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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA BREVE

Bruna Machado
Michel Ferreira

PETRÓPOLIS - 2019
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA BREVE

Bruna Machado
Michel Ferreira

Trabalho apresentado ao Prof(a).Elisameli


como requisito parcial para a aprovação na
disciplina TEORIAS E TÉCNICAS
PSICOTERÁPICAS I, do curso de Psicologia da
Universidade Católica de Petrópolis.

PETRÓPOLIS - 2019
INTRODUÇÃO

Apresentaremos um panorama histórico e teórico sobre a psicoterapia breve, observando em

um momento final um caso em especifico.


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1 CONTEXTO HISTÓRICO

A psicoterapia breve surge como uma forma de suporte de problemas de saúde mental da

população. Diante do pavoroso panorama, com o advento da 2ª Guerra Mundial (1939-1945),

com os horrores vivenciados pela população mundial, em especial europeia, com as

inacreditáveis perseguições do regime nazista, muitos são os sofrimentos encarados pelo ser

humano, que havia achado que, com a terrível experiência da 1ª Guerra Mundial, jamais

repetiria tamanho e tenebrosa experiência humana. Mas o que esta devastadora Guerra deixa

de legado são multidões devastadas física, psicológica, social e culturalmente. O sofrimento

humano se distende ao insuportável e suas marcas estão, até hoje, presentes na população

mundial. As psicoterapias oferecidas não eram acessíveis a todos, a carência de profissionais

para realizar os atendimentos e o alto custo das consultas, impedindo assim que os sujeitos de

poucos recursos tivessem acesso aos serviços.

Nesta ocasião, o número de pessoas necessitadas de apoio psicológico cresce muito mais do

que o de psicanalistas, que não podem dar conta de tratamentos longos como anteriormente.

Somam-se a isto as severas restrições econômico-financeiras, que não permitem o pagamento,

pela população empobrecida, do preço das seções analíticas, assim como a imensa dificuldade

de verbalização das classes menos favorecidas. Não bastassem estes fatores, o tempo se torna

escasso para uma recuperação psicológica, com vista à reconstrução de cidades, países, e de

estruturas egóicas destruídas pela experiência devastadora.


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Assim, a urgência da situação impulsiona o desenvolvimento das primeiras tentativas da

experiência de Ferenczi, e muitos outros autores juntam-se a este movimento, surgindo outras

publicações traziam adaptações à técnica breve, despontando no nascimento da Psicoterapia

Breve de inspiração analítica.

A partir de 1941, o Instituto de Psicanálise de Chicago organiza um congresso nacional sobre

psicoterapia breve. Surgem nesse momento novas configurações teóricas com relação à

prática breve, incluindo conceitos que Braier os dividiu em: planejamento da psicoterapia,

flexibilidade do terapeuta, manejo da relação transferencial e do ambiente, utilidade de

ressaltar a realidade externa e eficácia do contato breve. Outras obras de investigações

clínicas em psicoterapia breve foram apresentadas por Malan, Knobel, Ussandivaras, Simón e

Kesselman. Contudo, apesar da evolução das técnicas breves, a psicanálise ainda recebe

grande destaque nas publicações.


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2 PRINCIPAIS TEÓRICOS

Embora Freud tenha por diversas vezes manifestado sua preocupação com esse
prolongamento excessivo e a princípio encorajado algumas iniciativas para abreviá-lo, ele
próprio não buscou formas de diminuir a duração da análise, e acabou por criticar a iniciativa
de seus discípulos, por diversas razões. Ainda durante a vida de Freud alguns psicanalistas
tentaram introduzir modificações teóricas e técnicas no processo psicanalítico, visando
abreviá-lo, especialmente Ferenczi e Rank.

As modificações introduzidas por Ferenczi foram principalmente técnicas, e se referiam ao


que ele denominou “técnica ativa”; fora tentativas de intensificar o processo transferencial
apressando a emergência das experiências passadas e dando um novo impulso ao tratamento,
especialmente quando este chegava a momentos de impasse. Ele levava o paciente a enfrentar
situações ansiógenas, proibia certos comportamentos propiciadores de gratificações que se
constituíam em obstáculos para a sequência do trabalho e encorajava o Fantasiar.

Outras contribuições relevantes à prática breve foram apresentadas por Malan (considerado o
“pai” da psicoterapia focal), propôs alguns critérios para a indicação da psicoterapia focal.
São eles: ter um foco definido, resposta positiva do paciente a esse foco e motivação
suficiente para o tratamento.

Malan partindo do trabalho de Balint propõe que a princípio seja estabelecida uma hipótese
psicodinâmica de base, a partir de um diagnóstico que inclui entrevistas e testes psicológicos.
A ideia é identificar o conflito primário, que é reeditado na problemática atual do paciente.
Sobre a hipótese psicodinâmica de base se planeja o trabalho terapêutico, que é feito através
da interpretação ativa e seletiva, e tem tempo e objetivos delimitados. Dedicou-se
intensamente ao estudo de casos clínicos, inclusive com acompanhamento aprofundado e
prolongado, visando um maior conhecimento do problema da seleção de pacientes e dos
resultados da psicoterapia.

Sifneos desenvolveu a Psicoterapia Breve Provocadora de Ansiedade dirigida a pacientes


criteriosamente selecionados, com problemática fundamentalmente edipiana, e com forte
motivação para mudança. A partir da formulação de uma hipótese psicodinâmica, o terapeuta
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adota uma postura bastante ativa, que visa levar o paciente a se defrontar com seus conflitos.
O processo é focalizado e limitado entre 12 e 18 sessões.

3 MODELOS

Como dissemos se trata de um tipo de tratamento psicológico que tem foco e tempo
determinados.

A atenção deve recair sobre uma queixa específica do paciente, que será trabalhada após uma
análise do seu quadro. Para isso, já nas primeiras consultas é definido um foco, bem como as
estratégias para alcançá-lo. Nesse sentido, a psicoterapia breve se divide em três modalidades:

A. Estrutural ou de impulso

Nessa modalidade são utilizados entrevistas e testes psicológicos, com a finalidade de


elaborar um diagnóstico de conflito primário associado ao problema principal do paciente.
Baseado nisso, será feito um trabalho terapêutico com duração e finalidade determinadas.

B. Relacional

Já nesse caso, preocupa-se menos com a técnica, com o tempo e com critérios, dando mais
importância ao momento presente e à experiência particular do paciente.

C. Integrativo ou eclético

Por fim, nessa modalidade o psicoterapeuta utiliza vários recursos, que, posteriormente, serão
analisados e adaptados à situação atual do paciente. O foco, de toda forma, sempre será a
necessidade do paciente.
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4 METODOS UTILIZADOS

Nessa abordagem, a figura do psicoterapeuta é bem diferente do que é visto na psicanálise.


Enquanto, nessa, a postura é mais neutra e passiva, na psicoterapia breve o especialista se
expressa mais, assumindo uma postura mais ativa e com maior número de intervenções.
Basicamente, a pessoa vai ao consultório, explica por que está procurando ajuda psicológica e
diz qual questão deseja trabalhar. Em seguida, acerta com o profissional o número de sessões
e o problema específico que será discutido.
Diante disso, uma dos motivos que levam a essa conduta é o incentivo de atividades entre as
consultas que visam desenvolver certa força para lidar com as questões emocionais. No geral,
o tratamento possui três fases:

Inicial
O psicoterapeuta faz uma avaliação curta, cuja finalidade é identificar a real situação do
paciente e o meio em que ele está inserido. Ainda nessa fase é elaborado um planejamento
terapêutico com a queixa a ser trabalhada, bem como o objetivo a ser atingido e as estratégias
de tratamento.

Medial
Aqui serão colocadas em prática as estratégias estabelecidas na primeira fase. Se for
necessário, o especialista fará adaptações de acordo com o progresso da terapêutica, e também
uma revisão sobre o trabalho até o momento.

Final ou terminal
Já nessa etapa, o paciente e o psicoterapeuta caminham para a finalização do processo,
analisando o trabalho já realizado. Além disso, é realizado um estudo dos objetivos
alcançados e daqueles que se mantiveram até o fim da terapia.
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5 INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO

Os principais critérios de indicação para uma psicoterapia breve são: inteligência acima do
normal; ter tido pelo menos uma relação significativa com outra pessoa durante sua vida; estar
vivendo uma crise emocional; capacidade para interatuar bem com o terapeuta-entrevistador e
expressar sentimento; motivação para um trabalho duro. durante o tratamento; uma queixa
principal específica; reconhecimento do caráter psicológico de suas perturbações; capacidade
de introspecção que lhe permita transmitir honestamente o que possa reconhecer de si mesmo;
desejo de se compreender e uma atitude de participação ativa na procura; disposição para
tentar mudanças.

Os pacientes que podem se beneficiar de uma psicoterapia breve são, de acordo com Fiorini
(2008, p. 40), “aqueles que apresentam transtornos psiquiátricos crônicos, fora de fases
agudas. Por exemplo, quadros paranoides, obsessivo-compulsivos, psicossomáticos crônicos,
perversões sexuais, dependência químicas, caracteropatias graves e sociopatias”. Alguns
autores citam ainda que o paciente deve sofrer de transtornos de início recente e agudo que
motivem o tratamento, a psicopatologia deve ser de caráter leve e circunscrito, ter uma
personalidade básica sadia, história de relações pessoais satisfatórias e estar num momento
propício (ALMEIDA, 2010).

Oliveira (2002) coloca como critério de contraindicação para a psicoterapia breve


pacientes com perturbações psíquicas mais graves, como dificuldades graves, crônicas ou
prolongadas de desenvolvimento, déficits precoces no desenvolvimento neurológico, fobias
agudas, regressões transitórias e fragilidade egóicas. Já nas expectativas de melhora, Fiorini
(2008) defende que seriam mais beneficiados em psicoterapia breve pacientes com quadros
agudos, em particular, situações de crises ou descompensações. Situações de mudança, como
por exemplo, em transições de etapas evolutivas (adolescência, casamento, conclusão de
curso superior, menopausa, aposentadoria).

Transtornos reativos em pacientes que mantinham antes um nível de adaptação aceitável.


Transtornos de intensidade leve ou moderada que não justificariam tratamentos de anos
(problemática neurótica incipiente ou psicossomática de começo recente). A terapia breve
pode beneficiar, como tratamento preparatório pré-analítico, borderline e psicóticos.
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Por fim, pode-se dizer que a psicoterapia focal pode abranger uma demanda muito grande,
trazendo benefícios não só a esfera social do paciente, mas também melhorando suas
condições de percepção do mundo interno e externo. No entanto, é aconselhável que o
terapeuta (ainda na entrevista inicial) faça um levantamento das possibilidades que o seu
paciente possui para realizar atendimento em psicoterapia breve, pois como verificado, nem
todos estão sujeitos ao tratamento, visto os critérios indicativos e contra indicativos para tal
análise (ALMEIDA, 2010; OLIVEIRA, 2002).

6 CASO

A. Identificação e descrição do paciente

Joao (nome fictício), 26 anos, sexo masculino, solteiro, caucasiano branco, brasileiro,
segundo grau completo, trabalhador autônomo, evangélico, estatura e peso médios,
proveniente do Estado da Paraíba, Brasil.

B. Impressões iniciais

Na primeira sessão, Joao chegou pontualmente, mas demonstrando receio em relação


ao ambiente. Aguardou ser chamado para entrar na sala e só sentou quando solicitado. Após as
devidas apresentações, afirmou não saber como funcionava a terapia e que a havia procurado
por orientação de um amigo. A terapeuta fez esclarecimentos acerca da PDB de modo geral,
percebendo interesse e um bom nível de compreensão por parte do paciente. O desenrolar
positivo do encontro possibilitou o estabelecimento do vínculo terapêutico já na primeira
sessão.

C. Queixa principal

Ao ser questionado sobre o motivo da procura, Joao mencionou o fato de nao


conseguir sucesso nos exames de autoescola apesar de já ter tentado quatro vezes.

D. Sintomas apresentados
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Insônias e pesadelos constantes que envolviam conteúdos de agressão e humilhação;


reações de fuga e esquiva exageradas, especialmente em relação a atividades que envolvessem
o uso de motocicletas ou a conversas relacionadas à sua família; falta de concentração,
especialmente no trânsito; episódios de pânico (taquicardia, transpiração, tremores e medo de
morrer); e a referida dificuldade em conduzir motocicletas.

E. Síntese da história pregressa e atual

Até os seis anos de idade, Joao morou com os pais e os irmãos, desfrutando de uma família
bem estruturada. Seus pais sofreram um acidente de automóvel em decorrência do qual sua
mãe faleceu; o pai, então, começou a ingerir bebida alcoólica de forma abusiva, chegando a
entregar os filhos a parentes e desaparecer. Separado dos irmãos, Joao passou a morar com a
avó paterna e um tio. Nessa época, começou a ser responsável por todas as atividades
domésticas (lavar, passar, cozinhar e varrer), enquanto a avó e o tio permaneciam deitados
fumando, tomando café e vendo televisão.

Só aos dez anos de idade começou a estudar e, aos treze anos, começou a trabalhar como
entregador de gás, fazendo as entregas em uma bicicleta. Nessa época, precisava realizar as
atividades domésticas, estudar e trabalhar. Por conta do acúmulo de tarefas, a avó do paciente
passou a acompanhar de perto a realização do serviço doméstico, alegando que estava sendo
mal feito. Quando não gostava do resultado, repreendia o neto com agressões físicas e verbais.
Ao completar 18 anos, Joao realizou o que ele disse ser o seu maior sonho na época: sair de
casa e morar só. Ele se mudou para uma cidade vizinha e conseguiu um emprego de caixa de
supermercado, morando sozinho ali por três meses, até conseguir um amigo para dividir as
despesas de um apartamento. Apesar de tímido, relatou conseguir se relacionar
satisfatoriamente com as pessoas, principalmente no ambiente de trabalho.

Aos 24 anos, nos tempos livres, começou a vender roupas de porta em porta para
complementar a renda e, assim, poder comprar uma motocicleta. Realizou a compra aos 25
anos, mas, como não tinha muita prática, passou a receber instruções de direção de um amigo.
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Logo começou a conduzir o veículo sozinho, apesar de ainda não possuir a carteira nacional
de habilitação (CNH). Com maior facilidade de locomoção para vender roupas, Joao
abandonou o emprego fixo.

Depois de muito tempo sem ver a avó, em um dia de trabalho, Joao a encontrou
ocasionalmente na rua. Ao reconhecê-lo, ela se dirigiu até ele, que estava em sua motocicleta
parado em um sinal de trânsito e o agrediu com uma bolsa no momento em que Joao dava a
partida no veículo, provocando uma queda que provocou uma forte pancada na cabeça. Em
decorrência disso, o paciente passou dois dias no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e
aproximadamente dois meses com a perna direita imobilizada. Na ocasião, por não possuir a
CNH, sua motocicleta foi apreendida. Cinco meses depois, já recuperado, Joao voltou a
trabalhar com vendas, utilizando a motocicleta de um amigo. Resolveu iniciar as aulas na
autoescola para obter a CNH e realizar o seu trabalho de forma legal. Porém, nas quatro
tentativas feitas até a primeira sessão de psicoterapia, sofreu com todos os sintomas
anteriormente citados e, consequentemente, não obteve êxito. O paciente relatou ainda que
passou a ter uma dificuldade repentina para conduzir o veículo em questão, mesmo para fazer
as vendas como de costume, pois não conseguia se concentrar como antes no trânsito e, por
isso, tinha receio de sofrer outro acidente. Os prejuízos físicos e materiais que resultaram do
acidente foram apontados por ele na tentativa de justiçar as dificuldades que se apresentavam,
mas também foi relatada a associação direta do veículo à imagem da avó.

Os principais sintomas apresentados pelo paciente foram: insônias e pesadelos constantes que
envolviam conteúdos de agressão e humilhação; reações de fuga e esquiva exageradas,
especialmente em relação a atividades que envolvessem o uso de motocicletas ou a conversas
relacionadas à sua família; falta de concentração, especialmente no trânsito; episódios de
pânico (taquicardia, transpiração, tremores e medo de morrer); e a dificuldade em conduzir
motocicletas
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F. Súmula

Paciente lúcido, cooperativo, globalmente orientado. Memória, inteligência, senso percepção


e linguagem sem alterações. Consciência do eu preservada, humor ansioso, vontade e
pragmatismo preservados, consciência da dificuldade atual. Imagem narcísica levemente
alterada.

G. Hipóteses de trabalho

Hipótese diagnóstica: transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) de início tardio. Para o


DSM-IV (1994/1995), um requisito para esse diagnóstico é identificar o evento traumático
(agente estressor) que tenha representado ameaça à vida do portador do distúrbio ou de uma
pessoa querida e perante o qual se sentiu impotente para esboçar qualquer reaçao.
Esclarecemos que, na época em que o paciente foi atendido, os critérios diagnósticos vigentes
eram os da referida versão do manual de diagnósticos (DSM-IV); atualmente, o DSM-V
propõe algumas alterações em relação a essa problemática.

Hipóteses psicodinâmicas: a) dificuldade em elaborar o evento traumático vivido; b)


dificuldade em relacionar o evento estressor com a problemática apresentada; c) sentimento
de culpa em relação ao evento traumático; d) frustração por não ter sido aprovado nos exames
da autoescola.

Foco: trabalhar aspectos relacionados ao evento estressor e à dificuldade de aprovação na


autoescola.

Atendimento: Inicialmente foram propostas doze sessões, mas, posteriormente, houve a


necessidade de quatro encontros adicionais, totalizando dezesseis sessões.

H. Evolução do caso

O paciente foi acompanhado sistematicamente, nos dois meses em que frequentou as sessões
de PDB, em encontros que ocorriam em média duas vezes por semana. O ponto de partida
para o estabelecimento da relação terapêutica em PDB foi a entrevista preliminar, realizada
mediante as duas primeiras sessões com o paciente e conduzida pelo terapeuta com o objetivo
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de: estabelecer uma relação terapêutica, viabilizar a elaboração de uma história clínica
(anamnese), avaliar o diagnóstico-prognóstico, promover uma devolução diagnóstica-
prognóstica, estipular metas terapêuticas, delimitar a duração do tratamento, explicitar o
método de trabalho e fixar as normas de trabalho

A sequência de atendimento desenvolveu-se em torno do foco anteriormente descrito, com


base nos princípios da referida abordagem. A terapeuta buscou estabelecer uma relação de
indagação centralizada, esclarecendo as conexões significativas entre a biografia, a
transferência de vínculos básicos conflituosos para as relações atuais e os sintomas
apresentados. Assim, o objetivo principal do atendimento em PDB foi proporcionar uma
imagem global das inter-relações em foco a fim de clarificar as situações de crise. Para isso,
foi indispensável criar um contexto sem ambiguidades, livre de discriminações, frustrações e
privações sensoriais. Tais aspectos foram instaurados paulatinamente em sessões semanais
com duração de aproximadamente 45 minutos que se estenderam por quatro meses de
atendimento.

Após duas semanas de acompanhamento, o paciente já estava conseguindo


confrontar seus sentimentos ambivalentes, principalmente em relação à avó e ao evento
estressor vivenciado. Nessa época, retomou as aulas na autoescola, dedicando-se
integralmente a essa atividade. A medida que o novo teste de direção se aproximava, as
questões direcionadas à remissão dos sintomas eram enfatizadas. A terapeuta optou por
trabalhar a tríade apoio-esclarecimento-docência, visando a fortalecer o paciente, elucidar
questões pouco elaboradas por meio da auto-observação por parte do paciente e proporcionar
informações de ordem prática, úteis para a resolução da problemática. Algumas dificuldades
emergiram em forma de insegurança e intenção de desistir do exame, mas foram contornadas
por posturas motivacionais e compreensivas da terapeuta. Na penúltima sessão, Joao havia
sido aprovado na autoescola e verbalizado que considerava seu caso resolvido. A terapeuta
marcou uma última sessão, na qual realizou um balanço geral do caso, discutiu os avanços
alcançados e sinalizou estratégias de manutenção da estabilização do quadro.
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7 CONCLUSÃO

Concluímos a importância da Psicoterapia Breve, mostrando seus benéficos ao paciente que


através de um atendimento embasado e estruturado de maneira robusta, pode alcançar grande
resultados. Logicamente, entendendo que nem todo perfil, será interessante o uso da
psicoterapia breve.
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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

CARVALHO, Eliamar. Psicoterapia Breve: os critérios de indicação e contraindicação para a


sua utilização. Revista FAROL, São Paulo, dezembro 2016. Disponível em:
http://revistafarol.com.br/index.php/farol/article/view/35/55;. Acesso em: 20 Out. 2019.

GENEBRA, Angela Cristini. Eficácia terapêutica da Interpretação Teorizada na


Psicoterapia Breve. Revista da Vetor Editora, São Paulo, junho 2004. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psic/v5n1/v5n1a02.pdf; Acesso em: 20 Out. 2019.

DESCONHECIDO. O que é psicoterapia breve? São Paulo, março 2017. Disponível em


http://actinstitute.org/blog/o-que-e-psicoterapia-breve/; Acesso em: 20 Out. 2019.

ALMEIDA, Bruno. Psicoterapia breve – História e Definição. Disponível em


https://www.psicologiamsn.com/2013/06/psicoterapia-breve-historia-e-definicao.html; Acesso
em: 20 Out. 2019.

LUSTOSA, Maria Alice. A Psicoterapia breve no Hospital Geral. Rev. SBPH, Rio de
Janeiro, v. 13, n. 2, p. 259-269, dez. 2010 .Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S151608582010000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 20 Out.
2019.

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