0 evaluări0% au considerat acest document util (0 voturi)
28 vizualizări4 pagini
1) O contrato de trabalho entre as partes transcorreu em ambiente normal, sem problemas.
2) As alegações de conduta inapropriada dos gestores da empresa precisam ser comprovadas, pois não há nada que desabone a conduta dos mesmos.
3) O comportamento inadequado alegado pela autora também demanda prova robusta, que não foi apresentada, já que não há precedentes que maculem a imagem dos gestores.
1) O contrato de trabalho entre as partes transcorreu em ambiente normal, sem problemas.
2) As alegações de conduta inapropriada dos gestores da empresa precisam ser comprovadas, pois não há nada que desabone a conduta dos mesmos.
3) O comportamento inadequado alegado pela autora também demanda prova robusta, que não foi apresentada, já que não há precedentes que maculem a imagem dos gestores.
1) O contrato de trabalho entre as partes transcorreu em ambiente normal, sem problemas.
2) As alegações de conduta inapropriada dos gestores da empresa precisam ser comprovadas, pois não há nada que desabone a conduta dos mesmos.
3) O comportamento inadequado alegado pela autora também demanda prova robusta, que não foi apresentada, já que não há precedentes que maculem a imagem dos gestores.
De início, cumpre considerar que o contrato de trabalho mantido
entre o autor e o reclamado transcorreu em ambiente de absoluta
normalidade.
As práticas inapropriadas e imputadas aos funcionários do
reclamado devem ser comprovadas, eis que não há nada que desabone a conduta dos gestores do reclamante durante todo o período em que exerceu funções no âmbito da reclamada.
O comportamento inadequado por parte de prepostos do reclamado
alegado pela reclamante demanda prova efetiva e robusta, cujo ônus é do reclamante, pois não há qualquer precedente que macule a imagem dos gestores do reclamante dentro das dependências da empresa.
Aliás, importante frisar que os gestores do reclamante ocupam
cargo de destaque dentre da estrutura da empresa, razão pela qual são submetidos à constante atualização profissional, inclusive no que tange às suas habilidades como gestor de pessoal, razão pela qual soa como inacreditáveis as assertivas obreiras.
Nesse aspecto, faz-se possível impugnar o tratamento e
comportamento atribuído pelo reclamante a seus gestores, Sra. Heloisa Tobias, pois jamais ela ou qualquer outro preposto do reclamado atuaram na forma narrada.
Assim, restam impugnados os fatos narrados na inicial, pois esse
não era o tratamento empregado pelos gestores da reclamada em relação a seus subordinados. De igual modo ficam impugnadas as expressões, frase e palavras de baixo calão descritas na petição inicial eis que jamais foram proferidas no ambiente de labor.
Também resta impugnada a alegação de que a cobrança de metas era
feita publicamente, inclusive veiculadas por e-mail ou pela intranet, tornando o reclamante motivo de chacota, bem como que era realizada de forma prolongada, agressiva, excessiva ou mesmo de forma ofensiva, com ameaças de demissão seja ao reclamante, seja em relação a qualquer empregado da reclamada.
Impugnada, ainda, a alegação que a gestora Sra. Heloisa tinha por
hábito proferir palavras de baixo calão e frases desabonadoras sobre o reclamante em reuniões, bem como que proferiam frases no sentido de que os resultados produzidos pelo reclamante eram tão ruins que significava que ele não tinha comparecido ao trabalho, visto que totalmente inverídica.
Diante do narrado, não é possível verificar qualquer elemento que
venha a corroborar com a tese de dano moral, tanto no que se refere às condutas do empregador, que em momento algum afligiram o reclamante, como também no que se refere aos sofrimentos alegados, já que não se verifica o abalo psíquico ensejador da reparação pleiteada.
Assim, restam totalmente impugnadas as absurdas alegações da
inicial, tendo em vista que, como visto, inexistiu qualquer conduta do reclamado que pudesse ser classificada como causadora de dano moral. De igual forma impugna-se a alegação de que havia exposição da produção dos empregados feita em um quadro branco com letras garrafais ou na intranet, destacando aqueles que não cumpria as metas exigidas eis que jamais houve exposição dos empregados, muito menos de modo ofensivo.
Na empresa jamais houve qualquer situação apta a gerar
constrangimentos aos empregados, vez que política adotada pelo Banco para com os seus empregados é a de incentivo e respeito, não havendo qualquer atitude contrária.
Não houve qualquer conduta, por qualquer preposto da empresa, que
pudesse ser caracterizada como dano moral.
No mais, é certo que o contrato de trabalho mantido entre as
partes sempre transcorreu em ambiente de absoluta normalidade, especialmente quanto às metas, que eram fixadas e cobradas de forma respeitosa, pois, por Lei, o empregador tem a assegurado o direito de gerir o negócio e a obrigação de assumir o risco da atividade econômica.
De qualquer forma, a estipulação de metas, a cobrança por bons
resultados, mormente entre aqueles que trabalham na área comercial de uma empresa, não se constituem em atos ilícitos e não enseja o alegado assédio moral, não podendo as frágeis alegações contribuírem com a condenação da reclamada na indenização por reparação civil, a qual somente tem lugar diante do efetivo abalo psíquico sofrido pelo empregado por condutas ilícitas, a qual não se enquadra o exercício legal do poder diretivo.
De se avaliar, ainda, que a cobrança de metas está inserida no
poder diretivo do empregador, não ensejando indenização por assédio/dano moral.
Na verdade, o autor sempre foi tratado de maneira igualitária,
seja com relação às obrigações contratuais ou trato pelos superiores hierárquicos.
Não obstante a absurda narrativa dos fatos, diferentemente do
alegado pela reclamante, este sempre foi tratado com o máximo de civilidade e respeito pela Reclamada e por todos os seus prepostos.
Jamais a parte obreira foi desrespeitada ou humilhada como
mencionado na inaugural. Sempre foi tratada com extremo respeito e educação, pelos gestores e por todos os colaboradores da reclamada.
Impugna-se também a alegação descabida da peça exordial de que a
gestora do Reclamante teria dito frase de conotação pejorativa contida às fls.52/53 da peça exordial, que teria se referido a conduta supostamente feita por ela em razão dos péssimos resultados do autor e para garantir-lhe o emprego, cujos termos o reclamado pede vênia para não repetir. Nunca o Reclamado por seus prepostos teria tal tipo de comentário ou comportamento desrespeitoso e inadequado para com seus empregados.
Vale ressaltar, de toda sorte, que o ônus de provar todas as suas
alegações é do autor, nos moldes dos artigos 818 da CLT e 373, I do CPC, do qual não se desincumbiu.
Impende salientar que a parte autora e seus colegas sempre foram
orientados a seguir o melhor caminho, em busca de alcance de metas, sendo que jamais as cobranças de metas se deram de forma desrespeitosa ou com desdém, razão pela qual restam impugnadas todas as alegações da inicial.
Cabe ainda mencionar que a alegada cobrança – dentro da
normalidade - exercida não configura o assédio moral, já que este é configurado pela utilização de reiteradas condutas discriminatórias, vexatórias, que visem a degradação do empregado.
Outrossim, o fato de sentir-se o empregado pressionado em razão
da existência de metas inerentes à função no trabalho, por si só, não justifica o pagamento da indenização por assédio/dano moral.
De toda a sorte, vale pontuar ainda que se faz necessária a análise
do contexto e do ambiente de trabalho, sendo certo que, ainda que se comprovem as alegações iniciais – o que se admite apenas para argumentar – necessário comprovar-se que referido tratamento foi dispensado única e exclusivamente ao reclamante.
Cumpre salientar que meros dissabores ou aborrecimentos sofridos
ao longo do pacto laboral são inerentes à condição humana, não ensejando qualquer hipótese de pagamento de danos morais. Nesse sentido, segue entendimento da jurisprudência:
ASSÉDIO MORAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. MERO DISSABOR
COMUM AO AMBIENTE DE TRABALHO. O assédio moral no ambiente de trabalho caracteriza-se pela prática constante de atos que visem atingir o trabalhador no seu âmbito psicológico. Trata-se de conduta abusiva reiterada praticada pelo empregador que expõe o empregado a situações incômodas e humilhantes, com vistas a atingir o trabalhador em sua dignidade e integridade psíquica. O fato de o empregado sentir- se ofendido em sua honra e dignidade não implica dizer que os fatos praticados pelo empregador, tidos pelo empregado como ensejadores de seu dissabor, sejam ilícitos. Há que se diferir o dano moral do mero dissabor a fim de se coibir injustiças. O instituto da reparação do dano decorrente de assédio moral não se presta a indenizar pequenos aborrecimentos e contrariedades comuns ao ambiente de trabalho. Mero aborrecimento, dissabor, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do dano moral. TRT/2 - TIPO: RECURSO ORDINÁRIO – DATA DE JULGAMENTO: 18/06/2013 - RELATOR(A): RIVA FAINBERG ROSENTHAL - REVISOR(A): THAIS VERRASTRO DE ALMEIDA - ACÓRDÃO Nº: 20130653920 - PROCESSO Nº: 00029228820115020085 A28 ANO: 2013 TURMA: 17ª - DATA DE PUBLICAÇÃO: 24/06/2013. (GRIFO NOSSO). Assim, não merecem acolhidas as alegações obreiras, já que não houve qualquer conduta do reclamado a gerar o alegado dano/assédio moral.
Válido ressaltar que o reclamante trabalhou por 11 anos junto ao
banco reclamado, jamais tendo apresentado qualquer queixa e tendo sempre cumprido com suas obrigações, inclusive no que se refere as metas impostas, assim, questionáveis todas as alegações tecidas por ele no sentido de que havia cobrança desenfreada de metas e ambiente de trabalho com ofensas e humilhações. Se assim fosse não teria o reclamante trabalhado durante todos esses anos, ingressando com a presente ação apenas agora.
Improcede, pois, o pleito obreiro de indenização por danos morais.