O tema desse trimestre é a doutrina do homem, sempre

tomando por base de estudo a Bíblia Sagrada. Da

criação, passando pela queda, até a glorificação eterna
dos salvos. Nessa lição, o enfoque será especificamente
na antropologia bíblica.
1. Definição.

A ANTROPOLOGIA

Do grego antropos e logia, que é antes de tudo, a

ciência que explica o homem em seus contextos
mais amplos. A antropologia como ciência,
explicará o homem como um organismo físico, e
um ser cultural.
Antropologia física. a) Antropogenia, que estuda a
biologia, e a geologia dos ambientes onde os homens se
desenvolveram. b) Somatologia, características físicas
das raças. c) Antropogeografia, a distribuição das raças
por ambientes. d) Psicologia racial. e) Fisiologia racial e
sua bioquímica. f) Anatomia comparada.

Antropologia cultural. a) Linguística. b) Tecnologia. c)

Arqueologia e artefatos e utensílios. d) Antropologia
social. Costumes, tradições, famílias e economia.
A ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA

Prescruta o homem além de suas características

físicas e condição social. Procura, observar o
homem na sua esfera metafísica, capacitado
epistemologicamente e dotado de ética, que o
fará um antropólogo.
A ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA

Tratará da origem criada do ser humano, e sua

relação com a divindade. Nessa ciência, o homem é
um ser transcendental, capaz de interagir com a
divindade como objeto do plano divino, no ambiente
terreno e na história.
Biblicamente, faz parte da teologia sistemática, indo
além de um tratado meramente cultural e científico.
2. Fundamentos.

Embora a Bíblia Sagrada seja a ferramenta principal da

doutrina bíblica do homem, suas informações
cronológicas, geográficas e das origens étnicas e
genealógicas, são corroboradas por muitas
descobertas no campo da arqueologia, fazendo seu
relato preciso e confiável do campo de vista científico,
além de imprescindível espiritualmente.
3. Objetivos.

3.1) Responder as grandes perguntas do ser humano:

Quem sou? A necessária consciência do eu.
De onde vim? Trata de nossa origem criada não evoluída do
nada (nihilismo).
O que represento? Deus, na imagem e semelhança, na
essência e natureza.
Qual a minha missão? Trazer a vontade de Deus à terra.
Para onde eu vou? À eternidade.
3.2) Mostrar a dependência do homem em relação a Deus.
Como criador, doador e mantenedor da vida, O Senhor Deus,
nos prende nele, e se faz necessário.

3.3) Levar o Homem a reatar sua comunhão com Deus, por

intermédio de Cristo. O ministério da reconciliação e o
princípio da paz! (Rm 5).

3.4) Consolar-nos em relação ao nosso destino eterno, pelo

sacrifício de Cristo, o verdadeiro homem é verdadeiro Deus.
"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a criação;Porque nEle foram criadas todas as
coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações, sejam principados,
sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele.E
Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por Ele." (Cl 1.15-17).
1. A criação dos céus e dos anjos.

Em uma escala de posição e essência, não de

importância, a criação vai sendo executada pelo Todo
Poderoso. Primeiro os céus e os corpos espirituais em
sua dimensão, depois o nosso universo (céu) e o
cosmo humano, todo preparado para receber o
homem e sua posteridade.
2. Deus tudo criou com inigualável sabedoria.

A sabedoria de Deus, se manifesta no propósito de sua

criação. Cada detalhe se encaixa em outro, numa
composição de interdependência extraordinária. O
equilíbrio antrópico, temperatura, pressão
atmosférica, geografia e posicionamento territorial, em
relação às forças e o movimento do universo, são
detalhes extraordinários da providência divina.
1. O concílio da divindade sobre a criação do
homem.

A criação do homem não foi um ato fortuito da

divindade. Senão vejamos:
a) O evangelho é eterno. b) o cordeiro foi morto antes
da fundação do mundo. c) a criação foi preparada
para receber a imagem e semelhança de Deus.
2. Deus cria Adão, o primeiro ser humano.

A negação do homem como produto de ato criador da parte

de Deus, além de arrogância e presunção, é uma pretensão
de libertação total do Deus bíblico. A compleição física,
emocional e espiritual do ser humano, não corrobora de
forma alguma, com os postulados da evolução das espécies
propostas pelos céticos ateus. Muito menos o acaso,
poderia ter permitido que a natureza pudesse por si só, se
estabelecer como está. E nem mesmo a matéria pode auto
existir.
3. O homem torna-se uma alma vivente.

A alma humana, advinda diretamente do sopro

divino, e portanto de Deus, faz do homem um
ser distinto de toda a criação seja física ou
orgânica. Não há como comparar um ser
humano a qualquer outra espécie de vida do
universo inteiro.
1. Glorificar a Deus.

O homem não foi criado, para evoluir seja física ou

mentalmente. Todo avanço científico e tecnológico
obtido em sua progressão histórica, faz parte da sua
condição como ser pensante é capaz de gerir suas
demandas e necessidades. E é nessas conquistas, que
o homem glorifica a Deus, cumprindo o propósito de
dominar a criação, e manter-se em Deus.
2. Propagar a espécie.

Todo o relato bíblico, visa demonstrar a satisfação

divina ao perceber que a vida humana esteja a pleno.
A procriação é o ápice dessa evidência. Notemos que
Deus capacitou o homem com o dom de gerar, e essa
força, que nos faz espécie humana, é maior que a
nossa própria existência. De sorte que fugir dessa
realidade, é renunciar à própria condição humana.
3. Governar e administrar o planeta.

Administrar recursos, formar logística, construir e se

estabelecer em comunidade formando sociedades, é a
beleza da criação, que pode ser percebida na realidade do
reino de Deus, nos corpos e na hierarquia celeste. Não
devemos associar o relato bíblico a qualquer tentativa de
governo ou dominação humana, seja política ou ideológica.
O relato bíblico, nos mostra uma criação capaz de fornecer o
sustento de Adão e Eva, bem como de uma vasta
humanidade oriunda destes.
O ser humano não foi criado sem um propósito
específico e definido. Ele advém de Deus, e deve
viver para Ele, glorificando-o na execução de suas
competências e em toda a sua maneira de viver.
Esse é o propósito - a Glória de Deus!