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REFERÊNCIAS - 7
Sem dúvida a natureza das atividades operacionais determina o perfil do ativo das
empresas, de modo que:
DISPÊNDIO DE CAPITAL
DISPÊNDIO CORRENTE
b. Substituição de Ativos
em função do desgaste
em função da obsolência
para redução de custos
Substituição x Modernização
A - PROJETOS INDEPENDENTES
Aqueles que se distinguem entre si, de tal modo que a aceitação de um deles não
elimina a consideração dos outros. Os fluxos de caixa não estão relacionados.
inúmeros projetos poderão disputar essa quantia limitada, a empresa precisa racioná-los,
apropriando fundos aos projetos que possam maximizar os retornos pelo maior prazo.
Abordagem de aceitar-rejeitar
Abordagem da classificação
CONVENCIONAIS
NÃO-CONVENCIONAIS
Consiste de uma saída inicial de caixa seguida por uma série de entradas.
R$ 1.000,00
É qualquer padrão de fluxo de caixa em que uma saída inicial não é seguida por
uma série de entradas.
7
800,
2.000,
No exemplo acima:
O INVESTIMENTO INICIAL
São os fluxos de caixa adicionais – entradas ou saídas - que se espera obter como
resultado de uma proposta de dispêndio de capital.
OBS: Todos os projetos têm os dois primeiros componentes, porém alguns não
apresentam o terceiro componente, isto é, o fluxo de caixa residual.
Se o novo ativo “A” está sendo considerado como substituto para um ativo velho
“A”, os fluxos de caixa relevantes seriam obtidos através da subtração dos fluxos de caixa
esperados, atribuídos ao ativo velho ”A”, dos fluxos de caixa esperados para o ano do
ativo novo “A”. Os fluxos de caixa esperados para o novo e o velho ativo “A” são
apresentados nas colunas 2 e 3, respectivamente. Uma vez que o ativo velho pode ser
vendido por R$ 3.000,00, o investimento inicial no novo ativo “A” passa a ser de R$
10.000,00, como é mostrado na coluna 2. A substituição do ativo velho “A” eliminaria suas
entradas de caixa operacionais esperadas do primeiro ao quinto ano de R$ 3.000,00, R$
2.500,00, R$ 2.000,00, R$ 1.500,00 e R$ 1.000,00 e seu fluxo de caixa residual de R$
2.000,00 no quinto ano – como mostra a coluna 3. Consequentemente os fluxos de caixa
relevantes resultantes da decisão de substituição seriam diferença entre os fluxos de
caixa esperados para o novo ativo “A” (coluna 2) e o ativo velho “A” (coluna 3), como pode
ser visto na coluna 4.
a
Preço de aquisição
b
R$ 13.000, referentes ao preço de aquisição do ativo novo “A”, menos R$ 3.000,
de entrada de caixa esperada, após o imposto, da venda do ativo velho “A”
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Investimento inicial
CUSTOS DE INSTALAÇÃO:
Quaisquer custos adicionais necessários para se colocar um novo ativo em
funcionamento.
VALOR CONTÁBIL:
Valor do ativo, dado pelo seu custo total inicial, menos a depreciação acumulada.
Deve ser acompanhada de crescimentos dos níveis de:
Caixa
Duplicatas a receber
Estoques
Duplicatas a pagar
Outras contas a pagar
Tais aumentos resultam na necessidade de:
O cálculo da variação no CCL, para uma empresa que compra novas máquinas e
espera um crescimento nos ativos circulantes de R$ 22.000,00 e nos passivos circulantes
de R$ 9.000,00, pode ser assim ilustrado:
Caixa + R$ 4.000,
Duplicatas a receber + R$ 10.000,
Estoques + R$ 8.000,
(1) Ativo circulante + R$ 22.000,
Exemplo:
Despesas (exceto
Ano Receita Depreciação)
(1) (2)
Com máquina proposta
1 2.520.000, 2.300.000,
2 2.520.000, 2.300.000,
3 2.520.000, 2.300.000,
4 2.520.000, 2.300.000,
5 2.520.000, 2.300.000,
Com máquina atual
1 2.200.000, 1.990.000,
2 2.300.000, 2.110.000,
3 2.400.000, 2.230.000,
4 2.400.000, 2.250.000,
5 2.250.000, 2.120.000,
Porcentagem de Depreciação
Custo Depreciação 1x2
1 2 3
400.000 20% 80.000
400.000 32% 128.000
400.000 19% 76.000
400.000 12% 48.000
400.000 12% 48.000
400.000 5% 20.000
100% 400.000
RECEITA
(-) DEPRECIAÇÃO
+ DEPRECIAÇÃO
O cálculo dos impostos aplica-se sempre que o ativo for vendido por um valor
diferente de seu valor contábil. Assim,
Exemplo:
Venda da nova máquina após seu 5º ano de vida útil = R$ 50.000, (valor
líquido).
Máquina velha = valor R$ 0 (totalmente obsoleta)
A empresa espera recuperar os R$ 17.000, de investimento.
Imposto de Renda = 40%.
Nos cálculos anteriores já vimos que após 5 anos:
- máquina velha – valor contábil = R$ 0
- máquina nova – valor contábil = R$ 20.000, (equivalente a
depreciação do sexto ano).
Já que o preço de venda de R$ 50.000, para a máquina proposta está abaixo de
seu custo inicial de R$ 400.000, mas acima do seu valor contábil de R$ 20.000, os
impostos serão devidos somente sobre a recuperação da depreciação de R$
30.000, ( R$ 50.000, pelo recebimento da venda – R$ 20.000, de valor contábil).
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o investimento inicial
as entradas de caixa operacionais
e o fluxo de caixa residual juntos representam os fluxos de caixa relevantes do
projeto.
221.160,
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Exercícios de Fixação:
SMRAC – Depreciação anual, para cinco anos: 1º ano 20%, 2º ano 32%, 3º ano 19%,
4º ano 12%, 5º ano 12% e 6º ano 5%.
2) Uma máquina que está sendo usada atualmente foi comprada dois anos atrás por
R$ 40.000,00. Ela está sendo depreciada pelo método acelerado (MACRS),
usando-se um período de depreciação de cinco anos, e tem três anos de vida útil
remanescente. Essa máquina pode ser vendida hoje por R$ 42.000, líquidos de
quaisquer custos de venda ou remoção. Uma nova máquina, utilizando o método
acelerado de depreciação por três anos pode ser adquirida pelo preço de R$
140.000,00. São necessários R$ 10.000,00 para instalá-la e ela tem três anos de
vida útil. Se a nova máquina for adquirida espera-se que o investimento em
duplicatas a receber aumente em R$ 10.000,00, o investimento em estoques
cresça em R$ 25.000,00 e as duplicatas a pagar cresçam em R$ 15.000,00.
Espera-se que os lucros antes da depreciação e imposto de renda sejam de R$
70.000,00 para cada um dos próximos três anos, com a máquina existente, e de
R$ 120.000,00 no primeiro ano e R$ 130.000,00 no segundo e terceiro anos, com
a nova máquina. Ao final dos três anos, o valor de mercado da máquina existente,
seria igual a zero, mas a nova máquina poderia ser vendida por R$ 35.000,00
antes dos impostos. Tanto os ganhos normais quanto os ganhos de capital são
taxados a uma alíquota de 40% de imposto de renda.
SMRAC – Depreciação anual, para 3 anos: 33%, 45%, 15% e 7% para o 1º, 2º, 3º e 4º
anos respectivamente.
SMRAC – Depreciação anual, para cinco anos: 1º ano 20%, 2º ano 32%, 3º ano 19%, 4º
ano 12%, 5º ano 12% e 6º ano 5%.
2.1. O que é capital de giro: recursos exigidos para financiar o ciclo operacional das empresas
2.2. Objetivo da administração do capital de giro: gerir adequadamente as contas de ativo e passivo
circulante, a fim de alcanças equilíbrio entre lucratividade e risco
2.3. Capital de Giro Líquido (CGL): conceito mais amplamente utilizado
Definição
a) diferença entre ativos circulantes (AC) e passivos circulantes (PC)
b) parcela dos ativos circulantes financiada com recursos a longo prazo
Necessidade de CGL: manutenção da liquidez face ambiente econômico, incertezas,
imprevistos, sazonalidade
2.4. Volume de CGL afeta: Risco x Lucratividade
Quanto maior o CGL, menor o risco e a lucratividade
Quanto menor o CGL , maior o risco e lucratividade
Observação: depende do tipo de empresa e composição do ativo/passivo
Suposições básicas
a) empresa industrial
b) ativos permanentes mais lucrativos que circulantes
c) recursos de curto prazo mais baratos que de longo prazo
- passivos de funcionamento não onerosos
- taxas de juros mais elevadas no longo prazo
A administração do capital de giro (ou capital circulante líquido) está relacionada a administração
dos itens relacionados aos ativos circulantes e passivos circulantes.
A adoção de uma polítiva diferente na concessão de crédito comercial (por exemplo, a redução
drástica do prazo médio de recebimento das vendas) pode surtir efeitos relevantes sobre a
dinâmica de toda uma série de itens da empresa. Dessa forma, ocorrerão reflexos sobre a
dinâmica dos estoques, que tenderão a aumentar (se não houver intervenções simultâneas
sobre a produção e sobre o suprimento de matérias primas) com a provável queda nas vendas.
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Por outro lado, se direcionarmos os investimentos para os ativos com giro mais longo (estoques,
duplicatas a receber) o risco será maior e o pagamento pontual das dívidas no curto prazo
dependerá da capacidade de geração de recursos operacionais e novos financiamentos obtidos
pela empresa.
Numa empresa industrial o ativo circulante é tido como ativo de proteção e o ativo permanente
como ativo gerador do lucro. Isto é, espera-se que numa empresa industrial os ativos fixos
gerem a produção e consequentemente as vendas com lucros.
O rendimento das aplicações financeiras tendem a ser inferiores aquele que é gerado pela
empresa em suas atividades. Caso contrário, os acionistas deveriam vender a empresa e aplicar
os recursos no mercado financeiro.
Para se falar em rentabilidade, relativamente ao nível dos itens do passivo circulante, deve-se
levar em consideração as diferenças de custo entre os diferentes tipos de financiamento. Se os
custos dos financiamentos de curto prazo forem inferiores aos financiamentos de longo prazo,
quanto maior a proporção do capital de terceiros a curto prazo, maior será a rentabilidade da
empresa.
O capital de giro (CDG) é a parcela do ativo circulante financiada por fundos permanentes.
Naturalmente, quanto maior o CDG da empresa, maior será sua liquidez e menor o risco da
empresa se tornar insolvente no curto prazo.
Uma empresa obtém financiamentos para seus ativos através de dívidas de curto prazo (passivo
circulante) e fontes permanentes (exigível a lonto prazo e patrimônio líquido). Dentro do passivo
circulante existem os chamdos créditos naturais: fornecedores, salário a pagar, encargos
sociais, obrigações fiscais que são fontes de recursos não dispendiosos. No passivo circulante
somente empréstimos e duplicatas descontadas tem um custo estabelecido.
Assim, conclui-se que a forma mais vantajosa para uma empresa se financiar, em termos de
custo, é através de fontes de curto prazo. Deste modo, como o CDG representa a parcela dos
ativos circulantes financiada por fundos permanentes, ele tem um custo que aumenta na
proporção do seu volume.
Se a empresa optar por uma redução de seu risco, através da elevação do Capital de Giro, terá
sua lucratividade reduzida em função do custo do financiamento. No caso da empresa optar
pelo aumento da sua lucratividade terá que aumentar também o seu risco.
que, através da rotação do seu ativo circulante ela possa gerar recursos suficientes para pagar
as suas dívidas de curto prazo, sem precisar recorrer a empréstimos onerosos de curto prazo.
A rotação, nesse caso, significa o ciclo necessário para criar dinheiro (movimento dos ativos
desde a matéria prima até o caixa). Por exemplo, se uma empresa tem um ciclo operacional de
80 dias desde o ingresso da matéria prima até o recebimento do dinheiro proveniente da venda
de seu produto acabado e, simultaneamente, tem um ciclo de 40 dias para pagar o passivo
circulante, ela precisaria ter um ativo circulante duas vezes maior que o passivo circulante.
Assim, a rotação dos ativos circulantes tem que criar recursos suficientes para pagar os
passivos nos vencimentos. Deste modo, não se pode estabelecer um índice de liquidez corrente
padrão para analisar todas as empresas. Cada uma tem uma relação de rotação e pagamentos
diferentes e precisa de um nível diferente de capital de giro.
A necessidade de capital de giro é função direta do volume dos ativos operacionais da empresa
(duplicatas a receber, estoques) e inversamente proporcional ao volume de passivos
operacionais (fornecedores, obrigações fiscais e obrigações trabalhistas).
Existe uma parcela dos recursos da empresa que estão imobilizados no ativo permanente. A
necessidade de capital de giro (investimentos que empresa necessita fazer em duplicatas a
receber, estoques, adiantamentos a fornecedores, subtraídos das fontes de recursos
operacionais, isto é, fornecedores, obrigações fiscais, obrigações trabalhistase adiantamentos
de clientes) pode ser entendida numa análise de curto prazo como uma imobilização de recuros
que a empresa faz, e que por isso, deve ser financiado preferencialmente por recursos
permanentes.
Esses recursos permanentes nada mais são do que o capital circulante líquido (parcela do ativo
circulante financiada por recursos permanentes).
Exemplo:
Assim, teremos:
TOTAL PASSIVO
TOTAL ATIVO CIRCULANTE 9.423,61 CIRCULANTE 1.777,78
O caso apresentado acima nos dias que existe uma NCG de R$ 7.645,83 para sustentar o nível
de vendas de R$ 40.000,00
Que tipo de fonte de recursos deve ser mais adequada para financiamento deste valor?
Depois de estabelecido o nível de vendas, uma empresa precisa manter determinados níveis de
estoques e de duplicatas a receber. Para isso, ela precisa de recursos que financiem estes
investimentos indefinidamente.
Se, no entanto, a empresa tiver que pagar empréstimos em prazos que não estejam de acordo
com a sua capacidade geradora de lucros, ela será forçada a desmobilizar estoques além de
uma redução ou não concessão de prazos para clientes, o que provocará uma redução do nível
de vendas.
Vamos supor a empresa de nosso exemplo anterior que teve um total de vendas igual a R$
40.000,00. Se esta empresa dobrar suas vendas e seus custos de produção (exceto
depreciação), mantendo constantes todas as condições dadas, chegaremos a seguinte situação
do ativo circulante e passivo circulante:
TOTAL PASSIVO
TOTAL ATIVO CIRCULANTE 18.559,72 CIRCULANTE 3.555,56
Assim, ao duplicarem as vendas da empresa no ano II, praticamente dobrou o capital de giro
necessário, dado que os prazos recebidos de fornecedores concedidos a clientes e prazos de
estocagem se mantiveram constantes.
Podemos ver que no segundo ano são necessários mais R$ 9.133,11 para suportar o ativo
circulante, dos quais R$ 1.777,78 são financiados por créditos naturais (fornecedores,
obrigações fiscais e salários a pagar).
Se os R$ 7.358,34 forem financiados no curto prazo (anão ser que se tratasse de um produto
cuja a procura fosse sazonal), os recursos para o pagamento dessa dívida de curto prazo terão
de ser obtidos pela conversão de ativos circulantes. Assim, a empresa acabaria voltando ao seu
nível anterior de vendas ao saldar seu compromisso.
Para empresas cujas vendas sejam sazonais, isto é, em determinadas épocas do ano a
atividade cresce enquanto em outras ela decresce, os níveis de estoques e de duplicatas a
receber não são constantes e não precisam ser alimentadas o ano inteiro.
Uma empresa pode elevar suas vendas sem, no entanto, ter que elevar de forma proporcional a
imobilização de recursos para suportar o novo nível de vendas. Para isso, ela terá que alterar as
condições básicas inerentes ao negócio. Por exemplo, um maior giro nos estoques reduzirá a
necessidade de imobilização de recursos nesses itens. Quanto a duplicatas a receber, ela pode
conceder prazos menores para seus clientes.
Os ciclos do balanço:
As contas do ativo e passivo relacionam-se com o tempo. Certas contas apresentam uma
movimentação muito mais lenta, quando analisadas em relação a um conjunto de outras
contas. Assim, numa análise de curto prazo elas podem ser consideradas como
permanentes. Outras contas apresentam um movimento “contínuo e cíclico”. Existem
também contas que apresentam movimento “descontínuo e errático”.
Ativo operacional:
O nível de estoques depende do volume das operações da empresa, isto é, o volume das
compras, produção e da duração do prazo médio de estocagem (matérias primas,
produtos em elaboração e de produtos acabados). O volume de duplicatas a receber
dependo do volume de vendas e do prazo médio concedido a clientes.
Passivo operacional:
a) NCG = (vendas)
A NCG aumenta quando há uma redução dos prazos concedidos por fornecedores e
vice-versa.
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O nível de vendas afeta mais fortemente a necessidade de capital de giro das empresas
com ciclo financeiro elevado do que aquelas com ciclo financeiro reduzido.
O capital de giro representa a parcela das fontes permanentes que vão financiar os
investimentos permanentes no giro (NCG).
Necessidade de
Capital de Giro Passivo Financeiro
CDG
ELP +
RLP + Ativo Patrimônio
Permanente Líquido
Capital de giro pode ser definido como a diferença entre (patrimônio líquido + exigível a
longo prazo) e (ativo permanente + realizável a longo prazo), que de forma análoga
representa a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.
Por exemplo, quando uma empresa compra a prazo, sabe-se com antecedência as
condições de crédito e as datas de vencimento das obrigações. A dificuldade existe entre
em prever quando ocorrerão as entradas de caixa. Quando mais previsíveis forem as
entradas de caixa, menos capital circulante líquido será necessário, podendo a empresa
operar com pouco ou nenhum CDG.
Uma empresa possui duas fontes principais para financiar seus ativos:
Naturalmente, para uma dada necessidade de capital de giro, quanto maior o CDG da
empresa, maior será sua liquidez e menor o risco da empresa se tornar insolvente no
curto prazo.
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Deve-se analisar também a tendência da relação NCG sobre vendas (ou sobre o ativo
total), pois quanto maior for este índice maior será o ciclo financeiro da empresa, o que
implicará num maior risco para a empresa.
Exemplo:
Com base nos dados abaixo, calcule a Necessidade de Capital de Giro, Capital de Giro e
Saldo de Tesouraria e monte o Balanço Patrimonial Ajustado para 20X0; 20X1; 20X2 e
20X3 de uma empresa do setor de varejo voltada para a comercialização de bens
populares, que trabalha com um giro rápido de estoques, recebimento rápido de vendas e
prazo elevado de pagamento a fornecedores.
Vendas = R$ 540.000
CMV = 80% das vendas
Solução:
20X0
NCG0 = -37.500
Comentário:
Dessa forma, o ciclo financeiro (NCG / vendas diárias) pode ser muito reduzido ou
mesmo negativo, o que indicaria que a empresa recebe antes de desembolsar.
NCG1 = -56.250
AP = 140.000 Recursos
Permanentes = 130.000
Comentário:
Nos setores que trabalham com uma necessidade de capital de giro e ciclo financeiro
negativo, quanto maior for o nível de vendas, maior será o saldo de tesouraria.
NCG1 = NCG2
CDG2 = patrimônio líquido2 + ELP2 – ativo permanente2 - RLP2
AP = 180.000 Recursos
Permanentes = 140.000
Comentário:
NCG3 = -37.500
ST = 12.500
NCG = 37.500
AP = 180.000
Recursos
Permanentes = 130.000
Comentário:
Caso haja uma queda nas vendas, haverá uma redução nas compras, o que implicará
numa redução forte na conta de fornecedores e aumento da necessidade de capital de
giro. Consequentemente, o saldo de tesouraria declinará rapidamente, podendo até ficar
negativo, demonstrando que empresas desses setores apresentam alto grau de
sensibilidade a variação nas vendas.
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Uma constatação que se faz, rapidamente analisando os números de uma empresa, é que à medida que o
volume de produção dessa empresa aumenta, as duplicatas a pagar e as outras contas a pagar também
aumentam, em conseqüência do maior volume de compras de mercadorias, assim como de salários, em
razão da maior necessidade de mão-de-obra para a produção, além de mais impostos em razão de maior
produção ou da prestação de serviços, bem como dos maiores lucros gerados.
Nào há nenhum "custo explícito" associado a qualquer um desses passivos circulantes. Ambos são também
conhecidos como financiamento de curto prazo não-garantido e a empresa deve aproveitar essas fontes de
financiamento, freqüentemente, "livre de juros", sempre que possível.
São a principal fonte de financiamento para compra de mercadorias pelas empresas. Sua vantagem é que o
comprador não necessita de muitas formalidades para evidenciar sua obrigação para com o vendedor. Ao
aceitar a mercadoria recebida do vendedor, concorda em pagar ao fornecedor o montante exigido de acordo
com as condições de venda, à vista ou a crédito, estipuladas na fatura do vendedor (e confirmadas pela
encomenda emitida pela empresa).
A análise da fonte de financiamento "Duplicatas a pagar" será vista em nosso estudo pela lógica do
comprador.
Condições de Crédito
Estabelecem o período de crédito, o valor do desconto financeiro, caso haja, e o seu respectivo período
assim como a data em que o crédito se inicia. Os aspectos das condições de crédito são estipulados,
concisamente em expressões variadas, como, por exemplo, a seguinte:
Assim sendo:
Período de crédito:
Ë o número de dias que decorre até que o pagamento total seja exigido. Normalmente, os períodos de
crédito vão até 120 dias, independente ou não de oferta de desconto financeiro, embora possam ser
concedidos prazos superiores.
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Desconto Financeiro:
É uma dedução percentual sobre o preço de compra de uma mercadoria ou prestação de serviço, que se
efetiva, caso o comprador efetue o pagamento num prazo estipulado, inferior ao período de crédito.
É o número de dias, após o início do período de crédito, durante o qual o desconto financeiro pode ser
aproveitado. Normalmente é de 5 a 20 dias.
Observação: Grandes clientes de pequenas empresas aproveitam seu poder de compra como forma de
melhorar seu desempenho financeiro, obtendo descontos além do período de desconto. Essa estratégia de
negócios usada por essas grandes empresas não é incomum, embora possa ser questionada eticamente.
É definido como parte das condições de crédito do fornecedor. Uma das indicações do período é a data da
fatura, que define o período de desconto financeiro e o período líquido do crédito.
Para manter posição competitiva, em teoria, empresas pertencentes à mesma indústria (setor) oferecem as
mesmas condições de crédito. Na prática, acordos especiais podem ser feitos visando favorecer alguns
clientes.
O crédito oferecido à empresa permite-lhe adiar pagamentos de compras efetuadas. Como o fornecedor,
provavelmente, incorporou ao preço do produto esse custo de espera, o comprador estára indiretamente
pagando por esse benefício. Uma atenta análise das condições de concessão de crédito ao comprador deve
ser feita visando determinar a melhor estratégia de negociação.
O pagamento deverá ser feito até o último dia do período de desconto, não havendo custo associado ao
aproveitamento do desconto.
Exemplo:
Uma empresa comprou R$ 1.000,00 em mercadorias em 27/02 de um fornecedor que lhe ofereceu 2/10,
líquido 30 dias f.m. Se a empresa compradora aproveitar o desconto, terá de pagar:
A empresa neste caso não aproveita o desconto e paga a compra no último dia do período de crédito.
Embora não haja um custo direto por perder o desconto financeiro, há um "custo implícito", ou o custo de
não aproveitamento do desconto financeiro, que é a taxa de juros implícita paga por se adiar o
pagamento de uma duplicata por um determinado número de dias.
Exemplo:
Considerando os dados do exercício anterior, a empresa para conservar o dinheiro por vinte dias adicionais
(de 10 a 30 de março), precisa desistir da oportunidade de pagar R$ 980,00 por sua compra de R$
1.000,00. Sendo assim terá um custo extra pelo adiamento do pagamento por 20 dias.
Para calcular o custo do não aproveitamento do desconto financeiro, o preço real da compra precisa ser
visto como o custo descontado da mercadoria.
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Para a empresa esse custo seria de R$ 980,00. Para adiar o pagamento por 20 dias, a empresa precisa
pagar mais R$ 20,00.
Custo do não aproveitamento do desconto financeiro (CNADF) = [DF/ (100% - DF)] x [360/ N], onde:
DF - Desconto Financeiro, e
N - número de dias em que o pagamento poderá ser adiado, optando-se pelo não aproveitamento do
desconto financeiro.
Uma forma para se obter o custo aproximado do não aproveitamento do desconto financeiro é:
Exemplo:
A empresa MX, uma empresa do setor de material de construção, dispõe de 4 fornecedores possíveis, com
diferentes condições de crédito, mas com produtos e serviços idênticos. Considerando os custos de não
aproveitamento do desconto dos 4 fornecedores dados abaixo, o custo dos fundos de curto prazo,
disponíveis num banco comercial local de 13%, e se cada um dos fornecedores (A,B,C e D) for considerado,
separadamente, de qual desconto financeiro (se houver), a empresa abrirá mão?
Tratando-se de A, C e D, a empresa MX aceita o desconto que é maior que o custo dos fundos de curto
prazo de 13%. Já quanto ao fornecedor B, a empresa faz bem em perder o desconto que é menor que o
custo dos fundos de curto prazo de 13%, existentes no Banco.
Uma estratégia freqüentemente usada pelas empresas é adiar o pagamento das duplicatas a pagar (além
do período de crédito), sem prejudicar o seu conceito. Embora essa estratégia seja financeiramente
atraente, pois reduz o custo de perder o desconto, levanta um problema ético, que é o não cumprimento do
acordo com o fornecedor (o fornecedor não encara com simpatia comprador que adia regular e
propositadamente o pagamento de suas compras).
Exemplo
A empresa Y system recebeu condições de crédito 2/10, líquido 30 dias f.m. O custo aproximado de não
aproveitamento é de 36% [2% x (360/20)]. Se a empresa pudesse estender o pagamento das duplicatas
para 70 dias, sem prejudicar seu conceito de crédito, o custo seria de quanto?
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A segunda fonte espontânea de financiamento de curto prazo para as empresas são as contas à pagar,
resultantes dos serviços recebidos que ainda deverão ser pagos.
Os itens mais comuns são salários e impostos. Como os impostos são pagamentos ao governo, a empresa
não pode manobrar com essa obrigação. Já com os salários existe algum espaço para manobras, pois a
empresa pode financiar-se, em parte, ao pagar seus empregados somente algum tempo após terem
realizado seu trabalho.
Exemplo:
Uma construtora, a Concisa, paga, no momento, seus funcionários de forma semanal. A folha de pagamento
de salários é de, aproximadamente, R$ 500.000,00 por semana. Se a empresa estendesse o pagamento
para duas semanas, durante o ano todo, os funcionários estariam financiando quanto à empresa, caso
tivesse acesso a uma aplicação financeira que pagasse líquidos 10% ao ano? Qual seria o ganho?
Resposta 1: O financiamento seria dos mesmos R$ 500.000,00, já que na primeira semana do ano não há
pagamento de salários, pelo adiamento definido, e pela aplicação dos recursos a 10% ao ano. Daí para
frente a empresa paga semanalmente, sendo que o pagamento se refere a duas semanas anteriores.
Resposta 2: Aplicando-se R$ 500.000,00 a 10%, tem-se um ganho líquido de R$ 50.000,00, com tal
adiamento, que deverá ser parcialmente repassado aos empregados como juros de mora.
3.3.1. - As condições de crédito para cada um dos quatro fornecedores são as seguintes:
B - Caso a empresa tivesse acesso a um empréstimo de curto prazo com custo de 14,5%, qual (ais)
fornecedor(es) (se houver) teriam seus descontos financeiros desconsiderados ou rejeitados, se os
fornecedores fossem analisados, separadamente.
C - Se a empresa pudesse estender o prazo de sua duplicata a pagar (o período líquido apenas) ao
fornecedor 3 por mais 20 dias, sua resposta em B teria obtido alguma influência diferente com relação a
esse fornecedor?
3.3.2. - Para cada uma das condições de crédito dadas no exercício indique quando a empresa deve pagar
por compras efetuadas a partir de faturas emitidas com datas de 03 de maio de 2002. (para calcular, veja o
modo no verso da calculadora HP-12C)
A - líquido 45 dias:
3.3.3. - Determinar o custo do desconto financeiro perdido, sob cada uma das seguintes condições de
venda:
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3.3.4. - Um supervisor vem tentando mostrar a seu superior que o custo de não aproveitamento da condição
de crédito "4/10, líquido 60 dias", que os fornecedores oferecem compensam o custo do financiamento de
curto prazo de 15%, oferecido pelo banco que a empresa trabalha. Seu superior argumenta que o não
aproveitamento do desconto financeiro tem repercussão de apenas 5%. Utilizando a fórmula do custo
aproximado, calcule o efetivo custo de não aproveitamento do desconto oferecido, apresentando quem tem
razão e por quê?
3.3.5. - As compras feitas a prazo vencem inteiramente no prazo do faturamento convencionado entre as
partes. Muitas empresas oferecem descontos financeiros, nas suas vendas, caso o pagamento seja feito em
determinado momento do faturamento.
Em muitos casos, a fatura contém expressões que explicam ou sinalizam suas condições de crédito. A
seguir, são apresentados alguns casos.
A - Apresentar a expressão que explique ou sinalize cada um dos quatro casos referidos (Favor escrever a
expressão)
B - Considerando a fatura sendo emitida em 05/05/2006, calcule a data de vencimento do prazo de crédito
de cada um dos casos referidos
C - Calcular o custo de não aproveitamento do desconto financeiro de cada um dos casos referidos.
D - Se o custo dos recursos/fundos de curto prazo, disponíveis pelo banco comercial que a empresa
mantém suas transações financeiras operacionais, são de 54% ao ano, nominais e, ao analisarmos os
casos, separadamente, qual ou quais casos teriam seus descontos financeiros desconsiderados ou
rejeitados?
3.3.6. - Uma empresa de estruturas metálicas possui em seu cadastro o registro de aproximadamente 750
fornecedores. Está buscando depurar este cadastro, formando parcerias com seus fornecedores e
mantendo ativos somente aqueles que propuserem as melhores condições de crédito. Possui vários
fornecedores para o fornecimento de ferro, mas selecionou três, que apresentam as seguintes condições de
crédito para análise:
Solicita-se:
B - Que fornecedor teria seu desconto financeiro descartado, caso a empresa tiver acesso a
recursos/fundos de curto prazo com custo na ordem de 18,6% ao ano, capitalizados semestralmente.
39
empréstimos bancários;
“comercial papers” ou notas promissórias comerciais
Diferentemente das fontes espontâneas de curto prazo não garantido, essas fontes são negociadas e
resultam em ações deliberadas do gestor financeiro.
Os empréstimos bancários são mais comuns porque podem ser solictados por empresas de qualquer porte,
enquanto os “comercial papers” tendem a estar disponíveis para grandes organizações. Além disso,
empréstimos internacionais poder ser utilizados para o financiamento de transações com o exterior.
A principal fonte, obviamente, são as instituições financeiras conhecidas como bancos e o tipo mais
importante de empréstimo destinado as empresas é o empréstimo de curto prazo autoliquidável. O banco ao
concedê-lo, visa financiar necessidades sazonais decorrentes, por exemplo, de aumentos ocasionais de
estoques ou duplicatas a receber, ou seja, espera-se que tão logo estes ativos sejam convertidos em caixa,
os fundos gerados possam liquidar o empréstimo.
Para discorrer sobre os três tipos de empréstimos bancários existents, é necessário abordar um pouco
sobre as taxas de juros.
Baseia-se geralmente na taxa de juros preferencial, que pode ser fixa ou flutuante. Deve ser avaliada
usando a taxa de juros efetiva, que é calculada diretamente, seja no vencimento, seja antecipadamente.
É a menor taxa de juros cobrada sobre empréstimos bancários comerciais aos melhores clientes dos
principais bancos. Flutua de acordo com as variações da oferta/demanda por fundos de curto prazo.
Normalmente, os bancos determinam a taxa a ser cobrada sobre empréstimos bancários e vários
tomadores, acrescentando algum tipo de prêmio de risco as taxas preferenciais (spread), a fim de ajustá-la
a situação de risco do devedor.
O prêmio poderá variar entre zero e 4%, ou mais, embora na media o prêmio esteja na faixa de 2%.
Empresas consideradas como de “riscos questionáveis”, geralmente, tem dificuldades para obter
empréstimos de curto prazo não garantidos.
Geralmente o adicional a taxa preferencial é menor, uma vez que o risco do emprestador é menor.
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Se os juros forem pagos na data de vencimento, a taxa efetiva de juros para um ano será:
A maioria dos bancos exige os juros no vencimento do empréstimo. Quanto pagos antecipdamente, os juros
são deduzidos do empréstimo solicitado. São chados de empréstimos com desconto. A taxa efetiva de
juros para um ano nas operações com desconto será:
Exemplo:
Uma padaria deseja tomar emprestado R$ 1.000.000,00 a uma taxa de juros de 10%, durante um ano.
NOTAS PROMISSÓRIAS:
Esse tipo de empréstimo de curto prazo não garantido é geralmente um negócio de uma única vez, feito
quando o tomador necessita de fundos adicionais por um curto período e cuja necessidade acredita que
cessará.
A nota promissória estabelece as condições do empréstimo, variando num prazo que varia de 30 a 270 dias,
nela constando a taxa de juros prevista, que pode ser fixa ou flutuante.
Exemplo:
Caso fosse renovado o empréstimo a cada 90 dias, durante um ano, sob as mesmas condições, qual seria a
taxa de juros?
No banco B o prêmio de risco sobre a taxa de juros foi de 2,5%, mas na modalidade flutuante. Isto quer
dizer que a taxa a ser cobrada durante os 90 dias, irá variar diretamente com a TP. Nos primeiros 30 dias a
taxa nominal foi de 12,5% (10% da TP + 2,5% adicionais nos 30 dias seguintes a TP subiu para 10,5% o
que gerou uma taxa nominal final de 13% e nos 30 dias finais a TP foi de 9,75%, o que gerou uma taxa
nominal final de 12,25%). Quanto a empresa acabará pagando de juros no banco B?
Seu custo total será de R$ 3.145,80 (R$ 100.000,00 x 3,1458%) por 90 dias.
Caso o empréstimo seja renovado três vezes, sob as mesmas condições, qual seria a taxa efetiva de juros
anual?
Fica evidente, neste caso, que o empréstimo de curto prazo utilizando uma taxa de juros fixa será menos
oneroso (12,55%) de que o empréstimo utilizando uma taxa flutuante (13,19%).
É um acordo entre um banco e uma empresa que determinará o montante de empréstimo de curto prazo
não garantido que o banco colocará a disposição da empresa durante um período estipulado.
É bastante similar aos acordos estabelecidos entren os emissores de cartão de crédito e os detentores dos
cartões. São normalmente celebrados por uma ano, e frequentemente, impõem-se cláusulas restritivas ao
tomador.
O montante da linha de crédito é o limite máximo que uma empresa poderá tomar emprestado do banco. O
banco poderá solicitar do tomador, orçamento de caixa, DRE, balanço patrimonial realizado e projetado,
assim como suas demonstrações financeiras recentes.
A maior vantegem de uma linha de crédito do ponto de vista do banco é que elimina a necessidade de
exame da situação de crédito de um cliente, toda vez que este pedir um empréstimo.
Taxa de Juros:
Normalmente são flutuantes, determinados por taxa preferência + percentual de prêmio de risco. O adicional
variará de acordo com a situação de crédito do cliente (melhor situação, menor percentual).
O banco pode impor cláusulas restritivas, que lhe asseguram direito a renovar a linha de crédito, caso
alterações importantes nas condições financeiras ou nas operações ocorram sem que sejam comunicadas.
Mudanças na cúpula administrativa também devem ser informadas.
Saldos Médios:
O banco a fim de asseguar que o tomador seja um bom cliente requer que o mesmo mantenha um saldo
médio em conta corrente correspondente a uma percentagem do montante emprestado (normalmente de
10% a 20%). Isto não só obriga o tomador a ser um bom cliente, como eleva o custo do empréstimo.
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Exemplo:
Uma empresa retira um empréstimo por meio de linha de crédito de R$ 1.000.000,00. A taxa de juros
nominal anual estipulada é de 10% (juros + prêmio) e deverá manter saldo médio dos fundos emprestados
de 20%, ou seja, R$ 200.000,00 em sua conta corrente. Na realidade recebe apenas R$ 800.000,00. Qual é
efetivamente o custo do empréstimo?
Taxa efetiva de juros anual = {[R$ 100.000,00 / R$ 800.000,00 (1.000.000,00 – 200.000,00)] x 100} = 12,5%
ao ano.
Zeragem Anual:
Como forma de assuguar que o dinheiro emprestado seja usado para financiar necessidades sazonais,
muitos bancos exigem uma zeragem anual das linhas de crédito, o que significa que o tomador deve ter um
saldo zero de dívidas com o banco durante certo número de dias no ano, o que impede a transformação de
empréstimos de curto prazo em empréstimos de longo prazo.
Uma forma de manter linha de crédito com boas taxas de juros é um mínimo de cláusulas restritivas é o
pagamento de tarifas em sibstituição aos saldos médios, ou seja, condições que sejam boas para o tomador
e o banco.
É uma linha de crédito garantida, já que o banco garante ao tomador os recursos da linha independente de
escassez de dinheiro da época. As taxas de juros e demais exigências são semelhantes as linhas de
crédito. Não é raro um acordo de crédito rotativo cobrir período superior a um ano. Pela garantia de fundos,
o banco cobra uma “taxa de compromisso” que é aplicado ao saldo médio não utilizado da linha de crédito,
e que corresponde, normalmente a 0,5%.
Exemplo:
Um empresa tem um acordo de crédito rotativo de R$ 2.000.000,00 com seu banco. No ano de 2006, o
empréstimo médio utilizado foi de R$ 1.500.000,00. Já que a parcela média não utilizada foi de R$
500.000,00 (R$ 2.000.000,00 – R$ 1.500.000,00), qual foi o custo com a taxa de compromisso durante o
ano, caso isso tenha sido estipulado em 0,5%?
A empresa também teve de pagar juros sobre o empréstimo médio de R$ 1.500.000,00. Caso os juros
pagos fossem de R$ 160.000,00, qual seria a taxa efetiva de juros pagos:
INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Embora possa ser mais caro para o tomador, um acordo de crédito rotativo
poderá oferecer menos risco em função da garantia da disponibilidade de fundos ao tomador.
É uma forma de financiamento que consiste em NPs de curto prazo não garantidas, emitidas por empresas
de elevado conceiro de crédito e que vencem no período de 30 a 270 dias.
A maior parte dos commercial papers é emitido em múltiplos de R$ 100.000,00 ou mais e as financeiras são
os emitentes mais importantes. As empresas compram esses papéis, que são retidos como títulos
negociáveis, com o objetivo de prover reserva de liquidez que lhes renda juros.
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Juros:
São definidos e pagos pelo emitente de acordo com o valor do desconto oferecido e pelo tempo decorrido
até a data do vencimento. É vendido com deságio em relação ao valor nominal ou de face.
Exemplo:
Uma característica importante dos CP é que elas normalmente tem uma taxa de 1% a 3% inferior a taxa que
os bancos oferecem. A razão disso é que muitos fornecedores de fundos de curto prazo não tem a opção de
fazer empréstimos de baixo risco com base na taxa preferencial, podem investir apenas em títulos
negociáveis do governo e em commercial papers. Embora o custo aparente do empréstimo por meio de CP
seja comumente menor que a taxa preferencial de empréstimos, o custo total de um CP pode não ser menor
do que um empréstimo bancário. Podem haver custos adicionais, como taxas pagas para obter avaliações
de agências especializadas sobre a empresa para tornar os títulos mais atraentes, além dos custos de
emissão.
Venda de CP:
É feita diretamente do ambiente aos investidores ou através de intermediários (dealers) que recebem uma
comissão. A maioria das Commercial Papers é adquirida por outras empresas, bancos, companhias de
seguro, fundos de pensão, etc...
Em certos aspectos, a obtenção de financiamento de curto prazo via comércio externo não difere dos
financiamentos domésticos. Em ambos os casos, o financiamento da produção e da estocagem das
mercadorias a venda por parte dos fabricantes, assim como o financiamento das duplicatas a receber até
serem pagas são os mesmos. Em outros aspectos as diferenças são fundamentais.
Transações Internacionais:
Diferença principal: Os pagamentos são feitos em moeda estrangeira (as empresas arcam com os custos
das operações, bem como estão expostas aos riscos das variações cambiais entre a data da fatura e o
respectivo recebimento).
O veículo mais importante talvez seja a carta de crédito, emitida pelo banco da empresa compradora para
fornecedor estrangeiro, estabelecendo que o banco garantirá o pagamento da fatura desde que as cláusulas
contratuais sejam obedecidas. O banco recebe uma comissão por emitir uma carta de crédito, já que
precisa ser de boa reputação e merecedor de crédito. Empresas multinacionais financiam suas operações
através de bancos internacionais.
A matriz pode minimizar o pagamento de taxas e outros encargos contrapondo as contas que suas filiadas
tem entre si (conhecido, contabilmente como “encontro de contas”), limitando os pagamentos a apenas os
valores líquidos que existirem após esse “encontro de contas”.
No momento em que qualquer empresa tiver suas fontes de financiamento sem garantia esgotadas,
poderá fazer uso de empréstimos de curto prazo com garantia. Nesse caso, são oferecidos alguns ativos
específicos como garantia da operação que se deseja realizar. Normalmente, a garantia é dada sobre um
ativo da empresa, como contas a receber ou estoque. O credor assume um direito sobre essa garantia por
meio da formalização de um acordo de garantia com o devedor, onde é especificado o ativo que está
sendo dado em garantia. Uma cópia desse acordo é registrado em cartório, sendo que esse registro fornece
informações a credores subseqüentes sobre os ativos de um futuro devedor que não estão disponíveis para
uso como garantia. A exigência do registro protege o credor, ao estabelecer legalmente o direito dele sobre
o ativo dado em garantia.
Em geral, verificamos que muitas pessoas tem a opinião de que uma garantia real em um empréstimo
reduza o risco do mesmo, entretanto, os credores não vêem os empréstimos desse modo. Eles reconhecem
que uma garantia pode reduzir o risco de perda no caso de inadimplência, entretanto, não exerce nenhuma
garantia sobre o risco da inadimplência. Na verdade, o credor estabelece a exigência de uma garantia
apenas para recuper parte do empréstimos em caso de inadimplência, sendo que o desejo do credor é
sempre receber os créditos previstos de forma normal. Normalmente, os credores preferem conceder
empréstimos menos arriscados e com taxas mais baixas, a se encontrar em posição de ter que liquidar um
empréstimo fazendo uso de uma garantia dada.
Normalmente, os credores preferem ativos que tenham uma duração próxima do vencimento do
empréstimo. Por esse motivo, que os ativos circulantes (contas a receber e estoques) são os preferidos
para empréstimos de curto prazo, uma vez que podem ser convertidos em caixa muito mais rápido que bens
do ativo permanente.
O credor determina o percentual desejável de garantia, que geralmente fica entre 30% e 100% do valor do
empréstimo, dependendo, é claro do perfil do devedor.
É comum os juros cobrados dos empréstimos com garantia serem ligeiramente maiores do que os
empréstimos sem garantia. Isso ocorre porque os credores entendem que os empréstimos sem garantia,
tendo em vista a avaliação de crédito prévia que foi efetuada, apresentam menores riscos de inadimplência.
Além disso, a administração de empréstimos com garantias são mais trabalhosas, exigindo assim uma
espécia de compensação adicional para sua administração.
Dois meios facilmente empregados para obter financiamento de curto prazo com o Contas a Receber das
empresas são o desconto de contas a receber e o factoring do contas a receber. Na verdade, somente
o primeiro gera um empréstimo de curto prazo com garantia, sendo que a operação de factoring significa a
venda do contas a receber com deságio. Embora a factoring não seja realmente uma forma de empréstimo
de curto prazo com garantia, a mesma envolve o uso do contas a receber na obtenção de fundos de curto
prazo.
O uso do contas a receber é extramamente atraente para obtenção de um empréstimo com garantia de
curto prazo, uma vez que são garantias muito líquidas.
Quando qualquer empresa solicito empréstimos com o uso de garantia de contas a receber, o credor
inicialmente as avalia para determinar sua atratividade como garantia, verificando os clientes do devedor, os
valores e datas de vencimento.
Após selecionar os títulos aceitáveis, o credor costuma ajustar o valor monetário delas em função de
devoluções esperadas e outros ajustes. O credor sabe que qualquer devolução, por exemplo, reduzirá o
valor da garantia. Nesse caso, deverá ser previstas substituições.
Após avaliada a qualidade do contas a receber, o credor avalia o custo da operação e o valor do
empréstimo a ser concedido.
3.7.1.2.3) Notificação:
Normalmente, o cliente cuja conta foi oferecida em garantia não fica sabendo que seu título foi oferecido em
garantia pelo seu credor, ou seja, essa garantia é dada sem notificação. Nesse casos, cabe ainda ao
devedor cobrar a conta e o credor confia que na transferência dos valores na medido em que são cobrados.
Se a operação de desconto foi feita com notificação, o cliente ficará avisado de que deve fazer o pagamento
diretamente para o credor da empresa.
O custo nominal de uma operação de desconto do contas a receber é normalmente de 2 a 5 pontos acima
da taxa básica. Além dessa taxa, poderá ser cobrado também uma comissão de serviço que varia em torno
de 3% para cobrir os cutos administrativos. Sem dúvida, os descontos do contas a receber representam
uma fonte de financiamento de curto prazo de alto custo.
3.7.1.2.5) Factoring:
Operações de financiamento que envolve pura e simplesmente a venda de um contas a receber com
deságio. Embora não seja o mesmo que obter um empréstimo de curto prazo, a realização de operação
com factoring é semelhante ao empréstimo de fundos usando essas contas como garantia.
Nesse tipo de operações, temos custo de comissões e juros cobrados pelo adiantamentos dos recursos,
sendo pago ao cliente o valor dos títulos menos os custos envolvidos.
Embora seus custos pareçam elevados, operações com factoring oferecem algumas vantagens a seus
clientes. Uma delas é que permite converter contas a receber em caixa imediatamente. Além disso, se
forem feitas operações continuamente, a empresa pode eliminar a necessidade de departamento de crédito
e cobrança.
Normalmente, os estoques vem depois do contas a receber em atratividade como garantia de empréstimos
de curto prazo, sendo que seu valor normalmente é superior ao seu valor contábil.
47
A facilidade de venda do estoque é a característica principal que deve ser avaliada por ocasião da
concessão do empréstimo. Por exemplo, um estoque de produtos perecíveis como pêssegos frescos pode
ser facilmente vendido, entretanto, se o custo de armazenamento e venda das frutas for muito alto, poderá
ser uma garantia não desejável. Outro exemplo, é a obtenção de produtos que possuem alta especialização
e utilização restrita. Como exemplo, veículos de circulação em solo lunar.
Nesses casos, sempre temos que pensar em garantias com mercado amplo e que não apresentem
propriedades físicas indesejáveis.
As garantias reais ocorrem quando, além da promesse de pagamento, o devedor confere ao credor o direito
especial de garantia sobre uma coisa ou uma universalidade de coisas móveis e imóveis. Assim, no caso de
garantia real, o devedor destaca um bem de seu patrimônio para assegurar o cumprimento da obrigação.
Dessa forma, a garantia real assegura ao credor, entre outras vantagens, o direito preferencial de receber a
dívida, em relação aos demais credores. São garantias reais: a hipotécia, a alientação fiduciária e o penhor
mercantil.
3.8.1) Hipotéca:
A hipoteca é uma garantia real que incide sobre bens imóveis. Na hipoteca o bem hipotecado permanece
em poder do devedor. O credor não pode apropriar-se do bem hipotecado, mas tem sobre este preferência
para venda judicial, visando a liquidação da dívida. A hipoteca incide sobre bens imóveis, havendo casos
especiais de hipoteca de bens móveis, como as aeronaves e os navios.
Cabe destacar que um mesmo bem pode ser hipotecado junto a vários credores simultâneamente, havendo
preferência do credor pela ordem de registro.
A hipoteca de um bem, compreende saldo cláusula em contrário, todas as suas benfeitorias. Deve a
hipoteca ser registrada no cartório de imóveis da circunscrição de localização do bem, a fim de constituir o
gravame e possibilitar o conhecimento aos interessados de que o imóvel está hipotecado (valer contra
terceiros). A ordem de preferência dos credores hipotecários com relação a um imóvel hipotecado
determina-se pela prioridade de inscrição no cartório de imóveis.
A alienação fiduciária tem por objeto bens móveis e identificáveis e se opera com a transferência da posse
indireta do bem para o credor, ficando o devedor apenas com a posse direta, isto é, o devedor alienante não
é proprietário do bem alienado, tão somente faz uso dele. Uma vez liquidado o financiamento em que esta
garantia foi oferecida, a posse indireta retorna as mãos do devedor, que se torna titular do domínio pleno do
bem.
Na alienação fiduciária, o bem não incorpora o patrimônio do financiador. Caso o devedor não pague, o
credor promoverá a venda do bem para recuperar o valor da dívida mais juros, comissões e demais
despesas especificadas em contrato. A alienação fiduciária é muito utilizada para bens de consumo
duráveis, especialmente para automóveis.
A alienação fiduciária somente tem validade contra terceiros, se o instrumento de formalização da garantia
for registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos do domicílio do credor.
O penhor mercantil é um tipo de garantia real que recai sobre bens móveis corpóreos ou incorpóreos, cuja
posse deverá ser transferida ao credor, que pode efetuar a venda judicial do bem para liquidar a dívida, da
qual o penhor é acessório.
O penhor como garantia de dívida, pode ser oferecido pelo devedor ou por terceiros, de modo que o credor
mantém a posse do bem com o propósito de garantia, sem, entretanto, ser-lhe permitido o uso. O credor,
portanto, é apenas depositário do bem que recebe. Ao mesmo tempo se o devedor não quitar a dívidas nas
condições contratadas, o credor poderá vender o bem , sendo vedado ao mesmo tempo apropriar-se do
bem.
O penhor em que o devedor (ou terceiro) entrega ao credor (depositário) coisa móvel em garantia é
chamado penhor comum. Há também o chamado penhor especial, que compreende o penhor agrícola e o
penhor industrial, ambos recaindo sobre coisas móveis, de forma que em ambos os casos não há a
transferência de posse ao credor, ficando os próprios devedores como depositários.
Enquanto o penhor constitui-se em direito real sobre propriedade alheia, a alientação fiduciária importa na
transferência da propriedade em si, permanecendo o devedor apenas na posse do bem alienado, como
depositário. No penhor, descumprida a obrigação, a coisa é penhorada, avaliada e leiloada judicialmente
para, com o produto apurado, pagar-se o credor. Na alienação fiduciária, basta apreender-se judicialmente o
bem, sendo possível a sua venda judicial ou extra-judicial, independentemente de avaliação, destinando o
seu valor ao pagamento do credor.
Quer nos casos de penhor mercantil, quer nos casos de alientação fiduciária, é indispensável que seja
indicado no instrumento constitutivo da garantia, e que o assine, o fiel depositário (ou depositários) dos bens
onerados, que pela guarda e conservação deles se comprometerá a zelar.
É sempre altamente recomendável que o depositário seja pessoa física e que se responsabilize, não
somente pessoas pessoas vinculadas a empresa, mas que seja diretor ou acionista que, por esse fato,
apresenta um laça com a empresa mais firme.
Desaparecendo os bens dados em garantia, o depositário, mediante ação judicial, chamada ação de
depositário, será citado a apresentá-los em juízo em 48 horas, ou a consignar (depositar em juízo) o valor
equivalente em dinheiro. Se não o fizer, o Juiz lhe decretará a prisão.
Constituição de penhor ou de alienação fiduciária sem a nomeação de depositário retira a garantia toda a
força executiva, visto que, no caso de não ser possível a apreensão dos bens alienados ou penhorados,
faltará ao credor o instrumento de pressão consistente na ameaça de prisão, não lhe restando, então, outra
alternativa que é a de cobrar a dívida por outros meior.
3.9.1. Uma Construtora tem uma linha de crédito junto a um banco A que a obriga ao pagamento de
juros de 12% ao ano sobre empréstimos (taxa efetiva), bem como a manter um saldo médio
equivalente a 20% sobre os mesmos. Caso a empresa tome R$ 950.000,00 durante o ano,
calcule a taxa efetiva de juros anual em cada uma das seguintes situações:
3.9.2. O commercial paper normalmente é vendido com desconto. Uma seguradora acaba de emitir e
vender commercial paper de 90 dias com valor nominal de R$ 1.000.000,00. A seguradora
recebeu, após o deságio R$ 985.000,00. Pergunta-se:
a) Qual a taxa efetiva de juros anual que a seguradora pagará pelo financiamento com commercial
paper?
recomendação de compra do papel e que custo R$ 9.000,00, qual seria a taxa efetiva de juros
pago pela seguradora?
3.9.3. Um banco está vendendo sua nota promissória comercial de 120 dias de prazo, renovável, e
valor nominal de R$ 1.500.000,00 por R$ 1.420.000,00. De posse dessas informações,
responda:
a) Calcule a taxa de juros que o banco pagará pelo papel para o período estipulado?
b) Qual a taxa de juros, caso o papel possa ser renovado por mais 3 (três) vezes?
c) Supondo que para colocá-lo no mercado, o banco necessite pagar uma comissão de 3%, qual
será a taxa de juros para o período do papel?
3.9.4. Uma empresa tem linha de crédito com um banco que lhe cobra juros de 13% pelo
empréstimo. Além dos juros, o banco condiciona a empresa a manutenção de saldo médio de
15% do empréstimo. Se a empresa tomar emprestado durante o ano o valor de R$
740.000,00, calcule a taxa de juros para o custo da empresa:
3.9.5. Uma empresa deseja obter um empréstimo com seu banco no valor de R$ 250.000,00 por um
ano. Possiu, para tal duas opções: A primeira é uma linha de crédito (LC) que tem como
encargos a TP, modalidade fixa, de 8,5% ao ano mais 3% de prêmio de risco. O período é de
120 dias, podendo ser renovado por até 360 dias. A segunda é um acordo de crédito rotativo,
também de 120 dias renovável por até 360 dias, que tem uma TP de 8,5% ao ano, no primeiro
mês, 9,25% ao ano no segundo mês, 9,75% ao ano no terceiro mês e 9% ao ano no quarto
mês, mais um prêmio de risco de 2% adicional a TP. Sendo assim, solicita-se:
c) Qual a taxa mais interessante para a empresa considerando as respostas “a” e “b” acima?
3.9.6. Uma grande empresa comercial quer tomar um empréstimo de curto prazo não garantido para
financiar suas necessidades sazonais. O valor do empréstimo de curto prazo que a empresa
necessitará é de R$ 4.800.000,00, não sabendo o tipo de empréstimo que optará. Com sua
ajuda espera descobrir qual das duas opções, a seguir, escolherá:
- uma nota promissória (NP) com 180 dias de prazo, com taxa preferencial fixa de 12% ao ano, mais
um prêmio de risco de 3%, renovável por mais um período;
- uma linha de crédito (LC) com 90 dias de prazo, com taxa preferencial fixa de 12% ao ano, mais
um prêmio de risco de 2,5% renovável por mais três períodos e um limite de crédito de R$
6.000.000,00
- um acordo de crédito rotativo (ACR) com 60 dias de prazo, com taxa preferencial fixa de 12% ao
ano, mais um prêmio de risco de 2% e uma taxa de compromisso de 0,4% sobre o saldo do limite
de crédito não utilizado e que está estipulado, também em R$ 6.000.000,00 e renovável por mais
cinco períodos. Saldo médio de 20% sobre o valor do empréstimo.
c) Calcular a taxa efetiva de custo do empréstimo para o ACR para o período de um ano;
d) Qual das três opções você recomendará para a empresa, justificando a resposta.
O custo de capital é utilizado como parâmetro para as decisões de aprovação e reprovação de projetos
dentro da empresa, uma vez que devem proporcionar retornos superiores aos seus custos. Assim, o custo
de capital representa a taxa mínima de retorno que novos investimentos devem proporcionar. Desse modo,
decisões inadequadas de financiamento elevam o custo de capital, o que torna mais difícil encontrar
projetos viáveis para a empresa.
Geralmente, até um nível de endividamento moderado, o custo de capital de terceiros costuma ser mais
barato que o capital próprio. Os juros incidentes sobre o capital de terceiros implica uma obrigação
contratual de pagamentos enquanto que o capital próprio possui uma remuneração residual. Ou seja, o
custo do capital de terceiros tem um custo explicito, que consta em contrato e que deve ser pago antes da
distribuição dos dividendos aos acionistas. Em geral, atribui-se maior risco ao capital próprio em
comparação ao de terceiros, e isto representa maior custo para a empresa.
Os custos das fontes de capital estão diretamente relacionadas a suas características próprias. A seguir,
estudaremos os custos de cada uma dessas fontes.
= R$ 40.000,00 X (1 – 0,40)
= R$ 24.000,00
52
Assim, é possível notar que as despesas com juros líquidas da empresa X representam
uma taxa efetiva de 12% ao ano (R$ 24.000,00 : R$ 200.000,00). Essa taxa corresponde ao
custo do empréstimo e pode ser calculada pela seguinte fórmula:
Kc = J x (1 – IR)
Onde:
Kc = 20% X (1 – 0,40)
= 12%
O custo que as debêntures representam é determinado pela TIR (taxa interna de retorno)
desse fluxo de caixa. A TIR corresponde a uma taxa de desconto que iguala o valor
presente dos fluxos de caixa futuros ao investimento inicial. Em nosso exemplo, a TIR é de
14,06%.
Para determinar o custo que esses recursos representam, é necessário elaborar o fluxo de
caixa correspondente, a exemplo do que fizemos para as debêntures.
Considerando que a empresa Rio Grande tenha solicitado empréstimo ao banco XYZ com
as seguintes condições:
O custo do empréstimo é representado pela TIR desse fluxo de caixa que é 14,61%.
O capital próprio corresponde aos recursos investidos pelos proprietários da empresa e de lucros
retidos. Em uma definição bastante simplificada, o custo de capital próprio deve corresponder a
remuneração da melhor alternativa de investimento dos quais os investidores abriram mão ao
aplicarem seus recursos na empresa.
Diferentemente do capital de terceiros, para calcular o custo de capital próprio, deve-se considerar
que não há o benefício fiscal do IR, uma vez que os dividendos correspondem a parcela do lucro
remanescente que a empresa de capital aberto distribui a seus acionistas, e, os dividendos devem
ser tratados em uma perspectiva de perpetuidade, já que as ações constituem o capital da empresa.
O custo de capital próprio de uma sociedade anônima de capital aberto, deve ser determinado para
as ações existentes (sejam elas ordinárias ou preferenciais), quando há o ingresso de novo capital
(pela emissão de novas ações) e quando há lucros retidos.
P0 = D1
K-g
Onde
P0 = preço corrente da ação
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
54
K = D1 + g
P0
No caso de ações ordinárias, para calcular seu custo, emprega-se a fórmula obtida a partir
da expressão de Gordon e Shapiro, considerando Kao a taxa de retorno exigida.
Para exemplificar, consideremos que as ações ordinárias da empresa Rio Grande tem sido
cotada a R$ 20,00 cada. O dividendo previsto para o próximo ano é de R$ 3,00 por ação e,
nos últimos anos, os dividendos distribuídos tem crescido a uma taxa média anual de 3,5%.
Assim, temos:
Kao = D1 + g
P0
K= R$ 3,00 + 3,5%
R$ 20,00
Consideremos então, que as ações preferenciais da empresa Rio Grande tem sido cotadas
a R$ 15,00 cada e que o dividendo fixo tem sido de R$ 2,25 por ação. Por meio da fórmula
já apresentada, temos:
Kap = D1 + g
P0
K= R$ 2,25 + 0,0%
R$ 15,00
Considerando, também que a empresa Rio Grande tem ações preferenciais cotadas a R$
15,00 cada, porém, com dividendo mínimo previsto para o próximo ano de R$ 1,95 por
ação. Sabe-se que nos últimos anos, os dividendos distribuídos tem crescido a taxa média
anual de 3,5%. Desse modo:
Kap = D1 + g
P0
K= R$ 1,95 + 3,5%
R$ 15,00
Para determinar o custo das novas ações, utilizamos a seguinte fórmula, também derivada
da expressão de Gordon e Shapiro:
K= D1 + g
VL
Onde:
K = custo das novas ações
Knao = custo de novas ações ordinárias
Knap = custo de novas ações preferenciais
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
VL = valor líquido recebido pela venda da nova ação
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
Consideremos, por exemplo, que a empresa Rio Grande pretenda lançar novas ações
ordinárias, que terão valor de emissão de R$ 20,00 cada. Haverá um deságio de R$ 0,90
por ação, e, estima-se que o total de gastos com sua colocação no mercado seja de R$
0,65 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de R$ 3,00 por ação e os
dividendos distribuídos pela empresa tem crescido a taxa média anual de 3,5% nos últimos
anos.
Com isso, o valor líquido recebido de cada ação será de R$ 18,45 (R$ 20,00 – R$ 0,90 – R$
0,65).
Knao = D1 + g
VL
Do ponto de vista dos acionistas, se não houver projetos com essa possibilidade, todo o
lucro deve ser distribuído, uma vez que cada um deles terá aplicações financeiras (e
particulares) mais rentáveis.
Assim, lucros retidos não são gratuitos para a empresa e, por isso, devem ser
remunerados. Nesse sentido, eles são tratados como equivalentes ao ingresso de recursos
mediante a emissão de novas ações, mas sem incorrer em gastos com taxas, comissões,
corretagens, etc...
No cálculo do custo dos lucros retidos, K lr, é utilizada a mesma equação das ações
ordinárias existentes, de modo que Klr = Kao.
Klr = D1 + g
P0
Exercícios de fixação:
1. Analise se é mais vantajoso para a empresa FSG adquirir uma nova máquina com capital
próprio ou de terceiros. São dadas as seguintes informações: o capital próprio tem um custo
56
2. A empresa Delta necessita adquirir uma nova máquina e os recursos para isso serão
obtidos por meio da emissão de debêntures com resgate em cinco anos. Os dados
disponíveis para essa emissão, são:
Valor nominal das debêntures = R$ 300.000,00
Remuneração das debêntures = 15% de juros ao ano
Encargos relativos à colocação das debêntures = R$ 20.000,00
Alíquota do imposto de renda da empresa = 35%
3. Considerando o exercício 2 acima, supondo que não haja encargos relativos a colocação
das debêntures, recalcule o custo delas, utilizando, inicialmente, o fluxo de caixa e depois a
fórmula Kd = J x (1 – IR). Compare os resultados encontrados nesse exercício e comente.
5. Considerando o exercício 4 acima, supondo que o banco XYZ não cobre taxas e comissões
sobre operações de financiamento para ampliações industriais, recalcule o custo do
empréstimo, utilizando inicialmente o fluxo de caixa e depois a fórmula K e = J x (1 – IR).
Compara os resultados encontrados desses exercícios e comente.
Condições de Mercado:
o demanda esperada do produto;
o existência de produtos substitutos a preços competitivos;
57
Necessidades:
• Avaliar o desempenho da empresa
• Foco em resultado
• Rentabilidade por produto / linha de produto
• Rentabilidade por cliente
• Rentabilidade por unidade de negócios
• EVOLUÇÃO DOS CUSTOS
Fórmulas:
• GASTO: “Sacrifício” financeiro que arcamos para obter um produto ou serviço, sacrifício esse,
representado por entrega de ativos (dinheiro).
• INVESTIMENTO: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros
períodos.
• CUSTO: Significa quanto foi gasto para adquirir um bem ou serviço. Também são gastos, mas no
momento que o bem ou serviço são utilizados.
• DESPESA: Bem ou serviço consumidos diretamente para obtenção de receita
• CUSTOS DIRETOS - São aqueles apropriados diretamente aos produtos sem necessidade de
rateio.
• CUSTOS INDIRETOS - São aqueles incorridos dentro do processo de produção, mas que para
serem apropriados aos produtos, nos obrigam ao uso de rateios.
• CUSTOS FIXOS - São os custos que possuem determinado valor, independente do aumento ou
diminuição do volume de produção do período.
• CUSTOS VARIÁVEIS - São os que variam de acordo com a produção. Quanto maior a quantidade
fabricada maior seu consumo.
• CUSTOS SEMI-VARIÁVEIS VARIAM DE ACORDO COM O VOLUME, MAS NÃO NA MESMA
PROPORÇÃO
• CUSTOS SEMI-FIXOS PERMANECEM FIXOS DENTRO DE CERTOS INTERVALOS DE VOLUME
Exemplo 1:
• A empresa Alfa incorreu nos seguintes gastos para produzir um determinado produto:
60
• MP: R$ 700,00
• MOD: R$ 250,00
• CIF: R$ 50,00
• Pergunta-se-. qual o preço de venda unitário do produto, mark-up, fator multiplicador e a justificativa
(ou reconciliacao) do preço?
Decomposição:
PV = 1666.66
CT (1000.00)
ICMS (283.33)
Com (100.00)
Desp Ad (133.33)
Desp Var( 66.66)
= Lucro 83.34 (5%)
Exemplo 2:
• ICMS: 25%
• Desp Oper: 30%
• Lucro Objetivo: 8%
Decomposição:
PV 243,24
CT (90.00)
ICMS (60.81)
Desp Op (72.97)
=Lucro 19.46 (8%)
a) Principal Vantagem:
Ex.: Ele assegura a recuperação total dos custos e a obtenção de uma
margem planejada de lucro, o que é muito importante para formação de
preços a longo prazo.
Custo variável (ou marginal) é aquele custo que não seria incorrido se o
produto não fosse fabricado. Ele é apurado a partir da filosofia do custeio direto (ou
variável).
Enquanto o custeio total espera que os preços cubram a totalidade dos custos
(inclusive os
custos fixos), o custeio marginal considera que qualquer contribuição aos custos
fixos é melhor que nenhuma
Consequentemente, a formação de preços a partir dos custos marginais é
bem mais flexível do que a partir dos custos totais.
O grande perigo do uso desse método decorre do fato que a empresa poderá
concentrar a determinação dos preços apenas sobre as contribuições marginais,
desprezando a necessidade de recuperar também os custos fixos..
Exemplo 4:
Capital investido = R$ 5.000,00
Lucro desejado = 20% do capital investido
Volume de Vendas = 500 unidades
Custo dos Produtos = 10,00 a unidade
10 5.000 x 0,20
Pr eço Pr eço 500
500
Nesse tipo de empresa os custos dos produtos têm pouco valor como guia para
formação de
preços, pois os métodos utilizados para obtenção desses custos são muito
arbitrários (os preços
de venda atuam nessas indústrias como um dos determinantes do custo dos
produtos em vez do
contrário).
Esse método consiste na redução drástica dos preços até níveis pouco
superiores aos dos custos e despesas variáveis. É um método utilizado
principalmente quando:
as empresas possuem grande proporção de ativo (as cias ferroviárias por
exemplo);
65
as empresas que tem altos índices de rotatividade nos seus estoques (os
supermercados).;
quando o mercado se encontra bastante recessivo.
Quanto uma empresa adota uma política de redução drástica de preços com o
objetivo de levar à ruína seus concorrentes e ter, após, à sua disposição o mercado,
configura-se a situação conhecida como “dumping”. Esse tipo de prática é
proibido, e existe legislação específica (a nível internacional) que penaliza
empresas que praticam “dumping”.
66
f) Método misto:
Ele envolve a combinação simultânea dos seguintes fatores:
Custos incorridos (na produção e na comercialização dos produtos);
Decisões da concorrência;
Características do mercado.
Uma metalurgica esta preparando 2 orcamentos de vendas para atender um pedido de seus clientes, cujos
dados são:
Prod A Prod B
Custos Desp Variaveis un. $1000 $1000
Impostos 20% 20%
Tempo Fabricacao 1 hora 2 horas
Prod mensal 100 un 100 un
Margem Lucro 30% 30%
CIF
67
• Pergunta-se-. qual o preço de venda unitário dos produtos A e B, justificando o porque destes não
serem iguais
Uma metalurgica esta preparando 2 orcamentos de vendas para atender um pedido de seus clientes, cujos
dados são:
Prod A Prod B
Custos Desp Variaveis un. $1000 $1000
Impostos 20% 20%
Tempo Fabricacao 1 hora 2 horas
Prod mensal 100 un 100 un
Margem Lucro 30% 30%
CIF
PV A = 1000 + 1000
1- (0.2+0.3)
PV A = 2000 / 0.5 = 4000
100 un x 1h = 100H
100 un x 2h = 200H
300Horas
$300,000 / 300H = $1000/H
PV B = 1000 + 2000
1- (0.2+0.3)
PV B = 3000 / 0.5 = 6000
68
Faturamento de Equilíbrio
Quantidade de Equilíbrio
Faturamento necessário
para Lucro desejado
Faturamento com Lucro
Desejado
Quantidade de Equilíbrio
69
Faturamento de Equilíbrio
Quantidade de Equilíbrio
Faturamento necessário
para Lucro desejado
Faturamento com Lucro
Desejado
Quantidade de Equilíbrio
70
As empresas sempre se defrontam com oportunidades e conseguir taxas de retorno positivas sobre
seus fundos, através de investimento em projetos atraentes, em títulos ou depósitos com juros. Portanto os
fluxos de caixa de entrada e os de saída possuem relevante importância econômica, conhecida pelos
administradores como valor do dinheiro no tempo.
Antes de iniciarmos as avaliações devemos entender alguns conceitos: Valor Presente, Valor Futuro e
Linha de Tempo:
Valor Presente – são técnicas que mensuram fluxos de caixa no início da vida de um projeto,
podemos dizer que é como dinheiro na mão;
Valor Futuro – são técnicas que mensuram fluxos de caixa no final da vida de um projeto, podemos
dizer que é o quanto vamos receber em uma data futura qualquer.
Linha de Tempo – descreve fluxos de caixa de investimento em uma linha horizontal na qual o
tempo zero está no final mais à esquerda e os períodos futuros são marcados da esquerda para a
direita. Os valores negativos representam fluxos de saída de caixa e os valores positivos
representam fluxos de entrada de caixa.
Normalmente utilizamos técnicas de capitalização para achar o valor futuro e técnicas de taxas de
desconto para achar o valor presente analisado com profundidade mais adiante. Os administradores
financeiros, apesar das técnicas de Valor Futuro e Valor Presente resultarem nas mesmas decisões, tendem
a se basear principalmente em técnicas de Valor Presente por tomarem decisões no tempo zero.
5.2.1 - Conceitos
O administrador deve ser capaz de mensurar fluxos de caixa relevantes e aplicar técnicas de
decisão apropriadamente. O processo de avaliação e seleção de investimento a longo prazo será
consistente com a meta da empresa de maximização da riqueza do proprietários.
71
Assim, para analisar a taxa de retorno sobre o investimento, utilizaremos o modelo de fluxo de caixa
que é um objeto matemático que pode ser representado graficamente como o objetivo de facilitar o estudo e
os efeitos da análise de uma certa aplicação, que pode ser um investimento, empréstimo, financiamento,
etc... Normalmente, contém Entradas e Saídas de capital, indicadas em uma linha de tempo que tem início
no instante M=0.
linha horizontal: representa o tempo (períodos), que pode ser expresso em dias, quinzenas, meses,
anos, etc.;
saídas de dinheiro: indicam pagamentos e são representados por flechas apontadas para baixo e
seus valores são registrados com sinais negativos, com o uso da tecla CHS (mudança de sinal);
entradas de dinheiro: indicam recebimentos e são representados por flechas direcionadas para cima
e seus valores terão sinais positivos.
Meses
72
A título de exemplo, demonstre como ficaria o gráfico abaixo se tivéssemos a seguinte situação:
Os valores de um fluxo de caixa são introduzidos na HP 12C através das seguintes teclas:
OBS.: As teclas Cfo, CFj e Nj são utilizadas exclusivamente para introdução de fluxos irregulares
(complexos), para cálculo do NPV (Valor Presente Líquido) ou IRR (Taxa Interna de Retorno).
73
A taxa de atratividade de um investimento é a Taxa Mínima de Juros por que convém o investidor
optar em determinado projeto de investimento.
É chamada Vida Econômica ou Vida útil de um investimento o intervalo de tempo entre a data do
investimento inicial e a data final do retorno do capital investido, correspondente ao tempo de depreciação
do bem do capital.
Os métodos empregados na análise e comparação das alternativas são todos baseados no princípio
da equivalência dos projetos, isto é, quando é indiferente escolher entre um e outro no que concerne aos
objetivos.
Esses métodos visam determinar valores únicos, que representam cada alternativa de investimento.
5.6.1.1 – Conceito
Podemos conceituar o Período de Payback como o exato montante de tempo necessário para a
empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto calculado a partir de seus fluxos de caixa de
entrada de caixa. No caso de uma anuidade, o período de payback pode ser achado ao se dividir o
investimento inicial pelo fluxo de caixa anual. O Período de Payback é geralmente visto como uma técnica
de orçamento de capital pouco sofisticada, pois ela não considera explicitamente o valor do dinheiro no
tempo.
O tamanho do período de payback máximo aceitável é determinado pela alta administração, esse
valor é estabelecido subjetivamente, o Período de Payback é usado para decisões aceitar-rejeitar, os critério
de tomada de decisão são os seguintes:
Se o período de payback é menor do que o período de payback máximo aceitável, aceitar o projeto.
Se o período de payback é maior do que o período de payback máximo aceitável, rejeitar o projeto.
Prós:
Método de fácil utilização;
O período de recuperação do investimento também é de fácil entendimento.
74
Contras:
Ignora completamente o valor do dinheiro no tempo;
Não reconhecimento de fluxos de caixa após o período de payback.
EXEMPLO:
Projeto X Projeto Y
Investimento Inicial 10.000,00 10.000,00
Ano Fluxos de entrada de caixa
1 5.000,00 3.000,00
2 5.000,00 4.000,00
3 1.000,00 3.000,00
4 100,00 4.000,00
5 100,00 3.000,00
Período de Payback 2 anos 3 anos
75
O Método do Valor Presente Líquido, tem como característica principal, transpor para o Valor
Presente todos os fluxos de caixa esperados ao longo da vida útil de um projeto. É utilizado o Fator no Valor
Presente (P/F, K%, n), onde a taxa de juros “ K “ representa o custo do capital ou a taxa mínima de
atratividade.
-J
VPL = FJ 1 k
O critério de decisão por este método implica em aceitar todos os projetos cujo o Valor Presente
Líquido seja positivo. Assim:
VPL 0 Aceitar;
VPL = 0 Indiferente;
VPL 0 Rejeitar
a) f REG
b) Montante Inicial: g Cfo se o fluxo for negativo: CHS
c) Montantes seguintes: g CFJ se o fluxo for negativo CHS
Caso houver repetição de algum Montante podemos utilizar: g CFj e,
o Nº de repetições: n g Nj
d) Repetir o passo “ C “ até que todos os Montantes sejam introduzidos
e) Taxa de Juros: i
f) f NPV
OBS: Os dados do Fluxo de Caixa são armazenados nas memórias 0 até 9 da HP 12C.
Portanto, até 20 fluxos.
EXEMPLO:
Projeto X Projeto Y
Investimento Inicial 10.000,00 10.000,00
Ano Fluxos de entrada de caixa
1 5.000,00 4.545,45 3.000,00 2.727,27
2 5.000,00 4.132,23 4.000,00 3.305,79
3 1.000,00 751,31 3.000,00 2.253,94
4 100,00 68,30 4.000,00 2.732,05
5 100,00 62,09 3.000,00 1.862,76
VPL (440,61) 2.881,82
TMA 10%
76
O Método da Taxa Interna de Retorno procura determinar a taxa de juros que utilizada para
descontar o fluxo de caixa de uma alternativa de investimento, iguala o Valor Presente dos Dispêndios ao
Valor Presente dos recebimentos, ou seja, torna o Valor Presente Líquido do fluxo de caixa igual a zero
(VPL = 0).
-j
0 = Fj 1 i
j=0
a) f REG
b) Montante inicial: g CF0. Se o fluxo for negativo: CHS
c) Montantes seguintes: g CFj. Se algum fluxo for negativo: CHS
Caso houver repetição de algum Montante podemos utilizar: g CFj e o Nº de repetições:
N g NJ
d) Repetir o passo “ c “ até que todos os Montantes sejam introduzidos
e) f IRR.
77
5.7. EXEMPLOS:
FC2 = 50.000,00
FC2 = 40.000,00
FC1 = 30.000,00
-------------------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Cfo = - 100.000,00
Na HP 12C:
f REG
100000 CHS g Cfo
30000 g CFj
50000 g CFj
40000 g CFj
f IRR 9,2647%
1. Se aplico hoje R$ 300,00 e recebo conforme cronograma abaixo, qual a minha taxa interna
de retorno:
300
100 0 120 30 0 0 30 30 30
3. Calcule o Valor Presente Líquido (NPV) do fluxo de caixa abaixo, considerando-se a taxa de
juros de 4,5% a.m.
6. Determine a taxa interna de retorno – IRR dos fluxos de caixa indicados na tabela a seguir:
79
7. Uma empresa está estudando a compra de um equipamento e para isso está analisando
dois tipos. O tipo A tem vida útil de dois anos, custa R$ 150.000,00 e dá um lucro mensal de
R$ 12.000,00. O tipo B tem vida útil de três anos, um custo de R$ 180.000,00 e dá um lucro
de R$ 14.000,00. Ambos tem valor residual nulo. Qual o equipamento que deve ser
adquirido se a taxa de atratividade é de 5,00% a.m.?
8. O objetivo é ganhar 5,00% a.a. sobre o investimento em uma máquina de R$ 50.000,00 que
irá gerar um ingresso líquido de R$ 8.000,00 por ano durante 10 anos e no final terá um
valor residual de R$ 5.000,00.
Pergunta-se:
a) É atrativo?
b) Qual a taxa interna de retorno sobre o investimento?
OBJETIVOS
OBJETIVOS
EE METAS
METAS
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO ORÇAMENTO
ORÇAMENTO ORÇAMENTO
ORÇAMENTO
DE
DE VENDAS
VENDAS DESPESAS
DESPESAS GERAIS
GERAIS DE
DE PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
DE
DE FABRICAÇÃO
FABRICAÇÃO
80
SEGMENTO
SEGMENTO ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DAS
DAS ORÇAMENTO
ORÇAMENTO
DE
DE DESPESAS
DESPESAS DE
DE
MARKETING
MARKETING ADMINISTRATIVAS
ADMINISTRATIVAS MATÉRIAS-PRIMAS
MATÉRIAS-PRIMAS
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DAS
DAS ORÇAMENTO
ORÇAMENTO
DESPESAS
DESPESAS COM
COM DA
DA MÃO
MÃO DE
DE OBRA
OBRA
VENDAS
VENDAS DIRETA
DIRETA
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DAS
DAS ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DAS
DAS
DESPESAS
DESPESAS DESPESAS
DESPESAS
TRIBUTÁRIAS
TRIBUTÁRIAS INDIRETAS
INDIRETAS DE
DE FAB.
FAB.
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DAS
DAS ORÇAMENTO
ORÇAMENTO
DESPESAS
DESPESAS DO
DO CUSTO
CUSTO DO
DO
FINANCEIRAS
FINANCEIRAS PRODUTO
PRODUTO
VANDIDO
VANDIDO
PLANO
PLANO GERAL
GERAL DE
DE
OPERAÇÕES
OPERAÇÕES
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DEMONSTRATIVO
DEMONSTRATIVO BALANÇO
BALANÇO
DE
DE DE
DE RESULTADO
RESULTADO PATRIMONIAL
PATRIMONIAL
CAIXA
CAIXA PROJETADO
PROJETADO PROJETADO
PROJETADO
Figura 57: Orçamentos do planejamento financeiro;
81
As Principais Funções
O orçamento deverá desempenhar várias funções vitais à sua correta administração, a saber:
a) elaborar o plano geral de operações ou as ações para o futuro da empresa;
b) comparar os resultados auferidos com o plano proposto;
c) dar a visão de longo prazo.
Por conseguinte, o planejamento e o controle financeiros serão funções primordiais da administração,
constituindo-se em elementos essenciais no processo de elaboração e avaliação da peça
orçamentária da empresa.
Assim, a atividade orçamentária descreverá os planos da direção, em termos quantitativos e
qualitativos, auxiliando, assim, a avaliar os mesmos.
Conclusões
O orçamento poderá ser resumido como sendo um modo de conduzir, ordenadamente, as idéias e
ações para que a empresa possa progredir passo a passo.
Até pouco tempo, o orçamento só era aplicado à Administração Pública como instrumento
fundamental para o empenho de verbas, evoluindo sobremaneira, até tornar-se um meio de aferição das
prioridades de planejamento e controle financeiros. Nos países desenvolvidos, as empresas, em razão da
crescente competitividade mercado lógica, viram-se forçadas a fixar rotinas para suas atividades
operacionais, de modo que pudessem orçar os resultados.
O orçamento será um instrumento da gestão empresarial indispensável a todas as empresas,
independente do seu porte ou tipo de atividade econômica explorada.
Destaca-se, ainda, que as empresas deverão trilhar o longo caminho curto (LCC) e não o curto
caminho longo (CCL), ou seja, investir bastante em planejamento financeiro para que seus objetivos
possam ser alcançados na íntegra e no prazo fixado.
82
INGRESSOS
-A ORIGENS +P
FONTES
(2) (4)
CONTAS CONTAS
DE NATUREZA DE NATUREZA
DEVEDORA CREDORA
(3)
DESEMBOLSOS (1)
+A APLICAÇÕES -P
USOS
EXEMPLOS:
Para cada ingresso deve haver um desembolso de recursos. Em sentido amplo, os ativos de uma
empresa representam a utilização líquida de fundos; seu exigível e seu patrimônio líquido indicam os
ingressos de recursos.
O demonstrativo de fluxos de fundos é um método que nos permite estudar o movimento líquido de
fundos durante um período de tempo. Este período poderá ser um trimestre, um ano ou cinco anos, de
acordo com a relevância para a análise.
83
ATIVO PASSIVO
AC + ARLP + AP = PC + PELP PL
ONDE
AC - PC = PL + PELP - AP - ARLP
Quadro Exemplos:
CG = AC - PC CGP = CGep -
CGee
CG = Capital de Giro
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
CGP = Capital de Giro Projetado
+ CGP = aumento do Capital de Giro Projetado
- CGP = diminuição do Capital de Giro Projetado
CGep = Capital de Giro do exercício projetado
CGee = Capital de Giro do exercício encerrado
DEPRECIAÇÕES:
Como podemos ver a seguir, temos dois tipos de depreciações. Existe uma depreciação ligada
diretamente ao produto; esta depreciação está dentro do Custo do Produto Vendido. A outra depreciação
aparece no Demonstrativo de Resultado do Exercício Projetado, esta é uma depreciação indireta ao custo
do Produto. Ex. Depreciação de Móveis e Utensílios, Depreciação de Máquinas e Equipamentos,
Depreciação de Veículos. Aqui para nós vamos considerar a depreciação do Custo do Produto Vendido igual
a depreciação do Demonstrativo de Resultado do Exercício Projetado, embora saibamos que não é a
mesma.
85
A Fábrica de Móveis FSG S/A elaborou seu balanço patrimonial de 31.12.08 e o demonstrativo de
resultados do exercício projetado para 31.12.2009, ambos em MR$:
C) OUTRAS INFORMAÇÕES
NOTA:
- Os valores serão pagos e recebidos no período a ser projetado;
- Utilize o percentual de 35% para provisão de imposto de renda.
D) QUESTÃO:
- Elabore o ORÇAMENTO DE CAIXA PROJETADO, pelos métodos da diferença do capital de giro e
lucro ajustado, bem como o balanço patrimonial projetado.
86
Vejamos:
OBS. Tanto no método do Lucro Ajustado, quanto no método da diferença do Capital de Giro a
Conta Lucro Líquido Após o Imposto de Renda poderá ser lançada tanto no demonstrativo de Ingressos e
Desembolsos quanto no Relatório Final. Cuidado! Não lance duas vezes a mesma rubrica contábil. Se você
lançar o Lucro Líquido Após o Imposto de Renda no demonstrativo de Ingressos e Desembolsos não lance
no Relatório Final, e vice-versa.
A conta depreciação, sempre representa um ingresso de recursos, pois sempre irá diminuir a conta
depreciação.
88
INGRESSOS - A + P DESEMBOLSOS +A - P
L.L.A.I.R. 2.600
(+)INGRESSOS 3.130
(-) DESEMBOLSOS 3.620
(=)DIFERENÇA NO PERÍODO 2.110
(+)SALDO INICIAL DE CAIXA 600
(=)DISPONIBILIDADE ACUMULADA 2.710
(-) NÍVEL DESEJADO DE CAIXA 720
(=)APLIC/EMP. MERCADO FINANC. 1.990
SALDO FINAL DE CAIXA 720
89
INGRESSOS - A + P DESEMBOLSOS +A - P
6.7.1. A Indústria de alimentos "XYZ S/A" Elaborou seu Balanço Patrimonial em 31.12.08 e o Demonstrativo
de Resultados do Exercício Projetado para 31.12.2009, ambos em MR$, respectivamente, os quais seguem:
C) OUTRAS INFORMAÇÕES:
1) Redução do ativo circulante em 10% e aumento do passivo circulante em 5%, exceto impostos a pagar;
2) imobilização em nova unidade industrial, no valor de R$ 50.000, em que serão amortizados da
seguinte maneira: 60% no exercício projetado e saldo após o exercício de 2009;
3) venda de terreno, no valor de R$ 60.000;
4) desembolso para financiamento a LP e impostos a pagar no valor de R$ 1.000 e R$ 100,
respectivamente;
5) Depreciação de Veículos R$ 30; Depreciação de Móveis e Utensílios R$ 50 e Depreciação de Máquinas
e Equipamentos R$ 80.
6) utilizar 35% para provisão de imposto de renda;
todos os valores serão recebidos e pagos no período orçado, com exceção da nova unidade industrial
que o saldo de 40% será. amortizado após 2009.
D) QUESTÃO:
- Elabore o ORÇAMENTO DE CAIXA PROJETADO, pelo método do lucro ajustado, bem como o
balanço patrimonial projetado.
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INGRESSOS -A +P DESEMBOLSOS +A -P
L.L.A.I.R.
(+) INGRESSOS
(-) DESMBOLSOS
(=) DIFERENÇA NO PERÍODO
(+) SALDO INICIAL DE CAIXA
(=) DISPONIBILIDADE ACUMULADA
(-) NÍVEL DESEJADO DE CAIXA
(=) APLIC/EMP. MERCADO CAPITAIS
SALDO FINAL DE CAIXA
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C) OUTRAS INFORMAÇÕES:
1) Aumento do ativo circulante em 5% e redução do passivo circulante em 10%, exceto impostos a pagar;
2) imobilização em nova unidade industrial, no valor de R$ 100.000, em que serão amortizados da
seguinte maneira: 80% no exercício projetado e saldo após o exercício de 2009;
3) venda de terreno, no valor de R$ 200;
4) desembolso para financiamento a LP e impostos a pagar no valor de R$ 500 e R$ 100,
respectivamente;
5) Depreciação de Veículos R$ 100; Depreciação de Móveis e Utensílios R$ 200 e Depreciação de
Máquinas e Equipamentos R$ 300.
6) usar 35% para provisão de imposto de renda;
todos os valores serão recebidos e pagos no período orçado, com exceção da nova unidade industrial
que o saldo de 20% será. amortizado após 2009.
D) QUESTÃO:
- Elabore o ORÇAMENTO DE CAIXA PROJETADO, pelo método da diferença do capital de giro,
bem como o balanço patrimonial projetado.
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INGRESSOS -A +P DESEMBOLSOS +A -P
L.L.A.I.R.
ANO 1 ANO 2 DIFER. (+) INGRESSOS
AC (-) DESMBOLSOS
PC (=) DIFERENÇA NO PERÍODO
CG (+) SALDO INICIAL DE CAIXA
(=) DISPONIBILIDADE ACUMULADA
(-) NÍVEL DESEJADO DE CAIXA
(=) APLIC/EMP. MERCADO CAPITAIS
SALDO FINAL DE CAIXA