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Universidade de Brasília- UnB

Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução – LET


Disciplina: Literatura Japonesa 1 (TEL)
Código: 147559 (3ª. e 5ª., 19h)

RESENHA CRÍTICA
“Poemas no cotidiano japonês da era Heian em, O Romance de Genji.”

por

Stefany Ferreira Portela

Trabalho apresentado para obtenção da


nota parcial referente à disciplina
Literatura Japonesa 1, no curso de
Letras-Japonês da Universidade de
Brasília.

Brasília – DF
2018
RESENHA CRÍTICA

O trabalho resenhado é intitulado de “Poemas no cotidiano japonês da era Heian em,


O Romance de Genji” e o Tema está justamente ligado com a comunicação e como a
mesma acontecia na era Heian. Este é um artigo escrito pela Graduada do curso de Letras
- Bacharelado (Habilitação Português/Japonês) da UFRGS, Ana Maria Sigas Pichini e Pelo
Professor Adjunto de Língua, Cultura e Literatura Japonesa da UFRGS, Andrei dos
Santos Cunha.
Ele está atuando no curso de Bacharelado Tradutor Português/Japonês e no
Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS (PPGLet), na linha de pesquisa
Teoria, Crítica e Comparatismo. Membro do Grupo de Trabalho de Literatura
Comparada (GT LitComp) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Letras e Linguística (ANPOLL). Doutor em Literatura Comparada pelo Programa de
Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui
Mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Hitotsubashi (Tóquio,
Japão) e graduação em Direito Japonês pela mesma universidade. É pesquisador na área
de Letras, com ênfase em Estudos de Tradução e Literatura Comparada, explorando os
seguintes temas: tradução literária (em pares ou combinações de inglês, francês, japonês
ou português); história da tradução literária; relações internacionais e literatura;
literatura japonesa e em japonês; cultura e imigração japonesa no Brasil; presença de
estéticas japonesas na literatura do Brasil.
Sobre Ana Maria Sigas Pichini, Estudante do curso de Letras - Bacharelado (Habilitação
Português/Japonês) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Atuou no projeto
Padrões do Português Popular Escrito: o Vocabulário do Jornal Diário Gaúcho.

OBJETIVOS

O trabalho está propriamente focado em descrever como a comunicação funcionava


no cotidiano entre a classe aristocrática, mais especificamente, na era Heian (794-1185).
Eram por meio dos Poemas Tanka que os aristocrátas transmitiam seus pensamentos,
seus sentimentos ou sobre suas experiências sobre algum hambiente em que estivessem.
Justamente com estas intenções, os poemas tinham conteúdo confuso para quem o lesse
sem saber o contexto do que estava por de trás, e por este mesmo motivo a maior parte
dos poemas eram secretos.
Para apresentar este fato, é usado como base o primeiro volume de O Romance do
Genji de Murasaki Shikibu.

SÍNTESE DO TRABALHO

Como dito anteriormente, o artigo tem o propósito de mostrar como a


comunicação era feita através dos poemas Tanka. Inicialmente é dada uma passada bem
rápida sobre as histórias literárias mais famosas da época, citando o romance Genji
Monogatari, de Murasaki Shikibu e a obra Makura no Sôshi, de Sei Shônagon. Tais
histórias foram escritas à base de conceitos diferentes, enquanto Genji Monogatari
retrata algo mais voltado para o melancólico, mas de certa forma belo, já em Makura no
Sôshi retrata o alegre e divertido. Logo depois, em um único paragrafo, a autora traz
uma rápida instrução de como deve ser a estrutura de um poema Tanka, e com bastante
sutileza, acabou por citar parte da história:

O poema waka (significando, literalmente, “poema japonês”) tornou-se


popular entre a corte japonesa do século X através de sua forma curta, o
tanka (significando, literalmente, “poema curto”), formado por uma
composição de 31 sílabas, dispostas em versos de 5-7-5-7-7. Na época, um
decreto imperial determinou a elaboração de uma antologia poética, o Kokin
Wakashû ou Kokinshû (“Coletânea de Poemas Antigos e Modernos”),
fortalecendo ainda sua popularidade. (PICHINI, 2010, p. 2)

Seu texto foi organizado e separado por tópicos e um deles me surpreendeu o


fundamento teórico com base nos textos de Bakhtin. Esta teoria fundamenta-se que com
a evolução humana, todos os seus recursos, tendem a evoluir de acordo com suas
necessidades, como citado no texto, uma simples carta, que hoje, forá substituida por
aplicativos ou meios eletrônicos como meio de comunicação.
E a comunicação se dá justamente através da oralidade ou da escrita, que por sua
vez estão relacionadas a situações mais informais e corriqueiras ou com algo mais
complexo e formal, ou seja, a escrita de poemas, romances... Toda esta explicação para
chegar à diferença entre hibridismo e intertextualidade, onde finalmente se caracteriza o
objeto de estudo do artigo como uma obra hibrida, pois há um poema dentro de um
romance.

O ponto que me levou a escolher este artigo foi o formato com o qual ele foi
constrido. Lembrou-me muito das aulas de Literatura e como as obras eram
apresentadas e esclarecidas. Em seu penúltimo tópico a autora começa a fazer uma
analise da obra, explicando elemento por elemento e desponibilizando traduções para
melhor entendimento do leitor.

Logo no inicio da análise, a autora dispôs um rápido contexto em que foi escrito o
primeiro verso apresentado, pois como os assuntos tratados no Tanka, em sua maioria,
eram secretos (ainda mais neste cenário onde os poemas tinha relação direta com o
Imperador), havia elementos que apenas o remetente, quanto o destinatário, tinha
conhecimento, e para dificultar ainda mais o entendimento destas obras, são ultilizadas
palavras que fazem referências à natureza e que podem ser interpretadas de duas
maneiras, como os elementos da natureza propriamente ditos, ou com a alusão a
alguém.

Assim explica com mais riqueza o livro “A Recepção da poesia japonesa em


Portugal”, de Claudio Alexandre de Barros Texeira, p. 45:

Na poesia do gênero tanka, a referência sazonal indica o momento em que os


versos foram escritos, a atitude mental do autor, ao observar ou participar de
uma ação, e os sentimentos relacionados a essa paisagem. “Assim, a
“primavera” pode estar associada ao “perfume da ameixa”, ao canto do
rouxinol”, ao à lembrança da "amada", o "outono" pode estar acompanhado
pelo "corvo", "solidão", "vento", e assim por diante. O princípio da analogia
entre as quatro estações, os acontecimentos na natureza e as atitudes e
emoções humanas é o coração do tanka (...)

Não tenho criticas negativas quanto a este artigo. A forma como ele foi desenvolvido
e organizado está impecável. O que mais me cativou foi à pesquisa feita por fora do
tema proposto. A autora procurou conceitos e teorias onde conseguiu encaixar com
maestria o gênero da poesia, o Tanka.
Além de que em cada analise ela traz a tona informações e detalhes, sejam elas
históricas, culturais ou linguísticas, que fazem toda a diferença na hora de compreender
a obra. Vou me dar o luxo de pegar uma das citações que a própria autora retirou de
Genji Monogatari e próprio analisou:
Ó gaivota que partes
Pelas nuvens a toda a pressa
Observa o céu e olha para mim
Pois sou tão claro e límpido
Como um dia de Primavera

Está aqui atrelado ao nosso estudo apenas questões românticas entre remetente e
destinatário ou sobre questões referentes à natureza e como ela é contemplada, mas
neste verso, escrito pelo próprio Genji, em exílio, para seu amigo. De acordo com a
analise da autora, Genji, nos versos, está comparando o amigo a uma gaivota (no texto
original a palavra usada é tazu, que é na verdade um Grou Japonês. Aqui temos um caso
de intraduzibilidade não linguística, pois se usado à palavra Grou na tradução, mesmo
se tratando de animais quase que semelhantes, prejudicaria o entendimento do texto
para o leitor que não tem conhecimento sobre o animal) que vai em direção as nuvens.
As nuvens são interpretadas pela autora como sendo a corte imperial, e pede que, para
quando chegasse lá, dissesse coisas boas sobre ele, então o amigo responde:

No país das nuvens


Perdida e solitária
A gaivota lamenta-se
Por ter perdido o amigo
Que voava ao seu lado

Em resposta “(...) o amigo lembra os dias em que ambos circulavam pela capital –
novamente, o país das nuvens – e lamenta-se por ter ficado sozinho.”

É assim, com todos esses elementos, que a autora prova que no periodo Heian eram-
se usados os poemas Tanka como meios de comunicação, assim sendo, seu conteúdo
com informações internas diminuia o número de leitores, apenas quem escrevia e o
destinatario tinha real entendimento do que era escrito, então para as pessoas de fora,
aqueles dizeres não se passava de um belo poema. Estes escritos também possuiam
funções variadas, como por exemplo, as citações acima sobre a prova de amizade entre
o protagonista e seu amigo.

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO

O texto trabalha com questões históricas, linguísticas, culturais e tópicos sociais


de época, abordam conceitos básicos sobre a base do estudo do artigo e proporcionam
conhecimentos externos que agregam ao nosso entendimento sobre o desenrolar do
trabalho. Pode ser usado como uma apresentação ao conteúdo de Poesia Tanka para
qualquer iniciante no estudo de Literatura Japonesa. A discussão acerca do tema mostra
ao leitor como um poema pode ser utilizado de varias formas e interpretado de varias
formas e tudo isso depende do ponto de vista de quem esta lendo, assim como são os
biscoitinhos da sorte... Quando se lê aquelas mensagens, muitas das vezes você não sabe
ao certo o que está de fato escrito ou aquelas palavras podem se encaixar em alguma
situação de sua vida e fazer sentido de alguma forma.
Os Poemas Tanka trazem perspectivas diferentes sobre a vida, sobre a natureza e
revela o mais intimo do ser humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.escavador.com/sobre/1819384/ana-maria-sigas-pichini

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773738D9

Pichini Sigas, Ana Maria, Poemas no cotidiano japonês da era Heian em “O romance do
Genji. 2010. 12f. Artigo de conclusão de curso - Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS

Barros Teixira, C. A. Sobre as antologia de poesia contemporânea brasileira, 2014

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