génitif absolu 2 . O n appelle schème de phrase un type de
en sanskrit. Mais il s’est déjà rendu célèbre en phrase défini par les règles de combinaison1*
publiant Tannée précédente son Mémoire sur le de ses constituants.
système primitif des voyelles dans les langues indo- schizoglossie
européennes, ouvrage révolutionnaire en ce sens Term e employé quelquefois pour désigner lu
que la reconstruction philologique ne se fonde situation d'un individu ou d'une comm un;.....
pas sur une description phonétique mais sur les utilisant alternativement deux langues d l l l i '
relations fonctionnelles que les éléments du rentes. Ce terme implique une vision pailio
système étudié entretiennent entre eux, ce qui logique de ce type de situation et est finalemi i il
préfigure les concepts théoriques élaborés ulté un synonyme péjoratif de d i g l o s s i e .
rieurement dans son Cours. De 1880 à 1891,
F. de Saussure est à Paris ; il suit à TEcole pratique
schwa
Syn. de chva.
des hautes études le cours de grammaire compa
rée de M . Bréal, cours qu’il assurera lui-même à sciences du langage
partir de 1881, et il participe aux travaux de la Term e qui regroupe la linguistique en uni
Société de linguistique de Paris. En 1891, il qu’étude du système en lui-même et poui
revient à Genève, où il enseigne jusqu’à sa mort m ême avec les disciplines connexes, psyclx 'lin
le sanskrit, la grammaire comparée et, dans les guistique et sociolinguistique notamment, O
dernières années de sa vie (1907, 1908-1909 et prend en compte à la fois l’aspect thénrl(|iii‘
sélection
e t l'a sp e c t ap p lica tif des rech erch es (v linguis cette phrase en isolant l’unité discrète table
tique et l a n g a g e ) . grâce aux environnements identiques (la —
scolie est) et différents (les — sont), [v. c o m m u t a t i o n .]
La scolie est, en philologie, une remarque segmentai
g ram m aticale, critiqu e ou histo riqu e, d’un Les unités de niveau segmentai com m e les
com m entateur ancien sur des textes de l’Anti- phonèmes s’opposent aux unités de niveau
quité classique. suprasegmental comm e les prosodèmes (pause,
script gém ination, accent).
L'écriture script est une écriture manuscrite sim segmentation
plifiée dans laquelle les lettres se rapprochent La segmentation est une procédure consistant à
des capitales d’imprimerie. segmenter l’énoncé, c'est-à-dire à le diviser en
scripteur unités discrètes dont chacune représentera un
O n appelle scripteur le sujet qui écrit (par m orphèm e. Chaque morphème sera segmenté
opposition à parleur, sujet parlant, locuteur). en unités constituantes, les phonèmes. La
segmentation est indissociable de l’opération
scriptural
d’identification des unités discrètes (v. c o m m u
O n qualifie de scriptural ce qui appartient à la
t a t i o n ) ; elle précise la classification des unités
langue écrite, par opposition à oral, qui appar
selon les rapports paradigmatiques et syntag
tient à la langue parlée. O n parle de code ou
matiques qu’elles entretiennent entre elles.
d’ordre scriptural pour se référer au système
spécifique d'utilisation des signes linguistiques sélectif
qui se crée toutes les fois qu'une langue est Trait sélectif, v. t r a i t .
représentée par l’écriture.
sélection
Searle (John Rogers), philosophe américain O n appelle sélection l’opération par laquelle le
(Denver, Colorado, 1932). Disciple de locuteur choisit une unité sur l’axe paradig
J. L. Austin, il affirm e que l’unité de base de m atique. O n oppose parfois l’axe des sélections
la com m unication linguistique est l’acte de à l’axe des combinaisons, com m e l’axe para
discours. 11 développe une théorie cohérente digmatique à l’axe syntagmatique. Dans la
des actes de discours, en m ettant particulière perspective de F. de Saussure, chaque maillon
m ent l’accent sur les différentes sortes d’inten de la chaîne parlée (à chaque niveau d’analyse)
tion qui caractérisent la comm unication lin offre la possibilité d'un choix sélectif. Chaque
guistique. (V. Bibliographie.) unité de la chaîne est donc en rapport de
second sélection avec les unités capables de com m uter
La langue seconde est la langue dont l’usage est avec elle.
acquis a une étape de la vie ultérieure à Dans l’expression p as de clerc, les rapports
l’apprentissage de la langue première ou maternelle de sélection seront en prenant le premier
(v. ces m ots). phonèm e /p/ pour base :
/p / : rap p o rt de sélection av e c/ b / (et indirec
secondaire te m e n t avec tou s les p h o n èm es) ;
O n qualifie de secondaires celles des fonctions"
pas : rapport de sélection avec saut, bond,
du langage qui ne sont pas centrales ; ainsi, la
etc. (et indirectement avec tous les lexèmes) ;
fonction conative et la fonction émotive sont
pas de clerc : rapport de sélection avec belle
des fonctions secondaires, la fonction référen
gaffe (et indirectement avec toute phraséolo
tielle étant primaire.
gie) ;
segment un p as de clerc ; rapport de sélection avec une
Le segment est le résultat de l'opération consis erreur, une belle gaffe (et indirectement avec tous
tant à découper une chaîne parlée en unités les syntagmes nominaux).
discrètes, en considérant les éléments iden En grammaire générative, on appelle règles
tiques qui figurent dans des environnements de sélection les règles qui im posent au choix des
différents, et inversement les éléments diffé morphèmes dans la suite préterminale des
rents qui figurent dans des environnements contraintes dépendant de la structure séman
identiques. Par exemple, l’analyse de La table tique de ces morphèmes. Ainsi, le verbe penser,
est grande, La table est petite, Les tables sont petites, par les règles de sélection, ne peut avoir pour
Les tables sont grandes, etc., permet de découper sujet le nom table (‘ La table pense est anomal).
/,n
sémanalyse
[-fhum ain], [ + mâle], mais diffèrent par le trait [adulte]. C 'est ce type de travaux
que recouvrent les expressions d’« analyse sémique » ou « analyse componentielle »,
en fait toujours limité au mot.
La sémantique distributionnelle est apparue lorsque les procédures, jusque-là
utilisées en dehors du sens, pouvaient être mises à profit lorsque la signification
devenait elle-même un objet d’étude. L'hypothèse de base est que le sens des unités
linguistiques est en relation étroite avec leur distribution, c’est-à-dire avec la somme
des environnements dans lesquels elles apparaissent : « Deux morphèmes qui ont des
significations différentes diffèrent quelque part dans leur distribution » (Z. S. Harris).
On pourra ainsi classer les divers sens d’un terme en fonction des constructions
auxquelles il participe : l'adjectif fort, par exemple, appliqué à une personne, change
de sens lorsqu’il est suivi d’un com plém ent prépositionnel (un homme fort /fo rt aux
échecs/fort en sciences). À l’inverse, des termes qui ont des distributions comparables
ont souvent un élém ent de sens com m un : demander, vouloir, exiger se construi
sent avec une complétive dont le verbe est au subjonctif, acceptent un com plém ent
indirect, etc. Toutefois, même si elle fait appel à des cadres syntaxiques de dimension
variable, la sémantique distributionnelle demeure également une sémantique du
mot.
La théorie sémantique de U. W einreich tente d’expliquer com m ent le sens d’une
phrase, d’une structure spécifiée dérive du sens pleinement spécifié de ses éléments.
L’objectif est d’atteindre à une représentation formelle équivalente d’expressions
simples (mots, par exemple) et d’expressions complexes (syntagmes, phrases). En
particulier, il est nécessaire de préciser les types de construction possibles entre deux
m ots M et N. Le « linking » (liaison*) se produit si certains traits sémantiques de M
et de N viennent à se com biner. Par exemple, mur blanc : la nouvelle entité M N
possède tous les traits de mur et de blanc. O n notera que certains éléments d’un
linking peuvent être ordonnés : Un petit éléphant, c'est grand n'est pas absurde à cause
du caractère ordonné des sèmes du m ot éléphant. En revanche, les constructions non-
linking n’apportent pas de nouveaux groupes de traits. Par exemple, la « délimitation »
convertit un terme général (mouton) en des moutons, cinq moutons.
O n comprend par ces quelques exemples tout ce que cette réflexion doit à la
logique moderne. En prenant un exemple français, nous pourrons dire qu’une telle
théorie sémantique s’assigne pour objet de rendre com pte de la différence sémantique
entre un poète français (X est poète et est français), tin poète maudit (X est poète, mais
n’est « maudit » qu’en tant que poète) et un poète manqué (X n ’est pas poète, et n ’est
manqué qu’en tant que poète). Cette nouvelle théorie sémantique refuse, d’autre
part, la notion de restriction sélective. Prenons l’exemple anglais du terme pretty
(« joli »), qui ne peut pas s’appliquer à un nom possédant le trait [ + mâle]. La théorie
sémantique précédente aurait assigné le trait [ + mâle] en restriction sélective. La
théorie de U. W einreich préfère la notion de trait de transfert : c ’est le m ot pretty qui
fera apparaître dans le contexte le trait [- m â le ]. En face d’un système qui vérifie
seulement les possibilités combinatoires, et rejette les expressions incorrectes, celui-ci
est actif et permet de rendre mieux com pte de la créativité de la langue.
Par l’intervention d’un mécanisme assez complexe (calculateur sémantique), la
théorie sémantique rendra com pte à la fois de l’interprétabilité et de la bizarrerie de
nombreuses expressions.
La grammaire générative avait été conçue au départ com m e un système de règles
destiné à générer l’ensemble infini des phrases d’une langue, et elle se réduisait à un
modèle de type syntaxique. Ce n’est qu’à partir des années 60 que la théorie a été
sémantique
envisagée com m e devant rendre com pte également du sens des phrases. D ès lors, les
préoccupations d’ordre sémantique allaient jouer un rôle essentiel dans l’évolution
de la théorie.
CANARD
[fausse nouvelle] [fausse n ote] [oiseau] [journal] [viande d e l ’oiseau] [m orceau de sudrr|
1 2 3 4 5 6
âZO
sémantique
CANARD
3 5
b) Les règles de projection : D ’une manière générale, la théorie linguistique doit fournir
l'indication des processus par lesquels l’ensemble fini des phrases rencontrées (par
un locuteur) est projeté sur l'ensem ble infini des phrases grammaticales de la langue.
Le terme de règles de projection conviendrait à toute règle visant à cet effet. Il est
donc à prendre ici, dans le cadre de la théorie sémantique, au sens plus restreint de
règles permettant la concordance entre un indicateur syntagmatique et un dictionnaire
de type Katz-Fodor.
Le dictionnaire ayant choisi pour chaque morphème la branche compatible avec
la structure syntaxique, les règles de projection vont assurer les amalgames. En
particulier, après que le dictionnaire a signalé les impossibilités grammaticales entre
les combinaisons, les règles de projection prennent en com pte les restrictions sélectives
et évaluent les possibilités de com binaison sémantique.
La sémantique de I. A. M el'cuk s’apparente à la sémantique générative, première
manière. La première tâche du modèle est d’assurer l’opération allant du sens vers le
texte. La langue est en effet définie ici com m e « un mécanisme traduisant le sens en
texte ». Autrement dit, au lieu de se poser la question de savoir si « cela se dit » dans
une langue donnée, les auteurs se demandent com m ent, dans cette langue, « exprimer
un sens ».
Le premier objectif est, en conséquence, de générer les énoncés par un mécanisme
appelé synthèse sémantique. Le niveau de représentation initial est dit inscription de sens.
Il semble que les linguistes soviétiques conçoivent cette inscription de sens com me
la représentation structurée en pensée d'une situation extralinguistique. Ainsi, le
problème de la représentation du sens d’une situation donnée est introduit dans le
modèle théorique de la langue, et mis à l'origine du processus linguistique.
421
sémantique
sémantisme sème
Le sémantisme d'une unité linguistique est son 1. Le sème est l'unité minimale de signification,
contenu sémantique. non susceptible de réalisation indépendante, et
sémasiologie donc toujours réalisée à l'intérieur d’une confi
Par opposition à l’onom asiologie’1, la sémasio guration sémantique. Par exemple, l'analyse
logie est une étude qui part du signe pour aller sémique rend compte de l'opposition chaise vs
vers la détermination du concept. C ’est dire fauteuil par l'adjonction, au sém èm e de chaise
que la démarche sémasiologique type est celle (com posé des sèmes S ., S3, S3, S4, « avec
de la lexicologie, visant à représenter des dossier », « sur pieds », « pour une seule per
structures (axe paradigmatique et axe syntag sonne », « pour s’asseoir »), du sème « avec
matique) rendant com pte d'une unité lexicale. bras », absent du sémème de chaise et présent
Selon cette démarche, le m ot chaise sera étudié dans le sém èm e de fauteuil. Dans le vocabu
selon ses environnements (distribution) et selon laire de la parenté, les unités s’opposent selon
les paradigmes dans lesquels il figure (méthode trois dim ensions : « gén ératio n », « sexe »,
des com m utations), avant d’être référé à un « lignée », par rapport à un sujet donné (ego) ;
champ conceptuel donné (champ des objets père est caractérisé par les sèmes G + 1 (géné
manufacturés, champ du mobilier, champ des ration ascendante du premier degré), + M (sexe
sièges), étude terminale à laquelle, en partant masculin), L1 (lignée directe), alors que frère
du concept, la démarche onomasiologique don s'analyse en G + 0, + M , L2 (lignée collatérale).
nerait au contraire la priorité. Ces com posants minimaux de l'unité lexicale
m
sémelfactif
constituent un ensemble non ordonné appelé etc. O n dressera facilem ent l’inventaire de!,
sémème ou formule componentielle selon que sémèmes annexés au taxème /couverts / : « four'
Ton se situe dans le cadre de l’analyse sémique chette », « couteau », « cuillère », etc.
(européenne) ou de l'analyse componentielle Le deuxième niveau est celui du domaine, le
(américaine). domaine étant une classe de taxèmes. L'analyse
Com m e sème est en fait synonym e des sémique rejoint ici l’intuition des lexicographe:,
termes irait sémantique et composant sémantique, qui réfèrent souvent le sens des termes spécu
il se rencontre également, quoique non systé lisés à des domaines d’activité. Le domaine e s t
matiquement, chez les linguistes qui pratiquent donc défini en sémantique com m e une classe
l'analyse com ponentielle ou développent une sémantique liée à une pracique sociale : c ’e s t
théorie sémantique dans le cadre de la gram la pratique sociale qui permet d’annexer ciboire
maire transformationnelle. à /religion/ et non à /alimentation/.
2 . Dans le sém èm e. on opérera plusieurs Le dernier niveau est celui, plus classique,
distinctions entre les sèmes. On oppose sème des dimensions, incluant des traits très généraux
afférent* et sème inhérent. Les sèmes inhérents du type /animé/, /inanim é/, / m atériel/ ou
relèvent du système linguistique. « la langue », /humain/.
et les sèmes afférents, de normes sociales. On Si l ’on prend l’exemple de cuillère, ses sème',
peut grossièrem ent assimiler les sèmes inhé génériques seront : /couvert/, pour le taxème ;
rents à la « dénotation » et les sèmes afférents /alim entation/pour le domaine ; /concret/ el
à la « connotation ». On oppose sèmes génériques /inanimé/ pour la dimension. Pour distinguci
et sèmes spécifiques. Pour B. Pottier. le sème ces trois dimensions, on parlera de sèmes
générique est un élém ent du classèm e” per microgénériques, mésogénériques et macrogénériqucs,
m ettant le rapprochem ent de deux sém èm es
voisins par référence à une classe plus générale,
sémelfactif
L’aspect sém elfactif indique que l'action n’est
et le sème spécifique est un élément du sém an
envisagée que faite une seule fois, par oppo
tème* perm ettant d ’opposer deux sémèmes
sition au fréquentatif.
très voisins, par une caractéristique propre.
F. R a stier p ro p ose de co n sid érer trois sémème
ensembles, celui du taxème, celui du domaine et Dans l’analyse sémique, le sémème est l’unite
celui de la dimension. Le taxème, niveau infé qui a pour correspondant formel le lexème . il
rieur, re n fe rm e des sèm es sp é cifiq u es et est com posé d’un faisceau de traits sémantiques
quelques sèmes génériques de faible généralité ; appelés sèmes (unités minimales non suscep
le domaine est un groupe de taxèm es tel que tibles de réalisation indépendante).
dans un dom aine donné il n'existe pas de Le sém èm e de chaise comporte les
polysémie ; enfin, la dimension est la classe sèmes S ,, S2. S3. S,, (« avec dossier », « sut
de rang supérieur, qui inclut les sémèmes pieds », « pour une seule personne », « poui
com portant un m ême trait générique très géné s’a s s e o ir » ); on remarque que l'adjonction
ral (/animé/ou/humain/, par exemple). Ainsi d’un sème S , (« avec bras ») réalise le sémème
dans le sém èm e « cuillère », on trouve les de fauteuil.
sèmes génériques /couvert/, notant l’apparte L'ensemble des sèmes génériques, inhérenln
nance à un taxème, /alimentation/, notant et afférents, sont regroupés dans le classi'int,
l'appartenance à un domaine, /concret/ et tandis que l’ensem ble des sèmes spécifiques
/inanimé/ notant l'appartenance à des dimen sont inclus dans le sémantème. Pour résumei,
sions. F. Rastier parle respectivement de sèmes on peut représenter l’ensemble du sémeuitt
microgénériques, mésogénériques et macrogénériques. com m e suit :
(v . SÉMANTIQUE II. f.)
sémème : classème + sémantème
3. Les sèmes génériques appartiennent donc à
sèmes génériques sèmes spéciliqui »
plusieurs niveaux de groupement.
inhérents + afférents inhérents + afféienin
Le premier niveau est celui des taxèmes,
structures paradigmatiques à laquelle appar exemple :
tiennent les sèmes spécifiques. Le taxème est le train : classème + sémantème
niveau d’interdéfinition, c’est l'ensemble au dimension /concret/, /inanimé/,
sein duquel il est pertinent de cherchera définir /ferré/ : sème spécifique
la valeur d'une unité : on n’opposera pas rat domaine /transports collectifs/
à retard et magnolia, mais plutôt à souris, mulot, taxème /extra-urbain/.
424
sémiologie
sémiologie
La sémiologie est née d’un projet de F. de Saussure. Son objet est l’étude de la vie des
signes au sein de la vie sociale : elle s’intégre à la psychologie com me branche de la
psychologie sociale. En ce cas, la linguistique n'est qu'une branche de la sémiologie.
Le paradoxe souligné par F. de Saussure est que. simple branche de la sémiologie, la
linguistique est nécessaire à la sémiologie pour poser convenablem ent le problème
du signe. En particulier, une étude du signe antérieure à la fondation d'une linguistique
échoue par son incapacité à distinguer dans les systèmes sémiologiques ce qui est
spécifique du système et ce qui est dû à la langue. F. de Saussure insiste donc sur le
caractère essentiellement sémiologique du problème linguistique : « Si l'on veut
découvrir la véritable nature de la langue, il faut la prendre d’abord dans ce qu’elle
a de com m un avec tous les autres systèmes du même ordre ; et des facteurs
linguistiques qui apparaissent com m e très importants au premier abord (par exemple
le jeu de l’appareil vocal) ne doivent être considérés qu’en seconde ligne s’ils ne
servent qu'à distinguer la langue des autres systèmes. »
42 ,5
sémiotique
426 A
sens
chose décrite. En effet, bras dans le fauteuil à sème [bras] dans cette analyse ne réfère en
deux bras n'a rien de com m un avec bras dans définitive qu'à bras de fauteuil, aboutissant à la
l'homme a deux bras. Le sème [avec bras], tautologie : Le fauteuil a des bras qui sont des
technologiquem ent pertinent pour le fauteuil, bras de fauteuil.
ne com porte pas la référence à la m ême réalité
que dans bras humain. Si l'o n voulait procéder semi-voyelle
par des traits technologiquem ent pertinents, Les sem i-voyelles ou les sem i-co n so n n es*
mieux vaudrait rapprocher bras (de fauteuil) constituent une classe de sons intermédiaires
d ’anse (de pot) plutôt que de bras (humain). entre les consonnes et les voyelles, appelées
Le problème linguistique est repoussé de glides’ ou approximantes. Ainsi le [j] de pied [pjc]
l’opposition chaise vs fauteuil à l'opposition bras ou de fille [lij] e st une sem i-vo y elle ou
(de fauteuil) vs bras (d’hom me), puisque le glide.
sen s
1. Le terme de sens est trop vague pour pouvoir être utilisé dans les diverses théories
linguistiques sans recevoir des définitions spécifiques. Pour F. de Saussure, le sens
d’un signe linguistique est constitué par la représentation suggérée par ce signe
lorsqu’il est énoncé. Toutefois, com me il ne définit pas le terme de sens, il importe
de remarquer que, chez lui, les approches du problème du sens sont multiples : le
sens apparaît com m e résultat d’un acte de découpage, com me une valeur émanant
d’un système, com m e un phénom ène associatif.
L’image de la langue com m e feuille de papier, ayant la pensée pour recto et le son
pour verso, n'est pas sans faire problème : lorsque cet exemple est donné, la langue
vient d’être définie com m e intermédiaire entre la pensée et le son. Bien que la pensée
ait été définie com m e « chaotique de sa nature », on ne peut s'em pêcher de craindre
que, dans cette image, le sens ne soit interprété com m e préexistant. Dans la pensée
de F. de Saussure, toutefois, il s’agit de faire résider le sens dans la concom itance des
découpages de la masse amorphe de la pensée et de la masse amorphe des sons.
D ’autre part, la valeur d’un terme n ’est qu’un élément de sa signification : la
signification de l’anglais sheep et du français mouton est identique, mais leur valeur est
différente, pour autant que le premier a à côté de lui un second terme mutton, alors
que le terme français est unique. Les différentes métaphores consacrées par F. de
Saussure au sens permettent ainsi l’approche suivante : le sens provient d’une
articulation de la pensée et de la matière phonique, à l’intérieur d’un système
linguistique qui détermine négativement les unités.
2 . Le béhaviorisme américain va refuser cette conception. Pour L. Bloomfield, le sens
d’une unité, c’est la somme des situations où elle apparaît com me stimulus et des
comportements-réponses que ce stimulus entraîne de la part de l’interlocuteur. Etant
donné l’impossibilité de faire cette somme, il s’agit d’un refus de poser le problème
du sens. L’étude du sens est alors renvoyée à une psychologie du com portem ent
(étude des conduites stimulus-réaction) et aux sciences particulières : la pomme pourra
être définie com m e « un fruit qui..., etc. » par le botaniste, mais non par le linguiste.
Au lieu d’être au départ de l’étude linguistique, le sens sera donc rejeté, soit hors de
la linguistique, soit au terme, toujours repoussé, de l’analyse formelle. Z. S. Harris
envisage cependant la possibilité pour l’étude distributionnelle de déboucher sur
certaines conclusions touchant le sens des unités ou des constructions : tout morphème
différent d’un autre dans sa distribution doit aussi différer de lui dans sa valeur
sémantique.
4 17
sens-texte
/, tu
pourvus d'un nom bre fini de variables, option tiques la lettre servant à former, avec le radi
nelles ou obligatoires, appelées « actants » : cal, les tem ps des verb es, les g en res, les
ainsi, admirer, qui a trois actants (dont un nombres.
optionnel) « X admirer Y (pour Z) », a pour
shifter
synonym e « X éprouve de l’admiration pour
Syn. de e m b r a y ï .u r .
Y (et cela est provoqué par Z) ».
Dans la théorie Sens —> Texte, le signe sifflante
e st c o n stitu é d ’un trip le t < m ot/sém èm e/ Une sifflante est une consonne fricative" réalisée
co n tra in te s co m b in a to ires > , la prise en com m e alvéolaire ou dentale, et apicale ou
com pte des contraintes, sous la form e de prédorsale. En français, les sifflantes [s] et [z]
schémas de régime, permettant de lever de de sac et de zan sont des prédorso-alvéolaires,
nombreuses ambiguïtés. Parmi ces contraintes en espagnol la sifflante à l’initiale de suerte est
figure la description des « fonctions lexicales ». norm alem ent une apico-dentale.
Ces cooccurrences lexicales restreintes sont des Sur le plan acoustique, les sifflantes sont
contraintes sur la com binaison des sémèmes des consonnes diffuses, aiguës, continues, stri
qui ne sont pas préservées par la paraphrase dentes.
et sont indépendantes de tout aspect syn Les sifflantes, com m e les chuintantes, sont
taxique. Ces cooccurrences lexicales doivent réalisées avec une spirantisation renforcée par
être maîtrisées pour posséder une langue par la form e de gouttière que prend la langue en
faitem ent et la génération de textes n ’échappe son axe médian (d’où le terme de fricative à
pas à cette règle. O n dénom bre une soixantaine langue en creux qu’on leur donne parfois), qui
de fonctions lexicales dans ce modèle. aggrave la turbulence de l’air. Mais le terme
Exemples : Soit les fonctions lexicales Oper, Loc, particulier de sifflante correspond, au stade de
Labor, Magn, on aura : ia perception, à l’impression auditive que pro
O per (/question/) : poser ; duit un registre de fréquences plus élevé que
Loc (/continent/) : sur ; pour les chuintantes et pour toutes les autres
Labor (/soin/) : entourer de ; fricatives, pouvant atteindre 0 à 9 kHz.
M agn (/promesse/) : ferme. Les sifflantes sont très répandues comm e
phonèmes dans les langues du monde, bien
sentiment linguistique que quelques-unes les ignorent, com m e le
On donne le nom de sentiment linguistique à nouba oriental, langue du Soudan. D e nom
l'intuition du locuteur natif qui lui permet de breuses langues (parmi les langues romanes :
porter sur des phrases des jugements de gram le roumain, l’espagnol, les dialectes italiques
maticalité. méridionaux) ne présentent qu’un phonème
séparable sifflant, réalisé le plus souvent com m e non-
Syn. de isoubul
voisé [s] et dans certains contextes com m e
voisé [z].
séquence
On ap p elle séquence une su ite d ’élém en ts
sifflé
O n appelle langues sifflées des langues dont les
ordonnés conventionnellem ent sur l’axe syn
unités sont codées par des sifflem ents de formes
tagmatique.
diverses : ces langues ont une portée plus
série grande que la voix.
O n appelle série une classe de phonèmes conso-
n a n tiq u e s ca ra c té risés par le m êm e tra it
siglaison
La siglaison est la form ation d’un sigle à partir
pertinent. Ainsi, en français, la série [b, v,
d’un m ot ou d’un groupe de mots : R.A.T.P.
d, z, g, 3 ] est caractérisée par le même trait
(Régie autonome des transports parisiens.)
voisé.
sermocination
sigle
On appelle sigle la lettre initiale ou le groupe
En rhétorique, la sermocination est une figure
de lettres initiales constituant l’abréviation de
par laquelle on fait parler un personnage absent
certains m ots qui désignent des organismes,
en lui attribuant un langage convenant à son
des partis politiques, des associations, des clubs
caractère ou son rang.
sportifs, des États, etc. : P.M.U. (Pari mutuel
servile urbain), S.N .C.F. (Société nationale des chemins de
On appelle lettre servile dans les langues sémi fer français), P.U.C. (Paris Université Club), etc.
1
sigmatique
Les sigles peuvent entrer en com position avec m ent, com m e P.M.U. [pc-sin-y]. Certains sigle:
des chiffres : 11 CV (11 chevaux-vapeur). Les ont deux prononciations com m e O .N .U . [any|
sigles ont deux prononciations possibles : ou ou [oeny], ( v . a c r o n y m e .)
bien la suite des lettres constitue un m ot qui s ig m a tiq u e
peut être intégré au lexique français ; en ce cas O n appelle sigmatique une forme linguistique
le sigle a une p ro n o n cia tio n sy llab iq u e : caractérisée par un infixe s. On appelle ainsi
C.A.P.E.S. [kapes] (Certificat d'aptitude pédago futur, aoriste, p a r fa it sigm atiqu e les f u t u r s ,
gique à l'enseignement du second degré) ; ou bien aoristes, parfaits caractérisés en grec et en latin
la suite des lettres ne constitue pas des syllabes ; par la présence d’un s (en grec, futur lusomai,
en ce cas, le sigle est prononcé alphabétique aoriste ehisa ; en latin, parfait dic-s-i -» dixi).
signe
1. Le signe, au sens le plus général, désigne, tout com m e le symbole, l'indice ou le
signal, un élém ent A, de nature diverse, substitut d’un élém ent B.
Signe peut d’abord être un équivalent d ’indice; l’indice" (ou signe) est un phénomène,
le plus souvent naturel, im médiatement perceptible, qui nous fait connaître quelque
chose au sujet d’un autre phénom ène non im m édiatem ent perceptible : par exemple,
la couleur sombre du ciel est le signe (ou l’indice) d’un orage imminent, l'élévation
de la température du corps peut être le signe (ou l’indice) d’une maladie en train de
couver.
Signe peut, en deuxième lieu, être un équivalent de signal. En ce sens, le signe (ou
signal) fait partie de la catégorie des indices ; il possède les caractéristiques du signe
indice (com m e le signe-indice, le signe-signal est un fait im m édiatem ent perceptible
qui fait connaître quelque chose au sujet d’un autre fait non immédiatement
perceptible) ; mais deux conditions sont nécessaires pour qu’un signe puisse être
considéré com m e un signal :
a) il faut que le signe ait été produit pour servir d'indice. Il n ’est donc pas fortuit,
mais produit dans une intention déterminée ;
b) il faut, d’autre part, que celui à qui est destinée l’indication contenue dans le
signal puisse la reconnaître. Un signe-signal est donc volontaire, conventionnel ci
explicite. Com biné à d’autres signes de même nature, il forme un système de signes ou
code. Dans un même code, les signes peuvent être de différentes formes :
— forme graphique : lettres, chiffres, traits inscrits sur un agenda pour rappeler un
rendez-vous, panneaux routiers, etc. ;
— forme sonore : sons émis par l’appareil vocal d’un individu considéré comme
émetteur d’un message ;
— forme visuelle : signaux gestuels com m e ceux de l'aveugle levant sa canne blanclie
Signe peut être un équivalent de symbole*. Le signe-symbole est plus communémeni
une forme visuelle (et même graphique) figurative. Le signe-symbole est le sij;iu'
figuratif d’une chose qui ne tom be pas sous le sens ; par exemple, le signe figurai il
représentant une balance est le signe-symbole de l’idée abstraite de justice.
2. Dans le Cours de linguistique générale de F. de Saussure, le terme signe a pris tinr
autre acception : celle de signe linguistique. F. de Saussure distingue entre le symbola
et le signe (pris maintenant au sens de signe linguistique) : il pense, en effet, qu’il y i
des inconvénients à admettre qu'on puisse se servir du m ot « symbole » pour désip.nei
le signe linguistique. Le symbole, au contraire du signe, a pour caractère de nVtii
jamais tout à fait arbitraire, c’est-à-dire qu’il y a un lien naturel rudimentaire entre le
signifiant et le signifié. Le symbole de la justice, par exemple, ne pourrait eue
remplacé par un char. Avec F. de Saussure, le signe linguistique est instauré comme
AZO
signe
437
signe
de cette opposition qu'il reçoit sa valeur, sa fonction. Dans un tel système, ce qui
constitue le signe, c'est ce qui le distingue. Pour délimiter le signe, l’entité linguistique,
il faut le délimiter par opposition avec ce qui l ’entoure. Un signe ne se définit comme
tel qu’au sein d’un ensemble d’autres signes. Il tire sa valeur, son rendement, des
oppositions qu’il contracte avec eux. Un signe se définit donc par ses relations avec
les signes qui l’entourent.
Quand il n ’y a pas opposition, il y a identité. Un troisième terme est exclu. Cette
conception saussurienne du signe linguistique a été largement appuyée par la théorie
de la com munication, qui. partant de recherches sur l’économ ie des systèmes de
com munication, a dégagé l’idée de l’importance du caractère binaire, alternatif, des
signaux d’un système de com munication. La théorie saussurienne du signe, opposé
ou semblable aux autres signes, a permis le développement d’une linguistique appuyant
ses recherches sur celles des théoriciens et des ingénieurs de la com munication.
Développant la théorie saussurienne du système linguistique, les linguistes de
l’école de Prague et leurs successeurs ont mis au point une méthode d’analyse de la
structure de la langue tant sur le plan syntagmatique que sur le plan paradigmatique.
Sur le plan syntagmatique. la notion de base de cette recherche est celle de
l'environnem ent : étudier l’environnement d’un élément, d’un signe, c'est étudier
quels éléments le précèdent ou le suivent dans l'énoncé, et dans quel ordre. Ou
appelle distribution l’ensemble des environnements dans lequel un signe, une unité,
peut apparaître. O n parvient ainsi à dégager un petit nom bre de règles générales,
règles com binatoires. appelées rapports syntagmatiques. O n parvient à ce résultat grâce
à des procédés de permutation, de com m utation.
Ces différentes recherches ont permis aux linguistes structuralistes de préciser la
notion saussurienne de structure linguistique et de signe linguistique. C ’est ainsi que
s’est dégagée la théorie de la double articulation du langage. O n entend par là que
les messages des langues naturelles sont, en tant que systèmes de signes, articulés,
c'est-à-dire structurés, construits avec des signaux minimaux de deux espèces, deux
types d'unités hiérarchiquement disposés : la première articulation, structuration en
monèm es (ou morphèmes), unités significatives minimales pourvues d'une forme et
d’un sens ; la deuxième articulation, structuration en phonèmes, unités minimales
distinctives*, non-significatives.
Cette distinction a permis de préciser la théorie du signe linguistique saussurien
combinaison d’un signifié et d’un signifiant ; le signe saussurien est en effet l'équivalent
du morphème. Chez F. de Saussure, le phonème est encore le son matériel, au moins
dans ses chapitres « phonologiques » ; par contre, dans le chapitre sur la valeur, il donne
l'expression théorique du phonème tel que les phonologues le concevront plus tard le
signifiant linguistique, dans son essence, est incorporel, constitué non par sa substatne
matérielle, mais uniquement par les différences qui séparent son image acoustique de
toutes les autres. Enfin, certains éléments de la théorie du phonème et de l'articulation
de la langue en phonèmes sont présents dans le Cours de Saussure : s’appuyant sut K ■
exemples du r français et du ch allemand, du t et du t' ( = ; mouillé), différencies en
russe, F. de Saussure explicite la valeur distinctive de deux phonèmes par leur commutai mi i
Avec la théorie de la com munication, le signe linguistique prend une nouvelle
dimension : il devient signal, constituant du code de signaux qu'est la lanf.n.
considérée désormais com m e un système de com munication. Les signes de ce u ■*l<
linguistique sont les phonèmes, signaux en nombre restreint de nature vocale, d<>m
les com binaisons (les règles de la com binatoire) permettent la transmission d'une
information maximale, en l'occurrence toute l’expérience humaine.
4M
signifié de puissance
.;i
simple
sociolinguistique
La sociolinguistique est une partie de la .linguistique dont le domaine se recoupe avec
ceux de l’ethnolinguistique*, de la sociologie* du langage, de la géographie” linguistique
et de la dialectologie*.
La sociolinguistique se fixe com me tâche de faire apparaître dans la mesure du
possible la covariance des phénomènes linguistiques et sociaux et, éventuellement,
d’établir une relation de cause à effet.
Contrairement à une pratique affirmée ou implicite, la sociolinguistique n ’a pas pour
but de faire ressortir les répercussions linguistiques des clivages sociaux. Elle doit procéder
à des descriptions parallèles indépendantes l’une de l’autre : d’un côté, on a des structures
sociologiques, de l’autre des structures linguistiques, et ce n’est qu’une fois ces descriptions
préalables achevées qu’on peut confronter les faits de chacun des deux ordres.
La sociolinguistique peut prendre en considération com me donnée sociale l’état de
l’émetteur (origine ethnique, profession, niveau de vie, etc.) et rattacher à cet état le
modèle de performance dégagé. Il est bien clair que, définie ainsi, la sociolinguistique
englobe pratiquement toute la linguistique procédant à partir de corpus*, puisque
ceux-ci sont toujours produits en un temps, en un lieu, en un milieu déterminés.
O n peut aussi se placer du point de vue du destinataire. Le genre de discours
utilisé est. en effet, fonction des individus auxquels il s’adresse.
Parfois, ce sont les notions exprimées (le contenu des énoncés) qui sont sociales :
la sociolinguistique qui s’occupe du vocabulaire politique, du vocabulaire technique,
etc. C ’est là une partie de la linguistique très bien établie qui se trouve admise, du
moins dans certains de ses objets, par les études traditionnelles de la langue.
Il faut, en revanche, insister sur l’importance des conditions sociales de la
com munication. On peut considérer le groupe humain formé par le médecin et son
patient com me un groupe social (instable) d’un certain type. Il faut poser que ce
groupe se différencie des autres par certaines manières de parler ; il y a le mode
d'énonciation du docteur qui n ’est pas celui du malade, qui n ’est pas non plus celui
du docteur dans des conditions sociales différentes. On aboutit ainsi à la définition
de types de discours sans lesquels il est difficile de rendre com pte de la variation du
langage. Les méthodes les plus fructueuses dans ce domaine sem blent faire appel à
l’analyse* de discours et à l’étude du mode d’énonciation*.
Il suffit aussi que le chercheur ait pour but d'éclairer sim plement telle ou telle
recherche dans l’une des sciences humaines autre que la linguistique en faisant appel
à la langue. C ’est ainsi qu’on a une sociologie du langage, ou bien l’utilisation de
faits linguistiques pour illustrer telle ou telle donnée historique. Ces recherches sont
en marge de la linguistique parce qu’elles privilégient la com posante non-linguistique.
D ’une manière générale, elles impliquent la dépendance du linguistique par rapport
au social.
sociologie du langage
4 36
son
sombre sommet
Une voyelle sombre est une voyelle acoustique O n appelle sommet syllabique le phonème qui,
m ent grave, com m e [u] de jour ou de loup, et dans un noyau’ de syllabe com portant plu
toutes les voyelles vélaires. Ce terme, comm e sieurs phonèmes, est plus ouvert que les autres.
le terme opposé de clair, qui désigne les voyelles Ainsi, dans la syllabe initiale du m ot espagnol
aiguës (palatales), vient d’une association cou pueria, le som m et syllabique du noyau [wc]
rante entre la sensation auditive de gravité et est [e] ; dans le monosyllabe français nuit, le
la sensation visuelle d’obscurité. som m et de syllabe est [i].
son
Un son est une onde qui se déplace dans l ’air (ou dans d'autres corps) à une certaine
vitesse (340 m/s environ dans l'air), produite par une vibration qui peut être
périodique* ou apériodique, simple ou com posée. Les sons habituellem ent perçus par
l’hom m e sont ceux qui sont produits par des vibrations dont la fréquence se situe
entre 16 hertz (seuil de l'audition) et 16 000 hertz (seuil de la douleur). Les sons
inférieurs au seuil de l’audition sont les infrasons, ceux qui sont supérieurs au seuil
de la douleur sont les ultrasons.
Parmi les sons utilisés dans la phonation, certains sont les ondes produites par la
vibration périodique des cordes vocales renforcées différem ment par les cavités du
canal vocal qu'elles traversent : ces ondes périodiques ou quasi périodiques sont les
voyelles* ou tons*. D ’autres sons du langage sont produits par des vibrations non
périodiques : il s’agit des consonnes* ou bruits*. Les voyelles, com m e les consonnes,
étant produites par une vibration com posée, le son est composé d’un son fondamental*
et de sons partiels. D ans les voyelles, la vibration étant périodique, les fréquences
des partiels ou harmoniques sont toutes des multiples entiers de la fréquence du
fondamental. D ans les consonnes, il n’y a aucun rapport entre les fréquences des
différents partiels, d’où le son désagréable qui est produit.
Chaque son est caractérisé acoustiquement par un certain nom bre de données, en
particulier la vitesse de vibration ou fréquence, l’amplitude de la vibration ou intensité,
la durée d'émission, etc. Chacune de ces données a des équivalents aux autres niveaux
de la transmission du message (moteur, perceptif, neuropsychologique). Mais ces
données ne sont pas utilisées de la même façon par toutes les langues : chacune
effectue un tri linguistique différent dans les propriétés de la substance sonore. Dans
certaines langues, par exemple, la différence de durée n ’est pas utilisée à des fins
distinctives. D 'autres langues, au contraire, se serviront du fait que l'ém ission d'un
son peut durer plus ou moins longtemps pour différencier les signifiants de deux
messages.
Le locuteur et l'auditeur d'une langue donnée ont appris à faire abstraction des
caractéristiques phoniques qui n'o n t pas d’importance dans cette langue : c’est
pourquoi, bien qu’un son ne soit jamais prononcé ni reçu par l’oreille de la même
façon, ces différences ne sont pas sensibles lorsque la transmission du message
s’effectue normalement. Ces différences sont objectives, elles peuvent être mesurées
physiquement (c ’est ce que fait la phonétique), mais elles n ’ont pas de valeur
subjective et linguistique.
D ifférents sons réalisent une même unité linguistique, un même phonème lorsqu’ils
présentent dans leur configuration les traits distinctifs du phonème, mêlés aux autres
traits qui n’ont pas de fonction linguistique.
4*7
sonagramme
a An
statistique lexicale
em ployée couram m ent, com m e le m eilleur prononciation est standardisée. Dans la pratique,
moyen de communication, par des gens suscep standardisé et normalisé ont des sens voisins, bien
tibles d’utiliser d’autres formes ou dialectes. C ’est que ce dernier terme insiste davantage sur l’exis
d'une manière générale une langue écrite. Elle tence d'institutions régulatrices (Académie fran
est diffusée par l'école, par la radio, et utilisée çaise, école, etc.).
dans les relations officielles. Elle est généralement
statif
normalisée et soumise à des institutions qui la
O n appelle statifs les verbes ou les adjectifs
régentent. Dans ce sens, on parle aussi souvent,
indiquant une durée, un état permanent : grand
par exemple, de français commun. La langue
est un a d je ctif sta tif, ivre e st n o n -statif.
standard tend à supprimer les écarts en imposant
(v. DURATIF.)
une forme unique entre toutes les formes dialec
tales. Elle ne se confond pas nécessairement avec statique
la langue soutenue, bien qu’elle tende à s'en O n donne le nom de statique au terme accompli
rapprocher. Ainsi, une prononciation tend à être dans l'opposition aspectuelle définie par le
adoptée comme celle du français courant, central couple être (accompli : statique) et devenir (non-
dans toutes les provinces. On dira que cette accom pli : dynamique).
statistiq u e lexicale
La statistique lexicale est une application des méthodes statistiques à la description du
vocabulaire.
1. La statistique, c’est-à-dire l'ensem ble des données numériques concernant un texte
ou un corpus, permet de résoudre des questions stylistiques sur la « richesse »
objective d'un vocabulaire, en particulier sur les oppositions stylistiques à l'intérieur
d'un même texte ou entre des textes d'auteurs différents. Ces procédures peuvent
également aider à résoudre des problèmes de datation (« richesse » lexicologique du
texte comparée à la « richesse » lexicale considérée à telle période de la production
d'un écrivain) ou d'attribution du texte (« richesse » lexicologique du texte référée à
la richesse lexicale de tel et tel auteur).
Un dépouillement intégral permettrait seul de tout dire sur la façon dont le lexique
(virtuel) s'actualise en discours. Confrontés à l'intérêt de cet objectif et à l'impossibilité
pratique des dépouillements complets, les statisticiens appliquent au texte des méthodes
du type de celles qu'a définies Ch. Muller pour le choix des échantillons représentatifs.
Toutefois, la statistique lexicale se heurte encore à l'écueil de la norme lexicologique.
Les lexies plus ou moins fixées par l’usage sont une source de difficulté : avoir peur
est-il moins une unité de signification que trembler ? Pratiquement, dans leur définition
du m ot (unité du texte, par exemple « le Cid com pte 16 690 mots ») et du vocable
(unité du lexique, par exemple « le Cid com pte 1 5 18 vocables »), les statisticiens
acceptent l’usage des lexicographes, mais dans une certaine confusion, inévitable dès
lors qu’une norme conventionnelle n 'a pas été adoptée. O n sait que tous les
dictionnaires ne présentent pas les mêmes entrées.
2 . La tentative d’enregistrement du français fondamental constitue une autre approche
quantitative. Il s’agit de définir les mots les plus employés de la langue, pour en assurer
l’enseignement prioritaire aux non-francophones. Les enquêtes menées pour la définition
des diverses listes (français élémentaire — français fondamental) ont établi la différence
entre fréquence et probabilité d’occurrence. Un mot d’une fréquence élevée dans le
français fondamental {classe, par exemple) peut avoir, dans une autre situation, une
probabilité d’occurrence voisine de zéro. Toute lexicologie quantitative doit tenir compte
de la situation de communication. Il reste que les deux milliers de mots d’un dictionnaire
élémentaire forment 75 à 80 p. 100 de tous les textes.
statut
pour filmer une seule vibration). C et appareil consonnes stridentes, d’un obstacle supplé
com porte un écran fluorescent constitué d’une mentaire qui crée des effets tranchants au point
grosse lame cristalline entre deux électrodes. d'articulation et provoque une plus grande
La trace de l’oscillation s’inscrit sous forme turbulence de l’air. Les consonnes stridentes
d ’ions colorés au point d’impact de cette lame sont dites aussi « consonnes à bords rugueux »,
et du rayon cathodique focalisé sur elle. Cette par opposition aux « consonnes à bords
trace subsiste pendant au moins vingt-quatre lisses » que sont les consonnes mates. Les
heures, ce qui permet de l’étudier et de l’effacer affriquées s’opposent com m e des stridentes
si elle est inutile. aux co n so n n es occlu sives corresp on d an tes,
puisque l’articulation complexe de l’affriquée
strate
suppose la com binaison d'un obstacle occlusif
Le terme strate est utilisé dans la linguistique
et d’un obstacle fricatif. Les labiodentales, les
am éricaine com m e synonym e de rang*.
chuintantes, les uvulaires sont également des
stratificationnaliste, phonèmes stridents. En français, toutes les
stratificarionnel fricatives [f. v. s. z. J‘, 3] sont des stridentes,
Les linguistes straiiftcationnalistes, com m e l'Amé les occlusives |p, t, d] étant toutes mates. En
ricain S. Lamb, partent de l’idée que la relation anglais, le [sj s’oppose com m e strident au [0],
entre la form e phonique (ou graphique) et le car, dans l’articulation de ce deuxième pho
sens des énoncés est beaucoup plus complexe nème, la rangée des dents du bas, couverte par
que ne l’on t pensé les structuralistes ou même la langue, n ’obstrue pas le passage de l’air.
lesgénérativistes. Ils proposent donc de décom
stroboscope
poser cette relation en plusieurs relations par
Un stroboscope est un appareil qui rend obser
tielles caractérisées par des niveaux (strates) de
vables les vibrations laryngées. En effet, le
représentation beaucoup plus nom breux et
m ouvement des cordes vocales est trop rapide
dont il faut pouvoir rendre com pte spécifique
(100 à 300 vibrations à la seconde) pour qu’on
m ent (niveau sémantique, syntaxique, mor-
puisse l’observer à l’œil nu. Cette observation
phémique, phonique, etc.), [v . s é m a k i i o u e .]
est permise par un film tourné à une très
stress grande vitesse (jusqu’à 4 000 images à la
Le terme de stress, emprunté à la linguistique minute) et passé ensuite au ralenti : une vitesse
anglaise et américaine, désigne l’accent de de déroulement de 16 images à la seconde
force, ou accent d’intensité, afin de le distinguer donne une image très nette du m ouvement
de l’accent de hauteur, désigné dans la même des cordes vocales,
terminologie par le terme de pitch*.
structural
stridente On qualifie de structura! (1) ce qui appartient
Une consonne stridente est caractérisée, en oppo ou relève du structuralisme* (ou linguistique
sition aux consonnes mates, par la présence structurale) ; ( 2 ) ce qui a une structure, ce qui
dans son spectre acoustique d'un bruit d’inten concerne la structure ; en ce sens, on emploie
sité particulièrement élevé et par une répartition plutôt structurel (changement structurel, description
irrégulière de l’intensité. Ces particularités sont structurelle), afin d’éviter une confusion avec le
dues à la présence, dans l’articulation des sens ( 1 ).
structuralisme
Le terme structuralisme s’est appliqué et s'applique à des écoles linguistiques assez
différentes. Ce m ot est utilisé parfois pour désigner l’une d'entre elles, parfois pour
en désigner plusieurs, parfois pour les désigner toutes. Elles ont en com m un un
certain nombre de conceptions et de méthodes qui impliquent la définition de
structures* en linguistique.
1. Les diverses théories que sont le fonctionnalisme, la glossématique ou le distribu
tionnalisme fondent la linguistique sur l’étude des énoncés réalisés. Dans cette
perspective, la linguistique se donne pour but d'élaborer une théorie du texte qu’on
considère com m e achevé (clos) et d’utiliser à cette fin une méthode d'analyse formelle.
Ainsi, le structuralisme pose d’abord le principe d’immanence, le linguiste se limitant
structuralisme
à l’étude des énoncés réalisés (corpus*) et tentant de définir leur structure, l'architecture,
l'indépendance des éléments internes. En revanche, tout ce qui touche à I’énonciation
(notam m ent le sujet et la situation considérés en quelque sorte com me des invariants
qui relèvent d'autres domaines) est laissé hors de la recherche. Sur ce point, toutefois,
il faut noter des divergences importantes : l’école de Prague, avec R. Jakobson et
É. Benveniste, se préoccupe d’analyser les rapports locuteur-message (v. jo n c t io n s d .
lan g a g e , é n o n c ia t io n ), et les successeurs de F. de Saussure, Ch. Bally notamment,
posent une linguistique de la parole tout aussi importante et opposée à une linguistique
de la langue ; au contraire, L. Bloomfield et le structuralisme américain considèrent
qu’il est impossible de définir le sens et la relation du locuteur au monde réel ; selon
eux, trop de facteurs entrent en jeu et le linguiste est incapable d'ordonner de manière
explicite les traits pertinents de la situation. Un autre trait important du structuralisme
est la distinction sous diverses formes d'un code linguistique (langue*) et de ses
réalisations (parole*). O n va donc tirer du texte ou des textes analysés qui résultent
d’actes de parole le système de la langue, alors que l’étude de la parole elle-même a
été laissée de côté. O n est ainsi conduit à une étude du système tel qu’il fonctionne
à un m om ent donné en équilibre (étude synchronique*) dans la mesure où l’étude
historique (diachronique*) semble la négation même du système. Ainsi, le structura
lisme fonde l’économ ie linguistique dans le fonctionnem ent synchronique du code.
O n pose a priori, pour un ensemble d’énoncés, l’existence d’une structure qu’on doit
ensuite dégager en se fondant sur une analyse immanente ; les codes sont considérés
com m e irréductibles les uns aux autres ; on se demande alors com m ent la traduction
d’une langue à l’autre est possible et on soutient, avec Y. Bar-Hillel, qu’elle n'est
jamais totale ; les microstructures d'une m êm e langue (un champ lexical par rapport
à un autre champ lexical) sont irréductibles elles aussi les unes aux autres. Cette
indépendance d’une structure par rapport à une autre s'accom pagne d’un certain
nom bre de postulats concernant le plan des signifiés et le plan des signifiants. La
relation entre signifié et signifiant est considérée com m e arbitraire” et, sauf exceptions
(m otivation), il n 'y a pas de rapport entre la forme du signe et l’objet désigné,
D e même on postule, parfois implicitement, parfois explicitement, d’abord la dis
tinction entre la forme et la substance, ensuite le principe de l'isomorphisme* entre
elles.
2 . Les conséquences méthodologiques de ces principes perm ettent aussi de rapprocher
les diverses écoles structurales. Les structuralistes définissent des niveaux ou des
rangs : l’énoncé est étudié com m e une série de rangs hiérarchisés où chaque élément
est déterminé en fonction de ses com binaisons avec le rang supérieur. Les phonème:,
sont considérés par leurs com binaisons au rang du morphème et les morphèmes pai
leurs com binaisons dans la phrase. Les écoles s’opposent ici quand elles cherchent a
mesurer l’importance relative des transitions d'un rang à un autre : A. Martinet
privilégie le passage du niveau des phonèm es au niveau des morphèmes aloi
qu’É. Benveniste. suivant en cela l’école de Prague, situe la transition importante
entre les traits pertinents du phonèm e et le phonème lui-même. Tous les structuralismi
tendent à établir des taxinomies.
La méthode du structuralisme est d’abord inductive, même si elle peut aboutir ,i
la projection des résultats sur divers corpus qui n’ont pas été réalisés et dont o n
attend que les résultats rendent com pte. C ’est dire que, d’une manière ou d 'u n e
autre, le structuralisme tend toujours à lire un texte selon une certaine grille qui le
réorganise.
structure
structure
Un ensemble de données linguistiques a une structure (est structuré) si, à partir d’une
caractéristique définie, on peut constituer un système ordonné de règles qui en décrivent
à la fois les éléments et leurs relations, jusqu’à un degré déterminé de complexité : la
langue peut être structurée au regard de divers critères indépendants les uns des autres
(changement historique, sens, syntaxe, etc.), [v. pro fo n d e (str u c tu r e ), superficielle .]
Le concept de structure, si l’on se réfère à la diversité des structuralismes*, est
difficile à définir. Aussi est-il nécessaire de partir d’un certain nombre d’invariants
AAU
structurel
com m uns à toutes les écoles. Une structure est d’abord un système qui fonctionne
selon des lois (alors que les éléments n ’ont que des propriétés) et qui se conserve ou
s’enrichit par le jeu même de ces lois sans l ’apport d'élém ents extérieurs ou sans
qu'il soit exercé une action sur des éléments extérieurs. Une structure est un système
caractérisé par les notions de totalité, de transformation, d ’autorégulation.
Tous les structuralistes sont d'accord pour opposer les structures aux agrégats, ces
derniers étant constitués d’éléments indépendants du tout. O n m et ainsi en avant la
totalité com m e caractère de la structure. Les éléments qui peuvent former la structure
sont donc régis par des lois caractéristiques du système en tant que tel et qui confèrent
au tout des propriétés d’ensemble. O n peut prendre ici l’exemple des nombres
entiers : ils n’existent pas isolément, ils ne se présentent pas dans un ordre quelconque.
C ’est dans la m êm e perspective que le structuralisme linguistique décrira le système
des phonèmes d’une langue. La conséquence de cette manière de voir est que les
structures se définissent par une série de relations entre les éléments ; ce n ’est ni
l’élém ent ni le tout, mais leurs relations qui constituent la structure, et le tout n’est
que leur résultat. On est conduit ainsi à un des problèmes centraux de la structure,
celui de savoir si cette dernière connaît une genèse ou si elle existe de tout temps.
Puisque ce sont les lois qui sont structurantes, on est conduit à avancer la notion
de transformation*. Le système de la langue à une époque donnée est loin d’être
immobile. Toutes les structures connues sont des systèmes de transformations soit
intemporelles, soit temporelles. Si on conçoit les structures com m e intemporelles, on
privilégie dans les sciences les systèmes logico-mathématiques. O n peut, au contraire,
se préoccuper de leur généalogie et concevoir les structures intemporelles comme
form ant sim plement un groupe de structures.
Enfin, les transformations inhérentes à une structure ne nous conduisent jamais
en dehors de ses frontières (en dehors du tout qu’elle constitue) et n’engendrent que
des éléments appartenant toujours à la structure et qui conservent ses lois. C ’est en
ce sens que la structure se referme sur elle-même. Dans la mesure où elle reste stable
tout en construisant indéfiniment de nouveaux éléments, on peut dire qu’il y . 1
autorégulation, celle-ci s’effectuant selon des procédés ou des processus divers. Cette
autorégulation, qui corrigerait les erreurs au vu des résultats des actes ou qui imposerait
même une sorte de précorrection, ne peut pas être conçue de la même manière poui
les structures en sciences humaines que pour les structures logiques ou mathématiques
structurel
On qualifie de structurel ce qui a une structure, une analyse* structurelle de la suite générée pm
qui concerne la structure. En grammaire géné- la base et par un changement structurel affect.mi
rative, les transformations se définissent par cette suite, (v . s i x u c t u r a l )
style
Le style, que l ’époque classique définissait com m e un je-ne-sais-quoi, est la marque 1 I1
l’individualité du sujet dans le discours : notion fondamentale, fortem ent idéologique
qu’il appartient à la stylistique* d’épurer pour en faire un concept opératoire et l.i
faire passer de l’intuition au savoir.
1. Deux dichotomies fondamentales dans la tradition occidentale fondent le style
l’opposition thème vs prédicat (ou énoncé vs énonciation) qui marque la place du
sujet dans son énoncé ; et le dualisme esprit vs matière qui présente le langage connut'
com posé de dénotations (sens purs, perçus par l’intellect) et de connotation*!
style
447
style direct
4 . Dans le texte considéré comme pratique signifiante, non une « structure plate » , mais
son « propre engendrement », le style comme « résistance d’une expérience à la pratique
structurante d’une écriture » (G. Granger, Essai d'une philosophie de style) est le texte. Il est
donc création de sens. Sa lecture n’est pas un déchiffrement passif, mais un travail de
structuration du signifiant, de production du signifié. Ainsi peut-on dépasser dans un
« monisme matérialiste, homogénéité de la pensée et du langage » (H. Meschonnic), le
dualisme forme vs sens, dénotation vs connotation et ses dichotomies dérivées : individuel
vs social, écriture w lecture. Reste cependant, pour rendre ces théories vraiment opératoires,
à créer une théorie de la genèse du texte et un modèle du sujet.
style direct, indirect sens nettem ent différents. Le style direct est le
O n emploie quelquefois style direct ou indirect mode d’énonciation impliquant directement
pour discours direct ou indirect. Discours est les participants de la com m unication ; le style
m oins ambigu car il se réfère avant tout au indirect est le m ode d’énonciation des discours
mode d’énonciation, alors que-style a plusieurs rapportés.
stylistique
1. Ch. Bally définit ainsi la stylistique : « Étude des faits d’expression du langage
organisé du point de vue de leur contenu affectif, c’est-à-dire l’expression des faits de
la sensibilité par le langage et l’action des faits de langage sur la sensibilité. » La
stylistique, branche de la linguistique, consiste donc en un inventaire des potentialité:,
stylistiques de la langue (« effets de style ») au sens saussurien, et non dans l'étude
du style de tel auteur, qui est un « emploi volontaire et conscient de ces valeurs »
Cette définition rattache le style à la sensibilité, qui est ainsi définie : « Le sentiment
est une déformation dont la nature de notre moi est la cause », ainsi la métaphore
existe parce que nous pouvons rendre l’esprit « dupe de l'association de deux
représentations ». C 'est aussi sur une semblable analyse de la « nature de notre moi »
que se fondait la rhétorique, art de persuader en faisant appel à la sensibilité, passe
de la tribune à la littérature écrite. Q uant à la lim itation de la stylistique au domaine
de la langue, G. Guillaume la réfute ainsi : « Ce n'est pas le langage qui est intelligent,
mais l’utilisation qu'on en fait. »
2. La stylistique est plus souvent l'étude scientifique du style des oeuvres littéraire’,,
avec pour première justification cette prise de position de R. Jakobson : « S'il esl
encore des critiques pour douter de la com pétence de la linguistique en matière de
poésie, je pense à part moi qu'ils ont dû prendre l'incom pétence de quelques linguiste,
bornés pour une incapacité fondam entale de la science linguistique elle-même... Un
linguiste sourd à la fonction poétique com m e un spécialiste de la littérature indifférent
aux problèmes et ignorant des méthodes de la linguistique sont d’ores et déjà, l'un
et l’autre, de flagrants anachronismes. »
Face au projet d’une stylistique qui se veut étude scientifique du style, il faut pose!
un certain nom bre de problèmes théoriques. Son objet tout d’abord : le style m ie
dans la plupart des stylistiques actuelles dégagé d'une manière empirique, le enten
de pertinence étant le jugement ou le goût du stylistdcien. Cette spécificité de l'ol>|i i
et de sa recherche est peut-être justifiée, encore faudrait-il la fonder de manlèn
scientifique. Liée à la linguistique, la stylistique n ’en doit pas moins se forger <len
méthodes propres. Enfin, son objet ayant été longtemps étroitem ent lié aux notion*
de beau et de goût, doit-elle se désintéresser ou non de cette question de valetn ,
Peut-elle, et au nom de quoi, conclure sur la valeur d’un texte ?
A âH
stylistique
/, à a
stylistique
une langue : son plan de l'expression est constitué par les plans du contenu et de
l’expression d'un langage de dénotation). C e s t donc un langage dont l’un des plan.'.,
celui de l'expression, est une langue » (L. Hjelmslev). Le texte doit donc être
premièrem ent l’objet d'une analyse linguistique dégageant les unités de la langue qui
servent à constituer les unités du second niveau (ou connotateurs). Il n ’y a pas
isomorphisme entre les deux niveaux, plusieurs signes linguistiques peuvent constitua
un seul connotateur (les passés simples d’un texte constituent un connotateur dont
le signifié peut être : « littérature »). Au second niveau, la sémiologie remplace la
linguistique, et la stylistique se rapproche de la sémantique : « Les deux démarches,
sémantique et stylistique, ne sont que les deux phases d ’une même description
(A. J. Greimas). Le terme de connotation n ’a pas été employé au sens de « connotation
sémantique » attachée aux m ots par différents facteurs (histoire, traditions, expérience:;
individuelles), mais définit le rapport du double système de la langue et du texte, lt :.
connotations sémantiques du premier niveau étant les parties constituantes de:,
connotateurs. Par exemple, les connotations (au premier niveau) de vulgarité de
cochon, poire, dans Réponse à un acte d'accusation de V. Hugo, sont les parties constituante,
d’un connotateur dont le signifié est intégration à la poésie ou nouveau style poétique
Cependant, malgré son intérêt théorique (faire apparaître le texte com me une
structure double et rendre com pte ainsi de la possibilité de lectures différentes), ci-
modèle est peu opératoire. De plus, le concept de connotation apparaît discutable
Enfin, aucune procédure ne nous est donnée pour reconnaître les connotatem
(éléments qui connotent le texte) : nous nous retrouvons devant le texte avec notie
subjectivité.
4 . C ’est aussi com m e un dialecte particulier que la grammaire générative voit le texu
mais son but est de retrouver les structures profondes et les transformations qui en
sont à l’origine. Il s’agit donc d’établir un modèle de com pétence et de performance
propre au texte, déviant par rapport à certains aspects de la com pétence générale,
semblable par d’autres, ce qui explique que le lecteur puisse l’assimiler (ou qu'il Ii
refuse). Le style est alors une façon caractéristique de déployer l’appareil transfoi
mationnel d’une langue. Certains rapports peuvent être établis entre ces caractéristique»
grammaticales et les jugements esthétiques. Les poèmes dans lesquels les phrases in
diffèrent des phrases de la langue standard qu'au niveau de la structure de surlan
sont souvent de « mauvais » poèmes. De même qu’il existe des degrés de granit n i
ticalité, on peut envisager la constitution d’une « échelle de poéticité » liée a tu
com plexité des transformations en cause. La grammaire générative ouvre donc île
riches perspectives dans le domaine de la stylistique, dans la mesure où se constituent
des modèles qui rendent com pte de phrases agrammaticales, mais non dépourvue
de sens.
5. Face à cette introduction de la créativité par la grammaire générative, on |wtii
poser le témoignage des écrivains modernes pour qui le langage est bien malien n
expériences ou laboratoire, l’œuvre une production, un vécu ou un rapport au nu nnl>
la poésie une manière de vivre (T. Tzara), action d'un « je » remis en question p a l
la psychanalyse et la sociologie, depuis le « je est un autre » de Rimbaud, et dont
plus complexe que le sujet des générativistes. Dans l’opération de lecture/écrium Ii
génotexte (structure profonde du texte) que l’analyste reconstruit n’est pas le ie|lil
du phénotexte (texte tel que le révèle la lecture naïve), mais « opérerait ave. dm
catégories linguistiques engendrant une séquence signifiante » (J. Kristeva).
Si c ’est toujours une lecture qui reconstruit le génotexte, l’empirisme de celle >i > >i
dénoncé, et en même temps se constituent une nouvelle pratique et un nouveau
//sVI
stylistique
concept, celui de lecture-écriture : « lecture qui vise à transformer dans et par les
textes la pensée d'entrée discontinue en une pensée de l’unité prise au fonctionnem ent
de l’écriture. Forme de connaissance, procès de scientificité. S ’oppose à lecture
littérature, lecture qui ramène un texte à des catégories préexistantes ; lecture
essentialiste, taxinomique ; forme de conscience, reflet de la pratique sociale. Toute
lecture est soit écriture, soit littérature » (H. Meschonnic).
D ’autres concepts sont nécessaires pour jalonner un champ qui s’est étendu,
essentiellement celui de littérarité : « spécificité de l’œuvre com me texte : ce qui le
définit com m e espace littéraire orienté, c'est-à-dire une configuration d’éléments réglés
par les lois d ’un système. S ’oppose au parler quotidien espace entièrement ouvert,
ambigu, puisque sa systém atisation est indéfiniment remise en cause » (ibid.). Le
jugement de valeur que le structuralisme peut se refuser, faute de critères, est alors
possible. « Est m ort l'écrivain qui parle code..., la sous-littérature est dans l'idéologie
au sens large (idéologie des gens, par exemple), alors que l’œuvre se construit contre
une idéologie » (ibid).
D e ce point de vue, la perception du style se trouve reliée à un ensemble d'opérations
qui dépassent le cadre formel du texte débordant sur la vie, le monde, l'idéologie.
Débordem ent qui se comprend par l’extension du terme de style dans le langage
courant, extension qui requiert un examen philosophique de la notion.
6 . D ans Y Essai d'une, philosophie du style, G. Granger fait apparaître la notion de style
en dehors de la littérature, com m e résultat d’un travail. « Le passage de l’amorphe
au structuré n'est jamais le résultat de l’imposition d’une forme venue toute constituée
de l’extérieur... Toute structuration résulte d'un travail qui met en rapport tout en
les suscitant form e et contenu du champ exploré » : le style est la solution individuelle
apportée aux difficultés que rencontre tout travail de structuration, il est l’individuel
com m e côté négatif des structures. Le style est présent dans toutes les constructions
scientifiques. O n peut envisager une stylistique générale, théorie des œuvres, qui a
sa place entre l’épistémologie et l’esthétique.
Dans le domaine littéraire, la structuration linguistique du vécu étant travail, le
style naît du décollage entre structures et significations, la signification étant ce qui
échappe à une structuration manifeste, le résidu, sorte de connotation, que la lecture
constitue en code a posteriori. Le style n ’est donc pas dans la structure (code a priori).
Le champ d'application du concept se trouve donc déplacé, de la structure au travail,
à l'écriture, et au travail de lecture (qui est aussi structuration) — il échappe ainsi à
une définition subjective ou purement béhavioriste.
Si une partie des problèmes semble résolue au niveau de la théorie, la pratique est
encore hésitante, et de nouveaux flous s’installent, voilant les frontières entre stylistique,
sémiotique et littérature.
7 . Il existe un modèle du style que l’école cherche à faire reconnaître et acquérir, lié
à une certaine conception de l'hom m e et de la société : de ce point de vue, l'étude
des rédactions d’élèves permet de dégager ce modèle. D e même, il existe un modèle
du discours stylistique, une sorte d’énoncé-grille — et l’apprentissage consiste à
comprendre et refaire dans la dissertation le récit qui relie une classe d'abstraits
(ironie, mélancolie) à une classe de concrets (les auteurs). C’est-à-dire qu’il s’agit
de constituer une singularité en une universalité en fonction d'une certaine idéo
logie.
stylométrie convient à la noblesse des sentim ents (épo
O n appelle stylométrie l’utilisation des statis pée, lyrisme), par opposition à bas, moyen,
tiques pour ['étude des faits de style. tempéré.
( v . STATISTIQUE LEXICALE.)
subnexion
stylostatistique En rhétorique, syn. d’HYrozDUXE.
O n appelle stylostatistique l’étude des procédés subordination
de style par les m oyens statistiques. Cette 1. La subordination est le rapport qui existe
étude, fondée sur l’hypothèse que les écarts entre un m ot régissant et un m ot régi, et pal
relatifs à la norme sont stylistiquem ent signi lequel la form e du second semble dépendre
ficatifs, interprète en termes de valeur la rela nécessairement de la nature du premier. Dam;
tion fréquent/rare. ce cas, su bordin ation e st sy n o n y m e de m
suasoire tion.
La suasoire est l’exercice des écoles de rhétorique 2 . Plus g é n éra lem en t dans les phrase;,
par lequel on doit s’efforcer de dém ontrer à complexes, la subordination est la situation dam
un auditeur imaginaire la nécessité d’accomplir laquelle se trouve la proposition qui dépend
telle ou telle action. de la principale (ou d’une autre subordonner
jouant par rapport à elle le rôle de principale
subjectif
[v. p r o p o s it io n ] ) . De ce fait, d’une manière
O n appelle subjectif le com plém ent de nom ou
générale (à certaines exceptions près, notam
le génitif* qui, dans la phrase active correspon
m ent celle de l’infinitive), le rapport de subor
dant au syntagme nominal, est le sujet du
dination est exprimé par les conjonctions de
verbe ; ainsi, dans L'amour des enfants pour les
subordination com m e si, quand, comme, que et
parents, enfants est un com plém ent du nom
les composés de que, par les relatifs et par le:,
subjectif, car il correspond à les enfants aiment
interrogatifs indirects.
leurs parents, (v . o b j e c t o .)
On caractérise les rapports de subordination
subjection selon la nature du subordonnant (conjonction,
En rhétorique, la subjection est une figure par relatif, interrogatif, subordonnant zéro), selon
laquelle l’orateur, interrogeant l’adversaire, sup le rapport existant avec le verbe ou la propn
pose une réponse qu’il réfute à l’avance. sition principale, selon le « sens » de la sulmi
subjectivité donnée (cause, but, conséquence, concession,
O n ap p elle subjectivité la p résen ce du etc.).
sujet parlant dans son discours ; ainsi, la subordonnant
subjectivité du discours se m anifeste par les On appelle subordonnants les m ots qui instituent
embrayeurs*. un rapp ort de su b o rd in atio n , com m e 1er.
conjonctions de subordination, les relatifs, le»
subjonctif
O n appelle subjonctif l’ensemble des formes interrogatifs indirects, (v. o p é r a t e u r .)
verbales qui, en français, traduisent, ( 1 ) dans subordonné
les phrases directes, le mode optatif (Puisse-t-il Pour L. Tesnière, dans la connexion*, le s i i b i
venir) et le mode impératif à la troisième donné est le term e inférieur alors que le n>;l
personne (Qu'il parte), (2) dans les phrases sant est le term e supérieur. Ainsi daiw la
indirectes et subordonnées, le mode du non- phrase :
assumé (par opposition à l’indicatif qui est le Mon jeune am i lit un beau livre,
mode de la phrase assumée) : J e doute qu'il
livre et am i sont subordonnés à lit, mon et /am i
vienne. Bien qu'il soit m alade,... ou, simplement,
le sont à ami, un et beau le sont à livre. (Syn, i
le subjonctif est déclenché par des contraintes
r é c t .)
spécifiques : J e ne pense p as qu'il vienne ou Je
pense qu'il viendra, (v. m o d e .) subordonnée
Dans la phrase complexe, la subordonnai mi
sublatif p ro p o sitio n su b o rd o n n ée, ou prop'u.lllot»
Le sublatif est un cas, utilisé dans les langues dépendante, est la proposition (ou m nnlin . 1"
finno-ougriennes, indiquant un m ouvement phrase centré autour d ’un verbe) qui est nul>i>t
vers le haut. donnée à une autre, qui lui est lice pai m|
sublime rapport de subordination ; la subordonné n'a
En rhétorique, se dit d ’un style élevé qui pas d’autonom ie grammaticale, et ne poiin-ill
substance
pas être utilisée telle quelle com m e une phrase constanciel), enfin selon leur place par rapport
simple. O n classe les subordonnées selon le à la principale (antécédentes, incidentes, consé
m ot introducteur (relatives, conjonctives, inter quentes).
rogatives indirectes) ou le mode du verbe subphonémique
(infinitives), selon la fonction des syntagmes On appelle traits subplionémiqiies les traits per
n o m in a u x ou p ré p o sitio n n els d o n t elles tinents des phonèmes ; par exemple, les traits
occupent ia place (sujet, com plém ent du verbe, de voisement, de nasalité, etc., sont des traits
com plém ent de l’antécédent, com plém ent cir- subphonémiques.
su b stan ce
L'opposition entre substance et forme trouve son origine dans la formule de
F. de Saussure : « La langue est une forme et non une substance. » L'opposition
deviendra essentielle chez L. Hjelmslev. La substance est alors définie de façon
essentiellement négative : est substance tout ce qui n ’est pas forme, c'est-à-dire qui
n ’entre pas dans le système de dépendances constituant la structure de tout objet
donné. La glossématique s'assigne pour objet de caractériser les rapports entre forme
et substance linguistiques. Forme et substance linguistiques concernent le plan de
l’expression et le plan du contenu.
Au plan de l'expression, sont des formes les types de combinaisons phonologiques
possibles dans une langue donnée : les unités sont décrites par leur aptitude
à contraster au plan syntagmatique et à s’opposer au plan paradigmatique ; la sub
stance de l’expression sera dans ce cas la matière phonique exploitée, pour autant
qu’elle permet la manifestation de la forme Linguistique. La mise en rapport de la
forme et de la substance utilise et transforme la matière (phonique dans ce
cas).
Au plan du contenu, on pourra prendre l’exemple des termes de couleur : la
substance du vocabulaire désignant les couleurs est un continuum de longueurs
d'ondes lumineuses ; la forme introduite par la considération des oppositions lexicales
dénotant les diverses couleurs dépend des langues, qui transform ent le continu en
discret en établissant des distinctions, en nombre égal ou différent d'une langue à
l'autre, tantôt au même point du continuum, tantôt en des points différents ; par
exemple, le m ot anglais brown, com m e les m ots français brun et marron, correspond
à une certaine classe de vibrations (substance) ; mais le découpage qu'il opère dans
la substance n ’est pas identique à celui qu'opèrent ses équivalents français, comme
l'établit l’existence de deux termes français échangeables contre un terme unique de
l'anglais.
La forme est indépendante de la substance, mais l'inverse n ’est pas vrai ;
une forme linguistique peut n'être pas manifestée par une substance linguistique
(cas des signes zéro, cas où l’ordre des mots est signifiant, etc.) : mais une
substance linguistique manifeste, en revanche, nécessairement une forme de la
langue.
L. Hjelmslev, dont la théorie débouchait sur le structuralisme le plus rigoureux
(primauté de la forme sur la substance, nécessité de l'antériorité de l'étude de la
forme), a dû apporter des correctifs à ses hypothèses : la nécessité méthodologique
de la com m utation demande le recours à une théorie au moins implicite de la
substance linguistique.
substantif
substantif substituabilité
Substantif est souvent em ployé com m e syno O n appelle substituabilité la propriété qu'une
nym e de nom : les termes table, rocher, cheval partie détachable d'un énoncé (m ot, syntagme)
sont, dans la sém antique traditionnelle, des a de pouvoir être remplacée par une autre dans
substances qui s'opposent aux accidents* que un autre énoncé, sans que ce dernier perde
sont les adjectifs et les verbes. son caractère d ’énoncé grammatical. C 'est cette
propriété qui permet d’isoler les unités discrètes
substantivé dans la chaîne parlée et de définir ensuite les
Quand un m ot, qui n'est pas classé originel règles de com binaison de ces unités. La sub
lement parmi les nom s ou substantifs, est
stituabilité implique l’existence d’un « juge »
em ployé com m e nom , c ’est-à-dire à une place (locuteur natif) qui réponde de la grammaci
où on ne peut avoir qu’un nom , on dit qu'il calité des énoncés en question, (v. c o m m u t a t i o n ,
est substantivé. En français, la substantivation a SUJET PARIANT.)
pour conséquence de pourvoir le m ot substan
tivé des déterminants propres au nom ; dans substitut
le bleu du ciel, on dira que bleu est substantivé O n donne le nom de substituts aux pronoms
parce qu’il est précédé de l’article qui signale (personnel, démonstratif, possessif) considc
en français, form ellem ent, le nom . Il faut noter rés dans leur fonction principale qui est d<
toutefois que dans l’absolu rien ne permet de se substituer à un m ot ou à un groupe de
poser que bleu ne puisse appartenir à deux mots, qu'ils représentent ou remplacent (fonc
catégories grammaticales, celle du nom et celle tion anaphorique). Dans II lui parle, lui est
de l’adjectif. Mais la tradition considère que un substitut rem plaçant un syntagme nomi
l'em ploi fondam ental de bleu est un emploi nal animé, masculin ou féminin, singulier.
d’adjectif. ( v . REPRÉSENTANT.)
su b stitu tion
1. Quand deux langues sont en contact, on désigne com m e substitution d’une
langue A à une langue B le fait que la langue A finit par être employée exclusivemeni,
la langue B tom bant dans l'oubli. O n admet que le français vient du latin sans apporl
im portant des langues celtiques parlées en Gaule : il y a eu substitution du latin aux
parlers locaux, après une période d'usage alterné ou de bilinguisme. Si un individu
finit par ne plus parler sa langue maternelle B pour utiliser une langue apprise A, il
y a également substitution de A à B.
2 . En grammaire traditionnelle, on appelle substitution l’élimination d'un mot par un aune
au cours de l'évolution d'une langue : ainsi entendre s’est substitué à ouïr, tête à chef, etc:
3. En linguistique structurale, la substitution est une opération consistant à remplacer
une partie détachable d’un énoncé par un autre élément qui garde à l’énoncé m
valeur grammaticale. Ainsi, dans la phrase Le concierge monte les lettres, je peux substitue!
ce, ton, mon à le sans que la phrase soit incorrecte. D e même, je peux substitiiei
gardien, facteur, employé à concierge. Cette opération de substitution (commutation)
permet de déterminer les classes de morphèmes. O n opposera alors Taxe paradlj;
matique considéré com me axe des substitutions à l’axe syntagmatique com m e .ixe
des com binaisons dans la chaîne parlée.
Le repérage des substitutions pose (sous le nom de commutation) un problème a L
linguistique structurale :
- O n peut vouloir relever les substitutions par une recherche menée à l'intéiieni
d’un corpus. C ’est la procédure de l'analyse distributionnelle rigoureuse. Le désii il<
ne pas faire intervenir le sens amène le descripteur à ne tenir com pte que tien
substitutions relevées dans le corpus. Par exemple, si le corpus com porte je te w r■ <i
je le vois, il y aura possibilité pour le descripteur de distinguer un élément van.il 4i
te/le défini par sa possibilité de substitution dans le même environnement ;
sujet
- Une analyse distributionnelle moins rigoureuse peut s'appuyer sur les com muta
tions : elle se permet de faire intervenir le sens, non pour une analyse sémantique
détaillée, mais com m e mode de vérification d'identité ou non-identité entre deux
énoncés. En face d'un énoncé du corpus je te vois, le test de com m utation entre te/le
aboutit à l'énoncé je le vois et à la constatation par le descripteur de la non-identité
des deux énoncés. Il en déduit la non-identité de te/le dans le même environnement,
et peut ainsi constituer le paradigme des substituts.
En glossématique, le terme de substitution s’applique aux remplacements d'une
unité qui ne constituent pas une m utation*. Il y a substitution quand on remplace,
par exemple, une variante de phonème par une autre variante du m êm e phonème.
Ainsi, en français, le remplacement du r roulé par un r parisien, variante du même
phonèm e, est une substitution.
4 . En grammaire générative, la substitution est une opération consistant à mettre à la
place d'un constituant qu'on a effacé un autre constituant que l'on a déplacé.
5 . En sociolinguistique, la substitution est un processus par lequel la langue d'origine
d'un pays est progressivement remplacée par une autre langue, généralement introduite
par des couches sociales devenues maîtresses du pouvoir politique ou économique.
En Gaule, après la conquête par Jules César, il y a eu substitution progressive du
latin aux langues gauloises.
sujet
1. Dans les grammaires logiques, de l'Antiquité aux successeurs de Port-Royal, le sujet
(ce dont on affirme quelque chose) est l'un des deux constituants abstraits, le second
étant l'attribut ou le prédicat (ce qu'on affirme), nécessaires à la constitution de la
proposition. D ans le cadre de la phrase, le concept de sujet recouvre des notions
différentes. Imprégnée de la tradition logique, la grammaire didactique définit le sujet
com m e celui qui fait ou subit l'action exprimée par le verbe (v. a c t a n t ). C 'est ainsi
un terme important de la phrase puisqu'il est le point de départ de l'énoncé et qu'il
désigne l’être ou l'objet dont on dit quelque chose en utilisant un prédicat. Le sujet
est constitué le plus souvent par un nom (nom proprement dit ou m ot substantivé)
/.cc
sujet
/.ci.
suppléance
4 57
supplétif
peut en dire autant des pluriels en -x du type M em bre du courant structuraliste, il est l'un
bijoux par rapp ort aux fo rm es term in ées des créateurs de la glottochronologie*. Grâce
par -s. à cette méthode, il a proposé une nouvelle
survivance classification génétique des langues indiennes
Syn. d’AKCHAïSMi au sens 2. d’Amérique centrale et de celles d’Amérique
du Sud.
suspension (points de)
O n appelle points de suspension un signe de syllabaire
ponctuation formé de trois points, indiquant Un syllabaire est un ensemble de signes d’écri
l’interruption d'un énoncé et correspondant à ture dans lequel chaque sym bole représente
une pause dans la voix. non un phonème (sauf exception), mais une
svarabhakti syllabe. Le syllabaire est à l’écriture syllabique
O n appelle svarabhakti le développement d’une ce que l’alphabet est à l’écriture alphabétique.
voyelle à l’intérieur d’un groupe de consonnes ; syllabation
ainsi, arc-bouter est prononcé [arkobutej. La syllabation est l’opération qui consiste à
Swadesh (M o rris), lin g u iste a m éricain d éco m p o ser en sy llab es d iffé re n te s des
(Holyoke, Massachusetts, 1909-M exico 1967). séquences phoniques de la chaîne parlée.
syllabe
O n appelle syllabe la structure fondamentale qui est à la base de tout regroupement
de phonèmes dans la chaîne parlée. Cette structure se fonde sur le contraste de
phonèmes appelés traditionnellement voyelles et consonnes. La structure phonématique
de la syllabe est déterminée par un ensemble de règles qui varient de langue à langue.
La syllabe ouverte (com m ençant par une consonne et se terminant par une voyelle)
répond au schéma CV, com m e en français ma ; c'est le seul type de syllabe universel.
Toutes les langues ont des syllabes de ce type. Il n ’y a pas de langue qui n 'ait que
des syllabes fermées de types VC ou CVC. Dans l’évolution des langues, l’apparition
de syllabes fermées correspond souvent à un nouveau découpage, tardif, de syllabes
antérieurement ouvertes ; ainsi, en espagnol, la présence de diphtongues en syllabe
fermée dans des m ots com me puerta laisse supposer une étape où la première syllabe
était ouverte, la consonne /r/ faisant partie de la deuxième syllabe. Toute séquence
phonématique se fonde sur la récurrence régulière d'un ou de plusieurs types
syllabiques existant dans une langue déterminée, V, CV, VC, ou CVC. Une forme
libre, c’est-à-dire une forme isolable au moyen de pauses, doit contenir un nombre
entier de syllabes.
La frontière syllabique a une fonction distinctive dans les langues où elle coïncide
nécessairement avec la frontière de morphèmes, com m e en allemand ou en anglais :
ainsi, en anglais, la différence de découpage syllabique entre les deux séquences a
name [s’neim] « un nom » et an aim [sn’eim] « une cible » permet de les opposer
linguistiquement. O n dit dans ce cas que la frontière syllabique, ou jointure, notée
/+/, a une valeur de phonèm e [a + neim] vs [an + eim].
Le principe de la structure syllabique se fonde sur le contraste de traits successifs
à l'intérieur de la syllabe ; une partie de la syllabe, appelée centre ou noyau, prédomine
par rapport aux autres. Les phonèmes qui la com posent sont appelés phonèmes centraux
(ou phonèmes syllabiques ou syllabèmes). Les phonèmes qui constituent la partie marginale
de la syllabe sont appelés phonèmes marginaux ou asyllabèmes. D ’habitude, les phonèmes
vocaliques sont des syllabèmes et les consonnes des asyllabèmes, mais il y a des
exceptions. Dans certaines langues, certains phonèmes consonantiques ou liquides
ont des allophones syllabiques (com m e /r/ en tchèque dans le nom de ville Brno, qui
A CD
syllabème
com porte deux syllabes), certains phonèmes vocaliques ont des allophones asyllabiques,
com m e le /i/ italien à la finale de mai [maj] « jamais ». Le noyau de syllabe contient
alors deux ou plusieurs phonèmes, dont l’un, appelé sommet de syllabe, est élevé par
rapport aux autres au moyen du contraste com pact vs non-compact, diffus vs non
diffus, voyelle vs consonne. Les consonnes qui précèdent le centre de la syllabe sont
dites explosives ou ascendantes, celles qui suivent le centre de la syllabe sont dites
implosives ou descendantes. Parmi les consonnes du bord de syllabe, les plus audibles
sont les consonnes les plus proches du centre de syllabe.
Certains linguistes refusent à la syllabe une identité physique et ne lui attribuent
qu’une existence psychologique et phonologique. D 'autres, au contraire, comme
R. Jakobson et M . Halle, attribuent à la syllabe une existence phonétique définie par
certaines caractéristiques articulatoires et acoustiques : une liaison plus intim e et un
degré de coarticulation plus étroite du centre de syllabe par rapport aux bords, dus
à une augm entation de la fréquence du fondamental.
syllabique syllepse
L’écriture syllabique est le système d’écriture En rhétorique et en grammaire, on appelle
dans lequel chaque signe (graphème) représente syllepse l'accord des m ots en genre et en nombi *
une syllabe, c ’est-à-dire une consonne et la non d'après la grammaire, mais d’après le son:,
voyelle précédente (ou suivante). Ainsi, pour Ainsi, on peut dire Une foule de gens l'attendent,
transcrire ba et bo, on aura non pas trois signes l’accord se faisant avec le caractère de pluralité
pouvant se combiner, mais deux signes repré du sujet, ou Une foule de gens l'attend, l’accord
sentant l’un ba, l’autre bo. L’écriture syllabique se faisant avec le singulier, une foule.
japonaise est née de l'adaptation des caractères En rhétorique, on parlera aussi de syllepw
chinois à la langue japonaise, qui n ’est pas une quand un terme est pris dans la même phraw
langue agglutinante m ais une langue flexion- au propre et au figuré (ex. : G alatée est pont
nelle. L’écriture syllabique correspond à cer Corydon plus douce que le miel du mont llyd.t
ta in es d o n n é es lin g u istiq u es ; ain si, les Vêtu de probité candide et de lin blanc).
sym bole
1. En rhétorique, le symbole est une figure par laquelle on substitue au nom d’une chow
le nom d'un signe que l'usage a choisi pour le désigner (ex. : la balance pour la justii r)
2. Le symbole entre, chez Ch. S. Peirce, en opposition avec icône et indice. Un symbole
est la notation d'un rapport — constant dans une culture donnée — entre dru»
éléments. Alors que l’icône vise à reproduire en transférant (cas du portrait, reprodu r:. 1 1 >i
sur la toile une impression sensorielle) et que l'indice permet un raisonnement pat
inférence (la fumée com m e indice du feu), le symbole procède par établisse!......i
d’une convention (la balance com m e symbole de la justice).
O n constatera que ces diverses fonctions peuvent se trouver cumulées : tinn
typologie des icônes, indices et symboles se fonde sur l’accentuation d’un des pftleii
A6û
symbole
sémiotiques dans les divers signes. Par exemple, le portrait com porte une part de
règles acquises : si le contenu iconique est identique dans le portrait et dans la
caricature, l’aspect symbolique (conventions du genre) est bien distinct dans l'un et
l’autre cas. Si, en revanche, la balance est symbole de la justice, F. de Saussure note
« un rudiment de lien naturel entre le signifiant et le signifié », donc un reste du
processus iconique ou indiciel.
3 . En grammaire générative, on donne le nom de symboles à tous les éléments de
1’. alphabet » nécessaires à la notation des abstractions antérieures à la réalisation
morphophonologique. Le symbole initial de la grammaire générative est noté P. C ’est
le symbole noté à gauche dans la première règle de réécriture ; il représente la
construction du niveau le plus profond ; toutes les autres constructions engendrées
par les règles de réécriture, puis par les règles transformationnelles, en sont des
constituants.
Au terme des règles grammaticales, nous aurons une série de symboles référant à
une classe particulière d'élém ents lexicaux. Ces symboles sont appelés symboles
terminaux ; c'est à eux que les règles d'insertion lexicale substituent les items lexicaux
pris dans le lexique.
Il reste à signaler l'existence de symboles postiches (dummy symbols). Une règle du
type A -> A, où À est un symbole postiche et A une catégorie lexicale, permet à la
com posante catégorielle d'engendrer des indicateurs pour des séquences composées
de diverses occurrences de A (marquant la position des catégories lexicales) et de
formants grammaticaux.
Les symboles catégoriels les plus généralement utilisés sont les suivants :
P phrase de base
SN syntagme nom inal SV syntagme verbal
N nom D déterminant
V verbe Aux Auxiliaire
Mod modalité M mode
PP participe passé Inf infinitif
Nég négation Inter interrogation
Emph emphase Pass passif
lmp impératif Décl déclaratif
Pas passé Prés présent
SP syntagme prépositionnel Prép préposition
SA syntagme adjectival Adj adjectif
etC. (v . CATÉGORIEL.)
4 . La terminologie est confrontée au fait que. dans les textes scientifiques et techniques,
le symbole est encore plus détaché de tout « lien naturel ». Le symbole est utilisé
com m e notation, avec souvent des valeurs très différentes selon les domaines. Il est
alors souvent difficile de distinguer le symbole de l'abréviation ou du sigle.
P sera sym bole du phosphore en chimie, de la puissance ou du flux énergétique
en physique, de la quantité de mouvement en mécanique, du proton en physique
nucléaire. En musique, ce m êm e p sera une abréviation pour piano (et pp vaudra
pour pianissimo) tandis qu'en typographie il abrégera page (et pp vaudra pour pages),
en religion, il abrégera le titre de père, etc.
Si l'on compare nom enclature et symboles chimiques, on trouvera des incohérences :
si Fe à la fois abrège et symbolise le fer, et P le phosphore, il faudra recourir à
l’étymologie* pour repérer le mercure sous Hg (par hydrargyrum, litt. « argent liquide »)
et l'azote sous N (pour l'ancien nitrogène).
symbolisme phonique
synchronique
1. On qualifie de synchroniques les études qui envisagent la langue, à un m om ent
donné, comme un systèm e en soi (étude, recherche, linguistique synchroniques), les
faits qui sont étudiés comme élém ents d'un systèm e fonctionnant à un moment
donné et considérés com me étales (faits, données synchroniques).
2. L'étude synchronique de la langue porte sur un état déterm iné (à un m om ent donné
du temps). Cet état peut être parfois très reculé : on peut faire une description, une
étude synchronique du latin ou du grec ancien, pourvu que ces études se situent à
un m om ent du passé et ne prennent pas en considération l'évolution de la langue. Il
reste toutefois que les hypothèses qu’on pourra alors formuler seront invérifiables
dans la mesure où on ne pourra pas les soumettre au jugem ent des locuteurs* natifs.
C’est à F. de Saussure que revient le mérite d’avoir insisté sur l’im portance de
l ’étude synchronique, de la description, en linguistique. La synchronie sera pour lui
soit la perspective selon laquelle une langue est considérée à un m om ent donné
comme constituant un systèm e, soit l’ensemble des faits de langue étudiés ainsi ou
situés à un m om ent déterm iné du temps et conçus comme form ant un systèm e, ou
d’une m anière plus générale la discipline qui s'occupe de la description linguistique.
F. de Saussure a illustré l'opposition diachronie/synchronie en utilisant l ’im age du
jeu d'échecs. Pendant une partie d ’échecs, la disposition des pièces se modifie à
chaque coup, m ais à chaque coup la disposition peut être entièrem ent décrite d’après
la place où se trouve chacune des pièces. Pour la conduite du jeu, à un m om ent
donné, il importe peu de savoir quels ont été les coups joués précédem ment, dans
quel ordre ils se sont succédé : l'é tat particulier de la partie, la disposition des pièces
peuvent être décrits synchroniquem ent, c’est-à-dire sans aucune référence aux coups
précédents. Si l ’on suit F. de Saussure, il en va de m êm e pour les langues ; celles-ci
changent constam ment, m ais on peut rendre compte de l’état où elles se trouvent à
un m om ent donné.
On peut prendre l’exem ple des cas, du latin au français. En latin, les différentes
terminaisons indiquent les relations que les mots entretiennent dans une phrase. Une
étude synchronique de ce systèm e pourra donc se faire en tenant compte des éléments
tels qu’ils se présentaient, par exemple, au Ier siècle av. J.-C. L'état de langue pourra
être délim ité en prenant des textes correspondant, par exemple, à une trentaine
d ’années. On supposera qu'il n ’y a pas entre 60 av. J.-C. et 30 av. J.-C. de variations
dignes d’intérêt. Ce n ’est donc pas la nature des énoncés analysés qui fait que l'étude
est synchronique, m ais la saisie de ces énoncés par la linguistique qui m inim ise (ou
ignore) les différences entre un point du temps et l’autre (étude synchronique) ou,
au contraire, les privilégie (étude diachronique). En reprenant l’im age du jeu d'échecs,
on peut dire que les pièces peuvent être les mêmes, m ais que leurs positions sur
l’échiquier changent. Parfois, il faut aller plus loin : on peut se dem ander si au fond
il n 'y a pas, par exemple, suppression de certaines pièces (l'im age de l'échiquier
perm et de l'envisager) ou addition d ’autres (ce que l ’im age de l'échiquier interdit).
Ainsi, pour le français moderne parlé, la distinction entre le singulier et le pluriel ne
se m arque pas par un -s, m ais par la forme de l'article défini, la m anière dont se fait
l’accord du verbe, la liaison devant un m ot qui commence par une voyelle. Les
locuteurs d’une langue donnée ne connaissent généralem ent pas (à quelques exceptions
près) l’histoire de la langue qu’ils parlent. Le passé n ’a donc aucune im portance pour
la compréhension du systèm e (bien que R. Jakobson ait insisté sur l ’im portance des
clivages diachroniques dans un état de langue [v. d i a c h r o n i e ] ) . Ils en arrivent, compte
tenu du groupe social dans lequel ils parlent, à appliquer certaines règles qui sont
syncope
im m anentes à l’ensemble de phrases utilisées par la com m unauté dans laquelle ils
vivent.
La description synchronique se donne pour tâche d’énoncer clairem ent et de
m anière systém atique l’ensem ble de ces règles telles qu’elles fonctionnent, à un
m om ent donné, dans la langue à étudier. Pour ce qui est des quelques membres
d’une com m unauté linguistique qui ont effectivement des vues sur les états antérieurs
de la langue, ou bien leurs connaissances spécialisées m odifient leur comportement
verbal, et alors leur langue est différente de celle de la com munauté et doit être
étudiée en tant que telle ; ou bien elles n ’ont aucune incidence et alors elles n ’ont
aucun intérêt pour l'étude à effectuer.
De toute m anière, la langue d ’une com m unauté linguistique déterm inée, à un
m om ent donné, n’est jam ais parfaitem ent uniforme et l’évolution linguistique ne
consiste pas dans la substitution pure et simple d’un systèm e de communication
homogène à un autre système,, homogène lui aussi.
On peut donc dire que, de toute m anière, les deux m éthodes com portent une
certaine sim plification qui m inim ise les écarts.
du Nord prononcent [aw, \vo, ja , jo], les Italiens notam m ent de fournir des listes très longues
du Sud prononcent [au, uo, ia, io], de mots qu'on peut, dans des contextes bien
synonyme définis, substituer à un autre. En théorie séman
Sont synonym es des mots de même sens, ou tique moderne, deux unités ne sont synony
approxim ativement de même sens, et de formes mes que si elles ont le même sens structurel
différentes. C 'est là la définition large de la défini au moyen d ’une analyse rigoureuse.
syn o n ym ie : elle perm et aux d iction naires { v . SYNONYMIE.)
synonymie
La synonymie peut avoir deux acceptions différentes : ou bien deux termes sont dits
synonymes quand ils ont la possibilité de se substituer l’un à l'autre dans un seul
énoncé isolé (pour un mot donné, la liste des synonym es est alors im portante) ; ou
bien deux termes sont dits synonymes (synonym ie absolue) quand ils sont interchan
geables dans tous les contextes, et alors il n’y a pratiquem ent plus de véritables
synonym es, sinon entre deux langues fonctionnelles (par exem ple en français, en
zoologie, la nom enclature scientifique et la nom enclature populaire offrent de
nombreux exemples de synonym ie absolue).
De plus, deux unités peuvent avoir le m êm e référé, être synonym es et ne s’em
ployer que dans des contextes différents : par exemple, le verre de rouquin est bien un
verre de vin, m ais l'apparition de l'u n ou de l ’autre dépend de contraintes telles
q u'il y a peu de chances pour qu'ils soient facilem ent interchangeables si l'o n tient
compte du contexte socioculturel ; il y a bien égalem ent identité de dénotation entre
voler et piquer, voiture et bagnole dans les phrases suivantes : On m'a volé ma voiture,
On m'a piqué ma bagnole, dont les différences de connotation sont évidentes. C 'est
plutôt en termes de degrés qu’on peut parler de synonym ie ; celle-ci deviendra ainsi
sim plem ent la tendance des unités du lexique à avoir le m êm e signifié et à être sub
stituables les unes aux autres. La synonym ie peut donc être complète ou non,
totale ou non.
Le concept de synonymie complète est lié à la distinction qu'on fait entre le sens
cognitif et le sens affectif. La pratique de la langue m et en jeu d’un côté l'entendem ent,
de l'autre l’im agination et les ém otions ; les m ots de la langue quotidienne, à la
différence du vocabulaire scientifique et technique, sont chargés d’associations
affectives (connotations*) en dehors de leur sens purem ent dénotatif (v. dénotation).
C ’est ainsi que le mot bifteck n 'a pas la même valeur* (les m êm es connotations)
quand on com mande trois biftecks au boucher et quand on exige de pouvoir gagner
son bifteck. Dans ce dernier emploi, bifteck peut se voir substituer pain, vie, m ais chacun
de ces mots, équivalents ici du point de vue de la dénotation, a sa valeur affective
propre. On dira qu'il y a synonym ie complète quand le sens affectif et le sens cognitif
des deux termes sont équivalents. D 'une m anière générale, et pour des raisons
pédagogiques, on s'intéresse à une synonymie incomplète, lim itée à la dénotation. On
considère com me synonym es des mots de m êm e sens cognitif et de valeurs affectives
différentes.
La synonymie peut aussi être définie par l'équivalence des phrases. Si on a deux
phrases P, et P2 différant seulem ent par le fait que P; a une unité x et P3 a une unité
y là où P, a une unité x, et si Pj z> P2 et P2 Pt (double im plication), on pourra
dire que x et y sont synonym es.
L’analyse componentielle* perm et de caractériser les synonym es dans la mesure
où les unités contiennent les mêm es traits définitoires. Ainsi, chat désignant un mâle
syntagmatique
et matou pourront être dits synonym es en raison du fait que chat peut avoir les mêmes
traits (anim al, félin, m âle, adulte) que matou.
La synonym ie dépend du contexte beaucoup plus que les autres rapports de sens
(hyponym ie, antonym ie). L’im portance du contexte est telle qu’elle neutralise les
oppositions entre deux termes. Dans un énoncé comme leur chien vient de mettre bas,
la cooccurrence, dans l’énoncé, de vient de mettre bas conduit à conférer à chien,
antonym e de chienne pour ce qui est du sexe, le caractère [femelle] qui est spécifique
de chienne. L’opposition m âle vs femelle étant impossible dans cette phrase, chien,
générique, prend nécessairem ent le trait [+ femelle]. Ainsi le contexte perm et de
donner à des unités un sens assez restreint comme à chien, plus haut, ou comme à
prendre dans II s'asseoit à la terrasse de café pour prendre un verre de bière. La synonym ie
peut être considérée com me une hyponym ie sym étrique. En principe, un superordonné
n ’im plique pas ses hyponym es. mais le contexte situationnel ou syntagm atique peut
conférer au superordonné le signifié de l’un de ses hyponym es. Ainsi, si x est
hyponym e de y et y de x (si la relation est réciproque ou sym étrique), on dira que v
et y sont synonym es.
syntagm atique
1. On appelle rapport syntagmatique tout rapport existant entre deux ou plusieurs
unités apparaissant effectivement dans la chaîne parlée. Une fois reconnue l’existence
de relations privilégiées entre certaines unités (mots, groupes de mots, unités complexes
de toute dim ension), il reste à se dem ander si ces liaisons, constatées dans l’énonce,
appartiennent à la langue ou à la parole. F. de Saussure hésite en constatant que « [la
phrase], type par excellence du syntagm e » appartient à la parole, alors que de
nombreuses combinaisons syntagm atiques appartiennent nettem ent à la langue (à
quoi boit I, allons donc I, prendre la mouche, avoir mal à, etc.). De même, l'activité créatrice
qui fait naître indécorable sur le m odèle de impardonnable, etc., est à attribuer à la
langue.
L'existence de rapports syntagm atiques à un niveau inférieur à celui du signe est
parfois évoquée par F. de Saussure : « Dans le groupe im aginaire anma, le son m est
en opposition syntagm atique avec ceux qui l’entourent et en opposition associative
avec tous ceux que l'esprit peut suggérer. » Cette considération est à l’ origine du
développem ent de la phonologie.
Signalons que l’hésitation notée devant l’attribution du syntagme* à la langue ou
à la parole est résolue par la substitution à ces concepts de ceux de compétence ci
de performance. La difficulté offerte par le passage de l ’acte individuel (fait de parole)
à l’acte prédéterm iné (fait de langue) est résolue par l’opposition entre créativité
gouvernée par les règles (du dom aine de la compétence) et créativité hors des règles
(du dom aine de la performance). À ce titre, les régularités syntagm atiques sont touti
du dom aine de la compétence.
2. En gram m aire générative, on appelle règles syntagmatiques les règles de la base qui
décrivent certaines catégories dans les term es de leurs constituants. Ainsi, le syntajinu
nom inal est décrit comme constitué d’un déterm inant suivi d’un nom ; la n y jr
syntagm atique est la suivante : SN - * D + N.
Les règles syntagm atiques sont de la forme XAY —> XZY, A étant un symbole
unique, Z un sym bole unique ou une suite de symboles, X et Y étant des suites ilo
sym boles et pouvant être nuls. La règle signifie que A se réécrit Z dans le contexii
X - Y. On distingue deux types de règles syntagm atiques selon que X et Y sont nu
syntagme
ne sont pas nuls. Si X et Y sont nuls, comme dans la règle P -> SN + SV (la phrase
se réécrit par un syntagm e nom inal suivi d ’un syntagm e verbal), on a des règles
indépendantes du contexte (le contexte étant ici X et Y). Si X et Y ne sont pas nuls, on
a des règles dépendantes du contexte, comme dans la règle V —> Vtr/ - SN, qui se lit V
(verbe), se réécrit verbe transitif (V J dans le contexte d’un syntagm e nom inal (Pierre
mange sa soupe ; Y étant alors SN). Les gram m aires syntagm atiques qui sont i’ensemble
des règles syntagm atiques de la base catégorielle des gram m aires génératives peuvent
contenir ou non des règles dépendantes du contexte ; on aura donc des gram m aires
dépendantes du contexte ou des gram m aires indépendantes du contexte.
On donne le nom de grammaire syntagmatique à la gram m aire de constituants dont
N. Chom sky a fait la base de la com posante syntaxique et dont les règles sont
appelées règles syntagmatiques.
syntagm e
1. F. de Saussure appelle syntagme toute com binaison dans la chaîne parlée. Cette
définition a été m aintenue par certains linguistes ; ainsi, pour A. M artinet, « on
désigne sous le nom de syntagme toute com binaison de monèmes* ».
Les exem ples de syntagm es fournis par Saussure, sont re-lire ; contre tous ; la vie
humaine ; Dieu est bon ; s'il fait beau temps, nous sortirons. On rem arquera qu'ils vont
d’un plan infralexical ( re-lire, aboutissant à l’unité lexicale relire) jusqu’au plan de la
phrase (les deux derniers exemples).
Toutefois, la description des m écanismes de la langue par la seule étude des
syntagm es est incomplète. Il faut distinguer deux axes, l’axe des rapports syntagm a
tiques et l'ax e des rapports associatifs ou paradigm atiques. Le rapport paradigm atique
est celui qui associe une unité de la langue réalisée dans un énoncé avec d’autres
(non présentes dans l’énoncé considéré) [ v . p a r a d i g m e ] . Le rapport syntagm atique. lui,
est contracté entre certaines des unités présentes dans l’énoncé.
Prenons la phrase Le petit chat est mort.
1) Il y a, en chaque point de l'énoncé, des possibilités de substitution :
r petit ")
467
syntaxe
verbal, syntagm e adjectival, etc. [abréviations : SN, SV, SA]). Le syntagm e est toujours
constitué d ’une suite d’élém ents et il est lui-même un constituant d'une unité de rang
supérieur ; c’est une unité linguistique de rang interm édiaire. Ainsi, le syntagm e
nom inal est le constituant de la phrase, ce noyau étant formé de la suite : syntagm e
nom inal (SN) + syntagm e verbal (SV) (Pierre + est venu à la maison) ; il est le
constituant du syntagm e verbal dans la règle SV -> V + SN (lance [verbe] + la balle
[SN]) ; il est constitué des élém ents déterm inant (D) suivi du nom (N) dans la règle
SN -» D + N.
Dans l’analyse en constituants d’une phrase réalisée, comme L'enfant du voisin avait
lancé le ballon dans le carreau de la cuisine, on définit l'enfant du voisin com me le syntagme
nom inal (sujet) et avait lancé le ballon dans le carreau de la cuisine comme le syntagm e
verbal (prédicat) ; le syntagm e nom inal sujet est formé d’un syntagm e nominal
(l'enfant) suivi d’un syntagm e prépositionnel (du voisin), et le syntagm e verbal est
formé d ’un verbe et de son auxiliaire (avait lancé) suivi d’un syntagm e nom inal (le
ballon) et d ’un syntagm e prépositionnel (dans le carreau de la cuisine), lui-même constitué
d ’une préposition (dans), d’un syntagm e nom inal (le carreau) et d ’un nouveau syntagme
prépositionnel (de la cuisine), et ainsi de suite.
Les élém ents linguistiques constitutifs d ’un syntagm e peuvent être des morphèmes
lexicaux ou gram m aticaux ; le + garçon, le + âge, amour + eux ; viv + ant, etc., sont
des exemples de syntagm es dont les élém ents constituants sont des morphèmes
autonom es ou des affixes.
synthèse de la parole
La synthèse de la parole se propose la production des sons de la parole à partir d ’une
représentation phonétique du message. La reproduction de ce m essage résulte de
l’encodage d’inform ations à plusieurs niveaux : la synthèse consiste à générer d e i
param ètres de contrôle pour un décodeur à partir d’une chaîne de symboles phonétiquen
et d’un ensemble de m arqueurs prosodiques. L’étape de synthèse proprement dit e
s’insère en aval du m odule de transcription orthographique-phonétique et du génératen i
de prosodie*, et en am ont du systèm e de restitution (synthétiseur*). La synthèse peui
privilégier le « faire sem blant » qui vise à reproduire les effets, trom per l ’oreille, ou
le « faire comme » qui vise à m odaliser les causes par une im itation de l’appareil
phonatoire.
On peut considérer comme des tentatives de sim ulation de la parole, dès l’Antiquité,
les statues parlantes des Grecs d ’où ém anaient des signes, des voix m ystérieuses, dm
4 68 -
synthèse de la parole
m essages prophétiques : en fait leurs lèvres étaient reliées à des tuyaux dans lesquels
parlaient les prêtres pour im pressionner les mortels. Cette tradition s'est perpétuée
jusqu'au xvuc siècle avec la Fille invisible qui cachait en fait une personne dissim ulée
dans l'appareil. Le M oyen Age a vu apparaître la synthèse m écanique avec l'orgue et
la guim barde. Roger Bacon a étudié le principe d ’une tête parlante. Le premier
exem ple d’un analogue m écanique du conduit vocal est attribué à Kratzenstein,
autour de 1780, en réponse à un concours scientifique de l’Académ ie im périale de
Saint-Pétersbourg. Cette m achine était composée d ’un ensemble de résonateurs
acoustiques excités par une anche vibrante et dont la forme était censée représenter
la forme du conduit vocal pour la production de cinq voyelles. Le xvin8 siècle voit
apparaître les premiers androïdes. En 1737, Jacques de Vaucanson construit les deux
premiers autom ates parlants, le Joueur de flûte traversière, et le Joueur de tambourin. Lors
du 1er traité de Versailles, l’abbé M ical avait créé deux têtes parlantes (masculine/
fém inine) qui disaient : « Le roi a donné la paix à l’Europe. La paix fait le bonheur
des peuples. » En 1791, le baron hongrois W olfgang von Kempelen construit la
première m achine parlante composée d ’un soufflet, « une bouche », c’est-à-dire une
boîte à air comprimé munie d’une anche alim entant un résonateur en cuir dont le
volum e pouvait être réglé de la main gauche pour la production des voyelles ; les
consonnes étaient créées au m oyen de « narines », des orifices que les doigts de
l'opérateur venaient fermer, et des sifflets actionnés par des leviers de la m ain droite.
Cette machine pouvait ém ettre une vingtaine de sons différents. Les machines
construites au cours du x ix c siècle étaient des am éliorations de celle de von Kempelen,
avec une langue et une mâchoire mobile (Faber, 1835 ; A. G. Bell). A ces recherches
participent l’invention du panharmonica (m achine reproduisant tous les instruments
de l’orchestre) du m écanicien autrichien M aelzel (1772-1838) et les travaux sur
l'architecture des voûtes de Robert W illis (1800-1875). Le phonographe d’Edison en
1877 m arque provisoirem ent l’abandon du « faire comme » au bénéfice du « faire
sem blant ».
La véritable synthèse de la parole a été rendue possible par l’apparition de l’électricité
et de l’électronique. En 1922, J. Cl. Stew art construit l’ancêtre des synthétiseurs à
formants, avec une m achine composée d'une source périodique et de deux résonateurs
électriques perm ettant de reproduire des voyelles, des diphtongues et quelques mots
tels que « m am a, Anna ». En 1939. à l'Exposition universelle de N ew York, H. D udley
ingénieur des télécom m unications, présente le Voder (Voice Opération Demonstrator),
appareil m is au point par les laboratoires Bell et dérivé du Vocoder. Le Vocoder avait
été étudié dans le but de réduire le débit des transm issions téléphoniques, en
substituant les com mandes autom atiques issues de l'étage d'analyse à des commandes
m anuelles : l’objectif était de réduire le débit d’inform ations transmises sur les voies
téléphoniques par l’exploitation de la redondance présente dans le signal vocal. Cette
période, qui était aussi celle des débuts du ciném a parlant, m arque le véritable
com m encem ent des études sur la production et la transmission de la parole par
l’utilisation des prises de vues aux rayons X, les enregistreurs, les premiers spectro-
graphes. En 1950, à l’issue d'une phase d'intenses activités de recherche, le premier
véritable synthétiseur de parole apparaît aux laboratoires Haskins avec le Pattern
Playback, systèm e qui peut être considéré comme un sonagraphe fonctionnant à
l'envers. Le sonagraphe transforme une parole enregistrée en une représentation à
trois dim ensions dont les deux premières sont le temps et la fréquence, la troisième
étant l’intensité représentée sur une échelle de gris (Koenig et al., 1946). Inversement,
469
synthèse de la parole
le balayage des évolutions schém atiques des fréquences de formants par un faisceau
de lum ière m odulée en fréquences permet, après am plification, d’entendre le son
correspondant au spectrogramme. L’utilisation conjointe de l'an alyse spectrographique
et de la relecture de sonagram m es a permis le développem ent im portant des étude:,
de production et de perception de la parole. C ’est à cette époque que l’on a montre
le rôle primordial des transitions entre les sons de la parole. Dans le même temp:i
sont construites des m achines qui sim ulent le conduit vocal comme étant compose
d ’une succession de tubes élém entaires, le diamètre variable de chaque section
représentant la forme intérieure du conduit vocal (Dunn, 1950 ; Stevens et a l, 1953),
À la m êm e période (1953), les premiers synthétiseurs à formants ont été développés
par Lawrence en Grande-Bretagne (PAT : Parametric Artificial Talker), par Fant en
Suède (OVE : Orator Verbis Electra), enfin au MIT et aux laboratoires Bell.
La deuxièm e phase de l’histoire de la synthèse, dans les années 70, correspond .i
une véritable révolution avec le développem ent de l'utilisation des calculateurs et la
théorie du signal num érique. Elle se poursuit aujourd’hui encore, selon deux approches
sim ultanées auxquelles correspondent deux sortes de méthodes. La première méthode
vise à reproduire au m ieux le signal de parole en contrôlant les param ètres d ’un filtre
qui sim ule fonctionnellem ent le conduit vocal hum ain {prédiction linéaire et fermants).
Ja deuxièm e méthode cherche à sim uler la propagation de l’onde sonore dans le
conduit vocal à partir de données physiologiques et m écaniques des paramètre',
articulatoires et de leurs évolutions au cours de la phonation (modélisation articula
toire).
Les méthodes de synthèse sont de deux types :
1) La synthèse par règles. La synthèse par règles repose sur un calcul des paramètre',
de contrôle à partir de règles préétablies. Des cibles idéales et des modèles de transition
sont utilisés pour générer la suite des param ètres de contrôle. Par exemple, poui
synthétiser la syllabe [ba], il faut connaître les valeurs-cibles des formants et de
l’énergie pour le [b] et le [a], puis les règles d’évolution des param ètres entre ces
valeurs, afin de pouvoir construire les transitions. Les m odifications prosodiques sont
théoriquem ent rendues possibles de façon assez simple, m ais le systèm e de règles est
en général très complexe. La mise au point de chacune d ’elles est extrêmement
longue, bien plus longue que la segm entation d ’un dictionnaire de diphones. Cette
m éthode de synthèse a beaucoup été utilisée (Holmes et al., 1964 ; Rabiner, I960 ;
Vaissière. 1971 ; Coker, 1976 ; Flanagan, 1975 ; Klatt, 1976). Généralement, c’est un
synthétiseur à formants qui est utilisé car les formants sont des param ètres très bu n
connus des phonéticiens qui ont accum ulé une quantité im pressionnante de travaux
sur leurs valeurs et leurs évolutions. Par ailleurs, leur pertinence a été testée sur le
plan perceptif. Enfin, les formants peuvent être facilem ent interpolés.
Plusieurs centaines de règles sont nécessaires si l’on veut une quantité de pan île
synthétique acceptable. Les systèm es de synthèse par règles possèdent un ensemble
de cas particuliers de transition qu’il convient de générer au coup par coup, car ih
n ’entrent dans le cadre d’aucune règle. Si on pousse à l’extrêm e le raffinement <li
règles, on risque d ’aboutir à un ensemble de règles presque égal au nombre de
segm ents à partir desquels ces mêm es règles ont été élaborées, ce qui conduit a uni
perte du bénéfice de l’ effort de structuration des connaissances. Construire un systi un
de synthèse par règles pour une langue donnée est une entreprise de longue halcmt
De tels systèm es ont été développés pour la langue anglaise par les laboratoire: >lti
MIT (Klatt, 1976-1979), du JSRU en Grande-Bretagne (Holmes, 1964) et du Kl 11 ,i
Stockholm (Fant, 1960). Le systèm e suédois propose égalem ent une version multilingue
A 70 J
synthèse de la parole
Des systèm es adaptés pour la langue française ont été réalisés en Suède (Carlsson et
al., 1982) et au Canada (O’Shaugnessy, 1977).
2) La synthèse par segments ou synthèse par diphones. Les premières tentatives de synthèse
segm entale ont eu lieu à partir de phonèmes : en 1953, Harris avait tenté de réaliser
une synthèse à partir d'élém ents appelés « blocks » pour reconstituer un signal de
parole com me un jeu de construction, la parole obtenue était quasi inintelligible. Les
phénom ènes de coarticulation étaient peu connus à l'époque, surtout au niveau des
consonnes. Liberman m ontra alors l'im portance des transitions entre phonèmes pour
l'intelligibilité de la parole, à l’aide d'expériences sur le Pattern Playback : ainsi le /k/
de /ka/ assemblé avec le /i/ de /pi/ donne /ki/. La notion de diphones en résulta. Un
diphone est un segm ent de parole compris entre les instants de stabilité spectrale de
deux phonèmes, en gros entre leurs centres. Une telle technique suppose que l'on
dispose d'une base de données exhaustive de segments pour chaque locuteur que
l’on désire synthétiser, que ces segments aient été au préalable enregistrés dans un
contexte neutre (logatom es) et que l'on ait procédé à une segm entation extrêm em ent
précise de chacune des unités.
M ais l'influence d'un phonème peut s’étendre au-delà de son suivant im m édiat
grâce aux phénomènes de coarticulation et d’anticipation du m ouvem ent des
articulateurs : il est alors possible de prévoir des unités de type triphones VCV appelés
aussi disyllabes, les disyllabes étant les équivalents des diphones au niveau syllabique
(Saito et Hashimoto, 1968).
Toutes les transitions doivent être stockées, la taille de la mém oire croît avec le
carré du nombre de phonèmes de la langue considérée. Par contre, le nombre de
règles de concaténation est minime : si l'o n considère 17 voyelles et 17 consonnes,
on a un m axim um de 1 156 diphones pour la langue française.
Cette m éthode proposée dans les années 1950 (Kumpfmuller) a été reprise par de
nombreux chercheurs (Dixon, M axey, 1976). en France le L.I.M.S.I. (Lienard. 1979)
et le C.N.E.T. (Emerard, 1977).
La m éthode de synthèse par règles et la m éthode de synthèse segm entale ne sont
pas entièrem ent contradictoires. Dans certains systèm es de mesure segmentale, il est
procédé à la norm alisation de certains param ètres de contrôle tels que l'énergie, la
fréquence fondam entale, voire les spectres aux frontières, afin de m inim iser les
problèmes de raccordement. Certains systèm es repèrent le milieu de chaque diphone,
ce qui perm et d'appliquer à ces derniers des distorsions tem porelles non linéaires lors
des m odifications de durée. On peut envisager un nombre plus im portant de m arques,
pour localiser la En de stabilité spectrale pour le premier phonème et le début pour
l'autre. On peut alors concevoir de classer les segments en fonction de leur
com portem ent face aux variations de débit et adopter une stratégie différente de
modification des durées pour chacune des classes. On s'approche ainsi de la synthèse
par règles, en structurant le contenu des unités.
Bimbot (1989) propose une m éthode de passage graduel de la synthèse segmentale
à la synthèse structurée par règles à partir de la décomposition temporelle, en
s'appuyant sur la notion de polyson, définie en 1984 par M iclet et Boe comme une
sorte de compromis entre les diphones et les disyllabes.
Les applications de la synthèse m ettent en œuvre deux m éthodes :
1) Le stockage/restitution, à vocabulaire lim ité, avec des messages figés (les éléments
sont stockés puis restitués, par exemple « com posez votre code d'accès ») ou des
messages variables (les élém ents constitutifs sont stockés puis assemblés en fonction
synthèse par règles
synthèse par règles synthèse par règles est rendue possible par Ir
La synth èse par règles consiste en la conversion caractère redondant de la parole, et elle essaie
autom atique d’une suite de sym boles représen d’exploiter au maxim um cette redondance’
tant un texte sous sa forme écrite en une onde pour réduire le plus possible le taux de donnée i
sonore continue qui représente une des images nécessaires au codage de la voix.
acoustiques possibles de ce texte. Les pro
grammes de synthèse* consistent essentielle syn th étiq u e
ment à transformer la suite de symboles en 1 . On qualifie de synthétiques les langues flexii >ii
une série de paramètres variables dans le temps, nelles comme le latin et les langues aggltiti
capables de com mander un synthétiseur". Ces nantes comme le vietnamien. Synthétique s’op
paramètres sont de deux natures : d ’une part pose ici à analytique. Est synthétique une langue
les paramètres acoustiques qui permettent de qui tend à réunir en un seul mot plusictnn
synthétiser les phonèmes* ou allophones* suc morphèmes. Le français est une langue ami
cessifs représentant le texte (valeur des for ly tiq u e parce q u ’ il exprim e les fonction!
mants" à chaque instant t, ou valeur de l’énergie par des mots autonomes appelés préposition;.
dans les 15 à 20 canaux d ’un synthétiseur à et que dans une phrase chacune des unité',
canaux* par exemple) et d ’autre part les para reste relativement indépendante des autre-.
mètres prosodiques tels que la hauteur* et la (v . ANALYTIQUE.)
synthétiseu r
Les synthétiseurs peuvent être classés en fonction de 3 techniques : synthèse dire, te
synthèse à travers un modèle, simulation du conduit vocal.
1) La synthèse directe. La parole est produite par mesure directe sur l’onde tempo
relie ;
Le Vocoder à canaux, technique aujourd'hui abandonnée, consiste à représenter l.i
472
synthétiseur
fonction de transfert du conduit vocal par l'énergie du signal dans un certain nombre
de canaux fréquentiels. L’excitation est représentée par une décision de voisem ent et
la valeur de la fréquence fondam entale.
La concaténation de formes d'ondes consiste en un processus qui enchaîne un certain
nombre de périodes fondam entales pour reconstituer un phonème et un certain
nombre de phonèmes pour former un mot. Cette technique présente l’avantage de
la sim plicité et de la réduction de l’espace de stockage, avec L’obtention d’une qualité
tolérable pour certaines applications comme les jouets. L’inconvénient est qu’elle ne
perm et pas de prendre en compte les phénomènes de coarticulation, essentiels
notam m ent pour la compréhension des consonnes, ce qui lim ite fortem ent l’intelli
gibilité de la parole.
2) Synthèse à travers un modèle. Ces techniques produisent une onde sonore à travers
un m odèle de production. Les param ètres de ce m odèle sont calculés par m inim isation
d ’un critère entre le signal original et le signal prédit par ce modèle.
Le synthétiseur à formants utilise l’inform ation perceptive principale relative à la
nature des sons voisés telle qu’elle est fournie par les formants. Les composantes de
la parole responsables de l’intelligibilité sont déterm inées par l’analyse sonagraphique,
puis la parole est reconstituée à partir de générateurs indépendants, l’un de sons
vocaliques, l’autre de bruits. La représentation spectrale est sim plifiée en ne codant
que les formants par leur fréquence centrale, leur am plitude et leur largeur de bande.
Trois formants peuvent être suffisants, mais d’autres param ètres peuvent être
nécessaires pour caractériser les sons non-voisés, l’effet du canal nasal est égalem ent
pris en compte. Ainsi, une douzaine de param ètres perm ettent une bonne restitution.
Les filtres associés à chaque form ant ou bande de bruit peuvent être disposés en série
ou en parallèle. L’avantage de cette synthèse est que les paramètres qu’elle utilise sont
étroitem ent corrélés à la production et à la propagation de la parole dans le conduit
vocal. Un problème m ajeur subsiste du fait qu’il n ’existe pas d’« analyseur forman-
tique » autom atique. La plupart des param ètres de commande, notam m ent dans la
configuration en parallèle, doivent être optim isés par l’oreille (cf. études sur
l’intonation*).
Le synthétiseur à prédiction linéaire : le m odèle de prédiction linéaire décrit un
échantillon de parole comme étant une com binaison linéaire des échantillons
précédents. L'algorithm e calcule les coefficients de la com binaison de façon à m inim iser
l’erreur quadratique m oyenne entre le signal original et le signal prédit sur une fenêtre
donnée. Ces coefficients sont réactualisés régulièrem ent toutes les 5 ou 20 milli
secondes ; 10 à 15 coefficients sont nécessaires pour atteindre une synthèse de qualité
acceptable. Les avantages de cette technique sont nombreux : analyse autom atique,
intégration relativem ent aisée des algorithm es, fidélité au timbre original.
Cependant, on retrouve certains défauts, notam m ent ceux liés à la source d’excitation
dont la représentation est trop sim pliste et qui donne une qualité « bruyante » à la
parole synthétique. De plus, le m odèle se prête m al à la représentation de certains
sons, tels que les nasales et les constrictives voisées, parce que les fonctions de
transfert obtenues à l’analyse ne contiennent que des pôles.
3) Simulation du conduit vocal. Avec cette technique, il s’agit de sim uler le fonctionnement
du systèm e de production de la parole. Un m odèle articulatoire reconstitue en premier
lieu la forme du conduit vocal en fonction de la position des organes phonatoires
(langue, mâchoire, lèvres). Le signal vocal est ensuite calculé à l’aide d'une sim ulation
m athém atique de l’écoulem ent de l’air dans le conduit ainsi délim ité. Les paramètres
de com mande d’un tel synthétiseur sont la pression subglottale, la tension des cordes
473
synthétiseur
vocales et la position relative des divers ardculateurs. Les données articulatoires sont
obtenues au m oyen d’enregistrements cinéradiographiques, là où les sources sont
difficiles à m odéliser dans le cas des cordes vocales, et encore plus pour la production
des occlusives et des constrictives.
Depuis 1964, une quinzaine de modèles du conduit vocal ont été proposés (Ohman,
1967 ; Coker, Fujimura, 1966 : Mermelstein, 1963 ; Lindblom, Sundberg, 1971). Plus
récemment, des modèles ont été développés à partir d’analyses factorielles du conduit
vocal (Shirai, Honda, 1976 ; Kiritani. Himagawa, 1976 ; Harshman, 1977 ; Maeda, 1979).
Le modèle de Shinji M aeda (1979) résulte d’une méthode qui est très proche d'une
analyse articulatoire : il délivre une coupe sagittale du conduit vocal qui intègre les
contraintes de production avec les effets de quatre com posantes : mâchoire, corps,
dos et apex de la langue. Les analyses de M aeda ont été faites à partir de 400 contours
vocaliques définis par des m esures radiographiques de la forme du conduit vocal sur
une grille semi-polaire. Les formes observées sont décrites comme la somme de
com posantes linéaires :
X = a , yt + a 2 y, + ... a P yP + x
Un vecteur a, (i = 1, 2, ... p) est composé de coefficients qui caractérisent la façon
dont il influence le paramètre y, pour la forme considérée. L'ensemble des coefficients
a. est déterm iné à partir des matrices de corrélation calculées pour les vecteurs
décrivant l’ensemble des observations sagittales. Puisque la position de la mandibule
peut être mesurée directement, son influence est extraite directement par intercorré
lation avec les variables de la langue et soustraite pour la suite de l’analyse. Ensuite,
les facteurs correspondant au corps de la langue sont isolés en considérant que celui
ci intervient essentiellem ent dans la région pharyngale. L’influence du corps est ainsi
appréciée puis déduite par la suite. Dans la région du dos de la langue, Maeda
considère que les formes sont essentiellem ent dues à un seul autre param ètre qui
sera isolé et extrait. Dans la région apicale, les quatre param ètres peuvent intervenii
Le pourcentage de la variance expliqué par la m andibule est de 44 %. celui du corps
de la langue 27 %, celui du dos de 23 % et de l’apex 5 %. Seulem ent 2 % restent
inexpliqués. La m odélisation des lèvres a été ajoutée par la suite. Ce modèle permet
de produire des sons non-nasals et non-bruités. Plus récemment, M aeda a présenté la
génération du bruit d'occlusion (1985).
La m odélisation acoustique nécessite com me donnée première un tuyau cylindrique
à partir duquel il sera possible, par exem ple par analogie acoustique électrique,
d’obtenir la fonction du transfert. Il s’agit donc de pouvoir passer de la coupe sagittale
du conduit vocal à sa fonction d'aire, c'est-à-dire passer de deux dim ensions à trois
La pénurie des données d'aire s’explique par la difficulté des tomographies frontales,
alors que la radiographie et la radiociném atographie ont perm is de nombreux travaux
à partir des coupes sagittales du conduit vocal (en France, Institut de phonétique de
Strasbourg). L'utilisation des m oulages de cadavre a permis les travaux associant
fonction d 'aire et fonction de transfert du conduit vocal ; les premiers remontent a
1941 : Chiba, Kajiyama prédisent ainsi et sim ulent les voyelles du japonais. En I960,
Fant développe la théorie de la production du signal de parole à partir des mesure-
tom ographiques pour les sons du russe.
On considère que 6 coefficients sont nécessaires pour passer de la coupe sagitt.il!
à la fonction d'aire, selon la position dans le conduit vocal. Il s'agit des zom
suivantes : la glotte, la partie laryngienne du pharynx, une partie buccale, la zone
alvéolaire, la partie intéro-latérale.
474
systémique
A75
t
tabou m aticale (forme tactique) et de son sens (épi
II existe des contraintes sociales qui, dans sémème) ; ainsi, l'ordre des syntagm es daiv;
certaines circonstances, empêchent ou tendent Jea n lit un livre est une disposition grammaticale
à empêcher l’utilisation de certains mots : ces (SN + V + SN) et cet ordre est en français
tabous linguistiques sont caractérisés par le fait porteur d’un certain sens (sujet de V objet
que le m ot existe bien mais qu’on ne peut pas de V). Les tagm èm es sont les plus petites unité ,
l ’em ployer : il est interdit de « nommer » la signifiantes d ’une forme gram m aticale ; leur
chose. Ainsi, chez certains peuples, les femmes sens est un épisémème. Dans la phrase Viens /,
ne doivent pas em ployer le mot signifiant la modulation (intonation) injonctive est un
« mari ». Le non-respect du tabou linguistique tagmème, qui peut se présenter avec n'importe
conduit les locuteurs à considérer certaines quelle forme gram m aticale qui a un sen\
phrases comme inacceptables (v. accefi'a biuté) : impératif. En revanche, dans Jean , viens !, on
ainsi, dans l'exem ple donné plus haut, la phrase trouve plusieurs taxèmes ; c’est une form e
Im fem m e dit : mon mari va arriver bientôt n'est gram m aticale complexe où il y a trois tag
pas acceptable, alors que la phrase au style mèmes : la modulation impérative, l’appellatil
indirect La fem m e dit que son m ari va arriver visant le destinataire qui doit faire l'action, et
bientôt est acceptable. Il est important, dans ce l'utilisation du schéma de phrase actant-action
cas-là, de déterm iner la cause du rejet : ici ce tagmémique
n’est pas son caractère agramm atical (la phrase La théorie tagm ém ique du linguiste structuraliste
est gram m aticale), ni non-véridique (il est pro américain K. L. Pike oppose deux analyses de:,
bable toutefois que, puisqu'il y a un tabou, la comportements verbaux. Ces derniers peuvent
femme le respecte et de ce fait ne puisse être décrits en termes de distribution, c’est ,Y
prononcer le membre de phrase qu'on lui dire selon des critères spatio-temporels ; c e
prête), ni asémantique. La reconnaissance des point de vue, dit « étique », est celui du
tabous linguistiques est d'une grande impor distributionnalisme, qui fait de la langue un
tance pour l’enquêteur qui tente d'établir un objet. M ais les com po rtem ents verbaux
corpus de la langue. Dans les cultures des peuvent être décrits aussi en termes de Fonction
com munautés des pays développés, il existe par rapport au monde culturel dans lequel il
aussi des mots tabous (tabous sexuels, tabous se situent : les discours sont des béhaviourèm e.
religieux, tabous politiques) : la transgression des unités de com portement ; cette analyse,
des tabous a pour conséquence le rejet du dite émique, définit les unités par la fonction
locuteur du groupe social ou. du moins, la que les sujets parlants leur attribuent.
dépréciation qui s’attache alors à son compor
tem en t
tapinose
En rhétorique, la tapinose est une hyperbol.
tactique dépréciative. Syn. : Mâiost.
L. Bloomfield appelle tactique la disposition tautologie
g ram m atic a le co n ven tio n n elle suscep tib le En rhétorique, la tautologie est une figure qui
d'être porteuse de sens (d'avoir un épisé consiste à exprimer la même chose plu:.ieiii
mème) ; ainsi, l’ordre SN + V a le sens en fois en des termes différents (ex. : J'en parti I,i
français actant-action ; c’est une forme tac responsabilité p lein e et entière).
tique. (v. TACMÊME.)
taxème
tagmèmc L. Bloomfield appelle taxème un trait simple il>
L. Bloomfield considère qu’une forme gram disposition gram m aticale, cette dernière pu
maticale est constituée d ’une disposition gram nant quatre formes : l'ordre des constilrmntii
à 7/i
télescope
la modulation (ou intonation), la modification qu’on aboutit ainsi à définir des classes de
des phonèmes selon l’environnement, la sélec phonèmes, de morphèmes, etc., la taxinomie
tion de formes qui ont la même disposition est syntagm atique. C ’est cette taxinomie qu’ont
gramm aticale, mais des sens différents. Par préférée les structuralistes américains. Il existe
exemple, la phrase impérative Viens ! contient aussi une taxinomie paradigm atique qu’ont
deux taxèm es ou traits g ram m atic au x : la utilisée (conjointement avec la précédente) les
modulation injonctive indiquée par le point Ecoles de Genève, de Copenhague ou de
d'exclam ation et le trait sélectif qui consiste Prague. En général, on se sert de l’opération
en l'utilisation d'un verbe à la deuxième per de substitution (comm utation), qui consiste à
sonne de l’impératif. mettre dans la même classe d ’équivalence les
termes qui peuvent commuter en entraînant
taxinomie une variation concomitante de sens en un point
1. Une taxinomie (parfois taxonomie) classe les
de la chaîne parlée : ainsi la classe des noms
éléments d:un domaine. II s'agit de nomencla
de personne. Il faut considérer la taxinomie
tures ordonnées, g én éralem en t form ées de
paradigm atique comme une taxinomie syntag
noms, d’adjectifs et de noms composés.
matique abrégeant les étapes d ’une analyse
Les taxinomies dites populaires sont néces
purement distributionnelle.
saires à toute culture et, C. Lévi-Strauss l’a
montré, souvent très fines et articulées dans taxon
les civilisations dites « primitives ». Le français On appellera taxon (au pluriel, fréquemment
connaît des restes de ces taxinomies populaires, taxa) toute unité d'une taxinomie*, pour autant
par exemple dans le vocabulaire des plantes. que cette unité est bien définie par son niveau
P. Guiraud a bien établi que, loin de demeurer hiérarchique.
de simples métaphores, les éléments compo On parlera de taxon d e niveau supérieur pour
sants d’unités de signification comme pied- une unité qui en domine d ’autres dans la
d'alouette, gueule-de-loup, sabot-de-Vénus, etc., cor structure, en une relation de superordination
respondent à des traits spécifiques des référents (hyperonym ie).
systém atiquem ent analysés. technème
À ces taxinomies d’origine collective se Dans une analyse sémiologique des gestes de
su b stitu en t des taxin o m ies scien tifiq u es, travail, le technèm e est l’unité minim ale indi
construites par une systém atisation rationnelle quant un ensemble délimité de gestes.
en fonction des connaissances d ’une époque. technolecte
Le xvra' siècle a vu naître l’immense classifi Le technolecte désigne l’ensemble des termes
cation taxinomique de C. Unné, pour la flore spécifiques d ’une technique. Ce terme est
et la faune, et celle de G. de Morvaux et em ployé par les lexicologues, alors que les
Lavoisier pour la chimie. terminologues lui préfèrent souvent celui de
L’étude des taxinomies a joué un rôle impor langue d e spécialité. Comme en fait la termino
tant dans la définition des méthodes de l’ana logie classique se donne pour tâche les voca
lyse componentielle*, avec par exemple bulaires spécialisés plus que les formes spéci
C. Conkiin. fiques du discours à l’intérieur d ’un domaine
2. On appelle taxinomie une classification d ’élé donné (argumentation, contraintes éditoriales,
ments, de suites d ’éléments et de classes de poids relatif du terme, de la formule, du
suites destinée à former des listes qui rendront schéma, etc.), il serait opportun de privilégier
compte, par leurs règles de combinaison, des soit le mot technolecte, soit l’expression vocabu
phrases d’une langue. Le modèle structural laire spécialisé, au détrim ent de langue d e spé
(modèle distributionnel et modèle de consti cialité.
tuants im m édiats) est un modèle taxinomique.
télescopage
taxinomique On appelle télescopages les formes issues : a)
On qualifie de taxinomiques toutes les procé de la réunion en un seul mot de deux mots
dures d'analyse qui, appliquées à un texte contigus dans la chaîne parlée, b) de la conta
donné, ont pour seule fin de le réorganiser mination d ’un terme par un autre appartenant
selon les données de la recherche, en ne tirant à la même classe paradigm atique. Ainsi, on a
de lui que ce qu’il contient ( v . im m a n e n t ). Quand « a vec 1e copain, c'est p a s parin » (pareil + copain) ;
on essaie de définir les unités linguistiques par cette erreur est fréquente dans les cas d ’aphasie*
les segments qui précèdent ou qui suivent et sensorielle.
tempéré
temps
1. Le terme de temps désigne le continuum qui procède du déroulem ent et de la
succession des existences, des états et des actions, c’est le temps réel dont la perception
serait exprimée par le temps grammatical. Si l'on adopte le m odèle linéaire et continu
du temps réel, une sorte d’ensemble infini d’instants, on établira une relation d’ordre
entre ce qui est avant un point-instant et ce qui est après un point-instant. Le choix
d’un point sur cet espace le découpe en deux blocs par rapport au locuteur. Si ce
choix est défini à la fois par le je et le maintenant (l’actuel), l’axe temporel sera divisé
en trois espaces, présent, passé, futur ou temps absolus. Si l’un prend en compte la
dépendance par rapport au je, maintenant, on aura la sim ultanéité, l'antériorité ou la
postérité, c’est-à-dire les temps relatifs. C 'est le sens des « temps » de la conjugaison
française et des adverbes de temps : hier, aujourd'hui, demain (absolus) vs la veille, ce
jour, le lendemain (relatifs). Que l’on change de perspective et que l'on prenne en
compte la réalisation de l'action, on déterm ine alors des intervalles de temps (limites
par le début et la fin du procès), à partir de quoi on peut dire qu'un procès est
accom pli, non accompli, en cours d'accom plissem ent à la date déterm inée par
l'observateur ou interne à l ’énoncé du procès, et l’on peut évaluer sa durée, sa
fréquence, etc. Cette représentation, dite aspectuelle, trouve une correspondance dan:,
le systèm e tem porel verbal où l’opposition forme simple/forme composée peut
exprimer l’opposition accompli/non-accompli. M ais cette représentation se manifeste
dans la langue d’autres façons : verbes imperfectifs (marcher), perfectifs (sortir), statil
(savoir), conclusifs (exploser) ; semi-auxiliaires ou aspectuels {aller, venir de, être sur le
point de, etc., conjugués et suivis d'un verbe à l’infinitif) : adverbes de temps dénotanl
des dates (la nuit, le jour), des durées (une heure), des fréquences (le dimanche) ; ce1,
compléments peuvent être précédés ou non de prépositions. Si l’ on introduit: la
référence au locuteur, on oppose le m onde actuel au monde non actuel par l’opposition
présent vs im parfait. Enfin les mondes possibles seront traduits par le subjonct.il ou
le conditionnel.
2. On appelle temps une catégorie gram m aticale généralem ent associée au verbe et
qui traduit diverses catégorisations du temps « réel » ou « naturel ». La catégorisai.....
la plus fréquente est celle qui oppose le présent, moment de l’énoncé produit (ou
« m aintenant ») au non-présent, ce dernier pouvant être le passé, avant le moment <li
l’énoncé (« avant m aintenant »), et le futur, après le moment de l’énoncé (« apn m
478
tendu
m aintenant ») : ce sont les temps absolus. M ais le présent est aussi le non-passé et le
non-futur, ce qui le rend propre à traduire les vérités intemporelles (La terre tourne
autour du soleil). Passé et futur peuvent être considérés comme des instants révolus
relativem ent au présent de l'énoncé ou dans leur écoulem ent relativem ent à ce même
présent : cette opposition entre la « date » et la « durée » est traduite en français par
î !opposition entre le passé historique, ou passé simple (il mourut), et l’im parfait (il
mourait). Lorsque le futur et le passé sont considérés comme des m om ents dans le
temps réel, il se constitue des oppositions secondaires (ou temps relatifs) entre le futur
et l’avant-futur (futur antérieur : Quand il aura fini, il viendra), entre le passé et l’avant-
passé (passé antérieur : Quand il eut fini, il vint ; plus-que-parfait : Quand il avait fini,
il venait). D’autres catégorisations sont possibles, ainsi entre le m om ent proche et le
m om ent éloigné : en français, les formes il mourut et il est mort recoupent cette
opposition, m ais elles traduisent aussi une opposition d'aspect*.
Le temps, qui est une catégorie du syntagm e verbal, recoupe fréquem m ent les
catégories du mode* (le futur peut être ainsi une m odalité [possible ou probable] : il
partira = il doit ou il peut partir), de la modalisation* (par le conditionnel le sujet
parlant n'assum e pas son énoncé ; m ais le conditionnel est aussi un futur dans le
passé), de l'aspect (le passé composé il est venu, qui traduit l’accompli, exprime aussi
parfois le proche dans le passé). La catégorie du temps dépendra du statut* de
com munication, c’est-à-dire de l’opposition entre l’énonciation et le récit.
La catégorie du temps, souvent exprimée par des affixes du verbe, est fréquem m ent
traduite par des adverbes de temps (hier, maintenant, demain).
En gram m aire générative, le Temps (abréviation Tps) est le constituant obligatoire
de l’auxiliaire.
4 79
tension
480
tête
AH 4
texte
théorie linguistique
La théorie linguistique a pour objectif de fournir aux gram m aires particulières des
langues les m oyens de rem plir leurs tâches. Toute gram m aire repose sur l’hypothèse
— formulée ou im plicite — d ’une théorie générale. L’hypothèse théorique générale
est qu’il y a des traits com muns à toutes les langues hum aines (universaux* du
langage). Par leur existence, ces universaux constituent autant de contraintes apportée1,
à la forme des gram m aires ; autrem ent dit, nulle gram m aire ne peut, sous peine
d’être invalidée, négliger les réalités linguistiques constituées par ces universaux. l’ai
exemple, si la notion de double articulation est universelle, et figure comme telle
dans la théorie linguistique, nulle gram m aire particulière ne pourra s'édifier sans tenu
compte de cet universel ; toute gram m aire devra donc, au moins, rendre compte el
des unités de première articulation et des unités de seconde articulation de la langue
décrite. Si cela est impossible ou obtenu par des méthodes ad h o c alors la théorie cm
invalidée.
La théorie linguistique devra comporter :
1) une phonologie générale ; les traits phonologiques universels de R. Jakobson
constituent ainsi une « théorie phonologique » ;
2) une théorie sém antique générale, d’où l'on dérivera la sém antique propre air-
gram m aires des diverses langues ;
3) une m éthode unifiée de description syntaxique et lexicale, dont les gram num
particulières feront l'application aux diverses langues ;
4) un corps d ’hypothèses sur la liaison entre phonologie, sém antique, syntaxe rl
lexique ;
AS2
tiret
5) enfin, les critères généraux perm ettant de choisir entre les diverses descriptions
possibles des langues particulières, donc entre les gram m aires restant possibles compte
tenu des précédents impératifs.
La théorie générale doit donc fournir les procédures d'appréciation des gram m aires
particulières des langues. Pour N. Chom sky, l'erreur des linguistes structuralistes a
été de croire à la possibilité, pour la théorie linguistique, de fournir une procédure
de découverte des gram m aires. Cela ne saurait être vrai que si l'on propose à la
gram m aire des objectifs très modestes ; par exemple, si l'o n conçoit la description
gram m aticale d'une langue comme un simple travail de segm entation et de classification
à partir d'un corpus (attitude de Z. Harris). Si, en revanche, la gram m aire est conçue
comme la construction d’un modèle de compétence du locuteur, la théorie linguistique
se proposera non plus de fournir une procédure de découverte des gram m aires des
langues, m ais une procédure d’évaluation des différentes gram m aires possibles.
Autrement dit, il ne s’agit plus de fournir la gram m aire G d’une langue L, m ais de
dire, parm i les gram m aires G1; G2, G, construites pour la langue L, quelle est la plus
acceptable. À côté de la théorie générale, la m éthodologie linguistique, qu’on ne
confondra pas avec elle, fournit l’ensemble des procédures de découverte. La théorie
linguistique prendra comme critères, pour sa procédure d ’évaluation, l’économie ou
sim plicité. G, est plus économique que G, si elle rend compte des mêmes faits avec
m oins de règles ou d’élém ents. Par exemple, la récurrence des composants est une
garantie de supériorité dans une description : ainsi, le trait [mâle] est utilisé dans la
définition de très nombreux termes de la langue ; éventuellem ent, il y aura surcroît
d’économie si une dimension peut être exprimée en terme de négation d’une autre
dim ension : une description par [+ mâle] vs [ mâle] sera plus économique qu'une
description par m âle vs femelle.
4S3
tmèse
giquc : il fonctionne également en tant que tiques » comme Pierre, je l'ai vu hier. C ’est à
réalisation d'autre chose, une unité d’ infor Paris que je m e rends la sem aine prochaine.
mation dans le discours. Le discours oral prend
topique
la forme d’une séquence d’unités d’information
1. On appelle topique le sujet du discours défini
qui se suivent en succession ininterrompue,
comme « ce dont on dit quelque chose », ce
sans pause ni discontinuité.
qui est donné comme thème* par la question
Dans l’information, qui comporte idéale de l’interlocuteur ou par la situation, par
ment un élém ent Donné (thème) et un élément
opposition au commentaire*, qui est « ce qui
Nouveau (rhèm e), le groupe tonal affecté par
est dit de la personne ou de la chose ». Dans
la proéminence tonique correspond au Nou
les langues indo-européennes, le topique est
veau. Nous ne pouvons pas. d’après les données
souvent identifié au sujet* de la phrase assertive,
phonologiques, déterminer s’il y a bien un
mais il peut être différent, (v . t o p i c a l i s a t i o n . )
élément Donné avant l’élément Nouveau, ni
2. En rhétorique, les topiques sont les lieux
où se trouve la frontière entre Donné et
com m uns’ .
Nouveau. Ce sont alors les éléments contex
cuels qui permettent d ’interpréter complète topologie
ment la structure informationnelle. Syn. de On appelle parfois topologie l’étude des pro
gro u p e tonal : focus*. priétés combinatoires des objets ou êtres lin
g u istiq u es ind épendam m ent de leurs sons,
tonalité c’est-à-dire l’étude de leurs positions relatives.
Syn. de h auteur.
toponymie, toponomastique
tonème La toponym ie est l’étude de l’origine des noms
Un tonèm e est une unité accentuelle de hauteur de lieux, de leurs rapports avec la langue du
qui permet d’opposer deux unités significatives. pays, les langues d ’autres pays ou des langues
Le tonème est au ton ce que le phonème est disparues. La matière est généralem ent divisée
au son. Deux tons différents dont les condidons selon la géographie (il existe des spécialistes
d ’apparition sont déterm inées par le contexte, des noms de fleuves [hydronymie], des noms
mais qui ont la même fonction distinctive, sont de montagnes [oronymie], des spécialistes aussi
les allotones' d’un même tonème. pour telle ou telle région déterminée).
tonique La principale constatation de la toponymie
Le terme d'accent tonique, réservé chez les gram sur un plan général est le peu de rapports qui
mairiens de l’Antiquité à l’accent de hauteur ou existe entre les noms de lieux d’un pays et la
ton, seul connu en grec ancien et en latin langue du peuple qui l’habite. On explique cela
classique, a fini par désigner l’accent de force ou par la forte résistance des substrats dans ce
accent dynamique. Les termes oxyton, paroxy domaine.
ton, etc., ont connu le même glissement de sens. C ’est ainsi que, malgré le sort qui a été
La syllabe ou la voyelle sur laquelle porte l'ac réservé aux Amérindiens, la plus grande partie
cent tonique sont dites syllabe ou voyelle tonique -, des noms d ’États, aux États-Unis, sont d ’origine
ainsi, dans le mot espagnol maiiana, « matin », indienne (Oregon, M assachusetts, M innesota,
la deuxième syllabe est une syllabe tonique. Mississippi, Missouri, etc.).
On oppose en français les form es toniques des total
pronoms personnels (moi, toi, soi, etc.) aux Une interrogation est dite totale quand elle
formes atones (me, te, se, k). porte sur l’existence même du procès exprimé
topicalisation par le verbe : ainsi, en demandant Vient-il ?,
on n’essaie pas de savoir qui, comment, pour
La topicalisation est une opération linguistique
quoi quelqu’ un vient, mais si l’action elle-
consistant à faire d’un constituant de la phrase
le topique, c ’est-à-dire le thème, dont le reste même de venir a lieu, ( v p o r t I e .)
de la phrase sera le commentaire. Dans l’as trace
sertion, la topicalisation fait du syntagm e nomi En gramm aire générative, la trace est un sym
nal sujet le topique de la phrase. M ais il peut bole permettant d ’identifier le vide laissé par
y avoir topicalisation d’un autre constituant, le déplacem ent d ’un constituant lors d ’une
comme le syntagm e nom inal objet ou le syn transformation. Ainsi le sujet apparent il dans
tagme prépositionnel, constituant du syntagm e Il est arrivé un accident est une trace de tin
verbal ; ainsi dans les phrases dites « empha accident déplacé de Un accident est arrivé.
435
traduction
traduction
La traduction consiste à « faire passer » un message d'une langue de départ (langue
source) dans une langue d'arrivée (langue cible). Le terme désigne à la fois l’activité
et son produit : le message cible comme « traduction » d'un message source, ou
« original ». Au sens strict, la traduction ne concerne que les textes écrits ; quand il
s'agit de langue parlée, on parlera d'interprétariat. On distingue la traduction littéraire
et la traduction technique, ce qui correspond non seulem ent à une dichotom ie touchant
la nature des textes à traduire et le type de traduction qu'on en attend, mais aussi a
un clivage d’ordre socioprofessionnel et économique. La traduction est une activité
hum aine universelle, rendue nécessaire à toutes les époques par les m ultiples contact:;
qui se sont imposés entre com m unautés et individus de langues différentes. Aux
sources historiques de la traduction, on trouve en premier les textes sacrés, comme
la traduction grecque de l'Ancien T estam ent (dite « des Septante »), la traduction
latine de la Bible par saint Jérôme (la Vulgate), etc. M ais les textes littéraires de
l'A ntiquité ont aussi joué un grand rôle, com me en fait foi le nombre de traduction;,
de l'Iliade et de l'Odyssée ; c'est encore la traduction qu'on trouve à l’origine des
littératures, voire des langues nationales européennes : ainsi l'allem and moderne est
il pour l'essentiel celui de la traduction de la Bible par Luther ; aux sources de la
littérature française, les œuvres de la Pléiade font apparaître une continuité allant de
la traduction proprement dite à la simple adaptation qui ne fait que s’inspirer des
chefs-d'œuvre antiques.
La traduction tend à devenir l'objet d’une discipline spécifique, la traductologie, dan:,
le contexte d’une linguistique rigoureuse, et en relation avec le développement de la
traduction comme domaine d'activités professionnelles et institutionnelles sans cesse
croissant en raison de l'intensification des relations internationales. D'où l’apparition de
théories de la traduction, soulignant l’importance de l’équivalence fonctionnelle entre
énoncé-source et énoncé-cible dans une même situation, analysant le processus de
communication qui sous-tend la traduction, proposant des typologies de la traduction.
traduction automatique
La traduction automatique est la technique visant à assurer la traduction des textes pat
des m oyens inform atiques.
Les nécessités économiques et les possibilités techniques des ordinateurs ont été à
l'origine des efforts faits pour utiliser des m oyens inform atiques. La traduction
automatique (T.A.) a fait l'objet, après la Seconde Guerre m ondiale, de recherches, qui
sont parties de l'hypothèse cryptographique, assim ilant la traduction à un simple
transcodage et visant à établir des concordances biunivoques entre les termes d r;
deux langues considérées ; ces recherches se sont orientées vers la mise au point du
dictionnaire autom atique bilingue. Après une période d'enthousiasm e dans le:;
années 50 et 60, où de nombreux projets de recherche, aux États-Unis comme en
Europe, ont été lancés concurremment, le rapport ALPAC (1966) a procédé à un
bilan très critique des recherches entreprises et entraîné un abandon en Amérique ci
un brusque coup de frein en Europe touchant les crédits de recherche alloués. I a
critique portait notam m ent sur l'insuffisance de la théorie linguistique utilisée el mii
le caractère utopique des objectifs initialem ent visés. Aussi a-t-on souvent préfén
parler de traduction assistée par ordinateur (T.A.O.), avec une « postédition », pai
un correcteur-traducteur hum ain, pour rectifier les erreurs faites par la machine
486
trait
L'-essentiel tendait à être l’aide fournie au traducteur sous la forme d'un systèm e de
docum entation autom atisée.
Les recherches théoriques et pratiques ont repris en Europe dans les années 80
pour réaliser dans les diverses langues de la Com m unauté européenne l’ensemble des
textes et règlem ents en nombre croissant. D 'une façon générale, on distingue les trois
étapes de l'an alyse, du transfert et de la génération ; et on s'attache à bien séparer
les modèles de description linguistique et les logiciels de traitem ent. On peut soit
travailler sur un couple de langues, selon des modèles déjà éprouvés dans les
dictionnaires bilingues, soit viser la traduction m ultilingue et passer par une « langue-
pivot » (langage artificiel). Plusieurs systèm es fonctionnent à objectifs lim ités au moins
au niveau expérimental, com me le systèm e SISTRAN ou le systèm e TAUM METEO,
mis au point au Canada, qui permet de traduire de l'anglais en français les bulletins
m étéorologiques, rédigés dans une langue totalem ent stéréotypée. M ais d'autres
m odèles, plus am bitieux, encore théoriques, ont été construits pour traduire l'ensem ble
des langues de la Com m unauté européenne.
traductologie
La traductologie est la théorie de la traduction, (ou langue cible) ce qui a été énoncé dans une
trad u ire langue source, en conservant les équivalences
Traduire, c'est énoncer dans une autre langue sémantiques et stylistiques.
trait
1. On appelle trait sémantique l'unité sém antique m inim ale non susceptible de réalisation
indépendante. Ainsi, le trait sém antique [+ humain] est une unité sémantique
m inim ale spécifiant des mots comme garçon, vendeur, architecte, etc. Chaque mot
apparaît donc comme un ensemble de traits. Selon les écoles et les procédures, ce
term e peut avoir pour synonym es sème ou composant sémantique.
L’analyse sémique parle de sème pour caractériser le trait sém antique [avec bras]
dans la description du sém antism e de fauteuil, et l'an alyse com ponentielle parle de
composant sém antique pour caractériser le trait [causalité non naturelle] dans la
description du sém antism e de jwok (« principe divin » en soudanais).
On cherche généralem ent à donner à la définition du trait sém antique autant de
rigueur et de capacité que possible, pour rendre compte des m écanismes sém antiques
d'une m anière élégante et économique. Dans cette optique, on signalera la tentative
faite pour étudier des traits sém antiques relationnels (v. c o m p o n f . n t i f x l e [ a n a i . y s f . ] ) : par
exemple, pour donner, on m ettra en évidence dans A donne B à C un trait sém antique
relationnel [A possède B].
Le traitem ent de la valeur sém antique d'une unité en traits sém antiques ou sèmes
pose en particulier le problème des allosèmes* : certains linguistes acceptent de
concevoir pour un sème la possibilité de réalisations différentes selon l’entourage
sém antique ; ainsi pourrait-on rendre compte de la variation du sème [extrémité
supérieur d'un ± animé] dans les expressions la tête de l'homme vs la tête de la fusée.
Un autre traitem ent consiste à distinguer traits sém antiques inhérents et traits
sém antiques de transfert : les traits sém antiques différents d’homme et de fusée font
jouer des potentialités com binatoires différentes du m ot tête, aboutissant à deux traits
de transfert distincts [+ animé] ou [ — animé].
2 . Chaque morphème du lexique est ainsi défini par un ensemble de traits distinctifs
dont chacun représente une propriété syntaxique ou sém antique (on dit souvent traits
trait
lexicaux), ou phonologique (traits phonologiques). Ainsi, les noms peuvent être animés
(Jean, chien) ou non-animés (table, pierre, ville) ; les premiers ont le trait anim é et les
seconds ne l'o n t pas ; chaque morphème est ainsi affecté d'un trait positif ou négatif,
placé entre crochets, et définissant sa valeur en ce qui concerne la distinction en
question. Dans le cas présent, le m orphème chien a le trait [ + animé] et le morphème
table a le trait [ - anim é]. Les morphèmes sont donc définis par une suite de traits
non ordonnés les uns par rapport aux autres ; par exemple, table sera défini
[+ commun, - anim é, + com ptable....], ce qui signifie que table est un nom commun,
non-animé, comptable (les trois points indiquent que la définition n'est pas achevée).
On distingue deux types de traits : les traits inhérents, qui définissent les propriétés
spécifiques de chaque m orphème, indépendam m ent des relations qu’il peut contracter
avec d'autres m orphèmes dans la phrase ; les traits contextuels, qui indiquent avec
quels types de termes le m orphèm e défini est combinable dans le cadre de la phrase.
Ainsi, le verbe penser im plique un nom sujet [+ hum ain], com me homme, je, Pierre,
etc. (ou, par m étaphore, un anim al) ; on dira qu'il a le trait contextuel [+ sujet
hum ain]. On représente souvent un trait contextuel par l'indication du trait inhérent
du m orphèm e im pliqué avant ou après un tiret horizontal représentant le morphème
défini. Ainsi, penser sera défini dans ce cas par [+ [+ animé] Aux - ] ; le tiret est
précédé de Aux (auxiliaire), ce qui indique qu’il s’agit d ’un verbe et le [+ animé]
indique que son sujet, placé avant, doit être un nom affecté de ce trait. Le cas le plus
simple de trait contextuel est celui qui définit la catégorie lexicale à laquelle appartient
le morphèm e. Ainsi, penser appartient à la catégorie du verbe ; il est affecté du trait
[+ verbe] ; ces traits sont appelés traits catégoriels.
Parmi les traits contextuels, on distingue deux types :
a) les traits de sous-catégorisation stricte, qui indiquent que le m orphème en question
doit être suivi ou précédé de telle ou telle catégorie syntaxique : ils définissent le
contexte du morphème en termes de catégorie. Ainsi, le verbe penser exige un
syntagm e prépositionnel (penser à quelqu'un) comme complément, il est affecté du
trait syntaxique [ - SP], le tiret long indiquant la place du verbe ;
b) les traits sélectifs, qui définissent le contexte du morphème en termes de traits
syntaxiques et sém antiques ; par exem ple penser est, comme nous venons de le voir,
[+ [+ animé] A ux—].
3. E. H. Bendix a pu ainsi proposer l'établissem ent d’un dictionnaire fondé sur la
notion de traits sém antiques : chaque Iexème est analysé en fonction de sa configuration
en traits sémantiques. Ces traits sém antiques sont de nature relationnelle.
Jean a un chien est analysé en :
il y a un B tel que ( = quantificateur)
A possède B 'j
A est Jean l ( = fonctions)
B est un chien (
Le dictionnaire donne les fonctions qui définissent la relation A a B. Par exem p lt,
dans Jean a un rhume, la fonction [A possède B] n ’est pas présente, alors q u ’elle est
présente dans A perd B (A possède B au temps T “ :).
— Chien est une fonction à une place, à noter dans le dictionnaire A est un chien.
— Avoir est ici une fonction à deux places, à noter dans le dictionnaire A possède Ii
— Donner est une fonction à trois places, à noter dans le dictionnaire A donne B à (
m
transcription
Le systèm e possède trois avantages principaux : les termes sont repérés par leur
fonction, et cette organisation systém atique du dictionnaire évite d’oublier d’indiquer
les fonctionnem ents particuliers ; les hom onym es sont distingués par la différence de
leur fonction ( femme 1, fonction à une place : Jeanne est une femme ; femme Z, fonction
à deux places : Jeanne est la femme de Jean ) ; les unités se présentent dans leur fonction
sém antique de base prête à subir les transform ations propres à ses traits sém antiques
de base et elles seules :
devenir femme 1 - * se féminiser ;
devenir femme Z —» épouser.
Rappelons que dans cette perspective les composants sémantiques des mots-fonctions
sont eux-mêmes des fonctions apparaissant sous forme de phrase sémantique. Par
exemple, la fonction [A possède B] aura elle-même pour com posant essentiel [il y a
une relation entre A et B], à décomposer en quantificateur et fonctions.
4. En phonologie, les traits distinctifs, appelés aussi traits pertinents, constituent les
composantes phoniques m inim ales à valeur distinctive, ou unités distinctives simul
tanées dans lesquelles peut être analysé un phonème. Le phonème peut être défini
comme un faisceau de traits distinctifs. Ce n ’est donc pas le phonème m ais le trait
qui constitue l’unité de base de la phonologie. Les traits définis une fois pour toutes
sont valables pour la description des unités phoniques de n'im porte quelle langue car
leur inventaire déterm ine l'ensem ble des possibilités articulatoires, acoustiques,
neurologiques et auditives que l'être hum ain peut utiliser à des fins linguistiques. On
adm et avec R. Jakobson que les traits pertinents sont tous binaires, c’est-à-dire qu'ils
ne peuvent prendre que deux valeurs distinctes représentées par les traits + et - .
L'auditeur extrait du signal les unités discrètes que sont les phonèmes qu'il perçoit
en termes de traits distinctifs. L'identification perceptive de chaque trait est opérée
par la prise en considération de plusieurs indices articulatoires et acoustiques, présents
dans le signal de parole et organisés hiérarchiquem ent sur le plan de la perception.
4 89
transfert
cription tend à conserver sous forme graphique translation ; dans le qu'en-dira-t-on, qu'en dira
ce qui a été dit, sans rien ajouter, sans rien t-on t a subi un transfert : de phrase interro
supprimer. Au contraire, l'écriture existe en gative, il devient nom. Par extension, transfert
tant que système relativement autonome, s'em ploie comme synonym e de translation*.
transfert 2. La fonction de transfert est l’effet de filtrage
1. L. Tesnière emploie le mot transfert pour qui se manifeste par la modification des par
désigner le passage d une unité d’une classe tic u la rité s aco u stiq u es de d iverses sources
dans une classe différente au cours d’une sonores participant à l’émission de la parole.
transformation
1. En gram m aire générative, les transformations convertissent les structures profondes
générées par la base en structures de surface, soumises ensuite à la composante
phonologique et phonétique. Une transform ation s’applique donc à une (ou plusieurs)
suite terminale* générée par la base, c’est-à-dire à un (ou plusieurs) m arqueur'
syntagm atique (v. a rb re ), en le (ou les) convertissant en un marqueur syntagm atique
dérivé.
Les transformations, ou composante transform ationnelle de la syntaxe d'une langue,
n'affectent pas le sens des phrases de base, qui seules reçoivent une interprétation
sém antique : les transform ations sont des opérations purem ent formelles intéressant
les suites générées par la base. Ces opérations, ou procédure transformationnelle,
sont celles de déplacem ent ou de perm utation (réarrangem ent des constituants), de
substitution (un constituant se voit rem placer par un autre, cela revenant à l ’effacer
et à m ettre à sa place un autre constituant) et d’addition.
Les transform ations comportent deux aspects principaux, le premier est celui de
1 analyse* structurelle et le second celui du changement* structurel. L’analyse
structurelle consiste à voir si la suite générée par la base a une structure qui rende
possible l'application d'une transform ation définie, le changem ent structurel consiste
en diverses m odifications et réarrangem ents de la structure en constituants ainsi
analysés.
Par exem ple, si nous avons la suite term inale générée par la base Neg + le père
+ Prés + lire + le journal, où Neg est négation, écrit ensuite Ne + pas, et où Prés
est présent, la transform ation négative analyse cette phrase comme étant Neg + SN,
+ T,,, + V + SN2 (Tps étant Temps, ici le présent) ; cette structure perm et l'application
de la transform ation négative, (v. a n a i.y s a b iu tf.)
La suite Ne + pas + le père + Prés + lire + le journal est modifiée par une
série d'opérations de déplacem ent : Ne est déplacé devant Prés + V, pas est déplace
derrière Prés + V. On a ainsi la suite : le père -i- ne + Prés + lire + pas + le
journal.
Une autre transform ation, dite transformation affixale, va déplacer l’affixe Prés derrière
V (verbe) : le père + ne + lire + Prés + pas + le journal.
Cette suite, obtenue après l’application de toutes les transform ations (y compn.'.
celle d'accord), est appelée suite terminale dérivée. Elle constitue la structure de surface
de la phrase réalisée (à laquelle a été appliquée la composante phonologique) : Le
père ne lit pas le journal.
Les transform ations portent le plus souvent le nom du résultat de l'opération.
Ainsi, la transform ation relative (ou relativisation*) est le nom donné à la tran sfo rm ai mi
qui relativise une phrase à un syntagm e nominal d ’une autre phrase (Le père qui i".v
rentré lit son journal). Parfois elles portent le nom du constituant sur lequel porte
l'opération : ainsi, la transform ation affixale décrit l'opération de déplacem ent qui
490
transformation
n-tuples de membres de ces classes, on dit que les constructions sont des transformées
l'u n e de l'autre et que chacune peut être dérivée de l’autre par une transformation
particulière. Si l'on a les constructions La voiture a renversé le passant et Le passant a
été renversé par la voiture, les constructions SN, + Vt -f SN- (syntagm e nom inal suivi
de verbe transitif et de syntagm e nominal) et SN2 + être + V + par SN,
contiennent les mêmes triplets SN, V. SN, et tout choix des m embres que nous
trouvons dans une phrase, nous le trouvons dans l'autre. Les m odifications apportées
au m odèle standard ont eu pour effet de réduire le pouvoir des transformations, car
de nombreux phénomènes présentaient trop d'irrégularités pour être pris en charge
par des règles transform ationnelles ; les nom inalisations ont été enregistrées telles
quelles dans le lexique (d'où le nom d'hypothèse lexicaliste par opposition à l'hypothèse
transform ationniste). De plus, la contrainte de préservation du sens conduisait dans
de nombreux cas à un accroissem ent de la complexité de l'appareil transformationnel
aussi la théorie standard étendue propose-t-elle de faire l'économ ie de cette contrainte,
m ais en accroissant le rôle de la composante interprétative qui doit alors s'appliquer
à la fois à la structure profonde et à la structure de surface. A l'opposé, la sémantique
générative est demeurée attachée aussi bien à l'hypothèse transform ationniste qu'au
principe de préservation du sens. Enfin, les m odifications apportées ensuite à la
théorie consistent à m ultiplier les conditions formelles relatives à l'application et au
fonctionnem ent des transformations, de m anière à atteindre un niveau suffisant de
généralisation sans lequel il deviendrait difficile de concevoir qu'une gram m aire puisse
rendre compte des aptitudes linguistiques des locuteurs.
492
translation
nom inaux compléments des verbes transitifs occlusives, en particulier, qui n'ont pas de
peuvent être effacés : Pierre m ange quelque chose formant propre, ne peuvent être identifiées
—> Pierre m ange ; sans cesser d'être transitifs, que par les transitions des voyelles contiguës ;
ces verbes sont alors em ployés intransitivement. [t] et [d] entraînent une transition positive du
Dans cette analyse, seuls sont transitifs les deuxièm e formant, c'est-à-dire que la fréquence
verbes qui sont suivis d ’un syntagm e nominal de ce formant descend d ’une valeur plus haute
direct, présent ou effacé ; sont intransitifs les si la consonne précède la voyelle et monte vers
autres verbes, que ceux-ci ne comportent pas une valeur plus haute si la consonne suit la
de syntagm e nom inal dans la structure du voyelle, tandis que, dans le cas des consonnes
syntagm e verbal (Pierre est mort), ou qu'ils [p] et [b], la transition du deuxième formant
comportent un syntagm e prépositionnel, c’est- est négative : le formant monte d'une valeur
à-dire un syntagm e nom inal précédé d ’une plus basse et descend vers une valeur plus
préposition (Pierre parle à Paul, Pierre obéit à basse. Le point vers lequel s’oriente le formant
Paul). Les gramm aires traditionnelles ont dis est le locus* de la consonne.
tingué ces deux groupes de verbes intransitifs D ’autre part, les phases de transition suf
en réservant le nom d'intransitif au premier fisent à provoquer l’impression subjective de
groupe (mourir, vivre, naître, venir, etc.) et en la consonne en question : parmi toutes les
donnant la dénomination de « transitif indi évolutions possibles d ’une articulation à partir
rect » au groupe de verbes qui ont nécessaire d’un point donné, celle qui est voulue par le
ment un syntagm e prépositionnel dans la locuteur se dégage progressivement par rapport
structure du syntagm e verbal, comme obéir, aux au tre s im ages a co u stiq u es p o ssib les ;
parler, etc. Chez d ’autres gramm airiens, ce lorsque le mouvement est assez avancé pour
dernier groupe de verbes forme une classe qu'il n 'y ait plus de doute pour l’auditeur, le
d ’in transitif s attributifs ; on les rapproche des phonème est reconnu même si le point d ’ar
verbes comportant un double complément : ticulation n'est pas atteint,
SN + SP (syntagm e nominal suivi d'un syn transitivité
tagm e p rép o sitio n n el), com m e p a rd o n n er 1. Quand un ensemble* est égal à un second
quelque chose à quelqu'un, arracher quelque chose et à un troisième, le second et le troisième
à quelqu'un, pu iser d e l'eau d'un puits, etc. Cette sont égaux entre eux par transitivité.
triple caractérisation fonde la polysémie de 2. On appelle transitivité la propriété d'un verbe
certains verbes comme p en ser : Il p en se (intran transitif, c’est-à-dire d ’un verbe suivi en français
sitif). Il p en se le m onde (transitif direct). Il pense d ’un syntagm e nom inal complément d’objet
à elle (transitif indirect). non précédé d'une préposition.
transition translatif
On appelle transition phonétique le passage, dans 1. On appelle tran slatif un cas exprimant le
la chaîne parlée, du point d’articulation carac changement, le passage d'un lieu à un autre
térisant un phonème au point d'articulation (ex. : Il va de Paris à M a rseille par Lyon), ou
qui caractérise le phonème suivant. Dans cet indiquant l’état, la qualité résultant d'un pro
intervalle s’effectue le changement graduel de cessus (ex. : Il est devenu un ingénieur), par
la forme des résonateurs vocaux, pour passer opposition à l’essif" (ex. : Il est ingénieur). Le
d’une voyelle à une consonne et vice versa ; syn. est alors f a c h f .
ce changement se traduit dans le spectre acous 2. L. Tesnière appelle fonction translative la fonc
tique par un glissem ent vers le haut ou vers le tion d ’un mot vide « marquant* », quand celui-
bas, en divers angles aigus, des formants, en ci révèle (et permet) le passage d’une unité
particulier du formant 2 ou formant buccal. d ’une catégorie dans une autre. Le a une
Les transitions sont très importantes pour fonction translative dans le bleu du ciel et une
l'identification des phonèmes. Les consonnes fonction indicative dans le livre.
translation, transposition
Ch. Bally appelle translation ou transposition le rapport qui existe entre deux mots ou
suites de mots de nature différente, m ais ayan t la même fonction. Ce rapport est
proche par certains côtés de la transformation, m ais recouvre plus de faits et ne
s’intégre pas dans le cadre théorique. Pour L. Tesnière, la translation consiste à faire
translittération
passer un mot plein d'une classe gram m aticale dans une autre classe gram m aticale,
c'est-à-dire à « transformer une espèce de m ot en une autre espèce de m ot ». Ainsi,
bleu, dans le bleu du ciel, a été transféré de la classe des adjectifs dans la classe des
substantifs. La notion de translation doit perm ettre de ne pas s'inquiéter des phrases
am biguës comme les suites contenant de : le train de Paris, le chien de Pierre (alors que
la transform ation doit rendre compte de l'am biguïté) : on posera sim plem ent que de
Paris et de Pierre se comportent syntaxiquem ent comme des adjectifs puisqu'ils suivent
un nom comme ces derniers : on adm ettra que, grâce à de, Pierre et Paris sont devenus
des (ont été transférés en) adjectifs. Les translations sont adjectivales, verbales,
substantivales ou adverbiales quand le m ot concerné devient (assum e la fonction de)
adjectif, verbe, substantif, adverbe. Elles sont désubstantivales, déadjectivales, déad
verbiales, déverbales quand le m ot transféré, les unités concernées, cessent d'avoir la
fonction de substantif, d'adjectif, d'adverbe ou de verbe.
Les translations sont au premier degré quand les unités concernées sont de même
niveau (ainsi de Paris et parisien). Elles sont au deuxièm e degré quand c'est une
proposition qui, subordonnée, est transférée en substantif, adjectif, adverbe grâce à
un m arquant. La translation adjectivale peut être désubstantivale ( habit vert dans
l'homme à l'habit vert), déadverbiale (dans les gens bien), déverbale (dans l'enfant jouant
avec la balle) ; la translation adjectivale déverbale au premier degré revêt généralem ent
la forme du participe (participe présent, participe passé). Au deuxième degré, on a
une relative dans l'enfant qui travaille, qui travaille étant l'équivalent de travailleur.
La translation substantivale peut être déadjectivale (le rouge), déadverbiale (le pourquoi
des choses), déverbale (le rire, et réussir dans j'espère réussir), soit au premier degré dans
je veux leur échec, soit au deuxièm e degré dans je veux qu'ils échouent. La translation
adverbiale peut être désubstantivale (avec tendresse), déadjectivale (y aller fort), déverbale
(avant de parler, en pleurant). Pour une translation adverbiale déverbale au deuxième
degré, on a notam m ent les propositions dites « circonstancielles », puisque tout
circonstant est (ou assum e la fonction d') un adverbe.
Il y a aussi des translations de prépositions en noms (le pour), d'adjectifs en
préposition (sauf), de participes en prépositions (excepté), de propositions en noms (le
qu'en-dira-t-on).
La théorie de la translation est fondée sur l'hypothèse que le verbe occupe le
som m et de la hiérarchie des classes de mots. On s'explique ainsi que les propositions
subordonnées soient des translations déverbales.
On peut dire aussi que la notion de translation a l’inconvénient de faire intervenir
des critères différents qui peuvent être contradictoires : critère de synonym ie quand
on pose travailleur = qui travaille ; critère fonctionnel traditionnel quand on utilise
pour caractériser la translation substantivale les notions de sujet, d ’objet, d'attribut ;
critère distributionnel aussi (le nom étant caractérisé, par exemple, grâce aux
prédéterm inants). Enfin, souvent la théorie de la translation mêle l'explication
diachronique (cf. ci-dessus pour sauf) à la description proprement dite.
494
triglossie
m
trigramme
être à la rois par exemple pédagogique et terface, dans le cadre de « forums » (colloques,
polémique. revues spécifiques) con fro ntant les acteurs
L'intérêt porté de nos jours, par la linguis d’une sphère d'activité tous domaines confondus,
tique appliquée, aux problèmes des textes textes proposant un savoir-faire à propos d ’un
scientifiques et techniques à des fins de rédac objet ou d'un processus scientifique ou tech
tion et de traduction amène à développer les nique (manuels de documentation, informa
travaux en ce sens. Aux classements prenant tique par exemple, modes d ’emploi, etc.).
en compte l'énonciation (par exemple l’oppo L’éditologie* se penche sur ces problèmes, qui
sitio n récit/ d isco u rs ch ez É. B enveniste) ont de fortes implications terminologiques :
s’ajoute la recherche de traits typifiants dépen terminologie des discours spécialisés, compro
dant de la finalité des textes : textes de transfert mis terminologiques dans une sphère d’activité,
de connaissance entre pairs (discours spécia adaptation et métalangage à l’usage du grand
lisés). textes de diffusion de connaissances public.
« désintéressées » (vulgarisation), textes d ’in
typologie
L’examen typologique des langues, ou ty p o lo g ie , a pour fin leur description en fonction
de certains caractères choisis préalablem ent et leur classement selon les affinités* qui
se découvrent ainsi ; il peut permettre, m ais ne recherche pas nécessairement,
l'établissem ent de généalogies’ (v. f a m i l l e d e l a n g u e s ) . T o u s les traits linguistiques
peuvent entrer dans une étude de la sorte : pour les phonèmes, le nombre, la quantité
et la distribution dans le systèm e phonologique ou dans le discours ; pour les traits
prosodiques, la place et le rôle des tons et des accents toniques, le contour de la
m élodie de phrase ; pour la syllabe, la structure et le rôle par rapport au morphème ;
pour les morphèmes, la longueur et les rapports divers entre eux, L’organisation du
systèm e des genres et des nombres, l’existence de « personnes » ou d’élém ents
m odaux divers ; pour la syntaxe, l ’existence d’accords et de cas, etc. Les classements
typologiques peuvent se fonder uniquem ent sur un de ces traits (nombre de voyelles,
par exem ple), ou sur un grand nombre d'entre eux, ou par rapport à une norme
fondée sur la fréquence ou la m oyenne. Les linguistes ont proposé diverses listes de
critères perm ettant de caractériser les langues : (1) rapports entre la syllabe et le
morphème ; (2) rapports entre la forme et la fonction ; (3) expression de certaines
caractérisations gram m aticales ou sémantiques.
On définit ainsi trois types : isolant, agglutinant, flexionnel, le type isolant se
subdivisant en type isolant proprement dit et en type polysynthétique, et le type
flexionnel, dit aussi « fusionnant », se subdivisant en type flexionnel externe et type
flexionnel interne. Une langue isolante ou analytique (comme le vietnam ien ou le
français dans sa forme orale) a des mots invariables. Quand les mots résultent de la
combinaison d’unités lexicales plus petites, on dit que la langue isolante est
polysynthétique. Ainsi, le chinois m andarin est polysynthétique parce que, avec yu
signifiant « voyager » et tsou « aller », on forme « se promener » en com binant yu et
tsou. Une langue agglutinante ajoute à une forme du mot une série de morphèmes
qui le caractérisent, m ais chacun de ces m orphèmes est analysable séparément. Ainsi,
en turc, « m aison » au nom inatif se dit ev ; le morphème de pluriel est -1er, le
morphème de possessif est -i, et « ma m aison » se dira evi, « les maisons » se dira
evier, « mes m aisons », evleri. Dans les langues flexionnelles, les morphèmes sont
am algam és : ainsi, le latin do mini a une désinence -i qui est à la fois m arque de pluriel
et m arque de nominatif-vocatif, ou bien à la fois m arque de singulier et de génitif
(v. am algam e). Le type flexionnel peut être externe (par suffixe cf. domini plus haut
A97
typologie
499
universaux du langage
universaux du langage
On appelle universaux du langage les sim ilarités existant dans toutes les langues du
m onde. Certains universaux relèvent de la psycholinguistique, pour autant qu'ils
dépendent du rapport entre langue et pensée hum aine ; d’autres relèvent de
l’ethnolinguistique, pour autant qu’ils dépendent du rapport entre langue et culture.
La recherche des universaux du langage a pris une particulière acuité dans les
années 60, sous la pression de deux types de recherches : les recherches concernant-
la traduction autom atique et la théorie des gram m aires génératives. En effet, la
m étalangue nécessaire aux m achines à traduire et la théorie gram m aticale nécessaire
aux gram m aires génératives des langues ont en commun de constituer un pont entre
des langues distinctes. Il im porte dans les deux cas de savoir dans quel domaine,
dans quel ordre de faits, on peut s’attendre à trouver des universaux.
Comme exem ple d’universaux linguistiques, on peut citer l’hypothèse fonctionna-
liste de la double articulation du langage hum ain : toutes les langues connues partagent
ce caractère de comporter une articulation non significative de la chaîne parlée (niveau
des phonèmes) et un agencem ent de ces phonèmes en unités de rang supérieur, les
morphèmes, prem ier niveau d’unités significatives. Dans le m êm e dom aine de la
phonologie, d’autres universaux sont plus frappants : chaque langue com portant un
inventaire lim ité de phonèmes (entre 20 et 50), les traits binaires nécessaires à réaliser
la trentaine de formes exploitées par une langue pour ses oppositions phonologiques
devraient être peu nombreux : on constate qu’ils sont, dans toute langue, à peu près
deux fois plus nombreux que nécessaire (par exemple, telle langue exploitant l’aspiration
après les occlusives sourdes ne ['exploitera pas après les sonores - cas du grec par
opposition au sanskrit ; telle langue nasalisant une voyelle ne nasalisera pas les autres,
etc.). On peut parler d’un universel du langage (sous réserve de vérification totale)
consistant en ce que les langues tendent à n'exploiter les oppositions de leurs traits
phonologiques qu'avec un rendem ent m oyen de 50 p. 100.
Une première typologie des universaux oppose parfois : (1) les universaux de
substance, qui sont les traits com muns aux diverses langues du m onde pour l'organisation
de la substance de la langue ; par exemple, des catégories syntaxiques telles que
verbe, nom existent dans la structure de toute langue ; (2) les universaux de forme, qui
sont les combinaisons par lesquelles la substance linguistique est m anifestée : ainsi,
les objets utilitaires sont dénommés, dans toute langue naturelle, non en considération
de leurs qualités physiques, m ais par référence à l'activité hum aine qu'ils permettent,
On distingue ensuite quatre types d ’universaux ; un premier ensemble, celui de:,
universaux phonologiques, gram m aticaux et sém antiques, concerne un aspect seule
500
universelle
universelle (grammaire)
1. On fait généralem ent remonter aux cartésiens le projet de grammaire universelle :
les termes de grammaire générale, grammaire philosophique et grammaire universelle sont
synonym es en cet emploi. La gram m aire universelle formule « des observations qui
conviennent à toutes les langues » (D umarsais). La gram m aire universelle s'assigne
donc pour objet d ’étude des m écanismes nécessaires et communs à toutes les langues,
les universaux du langage. Toutefois, le projet des cartésiens reste lim ité par leur
conception du rapport entre pensée et langue. L’innéism e cartésien am ène à la
croyance en un « ordre naturel des pensées » ; dès lors, les règles universelles du
discours appartiennent non plus à la linguistique, mais à la logique. Le préjugé culturel
en faveur du français vient conforter cette tendance : l’ordre naturel des pensées,
c'est de façon générale celui de la phrase française. Dès lors, la gram m aire universelle
étant concrétisée dans la langue française, la gram m aire des autres langues pourra
s'édifier par considération des écarts constatés au regard de ce modèle.
Au XXe siècle, les gram m aires descriptives ne se posent pas le problème de
l’universalité. C 'est avec la gram m aire générative que la question est à nouveau
formulée. Les gram m aires génératives des langues naturelles doivent découler d’une
théorie linguistique. La diéorie linguistique s'assigne pour objet d'élaborer un traitem ent
des universaux* du langage. Or. ces universaux sont de deux natures, et seule la
première catégorie a été jusqu’ici suffisam m ent étudiée. Toute langue contient des
universaux de substance : par exemple, la gram m aire universelle affirme que des
catégories syntaxiques telles que verbe, nom, etc., fournissent la structure sous-jacente
générale de toute langue. M ais toute langue contient aussi des universaux formels :
par exemple, les objets m anufacturés sont définis par référence à l’activité hum aine,
et non par rapport à des qualités physiques. L’existence de cette seconde catégorie
d'universaux dem ande à être prise en compte par la diéorie linguistique générale,
« gram m aire universelle » couronnant les gram m aires génératives des langues : ce qui
est im pliqué par de telles constatations, c'est que toutes les langues sont bâties sur
le même modèle. Certes, la correspondance ainsi établie ne postule pas l'isom orphism e
des langues, qui ne coïncident jam ais point par point.
2. Il existe une acception plus lim itée de grammaire universelle, distinguée alors de
gram m aire générale. La gram m aire universelle est constituée de L’ensemble des règles
linguistiques constatées dans les langues du monde (on parlera alors d’universaux ou
de quasi-universaux de langue). On réserve le nom de grammaire générale à la démarche
inverse qui consiste à définir un ensemble de règles considérées comme des universaux
du langage dont sont déduites les règles particulières à chaque langue.
univoque
univoque uvulaire
On qualifie à ’univoque un signe linguistique qui Une consonne uvulaire est une consonne réalisée
garde le même sens dans tous ses emplois. Le par le contact ou le rapprochement de l’extré
terme scientifique ou technique peut être uni mité du voile du palais ou luette (en latin
voque dans un domaine spécialisé. uvula) contre la partie postérieure du dos de la
usage langue. Les uvulaires sont en général des
1. On appelle u sa ge l’ensemble des règles de dorsales. Elles peuvent être fricatives, comme
grammaire relativement stabilisées et utilisées le phonème français dit « ’_r] parisien », que
par le plus grand nombre de locuteurs à un l'on trouve à la finale de m er ou de barre : la
moment donné et dans un milieu social déter partie postérieure du dos de la langue form<
miné. Le bon usage est l'ensem ble des prescrip un rétrécissement du passage de l’air contre la
tions normatives constituant un modèle socio lu ette. Les u v u laire s p eu ven t au ssi être
culturel. vibrantes, comme le phonème dit « ’r] gras
2 . Un dictionnaire d 'u sa ge est un dictionnaire de seyé », que l’on trouve souvent à la place du
langue monolingue dont ia nomenclature cor [r] vibrant apical. Les phonèmes uvulaires son-,
respond au lexique commun à l’ensemble des caractérisés par une très forte turbulence de
groupes sociaux constituant la communauté l’air, due à l’intervention sur le passage de l’ai
linguistique. de la barrière supplémentaire de la luette, qui
3. Chez L. Hjelmslev, l’u sage s’oppose à la en fait des phonèmes stridents, par opposition
norm e'’ et est constitué par l’ensemble des aux phonèmes vélaires correspondants, qui
caractères non distinctifs. sont des phonèmes mats.
V
I. v a g u e (n. f.) peut co n sid érer SN (synLagm e n o m in al)
La théorie de la vague (ou mieux théorie d es ondes) comme une variable capable de prendre diffé
explique les variations des langues par la rentes valeurs : je, Pierre, l'enfant, etc.
propagation des innovations linguistiques à
partir de certains centres.
variante
1. Si deux unités linguistiques (phonème ou
II. vague (adj.) morphème) figurent dans le même environ
On qualifie de vague un trait que l’on attribue nem ent phonémique ou morphémique, et si
à certains mots dont le sens varie selon les elles peuvent être substituées l’une à l'autre
situations dans lesquelles il est employé, sans sans qu’il y ait une différence dans le sens
que l’on puisse définir de manière discrète, les dénotatif du mot ou de la phrase, alors les
unes par rapport aux autres, ces diverses varia deux phonèmes ou les deux morphèmes sont
tions ; ainsi, on pourra dire que certains verbes des variantes libres d ’un phonème ou d ’un
français comme construire ont le sens actif ou morphème unique : on dit aussi variante stylis
factitif selon les phrases, et que ce sens varie tique.
dans une aire continue selon la nature du sujet Si deux unités linguistiques, phonèmes ou
de la phrase.
morphèmes, ne se présentent jam ais dans le
valence même environnement, phonémique et mor
On appelle valence d'un verbe le nombre d ’ar phémique, et si elles présentent entre elles une
guments servant à la classification verbale ; un parenté (articulatoire ou acoustique pour les
verbe comme donner à trois arguments est à phonèmes ; sémantique pour les morphèmes),
valence 3. ces unités sont des variantes com binatoires du
valeur même phonème ou du même morphème.
On appelle valeur linguistique le sens d’une unité Ail, i- et v- sont les variantes combinatoires
définie par les positions relatives de cette unité d ’un même morphème signifiant « aller », car
à l ’intérieur du système linguistique. La valeur elles figurent chacune dans des environnements
s’oppose à la signification définie par référence exclusifs : i avec le futur -ra (ira), v avec le
au monde m atériel (à la substance). Ainsi, les présent-d, -ais, etc. (va, vais), a il-a v e c l’imparfait,
pièces de monnaie, les billets de banque et les les première et deuxième personnes du pluriel
chèques sont des m anifestations différentes du présent (allons). On dit aussi variante contex
d’une seule et même valeur ; de même, les tuelle.
unités linguistiques demeurent les mêmes quels 2 . Chez L. Hjelmslev, la variante est une forme
que soient les sons qui les représentent : elles d ’expression différente d’une autre pour la
gardent la même valeur, qu’elles soient réalisées forme, mais n'entraînant pas de changement
phoniquement ou graphiquement. F. de Saus de contenu par rapport à cette autre. Les
sure a utilisé l’image du jeu d ’échecs pour variantes peuvent être liées, c’est-à-dire condi
faire comprendre la notion de valeur linguis tionnées par l’entourage, ou libres’'.
tique ; une pièce du jeu, la reine par exemple, 3. En philologie, on appelle variante le texte
est définie essentiellem ent par sa position dans d ’un auteur qui, dans un passage déterminé,
les règles du jeu : cette « v aleu r » peut diffère de la leçon com munément admise, soit
être assum ée par des form es m atérielles que la tradition manuscrite offre plusieurs
diverses. leçons, soit que l ’auteur lui-même ait rectifié
variable le texte d ’une première édition. La collation
On appelle variable une quantité susceptible de des variantes d'un texte constitue son apparat
prendre différentes valeurs. Par exemple, on critique.
variation
verbe
1. En gram m aire traditionnelle, le verbe est un m ot qui exprime le procès, c’ est-à-dire
l’action que le sujet* fait (com m e dans L'enfant écrit) ou subit (comme dans Cet homme
sera battu), ou bien l’existence du sujet (comme dans Les méchants existent), ou son
état ou son passage d'un état à l'autre (comme dans Les feuilles jaunissent), ou encore
la relation entre l’attribut et le sujet (comme dans L'homme est mortel). Sur ce plan
sém antique, on différencie en français les verbes d'état (rester, être, devenir), les verbes
d'action (marcher), les verbes perfectifs ou résultatifs qui évoquent un procès à son terme
(blesser, heurter), les verbes imperfectifs qui évoquent un procès n ’im pliquant pas un
terme (danser), les verbes factitifs (faire), les verbes performatifs, où le verbe lui-même
im plique une assertion du sujet en forme d’acte (jurer, promettre). On subdivise les
verbes en transitifs, qui appellent en principe un com plém ent d’objet désignant ce
qui est visé par l’action, et en intransitifs, qui, en principe, excluent l’existence d’un
com plém ent d’objet. Les transitifs ont été divisés eux-mêmes en transitifs directs
(désirer, voir), quand le com plém ent d’objet n’est pas précédé d'une préposition, et
transitifs indirects, quand le com plément d’objet est introduit par une préposition
(nuire à).
La conjugaison est fondée sur la variation des élém ents du verbe que sont le radical
et la term inaison (ou désinence) : ainsi on oppose les verbes réguliers de la première
(■er) et de la deuxièm e conjugaison (-ir) à la troisièm e conjugaison irrégulière (-ir, -oir,
■re). Le classem ent peut aussi se faire sur les variations du radical du verbe : verbes à
une base (chanter, courir), à deux bases (acheter), à trois bases (devoir, connaître), à quatre
bases (savoir, venir), à cinq bases (faire), à six bases (aller, avoir), à sept bases (être).
Le verbe, en français, se conjugue, c’est-à-dire varie form ellem ent d’une m anière
qui lui est propre (1) en personne selon que le sujet est celui qui parle, à qui on
parle ou dont on parle alors qu’il est absent, (2) en nombre, selon qu’il y a un ou
plusieurs sujets. (3) en voix selon le rôle qui est attribué au sujet dans l'énonciation
de l’action, (4) en mode ou m anière de concevoir et d’énoncer le procès, (5) en temps
selon les rapports établis entre le déroulem ent du procès et le m om ent où on l’énonce.
Le sens et la construction des verbes ont conduit à opposer à des verbes de sens
plein des auxiliaires de temps (être et avoir dans certains de leurs emplois) ou de voix
(être) et des semi-auxiliaires comme aller, devoir, être sur le point de, être en train de, venir
de, pouvoir, etc., suivis d ’un infinitif, qui expriment diverses nuances de temps ou
d’aspect. Enfin, à la plupart des verbes qui offrent une conjugaison complète, on
oppose une liste de verbes défectifs qui ne peuvent pas se conjuguer à certains temps
et à certaines personnes, com me absoudre, advenir, ardre, braire, chaloir, choir et ses
composés, éclore, férir, gésir, moudre, occire, oindre, ouïr, paître, poindre, promouvoir, saillir,
sourdre, etc.
505
verbigération
L'item lexical qui sera substitué au symbole V est une forme abstraite correspondant
au radical du verbe de la grammaire traditionnelle (chant-).
Dans une formulation lexico-sémantique des énoncés, le verbe (ou prédicat) est la
fonction essentielle qui gouverne les arguments, leur nombre, leur agencement. Le
verbe donner est un verbe à trois arguments.
3. Accord du verbe, v. a c c o r d .
verbigération versus
Le terme de verbigération désigne chez les Le terme conventionnel de versus (abréviation
m alades mentaux un bavardage animé, inces vs) signifie « opposé à » dans les notations
sant, généralem ent déclamé ou prononcé sur comme : masculin vs féminin, nom inatif vs
un ton pathétique, comprenant des termes accusatif, etc.
vides de sens ou des mots orduriers. vibrante
vériconditionnel Une consonne vibrante est une consonne orale
On qualifie de vériconditiomielles les conditions dont l’articulation comporte un écoulement
auxquelles un énoncé peut être dit vrai ou faux, libre de l’air, interrompu par une ou plusieurs
vernaculaire occlusions dues à la mise en vibration d’un
Par opposition à langue véhiculaire, une langue articulateur "(pointe de la langue, lèvres, luette)
vernaculaire est un système linguistique spéci sur le passage de l ’air. On a un exemple de
fique, em ployé dans la région et la commu vibrante labiale dans le cri qui sert à arrêter
nauté d’origine. Comme le dioula en Côte les chevaux. Le [r] le plus fréquent dans les
d'ivoire, au Burkina Faso et au M ali, le ver langues, entre autres dans les langues romanes
naculaire d’une région peut devenir véhiculaire et dans les langues slaves, est une vibrante
dans d’autres pays mais il n’est vernaculaire apico-dentale. La vibrante peut être aussi une
que là où il est langue maternelle. vibrante uvulaire, comme c’est le cas pour le-:;
Vemer (loi de) réalisations fortes du phonème [r] en franco
On appelle loi de Vemer une loi phonétique provençal et dans toutes les étapes de transi
formulée en 1875 par le linguiste danois tion historique entre le [r] vibrant et le [rj
K. Vemer, qui a permis de compléter la loi de fricatif.
Grimm (1822) sur la mutation en germanique La vibration peut consister en une seuli
primitif en rendant compte des apparentes occlusion (il y a dans ce cas une vibrant!
exceptions à cette loi. K. Vemer a montré que battue ou flap, comme en anglais), ou en
ces exceptions sont régulières si l’on tient plusieurs occlusions (il y a dans ce cas une
compte de la position de l’accent, car le passage vibrante roulée ou triII).
des spirantes sourdes du germanique primitif vide
à des spirantes sonores ne s’effectue pas lorsque 1 . On dit d ’un élém ent linguistique qu’il est
la syllabe précédente porte l’accent tonal indo- vide d e sen s quand sa présence ou son absent i
européen. La découverte de cette loi a apporté n’apporte aucune modification au sens de lu
un nouveau fondement à la thèse de la régu phrase e t q u ’elle est due seu lem en t aux
larité des changements phonétiques soutenue contraintes syntaxiques, Ainsi, l’analyse des
par les néo-grammairiens. trois phrases II com m ence à travailler, Il connu ait*
vocabulaire
d e travailler, Il com m ence son travail fait apparaître significative. On peut étendre la notion à la
que l’alternance des prépositions à (de) vs zéro différence entre substance et forme, puis entre
ne modifie pas la fonction gramm aticale des dénotation et connotation. Ainsi en face des
formes travailler et k travail mais qu’elle résulte sèmes actuels de « rouge », qui permettent de
de la nature du syntagm e objet (infinitif ou classer le rouge parmi les couleurs, on consi
nom). On dit en ce cas que les prépositions à dérera un sème virtuel de « rouge », qui per
et de sont vides de sens. La grammaire tradi mettra la connotation « danger » dans telle
tionnelle oppose aussi les prépositions vides, combinaison de discours. L’ensemble des sèmes
comme d e et à dans la mesure où elles ont un virtuels constitue le virtuème, élément du clas
rôle purement syntaxique de combinaison, aux sème.
prépositions pleines (contre, m algré) que leur
virtuème
signifié oppose entre elles alors qu’elles expri
Dans la terminologie de B. Pottier, le virtuèm e
ment les mêmes rapports syntaxiques.
est un ensemble de sèmes* constituant l’élé
2. Quand deux ensembles* n’ont aucun élé
ment variable de la signification d ’une unité
ment commun, on dit que leur intersection est
lexicale. Ces sèmes variables sont connotatifs,
nulle et se réduit à un ensem ble vide. On écrit
c’est-à-dire qu’ils ne s’actualisent que dans
A U B = 0.
certaines combinaisons données du discours.
vieux, vieilli vivant
La marque stylistique vieux ou vieilli (abrévia On appelle langue vivante (par opposition à
tion : vx) indique, dans un dictionnaire, un langue morte) une langue actuellem ent parlée
emploi ou une expression qui, dans un état de dans une communauté linguistique.
langue donné, est senti par la majorité des
locuteurs comme n ’appartenant plus à leur vocable
usage courant. Le terme vocable désigne l’occurrence d’un Iexème
dans le discours, dans la terminologie de la
virgule statistique lexicale. Le terme de Iexème étant
La virgule est un signe de ponctuation servant réservé aux unités (virtuelles) qui composent le
à distinguer, à l'intérieur des phrases, des lexique et le terme de m et à n’importe quelle
membres de phrase (mots, propositions, syn occurrence réalisée en parole, le vocable sera
tagmes) qui, par leur fonction syntaxique, l’actualisation d’un Iexème particulier dans le
doivent être isolés des autres membres de discours. Ainsi, petit, entrée de dictionnaire, est
phrase. un Iexème. En revanche, la phrase réalisée Le
petit gflrçcn caresse le petit chat comporte sept mots,
virtuel dont deux fois le vocable petit.
En linguistique, les adjectifs virtuel et a ctu el sont
Dans cette optique, le Iexème est une unité
à entendre par référence à l’opposition saus
du lexique (stock potentiel de l’individu ou de
surienne entre langue et parole. Pour F. de
la langue), pendant que le vocable et le mot
Saussure, la langue est le domaine des virtua
sont des unités de vocabulaire (unités effecti
lités, tandis que la parole est une réalité actuelle.
vement em ployées dans un acte de commu
La linguistique post-saussurienne se donnera
nication donné) ; le mot représente alors toute
pour tâche d’induire, à partir d ’un corpus
unité émise [le C id comporte 16 690 mots),
(actuel) de faits de parole, la langue (virtuelle)
pendant que le vocable représente une unité
qui les sous-tend. Sans doute devrait-on dès
particulière émise considérée en référence au
lors distinguer radicalement comme virtuel tout
lexique, par réduction des marques flexion
ce qui relève de la langue, et comme actuel
nelles {le C id comporte 1 518 vocables).
tout ce qui appartient à la parole. Ainsi, parler
de phonème actuel est inadéquat, le phonème vocabulaire
étant l’unité phonologique (de la langue) qui Dans un sens commun, attesté dès le xvin' siècle,
correspond au son, unité phonétique (de la un wcabulaire est une liste de mots. Douchet et
parole). Toutefois, Ch. Bally, soucieux d ’étudier Beauzée écrivent : « Le vocabulaire n’est que le
l’actualisation*, c’est-à-dire la réalisation de la catalogue des mots d’une langue, et chaque
langue en parole, distingue phonème virtuel et langue a le sien. » À ce titre, divers ouvrages à
phonème actualisé : un phonème est virtuel objectif pédagogique s’intituleront vocabulaires.
tant qu’il est isolé, considéré en soi, mais Dans la terminologie linguistique, un voca
actualisé dès qu’il figure dans une chaîne parlée bulairc est une liste exhaustive des occurrences
$07
vocal
figurant dans un corpus. Toutefois, l'opposition moderne des mots aube, aude, chevaux est due
entre lexique et vocabulaire n’est pas toujours à une vocalisation de la latérale vélaire [I]
faite : dans des expressions comme vocabulaire présente dans les formes anciennes albe, ckevals,
de b ase, vo cab ulaire com m un, vocabulaire etc. Le terme de vocalisation est parfois employé
général, vocabulaire du français élémentaire, aussi comme synonym e de voisem en t' ou sono
rien n’indique si les mots figurant dans la liste risation pour désigner la mise en vibration des
figurent en tant qu'occurrences relevées dans cordes vocales qui produit la voix*.
un corpus, ou en tant qu’unités de la langue. vocatif
Tous les linguistes structuralistes ne font d'ail On appelle vocatif un cas* exprimant l’interpel
leurs pas cette o pp o sitio n : L. H jelm slev lation directe au moyen d ’appellatifs*. Dans Pierre,
emploie indifféremment les termes de lexique viens, le nom Pierre sera au vocatif dans les langues
et de vocabulaire. casuelles, en particulier en grec et en latin.
On opp o se so uv en t le lex iq u e com m e
Vocoder (n. déposé)
concernant les unités de la langue et le voca
Le Vocoder est un dispositif électronique per
bulaire comme liste des unités de la parole.
m ettant la synthèse des réponses vocales par
Par exemple, la statistique lexicale, travaillant
un système informatique. La synthèse s’effec
sur les occurrences relevées dans un corpus,
tue soit par mots, préalablem ent analysés et
donc sur le vocabulaire d ’un texte, d ’un auteur,
codés, soit par phonèmes, ou mieux, par
d’une époque, cherche à en induire des poten
diphonèmes (ensemble de deux phonèmes
tialités lexicales (le lexique). Travaillant sur
consécutifs) égalem ent codés,
corpus, la lexicologie structurale ne peut viser
que le vocabulaire : dans cette optique, le voile du palais
lexique — qui ne saurait être que le lexique On appelle voile du palais, ou palais mou, la
d’une langue ne peut, en effet, être induit cloison musculaire membraneuse, en arrière du
que de la somme des vocabulaires étudiés (dans palais dur, prolongée par la luette, qui peui
les divers corpus retenus). fermer ou ouvrir le passage des fosses nasales,
Le terme de vocabulaire est d ’usage courant permettant de distinguer les articulations buc
dans les études portant sur des corpus spécia cales des articulations nasales.
lisés : vocabulaire de l’aviation, vocabulaire voisé
politique, etc. Pour R. L. Wagner, « le terme Les phonèm es voisés comme [b, d, g, v, z, 3]
de vocabulaire désigne conventionnellement sont caractérisés par la présence dans leur
un domaine du lexique qui se prête à un réalisation d ’un son harmonique dû à la vibra
inventaire et à une description ». tion des cordes vo cales. Le spectre des
V O C al V: CMHNAL.
consonnes voisées inclut des formants qui sont
dus à cette source harmonique se superposant
vocalique au bruit de la consonne. Les consonnes voisées
Les phonèm es vocaliques sont caractérisés par un sont donc caractérisées par la présence
écoulement libre de l’air à travers l’appareil vocal, conjointe de deux sources sonores.
les ondes sonores provenant uniquement de la La manifestation la plus frappante du voi
vibration des cordes vocales. Les phonèmes sement est l’apparition d ’un composant tri:,
vocaliques ont donc une seule source périodique, bas, le long de la ligne de base du spectre-
la voix. Acoustiquement, les phonèmes voca gramme, qui correspond à l’excitation laryngéi
liques sont caractérisés par rapport aux phonèmes L’opposition voisé vs non-voisé est très fre
non-vocaliques par une structure de formants quem ment utilisée dans les langues, à travci:.
nettement définie. Les phonèmes vocaliques sont toutes les parties du monde. En Europe, toutes
constitués essentiellement par les voyelles* [i, c, les langues romanes, germaniques, slaves, aussi
y, u, etc.], et aussi par les liquides [1] et [r], qui bien que le hongrois la connaissent. Elles ne
possèdent les traits caractéristiques des voyelles concernent cependant pas toutes les consonne1,
en même temps que ceux qui sont caractéristiques d'une langue donnée : ainsi l’extension de ce
des consonnes. trait aux liquides est très rare (le gaélique
vocalisation oppose cependant deux liquides voisées [r| ,1
On appelle vocalisation le passage d’un élément deux liquides non-voisées). Les voyelles sonl
co n so n an tiq u e consonne (ou g lid e) à une normalem ent voisées, sauf peut-être dans cet
voyelle, soit historiquement, soit dans une ta in e s lan gues am érin d ien n es com m e le
alte rn an ce syn ch ro n iq u e. A in si, la form e romanche.
iûH
L'opposition consonantique voisé vs non- lâches, en français par exemple,
voisé est souvent concomitante avec l’opposi
tion entre consonnes tendues et consonnes voisement v. voisê.
I. voix
La voix est une catégorie grammaticale associée au verbe et à son auxiliaire, et qui
indique la relation grammaticale entre le verbe, le sujet ou l’agent et l’objet ; chaque
voix se manifeste par des flexions verbales spécifiques (désinences ou préfixes, formes
différentes des auxiliaires, etc.). [Syn. diathèse.]
a) Lorsque le sujet du verbe est l'agent d'une action qui s’exerce sur un objet, le
verbe est à la voix active ; la phrase est une phrase active. Ainsi, en français : Pierre
écoute Paul.
b) Lorsque le sujet de la phrase est en fait l’objet d'un verbe actif dans une phrase
sous-jacente, le verbe est à la voix passive, la phrase est une phrase passive. Ainsi, en
français, Pierre a été blessé par Paul est issu de la phrase Paul a blessé Pierre ; en ce cas,
Paul, sujet de la phrase active sous-jacente, est devenu l’agent de la phrase réalisée
(com plém ent d’agent) et l'objet Pierre est devenu le sujet. D ans la phrase Pierre a été
blessé, le sujet de la phrase sous-jacente, devenu l'agent de la phrase réalisée, n'est pas
spécifié : la voix passive a pour principal objet de réaliser des phrases sans agent
spécifié. En français, la voix passive est marquée par l’auxiliaire être suivi du participe
passé du verbe transitif.
c) Si le sujet de la phrase est en même temps l'ob jet de l'action indiquée par le verbe
(que ce sujet soit ou non l'agent de l'action), le verbe est à la voix moyenne ; cette
voix m oyenne (qui existe en grec, par exemple) correspond en français soit à la voix
pronominale, ex. : Pierre lave Pierre = Pierre se lave, où Pierre est à la fois le sujet, l'objet
et l’agent, soit à la forme intransitive du verbe, ex. : le rocher bouge, où le rocher est le
sujet, mais pas nécessairem ent l'agent de l'action (la voix moyenne est proche alors
de la voix passive qui, historiquement, en grec, en est issue), soit encore à la forme
pronominale avec un double objet, le sujet (agent) exerçant l'action sur un objet
distinct, mais au bénéfice de lui-même, ex. : Pierre se cire ses chaussures.
Les voix ont été définies sur le modèle grec : en grec, la voix active, la voix
moyenne et la voix passive ont des flexions verbales relativement spécifiques (voix
moyenne et voix passive n'étant cependant distinctes qu’au futur et à l’aoriste) ; en
latin, la voix active et la voix passive ont des flexions spécifiques, et il existe une voix
déponente dont la flexion s’apparente à celle du passif et dont l'utilisation correspond
en général à la voix m oyenne ; ainsi, sequi en latin, qui signifie « suivre ». En français,
il existe une opposition entre voix active, voix passive et voix pronominale corrcs
pondant en général à la distinction indiquée (Le vent a cassé la branche ; la branche a
été cassée ; la branche s'est cassée) ; mais la voix active recouvre souvent à la fois ce qui
serait la voix active et la voix moyenne du grec, les phrases actives étant transitives
ou intransitives : Pierre fuit Paul. Pierre fuit ou s'enfuit.
la plus grave, présente un fondamental qui (langue, lèvres, luette) qui les délimitent. Du
oscille de 100 à 150 Hz. La voix de femme est point de vue acoustique, les voyelles peuvent
plus aiguë et varie de 140 à 250 Hz. La voix être identifiées au moyen d ’un nombre limite
d’enfant, plus aiguë encore, se situe au-dessus de positions des trois premiers formants. Mais
de 250 Hz. La voix chuchotée est produite par le formant le plus important pour l ’intelligibiliti
un souffle laryngé. Sa structure de fréquence de la voyelle est la zone fréquentielle formée
est distincte, mais sa portée est trop faible par la cavité buccale.
pour qu’elle soit audible. Le degré d ’aperture détermine la position
2 . Voix s'em ploie comme synonym e de v o m i s du premier formant F ’ qui varie entre 250 Hz
et de v o is e m e n t . (v. VOISÉ.) pour les voyelles fermées [i, y, u] et 800 Hz
environ pour la voyelle ouverte [a]. Le lieu
volitif
d ’articulation déterm ine la position du second
On appelle volitif une forme verbale ou une
formant F x qui varie entre 800 Hz environ
construction exprimant la volonté du sujet
d’énonciation. Ainsi, en latin, le subjonctif pour la voyelle la plus postérieure [u], 1.3 kHz
cam us, « allons », est un volitif. En français, le pour la voyelle centrale [a] et 2,2 kHz environ
volitif se confond sur le plan des formes avec pour la voyelle la plus antérieure [i]. Dans le
l ’im pératif ou le subjonctif. cas des voyelles antérieures, la labialisation
détermine un abaissement de F et F . La mise
vouloir-paraître en communication du conduit pharyngal avec
On appelle vouloir-paraître une motivation psy le conduit nasal par abaissement de la luette,
chologique de l’acte verbal par lequel un sujet détermine, dans le spectre des voyelles nasales,
déterminé utilise un niveau de langue autre l’ap parition de paires su pp lém en taires for
que celui qu’il utilise habituellem ent afin de m ant / anti-formant {pôle / zéro) dont la
se prévaloir du prestige qui lui est attaché. La première apparaît entre 500 à 700 Hz environ
notion de vouloir-paraître implique la contrôla- Les valeurs des formants vocaliques sont modi
bilité* de certains comportements verbaux. fiées par la coarticulation dont l ’effet est d ’au
voyelle tant plus marqué que le débit est plus rapide,
Les voyelles sont des phonèmes présentant le
vs
trait vocalique et n’ayant pas de trait conso
Abréviation de versus (« opposé à »).
nantique. Ce sont des sons musicaux dus aux
vibrations périodiques de l’air laryngé qui vulgaire
s’écoule librem ent à travers le chenal buccal. Le latin vulgaire est le latin parlé dans l’ensemble
La diversité des voyelles résulte de la variation des pays qui constituaient l ’Empire romain et
de la forme qu'assum ent les résonateurs buccal qui a donné naissance aux différentes langues
et pharyngal par le déplacem ent des muscles romanes.
w
Webster (Noah), gramm airien et lexicographe la langue d ’une communauté donnée organise
américain (W est Hartford, Connecticut, 1758- sa culture*, c’est-à-dire l ’appréhension que ce
New Haven 1843). Partant du principe que peuple a de la réalité et la représentation qu'il
« la gram m aire doit se fonder sur le langage se forme du monde. Pour E. Sapir et pour
et non le langage sur la grammaire », il publie B. L. Whorf, la différence de langue a pour
en 1783, à l'intention des écoles américaines, conséquence une structuration intellectuelle et
The American Spelling Bock (surnommé « Blue affective différente ; il s’agit ainsi de deux
Backed Speller »); dont le succès considérable mondes différents et non pas du même monde
ne s'est jamais démenti. En 1806, il publie, sous deux séries d ’étiquettes différentes.
dans le même esprit novateur, C om pendious B. L. W horf a poussé l'hypothèse à l’extrême
D icim a ry o f the English Language, qui sert de en supposant, par exemple, qu'un peuple dont
point de départ aux travaux pour American la langue ignore la catégorie du temps gram
Diciionaty o f the English Language, qui paraît en m atical vit dans un étern el p résent. Au
1828, toujours mis à jour et réédité depuis contraire, pour E. Sapir, il s'agit simplement
lors. d'un principe général ; il faut éviter de voir
dans chaque catégorie gram m aticale l'expres
Weinreich (U riel), lin g u iste am éricain
(W ilno, auj. Vilnius, 1926-New York 1967). sion directe d'un aspect de la culture. C 'est
ainsi qu’un peuple qui n’a que trois noms de
Dans iM ttguages in C ontact (1952), il donne une
couleurs aura tout de même la notion de
analyse structuraliste du bilinguisme et s'at
« nuances » de ces couleurs : l'organisation de
tache particulièrem ent aux phénomènes d'in
la réalité en trois couleurs est en rapport non
terférence. (V. Bibliographie).
pas avec une appréhension tricolore du monde,
Whorf (Benjamin Lee), linguiste américain mais avec d ’autres faits bien plus profonds
(Winthrop, Massachusetts, 1897-YVethersfield, (im portance des divisions ternaires chez ce
Connecticut, 1941). Disciple d’Edward Sapir, peuple, liées par exemple à des facteurs reli
il étudie les langues amérindiennes et contribue gieux). On doit faire intervenir aussi le décalage
à en am éliorer la classification. Sa théorie, qui existe entre les changements culturels et
connue sous le nom d’« hypothèse de W horf les changements linguistiques : le mot boucher,
Sapir », affirme que le langage est en relation par exemple, désigne celui qui vend de la
causale avec le système de représentation de viande quelle qu’elle soit, mais le mot est
la réalité : chaque langue découpe cette réalité dérivé de bouc ; le fait qu’on ne se représente
selon sa manière propre, et ce découpage affecte plus le boucher comme abattant du bouc
aussi bien le lexique que la morphologie ou (changement culturel) n’a pas entraîné de
la syntaxe (expression du temps et de l ’as changement linguistique.
pect, déictiques, noms de couleurs, etc.).
Wittgenstein (Ludwig), logicien autrichien,
(V. Bibliographie.]
naturalisé britannique (Vienne 1889-Cambridge
Whorf-Sapir (hypothèse de) 1951). Professeur de philosophie à Cambridge,
Indépendamment de la tradition romantique il se consacre d'abord à des recherches sur les
selon laquelle les correspondances entre les fondements des mathém atiques, puis, à partir
phénomènes de langue et le comportement de 1930, s ’oriente vers les langues naturelles.
humain s’expliquent par le fait que le génie II développe une théorie de la signification,
particulier de chaque peuple s'exprime à travers qualifiée de « jeu du langage », où il met
sa langue, certains linguistes américains ont en lu m ière l'a sp e c t im p récis et v aria
avancé l’idée connue communément sous le ble du langage suivant les situations.
nom d'h yp othèse d e W liorfSapir, selon laquelle (V. Bibliographie.)
x
xénisme
y
Mais une plus grande familiarité avec l'anglais
Un xénisme est une unité lexicale constituée rend aujourd’hui impossible un pareil irrespect
par un mot d'une langue étrangère et désignant de la forme phonétique des xénismes. Le
une réalité propre à la culture des locuteurs de passage du xénisme à l’em prunt comporte
cette langue. (Ainsi le p u b anglais est d'abord encore des accommodations phoniques (par
un xénisme.) exemple, dans parking ou m eeting, déplacement
Le xénisme est le premier stade de l'emprunt*. de l’accent tonique et passage de •ing anglais
Tant que square, au XIX5 siècle, ne se rencontre [ir)] à -ing français [iji]), m ais une forme comme
dans les textes qu'en référence à des réalités m étinge, populaire au début du siècle, ne serait
anglaises, il n'est pas intégré, et constitue un plus possible aujourd'hui.
xénisme. Au stade de l’utilisation occasionnelle b) Le critère morphosyntaxique : un emprunt
mais dépourvue de marques métalinguistiques, pleinement intégré peut devenir formant de
on parlera de pérégrinism e. Le stade ultime de base d'une dérivation. Ainsi, strip-tease produit
L'installation est l'em prunt proprement dit : le strip-teaseuse, stress produit stresser.
m ot est versé au vocabulaire français, et peut c) Le critère sémantique : l’insertion se m ani
par exemple entrer dans des processus de feste également par des changements de sens,
dérivation et de composition. par déspécialisation du sens restreint de l’em
La distinction entre xénisme, pérégrinism e et prunt. L’emprunt comporte en effet une forte
em prunt permet de prendre en compte le mode restriction sémantique par rapport au mot de
d'utilisation des mots concernés : le xénisme la langue d’origine. Lorsque la francisation est
est un mot étranger, mentionné avec référence complète, l ’em prunt peut élargir son exten
au code linguistique d ’origine et aux réalités sion : black-out, emprunté à l'anglais dans le
étrangères. Le pérégrinisme renvoie encore à sens restreint de « camouflage des lumières
la réalité étrangère, mais la connaissance de contre les a tta q u e s aérien n es » n ’est plus
son sens est supposée partagée par l’interlo réservé à ce sens : on peut faire le black-out sur
cuteur. On peut dire que perestroïka a connu une affaire politique ou financière.
les deux stades du xénisme puis du pérégri
nisme sans passer à l’emprunt ; le processus
xénolecte
Le xénolecte est une langue ou une variété
politique dénoté n'a pas perdu sa référence à
linguistique étrangère dans une com munautr
l’U.R.S.S.
linguistique donnée.
Le passage du xénisme à l’emprunt peut se
tester selon divers critères : yod
a) Le critère phonologique : l'em prunt à l’an Le terme yod, emprunté à l ’alphabet sémitique,
glais a pu conduire à de très fortes assimilations désigne la consonne constrictive dorso-palatalr
phonétiques ; ainsi, packet boat, riding coat, bull sonore [j] comme dans maillot [majo], soleil
d o g ont donné paquebot, redingote, bouledogue. [solRj].
z
zéro bill) ; luie/ hju:/ « couleur » vs you/ ju:/ « vous »
1. Le terme zéro, dans d egré zéro, désinence zéro, (comme f«ne/tju:n/« air de musique » vs dune
état zéro, m orphèm e zéro, etc., indique l'absence /dju:n/ « dune »).
d'un trait formel ou sémantique dans un 3. En acoustique,, le zéro désigne la zone dépour
système où les unités se définissent les unes vue d ’énergie dans le spectre par l ’annulation
par rapport aux autres par la présence ou du débit buccal due au couplage avec le conduit
I absence de ce trait. L'absence est alors aussi nasal.
significative que la présence du trait ; elle
constitue un trait pertinent”. Ainsi, en français,
zétacisme
l’opposition masculin vs féminin se manifeste Le terme zétacism e désigne parfois la modifi
par la présence dans le féminin d ’un morphème cation d'une consonne en un son [z], notam
comme -«sse (docteur vs doctoresse), -e, dans la ment l’évolution de la fricative dentale non-
graphie {rival vs rivale) ; on peut décrire le voisée /s/ en une consonne homorganique
système en disant que le masculin présente la voisée, par exemple lors du passage du mot
désinence zéro. D'une autre manière, le sys latin c a s a i kasa/ au mot français ca s e /kaz/.
tème du verbe en français présente une oppo zeugma
sition.. aux temps simples, entre l'im parfait 1. En rhétorique, le zeugm a est une figure qui
■ait, le fu tu r -ra et le c o n d itio n n el -rah ; co n siste à rattach e r des co m plém ents de
1e présent est alors formé avec la désinence natures différentes à un même terme (verbe,
zéro : nom) ; le plus souvent il est em ployé dans une
zéro _________________________ ait intention satirique (ex. : N apoléon était m aigre
et officier d'artillerie).
2. En grammaire, on appelle zeugm a le tour
syntaxique par lequel, dans plusieurs énoncés
successifs de même organisation, l’un des
termes n ’est exprimé qu’une fois, comme dans
ra ________________________ rait L'un prit une bêche, l'autre une pioche et ie troisième
Le qualificatif zéro est donc lié à un certain tin râteau.
type de description structurale de la langue. zézaiement
Les oppositions de même nature seront traitées On appelle zézaiem ent un défaut de prononcia
de manière très différente par la linguistique tion où les sons [J] et [3] sont remplacés par
générative, qui note par moins l'absence d'un [s] ou [z] :sa rm a n t(« charm ant »), serser (« cher
trait ; ainsi, le m ot doctoresse sera indiqué cher »).
[-m a sc u lin ], le mot docteur par [+ masculin],
sans considérer la réalisation morphologique. Zipf (loi de)
(Le symbole de zéro est 0 .} Etudiant le rapport qui existe entre la fréquence
2. On dit qu'il y a un phonèm e zéro lorsqu'un des mots dans un texte (mots plus ou moins
phonème s’oppose à l’absence de tout pho fréquents, plus ou moins rares) et le rang de
nème dans le même environnement. Ainsi, en ces mots classés par fréquence (m ot n° 1, mot
anglais, l'aspiration prévocalique [h] s’oppose n° 2, etc.), G. K.. Zipf a établi en 1936 que
à l'attaque non-aspirée d’une voyelle. Le pre rang x fréquence = constante.
mier phonème est un glide tendu, le deuxième On construit la courbe de Zipf en mettant
un glide lâche qui est en fait un phonème zéro, en abscisse les rangs des mots classés par
comme dans les paires minim ales suivantes : fréquence décroissante et en ordonnée les
hill « colline # vs ill « malade » (comme pill vs fréquences effectives. La ligne droite qui en
Z ipf
résulte indique que le produit rang x fré y avoir des déformations de la courbe de Zipf :
quence est constant. les fréquences des mots fréquents s'élèvent (en
Pour B. Mandelbrot, la formule de Zipf ce cas il y a restriction de vocabulaire, appau
exprime le fait que le vocabulaire dont se vrissement du lexique) ou les fréquences des
servent le locuteur et l'auditeur est constitué mots rares s’élèvent (en ce cas il y a soit
de signes individuels discrets dont les combi vocabulaire néologique: soit distorsion patho
naisons obéissent à des lois statistiques. Il peut logique, comme chez les schizophrènes).
M aquette :
A la in Jo ly
Lecture :
Christophe Andreau
C orrection :
M o n iq u e B a g a ïn i, Ja c q u es B a rb a u t
Fabrication :
M a rtin e T o u d e rt
C ouverture :
Pacrice C a u m o n
N:' projet 10096009 (II) 7.5 (CA BE 90) - Imprimerie «L aT ipogrnfica Varese S.p
Dépôt légal : janvier 2001 • Imprimé en Italie (Printed in Italy)
532047 02 ■Août 2002
ling uistique
JEAN DUBOIS • MATHÉE G IA C O M O
LOUIS GUESPIN • CHRISTIANE MARCELLESI
JEAN-BAPTISTE MARCELLESI • JEAN-PIERRE MÉVEL
I
JU
♦ '
y
LAROUSSEMi l
Cti dictionnaire encyclopédique,
relatif la linguistique et aux sciences du langage,
réunit des articles consacrés à tous les termes
utiles pour décrire la langue française D ICTIO N N A IRES
(de ablatif à zézaiement, de abréviation à zeugma,
analogique
en passant par barbarisme, psycholinguistique
ou transformationnel), ainsi que des notices ancien français
sur les grammairiens et les linguistes argot français
(de Vaugelas à Guillaume, Chomski ou Jakobson)
qui ont joué un rôle déterminant dans l'évolution citations françaises
de la langue française et les conceptions difficultés du français
du langage.
étymologique
Plus de cent dossiers de synthèse permettent expressions et locutions
la compréhension de notions fondamentales, français argotique
de phénomènes particuliers et de courants : et populaire
acquisition du langage, aphasie, signifiant et signifié,
néologie, stylistique, structuralisme, verbe... français classique
homonymes
mots d'origine étrangère
moyen français
JE A N DUBOIS
prénoms
MATHÊE G I A C O M O proverbes
I.OUIS G U E S P IN
rimes orales et écrites
C H R IS T IA N E MARCELLESI
JEAN UAPTISTf MARCELI LSI synonymes
JE AN PIERRE MÉVEL
|)|( I I O N N A I KK l>l'
linguistique