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 Conduta anticompetitiva

Para a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, nos termos do art. 1º da Lei nº
8.884/94, foi criado o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC, formado pela Secretaria de
Defesa Econômica – SDE, pela Secretaria de Acompanhamento Econômico – Seae e pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica – Cade.

Dentro deste Sistema compete à SDE receber denúncias de suposta prática de infrações contra a ordem
econômica, nos termos do art. 14 da Lei nº 8.884/94.

Após o recebimento da denúncia, se houver instauração do Processo Administrativo, caberá ao Cade o


julgamento deste e, em caso de condenação, a aplicação de penalidades aos infratores.

 Qual a defininição de Abuso de Posição Dominante?


Nos termos da Lei n. 8.884/94, a posição dominante de mercado é “presumida” quando uma empresa ou grupo
de empresas controla 20% de mercado relevante. A maioria dos casos de abuso de posição dominante no Brasil
envolve algum tipo de conduta cujo efeito ou objetivo é excluir concorrentes do mercado ou impedir que outras
empresas entrem em concorrência com a empresa dominante. Todavia, a prática de abuso de posição
dominante que tenha unicamente o escopo de explorar posição de relativa fragilidade de parceiros comerciais
ou consumidores também pode ser punida.

Dentre as práticas que podem ser consideradas como abusivas estão:


- Acordos de exclusividade com fornecedores ou distribuidores, para dificultar o acesso por concorrentes a
insumos ou canais de distribuição, respectivamente;
- Discriminação ou recusa no fornecimento de bens e serviços a concorrentes atuais ou potenciais;
- Dificultar injustificadamente o licenciamento de tecnologias;
- Obrigação de aquisição de produtos em conjunto (venda casada);
- Cobrança de preços abaixo do custo, para exclusão de concorrentes (preço predatório);
- Oferecimento de descontos a distribuidores que tenham o efeito de impedir a entrada de novos fornecedores;
e
- Destruição de matérias primas sem justa causa (açambarcamento).

 Qual a definição de Cartel?


Cartel é um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou quotas
de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação. O objetivo é, por meio da ação coordenada entre
concorrentes, eliminar a concorrência, com o conseqüente aumento de preços e redução de bem-estar para o
consumidor. Segundo estimativas da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os
cartéis geram um sobrepreço estimado entre 10 e 20% comparado ao preço em um mercado competitivo.

O combate a cartéis passou a ser o foco do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência desde 2003 por ser a
conduta anticompetitiva que mais danos diretos traz ao consumidor. Atualmente, há aproximadamente 300
investigações de cartel em curso na SDE. A SDE, via Advocacia-Geral da União, vem obtendo autorização
judicial para conduzir operações de busca e apreensão para obter provas diretas em cartel. De 2003 a 2005,
foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, em 2006, 19 mandados foram cumpridos e em 2007, um
total de 84 mandados foram cumpridos.

No âmbito administrativo, empresa condenada pelo CADE por prática de cartel poderá pagar multa de 1 a 30%
de seu faturamento bruto no ano anterior ao início do processo administrativo que apurou a prática. Por sua vez,
os administradores da empresa direta ou indiretamente envolvidos com o ilícito podem ser condenados a pagar
uma multa entre 10 a 50% daquela aplicada à empresa. Outras penas acessórias podem ser impostas como,
por exemplo, a proibição de contratar com instituições financeiras oficiais e de parcelar débitos fiscais, bem
como de participar de licitações promovidas pela Administração Pública Federal, Estadual e Municipal por prazo
não inferior a cinco anos.

Cartel, além de ser um ilícito administrativo, é crime punível com pena de 2 a 5 anos de reclusão ou multa, nos
termos da Lei nº. 8.137/90. Para garantir que diretores e administradores sejam punidos criminalmente, a SDE
vem incrementando de forma significativa a cooperação com a Polícia Federal, Polícias Civis e Ministérios
Públicos Federal e Estaduais. Por exemplo, da cooperação resultante entre a SDE e o Ministério Público do
Estado de São Paulo, número significativo de indivíduos enfrentam ou enfrentaram processo penal por crime de
cartel. Em 2005, 2 pessoas foram temporariamente detidas por crime de cartel e em 2007 esse número chegou
a 30 indivíduos. Hoje há pelo menos 100 administradores no Brasil que enfrentam processos criminais por
prática de cartel. Em 2006 foi emitida a primeira sentença condenando três executivos por prática de cartel a
penas de reclusão que variaram de três e nove meses a cinco anos e três meses (a pena superou os cinco anos
previstos na Lei n. 8.137 porque foi aplicada agravante do Código Penal). Ainda, em 2007, foi emitido acórdão
do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenando sete executivos por prática de cartel a penas de
reclusão que variaram de dois anos a dois anos e seis meses.
 Papel do Cade
O Cade é a última instância, na esfera administrativa, responsável pela decisão final sobre a matéria
concorrencial. Assim, após receber os pareceres das duas secretarias (Seae e SDE) o Cade tem a tarefa de
julgar os processos. O órgão desempenha, a princípio, três papéis:

1. Preventivo: Corresponde basicamente à análise das fusões, incorporações e associações de qualquer


espécie entre agentes econômicos. O Cade analisa os efeitos desses negócios, em particular, nos casos em
que há possibilidades de prejuízos ou restrições à livre concorrência. Os Atos de Concentração não são ilícitos
anticoncorrenciais, mas negócios jurídicos privados entre empresas. Este papel está previsto nos artigos 54 e
seguintes da Lei 8884/94.

2. Repressivo: Corresponde à análise das condutas anticoncorrenciais. Essas condutas estão previstas nos
artigos 20 e seguintes da Lei nº 8.884/94 e no Regimento Interno do Conselho aprovado pela Resolução 45 do
Cade, de forma mais detalhada e didática. Neste caso, cabe ao Cade reprimir práticas infrativas à ordem
econômica, como: cartéis, vendas casadas, preços predatórios, acordos de exclusividade, dentre outras.

3. Educativo: Está presente no artigo 7º, XVIII, da Lei nº 8.884/94. Para o cumprimento deste papel é essencial
a parceria com instituições, tais como universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo.
O Cade desenvolve este papel através da realização de seminários, cursos, palestras, PinCade (Programa de
Intercâmbio do Cade), da edição da Revista de Direito da Concorrência, do Relatório Anual e de Cartilhas.

 Horário de funcionamento
O Atendimento ao Público no Protocolo e na Secretaria Processual, para andamentos, pedidos de vista de
processos, protocolo e solicitação de cópias acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

 Licitações
O processo de licitação do Cade é exposto ao público por meio do seu sítio na Internet. Para maiores
informações, acesse o link:
http://www.cade.gov.br/licitacao/licitacoes.asp

 Taxas e Multas
Portaria Conjunta Cade/SDE/SEAE nº 26 de 22 de dezembro de 2004.
Disciplina a forma de recolhimento e rateio da Taxa Processual destinada ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica, à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e à Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda, em razão da apresentação de atos de concentração.

 Recolhimento da Taxa Processual e da Taxa Administrativa através da GRU


Documento para o recolhimento: GRU – Guia de Recolhimento Único da União.
Selecione o tipo desejado abaixo:

 Taxa de Serviço – (Reprografia, Revista e outros)


 Taxa Processual – (Ato de Concentração e Processo Administrativo)
 Taxa Processual - (Consulta)

O CADE e a Justiça

Maria Paula Dallari Bucci Procuradora-Geral do CADE

O CADE foi criado em 1962 e assumiu a forma de autarquia, com suas feições e atribuições
atuais em 1994, com a Lei 8884. Constitui-se de um colegiado, com poderes decisórios,
integrado por seis Conselheiros e um Presidente. As decisões do CADE são o fecho de
processos que se iniciam na Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça,
onde começa a instrução, depois completada pela Secretaria de Acompanhamento
Econômico (SEAE), do Ministério da Fazenda. O conjunto desses três órgãos forma o
chamado Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC).

A defesa da concorrência é direito difuso (“a coletividade é a titular dos bens jurídicos
protegidos por esta Lei”, parágrafo único do artigo 1o. da Lei 8884/94), fundado no artigo
170, IV, da Constituição Federal de 1988. Em nome dele, o Estado, por suas autoridades
administrativas, interfere sobre a liberdade econômica privada de cidadãos e empresas. Faz
isso, seja fiscalizando condutas anticoncorrenciais ? cujo exemplo mais visível é o cartel?,
seja controlando as estruturas de mercado, visando impedir a formação de concentrações
econômicas dominantes.

A atuação não apenas do CADE, mas do SBDC, como não poderia deixar de ser, é pautada
pelo princípio da legalidade. A Lei 8884/94 e as normas regulamentares prevêem os
procedimentos, multas e sanções aplicados pelo Sistema.

Mas considerando que a atuação do Sistema atinge a esfera empresarial privada, é


compreensível que suas decisões sofram resistências. Basta verificar a magnitude dos
interesses em jogo. Aquisição de supermercados, fusão das duas maiores empresas de
aviação aérea do País são alguns exemplos de análise de concentração de mercado. No caso
das condutas, o quadro é ainda mais sério, se considerarmos, por exemplo, a denúncia de
formação de cartel em apuração contra as maiores siderúrgicas em atuação no Brasil,
Gerdau e Belgo Mineira, ou os processos contra cartéis de postos de gasolina, já condenados
pelo CADE nas cidades de Florianópolis e Goiânia.

A discussão, em Juízo, das decisões administrativas do CADE, não é alta nem significa que
seus processos sejam errados ou imperfeitos. Já é hora de nos acostumarmos com o fato de
que o recurso ao Poder Judiciário é um atributo inerente a qualquer democracia. Aliás, é um
dos três pilares da noção de Estado de Direito, ao lado dos direitos e garantias e do princípio
da legalidade. Os Estados que convivem com essa noção basilar têm fortalecida a cidadania
nas suas fronteiras.

A auto-executoriedade das decisões administrativas não tem nada a ver com a


inafastabilidade do controle jurisdicional, que é um direito do cidadão, assegurado pelo inciso
XXXV do artigo 5o. da Constituição. Nem significa que a credibilidade da autoridade antitruste
dependa da aceitação passiva de todas as suas decisões. No que diz respeito ao sistema
brasileiro pode-se dizer que o questionamento judicial das decisões do CADE tem se revelado
um saudável teste das instituições democráticas, pelo qual têm sido, em regra, chanceladas
as decisões administrativas.

As decisões do CADE condenando empresas pela apresentação intempestiva de atos de


concentração têm sido, em sua significativa maioria, confirmadas pelo Poder Judiciário.
Embora nenhuma sentença judicial tenha transitado em julgado, e mesmo considerando que
os critérios de intempestividade vêm sendo revistos pela Autarquia, é ilustrativo referir que
dos onze processos em curso versando essa matéria, o CADE obteve ganho de causa em
sete e está recorrendo nos demais. Sobre a taxa processual do CADE (Lei 9781/99, alterada
pela Lei 10149/00), ainda não há decisão judicial, mas apenas algumas liminares.

Quanto ao conflito de competência com o Banco Central, o único processo judicial em que
isso foi discutido, ainda pendente de recurso, deu ganho parcial à impetrante, para
suspender a multa, embora reconhecendo, na mesma linha do Ministério Público, que “não
há motivo para privilegiar o setor financeiro, que necessita sim de um órgão autônomo e
imparcial para o seu controle e julgamento no que diz respeito ao abuso de poder
econômico. Note-se que o BACEN não tem atribuição nem estrutura para realizar
julgamentos sobre a matéria. A propósito, nos parece muito oportuno submeter as
operações envolvendo instituições financeiras ao CADE, já que, como órgão colegiado de
julgamento, sujeita-se menos às pressões externas e não é responsável por política
econômico-financeira).” (Mandado de segurança no. 2002.14981-0, 3a. Vara Cível da Justiça
Federal no DF, fls. 371).

Finalmente, alguns números falam por si sobre a legitimidade da atuação do CADE. Do total
das multas aplicadas em 2001, 71,4% foram pagos administrativamente (R$ 3.800.000,00).
Em 2002, 62% das multas foram pagas sem a mediação do Poder Judiciário (R$
5.400.000,00). Os valores dessas multas têm sido a principal fonte de recursos do Fundo de
Direitos Difusos, respondendo por 95% do total apurado pelo Fundo em 2001 (R$ 6 milhões
e 600 mil).

Esses dados mostram que a atuação de qualquer órgão administrativo de defesa da


concorrência enfrenta interesses econômicos poderosos e exige respeito à lei, apuro técnico,
conhecimento e sobretudo equilíbrio e serenidade para a intervenção no domínio econômico
na justa medida da preservação dos interesses da coletividade, o que têm sido a linha de
conduta do Conselho Administrativo de Defesa Econômica no Brasil.

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