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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PARAGOMINAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

CARLOS FERNANDO DA COSTA BARBOSA

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SEUS INSTRUMENTOS: UM DESAFIO


À MUDANÇA DA PRÁTICA DOCENTE EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE
ABAETETUBA-PA.

PARAGOMINAS-PA
2019
CARLOS FERNANDO DA COSTA BARBOSA

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SEUS INSTRUMENTOS: UM DESAFIO


À MUDANÇA DA PRÁTICA DOCENTE EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE
ABAETETUBA-PA.

Artigo apresentado à Faculdade de Educação Superior de


Paragominas, para obtenção de título de Especialista em
Educação, sob a orientação do professor Doutor Josiel do Rego
vilhena.

PARAGOMINAS-PA
2019
RESUMO

O objetivo desse artigo é analisar a avaliação da aprendizagem e seus instrumentos: um


desafio à mudança da prática docente em uma escola estadual do município de
Abaetetuba-pa. A sua importância e contribuições para o processo de ensino-
aprendizagem. A metodologia utilizada neste trabalho está vinculada a uma abordagem
teórico bibliográfica e aplicação e analise de questionários aplicados junto ao corpo
docente da escola e aos alunos do terceiro ano do ensino médio da referida escola. A
pesquisa nos possibilitou vivenciar a utilização das práticas avaliativas hoje vigentes
dentro do ambiente escolar e seus impactos no processo de ensino aprendizagem, assim
como as novas propostas de avaliação em especial a avaliação diagnóstica pode
contribuir como instrumento facilitador da relação professor-aluno-aprendizagem,
tornando o processo de ensino-aprendizagem algo mais natural e menos desgastante
para as pessoas envolvidas. Logo, a utilização de tal processo avaliativo é uma forma de
aproximar os alunos do contexto social onde vivem o que pode proporcionar maior
interesse e maior absorção dos conteúdos ministrados nas aulas, tendo em vista que
esses momentos de aprendizagem se tornam mais atraentes, podendo assim gerar nos
alunos um desejo maior de aprender os conteúdos propostos pelo professor.

PALAVRAS-CHAVES: Avaliação da Aprendizagem; Avaliação Diagnostica; Ensino-


aprendizagem.

ABSTRACT

The purpose of this article is to analyze the evaluation of learning and its instruments: a
challenge to the change of teaching practice in a state school in the municipality of
Abaetetuba-pa. Its importance and contributions to the teaching-learning process. The
methodology used in this work is linked to a theoretical bibliographical approach and
the application and analysis of questionnaires applied to the faculty of the school and to
the students of the third year of high school. The research enabled us to experience the
use of current evaluative practices within the school environment and its impacts on the
teaching-learning process, as well as the new evaluation proposals, especially the
diagnostic evaluation can contribute as a facilitator of the teacher-student-learning
relationship, making the teaching-learning process more natural and less exhausting for
the people involved. Therefore, the use of such an evaluation process is a way of
bringing the students closer to the social context in which they live, which may lead to
greater interest and greater absorption of the content taught in classes, given that these
moments of learning become more attractive, generate in the students a greater desire to
learn the contents proposed by the teacher.

KEYWORDS: Learning Assessment; Diagnostic Evaluation; Teaching-learning.


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobrea definição de avaliação da
aprendizagem..................................................................................................................................... ..........19

Gráfico 2 - Gráfico de pizza representando as respostas dos professores sobre o modelo de avaliação da
aprendizagem utilizado hoje na escola pesquisada..........................................................................23

Gráfico 4 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobre a utilização de uma avaliação
diagnostica facilitarem a aprendizagem dos conteúdos diariamente...................................................27
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................6
CAPÍTULO I–A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM..........................................8

CAPÍTULO II–A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO


ESCOLAR....................................................................................................................10

CAPÍTULO III – ANALISE DAS INFORMAÇÕES..............................................17

3.1 – A avaliação da aprendizagem na visão dos professores e alunos.........................17

3.2– O modelo avaliativo na escola...............................................................................20

3.3 – A avaliação diagnóstica e sua importância para do processo avaliativo.............24

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................27
Referências bibliográficas...........................................................................................29
INTRODUÇÃO
Pretendemos neste artigo defendido na Faculdade de Educação Superior de
Paragominas (FACESP), investigar a relevância do processo avaliativo dentro do
espaço escolar e com isso ampliar no campo das discussões no meio educacional
brasileiro os avanços no processo de avalição como instrumento facilitador da
aprendizagem, pressupõe dizermos que o vivenciar da prática docente na escola nos dias
atuais tem a sua frente algumas possibilidades enriquecidas pelos instrumentos
avaliativos, tanto é que o avaliar a partir da sua dimensão social, cultural, tecnológica,
política, educacional e científica, tornou-se um instrumento viável quanto ao acesso às
informações necessárias para o campo da pesquisa. Por sua vez o fato do mesmo fazer
parte da sociedade, aponta também que na maioria dos casos ter em mãos esse
instrumento e coloca-los em pratica não é tarefa tão fácil.
Acreditar em um processo avaliativo mais eficaz é o mesmo que cumprir sua
função didático-pedagógica, que é o de auxiliar e melhorar o ensino-aprendizagem. A
forma como se avalia, segundo Luckesi (2002), é crucial para a concretização do projeto
educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a escola valorizam.
Se a função da avaliação é auxiliar no processo ensino-aprendizagem verificando
a compreensão por parte dos educandos, estimulando o professor a buscar novas
metodologias, encorajando um ambiente inovador a pergunta norteadora é: Qual o papel
da avaliação no contexto de dinamização do processo de ensino-aprendizagem? E quais
os entraves para a efetivação dos instrumentos avaliativos como mecanismo de melhoria
do rendimento educacional, contribuindo assim, para o sucesso e permanência do
educando.
Ao responder essa questão, parti da minha vivencia profissional dentro do
espaço escolar e como estudioso do processo avaliativo senti a inquietação mediante as
avaliações que são aplicadas dentro da escola e da sala de aula que vão se contrapondo
as fundamentações teóricas que tratam do tema. O tema-problema aqui abordado se
refere aos instrumentos avaliativos e quais as dificuldades para aplica-los de maneira
diversificada, no caso uma avaliação do ponto de vista diagnóstica, tendo como foco a
dinamização do processo ensino-aprendizagem.
Assim temos como Objetivo Geral: Identificar e caracterizar através de uma
abordagem teórico bibliográfica quais os desafios encontrados pelos docentes pelos
alunos pela não aplicabilidade da avaliação diagnóstica, na tentativa de compreender a

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razão pela qual este tipo de avaliação não é aplicado, e analisar seus benefícios e
consequências na dinamização do processo de ensino-aprendizagem.

Quanto aos Objetivos Específicos pretendemos:

 Identificar a influencia das tendencias pedagógicas no proceso de avaliação do


ensino-aprendizagem;

 Analizar quais os beneficios da avaliação diagnóstica, tendo como foco a


aprendizagem e não a classificação do educando.
A investigação esta organizada em capítulos. No primeiro capitulo abordamos
reflexões sobre a avaliação da aprendizagem da teoria a prática tendo como eixo as
mudanças dessa avaliação no meio educacional, dado que a conjuntura das políticas de
formação docente encontra-se inserida numa dinâmica que exige de nós estudos e
analises. O docente faz parte da dinâmica escolar de maneira que mesmo carente de
formação e informação, cabe a ele atuar a frente das exigências educacionais que
atualmente permeia o meio educacional brasileiro.
No segundo capítulo debatemos sobre o que é avaliação da aprendizagem
escolar e seus objetivos no processo de ensino e de aprendizagem como fonte de
conhecimento, sendo que o foco desse capitulo e demostrar as características desses
processos avaliativos em cada momento histórico da evolução educacional no Brasil.
Trata-se de pontos relevantes que precisam compor o universo dos professores, posto
que essa evolução no ato de avaliar é um instrumento que vem revolucionando a
sociedade escolar como um todo, para tanto, nos utilizaremos das obras sobre avaliação
de Hoffmann (2006), Luckesi (2002), Libâneo (1994) entre outros autores.
No terceiro capítulo concentramos os estudos sobre a analise dos dados obtidos
nos questionários aplicados junto aos docentes e alunos de uma escola pesquisada para
melhor entendermos como vem sendo praticado pelos professores os mecanismo de
avaliação e de como os alunos entendem esse processo avaliativo.
E nas considerações finais por meio de argumentações conclusivas expusemos
nossas percepções elaboradas a partir do caminhar metodológico por nós vivenciado no
decorrer da elaboração desse trabalho. De fato identificamos que a prática docente
quando se trata de como avaliar a aprendizagem do aluno faz parte das discussões no
campo educacional brasileiro como suporte que também é veículo de uma proposta
democrática de educação. Entretanto a partir de olhares voltados a analise bibliográfica
sobre o tema durante a pesquisa percebemos que existem lacunas formativas que muitas

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vezes impedem os professores de exercerem suas práticas articuladas com as exigências
que a legislação educacional vigente hoje no Brasil oferece enquanto instrumento
mediador de conhecimento.

CAPITULO 1- A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: DA TEORIA A


PRÁTICA.
Neste capítulo abordaremos alguns referenciais teóricos sobre o que é avalição,
o que é aprendizagem para que possamos tecer algumas considerações sobre avaliação
da aprendizagem, pois esse assunto é foco da presente pesquisa. Perceberemos que ao
longo do tempo várias foram as denominações utilizadas para a avaliação da
aprendizagem, variando de acordo com cada autor.
Neste contexto faz se necessário repensar os tipos de avalição da aprendizagem
aplicada nas escolas, bem como incentivar a discussão a cerca de uma visão mais
diagnostica da mesma no espaço escolar e sua relevância para obtenção dos objetivos e
metas propostas pelas instituições de ensino, para o alcance dos resultados, contribuindo
para que ocorra um melhor aproveitamento e com isso um avanço no sucesso escolar.
No sistema educacional nacional, a avaliação é usada para a coleta de informação,
necessária aos diversos componentes do sistema (os responsáveis pela determinação das
políticas educacionais; os diretores de escolas; os professores; os alunos) em sua tomada
de decisões. Para Libâneo (1994), a avaliação é um componente do processo de ensino
que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a
relação destes com os objetivos propostos e, daí, orientar o professor na tomada de
decisões em relação às atividades seguintes.
O mais tradicional objeto da avaliação educacional é o aluno, que, durante todo
o ano escolar, é avaliado por seus professores. No entanto, os focos de interesse da
avaliação são cada vez mais diversificados, tornando mais frequentes e mesmo comuns,
no cotidiano da sociedade, as referências à avaliação de cursos, de escolas, de
instituições, de professores, de diretores, de rendimento dos alunos, de desempenho dos
sistemas de ensino, de materiais didáticos, de currículos, de experiências e inovações
educacionais, etc.
O entendimento de que todo processo educacional é composto por diferentes
aspectos e sofre influências de fatores externos a ele faz com que os projetos de
avaliação sejam abrangentes e tenham diversos objetos de interesse, para os quais
existem instrumentos específicos de avaliação, como por exemplo: a aprendizagem dos

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alunos, os condicionantes socioeconômicos e culturais dos alunos, o perfil do
professorado, a prática docente, as condições de funcionamento das escolas, as
características da gestão escolar e o clima organizacional, entre outros.
No contexto escolar, avaliar não é somente atribuir uma nota a um aluno através
de uma única nota que ele tenha tirado em uma prova, avaliar é bem mais que isso. A
avaliação deve ser um instrumento no qual se possa identificar e analisar a evolução, o
rendimento e as modificações do educando, confirmando a construção do
conhecimento.
Um dos problemas identificados nesse tipo de avaliação é o fato de ela poder
resumir-se a mera classificação (avaliação classificatória), o que acarreta danos ao
processo educacional. Imaginemos, por exemplo, que determinado aluno estude por um
tempo, realiza suas avaliações, recebe por elas resultados numéricos e simplesmente, no
final desse processo, procura sua colocação num ranking com os demais estudantes,
como se só bastasse ser aprovado para o ano seguinte, e não aprender. É justamente essa
visão que se procura mudar atualmente nas práticas educativas. Como argumenta
Hoffmann (2006), a avaliação não deve ser classificatória, pois ela “considera as tarefas
numa linearidade, sem a articulação de uma com a outra, o que as torna independentes e
estáticas”. Assim, cada atividade que o aluno faz tem valor por ela mesma, sem estar
ligada a outra, sem ser parte de outro conhecimento maior.
A avaliação que somente classifica transforma a prática educacional em
fragmentos de trabalho, em que as atividades avaliativas são solicitadas à medida que os
conteúdos vão sendo abordados. Nesse processo, o aluno habitua-se a estudar somente
para a prova, sem que lhe seja despertada uma real necessidade de aprender.
A denominação avaliação somativa é questionada por Luckesi (2002). Esse
famoso estudioso brasileiro da área de avaliação defende que, em vez de avaliação
somativa, deveríamos usar a expressão resultados finais, considerando que “esses
resultados sempre serão positivos se efetivamente foram construídos como os resultados
desejados”. Para ele, designando a avaliação de somativa, reportamo-nos a práticas em
que o fim do processo educativo passa a ser mais importante que o processo em si.
Portanto, é preciso considerar com cuidado a avaliação somativa, planejando suas
atividades de modo que não essa prática não se transforme em um jogo de classificação,
causando prejuízos ao processo educacional do aluno.
Se o maior objetivo da escola é que os educandos aprendam e com isso se
desenvolvam, a avaliação deve estar a serviço desse pressuposto. Deve então constituir-

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se como um ato de investigação da qualidade das aprendizagens dos alunos,
configurando-se como avaliação diagnóstica e, a partir desta, motivar a proposta de
ações que aproximem o desempenho real dos estudantes daquele que se deseja que eles
alcancem, pois, O espaço escolar deve propiciar uma cultura sociopolítica que tenha o
ser humano como principal referência, em detrimento da lógica de desigualdades e de
injustiças que vem orientando as políticas e as práticas educativas ao longo da história
da educação brasileira.
Devemos observar que os quatros tipos de avaliação que examinamos, em
muitos momentos, podem mesclar-se nas práticas pedagógicas vigentes. O ator
principal dessa escolha é o professor, que deve fazer suas opções de forma consciente,
em conformidade com os objetivos que pretende alcançar e com o propósito de tornar a
avaliação um elemento pedagógico capaz de contribuir para a aprendizagem do aluno.
Mas, na prática, não é isso que acontece.
Temos hoje no meio educacional, professores, que em sua maioria, aplicando
apenas a avaliação somativa, acreditando ser a mais fácil. Ao avaliar, o professor estará
constatando as condições de aprendizagem dos alunos, para, a partir daí, prover meios
para sua recuperação, e não para sua exclusão, como uma punição, se considerar a
avaliação um processo e não um fim. Isso pode desestimular o aluno a não frequentar
mais a escola; levando a exclusão e até, a evadir-se da escola. A escola por fazer parte
da sociedade, faz o mesmo processo que esta já vem fazendo há muito tempo e muito
bem: ao adotar o processo de avaliação da aprendizagem de forma apenas somativa,
levando o aluno à exclusão social, procurando outros meios de ascensão social que não
a escola.
A partir daí é que o processo de reflexão sobre o papel docente em meio às
inovações do processo avaliativo colocou-se para nós como peça chave enquanto
facilitador de uma organização escolar democrática. Este processo deixa clara a
necessidade de se dotar as escolas de instrumentos que viabilizem a prática democrática
do ensino aprendizagem através da participação da comunidade escolar, melhor
dizendo, dos agentes que atuam, ou deveriam atuar na escola.
2- A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR.
O objetivo desse capitulo é fazermos uma investigação sobre as metodologias e
as estratégias de avaliação utilizada no contexto escolar que nos trás como pressuposto
teórico a ideia de que, os métodos de avaliação deveriam ser utilizados pelo professor

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com a intenção de diagnosticar o processo de construção da aprendizagem dos
educandos.
No contexto escolar, a avaliação, deve ter como finalidade dar um juízo de valor,
o que significa uma afirmação qualitativa sobre um dado objeto, sendo este satisfatório
o quanto mais se aproximar do ideal estabelecido. A atual prática da avaliação escolar
tem mostrado como sua função de classificação e não o diagnóstico. O julgamento de
valor, que teria função de possibilitar uma nova tomada de decisão sobre o objeto
avaliado, tem uma função estática de classificar um objeto a um ser humano histórico
num padrão definitivamente determinado. Essas classificações são determinadas em
números que somadas ou divididas tornam-se médias. Sendo assim, enquanto
classificatória, a avaliação escolar não tem a finalidade de auxiliar na reflexão sobre a
prática e retornar a ela, mas sim, como um meio de julgar a prática e torná-la
estratificada.
Desde que se tem a educação como processo formativo de conhecimento através
da aprendizagem varias formas de avaliação já foram propostas A forma prevalente
advém de La Salle que, em 1720, propôs em o Guia das escolas cristãs, o exame como
supervisão permanente da aprendizagem, contrapondo-se a outra visão, a de Comenius
(João Amós Comenius), que na sua Didática Magna, concebe a avaliação como um
problema metodológico de aprendizagem e não de verificação desta (Garcia, 2001, p.
31).
E assim foi durante vários anos somente A partir das primeiras décadas do
século XX, os modelos de avaliação existentes, sofreram o peso significativo da
influência norte-americana, pois surge nos Estados Unidos o movimento dos testes
educacionais desenvolvido por Robert Thorndike, resgatando o valor de mensurar as
mudanças comportamentais. Houve assim, uma crescente utilização da mensuração na
avaliação o que denota a importância desse movimento para a educação na época.
Na década de 50 surgem estudos que visavam desestabilizar a ideia de
mensuração na avaliação, como as ideias de Ralph Tyler. Que mesmo não descartando
totalmente a importância dos testes, mas acreditava que existiam outras maneiras de se
constatar as mudanças comportamentais, denominadas aprendizagem.
DEPRESBITERIS (1989) se refere a essa, nessa perspectiva dizendo:
"Tyler defendia a inclusão de uma variedade de procedimentos avaliativos,
tais como: testes, escalas de atitude, inventários, questionários, fichas de
registros de comportamento e outras formas de coletar evidências sobre o
rendimento dos alunos em uma perspectiva longitudinal, com relação à
consecução de objetivos curriculares." (DEPRESBITERIS 1989).

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Essa avaliação objetivava julgar o comportamento dos alunos, acentuando a
importância em formular objetivos educacionais em termos comportamentais, de forma
precisa e clara e esse tipo de avaliação teve grande influencia na avaliação educacional
brasileira, pois seguia as bases teóricas do positivismo que visava o modelo de produção
industrial desse período e é nesse cenário que se desenvolvem as tendências
educacionais no Brasil e todo o processo de ensino aprendizagem e o sistema avaliativo
da educação Quando se trata de analisar as vertentes teóricas e práticas relacionadas a
prática docente vinculadas as tendências pedagógicas e ao uso do processo avaliativo
como ferramenta do ser e do fazer docente, necessariamente surgem reflexões que nos
impõe aprofundar discussões referente a essa temática.

A pedagogia tradicional é uma tendência da educação que prioriza a teoria do


ensino sobre a prática, ou seja, a principal preocupação dos professores está relacionada
a “como ensinar” e não a “como aprender”. Nesse tipo de pedagogia, a mente da criança
é vista como tabula rasa, expressão vinda do latim que significa folha em branco. John
Locke (1997), filósofo empirista (1632-1704), dizia que não há nada em nossa mente
que antes não tenha passado em nossos sentidos. Ou seja, a pessoa nasce sem
conhecimento algum, mas com o passar do tempo pode ir adquirindo a medida que vai
assimilando o mundo à sua volta por meio da experiência.
Historicamente a tendência tradicionalista, que fez parte do senário educacional
brasileiro ate o final da década de 1930, teve seus pressupostos baseados na
centralização do conhecimento na figura do professor o qual tinha como a função de
repassar esse conhecimento de forma sistemática aos alunos que eram vistos como
repositórios desse conhecimento tendo estes a obrigação de memorizar as informações
recebidas, pois essa era a forma de se desenvolver no meio educacional e social, pois
quanto mais informação fosse armazenada maior seria o grau de desenvolvimento desse
individuo. Para Libâneo (1990), em decorrência desse modelo educativo, o processo de
ensino-aprendizagem desenvolvia-se de forma passiva e mecânica. Segundo o autor:
A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar
os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as
aptidões individuais. Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos
valores e normas vigentes na sociedade de classe, através do
desenvolvimento da cultura individual. Devido a essa ênfase no aspecto
cultural, as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, pois,
embora a escola passe a difundir a ideia de igualdade de oportunidades, não
leva em conta a desigualdade de condições. Libâneo (1990).

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O autor deixa claro nesta citação que a relação professor/ aluno e aquela em que
o aluno precisa se adaptar, pois o professor já traz o conteúdo pronto e o aluno se limita
passivamente a escutá-lo. O ponto fundamental desse processo será o produto da
aprendizagem. A reprodução dos conteúdos feita pelo aluno, de forma automática e sem
variações, na maioria das vezes, é considerada como um poderoso e suficiente indicador
de que houve aprendizagem e de que, portanto, o produto está assegurado.
Outra tendencia que surgiu no Brasil foi a liberal progressista. Essa tendência
pedagógica segue o desenvolvimento social e cultural ocorridos no campo educacional
mundial, pois visa acentuar o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões
individuais sempre voltadas a atender as necessidades do aluno, portanto o papel da
escola visa dessa forma preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade,
adaptando as necessidades do educando ao meio social e por isso ela deve imitar a vida.
Nessa tendência o foco do aprendizado já não esta mais centrada no professor,
como na tendência liberal tradicional, agora a atividade pedagógica esta centrada no
aluno essa tendência defende-se a ideia de “aprender fazendo”, portanto centrada no
aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do
meio natural e social, etc. Para Libâneo (1990), as tendências denominadas
progressistas configuram-se em uma ferramenta de luta dos docentes ao lado de
outras práticas sociais, com o objetivo de alcançar a transformação da ordem social e
econômica até então em vigência no mundo. Esse autor compartilha da ideia de que a
corrente progressistas tem como objetivo a luta pelo desenvolvimento de uma
consciência crítica, concebendo a escola como lugar de ruptura dos modelos liberais
vigentes.

Outra tendência liberal é a não-diretiva. Nessa nova vertente da tendência liberal


o processo pedagógico começa a perpassar o campo social, ponto de partida da
tendência progressista, para o campo psicológico, pois para Libâneo (1990) e Saviani
(1999), no afã de construir a personalidade discente por meio de experiências
significativas que lhe proporcionassem o desenvolvimento de características
referentes à sua natureza, essa vertente passou a considerar mais os processos
mentais e os aspectos psicológicos do que a sistematização racional dos conteúdos.

E é partindo desse pressuposto que nessa tendência teremos como centro das
discussões ainda mais a figura do aluno, pois o papel da escola na vida do aluno é de
formação de atitudes concretas em relação a si mesmo, razão pela qual deve estar

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mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou
sociais. Essa tendência tem sua base nas teorias do psicólogo norte americano Carl
Roger (1973), para quem a descoberta por si mesmo seria o aspecto mais relevante
do processo de ensino-aprendizagem segundo Carl Roger (1973, p. 104):

Enfrentamos, a meu ver, situação inteiramente nova em matéria de educação,


cujo objetivo, se quisermos sobreviver, é o de facilitar a mudança e a
aprendizagem. O único homem que se educa é aquele que aprendeu como
aprender; que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que
nenhum conhecimento é seguro [...].
(ROGERS, 1973, p. 104)

Ainda segundo Carl Roger (1973, p. 29):

Ensinar não é manter a ordem na sala, despejar fatos, fazer exames e dar
notas. Ensinar é mais difícil do que aprender, porque o que o ensino exige é o
seguinte: deixar aprender. Permitir que o estudante aprenda alimentando a
sua curiosidade. (ROGERS, 1973, p. 29)

Para esse autor, aprender é modificar suas próprias percepções, pois apenas se
aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. A retenção
do conhecimento se dá pela relevância do aprendido em relação ao “eu”, o que torna a
avaliação escolar sem sentido, privilegiando-se a autoavaliação. Trata-se de um ensino
centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador das relações interpessoais e
portanto, essa auto avaliação tem que ser construída gradativamente acompanhando seu
aprendizado a partir de sua forma de perceber o mundo.
Já a tendência liberal tecnicista é baseada em uma educação escolar voltada aos
interesses do capital e tendo o aluno como objeto não de construção do conhecimento e
sim um reprodutor do conhecimento, ele deixa de ser ativo dentro do processo de
aprendizagem para se tornar um depositário passivo do conhecimento e esse
conhecimento deve ser acumulado não mais pro enciclopédias, ou por aprender fazendo
e muito menos pela autoavaliação pelo individuo. Essa tendência visa produzir
indivíduos com competências para atender o mercado de trabalho aonde a ciência do
comportamento humano será aplicada para gerar esses indivíduos que terão que adquirir
conhecimento através de associações sendo esses conhecimentos acumulados para
serem usados de acordo com os interesses do mercado.
A escola liberal tecnicista atua no aperfeiçoamento da ordem social vigente (o
sistema capitalista), articulando-se diretamente com o sistema produtivo tendo a
organização da pratica escolar voltado a modelização do comportamento humano
tornando o conteúdo e a forma de repassar esses conteúdos o centro do processo

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educacional em uma relação de simples transmissão e recepção do conhecimento.
Segundo Saviani (2010, p. 381):
Com base no pressuposto da neutralidade científica e inspirada nos princípios
de racionalidade, eficiência e produtividade, a pedagogia tecnicista advoga a
reordenação do processo educativo de maneira que o torne objetivo e
operacional. (Saviani 2010, p. 381).

Dentro desse contexto o processo pedagógico tem seu papel bem definido sendo
que os conteúdos a serem ministrados se tornam o centro do processo de ensino
aprendizagem tornando a relação professor aluno e o meio social quase que inexistente.
Ao tratarmos das tendências progressistas tratamos de uma visão pedagógica na
qual as relações de classe iram estar no âmbito das discussões atreladas ao
conhecimento cientifico para promover o desenvolvimento social do aluno dentro e fora
do espaço escolar de uma forma global. Mas a tendência progressista libertadora pode
ser considerada uma tendencia que pela primeira vez teve um caráter metodológico
nacionalista, pois foi pautada em ideais voltados a realidade nacional, essa forma
libertadora de entender e fazer a educação também ficou conhecida como a pedagogia
de Paulo Freire onde a organização pedagógica fica atrelada a uma mudança de postura
em relação ao oprimido, ou seja, a educação terá como foco as minorias menos
favorecidas buscando assim uma maior democratização do ensino e com isso mudar a
realidade da maior parcela da população.
Seguindo essa perspectiva GADOTTI (1988) afirma que, Paulo Freire não
considera o papel informativo, o ato de conhecimento na relação educativa, mas insiste
que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não se elabora uma nova
teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do
conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e
apropriar-se de outros.
Para esse autor o individuo se poderá se libertar da condição de oprimido quando
se conscientizar dessa condição em que se encontra e através da participação das lutas
de classe, pois somente com sua conscientização ele poderá se libertar da exploração
não somente do âmbito pedagógico mais também da exploração econômica e politica e
isso só será possível através da formação de uma consciência critica de sua própria
realidade social.
A tendencia progressista libertária assim como a tendencia libertadora tem como
pressuposto a realidade vivida pelo individuo que será incorporado a situações
problemas tornando o conhecimento possível com seu uso pratico sendo esse

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conhecimento construído de forma coletiva. Esse tipo de aprendizagem e também
intendida como uma aprendizagem que favorece a informalidade e uma educação mais
livre para todos, de acordo com Libâneo (1985) os conteúdos programáticos são
colocados à disposição do aluno, mas não são exigidos sistematicamente (avaliação
formal questionadora).
O componente curricular é visto como objetivo secundário, tendo em vista que o
norte para aprendizagem é momento social, a vivência pessoal e em grupo. Os
educandos são assim formados para serem seres sociais, os professores são apenas
orientadores e catalizadores, novamente os alunos, aprendem em grupo.

Outra tendencia muito importante é a Critica Social dos Conteúdos, nesta


tendência progressista podemos encontrar com forma metodológica os conceitos de
cultura, universalização e o ambiente social do individuo como pressupostos para o seu
desenvolvimento educacional. Dentro dessa perspectiva o ensino tudo isso se faz
necessário para seu desenvolvimento social, pois ao se apropriar dos conteúdos esse
individuo pode entender de forma coletiva o que se passa ao seu redor e com isso
compreender a realidade. Dermeval Saviani foi o principal expoente dessa tendência em
seu livro Escola e Democracia publicado em 1984. Outro representante dessa
tendência foi José Carlos Libâneo que apresentou em uma coletânea de artigos no livro
Democratização da escola púbica, publicado em 1985, as bases da proposta de
tendência pedagógica sob sua ótica pedagógica. De acordo com Saviani(2008), essa
tendência recebe essa nome porque tem como fundamentação teórica uma dialética
histórica:

Quando se pensam os fundamentos teóricos, observa-se que, de um lado, está


a questão da dialética, essa relação do movimento e das transformações; e, de
outro, que não se trata de uma dialética idealista, uma dialética entre os
conceitos, mas de uma dialética do movimento real. Portanto, trata-se de uma
dialética histórica, expressa no materialismo histórico, que é justamente a
concepção que procura compreender e explicar o todo desse processo,
abrangendo desde a forma como são as produzidas as relações sociais e suas
condições de existência até a inserção da educação nesse processo (Saviani
2008 p. 141).

Seguindo esse pensamento, a metodologia básica para o desenvolvimento da


referida tendência parte da particularidade de viabilizar a sistematização dos conteúdos
sendo que a partir dos conteúdos universais que possam estar relacionados com a
realidade dos estudantes, esse conteudos em questão tem que ser vividos pelos

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estudantes e tem que ter relevância, pois tem que fazer com que o aluno esteja
preparado para vida social tanto no seu ambiente familiar quanto na sociedade e é ai que
o papel do professor sera de mediador desse conhecimento e o aluno sujeito desse
processo pedagógico. Nessa tendência ocorrera o processo de democratização da escola,
pois estará voltado as camadas populares.

CAPITULO- 3 – ANALISE DAS INFORMAÇÕES


Nesse capitulo apresentaremos um estudo acerca da forma como o processo
avaliativo esta sendo praticado na escola Bernardino Pereira de Barros e de como a
avaliação diagnostica pode contribuir como ferramenta que visa a melhoria da educação
escolar. Sendo que, objetivamos mesmo e desvelar as peculiaridades que envolvem o
uso da avaliação diagnostica como parte integrante do processo ensino aprendizagem.
O interesse por esse foco de estudo tem como eixo o seguinte: de um lado as
inovações nos processos avaliativos referentes a novos métodos de ensino têm esse
apelo deslumbrante, de outros elas não são integradas facilmente ao cotidiano das
escolas. Desse modo acreditamos que é válido ampliar os debates acerca do uso da
avaliação diagnostica como recurso pedagógico e metodológico na escola.
A seguir apresentaremos os resultados obtidos através da coleta de informações
com os professores, para manter o sigilo das informações obtidas, durante a construção
desse trabalho iremos nos referir aos 50 professores como (P) Iremos apresentar
também os resultados das informações obtidas com os sessenta e seis alunos de três
turmas do 3º ano do ensino Médio, sendo uma turma do turno matutino e uma do turno
vespertino acerca da utilização da avaliação diagnostica como recursos para o avanço do
processo de ensino aprendizagem. Para uma melhor compreensão dos dados, os
resultados serão apresentados divididos em categorias seguidos da triangulação dos
dados por gráficos.

3.1– A Avaliação da Aprendizagem na Visão dos Professores e Alunos.


Essa categoria busca apresentar o conceito da definição de avaliação da
aprendizagem de acordo com a concepção dos professores P, que por serem 50 que
serviram de base para a coleta de dados da pesquisa, e dos 66 alunos envolvidos no
processo de pesquisa para a elaboração deste trabalho, nosso objetivo era ter uma

17
amostra de 100 alunos, mas muitos se negaram a participar, mesmo sendo alunos de
terceiro ano do ensino médio não se sentiram a vontade em participar da pesquisa.
Esse tipo de obstáculo também foi percebido com os professores, pois muitos
não se sentiram a vontade para responderem os questionários provocando atraso na
conclusão da pesquisa e da analise de dados nos levando a acreditar que existem lacunas
formativas a serem evidenciadas futuramente. Como forma de organizar os dados
coletados faremos analises de forma pontual com o objetivo de organizar as discussões
e de agrupar os dados coletados através de gráfico de pizza. De acordo com 80% dos
professores P:
avaliação da aprendizagem é toda e qualquer metodologia que o professor
venha a utilizar durante as aulas e que auxiliem no processo de ensino-
aprendizagem e que facilitem o desenvolvimento odo aluno.
Segundo Hoffmann(2003, p.63):
[...] na concepção mediadora a ação educativa realiza-se com base na busca
de alternativas de integração aluno-escola, com vistas a que, mediante
questões desafiadoras, o educando desenvolva a sua autonomia nos diversos
campos de sua formação, seja este moral, afetivo, intelectual ou social. (
Hoffmann, 2003, p. 63).

Segundo os outros 20% dos P, a avaliação da aprendizagem deve ser entendida


como:
ferramentas utilizadas pelo professor para facilitar o processo de ensino-
aprendizagem do aluno, dispondo que esse processo consiste na busca do
ensinar e aprender verificando sempre se esta havendo aprendizagem e se
essa esta sendo satisfatória

Ainda segundo Hoffmann (2008):


[...] a avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo
para se transformar na busca incessante da compreensão das dificuldades do
educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.
(HOFFMANN, 2008, p. 19).

Para os professores P em sua totalidade, não é difícil expor suas concepções


acerca da definição do conceito de avaliação da aprendizagem, tendo em vista que eles
já possuem vários anos de profissão, atuando na área da educação e deparam-se com
situações que envolvem esse tema com frequência nos seus cotidianos, o que
contribuem para que eles possuam uma conceito formado sobre o tema. O que não nos
permite afirmar que as definições de avaliação da aprendizagem dos professores P que
somaram 80% e dos professores P que somaram 20% estão cem por cento certas ou
erradas, simplesmente suas experiências cotidianas que os levam a possuir essa
concepção.

18
Com os alunos é um pouco diferente, durante os processos de observação e
aplicação dos questionários, pudemos constatar a existência de uma insegurança e uma
dificuldade em relação à definição desse tema, pois entre eles, embora os professores P,
em sua totalidade já tenham utilizado vários recursos avaliativos em sala de aula como
seminários, pesquisa bibliográfica, palestras entre outras formas de avaliação que visão
facilitar a aprendizagem. Quando perguntamos para os alunos se eles conseguiam nos
dar uma definição a acerca do que é avaliação da aprendizagem obtivemos as seguintes
respostas:
Cinquenta e cinco alunos, ou seja, 83,33% dos alunos nos responderam que
não que não sabem o que avaliação da aprendizagem, onze alunos, ou seja, 16,67% dos
alunos responderam que sim no momento de definir o que é avaliação da aprendizagem.
Podemos perceber, conforme nos mostra o gráfico abaixo, que a maioria dos alunos
entrevistados mesmo tendo contato diário com praticas avaliativas não são capazes de
nos dar uma definição sobre o que é avaliação da aprendizagem.
Gráfico 1 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobrea definição de avaliação da
aprendizagem.

DEFINIÇÃO DE AVALIAÇÃO
SEGUNDO OS ALUNOS

NÃO
16,67%

SIM
83,33%

Questionários aplicados aos alunos do 3º ano do ensino Médio de uma escola pública do município de Abaetetuba– PA.

Podemos constatar também que mesmo os alunos que não souberam nos dar
uma definição sobre o que é avaliação da aprendizagem como os que souberam
reconhecer o que é o processo avaliativo quando utilizado em sala de aula, ou seja, na
prática os alunos possuem dificuldades em identificar quais as formas de avaliação
utilizadas na sala de aula pelos professores. Muitas vezes isso ocorre porque o aluno não
está preparado para reconhecer e se utilizar dos métodos avaliativos, o que acaba

19
atrapalhando a aprendizagem do aluno e atrapalhando o objetivo avaliativo proposto
pela aula.
Jussara Hoffmann (2014, p.26), defende uma nova compreensão de avaliação
que exige do professor uma “... concepção de criança, de jovem e de adulto como
sujeitos do seu desenvolvimento, inseridos no contexto de sua realidade social e
política”. Conforme a referida autora, nessa dimensão educativa, os erros e dúvidas dos
estudantes são considerados como momentos significativos e impulsionadores da ação
educativa. Para tanto o processo avaliativo não deve ser utilizado de qualquer jeito, deve
haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para
alcançar o objetivo proposto por sua disciplina e explicar ao aluno o que esta
acontecendo e quais serão os objetivos que eles devem alcançar.
Ainda segundo Hoffmann (1995):
avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento
permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões [...] a partir
de respostas que este vai formulando.( Hoffmann, 1995, p. 20)

Quando o aluno não possui conhecimento adequado para lidar com a forma que
esta sendo avaliado pode resultar em uma avaliação improdutiva, pois o aluno não vai
se sentir incitado a interagir com o conteúdo e com isso esse conteúdo e essa prática
avaliativa passa a ser visto como algo por si mesmo e não como instrumento que auxilia
o processo de ensino e de aprendizagem e esse tipo de situação pode ser considerada
como uma inversão didática.
Para que ocorra uma maior interação entre a prática avaliativa, o professor e o
aluno no processo de ação reflexão e com isso melhores resultados na avaliação da
aprendizagem dos alunos faz-se necessário que o professor durante as aulas precisa
escolher com cuidado quais recursos avaliativos serão utilizados. Pois, para que esses
recursos consigam desenvolver o seu papel de mediador e facilitador da relação entre
professor/aluno/conhecimento é preferível que conteúdos que serviram de objeto
avaliativo façam parte da vida dos alunos, para que os alunos consigam encontrar uma
relação entre o conteúdo e o seu cotidiano.

3.2 – O Modelo Avaliativo na Escola.


Nessa categoria iremos tratar da capacidade dos professores reconhecerem qual
o modelo de avaliação da aprendizagem é aplicado na escola atualmente e se os alunos

20
sabem identificar em que momento estão sendo avaliados no decorrer do ano letivo
pelos professores.
Ao analisarmos os questionários foi possível agrupar os professores em três
grupos segundo suas respostas, pois mesmo todos respondendo que conhecem o modelo
avaliativo aplicado hoje na escola pesquisada as respostas seguiram caminhos
diferenciados no primeiro grupo formado por 21 professores, ou seja, 42% do total,
afirmaram que:
Existem dois processos de avaliação da aprendizagem hoje na escola um
processo quantitativo, e outro qualitativo. O primeiro e realizado é realizado
com aplicação de provas, simulados, testes e trabalhos, já o segundo efetiva-
se através da observação da participação e assiduidade do aluno para se
chegar em uma nota final.

Essa visão de avaliação pode ser considerada a que hoje vem sendo proposta
pela lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB 9394/96) em seu artigo 24,
parágrafo V:
V -a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a)avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais. (BRASIL, 1996).

Para esses professores esse método de avaliação é o que mais reflete a realidade
dos alunos em relação ao processo de ensino aprendizagem hoje dentro do espaço
escolar. Através da resposta de um segundo grupo de 12 professores, ou seja, 24% dos
que responderam o questionário nos deparamos com uma visão de avaliação que se
caracteriza por ser, segundo eles, somativa, pois segundo uma amostra eles entram em
consenso:
Acreditamos que o modelo usado hoje na escola esta pautado na avaliação
somativa, pois atribuímos notas e conceitos para o aluno ser promovido ou
não de um nível de ensino para o outro e são essa notas que caracterizam o
processo de ensino aprendizagem delimitando o grau de desenvolvimento do
aluno.

Após uma breve análise das respostas dos professores desse grupo pudemos
observar que a maioria ao pensar essa avaliação de forma somativa não proporciona ao
aluno a oportunidade de reconhecer suas dificuldades frente aos conteúdos e muito
menos de poderem refazer seus conhecimentos, pois esse tipo de avaliação aplicada
pelos professores ainda esta centrada no certo e errado quando deverei ser centrada na
relação de conhecimento do aluno e esse conhecimento deve ser proporcionado pelo
professor ao promover uma maior interação do aluno com o conhecimento escolar e o

21
conhecimento de mundo internalizado no aluno, pois segundo CARMINATTI,
BORGES (2012, p. 174).
A avaliação não deve ser construída isoladamente do processo de
aprendizagem e, ainda mais, ela deve oportunizar um momento de
aprendizagem desconstruindo os mitos que historicamente foram acumulados
pela sociedade escolar. Ou seja, a avaliação não deve ser percebida como um
apêndice do processo de ensino‐aprendizagem, como algo que tem algum
contato com o processo, mas cuja função ainda não se sabe ao certo. Ela deve
ser entendida e utilizada de maneira a estar apropriada pelo processo, como
algo integrado, do qual se sabe o verdadeiro propósito (CARMINATTI,
BORGES, 2012, p. 174).
Seguindo esse pensamento percebemos que ao isolar o processo avaliativo
esses professores ao avaliar seus alunos não conseguem mensurar o grau de
aprendizagem dos alunos, pois não avaliam todos os aspectos da aprendizagem e,
portanto não podem definir a real aprendizagem desses alunos.
Quando analisamos os questionários dos 17 professores restantes, 34%
percebemos que para eles a avaliação dos alunos de uma forma mais tradicional e a
forma mais completa de avaliar, pois para eles é a que mais retrata a realidade da
aprendizagem dos alunos hoje no espaço escolar mesmo que reconheçam outras formas
de avaliação e sua importância eles se restringem a avaliar tradicionalmente, pois
segundo eles:
A avaliação só pode ser feita após explicar os conteúdos exercita-los e feita
uma prova e dela é atribuída a nota final de cada período avaliativo e essa
nota é que vai indicar o nível de instrução dos alunos para saber se estão
aptos a subir de nível.

De acordo com HAYDT (1997, p. 28), a avaliação deve ter outra função como:
A avaliação é um processo, e como tal deve ser encarada. Por isso ela deve
fazer parte da sala de aula, sendo usada periodicamente como um dos
aspectos integrantes do processo ensino-aprendizagem. Ao fazer uso
conjugado das três modalidades de avaliação-diagnóstica, formativa e
somativa, com suas respectivas funções-diagnosticar, controlar e classificar -,
o professor está garantindo a eficácia do seu ensino e a eficiência da
aprendizagem. (HAYDT, 1997, p. 28)

Podemos perceber que entre os professores que participaram da pesquisa


existem divergências entre as informações prestadas sobre qual o modelo de avaliação
aplicado hoje na escola, pois entre todos os métodos apresentados por eles em nem um
momento a figura do aluno como protagonista de seu próprio aprendizado foi exposto
como pode perceber no gráfico a seguir.

22
Gráfico 2 - Gráfico de pizza representando as respostas dos professores sobre o modelo de
avaliação da aprendizagem utilizado hoje na escola pesquisada.

MODELO DE AVALIAÇÃO SEGUNDO A VISÃO DOS


PROFESSORES

TRADICIONAL
24%
CUMULATIVA
42%

SOMATIVA
34%

Fonte: Questionários aplicados aos professores de uma escola pública do município de Abaetetuba– PA.

Nessa mesma categoria iremos fazer a análise das informações coletadas junto
aos 66 alunos que participaram da pesquisa se eles reconhecem em qual momento
dentro de seu cotidiano em sala de aula durante o ano letivo ele esta sendo avaliado.
Cem por cento dos 66 alunos responderam que sim que reconheciam esse momento.
Quando convidados a marcar com um ( X ), em uma tabela qual o período eles
eram avaliado os alunos deram as seguintes respostas:
PERGUNTA
Se sim, marque um X No parêntese correspondente a esse momento
Todos os dias ( X )
Semanalmente ( )
Mensalmente ( )
Bimestralmente ( X )
Trimestralmente ( )
Semestralmente ( )
Anualmente ( X )
Tabela 1- coletada juntos aos professores do 3º na do ensino Médio de uma escola publica do município de Abaetetuba-PA.

Ao analisarmos as tabelas dos questionários respondidos percebemos que, vinte


e oito alunos, 42,42%, nos responderam que eram avaliados diariamente, vinte e sete

23
alunos, 40,91% nos responderam que bimestralmente e onze alunos, ou seja, 16,67%
nos responderam que anualmente são avaliados. O que nos mostra, conforme gráfico
abaixo, que os alunos em sua maioria não têm um conhecimento formado de como
ocorre a utilização do processo avaliativo aplicado pelos professores dentro de sala de
aula.
Para constatarmos a veracidade desses dados pedimos então para que os alunos
nos exemplificassem a forma como são avaliados e segundo os alunos que fazem parte
dos 42,42%, afirmaram que são avaliados diariamente através de aulas expositivas,
discussões sobre temas do assunto, seminários, apresentações e resumo de filmes. Entre
os alunos que fazem parte dos 40, 91%, afirmaram que são avaliados com provas ou
simulados, ou com provas e recuperação ao final de cada bimestre. E entre o grupo que
afirmou ser avaliado anualmente, ou seja, os que pertencem aos 16,67%, só são
avaliados de verdade no ultimo simulado do ano, pois nele é cobrado o conteúdo do ano
inteiro. Esse desconhecimento de quando ocorre o processo de avaliação por parte do
aluno reflete as varias formas de desorganização por parte do professor na hora de
avaliar seus alunos, pois a avaliação deve ser um processo continuo e de interação entre
os protagonistas dessa ação, ou seja, uma interação entre professor e aluno, pois é entre
eles que todo o objetivo avaliativo tem que acontecer e portanto deve ser bem definido
entre eles para que os alunos tenham oportunidade de adquirir conhecimentos que vão
além do conhecimento teórico, das experiências práticas e da tradição oral, e sim um
bom conhecimento de mundo
3.3 – A Avaliação Diagnostica e sua Importância para o Aperfeiçoamento do
Processo Avaliativo.
Nessa categoria iremos tratar da relação entre a avaliação diagnostica e de sua
importância para o aperfeiçoamento do processo avaliativo aplicado hoje na escola.
Podemos entender a avaliação como sendo um dos processos que influenciam
diretamente no ensino aprendizagem, pois é a partir dela que a escola pode analisar o
grau de desenvolvimento dos alunos e assim traçar planos para que essa aprendizagem
possa se desenvolver de uma forma mais coerente e que possa realmente refletir a
realidade do aluno o seu desenvolvimento educacional. De acordo com as informações
prestadas pelos professores P, que conseguimos agrupar segundo suas respostas sobre a
importância da utilização de uma avaliação mais diagnostica em sala de aula pode
facilitar ou não no processo de ensino-aprendizagem dos alunos obtivemos algumas
respostas muito importantes.

24
De acordo com a opinião de um grupo de 22 professores, 11%, dos que
responderam os questionários, para eles a utilização de uma avaliação mais diagnostica
facilita na aprendizagem dos alunos e pode sim mudar o panorama educacional que hoje
enfrentamos com um índice de reprovação elevado e muita evasão de alunos no
decorrer do ano letivo e esse tipo de avaliação pode sim servir como forma de avanço,
pois é através dela que podemos diagnosticar quais assuntos os alunos já conseguem
dominar ou não propiciando uma intervenção por parte dos professores de forma mais
efetiva e com isso reduzir tanto o índice de reprovação como o de evasão que é o que
mais nos preocupa. Segundo Araujo ( 2009):
[...] A partir do momento em que o professor sabe quem é seu aluno, ele
passa a utilizar a realidade do mesmo para se aproximar deles buscando
alternativas que despertem a vontade de permanecer na escola, descobrindo
aplicações na sua vida prática daquilo que a escola oferece. (ARAUJO, 2009,
p. 1)
Segundo o autor se o professor não procura diagnosticar, ou seja, conhecer seu
aluno e sua verdadeira necessidade ele contribui para que o aluno não se desenvolva
plenamente e sim para que ele não sinta a necessidade de aprender.
Esse pensamento nos leva a crer que a avaliação diagnóstica só tem a contribuir
para o avanço do processo de ensino aprendizagem dos alunos. Pois ao diagnosticar as
dificuldades dos alunos o professor pode corrigir essas lacunas formativas de forma
mais eficiente além doe proporcionarão aluno as formas necessárias de se desenvolver
de uma forma mais autônoma.
Outro grupo formado por 28 professores, ou seja, 56% dos professores vem na
avaliação diagnostica uma oportunidade uma oportunidade de quebrar as barreiras
formativas dos alunos e ate mesmo deles próprios, pois concordam que ao diagnosticas
diariamente o aluno através de uma avaliação diária propiciando a eles quebrar barreiras
através dos feedbacke de todos os assuntos trabalhados diariamente em sala de aula
fazendo com que o aluno aprendam e sejam avaliados diariamente e não somente em
momentos específicos como é feito hoje nas escolas. Segundo Perenoud (1999):
Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os
resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam
supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter
diagnóstico. A avaliação é um processo que deve estar a serviço das
individualizações da aprendizagem. (Perenoud, 1999, p. 78).
De acordo com o autor quando o professor se propõe a avaliar o aluno de uma
forma mais diagnóstica estará promovendo o crescimento individual de forma
organizada deixando de classifica-lo e sim humanizando seu conhecimento além de
quebrar as barreiras formativas do processo avaliativo que ainda esta pautado em

25
classificar sem levar em conta o verdadeiro aprendizado que é o conhecimento
adquirindo como um todo que não pode ser medido com uma simples teste. Segundo
HOFFMANN ( 1998):
O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a transformação.
Os pesquisadores muitas vezes se satisfazem com a descoberta do mundo,
mas a tarefa do avaliador é a de torna-la melhor. O que implica num processo
de interação educador e educando, num engajamento pessoal a que nenhum
educador pode se furtar sob pena de ver completamente descaracterizada a
avaliação em seu sentido dinâmico. (HOFFMANN, 1998, p. 110).

Esse modelo de proposta de aprendizagem mais diagnóstica leva o aluno a


perceber sua aprendizagem e se auto avaliar juntamente como professor a cada
momento criando assim uma forma de ele mesmo perceber seu crescimento
educacional. Segundo SANT´ANNA (1998):
A auto avalição é capaz de conduzir o aluno a uma modalidade de apreciação
que se põe em prática durante a vida inteira. Graças a ela os alunos adquirem
uma capacidade cada vez maior de analisar as suas próprias aptidões,
atitudes, comportamentos, pontos fortes, necessidades e êxitos na concepção
de propósitos. Eles desenvolvem sentimentos de responsabilidade pessoal ao
apreciar a eficácia dos esforços individuais e de grupo. Aprendem a enfrentar
corajosamente as competências necessárias em várias tarefas e a aquilitar
suas próprias potencialidades e contribuições. Uma vez que se espera do
aluno a responsabilidade por sua própria aprendizagem, é importante que se
considere que isto somente ocorrerá se ele tiver uma visão clara do eu está
tentando obter e de como está agindo a respeito. Quando o desejo de
melhorar ocorre, como decorrência de suas percepções e analises, ocorrerão
melhores condições para se aperfeiçoar. (SANT’ANNA, 1998 p. 94).

Isso nos leva a acreditar que quando o professor esta comprometido como o real
objetivo da aprendizagem que é o verdadeiro desenvolvimento do aluno a avaliação
diagnóstica pode exercer papel fundamental para se chegar a uma evolução do processo
de ensino aprendizagem. Portanto o processo avaliativo tem que se adequar a uma nova
realidade para que a escola se torne um espaço de verdadeira construção do
conhecimento e não mais um lugar de segregação e de imposição do sistema aonde o
aluno possa reconhecer suas dificuldades e supera-las diariamente como auxilio do
professor.
Em seguida perguntamos aos alunos, se para eles a utilização de uma avaliação
diária de forma mais diagnóstica facilitava a aprendizagem dos conteúdos. Do total de
alunos entrevistados quarenta e cinco alunos, ou seja, 68,18% dos alunos nos
responderam sim, que acreditam que a utilização de uma avaliação diagnóstica facilita
na aprendizagem dos conteúdos diários, quatro alunos, 6,06%, nos responderam que não
e dezessete alunos, 25,75% dos alunos nos responderam que acreditam que em algumas
vezes a utilização de esse tipo de avaliação pode facilitar a aprendizagem dos conteúdos

26
e em outras vezes não. Podemos perceber, conforme gráfico abaixo, que a maioria dos
alunos consideram que a utilização da avaliação diagnóstica facilita a aprendizagem dos
conteúdos desenvolvidos diariamente.
Gráfico 3 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobre a utilização de uma
avaliação diagnostica facilitarem a aprendizagem dos conteúdos diariamente.

APRENDIZAGEM DIARIA DOS CONTEUDOS

AlGUMASVEZES
25,76%

NÃO
6,06%
SIM
68,18%

Fonte: Questionários aplicados aos alunos do 3º ano do ensino Médio de uma escola pública do município de
Abaetetuba – PA.

Concluímos este capítulo, no qual tivemos a oportunidade de caracterizar o


nosso campo de pesquisa e apresentar os resultados dos dados coletados, através da
triangulação das informações fornecidas pelos professores P, pelos gestores G1, G2 e
pelos alunos e por nossas observações, durante todo o nosso processo de pesquisa sobre
a utilização de uma avaliação diagnóstica como recurso para o avanço do processo de
ensino aprendizagem.

CONIDERAÇÕES FINAIS

Assim, neste estudo, que constitui originalmente a referido artigo, a posição


que assumimos enquanto pesquisador é a de que o processo de reflexão sobre o papel
docente em meio às inovações do processo avaliativo de uma perspectiva teórica
metodológica assume papel imprescindível, senão, o mais importante, para a efetivação
de uma organização do trabalho pedagógico democrático e significativo. É válido
destacar ainda que as discussões outrora apresentadas servem de referência a
compreensão sobre relações sociais estabelecidas no processo de trabalho escolar, no
que se refere aos dilemas enfrentados pelos agentes educacionais.

27
Nesse contexto identificamos que o papel dos agentes escolares perante a
avaliação da aprendizagem e seus instrumentos como um desafio à mudança da prática
docente, principalmente no que se refere às praticas avaliativas aplicadas hoje nas
escolas e as discussões que se ligam à prática docente efetivada, atualmente; e, por fim,
vislumbra o cotidiano do processo de avaliação com o intuito de oferecer ao leitor o
conhecimento de alguns elementos considerados relevantes, o que seria possível pela
utilização desse procedimento.
Cabe, portanto frisarmos ainda que durante todo o desenrolar das análises
desenvolvidas neste trabalho, a dimensão subjetiva da práxis avaliativa apresentou-se
como fundamental para os rumos pelos quais o trabalho docente vem se norteando.
Configurar o processo de reorganização do sistema educacional brasileiro nos
leva apontar alguns horizontes quando tratamos da avaliação, sendo que eles se
apresentam por múltiplos olhares, considerando que os alunos precisam de estímulos
diferentes e criativos que prendam a sua atenção e que despertem o seu interesse em
aprender, pois avaliar de forma diagnostica dinamiza o processo de ensino
aprendizagem e desmitifica que os métodos tradicionais de avaliação são os mais
viáveis, pois uma avaliação diária com base nos conteudos trabalhados atraem os alunos
e despertando neles a vontade de participar ativamente das aulas e de interagir com o
professor, consequentemente, possibilitando um aprendizado mais eficiente.
Concluímos assim, que a utilização de uma avaliação diagnostica pelos
professores tem se mostrado uma importante ferramenta de construção de conhecimento
para o processo de ensino-aprendizagem, pois estimula os alunos a aprenderem, uma
vez que propicia um ambiente favorável ao estudo e ao aprendizado, contribuindo para
uma formação mais consistente dos alunos, dando-lhes condições para o
desenvolvimento de suas capacidades tão importantes não só para o ambiente escolar,
bem como para a vida em sociedade.

28
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