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PARAGOMINAS-PA
2019
CARLOS FERNANDO DA COSTA BARBOSA
PARAGOMINAS-PA
2019
RESUMO
ABSTRACT
The purpose of this article is to analyze the evaluation of learning and its instruments: a
challenge to the change of teaching practice in a state school in the municipality of
Abaetetuba-pa. Its importance and contributions to the teaching-learning process. The
methodology used in this work is linked to a theoretical bibliographical approach and
the application and analysis of questionnaires applied to the faculty of the school and to
the students of the third year of high school. The research enabled us to experience the
use of current evaluative practices within the school environment and its impacts on the
teaching-learning process, as well as the new evaluation proposals, especially the
diagnostic evaluation can contribute as a facilitator of the teacher-student-learning
relationship, making the teaching-learning process more natural and less exhausting for
the people involved. Therefore, the use of such an evaluation process is a way of
bringing the students closer to the social context in which they live, which may lead to
greater interest and greater absorption of the content taught in classes, given that these
moments of learning become more attractive, generate in the students a greater desire to
learn the contents proposed by the teacher.
Gráfico 1 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobrea definição de avaliação da
aprendizagem..................................................................................................................................... ..........19
Gráfico 2 - Gráfico de pizza representando as respostas dos professores sobre o modelo de avaliação da
aprendizagem utilizado hoje na escola pesquisada..........................................................................23
Gráfico 4 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobre a utilização de uma avaliação
diagnostica facilitarem a aprendizagem dos conteúdos diariamente...................................................27
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................6
CAPÍTULO I–A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM..........................................8
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................27
Referências bibliográficas...........................................................................................29
INTRODUÇÃO
Pretendemos neste artigo defendido na Faculdade de Educação Superior de
Paragominas (FACESP), investigar a relevância do processo avaliativo dentro do
espaço escolar e com isso ampliar no campo das discussões no meio educacional
brasileiro os avanços no processo de avalição como instrumento facilitador da
aprendizagem, pressupõe dizermos que o vivenciar da prática docente na escola nos dias
atuais tem a sua frente algumas possibilidades enriquecidas pelos instrumentos
avaliativos, tanto é que o avaliar a partir da sua dimensão social, cultural, tecnológica,
política, educacional e científica, tornou-se um instrumento viável quanto ao acesso às
informações necessárias para o campo da pesquisa. Por sua vez o fato do mesmo fazer
parte da sociedade, aponta também que na maioria dos casos ter em mãos esse
instrumento e coloca-los em pratica não é tarefa tão fácil.
Acreditar em um processo avaliativo mais eficaz é o mesmo que cumprir sua
função didático-pedagógica, que é o de auxiliar e melhorar o ensino-aprendizagem. A
forma como se avalia, segundo Luckesi (2002), é crucial para a concretização do projeto
educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a escola valorizam.
Se a função da avaliação é auxiliar no processo ensino-aprendizagem verificando
a compreensão por parte dos educandos, estimulando o professor a buscar novas
metodologias, encorajando um ambiente inovador a pergunta norteadora é: Qual o papel
da avaliação no contexto de dinamização do processo de ensino-aprendizagem? E quais
os entraves para a efetivação dos instrumentos avaliativos como mecanismo de melhoria
do rendimento educacional, contribuindo assim, para o sucesso e permanência do
educando.
Ao responder essa questão, parti da minha vivencia profissional dentro do
espaço escolar e como estudioso do processo avaliativo senti a inquietação mediante as
avaliações que são aplicadas dentro da escola e da sala de aula que vão se contrapondo
as fundamentações teóricas que tratam do tema. O tema-problema aqui abordado se
refere aos instrumentos avaliativos e quais as dificuldades para aplica-los de maneira
diversificada, no caso uma avaliação do ponto de vista diagnóstica, tendo como foco a
dinamização do processo ensino-aprendizagem.
Assim temos como Objetivo Geral: Identificar e caracterizar através de uma
abordagem teórico bibliográfica quais os desafios encontrados pelos docentes pelos
alunos pela não aplicabilidade da avaliação diagnóstica, na tentativa de compreender a
6
razão pela qual este tipo de avaliação não é aplicado, e analisar seus benefícios e
consequências na dinamização do processo de ensino-aprendizagem.
7
vezes impedem os professores de exercerem suas práticas articuladas com as exigências
que a legislação educacional vigente hoje no Brasil oferece enquanto instrumento
mediador de conhecimento.
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alunos, os condicionantes socioeconômicos e culturais dos alunos, o perfil do
professorado, a prática docente, as condições de funcionamento das escolas, as
características da gestão escolar e o clima organizacional, entre outros.
No contexto escolar, avaliar não é somente atribuir uma nota a um aluno através
de uma única nota que ele tenha tirado em uma prova, avaliar é bem mais que isso. A
avaliação deve ser um instrumento no qual se possa identificar e analisar a evolução, o
rendimento e as modificações do educando, confirmando a construção do
conhecimento.
Um dos problemas identificados nesse tipo de avaliação é o fato de ela poder
resumir-se a mera classificação (avaliação classificatória), o que acarreta danos ao
processo educacional. Imaginemos, por exemplo, que determinado aluno estude por um
tempo, realiza suas avaliações, recebe por elas resultados numéricos e simplesmente, no
final desse processo, procura sua colocação num ranking com os demais estudantes,
como se só bastasse ser aprovado para o ano seguinte, e não aprender. É justamente essa
visão que se procura mudar atualmente nas práticas educativas. Como argumenta
Hoffmann (2006), a avaliação não deve ser classificatória, pois ela “considera as tarefas
numa linearidade, sem a articulação de uma com a outra, o que as torna independentes e
estáticas”. Assim, cada atividade que o aluno faz tem valor por ela mesma, sem estar
ligada a outra, sem ser parte de outro conhecimento maior.
A avaliação que somente classifica transforma a prática educacional em
fragmentos de trabalho, em que as atividades avaliativas são solicitadas à medida que os
conteúdos vão sendo abordados. Nesse processo, o aluno habitua-se a estudar somente
para a prova, sem que lhe seja despertada uma real necessidade de aprender.
A denominação avaliação somativa é questionada por Luckesi (2002). Esse
famoso estudioso brasileiro da área de avaliação defende que, em vez de avaliação
somativa, deveríamos usar a expressão resultados finais, considerando que “esses
resultados sempre serão positivos se efetivamente foram construídos como os resultados
desejados”. Para ele, designando a avaliação de somativa, reportamo-nos a práticas em
que o fim do processo educativo passa a ser mais importante que o processo em si.
Portanto, é preciso considerar com cuidado a avaliação somativa, planejando suas
atividades de modo que não essa prática não se transforme em um jogo de classificação,
causando prejuízos ao processo educacional do aluno.
Se o maior objetivo da escola é que os educandos aprendam e com isso se
desenvolvam, a avaliação deve estar a serviço desse pressuposto. Deve então constituir-
9
se como um ato de investigação da qualidade das aprendizagens dos alunos,
configurando-se como avaliação diagnóstica e, a partir desta, motivar a proposta de
ações que aproximem o desempenho real dos estudantes daquele que se deseja que eles
alcancem, pois, O espaço escolar deve propiciar uma cultura sociopolítica que tenha o
ser humano como principal referência, em detrimento da lógica de desigualdades e de
injustiças que vem orientando as políticas e as práticas educativas ao longo da história
da educação brasileira.
Devemos observar que os quatros tipos de avaliação que examinamos, em
muitos momentos, podem mesclar-se nas práticas pedagógicas vigentes. O ator
principal dessa escolha é o professor, que deve fazer suas opções de forma consciente,
em conformidade com os objetivos que pretende alcançar e com o propósito de tornar a
avaliação um elemento pedagógico capaz de contribuir para a aprendizagem do aluno.
Mas, na prática, não é isso que acontece.
Temos hoje no meio educacional, professores, que em sua maioria, aplicando
apenas a avaliação somativa, acreditando ser a mais fácil. Ao avaliar, o professor estará
constatando as condições de aprendizagem dos alunos, para, a partir daí, prover meios
para sua recuperação, e não para sua exclusão, como uma punição, se considerar a
avaliação um processo e não um fim. Isso pode desestimular o aluno a não frequentar
mais a escola; levando a exclusão e até, a evadir-se da escola. A escola por fazer parte
da sociedade, faz o mesmo processo que esta já vem fazendo há muito tempo e muito
bem: ao adotar o processo de avaliação da aprendizagem de forma apenas somativa,
levando o aluno à exclusão social, procurando outros meios de ascensão social que não
a escola.
A partir daí é que o processo de reflexão sobre o papel docente em meio às
inovações do processo avaliativo colocou-se para nós como peça chave enquanto
facilitador de uma organização escolar democrática. Este processo deixa clara a
necessidade de se dotar as escolas de instrumentos que viabilizem a prática democrática
do ensino aprendizagem através da participação da comunidade escolar, melhor
dizendo, dos agentes que atuam, ou deveriam atuar na escola.
2- A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR.
O objetivo desse capitulo é fazermos uma investigação sobre as metodologias e
as estratégias de avaliação utilizada no contexto escolar que nos trás como pressuposto
teórico a ideia de que, os métodos de avaliação deveriam ser utilizados pelo professor
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com a intenção de diagnosticar o processo de construção da aprendizagem dos
educandos.
No contexto escolar, a avaliação, deve ter como finalidade dar um juízo de valor,
o que significa uma afirmação qualitativa sobre um dado objeto, sendo este satisfatório
o quanto mais se aproximar do ideal estabelecido. A atual prática da avaliação escolar
tem mostrado como sua função de classificação e não o diagnóstico. O julgamento de
valor, que teria função de possibilitar uma nova tomada de decisão sobre o objeto
avaliado, tem uma função estática de classificar um objeto a um ser humano histórico
num padrão definitivamente determinado. Essas classificações são determinadas em
números que somadas ou divididas tornam-se médias. Sendo assim, enquanto
classificatória, a avaliação escolar não tem a finalidade de auxiliar na reflexão sobre a
prática e retornar a ela, mas sim, como um meio de julgar a prática e torná-la
estratificada.
Desde que se tem a educação como processo formativo de conhecimento através
da aprendizagem varias formas de avaliação já foram propostas A forma prevalente
advém de La Salle que, em 1720, propôs em o Guia das escolas cristãs, o exame como
supervisão permanente da aprendizagem, contrapondo-se a outra visão, a de Comenius
(João Amós Comenius), que na sua Didática Magna, concebe a avaliação como um
problema metodológico de aprendizagem e não de verificação desta (Garcia, 2001, p.
31).
E assim foi durante vários anos somente A partir das primeiras décadas do
século XX, os modelos de avaliação existentes, sofreram o peso significativo da
influência norte-americana, pois surge nos Estados Unidos o movimento dos testes
educacionais desenvolvido por Robert Thorndike, resgatando o valor de mensurar as
mudanças comportamentais. Houve assim, uma crescente utilização da mensuração na
avaliação o que denota a importância desse movimento para a educação na época.
Na década de 50 surgem estudos que visavam desestabilizar a ideia de
mensuração na avaliação, como as ideias de Ralph Tyler. Que mesmo não descartando
totalmente a importância dos testes, mas acreditava que existiam outras maneiras de se
constatar as mudanças comportamentais, denominadas aprendizagem.
DEPRESBITERIS (1989) se refere a essa, nessa perspectiva dizendo:
"Tyler defendia a inclusão de uma variedade de procedimentos avaliativos,
tais como: testes, escalas de atitude, inventários, questionários, fichas de
registros de comportamento e outras formas de coletar evidências sobre o
rendimento dos alunos em uma perspectiva longitudinal, com relação à
consecução de objetivos curriculares." (DEPRESBITERIS 1989).
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Essa avaliação objetivava julgar o comportamento dos alunos, acentuando a
importância em formular objetivos educacionais em termos comportamentais, de forma
precisa e clara e esse tipo de avaliação teve grande influencia na avaliação educacional
brasileira, pois seguia as bases teóricas do positivismo que visava o modelo de produção
industrial desse período e é nesse cenário que se desenvolvem as tendências
educacionais no Brasil e todo o processo de ensino aprendizagem e o sistema avaliativo
da educação Quando se trata de analisar as vertentes teóricas e práticas relacionadas a
prática docente vinculadas as tendências pedagógicas e ao uso do processo avaliativo
como ferramenta do ser e do fazer docente, necessariamente surgem reflexões que nos
impõe aprofundar discussões referente a essa temática.
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O autor deixa claro nesta citação que a relação professor/ aluno e aquela em que
o aluno precisa se adaptar, pois o professor já traz o conteúdo pronto e o aluno se limita
passivamente a escutá-lo. O ponto fundamental desse processo será o produto da
aprendizagem. A reprodução dos conteúdos feita pelo aluno, de forma automática e sem
variações, na maioria das vezes, é considerada como um poderoso e suficiente indicador
de que houve aprendizagem e de que, portanto, o produto está assegurado.
Outra tendencia que surgiu no Brasil foi a liberal progressista. Essa tendência
pedagógica segue o desenvolvimento social e cultural ocorridos no campo educacional
mundial, pois visa acentuar o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões
individuais sempre voltadas a atender as necessidades do aluno, portanto o papel da
escola visa dessa forma preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade,
adaptando as necessidades do educando ao meio social e por isso ela deve imitar a vida.
Nessa tendência o foco do aprendizado já não esta mais centrada no professor,
como na tendência liberal tradicional, agora a atividade pedagógica esta centrada no
aluno essa tendência defende-se a ideia de “aprender fazendo”, portanto centrada no
aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do
meio natural e social, etc. Para Libâneo (1990), as tendências denominadas
progressistas configuram-se em uma ferramenta de luta dos docentes ao lado de
outras práticas sociais, com o objetivo de alcançar a transformação da ordem social e
econômica até então em vigência no mundo. Esse autor compartilha da ideia de que a
corrente progressistas tem como objetivo a luta pelo desenvolvimento de uma
consciência crítica, concebendo a escola como lugar de ruptura dos modelos liberais
vigentes.
E é partindo desse pressuposto que nessa tendência teremos como centro das
discussões ainda mais a figura do aluno, pois o papel da escola na vida do aluno é de
formação de atitudes concretas em relação a si mesmo, razão pela qual deve estar
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mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou
sociais. Essa tendência tem sua base nas teorias do psicólogo norte americano Carl
Roger (1973), para quem a descoberta por si mesmo seria o aspecto mais relevante
do processo de ensino-aprendizagem segundo Carl Roger (1973, p. 104):
Ensinar não é manter a ordem na sala, despejar fatos, fazer exames e dar
notas. Ensinar é mais difícil do que aprender, porque o que o ensino exige é o
seguinte: deixar aprender. Permitir que o estudante aprenda alimentando a
sua curiosidade. (ROGERS, 1973, p. 29)
Para esse autor, aprender é modificar suas próprias percepções, pois apenas se
aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. A retenção
do conhecimento se dá pela relevância do aprendido em relação ao “eu”, o que torna a
avaliação escolar sem sentido, privilegiando-se a autoavaliação. Trata-se de um ensino
centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador das relações interpessoais e
portanto, essa auto avaliação tem que ser construída gradativamente acompanhando seu
aprendizado a partir de sua forma de perceber o mundo.
Já a tendência liberal tecnicista é baseada em uma educação escolar voltada aos
interesses do capital e tendo o aluno como objeto não de construção do conhecimento e
sim um reprodutor do conhecimento, ele deixa de ser ativo dentro do processo de
aprendizagem para se tornar um depositário passivo do conhecimento e esse
conhecimento deve ser acumulado não mais pro enciclopédias, ou por aprender fazendo
e muito menos pela autoavaliação pelo individuo. Essa tendência visa produzir
indivíduos com competências para atender o mercado de trabalho aonde a ciência do
comportamento humano será aplicada para gerar esses indivíduos que terão que adquirir
conhecimento através de associações sendo esses conhecimentos acumulados para
serem usados de acordo com os interesses do mercado.
A escola liberal tecnicista atua no aperfeiçoamento da ordem social vigente (o
sistema capitalista), articulando-se diretamente com o sistema produtivo tendo a
organização da pratica escolar voltado a modelização do comportamento humano
tornando o conteúdo e a forma de repassar esses conteúdos o centro do processo
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educacional em uma relação de simples transmissão e recepção do conhecimento.
Segundo Saviani (2010, p. 381):
Com base no pressuposto da neutralidade científica e inspirada nos princípios
de racionalidade, eficiência e produtividade, a pedagogia tecnicista advoga a
reordenação do processo educativo de maneira que o torne objetivo e
operacional. (Saviani 2010, p. 381).
Dentro desse contexto o processo pedagógico tem seu papel bem definido sendo
que os conteúdos a serem ministrados se tornam o centro do processo de ensino
aprendizagem tornando a relação professor aluno e o meio social quase que inexistente.
Ao tratarmos das tendências progressistas tratamos de uma visão pedagógica na
qual as relações de classe iram estar no âmbito das discussões atreladas ao
conhecimento cientifico para promover o desenvolvimento social do aluno dentro e fora
do espaço escolar de uma forma global. Mas a tendência progressista libertadora pode
ser considerada uma tendencia que pela primeira vez teve um caráter metodológico
nacionalista, pois foi pautada em ideais voltados a realidade nacional, essa forma
libertadora de entender e fazer a educação também ficou conhecida como a pedagogia
de Paulo Freire onde a organização pedagógica fica atrelada a uma mudança de postura
em relação ao oprimido, ou seja, a educação terá como foco as minorias menos
favorecidas buscando assim uma maior democratização do ensino e com isso mudar a
realidade da maior parcela da população.
Seguindo essa perspectiva GADOTTI (1988) afirma que, Paulo Freire não
considera o papel informativo, o ato de conhecimento na relação educativa, mas insiste
que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não se elabora uma nova
teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do
conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e
apropriar-se de outros.
Para esse autor o individuo se poderá se libertar da condição de oprimido quando
se conscientizar dessa condição em que se encontra e através da participação das lutas
de classe, pois somente com sua conscientização ele poderá se libertar da exploração
não somente do âmbito pedagógico mais também da exploração econômica e politica e
isso só será possível através da formação de uma consciência critica de sua própria
realidade social.
A tendencia progressista libertária assim como a tendencia libertadora tem como
pressuposto a realidade vivida pelo individuo que será incorporado a situações
problemas tornando o conhecimento possível com seu uso pratico sendo esse
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conhecimento construído de forma coletiva. Esse tipo de aprendizagem e também
intendida como uma aprendizagem que favorece a informalidade e uma educação mais
livre para todos, de acordo com Libâneo (1985) os conteúdos programáticos são
colocados à disposição do aluno, mas não são exigidos sistematicamente (avaliação
formal questionadora).
O componente curricular é visto como objetivo secundário, tendo em vista que o
norte para aprendizagem é momento social, a vivência pessoal e em grupo. Os
educandos são assim formados para serem seres sociais, os professores são apenas
orientadores e catalizadores, novamente os alunos, aprendem em grupo.
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estudantes e tem que ter relevância, pois tem que fazer com que o aluno esteja
preparado para vida social tanto no seu ambiente familiar quanto na sociedade e é ai que
o papel do professor sera de mediador desse conhecimento e o aluno sujeito desse
processo pedagógico. Nessa tendência ocorrera o processo de democratização da escola,
pois estará voltado as camadas populares.
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amostra de 100 alunos, mas muitos se negaram a participar, mesmo sendo alunos de
terceiro ano do ensino médio não se sentiram a vontade em participar da pesquisa.
Esse tipo de obstáculo também foi percebido com os professores, pois muitos
não se sentiram a vontade para responderem os questionários provocando atraso na
conclusão da pesquisa e da analise de dados nos levando a acreditar que existem lacunas
formativas a serem evidenciadas futuramente. Como forma de organizar os dados
coletados faremos analises de forma pontual com o objetivo de organizar as discussões
e de agrupar os dados coletados através de gráfico de pizza. De acordo com 80% dos
professores P:
avaliação da aprendizagem é toda e qualquer metodologia que o professor
venha a utilizar durante as aulas e que auxiliem no processo de ensino-
aprendizagem e que facilitem o desenvolvimento odo aluno.
Segundo Hoffmann(2003, p.63):
[...] na concepção mediadora a ação educativa realiza-se com base na busca
de alternativas de integração aluno-escola, com vistas a que, mediante
questões desafiadoras, o educando desenvolva a sua autonomia nos diversos
campos de sua formação, seja este moral, afetivo, intelectual ou social. (
Hoffmann, 2003, p. 63).
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Com os alunos é um pouco diferente, durante os processos de observação e
aplicação dos questionários, pudemos constatar a existência de uma insegurança e uma
dificuldade em relação à definição desse tema, pois entre eles, embora os professores P,
em sua totalidade já tenham utilizado vários recursos avaliativos em sala de aula como
seminários, pesquisa bibliográfica, palestras entre outras formas de avaliação que visão
facilitar a aprendizagem. Quando perguntamos para os alunos se eles conseguiam nos
dar uma definição a acerca do que é avaliação da aprendizagem obtivemos as seguintes
respostas:
Cinquenta e cinco alunos, ou seja, 83,33% dos alunos nos responderam que
não que não sabem o que avaliação da aprendizagem, onze alunos, ou seja, 16,67% dos
alunos responderam que sim no momento de definir o que é avaliação da aprendizagem.
Podemos perceber, conforme nos mostra o gráfico abaixo, que a maioria dos alunos
entrevistados mesmo tendo contato diário com praticas avaliativas não são capazes de
nos dar uma definição sobre o que é avaliação da aprendizagem.
Gráfico 1 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobrea definição de avaliação da
aprendizagem.
DEFINIÇÃO DE AVALIAÇÃO
SEGUNDO OS ALUNOS
NÃO
16,67%
SIM
83,33%
Questionários aplicados aos alunos do 3º ano do ensino Médio de uma escola pública do município de Abaetetuba– PA.
Podemos constatar também que mesmo os alunos que não souberam nos dar
uma definição sobre o que é avaliação da aprendizagem como os que souberam
reconhecer o que é o processo avaliativo quando utilizado em sala de aula, ou seja, na
prática os alunos possuem dificuldades em identificar quais as formas de avaliação
utilizadas na sala de aula pelos professores. Muitas vezes isso ocorre porque o aluno não
está preparado para reconhecer e se utilizar dos métodos avaliativos, o que acaba
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atrapalhando a aprendizagem do aluno e atrapalhando o objetivo avaliativo proposto
pela aula.
Jussara Hoffmann (2014, p.26), defende uma nova compreensão de avaliação
que exige do professor uma “... concepção de criança, de jovem e de adulto como
sujeitos do seu desenvolvimento, inseridos no contexto de sua realidade social e
política”. Conforme a referida autora, nessa dimensão educativa, os erros e dúvidas dos
estudantes são considerados como momentos significativos e impulsionadores da ação
educativa. Para tanto o processo avaliativo não deve ser utilizado de qualquer jeito, deve
haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para
alcançar o objetivo proposto por sua disciplina e explicar ao aluno o que esta
acontecendo e quais serão os objetivos que eles devem alcançar.
Ainda segundo Hoffmann (1995):
avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento
permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões [...] a partir
de respostas que este vai formulando.( Hoffmann, 1995, p. 20)
Quando o aluno não possui conhecimento adequado para lidar com a forma que
esta sendo avaliado pode resultar em uma avaliação improdutiva, pois o aluno não vai
se sentir incitado a interagir com o conteúdo e com isso esse conteúdo e essa prática
avaliativa passa a ser visto como algo por si mesmo e não como instrumento que auxilia
o processo de ensino e de aprendizagem e esse tipo de situação pode ser considerada
como uma inversão didática.
Para que ocorra uma maior interação entre a prática avaliativa, o professor e o
aluno no processo de ação reflexão e com isso melhores resultados na avaliação da
aprendizagem dos alunos faz-se necessário que o professor durante as aulas precisa
escolher com cuidado quais recursos avaliativos serão utilizados. Pois, para que esses
recursos consigam desenvolver o seu papel de mediador e facilitador da relação entre
professor/aluno/conhecimento é preferível que conteúdos que serviram de objeto
avaliativo façam parte da vida dos alunos, para que os alunos consigam encontrar uma
relação entre o conteúdo e o seu cotidiano.
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sabem identificar em que momento estão sendo avaliados no decorrer do ano letivo
pelos professores.
Ao analisarmos os questionários foi possível agrupar os professores em três
grupos segundo suas respostas, pois mesmo todos respondendo que conhecem o modelo
avaliativo aplicado hoje na escola pesquisada as respostas seguiram caminhos
diferenciados no primeiro grupo formado por 21 professores, ou seja, 42% do total,
afirmaram que:
Existem dois processos de avaliação da aprendizagem hoje na escola um
processo quantitativo, e outro qualitativo. O primeiro e realizado é realizado
com aplicação de provas, simulados, testes e trabalhos, já o segundo efetiva-
se através da observação da participação e assiduidade do aluno para se
chegar em uma nota final.
Essa visão de avaliação pode ser considerada a que hoje vem sendo proposta
pela lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB 9394/96) em seu artigo 24,
parágrafo V:
V -a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a)avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais. (BRASIL, 1996).
Para esses professores esse método de avaliação é o que mais reflete a realidade
dos alunos em relação ao processo de ensino aprendizagem hoje dentro do espaço
escolar. Através da resposta de um segundo grupo de 12 professores, ou seja, 24% dos
que responderam o questionário nos deparamos com uma visão de avaliação que se
caracteriza por ser, segundo eles, somativa, pois segundo uma amostra eles entram em
consenso:
Acreditamos que o modelo usado hoje na escola esta pautado na avaliação
somativa, pois atribuímos notas e conceitos para o aluno ser promovido ou
não de um nível de ensino para o outro e são essa notas que caracterizam o
processo de ensino aprendizagem delimitando o grau de desenvolvimento do
aluno.
Após uma breve análise das respostas dos professores desse grupo pudemos
observar que a maioria ao pensar essa avaliação de forma somativa não proporciona ao
aluno a oportunidade de reconhecer suas dificuldades frente aos conteúdos e muito
menos de poderem refazer seus conhecimentos, pois esse tipo de avaliação aplicada
pelos professores ainda esta centrada no certo e errado quando deverei ser centrada na
relação de conhecimento do aluno e esse conhecimento deve ser proporcionado pelo
professor ao promover uma maior interação do aluno com o conhecimento escolar e o
21
conhecimento de mundo internalizado no aluno, pois segundo CARMINATTI,
BORGES (2012, p. 174).
A avaliação não deve ser construída isoladamente do processo de
aprendizagem e, ainda mais, ela deve oportunizar um momento de
aprendizagem desconstruindo os mitos que historicamente foram acumulados
pela sociedade escolar. Ou seja, a avaliação não deve ser percebida como um
apêndice do processo de ensino‐aprendizagem, como algo que tem algum
contato com o processo, mas cuja função ainda não se sabe ao certo. Ela deve
ser entendida e utilizada de maneira a estar apropriada pelo processo, como
algo integrado, do qual se sabe o verdadeiro propósito (CARMINATTI,
BORGES, 2012, p. 174).
Seguindo esse pensamento percebemos que ao isolar o processo avaliativo
esses professores ao avaliar seus alunos não conseguem mensurar o grau de
aprendizagem dos alunos, pois não avaliam todos os aspectos da aprendizagem e,
portanto não podem definir a real aprendizagem desses alunos.
Quando analisamos os questionários dos 17 professores restantes, 34%
percebemos que para eles a avaliação dos alunos de uma forma mais tradicional e a
forma mais completa de avaliar, pois para eles é a que mais retrata a realidade da
aprendizagem dos alunos hoje no espaço escolar mesmo que reconheçam outras formas
de avaliação e sua importância eles se restringem a avaliar tradicionalmente, pois
segundo eles:
A avaliação só pode ser feita após explicar os conteúdos exercita-los e feita
uma prova e dela é atribuída a nota final de cada período avaliativo e essa
nota é que vai indicar o nível de instrução dos alunos para saber se estão
aptos a subir de nível.
De acordo com HAYDT (1997, p. 28), a avaliação deve ter outra função como:
A avaliação é um processo, e como tal deve ser encarada. Por isso ela deve
fazer parte da sala de aula, sendo usada periodicamente como um dos
aspectos integrantes do processo ensino-aprendizagem. Ao fazer uso
conjugado das três modalidades de avaliação-diagnóstica, formativa e
somativa, com suas respectivas funções-diagnosticar, controlar e classificar -,
o professor está garantindo a eficácia do seu ensino e a eficiência da
aprendizagem. (HAYDT, 1997, p. 28)
22
Gráfico 2 - Gráfico de pizza representando as respostas dos professores sobre o modelo de
avaliação da aprendizagem utilizado hoje na escola pesquisada.
TRADICIONAL
24%
CUMULATIVA
42%
SOMATIVA
34%
Fonte: Questionários aplicados aos professores de uma escola pública do município de Abaetetuba– PA.
Nessa mesma categoria iremos fazer a análise das informações coletadas junto
aos 66 alunos que participaram da pesquisa se eles reconhecem em qual momento
dentro de seu cotidiano em sala de aula durante o ano letivo ele esta sendo avaliado.
Cem por cento dos 66 alunos responderam que sim que reconheciam esse momento.
Quando convidados a marcar com um ( X ), em uma tabela qual o período eles
eram avaliado os alunos deram as seguintes respostas:
PERGUNTA
Se sim, marque um X No parêntese correspondente a esse momento
Todos os dias ( X )
Semanalmente ( )
Mensalmente ( )
Bimestralmente ( X )
Trimestralmente ( )
Semestralmente ( )
Anualmente ( X )
Tabela 1- coletada juntos aos professores do 3º na do ensino Médio de uma escola publica do município de Abaetetuba-PA.
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alunos, 40,91% nos responderam que bimestralmente e onze alunos, ou seja, 16,67%
nos responderam que anualmente são avaliados. O que nos mostra, conforme gráfico
abaixo, que os alunos em sua maioria não têm um conhecimento formado de como
ocorre a utilização do processo avaliativo aplicado pelos professores dentro de sala de
aula.
Para constatarmos a veracidade desses dados pedimos então para que os alunos
nos exemplificassem a forma como são avaliados e segundo os alunos que fazem parte
dos 42,42%, afirmaram que são avaliados diariamente através de aulas expositivas,
discussões sobre temas do assunto, seminários, apresentações e resumo de filmes. Entre
os alunos que fazem parte dos 40, 91%, afirmaram que são avaliados com provas ou
simulados, ou com provas e recuperação ao final de cada bimestre. E entre o grupo que
afirmou ser avaliado anualmente, ou seja, os que pertencem aos 16,67%, só são
avaliados de verdade no ultimo simulado do ano, pois nele é cobrado o conteúdo do ano
inteiro. Esse desconhecimento de quando ocorre o processo de avaliação por parte do
aluno reflete as varias formas de desorganização por parte do professor na hora de
avaliar seus alunos, pois a avaliação deve ser um processo continuo e de interação entre
os protagonistas dessa ação, ou seja, uma interação entre professor e aluno, pois é entre
eles que todo o objetivo avaliativo tem que acontecer e portanto deve ser bem definido
entre eles para que os alunos tenham oportunidade de adquirir conhecimentos que vão
além do conhecimento teórico, das experiências práticas e da tradição oral, e sim um
bom conhecimento de mundo
3.3 – A Avaliação Diagnostica e sua Importância para o Aperfeiçoamento do
Processo Avaliativo.
Nessa categoria iremos tratar da relação entre a avaliação diagnostica e de sua
importância para o aperfeiçoamento do processo avaliativo aplicado hoje na escola.
Podemos entender a avaliação como sendo um dos processos que influenciam
diretamente no ensino aprendizagem, pois é a partir dela que a escola pode analisar o
grau de desenvolvimento dos alunos e assim traçar planos para que essa aprendizagem
possa se desenvolver de uma forma mais coerente e que possa realmente refletir a
realidade do aluno o seu desenvolvimento educacional. De acordo com as informações
prestadas pelos professores P, que conseguimos agrupar segundo suas respostas sobre a
importância da utilização de uma avaliação mais diagnostica em sala de aula pode
facilitar ou não no processo de ensino-aprendizagem dos alunos obtivemos algumas
respostas muito importantes.
24
De acordo com a opinião de um grupo de 22 professores, 11%, dos que
responderam os questionários, para eles a utilização de uma avaliação mais diagnostica
facilita na aprendizagem dos alunos e pode sim mudar o panorama educacional que hoje
enfrentamos com um índice de reprovação elevado e muita evasão de alunos no
decorrer do ano letivo e esse tipo de avaliação pode sim servir como forma de avanço,
pois é através dela que podemos diagnosticar quais assuntos os alunos já conseguem
dominar ou não propiciando uma intervenção por parte dos professores de forma mais
efetiva e com isso reduzir tanto o índice de reprovação como o de evasão que é o que
mais nos preocupa. Segundo Araujo ( 2009):
[...] A partir do momento em que o professor sabe quem é seu aluno, ele
passa a utilizar a realidade do mesmo para se aproximar deles buscando
alternativas que despertem a vontade de permanecer na escola, descobrindo
aplicações na sua vida prática daquilo que a escola oferece. (ARAUJO, 2009,
p. 1)
Segundo o autor se o professor não procura diagnosticar, ou seja, conhecer seu
aluno e sua verdadeira necessidade ele contribui para que o aluno não se desenvolva
plenamente e sim para que ele não sinta a necessidade de aprender.
Esse pensamento nos leva a crer que a avaliação diagnóstica só tem a contribuir
para o avanço do processo de ensino aprendizagem dos alunos. Pois ao diagnosticar as
dificuldades dos alunos o professor pode corrigir essas lacunas formativas de forma
mais eficiente além doe proporcionarão aluno as formas necessárias de se desenvolver
de uma forma mais autônoma.
Outro grupo formado por 28 professores, ou seja, 56% dos professores vem na
avaliação diagnostica uma oportunidade uma oportunidade de quebrar as barreiras
formativas dos alunos e ate mesmo deles próprios, pois concordam que ao diagnosticas
diariamente o aluno através de uma avaliação diária propiciando a eles quebrar barreiras
através dos feedbacke de todos os assuntos trabalhados diariamente em sala de aula
fazendo com que o aluno aprendam e sejam avaliados diariamente e não somente em
momentos específicos como é feito hoje nas escolas. Segundo Perenoud (1999):
Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os
resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam
supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter
diagnóstico. A avaliação é um processo que deve estar a serviço das
individualizações da aprendizagem. (Perenoud, 1999, p. 78).
De acordo com o autor quando o professor se propõe a avaliar o aluno de uma
forma mais diagnóstica estará promovendo o crescimento individual de forma
organizada deixando de classifica-lo e sim humanizando seu conhecimento além de
quebrar as barreiras formativas do processo avaliativo que ainda esta pautado em
25
classificar sem levar em conta o verdadeiro aprendizado que é o conhecimento
adquirindo como um todo que não pode ser medido com uma simples teste. Segundo
HOFFMANN ( 1998):
O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a transformação.
Os pesquisadores muitas vezes se satisfazem com a descoberta do mundo,
mas a tarefa do avaliador é a de torna-la melhor. O que implica num processo
de interação educador e educando, num engajamento pessoal a que nenhum
educador pode se furtar sob pena de ver completamente descaracterizada a
avaliação em seu sentido dinâmico. (HOFFMANN, 1998, p. 110).
Isso nos leva a acreditar que quando o professor esta comprometido como o real
objetivo da aprendizagem que é o verdadeiro desenvolvimento do aluno a avaliação
diagnóstica pode exercer papel fundamental para se chegar a uma evolução do processo
de ensino aprendizagem. Portanto o processo avaliativo tem que se adequar a uma nova
realidade para que a escola se torne um espaço de verdadeira construção do
conhecimento e não mais um lugar de segregação e de imposição do sistema aonde o
aluno possa reconhecer suas dificuldades e supera-las diariamente como auxilio do
professor.
Em seguida perguntamos aos alunos, se para eles a utilização de uma avaliação
diária de forma mais diagnóstica facilitava a aprendizagem dos conteúdos. Do total de
alunos entrevistados quarenta e cinco alunos, ou seja, 68,18% dos alunos nos
responderam sim, que acreditam que a utilização de uma avaliação diagnóstica facilita
na aprendizagem dos conteúdos diários, quatro alunos, 6,06%, nos responderam que não
e dezessete alunos, 25,75% dos alunos nos responderam que acreditam que em algumas
vezes a utilização de esse tipo de avaliação pode facilitar a aprendizagem dos conteúdos
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e em outras vezes não. Podemos perceber, conforme gráfico abaixo, que a maioria dos
alunos consideram que a utilização da avaliação diagnóstica facilita a aprendizagem dos
conteúdos desenvolvidos diariamente.
Gráfico 3 - Gráfico de pizza representando as respostas dos alunos sobre a utilização de uma
avaliação diagnostica facilitarem a aprendizagem dos conteúdos diariamente.
AlGUMASVEZES
25,76%
NÃO
6,06%
SIM
68,18%
Fonte: Questionários aplicados aos alunos do 3º ano do ensino Médio de uma escola pública do município de
Abaetetuba – PA.
CONIDERAÇÕES FINAIS
27
Nesse contexto identificamos que o papel dos agentes escolares perante a
avaliação da aprendizagem e seus instrumentos como um desafio à mudança da prática
docente, principalmente no que se refere às praticas avaliativas aplicadas hoje nas
escolas e as discussões que se ligam à prática docente efetivada, atualmente; e, por fim,
vislumbra o cotidiano do processo de avaliação com o intuito de oferecer ao leitor o
conhecimento de alguns elementos considerados relevantes, o que seria possível pela
utilização desse procedimento.
Cabe, portanto frisarmos ainda que durante todo o desenrolar das análises
desenvolvidas neste trabalho, a dimensão subjetiva da práxis avaliativa apresentou-se
como fundamental para os rumos pelos quais o trabalho docente vem se norteando.
Configurar o processo de reorganização do sistema educacional brasileiro nos
leva apontar alguns horizontes quando tratamos da avaliação, sendo que eles se
apresentam por múltiplos olhares, considerando que os alunos precisam de estímulos
diferentes e criativos que prendam a sua atenção e que despertem o seu interesse em
aprender, pois avaliar de forma diagnostica dinamiza o processo de ensino
aprendizagem e desmitifica que os métodos tradicionais de avaliação são os mais
viáveis, pois uma avaliação diária com base nos conteudos trabalhados atraem os alunos
e despertando neles a vontade de participar ativamente das aulas e de interagir com o
professor, consequentemente, possibilitando um aprendizado mais eficiente.
Concluímos assim, que a utilização de uma avaliação diagnostica pelos
professores tem se mostrado uma importante ferramenta de construção de conhecimento
para o processo de ensino-aprendizagem, pois estimula os alunos a aprenderem, uma
vez que propicia um ambiente favorável ao estudo e ao aprendizado, contribuindo para
uma formação mais consistente dos alunos, dando-lhes condições para o
desenvolvimento de suas capacidades tão importantes não só para o ambiente escolar,
bem como para a vida em sociedade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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educacional no desenvolvimento de adolescentes:Centro Universitário de Volta
Redonda, Volta Redonda, 2009.
HOFFMANN, J. Avaliação mito & desafio, uma perspectiva construtivista. 16 ed. Porto
Alegre: Educação e realidade, 1995.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1990.
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_________, José Carlos. Conteúdos, formação de competências cognitivas e ensino com
pesquisa: unindo ensino e modos de investigação. Cadernos Pedagogia universitária –
Universidade Católica de Goiás, out.1999.
LOCKE, John. Ensaio Acerca do Entendimento Humano. Trad. Anoar Aiex. São
Paulo: Nova Cultural,Coleção Os Pensadores. 1997.
Rogers, C. (1973). Liberdade Para Aprender. Belo Horizonte, MG: Inter livros.
Saviani, D. (2010). História das Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores
Associados.
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. 2 ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2008.
SANT’ANNA. Ilza Martins. Por que avaliar?;como avaliar?: critérios e instrumentos.
Petrópolis: Vozes, 1998.
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