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SERVIÇO SOCIAL
VIÇOSA/MG
2019
THAIS FIGUEIREDO DA CRUZ
VIÇOSA/MG
2019
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………………………..3
1.1 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................3
1.2 HIPÓTESE......................................................................................................................4
2. OBJETIVOS..........................................................................................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................5
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................................6
3.1 A GÊNESE DA “QUESTÃO SOCIAL”..........................………........................................7
3.1.1 A QUESTÃO RACIAL COMO EXPRESSÃO DA “QUESTÃO SOCIAL”......................8
3.2 O ESTADO NEOLIBERAL E SEUS IMPACTOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS..............9
3.3 ENSINO SUPERIOR NOS MOLDES NEOLIBERAIS E A INSERÇÃO DAS CLASSES
DE BAIXA RENDA ………………………………………………………………………………...9
3.3 A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO BRASIL E NA UFV…....…...……..11
4. METODOLOGIA..................................................................................................................13
5. CRONOGRAMA..................................................................................................................14
6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
O país vem sendo assolado por perdas de direitos adquiridos através de muitas luta, pós
redemocratização, com a homologação da Constituição Federal de 1988, visto isso, torna-se
importante questionar a importância da assistência estudantil para o aluno com vulnerabilidade
econômica, fazendo recorte de classe e raça, afinal, a questão racial no Brasil, atualmente, é Commented [u2]: Citar estudos sobre classe e raça como
consequência da vulnerabilidade socioeconômica.
consequência de um longo processo histórico, com raízes na escravidão de negros. Após o fim da
escravidão essas pessoas se tornaram “livres” e isso gerou um grande aumento das expressões
da questão social, afinal os negros foram jogados à cidade, sem o direito à terra, fadados à
marginalização. Décadas se passaram e os negros hoje ainda vivem sequelas dessa conjuntura,
em muitos casos deixados à mercê por políticas públicas e oportunidades igualitárias aos demais. Commented [u3]: Trazer autores que falam da questão
da retração de direitos em contraste com a democratização
expressa na Carta Magma de 1988 (redemocratização é pós
Nessa conjuntura, há altas taxas de desigualdade e mesmo que o estudante vença a Ditadura Militar). Considerar a escravidão como um fato
histórico trazer autores que tratam desse assunto e explorá-
barreira de passar por um ensino básico deficitário e ingressar na universidade pública, isso não lo um pouco mais.
garante sua permanência na graduação. Assim sendo, a evasão de estudantes de baixa renda na
Commented [u4]: Parece vago... Que desigualdades?
universidade pública é recorrente, diante disso o objetivo do projeto é iniciar uma discussão a
Commented [u5]: Trazer dados sobre a taxa de evasão de
respeito da assistência estudantil e sua influência na permanência do estudantes. estudantes de baixa renda nas universidades.
Devido ao fato de que em muitos casos a classe trabalhadora não reconhece seus direitos,
a pesquisa é de alta relevância para reforçar que a assistência estudantil é direito à quem dela
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necessitar e deve ser garantida de forma digna, justa e de qualidade. Podendo os estudantes
dependentes dela a lutar por melhorias, se necessário. Commented [u8]: Essa parte está mais para a
contextualização da problemática e problema.
1.2 HIPÓTESE
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2. OBJETIVOS
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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3.1 A gênese da “questão social”
A expressão “questão social” surge para dar materialidade a um fenômeno evidente na
história no século XVIII, o pauperismo. O capitalismo ao se estabelecer em seu estágio industrial-
concorrencial tem por consequência a pauperização absoluta da classe trabalhadora. A “questão
social é vista como um fenômeno novo, por mais que a dinâmica de desigualdade entre as
camadas sociais não, o novo era a situação de pobreza generalizada que surgia entre as camadas
mais vulneráveis. Nesse processo a pobreza crescia ao mesmo tempo em que aumentava a
capacidade de se produzir riquezas, ou seja, a acumulação capitalista se expandia e tornava-se
complexa. É o mesmo que dizer que a capacidade de se combater a pobreza crescia ao mesmo
tempo em que a mesma se tornava generalizada e reconhecida como “questão social”. (NETTO,
2011, p. 152-153)
A “questão social” se torna algo necessário ao desenvolvimento do capitalismo em todos
os seus estágios, o que diferencia sua capacidade de expandir são os diferentes estágios em que
o capitalismo passa ao longo dos anos. Significa dizer que, não se extingue a “questão social”
conservando o modo de produção capitalista. (NETTO, 2011, p. 157)
A existência da “questão social” não se materializa no mundo real, mas sim um conjunto
de expressões que a materializam na sociedade de diferentes formas, como a questão agrária,
racial e desigualdades de gênero. O que não significa dizer que a “questão social” é múltipla, pois
múltiplas são suas formas de se materializar no mundo real, a “questão social” é apenas uma que
procede da contradição de capital versus trabalho. (CONCEIÇÃO, 2013, p. 14)
Sendo assim, Iamamoto (2001) confirma isso ao dizer que a “Questão Social”
Diz respeito ao conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na
sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. [...] expressa
portanto disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por
relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando em
causa as relações entre amplos segmentos da sociedade civil e o poder estatal.
(IAMAMOTO 2001, p. 16-17)
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passa a exigir intervenções mais pontuais e de caráter resolutivo, o que não acontece pois a
sociedade foi assolada com o neoconservadorismo e vivemos com um Estado neoliberal. Commented [u10]: Qual autor(a) fala isso...
A questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco a disjunção, sempre
renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica societária, entre a exigência ética dos
direitos e os imperativos de eficácia da economia, entre a ordem legal que promete igualdade
e a realidade das desigualdades e exclusões tramada na dinâmica das relações de poder e
dominação.
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economia e política, pois, como trabalhador, já não oferecia nenhum interesse para esse novo
projeto societário em que o país ingressava. (MARTINS, 2012, p. 65)
Por isso, torna-se necessário entender que
A pobreza tem cor e gênero [...] isso significa que as mulheres e os homens negros são os
mais solapados pelas expressões do objeto de intervenção do assistente social: A “questão
social”. Pode ser perigoso afirmar que a desigualdade racial contemporânea guarda
profundas raízes com o período escravocrata brasileiro, porém ao analisar a trajetória do
povo negro desde a escravidão aos dias de hoje, é a conclusão que a história nos sugere.
(MORAES, 2018, p. 4) Commented [u11]: Sugiro interpretar as citações do
autor e colocar uma citação indireta em todas as citações
que vc faz ao longo do artigo, isso ajuda a enxugar o texto e
mostra o poder de síntese e conhecimento sobre o assunto.
3.2 O Estado neoliberal e seus impactos nas políticas públicas Utilize no máximo 3 citações diretas em todo o texto. Não é
recomendado terminar um tópico com citação.
A partir dos anos de 1970, o capitalismo se encontra a mercê de uma crise em que se
evidencia uma estagnação econômica, diminuição do consumo e queda da taxa de lucros. Ao
assumir a presidência em 1990, Collor se depara com resquícios do pós 1964, a crise do “milagre
econômico” e em resposta a isto, impulsiona o neoliberalismo no Brasil através de uma
contrarreforma do Estado. Essa contrarreforma tem caráter estrutural e viabiliza atender as
demandas do mercado, com a privatização do setor público e a redução do Estado, com constantes
ameaças à previdência social. (CAVAIGNAC, COSTA, 2017)
Chauí (2001) explica que o Estado neoliberal ao transformar setores estatais em não-
estatais,
Exclui as exigências democráticas dos cidadãos ao seu estado e aceita apenas as exigências
feitas pelo capital ao seu estado, isto é, exclui todas as conquistas econômicas, sociais e
políticas, vindas de lutas populares no interior da luta de classes. (CHAUÍ, 2001, P.177)
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Todo esse processo se exemplifica com a apropriação do fundo público por parte dos
setores privados, dinheiro apropriado pelo Estado através de uma contribuição compulsória (
impostos e taxas) da mais valia socialmente produzida, tem por objetivo geral sua utilização para
a gestão de políticas públicas, ou seja, gastos sociais, como educação, transporte, habitação,
medicina socializada e, subsídios para cultura e lazer, por exemplo. (CHAUÍ, 2001)
3.3 Ensino superior nos moldes neoliberais e a inserção das classes de baixa renda
Seguindo essa proposta neoliberal implantada nos anos 1990, ocorreu uma contrarreforma
na educação superior alinhadas ao interesse do capital e como resultado desse fenômeno verifica-
se um aumento de instituições privadas no país. O Estado por sua vez ao expandir programas de
financiamento estudantil se torna “patrocinador” do mercado, fazendo com que a expansão da
educação superior se torne uma exigência do próprio capital. Segundo Chaves (2010, p.485)
Fundamentado nessa perspectiva neoliberal, AGAPITO (2016) indica que ocorreu uma
expansão da educação como parte de um conjunto de metas pactuadas entre o governo, Banco
Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o Plano Nacional de Educação (PNE) em
que se resultou na implantação dos seguintes programas: Universidade Aberta do Brasil, Programa
de Bolsa Institucional de Iniciação à docência (PIBID), Fundo de Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior (FIES), Programa de Apoio a Plano de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais (REUNI) e Programa Universidade Para Todos (ProUni).
O programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), instituído pelo Decreto 5.800 de 2006, é
um sistema integrado por universidades públicas estabelecido para o desenvolvimento da
modalidade de educação a distância (EAD), modalidade já regulamentada pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB), lei nº 9.394/96. Prega uma flexibilização de tempo e gastos para o
trabalhador, o EAD forma milhares de profissionais todo ano, com uma fragilização da formação
profissional contribuindo para a formação de profissionais com competência técnica, caráter
operacional e com pouca capacidade para criar pensamento crítico.
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Regulamentado pela lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001 (Brasil, 2001), o Fundo de
Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) permite que o estudante de instituição
privada (nível superior) financie sua graduação e devido a atualizações o programa se tornou
contínuo, ou seja, pode ser solicitado em qualquer período do ano, sua taxa de juros passou a ser
3,4% a.a e seu período de carência 18 meses.
Além do sucateamento das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas federais, com a
desvalorização do trabalho docente e o sistema de concorrência, atendendo a ordem do capital
financeiro, (AGAPITO, 2016) se tem uma expansão da educação superior através da ampliação
de vagas mas não da universalização e acesso qualificado à educação. Visto isto, é de extrema
importância entender a trajetória do estudante de baixa renda, da escola pública até o ensino
superior e as implicações que as expressões da questão social tem sobre isso. Afinal
A universidade é uma instituição social. Isso significa que ela realiza e exprime de modo
determinado a sociedade de que é e faz parte. Não é uma realidade separada e sim uma
expressão historicamente determinada de uma sociedade determinada. [...] Exprime as
ideias e práticas neoliberais dominantes [...] aceitação da ideia de avaliação universitária sem
nenhuma consideração sobre a situação do ensino de primeiro e segundo graus, como se a
universidade nada tivesse a ver com eles e nenhuma responsabilidade lhe coubesse na
situação em que se encontram. (CHAUÍ, 2001, p.35)
Com a expansão do ensino superior se tem uma alta demanda de assistência estudantil e
para a realização de tais demandas em 2010, o Programa Nacional de Assistência Estudantil
(PNAES) passa a ser regulamentado pelo Decreto nº 7.234, articulado com atividades de ensino,
pesquisa e extensão. O programa tem por prioridade estudantes com origem em escolas públicas
com renda per capta familiar mensal de até 1,5 salário mínimo, oferecendo assistência à “moradia
estudantil, alimentação, transporte, à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio
pedagógico”. (PNAES, 2010). Seus objetivos estão dispostos no 2º artigo do decreto:
A partir disso, é necessário estruturar toda a assistência estudantil da UFV, gestada pela
Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (PCD), onde em seu endereço eletrônico se tem o
mapeamento de todas os serviços prestados por divisões.
Divisões
A Divisão de Saúde (DSA) assegura o atendimento na área médica com consultas e exames
laboratoriais e radiográficos, seu público alvo são estudantes, técnicos administrativos e
professores da UFV; A Divisão Psicossocial (DVP) propicia atendimentos com profissionais de
psicologia, psiquiatria e serviço social em atendimentos individuais e grupais com vagas limitadas
e acompanhamento de caráter breve; O Serviço de Bolsa responsável por administrar a avaliação,
seleção e concessão de bolsas aos estudantes com vulnerabilidade socioeconômica; e por fim a
Divisão de Assistência Estudantil (DAE) onde se administram as moradias estudantis atendendo
alunos da graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica, no que concerne seis
prédios de alojamentos com um total de 1390 vagas. Commented [u12]: Citar a fonte.
Auxílios
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universitário (RU); Auxílio creche compreendido por um recurso financeiro para custear despesas
de mensalidades escolares para seus filhos de 0 a 5 anos, 11 meses e 29 dias de idade; Commented [u13]: Citar a fonte.
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4. METODOLOGIA
O presente projeto utiliza-se do estudo de caso, a partir de uma revisão bibliográfica, através
de livros, trabalhos científicos e cartilhas, e coleta de dados por questionários, através de uma
pesquisa quanti qualitativa. O método expositivo é o materialismo histórico dialético de Marx, visto Commented [u14]: Explicar o que é o método histórico
dialético. Lembrando que ele é um método de análise de
que nos leva a entender a lógica neoliberal em que o país vive atualmente, incorporado ao modo dados, qual é o método de coleta de dados?
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5. CRONOGRAMA
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Item Atividades
2 Levantamento
x x x x
bibliográfico
3 Coleta de dados x x x
4 Análise de dados x x x
5 Conclusão da pesquisa,
x x
coleta de resultados
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6. REFERÊNCIAS
BARBOSA, Carlos Daniel da Luz. Assistência Estudantil: Compromisso do Serviço Social com
o ensino superior. PUC RIO, 2011.
BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: Fundamentos e história. São
Paulo: Cortez Editora, 2011.
CAVAIGNAC, Mônica Duarte, COSTA, Renata Maria Paiva. Serviço Social, Assistência
estudantil e “contrarreforma” do Estado. Temporalis, Brasília (DF), ano 17, n. 34, jul/dez. 2017.
CHAUÍ, Marilena. Escritos sobre a universidade. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
CHAVES, Vera Lúcia Jacob. Expansão da privatização/mercantilização do ensino superior
Brasileiro: a formação dos oligopólios. Educ. Soc.[online]. 2010, vol.31, n.111, pp.481-500.
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MEC. Fies-Programa de Financiamento Estudantil. Disponível em:
<http://sisfiesportal.mec.gov.br/?pagina=fies> Acesso em: 25 de abril de 2019
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