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Manual de Massoterapia 1

Rogério Moreira
ORGANIZADOR

MANUAL DE
MASSOTERAPIA

Capa Sumário
MANUAL DE MASSOTERAPIA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAÍBA
Reitora MARGARETH DE FÁTIMA FORMIGA MELO DINIZ
Vice-Reitor EDUARDO RAMALHO RABENHORST

EDITORA DA UFPB
Diretora IZABEL FRANÇA DE LIMA

Supervisão de Editoração ALMIR CORREIA DE VASCONCELLOS JÚNIOR
Supervisão de Produção JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS FILHO

CONSELHO EDITORIAL
Aluísio Costa Filho (UFPB)
Ricardo Targino Moreira (UFPB)
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Marcelo Cavalcanti Rodrigues (UFPB)
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José Marcílio Filgueiras Cruz (UFPB)
Andréa Brasiliano Silva(UFPB)
Luciano Costa Santos (UFPB)
Rogério Moreira
(Organizador)

MANUAL DE MASSOTERAPIA
Autores colaboradores
Alessandra Feitosa Gonçalves
Brenda Brasileiro Guedes
Diedja Cleide da Silva Souza
Luanalice dos Anjo Leite
Luanny Bernardo de Medeiros
Mabelly Araújo Pessoa de Lima
Maria Alessandra Sipriano da Silva
Melquisedek Monteiro de Oliveira
Raissa Fernandes Rodrigues de Mendonça
Tâmara Cristina Guerra Lins

Editora da UFPB
João Pessoa
2016
Copyright © 2014 EDITORA UFPB
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conforme a Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004.
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Projeto Gráfico EDITORA DA UFPB


Editoração Eletrônica AMANDA PONTES
Design de Capa AMANDA PONTES

Catalogação na fonte:
Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba

M294 Manual de massoterapia [recurso eletrônico] / Organizador:


Rogério Moreira.-- João Pessoa: Editora da UFPB, 2015.
CD-ROM; 43/4pol. (15.977kb)
ISBN: 978-85-237-1063-7
1. Massagens - manual. 2. Massoterapia. 3. Drenagem
linfática. I. Moreira, Rogério.

CDU: 615.82(035)

EDITORA DA UFPB Cidade Universitária, Campus I –­­ s/n


João Pessoa – PB
CEP 58.051-970
editora.ufpb.br
editora@ufpb.edu.br
Fone: (83) 3216.7147
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................8
OBJETIVOS.............................................................................9
CAPÍTULO I - MASSAGEM SUECA............................................10
Effleurage............................................................................................11
Petrissage ...........................................................................................12
Amassamento Reptante.....................................................................13
Amassamento Rolante.......................................................................13
Amassamento Pinçante.....................................................................14
Tapotage.............................................................................................14
Bordo Cubital....................................................................................15
Palmar..............................................................................................15
Mão em concha.................................................................................16
Punho Fechado (na vertical ou na horizontal)....................................16
Cutiladas...........................................................................................17
Tamborilamento ...............................................................................17
Fricção ................................................................................................17
Vibração..............................................................................................18
Rolamento..........................................................................................19

CAPÍTULO II - MASSAGEM FACIAL..........................................20


Deslizamentos a partir do centro da “testa” para a periferia...........20
Deslizamento nas pálpebras..............................................................21
Deslizamentos no nariz......................................................................21
Deslizamentos e movimentos circulares nas bochechas.................21
Deslizamento acima dos lábios.........................................................22
Deslizamento no queixo.....................................................................22
Deslizamento do pescoço para o queixo (“tapinhas”)......................22
Massagem nas orelhas.......................................................................23
CAPÍTULO III - MASSAGEM ABDOMINAL.................................25
Effleurage............................................................................................25
Diamante............................................................................................26
Ondulante...........................................................................................27
Mão em cuia........................................................................................28
Fricções...............................................................................................29

CAPÍTULO IV - MASSAGEM DO TECIDO CONJUNTIVO.............30


Palpação diagnóstica ou fricção diagnóstica....................................31
Evidência na palpação diagnóstica...................................................31
de duas ondas cutâneas.....................................................................31
Rolamento para quebra de aderências.............................................32

CAPÍTULO V - DRENAGEM LINFÁTICA.....................................34


Deslizamento em quatro tempos.......................................................35
Bombeamento para safena................................................................36
Bombeamento na lateral....................................................................36
Deslizamento alternado.....................................................................37
Compressão e descompressão..........................................................38

CAPÍTULO VI - MASSAGENS ORIENTAIS .................................40


Shiatsu ...............................................................................................40
Sequência de Abertura.......................................................................41
Técnicas............................................................................................42
Shantala .............................................................................................49
Massagem Ayuvédica.........................................................................56
Decúbito ventral................................................................................57
Sentado............................................................................................64
Em decúbito dorsal............................................................................66

REFERÊNCIAS.......................................................................71
Manual de Massoterapia 8

INTRODUÇÃO

A prática da massagem é tão antiga quanto o surgimento da


humanidade. Acredita-se que o homem da caverna ao ser atacado por
um animal ou inseto ou até mesmo ao ser acidentado, institivamente,
deslizou a mão sobre o local do edema, dando início a massagem.
De acordo com Mario-Paul Cassar, a prática da massagem vem
desde os tempos pré-históricos, com origens na índia, China, Japão,
Grécia e Roma. A massagem tem sido mencionada na literatura desde
tempos remotos, sendo a referência mais antiga de Huang Di, o impe-
rador Amarelo (que morreu em 2599 a.C.) e no tratado médico chinês
conhecido como Nei Chang (por volta de 2760 a.C.) que apresenta des-
crições detalhadas de procedimentos semelhantes à massagem.
A massagem também está descrita no livro sagrado dos hindus,
Os Vedas, escrito em 1800 a.C, nas Pirâmides de SAKKA’RA no Egito e
na Odisseia de Homero, que descrevia como soldados “dilacerados
pela guerra” eram massageados, o que lhes trazia de volta a saúde.
Escritos posteriores sobre a massagem foram desenvolvidos por eru-
ditos e médicos, como Hipócrates (460-360 a.C.) no século V a.C. e Avi-
cena e Ambrose Pare nos séculos X e XVI, respectivamente. Um livro
muito famoso sobre massagem, The Book of Cong-Fou, foi traduzido
por dois missionários, Hue e Amiot, criando um grande interesse e in-
fluenciando o pensamento de muitos.
Segundo o Thomas Medical Dictionary (1886), a massagem é
descrita da seguinte maneira: “Massagem, do grego, significa amas-
sar. Significando o ato de shampooing”. William Murrell (1853 – 1912)
definiu a massagem como: “o meio científico de tratar certas formas
de doenças através de manipulações sistemáticas”. Douglas Graham
(1884) descreveu a massagem como: “um grupo de procedimentos
que geralmente são feitos com as mãos, como fricção, amassamentos,
manipulações, rolamento e percussão de tecidos externos do corpo
em uma variedade de formas, com um objetivo curativo, paliativo ou
higiênico”.

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Manual de Massoterapia 9

OBJETIVOS

Este material foi desenvolvido pelos monitores da disciplina de


Recursos Terapêuticos Manuais I com o objetivo de auxiliar os alunos
na aprendizagem das técnicas de massagem sueca, facial e shiatsu
ministradas em aula pelo professor Rogério Moreira de Almeida; Mas-
sagem do Tecido Conjuntivo ministrada pelo professor João Batista
da Silva; Drenagem Linfática ministrada pelo fisioterapeuta Anderson
Nunes de Queiroz; Massagem Shantala ministrada pelo fisioterapeuta
Nuno Ricardo Tiene L. Moreira e Massagem Ayurveda ministrada pelo
fisioterapeuta Valdi de Sousa Silva. Com este Manual espera-se que
os universitários desta disciplina possam ter um referencial para uma
melhor compreensão e como auxiliar na aplicação prática das técni-
cas lecionadas.

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Manual de Massoterapia 10

Capítulo I
MASSAGEM SUECA

Este tipo de massagem é muito comum em todo o Ocidente.


Ela foi desenvolvida nos anos 1800 por PER HENRIK LING (Suécia)
(*1776- + 1862), considerado o pai da educação física moderna,
e incorpora uma variedade de técnicas de massagem específicas
para tratar dores musculares, tensão, stress e má circulação, que
se difundiu pelo mundo sendo conhecida como a Massagem Sueca.
A Massagem Sueca usa seis movimentos básicos para me-
lhorar a circulação e remover toxinas dos músculos. Sempre traba-
lhando em direção ao coração, o massoterapeuta incorpora essas
técnicas em uma sessão de massagem fluída que deixa o paciente
relaxado físico e emocionalmente.
Uma vez que o terapeuta toca o paciente, suas mãos nunca
devem deixá-lo. Na maca, onde o paciente se deita, deve perma-
necer apenas ele mesmo, não sendo permitido ao terapeuta usá-
-la como apoio para nenhum material ou parte do corpo. Lembrar-
-se também que o óleo de massagem nunca deve ser colocado no
paciente diretamente de seu recipiente, o terapeuta deve colocá-
-lo em suas mãos e só então espalhar no paciente com uma leve
effleurage.
Para maior comodidade do paciente, se este preferir, cobri-
-lo com lençol e descobrir apenas as partes que serão trabalhadas
ao passo que a massagem for acontecendo e cobrindo-as nova-
mente quando finalizadas. Assim o paciente fica mais a vontade e
relaxa mais facilmente. As técnicas da massagem sueca são:

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Manual de Massoterapia 11
Effleurage

“Effleurage” em francês significa “tocar de leve” e em portu-


guês recebe o nome de deslizamento. É a manobra, segundo a qual,
a mão se aplica sobre a região a tratar para em seguida deslizar, da
periferia para o centro, no sentido da circulação de retorno. São
movimentos leves e suaves que iniciam e terminam a massagem.
Esta técnica pode ser feita com intensidades diferentes:
superficial, média e profunda. Diferenciando-as apenas na força
impressa pelo terapeuta. Deve ser realizada de maneira centrípe-
ta, isto é, das extremidades para o centro, nos MMSS e MMII. Com
exceção do tronco, onde pode ser realizada em qualquer direção.
É importante lembrar que toda massagem deve iniciar e terminar
com a effleurage superficial. Iniciar para espalhar o óleo e aquecer
os músculos e terminar para um maior relaxamento.

O deslizamento também pode ser realizado com ambos os


antebraços do terapeuta sobre as costas do paciente, podendo ser

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Manual de Massoterapia 12
realizado de duas maneiras: transversalmente, usando o peso do
corpo do centro para as laterais, ou longitudinalmente, do centro
para os sentidos cervical e lombar. É uma manobra completa, pois
pode ser feita no início, no meio e no fim do tratamento.

Petrissage

Petrissagens ou amassamentos podem ser divididos em:


reptante, realizado de forma que o terapeuta de fato agarra a mus-
culatura local com uma e com outra mão, alternando-as em um
movimento de 8 constante e ritmado, similar a um réptil se mo-
vimentando; rolante, realizado de forma que, inicialmente com as
mãos em paralelo, o terapeuta empurra a musculatura com a base
da palma de uma mão e puxa a musculatura com os dedos da outra
mão, ao mesmo tempo, de forma sincronizada e ritmada. E, ainda
pode ser feito, com as mãos em forma de pinça fazendo movimen-
tos rápidos e alternados. É utilizado em regiões que possuem pouca
massa muscular e pode ser chamada de pinçante ou pinçamento.

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Amassamento Reptante

Amassamento Rolante

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Amassamento Pinçante

Tapotage

Conhecida em português como tapotagem, tapotamento ou


percussão. “É uma série de técnicas caracterizadas por partes varia-
das das mãos golpeando os tecidos numa velocidade bastante rápi-
da” (Técnicas de massagem de Beard, Giovanni de Domenico, cap. 4,
pág. 85). Seu objetivo é preparar um músculo relaxado para tensão e
contração muscular. Quando aplicada na região do tórax auxilia a mo-
bilização do muco favorecendo a eliminação de secreção. As técnicas
devem ser suaves, sem causar desconforto ao paciente, e possuem 6
subtipos:

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Bordo Cubital

Palmar

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Mão em concha

Punho Fechado (na vertical ou na horizontal)

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Cutiladas

Tamborilamento

Fricção

É realizada através de movimentos circulares em diversas áre-


as do corpo com o objetivo de desobstruir os capilares e esvaziar os
vasos linfáticos. Pode ser feita com as pontas dos dedos, com a palma

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Manual de Massoterapia 18
das mãos, com o bordo cubital ou com ambas às mãos dependendo
da região.

Vibração

A tetanização dos músculos do antebraço irradia pelas mãos


do terapeuta ao corpo do paciente fazendo os músculos vibrarem.
A vibração pode ser realizada em todo o corpo do paciente com o
objetivo de relaxamento ou estimulação, dependendo da energia
aplicada pelo terapeuta, ou seja, aplicando-se pouca energia pro-
porcionará relaxamento e ao aplicar uma energia maior, a vibra-
ção será mais será mais estimulante. Também pode ser realizada
localizada na região torácica, no momento que o paciente expirar,
orientado pelo comando verbal do terapeuta. Compreende toda a
região do tórax, em médias três vezes, sempre de baixo para cima
com o objetivo de expulsar as secreções. Podem ser realizadas com
o paciente em decúbito ventral e lateral com o objetivo de vibrar a
musculatura. É uma manobra geralmente extenuante para o mas-
soterapeuta e, por esta razão, muitas vezes substituída por apare-
lhos, mas o efeito não é o mesmo que o realizado manualmente.

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Manual de Massoterapia 19

Rolamento

Também é uma técnica estimulante que pode ser aplicada no


membro superior e inferior. O terapeuta deve apoiar o membro, sem
que haja esforço por parte do paciente, e com a palma das mãos, des-
lizar rapidamente da região distal para proximal do membro traba-
lhado. O rolamento também pode ser feito nas costas, onde recebe
o nome de Rolfing. Consiste em segurar uma “prega” de músculo e ir
deslizando de baixo para cima sem que se perca o contato das mãos
com a musculatura.

ROLAMENTO ROLFING

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Manual de Massoterapia 20

Capítulo II
MASSAGEM FACIAL

A massagem facial trabalha a musculatura do rosto e suaviza


as marcas de expressão. Além disso, é eficiente para dissolver pontos
de tensão. É uma massagem extremamente relaxante e as recomen-
dações são as mesmas da massagem sueca. São as técnicas desta
massagem (na ordem em que devem ser aplicadas):

Deslizamentos a partir do centro


da “testa” para a periferia

Com os polegares, o terapeuta desliza sobre a pele do paciente em


linha reta, na direção do centro para periferia, em três faixas horizontais.

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Deslizamento nas pálpebras

Deslizamentos no nariz

Deslizamentos e movimentos circulares nas bochechas

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Deslizamento acima dos lábios

Deslizamento no queixo

Deslizamento do pescoço para o queixo (“tapinhas”)

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Massagem nas orelhas

Tração: é uma técnica de estiramento cutâneo, muscular e


ligamentar, bem como afastamento de vértebras e articulações, di-
minuindo suas pressões internas, aliviando dores e promovendo o
relaxamento. As trações cervicais são realizadas com o paciente em
decúbito dorsal e podem ser feitas com:

1. A cabeça do paciente reta: com uma mão o terapeuta traciona


a cabeça do paciente apoiando na base do occipto e com outra
o mento.

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2. A cabeça do paciente inclinada: com uma mão o terapeuta tracio-
na a cabeça do paciente apoiando na base do occipto e com outra
empurra o ombro para longe.

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Manual de Massoterapia 25

Capítulo III
MASSAGEM ABDOMINAL

Tipo de massagem que alivia dores abdominais, prisão de ven-


tre e cólicas, além de promover relaxamento. Deve ser realizada sem-
pre no sentido horário e apenas na região do abdômen (limitada pelas
costelas e pela região pélvica). As técnicas consistem em:

Effleurage

De formar circular, cruzando os braços e passando levemente


as mãos uma sobre a outra. Esta técnica é utilizada para iniciar e fina-
lizar essa massagem.

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Diamante

Com as mãos sobrepostas desliza-as sobre o abdome de forma


que os movimentos simulem o contorno de um diamante.

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Ondulante

Também com as mãos sobrepostas realiza pequenos movi-


mentos em forma de onda, desencostando a mão do paciente ao final
de cada movimento.

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Mão em cuia

Com as mãos em forma de cuia, realiza movimentos simulando


“pegar água” no abdome do paciente. A mão direita “vai” e à esquerda
“volta”.

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Fricções

Pequenos movimentos circulares realizados com as pontas dos


dedos indicador, médio e anular, em volta do abdômen.

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Capítulo IV
MASSAGEM DO TECIDO CONJUNTIVO

A massagem do tecido conjuntivo (MTC) foi desenvolvida na


Europa, e consiste em técnicas de massagem que produzem um
“efeito local remoto”. Segundo Elizabeth Dicke -a desenvolvedora
da técnica- e outros pesquisadores, a MTC corrige desequilíbrios
nas funções vegetativas do corpo por reação reflexa, pois atinge
o sistema nervoso autônomo. Produz um estímulo cutâneo que
causa tensão do tecido conjuntivo na região aplicada e referida
pelo paciente como sensação de “corte, arranhadura ou dor local”.
caracteriza-se pela realização de movimentos manuais do fisiote-
rapeuta, também chamados traços de massagem profunda. Para
isso, o terapeuta exerce, com os dedos, tração profunda do teci-
do massageado, em algumas regiões do dorso do paciente, com
o objetivo de diminuir a aderência do tecido cutâneo. Os traços
são realizados em uma sequência predeterminada, podendo ser
aplicados em uma ou mais das três seções criadas por Dicke: Bási-
ca, Torácica ou Cervical. A seção a ser massageada é determinada
pela disfunção que o paciente apresenta e pela avaliação física do
mesmo. (EBNER, 1962).

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Manual de Massoterapia 31
Palpação diagnóstica ou fricção diagnóstica

Com a polpa dos dedos, move-se a pele sobre as estruturas


subjacentes, criando uma tração com manobras curtas e firmes no te-
cido conjuntivo e nas inserções musculares.

Evidência na palpação diagnóstica


de duas ondas cutâneas

Evidencia o possível ponto de dor ou alteração metabólica


à distância.

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Rolamento para quebra de aderências

Consiste na elevação do tecido subcutâneo, com o polegar e o


dedo médio movendo todo o tecido contra a fáscia.

A avaliação inicia-se com a palpação, quando há alterações, é


identificável certa imobilidade entre as camadas do tecido conjunti-
vo. Algumas reações do sistema nervoso autônomo podem ocorrer,
de acordo com a área estimulada pela MTC, sendo momentâneas ou
perdurando por algumas horas após o tratamento. São elas: aumen-
to do peristaltismo intestinal, da micção, do sono, mudança da tem-
peratura em extremidades, aumento da atividade glandular e alívio
dos sintomas viscerais (EBNER, 1962; BISCHOF E ELMINGER, 1973).

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Manual de Massoterapia 33
Apesar de poucas, existem algumas contraindicações, como
distúrbios cardíacos, câncer ou tuberculose, excesso de pelos, le-
sões cutâneas e ferimentos em geral.

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Manual de Massoterapia 34

Capítulo V
DRENAGEM LINFÁTICA

“A drenagem linfática é uma das inúmeras funções fisioló-


gicas, da mesma forma que as outras funções automáticas do or-
ganismo. A drenagem linfática manual faz parte das técnicas uti-
lizadas para favorecer a circulação dita “de retorno”.” (Drenagem
linfática – teoria e prática, 2ª edição, Albert Leduc e Olivier Leduc).
Primeiramente, deve-se desobstruir os gânglios linfáticos
que receberão a linfa a ser drenada: subclaviculares, axilares, cis-
terna do quilo (localizado apenas do lado esquerdo do abdômen),
inguinais, poplíteos e no maléolo medial.

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 35
As técnicas utilizadas na drenagem de acordo com a ordem em
que devem ser aplicadas são:

Deslizamento em quatro tempos

Divide-se a região (coxa, perna, braço ou antebraço) em quatro


partes distintas e desliza as duas mãos, quatro vezes em cada parte.
Na quarta e última vez, em cada parte, segue conduzindo a linfa que
está sendo drenada até próximo ao gânglio linfático acima e na última
etapa finaliza estimulando-o novamente.

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 36
Bombeamento para safena

Com as duas mãos espalmadas e paralelas, partindo do centro,


realizar movimentos de bombeamento na direção lateral ou externa
da coxa.

Medial Lateral

Bombeamento na lateral
Com uma mão na parte interna e outra na parte externa da re-
gião que está sendo drenada, faz-se movimentos de bombeamento
para cima, levando a linfa para o gânglio acima e estimula-o.

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Manual de Massoterapia 37
Deslizamento alternado

Inicia com as palmas das mãos encostadas uma na outra e vai


separando-as o fazendo movimentos de “fatiamento” com o bordo
cubital, de proximal para distal. Em seguida repete o bombeamento
na lateral para levar a linfa ao gânglio acima e estimula-o novamente.

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 38
Compressão e descompressão

Com ambas as mãos em torno de toda área que está sendo


drenada, o terapeuta faz movimentos de leve e rápida compressão e
deslizamento ao longo da região. Quando na perna ou no antebraço, a
compressão e descompressão conduz a linfa por todo o membro até o
gânglio mais distal e estimula-o.

Variação: Pé (região pequena).

• Deslizamentos em quatro tempos -> Deslizamento único


• Bombeamento para safena -> Semicírculos
• Bombeamentos na lateral
• Compressão e descompressão

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Manual de Massoterapia 39

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 40

Capítulo VI
MASSAGENS ORIENTAIS

Shiatsu

Shiatsu é uma terapia manual desenvolvida no Japão, no iní-


cio do século XX, embora originária da China, a qual, hoje reconhecida
pelo Ministério da Saúde é indicada para prevenir e tratar várias doen-
ças. A palavra é derivada do japonês SHI que significa “dedo” e ATSU
“pressão”, ou seja, pressão dos dedos. Pode ser feita tanto em pessoas
doentes em saudáveis com o efeito preventivo.
Na prática, o Shiatsu utiliza técnicas de pressão, percussão, fric-
ção, vibração, pinçamento e imposição de dedos e mãos em pontos e
áreas específicas do corpo, além da movimentação de articulações e
manipulação de estruturas músculo-esqueléticas com o objetivo de
atuar na circulação “energética” através das técnicas de tonificar, se-
dar, regular, purificar e aquecer e, assim, promover a homeostase or-
gânica, psíquica e sobretudo energética.

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Manual de Massoterapia 41
Sequência de Abertura

Primeiramente, realiza-se o “aquecimento” para captar a energia


KI do universo. Terapeuta em posição de KATA: um pé a frente do corpo e
outro atrás, terapeuta alinhado com a linha mediana do corpo do cliente
e com as mãos sobre seus ombros. Uma vez iniciada a massagem, não se
deve tirar as mãos do paciente, nem interromper a sequência. As técnicas
devem ser realizadas bilateralmente (nos MMSS e escápulas).

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 42
Técnicas

1. Divide-se a coluna em três linhas (meridianos) e com as mãos al-


ternadas vai pressionando verticalmente;

2. Técnica do cotovelo: Realizando movimentos circulares no trapé-


zio e nos meridianos;

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 43
3. Massagem da borda medial da escápula (3x): Traz o braço do clien-
te para trás segurando-o pela mão e vai “contornando” a escápula
com a borda medial da outra mão;

4. Fricções na borda medial da escápula: ainda na posição anterior


fazendo movimentos circulares;

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 44
5. Trações do braço (alongamentos);

6. Técnica com as mãos em forma de “bico de pato” no braço;

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 45
7. Fricções na mão e trações nos dedos;

8. Traz o corpo do cliente para próximo do terapeuta e realiza os alon-


gamentos do pescoço sem retirar as mãos da cabeça do paciente;

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Manual de Massoterapia 46
9. Deslizamentos alternados com o antebraço no ombro (vai com o
antebraço em supino e volta em prono);

10. Alongamento “Asas de Frango”: escorrega-se as mãos ao longo dos


braços do cliente trazendo-os para trás do corpo, levando primei-
ramente os cotovelos do cliente retos para trás e em seguida er-
guendo-os até o ponto de resistência ou de bloqueio dos ombros
(3 vezes);

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 47
11. Alongamento “Asas de Anjo”: Posiciona as mãos do cliente um so-
bre outra na NUCA, usa a quadril ou o joelho para estabilizar sua
coluna enquanto trás seus cotovelos para trás (vai e volta 3 vezes);

12. “Patas de aranha”: Os dedos movimentando o couro cabeludo, ou


seja, a pele do paciente escorrega sobre o crânio, porém seus de-
dos não escorregam sobre a pele do paciente;

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 48
13. “Patas de caranguejo”: movimentos rápidos em forma de pinça al-
ternando as duas mãos na cabeça do cliente;

14. Mãos em taça na cabeça;

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 49
15. “Devolve o paciente a cadeira”, posição inicial e faz as técnicas das
mãos em taça (cotovelos formando um ângulo reto com o ante-
braço) e em prece (com os dedos entreabertos) nas costas; Finaliza
com uma effleurage superficial nas costas e agradece ao paciente:
“Muito obrigada!”.

Shantala

O método de massagem Shantala aplicado em bebês originou-


-se na Índia, em uma região chamada Calcutá ou com mais exatidão, em
Pilkhana, considerada uma das favelas sórdidas que nos últimos anos
se multiplicaram com o afluxo de refugiados. Este método foi transmi-
tido para a população da Índia, primeiro nos mosteiros pelos monges
e posteriormente tornou-se uma tradição transmitida de uma forma
natural e progressiva de mães para filhas, quando estas iniciavam seu
período de gravidez. À medida que a gestante sentia o crescimento da
nova vida intra-uterina, ia recebendo da mãe as instruções necessárias
para os cuidados que deveriam ter com o seu futuro filho.
A massagem Shantala é indicada para: aumentar o vínculo pais/
filho; relaxar e acalmar a criança; melhorar o sono do bebê; eliminar
gases; diminuir/eliminar cólicas; melhorar o funcionamento digestivo;

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 50
ativar a circulação sanguínea e linfática; melhorar o alongamento.
A massagem Shantala é contraindicada quando: o bebê está gri-
pado, com febre, com a pele sensível ou esteja dormindo; aplicada logo
após o bebê ter sido amamentado; caso o bebê esteja com algum tipo
de mal estar, o melhor é procurar respeitar e aguardar sua melhora.

Passo 1: Sente-se em uma superfície confortável, tanto para si,


assim como para o bebê, mantendo as costas apoiadas ou mantendo
uma postura ergonomicamente correta. Aqueça suas mãos em água
morna ou friccionando-as com o óleo vegetal puro. Cada movimento
deve ser repetido de três a oito vezes. Deslize as mãos espalmadas da
cabeça do bebê até os pés, de modo que o bebê possa sentir a tempe-
ratura da sua mão.

Capa Sumário
Manual de Massoterapia 51
Passo 2: Sempre comunicando com o bebê, comece pelo cen-
tro da testa realizando movimentos até a sobrancelha. Em seguida
faça pequenos deslizamentos de forma bem delicado acima das pál-
pebras. No final massageia as bochecha de forma circular terminando
com leves alongamentos da musculatura do pescoço.

Passo 3: Com as mãos acima do peito, massageia do centro do


peito para fora. Sempre respeitando a resistência da pele do bebê.

Capa Sumário
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Passo 4: Envolva o braço do bebê com a mão, formando uma
espécie de bracelete, e vá do ombro em direção ao punho.

Passo 5: Abra a mãozinha do bebê, respeitando sempre a re-


sistência imposta e vai da palma da mão até os dedinhos.

Passo 6: Inicialmente com as mãos em concha, escorregue a la-


teral externa das mãos desde a base das costelas até a região inguinal.

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Passo 7: Com as duas mãos, faça um movimento sem-
pre no sentido giratório, de vai-e-vem, desde da região inguinal até o
tornozelo, de forma a estimular a circulação.

Passo 8: Faça movimentos com os polegares do calcanhar até


os dedinhos. Quando chegar nos dedinhos dê leves puxões.

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Passo 9: Com a mão direita apoiada no bumbum, faça movi-
mento com a mão esquerda em formato de concha no sentido da nuca
para o bumbum do bebê.

Passo 10: Faça pequenos movimentos de fricção ao lado da


coluna vertebral. E no final não se esqueça de massagear a região la-
teral do tórax.

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Passo 11: Após massagear o seu bebê, faça movimento alter-
nativos tanto com o membro superior e o inferior.

Passo 12: No final dê um banho de água morna ao seu bebê, com a


finalidade de proporciona-lo um ótimo descanso, assim como retirar
o excesso de óleo caso tenha usado.

Observação: Lembre-se que esse momento deve ser tanto pra-


zeroso para si, assim como para o seu bebê.

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Massagem Ayuvédica

Ayurveda significa, em sânscrito, Ciência (veda) da vida


(ayur). É o nome dado ao conhecimento médico desenvolvido na
Índia há cerca de oito mil anos, o que a torna um dos mais anti-
gos sistemas medicinais da humanidade. Mas, só foi introduzido
no Brasil há pouco mais de uma década pela mestra Kusum Modak.
Se baseia na teoria dos cinco elementos da natureza (fogo,
água, terra, ar e éter) e dos doshas (vata, pitta e kapha) que são três
biótipos responsáveis pelo equilíbrio do corpo, mente e percepção es-
piritual. O dosha Vata controla o movimento, o dosha Pitta controla
o metabolismo e a digestão e o dosha Kapha é responsável pela es-
trutura física e o equilíbrio dos fluidos. Através do conhecimento de
seu dosha é definido um tratamento e mudanças na rotina diária, que
aborda aspectos como alimentação, o sono e as relações.
A massagem Ayurvédica é uma técnica de massagem holísti-
ca que favorece a integração, o equilíbrio e o intercâmbio dinâmico
entre a mente e o corpo. Seu diferencial está no fato de não utili-
zar apenas as mãos, mas também os pés e o peso do corpo a fim
de facilitar os movimentos de alongamento e tração. Tendo como
objetivo centralizar e dinamizar os chackas maiores e menores do
corpo físico, concentrar a energia no canal sutil da coluna vertebral
ativando os sete principais chackras.
É uma forma de tratamento corporal que utiliza técnicas
de deslizamentos sempre de baixo para cima assim estimulando
a circulação sanguínea e energética em direção ao coração. Alon-
gamentos que possibilitam uma maior flexibilidade e mobilidade
das articulações, associados sempre à respiração e ao uso de óleos
vegetais e essências.
É aplicada por meio de toques profundos com mãos, cotove-
los e pés. Essa técnica propicia um realinhamento postural, alívio
de tensões no corpo físico, fortalece o sistema imunológico ajudan-
do na prevenção de doenças, além da cura de doenças de origem
respiratória e circulatória, dores musculares e reumáticas, altera-
ções posturas, combate o estresse, harmoniza funções gastrointes-
tinais, entre outras.

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Manual de Massoterapia 57
Pode-se iniciar a massagem com alguns segundos de silên-
cio, rezar ou fazer algum ritual para iniciar o trabalho em paz, bem
como no final para abençoá-lo.

Decúbito ventral

• Deslizamento ao lado da coluna:

• Deslizamento no meio das costas:

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• Dedos entre as vértebras:

• Abertura da coluna:

• Asas:

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• Cervical:

• Alongamento do pescoço:

• Alongamentos:

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• Alongamento dos braços:

• Mãos, antebraço e braço:

• Pés:

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• Torções nos pés:

• Pernas:

• Coxa:

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• Glúteos:

• Alongamentos:

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• Drenagem na lateral do corpo com os pés:

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Sentado

• Alongamentos:

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Em decúbito dorsal

• Pés:

• Pernas:

• Drenagem na coxa com as mãos fechadas:

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• Alongamentos:

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• Massagem na barriga no sentido horário:

• Peito:

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• Face, pescoço e couro cabeludo:

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• Piso:

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REFERÊNCIAS

ABRA - Associação Brasileira de Ayurveda. O que é Ayurveda. Disponível em


http://www.ayurveda.org.br/ Acesso em 19 nov. 2014.

DOMENICO, Giovanni de. TÉCNICAS DE MASSAGEM DE BEARD: princípios


e práticas de manipulação de tecidos moles. 5ª Edição. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008.

ESPAÇO HARMÔNICO. Shiatsu. Espaço harmônico. 2007. Disponível em:


http://www.espacoharmonico.com.br/. Acesso em: 13 Abr. 2014.

LEDUC, Olivier; LEDUC, Albert. DRENAGEM LINFÁTICA: Teoria e prática, 2ª


Edição. Rio de Janeiro: Manole, 2001.

TUDO POR UMA MASSAGEM. Massagem sueca. Tudo por uma massagem.
2006. Disponível em: http://www.tudoporumamassagem.com.br/. Acesso
em 13 Abr. 2014.

VIVER AYURVEDA. Ayurveda. Disponível em https://ayurviver.wordpress.


com/ayurveda/ Acesso em 19 nov. 2014.

Capa Sumário
ISBN: 978-85-237-1063-7

9 788523 710637

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