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Morte e Vida Umbandista: crença pós-morte e funeral na Umbanda

04 novembro, 2013

Por: Rodrigo Queiroz

Neste mês de novembro, no dia 02, temos tradicionalmente o Dia de


Finados (ou Dia dos Mortos), data esta que tem todo um significado religioso para
os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também
nos têm grande importância: é a data em que louvamos a força do Divino Orixá
Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na


vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então,
quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas
espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma
sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se


apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de
morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera
espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a
passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou
mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em
realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais.
Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua morada; se vibras o
amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra
O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que
cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a
realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é
o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e
renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja,
quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o
plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já
pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou


Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência
individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual
com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos
débitos e aprendizado constante do ser.

No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao


Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes
desencarnados, solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum
antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões
emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este
resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá
gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos
antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o


mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não
está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa
em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante
nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há
o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre
duas pessoas. Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste
Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também
posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em
situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta
vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne,


a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito
desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com
ataques de espíritos negativos.
Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro
“Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um
comentário:
O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do
espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um
parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no
velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do
desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:
- Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do
corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo.
Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o
mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através
do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;
- Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que água benta; neste
momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no
corpo e no espírito do desencarnado;
- Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa,
garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer
iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a
responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;
- Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e
também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza
de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém
que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;
- Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma
aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer
entrechoque energético;

Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao
velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de
encomenda do espírito:
- Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas
palavras positivas sobre a vida e a pessoa do desencarnado;
- Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote
sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;
- Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);
- Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá,
caso o desencarnado seja umbandista;
- Hino da Umbanda;
- Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o
desencarnado;
- Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;
- Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;
- Fechamento do Caixão;
- Transporte do corpo ao cemitério;
- Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma
fina camada de pó de pemba consagrada para proteção etérica do desencarnado e
após isto se cobre com a terra;
- Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o
Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta
e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do
tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na direita. Este procedimento é
para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por
espíritos malignos.
Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado
está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua
evolução de forma consciente se assim estiver preparado.
Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover
uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.
Viva a Vida e a Morte!
Salve Pai Omulu!
Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado


Coração de Bauru (SP).
* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de
Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser
encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

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