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Unidade 1: Homeopatia
Curso de Extensão
Introdução às Práticas Integrativas e Complementares
Créditos
desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer
Ficha Catalográfica
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março, 2013
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Curso de Extensão
Introdução às Práticas Integrativas e Complementares
Apresentação
do modelo homeopático e a
de adoecimento humano;
Homeopatia e Ciência;
clínicos.
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Hipócrates (460 – 350 a.C.), médico grego já havia observado que há três maneiras de promover a cura das
doenças: pela ação da própria natureza, sem uso de drogas, através de bons hábitos de vida; através do uso
de drogas que promoviam sintomas contrários aos do doente, que é o que utilizamos ao usar, por exemplo, um
antitérmico; e por fim, utilizando drogas que tinham o poder de suscitar sintomas semelhantes aos do doente, que
é o princípio homeopático. 5
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Segundo a Farmacopeia Homeopática Brasileira, 3ª edição, medicamento homeopático é toda forma farmacêutica
de dispensação ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou da identidade, com finalidade curativa e/ou
preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e utilizado para uso interno ou externo.
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Unidade do ser vivo: todos os seres apresentam uma unidade entre suas dimensões biológicas, psicológicas e
sociais de modo que os eventos que acometem uma dessas dimensões repercutem nas demais.
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Disponível em: <http://www.pbh.gov.br/smsa/prohama/outono2008/boletim_outono.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2013.
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Homeopatia e Ciência
O homem sempre se perguntou o percepção está limitada aos seus sentidos e
que é o real, como acessar a realidade e intelecto e sua mente está presa ao tempo/
como explicá-la. Na Antiguidade, os mitos espaço. Apesar disso, Newton nos legou
cumpriam esse papel, depois, com o um universo desvendado, determinístico
surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, e mecânico, cuja promessa maior estaria
vieram as primeiras tentativas de explicação em resolver todas as questões relativas à
da Natureza. Na Idade Média, a Igreja natureza e ao universo. Entretanto, no campo
buscou explicações que davam sustentação da física em especial, algumas questões
ao Teocentrismo e associado a essa visão permaneciam sem respostas no paradigma
persistiu o modelo geocêntrico. A partir do newtoniano. Com o advento da Física
século XVI, esses sistemas de conhecimento, Quântica e da Teoria da Relatividade, foi
em especial o modelo geocêntrico, foram aberto um novo horizonte de possibilidades
questionados por Copérnico, Giordano para a compreensão do universo e do
Bruno e Galileu. O modelo cartesiano, homem. Trazendo o observador como
que foi desenvolvido a partir do século agente da realidade observada, mostra que
seguinte, foi tomado como o modelo para o objetivismo é apenas um dos aspectos
todo saber que envolvia, especialmente, a ser considerado pela ciência em seus
a fragmentação do conhecimento, a métodos. A dualidade onda/partícula da
separatividade, objetividade e o dualismo luz e dos elétrons nos coloca diante de um
sujeito-objeto. O empirismo constituiu- universo em que a realidade não é mais
se como um modo de conhecimento que feita de certezas, mas de probabilidades
validava exclusivamente a objetividade e o (OLIVEIRA, 2011; CHALMERS, 1993). E
que pode ser provado experimentalmente. assim caminha a ciência, ou seja, o percurso
Estava formado o modelo de ciência que do homem na tentativa de explicar a natureza,
tornou-se referência e com ele iniciou-se a os fatos e fenômenos que observa e o que
fragmentação do ser humano resultando, no é ou não é real. Se buscarmos conhecer
campo da medicina, na visão das partes e essa emocionante história, veremos que
das especialidades. os mesmos fatos receberam diferentes
explicações ao longo dos séculos, e todas
Esse racionalismo nos legou certezas elas foram consideradas, pelos cientistas
também absolutas, não religiosas, de cada época, como legítimas, embora
experimentais, numéricas e traçou métodos algumas jogassem totalmente por terra
capazes de dar conta do determinismo e as anteriores. Veremos também que cada
do objetivismo que imperavam então. No época, com suas limitações específicas,
século XVIII, Kant deixou claro que o homem esbarrou em fenômenos que não conseguia
nunca poderá acessar verdadeiramente o explicar. Algumas vezes, esses fenômenos
conhecimento da natureza, pois toda sua foram excluídos do campo da ciência e
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Conteudista
Thaís Corrêa de Novaes
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Referências Bibliográficas
CHALMERS, A.F. O que é ciência afinal?. Tradução Raul Fiker. São Paulo: Brasiliense,
1993.
HAHNEMANN, C.F.S. Organon da arte de curar. 6.ed. São Paulo: GEHSP, 2002.
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