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S I

por Rudyard Kipling

Si és capaz de manter a tua calma quando


Todo o mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crêr em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Si és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou. ser.do odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretencioso;

Si és capaz de pensar — sem que a isso só te atires;


De sonhar — sem fazer dos sonhos teus senhores;
Si encontrando a Desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma form a a esses dois impostores;
Si és capaz de sofrer a dôr de vêr mudadas
Em armadilhas as verdades que dissestes,
E as coisas por que destes a vida estraçalhadas,
E refazedas com o bem pouco que te resta;

Si és capaz de arriscar numa única parada


Tudo quanto ganhaste em tôda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que fôr que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exhaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena, “ Persiste” ;

Si és capaz de, entre a plebe, não te corromperes


E, entre Reis., não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus te defenderes,
Si a todos pódes ser de alguma utilidade;
E si és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra contudo o que existe no mundo
E — o que é mais — tu serás um homem! meu filh o !

Trad. por Guilhervie de Almeida


Ano I — N.° 1 Janeiro de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias da Vida Eterna)

Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo


dos Santos dos Últimos Dias

Í N D I C E

ED ITORIAL
Mensagem do Presidente ............................... Presidente Harold M. Rex 2
“ Dois Mestres” ............................................................do “ D eseret New s” Capa
“ Ovos de Pithon” ..........................................................Marvin O. Ashton
ARTIGOS E SPECIAIS
O Resumo de uma Vida Pura ....................................... C. Elmo Turner 4
Concretização dum Sonho ........................................... Alfredo Lima Vaz 6
“ Nosso Completo Dever ...........................Pres. George A lbert Smith 7
À Espera do Fim ................................................... Marquerite J. Griffin 8
A U X IL IA R E S
Escola Dominical
Como Jesus Ensinou ....................................... Marion G. M erkley 12
Verso Sacramental ................................................................................
Primária
Quanto Custou uma Bola ...........................Daisy W right Field 15
Sociedade de Socorro
Saudações a Todos ............................................... Diania H. R ex 17
SACERDÓCIO
Carta da Primeira Presidência ................................................................ jg
VÁRIOS
A Consciência Acusadora ........................................... Richard L. Evans 19
Enfrentamos a Incerteza ........................................... Richard L. Evans 19
Evidências e Reconciliações ....................................... John A. Widtsoe 20
“ O Rumo dos Ramos” ................................................... C. Elmo Turner 22
Você Sabia q u e ...? ...................................................................................... Capa
S i . . . (Poesia) ................................................................Rudyard Kipling Capa

Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 20,00


D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior CrS 40,00
R e d a to r:.....................................João Serra
Exemplar In d iv id u a l.............. Cr$ 2,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil
EDITORIAL * * * * * * * * * * * * * * *Jjy

Mensagem do Presidente

A publicação de “ A G A IV O T A ” é a realização de algo que temos


desejado por muito tempo, e também a resposta de orações de mui­
tos membros e missionários desta Missão. Temos desejado há
muito tempo uma publicação que possa ser uma mensagem mensal
a todos os membros e investigadores do Brasil. Acreditamos que os
membros e os investigadores devem ter oportunidades de aprenderem
em cada mês um pouco mais do Plano de Salvação e assim achar
um novo guia que possa conserva-los naquele Caminho estreito e
reto. Sinceramente acreditamos que A GAIVOTA será a realização
deste desejo.

A s Autoridades Gerais da Igreja frequentemente apresentam


nos Estados Unidos mensagens em forma de sermões ou artigos
escritos, dando assim oportunidades a todos os membros da Igreja
de os ouvirem ou lerem. Assim pretendemos trazer-lhes na
GAIVOTA estas mensagens inspiradoras.

Como membros da Igreja restaurada de Jesus Cristo acreditamos


fóra de qualquer dúvida que somos filhos de um Deus vivo. Sob
tal crença devemos nos unir estreitamente não dando a distancia
a menor consideração. Nós esperamos que A GAIVÚTA fará os santos
do Brasil sentirem-se mais chegados um ao outro e os constituirá
em uma força de maior expressão.

E ’ de máxima importância a todos os membros e investigadores


a leitura e estudo mensal deste pequeno magazine. O Senhor tem
revelado que nenhum homem pode ser salvo em ignorância. Assim
sendo devemos todos os dias de nossa vida aprender mais e mais
do Senhor e seus caminhos.

E sejamos pois todos diligentes no trabalho do Senhor.

Harold M. Rex.

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0 Resumo de Uma Vida Pura
O nosso querido Presidente e pro­ velha loja cooperativa de departamen­
feta, George Albert Smith, cuja foto­ tos da America, e organizada pela Igre­
grafia embeleza a capa de nossa pri­ ja. Mas foi desobrigado deste serviço
meira edição, é um homem bem qua­ quando, no dia 1 de Setembro de 1891,
lificado para tal posição. É com as Autoridades chamaram-no para uma
grande orgulho que oferecemos um missão de 3 meses para servir nas Es­
resumo da sua vida; uma existência tacas de Juab, Miljard, Beaver e Pa-
abundante e cheia de serviço à Igre­ rowan, no estado de Utah para traba­
ja e também aos seus companheiros e lhar com a mocidade em conjunção da
irmãos do mundo. É nossa intenção A.M.M. (Associação de Melhoramento
publicar a fotografia e curta história M utuo).
da vida de todas as Autoridades Ge­ Quando voltou desta, sua primeira
rais nos seguintes números da G aivo­ missão, casou-se com a sua namorada
ta. Seria interessante si você guar­ de meninice, L ucy Emily W oodruff, no
dasse todos os exemplares desta revis­ templo de Manti, Utah, no dia 25 de
ta para referência futura. Maio, 1892. Uma semana mais tarde,
O Presidente Smith nasceu num m o­ no dia 1 de Junho, partiu para uma
desto lar e de humildes pais, no dia missão de 2 anos à Missão dos Sul-
4 de Abril, 1870. Nasceu ao oeste Estados nos E .E .U .U . Isto mostra
do templo em Lago Salgado, donde grande fé da parte do Presidente Smith.
vem as doutrinas e revelações da Igre­ Mais tarde a sua jovem espcsa jun­
ja, e ele nunca se desviou destas dou­ tou-se com ele quando ele se tornou
trinas. O pai dele era John Henry secretário da Missão. Estes foram
Smith, uma vez Apóstolo e mais tarde abençoados com 2 filhas e 1 filho e
um conselheiro do Presidente Joseph viveram muito alegres com a sua fa -
F. Smith, e também o Presidente da milia. Ela morreu no dia 5 de Novem­
Missão Europêa. O avô do Presiden­ bro, 1937.
te Smith, George A . Smith, era tam­ Depois de sua missão ele tornou-se
bém um apóstolo e um conselheiro de muito ativo, aceitando posições civis e
Brigham Young, de sorte que ele vem posições na Igreja. Foi o Presidente
duma linhagem de antepassados fieis geral da, “ Associação de Melhoramen­
e retos. to Mutuo dos M cços” e tambem traba­
lhou na curadoria geral da organização
Quando o Presidente Smith fala da
da Escola Dominical. Foi escoteiro e
sua mãe, fala com grande deferência,
agora possue a maior honra dos esco­
respeito e' amor. Ela çhama-se Sarah
teiros, “ The Silver Beaver A w ard”
Farr, uma mulher bondosa, prudente,
(A Medalha do Castor Argenteo).
carinhosa e verdadeira mãe pioneira.
Hoje, ele é o presidente ou alto oficial
Ccmo todos os outros jovens, ele foi de várias organizações nacionais. Nas
a escola e obteve uma firme base para suas jornadas e viagens tem visitado
o seu grande serviço futuro, cursando diversos presidentes dos E .E .U .U . e
à Academia de Brigham Young (agora foi amigo pessoal do Presidente Theo-
a Universidade de Brigham Young) e dore Roosevelt.
à Universidade de Utah. Foi abençoa­ Foi ordenado Apóstolo em 8 de Ou­
do ele com um espirito independente tubro de 1903 pelo Presidente Joseph
e quis ganhar o seu próprio sustento; F. Smith quando tinha apenas 33 anos.
assim, com a idade de 19 anos ele dei­ Serviu com o apóstolo para 42 anos e
xou a escola e começou a sua carreira seus deveres o levaram a todas as par­
como negociante para Z.C.M.I., a mais tes do mundo. Durante este tempo,
presidiu à Missão Europêa para 3 anos depois de um dia de jejuarem , ora­
(1919-1922) no difícil período de re­ rem, prestarem os testemunhos e pro­
construção depois da primeira guerra curarem o guia divino, escolheram e
mundial. Quando o Presidente Grant ordenaram George Albert Smith o P ro­
o ordenou Presidente do Conselho dos feta, Vidente, Revelador e oitavo P re­
Doze, no dia 8 de Julho de 1943, fôra sidente da Igreja de Jesus Cristo dos
apóstolo para 40 anos e trouxe muita Santos dos Últimos Dias.
experiência à posição. O Presidente tem sido muito ativo
desde a sua ordenação à esta posição
Durante a guerra ocorreram duas
sagrada. Numa visita ao M exico pre­
catástrofes em sueeSsão, a morte do
gou com tanto poder e espírito que
Presidente Franklin D. Roosevelt e,
1.200 membres da Igreja que se apar­
uma semana mais tarde, a do Pre­
taram durante a guerra, voltaram à
sidente Heber J. Grant no dia 14
comunhão completa. Tambem visitou
de Maio de 1945. Estes choques foram
o Presidente do M exico e lhe apresen­
rudes para todos os santos fieis por­
tou um Livro de Mormon especial­
que eles honravam o Presidente R ocse-
mente encadernado.
velt como presidente dos E .E .U .U . e
amavam e reverenciavam o Presidente Sim, meus irmãos e irmãs, somos
Grant como o profeta e presidente da abençoados com um grande e inspira­
Igreja de Jesus Cristo. Mas apenas dor lider, em verdade um “ homem de
uma semana mais tarde, segunda-feira, Deus” e certamente podemos ser or­
dia 21 de Maio de 1945, no templo de gulhosos dele.
Lago Salgado, as Autoridades Gerais, C. Elmo Turner

“ Ovos de Pithon”
por Marvin O. Ashton

Quando eu era jovem , um educador transformará em um monstro que de­


veiu ao Lago Salgado, e fez um dis­ pois irá devorar o seu carinhoso cor­
curso intitulado “ Ovos de Pithon” . Não deiro. ou a sua cabra, e muitas vezes
é de admirar que eu o lembre tão bem. poderá enlaçar sua própria Irmã ou
Relatou-nos que na Índia as Pithons irm ão. Não, é de admirar que quando
roubam cada ano milhares de vidas hu­ o jovem destroi o ovo da Pithon, ecôa
manas. Costumam pôr seus ovos na na selva ym grito de triu n fo.
selva, que se transformam depois em Isso me faz recordar uma interessan­
pequenos demônios que se arrastam pe­ te história de uma Pithon. Os nativos,
la relva e com o tempo chegam a ser cientes dos poderes desse demônio da
tão grandes como a perna de um ho­ índia, estavam apavorados Mas a sua
m em . Quando adulta, sebe a uma captura, quando devidamente feita, era
arvore, espreita dentro a ramagem e fácil. Este era o plano. Na localida­
estrangula as suas vítim as. Como des- de onde a Pithon havia sido vista pela
truidora de vidas o seu único com pe­ última vez, colocar-se-ia uma cabra
tidor na índia, é o tigre de B engala. amarrada à um poste. Não fo i neces­
O jovem nativo da índia é ensinado des­ sário esperar muito tempo — Ouviram
de cedo a procurar sempre os ovos de o gemido da pobre cabra — Correram
Pithon. Quando encontra o ovo do à cer_a, e lá estava a Pithon amarrada
réptil aplica-lhe o. tacão e dá um cor- ao poste — Sim, com o um Truta que
rupio em sinal de triunfo. Si não o acaba de fisgar o anzol, caira conquis­
destruir, com o tempo aquele ovo se tada.
Os monstros dentro de nós que nos resolvido a fazê-lo beber. Finalmente,
destroem, começam com o esses oves ino­ decididos, dizem -lhe que si não lhes fi­
fensivos. Si não usarmos nele, vitorio­ zer a vontade, o atirarão ao solo e lhe
sos, os nossos tacões, como o rapaz ao deitarão o vinho por entre os dentes.
achar o ovo de Pithon, eles nos des­ Nesse momento o jovem aproveita a
truirão . ocasião e como um guerreiro, enfrenta
os seus inimigos. Tem uma arma se­
O licor é com o a Pithon. O egoís-
creta com a qual eles não contavam.
mo, também, põe seus ovos na selva.
É esta, quandoi terminar, cairão venci­
O ódio começa com o uma pequena e in­
dos.
significante semente. A avareza, não
“ Um momento, diz ele, vejamos si
para, faz-se grande e põe-se à espreita
vocês o deitarão por entre os meus den­
para nos destruir. A desonestidade
tes. Eu quero contar-lhes uma histó­
tem suas garras e também reclama v i­
ria.
das e si não fôr destruida na casca,
“ Há alguns anos atraz, um rapaz ti­
envolve-nos e nos estrangula até a m or­
nha saído com o eu, hoje à noite. O fe-
te. Cada vício começa com o uma se­
receram -lhe uma bebida e ele recusou.
mente posta na terra. Não a deixe
Insistiram e ele enfraquecendo, cedeu,
germ inar.
e tomou naquela noite, apenas a quan­
Ainda me recordo de um conto re­ tidade de um dedal cheio. Na semana
latado por minha mãe: Um jovem foi seguinte, tom ou-a mais prontamente.
levado ao patíbulo pronto para ser en­ Depois disso não precisavam mais ofe­
forcado. Antes que lhe pusessem o la­ recer-lhe. Jovens, ele tornou-se um
ço sobre a cabeça lhe é concedido o últi­ bêb a d o. A paixonou-se depois por uma
mo d esejo. Ele pede por sua mãe e ela linda moça e certamente, deixou de be­
vem . Vai para abraça-lo. A o em vez ber enquanto a cortejava. Sabia que
de beijá-la, ele a morde arrancando-lhe ela e sua família eram contra a bebi­
uma parte da face. Então com toda da. Casaram-se. Um ano depois des­
a angústia de sua alma, grita: “ Mãe, ta união, nasceu-lhe uma creança, mas
porque não m e ensinaste quando eu nesse tempo ele já havia voltado à be­
roubei aqueles lápis na escola? Porque bida e principiava a voltar bêbado para
não me repreendeste? Passei aos li­ casa. Numa dessas noites fo i adverti­
vros e dos livros aos cavalos e agora do por sua boa esposa. Ela tinha atu­
mãe, vou m orrer. Porque não me en­ rado quasi tudo o que podia. Em de­
sinaste?!” Sim, oi tirar aqueles lápis era sespero lhe disse: “ Bill, si voltares no­
o ovo da P ith on . Deixaram que desen­ vamente assim, para casa, eu levarei a
volvesse! creança comigo para a casa de minha
O bêbado começa com um trago, mas mãe!” O demenio dentro dele, soltou-
esse trago é o ovo de Pithon. Uma jo ­ se. Agarrou-a pelo braço e atirou-a
vem da Estaca de Wayne (nos E. E. para fora na tempestade de W yoming
U . U . ), relatou o seguinte fatoi que me (estado nos E .E .U .U .) . Ela, agarran­
impressionou profundamente Trata-se do o filhinho e também um casaco que
de um jovem que fo i à uma festa onde estava junto da porta, saiu. Ele esta­
lhe é oferecido um “ cocktail” . (Não va tão bêbado que quando se encontrou
um cocktail de frutas, mas de licores) . ao travesseiro, dormiu, e morreu pa­
Ele recusa. O bando insiste, mas ele ra o mundo. A compreensão do que
também. É, somente a quantidade de havia feito, na manhã seguinte, quasi
um dedal, mas ele continua a recusar. eletrificou -o. Estava horrorizado! Agar­
Chamam-lhe “ maricas” , “ filhinho da rou-se à porta, quasi arrancando-a de
mamãe” , mas ele mostra-se firm e. Di­ seus caixilhos, saindo como louco atra­
zem -lhe que deve beber com o grupo vés da neve. Estava quasi louco! Há
e cheirar como homem. O bando está uns 180 metros de casa ele deparou um
pequeno mente na neve e com os olhos prontos a passar esse líquido pelos meus
fora das orbitas, desesperado mas cau­ dentes, estou esperando. Eu sou aque­
telosamente, com eçou a cavar na neve. la crea n ça .”
Sim, ali estava a sua amada, a mãe de A Pithon naquela noite roubou a vida
seu filho; estava fria, na morte! O fi­ uma mãe querida, arruinando aquele
lho, protegido pelo calor do corpo de lar. Si ao menos o demonio da bebi­
sua mãe e do sobretudo que ela pegara da tivesse sido destruido na casca! Si o
ao sair, tinha ainda uma centelha de tacão tivesse sido manejado no devido
vida. A creança foi sa lv a .” tempo! — Sim, foi um ovo de Pithon!
Desafiando-os, o nosso heroi enfren­
tou o bando. “ Agora, jovens, si estão Trad. por Alfredo Lima Vaz

“A Concretização de Um Sonho
por A lfredo Lima Vaz

Dividindo, as águas de dois gigantes, elas e que tenham o seu rebanho, e um


o P acífico e o Atlântico, acham-se ages- pastor que dará a vida pelas suas o v e ­
tosa e graciosamente colocadas pelas lhas” ! Sim, o Mestre esteve em tuas
mãos do incomparável Arquiteto, três terras! Foi Ele mesmo quem ajuntou
grandes terras que se assemelham àque­ em ti o Seu novo rebanho deixando
las três amigas inseparáveis que en­ designado o. seu pastor, e preparado o
chem de poesia as nossas noites sere­ seu papel nos Últimos Dias. És, sem
nas, as “ Tres Marias” que diuturna- dúvida, a Terra Prometida! De ti ha­
mente aparecem brilhantes no melan­ veria de sair, o que começa já a ser
cólico azul do nosso firmamento. Essas feito, os raios de luz que iluminariam
três terras assim dispostas no meio da mais uma vez nos últimos tempos, os
imensidão nas águas, são três presen­ caminhos estreitos e então escuros,
tes divinos, são as Américas, a Terra que conduzem à Salvação!
Prometida que o Creador deu aos fi­ Essa era a tua missão, America! E
lhos de Israel, em cumprimento de Sua tu a estás cumprindo. Partindo do
palavra. Norte, os teus mensageiros de luz, já
Américas, do Norte, Central e do Sul! alcançaram as paragens mais longín­
Um mundo novo, um continente de flo ­ quas do Sul, e dos demais continen­
res em cujas pétalas podem -se ainda tes do mundo, e ao passar pelo sul,
sentir o perfum e e os cuidados D ivi­ nessa ânsia incontida de iluminar o.
nos, pois nem siquer foram atingidas mundo inteiro, talvez guiados por uma
por essas ondas desencadeadas com cruz brilhante, de estrelas que todas
tanta fúria, que recentemente engolfa­ as noites aparece no céu de uma das
ram o mundo! Tu és a Terra Prom e­ suas terras, uma terra bonita, toda
tida! És a Jerusalem de onde, uma vez verde como que a simbolizar esperan­
mais, haveria de sair para o mundo a ças no futuro, cujo céu é mais azul,
fulgurosa luz do verdadeiro Evangelho! nas palavras do poeta, os teus m en­
A s tuas terras foram preparadas para sageiros chegaram-se a ela, encon­
isso! O próprio Creador enviou a ti o trando o BRASIL! Um Brasil m eni­
Seu Filho para que isso fizesse. L em - no ainda, mas na idade exata quan­
bra-te, America, que ao deixar as ve­ do os caminhos da vida se tornavam
lhas ovelhas, Ele mesmo, falou: “ Te­ escuros e confusos, quando a luz por­
nho outras ovelhas que não são deste tanto, se tornava sumamente neces­
aprisco, convém que m e vá também a sária .
Há 12 anos que os teus mensagei­ jo dos membros começa a ser reali­
ros aqui chegaram! Há 12 anos que zado. Sim, esse elo sonhado, começa
as palavras que haveriam que sair do a se materializar, graças ao nosso atual
pó da terra, estão sendo aqui prega­ e incansavel chefe da Missão Brasilei­
das! Há 12 anos que o segredo da ra, Presidente Harold M . Rex, que
felicidade e do bem estar na vida, es­ viu logo essa lacuna aberta, tratando
tão sendo aqui desvendados! Primei­ de satisfazer uma das nossas grandes
ramente aos povos alemães no sul do necessidades. “ A Gaivota” é o orgão
Brasil, e recentemente, aos po-vos bra­ que levará aos brasileiros de norte a
sileiros de outras partes deste imenso sul, a mensagem de amor, o sublime
território. evangelho de Jesús Cristo, pela últi­
Mas, nesses anos foi-se abrindo uma ma vez restaurado, o seja, o segredo
lacuna grande entre as ovelhas que da única, verdadeira e duradoura feli­
iam surgindo e que hoje já formam cidade .
um regular rebanho. Essa lacuna Unir os membros, levando-lhes men­
nada mais era do que a falta de um sagens dos nossos líderes, ensinando
contacto entre uns e outros membros, tudo> o que fo r possível, e especial­
o que se tornava humanamente im ­ mente, levar alguma luz aos corações
possível, devido as grandes distâncias brasileiros que ainda se acham nas
que os separavam. Para que todos trevas, é a finalidade principal desta
fossem unidos num só pensamento, revista que agora iniciamos e que
num só sentimento de irmandade, ardentemente desejamos, seja carinho­
para que, apezar das distâncias, os samente acolhida por todos.
membros das diversas cidades e esta­ “ Ide por todo o mundo, pregai o
dos, se sentissem mais aproximados evangelho a toda a creatura, e aquele
entre si, um elo qualquer deveria ser que crer e fôr batisado, será salvo,
engenhado. mas o que não crer será condenado.
Porém, Deus nunca deixou de aju­ A judar nessa tarefa que nos foi con­
dar a resolver os problemas de Seus fiada pelo Salvador do mundo, é o
filhos. Pois eis que agora esse dese­ principal objetivo da “ Gaivota” .

Nosso Completo Dever


por Pres. G eorge A lbert Smith

Existe uma disposição da parte dos outra obrigação, ao cumprirem suas


que possuem o sacerdócio e de alguns obrigações nesses referentes setores
que possuem posições na Igreja, pa­ consideram feitos todos os seus de-
ra descuidar-se das reuniões sacra­ v eres.
mentais e outras importantes obriga­ Ainda que amemos e abençoemos
ções, e dedicar-se à algum chamado todas essas pessoas pelos serviços que
especial. Eles pedem ser oficiais e eles prestam, sentimo-nos na obriga-
mestres na Escola Dominical, e quan­ çãO' de recordar que nos é requerido
d o performam seus dominicais labores viver todas as palavras que procedem
escolares, consideram isso suficiente; da boca do nosso Pai no céu.
ou, quando trabalham para a A ssocia­ Geralmente falando, cargos especiais
ção de Melhoramentos Mutuos, Curso não nos dispensam de nossas demais e
Primário, Genealógico, para o progra­ especiais reuniões usualmente não
ma do Bem-Estar, ou tem qualquer substituem as réuniões gerais da Igre­
ja . E além de nossos cargos, obriga­ em vossas próprias vidas que ocasio­
ções esperam de nós que nos conduza- nam essas dúvidas. O tentador está
mos dia por dia como santos dos últi­ trabalhando na sua mente, causando
mos dias na mais larga expressão da em voz as dúvidas de que talvez Sion
palavra, para que si virmos a aflições não será vitorioso.
e misérias, ou necessidade de adver- Quando estiveres fazendo o seu de­
sões e conselhos em qualquer ocasião, ver completo, sabereis assim com o sa­
possamos agir com o servos verdadei­ bes que vives, que este é o trabalho
ros do Senhor. do Pai, e que Ele o fará triunfante. E
E ainda existem aqueles que acei­ si existem entre nos os indiferentes e
tam o seu nome entre os membros na descuidados é nosso dever chamar
Igreja, mas que parecem sentir-se bondosamente as suas atenções às
isentos de prestar qualquer espécie de escrituras e traze-los face a face com
serviço. Mas mais cedo ou mais tar­ os mandamentos de nosso Pai Ce­
de eles achar-se-ão com cs seus cora­ lestial .
ções enfraquecidos, e os pensamentos “ E ainda vos digo, si observardes e
em dúvidas, assim com o todos de nos fizerdes tudo o que vos ordeno, Eu,
quando falhamos em fazer aquilo que o Senhor, afastarei de vós toda a có­
sabemos ser o nosso dever com pletc. lera e indignação, e as portas do in­
Um homem que esteja vivendo de ferno nãoi prevalecerão contra vós.
acordo com o evangelho de Jesús Cris­ (D . & C . 9 8 :2 2 ).
to nunca duvida dos seus sucessos; Esta é a palavra do Pai do Céu pa­
mas o homem que esquece o seu de­ ra nos. Si viverm os de acordo com
ver, que falha em guardar cs Seus esta lei cresceremos em graça e força
mandamentos perde o espírito do Se­ dia por dia e ganharemos favores de
nhor, e consequentemente começa a nosso Pai Celestial. Si form es cuida­
pensar naquilo que poderá acontecer à dosos e cumprirmos com o nosso com ­
Sion. pleto dever, a fé crescerá nos cora­
Quando sentires, meus irmãos de ções dos nossos filhos. Eles nos ama­
trabalho, que existe algo errado com a rão pela retidão e integidade de nossas
Igreja, recolhais aos teus aposentos e vidas, e regosijar-se-ão por sermos
ajoelhei-vos diante do Senhor, exam i­ seus pais.
nai os vossos corações e todas as v e­
zes descobrireis que há alguma coisa Trad. por A lfredo Lima Vaz

A Espera do Fim
por Marguerite J. Griffin

A velhinha era tão pequena e ma­ muito tempo, sabe? Está muito v e­
gra, que mal se pedia notar as suas lhinho, tem quasi 95 anos! Não está
form as por entre as cobertas da ca­ doente, mas o seu corpo está desapa­
ma. Eu estava preocupada com o que recendo acs poucos, ronando-se cada
deveria dizer a ela, ao vê-la pela pri­ dia mais fraco. Nada se pode fazer,
meira vez, e em tão tristes condições a não ser esperar assim; e ela que
A sua neta, a quem fora visitar, não sempre amou as pessoas! Sei que ao
deixar-m e-ia sair sem que primeira ver você, ficará feliz o dia inteiro.”
fosse vê-la. Esta sugestão não me pareceu mui­
“ Venha vê-la, pediu-m e a moça, to boa. Eu não tinha coragem para
porque ela não estará conosco por entrar no quarto. Sempre imaginei
que a velhice seria uma época trágica seus pensamentos estivessem viajando
da nossa vida, e agora, ter que enca­ longe e apressadamente, e então
rar um ser humano que só estava recuperou as forças para voltar à con­
esperando o seu maquinismo parar de versa. Rapidamente começou a falar
funcionar, que só esperava a hora em em outro assunto. “ Jenny,” disse ela
que a morte iria entrar pela sua por­ à sua neta, “ mostre à senhora o meu
ta, fazia-m e desencorajada. Mas eu vestido” !
não podia fazer nada. Não podia Um vestido novo na sua idade, e
recusar, sabendo que faria alguém fe ­ especialmente nas suas condições! Era
liz nos seus últimcs momentos. Mas fantástico! Será que ainda restavam
como? Que deveria eu dizer a ela? vaidades, depois de tantos anos, nesta
Preocupei-me desnecessariamente. enrugada creaturinha?
Isso compreendi, no momento em que Jenny trouxe-o como si nada fera
ví naquelas faces completamente en­ do natural houvesse no pedido. Era
rugadas pelos anos, dois brilhantes um crepe de seda branca, delicada­
olhos castanhos, que viareiros, pro­ mente bordado. Eu sei que a surpre-
curaram-me. Aqueles olhos disseram- za estampou-se em minha face, pois a
me imediatamente que no interior da­ velhinha disse: “ Não se assuste, são
quele corpo fragil, estava um espírito minhas vestes fúnebres, sabe? Eu as
bem vivo e alerto. As suas mãos sô- usarei bem breve.”
bre a colcha, eram tio brancas quan­ As palavras foram tão graciosas que
to esta, e tão transparentes que as nada pude dizer, apenas meu coração
veias azues eram completamente visí­ bateu mais apressadamente. Era a
veis. Seus cabelos eram com o o mais coisa mais estranha que eu houvera
macio e ondulado fio de seda, bem visto até então. Um lindo enxoval co­
escassos, mas graciosamente dispostos mo os enxovais das noivas, e a velhi­
ao redor de seu rosto. Quando entrei nha positivamente estava antecipando
os seus olhos brilhantes procuraram - o seu u so. . .
me àncicsamente. Um sorriso trans­
“ M ostre-lhe o resto, Jenny,” disse
portou aquelas rugas para novos lu­
ela. “ M ostre-lhe a combinação e as
gares, fazendo com que seu semblan­
meias.” Virando-se para mim disse:
te se enchesse de um encantador bri­
“ Você parece surpreza. Talvez você
lhantismo.
não tenha pensado que a ressurreição
“ Sente-se minha querida, disse ela. seja úm fato, mas esteja certo que sim.
A sua voz era macia e trêmula. Sin­ Não há realmente morte, c que há é
to-me tão feliz em vê-la, continuou; uma separação, uma mudança. O es­
você parece tão cheia de vida! A pos­ pírito deixa o corpo até a manhã da
to que tem filhos para cuidar.” ressurreição.”
“ Sim ” , respondi, “ Tenho três filhos. Foi então que compreendi a razão
Mas algumas vezes não me sinto tão daquela calma e daquela filosofia.
cheia de vida” . Compreendi porque é que sua neta
“ São danados, esses pequerruchos,” mantinha-se tão carinhosa, tãc- pacien­
disse-me ela. “ Mas é o tempo mais te em suas atenções para com a ve­
feliz da sua vida. Eu não sei, acho lhinha .
que tudo na vida é bom. E olha, te­ “ É uma maravilhosa crença,” disse
nho visto muito dela. Não existe eu.
nada semelhante a netos, bisnetos e “ Não uma crença, minha querida,”
mesmo tataranetos. Oh! estou muito disse ela, “ mas uma verd a d e.”
velha, tenho vistoi muitas e muitas As suas palavras eram calmas e sua­
mudanças. . . ” ve. Não se via nela uma centelha de
A sua voz silenciou-se como si os fanatismo, mas apenas r. seguridade de
suas convições. E além disso, eu não ver isso pela maneira como ela cari­
queria argumentar com ela. Invejava nhosamente vira as suas páginas. Não
a sua paz de pensamento, as suas con­ há dúvida de que ela gastou grande
vições tão seguras. parte da sua vida lendo aquelp Livro,
“ É uma maravilhosa história, a his­ pela maneira com que tão facilmente
tória de um homem,” ela continuou. acha as suas passagens.
“ É a história de mudança e progressão, “ Ouça as palavras do Senhor a
e nós devemos estar sempre prontos Job” , disse-me ela. — “ Onde estava
para todas as coisas novas. Nós vive­ tu, quando eu fundei a mundo? D e­
mos antes de vir para cá, sabe? A n ­ clare si m e entendeste” . A doce ve­
tes mesmo deste mundo ter sido cons­ lhinha olhou-m e por sôbre os óculos
truído. Nossos espíritos foram filhos como si esperasse de mim .uma res­
e filhas de Deus, nosso. Pai Eterno, e posta. Continuando, leu: “ Quando as
nós antes vivíamos com Ele.” estrelas da manhã cantaram juntas, e
todos os filhos do Senhor foram cha­
Havia um brilho macio nas suas fa ­
mados para alegrarem” . — “ Nós esta-
ces. Os seus olhos iluminavam-se
vamos lá” , ajuntou ela, “ e estavamõs
quasi com o si a 'v isã o estivesse diante
contente por causa da terra que Deus
dela, ou com o si por estar da morte,
estava construindo para nós.” Fechou
retornando ao lugar de onde veio, ela
então o Livro e pôs de lado os óculos.
pudesse pegar a luz do entendimento,
"P ois é, minha querida, mas o tempo é
e pudesse lembrar daquilo que para
pouco. Nós nascemos, vivem os e cres­
tantos é m istério.
cemos e justamente quando alcança­
Então ela olhou para mim rapida­ mos a m elhor parte de nossa vida,
mente, com o si sentisse os meus pen­
quando os nossos poderes mentais
samentos. “ Está tudo na Bíblia, sabe?
alcançam um nível mais alto, nossos
Não é nada que eu mesma tenha in­ corpos mirràm-se, enfraquecem -se, e
ventado. Está lá, mas o mundo, ten­ nós morremos.” E ’ como Paulo -disse:
ta explicá-lo de outra maneira. Os
. .. E aqui começou a cotar as escri­
homens pensam que são tão grandes,
turas de memória:
e em serem filhos de Deus, eles tem
“ Pois si não há ressurreição de m or­
realmente uma grande herança. Mas
tos, nem Cristo ressu scitou . . . E si
podem eles compreender os negócios
Cristo não ressuscitou, então é vã a
de nosso Pai celestial, mais do que
vossa fé . . . Si nesta vida tão som en­
uma creança pode entender os traba­
te esperamos em Cristo, somos nós os
lhos de seu pai, na terra? Uma crean­
mais infelizes de todos os homens.
ça não pode compreender com o é que
Mas agora ressuscitou Cristo d’entre os
sua mãe faz as suas bolachas, mas ela
mortos, sendo Ele as prmicias dos que
aceita-as pelo menos, e mastiga-as com
d orm em . . . então se cumprirá a pala­
facilidade. Portanto, comeremos nós
vra que está escritas “ Tragada foi a
do Pão da vida? Portanto, aceitare­
m orte na vitória. Oh! m orte, ande
mos nós esse Pão, sem nos preocupar­
está o teu aguilhão? Oh! sepulcro,
mos com a maneira pela qual fo i
onde está a tua vitória?”
feito?
Ouvindo estas coisas fiquei sem sa­
“ Deus falou. Isso devia ser bastan­ ber o que falar. Eu, que tinha vindo
te. Jenny, traga a minha Bíblia e os para dar alegria aos últimos momen­
meus oculos.” tos da velhinha, descobri que ela é
O que? pensei eu. Poderá esta quem tinha muito para dar.
exausta creaturinha usar ainda os Ela compreendeu o meu silêncio, e
seus brilhantes clhos para ler? É disse: “ Mas, sinto muito. Eu cancei
admiravel! E que benção maravilhosa você com as minhas pregações, você
para ela que tanto o Livro! pode-se deve perdoar-m e.”

— 10 —
“ Oh! não, por favor,” respondi eu. pureza de sua cor e na simplicidade
Eu sou quem deve agradecer à senho­ de seu corte. Cada cacho de seus pra­
ra, muito, muito!” teados cabelos estava carinhosamente
Desde então, eu sabia que jamais arrumado. Suas mãos sem adorno
me esqueceria daquela creatura m a­ algum, com exceção de seu doirado
ravilhosa. Que glória poder chegar- anel nupcial, estavam quietas e des­
se à velhice tão cheia de fé e de gra­ cançavam para sempre. A morte ali-
ça, e mesmo assim fraca ser uma veia zara a sua face, com o si a fizesse ben-
fortalecedora àqueles que atravessam vinda. Nenhuma noiva jamais pare­
o seu caminho! ceu-m e tão linda! Era como si esti­
A próxima vez que a vi, e não foi vesse dormindo graciosamente, e espe­
muito tempo depois, ela repousava pa­ rando somente a voz do Mestre que
ra sempre, vestida delicadamente na­ haverá de acordá-la.
quele enxoval cuja beleza estava na Trad. por A lfredo Lima Vaz

D 1 T i M E S
' “ O exame de consciência esclarece-te “ Muitos de nós perdemos confiança
cada noite, a respeito dos teus defeitos? em oração porque não reconhecemos
o julgamento dos outros e particular­ as respostas. Pedimos força e Deus
mente o de teus inimigos, informa-te nos dá dificuldades, o que nos faz
informa-te ainda melhor.” fo rte s. Oramos por sabedoria e
Deus nos envia problemas, cujas solu­
.. .D escon hecido... ções desenvolvem a sabedoria. Pedi­
mos prosperidade e Deus dá-nos inte­
* * * ligência e braços para trabalhar. A pe­
lamos por coragem e Deus dá-nos pe­
“ São os tolos que dizem que a moci­ rigos para serem enfrentados. Pedi­
dade é o tempo de nos divertirmos. A m os favores e Deus dá-nos oportuni­
juventude é o período em que é preciso dades” .
adquirir bons hábitos que serão uteis (D o “ Improvement Era” )
durante todo o resto da vida.”

— J. B. Say

* * * ANEDOTA

“ Dinheiro pode comprar a casca de CUSPA-O !


muitas coisas, mas não o caroço. Êle
vos traz alimento mas não apetite, re­ Professor: “ Que significa a fórm u­
médios mas não saúde, amizades mas la H2S04?”
não amigos, criados mas não fidelidade, Aluno: “ A a — ei — u — eu tenho
dias de alegria, mas não paz ou felici­ na ponta da língua.”
dade.” Professor: “ Cuspa-o pronto, desven-
— Henrik Ibsen turado, porque é ácido sulfúrico.”

— 11 —
ESCOLA DOMINICAL
E ’ aqui, meus imãos da Escola Do­ O VERSO SAC RA M E N TAL POR
JAN EIRO E F E V E R E IR O !
minical, que se encontrará o Verso Sa­
cramental e outras informações perten­ “ Deus, nosso Pai, ouça-nos orar
E sôbre êste dia, derrame teu amor
centes à Escola. Esta é sua coluna —
A o tornarmos do Emblema abençoado
aguardem-na bem! Exulte-nos na paz do Salvador” .

COMO JESUS ENSINOU


por Marion G. M erkley

Ainda m ais. . . os m estres desta Igre­ tar, \>erícia em motivar o interêsse, pe­
ja ensinarão os princípios do meu Evan­ rícia em valorizar o progresso.
g e lh o ... E observarão os convênios e Interessemo-nos mais pelas A T IT U ­
cumprirão os artigos da Igreja, e isto D E S. O mestre preparado crê em si
será os seus etisinamentos, quando di­ mesmo, na habilidade dos mestres efei-
rigidos pelo E sp írito ... e si não rece- tuarem mudanças na vida do povo, mu­
berdes o Espírito, vós não ensinar eis. danças na natureza humana, como tam­
(Doutrinas e Convênios 42:12-14.) bém mudanças no ambiente.
O mestre preparado realiza que é sua
Introdução responsabilidade fornecer o conhecimen­
to. cultivar as habilidades e construir as
Atravez do ensino damos os braços
atitudes. Tornemos à vida de Jesus para
aos líderes do mundo na tarefa criadora
as demais chaves necessárias em tor-
de melhoramento não só dos materiais,
nar-se um mestre preparado.
dos processos, e das coisas, mas o me­
lhoramento das pessoas: alunos — nos- Preparação
os irmãos e irmãs. Neste trabalho o A Bíblia contém 200 referências a
mestre preparado é sustentado pelo po­ Jesus como mestre; e o verbo “ ensinar”
der da fé e os sinais seguem o minis­ é usado tão frequentemente como todos
tério de tal mestre. os outros. Jesus foi um mestre proemi­
Em um dos textos dos ditos de Jesus nentemente. Ensinava nas colinas, nas
encontra-se a chave do melhor no ensi­ sinagogas, e passou muitas horas ensi­
no evangélico: Pede e dar-se-vos-á; bus- nando aos discípulos fiéis.
cae e achar eis; batei e abrir-se-vos-á. Jesus levou tempo preparando-se para
(M at. 7 :7 .) P -B -B : Pedir — buscar — ensinar. Passaram-se trinta anos e Êle
bater. Três objetivos do bom ensino con­ ia crescendo em sabedoria (intelectual­
cernem-se com as 3 seguintes palavras: mente), estatura (fisicam ente), em fa ­
atitudes, perícia, conhecimento. vor de Deus (espiritualmente) e do ho­
Precisamos SABER as respostas. Je- mem (socialmente) .
su perguntou: Como é que não enten­ A sua preparação inicial fo i num lar
des? Com que autoridade fazes estas ideal, rodeado pelos irmãos e irmãs, e
com as? E tu, Pedro, quem dizes que ensinado por uma mãe que obedecia ao
sou Eu? mandamento das Escrituras: Estas pa­
Precisamos de perícia para fazer o lavras com que eu hoje te admoesto, es­
trabalho de ensinar: Perícia em pergun­ tarão sôbre o teu coração; tu as inclui-
— 12 —
rás em teus filhos, e delas falarás, sen­ ligiosas; pelas grandes experiências es­
tado em tua casa, e andando pelo ca­ pirituais e visitas pessoais ao Templo;
minho e ao deitar-te e ao levantar-te. e por meio da meditação quando no de­
(Deuteronômio 6:6-7.) serto. (Livros, pessoas, meditação — es­
Na idade de seis anos, provavelmente tes recursos são aproveitáveis a todos
êle freqüentava a “ Casa do Livro” , onde os mestres.)
estudava o Velho Testamento; aprendeu Jesus ensinou com convicção: tinha
os hinos que foram ensinados aos alun- uma mensagem vital. Nada podia pará-
nos na escola Judaica. Mais tarde, pro­ Lo — a influência da família, o ridícu­
vavelmente entrou no colégio dos escri- lo, a oposição dos líderes sectários, in­
bas aonde era o mais zeloso aluno de li­ terferência do governo, estratigemas
teratura religiosa. contra a sua vida. Nada havia que O
Na idade de doze anos ouvimos da podia desviar de seu objetivo.
sua visita ao Templo, aonde as suas O reino de Deus era o tema! Cada
perguntas penetrantes, e sua profunda exemplo, cada história, cada ilustração,
curiosidade intelectual espantou os sá­ e cada pergunta relacionava-se ao tema.
bios rabinos.
Princípios do Ensino
Os pais judeus eram obrigados pela
lei a ensinar um ofício aos filhos. Jesus Jesus usou princípios de ensino que
tornou-se carpinteiro; mas enquanto tra­ eram psicologicamente corretos e peda-
balhava nesta ocupação, ia enchendo a gogicamente aprovados.
sua memória com cenas do campo: na­ 1. Percepção: Mudou o conhecido para
vios, pessoas, condições sociais, observa­ o desconhecido. Com os Judeus, êle era
ções sôbre os homens e a natureza — Judeu trabalhando com os Judeus; e
circunstânçias que mais tarde deram pro­ baseou os ensinamentos nas familiares
fundidades aos sentidos religiosos. leis e profecias judaicas: Ouvistes que
Jesus aprendeu muito das escrituras. tem sido d ito. . . Êle deu aos velhos
Facilmente combinava Deuteronômio 6:5 mandamentos novos significados, cen­
com Levítico 19:18, para responder à trando atenção nas profundas interpre­
pergunta: “ Qual é o maior mandamen­ tações espirituais muito mais que na ob-
to? servança superficial das letras da lei.
Isto é suficiente da preparação de 2. Diferenças individuais: adatou a
Jesus. instrução às capacidades e às necessi­
dades da oeasião. Falando do divórcio
Objetivos
uma vez disse: “ Todos Os homens não
Jesus não deixa nenhuma dúvida que podem receber estas palavras. Numa ou­
o tema de seus ensinos é O Reino de tra ocasião observou concienciosamente:
Deus. Nem usa êle apenas uma apro­ Tenho muitas coisas a dizer-vos mas
ximação; mas três: não podeis suportá-las agora.
O Reino de Deus está no meio de vós. Lucas 19:1-8 dá-nos a história dum
O reino de Deus será estabelecido na pequeno homem chamado Zaqueus, um
terra quando, fo r feita a vossa von­ coletor de taxas. Jesus convidou-se a fi­
tade, assim na terra, como no céu. car com Zaqueus por chamá-lo onde
O reino de Deus é para receber os achara um conveniente ponto de obser-
dignos, e foi preparado antes de serem vancia numa árvore. H oje, permaneço,
lançadas as fundações do mundo. contigo. Seria interessante saber exata­
Quando falhava uma aproximação êle mente como apresentou Jesus o seu
tentava outra. tema, fazendo Zaqueus a declarar: Ora,
Os seus objetivos tornaram-se mais metade de meus bens vou dar aos po­
claros quando começou seu trabalho: bres e si em alguma coisa defraudei a
através dos estudos das escrituras re­ alguém, lh’ o restituir ei quadruplicado.

— 13 —
3. Psicologicamente lógico: Jesus usa 4. Êle usa a aproximação variada.
símbolos lingüísticos que são compreen­ Com a mesma facilidade Jesus usa
síveis: Uma galinha e pintos — não Provérbios: O homem que pôs sua
ajunteis para vós tesouros na terra — mão no arado” e “ vinho novo em odres
ovelhas perdidas, moeda perdida— semen­ velhos.
tes e o semeador — grão de mostarda Paradoxos: Bem-aventurados os man­
— fermento — rêdes — casa sôbre a sos, porque êles herdarão a terra.
areia e sôbre a rocha — lírios — vir­ Exagerism o: Pois, mais fácial é pas­
gens, sábias e tolas — credores — sal sar um camelo pelo fundo de uma agu­
— festas de casamento — tesouros en­ lha, do que entrar um rico no reino de
terrados . Deus. (Lucas 18:25.)
Jesus desafia-os a verdes com vossos 5. Êle usa o humor.
olhos; ouvirdes cora vossos ouvidos; e Sem dúvida os seus ouvidores riram
estenderdes com vossos corações e ser- quando fez delicadamente as seguintes
des convertidos. (M at 13:13-15). Sen­ referências irônicas às pessoas que to­
tidos, intelecto, e inspiração — tudo em dos conheciam tão bem : Aqueles ju s­
harmonia. tos que não necessitam de arrependia
mento. (Lucas 1 5 :7 ); e os que com con­
Métodos de ensinar
fiança escolhem os primeiros lugares a
Jesus mostra-nos como usar os melho­ uma festa, e depois são pedidos a ocupar
res métodos e técnicas de ensino. um lugar inferior. (Lucas 14:7-14.)
1. Êle ataca os problemas reais. 6. Êle não se desanima pela falta de
Quando os seus discípulos se queixa­ apreciação.
vam entre si, próprios a respeito de Salientes em Jesus são as qualidades
quem seria o maior no Reino, ensinou de brandura, varonilidade, doçura, ter­
que “ Aquele que se humilha a si mesmo nura, perdão. Mas ficou firm e em ju s­
como uma criança será o candidato tiça e para os princípios.
aprovado para possuir a cidadania do Quando os mensageiros informaram-
Reino. lhe que Herodes procurava tirar-lhe a
“ Quem é meu próxim o? Desta pergun­ vida, e O mataria se não partisse de
ta surgiu a inesquecível história do bom Peréa, Êle anunciou acridamente: Ide di­
Samaritano. zer a esse Raposo que hoje e amanhã ex­
E nós todos relembramo-nos da lição pulso os demônios e faço curas, e no
dada pela pergunta: Quantas vezes per­ terceiro dia serei consumado. (Lucas
doarei eu? 13:32.)
2. Era habil em responder de ime­
Avaliação
diato .
Relembramo-nos de dois incidentes: E ’ coisa emocionante contemplar o po­
Primeiro, a conversa d’Êle com a mulher der do Mestre — poder para transfor­
Samaritana à quem pediu um pouco de mar a vida do povo.
água. (João 4 :6 -3 0 ). E segundo, a sua O mestre preparado é : absorvido na
respôsta ao desafio, E ’ lícito pagar tri­ sua tarefa; atento ao povo, e a obra
buto a César? de edificar atitude salutar (ela é mais
3. Êle usa argumentos desafiantes. facilmente apanhada do que ensinada) ;
Mesma a mais fraca imaginação fi­ avaliador cuidadoso do motivo, do inten­
caria impressionada com a história do to e dos objetivos alcançados.
publicano e o pecador, quando entraram Possivelmente dia virá quando as esco­
no templo para o ra r. las seculares de treinamento dos mestres
Jesus desperta a atenção; estimula o não esquecerão de dar sua atenção a
pensamento; impressiona a memória; Jesus como o Mestre dos mestres, justa­
eleva ao mais alto da espiritualidade. mente como nas classes do treinamento

— 14 —
dos mestres da Escola Dominical, Êle suais, instrumentos de aprendizagem, e
é nosso exemplo e modêlo. técnicas de ensino.
Conclusão Bater, vigorosamente: ao êrro, à in­
diferença, ao mal e edificar agressiva­
Precisa você de ajuda para se tornar
mente para a vida bôa.
A Força da Escola Dominical — O Mes­
Que o Senhor abênçoe os trabalhos de
tre Preparado?
vós, os mestres; pois, vós sois, “ a força
Pedir, em humildade: “ o que devo eu da Escola Dominical.”
fazer agora?” •

Buscar, ardentemente: auxílios vi­ Trad. por C. Elmo Turner.

PRIMÁRIA
QUANTO CUSTOU UMA BOLA
por Daisy W right Field

Ralph Wheeler era apenas um men- qualquer maneira não há nada que im­
sageirinho, empregado no escritório dum porta.”
advogado rico. Um mal dia, ao espanar Todavia^ êle saiu do escritório com
a escrivaninha do seu mestre, descobriu um ar de condenado, diferente do que a
uma moeda de 2 cruzeiros meia-escondi- livre e leve maneira usual, e entrou na
da sob o canto dum grande livro de di­ loja de brinquedos na esquina, onde ha­
reito, encadernado de couro. Hesitou um via certas bolas de borracha muito bem
minuto, pegou a moeda, tornou-a por no feitas por apenas Cr$ 2,00. Presente­
lugar, e continuou a espanar. Mas a mente êle saiu da loja com uma nas mãos
tentação era muito fo r te . Quando se revolvendo-a e a admirando enquanto
aprontou para sair do escritório, êle dei­ andava na rua apertada de gente.
xou cair a moeda no bolso, tentando si­ “ Essa é uma linda bola que você tem
lenciar a voz de consciência com o pen­ aí.”
samento que não se podia saber a quem Ralph saltou como se tivesse sido ba­
pertencia, porque o mestre recebia tan­ tido. Era a voz bondosa e simpatêtica
tos freguêses na escrivaninha durante de seu patrão, mas pela primeira vez na
o dia. história da sua amizade, Ralph não pôde
“ Ninguém sentirá falta duma moeda encontrar os olhos bondosos e morenos.
tão pequenina” , pensou êle, “ que real­ ■“ S-Sim, senhor” , êle gaguejou, e se
mente não vale a pena devolve-la. De apressou para ir embora quando seu

— 15 —
mestre acrescentou a pergunta, ‘'Quan­ “ Muito mais do que você jamais pode­
to pagou pela bola?” ria pagar, e por isso eu resolvi o assun­
“ Doi-Dois cruzeiros, senhor” , hesitou to. Mas daqui em diante, mestre Ralph,
o envergonhado menino e logo correu da deixe que seus esportes sejam um pou­
presença de seu espantado amigo. co menos caro.”
Havia um lugar vazio em baixo do “ Ora, não, não posso permitir que o
escritório do mestre, onde os meninos senhor pague, não posso, não posso” , ex­
jogavam diversos esportes, e aí Ralph clamou Ralph, dominado por remorso e
passou a próxima meia hora, e não mui­ vergonha.
to feliz, pois Ralph nunca tinha feito
qualquer coisa antes que pesasse tanto “ O senhor tem que me deixar pagar,
sôbre sua mente. Primeiro, achou que o senhor tem que — ou e u . . . ” .
a bola tinha custado muito barato, por­ Então, de repente o miserável segre­
que na verdade era muito boa, mas iria do tornou-se muito grande para o seu
ser o brinquedo mais caro que jamais guarda, e saiu à luz do dia. Era mara­
conhecera. Pois que tinha vendido o seu vilhoso, a que proporções medonhas pa­
estrito senso de honestidade pela bola e recia ter crescido em constrangimento
isto não era pouca coisa. — a história daquele pequeno roubo que
êle primeiramente pensara não ser nada
Repentinamente, a bola subiu muito
de importante.
e mudando de direção, inesperadamente,
entrou e espatifou uma janela do escri­ O seu ouvidor parecia triste em vez
tório próximo ao do seu mestre. Po­ de espantado. Ralph pensou ser despedi­
bre Ralph saiu dali com o coração pe­ do, peremptóriamente. Mas este homem
sado, pois bem sabia a natureza do ran­ usou métodos estranhos para efetuar a
coroso homem que ocupava o aparta­ sua vontade.
mento, e que teria de pagar pelos estra­
gos o qual tomaria o seu magro salário Tirou uma chave das muitas que êle
duma semana, pelo menos. tinha no bolso do seu colete e abriu uma
gaveta na qual havia uma quantidade
Quando entrou no escritório do seu de moedas soltas.
mestre na manhã seguinte, esse virou
com leve sinal de amolação, e entregou “ Eu vou fazê-lo o guarda desta gave­
a bola perdida. ta” , disse a Ralph, pondo a chave em um
outro chaveiro, o qual deu ao menino.
“ O velho Sr. Seeley informou-me que "N ela se guarda o dinheiro para as des­
você quebrou a sua janela ontem de tar­ pesas pequenas do escritório. A s vezes,
de” , êle anunciou. em minha ausência entregam-se livros e
papelaria que tem que se pagar no mo­
“ Eu-Eu quebrei, sim senhor” , admitiu
mento e você encontrará aí o dinheiro
Ralph.
para tôdas as contas.
“ Com certeza insistiu no pagamento
completo das despesas. Parece que a Ralph não podia achar palavras para
bola golpeou um tinteiro e ruinou um exprimir sua gratidão. Mas quando si­
tapete valioso.” lenciosamente deitou sua magrinha mão
ao alcance do seu mestre, aquele sabia
“ Quanto é que custará, senhor?” per­ que êle seria digno de confiança.
guntou Ralph tremendo e agora muito
pálido. Trad. por C. Elmo Tum er

— 16 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
SAUDAÇÕES A TODOS, DA
SOCIEDADE DE SOCORRO!
por Diania Rex

Quando a primeira cópia da Gaivota


vai ser impressa, sentimos que nós tam­
bém devemos ter um artigo para enviar Êle deu ainda as seguintes instruções:
o nosso amor e amizade a todos os mem­ Esta sociedade caridosa está de acor­
bros de nossa maravilhosa e bela reli­ do com a natureza das mulheres, pois é
gião. As mulheres de nossa Igreja sem­ natural para elas terem sentimentos de
pre representaram uma parte muito im­ caridade. Vocês estão agora colocadas
portante em tôdas as atividades, e tem numa situação onde podem agir de acor­
havido muitas vezes quando sem a aju­ do com as simpatias que Deus plantou
da, o amor, caridade e fé de nossas mu­ em seus corações. Si viverem para esses
lheres o trabalho da nossa Igreja teria princípios, quão grande e glorioso será!
fracassado. Si viverem, para esses privilégios os an­
Damos graças a Deus por ter sido per­ jos não poderão ser impedidos de se­
mitido a nossa vinda a esta terra para rem seus associados. E sta sociedade não
criarmos famílias, fazermos lares, para é só para socorrer os pobres mas para
os nossos esposos no sacerdócio, e seus salvar almas. Deixem seus trabalhos se­
filhos. Damos graças a Deus pelo rem limitados àqueles que se acham ao
evangelho e oramos todos os dias para seu redor em seu próprio círculo. Vo­
que tenhamos força e coragem, e, mais cês deviam estar sempre armadas de
importante de tudo. fé, para levarmos misericórdia. Si quizerem que Deus te­
avante as nossas obrigações e vivermos nha misericórdia por vocês, tenham mi­
mais chegados ao nosso Pai nos céus. sericórdia pelos outros. Sejam puras
A primeira Presidente da Sociedade de coração. Por união de sentimentos
de Socorro disse o seguinte a respeito obteremos poder de Deus.
dos objetivos desta organização: Eu oro para que possamos viver em
Procurai e socorrei os desgraçados... paz, amor e amizade, que possamos vi­
que os membros deviam ter a ambição ver em caridade um com os outros, que
de fazer o b e m ... que os membros de­ possamos tentar compreender os pro­
viam repartir francamente uns com os blemas de todos e prestar mutuamente
outros, vigiar a moral e serem muito qualquer assistência possível quando ne­
cuidadosos com o seu caráter e a sua cessária. Eu rogo com todos para vi­
reputação. vemos em felicidade. Não procure fa l­
O profeta José Smith disse o se­ tas em seus semelhantes e, especialmen­
guinte concernente à nossa grande or­ te, nos membros da sua e nossa Igreja.
ganização : Somos poucos aqui no Brasil, e precisa­
As mulheres que trabalham na So­ mos uns dos outros. Necessitamos co­
ciedade de Socorro devem ser devotadas operação. Sem amizade, amor e bonda­
à Igreja — devem viver os ensinamen­ de não podemos p rogredir'e fazer cres­
tos e honrar o santo sacerdócio da mes­ cer a nossa Igreja . Como irmãos e ir­
ma. Nós devemos estar preparados para mãs, trabalhemos e vivamos em paz e
ambas as coisas: Aprender o Evange­ amor.
lho e vivê-lo. Trad. por Alfredo Lima Vaz.

— 17 —
SACERDÓCIO
2 de Maio de 1946 à autoridade que está presidindo, os que
o oficiam podem passa-lo consecutivamen.
Aos Presidentes das Estacas e te aos membros da Igreja que estiverem
Bispos dos Ramos sentados no púlpito e na audiência.
Queridos Irmãos, Foi também determinação do conselho
recomendar à Superintendência e ao Co­
Informações recebidas no escritório da
mitê Geral da União das Escolas Do­
Primeira Presidência revelaram o fato
minicais do Deseret que as escolas do­
de que existem divergências de opiniões
minicais do lugar sejam informadas de
e diferentes práticas entre os oficiais dos que o significado da repartição do sacra­
ramos com respeito à espécie de música
mento será realçado si não houver músi­
e qual delas deveria ser usada durante a
ca naquele período. Indubitavelmente,
administração do sacramento.
existirão os que reclamarão dizendo que
Esta questão foi recentemente apre­
a música suave é apropriada e contribue
sentada à Primeira Presidência e aos
para melhor ordem; mas uma cuidado­
Doze, que aprovaram unanimemente a
sa consideração da instituição e do pro­
recomendação de que a condição ideal é
pósito do sacramento trará à conclusão
ter absoluto silêncio durante a passa­
que nada que distraia o pensamento do
gem do sacramento, e que são desacon-
comungante, dos convênios que êle ou
selhaveis os solos vocais, duetos, grupos
ela estejam fazendo não estará de acor­
de vozes, ou música instrumental du­
do com a condição ideal que deveria exis­
rante a administração dessa sagrada or­
tir sempre que esta ordenança sagrada
denança. Não há objeção em haver
e comemorativa seja administrada aos
música apropriada durante a prepara­
membros da Igreja.
ção dos emblemas sacramentais mas de­
Reverência a Deus e às coisas sagra­
pois que a oração seja oferecida, perfei­
das é fundamental na religião pura.
to silêncio deverá prevalecer até que o
Deixemos que cada rapaz ou moça, cada
pão e a água tenham sido repartidos
homem ou mulher na Igreja, manifeste
entre todos os congregados.
esse princípio por manter perfeita or­
E ’ sugerido, além disso, e de acordo
dem na sua comunhão sempre e em qual­
unanime, que o sacramento seja dado
quer lugar onde seja administrado o
primeiro à autoridade presente à reu­
sacramento.
nião. Este poderá ser o bispo, talvez
Sinceramente seus,
um da presidência da paróquia, ou um
George A lbert Smith
dos visitantes das Autoridades Gerais.
J. Reuben Clarli, F .°
E ’ o dever do sacerdote oficiante, de­
David O. M cKay
terminar quem é no momento a autori­
(Prim eira Presidência)
dade que preside, assim sendo, mesmo
que não haja administração do sacra­ Sejamos fiéis a estas recomendações
mento, os membros oficiantes do Sacer­ para que se melhorem cada vez todos os
dócio Aarónico terão uma lição de di- ramos da Missão e que todos os ramos
ciplina na Igreja. sejam uniformes na administração des­
Quando o sacramento é dado primeiro ta ordenança sagrada.

— 18 —
A Conciência Acusadora
por Richard L. Evans

Muitas vezes vemos homens de tes influências que retardam os ho­


muita promessa que avançam muito mens em alcançar completa eficiência
na vida e então aparentemente falham são as que involvem a conciência.
em cumprir a sua promessa. Muitas Os homens muitas vezes tem apren­
vezes vemos homens, os quais, por to­ dido a viver mais ou menos conten­
das gs indicações exteriores, parecem tes com doenças físicas ou em condi­
ter muitas das qualidades que produ­ ções desvantajosas; muitos tem apren­
zem felicidade, incentivo e propósito, dido a ser filósofos mesmo com a in­
mas, todavia, caem em desalento, in­ fidelidade dos amigos, muitos tem se
quietação e até em profundo» deses- reconciliado com o pesar que a perda
pêro. Alguma coisa acontece, a causa dos amados traz. Mas ninguém pode
a qual não é sempre aparente ao viver em paz com uma conciência
observador casual, mas os resultados acusadora. A inquietação que vem
retardados estão claramente aparentes. com a acusação íntima ou com o som­
É claro que há muitas razões possiveis brio receio da desgraça iminente cor­
porque os homens falham em cumprir ta mais cruelmente do que o fracasso
a completa promessa de seus poderes físico ou outros pesares que nos suce­
e possibilidades. Para alguns é a má dam. Com a conciência livre um
saúde; para alguns é a discriminação homem pode enfrentar qualquer acusa­
feita pelos outros; para alguns é a p o­ dor ou combinação de acusadores,
sição imprópria, sendo forçado pelas ainda incluindo a hostilidade da opi­
circunstâncias a trabalhar muito tem­ nião pública. Mas sem conciência
po num serviço ao qual não esteja livre ele não pode enfrentar nem a si
adatado; para alguns é muito cedo pa­ mesmo nem os amigos. Talvez o pre­
ra tanta responsabilidade, uma carga ço. dè tal paz seja caro, mas sempre
demais pesada e que quebra a costa é muito bom negócio, pois teremos que
ou o espírito, antes que tenha sido possui-la para alcançar completa e fi­
preparado para tal esforço; para alguns ciência e felicidade nesta vida. P er­
é a desventura de perder amados; pa­ tence àqueles que tenham ganhado o
ra alguns é a infidelidade de amigos. direito para viver livre de receio de
E muitas mais razões poderiam ser acusação exterior ou interior.
mencionadas. Mas entre as frequen-
Trad. por C. Elmo Turner

Enfrentamos Incerteza
por Richard L. Evans

Com u m . outro novo ano que logo na mais em nossas mentes é a sua in­
se tornará uma parte da realidade das certeza — todos os seus acontecimen­
nossas vidas, contemplamos outra vez tos desconhecidos. Algumas vezes pen­
as coisas que pertencem ao imutável samos que si apenas soubéssemos, p o­
passado, e as coisas que ainda hão de deríamos suportar tudo — mas essa
surgir. E enquanto que olhamos ao nãoi é a maneira desta vida. Depois
prospectoi do ano que fica em nossa de nos fortificarm os à nossa melhor
frente, talvez a coisa que se impressio- habilidade e de acordo com o melhor

— 19 —
conhecimento que possuímos, temos imortal ainda há apenas um grupo de
que aceitar o que vier — sem saber­ regras para seguir. Regulações cor­
m os. rentes podem mudar; os hábitos exte­
Mas os anos novos sempre tem guar­ riores de nossas vidas podem ser m o­
dado os seus próprios segredos e não dificados, se fôr necessário; mas em
se importa que o mundo espere que paz ou em guerra, em casa ou fora,
o ano novo lhe dê, há alguma finali­ não deitemos perder a vista dos últi­
dade no pensamento, e talvez algum mos objetivos, nem os princípios, nem
conforto também, que sempre hcuve a as padrões, nem as crenças, nem as
incerteza. Neste respeito o ano novo ideais, e nenhuma benevolência da v i­
não é diferente dos outros. No ano da. Podemos passar pelo fogo, mas
passado haviam incertezas, também, e fazendo assim, não devemos nos fazer
não gostávamos doi prospecto, mas te­ com o espuma.
mos comportado o ano, com muitas E assim, com o temos suportado os
compensações para aliviar o quadro ancs que se passaram e achado que a
sem atrativos. vida é bôa apesar de todas as coisas
E agora, outra vez, com o sempre, não desejadas, também podemos supor­
enfrentamos a incerteza — mas só a tar os anos vindouros, até o tem po que
incerteza em que se concernem os nos fôr dado, até que sejamos chama­
acontecimentos correntes, além dos dos outra vez àquele lar donde v ie -
quais ficam certezas fundamentais e mcs, onde os anos não mais se con­
imutáveis; e as circunstâncias dum dia tam e onde a varredoura de tempo
não devem ser permitidas a confun­ mede-se somente pela eternidade da
dir os fundamentos que regem nossas imortalidade.
vidas. Na longa vista do homem Trad. por C. Elmo Turner

Evidências e Reconciliações
(do ERA, Janeiro de 1943)
Por João A. W idtsoe

LXI — O Que é a verdade ?


A verdade é o objetivo desejado de ter sido um apêlo sincero para a de­
toda ação humana racional. Ciência e finição de Jesus; mas provavelmente
religião edificam -se na verdade. Jesus, fo i uma exclam ação zombeteira ou de
o Cristo, francamente declarou a P i- dúvida, com o si dissesse, "Ninguém
latos que, “ Eu para isso nasci e para sabe o que é a verdade!”
isso vim aa mundo, afim de dar tes­ Uma definição muito simples mas
temunho da verdade” . (João 18:3 7 ). compreensivel ocorre numa revelação
O significado de uma palavra co- ao profeta José Smith. “ A verdade é
mumente usada deve ser corretamente o conhecim ento das coisas com o são,
compreendido. Todavia, a verdade, e como eram, e como serão” (D. & C.
posta à especulação filosófica, frequen­ 93:24) — isto é, a verdade é sinônimo
temente tem se dado significados di­ do conhecimento exato ou produto
versos, ou esquecido nas escuras nu­ desse mesmo conhecimento.
vens de abstração. Não se pode achar a verdade sem
Pilatos mesmo pareceu confundido. conhecimento. A verdade é revelada
Sua resposta à declaração do Senhor pelo conhecimento; e o conhecimento
foi, “ Que é a verdade?” Esse podia é ganho pelo homem através dos vá­

— 20 —
rios sentidos, esclarecidos por outros lógico. O homem e o universo exter­
auxilioS' que obtenha. Isto é, os fatos no não podem estreitarem-se dentro
de observação, no mundo visivel ou dcs limites do materialismo. Portanto,
invisível, conduzem à verdade; e a o homem, em busca da verdade, pode
verdade tem que se conformar à e x ­ chegar à fonte da vida, assim como a
periência humana. Ao pesquizador do pedra imóvel; o eterno passado como
conhecimento, a verdade constante­ também o eterno futuro; o Senhor dos
mente revela-se. céus, tanto com o o mais humilde de
Numa de suas diversas definições, o Suas criaturas; o mundo espiritual
dicionário concorda bem com a do como o material.
Profeta: “ A verdade conforma com o É claro que na busca da verdade
fato ou com a realidade; concordância torna-se evidente que há divisões de
exata daquilo que é, era ou será” . Esta conhecimento. Uma pertence somente
definição também exprime o pensa­ aos fatos; outra ao uso dos fatos para
mento qúe a verdade vem do conhe­ o bem ou o mal; ainda outra, aos que
cimento . crêm em Deus, com a conformidade
das exposições ou ações •às leis d ivi­
Isto lança no indivíduo o fardo de
nas.
descobrir a verdade. Quando obtem
Num mundo de criaturas vivas, o
conhecimento em qualquer campo, ga­
conhecimento que ajuda ao homem é
nha verdade. Porém, o conhecimento
da maior importância e do maior va­
tem que ser correto ou não conduz à
lor. Realmente, o conhecimento tem
verdade.
somente valor quando ajuda ao ho­
Tem se falado e escrito infinitamen­ mem em sua jornada progressiva. As
te sobre a verdade. Deve ser admiti­
verdades de religião ficam dentro des­
do agora, e sem reservas, que o ho­ ta elocução e ali a importância da re­
mem mortal, enquanto adquire conhe­ ligião torna-se evidente. Apenas obter
cimento pelos sentidos imperfeitos — a verdade sem respeito ao bem-estar
seus únicos meios a chegar à verdade
do homem, denota uma vida vazia.
— tem que ficar contente, em muitos Ou, adquirir a verdade para prejudi­
campcs de esforço, com verdade par­ car o homem, faz do tal pesquizador
cial. Os olhos do homem, contemplan­ da verdade um demônio. Somente os
do os céus, obtem algum conhecimento que tentam achar o uso da verdade
do universo; adquirem ainda mais com para o melhoramento do homem, são
o auxílio do telescópio e do espectros- aceitos pesquizadores da verdade.
cópio; mas completo conhecimento do No sentido mais nobre, a verdade é
céu estrelado fica ainda longe do alcan­ conhecimento obtido e usado para o
ce do homem. Contudo, o conhecimento bem-estar da humanidade.
ganho pelo olho nú, ou com o auxilio A verdade é a mais preciosa pos­
de instrumentos, revela a verdade — sessão do homem. A luz acompanha
parcial mas nobre verdade, digno de sempre essa verdade. Ele que conhe­
ficar ao lado de toda a outra verda­ ce essa luz caminhará inteligentemen­
de. Com o decorrer do tempo o ho­ te e em segurança (D. & C. 93:29,36.)
mem — pesquizador de conhecimen­
Ali, também, é prova à verdade (D.
to e amante da verdade, — sempre & C. 50:23,24.)
aproximará à plenitude da verdade.
* * *
Já foi tentado limitar ao mundo ma­
terial a busca do homem à verdade. " E ’ preciso saber calar, tanto quanto
Isto implica que não haja outro uni­ saber fa la r . Tu te arrependerás rara­
verso, ou que o homem seja incapaz mente de haver falado pouco; frequen- ’
de explorar o domínio espiritual. A m ­ temente, de haver falado demais.”
bas alternativas são inaceitáveis ao — La Bruyére.

— 21 —
“ 0 Rumo dos Ramos ”
Este cantinho da Gaivota é reservado começar a mútuo e outras reuniões em
às informações e notícias dos ramos da português.
Missão e seus missionários. Este mês
apresentamos todos os ramos e os mis­ Ribeirão Preto
sionários que neles trabalham. Já sa­
* Elder Grant C. Tucker
bemos que muitos dos membros estão
Elder Sanford S. Walker
pensando a respeito de alguns Elders
e esta é a oportunidade informarem-se Este é um ramo reaberto mas es­
deles e apanhar as novidades dos ramos tes missionários aplicados estão cons­
da Missão. truindo uma base firm e alí e lhes dize­
Estamos contentes em noticiar que to­ mos: Bôa sorte. Eles também procuram
dos os missionários estão bem e alegres. sala. Não há membros lá ainda.
Elder Rubens e Elder Fowles recente­
mente foram operados de apêndice, e Piracicaba
após rápida convalescença acham-se no­
vamente fortes. * Elder Jay R. Fowles
Elder Rubens Pellegrini foi desobriga­ Elder Harry Maxwell
do da sua missão em Dezembro. Cum­ Elder Fowles já voltou a trabalhar
priu uma missão de um ano e trabalhou depois da sua operação e por isso o tra­
em diversos ramos. Os membros e mis­ balho estava restringido mas daqui em
sionários aprenderam a amá-lo e apre­ diante, aguarde Piracicaba. Ambos deles
ciar seu caráter maravilhoso. Êle reali­ possuem vozes lindas e atrairão muita
zou um trabalho formidável e nós todos atenção nesse particular.
vamos sentir muito a sua falta. Unimo-
nos em lhe exprimir a nossa profunda Campinas
gratidão pelo serviço dele e sabemos
que continuará ativo na Igreja. Que * Elder Wayne M. Beck e sua espôsa
Deus o abençoe! / Irmã Evelyn M. Beck, e a família deles
Os missionários se encontram longe e § Elder Arnold E. Maas
dispersados agora porque o trabalho Elder Joseph William Lewis
cresce e novos ramos foram abertos há
Sendo que Elder Beck, o primeiro con­
pouco tempo. Começemos ao norte do
selheiro do Presidente Rex, é o responsá­
país e desçamos:
vel em Campinas e com estes outros mis­
sionários sabemos que Campinas está
Rio de Janeiro
“ O. K.” . Este talvez seja o mais vivo
ramo da missão. Dois missionários bra­
* Elder Wallace Lynn Pinegar
sileiros. desobrigados, Elder Alfredo e
Elder Blaine Orson Tew
Elder Remo, apoiam a organização e
um corpo de jovens membros ativos au­
Há dois gigantes agora no Rio e eles xiliam a fazer este ramo um dos melho­
estão fazendo um gigante serviço lá.
res.
Quasi todos os membros são Americanos
e os que não são Americanos falam in­ São Paulo (D istrito)
glês, de sorte que a reunião de domingo
(Centro)
se fala em inglês. Esta reunião reali-
za-se nas casas dos membros; um domin­ * Elder Warren J. Wilson
go aqui, outro alí etc. Mas os missio­ Elder Jesse L . McCulley
nários procuram sala e esperam logo Elder W alter J. Boehm

— 22 —
Estes irmãos estão desempenhando bem zação da Igreja lá. Isto é devido, e de
o seu trabalho e o maior ramo na mis­ um modo acentuado, ao grupo de apli­
são (em população) está bem cuidado. cados missionários que se encontram lá
Os missionários são aplicados. Já acha­ e também aos membros firm es.
ram outra casa e abriram um novo dis­
trito para distribuir folhetos. As coi­ Ipomeia (? )
sas estão progredindo. A média de fre ­ * Elder Dale S. Bailey
quência às reuniões sacramentais é cer­ Elder Floyd A. Johnson
ca de 50 pessoas.
Muitas pessoas imaginam onde fica
Santo Amaro (Ram o) "Ipom eia” — e poucas realmente sa­
bem. Algumas pessoas contam que é “ No
§ Elder John A . Alius fim do mundo.” Mas onde quer que seja
Elder Dean Clark estes irmãos podem lhe dizer. Sabe-se
Encontra-se funcionando aqui um que fica lá no interior do Estado de San­
ramo muito bom com Escola Dominical, ta Catarina e é- quasi isolada. Porém,
Mútuo, Sociedade de Socorro e tudo. há alguns membros lá, quasi todos ale­
Esse é um progresso real e eles mere­ mães, e são fiéis. Estes Elders estão fa ­
cem congratulações de coração! zendo um trabalho esplêndido, não só
de dirigirem as atividades da Igreja
mas também de ensinarem uma escola
Santo André (Ram o)
da Igreja . Os membros possuem uma
§ Elder Cecil J . Baron Igreja própria e há uma boa organiza­
Elder Raymond Maxwell ção funcionando lá.

Eles procuram sala, mas até agora en­ Joinville


contram muitas dificuldades. Eles são
ótimos missionários e desejamos-lhes su­ * Elder Thayle Nielsen e sua espôsa
cesso ! / Irmã René Johnson Nielsen
§ Elder Walter T. Wilson
Santoe Elder Kent B. Tyler

* Elder Bynon D . Thomas Como o outro conselheiro do Presiden­


Elder Lavern E. Smith te Rex, Elder Thayle Nielsen é respon­
sável pela Igreja em Joinville, e o tra­
Mais um ramo, e quasi novo, está ten­ balho é bem cuidado. Corre boato que
do suas dificuldades. Os irmãos tentam um jeep foi encomendado para Joinvil­
localizar uma sala e rodearem-se de um le! Será! Joinville está progredindo
núcleo de pessoas interessadas e boas a bem!
fim de conseguirem uma organização
definida. Porto A legre

Curitiba * Elder George H. Bowles


Elder John B. Hilton
* Elder Franklin Ross Jensen § Elder Milton R. Bloomquist
Elder Weldon B. Jolley Elder Merrill Worsley
§ Elder Mareei Nielson
Porto Alegre é o lugar mais ao sul
Elder Joseph M. Heath
do Brasil que tem missionários e, talvez
Elder Robert F. Gibson
tenha o tempo mais frio (São Paulo de­
Cada um que já esteve em Curitiba, safia isso) na Missão mas tem um ramo
diz que é uma cidade bonita. Cada um bem quente para contrabalançar e tem
diz também que existe uma bôa organi­ Elders bem esquentados que estão fa ­

— 28 —
zendo um grande serviço para derreter A missão funcionava com eficiência
o gêlo de indiferença. antes desta mudança e agora espera­
mos que opere ainda melhor.
Novo Hamburgo
* * *
§ Elder Richard K. Sellers
Elder Harries A. Lloyd * Presidente do Distrito
§ Companheiro Senior
Talvez seja um ramo pequeno mas os / C hefe da Casa
esforços destes missionários são gran­
des e a autoridade deles é grande e en­ * * *

viamos os desejos que o seu sucesso


Porto Alegre —
seja grande também.
Realizou-se no dia 27 de Dezembro de
No Escritório da Missão 1947, o enlace matrimonial do jovem
p ar: João Torgan e W ilma B ing. Os
(Casa da Missão)
festejos transcorreram cheios de acon­
tecimentos. As 9,00 horas, João e Wilma
Elder Donald F. Gold — Secretário da
foram casados pelas autoridades civis,
Missão
e logo após foi oferecido em casa da
Elder Joseph R. Smith — Guarda-livros noiva, um lauto almoço, ao qual foram
da Missão convidadas as testemunhas, o Presiden­
te Rex com os missionários deste dis­
Elder Jack A. Bowen — Diretor dos trito e os parentes mais próximos de
Auxiliares ambas as partes.
A s 17,00 horas, o Presidente Rex rea­
Elder C. Elmo Turner — Editor da
lizou o casamento religioso, na Igreja
“ Gaivota”
sito à Rua Santos Dumont, o qual foi
Elder Robert F . Pool — verdadeiramente maravilhoso e senti­
mental .
Estes estão fornecendo os materiais, Os festejos foram celebrados na So­
as informações, as lições e outras coi­ ciedade Gandoleiros, para onde se diri­
sas necessárias para o trabalho normal giram todos os convidados após às 19,00
da missão. Há bastante trabalho nos horas, na mesma foram servidos bolos,
escritórios e estes irmãos estão fazendo doces, sandwiches, bebidas refrigerantes
a sua parte. e outras iguarias deliciosas. Os festejos
transcorreram com música, baile e ale­
Presidência da Missão gria geral.
Olga C. Bing
Há pouco tempo que a primeira Pre­
* * *
sidência da Igreja pediu que os Presi­
dentes de tôdas as missões formassem “ A natureza deu-nos um só órgão para
“ Presidência da Missão” . Em concordân­ fa la r; a língua, dois, porém para ouvir;
cia ao pedido, Presidente Rex escolheu os ouvidos. E ’ preciso, pois, mais ouvir
os seguintes Elders como conselheiros, e do que falar.”
agora a Presidência da Missão Brasi­ ...N a b i e Niffendi.
leira é :
* * *
Presidente: Harold M . Rex “ Aquele que deu, cale-se; e o que re­
1.° Conselheiro: Wayne M. Beck cebeu, fale.”
2.° Conselheiro: Thayle H. Nielsen . . .Máxima Hespanhola.
Você Sabia Que...?
1. São Salvador da Bahia, fundado com a maior capacidade de população
em 1549, foi a primeira capital do Bra­ no mundo, tendo dentro de seus limites
sil — e a primeira capital nas Américas? territoriais tôda a terra, e outros fato­
2. A costa do Brasil tem mais do que res indispensáveis para acomodar . . .
6400 quilômetros e, portanto, é mais lon­ 900.000.000 pessoas (depois do Brasil é
ga que a do Pacífico e Atlântico dos os E . E . U . U . com capacidade de . . .
E .E .U .U .? 500.000.000; a China, com 475.000.000; a
3. A Independência em 1822 e a Re­ índia com 400.000,000; a Rússia com
pública, proclamada em 1889, foram con­ 220.000.000)?
seguidos por revoluções mas sem a per­
7. Há 106 ilhas dentro da enseada
da de uma vida?
do Rio de Janeiro?
4. O Rio de Janeiro foi assim cha­
8. O Brasil nunca tomou parte em
mado porque sua enseada foi descoberta
guerras de conquista?
em 1 de Janeiro, 1521 e foi tomada como
um rio e que o nome oficial é Cidade de 9. O Rio Amazonas tem 180 milhas
São Sebastião do Rio de Janeiro? (288 quilômetros) na sua desembocadu­
5. O território do Brasil é maior do ra?
que o dos E .E .U .U ., sem o alaska? 10. A população dos índios no Bra­
6. Conforme às estimações de auto­ sil avalia-se em 400.000 — menos do que
ridades desinteressadas, o Brasil é o país a centesima parte dos habitantes?

ANEDOTAS
Hoje meu coração palpitou 103.389 SABEDORIA
vezes; meu sangue circulou 269.000.000
— Mas filhinho, como é que adian­
quilometros; respirei 23.040 vezes;
ta tão pouco em teus estudos? Eu, à
inhalei 48 metrcs cúbicos de ar; comi
tua idade, já lia rapidamente.
um quilo e meio de comida; bebi um
— V ê-se que você teve melhor mes­
litro e um quarto de líquido; transpi­
tre do que e u . ..
rei 3/4 litros; deixei sair 35 centígra­
dos de calor e produzi 450 toneladas
DIMINUTO
de energia. Falei 4.800 palavras;
movi 750 músculos maiores; minhas Um negrinho estava passando mui­
unhas cresceram 0,00115 m .m .; meus to trabalho tratando de comer um
cabelos cresceram 0,4285 m .m .; exer­ enorme melão.
citei 7.000.000 células dos miolos. “ Demaisiado melão, não é m enino?”
Estcu cansado. . . — disse-lhe um homem.
Bob Hope “ Não senhor, mui pouco negrinho.” !
D OI MESTRES
f Uma das mais conhecidas passagens os inimigos do Senhor^ conforme acre­
na Bíblia é aquela em que disse o Se­ ditava êle. Em vez de indicar aberta­
nhor: “ Ninguém pode servir a dois se­ mente ao Senhor, Judas empregou a
nhores; pois ou há de aborrecer a um traição. Empregou o beijo para parecer
e amar ao outro, ou há de unir-se a qomo devoto ao Senhor, ao mesmo tem­
um e desprezar ao outro. Não podeis po que era o sinal à turba que aquele
servir a Deus e as riquezas.” que beijara dessa maneira seria o Se­
nhor a quem prenderiam. Dizendo, “ Sal­
Judas Iscariotes havia sido chamado
ve, Mestre” , quis que o Senhor acreditas­
com os demais dos doze, e havia sido
se que todavia era um dos seus fiéis
mandado sair com a mesma instrução
seguidores; não obstante, havia combina­
recebida pelos demais, para curar os
do com os traidores para que este fosse
infermos, levantar os mortos, mesmo de
o sinal de traição. Faltando-Jhe a cora­
lançar demônios. A êle foi dada a mes­
gem para declarar-se inimigo do Senhor
ma promessa de ajuda divina, e lhe foi
ou talvez não desejando fazê-lo, tratou
explicado que seria aborrecido e perse­
guido, mas também lhe foi assegurada a de receber o dinheiro da traição e ao
salvação si perservasse até o fim . mesmo tempo sustentar sua amizade
Mas Judas era um homem que ten­ com Cristo.
tou servir a dois mestres — Deus e Ma- Tais eram os pensamentos dele que
mona. Evidentemente êle desejava con­ traiu ao Senhor. Não obstante, seus
tinuar viajando com o Senhor, e ainda três anos de ensinamentos que não po­
sair a pregar quando era mandado. dia servir a dois mestres; o quis fazer.
Ladrão, um “ amante da bolsa” ; co­ Havendo sido ensinado quê “ não podia
biçava o conteúdo valoroso e o queria servir a Deus e a Mamona” , sau
vender por dinheiro o que roubara. Êle Senhor, o beijou enquanto apertava em
amava as coisas deste mundo e sem em­ sua mão as trinta peças de
bargo se ostentava embaixo da capa
Muitos são os que nesta vi
de justiça. Enquanto era um ladrão de
o exemplo de Judas, que am:
coragem, êle se aderia ao Mestre e aos
sas do mundo, que seguem concupiscên\
Doze.
cias mundanas e depois tentam
Em Gethsemane, aquela noite fatal, se com as vestes da espiritualidade. ^
Judas quis navegar outra vez em baixo
Como disse o Senhor, nenhum
das bandeiras. Havia tratado com os
pede servir a Deus e a Mamona
crucificadores do Senhor. Estava dis­
mos que escolher a quem servir,
posto a entrega-Lo em suas mãos. Não
guém se engane em pensar que ps de
obstante, aparentemente tinha medo de
servir a dois Senhores. Judas quis e
declarar-se na frente do Mestre. No
fracassou. Não sigamos seu exemplo.
mesmo ato de traição Judas quis pare­
cer amigo de Jesus, não como um trai­ Do “ Deseret N ew s”
dor. A traição era segredo entre êle e Trad. por C. Elmo Turner
Esquecimento e Saudade

Ao soltar uns gem idos de am argura


Que a cada peito num m om en to arranca,
Eu vi pousada uma pom bin h a branca
Na cruz singela de uma sepultura.

Em derredor brotara o triste goivo


E lá dentro dorm ia o etern o sono;
Fazia um mês apenas, n o abandono,
Um pobre m oço que m orrera noivo.

Mas quem gem ia assim a sua desdita


Naquela cruz de m árm ore pousada?
Era a alm a desse noivo tran sform ada
No corp o esbelto da pom binh a aflita.

A noiva lhe fizera uma prom essa


Que o con solou bastante na agonia
Ir visita r-lh e a ca m p a ; e já n ão ia
E squecera-o por outro bem depressa.

E assim fica v a alí horas inteiras


Sem pre a carp ir a luz enegrecida
Da própria sepultura hora esquecida
E quase ocu lta pelas trepadeiras.

Passa o m orcego; as azas ru flam n o ar


V endo a pom binh a para a cruz investe
E firm a n d o-se no ga lh o dum cipreste
Assim pergunta num sorriso alvar:

O que fazes aí nesse retiro?


Sem pre a gem er, gem er constan tem en te
“ Fala.” E a pom binh a branca em voz dolente
R espon deu : Tú n ão vês? G em o e suspiro!
Ora d eix a -te d is s o ... que lem brança;
V a i-te em bora daqui, disse o m orcego;
Não vês que me perturbas o socego
Que aqui dentro n ão há m ais esperança?

Não. Nunca mais. Aqui apenas m edra


O esquecim ento em tod o o seu requinte.
Quem entra cá no dia esguinte
F ica esquecido sobre a fria pedra.

Disse e fugiu. D eixando em grande assom bro


A pom bin h a a gem er ju n to ao salgueiro.
C antarolan do além vinha o coveiro
T razendo a pá sinistra e a en xada ao om bro.
F icou deserta a cruz. Na im ensidade
p ou co à p ou co perdeu -se ainda um lam ento
Era esse atroz m orcego o “ E squecim ento”
E essa p om binh a bran ca era a “ S audade” .

Olegário M ariano
Ano I — N.° 2 Fevereiro de 1948

"A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)

órgâo Oficial da Missão Brasileira da Igreja de ,Jesus Cristo


dos Santos dos Últimos Dias

ÍNDICE

E D ITO R IA L
Oração Familiar ............................................................Presidente Harold M. R ex 26
Muitos Chamados, Poucos Escolhidos ................................... do “ D eseret New s” Capa

ARTIGOS ESPECIAIS

Presidente J. Reuben Clark, J r ....................................................C. Elmo T um er 27


O que Trouxeram os Pioneiros ............................... Elder Stephen L. Richards 28
Lembrança do Monte Cumorah — l.a Parte . . . . ................ Robert. W. Smith 33
A Bondade Mais Forte do que A Força ............................... Marvin O. Ashton 3&
Você Sabia Que. . . ? ............................................................................................................ 3T

A U X IL IA R E S
Escola Dominical
............................................................. •....................... Elder Jack A. Bowen
Primária
O Éco ........................................................................ do “ Children’s Friend” 3&
" A Oração do Senhor” (peça para Páscoa) .............. Helena Cheever 40
Sociedade de Socorro
Mensagem do Presidente Smith ...................Pres. George A lbert Smith 4!>

SACERDÓCIO
Os Cargos do Sacerdócio ............................................... Elder C. Elmo Tum er 46'

VÁRIOS
Evidencias e Reconciliações ................................. ..........Elder João A. Widtsoe ’ 47

Assinatura Anual no Brasil . C rf 20,00 Diretor -....Cláudio Martins dos Santos


Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R ed a tor:.....................................João Serra
Exemplar In d iv id u a l.............. Cr$ 2,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:.
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil'
EDITORIAL
*í v

ORAÇÃO FAMILIAR
e$n
«B»

A prática mais valiosa que os Santos dos Últimos Dias na


Missão Brasileira podem adotar é a oração familiar. Por oração
familiar eu quero dizer reunirem-se duas vezes ao dia e ajoelha­
rem -se na presença do Senhor para expressarem seus agradeci­
mentos pelas muitas bênçãos recebidas e pedir pela Sua contínua
proteção e guia em todos os nossos bons trabalhos. ;
É costume entre os Santos do mundo todo ajoelharem -sé em
oração familiar. As orações tomam lugar geralmente antes do
alm oço e antes do jantar. As cadeiras ao redor da mesa são v i­
radas e a família toda se ajoelha. O Senhor quer que Seus

filhos sejam valentes e corajosos mas também quer que êlés sé- '
jam humildes. Ajoelhar em nossos lares com nossa família para
orar faz-nos humildes.
A s crianças também devem ter oportunidades para oferece­
rem as orações. Isto os ajudará a desenvolverem -se espiritual-
mente, ensina-os a compreenderem a importância de oração e. os
unirá mais a família. Inicialmente talvez cs pais tenham que|;'!
ensiná-los porque êles sentem medo de orar na frente da família,
e possivelmente na frente de hospedes, mas êles aprenderão. Os
hospedes devem ser convidados a tomarem parte nas orações. A
oração nunca deve ser cheia de repetições.
Irmãos, irmãs e amigos, vamos orar frequentemente com nos­
sas famílias, para ganhar a recompensa de viver perto do Senhor.

Presidente — HAROLDO M. REX

. Ü T . f i f l r S n r S n r S n r ín r S n r je * r í n r í n r j n r f a r f a r f a r f c r f c r f a r j n r S n r 3 f t r í n r 3 n r 9 n r j n r $ n r S f t r i n r j n
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Presidente J. Reuben Clark Jr.
■ . *...
Adorna a capa de Gaivota deste Estado, em 1928 (resignou como se­
mês a fotografia do primeiro conse­ gundo secretário do Estadoi para
lheiro da Primeira Presidencia, J . voltar ao M exico e servir como
Reuben Clark, Jr. Presidente Clark conselheiro do Embaixador M or­
tem prèstado e continua a prestar óti­ row )
mo serviço à Igreja. A sua vida, — Apontado Embaixador no; M exico
rica de experiencia e cheia de sabe­ em 1930 e ficou assim até resignar
doria, representa uma coluna de fô r- Março de 1933 para voltar ao Lago
çà para a Igreja. Salgado e tcrnar-se segundo conse­
Nasceu em primeiro de Setembro de lheiro do Presidente Heber J .
1871, em Grantsville, Utah e é um G rant.
d-os 10 filhos de Josué Reuben Clark
A sua vida é uma vida de devoção e d e
e Maria Lôuisa W ooley Clark. O pai
exem plo para os outros membros da
era Javrador e professor e o filho pas­
Igreja. Em 1913 começou a praticar
sou a juventude em preparação para
o direito por si mesmo em Washington
a carreira de educação.
D .C . e mais tarde abriu escritorio em
Formou-se na Universidade de
Nova York, mantendo cs dois escrito-
Utah, em Lago Salgado, em 1898. De-
rios até 1921 quando voltou ao Lago
poiá de servir quatro anos com o pro­
Salgado e começou a praticar lá. Ele
fessor e diretor de duas escolas, re-
rejeitou poisção lucrativa e de alta
gistrou-se na escola de direito da Uni­
influencia no gcverno para devotar o
versidade de Columbia no estado de
Nova York. Foi admitido no corpo tempo à Igreja, por menos dinheiro e
menos honra nos olhos dos hom ens.
dos Advogados de Nova York em 1905
É um testemunho para todo o mundo'.
e no ano seguinte obteve o gráu de
Mas nestes dias de complexidades e
bacharel de direito em Columbia. Logo
depois, começou uma carreira brilhan­ problemas; decisões e responsabilida­
des, o Presidente Clark usa muito o
te em serviço do governo dos Estados
seu profundo conhecimento do direita
Unidos.
e da lei internacional. Ele é notadoi
Apresentamos algumas posições que
e respeitado sobre o mundo inteiro»
ocupou no governo. Ele foi:
como autoridade de lei internacional..
— Assistente, Procurador em 1906 Casou-se com Luacine Savage Clark
e eles criaram três filhos, Luacine,
-— Procurador Geral em 1910 (ao
Mariahne e J. Reuben Clark, III. T o­
mesmo tempo foi professor assis­
dos os filhos são. muito ativos na Igre­
tente de direito na Universidade de
ja. Marianne Clark Sharp é agora a
George Washington, de 1907 a 1908).
primeira conselheira na Curadoria da'
—- Apontado para diversas posições de Sociedade de Socorro, e é a editoria
importância pelo: Presidente Taft da revista, “ The R elief Society Maga­
(Presidente dos E .E .U .U .) em zine” . J. Reuben, III, é um professor
1912 e 1913. da Universidade de Brigham Young, a
— Conselheiro especial dos E.E.U.U. universidade da Igreja.
diante da Comissão de Reclamações Presidente Clark era membro da
dos E.E.U.U. e do M éxico, em 1926. Curadoria geral da Y .M .M .I .A . (As­
— Chamado ao M exico pelo Embaixa­ sociação de Melhoramento Mútuo dos
dor M orrow como o seu conselhei­ M oços) de 1925 até ser ordenado à Pri­
ro particular legal em 1927 meira Presidencia. Ele fo i um devota­
— Apontado segundo secretário do do professor da Escola Dominical por

— 27 —
muitos anos e atribue o seu profundo e sagrada posoção, ele tem cumprido
conhecimento do Evangelho a este e com diversas missões importantes para
outros semelhantes privilégios de en­ o Governo e agora é possuidor da “ M e­
sinar na Igreja. dalha por serviços importantes” a qual
Foi ordenado segundo conselheiro da recebeu em 1922 pelas suas atividades
Primeira Presidencia, sob o Presiden- legais para os E .E .U .U . durante o
té Heber J. Grant, em 7 de Abril de tempo de guerra.
1933, quando tinha sessenta è um anos. O Presidente Clark tem se provado
Foi ordenado Apóstolo por Presidente um habil e devoto servo de Deus e
Grant em 11 de Outubro de 1934, e também do governo. Mas ele é sem­
no mesmo dia foi ordenado primeiro pre e primeiramente um humilde ser­
■conselheiro na Primeira Presidencia. vo do Todo Poderoso e neste cargo
Quando Presidente Grant faleceu ele faz muito para guiar os mem bros
no dia 14 de Maio de 1945 a Presi­ da Igreja e a humanidade em geral
dencia dissolveu-se e o atual Presiden­ à luz da verdade que se encontra no
te, George A lbert Smith, fo i ordena­ eterno Evangelho. Rendamos graças
d o , Ele escolheu o Pres. Clark ccm o pelo guia de Presidente J . Reuben
primeiro conselheiro, e o ordenou no Clark, Jr.
dia 21 de Maio, sendo mais um tri­ C. E. T.
buto à sua fidelidade e habilidade e
uma clara amostra da fé * que P res. É mais fácil suprir o primeiro de­
Sm ith e todos os membros tem nele. sejo do que satisfazer todos os que o
Desde que foi chamado a esta alta seguem. — Benjamin Franklin.

0 que Trouxeram os Pioneiros


Discurso Proferido No Tabernáculo,
Na Tarde de Sábado, De 5 De Abril
de 1947
Por Stephen L. Richards,
do Conselho dos Doze

Eu penso meus irmãos, irmãs e am i­ tornou a sua busca a preocupação d o­


gos que não são necessárias desculpas minante do povo. A colonização fo r­
pela repetição durante esta conferên­ mou a Am érica, e a extensão de suas
cia. O tema “ Pioneiros” domina tan­ fronteiras foi uma emprêsa de todos.
to o momento e o nosso' pensamento Houve, . é verdade, muitas circuns­
que nós dificilm ente podemos pensar tâncias fora do comum com respeito
noutra coisa a não ser falar acêrca à fixação dos pioneiros, que agora co ­
dele. De maneira que m e proponho a memoramos. A distância das com u­
falar sôbre “ O que trouxeram os pio­
nidades estabelecidas percorrida pelos
neiros” . emigrantes e a sua penetração no proi­
O movimento de pioneiros em busca bido e inexplorado paiz eram muito
'de novos territórios não era raro na maiores do que a média de outros.
Am érica há uma centena de anos. A O número de pessoas que se transpor­
terra era a .mais comum form a de bens tava e colonizava era excepcionalm en­
aceita, e a utilidade de novas terras te grande; o território procurado para

— 28 —
ser incluido no empreedimento era Estava gravado nos seus próprios
vasto; a expulsão do povo dos seus sêres que suas maiores bênçãos viriam
lares e o seu cruel tratamento, num com o abençoar outros. Êles sabiam
país democrático servia para caracte­ que tinham uma mensagem que era
rizar esta emigração. A contínua per­ uma dádiva para a humanidade; êles
seguição do povo depois do seu esta­ sabiam estar sob a orientação de pro­
belecimento aqui e a adversa atitude pagar aquela mensagem entre os po­
do seu governo eram itens incomuns. vos do mundo; e êles nunca, nem por
Todas estas circunstâncias poderiam um momento, perdiam de vista essa
bem servir para focalizar atenção sô­ obrigação e o seu empenho em cu m -
bre 0 movimento dos pioneiros de prí-la. Nos processos de submeter
1847, como sendo invulgar e distinto um país tão refratário com todos c s
entre empreendimentos da mesma na­ seus desencorajamentos, desaponta­
tureza de gente das fronteiras do nosso mentos, exigências de tempo, de ener­
país, mas, em minha opinião, estas con­ gia, de paciência e coragem, êles ja ­
dições, por si mesmas, não dão conta mais cessaram de dar liberalmente da
da localidão histórica da colonização sua substância, tão dificilmente obtida,
mormon do oeste como o primeiro en­ e do seu limitado poder humano em
tre todos os movimentos de pioneiros levar aos outros os sagrados princípios
e conquistas na América, isto do pon­ que dominavam suas vidas.
to de vista dos recursos utilizados e As primeiras companhias de emi­
resultados atingidos. grantes em sua longa marcha através
Para se compreender os pioneiros e das campinas encontravam missioná­
suas realizações devemos examinar os rios em penosa contramarcha, de vol­
seus motivos. E nisso nós acharemos ta, pela mesma rude estrada que êles,,
a diferença entre êles e outros pionei­ tão recentemente, palmilharam com a
ros e homens da fronteira do nosso mesma determinação, igual expectati­
país. Êles vieram em busca de liber­ va e esperança e, muitas vezes, com
dade e paz como outros fizeram. Êles comparável sacrifício como quando
vieram para construir seus lares como êles tomaram a longa trilha para o
outros fizeram. Êles vieram para ado­ Oeste. E assim os pioneiros vinham
rar a Deus e praticar sua religião de e voltavam como nenhum outro povo-
maneira a satisfazer sua consciência jamais fêz, e seus descendentes tem
como outros fizeram, mas aqui está conservado, o processo por um século..
uma cousa pela qual êles vieram, e Qual era a fôrça impulsora que os,
tanto quanto eu saiba, não teve para­ levou a tal sobrehumano esrfôrço e
lelo em qualquer outro movimento de tão enormes sacrifícios? Estranho
pioneiros. Êles vieram com o assencial com o possa parecer, era a sua literal
propósito de estabelecer uma socieda­ aceitação de uma antiga profecia re­
de que trouxe de volta à civilização vivida por moderna revelação. . . Su­
da qual êles haviam fugido, sim, mes­ cederá nos dias vindouros que o mon­
mo para os seus perseguidores, os te da casa de Jeová será estabeleci­
princípios de vida e conduta que eram do no cume dos montes, e será exal­
a fonte de sua inspiração, união, su­ tado sôbre os outeiros; e concorrerão
cesso e felicidade. Não quero dizer a êle todas as nações; irão muitos po­
que esforços missionários não tivessem vos e dirão; Vinde e subamos ao mon­
sido empreendidos por outros grupos, te de Jeová, a casa de Deus de Jacob;
mas por puro altruísmo cristão em dê-nos êle a lição dos seus caminhos
propóstito e ato, eu coloco os funda­ e andaremos nas suas veredas, porque
dores desta comunidade no pináculo de Sião sairá a lei e de Jerusalém a
te todos os esforços cristãos. palavra de Jeová. (Isaias 2 :2 ,3 ).

— 29 —
Cada Pioneiro acreditava nessa pro­ raramente tem sido igualada. Êles
fecia com todo o seu coração. Êle via ensinaram e praticaram o evangelho
a visão do seu cumprimento em todos do trabalho para o sucesso e felicida­
os seus labores, experiências e priva­ de. Êsse evangelho fo i talvez mais
ções. Êle desejava um lar com con­ largamente aceito nos seus dias d o que
forto para sua família, sem dúvida. hoje, infelizmente. Êles demonstraram
Êle queria uma boa sociedade e pros­ sua eficácia, e suas demonstrações
peridade, mas tudo isso subordinado permanecem hoje como u mexemplo e
ao cumprimento desta profecia — o incentivo ao mundo.
--estabelecimento de Sião. Êles trouxeram educação e um amor
ííó s todos nos regosijamos com a pelo belo e artístico. Apenas alguns
geral alta estima dedicada a Brigham deles eram intelectuais. Suas oportu­
Young com o um grande colonizador, nidades para estudos tinham sido p o­
^estadista e construtor de império. Êle bres, porém, cada um deles tinha den­
e considerado inteiramente merecedor tro de si um inato anhelo pela verda­
dêste reconhecimento peles seus con - de, que é, acima de tudo, a real base
sjidadões, porém, não muitos além dos para a educação. Era uma integral
seus .'seguidores, compreenderam o se­ parte de sua concepção do propósito
gredo real do seu sucesso. da vida, o desenvolver a inteligência
É verdade que êle era prático, de e o adquirir conhecim ento.
'am pla visão, e organizador, mas aque­ Inteligência era adornada com os
les que conhecem as fôrças interiores, maiores atributos e proclamada a m aicr
Ujue impeliam suas realizações, lhe d i- glória de Deus. Era natural, portan­
rã c que seu poder era mais espiritual to, que educação e sua cultura, com
d o que temporal. A unidade tão es­ suas influências purificadoras deviam
sencial ao cooperativo esforço do povo receber seu ardente apôio. A educa­
era uma unidade espiritual, nascendo ção que êles preconizavam não era es­
d e uma convicção universal da sagra­ treita e restrita como as vezes é pra­
da natureza da causa que êles espou- ticada. Ela era dirigida para a aqui­
saram e uma comum aceitação das sição de conhecimentos em todas as
responsabilidades inerentes. fases da vida e do universo; e fêz uma
Em todos os trabalhos e ministra- cousa que infelizmente a educação m o­
ções de Brigham Young havia outro, derna nem sempre faz — ela não su­
em espírito, sempre ao seu lado, sem­ bordinou essa qualidade de inteligên­
pre ajudando-o e inspirando-o, cujos cia essencial para compreender as cou -
conselhos e direção êle sempre reco- sas do espírito à ordem de inteligência
Mheceu. Era o seu predecessor, José necessária para a aquisição de outros
Smith, o fundador terreno da causa fatos. Com êste altruístico conceito
que êle representava, o inspirador de de inteligência veio um profundo as­
seu povo através de quem seus des- sento de amor do belo que é a base
Hinos tinham sido revelados. Brigham para a arte criativa, tanto quanto para
nunca esqueceu e nunca ignorou José, uma apreciação artística. Êste amor
nem tampouco o povo o esqueceu. do belo nem sempre achou expressão
Éles lutaram com todas as suas fô r­ tangível, mas êle criou muitos valores
ças para levar a bom termo a missão e algumas vezes altos empreendimen­
que êle lhes havia dado. tos em arquitectura, música, drama, e
Essa missão era tanto temporal outros projetos culturais.
'quanto espiritual, porém predominan­ Foi naturalmente êste profundo
tem ente espiritual. Então, o que amor pelo conhecimento e pela verda­
trouxeram os pioneiros? Êles trouxe­ de a causa, em sucessivas gerações, da
ra m indústria em uma medida que alta posição que o nosso estado tem

— 30 —
atingido no campo da literatura e edu­ Primeiro — considere o corpo do
cação e da porcentagem de sua popu­ homem. Todos querem um corpo são.
lação que tem ganho reconhecimento Nem todos estão inclinados a tomar os
no campo científico e outros ramos de passos para assegurar tal coisa. Os
conhecimentos. A êsse respeito eu pioneiros trouxeram um novo conceito
creio que Utah tem sido um dos prin­ que o reveste de sagrada significação.
cipais se não o primeiro dos estados Êles ensinaram que o corpo é o ta-
da União. bernáculo terreno onde o espírito do
Êles trouxeram consigo um alto con­ homem, 0 literal filho de Deus, tem
ceito de lealdade e uma grande capa­ sua habitação e que o corpoi não pode
cidade de devotamente à causa que ser corrompido ou poluido ou de qual­
êles espousaram. Nos escassamentos quer maneira abusado, introduzindo-
podemos julgar o que isso significava se-lhe veneno e substâncias deletérias
para o sucesso de seus empreendi­ sem oferecer afronta a Deus, cujo es­
mentos. pírito habita nele. Neste conceito, in­
Êles, eram, sobretudo, indivíduos frações das leis de saúde são atendi­
fortes, homens livres, e muitos dos das não somente com penalidades fí­
seus imediatos ascendentes tinham lu- sicas, mas, também, com conseqüências
tadoi pela liberdade. E êles estavam espirituais. Há um duplo dever em pre­
ainda cheios de boa vontade e ansiosos servar a salubridade do corpo; e para
para se consagrarem, com tudo o que guia dêste dever, êles trouxeram con­
possuiam, à causa que os trouxeram sigo um código de regras de saúde,
aqui — a causa que êles amavam. Êles que, apezar de dado há mais de uma
tinham a altruística devoção que rea­ centena de anos, tem tido a sanção e
liza com sucesso as grandes cousas do a colaboração das pesquisas científicas,
mundo. Sem essa devoção nenhuma nunca sequer pensadas no tempo de
liderança, embora competente, podia sua origem.
ter obtido sucesso. Aqui estava o ensinamento acêrca
Agora eu aponto a maior cousa de do corpo, e as contribuições que vem
todas as que os pioneiros trouxeram ao povo dêsse ensinamento sjío inco-
consigo, e isso eu caracterizo com o sa­ mensuráveis.
bedoria; sabedoria acêrca das im por­ Segundo — Caráter ou personalida­
tantes cousas da vida. Os aspectos de, com o queiram. Eu vejo apenas
realmente vitais e fundamentais das pequena diferença. Eu defino caráter
nossas vidas e modo de viver podem com o a soma total de todos os atri­
ser classificados sob bem poucos títu­ butos incorporados dentro da estrutu­
los. Eu penso que cêrca de quatro ra da vida do^ homem, e a compleição
seriam suficientes — O corpo, caráter, de seu caráter é determinada pela pre­
a familia, e ordem social. Se todas ponderância das boas ou más qualida­
as cousas estivessem de acôrdo com des. Ora, o ensinamento que veio
estes quatro itens, o mundo estaria acêrca do caráter não era novo. Êle
em bôa ordem, e o conhecimento des­ era muito antigo, mas, teve uma nova
tas cousas é e sempre tem sido a maior e muito especial ênfase. Êle não so­
necessidade da humanidade. Os p io­ mente ensinava que o homem é filho
neiros trouxeram com êles êste indis­ de Deus, da mais nobre linhagem mas
pensável conhecimento. Êle não era que êle é destinado, também, se êle
sua criação. Êle lhes foi dado antes vive de acôrdo com êsse conhecimen­
que êles aqui chegassem. De fato, êle to, a ser associado com seu pai celes­
não era criação do homem, pois era tial, conduzindo suas obras eternas
a sabedoria antiga legada a êles pela por todo o sempre. Podia haver um
Divina Providência. maior incentivo para uma vida digna

— 31 —
e criteriosa, sem incerteza quanto as o conforto e felicidade e progresso da
regras sôbre as quais todas eleições e humanidade.
escolhas devem ser feitas? Eu não Finalmente — a ordem social que
sei de nada mais estimulante para a eu tenho em mente inclue a arte de
obtenção de caráter elevado nos ho­ reunir os homens confortavelmente
mens e mulheres do que um conceito numa vida de paz.
claro de sua divina origem e destino. A sábia contribuição que os pionei­
Terceiro — a família. Que mundo ros trouxeram sôbre êste tão im por­
de alegria, tristeza, tragédia e imen­ tante aspecto da vida pode ser dito
surável felicidade essa palavra traduz em uma simples palavra — Fraterni­
para nós! Ela enche as páginas de li­ dade. Êles ensinaram, no mais realís-
vros sem número. Êle é 01 assunto de tico modo, o conceito de todas as na­
artigos, orações, detates, e controvér­ ções, raças, línguas, e povos pertence­
sias, de ligação e decisão judicial, e, rem a família de Deus. Toda dou­
hoje mesmo, eu ouvi de um articulis­ trina do parentesco cristão, altruismo,
ta de revista que indaga da necessida­ e serviço, pode ser contido na desig­
de da instituição e, levianamente, pre­ nação “ meu irmão” “ minha irm ã” .
diz sua extinção num futuro bem pró­ Êles criam, hà cem anos, que sómente
ximo. Qual foi ensinamento que os uma substancial esperança pela paz
pioneiros trouxeram acêrca da família? universal repousa unicamente na e x ­
Ora, êles revistiram-na com os mais tensão desta doutrina de irmandade
nobres e exaltados atributos que ja ­ através do mundo.
mais lhe foram concedidos em toda a Muitos outros, em tempos idos, e no
história da humanidade. Êles ensina­ presente, têm proclamado esta doutri­
ram que ela não é sómente uma uni­ na. Eu me sinto satisfeito que seja
dade básica para uma vida feliz e pro­ assim. Eu conto que suas proclam a­
gressiva aqui na terra, mas que ela ções ajudem, porém, sinto-m e pes­
constitue também uma verdadeira simista quando vejo a recepção que
base de nossa esperança de uma su­ esta doutrina recebe.
prema exaltação no reino celestial de Hà alguns meses eu ouvi um dis­
Deus. Jtfa verdade, o céu que nós curso pelo rádio, por um eminente pre­
procuramos é pouco mais do que a lado, o arcebispo de Canterbury, fa ­
projeção de nossos lares na eternida­ lando de Filadélfia. Fraternidade e
de. Quão diferentes dêsses elevados paz era o seu tema. Agradou-m e ou vi-
conceitos do lar e família são o trá­ lo fazer a declaração de que havia
gico demônio da vida doméstica de pequena probabilidade para o estabe­
hoje — divórcios, lares desfeitos, crian­ lecimento da fraternidade sem o reco­
ças abandonadas, negligenciadas e de- nhecimento da paternidade de D eu s.
sencaminhadas, mais merecedoras de No dia seguinte li um relato de seu
piedade do que de censura por causa discurso na imprensa, e, algumas se­
da desintegração da vida de fam ília. manas mais tarde, li um relato dele
A meu ver esta desintegração tem sido em uma revista. Em nenhum dos dois
a causa, em não pequena escala, do havia qualquer menção que fôsse desta
desenvolvim ento de desordens e declaração, que eu considero com o a
“ ismos” no governo e sociedade, o que coisa mais importante e vital em seu
tanto mal tem causado, ao mundo e discurso.
que hoje constitue nossa maior amea­ O que o mundo precisa para reso­
ça. Oh! se os ensinamentos que estes lução das suas dificuldades e o esta­
humildes pioneiros trouxeram pudes­ belecimento de uma paz duradoura não
sem sómente ser aplicados pelas fam í­ é meramente a chamada fraternidade
lias do mundo, que dádiva seria para espiritual que forma uma bonita e so-

— 32 —
nante frase, mas também uma frater- dos montes” . Foi uma grande coisa
nidade dos filhos de Deus nesta terra, instalar uma comunidade e transfor­
traduzida em termos de mútuo e prá­ mar um deserto- em cidades, vilas, e
tico aaxiiio. Êsse era o ensinamento aldeias com lares, escolas, e facilida­
acerca da ordem social e paz que os des que agora gozamos. Foi uma mui­
pioneiros trouxeram e demonstraram tíssima maior realização o estabelecer
quando êles chegaram a esta terra. o reino de Deus e espalhar de Sião
Todos os meus companheiros, mem­ essa salutar e divina mensagem de es­
bros da Igreja, prontamente com pre­ perança e fé e eternal sabedoria a
enderão que essas sábias contribuições, todo o gênero humano. Esta foi a real
das quais eu falo, e muitas outras, não herança que os nobres pioneiros trou­
eram mais do que princípios do evan­ xeram com êles e deixaram para nós
gelho do Senhor Jesus Cristo que tem e para os amigos que vieram se reu­
sido restaufado, através do profeta José nir a nós nesta amável terra, que cha­
Smith, apenas pouco antes do evento mamos a Sião de Nosso Senhor. E’ a
que nós comemoramos neste ano. Por mais preciosa dádiva da vida. Deus nos
causa da implícita fé dos pionei­ ajude a prezá-la, vive-la e dessiminá-
ros nesta transcendente mensagem de la, eu humildemente rogo, no nome de
vida e verdade foi que êles estabele­ Deus — Amém.
ceram a casa do Senhor em “ O cume Trad. por Cícero Proença Lana

Lembrança do Monte Cumorah


( I a p arte )

Trad. por Carmen Simões Pfister

Privilégio de Impressão
per Robert W. Smith

Esta miniatura, facsimile das origi­ As placas originais foram um livro


nais placas de ouro do Livro de M or- de mais ou menos 18 por 20 cms. com
mon, foi feita para dar uma idéia ge­ quasi 15 cms. de grossura, feitas de
ral da aparência, tamanho aproximado, finas placas de ouro juntadas de um
parte selada, modo de encadernação ladoi por 3 anéis, antecipando por mui­
e também para dar uma breve descri­ tos anos as atuais encadernações pa­
ção do L ivro de Mormon, sua origem, tenteadas.
conteúdo e com o José Smith as rece­
Mais ou menos 2/3 do livro era se­
beu.
lado e quando o Profeta José com ple­
De acôrdo com o Profeta José Smith,
tou a tradução das placas o A njo M c­
a capa do livro era a última das pla­
roni tom ou-as novamente afim de que
cas e eram lidas da direita para a es­
estivessem protegidas de roubo, per­
querda de acôrdo com as escrituras
judaicas as quais são1 abertas e lidas da ou estrago até que chegasse o tem­
ao contrário dos nossos livros. p o para a tradução da parte selada.
A s placas de ouro foram dadas aos A s placas de curo foram mostradas,
cuidados de José Smith por um ser por Moroni, para 3 testemunhas e mais
ressuscitado chamado M croni o qual tarde 8 pessoas testemunharam haver
era o guardião das placas nos dias an­ visto e tocado as placas, cujo depoi­
tigos . mento foram suficientes para estabele­

— 33 —
cer o fato de sua existência perante mes, mais duráveis e geralmente úteis
a lei se necessário. para serem trabalhadas a mão. Se as
Nenhuma dessas testemunhas nega­ placas fossem feitas de ouro de 18 qu i-
ram seu depoimento mesmo sendo que, látes, que é o ouro atualmente usado
algumas delas foram afastadas da nas joalherias e descontando. 10 l>or
Igreja, por não se comportarem de cento de espaço entre as folhas, o peso
acôrdo com as leis da Igreja; mesmo total das placas não seria mais do que
assim mantiveram a fidelidade ao seu 117 libras, um peso que facilmente
relatório e mais tarde duas delas v o l­ poderia ser carregado por um homem
taram à Igreja. forte como José Smith. Elder J. M .
Sjodahl, baseou suas conclusões em
experiências com moedas do ouro e
chegou à conclusão de que as placas
pesavam menos do que 100 libras. O
peso provável das placas também apa-
rece cem evidência na verdade do L i­
vro de Mormon.

CAPACIDADE DAS PLACAS


A primeira vista alguem não fam i­
liarizado com o assunto questiona a
possibilidade de escrever 522 páginas
do Livroí de M ormon sobre uma série
de placas de ouro com um total de
grossura de 5 cms. (um terço do v o ­
lume total das placas). Êste assunto
foi inteiramente investigado e as pre­
tensões de José Smith foram provadas
ser verdade.
A questão diante de nós é: pede um
PESO DAS PLACAS
terço, (dois terços estando selado), de
As placas sobre as quais foram gra­ volume de folhas de metal 15 por 20
vadas o LIVRO DE MORMON eram por 15 (o profeta J osé), ou 20 por 18
feitas de ouro e foram descritas como por 10 (Orson Pratt), ccnter um su­
tendo 15 cms. de largura por 20 cms. ficiente número de placas, cada folha
de comprimento e 15 cm s. de grossura. tão grossa como o pergaminho ou es­
Um sólido cubo de ouro. daquele ta­ tanho, para dar o espaço necessário
manho, se o ouro fôsse puro, pesaria para o inteiro texto; do Livro de M or­
200 libras o que seria um peso difícil mon? Assim sendo que tal seu gran­
para um homem carregar. Êste foi de peso? Sobre uma folha de papel
um dos pontos em que se pegaram 20 por 18 cms., uma tradução hebrai­
para negar a veracidade do LIVRO DE ca de 14 páginas de texto americano
MORMON, pois sabe-se que, per d i­ do Livro de Mormon foi escrito em
versas vezes, o Proféta as carregou. letras hebraicas, de uso; comum, qua­
Não é provável, contudo, que as pla­ dradas e modernas. É demonstrada
cas fossem feitas de ouro puro. Se­ nesta folha que, todo o texto do Livro
riam então muito moles e corriam o de Mormon, tal qual têm os leitores
perigo de se retorcerem. Para regis­ americancs poderia ter sido escrito em
tros, placas de ouro misturadas com hebraico em quarenta e três sétimos
certa quantidade de cobre seria m e­ de páginas — 21 placas ao todo. (S jo ­
lhor pois assim tais placas seriam fir­ dahl página 3 9 ).
(Cont. no p. número)

— 34 —
A Bondade mais Forte do que a Força
Por Marvin O. Ashton

Estas duas ilustrações indicam uma construíram as paredes desse fa rol. O


história muito velha. O sol e o vento farol de “ Bell R ock” fica em torna d e
um dia tiveram uma forte discussão. 16 quilômetros da costa. Mesmo nuir*
De fato, argumentavam quem era o dia claro, vê-se da costa só uma pe­
mais poderoso — o sol ou o vento. quena agulha saliente d ’agua. Quando
Se usemos a imaginação, a conversa a maré vasa, a pedra expõe-se fora
correu mais ou menos assim: d ’agua a sua cabeça medonha, parece
O sol disse, “ A í tem um homem an­ que mostra os dentes. Mas quando a
dando na estrada. Vamos v er quem maré sobe, a sua traidora se esconde.
pode fazê-lo tirar a capa primeiro. Muitos barcos bons, em tempo de tem­
Sr. Vento, tenta prim eiro.” pestade, fenderam-se de pé a p é e ©
O vento tentou. Soprou tão forte seu conteúdo de vidas e m ercadoria
no homem que o quasi arremessou fo i tragado aos fundos do oceano.
fora da estrada, e quanto mais o ven­ Alguns monges cuidadosos determi­
to soprava, mais o nosso amigo em ­ naram a salvar vida e propriedade.
brulhava-se em seu capote. Construíram um barco semelhante um
A força fracassou. berço e ligaram-no um sino e p ren -

" Agora” , disse o sol, “ d eixe-m e ten­


ta,*.”
Ele com eçou a aquecer-se. Lançou
os seus raios na costa daquele homem,
e num momento o nosso amigo tirou
o capote e o levou no braço. A bran-
dura venceu.
Nunca ouviu você da história do
farol de “ Bell R<»ck” ? Eu ouvi-a en­
quanto encravava os olhos no farol da
costa pedrosa de Escócia. No museu
de Edingburgh vi o esqueleto do cavalo
que puxou as pedras das quais se

— 35 —
deram o barco às pedras. Quanto do. O sapo estava pronto para fazer
mais revoltas as ondas tanto mais to­ a brincadeira. Ele deu um pulo gran­
cava o sino. Soou por milhas sobre de e entrou na agua. O rato pesa só
o mar — “ A cautele-se! A cautele-se! uma décima parte do sapo, e por isso
A ca u tele-se!” Muitas vidas foram sal­ o rato voou no ar propelado por seu
vas. Porém, alguns piratas que apro­ “ cortez” amigo. Ainda estavam amar­
veitaram dos marinheiros naufragados rados juntos. O rato logo deixou esta
•decidiram a silenciar esse sinal. Quan­ vida e flutuava em cima d ’agua — o
to mais naufragos tanto mais dinheiro sapo gargalhava da sua brincadeira.
por eles! Eles arrancaram o barco- (V ocê sabe que o sapo é anfíbio e pode
berço e também a corrente que o se­ respirar em baixo d ’agua, assim como
gurou. Muitas vidas foram perdidas ao relen to).
novamente, e os piratas aproveitaram. Assim encerra o capítulo dois.
Mas esta história tem dois capítulos. Capítulo três: O jogo não acabou
A qui é o segundo: Estes mesmos ga­ ainda. (Isto não é o fim da história).
tunos, no mesmo lugar poucos meses Um falcão veio circando o pântano pro­
mais tarde foram apanhados por uma curando o seu almoço. Os seus olhos
terrivel tempestade. Ai, se apenas o agudos viram o rato flutuando. Ele
sino soasse! Mas não soeu. A maré mergulhou na agua e subiu com c: rato
subiu e as pedras se esconderam. Ba­ nas prêsas, mas havia um barbante
teram nas pedras e todos se naufra­ atado ao sapo. O falcão com eu um
garam! Agora, quando a luz brilha rodente ao café e um anfíbio ao al­
em cima daquele farol histórico, pa­ moço.
rece dizer: “ Aqui tem a evidência, Hitler desempenhou bem o papel do
fria e lúgubre, que ser m alévolo, não sapo. Mussoline desempenhou bem o
adianta. ” seu papel também. Os Japoneses,
Eu acho que fei Aesopo que contou também, tinha atado ao seu pé um
a seguinte história: barbante quando se abaixaram sobre
Sr. Sapo encontrou Sr. Rato um dia. “ Pearl H arbor.”
Disse o sapo ao seu novo amigo, ‘‘Va­ Quem tenta a prejudicar os outros
mos dar uma volta” . O rato aceitou, prejudica-se a si mesmo com o seu
e cs dois encontraram-se o dia seguin­ próprio plano.
te no lugar marcado no campo. O A melhor arma que você leva é a
rato tinha completa confiança em seu Bondade. A maior fôrça no mundo é
novo amigo e concordou com qualquer as coisas boas que você pratica aos
sugestão, porém o sapo estava deter­ outros.
minado a fazer brincadeira com o seu Minha mãe uma vez, contou-m e uma
inocente amigo. Vejamos o que ele ia história que nunca esqueci. R elacio-
fazer. nava-se a um rapaz que tinha dedos
Disse o sapo, ‘‘Consigamos um p e ­ viscosos. (Tentarei me esclarecer a
dacinho de barbante com mais ou m e­ m im ). Entrou numa loja, e, quando
nos 50 centím etros; então vamos atar pensou que o mercador não estava
um fim ao seu pé e outro ao m e u .” O olhando, furtou um quilo de mantei­
rato, tendo ainda confiança no seu co­ ga . Escondeu-o por baixo de um
lega, concedeu. Acharam o barbante grande, chapéu rijo que usava. Esta­
e a operação fo i feita com o em cima va no tempo de chapéus de castor.
explicada. Este é o primeiro capítulo. Alguns mercadores _pareciam -se com
Capítulo dois: Com o barbante alguns professores — tem olhos atraz
assim ligado, continuaram o seu pas­ da cabeça — o mercador sabia onde
seio. Após alguns instantes aproxi- estava o quilo de manteiga.
m aram -se a um tanque pouco profun­ Agora, ele vai chamar a policia —

— 36 —

ele apanhou-o no ato. Isto é o que João ficou também. Agora João co­
você pensa. Mas o mercador tinha meçou a suar. Não era questão de
outro modo' de ensinar a lição ao ra­ render toucinho, ele rendia benevolên­
paz. Sim, ele ia pedir contas do ra­ cia.
paz mas com bondade. Era o inver­ Bem, o mercador recebeu de volta
no. O mercador conduziu o amigo ao a sua manteiga. Eu admito que seja
fogo e com toda a afecção de hospi­ uma história forjada na imaginação,
talidade cham ou-o ao fogão. “ S ente- mas João nunca mais, “ mundos sem
se perto do fogão, João; o dia é fim ” , fará uma despensa do seu cha­
f r i o ," Sim, ele pôs mais carvãc. O péu.
fogão ficou um brilhante vermelho — Trad. por C. Elmo Turner

ocê Sab 1 a Qu
1. Scientistas Brasileiros, como dos experimentos da Universidade Ju­
Oswaldo Cruz, Vital Brasil, Car­ daica em Jerusalém.
doso Fontes, e Carlos Chagas são re­
conhecidos no mundo pelas suas con­ 8. O Brasil foi descoberto por
tribuições à sciência médica? um Português 120 anos antes dos
peregrinos desembarcarem em “ P ly-
2. Há 106 ilhas dentro da en­ mouth R ock” (nos E .E .U .U .)?
seada do Rio de Janeiro?
9. Vidro, diz-se, é trezentas ve­
3. Santos Dumont foi o prim ei­
zes mais liso do que cetim e
ro homem a voar em volta da
quatrocentos e setenta e cinco vezes
torre Eiffel?
mais liso do que seda?
4. Que o nome original do Bra­
10. Enche-se um novo traves­
sil fo i A Terra da Santa Cruz?
seiro com linhas de fibra de v i­
5. Cerca de 90 por cento do dro em lugar de penas. É mais leve
peso dum aeroplano, e 50 por e supõe-se ser mais durável e também
cento do peso do seu motor, é alumí­ mais seguroí pelos que sofrem de aler­
nio? gias de penas?
6. Foi descoberto que a form i­ 11. Iniciaremos uma coluna in­
ga é capaz de espalhar a disen­ titulada “ Cartas ao Redator” ?
teria? Se você tiver uma dúvida ou pergun­
7. As mesquitas acham as suas ta sobre o Evangelho, ou se tiver su­
vítimas humanas pelo odor do gestão qualquer, estaremos contentes
bafo humano? Esta conclusão vem ao recebê-las.

— 37 —
ESCOLA Do m i n i c a l

Neste mundo sempre-movendo e às reuniões e assim colher as bênçãos


depressa-mudando, às vezes olvidamos do Senhor.
o nosso sentido de valor. Queremos Conforme os relatórios do anoi d e
gozar o privilégio de viver num país 1947 recebidos das Escolas Dominicais
democrático-, mas não temos a von­ na Missão Brasileira, achamos que
tade de fazer os sacrifícios necessários apenas 30% dos membros da Igreja
para conservar nossa liberdade. A l­ frequentou a Escola D om inical. De
guns de nós queremos ser hábeis em cada 3 membros da nossa Igreja aqui
tocar instrumentos musicais, ou can­ só um comparece à Esccla D om in ical.
tar; porém recusamos praticar as mui­ A Escola Dominical é a organização
tas longas horas requeridas para aper­ instituída pela Igreja, onde todos os
feiçoar estas obras de cultura. membros, jovens e velhos, devem
Muitos de nós estames aplicando aprender o Evangelho.
esta teoria de “ alguma coisa para É nosso dever e nosso prazer, com o
nada” em nossas vidas religiosas. Ora­ Santos dos Últimos Dias e pesquizado-
mos ao Pai nos céus que fortaleça os res da verdade, a atender às reuniões
nossos testemunhos, mas não devota­ e aprender mais do Evangelho. Pode­
mos mesmo um pouco- de nosso tem­ mos somente progredir neste mundo,
po de lazer, ainda que de quando em com o também no além-túmulo, tão-
vez, em estudar a palavra do Senhor, rapidamente cc-mo ganhamos conheci­
e as escrituras sagradas, para que mento e depois o aplicamos às nossas
nossos testemunhos cresçam e se fo r­ vidas.
tifiquem. Rezamos por guia e ajuda Pelas Doutrinas e Convênios somos
em nossas vidas quotidianas afim de mandados a ir aos lugares de adora­
não cairmos em tentação; mas semos ção e pagar ao Senhor os nossos res­
renitentes em frenquentar as reuniões peitos. Se quisermos ser numerados
da Igreja de Jesus Cristo, onde pode­ entre os “ Santos” e gozar as bênçãos
mos adquirir o conhecimento neces­ prometidas a eles, então devemos vi­
sário a dirigir bem as nossas vidas. ver os mandamentos. Se não, O S e­
O Senhor fez a sua parte — Ele res­ nhor dir-nos-á com o disse à Igreja em
taurou o Evangelho na terra pela úl­ Laodicéa: “ Sei as tuas obras, que não
tima vez. Reinstituiu na terra o Sa­ és nem frio nem quente; oxalá foras
cerdócio, assim dando ao homem o p o­ frio ou quente! Assim porque tu és
der e a Autoridade para administrar morno, e nem és frio nem quente, es­
nas ordenanças do Evangelho; e fala­ tou para te vomitar da minha b o c a .”
rem seu nome. Temos tudo isso e ain­ (Apocalipse 3 :1 5 -1 6 ).
da temos má vontade em comparecer Por Elder Jactc A . Bowen

Aquilo que mantêm um vício cria­ “ Põe tuas economias no cérebro, nos
ria dois filhos. músculc-s e nos pulmões de teu filho;
— Benjamin Franklin.. . é aí que elas fornecerão os maiores
dividendos sem nada dever ao físico” .
— Dr. Victor P a u ch et.. .

— 38 —
PRIMARIA
O ECO ao bonitoi lago próximo. Sentia-se
muito feliz e se foi gritando. Repen­
Do "Childrerís Friend”
tinamente, pensou estar ouvindo al­
Havia uma vez, um menino isolado, guém a chamá-lo. Escutou, porém
cujo nome era Eduardo. Não tinha não houve som algum. Estava suges-
irmãos com quem brincar, e porisso tionado. Então gritou novamente
sentia-se aborrecido. Seus pais faziam "A lô ” . Com certeza, alguém respon­
todo o possivel para alegrá-lo, porém, deu “ A lô” , ao longe veio uma fraca
o que ele queria era brincar com ou­ voz. Eduardo estava encantado e
tros meninos. pensou haver outro menino na flores­
Eduardo tinha 6 anos, quando seus ta. Ele, admirado, pensou quem podia
pais foram morar perto de umas mon­ ser, e perguntou: “ Quem és?”
tanhas. Quanto; ele gostava de con­ Em vez de ouvir um nome ou a res­
templa-las! Tão altas e escarpadas posta, voltou a pergunta que ele ha­
eram! Às vezes, as nuvens baixavam via proferido. “ Quem és?”
tanto que não se podia ver os cumes. Eduardo estranhou não receber a
Em dias claros, porém, avistavam-se resposta e contou-lhe o seu nome.
pequenas capas de neves, ao alto. E “ Cham o-m e Eduardo, e tú, como te
o sol as fazia lindas! Era um espe­ chamas?” Mas as palavras voltaram:
táculo magnífico! “ Cham o-m e Eduardo, e tú, como te
Cada montanha tinha um nome, e chamas?”
pela manhã, ao cumprimentá-las, Pobre Eduardo! Pensou que o me­
Eduardo chamava-as como si fossem nino o estivesse ridicularizando e zan­
pessoas. gando-se, disse, “ Vôce é um menino
— “ Bom dia, montanha escapalada! m au. ”
Bom dia capa de n eve!” E a voz voltou, “ Você é um menino
De quando em vez, Eduardo e seu mau” .
pal escalavam -nas. Podiam vê-las ao Lágrimas saltaram-lhe aos olhos e
seu redor, a quilômetros de distância, ele gritou, “ O deio-o!”
e então a cidadezinha parecia tão lon­ A resposta tornou: “ Odeioi-o!”
ge e as pessoas pareciam bonecas, de Eduardo correu à sua mãe e, solu­
tão minúsculas. çando, contou-lhe a história. Sua mãe
Eduardo fez muitas amizades com os ouviu-o e respondeu-lhe:
pássaros e pequenos animais; estes “ Volte outra vez, fale carinhosamen­
vieram a saber que ele era seu amigo te e v eja que o seu amiguinho d irá.”
e vinham consigo brincar, porém não Então Eduardo voltou novamente e
estava completamente satisfeito. Que­ disse, “ A lô” . “ A lô” , disse a voz.
ria mais colegas e ansiava por brincar “ Eu te amo!” gritou Eduardo. “ Eu
com os outros meninos. te amo!” respondeu a voz.
U ’a manhã, saiu de casa e correu Trad. por C. Elmo Turner

— 39 —
A ORAÇÃO DO SENHOR
/ Per Helena C heever

Queridos meninos: Sabemos que o Cristo visitou a este continente depois


da ressurreição e que Ele abençoou as crianças, curando muitas que estavam
doentes. Porém, não sabemos que nunca existiu um menino como este, mas
talvez ele existisse.

CARACTERES

Samuel ...............................Um pequeno aleijado


Clio ....................................Sua irmãzinha
Am ai ..................................)
Laia ....................................) Meninos Nephitas
Nemhi ............................... )

SCENA: A scena é um simples corte. O lar nephita que fica perto do corte é
fora da vista. Pelas vivas flores e plantas, sabe-se que esta é a Terra da
Abundância. (O palco pode ser enfeitado facilm ente com flores curtas e hor­
taliças).
e / -
(Quando subir a cortina, Clioi está sentada perto de Samuel, fazendo-lhe
tortas de lama e explicando-lhe em voz mansa).

Clio: Então, você veja que não há nada de que ter medo, Samuel. Nunca
precisa ter medo de nada se fôr tão bondoso e bom com o souber ser.

Samuel (tocando, hesitantemente, a mão de C lio): Mas a escuridão, Clio. A


escuridão que cobriu por três dias a face da terra.

Clio: Não se lembra, Samuel; Papai nos disse antes dele ir embora, que a
escuridão viria sinal a nós.

Samuel: Mas tenho medo, Clio. Por uma razão, não gosto de sinais.

Clio (ainda form ando o bôlo de lama com dedos aptos): Vai ser um lindo
bôlo não é, Samuel? Sinto que papai tivesse que ir ao Templo, mas Nephi
mandou que ele fosse, e tinha que ir.

Samuel (insistentemente): Porque papai tinha que ir, Clio, porquê?

Clio (sua paciência dim inuindo): Por causa do sinal! O Pai Celeste disse-
nos que quando Jesus falecesse haveria 3 dias de escuridão — dia em que
haveria terremotos e trovões e muitas outras coisas para punir os injustos.

Samuel (questionando): Jesus — Jesus?

Clio: Ai, Samuel você sabe de Jesus. Suponhamos que alguem lhe dissesse,
“ Samuel, o que quer mais do. que qualquer outra coisa no mundo? Pode
ter um desejo. O que qu er?” O que diria você?

— 40 —
Samuel: Eu diria, “ Não quero um desejo só. Quero dois!”

Clio (virando a cabeça mas rin d o):E qual seria ó desejo?


)
Samuel: Primeiro, desejaria que pudesse correr comci todo o mundo. Dese­
jaria que a perna aleijada me sustente a mim afim de eu brincar com os
outros meninos, e . . .

Clio: Eu sei disto, S a m u e l...

Samuel: Em seguida desejaria que eu vivesse para sempre. Talvez não aqui
na Terra da Abundância, mas num outro lugar! Há tanto que fazer, tan­
to que ver — Ai, não sei — mas eu acho que preferiria isto primeiro e
minha perna consertada depois.

Clio: Sabe, Samuel, quasi todo o mundo quer isso. Quasi todos querem v i­
ver para sempre, e porisso, o Pai C e le s te ... (pausa um mom ento').

Samuel: Porque, o Pai Celeste. ..

Clio: E’ porisso que o Pai Celeste mandou Seu filho unigênito, Jesus, para
viver aqui na terra. Se não tivesse mandado Jesus então você e eu e o
restei do mundo não poderíamos nem esperar viver para sempre.

Samuel: Mas você já disse que os três dias de escuridão deram a entender
que Jesus Falecera.

Clio: Jesus morava muito longe daqui. Havia algumas pessoas lá que recea­
vam d’Ele. Pois, tiraram-lhe a vida. Colocaram-No en’um sepulcro de­
pois de o tirarem da cruz. Enquanto ficou no sepulcro houve escuridão
aqui. Agora há luz outra vez, mostrando que o sepulcro não fora feito
para conserva-lo. Quer dizer que Jesus vive outra vez, e . . .

Samuel: Clio, com o é que você sabe disto?

Clio: Escutei a papai. Algumas vezes eu mesmo ouvi Nephi falar dos anti­
gos profetas e com o eles prediziam tudo que já aconteceu.

Samuel: Tem certeza? Tem certeza que viverem os para sempre? Tem, Clio?

Amai e Laia (vem correndo, sem fôlego, cs olhos b rilh a n d o ).

Clio: O que é, Amai? Que aconteceu, Laia? Não podem falar? O que
aconteceu?

Amai (com esforço): Ele já veio! já veio!

Clio: Quem veio? Depressa, Amai, Diga-nos, o que está falando?

Amai: Laia e eu já tínhamos saidoi — Ó Clio, é Cristo! Está nas escadas do


Templo!

Clio (repetindo, como se fosse difícil de entender): Cristo? Nas escadas do


Templo?

Laia: Am ai e eu já tínhamos ido ao Templo para ver se Papai estava ali com
a multidão que falava dos três dias de escuridão. De repente tudo ficou
silento. Todo o mundo ficou ali, olhando^ para o céu.

— 41 —
A m ai: Não sabíamos o que acontecera. Eu receiava, você também, Laia?

Samuel: Cristo estava no céu?

Amai: Primeiramente, não. Houve uma voz clara, mas não alta — só clara,
que disse, “ Eis aqui, meu Mui A m ado Filho, no qual me alegro, no qual
glorifiquei meu nome; a ele deveis ou vir” .

Laia: A cho que nunca nos esqueceremos dessas palavras!

Clio (com atenção): E que aconteceu em seguida?

Amai: Então veio uma nuvem de luz branca do céu e quando aproxim ou-se
de nós, vimos que era um homem — tãc branco como — Ó, nunca se viu
coisa tão branca!

Laia: Pensámos a princípio que fosse um anjo.

Clio (quasi demasiada atenta para fa la r): Mas não era. Foi Jesus!

Amai e Laia (dão sinal afirmativo de c a b e ç a ).

Laia: Estendeu sua mão — assim — e Ele disse, “ Eis-Me, sou Jesus Cristo,
cuja vinda ao mundo foi anunciada pelos profetas” .

Clio: E se irá novamente! Oh! tenho que vê-L o. Ele se foi novamente?

Amai: Estava quando viemos para cá.

Samuel: Porque vieram de lá! Se fosse eu, teria ficado lá.

Laia: Ele é tão form oso! Quasi não pedia fixá-L o. É bondoso, também; É
tão bondoso co m o . ..

Amai: Ele disse, “ Há algum enfermo entre vós? Trazei-o aqui. Há entre
vós pessoas que estejam aleijadas, ou cegas, ou coxas, ou defeituosas, ou
leprosas, ou surdas, ou aflitas por qualquer coisa? Trazei-as aqui e eu as
curarei” .
Laia: Então pensámos em você, Samuel, e vimos buscá-lo.

Samuel (gritando de a leg ria ): Ó Clio! Talvez Ele faça com que eu ande ou­
tra vez! (De repente sua face se nubla): Mas, como é que vou lá? P a­
pai não está para me levar.

Clio: Talvez, nós o carreguemos. Amai, você e L a ia . . .

Nemhi: De pressa, de pressa, vais perder tudo!

Laia: Nemhi, Ele está ainda?

Nemhi: Sim, Ele chamou o povo para que Lhe trouxessem as crianças para
uma benção. Meu pai m andou-me procurar você quanto antes.
-V
Amai: Viemos buscar Samuel para que seja curado, e agora não sabemos como
carregá-lo.

Nemhi: D eixa-m e levá-lo. Estou forte, {hesitante, tenta levantar S a m u el).

A ch o que só pensei que estava forte.

— 42 —
Clio: Digo-lhes. Talvez nós quatro possamos carregá-lo neste cobertor. (Ten­
taram issi mas não p u d e ra m ). Nemhi, vamos fazer uma cadeira com as
mãos, então Am ai e Laia podem ajudá-lo. (Fazem a cadeira de mãos e
se ajoelham para que Samuel ponha-se na cadeira de m ã o s ).

Samuel (seu lábio de baixo dentre os dentes): Não posso faze-lo. Não su­
porto me mover. Dóe muito minha perna.

Clio: Ánimo, Samuel. Vamos tentar. Seja tão bravo quanto possivel.

Samuel (puxa-se pelas suas m ãos): Não adianta. Não suporto, Clio. Clio,
você vai e me deixa. Não adianta que todos fiquem aqui. Vão, eu estou
bem.

Nemhi: Talvez você ache seu pai na multidão. Poderia p ed ir-lh e. . .

Clio: Por esse tempo seria tarde. Samuel, você não acha que pode pôr os
braços em volta de meu pescoço e d eix a r-m e. . .

Samuel (dando sinal de cabeça): Não suporto, Clio. Nem para ver Jesus,
não posso.

Clio (senta-se ao lado de Samuel outra v e z ): Voltem ao Tem plo. Muito obri­
gada — de qualquer maneira!

Samuel: Clio, você vai, também. Estarei bem. Em verdade estou bem. Você
vá e depois volte e me diga o que Ele disse. Faça o favor, C lio.

Clio (sendo persuadida): Não fico muito tempo, Samuel.

(Os quatro meninos saem, deixando Samuel só. Samuel senta-se um m o­


mento. Em seguida, deitando-se de lado, apoiado pelo cotovelo, levanta a ca­
beça em atitude de oração. Um curto espaço de tem po denote o decorrer do
tempo. Quando a luz se acender outra vez, Samuel descansa outra vez. Os
meninos vem correndo, suas faces ardentes).

Clio: Samuel, Samuel, tudo foi tão maravilhoso!

Amai: Devia ter visto, Samuel. Todo o mundo — todas as pessoas adultas
— moveram-se para traz para que nós meninos pudessemos aproximar-
nos. Todos nós ajoelhamos ali, e fora do círculo de crianças, os adultos
ajoelhavam -se também, e . . . ■ *

Nemhi: E Jesus ia de um ao outro de nós, dando-nos uma benção. E Ele me


disse. . .

Clio (muito intensa): Samuel, quando Jesus me tocou na cabeça com sua mão1,
eu pensei em você. Pensei em sua perna fraca e aleijada. Em meu cora­
ção disse, “ Jesus, não quero nada para mim, mas dê a Samuel duas pernas
boas, em vez de só uma? Faça o fa v o r?” Não disse uma palavra em voz
alta, mas Ele fixou meus olhos com o — mais profundo olhar — e em
seguida — em seguida inclinou a cabeça em sinal. Seu olhar disse-me tão
claro como palavras, “ A sua oração foi atendida, menina. Nem Ele nem
eu dissemos uma palavra, mas falámos um ao outro.

Samuel: Você orcu para mim! Você sente que a oração fo i respondida! Ó
Clio! (D e vagar Samuél fica em pé. Com as mãos estendidas para fren­

— 43 —
te, ande uns poucos passos): Ai, Clio, posso andar! (Estranhamente sua
voz tem lágrimas. Por um momento ninguém fala. Todcs ficam com o se
estivessem sem movimentos pelo m ila g re ).

Samuel: Clio, preciso ir e agradecer-Lhe. Onde está?

Clio: Já foi. Foi com o veio — numa nuvem de luz.

Samuel: Mas queria tanto agradecer-Lhe. Como é que nunca posso agrade-
cer-L he agora?
Nem hi (m uito sériam ente): Eu sei, Samuel. Há uma oração que Ele nos
ensinou. Poeríamos nós todos rezá-la e então Ele saberá.
(Todos a joelh a m -se).

Todos: “ Pai nosso que estás nos céus; santificado seja o teu nome; venha o
teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, com o no céu. O pão
nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dividas, assim como
nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair
em tentação, mas livra-nos do m al” .

CAI DEVAGAR A CORTINA

NOTA: Se esta peça fôr usada com o numero de um programa de uma


reunião da Igreja, deixe que a oração seja o final. Descer o pano imediata­
mente após.
E’ sugerido que as Primárias usem esta peça por um programa especial de
Páscoa.
Trad. por C. Elmo Turner

Seja civil a todos; sociável a muitos; PECADO


familiar com poucos; amigo; a um; ini­
migo a ninguém. Se quiser ter por certo a justiça ou
— Benjamin Franklin. . . injustiça de um prazer, tome esta re­
gra. A quilo que debilita a razão, d e ­
Poeira, pela sua própria natureza, teriora a brandura da consciência, faz
só pode se erguer à uma certa altura
obscuro o sentido de Deus, ou tira o
da estrada, e os pássaros que voam
mais alto nunca a tomam em suas azas. gozo das coisas espirituais; aquilo que
Assim o coração que sabe voar bas- aumenta a autoridade do corpo; sobre
tente alto, escapará sempre às peque­ a mente — aquela coisa, para você, é
nas perturbações e tristezas que b ro­ um pecado.
tam constantemente na superfície da
terra. — Desconhecido. — A Mãe de João W esley . .,

— 44 —
SOCIEDADE DE SOCORRO

MENSAGEM DO PRESIDENTE
GEORGE ALBERT SMITH

Trad. por Alfredo Lima Vaz

A cs membros da Sociedade de Socorro tia no vestir-se e no viver com o o


da Igreja de Jesus Cristo dos Santos m undo. E’ vossa responsabilidade
dos Últimos Dias, criar os vossos filhos para serem mo­
destos, bondosos e retos, e deveis en­
Envio saudações e congratulações a
corajar todos os pais para deixarem
vós que pertenceis a única sociedade
exemplos dignos para serem seguidos
de mulheres no mundo, organizada por
por seus filhos. Em poucos anos a
um profeta do Senhor. José Smith
vossa oportunidade de exem plificar os
não viveu para vê-la crescer e ser
ensinamentos do Mestre, terá passado
grande em número, mas si ele puder
e vossa felicidade eterna será propor­
olhar para baixo agora, e ver mais de
cional naquilo que tiverdes feito em
cem mil membros que se estão d ev o­
prol de um mundo melhor, enquanto
tando à benção das mulheres, da m a­
viverdes em mortalidade.
neira que ele planejou ser feito, estou
certo que o fará feliz. Todas as bênçãos que são, realmen­
te, dignas de serem gozadas pelas mu­
O vosso, não é somente um progra­
lheres do mundo, vós podeis gozar,
ma para educar as jovens mulheres,
mais ainda os frutos do evangelho de
da Igreja, as de meia idade e as mais
Jesus Cristo e a companhia do mais
velhas, nas matérias pertencentes à
lindo grupo de mulheres que poderá
cultura e requinte, mas é esperado
ser encontrado em qualquer parte do
que vós sejais exemplos para todas as
mundo. Si fizerdes o vosso dever, sa-
mulheres, sustentando alto as manei­
bereis que o nosso Pai Celestial ficará
ras de viver para que as gerações fu ­
orgulhoso de vós, e derramará sobre
turas possam vir à terra, e entrar num
todas, o Seu amor e os Seus favores.
ambiente que enriqueça as suas v i­
Desejando-vos todas as bênçãos que
das enquanto estiverem passando pe­
desejardes, e confiando que a alegria
las experiências da mortalidade.
de vosso sucesso será tudo que podeis
Modéstia é semelhante à virtude e desejar, sou
é parte do plano do nosso Pai Celes­
Vosso irmão, no Evangelho,
tial. Muitas mulheres perdem os seus
encantos quando, sacrificam a modés­ (as.) Gearge A lbert Smith

— 45 —
Sendo que ainda As Doutrinas e antigos, chamava esse sacerdócio se­
Convênios não foram traduzidas e que gundo Melquisedec ou o Sacerdócio de
não há cutras publicações da Igreja Melquisedec. Toda a autoridade e to­
traduzidas em Português, senão a Bí­ dcs os ofícios na Igreja são apêndices
blia e o Livro de Mormon, é de admi- a este S a ce rd ó cio ... O Sacerdócio de
ar que todos os membros do Sacerdó­ Melquisedec possue o direito de pre­
cio conheçam os ofícios dcs dois sa­ sidir, e tem o poder e a autoridade
cerdócios e os seus respectivos deve- sobre todos os ofícios da Igreja em
res. todas as épocas do mundo, para admi­
É dever de todos saber os diferentes nistrar nas coisas espirituais. A Pre­
ofícios e os seus deveres. Si não os sidência do Alto Sacerdócio, (a P ri­
sabe ainda, leia e estude bem esta co ­ meira Presidência) segundo a ordem
luna . de Melquisedec, tem o direito de o fi­
ciar em todos os cargos da Ig r e ja .”
Os dois Sacerdócios: (D . & C . 1 07:2-9).
“ Ò segundo sacerdócio chama-se o
SACERDÓCIO DE MELQUISEDEC
Sacerdócio de Aarão, porque fo i con­
(O M AIOR) ferido a Aarão e seus descendentes,
através de todas as suas gerações. A
1. Sumo-Sacerdote - ) razão porque é chamado o Sacerdócic
2. Setenta ) Ofícios menor é porque é apêndice do maior,
3. Ancião (Elder) ) ou o Sacerdócio de Melquisedec, e tem
poder para administrar nas ordenan­
SACERDÓCIO AARÓNICO ças temporais. O Bispado é a Presi­
(O MENOR) dência deste Sacerdócio, e possue as
chaves ou a autoridade do m esm o.. .
O poder e a autoridade do menor, ou
1. Sacerdote )
Sacerdócio Aarónico, é possuir as cha­
2. Mestre ) Ofícios
3. Diácono ) ves d o ministério dos anjos, e para
administrar em ordenanças temporais;
a do Evangelho, o batismo de arrepen­
“ A razão porque o primeiro é cha­
dimento para a remissão dos pecados,
mado o Sacerdócio de Melquisedec
conform e áos convênios e mandamen­
é porque Melquisedec era um grande
to s .” (D . & C . 107:13-15,20) .
Sumo-Sacerdote. Antes dele, foi cha­
mado o Santo Sacerdócio>, segundo a O mês que vem discutiremos os de­
ordem do Filho de Deus. Mas em res­ veres individuais dos cargos no Sacer­
peito ou reverência ao nome do Ser dócio de M elquisedec.
supremo e para evitar repetir muitas
vezes o Seu nome, a Igreja, em dias Elder C. Elmo Turner

— 46 —
«

Evidências e Reconciliações
Por Elder João A. Widtsoe

LXIX — ’ stn ada aos Homens de Alegria aqui . ü Terra ?

O antigo profeta Americano, Lehi, Isto é, ao homem ,tem sido dado o


Tedigiu a doutrina que, “ os Homens poder de sujeitar a terra, e dirigir to­
existem para que tenham alegria” . das as coisas sobre ela. Ela pode ser
(II Nephi 2: 25) . José Smith, fàlando uma terra obstinada, mas apesar do
do mesmo tema, declarou que a “ F e­ vento e do tempo, o homem pode fa -
licidade é o objetivo e desígnio da ze a terra lhe dar sustento. Tem o
nossa existência” . As escrituras, anti­ poder de converter a opinião em co ­
gas e modernas, oferecem a prbrhessa operação, como, por exemplo, quando
da alegria e da felicidade aos que obe­ obriga a cachoeira barulhenta e des-
decem aos mandamentos do S enhor. truidora a gerar, quietamente, a cor­
Tem sido a peculiaridade de muitas rente elética para o calor, a luz, e a
pessoas aplicarem esta doutrina ape­ força mecânica. Além disso, tem sido
nas na vida futura. Gerações dè ho­ demonstrado plenamente que a terra
mens tem sido ensinadas que õs ho­ é bemfazeja, amplamente capaz de su­
mens existem na terra para qUe so­ prir a todos as necessidades físicas do
fram infelicidade. Os Santos dos Úl­ homem se apenas se usar propriamen­
timos Dias tomam o caminho oposto. te, os seus poderes. Claramente, o
Eles crêm que o Senhor deseja que os poder e domínio prometido refere à
filhos d’Ele gozem felicidade onde quer vida na terra, assim com o no além-*
que seja — na vida pre-existente, m or­ túmulo.
tal ou futura. Neste sentido, a doutri­ A tristeza do homem parece dizer
na de Lehi torna-se iluminaritè e re­ melhor de seus trabalhos e fadigas em
volucionária. ■; fazer a terra produzir em seu bene­
É verdade que o Senhor disse -aos fício. De fato, muitos modernos tra­
primeiros pais, Adão e Eva: dutores da Bíblia traduzem a palavra
“ Maldita è a terra por tua cansa: original“ trabalho” em vez de “ fadiga”
em fadiga tirarás dela o sustento to­ como- mais certo. Tal “ maldição”
dos os dias da tua vida. Ela te produ­ realmente é uma benção, pois sem es­
zirá também espinhos e abrolhos, e forço, não haveria nem crescimento
comerás as hervas do campo. No suor nem progresso. A assim-chamada mal­
do teu rosto comerás o teu pão” '. (G ê ­ dição, com certeza, promoverá a ale­
nesis 3 :1 7 -1 9 ). - gria humana, e é a única maneira pela
Mas é igualmente verdade que an­ qual se alcança a alegria verdadeira.
tes disto o Senhor, falando dfe! uma O pão é doce apenas quando é ganho
lei mais alta, disse: pelo “ suor do rosto” daquele que o
“ Criou, pois o homem à sua' ima­ come.
gem , à imagem de Deus o criou, h o­ No entanto, para ganhar a vitória
mem e mulher os criou. Deus os aben­ sobre as condições hostis e para fa ­
çoou e lhes disses Frutificai, multipli­ zer da luta contra os “ espinhos e abro­
cai-vos, enchei a terra e sujeitai^a; do­ lhos” um meio à felicidade humana,
minai sobre os p eixes do mar, sobre há certas leis definidas que devem ser
as aves do céu e sobre todos os ani­ obedecidas. Toda a natureza sujeita-
mais que se arrastam sobre a terra” : se à lei. Plante sementes e haverá
(Gênesis 1:27-28). colheita; não plante sementes e não

— 47 —
t
haverá colheita. As leis sob as quais da outras condições semelhantes que
vive toda a criação são imutáveis. O causam a infelicidade são desagrada-
homem poderoso e dominante, por veis perante o Senhor.
melhor que seja, pode segurar seus O esquecimento da doutrina de Lehi
desejos apenas por obediência à lei. que "os homens existem para que te­
Portanto, José Smith, no seu discurso, nham alegria” é a causa de muita in­
acrescentou que a felicidade será ga­ felicidade na terra. Disputas e guer­
nha só “ Sc perseguimos o caminho que ras vem deste esquecimento. Há gran­
guia a ela; por guardarmos todos os de fom e no mundo por pão; a pobre­
mandamentos de Deus” . za marcha descuidada nas ruas de
O Profeta logicamente continua, nossas cidades; somente a poucos tem
"mas não podemos guardar todos os sido dado a visão do grande progresso
mandamentos sem primeiro conhecê- intelectual através dos séculos; e ain­
los” . Por conseguinte, o Senhor em da menos tem vindo a estimar a ver­
varios tempos tem revelado os meios dade além de tudo. Mas fica ainda
de felicidade do corpo, da mente e do no coração do homem uma fom e in­
espirito. Em tempos modernos tem sistente pelas condições da alegria.
nos dado a Palavra de Sabedoria para Todos os homens sentem, em harmo­
a saúde do corpo, claramente mostran­
nia com a doutrina de Lehi, que é di­
do o desejo divino de que os homens
reito adquirir bastante da abundância
devem ter corpos sãos. Várias leis
da terra para satisfazer cada neces­
tem sido reveladas para o econômico
sidade natural e justa. Em tentar sa­
bem-estar da sociedade humana. A
tisfazer este desejo ardente, inato e
ordem foi dada para procurar todo o
normal, tronos foram assolados, gover­
conhecimento, descobrir as leis do
nos derrubados, e guerras sanguinárias
bem-estar humano, para que seja útil
existiram entre a irmandade d o h o­
a mente na busca à felicidade. A di­
mem. O amor foi derribado e o ódio
reção e a guia espiritual tem sido pro­
videnciada para assegurar a mais com ­ encorajado.
pleta felicidade ao homgm. Cada ne­ A história do mundo reflete o em ­
cessidade terreal foi ocasião para re­ preendimento do homem em prol da
velação divina. Certamente, esses dons felicidade. A história dos trezentos
são para c gozo do homem na terra anos próximos passados da crescente
com o também no céu. O ensinamento civilização é a história das demandas
que o homem na terra deve viver em do homem para que a doutrina de Lehi
doença, em inópia, e miséria geral tem seja cuidada. Primeiro, o povo cla­
vindo da região do mal. mou pelo direito de pensar e falar li­
A miséria humana aqui nesta bem - vremente. Longas guerras se segui­
fazeja terra pode apenas entristecer o ram, pois reis e igrejas receavam os
nosso Pai no céu. Doença e sofrim en­ resultados. Mas a batalha pela alegria
to do corpo não podem ser a fonte da intelectual fo i ganha. Em seguida, o
alegria divina. A fom e e todas as povo clamou pela igualdade p olitica .
formas de penúria econômica que se Dizia-se que o homem comum era ser
encontram largamente sobre a terra humano tão importante ccm o o rei.
não estão em harmonia com o amor Mais sangue foi derramado; mas o go­
divino. A ignorância, e a conseqüen­ verno pelo povo foi estabelecido entre
te superstição, e toda espécie de tre­ a maioria das nações. Agora, há al­
vas são opostas a divina verdade, a gumas décadas, a batalha pela sufi­
qual é a luz do eterno evangelho. Ido­ ciência econômica com eçou a ascen­
latria é negação ao Senhor, e assim der-se. A guerra II mundial tem rai­
guia à morte espiritual. Estas e ain­ zes econômicas. Sob a lei de Deus.

— 48 —
esta batalha será ganha para todos os base para qualquer reforma social
homens. Outras batalhas, por outros Qualquer governo, ou organização que
direitos, estão para vir. não providencie para que o homem
Nenhuma paz segura será ganha na tenha alegria está destinado a falhar
terra, senão pelos termos da doutrina redondamente.
que, “ os homens existem para que te­
nham alegria” . Essa tem que ser a Trad. por C. Elmo Turner

NOTICIA!
No dia 27 de Janeiro um Apóstolo do Senhor, Elder Stephen L.
Richards, e sua gentil esposa, desceram do navio, “ S .S . ARGENTINA” ,
no Ric. de Janeiro. Eles ficaram apenas 1 dia lá, continuando, em se­
guida para Santos onde puseram os pés na terra do Brasil pela segun­
da vez. O Presidente Rex encontrou-se com eles no Rio assim com o
em Santos e os trouxe à São Paulo onde almoçaram na Casa da Missão.
O navio continuou a jornada para Buenos Aires na madrugada do dia
seguinte e Elder e irmã Richards voltaram no mesmo dia à Santos
e foram à Buenos Aires. Eles farão uma viagem de inspeção à Missão
Argentina e à Missão Uruguaia e na sua volta virão até a Missão Bra­
sileira. Provavelmente, estão aqui no com eço de Março e iniciarão a
viagem de inspecção à Missão em Pôrto Alegre, lá pelo dia 6 de Março.
Todcs nós devemos pensar neste grande privilégio e fazer o sacrifício
necessário para ver e ouvir este servo do Deus vivo.
Presto testemunho que o Apóstolo é escolhido de Deus; é humil­
de, inteligente e tem uma mensagem de tremenda importância para
todo o mundo.
C. E. T.

ANEDOTAS
O homem com olhos faiscantes e bi­ O indivíduo de aspecto assustador
gode de vilão de film e em série ficou sorriu diabolicamente e concluiu:
com dureza o seu auxiliar. — Muito bem, aplique-lhe o “ p er­
— Os ferros estão prontos? pergun­ manente” de três dólares.
tou. De “ Seleções” . . .
por Bennett Cerf
— Estão, respondeu balbuciando o
rapaz, — estão em braza. O mais lógico erro que já vimos,
%
— O óleo está quente? foi feito recentemente por um homem
— Está, sim senhor, fervendo. procurando serviço numa fábrica. Ele
— A vítima está bem amarrada? esforçcu-se com aplicação e chegou à
pergunta:
— Não pode nem se m exer.
“ Pessoa para notificar em caso de
— A toalha está bem presa por cima acidente?”
dela? Ele respondeu: “ Qualquer pessoa
— Está, sim senhor. em vista!”
Muitos Chamados,^Poucos Escolhidos
Está escrito que “ muitos são chama­ cer controle, dominio ou compulsão
dos, mas poucos são os escolhidos” sobre as almas dos filhos do homem,
(D; & C. 121;34). O qi^e quer dizer? em qualquer gráu de injustiça, eis que
chamados para que? escolhidos para os céus se retiram, o Espirito do Se­
que? nhor fiçp ofendido; e quando este es­
Assim como muitos dos depoimentos pirito fôr retirado, amem ac Sacerdó­
claros de Cristo este é um capaz de cio ou à Autoridade daquele hom em .
mutas aplicações apropriadas. Diga- Eis que antes que saiba estará deixa­
. mos que muitos são çhamados para do-a si mesmo, para dar ponta-pés nos
; aceitar o Evangelho Restaurado, p o­ espinho^, para perseguir aos Santos,
rém poucos crêem na mensagem e e para lutar contra Deus. Temos
assim são escolhidos para ser mem­ aprendido, pela triste experiência, que
bros no reino do Senhor aqui na terra. é a natureza e disposição de quasi to­
Muitos são chamados a abandonar o dos os homens, logo que obtenham
máu caminho, mas poucos limpam as um pçuco de autoridade, imediatamen­
suas almas bastante para serem esco­ te começam a exercer domínio injus­
lhidos a ter a companhia do Espírito to. Por isso muitos são, chamados mas
Santo. Muitos são chamados a ser poucos são escolhidos” .
membros no reino de Deus na terra, Uma outra vez o Senhor dissera aos
mas poucos continuam no amor de Santos: “ Há muitos ordenados entre
Cristo e assim se aprontam para ser vós, cs quais eu chamei, mas poucos
escolhidos membros do reino do céus: deles são escolhidos. Os que não são
“ porque estreita é a porta e apertada escolhidos tem cometido um pecado
a estrada que conduz à vida, e poucos muito grave, pois que andam em es­
são os que acertam com Ela.” curidão ao m eio-dia. . . Se não guar-
t O Profeta José Smith aplicou este dardes os meus mandamentos, o amor
versiculo àqueles que são chamados a do Pai não continuará convosco, por­
possuir aquele sacerdócio o qual, tanto andareis em escuridão” .
quando usado e magnificado, faz com Parece que muitos são chamados ao
que os possuidores sejam chamados a Sacerdócio, mas poucos tem a vonta­
herdar “ tudo que tem o M eu Pai.” Da de de aumentar a chamada de tal m a­
cadeia em Liberdade, (uma cidade nos neira que sejam escolhidos para a
E . E . U . U . ) onde foi prêso e amarrado vida eterna. Muitos são chamados a
pelo testemunho de Cristo, ele escre­ ser herdeiros de glória e honra, de
veu as seguintes palavras aos Santos: poder e dominio nos mundos eternos,
“ Eis que muitos são chamados, mas mas poucos guardam os mandamentos
poucos são escolhidos. E porque não com grande cuidado que os habilitará
são escolhidos? Porque os seus cora­ a serem escolhidos para tal exaltação.
ções estão postos nas coisas do mundo Ainda que muitos tem recebido a luz
e invejam tanto as honras dos homens, do céu que nos veio por revelação
que não aprendem esta lição — que nestes dias alguns continuam a andar
os direitos do Sacerdócio estão ligados em t' evas ao m eio-dia porque “ não
inseparávelmente aos poderes do céu, guardam os meus mandamentos.”
e que os poderes do céu não podem “ Havia sido um dia de chamada” ,
ser nem controlados nem usados se­ disse o Senhor, “ mas o tempo para es­
não pelos pricípios da retidão. Que colher já chegou, e d eixe que os dig­
sejam conferidos em nós, é verdade; nos sejam escolhidos. E será . mani­
mas quando começam a cobrir os festado ao meu servo, pela voz do Es­
.nossos pecados, a agradar o nosso or­ pirito, os que são escolhidos; e serão
gulho, ou a nossa ambição vã, ou exer­ santificados.” (D o “ D eseret Netos” )
/í Vitona da Vida ■■■—.......

Pobre de ti se pensas ser vencido!


Tua derrota é caso decidido.
Queres vencer, mas como em ti não crês,
Tua descrença esmaga-te de vez.

Se imaginas perder, perdido estás.


Quem não confia em si, marcha para trás;
A fôrça que te impele para a frente
É a decisão firmada em tua mente.

Muita emprêsa esborôa-se em fracasso


Inda antes do primeiro passo;
Muito covarde tem capitulado
Antes de haver a luta começado.

Pensa em grande, e os teus feitos crescerão;


Pensa em pequeno, e irás depressa ao chão.
O querer é o poder arquipotente,
É a decisão firmada em tua mente.

Fraco é aquele que fraco se imagina,


Olha ao alto o que ao alto se destina,
A confiança em si mesmo é a trajetória
Que leva aos altos cimos da vitória.

Nem sempre o que mais corre a méta alcança,


Nem mais longe o mais forte o disco lança.
Mas o que, certo em si, vai firme e em frente,
Com a decisão firmada em sua mente...
Ano I — N .° 3 Março de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgâo Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias

Í N D I C E

E D ITO R IA L
Vós sois a Luz do Mundo ................................... Presidente HaroIcL M. R ex 50
Progresso de Nossos Semelhantes ....................................... Richard L. Evans Capa

ARTIGO S ESPECIAIS
Cavalheiro e Fazendeiro
O Presidente David O. M aKay ............................. W arren J. Wilson 51
A Gaivota ........................................................................................ Johannes Alius 52
Lembrança do Monte Cumorah .................................................... . . . 2.a Parte 55
Os Frutos Da Igreja de Cristo ............................................... W ayne M. Beck 53
0 Manto do Pessimismo ....................................... Trad. por C. Elmo Tum er 57
Quereis Deixar de Fumar? ...............................Trad. por Alfredo Lima Vaz 58
Evidencias e Reconciliações ................................................... John A. Widtsoe 59

A U X IL IA R E S
Escola Dominical:
A Letra Mata mas o Espírito V ivifica ....................................... “ Era” 62
“ Entrai pela Porta Estreita” : .............................................Robert Pool 63
Ptíraaria:
Aquele que Caiu ........................................... Mildred Houghton Com fort 64
Sociedade de Socorro:
“ A Parabola da Joia” ....................................................... Nephi Jensen 66

SACERDÓCIO
Sacerdócio de Melquizedec ................................... .................... W. J. Wilson 68

VÁRIOS
“ O Rumo dos Ram os" ........................................................... Warren J. Wilson 71
Você Sabia q u e . . . ? ....................................................... ............................................ Capa
“ & Vitoria da V ida” (Poesia) .............................................................................. Capa

Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 20,00


Diretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R ed a tor:..................................... João Serra
Exemplar In d iv id u a l.............. Cr$ 2,00
Tdda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil
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EDITORIAL
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Fon Sois a Luz do Mundo75
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m Um dos acontecimentos mais importantes do século 19 foi a
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restauração do Santo Sacerdocio. Os povos do mundo foram
imensamente abençoados por causa desta restauração feita pelo
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Senhor.
**'«'“
O “ Poder do Sacerdocio,” como foi dado aos homens nestes
yjy
<-?í* últimos dias, possue os direitos de cumprir todas as obras neces-

♦sJU sarias para trazer a justiça de Deus aos filhos dos homens. O
l« f
ifflj Sacerdocio é o poder de Deus dado ao homem para agir em Seu
nome.
<J$J
Para aqueles que recebem -no, é uma grande responsabilida­
*!í* de. Deve ser respeitado com o uma joia do maior valor.

Sjr
#jSí% Todos os membros que foram ordenados ao Santo Sacerdocio
devem ser um bom exem plo para todos os homens. O Salvador
A
<j|a disse aos antigos que possuiram o sacerdocio. “ de tal modo brilhe
a vossa luz diante dos homens, que eles vejam as vossas boas
m obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos ceus.” Um grande
*jJí» profeta dos últimos dias disse: “ até o tempo chegar em que o
Ogj interesse proprio e egoista seja banido de nossos pensamentos, e
«ff» nos tornemos interessados no bem estar geral, nunca poderemos
4jR#
4«» engrandecer o nosso dom do Santo Sacerdocioi tanto como deve­
m os.” Ele falou tambem que “ as mulheres devem dar o respeito
li* merecido ao sacerdocio e aos possuidores d o mesmo e devem en­
sinar e treinar seus filhos e filhas a reconhecerem e honrarem essa
autoridade.”
Irmãos e irmãs vamos honrar e respeitar o sacerdocio que
Sir possuirmos e o que possuem aqueles que presidem sobre nós.
Aprendamos a sustentar aqueles que tem nos seus ombros esta
grande responsibilidade. Nós, que somos possuidores do sacerdo­
«Al cio, devemos aprender a desenvolver o sacerdocio que nos fo i dado.
seja em qualquer oficio dos dois — O Melquizedec ou Aaronico.
Sinceramente, seu irmão,

hÉa
Harold M. R ex

S&p.rjr* Jfé rfcfc


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CAVALHEIRO E FAZENDEIRO
0 Presidente David 0. McKay
Vinte quilometros a nordeste da cida­ Diretoria de Educação do Colégio Nor­
de de Ogden ( E .E .U .U .) está um mal de Weber.
lindo vale largp e verde entre duas c a ­ As atividades dele não foram lim ita­
deias de montanhas. O vale, rico e dos somente a educação civil, mas Pre­
plano com suas numerosas ribeirinhas sidente McKay cresceu constantemente
de agua pura e corrente é um lugar na Igreja e nos campos de educação
muito interessante e agradavel. Esse é religiosos. Em 1899 tornou-se membro
Ô Vale de Ogden — o primeiro povoa­ da diretoria da esçola dominical da es­
do no outono de 1860 por meia duzia taca de Weber. Seis anos mais tarde
ou mais de famílias de colonos pionei­ tomou-se segundo assistente geral da
ros Mormons. Proeminente entre esses Superintendencia da “ Deseret Sunday
era o capitão Jefferson H unt do Bata- School Union” (União da Escola Domi­
lião Mormon por quem a cidade de nical Deseret) da qual o Presidente Jo^é
“ Huntsville” foi nomeada -— e ali es­ F. Smith era Superintendente Geral. Em
tava o lar dos McKays desde os pri­ 1908 tornou-se primeiro assistente e em
meiros dias da colonização. Foi alí em 1918 foi designado Superintendente Ge­
“ Huntsville, U tah” no dia 8 de Setem­ ral. Foi tambem designado Comissário
bro de 1873 que O Presidente David de Educação para as escolas da Igreja
Oman McKay nasceu. E ra o terceiro em 1919. Em todos estes oficios o
filho e primeiro menino de David e .Je- Presidente McKay contribuiu muito pa­
nette Evans McKay que foram abençoa­ ra o melhoramento das lições da esco­
dos com nove filhos ao todo. Quatro la dominical.
filhos e cinco filhas. No ano 1906, aos 32 anos, ele foi cha­
O pai do Presidente McKay era um mado a ser um apostolo e foi ordena­
homem honesto e aplicado que tomou do por José F . Smith no dia 9 de abril
parte ativa tanto nos fazeres cívicos e de 1906 na Cidade do Lago Salgado.
educacionais como religiosas. Ele se r­ Progrediu neste chamado e foi designa­
viu vinte anos como bispo do ramo df do segundo conselheiro do Presidente
“ Huntsville.” Heber J . Grant, no dia 6 de Outubro
de 1934 e tambem do Presidente Geor-
O Presidente McKay cresceu no lindo
ge Albert Smith em 21 de Maio de
vale de Ogden onde recebeu sua primei­ 1945.
ra educação e trabalhou na fazenda do
Durante a sua carreira como aposto­
seu pai. Alí ele cresceu perto da n a ­
lo O Presidente McKay teve duas no­
tureza e aprendeu a am ar os campos
táveis designações missionárias.
que continua forte ainda hoje.
A Prim eira destas foi uma viagem
O Presidente McKay formou-se na do mundo inteiro para visitar as missões
universidade de U tah em 1897. Antes da igreja. Isto foi feito em 1921-22 em
de ir à universidade ele ensinava em companhia de Hugh J . Connon. Foi o
'‘Huntsville” e depois de form ar-se acei­ primeiro apostolo da igreja a desembar­
tou a posição de diretor dessa escola. car nas muitas missões das ilhas do Pa­
Ao voltar da sua missão na Scocia co­ cífico e durante esses treze meses elo.-:
meçou a ensinar na Academia de Weber viajaram 62.500 milhas, (101.625 quilo­
e três anos mais tard e tomóu-se dire­ metros) . Estiveram cinco meses so­
tor da escola. bre o mar e navegaram todos os ocea-
Em 1908 foi designado Presidente da (Continue na página 53)
A GAIVOTA
por Elder Johannes A. Alius

Depois dos meses de fome pelo qual chados e cansados de manejar pás, e
os Pioneiros Mormons tinham passado vasouras, e ancinhos num esforço de­
no inverno depois de sua chegada no sesperado para esm agar os destruido­
vale do Lago Salgado, a primavera de res. Mas tudo foi em vão.
1848 alegrou seus corações: O deserto, Repetidas vezes os Santos rogaram
como os profetas tinham profetizados, ao Senhor seu Deus para lhes salvar 1
começava “ a florescer como a rosa.” do que prom etia ser inanição completa
Por distancias em todas as direções, num vale a centenas de milhas fora da
lindas e verdes germinações de trigo, civilização, mas a luta continuou até
centeio, cevada, e outros grãos cobriam Junho.
a terra. E os Santos, felizes com a Vagarosamente, os pioneiros começa­
indicação que isto seria um ano me­ ram a desistir do combate, quando reu­
lhor, ajoelhavam-se perante Deus e da­ niram-se mais uma vez para humilha­
vam suas graças. rem-se perante Deus.
Então, um dia em Maio, quando um Mas seu desespero cresceu mais ainda
dos Pioneiros levantou seu rosto ao sol, quando viram outra nuvem, levantan­
que estava escurecendo de uma manei­ do-se da direção do Lago Salgado e
ra singular, seu coração ficou parali- voando aos campos.
zado com o choque. As imensas e ne­ Os Santos jogaram fora suas armas
gras nuvens de grilos estavam descen­ com clamores de desespero, mas num
do sobre suas colheitas aos milhões. momento, eles tornaram -se gritos de
Ele chamou sua família, seus vizinhos, alegria: A nuvem consistia de inume­
e começou uma luta, ja perdida, con­ ráveis Gaivotas, as quais desceram po­
tra a horda preta. Conforme eles iam bre os grilos. E, enquanto os Pionei­
se retirando passo a passo viam com ros dobravam seus joelhos para dar
horror como os campos atraz dos g ri­ graças fervorosas pela sua salvação, os
los ficavam tão tosados como a cabe­ pássaros começaram a luta de extermi-
ça dum rapaz que apanhou feridas na nação.
cabeça. As Gaivotas tinham um padrão defi­
nido de luta. Elas enchiam-se de g ri­
Mais e mais colonos entravam na lu­
los, voavam ao rio mais perto, bebiam,
ta enquanto mais e mais campos iam
e vomitavam fora os grilos, e volta­
se estragando.
vam novamente à cena do combate.
O a r tomou-se pesado com o cheiro
Em poucos dias, a luta foi ganha.
de grilos queimados quando os Santos
tentaram assim parar o avanço do Os pioneiros foram salvos por um mi­
exército preto — porém, o exército ne­ lagre de D eus.
gro continuou a avançar. Os colonos No dia 13 de Setembro, de 1913, no
cavaram fossos largos e encheram-nos terreno do Templo na Cidade do Lago
com agua, mas depois que milhares de Salgado foi erigido um monumento às
grilos afogaram -se os outros atravessa­ Gaivotas — um tributo e um símbolo
ram sobre suas carcassas. .. e continua­ à obra de Deus, como é, tambem " A
ram a atacar. Braços tom aram -se in- GAIVOTA” de hoje.

— 52 —
Os Frutos da Igreja de Cristo
por Wayne M. Beck

“Guardae-vos dos falsos profetas, da cristandade trabalha poderosamen­


que veem a vós com vestes de ove­ te.
lhas, mas por dentro são lobos vora­ “Pelos seus frutos os conhecereis.”
zes. Pelos seus frutos os conhece/eis. Aqui estão alguns frutos:
Coilhem-se, porventura, uvas dos espi- (1) Educação e a proporcionalidade

w
nheiros, ou figos dos abrolhos? Assim entre homens de méritos; (2) Saúde;
toda a arvore boa dá bons frutos, po­ (3) Moralidade; (4) Sistema missio­
rém a arvore má dá maus frutos. nário; (5) O trabalho da Sociedade
Uma arvore boa não pode dar maus de Socorro; ( 6 ) Program a da prospe­
frutos, nem uma arvore má dar bons ridade ou “W elfare Plàn;” (Plano do
frutos. Toda a arvore que não dá bom Bem E star); (7) Expressão de talen­
fruto, é cortada e lançada no fogo. tos.
Logo pelos seus frutos os conhecereis. Façamos separadam ente sobre cada
Nem todo o que me diz; Senhor, Se­ um desses pontos uma explanação.
nhor, entrará no reino dos ceus, mas
Prim eiro: EDUCAÇÃO E A PRO­
aquele que faz a vontade de m eu Pai
PORCIONALIDADE ENTRE HOMENS
que está nos ceus.”
DE MÉRITOS. Segundo à porcenta­
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
gem de freqüência escolar da popula­
dcs Últimos Dias tem uma união de
ção branca, nativa e rural de 16 a 17
um milhão de piembros batizados.
anos de idade, nos anos de 1930 e 1940.
Eles são um povo proprio. Eles são
Utah còlocou-se em 1.° lugar com uma
um povo sobre o qual a energia vital
porcentagem de 7,5 perante os demais
estados norte-americanos.
Pres. David O. McKay O doutor Edward I. Thorndike, pro­
fessor emérito da Universidade de Co­
nos do globo, atravessando o equador lumbia, encarregou-se de estabelecer a
três vezes. origem dos homens da ciência e ho­
A sua segunda missão especial foi a mens mais memoráveis. O trabalho
de presidir sobre as missões Europeas. foi feito segundo a solicitação da So­
Presidiu em Lçndres desde Novembro ciedade “Fundação Carnegie para O
de 1922 até Dezembro de 1924. Progresso Educacional.” Ele empre­
O Presidente McKay tem se devota­ gou para isso as tres classicas compi­
do diligentemente ao serviço da igreja lações “Qual é um escolhido na A m é­
durante os treze anos passados nos seus rica”, “Liders na Educação,” e “Ho­
cargos como 2o conselheiro. Um ho­ m ens de ciência na America.”
mem com altos ideais e com fé sincera Todos aqueles que tem sido dignos
no Senhor — Trabalhando sempre para de serem incluidos nesses livros foram
a edifieação do Reino de Deus — um classificados de acôrdo com o lugar
verdadeiro servo de Deus. Por isso, dcs seus nascimentos. O número de ho­
sentimo-nos muito orgulhosos em apre­ mens dignos de admiração, os homens
sentar-lhes na capa da Gaivota deste de ciência ou aiftda, pertencentes a
mês a fotografia do 2 o conselheiro da ambas as classes, na proporção segun­
l.a Presidencia — O PRESIDENTE DA- do à população, foi determinado em
VID O. McKay. todos os estadcs da confederação norte
W árren J. Wilson americana. O estado de Utah estava

— 53 —
em primeiro lugar de homens dignos Unidos a média foi 40,4 e entre 21 na­
de adm iração e o estado Massachu- ções civilizadas, foi 74 — sete vezes
setts em segundo lugar com vinte por mais entre as nações civilizadas do
cento menos do que Utah. mundo em relação a Utah e Idaho.
Pertence a U tah o prim eiro lugar Quarto: SISTEMA MISSIONÁRIO.
no índice dos homens de ciência, e No sistema missionário da Igreja de
Colorado, o estado mais proximo de Jesus Cristo, são 5.000 pessoas dando
Utah, estava com 30% menos do que todo o seu tempo para pregar o Evan­
este último. gelho. As despeza,s são pagas pelos
Segundo a uma estatística nacional, proprios missionários ou pelas suas
coube a U tah o maior índice de edu­ familias.
cação individual para indivíduos de Quinto: O TRABALHO DA SO­
mais de 25 anos, índice esse igual a CIEDADE DE SOCORRO. A Socieda­
9 Vi anos de educação. de de Socorro da igreja, nossa orga­
Segundo: ESTADO DE SAÚDE: nização das mulheres, fez a contribui­
No ano 1849, dois anos depois da en­ ção seguinte durante o ano passado:
trada dos pioneiros mormons nos 121.705 visitas aos doentes; 12.677
Cumes das Montanhas, quando o esta­ dias de trabalho dedicado aos doentes:
do de privação e de perigo era enor­ 240.269 peças de costura, gastando
me, a proporção de falecimentos, en­ 880.150 horas de trabalho. Esta cos­
tre eles, foi 21,0 obitos por mil pessoas tura com punha-se de 13.270 cobertas
em -um ano. Isto queria dizer uma para cama, 9.043 outras peças para o
longevidade media de 24 anos. Nos mesmo uso, 47.934 peças de vestidos
Estados Unidos a media foi de 13,9 por para crianças, 35.837 peças de vesti­
mil pesscas. dos para m ulheres, 13.064 peças de
No ano 1860, o índice de m ortalida­ roupas p ara homens e 1 2 1 .1 2 1 peças
de entre os Mormons abaixou para 9,3 variadas. A sociedade contribui . . . .
e nos Estados Unidos para 12,5. 339.784 horas de trabalho para o pro­
Desde o ano 1860 a proporção de fa­ gram a de prosperidade, explicado a
lecimento, entre os Mormons, tem sido seguir e serviu 3.530 fam ilias nas es­
sempre mais baixo do que a dos E sta­ tacas e 490 fam ilias nas missões in ­
dos Unidos, até 1944, quando a media cluídas neste mesmo programa. A so­
nacional foi 10,6, para o estado de Utah ciedade até o ano findo acumulou uma
7,6 e para os Santos dos Últimos Dias renda liquida de 1.616.098,51 dólares
6,4, dando aos Mcrmons um a probabi­ representados por ações e reservas ali­
lidade de uma vida media de 78 anos. mentícias.
Na conferencia geral da Igreja, em Sexto: SISTEMA DE PROSPERI­
Abril 1947, a proporção de falecim en­ DADE- O Sistema de prosperidade
to entre os Mormons foi calculado em da igreja estipula que todo homem
5,9. Isto é um período media de 85 sadio, deve trabalhar e que todo indi­
anos de vida. É isto impossível? — víduo nas estacas da igreja pode ter
NÃO. É uma realidade. alimentação, vestuário* casa e educa­
Terceiro: MORALIDADE. A pro­ ção. Nenhum homem, m ulher ou
porção de nascimento entre Os Santos criança deve pedir esmola ou pedir
dos Últimos Dias em 1946 foi 33,8 na- assistência duma outra organização.
saturos por mil pessoas contra 20,0 nos Desde a guerra passada, a greja m an­
Estados Unidos. tem um interesse grande nos Santos
A média de ilegitimidade entre os dos Últimos Dias, da Europa. O sis­
pcvos de U tah e Idaho foi 10,4 por mil tema consequentemente m andou 14.924
nascimentos. U tah e Idaho tem uma pacotes de alimentos e roupas pesan­
percentagem alta em relação aos San­ do 68.000 quilos, ajudando 6.872 pes­
tos dos Últimos Dias. Nos Estados soas em sete missões da Europa: for-
- - 54 —
Lembrança do Monte Cumorah
(2.a Parte)
Trad. por Carm en Simões Pfister

José Smith nasceu em 23 de De­ seguir a religião que praticavam. En­


zembro de 1805, em Sharon, Condado quanto o pensava sobre a situação ele
de Windsor, Vermont. Come a maio­ veio a ler o- versículo 5 cap. primeiro
ria das pessoas daquele logar, seus de Tiago, que diz:
pais também eram pobres, honestos, “E, se algum de vós tem falta de
bons fazendeiros, os quais mais tarde sabedoria, peça-a a Deus, que a todos
mudaram -se para Palm yra, Condado dá liberalmente, e o não lançu em
de Wayne, Nova York. rosto, e ser-lhe-á dada” .
Na idade de 15 anos, José foi im ­ * Ele ficou profundamente impressio­
pressionado pelo fervor religioso mos­ nado por isso e retirando-se para um
trado por alguns de seus parentes e pequeno grupo de árvores de sua casa,
amigos nas reuniões de restabeleci­ (atualm ente chamado “Bosque Sagra­
mento, que estavam sendo realizadas do” ) ajoelhou-se e pediu esclareci­
por várias seitas da localidade. Uma mento sobre, qual Igreja deveria se­
das coisas que o deixava perplexot era guir.
o fato de que das pessoas de quem O jovem disse mais tarde cjue quan­
ouvia declarar que estavam “salvas”, do em meio de suas preces, ficando
eram m uitas vezes membros de reli­ subjugado pelas forças da escuridão,
giões opostas, de fato, membros de sua ele pediu ajuda a Deus. Gradualm en­
própria família seguiram outras Igre­ te a ferça maligna foi vencida e ele
jas e cada uma delas incitaram -no a contemplou uma luz maior que a do

Os Frutos da Igreja auxilia a expressão de declamação, de


necendo 100 quilos de alimento e rou­ canto, a oportunidade para se tornar
pa a cada pessoa. um instrum entista, orotoria e tambem
Neste sistema compreende são 105 tem a maior federação atlética compe­
armazéns instalados em 141 edifícios tidora do mundo.
cujo valor é 2.289.408,00 dólares. Eles Todo homem honrado pode possuir
são providos de toda necessidade vi­ o sacerdócio com tanto, que ele p rati­
tal. Para produzir todas as provisões que boas obras; toda m ulher deve cons­
necessarias a esses armazéns, o siste­ tituir um lar, caso impossível para si
ma estabeleceu 160 projetos perm a­ própria, tem por obrigação auxiliar a
nentes da igreja. Os projetos incluem outrem.
cultura de hortaliças, sementes e tri­ O trabalho da igreja é de prover
go.; pomares cultura algodoeira, ex tra­ toda necessidade fisica, espiritual e
ção do leite e fabrico de queijo, cen­ cultural para os seus membros e aju­
tros de costura, 66 fabricas de laticí­ da recíproca entre eles. O propósito
nio de peixes, de verduras e de carne, da igreja é ensinar o indivíduo, para
fabricas de sabão e vitaminas, quatro que tenha um a liberdade completa de
reservatorios especiais para trigo, o ação e bem estar conforme a verdade.
que tem capacidade de milhões de “Pelos seus frutos os conhecereis
quilos e um moinho de farinha. Os frutos são bons. Eis a Igreja de J e ­
Setimo: EXPRESSÃO DE TALEN­ sus Cristo. Deus no,s abençoe, peço
TOS. Todo. homem, m ulher e criança em nome de Cristo. Amem.
na igreja tem oportunidades iguais de
expressão dos seus talentos. A igreja Trad. por José Camargo
*

sol do meio-dia, em cuja luz estavam tes deste continente e sua origem; e
dois gloriosos sêres vestidos de b ran ­ que o livro continha a plenitude do
co e de fisionomias resplendentes. Um, Eterno Evangelho. O mensageiro deu
apontandc para o outro disse: "José, outras instruções, e a fim de que José
êste é o Meu Filho bem-amado, ouça-o”. não as esquecesse, voltou mais duas
Assim êste jovem recebeu a notável vezes na mesma noite, repetindo as
visão do Pai e do Filho, a maior m a­ mesmas ccisas que já disséra pela p ri­
nifestação de Deus ao homem desde meira vez.
os tempos de Adão, Abrahão, Enoch e Novamente no dia seguinte ele apa­
Moysés, em dispensação prévia. De receu a José e a mensagem foi repe­
fato, é a m aior revelação de qualquer tida. N aturalm ente José foi impelido
história que se recorda de Deus tra ­ a contar tudo ao seu pai. Êste último
tando com os homens, assim é porque aconselhou-o a fazer conforme m an-
ordenava a restauração do Evangelho, dára o mensageiro, sabendo que ele
nesta- a últim a dispensação da Pleni­ era um Mensageiro Celeste.
tude dos Tempos. Perto da vila de M anchester no con­
Muitos, naturalm ente, duvidarão da dado de Ontario, Nova York, em um
história de José; durante toda sua vida, monte de altura considerável, mais
porém, ele nãc somente m anteve a tarde chamado pelos Mormons, Cumo-
verdade da mesma, porém quando rah, seguindo C' nome antigo dado nas
abandonado pelos seus amigos e acon­ placas de ouro. Foi no lado oeste
selhado por pastores da localidade a dêste monte, não longe do cume, debai­
negar sua história sob a dôr de ser xo de um a enorme pedra como o m en­
“voltado a Satan”, sua única defesa sageiro havia explicado, que José en-
era dizer: “Quem sou eu para negar ^ controu as placas escondidas num a
isso, se o» próprio Deus ma revelou?” caixa feita de pedras, fixadas com uma
Contudo, sua história é a MAIOR especie de cimento. Havia vários ou­
VERDADE jam ais dada ao homem ou tros artigos, um a espada antiga, uma
a MAIOR MISTIFICAÇÃO jam ais bússola esquisita e um par de pedras
perpetrada, porém, pelos seus frutos transparentes montadas com grossos
qualquer homem honesto está apto a arcos suportadas per peitoral, as quais
determ inar, o que, com certeza Deus foram escritas por Moroni como "Vrim
tem demonstrado, através da Igreja de e T hum m im ” ou intérpretes.
Jesus Cristo, em seu crescimento, em
seus ensinamentos, se foi ou não d ’Ele. José estava para re tirar as pedras,
Considerando a sinceridade de José porém, foi retido por Moroni. que lhe
Smith; ele nunca exitou — ele nunca disse que se passariam ainda m ais 4
vacilou — ele nunca negou sua histó­ anos antes que lhe fosse permitido obter
ria, porém, estava pronto quando che­ as placas e aconselhou José a encon­
gou a época de Selar seu testem unho trá-lo um ano após aquela data, o que
com sua vida e seu sangue. foi feito.
Voltando à visão, foi dito a José Encontraram -se anualm ente por 4
para não seguir nenhum a das religiões anos consecutivamente, recebendo ins­
e instruções foram -lhe dada em con­ truções do seu angélico professor.
sideração a sua posição e vocação na Imaginem o conhecimento que um jo­
vida. vem impressionável, livre de qualquer
Mais ou menos 3 anos mais tarde o preconceito e com mente clara, pode­
Senhor mandou do céu um mensagei­ ria receber em 4 anos de um mestre
ro, Moroni, que falou de um livro divino! Não adm ira o sobressalto do
gravado sobre placas de ouro, que con­ munde quando no fim daquele período
tinha uma história dos antigos habitan­ de estudos, o jovem trouxe à luz re-,

— 56 —
A
0 M anto d o P essim ism o
indubitavelm ente um m anto de pes­ que todos os fatores para a felicidade
simismo peneira-se sobre o povo — que jam ais estiveram na terra estão
um pessimismo vindo depois da guer­ aqui agora. Todos os fatores e as for­
ra, nascido da falta de um a completa ças do; conforto, beleza, propósito e
promessa de paz. É o pessimismo da providência, estão sempre conosco.
falta d e fé. É profundam ente danoso Deus, a natureza, o sol e a terra tem
perder a fé nos outros. Mas é ainda prestado bom serviço. E seria um
mais danoso perder fé em nós mes- mundo de paz e abundância se os ho­
mcs. A vontade para viver tem le­ mens fizesse bem o seu trabalho. Mas
vado muitos homens a um a condição os homens dão muito inquietação ao
crítica, quando outros com m aior for­ mundo. E quando os homens não
ça física mas menos fé tem falhado em cuidam, quando os homens não crêm,
sobreviver. A falta da fé torna os quando os homens tornam -se cínicos
homens sem esperança, e homens sem e desiludidos, quando cessam de levan­
esperança estão, praticam ente perdidos tar m ais alta e mais alta a vista, eles
—- até acharem a fé outra vez. Uma caem mais e mais para baixo. Mas
parte deste pessimismo, uma parte há tanto de valor, para ser salvo como
desta, falta da fé, é gerada pelos que jam ais houve. Hã tanto de promessa
acreditam que os seus próprios propó­ como jam ais houve. Mas não podemos
sitos prosperarão pelo completo deses­ salvar a nós mesmos nem quaisquer
pero dos outros. E assim apenas uma outros enquanto não movermos o m an­
razão urgente para lutar contra a fal­ to de pessimismo, pois não subimos
ta da fé. Àqueles, portanto, que se além de que pensamos, além de que
encontram participando voluntária- planejamos, além do nosso propósito,
mente ou involuntariam ente neste es­ além da nossa fé, Mas se crermos em
pirito de pessimismo, lem brem -se de Deus e Sua bondade, e em nós mes­
mos, não há razão embaixo do céu ou
na te rra porque não possamos ter um
Lembrança do Monte Cumorah
futuro melhor como nunca tivemos, se
marcaveis ensinamentos, conforme ele
fez. tivermos fé no futuro, vontade, e pron­
Por meio de extranhos “intérpretes" tidão para trabalhar. E por estas ra ­
(tal qual Aarão, o antigo Sumo-Sacer- zões, e per muitas outras, devemos
dote recebeu as revelações através do lutar contra a falta de fé.
t/rim e Thm m nirn), José Smith estava
Trad. por C. Elmo Turner
apto a traduzir os estranhos caracté-
res dêste maravilhoso documento, o
doeumento de Deus tratando com seu “Quereis estar sempre sereno e cum­
povo neste Continente Americano, nos prir o vosso dever? Evitai tudo quan­
dias passados. to não pudesseis dizer diante de tes­
(Continua no próxim o núm ero) tem unhas” — LacorcLaire.

— 57 —
Quereis Deixar de Fumar ?
Do “Im provem ent Era”

Coronel Elmer G. Tomaz, agora ofi­ da Prim eira Presidência, a respeito da


cial reformado do exército Norte-A m e­ observância à Palavra de Sabedoria.
ricano, e membro do alto conselho da Esse artigo deu-m e a ideia definitiva
“Ensign S ta ke”, escreve 01 seguinte de deixar os maus hábitos e respeitar
artigo para a coluna “No Liquor-To- a Palavra de Sabedoria.
bacco” da revista, “The Im provem ent O artigo: em questão, dizia m ais ou
Era”, o quç deve ser lido com provei­ menos o seguinte.
to por todos: “Quereis realm ente deixar o licor, o
“A maioria dos Santos dos Últimos tabaco, o chá, o café, e outros hábi­
Dias guardam a Palavra de Sabedoria tos?” Si quereis, não achai que ten­
jnas muitos não o fazem, rejeitando des a fôrça de vontade è a ajuda de
portanto as grandes bênçãos há muito Deus, p ara poder passar sem o vosso
predicadas. liccr, charuto, ou cigarro, ou o seu
Muitcs tem tentado, sem sucesso, chá, ou café, por apenas um dia —
deixar os hábitos do licoí-, tabaco, chá Amanhã? — diremos por amanhã? Ou
ou café. Eu os compreendo porque eu devereis adm itir que a vossa fôrça de
comecei a usar tabaco quando tinha vontade é tão fraca que não podereis
apenas 10 ou 12 ancs de idade. Re­ passar sem estas coisas por apenas um
trocedendo àqueles tempos eu lembro dia, por apenas vinte quatro horas,
que eu era um rapaz de recados que por apenas amanhã, sem prom eter a
trabalhava num escritório para um si próprio ci que fará depois de am a­
doutor. Um dos meus deveres, bem nhã, mas apenas amanhã?
me lembro, era esperar o leite na p a r­ “Resolvi, firm em ente, que não bebe-
te oeste da cidade e entregá-lo à re ­ reis ou fum areis um cigarro, ou que
sidência do doutor, na avenida e me não fareis qualquer que seja o teu ví­
era dadc dinheiro de condução para cio, mas esta promessa a vós mesmo
fazer essa entrega. Mas, ao invés de seja cum prida por apenas amanhã.
tom ar o bondo, eu fazia o serviço- a "Agora, amanhã à noite devereis
pé, e com o dinheiro comprava três fazer um exame em vós mesmos e ver
Virginia Cheroots, um cigarro muito como realm ente atravessastes oi dia
popular naquele tempo. Esses cigar­ sem bebér ou fum ar e como sobrevi-
ros eu poderia fum ar na viagem de veste a esse sacrifício, pois foi, um
ida e volta para a residência do Dou­ sacrifício. Podereis ficar surpresos ao
tor. Daquele tempo até mais ou me­ ver que fostes capazes de abster-se
nos 1925, com excessão de mais ou destas coisas muito melhor do que vós
menos um ano, eu fui um inveterado julgastes capazes, e então, será a oca­
fumante, fumando dez ou mais cigar­ sião para decidir resolutam ente que
ros por dia. Eu nãc; somente fumava “amanhã” novamente não bebereis ou
cigarros, mas também usava o tabaco fum areis”.
de outras maneiras. “Passaram -se cêrca de vinte anos
Tentei muitas e muitas vezes que­ desde que li esse artigo, e conquanto
b rar o hábito, mas sem sucesso. o desejo de tabaco não tenha talvez
Mais ou menos em 1925, enquanto sido completamente vencido, eu não
estava estacionado em Forte Sam tenho fumado ou bebido desde esse
Houston, Texas, estava lendc “A tempo, e prometo-me a mim mesmo
Liahona”, e neste jornal estava um que novamente amanhã, não vou fu ­
artigo que eu acredito ter sido escri­ m ar ou beber.”
to por Pres. David O. MacKay, agora Trad. por Alfredo Tiima Vaz
Evidências e Reconciliações
Por Elder João A. Widtsoe
LXX: Porque e Como Se Deve Pagar e aos bens materiais que se pode com­
O Dizimo? . .. p rar é um dos mais poderosos objeti­
O dizimo significa a doação volunta- vos do homem. Quando este ámor ven­
ria da décima parte do seu Salario, ce os outros desejos normais, então o
renda, oú juros, para a manutenção do dinheiro verdadeiramente tom a-se “ a
trabalho do_ Senhor na terra. É uma raiz de todos os males” . Os homens
lei antiga e divina, que foi praticada devem aprender os valores relativos das
em todas as dispensações do evange­ coisas da te rra e do espírito. A sepa­
lho. Em quase todos os paises, cris­ ração de nossos bens terrenos parece-
tãos ou pagãos, ela foi reconhecida e nos ser um sacrifício — mas o sacrifí­
praticada de alguma forma. cio sempre traz bênçãos. A primeira
A lei do dizimo foi reafirm ada pelo lição na arte da feli.cidade é a do sa­
Senhor em nossos dias. (D. C ., se­ crifício. Quem eleva as suas afeições
ção 119) Ela é um mandamento obri­ acima das coisas terrenas desenvolve-
gatório da igreja. se no espirito e começa a crescer. Os
Como todos os mandamentos divinos, Santos dos Últimos dias são um povo
a lei do dizimo é para o benefício da­ feliz porque crescem e progridem. Eles
queles que a praticam. Grandes re­ devem ser capazes de controlar e su­
compensas seguem a observância ho­ bordinar o amor às coisas terrenas si
nesta desta exigencia. quizerem alcançar a grandiosidade.
Primeiro, o pagador do dizimo soli­ Senão, se tornam perigosos à sociedade
difica a sua lealdade a igreja. Torna- e destruidores dos seus próprios melho­
se atentam ente identificado com o mo­ ramentos. O pagamento regular do
vimento dos Últimos Dias. D’aqui por dizimo afasta o egoismo e ergue o ho­
diante ele tem interessa nas muitas mem acima do sedimento da te rra. A
atividades da igreja. Templos, escolas sua capacidade de fazer o bem aumen­
e todos os program as da igreja são ta-se. A sua visão está livre da man­
proporcionados tanto como a alimenta­ cha das coisas materiais. Ele adquire
ção e o cuidado para com os pobres, as uma perspectiva verdadeira da vida.
viuvas, e os orfãos por ele em conjun­ Os outros reconheceu nele a qualida­
to com os demais pagadores do dizimo. de subtil da grandiosidade ; o produto
Ele coopera com o Senhor em alcançar da abnegação. Ele ganha uma liber­
seus propósitos poderosos. Ele suporta dade nova e maior. Paz o aguarda.
definitivamente uma grande causa. Sua vontade está disciplinada para a
Ele enfrenta o sacrifício pelas crenças ju stiça.
que tem para seu objetivo, o bem estai Terceiro, o pagador do dizimo é le­
de todos os homens. Coragem e poder vado para mais perto do Senhor. A
vêm a cada homem que se sacrifica por oferta é um reconhecimento de que a
uma cousa nobre. Toma-se um homem terra pertence a Deus e que os homens
maior. O mundo precisa de homens são apenas administradores do que
que creiam e que tenham coragem para possuem. O Senhor é o doador de to­
dar de seus bens e de si mesmo pelas das as coisas boas. Da semeadura e
suas convicções fundadas. da colheita. Pagamento do dizimo é a
Segundo, a lei do dizimo prepara a admissão pelo pagador do mesmo de
vontade humana para mais do que os que seu salario vem do Senhor. O dar
lucros m ateriais. O amor ao dinheiro de volta em dizimo é dizer, “ como evi­
dencia que este dom é de ti, eu dou de dizimo não há de se queimar. . . eis que
volta assim uma décima parte.” depois de hoje vem o fogo.” (D. C.
E sta fé dos Santos dos Últimos Dias 64:23-24) O Senhor pela sua miseri­
estabelece uma aproximidade entre córdia abre as janelas dos ceus sobre
Deus e o homem. Todo o pagamento seus filhos fieis e repaga mil vezes
de dizimo constroe uma fé viva. Tor­ mais de acordo com suas necessidades.
na-se um testemunho da realidade do As bênçãos prometidas ao pagador
vivo Deus e de Seu parentesco com os do dizimo são grandes.
filhos dos homens. E ao assim teste­ Quinto, o pagador do dizimo sente o
munhar o Senhor e suas bondades gozo no coração que vem por obedecer
aum enta o poder espiritual. Todo o os mandamentos do Senhor. Pela obe­
pagador de dizimo aumenta na fé e diencia às leis do ceu ele consegue h ar­
recebe a paz e o gozo prometidos. A monia com o mundo celestial. Ele
oração torna-se mais facil; a duvida passa atravez das tarefas do dia, en­
desaparece; a fé avança. A certeza e frentando o mundo corajosamente. Ele
a coragem suportam a alma. O senso sabe o seu rumo e o seu destino. Ele
espiritual torna-se afiado; a voz eterna tem toda certeza que tudo vai bem .
é ouvida mais facilmente. O homem Isso, o maior efeito de pagar dizimo,
torna-se mais semelhante a seu Pai glorifica a vida no meio das tribulações
Celestial. do mundò. Somente quando uma pessoa
Quarto, o fiel pagador do dizimo tem devota-se em tudo ao Senhor, pela li­
uma direita sobre as bênçãos necessa- vre e completa aceitação da lei divina,
rias da vida. Recompensas, espirituais pode te r comunião completa com as
e temporais, escorrem abundantemente coisas celestiais.
da obediencia à lei. As bênçãos ta l­ Tais são alguns dos benefícios que
vez não venham sempre como se de­ recebe ao p agar o dizimo.
seja, mas vêm e são para o benefício Cada membro da igreja que rece­
do homem. Seja talvez de uma n atu ­ be uni salário, ou ganha dinheiro
reza m aterial ou espiritual, como O Se­ ou o equivalente, deve p raticar a lei
nhor designe; mas sempre trazem os do dizimo. O presidente da igreja
gozos mais altos da vida. No entan­ tanto como o membro mais novo está
to pode se dizer com segurança que sob esta mesma obrigação. Todos as
quem quer que seja que pode deixar meninas e os meninos devem ser ensi­
ao lado o amor pelas coisas terrenas nados a d ar um decimo da sua renda
tem os dons da te rra aos seus pés. ao Senhor. Deve ser como um privi­
As bênçãos da igreja são, necessaria­ legio alegre, uma expressão de g ra ti­
mente, retiradas daqueles que não ade­ dão e confiança no Senhor, para con­
rem a essa lei. Assim tem dito O tribuir para a manutenção da igreja, a
Senhor. Eles “ não achar-se-ão, nem os promulgação do evangelho; e o bem
nomes dos pais, nem os nomes dos fi­ estar dos necessitados.
lhos escritos no livro da lei de D eus.” O DIZIMO significa um decimo.
(D. C. 85:5). Aqueles que dão menos realmente não
Nos últimos dias há tambem gran­ pagam dizimo; são contribuidores me­
des turbações. Destruição e morte an­ nores ao trabalho do Senhor. Dizimo
dam nas estradas da terra. H á perigo significa uma décima parte do salario,
por todos os lados. Mas, o pagador do dos juros ou rendas da pessoa.. O mer­
dizimo tem o privilegio da proteção, cador deve pagar dizimo na renda li­
■‘Em verdade ele é um dia de sacrifício, quida da sua loja, o fazendeiro na ren­
e um dia para requerer o dizimo do da liquida da fazenda; o empregado no
meu povo; eis que aquele que paga seu salario ganho por ele. Dos nove deci-

— 69 —
mos que sobram pode-se pagar as des­ agentes autorizados da igreja — O bis­
pezas correntes, taxas, economicas, etc. po presidindo, aos bispos das paróquias,
Para deduzir da renda as despezas de aos presidentes dos ramos e aos presi­
viveres, taxas, e despezas semelhantes dentes das missões. Tecnicamente de­
e então p agar dizimo do resto não con­ ve ser pago em bens. O que é, o fa­
forma com o mandamento do Senhor. zendeiro daria de suas searas e reeba-
Sob ta l sistema a maior parte das nhos, o profissional de sua renda. To­
pessoas não teriam nada sobre qual davia, as inconveniencias do transpor­
pudessem pagar dizimo. Em verdade, te, armazenamento, e disposição cau­
não há argumento neste ponto. sam alguma perda o que tom a per-
O dizimo deve ser dado na base da missivel e frequentemente mais deseja­
renda inteira. Se a natureza do co­ do pagar o dizimo em dinheiro.
mercio requer interpretação especiai, o O Dizimo é uma lei menor. A lei
pagador do dizimo deve consultar o maior e mais perfeita é a lei da con­
pai do Ramo, O Bispo. sagração, tambem conhecida como &
Quando o dizimo está pago não se ordem de Enoch ou a ordem unida. Os
deve te r questão alguma sobre seu uso. Santos dos Últimos dias não alcança­
Aqueles que são mantidos como lideres ram ainda o grau de perfeição que
da igreja reencaminham as ofertas ao torna possivel o cumprimento desta lei
povo p ara varios propósitos. O dizi­ mais compreensiva. Até aquele tempo
mo dos membros capacitam a igreja a chegar o Senhor requer a obediencia à
cumprir seus deveres a ela confiados lei do dizimo — uma lei equitavel sob
pelo Senhor no desenvolvimento do a qual a oferta da viuva pobre vale
"Plano de Salvação” . Pela revelação tanto .como a do rico com seus milhões.
moderna os dizimos do povo são' admi­ Quando todos os membros da igreja
nistrados pela presidencia da igreja, tornam-se honestos pagadores do dizi­
assistido pelo conselho dos doze e pelo mo, podemos começar a olhar para c.
bispo presidindo. Estes homens exer­ estabelecimento da lei da consagração
cem um cuidado devocional no uso dos Então o Senhor restabelecerá essa lei
dizimos. Eles são distribuídos com maior.
escrupuloso cuidado, pois eles são sa­ É o testemunho invariavel de milha­
ciados. Nenhum dinheiro no mundo res que a obediencia a esta lei do di­
todo é mais honestamente administrado. zimo traz grande felicidade, o poder de
Os curiosos sobre a parte financeira solver os problemas da vida, uma pro­
da igreja são geralmente aqueles que ximidade a Deus. Todos devem fazei
não pagam dizimos. A fé que conduz um convênio individualmente com o Se
a uma tal contribuição voluntaria inclue nhor o qual nos deu vida e tudo que te ­
fé em outros princípios do evangelho; mos, um convênio que obedeceremos to­
incluindo confiança nos servos escolhi­ das as suas leis, incluindo a do dizimo.
dos e mantidos do Senhor. Tenhamos confiança no Senhor. Ele
O dizimo deve ser pago somente aos não nos falha. Trad. por W. J. Wilson

O pecado é prim eiram ente agradavel, Adão caiu para que o homem exis­
em seguida torna-se fácil, então delei- tisse, e o homem existe para que te­
tavel, então freqüente, então habitual, nha alegria”. II Néphi 2:25
então firme; depois o homem é impe-
nitente, então é obstinado, então deci­ “Prefiro o testemunho de -minha
dido a nunca se arrepender, e aí ele consciência às opiniões alheias a meu
egtá ruinado. — Leighton . respeito” —- Cícero.

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ESCOLA

É aqui, meus irmãos da Escola Do­ O VERSO SACRAMENTAL POR


minical, que se encontrará o Verso MARÇO E ABRIL
Sacram ental e outras informações per­ “Que grande sabedoria
A Corte Celestial deveria ter
tencentes à Escola. Esta é sua coluna Em m andar-nos um Salvador
— aguardem -na bem! Para Sofrer, sangrar, e morrer.”

“ . . . A LETRA MATA, MAS O ESPI­


RITO VIVIFICA”
O antigo Israel tentou definir em trabalhava num a fazenda era o costu­
grande detalhe aquilo, que era legal e me desse irm ão avisar o bispo quando
aquilo que podia ser considerado não podia assistir a próxima reunião
transgressão. O resultado disso foi ao domingo, pois seria sua vez de ir­
uma multiplicidade de regulam entos e rig ar a terra, e não podia fugir desta
definições os quais merecerem a re ­ tarefa. As devoções dominicais tinham
primenda do Salvador em m uitas oca­ que ser abandonadas justamente.
siões, durante o seu ministério. O Aos Sabados o time de baseball sem­
apostolo Paulc. resum iu a atitude do pre jogava. Ele era um dos jogado­
Mestre quando escreve: “O qual tam ­ res entusiásticos. Um domingo quan­
bém nos fez idoneos ministros de uma do se preparava para ir avisar o bispo
nova aliança, não da letra, mas do es­ para que o desculpasse da reunião
pirito; Pois a letra mata, mas o espi­ outra vez, para poder cuidar da irriga­
rito vivifictí” (II Cor. 3 :6 ). ção, ele refletiu e lembrou-se de que
Às vezes perguntam -nos “o que cons- quando a sua vez para o serviço caia
titue um a desculpa válida para não nos sabados, sempre arranjava um jei­
assistir às reuniões da igreja?” to para ir jogar baseball, pelo menos
Si começarmos a classificar descul­ por tres ou quatro horas. Repreen-
pas ou definir limitações, o espírito, o dsu-se então cham ando-se de "hipó­
qual vivifica, gradualm ente tornar-se- crita!” E daquele dia em diante ele
ia extinto. Em vez de sentir desapon­ sempre arranjou tempo para cum prir
tamento e tristeza por causa da inca­ com seus deveres com a igreja.
pacidade em fazer as coisas que o Se­ É suficiente dizer que os membros
nhor considera vitais, logo nós nos que verdadeiram ente querem bem ao
acharíamos procurando justificar o en­ Senhor e sentem suas responsabilida­
cobrir a nossa negligência. O Senhor des, como seus servos sobre a terra,
indicou a sua posição declarando: “Eu, acharão poucas ocasiões para qual­
O Senhor, sou obrigado a vos aben­ quer tipo de desculpa. Com bastante
çoar quando fizerdes o que eu digo, vontade e alegria deixarão de lado
mas quando não o fizerdes não tenhais outros deveres para fazer o trabalho
esperanças.” do Senhor. Chegará o tempo quando
Talvez eu possa ilustrar, por uma faltar à igreja será inevitável então
experiencia, quão facilmente achamos uma desculpa talvez seja justificável,
desculpas. se a pessoa envolvida pode verdadei­
Anos atraz enquanto uma pessoa ram ente sentir que colocou a coisa

— 62 —
mais importante em primeiro lugar e nho apertado e estreito chegará ao
que o Senhor está satisfeito com essa grau de gloria celeste!
decisão.
Trad. por W. J. Wilson Ama o Senhor teu Deug de todo o
(“The Im provem ent E ra” ) teu coração e de toda a tua alma e de
todas as tuas forças?
Ama o teu proximo como a ti mes­
“ENTRAE PELA PORTA mo?
E ST R E IT A .. Faz para outros assim como você
quer outros façam para vccê?
Frequentem ente pensamcs na morte, Já recebeu o batismo na Igreja de
como uma coisa que acontece a ou­ Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
tras pessoas. Nunca pensamos que Dias, E vivem de acordo com o com­
eventualm ente aconteça para nós. Por promisso assumido?
causa disto, nós esquecemos de pre­ Se você fc r homem, recebeu o sa­
parar-nos para este evento. Nosso cerdocio de Melchizedek?
tempo aqui nesta vida é bem curto G uarda a palavra de sabedoria?
em comparação, com a vida eterna. Ajuda aqueles que são menos fortu-
Mas o que temos feito para ganhar nados do que você.
este premio? Fala sempre bem sobre os outros?
Se você morresse no proximo m o­ G uarda santo o dia do Senhor?
mento, estaria pronto para encontrar Assiste as reuniões da Esecla Domi­
seu Senhor? Estaria pronto para re­ nical, Sacramental, Sociedade de So­
ceber o juizo dele, sabendo que esta corro, Mutuo, Sacerdocio?
determ inaria sua felicidade para a Paga um decimo de toda a sua Ren­
eternidade? Para sempre é um tem ­ da?
po muito longo, gostaria de passa-lo Estimula a igreja em todas as suas
no grau de gloria celestial ou em ou­ funções com a sua contribuição e com
tro inferior? Se não, de que qualifi­ a sua presença?
cação especial tornar-se-ia você m ere- Você tenta am ar seu proximo em vez
cedorp de sentir ciumes x u inveja dele?
Nossc. Senhor tem dito, “Entrae pela Prega o evangelho para todos os
porta estreita (Larga é a porta e es­ seus amigos e conhecidos quando vacê
paçosa a estrada que conduz à perdi­ tem a oportunidade?
ção e m uitos são os que entram por Sacrificaria você tudo até a própria
ela). Porque estreita é a porta e aper­ vida na causa do seu Salvador e de
tada a estrada que conduz à vida, £ sua igreja?
poucos são os que acertam com ela.” Ao realizar cs pedidos de sua igreja
Mat. 7:13-14. você sempre os faz com boa vontade?
Milhões de pesscas tem vivido des­ Elder Robert Pool
de o começo dos tempos. O Senhov
disse que somente poucos entrarão pela
porta estreita. Porque você pensa que
“O tagarela, querendo fazer-se amar,
será um destes poucos?
Em baixo estão algumas perguntas.' faz-se odiar. Quer obsequiar e é im ­
Examine-se e veja se está em harm o­ portuno. Quer fazer-se adm irar e tor­
nia ccm a vontade de seu Deus em na-se ridículo. Despende sem pagar.
relação a Ele proprio e a seu proximo Ofende aos amigos, presta serviços aos
por responder as perguntas abaixo, e
inimigos e esforça-se por perder-se”.
se você puder responder afirm ativa e
honestamente, então você, neste cam i­ — Plutarcha

— 63 —
PRIMÁRIA
A Q U E L E QU E C A I U
por Mildred Houghton Comfort

Bobby lavou suas mãos na pia da e assim que tentou mover-se escor­
ccsinha e enxugou-as num a toalha que regou e b u m p . .. Caiu pesadamente no
estava pendurada ao lado do espelho. gelo.
Pos seu gorro e luvas de lã. Sorriu, Os gemeos quando viram isso, cor­
não à sua pessoa bem vestida e tão reram rapidam ente para ele, patinan­
agasalhada, mas ao espelho. do.
“ESPELHO”, disse ele, “você é tão “Não chore, Bobby”. Pedia Claire.
liso e brilhante como um rinque de “Nós o ajudaremos”.
patinação, sómente que você não é tão A judaram Bobby a por-se de pé no­
grande”. vamente e amparando-o começaram a
O rinque ficava no parque, do ou­ patinar. Era engraçado!'
tro lado da rua; e Bobby sempre es­ “Estou patinando!” G ritava B obby.
perava por Claire e Clarence, os ge- “Estou patinando!”
meos que moravam visinho, para aju ­ Mas depois de certo tempo os .ge­
da-lo. Chegaram cedo hoje, porque meos cançaram-se de tanto puchar
era Sabado e não hayia aula. Cami­ Bobby e disseram, “tente patinar sost-
nhavam os tres de mãos dadas, fican­ nho”.
do Bobby entre os dois. Colocou os “Por favor, tente,” dizia Claire com
patins sobre os ombros da mesma m a­ seus doces olho 5 azuis a implorar.
neira que os gemeos faziam. Seus pa­ •M as, novamente caiu Bobby pesada­
tins eram novinhos e brilhavam como mente sobre o gelo.
prata. “Não posso,” soluçou ele, “por favor,
Chegando lá, Bobby sentou-se num me ajudem .”
banquinho que ficava ao lado do rin ­ E os gemeos mais uma vez o a ju ­
que, colocou os patins da mesma m a­ daram , mas agora já não precisava
neira que seu pai lhe havia ensinado. agarrar-se fortemente a eles; já podia
Seus patins eram do tipo tre»ó, com firm ar-se melhor, e mesmo deslisar.
lam inas duplas. Foi divertido quan­ “Você já está patinando sosinho-,”
do pos-se de pé sobre eles. Sua mãe disse-lhe Claire encorajando-o.
lhe havia dado uma velha peça de “Eu sei que estou,” disse Bobby.
oleado, para que assim ele não riscas­ “Bem, agora vá sosinho,” grita-lhe
se o assoalho. O rinque de patinação Clarence.
era tão liso quanto o oleado. “Vamos!” “Tente!”
Bobby ficou de pé, deu um passo, Ele e Claire largaram Bobby ao

— 64 —
mesmo tempo. E, B um p. . . caiu Bobby so que quem os está ajudando é você,”
mais uma vez achatando-se no rinque repetiu ele.
gelado. Estaria Ned brincando? Não, não
“Ah! não posso mesmcy,” soluçava seria possivel que ele fizesse isso.
outra vez *Bobby, “venham m e ajudar, Bobby disse: “Muito bem, nós to­
por favor”. mamos conta um do outro e talvez
Mas os gemeos estavam cansadís­ assim não cairemos,” e dizendo isso,
simos de tanto levantar Bobby das enfiou o braço no de Ned e para sua
quedas e perderem tanto tempo ensi­ própria surpresa verificou que podia
nando-o. O que eles queriam era p a­ ficar de pé e mesmo mover-se.
tinar sosinhos sem amolações. “A qui vamos nós,” gritou ele.
Por alguns dias os gemeos dexaram Ele já pedia patinar. Ajudando al­
de ir cham ar Bobby, mas foram m ui­ guém, fez com que ele soubesse que
to gentis em ir busca-lo no proximo podia.
SabadO'. “Olhe só o Bobby,” gritou Clarence.
Um novo rapazinho de nome Ned, “Agora ele tem Ned para ajuda-lo a
estava no rinque naquele dia. Seus patinar.”
patins eram tão novinhos e brilhantes “Aquele não pode ser o rapaz que
como os de Bobby e isso fazia-os crer vivia caindo,” diz Claire ironicamente.
que lambem nunca tinha tentado pa­ “Sim , é ele mesmo,” responde-lhe
tinar antes. Seus olhos castanhos Bobby vivamente.
acompanhavam Bobby patinando entre “E foi Ned que m e ajudou a ter con­
Claire e Clarence. E quando Bobby fiança em m im fazendo-me ver que
sentou-se ao seu lado, para descançar, eu posso patinar.”
Ned disse: Na hora do jan tar Bobby sorria na
“Você não quer me ajudar a pati­ frente do espelho.
nar?” — “Puxa, o que faz você pensar “ESPELHO,” diz ele, “você é tão
que eu sei patinar?” — Perguntou brilhante e liso como o rinque de pa­
Bobby espantado. “Eu o vi,” diz Ned. tinação. . . Disse-lhe eu, que. já posso
“Mas os gemeos estavam me ajudan­ patinar???
do,” explicou Bobby. E cs olhos de
Ned brilharam sabiamente. “Eu pen­ Trad. por Léa Albuquarqtie

A repetição dos atos form a o hábito; o hábito forma o ca­


ra ter, o carater forma o destino.

“ DINHEIRO”
Dinheiro pode comprar a casca de muitas coisas, mas não o
caroço. Ele vos traz alimentos, mas não apetite; remédios, mas não
saúde; amizades, mas não amigos; creados, mas não fidelidade; dias
de alegria, mas não paz ou felicidade.
Henrik Ibsen

Ensine uma creança a andar no caminho certo, e ande nele


tambem de vez em quando.
Joseph Bitlings

— 65 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
Há cento e seis anos A Sociedade de Socorro
Feminino de Nauvoo (The Female Relief Society of
Nauvoo) foi organizada pelo profeta José Smith. Emma
Sm ith foi escolhida como presidente da organização
com Elizabeth Ann W hitney e Sarah M. Cleveland como
conselheiras. Essa foi a prim eira organização de m u­
lheres no mundo, segundo a historia registra.
O Propósito da Sociedade é fornecer às irm ãs da igreja uma organização
pela qual possam cuidar do bem estar dos membros. Trabalhando sob a di­
reção* do bispo ou presidente do distrito seus deveres são de auxiliar os po­
bres, trata r dos doentes e aflitos e, numa m aneira geral, trabalhar por todos
os que precisam de auxilio.
No dia 17 de Março de 1948, celebramos o aniversario da fundação desta
organização maravilhosa. Grandes obras de caridade e amor já foram feitas
pelas irm ãs da Sociedade de Socorro e sabemos que o trabalho vai continuar
assim sob a direção de m ulheres bondosas e justas.

“ A PARABOLA DA JOIA”
por Nephi Jensen
Havia certa vez um certo homem “Trago uma joia para o nobre do
rico que tinha uma joia preciosa, a castelo.”
qual desejava entregar a um nobre “Porque a trazes?”
que residia em um castelo no cume “Porque sou um escravo e sou obri­
de um a aUa montanha. gado a traze-la.”
Chamou um de seus escravos e disse “O nobre não aceitará um presente
— “Tome esta joia e leve-a depressa de um escravo.”
ao alto da montanha, e entregue-a ao Assim, voltou o escravo ao seu se­
nobre do castelo.” nhor, com a joia.
O escravo, mau humorado, tomou a O homem rico chamou então um de
Joia, e começou a subir montanha seus empregados livres, e perguntou-
acima. Cada passo que dava, uma lhe si queria fazer a entrega da jo ia .
sombria e odiosa ideia atravessava a “Sim ,” replicou o ambicioso jovem.
sua mente. “Sou um escravo,” dizia, “Quanto queres pelos seus serviços?”
“odeio meu senhor, porque me obriga “Cem libras.”
a servi-lo.” O negocio foi feito, e o ambicioso
Assim pensando quando alcançou o jovem começou a subir a montanha
topo da montanha, estava mais zanga­ com a joia. Cada passo que dava um a
do e tinha mais odio do que quando egoista ideia assaltava a sua m ente.
começou a subir pela mesma. Porque “Quando eu tiver entregado esta joia,1'
assim é; há uma lei estabelecida de pensava ele, “receberei cem libras.”
natureza hum ana, que quanto mais Assim, quando alcançou o cume da
fazemos com espirito de odio, mais montanha, sentia-se m ais avarento e
rancorosos nos tornamos. egoista do que quando começou a su­
Quando o escravo chegou à entrada bida. Porque há um a lei estabelecida,
do castelo, foi interpelado por um dos de natureza hum ana, que quanto mais
guardas que lhe disse: fazemos com espirito de avareza, mais
“Que te traz aqui?” egoistas nos tornamos.

— 66 —
Quando chegou à entrada do castelo, fação a joia para cie, sem remunera­
ele, também, foi interpelado pelo guar­ ção.”
da, que lhe disse: E assim o jovem cristão começou a
“Que te traz aqui?” subir a montanha com a joia. A cada
“Trago uma joia preciosa para o no­ passo que dava, tornava-se uma mais
bre.” bela e mais nobre alma. Porque eis
“Porque a trazes?” que há uma lei estabelecida, de natu­
“Parque sou pago para traze-la.” reza humana, que quanto mais faze­
“O nobre não aceitará um presente mos com espirito de amor, mais no­
de um mercenário.” bre nos tornamos.
O homem rico depois, então, pediu Quando o jovem cristão alcançou a
a um jovem cristão, de coração gene­ entrada do castelo, ele também foi in­
roso, para que fizesse a entrega da terpelado peto guarda que lhe disse:
joia. “Que te traz aqui?”
“Quanto cobrarás pelos teus servi­ “Trago uma joia preciosa para o no­
ços?”, perguntou. bre.”
“Nada,” respondeu o jovem. “Eu “Porque a trazes?”
conheço o nobre. Encontrei o seu “Porque amo o nobre.”
único filho que é o mais gentil dos Então o jovem foi admitido no cas­
gentis e o mais puro dos puros. Eu telo, e graciosamente entregou a joia
acho que o nobre é igual aquele filho. ao nobre que convidou-o a vir e mo­
E porque ele é igual aquele filho eu ra r no castelo para sempre.
amo a nobre como amo o seu filh o .
E porque o amo, eu levarei com satis­ Traduzido por Alfredo L. Vaz

O CAMINHO

Só passarei por este mundo uma vez.


Qualquer bôa ação que eu possa praticar,
Ou qualquer gentileza que para o meu
semelhante eu possa ter,
Deverei sem demora praticar.
Não deverei adiar nem negligenciar o
bem que deva fazer,
Pois não tornarei este caminho a percorrer.

Olhar a Deus atravéz de aborrecimentos, O faz dificilmente


visivel. Olhar aos aborrecimentos, atravéz de Deus, os faz com­
pletamente invisíveis.
H. B. Brown

“Grandes homens discutem ideias.


Homens médios discutem fa to s .
Homens baixos discutem a vida do proximo.”

Os caminhos de Jehovah são direitos, e os justos andarão


neles.
H oséa 14:9

— 67 —
SACERDÓCIO

SACERDOCIO DE MELQUIZEDEC
Por W. J. Wilson restaurar este poder na terra nesta
dispensação da* plenitude dos tempos.
Quando José Smith recebeu sua Não podemos fixar a data exata
prim eira grande visão do Pai e do F i­ quando este Sacerdocio foi restaurado
lho, não havia o Sacerdocio verdadei­ mas aconteceu mais ou menos entre
ro entre as igrejas do mundo. Hou­ 15 de Maio de 1829 e 6 de Abril de
vera apostasia da verdade desde os 1830. Podemos imaginar alguns m e­
primeiros séculos depois de Cristo e ses do tempo exato, m as não mais, se­
seus apostolos. Consequentemente, foi gundo 03 registros da igreja. José, o
necessário que a ordem verdadeira profeta, designa o lugar onde suas or­
fosse restaurada dos ceus, por aqueles denações aconteceram, no seu discurso
que previam ente possuiram as chaves aos santos escrito em 1842 corno segue:
da autoridade. Assim, o mensageiro “E outra vez o que ouvim os? . . . A
celestial Jcão Batista, apareceu no dia voz de Pedro, Tiago, e João, no de­
15 de Maio de 1829, e empôs as mãos serta entre Harmony, condado de Sus­
sobre as cabeças de José Smith e Oli- quehanna, e Colesville, condado de
ver Cowdry, e os ordenou ao Sacer­ Broome, no Rio Susquehanna decla­
docio Aaronico. Algum tempo depois, rando-se como possuidores das chaves
os antigos apostclos, Pedro, Tiago, e do Reino e da dispensação da plenitu­
João apareceram a eles e os ordena­ de dos tempos.” Sem sombra de du­
ram ao Sacerdocio de Melquizedec. vida 0 Sacerdocio de Melquisedec foi
restaurado na terra.
Esse evento tão sagrado e im portan­
te, acima citado, aconteceu perto de O QUE E ’ O SACERDOCIO?. . .
um lugar chamado Harmony, no con­ Ele é o governo de Deus, quer na
dado de Susquehanna, estado de terra ou nos ceus, pois é por esse po­
Pennsylvania, enquanto José Smith es­ der, ou principio que todas as coisas
tava morando 3 IÍ, fazendo a tradução são governadas na terra e nos ceus,
do Livro de Mormon, e Oliver Cow­ e por esse poder é que todas as coisas
dry estava escrevendo para ele. Ina- são mantidas e sustentadas. Ele go­
fortunadam ente não temos um relato verna todas as coisas — dirige todas
tão definido, da recepção do Sacerdo­ as coisas — sustenta todas as coisas
cio de Melquizedec por José e Oliver, — e toma parte em todas as coisas
como temos da confirmação do Sacer­ associadas com Deus e a verdade. Ele
docio Aaronico. Mas temos inform a­ é o poder de Deus delegado às inte-
ção positiva e conhecimento que eles ligencias no ceu e ao húm em na terra.
receberam esse Sacerdocio das mãos (John Taylor).
de Pedro, Tiago e Jcão. Esses tres E ’ o canal pelo qual o Todo Pode­
receberam as chaves e o poder d ’essas roso começou a revelar a Sua Gloria
do Senhor Jesus Cristo aqui na terra, no começo da criação, deste mundo, e
e depois, foram comissionados para pelo qual Ele continua a revelar-íe

— 68 —
aos filhos dos homens até o tempo Elder Richards. Assim tambem com
presente, e pelo qual Ele revelará os os Setentas e sumo Sacerdotes. O ti­
seus propósitos até o fim. tulo geral “Elder” é frequentem ente
O Sacerdocio de Melquisedec distin- empregado ao fazer um relatorio de
gue-se do Sacerdocio Aaronico pela seus trabalhos.
sua autoridade sobre as ordenanças Quem quer que seja que é ordena­
espirituais da igreja. Ele pode fazer do ao oficic de um Elder possue as
todos os deveres que cabe no Sacer­ chaves do Sacerdocio de Melquizedec.
docio menor e, suplem entam ente, pode Somente existe um poder, mas diver­
adm inistrar nas outras ordenanças. sas chamadas, chaves e graus de res-
Ele “possue o direito de presidir, e ponsibilidade; suponha que somente
tem O1 poder e a autoridade sobre to­ um Elder sobrevivesse na terra, podia
dos os oficios da igreja em todos os ele ir e arrum ar o Reino de Deus na
tempos do mundo, para administrar terra? Sim, por revelação.
nas coisas espirituais.” O Elder é um ministro permanente
A obra designada à igreja é tão va­ da igreja. O Elder está designado a
riada e extensa que, necessariamente, prestar serviço' espiritual. Sob a di­
deve haver um a divisão do trabalho reção legitima ele pode confirmar
entre os que possuem o Sacerdocio. aqueles que são batisados, “pela im ­
Consequentemente, há oficios no Sa­ posição das mãos para o batismo de
cerdocio. fogo e do Espirito Santo.” Pode cr- ,
No Sacerdocio de Melquisedec há denar outros Elders, Sacerdotes, Mes­
tres divisões principais com outras tres e Diaconos; ungir e abençoar os
chamadas especiais: doentes pela imposição das mãos; pre­
gar o evangelho em seu país ou fora,
O Elder (ancião) e adm inistrar as ordenanças d ’esse.
O Setenta Ele é autorizado a dirigir reuniões
O Sumo Sacerdote sob a própria direção; e pode fazer
tudo que cabe ao Sacerdocio Aaroni­
O Patriarca (Sum o Sacerdote)
co. Um quórum de Elders completo
O Apostolo (Sum o Sacerdote)
A Presidencia do Santo Sacer­ enclue noventa e seis membros, tres
docio (Sum o Sacerdote) dos quais fcrmam a presidencia do
quórum.
Qualquer homem que possue o sa­ E ’ o dever deste corpo de homens
cerdocio de Melquisedec tem o poder, (Os Elders) serem ministros perm a­
quando chamadc pela autoridade legi­ nentes; e quando chamados pelos ofi­
tima, de ajudar nas m uitas atividades ciais da igreja, estarem prontos para
que necessariamente surgem na igreja. trabalharem no ministério em seu
país, e oficiarem em qualquer cham a­
OS ELDERS (ANCIÕES) da requerida deles, quer seja trabalho
nos templos, ou trabalho no país. ou
O termo “Elder” como é usado na quer seja nas missões junto com os
igreja é ao mesmo tempo específico e setentas, para pregarem o evangelho
geral. No seu uso específico é em­ ao mundo.
pregado como o primeiro oficie no A diferença entre os Elders e os Se­
Sacerdocio de Melquizedec. Mas no tentas é que os setentas viajam conti­
seu uso geral é empregado para refe­ nuam ente e os Elders presidem sobre
rir a qualquer grau desse Sacerdocio. as igrejas de tempo em tempo: um
Assim, frequentem ente ouvimos falar tem a respcnsibilidade de presidir de
de um apostolo como Elder Smith ou tempc ém tempo, e o outro não tem

— 69 —
responsibilidade de presidir, disse o conseguinte, devem estar prontos sem­
Senhor. pre para responder à chamada do Sa-
cerdocio Presidindo.
OS SETENTAS
OS SUMO SACERDOTES
Os setentas são chamados a pregar
o evangelho tambem, e para serem Os Sumo Sacerdotes segundo a or­
testem unhas especiais aos gentios e dem do Sacerdocio de Melquizedec
para todo o mundo — assim sendo têm o direito de oficiar sob a direção
diferente dos outros oficiais da igreja da presidencia em adm inistrar nas
nos seus deveres e chamadas. Eles coisas espirituais, e tambem ncs ofí­
formam um quórum, igual em 'autori­ cios de um Elder, Sacerdote (da ordem
dade àquele dos doze testemunhos es­ Levitica), Mestre, Diacono, e membro.
peciais ou Apostolos. Do corpo dos Sumo Sacerdotes são
A ordem dos setentas é uma cha­ escolhidos aqueles que tomam posições
mada especial dos Elders para pregar de presidir na igreja. Sumo. Sacerdo­
o Evangelho em todo o mundo, scb a tes são, em via de regra, homens de
direção dos doze Apostolos. Um quó­ experiencias variadas, que já cum pri­
rum form a-se de setenta membros, ram missões, que já pregaram o evan­
dos quais sete são escolhidos como gelho às nações do mundo, e que ti­
presidentes. veram experiencias que os fazem dig­
Os setentas possuem a mesma au­ nos de tomar posições de presidir.
toridade: Possuem as chaves de esta­ E’ o dever do Sumo Sacerdote pos­
belecer, edificar, dirigir e ordenar o suir mais qualificações para ensinar
Reino de Deus na terra. os princípios e dotrinas, do que os
A respeito do tipo dos homens re­ Elders; pois o oficio do Elder é um
comendados ao oficio dos setentas: apêndice ao Alto Sacerdocio.
Primeiro: Somente devem ser cha­ Sumo Sacerdotes tem a responsibi­
mados a este oficio os homens que lidade particular de presidir, quando
mostrem evidencias de habilidade assim chamados. Todos os Bispados,
para expor as escrituras e apresenta­ os Conselheiros, as Presidencias das
rem, numa m aneira convincente, o estacas e a prim eira presidencia são
poder salvador do evangelho de Jesus formados de Sumo Sacerdotes. Há
Cristo. um quórum dos Sumo Sacerdotes para
Segundo: Podem ser chamados ho­ cada • estaca de Sion, incluindo todos
mens que já cum priram missões e os Sumo Sacerdotes da estaca. E ’ es­
dem onstraram que são dignos e que perado daqueles que gão ordenados
podem cum prir outras missões. neste oficio do Sacerdocio que provem
Terceiro: Frequentem ente . acham- sua fé e devoção à igreja de tal m a­
se jovens que podem servir muito bem neira que possam ganhar a confiança
no serviço missionário. Quando este é e permaneçam firmes e verdadeiros sob
o. caso, sua idade não deve ser um obs­ todas as circunstancias.
táculo à sua ordenação. Os Quórums dos Sumo Saeerdotes
Quarto: A todos recomendados ao devem realizar $uas reuniões regula-
oficio dos setentas, o termo “Minute- res. Eles devem reunir-se frequente­
M an” (Homem do minuto) deve ter mente. Devem estabelecer suas esco­
profunda significação., pois sobre os las de instrução; pois é o dever dos
setentas descansa a responsibilidade Sumo Sacerdotes ensinar os princípios
direta de pregar o evangelho, no país do governo, da união, da progressão e
e fora dele. Todos os setentas, por do desenvolvimento nc Reino de Deus.

— 70 —
Porto Alegre ço para a casa da missão em São Pau­
lo. Parabéns, Irmão Camargo. Que
Parabéns aos membros de Porto Deus lhe abençoe durante sua missão.
Alegre e especialmente ao Elder Bowles Campinas talvez será a pioneira em
e os demais Elders que procuraram, adquirir seu predio proprio para a igre­
trabalharam e pelejaram para obter a ja. P ara tanto, varias reuniões e fes-
nova sala. Finalmente, depois de qua­ tinhas já foram realizadas, com o fito
se dois anos, conseguiram uma boa sala de form ar a caixa que financiará as
para realizar as varias reuniões ne- obras. Que as bênçãos de Deus esteja
cessarias pelo progresso do individuo sobre este empreendimento para que
e do ramo. Que continue o bom tr a ­ ele se corôe de exito.
balho em Porto Alegre.
Belo Horizonte
No dia 26 de Fevereiro, ao subir no
Sorocaba
trem , O Elder Donald Gold deu as cha­
No dia 7 de Fevereiro dois missioná­ ves do escritorio ao novo secretario da
rios corajosos partiram de São Paulo missão Elder B. Orson Tew. Elder Gold
em viagem a “ partes desconhecidas” . e um dos novos missionários, Elder Rex
Quer dizer que Elders Bynon Thomas J. Faust, partiram de São Paulo para
e Robert F . Gibson foram a Sorocaba reabrir o distrito de Belo Horizonte,
para abrir um novo distrito lá. Elder Minas Gerais. (Que Sorte) Tenham
Thomâs já teve experiencias em abrir um bom trabalho Elders Gold e Faust!
um novo campo missionário. Foi o Que Deus esteja Sempre convosco!
primeiro missionário mormon que tr a ­
balhou em Santos, há 8 meses, e agora São Paulo
como um verdadeiro pioneiro do trab a­ Chegaram dos Estados Unidos no dia
lho do Senhor está trabalhando em So­ 27 de Fevereiro mais dois missioná­
rocaba. Boa Sorte, Elder Thomas e rios. Elder Ross G. Viehweg e Elder
Elder Gibson. Que Deus esteja consi­ Lowell T. Polatis. Os dois do estado
go sempre. de Idaho. Viajaram para cá em um
dos novos navios Moore-McCormack, o
Campinas " U .S .S . U raguay.” Sejam Bem vin­
dos Elders Viehweg e Polatis.
Irmão José Camargo foi chamado a
ser missionário para servir na missão Irm ã Magdalena Pilo, partiu dia 3
Brasileira durante um ano. Ele é o quar­ de março para os Estados Unidos. Ela
to Brasileiro a ser chamado e o pri­ irá m orar com sua filha na cidade de
meiro a sustentar-se por si mesmo. Chicago. Tão moça ainda, com 80 anos
Depois da festa e reunião de despedida de idade, ele vai d’aqui a Chicago, Illi­
“Joe” partiu no primeiro dia de Mar­ nois, de avião. Boa viagem, Irmã Pilo.

— 71 —
Irmão Cláudio M artins dos Santos e a Taylor, e Alberta — foram enviados aos
sua família mudaram de São Paulo a Santos na Alemanha, como parte do
Campinas no dia 28 de Fevereiro. Já plano de bem estar. O trigo foi pôsto
sentimos a falta desta boa família aqui. em pacotes de seis libras, quinze paco­
São Paulo Perde — Campinas Ganha. tes por saco, para facilitar a distribui­
ção no seu destino.
Foi anunciado ao mesmo tempo que
Santa Barbara um vagão de leite condensado foi en­
caminhado a Europa da região de Los
Enchendo de profunda magoa tantos Angeles, Califórnia, fazendo um g ran ­
os amigos como toda a igreja no B ra­ de total de mais, de noventa vagões de
sil, deu-se o passamento no dia 25 de
alimentos doado pela igreja às vítimas
Fevereiro p .p . de nossa querida irmã
da guerra na Europa.
Aunt Sally. Irm ã Sally veio dos E . E .
U . U. em um barco a vela, e foi uma
das primeiras colonizadoras de Ameri­
cana C .P . Sua vida foi um exemplo Em Novembro passado O Presidente
de fé e trabalho e ao p artir de encon­ George Albert Smith mandou caixas de
tro as glorias do além, deixou no cora­
aipo ao Presidente H arry S. Truman
ção de todos os que a conheceram mui­ em Washington, D .C ., e ao Presidente
tas saudades. Que Deus a guarde em Miguel Aleman na cidade de Mexico.
sua gloria. Aipo é um dos melhores produtos de
U tah e é conhecido em todos os E sta­
Noticias da Cidade do Lago Salgado
dos Unidos. São realmente deliciosos,
Três vagões de trigo, produzido pelas e em novembro, o climax do inverno,
três estacas Canadenses — Lethbridge, são verdadeiras preciosidades.

DESIGNAÇÕES DOS NOVOS MISSIONÁRIOS

Elder W arren L. Anderson Rio de Janeiro


Elder Jam es H. Barwick São Paulo
Elder Leonard D. Benson São Paulo
Elder Richard P . Boyce Piracicaba
Elder Fred Dellenbach Campinas
Elder Rex J. Faust Belo Horizonte
Elder G rant H. Kunzler Ribeirão Preto
Elder Daniel B. Larson Curitiba
Elder Gerald L. Little Escritorio da Missão
Elder H erbert R. Ludwig Ipomeia
Elder Henry B. Stringham Joinville
Elder Stanford P. Sorenson Campinas
Elder Lowell T. Polatis Ribeirão Preto
Elder Ross G. Viehweg São Paulo
Irmão José Camargo Rio de Janeiro

A alma não tem segredo que a conduta não revele.

— 72 —
Você Sabia Que...?
Em 1945, o prim eiro dia do ano foi $ * ❖
designado em 1 de Janeiro para aque­ Alguns germes infecciosos, levados
les que usam o calendário Georgian, pelo ar, podem sobreviver dois dias
em 2 de Fevereiro para os Chineses, ou mais. Assim, não é impossível a
em 8 de Setembro para os Judeus, 6 adquirir uma doença infecciosa de al­
de Dezembro para 03 Muçulmanos e guém que espirrou hà dois dias.
em 20 de Março para os Persas. * * *
❖ * v
As antigas damas egípcias eram tão
Orrin P crter Rockwell, famoso pio­ interessadas em sua aparência pessoal
neiro, quando era menino, colheu mo­ quanto as de hoje. Elas usavam pre­
ras ao luar para vender no proximo parações para sombrear os olhos hoje
dia para que pudesse ajudar José em dia chamado kohol de galena ou
Smith na publicação do Livro de Mor- malachite. A intensidade do calor e
* * * da luz tornou os cosméticos uteis para
protejer e lubrificar a pele. P ara os
Shanghai, China, com mais de três labios usavam preparação ochre ver­
milhões de habitantes, e o porto na­ melho, e tinta henna para as unhas
tural e principal para o ricc. vale de (usado em partes do oriente hoje) e
Yangtze com a população de duzentos cabelo (ambos o oriente e ocidental
milhões de pessoas e uma area de três- hoje). Por rouge ou pó de arroz elas
quartos de um milhão de milhas qua­ tinham uma grande variedade de pre­
dradas é a cidade proeminente do to, atravéz de cinzentos, castanho, la­
continente asiatico. Shanghai que quer ranja, e verde até branco. Os cremes
dizer “acima do m ar” data de 1280 eram feitos de cera, azeite, ou gordu­
D .C ., mas a aldeia não tinha muros ras de animais em combinação com
até 03 ataques dos piratas Japoneses, algumas re jn a s aromaticas. Um bom
em 1554, quando se fizeram necessá­ numero de perfumes era tambem usa­
rios. do.

A N E D O T A S
“O CUMULO DA PREVIDENCIA”
“O cachorro de estimação da Sra.
Certa vez uma garotinha foi ao F ru -F ru foi atropelado. Ela vai chorar
zoologico com seu pai. Pararam em imensamente.
frente a gaiola do gorila, e então o “É melhor você não dizer a ela de
pai começou a explicar como os gori­ um modo bruto.”
las são fortes e selvagens, e como eles “Não, eu começarei dizendo que foi
frequentemente atacam e devoram a o marido dela.”
gente. :!= * $
A garo‘.inha tim idam ente mediu 0
animal da cabeça aos pés, então olhou Vendedora, a uma freguesa mal en­
para o pai pensativam ente e disse: carada, diante do espelho: “Mas tam ­
“Papai, se o gorila saisse da gaiola e bem a senhora não ajuda nada o cha­
te devorasse, que onibus eu devia to­ péu.”
mar para voltar para casa?” Seleções
Progresso de Nossos Semelhantes
Por Richard L. Evans
“ Improvement E ra”

Talvêz entre a nossa maioria, si não poder tornar-se igualmente jeitoso e ca­
todos, sentimos em nossos corações uma pacitado. Com raras excessões todos
afeição ao aperfeiçoamento. podem aprender a se conduzirem na vid .
Sempre estamos tentando galgar mais e serem elementos proveitosos entre os
rapidamente a escala da ascenção para que os cercam. Mas o melhor sucedi­
que nossas condições de vida redundem do de todos os dirigentes entre os ho­
sempre em bons resultados. Às vezes mens será aquele que descobrir m uit,»
sentimo-nos descontentes com nós mes­ cedo que não há resultado em se colo­
mos, mas talvez o nosso descontentamen­ car estacas quadrada? em buracos re­
to e impaciência com a fraqueza, fra ­ dondos. O homem tem diferentes don ;
casso e erros dos outros seja muito e habilidades, diferentes ambições e
maior. Quando combinamos com alguém objetivos, e livrar-nos-emos de m uito;
para fazer alguma coisa, sentimo-nos desapontamentos se aprendermos a dei­
bastante aborrecidos se o que resolve­ x ar de assistir a parte final de uni:',
mos não é feito a nosso contento. P er­ corrida de cavalos sabendo que não há
turbar-nos o que se nos parecem ser de­ animais velozes.
cisões erradas. Incomodamo-nos quando Temos que considerar o homem tal
notamos que alguém deixa passar uma como ele é, e ajuda-lo a ser util de acor­
oportunidade, ou falha em qualquer do com a sua habilidade. Nunca encon­
empreendimento ou não se sobresae em trarem os alguém que possa fazer unri
suas atividades. A maioria sempre se coisa exatamente como nós a faríamos.
encontra inclinada a bancar juiz de uma Nem mesmo Deus faria exatam ente co­
partida e fazer crítica daqueles que mo nós, mas Ele respeita os esforços
participam da mesma. Não nos é sinceros de cada um. E tornando-nos
possivel ficar . inativos ao notarmos impacientes, procurando perfeição nos
alguém tentando fazer algo, quando outros, talvês possamos freiar nossa im­
estamos convencidos de que poderíamos paciência com a lembrança dos versos
fazer em menos tempo e com mais p e ­ abaixo mencionados:
rícia, o que esse alguém está fazendo.
Em alguns casos é mesmo dificil dei­ Se em dedução própria descobrires
xar nossos filhos fazerem coisas, por­ Que aos dos outros os teus feitos são
que nossos dedos sentem-se desejosos [ superiore*.
de fazer por eles o que sabemos poder Para tí a Providência foi generosa
fazer melhor. Porém, cada homem e Como deverias ser aos inferiores.
criança deve ter uma oportunidade de O exemplo esparrama um raio genial
pensar, decidir e realizar. A vida deve De luz, da qual o homem se apropria
ser conhecida de todos. Assim, primeiro melhore hoje
Se somente aos jeitosos e capazes E auxilie seu amigo noutro dia.
fosse permitido executar um trabalho,
não haveria chance para mais ninguein Trad. poi\ Elder Remo Roselli
ANO I-NUM. 4 Q aiuota ABRIL
Livre é a alma no seu destino —
Grande e nobre, ou pequenino;
A lei suprema, certo, é esta,
E contra ela, Deus não contesta.

Apenas mostra o reto caminho;


Prudente dá bênção, luz, carinho
Guia com zêlo, benevolência,
Mas nunca força a conciência.

E ’ o homem — razão, liberdade.


Sem . isso, é iniqüidade,
Irracional, besta horrorosa
Do céu, inferno, vil asquerosa.
Ano l — N.° 4 Abril de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.

A ssinatura Anual no B rasil . Cr? 20,00 D ireto r: . . . Cláudio Martins dos Santos
A ssinatura anual do E xterior Cr$ 40,00
R e d a to r:.................................... João Serra
Exemplar In d iv id u a l.............. Cr$ 2,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a :
• “A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil
* — -----------------------------

Í N D I C E
Editorial .......................................................... * ............................. Joseph F. Sm ith 74
O Lado da Linha do Senhor .......................................... George Albert Sm ith Capa

ARTIGOS ESPEC IA IS
Linhagem Nobre ............................................................ .. .Johannes A. A lius 75
Prenuncio Promissor .............................................................Elder Remo Roselli 77
A Palavra De Sabedoria ...........................................Elder Merril E. Worsley 78
Personalidade ........................ .................................................................. João Serra 80
Lembrança do Monte Cumorah ...............................................................3.a Parte 81
AUXILIARES
Escola Dominical
Só p ara esta vez ........................................................................ R.L. Evans 84
Verso Sacram ental ........................................................................................... 84
Sociedade De Socorro
P razer versus Felicidade .......................... (Do The Improvement Era) 85
Prim ária
A Decisão de Rickey .......................................................... Sylvia Próbst 88
SACERDÓCIO
O Sacerdócio Aaronico ...........................................................Warren J. Wilson 86
VÁRIOS
Evidencias e Reconciliações
LXVI Como se Pode Obter um Testemunho da
Veracidade do Evangelho? .......................................................J. A. W. 90
Abril em Revista N a H istória Da Ig reja .............................................................. 92
Rumo dos Ramos ........................ ................................................................................ 96
Você Sabia Q u e ...? .................................................................................................. Capa
História do Cão que Falava .................................................................................... Capa
EDITORIAL

yá R e s s u r r e i ç ã o

No Novo Testamento, a ressurreição do homem não é somente


tomada por uma garantia, mas tambem forma uma parte do sis­
tem a doutrinai de Cristo.
São tantas as provas nas escrituras que testificam que Jesus
levantou dos mortos, e assim tornou-se um exemplo do que todos
temos que fazer, que nenhum crente poderia jam ais duvidar desse
fato. O anjo testificou às m ulheres no sepulcro — “Ele não está
aqui, porque ressuscitou, como Ele disse”' (Mat. 28:6). Ele mos­
trou-se a muitos em Jerusãlenfi, e em adição, manifestou-se aos
Nephitas neste continente onde profetas ensinaram % doutrina e
predisseram Sua ressurreição. Do Livro de Mormon temos m ui­
tos dos mais fortes testem unhos do fato de um a ressurreição com­
pleta, e esses fatos são confirmados com seguridade por revelações
modernas ao Profeta José Smith.
A través do testemunho do Novo Testamento, os ensinamentos
pessoais e exemplo de Jesus Cristo, Sua aparição entre Seüs dis­
cípulos antes de Sua assenção, e, neste continente, as declarações
escritas dos profetas no Livro de Mormon e as revelações de Deus
ao Profeta José Sm ith testificam, em voz unida, o fato. da com­
pleta ressurreição do corpo.
Guiado pelo Espirito do Senhor, pela fé em Deus, no testem u­
nho de Seus profetas e nas escrituras, Eu aceito a doutrina da
ressurreição com todo o meu coração e regosijo-me com a natureza
que isso confirma com o despertar de cada prim avera.
O Espirito de Deus a mim testifica e a mim se revelou para
m inha completa satisfação pessoal, que há vida depois da morte
o que o corpo que aqui deixemos, será reunido ao nosso espirito
p ara se tornar uma alm a perfeita, capaz de receber alegria com­
pleta na presença de Deus.

Presidente, Joseph F. Sm ith


Trad. por A. L. Vaz

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Linhagem Nobre
Por Johannes A. Alius

Eram quase cinco horas da tarde, e O Apostolo Richards, enquanto jo­


a pequena vila de Carthage, Illinois, vem, teve a oportunidade de dispen-
estava em reboliço. Homens, pinta­ der frequentem ente muitas horas com
dos de escuro, uns 200 deles, rodea- seu avô. E um pouco antes do velho
vaxp a prisão, do município gritando gentU-hcmem m orrer, ele uma vez re­
pelo sangue do Profeta José Smith, latou ao jovem a historia da prisão de
porém sem saber porque! Carthage. E, mais importante, deixou
Finalmente, tiros rasgaram o ar, e com ele um testemunho que José era
no sobrado da prisão, Hyrum Smith realm ente um profeta de Deus; que a
caiu lentam ente sobre o assoalho e cal­ Igreja de Jesus Cristo dos Santos Dos
mamente disse: . .“Sou um homem Últimos Dias era a Igreja de Deus no­
morto.” Uma outra pessoa apareceu vamente restaurada na terra.
na janela da cela e uma bala lhe pe­ E esse testemunho tem sido uma das
netrou o corpo. E assim, em 27 de luzes guiadoras da vida do Apostolo
Junho de 1844, a mob tinha comple­ Richards dos nossos dias.
tado seu trabalho: José Sm ith m orreu Elder Richards nasceu na peque­
alguns minutos após ter sido atingido, na povoação de Mendon, Utah, no dia
exclamando, “O’ Senhor, Meu Deus.” 18 de Junho de 1879. Seus pais não
Dois homens foram deixados vivos foram ricos, mas ele recebeu uma boa
na cela. Ambos eram. do conselho dos educação, e logo tornou-se um advoga­
Dcze Apóstolos. Um era John Taylor, do de prim eira classe.
que estava gravem ente ferido, o outro Mas, mais importante, para ele, do
era W illard Richards, que, pela graça que sua profissão, tem sido os traba­
de Deus, escapou sem um a rra n h ã o . lhos da igreja, nos quais ele tem sido
Assim que José entrara pelo cami­ muito' ativo. E assim, não foi surpre­
nho de Carthage, tres dias antes, para sa a ninguém quando, com somente 37
dar-se como resgate pelo seu povo, o anos, ele recebeu um a chamada para
mesmo povo que num futuro não mui­ ser um dos Doze Apostolos da Igreja.
to distante havia de ser jogado de ci­ No espaço de tempo entre o fim de
dade em cidade, ele dissera para o seus estudos e a sua chamada, ele ca­
Apostolo Richards ficar atrás. “Eu sou-se e com mais nove crianças cons­
vou,” disse Jcsé, “como uma ovelha tituiu sua família, das quais duas já
para o matadouro.” Ele não queria faleceram .
que nenhum outro sangue inocente Desde seu engajamento como um dos
fosse derramado. doze apostolos, Elder Richards tem es­
Mas Richards replicou: “Eu irei tado viajando a varias partes do m un­
com voce, José. Eu quero somente que do, cumprindo seu dever como está
a minha vida seja tomada e a sua pou­ delineado: Isto é: ser um testem unha
pada.” de que Deus vive; e esse seu Evange­
Dçssa linhagem, então, descende o lho está na terra.
Apostolo Richards — Apostolo Stephen Estas viagens, finalm ente o trouxe­
L. Richards — dos dias presentes, ram ao Brasil no ultimo mes. Depois
cuja fotografia a Gaivota tem o p ri­ de passar pelas missões da Argentina
vilégio de apresentar na sua capa des­ e do Uruguai juntam ente com sua es­
te mes. Ele é um neto de W illard posa, Sra. Irene M. Richards, chega­
Richards. ram em Santos no sexto dia do mes

— 75 —
de Março — o prim eiro apostolo a vi­ pessoas compareceram. Nos outros
sitar a Missão Brasileira desde a sua ramos — principalm ente em Joinville,
organização em 1935. — as conferencias tiveram grande su­
Embora não estando no melhor de cesso.
sua saude, apostolo Richards insistiu O Apostolo Richards e sua esposa
em ser escoltado pelo presidente da que já voltaram aos Estados Unidos,
missão Harold M. Rex a todos os Ra­ tendo ficado no B rasil 16 dias, gosta­
mos aonde foi possível ir. E em cada ram deste país; disseram que, pelo
um dos ram os por ele visitado, o mes­ pensamento deles, o Brasil tem una
mo foi honrado com a presença de um grande futuro.
grande num ero de pessoas, a despeito Ficaram especialmente im pressiona­
do mau tem po reinante além da con­ dos com a mocidade, dizendo que com
siderável atenção dada pela imprensa os moços e as moças de hoj.e, perm a­
a este advento. nece a possibilidade de um continuo
O teor de seus discursos na sua crescimento do Brasil.
tourné é tipico de um homem de amor, Se assistirem as Mutuos, as aulas
tal como ele o é, e, ao mesmo tempo de Ingles, e, especialmente as reuniõess
reflexivo das palavras dirigidas pelas da Igreja, disse Apostolo Richards, a
autoridades gerais da Igreja a todas mocidade pode crescer, espiritual e in­
as Nações: A necessidade do amor de telectualm ente, e se a mocidade cres­
Deus e do homem, da fé, da hum il­ cer nestas coisas, o país tam bem cres­
dade e do arrependimento. cerá.
"Deus,” disse ele a uma centena de Do Brasil, mesmo, o Apostolo R i­
pessoas que assistiram à conferencia chards não viu muito. “Nosso propo-
realizada em São Paulo num dia de sito em estar aqui,” disse ele, "não é
condições climatericas adversas, “será para passear — embora fosse bem in ­
o nosso melhor amigo, se nos tornar­ teressante — mas saber qual é a m e­
mos Seu amigo. E isto o fazemos por lhor maneira em que o trabalho da
aceitar Seus ensinamentos e por che- igreja pode avançar neste grande pais;
garmo-nos a Ele por oração.” ver que melhoramento pode ser feito
P alavras difíceis? Não! Mas pala­ em espalhar as palavras de Deus e fa ­
vras dadas por um humilde homem zer conhecido Seu Evangelho ao povo
inspirado na mais urgente necessida­ do Brasil.”
de do d ia . . . Palavras que tocaram o E como membro doi Conselho dos
coração de todos os seus ouvintes, os Doze Apostolos, e do Comitê Missioná­
quais voltaram para seus lares com rio da igreja, ele relatoriará no seu
um profundo sentimento de alegria por regresso ao lar, algo que indubitavel­
terem ouvido um homem de Deus. mente trará grande impeto ao tra b a­
Uma das mais memoráveis reuniões lho aqui
foi realizada em Campinas, aonde Quis deixar com todos os membros
quase 200 pessoas compareceram. Lá, e amigos da Missão Brasileira seus p a ­
Irm ão e Irm ã Richards testem unha­ rabéns, acrescentando que alem de ficar
ram o batismo de cinco pessoas nos impressionado com a mocidade, gostou
bancos do lindo rio Atibaia a poucos muito das lindas paisagens arquitetô­
quilom etros de cidade. nicas, especialmente as do Rio de J a ­
Ainda no estado de São Paulo, em neiro.
Ribeirão Preto, um a inspirada reunião Mas suas impressões sobre o Brasil
foi realizada. Quatro missionários não foram maior do que a dos brasi­
tem estado trabalhando lá por alguns leiros que tiveram oportunidade de co­
meses e sem a igreja ter um membro nhece-lo: Um verdadeiro homem de
siquer, m ais do que sessenta e cinco Deus.

— 76 —
PRENUNCIO PROMISSOR j •J&LiU

Nos momentos mais interessantes de Toda a hum anidade depende enor­


nossa vida, mesclam-se os aconteci­ m em ente dessas simpaticas figuras de
mentos mais extranhos e os desejos de barbas brancas e calvas luzidas que
grandes realizações. P ara se alcançar m ilitam nos laboratorios, nas universi­
a realização dos maiores ideais é ne­ dades, nos hospitais e em m uitas ocupa­
cessário despreendímento, força de ções. São essas figuras adoradas —
vontade e um a paciência inexgotavel. os idosos e experimentados — que tra ­
Todos os grandes cometimentos exi­ zem para m uitos sofredores e desen­
gem sacrificio 3 e antes que os nossos ganados o consolo e alivio das suas
esforços sejam coroados de exito, inú­ descobertas, das suas curas milagrosas
meros e quasi intransponíveis serão os e dos seus ensinamentos bem alicer­
obstáculos a serem vencidos. Nos es- çados .
critorios comerciais, nas nossas vidas Contudo não é somente com essas
conjugais, na quietude e silencio dos venerandas personagens que nos en­
lares, e afinal, em todos os setores das contramos em debito. A mocidade es­
atividades hum anas, se nos deparam tudiosa e entusiasmada da atualidade
precalços os m ais diversos, que inúm e­ tem em prestado o seu valioso concurso
ras vezes nos trazem desanimo e im ­ para a progagação de um grande ideal
paciência. Contam -se às centenas e e para a concretisaçãc’ de sonhos ou-
milhares 03 que não se atrevem a dar trora irrealizáveis. Um jovem brasi-
um passo para a frente temerosos de sileircf revolucionou o mundo com sua
que ele lhes traga fracasso. pasmosa descoberta pertinente à ener­
E ’i impossível termos sucesso na vida gia atômica. Seu nome figura atual­
se não procuramos nos esforçar. A fé mente entre os dos maiores fisicos exis­
tentes. Um jovem membro de nossa
sem obras é m orta, a estático signi­
Igreja nos Estados Unidos, ao esperar
fica estagnação e esta por sua vez tra -
duz-se para deterioração. Tudo nesta navio que o levaria à Europa para
cum prir u ’a missão foi cientificado de
vida tem que ter inicio e se formos
que o governo Americano lhe pagava
possuidores de fibra veremos nossas
cinco milhões de dólares por um a sua
vidas atingir o>s planos mais elevados.
im portantíssima invenção, importancia
Se titubearm os ante as vicissitudes já
essa que em moeda corrente nacional
podemos nos considerar irrem ediavel­
eqüivale à fantastica soma de cem m i­
mente perdidos. Quando os nossos
lhões de cruzeiros. Isso é mais doi que
passos para as grandes realizações fo­
um testemunho de que a nova gera­
rem tolhidos pelas reviravoltas da vida,
e nossa m archa for interrom pida, re^ ção faz com que a hum anidade p a r­
encetemo-la com redobrado animo pois tilhe do resultado dos seus esforços.
isso talvez não passe de um a peque­ Rico como está, seguiu êle sua viagem
nina prova da nossa fé e coragem . sem se im portar com a imensa fortu­
na que o aguardava e hoje se encon­
Quão vitoriosa seria a hum anidade, se
tra na Europa cumprindo sua gloriosa
os seus representantes, — nós os ho­
missão.
mens — pudéssemos rep etir diaria­
mente o exemplo de abnegação e es- Aliás, não é sobre os ombros da mo­
toicismo que p artiu de Job, o, grande cidade que pesa a enorme responsabi­
sofredor cuja vida é narrada na Bí­ lidade de proclam ar o Evangelho so-
blia. (Cont. na página 79)

— 77 —
A Palavra de Sabedoria
Todos nós somos filhos e filhas de são alguns dos conselhos de Deus, não
Deus, nosso Pai Celestial, como foram do homem mas de Deus. Ele prom e­
Adão e Eva. Deus nos ama e quer teu-nos e promete-nos agora as cousas
que todos possamos voltar à sua p re­ seguintes, da secção 89:
sença mais um a vez. E todos os Santos que se lembram
Por esta razão Ele tem nos dado de guardar e cumprir estes m anda­
mandamentos e conselhos, pelos quais mentos, andando em obediencia aos
poderemos ganhar nossa exaltação. mesmos, receberão saude nos seus co­
Deus falou a Adão, Noé, Moisés e a rações e tutano aos seus ossos; e acha­
todos os profetas antes de Moisés e rão Sabedoria e grandes tesouros de
após dele. As palavras de Deus são conhecimentos, mesmo tesouros desco­
eternas, e homens em todos os séculos nhecidos; e correrão e não ficarão fa ­
são beneficiados pelas mesmas. Nós tigados e andarão e não desmaiarão.
cremos, como membros da Igreja de E Eu o Senhor dou-lhes uma promessa,
Jesus Cristo, em tudo o que Deus tem que o anjo destruidor passará como
revelado, em tudo o que Ele revela aos filhos de Israel e não os matará.
agora e cremos que Ele ainda revela­ A m ém .”
rá m uitas grandes coisas pertencentes Agora sobre que falou Deus, quan­
ao Reino de Deus. Porque ciemos do disse: “O anjo destruidor passa­
rá . . . ” Nós bem sabemos que é só
como Deus disse em Amos: “Certa­
m ente o Senhor Jehovah não fará cou- preciso olhar ao redor e veremos como
sa alguma, sem revelar o seu segredo a sua espada goteja com sangue. Este
Anjo é o câncer, tuberculose, falha do
aos seus servos, os profetas.” E mais
coração, doença do figado, cegueira,
uma vez em Provérbios capitulo 29:18,
loucura, artrite, doença do sangue,
“Onde não há revelação, o povo fica
doença dos ossos e m uitas outras mais.
sem freio; mas aquele que guarda a
Lembremo-nos que somos filhos e
lei, esse é feliz.”
filhas de Deus. Quando Deus pôs
No dia 21 de Fevereiro de 1833, José Adão e Eva aqui na terra disse-lhes:
Sm ith recebeu uma revelação, conhe­ “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a
cida como “A PALAVRA DE SABE­ terra e sujeitai-a; dominai sobre os
DORIA.” Foi dada como aviso, por peixes do mar, sobre as aves e sabre
causa das consequencias dos males e todos os animais que se arrastam so­
desígnios, os quais existem e existi- bre a terra.” Deus deu-lhes também
rãci nos corações dos homens conspi- hervas e frutos pelo bem do hom em .
rantes nos últimos dias. E sta “Pala­ Ainda o mundo permanece assim?
vra” diz que as bebidas fortes não são Quem é o m estre o bêbado ou a bebi­
para o estomago, mas sim para a la ­ da? O fum ante ou o> cigarro? A pes­
vagem do corpo. O tabaco não é para soa que bebe café ou o café?
o corpo nem para o estomago, mas é Estas são pequeninas cousas talvez,
um a herva para contusões e todos os m as impedem-nos de entrar no Reino
gados doentes. Diz que grãos são para de Deus. Porque? Porque Deus está
o uso do homem, como é a carne, mas nos experimentando. Se não podemos
a carne deve ser usada com prudên­ viver as leis da te rra pêla escolha não
cia e só nos tempos de fome. Estes poderemos viver as leis dos céus.

— 78 —
Lembrem-se, temos o nosso livre a r­ tai-vos cedo, não comei demais, não
bítrio para escolher o bem ou o mal. bebei bebidas estimulantes, nem comei
Se escolhermos o bem, somos livres, demais carne, etc.
mas se escolhermos o mal ficaremos A cousa mais im portante é conhecer­
*escravcs. Somos nós escravos do ta ­ mos o bem e o mal. Se escutarmos a
baco, do álcool ou do café ou somos esta voz pequenina e silenciosa do. Es­
nós cum pridores das leis Divinas por pirito Santo então saberemos.
vivermos os seus mandamentos: “Do­ Vamos tentar viver de acordo com
minai sobre toda a terra.” a vontade de Deus como. está sendo
Estes tres exemplos que eu dei, não revelada pelo Profeta George Albert
são toda a parte da “PALAVRA DA Smith. Isto eu peço a Deus o nosso
SABEDORIA.” “Cremos em tudo o Pai, humildemente, em nome de Jesus
que Deus revela agora.” Prudência Cristo. Amém.
em todas as cousas é sabedoria. Dei­ por Elder Merril E. Worsley

Prenuncio Promissor
bre a Terra? Não são jovens de 20, conferencia publica atrair mais de 170
21 e 22 anos que aos m ilhares estão pessoas para ouvi-lo? Não foi desse
se espalhando por todas as partes do mesmo ramo que já sairam 3 missio­
mundo p ara levar a todos os seus r e ­ nários Brasileiros para a nossa missão?
cantos a gloriosa mensagem do E van­ Não é tudo isso um prenuncio mais
gelho restabelecido? E alem desses do que promissor?
seus esforços titanicos, seja dito de Num culto Dominical foi apresenta­
passagem, não foram eles mesmos que do o projeto de construção da sua p ri­
se voluntariaram , para, nesse exército m eira capela. Ser-lhes-ia necessário
glorioso, levar com amor e carinho e que arranjassem 20 mil cruzeiros para
mensagem de paz ao mundo? os fundos iniciais da tão almejada igre­
Seria interessante contar sem maio­ ja. Sabem os queridos rmãos e am i­
res detalhes um fato que aconteceu no gos leitores que nessa mesma noite
Ramo de Campinas um dos baluartes entre as ofertas de uns e de outros foi
da Missão Brasileira. Não foram os imediatamente levantada a im portan-
jovens desse ram o que nas comemora­ cia de Cr$ 3.900,00? E que algo que
ções do Dia dos Pioneiros em 1945 le­ nos compungiu o coração foi o exem ­
varam para o Teatro M unicipal da ci­ plo de uma senhora da igreja que não
dade um a pequena multidão caulcula- podendo contribuir monetariamente,
da em 2 m il pessoas? E que nesse ofereceu 1 maravilhoso jogo de poltro­
grande palacio da arte, prenderam eles nas e sofá cujo valor sobe a mais de
a atenção de toda aquela enorme pla­ Cr$ 700,00?
téia com a representação de uma peça Sejamos sinceros irmãos e concorde­
em homenagem aos pioneiros e outros mos que isso tudo é um prenuncio pro­
números variados pelo espaço exato de missor e os alicerces de uma missão
quatro horas? fortíssima estão sendo construídos. E
Outras festas antecederam a essa esses alicerces não serão construídos
com grande brilho e diversas ainda se sobre a areia sujeitos a serem der­
seguiram com ruidoso sucesso. A fé rubados pelos vendavais e chuvas, mas
e as obras realizam milagres! Com a sim sobre uma rocha inexpugnável.
tão esperada vinda do apóstolo Richards
(Cont. na página 80)
não conseguiram os Campineiros èm
P E R SO N A L ID A D E
A grande diferença entre o homem tuem igualmente forças de atração,
e os animais irracionais, é a faculdade quando são sentimentos fortes. Q uem »
do pensamento, sendo esta portanto, o busca acha e quem senha com as
fator predom inante da personalidade. grandes coisas, encontra-as. Mas nâo
O homem é o que é o pensamento. basta sonhar, é preciso procurá-las ou
Pode-se com parar a mente a um ja r­ iniciá-las. Como realizar 05 desejos.
dim que é inteligentem ente cultivado Todos conhecem a história do espe­
ou entregue à desordem. O agricul­ lho mágico. A pessoa que nele se
tor sabe que se plantar bôa semente, mirava, ternava-se conforme a im a­
colherá o bom fruto, mas se semear gem refletida, e esta era sempre de
a má semente, o resultado será m áu. acôrdo com os seus desejos. Certo
O mesmo se pode dizer do pensam en­ dia, um homem, chegou-se ao espe­
to, que é a origem dos atos. Todo e lho e nele se mirou. Era um indiví­
qualquer áto tem como origem o pen­ duo vulgar, de posição humilde e re­
samento, produzindo o bom pensam en­ cebia minguado salário, um desses ho­
to, as belas ações e o máu pensamento mens que não têm confiança em si
e as ações más. Uma das maiores mesmes e sofrem de um complexo de
descobertas da psicologia m cderna é inferioridade. Tinha plena consciência
esta: O homem é o senhor dos seus do seu estado, não obstante via, de
pensamentos, o formador de seu ca- todos os lados, pessoas que vinham
rater e até mesmo o delineador de seu lhe suplicando auxílio e ele era um
destino. Os hábitos influenciam o ca- varão robusto. Era este exatam ente,
rater, a personalidade e até mesmo' as o homem que ele queria ser se não
circunstancias da vida. A mente pode tivesse medo de m anifestar o seu de­
ser comparada a um íman que magne- sejo. Qual o pensamento íntimo., tal
tize tem porariam ente o aço, o ferro e o homem. A jovem bela, ativa, que
outros metais, atraindo por exemplo, sonha com a elegância e a graça, não
uma agulha ou um alfinete, mas não poderá andar desairosamente Nem
um pedaço de papel. E p o rque?. . . poderá o hcmem que m edita na bra­
Porque o semelhante atrai o seme­ vura, agir como um covarde.
lhante, tanto no mundo fisico como no O segredo todo, será em sáber apli­
mental. O desejo e o temor •consti- car a atenção, que é o fator por exce­

lência. Ele realiza a obra; quero ser,
penso s e r. . . . sê-lo-ei. Quando a von­
Prenuncio Promissor tade está em luta ccm a imaginação,
sempre acaba vencendo a imaginação.
Tudo tem incio, e fortes seremos se
A vontade é governada e dirigida pela
conseguirmos levar de vencida os ini­ faculdade conciente, mas a im agina­
migos que se emboscam à nossa espe­ ção, pelo sub-conciente.
ra . Trabalhemos todos unidos, ho­
Este age com o m aterial que lhe é
mens e mulheres, crianças e velhos e fornecido pelo conciente, e nunca ques­
tenhamos sempre em nossos labios as tiona. O sub-conciente recebe o m a­
palavras dos hinos mais significativos terial (sugestões e pensamentos) que
que possuimos: Para levantar os nossos lhe é transmitido pelo conciente e com
ânimos “Mãos ao Trabalho” e para os ele elabora de modo sem elhante a um
momentos dificeis e tristes "Tudo Bem, construtor que segue a linha e a cons­
Tudo Bem .”
trução da planta. Todos sabem que a
Pelo Elder Remo Roselli (Cont. n a página 83)

— 80 —
Lembrança do Monte Cumorah
(3.a Parte)

Fac-smile de Alguns dos Caracteres das Plantas do


LIVRO DE MORMON
O que segue é um a cópia dos caracteres tirados das placas das quais foi
traduzido o Livro de Mormon; as mesmas foram submetidas ao Professor
Mitchel e mais tarde ao Professor Anthon de Nova York, por M artin H arris
em 1827.

&muiL7At*a,W7*&í$gz» .

n 3) VTTl% L Pcc 'mm»*


O segundo grupo veio a este Conti­
QUE É O LIVRO DE MORMON? nente, 600 anos A .C ., conduzidos por
um profeta chamado Lehi, que foi avi­
O Livro de Mormon é um documen­
to de Deus tratando ccm o povo da sado. pelo Senhor da em inente destrui­
ção de Jerusalem e levou sua familia
Antiga América, mais ou menos no
e um ou dois vizinhos eom .ele atra-
tempo da construção da Torre de Ba­
vez do deserto, viajando para o Sul
bel a 420 anos depois do nascimento
de Jerusalem , e finalm ente em barcan­
de Cristo.
do para a América.
Ele fala de 3 separadas especies de O terceiro grupo deixou Jerusalem
povos que vieram do hemisfério pelo ano 588 A .C ., no tempo que o
oriental, atravéz do oceano e se esta­ rei Zedekiah foi capturado pelo Rei
beleceram em várias partes da Amé­ da Babilônia e seus filhos foram as­
rica Central e do Sul. Um dos grupos sassinados em sua presença, menos um
que se transform ou em grande e po­ de nome Múlek, este escapou com a
pulosa nação esíendeu-se tanto para o ajuda de amigos e e^ta ccmpanhia,
leste, mesmo até os Estados do Leste guiada pela mão de Deus tambem cru­
dos EE. Unidos. zou as grandes aguas para o hemis­
Um grupo, dirigido; por um homem fério ocidental, aportando em algum
chamado Jared e seu irmão, veio do lugar da parte norte, perto do que é
país da Babilônia, os quais foram es­ hoje a América Central.
palhados naquele tempo pela confu­ O Livro de Mormon trata principal­
são das linguas na época da destruição mente da história da Colonia de Lehi,
da Torre de Babel. Com a guia do a qual é geralm ente referida como. a
Senhor fcram trazidos à parte nordes­ dos “Nephitas” pois que era dirigida
te do hemisfério ocidental e ocuparam por Nephi, filho de Lehi, após a morte
grande parte da América do Norte. deste ultimo.

— 81 —
Uma das partes mais interessantes Foi este ultimo sobrevivente e guar­
do Livro de Mormon é conhecida ccmo dião das placas que foi escolhido para
3 ° NEPHI. Nesta parte está a n ar­ aparecer ao Profeta josé, para ensinar
ração da visita de Cristo, após sua o jovem, em consideração à vocação
ressurreição, aos habitantes deste con­ que lhe fizera o Senhor, preparou-o
tinente Americano. Assim preenchen­ para a tradução do livro e depois en­
do o misterioso relatorio que Ele fez tregou as placas, Urim e Thummim,
como está registrado em João 10:16 aos seus cuidados até que a tradução
“Tenho tambem. outras ovelhas que não chegasse à parte selada. Depois, como
são deste aprisco; preciso conduzi-las guardião dos documentos o Anjo Mo­
tambem, elas ouvirão minha voz, e ha­ roni novamente tomou posse das pla­
verá um só rebanho e um só pastor.” cas e interpretes, afim de que fossem
A vinda do Salvador, grandes des- protegidos até que chegasse o tempo
truições cairam sobre a terra, e os que para a tradução da parte selada. Na
eram m áus fcram destruídos, porém, ultim a placa da coleção de placas en­
os justos sob seus ensinamentos tor­ tregues à Moroni por seu pai, Mormon
naram -se um povo maravilhoso, por (de quem o livro leva o nom e), Mo­
mais de 300 anos viveram sob sua lei, roni gravou um titulo explicativo, o
e transfom aram -se em um a opulenta, qual o Profeta José traduziu, e usou
civilizada e grande nação. Como sem­ como titulo da pagina de frente do
pre acontece, sua opulência foi sua Livro de Mormon. Como era usado
ruína, pois que gradualm ente afasta­ em hebraico, este titulo, assim como
vam -se dos ensinamentos que tão todo livro, lia-se da direita para a es­
grande os havia feito, tornaram -se, fi­ querda em vez da esquerda para di­
nalmente, máus e idólatras. Seus an­ reita, como os nossos, o que mantêm
tigos inimigos, os Lamanitas, um ramo sua origem israelita, e é outra evidên­
dos primeiros Nephitas, os quais, por cia da verdade da história do menino
sua desobediência tinham sido m aldi­ José. '
tos com uma pele côr de cobre, agora
tornando-se fortes, atacaram seus (Cont. no próximo núm ero).
prósperos vizinhos, enxotando-os de
suas casas e cidades até que uma guer­
ra contínua os fez deseparecer de ci­ Personalidade
vilização, porém, destruiu somente os
nephitas brancos, deixando apenas os causa produz o efeito e que não há
barbaros e incivilizados Lamanitas, efeito sem causa. O eonciente forne­
cujos descendentes são os atuais Índios ce a causa, o sub-conciente o. efeito.
americanos. Todos somos sujeitos a sugestão, sem
Os últimos sobreviventes dos Nephi­ exceção alguma, sendo a diferença em
tas foram Mormon e seu filho Moroni. questão de grau. Se todos me dizem
O primeiro sendo a guarda dos do­ que estou pálido e com aparência doen­
cumentos dos Nephitas, escondeu-os tia, começarei a ficar pálido, e doente,
no Monte Cumorah, menos o resumo mas se, ao contrário, dão-me parabéns
dos ànais, que deu aos cuidados do pela boa saúde que se traduz no meu
seu filho Moroni. Depois Moroni re­ rosto, a sugestão não deixará também
gistra a morte de seu pai e a extin­ de produzir efeito e começarei a sor­
ção do seu povo e fecha os documen­ rir saudavelmente. As gargalhadas
tos; possivelmente foi ele morto pelos dos outros fazem-nos rir, o chôro é
L am anitas após haver escondido os comunicativo, como o é tam bém o bo­
ultimas documentos no Monte Cumo­ cejo, o nojo, o enjoo e o enfado.. “O
rah. conciente age, o sub-conciente reage.

— .82 — * . .
O conciente fala, o sub-conciente res­ salinho, não barbeado, os sapatos ro ­
ponde, o conciente é a causa, o su-ccn- tos e os bclsos atualhados como sa­
ciente o efeito. M uitas pessoas dissi­ cos, essa pessoa não poderá esperar
pam a sua energia em temores e que a respeitemos, porque, evidente­
preocupações, entregando-se assim, a mente, não parece respeitar-se a si
emoções im produtivas e prejudiciais. mesma. Quem não sé enfeita por si se
Pessoas há que não podem sentir-se engeita. A boa aparência é essencial
felizes se não têm algo que as preocupe. a quem deseja ter uma personalidade
A vida em comunidade exige distra­ agradavel. O asseio pessoal reflete-se
ções, compensações. Que influência no trabalho, nos pensamentos e em
terão os alimentos sobre a personali­ todos os átos. A pessoa cuidadosa ba-
dade? Influem mais do que o vestuário nhar-se-á diariamente, pois que o suor,
ou a beleza, pois afetam o tem pera­ não obstante ser mais abundante no
mento, as emoções, a vitalidade intei­ calor, verifica-se em todas as estações
ra. Os melhores alimentos são. os me­ do ano. E ’ muito desagradavel estar
nos temperados. G rande quantidade perto de alguem que transpira muito
de frutas e vegetais, tanto crús como e não tem o hábito de banhar-se. Os
cozidos. O corpo é servo do pensa­ dentes devem ser escovados duas ou
mento. O corpo se tornará o que pen­ três vezes por dia, mormente de m a­
sarmos, porque tal o pensamento, tal nhã ao levantarmos. As unhas devem
o homem. ser limpas e tratadas. E’ um prazer
a convivência com pessoas em que
Como aumentar a popularidade tudo é harmonioso; corpo, rosto, cabe­
, p lo, mãos, unhas dentes, traje, voz, pos­
Somos julgados pelas nossas pala­ tura, maneiras. Há algumas pessoas
vras e pela m aneira como as proferi­ que tem dois procedimentos, aos quais
mos, muito mais do que pelos trajes podem chamá-los procedimentos casei­
ou beleza física. A fala revela o ca- ros e sociais, visto que quando, rece­
rater e a vida emocional, sendo esta bem visitas ou fazem visitas, não é a
uma razão pela qual deveríamos sem­ mesma que adotam no trato com a
pre ser sinceros. A verdade e a sin­ família. Há senhoritas que andam
ceridade exaltam a personalidade. A vagarosas e descuidadas na presença
conversação deveria ser sempre entabo- de senhoras, mas diligentes e ativas
lada na base de d ar e receber, nunca quando se encontram diante de ho­
se deveria, nem monopolisar a con­ mens. Elas têm também dois proce­
versação nem ficar calado quando é a dimentos: Um para com as pessoas de
nossa vez de falar. No falar ponha- seu sexo e outro para com as do sexo
se o coração no que se diz, pois que contrário — o que significa falta de
a simples palavra do coração é mil sinceridade.
vezes preferível às regras estudadas e Podemos cultivar os hábitos e disci­
afetadas. E ’ de bom tom não falar de pliná-los pelo dominio do. pensamento.
si mesmo, mais do que o estritam ente Assim se governa o procedimento e se
necessário. Quem só pode interessar- constroi a personalidade.
se por si mesmo, deveria ficar em casa, Que é realm ente, esse estranho enig­
pois que, na sociedade civilizada não ma a que chamamos personalidade?
têm lugar os egoístas e os incultos. E ’ o conjunto de ações e reações m a­
nifestadas pelo indivíduo., no processo
Como dar um a boa impressão de adaptação da sua herança mental
ao ambiente social que o cerca.
Se alguem nos aparece com uma
roupa m al cuidada, os cabelos em de­ João Serra

— 83 —
ESCOLA Do m in ic a l

É aqui, meus irmãos da Escola Do­ O VERSO SACRAMENTAL POR


minical, que se encontrará o Verso MAIO
Sacram ental e outras informações per­ “Ajuda-nos, ó Deus, trazer lembrado
O grande sacrifício redentor!
tencentes à Escola. Esta é sua coluna
Dádiva de Teu Filho m uito amada,
— aguardem -rja bem! Príncipe da vida, Nosso Senhor.”

<•(*
Só p a r a e s t a v e z ”
Por Richard L. Evans

Há um a frase bem conhecida e m ui­ te vai, às vezes, de uma indulgência,


to perigcsa, pela qual algumas pessoas ou excesso, ao outro, sempre dizendo
persuadem a jogar fora seus princípios. — “Só esta vez, Am anhã eu começa­
É a frase: “SÓ PARA ESTA VEZ” . rei a fhe pôr em dieta”. Amanhã,
“Só para esta vez” tem um engôdo amanhã, amanhã!!!” '
como uma sirena. É o pai da frase, “Só esta vez” torna-se especialmente
“Só mais um a vez”. — E’ a voz dum serioso quando uma pessoa persuade
amigo falso, quem nos dirige da se- uma outra que um princípio é uma
guança "a um a posição falsa e insegu­ questão de frequência, em lugar de
ra, prim eiram ente, “Só esta vez” e, uma coisa clara de o que é direita ou
depois, “Só mais um a vez” . errada. É verdade que uma pessoa
“Mais uma vez” diz a gente “não que faz o que não é direito é consi­
fará diferença”. “Mais uma vez, e eu derado com mais clemencia do que o
vou deixar”. E, assim, nós podemos ofensor de m uitas vezes. Mas, rou­
andar de um passo m au até o outro, bando “só esta vez” e mentindo “só
sempre pensando que é para a últim a esta vez” ou qualquer outro ato de
vez. im oralidade bem longe — mas “só mais
um a vez” é um passo mais fácil. E
Em algumas coisas sociais e pessoais,
muitos de nós vivemos assim: Nós assim, homens frequentem ente forjam
poderíamos saber, por exemplo, que suas próprias cadeias de elo a elo. Se
estamos vivendo a nessa vida mais de­ uma coi a não é direita, não a toque!
Não faça “Só esta vez” o que nunca
pressa, mas não gostamos de recusar
deveria ser feito!
ao convite dum amigo. E assim, va­
mos de uma obrigação à outra, cada Trad. por Clarice Licetti
vez dizendo “sim ” ao amigo, e “só
para esta vez” a nós mesmos, e “ama­ Jam ais dês férias completas ao es­
nhã será melhor”. pirito, afim de evitar seja preciso pôr
Mas o am anhã raram ente é melhor. de nove a memória em movimento” .
Na questão de comer e apetite, a gen­ Do livro, "Conservai a Mocidade”
— 84 —

»
SOCIEDADE DE SOCORRO
voltorio? Certamente esperava en­
contrar de pronto a tão desejada Fe­
licidade, porém qual não é a sua de­
cepção quando descobre apenas uma
classe inferior de prazer, muitas vezes
nauseabundo.
A felicidade é ouro puro; o prazer
PKAZER vrs. FELICIDADE é um latão dourado que se corrce em
(De “The Im provement E ra ” ) nossas mãos e se converte em planta
venenosa.
O presente é uma época de buscar
A felicidade é um diam ante ligitimo,
prazeres, e os homens perdem sua
quer bruto ou polido, brilha com bri­
compostura na louca carreira em bus­
lho proprio; o prazer é como uma pas­
ca das sensações que só prejudicam e
ta de imitação que brilha artificial­
desiludem.
mente.
O diabo está m ais ocupado que n un­
ca, no decorrer da historia humana, A felicidade é um alimento verdadei­
em fabricar prazeres, velhos e novos; ro, nutritivo e saboroso; fortifica o
e oferece ao publico, com m aneiras corpo e dá energia fisica, m ental e es­
mais atrativas, com um a falsa etique­ piritual. O prazer é um estimulante
ta onde se lê: “FELICIDADE” . enganador que como a bebida alccoli-
Na arte de destruir almas não tem ca, faz crer que a criatura está bem
rival. Ele tem tido séculos 'de expe- forte, quando na realidade está debil.
riencia e pratica, e por isso com sua A felicidade não deixa mau sabor,
destreza controla os mercados. Co­ nem reação deprimente. Não traz re ­
nhece bem o tino comercial e sabe bem morso nem arrependimento. O prazer
çomo cham ar a atenção e despertar os varia constantemente deixando na sua
desejos de seus freguezes. passagem o arrependim ento, contrição
Ele oferece a sua m ercadoria em pa­ e sofrimento, e levado ao extremo, traz
cotes coloridos e brilhantes, atados degradação e destruição.
com fios prateados. As multidões Um momento de prazer profano pode
correm a estas liquidações, procurando, deixar um aguilhão, como um espinho
salientar-se um dos outros na sua lou­ na carne, tornando-se uma fdnte cons­
cura de com prar maior quantidade. tante de angustia.
Sigamos a um desses compradores, Por ultimo, a felicidade provém das
no momento em que ele se afasta or­ profundezas de nossa alma e frequen­
gulhosamente com seu vistoso pacote, tem ente acompanhada de lagrimas.
e observemos quando o abre. O que Você nunca chegou a chorar de felici­
encontrará ele dentro do dourado en- dade- Eu j á . .

— 85 —
SACERDÓCIO
Há dois Sacerdocios mencionados “Mais tarde o Senhor escolheu a tri-
nas escrituras, a saber, o de Melqui­ bu de Levi para auxiliar Aarão nas
zedec e o Aaronico ou Levitico. Con­ funções Sacerdotais, sendo os deveres
tudo o Sacerdocio de Melquizedec in- especiais dos Levitas guardar os ins­
clue o Sacerdocio Aaronico ou Levi­ trum entos e atender os serviços do ta-
tico, e é o principal. O Profeta José bernaculo. Os Levitas eram para to­
Smith uma vez disse que todo o Sa­ m ar o lugar do primogênito de todas
cerdocio é de Melquizedec. Isso quer as tribus, o qual o Senhor requereu
dizer que o Sacerdocio de Melquizedec para seu serviço desde a ultim a hor­
abraça todos os oficios e autoridades rível praga no Egito, quando o prim o­
do Sacerdocio. Isto se encontra m ui- gênito de todas as casas Egipcias fo­
I to claro no livro das Doutrinas e Con­ ram mortos, enquanto o mais velho em
vênios, Sec. 107:5. todas as casas dos Israelitas foi santi­
“Todos os outros oficios e autorida­ ficado e salvo. A comissão assim
des da igreja são apêndices a este dada aos Levitas é chamada, as ve­
( i.e. Melquizedec) Sacerdocio.” zes, O Sacerdocio Levitico, não incluin­
Esse Sacerdocio autoritario é culcula- do os poderes sacerdotais m ais altos.
do para auxiliar os homens em todos O Sacerdocio. Aaronico, como foi res­
os esforços da vida, ambos os tem po­ taurado na terra nesta despensação,
rais e os espirituais. Por conseguinte, inclue a ordem Levitica.” (Jam es E.
há divisões ou oficios do Sacerdocio, T alm ag e).
cada um encarregado com um dever O poder e autoridade do Sacerdocio
definido, apropriado a uma necessida­ menor ou Aaronico, é possuir as cha­
de hum ana especial. Porem, essas di­ ves do ministério dos Anjos, e adm i­
visões não são separadas mas são p ar­ nistrar nas ordenanças tem porais — as
tes coerentes. Os deveres e autorida­ regras do evangelho — o batismo de
de de cada um a combina e torna-se arrependim ento pela remissão dos pe­
parte dos meios para promover os pro­ cados, de acordo com os convênios e
pósitos de Deus no grande Plano. mandamentos. (D. & C. 107:20-21).
“O Sacerdocio Aaronico chama-se Na parte espiritual: (1) Este Sacer­
segundo Aarão, que foi dado a Moi­ docio possue as chaves do ministério
sés como sua boca, para agir sob sua dos anjos; isso é, o direito de possuir
direção em cum prir os propositos de esse poder e conferi-lo sobre outros;
Deus a respeito de Israel. Por esta (2) ele dá tambem a autoridade para
razão é chamado, as vezes, O Sacerdo­ pregar o arrependim ento ao mundo, e
cio Menor; ainda que seja “m enor” batisar por imersão pela remissão dos
ele não é pequeno nem insignificante! pecados; (3) de fato, ele autoriza os
Enquanto Israel viajou no deserto, que possuem este poder a serem m i­
Aarão e seus filhos foram chamados nistros perm anentes para o povo e
pela profecia e foram designados para cuidarem das necessidades do povo,
cum prir os deveres do oficio' do Sacer­ tânto as tem porais como as espirituais.
docio. Na parte temporal: (1) Cabe ao

— 86 —
Sacerdocio o dever de receber e de­ dos oficios mais altos do Sacer­
sembolsar os dizimos do povo sob a docio, enquanto assim auxiliando.
direção da presidencia da igreja; (2) Eles não tem autoridade particular
construir templos, casas de adoração, para fazer as ordenanças nem carregar
casas de instrução, e equipá-las, em ­ as responsabilidades diretamente; isto
belezá-las e adorná-las; (3) comprar vem depois. Ao fazer os deveres, os
terrenos e auxiliar os santos a coloni­ quais são autorizados, o Diacono deve
zá-los, ou em outras palavras, “A ju­ observar muito e m ostrar boa vontade.
dar em construir os alicerces de Sion;” Um quórum de Diaconos inclue doze
(4) “arran jar terrenos tidos como he­ membros, dos quais tres formam a pre­
ranças dcs Santos;” (5) negociar pela sidencia. ( D .& C . 20:57; 84:30,111;
igreja; e (6) cuidar dos pobres, das 107:85).
viuvas e dos orfãos.
Os oficios do Sacerdocio Aaronico OS MESTRES
são os seguintes: O dever dos Mestres é para zelar a
O Diacono, que é para zelar a igreja igreja sempre, e para estar consigo e
e ser um m inistro perm a­ reforçá-la.
nente da mesma. E ver que não haja iniqüidade na
igreja, nem dureza um com o outro,
O Mestre, que é para zelar a igreja nem m entira, difamações, nem calunia.
sempre, e para estar con- . E ver que a igreja se reune frequen­
sigo e reforçá-la- temente, e ver tambem que todos os
O Sacerdote, que é para “pregar, ensi­ membros fazem seus deveres.
nar, expor, exortar, bati­ E o Mestre dirige as reuniões na au­
zar e adm inistrar o sacra­ sência do Elder ou Sacerdote.
mento, e visitar todos os E estará auxiliando sempre, em to­
membros.” dos os seus deveres da igreja, pelos
Em pratica geral da igreja, o oficio Diaconos, se requer a ocasião.
do diacono é o prim eiro a ser confe­ Mas nem os Mestres nem os Diaco­
rido sobre um homem ou moço quan­ nos têm autoridade para batisar, ad­
do ele aprende e compreende os de­ m inistrar o Sacramento, ou impôr as
veres deste oficio, e tem provado ser mãos;
fiel e digno; mais tarde é ordenado Devem, \ porem, prevenir, expôr,
ao oficio de Mestre, e então ao de Sa­ exortar, e ensinar, e convidar todos a
cerdote. Assim, a ordem da igreja vir ao Cristo. (D. & C. 20:53-59).
fornece êxperiencia progressiva e de­ Os Mestres são oficiais locais, que
senvolvimento para aqueles que pos­ visitam os Santos ou membrcs, exor­
suem o Sacerdocio. Alem disso, des­ tando-os a cum prir os seus deveres.
de que todos os homens que são dig­ O oficio do Mestre é um dos oficios
nos podem possuir o Sacerdocio, os mais im portantes no Sacerdocio, pois
benefícios do sistema são disponíveis a os Mestres são os vigilantes imedia­
todos, e a responsabilidade pelo bem tos da igreja. Em pratica, os Mestres
estar da igreja torna-se um interesse visitam as casas dos membros da igre­
comum. ja uma vez por mês, para consultar
sobre as condições e necessidades das
OS DIACONOS
familias e tambem para ensinar-lhes a
Os Diaconos são, prim eiram ente a ju ­ vontade de Deus.
dantes dos Mestres, Sacerdotes e os Os Mestres e os Diaconos podem ser
homens que possuem o Sacerdocio de chamados: (1) para distribuir o Sa­
M elquizedec. E ’ sua oportunidade cramento aos membros depois de ser
aprender os deveres e autoridade (Conti. na página 93)

— 87 —
PRIMÁRIA
A Decisão de Rickey
Por Sylvia Probst.

Logo no p rim eiro dia que Ricky coisa, Ricky desejava ser como ele.
D ean foi à Escola “L yn d en ”, ele se n ­ Porisso, ele guardou seu p u n h o n o
tiu que D an Y ates ia tra z e r in co n ­ bolso, e às ofensas de D an Y ates, ele
veniências p a ra ele. D an estav a lá sim plesm ente re sp o n d eu :
fóra, no p átio do Colégio, fazendo bo­ “Se você n ão gosta d a m in h a a p a ­
las de neve, n e sta m a n h ã de seg u n ­ rên cia, e n tã o m e deixe sozinho” ; e ele
d a-fe ira, e q u ando ele viu Ricky c h e ­ se apressou em vo ltar p a ra d e n tro do
gar, deu um grito, “E ntão , vejam colégio.
quem está chegando, m eninos, o n o ­ “E spere um pouco”, alguem c h a m a ­
vo aluno que m udou-se p a ra a casa va, e ele olhou p a ra tra z e viu um
do velho W ilson. “Que ta l um a m a ­ m enino de pulôver verm elho, ch e g a n -
çã de in v ern o ?” E ele jogou um a do-se p a ra ele. “Ouvi o que D an d is­
bola de néve congelada em Ricky, se a você, m as n ã o p reste a te n ç ã o a
quando este n ã o presto u a te n ç ã o . . . ele. Ele é o cap an g a do sexto ano,
“Diga, o que é que tem no seu ro s­ e isto porque seu pai é o hom em m ais
to ? ”, disse ele com sarcasm o, quando rico d a cidade, e ele ac h a que pode
Ricky vin h a se aproxim ando, “p a re ­ b a te r em todo m undo — “Q ual é o
ce que am a ç a ram bolachas n a su a c a ­ seu nom e?”
r a . . . bolachas, esta é b o a ”, e ele riu Ricky sorria, ele ia go star daque­
alto. le m enino. “Bom, m eu verdadeiro
Ricky sen tiu a raiv a subir d en tro nom e é R ichard M aurice D ean, m as
de si e com o p u n h o no bolso, ele d e­ todos m e ch am am de R icky”. “Meu
sejava jog ar-se em cim a do outro, e nom e é T hom as B ronson”, e o ou tro
d a r-lh e um bom soco no n a r iz . . . m as sorriu, “m as todos m e ch am a m de
ele se conteve. Talvez seja porque Tom m y”. E stou no sexto ano, você
ele se lem brou de que isso e stav a e r ­ ta m b é m ? ” Ricky confirm ou.
rado, ou talvez seja tam b ém porque “Estou m orando p e rtin h o de você,
se lem brou daquele q uadro acim a de n aq u ela casa b ran ca, grande. V enha
sua c a m a. E ra um q uadro que seu me v isita r e sta noite, e podem os d a r
avô tin h a dado a ele, o q u ad ro de um passeio n a s colinas de Mill Creek.”
A brahão L incoln. Ele lia tudo sobre Tom m y foi p a ra d e n tro do prédio
L incoln — todo livro que ach a v a a com ele, e Ricky estava co n ten te de
seu respeito — sobre sua h o nestidade, te r ach ad o um am igo. D an Y ates, p o ­
su a bondade, su a coragem e b ra v u ­ rém , p arecia d eterm in ad o a ser seu
ra . E m ais do que qualquer o u tra inim igo. Na h o ra do almoço ele es-

— 88 —
tava esperando n a esquina do colé­ sa n te s acontecim entos do d ia. O
gio: vencedor d a corrida sem pre gan h av a
“B olachas”, ele gritou, “C abeça V er­ um a bela fita verm elha e b ra n ca n a
m elha, B o lach as!” qual estavam im prim idos seu nom e e
“Porque você n ã o sóbe e d á um so­ o titu lo de cam peão de patin ação . A
co nele?” sugeria Tom m y. m aio ria dos alunos concorria p a ra o
“É, porque é que ele n ão v e m ? ... prem io e a n d a v a p ratican d o m uito
porque sou m aio r do que ele, e ele tem po a n te s do dia.
está com m edo de m im . . . “B ola­ Ricky estav a m uito entusiasm ado.
ch a s” . . . D an c a ç o a v a . Ele gostava m uito de p a tin a r e em
Antes de Ricky m esm o percebe-lo, casa em Willow Creek ele e ra o que
seu punho e n c o n tra v a -se em baixo do m elhor p a tin a v a de sua classe. P o r­
nariz de D an. Num segundo os dois ta n to , ele, Tom m y e m ais alguns m e­
m eninos estavam rolando pela neve. ninos. p ra tica v am sem pre que lhes
A lu ta não d u ro u m uito porque a l­ era possível no pequeno Lago de Mill
guém g ritav a que o d ireto r v in h a v in- C reek H ill.
io, m as os dois rap azes fo ram em bora Alguns dias a n te s da corrida a p ro ­
com sangue no n ariz, c a ra verm elh a fessora en tro u n a classe com um a v i­
e suas ro u p as cobertas de neve. so m uito especial. Ela dizia: já que
Ricky se n tia m u ita vergonha. Ele n ã o rep resentam os coisa algum a no
desejava n ão te r batid o no D ean, m as N atal, penso que seria m uito in te re s­
n ão a g u e n ta v a ser cham ad o “b ola­ sa n te rep resen tarm o s um a peça no
c h as” e “g ato m edroso” . S ua m ãi próxim o mês. Em fevereiro serão os
não disse m uito quando ele te n to u aniv ersários de dois dos nossos m aio­
explicar p a ra ela. Ela n u n c a p u n ia . res h om ens do país W ashington e L in­
“Ele n ã o se c a n sa rá de ch am á-lo por coln. Possuo um a pequena peça sobre
estes no m es”, disse ela sim plesm ente; A brah am Lincoln. Vou lê-la p a ra vo­
“n ão te n h a m edo de coisa algum a, cês e e n tão poderem os decidir.
m as não seja c a p a n g a ” . Ricky p resto u m u ita atenção; D u­
Antes de v o ltar ao colégio, ele su ­ ra n te a le itu ra d a professora ele es­
biu ao seu q u a rto e olhou o q uadro ta v a se im aginando no papel de A bra­
de Lincoln acim a da cam a. “S into h a m Lincoln, o m enino do cam po —
m uito”, disse ele em voz a lta . “Foi o vendedor n a lo ja — o advogado —
um m au começo p a ra m eu prim eiro o len h a d o r — e o presidente lib e rta ­
dia; te n ta re i n ão faze-lo de novo”. E dor dos escravos. Ele desejava m ais
ele tin h a a im pressão que o rosto no do que qualquer o u tra coisa re p re ­
quadro lhe so rria. s e n ta r o papel de L incoln.
D u ran te os d ias que seguiram , R i­ Q uando a professora term inou, p e r­
cky evitava D an, n ia s o m enino m aior g u n to u qual seria o m enino que a
continuava c h a m a -lo “b o lach as” e classe a ch av a m ais ap to p a ra re p re ­
ten ta v a de tô d as as m a n e ira s possí­ s e n ta r um bom Lincoln. V ários n o ­
veis to rn a r as coisas d esagradaveis m es foram m encionados. Alguem di­
p a ra ele. zia Ricky D ean e um alto riso foi ou­
Mas todos os alunos estav am am i- vido nos fundos d a sala. E ra Dan
gaveis e Ricky n ã o le v á ra m u ito te m ­ Y ates. "B olachas”, resm ungava ele, é
po p a ra sab er a respeito do m aior pequeno dem ais. Ele n ã o servirá. O
acontecim ento do an o que ia re a liz a r- rosto de Ricky a rd ia e a professora
se brevem ente. m an d o u que D an ficasse depois da
Todos os anos a 5.a e a 6.a série d a aula. “Não escolherem os ninguém
Escola L ynden faziam u m a fe sta de in ­ h o je disse ela. Que vocês acham si es­
verno no Lago M adsen. A corrid a de p erarm os a té a sem an a vindoura, po-
p atin a ç ã o e ra um dos m ais in te re s­ (Cont. na página 94)
— 89 —
Evidências e Reconciliações
Por Elder João A. Widtsoe
LXVI: Como se Pode Obter um Tes­ quentem ente ele requer uma luta com
temunho da Veracidade do opiniões anteriores, tradições, apetites,
Evangelho? e uma longa provação do evangelho
por todos os fatos e padrões disponí­
Membros da igreja, frequentem ente veis. “A fé é um dom de Deus,” mas
“prestam testem unhos,” uns aos ou­ a fé tem que ser usada para ser util
tros. Eles declaram saberem que o ao homem. O Senhor deixa cair a
evangelhc restaurado é o verdadeiro; e chuva sobre os justos e cs injustos,
falam da alegria que se encontra na mas somente aquele que tem seu cam­
possessão do mesmo. po bem arado recebe o beneficio da
Tais testemunhos são' declarações de hum idade do ceu.
certeza e crença. Esses implicam que Exatam ente, o que deve uma pessoa
os poderes e experiencias unidos; do fazer na sua busca para um testem u­
homem ou da m ulher confirmam a ve­ nho?
racidade do evangelho. A duvida de­ 1.°) Tem que haver úm desejo pela
saparece. A fé torna-se o poder go­ verdade. Esse é o começo de todo o
vernante . progresso humano. O desejo para sa­
Um testem unho consiste de fé em ber a veracidade do evangelho deve
Deus como o Pai dos espirites dos ho­ ser insistente, constante, esmagador,
mens; então num plano divino de Sal­ ardente! Deve ser um a força im pe-
vação para todos os homens; com J e ­ lente. Uma atitude como: “deixe fi­
sus, O Cristo, à cabeça; e enfim na car como está, para ver como fica”
restauração do evangelho ou o plano e não serve. Do contrario, o procurador
autoridade do Sacerdocio através à não pagârá o preço requerido pelo tes­
instrum entalidade do Profeta José temunho.
Sm ith.
Um testemunho vem para aqueles
O instruido e o analfabeto, o jovem que desejam-no. Saul, como inimigo
e o veterano-, o elevado e o humilde de Cristo, era sincero nas suas perse­
podem prestar tal testem unho do mes­ guições. Quando seu desejo pela ver­
mo modo. Cada um aprende a v er­ dade desenvolveu, então o Senhor pou-
dade através de seus proprios poderes. de trazer-lhe à convicção* do seu e r ro .
Pode vir a cada pessoa a convicção
O Desejo deve preceder tudo para
de que a verdade é a substancia do
ganhar um testemunho.
evangelho e as suas pretensões. O ho­
mem, rico em instrução* e experiencia, 2.°) O procurador de um testem u­
talvez possa a rran jar mais evidencias nho tem que reconhecer seus proprios
pela sua crença do que um jovem ado­ lim ites. Há verdades fora do univer­
lescente; porem, desde que os dois te­ so m aterial. Verdadeiramente, um tes­
nham provado o evangelho com os temunho, pode-se dizer, começa com a
meios à seu comando, e acharem -no aceitação de Deus, que transcende
sem uma falta, eles podem exigir res­ tanto como abrange as cousas m ate­
peito por seus testemunhos individuais. riais. O procurador de um testem u­
A convicção da veracidade do evan­ nho sente a necessidade de um aux-
gelho, um testemunho, tem que ser lio alem dos seus proprios poderes,
procurado se quizer ser achado. Ele Como o astrônomo usa o telescopio
não vem como orvalho do ceu. F re­ para aum entar sua visão natural. O
! '
— 90 —
procurador de um testemunho suplica ser provado em pratica. O evangelho
ao Senhor por auxilio. Tal oração tem que ser usado na vida. Essa é a
deve ser tão insistente e constante ultim a prova para ganhar um teste­
como o desejo. Eles devem continuar munho.
juntos como a palma e as costas da A aceitação teórica da lei do dizimo
mão. Então o auxilio virá. Muitos não tem significação na vida. Somen­
homens tem se extraviado do caminho te quando se obedece a lei se pode
porque seus desejo não tem sido acom­ julgá-la. A Palavra de Sabedoria pode
panhado com a oração. ser discutida a favor ou contra mas a
A oração tem que acom panhar o de­ obediencia dela revelará o seu valor
sejo na busca de um testemunho.. verdadeiro. A unica maneira de pro­
3.°) Tem que se esforçar para var o valor de assistência às reuniões
aprender o evangelho, entende-lo, e é assisti-las. Uma pessoa tem que
compreender a conexão .dos seus “viver o evangelho” para aprender a
princípios. O evangelho deve ser es­ sua veracidade.
tudado, do contrario não se pode, in­ Certamente, a experiencia dos ou- ,
teligentemente, pôr à prova a sua ve­ tros que obedeceram constantemente os
racidade. Esse estudo tem que ser requerimentos do evangelho tem valor
profundo e contínuo, pois o conteúdo ao procurador de um testemunho. Os
do evangelho é ilimitado. filhos agem inteligentemente quando
E ’ um paradoxo que os homens de­ aproveitam as experiencias dos pais.
votam alegremente m uitas horas todos Os principiantes agem bem em confiar
os dias por m uitos anos p ara aprender naqueles que tem m uita experiencia
uma ciência ou uma arte, mas ainda em viver o evangelho. Mas, o tempo
esperam ganhar um conhecimento do
vem quando todas as pessoas terão de
evangelho, o qual inclue todas as ciên­
sentir por si mesmo, na sua vida diá­
cias e artes, por d ar olhadinhas per-
funtórias nos livros sagrados ou por ria, o valor do evangelho. Um teste­
escutar um sermão de vez em quando. m unho suficiente virá apenas àqueles
O evangelho deveria ser estudado mais que “rem am o seu proprio barco!”
intensamente do que qualquer curso Há aqueles que presumem julgar o
da escola ou universidade. Aqueles evangelho e os testemunhos dos mem­
que formam uma opinião sobre o evan­ bros da igreja por motivos puramente
gelho sem lhe ter dado estudo cuida­ teóricos. Eles não tem um desejo for­
doso e íntimo não são amantes da ver­ te p ara a verdade, não oraram nem
dade, e suas opiniões são sem impor- estudaram suficientemente o sistema
tancía. da igreja, pouco ou nada eles prati­
Tão im portante é o evangelho, o guia cam cs preceitos do evangelho. Tais
da conduta hum ana, que seria bom juizes talvez mereçam mais a pieda­
para todos os am antes da vardade de do que o ridículo. Os Seus méto­
m arcar diariam ente quinze ou trin ta dos ficam sem honra no salão da ver­
minutos para, o estudo do evangelho. dade.
tal estudo regular produzirá, dentro de Um testemunho da veracidade do
poucos anos, um conhecimento profun­ evangelho vem, então pelo: (1.°) de­
do dos princípios do evangelho. sejo, (2.°) oração, (3.°) estudo, e (4.°)
Para obter um testemunho, então, o prática.
estudo deve acom panhar o desejo e a Esta é realm ente a forma dada por
oração. Moroni, o Profeta Nephita:
4 .°) O evangelho deve ser en tre­
laçado no arcabouço da vida. Ele deve (Cont. na página 96)

— 91 —
ABRIL EM REVISTA
NA HISTORIA DA IGREJA
Durante o mês de Abril de 1828, "Uma proclamação a todos cs Reis
M artin H arris voltou da cidade de do mundo, e ao Presidente dos Esta­
Nova York, onde encontrara o Doutor, dos Unidos” foi publicada pelos doze
Professor Charles Anton, e começou a Apostolos, em 6 de A bril de 1845.
escrever para José Smith, o qual con­ Garden Grove, uma das povcações
tinuou a traduzir das placas até 14 de tem porarias na viagem para o oeste
Junho. foi estabelecida em 24 de A bril de
Oliver Cowdry foi apresentado a 1846.
José Smith pela prim eira vez no Do­ O Apotsolo Heber C. Kim ball m u-
mingo, dia 5 de Abril de 1829. Oli­ dou-se 7 kilometros de WinteT Quar-
ver começou como escriba do profeta ters, em 5 de Abril de 1947. Alí ele
na terça-feira seguinte. Mais tarde formou o núcleo, o qual a companhia
foi chamado pela revelação para ser dos pioneiros podiam se colocar.
o escriba do Profeta. O Presidente Brigham Young e os
A Seção vinte do livro das Doutri­ outros partiram de W inter Quarters,
nas e Convênios, sobre o Sacerdocio e em 14 de Abril. Juntaram -se com o
o governo da igreja, foi recebida em acam pam ento pioneiro perto do Rio
Abril de 1830. Elkhorn.
A igreja foi organizada com seis No dia 16 de Abril a companhia
pessoas no dia 6 de A bril de 1830. Pioneira foi organizada. Form ou-se
O primeiro discurso publico sobre o de 143 homens, tres mulheres, e dois
evangelho restaurado foi dado por Oli­ m eninos.
ver Cowdry, dcmingo, dia 11 de Abril Os povoadores do vale do Lago Sal­
de 1830. gado construíram um fortim perto do
Brigham Young foi batizado no dia Sitio atual da cidade de Provo du ran ­
14 de Abril de 1832, na cidade de Men- te o mes de Abril de 1849.
don, estado de Nova York, por Eleazer A Prim eira Epístola para a igreja
M iller. foi publicada pela prim eira presiden­
A Seção oitenta e tres do livro das cia, em 9 de Abril de 1849.
Doutrinas e Convênios, concernente A vigessima prim eira coníerencia
aos direitos das m ulheres e das crian­ anual geral da igreja começou no dia
ças foi recebida no dia 30 de Abril 6 de Abril de 1851, mas foi transferi­
de 1832. - da para o dia 7 por causa da chuva.
A visão do Salvador apareceu a Na coníerencia os Santos votaram pela
José Smith e Oliver Cowdry, no dia construção dum templo e acéitaram
3 de Abril de 1836, no Templo de K ir- um novo Bispo presidindo, Edwardo
tland. Esta visão foi seguida por vi­ H unter. A população de Utah naque­
sitas de Moisés, Elias, e Elijah, para le tempo era cerca de trinta m il.
conferir as chaves do Sacerdocio. O velho tabernáculo na praça do
(D&C 110). templo foi dedicado ao trabalho do
As Pedras do angulo do Templo de Senhor em 6 de Abril de 1852.
Nauvoo foram postas no dia 6 de Abril As pedras do angulo do Templo de
de 1841. Salt Lake foram postas no dia 6 de
Na Coníerencia de 6 de Abril de Abril de 1853. O edifício foi dedica­
1844, o Profeta declarou que toda a do quarenta anos mais tarde.
America do Norte e do Sul é Sion. O Governador Alfred Cumming e o

— 92 —
Coronel Thomas L . Kane partiram OS SACERDOTES
de Fort Scott, estado de Wyoming, em
viagem para a cidade do Lago Salgado Os deveres dos Sacerdotes são pre­
em 5 de A bril de 1858. Em 19 de gar, ensinar, expôr, exortar, e batisar,
Abril ç. Governador viu por si mesmo e adm inistrar o Sacramento.
que os registros do tribunal não fo­ E visitar as casas de todos os mem­
ram destruídos, como foi acusado. bros, e os exortar a orar em voz alta
O prim eiro Pony Express (Expresso e em segredo a atender os deveres da
de Pônei) do oeste chegou em Salt familía.
Lake City (Cidade do Lago Salgado)
E podem tambem ordenar outros Sa­
dia 7 de Abril de 1860. O primeiro
cerdotes, Mestres e Diaconos.
Pony Express do leste chegou em 9
de Abril. E dirigirá as reuniões quando não
houver um Elder Presente.
Uma conferencia especial realizada
na cidade do Lago Salgado em 10 de Mas quando houver um Elder pre­
Abril de 1865 votou pela construção sente, o Sacerdote, está somente para
de um a linha telegráfica pelas povoa- pregar, ensinar, expôr, exortar, e ba­
ções de Utah. tisar.
A galeria do tabernáculo de Salt Lake O oficio do. Sacerdote é o mais alto
foi acabada em A bril de 1870. no Sacerdocio Aaronico. Ele difere
O terreno para o Templo na cidade dos do Diacono e M estre particular­
de M anti foi dedicado pelo Presidente m ente por possuir a autoridade para
Brigham Young, dia 25 de A bril de batizar, e para adm inistrar o Sacra­
1877. As pedras do angulo foram mento, e tambem em ordenar outros
postas em 14 de A bril de 1879. Sacerdotes, Mestres e Diaconos.
A prim eira reunião publica na ‘Ca­ Quarenta e oito Sacerdotes formam
pela da Assembleia (Assembly Hall) um quórum. Diferente da organização
da praça do templo foi realizada no dos Mestres e dos Diaconos, o presi­
dia 4 de A bril de 1880. dente não é um dcs quarenta e oito,
mas é um Sacerdote que possue o ofi­
cio de bispo.
(C ontinuação do SACERDOCIO) Warren J. Wilson
abençoado pelos Sacerdotes, ou aque­
les de autoridade m aior no Sacerdocio;
(2) para serem porteiros, quando de­
P E N S A M E N T O S
signados; (3) p ara recolher as ofertas
de jejum ; (4) p ara ajudar na coleção
“Q uando com preenderá você, que é
de dinheiro; (5) para visitar os mem­
bros do quórum; (6) para lim par e m uito m ais im p o rta n te o que se leva
arrum ar o salão e o terreno da igre­ d e n tro d a cabeça do que se coloca em
ja; (7) para ser um mensageiro para cim a d e la?”
o bispo; (8) para falar nas reuniões
Sacramentais; e (9) p ara ser oficiais “Não podem os ev itar que os p á s­
ou professores nas organizações auxi­ saros de a m a rg u ra voem sobre a n o s­
liar es. sa cabeça, m as podem os ev itar que
Vinte e quatro M estres formam um eles façam n in h o em nossos cabelos”.
quórum, com tres desses como a p re­
sidencia do quórum, tambem ha um “A tristez a pode d u ra r um a noite;
secretario do quórum. m as a aleg ria vem pela m a n h ã ”.

— 93 —
de ser que n e sta ocasião possam os m esm a m a n eira com que você tra to u
decidir a respeito do m en in o que Ricky. Além disso não tem os tem po,
m áis m erecer o p apel. Não querem os perd er a corrida. Ve­
O m uito esperado dia da co rrid a no n h a Ricky. “Espere, gritou Ricky, n ão
gelo chegou enfim . E ra um sábado podem os deixá-lo aqui; e stá m uito
perfeito, claro e frio. O gelo no L a­ frio. Ele ficará gelado”.
go M adsen e stav a bem como devia. “Bem, e n tã o deixem os o tre n ó e ele
A classe tin h a em pregado o sr. Wil­ pod erá v o ltar o m elhor possivel.
son p a ra co n d u zi-la no ônibus da es­ Tom m y tiro u o relógio do bolso e dis­
cola e eles ia m p a r tir d a fa rm á c ia a se: tem os que a n d a r, fa lta m a p en as
1 h o ra em ponto. As doze e q u a re n ta 7 m in u to s p a ra um a h o ra. M ais sete
Ricky paro u em fre n te da casa de m inutos e o ônibus ia p a rtir p a ra o
Tommy. Seus p a tin s estav am p en ­ Lago e e ra m ais de um a m ilh a até a
durados sobre seus hom bros e ele es­ casa de D an. Ricky sabia que não po­
ta v a p u ch an d o seu tre n ó com um a d ia conduzir D an p a ra casa e a in d a
g ran d e caix a em cim a. É a ro u p a l a ­ ch eg ar em tem po p a ra to m a r o ô n i­
vada d a velh a sra. Claipon, ele ex p li­ bus n a farm acia. Bem, ele deix aria
cou p a ra Tom m y. mesm o o tre n ó . D an Y ates devia f i­
M inha m ãe estav a fazendo isto, e n ­ c a r co n te n te em ser aju d ad o d esta
q u a n to aquela sen h o ra esteve d o en ­ m an eira, depois de te r agido daquele
te e pediu p a ra que eu entregasse; modo.
pensei que pudessem os p a ssa r n a Co­ Vamos, Tom m y lem brou, e eles
lin a de Mill Creek, d an d o bem p a ra p a rtira m . Ricky andou alguns p a s­
chegarm os a tem po p a ra a co rrid a. sos e depois parou. Ele lem brou-se
Os m eninos e n tre g a ra m a roupa. E do q uadro acim a de sua cam a e im a ­
do alto d a colina Ricky deitou-se no ginou ve-lo olhando p a ra ele um
tre n ó e Tom m y após d a r um p eque­ pouco triste . Ele virou e viu D an Y a­
no im pulso pulou em cim a tam b em . tes te n ta r s e n ta r no trenó. L incoln
O tre n ó desceu a colina feito um a fle- n ão te ria deixado D an sozinho como
xa, o a r c o rtav a-lh es o rosto. Eles eles deixaram . U m a vez ele a té e s tra ­
estavam quasi chegando lá em baixo gou suas roupas p a ra a ju d a r um p o ­
quando pelo a r ouviu-se um grito . bre porco sa ir d a lam a. Ricky sabia
Os m eninos d irig iram -se p a ra um a que Lincoln te ria ficado. M as que seria
pequena poça gelada no sul d a colina. da corrida se ele ficasse p a ra a ju d a r
Alguem estav a sen tad o no gelo e f a ­ D an? Ele p erd eria sua chance p a ra
zendo sinais p a ra eles. Eles se a p re s­ g a n h a r a fita. Algum a coisa d e n tro
sa ra m p a ra ch eg ar no lu g a r e ao se de si p arecia dizer “ele é seu in im i­
aproxim arem p u d eram ver que e ra go, n ão seja bobo, vai a n d a n d o ”, m as
D an Y ates. O que aconteceu? — a m ­ o u tra voz dizia: “Si você fic a r você
bos p e rg u n ta ra m ao m esm o te m p o . m o stra rá ao seu inim igo que é capaz
O m enino m aio r baixou a cabeça de p erd o ar o m a l. Você fa rá o que
q u ando viu que eram os dois. “E s ta ­ L incoln te ria feito ”. E ra como se
va m e esq u en tan d o um pouco a n te s d e n tro dele houvesse um a lu ta , m as
da co rrid a e n ão sei como eu caí. P e n ­ de re p e n te ele en d ireitou os om bros
so que torci m eu tornozelo, em todo e disse reso lutam ente. “Vai a n d a n ­
caso e stá in ch an d o e n ã o posso a n ­ do Tommy, eu vou voltar e a ju d a r a
d a r.” Não sab ia quem vocês eram , D an ” .
m as ag o ra penso que vocês n ã o têm Tom m y dizia que ele era m aluco,
g ra n d e in teresse em a ju d a r-m e a ir discutia e in sistia, m as fin alm en te foi
p a ra c a sa . sozinho. D an viu Ricky parado, e m al
“Não, n ã o tem os m esm o,” Tom my h u m o rad o disse: vai andando, eu n ão
disse ra p id a m e n te , n ã o depois da m ereço su a a ju d a . M as Ricky ficou.
— 94 —
Ele esperoti a té que Tom m y d e sa p a ­ peito e m e pediu p a ra c o n ta r a vocês,
recesse d a vista, depois voltou e aju d o u a fim de saberem porque foi que R i­
D an p a ra cim a do trenó. N enhum cky falto u à fe sta.
dos m eninos dizia coisa algum a. R i- A professora n ão disse m ais nada,
cky p ensava sobre a corrida e ele p o ­ m as alguns dos m eninos fa la ra m p a ­
deria te r g an h o ; p arecia ouvir u m a ra Ricky depois d a aula. “Puxa, R i­
baixa voz d e n tro de si, dizendo: Seu cky, você foi form idável em te r feito
bobo, e ele se n tia v o n tad e de ch o rar, isto por D an, depois dele te r-lh e t r a ­
m as não chorou, sóm ente as crian ças ta d o daquela m a n e ira ”. E um outro
choram e ele n ã o e ra u m a c ria n ç a . disse: “Não penso que mesmo o m e­
Ah, si existisse alg u m a m a n e ira de lh o r am igo de D an tivesse perdido a
chegar ao Lago, m as co n tin u av a a co rrid a p a ra a ju d á -lo ”.
p u ch a r o tre n ó em silêncio. “Esqueçam disso”, disse Ricky. Mas
De rep en te D an ch am o u -o pelo ele m esm o não podia esquece-lo. Ele
nom e. Ele p aro u e virou-se p a ra viu a fita, H ow ard Wade g a n h o u -a;
traz; D an n ão o lhava p a ra ele. “T ra ­ e ele tin h a corrido com W ade m ais
te i-te m al, D an falou com voz baixa. de u m a vez, e b a te u -o . Mas, assim
Não sei porque você foi tã o bom p a ra m esm o, foi deveras gentileza de D an
mim, a ponto de p erd er a corrid a p a ra te r contado tudo à professora.
a ju d a r-m e ; poderia você esquecer Pouco a n te s das au las acabarem , a
como te tra te i e fazer as pazes? Ele segu n d a coisa in esp erad a acontecera.
estendeu sua m ão e Ricky to m o u -a. A professora disse: “Faz hoje um a se­
Ele sen tiu -se m u ito m elh o r ag o ra . m a n a que li p a ra vocês aquela peça
Em bora tendo perdido a fe sta n o L a­ que iam os rep resen ta r. Vocês lem ­
go M adsen, D an Y ates to rn o u -se seu b ram -se que decidim os e sp erar algum
am ig o . tem po p a ra v o tar n a pessoa que ach a s-
N esta ta rd e Tom m y veio à su a casa sem os m ais a p ta p a ra o papel. Quem,
è contou-lhe tu d o a respeito d a fes­ a c h a m vocês, deve ser ela?
ta. H oward W ade tin h a sido o v e n ­ Ricky ouvia alguem dizer seu nom e.
cedor da fita, e Ricky sab ia que p a ti­ Ele se n tiu um a sensação d en tro de si.
n ava bem, senão m elhor do que H o­ Dois nom es foram m encionados, e e n ­
ward. Ele achou que assim m esm o tã o a* classe votava. Ele ouviu a p ro ­
tin h a sido m uito bobo em te r ficado fessora ch am á-lo pelo nom e, e os a lu ­
e ajud ad o D an. nos a se le v a n ta re m . . . n ão sóm ente
Mas n a se g u n d a -fe ira de m a n h ã , um ou dois, m as quasi todos.
coisas bem in esp erad as aco n teceram “P arece que Ricky é o ta l”, disse a
n a escola. Logo depois dos prim eiros professora. E todos os alunos b a te ­
exercícios, a professora disse que t i ­ ra m palm as. Ricky n ã o sabia o que
n h a algo a c o n ta r p a ra a classe: — dizer; ele se n tia v o ntade de rir, ch o ­
“Sábado passado, todos dem os pela ra r, c a n ta r ou qualquer cousa. Ele
fa lta de dois m eninos da n ossa c la s­ n u n c a tin h a sido tão feliz d u ra n te
se lá no lago. Um desses m eninos to d a sua vida. Ele tin h a sonhado
torceu o tornozelo ju sta m e n te quando que h av ia de re p re se n ta r esse papel...
o ônibus ia p a rtir. Ele estav a caído, e a g o r a ... agora a classe v o tá ra nele.
sçm nin g u ém p a ra a ju d á -lo a ir p a ra A f ita n ão im p o rta v a . . . n a d a im por­
casa. O o u tro m enino, o qual é m u i­ ta v a , senão isto, que ele ia ser L in­
to bom p a tin a d o r p erd eu a sua ch ance coln n a peça. Ele olhou p a ra a pro­
de concorrer à prova p a ra a ju d a r o fessora, e ela sorriu p a ra ele.
outro a ir p a ra casa. Vocês todos s a ­ “F a re i o m elhor possivel”, disse ele,
bem de quem estou f a la n d o . . . D an b aixinho.
Y ates e Ricky D ean. A’ n o ite p a ssa ­
Trad. por Léa Albuquerque
da, D an m e contou tu d o a este re s­
— 95 —
Joinville ças em prestam suas vozes e diverti­
ram -se a procurar ovos e a comer os
Os recentes acontecimentos do ramo deliciosos doces fornecidos pelas Se­
de Joinville dão a impressão que a nhoras do Ramo. A prim eira está
Igreja vai sendo reconhecida cada vez sendo bem dirigida por Elder S trin-
mais. Os Elders T urner e Tyler con­ gham. Estamos orgulhosos dos quase
cederam uma entrevista ao diretor e 60 alunos que comparecem regular­
ao redator de “A Noticia,” o m aior m ente às aulas de inglês, m uitos dos
jornal do. estado de Santa C atarin a. quais nas terças-feiras ficam para a
Essa noticia foi publicada naquele Jo r­ Mútuo e nas sextas-feiras para o Coro.
n al com grande destaque contendo in-
teresssantes dados sobre a coníerencia
do distrito e a visita do Apostolo Ri­ Campinas
chards. A Radio de Joinville anun­
ciou por varios dias a realização da Acha-se enriquecido o lar do S r.
coníerencia convidando todos os que José Prestello e sua Exma. esposa D.
quizessem assistir. Cento e vinte sete Rosa Gargaro Prestello com o nasci­
pessoas form aram a m aior assistência mento no dia 6 de Abril de um lindo
que a igreja de Joinville já teve des­ pimpolho que receberá o nom e de
de a guerra. M uitas pessoas perm a­ Claudinei. De parabéns portanto o
neceram em pé por falta de lugares. feliz casal com a feliz herança que
lhes foi legada por Deus. Congratu­
lações da direção de “A G aivota” . O
A escola prim aria recomeçou no dia Sr. Prestello é cunhado do irmão Azar
27 de Março com uma festa "pascal Gargaro, membro do corpo Sacerdotal
apresentada pelas crianças. 58 crian­ do Ramo de Campinas.

Evidências e Reconciliações
“E, quando receberdes estas cousas, form ula em busca da verdade; e tem
peço-vos que pergunteis a Deus, o Pai achado os testemunhos procurados.
Éterno, em nome de Cristo, se estas Até agora, ninguém que tenha procura­
cousas são reais; e, se perguntardés do a verdade de “Mormonismo” com
com um coração sincero e com boa desejo ardente, oração sincera, estudo
intenção, tendo fé em Cristo, ele vos aplicado, e prática sem medo, falhou
m anifestará a verdade delas pelo po­ em achá-la. Alguns, por falta de co­
dei- do Espírito Santo. ragem, ainda que a verdade lhe tenha
E pelo poder do Espirito Santo po­ encarado, tem -na guardado por si mes­
deis saber a verdade de todas as cou­ mo. Mas, a form ula jam ais falha, as­
sas.” (M oroni 10:4,5). sim declara sem medo a Igreja de J e ­
M ilhares de pessoas tem usado esta sus Cristo dos Santos dos Ultimes Dias.
Trad. por W. J. Wilson
— 96 —
Você Sabia Que...?
As florestas do Brasil tem mais de do mundo, é dificil escrever. Com mi­
dois mil e quinhentcs especie de arvo­ lhares de caracteres diferentes, a im­
res diferentes? prensa tem requerido grandes núme­
* * * ros de tipo, e para escrever à m aqui­
Pela prim eira vez na sua historia a na era impossível até recentem ente.
praça do templo (Temple Square, Salt The International Business Machine
Lake City) teve mais do que um m i­ Corporation (S/A Internacional de Ma­
lhão de visitas no ano passado. O quinas do Comercio) desenvolveu uma
Presidente Richard L. Evans, D iretor m aquina eletrica que tem cinco mil
do Museu e centro de Informações e quatrocentos caracteres gravadas so­
disse que o total do ano alcançou . . . . bre um grande tambor. Para elimi­
1.003.218, em comparação com o total nar o uso de tal numero de teclas,
de 719.765 em 1946. O mês mais cada caráter é identificado por quatro
popular foi o de Agosto quando 221.418 números, e tem que se tocar nas qua­
pessoas visitaram a praça do Templo. tro teclas juntas para cada caráter.
# * * Dizem-se que uma boa datilografa
O idioma Chinês, ainda que seja fa­ pode escrever quarenta e cinco pala­
lado por mais ou menos 1/5 do povo vras por minuto.

História do Cão que Falava


Um ventríloquo que ha muito tempo “Estou satisfeito” foi a pronta res­
não trabalhava, encontrou-se subita­ posta do animal.
mente sem dinheiro quando de pas­ “ O cavalheiro,” disse o encarregado
sagem por uma cidade do interior. do bar, '“quanto o S r. quer por esse
Acompanhava-o um cãozinho de pas­ cão?”
sado muito duvidoso, o qual havia sido “Oh, não ha dinheiro que possa
encontrado vagando pela estrada. O compra-lo” disse o ventríloquo,” mas
nosso bom homem aventurou-se a pedir como estou meio ‘Q uebrado’ agora, se
uma cerveja em um bar. Então vi- o Sr. me em prestar mil cruzeiros, dei-
rou-se para o seu cãozinho e pergun­ xa-lo-ei aqui como garantia.”
tou-lhe: “O que queres?” Mais do que depressa o negociante
Aceito um sandwiche de presunto” retirou o dinheiro de sua caixa regis­
foi a resposta do animal. tradora, desejando que o exausto dono
O dono do b ar encarou-o. sem acre­ do cão nunca mais voltasse para re­
ditar, “Você ouviu isso?”, perguntou ao clama-lo. O ventríloquo amarrou-o
ventríloquo. , dentro do bar com um pedaço de cor­
“Certamente” replicou o freguês. da e começou a sair. À porta voltou-
“Este, meu amigo, é o unico cão do se para lançar um derradeiro olhar ao
mundo que fala.” anim al que ficava. O cão olhou com
O negociante finalm ente sentiu-se um ar de censura, “Homem ingrato!
como que acordado de um sonho, trou­ Depois de tudo o que lhe fiz, o senhor
xe o sandwiche e ficou apreciando o me abandona por am a miséria1.!! Mas
cachorro a come-lo. eu me arrumat-ei com o senhor, nun­
“Alguma coisa m ais?” perguntou o ca mais falarei até m orrer!”
ventríloquo ao cão. E nunca mais falou.
Trad. por Remo Roselli
0 Lado da Linha, do Senhor
por Presidente George Albert Sm ith

Um bem homem, que era conselhei­ época do mundo, entendamos isso. Ne­
ro do Presidente Brigham Young, disse nhum homem pode fazer o que é er­
certa ocasião: “Ha uma linha divisó­ rado e ficar no lado da linha, perten­
ria nas nossas vidas, bem d efinida. cente ao Senhor. Nós escolhemos ò
Num lado dessa linha é o território do que seremos. Deus deu-nos nosso a r­
Senhor, e no outro lado, o território bítrio; se fizermos o que é errado e
do diabo. Se ficardes no lado do Se­ penetrarm os no território' do diabo, nós
nhor, estareis salvos. Mas, se pene- o fazemos porque temos vontade e po­
trardes uma única polegada, no lado der para faze-lo. Não podemos cul­
pertencente ao diabo, estareis em seu par a outrem pelo que escolhemos.
território, estareis em seu poder; ele Si decidirmos guardar os m andam en­
esforçar-se-á para arrastar-vos o mais tos de Deus, viver como devemos vi­
longe possivel da linha divisória, sa­ v er e ficarmos no território do Senhor,
bendo que se ele puder conservar-vos receberemos as nossas bênçãos por
em seu território, ele vos terá para isso.
sempre em seu poder.” Não nos deveria ser difícil guardar
Em tudo que fazemos na vida, nun­ os mandamentos do Senhor porque
ca deveríamos esquecer que o único que-emps ser felizes. Não* deveria ser
lugar següro é no lado do Senhor. difícil para os esposos e esposas se
Honrando nossos pais e nossas mães, am arem m utuam ente e serem fieis uns
estaremos no lado da linha pertencen­ aos outros, porque isso é estar no lado
te ao Senhor. Sendo sempre verda­ do Senhor. Não nos deveria ser di­
deiros, e honestos p ara com o nosso fícil obedecer a Palavra de Sabedoria.
próximo, estaremos no lado do Senhor. Não deveria ser dificil para moços e
Obedecendo à Palavra de Sabedoria moças am arem seus pais e honrá-los,
estaremos no Seu território. Pagando porque tudo isso significa estar no te r­
os nossos dízimos e as nossas ofertas, ritório do Senhor.
estaremos em terras d ’Ele. Eu poderia prosseguir e enum erar
Honrando nosso bispo e seus conse­ m uitas outras coisas, mas posso
lheiros, honrando aqueles que são cha­ resum ir tudo, dizendo: Tcdgs as boas
mados a presidir nos demais cargos da coisas são do lado do Senhor, e toda
paróquia, honrando aqueles que pre­ a felicidade digna do neme, felicidade
sidem sobre nós em nossos ram os e que se goza neste mundo e na eter­
distritos, apoiando-os e ajudando-os nidade, se encontra no território a Ele
estaremos no lado do Senhor. H onran­ pertencente.
do* e apoiando os líderes da Igreja, — Porisso, sugiro não só aos nossos
não a m inha Igreja, ou a vossa Igreja, meninos e meninas, não só aos nossos
m as a Igreja de Jesus Cristo dos San­ moços e moças, mas a todes, que o que
tos dos Últimos Dias, da qual temos devemos fazer si quizermos ser felizes
a ventura de ser membros — estare­ é viver em retidão; si isso fizermos,
mos no território do Senhor. estaremos no lado do Senhor e o ad­
Aqueles que desobedecem os m an­ versário não será capaz de levar-nos
dam entos de nesso Pai Celestial, não à tentação que nos viria destruir. Deus
im porta quão pequena seja essa deso­ proteger-nos-á si seguirmos sua ad-
bediência, penetram no território do moestação e conselho, e haverá de pro­
diabo, e é tempo que nós, como mem­ videnciar tudo, para que sejamos fe­
bros da Igreja, vivendo neste dia e lizes. Traduzido por Alfredo L. Vaz
ANO I-NUM. 5 ,V 7 H aiüota M A I O - 19'
^A lãe
G O NÇ ALVES CRESPO

Ela velava perto


Do filho que dormia
E candida sorria
Ao lírio entreaberto
Da lua um raio incerto
No quarto se perdia:
E a mãe olhava o Dia
E a Luz do seu deserto.

No berço flutuante
Moveu-se agora o infante
E acorda pranteando. . .

Não há quadro mais belo


Que a mãe, solto o cabelo,
0 filho acalentando!

GOMES L E A L

Repele alguém do Mestre, brutalmente


Os louros querubins de rostos finos
Mas o sábio Rabbi lhes diz, clemente:
“Deixai vir à mim os pequeninas. —

“Deixai-os vir à mim. Sou o ceifqiro


Que nada perde, e os mundos vü-m ceifar.
Feliz de quem como estes é* rüsteiro.
A i d’aquele, cruel, qU'e os 'ifíolestarj,,- .
Ano I — N.° 5 Maio de 194<S

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão B rasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.
A ssinatura Anual no Brasil . CrS 20,00 D iretor: . . . Cláudio M artins dos Santos
A ssinatura anual do Exterior CrS 40,00
Exemplar In d iv id u a l.............. CrS 2,00 R ed ato r:.................................... João Serra
i
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados: a :
• “A G A I V O T A” f
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ÍI MDI CE

Costum e^ Conveniencia e. Conduta ................................. Richard L. Evans ; 98


O Dia Desta Vida .............................................................. T rad. por A . L . Vaz ejiça
Brado à Mocidade ...................................................... Trad. por Remo Rosselli :10&
ARTIGOS ESPECIA IS
O Apóstolo Harold B. Lee .............................................. Warren J. Wilson i 99
Profanai Vosso Tabernáculo e Deus Castigará ....................................................100-
Lembrança do Monte Cumorah ..............................................................4.a P arte 101
Se Eu Fosse um a Jovem Noiva ........, .................................... Mary Brentnall 103

AUXILIARES
Escola Dominical:
O Verso Sacram ental por Junho .................................................................. 107
Os Sinais dos Tempos .................................................. Robert F. Pool 107
Primária:
A Pulseirinha Diferente .............................................................................. 108
Sociedade de Socorro:
A M ulher e o Casamento entre os Mormons .......................................... 109

SACERDÓCIO
Estejai Também Preparados .................................................................. W. J. W. 112

VÁRIOS
Evidências e Reconciliações:
CXIX Qual é m aior — o Sacerdócio cu a Igreja . . João A. Widtsoe 114
O Rumo dos Ramos ............................................................................................. 120
Você Sabia Q ue. . . ? ................................................................................... .. capa
Poesia ............................................................................................................... .. capa
EDITORIAL

•«§**%*"«‘j*
Costumes, Conveniência e Conduta

"Sa* ‘%*
rír>
tj>fá

por Richard L. Evans

Frequentemente tem sido expresso o pensamento de


que não há moral basica; de que as leis às quais os homens
sujeitam-se para sua conduta, mudam como quaisquer leis,
de vez em quando e de lugar para lugar, conforme os cos­
tumes e a conveniencia.
Mas embora pareça ser assim, vamos ver onde»iria-
mos parar: dizer isto seria afirmar que qualquer coisa que
uma sociedade decida fazer seria a acertada. E afirmar
isto, seria dizer que não há direitos inalienaveis, onde o
homem se restringe, e que qualquer costume que um povo
aceite estará certo para êle.
Porém, podemos nós imaginar que desonestidade, o
roubo, a violência, o assassinato e outras imoralidades se­
jam declaradas legais?
Contudo em substancia, seria isto o que quizemos
dizer, quando falamos que cada geração pode redigir as
suas próprias regras concernentes à todos os assuntos, e
que as leis de moralidade são somente questão de costumes.
E assim vemos onde uma falsa concepção poderia
'^S* ^ •5^’

nos levar, se continuássemos com ela


Citemos um sábio e antigo filósofo no assunto: 4iA
opinião que todos os homens possam ter, não é critério su­
ficiente para determinar a verdade. Temos de nos restrin­
gir à pergunta: são certas as nossas opiniões? Faz o lou­
•í1]* •<1j ’

co qualquer coisa sem que a ache bôa? Bastará portanto


este critério ? . . . N ão. . . Ides portanto à uma coisa
mais alta do que sua própria opinião” . . . E se há uma lei
mais alta que a opinião de um homem, há também uma lei
que sobrepuja a opinião de todos os homens.
"S»*

Assim sendo os homens terão que se submeter às


leis mais altas do que as que eles próprios estabeleçam
para servir a sua própria conveniencia.
^

Trad. por CET.

v.'ÍW
P. rif* ^ífl^3í,r íc 'r3r'ríí''3
«'J* wjy vjw wjw yJVr^ 3 c i^3e' rwjw
fa r in r«JJw
ín rwjv
in rwjw
fa rJJw
fa r fa r fa r Swjw
n rwjw
jn rvjw
in w wjw
0 APÓSTOLO HAROLD B. LEE
Por W arren J. W ilson

m em bro d a p re fe itu ra da Cidade do


Lago Salgado. Serviu como su p erin ­
te n d e n te das au la s religiosas n a es­
ta c a de Pioneer e m ais ta rd e to rn o u -
se su p e rin te n d en te d a Escola Dom i­
nical d a E staca. Ao mesmo tem po
e ra m em bro do alto conselho d a Es­
ta c a . Aos 30 anos, em 1929, foi dç-
signado segundo conselheiro n a p re ­
sidência d a E staca e um ano deppis
to rn o u -se p residente d a m esm a.
Q uando o P lano do Bem E sta r co­
m eçou n a prim av era de 1936 — doze
anos a tra z — E lder Lee, sob a desig­
n ação da P rim eira P residência, v ia ­
jou por to d a a Ig re ja organizando r e ­
giões e arru m an d o o m aquinism o pejo
qual o pro g ram a tem operado. Elder
Lee en tro u n e sta ta re fa do P lan o do
Bem E sta r da Ig re ja com b a sta n te ex­
periência p ra tic a e com um a com pre­
ensão do problem a do g ran d e n ú m e ­
ro dos pobres e n tre os m em bros da
Ig re ja . Ele foi presid en te de um a
esta c a n a Cidade do Lago Salgado
O APÓSTOLO HAROLD B. LEE d u ra n te os anos d a depressão, q u a n ­
do 60 por cento dos m em bros e ram
Querem os a p re se n ta r-lh e s n a G a i­ to ta lm e n te ou em p a rte necessitados.
vota deste m ês um dos Apóstolos m u i­ Ele e os seus colegas o rg anizaram -se
to ativo no W elfare Plan, (O P lan o p a ra a u x iliar as pessoas d a estaca,
do Bem E star) — o apóstolo H arold fornecendo tra b a lh o p a ra que o povo
B. Lee. pudesse c u id ar de si mesmo, e com
Elder Lee é um dos m ais jovens dos e sta experiência, n a sc id a da necessi­
apóstolos a tu a is. No tem po d a sua dade, E lder Lee qualificou-se p a ra d i­
designação ao conselho dos doze, em rig ir o plano do Bem E sta r.
Abril de 1941, ele tin h a som ente 42 E lder Lee te m o u tra s responsabili­
anos, porém ele chegou à e sta posi­ dades nos diversos com itês da Igreja.
ção rico de experiência, sabedoria e Um o rad o r a p to e um e stu d a n te a r ­
enten d im en to acim a da sua id a d e . d en te das E scrituras, E lder Lee tem -
Sua designação veio como um clím ax se to rn a d o caro aos corações dos m em ­
de um a c a rre ira p ro em in en te. J á foi bros por seu serviço e devoção à
o d ire to r de u m a escola em Id a h o e Ig re ja .
m ais ta rd e , d ire to r no D istrito da E s­
cola G ra n ite do C ondado do Lago “O pessim ism o a tra e a adversi­
Salgado. P or q u a tro anos ele foi dad e.”
99 —
PROFANAI VOSSO TABERNÁCULO
E DEUS CASTIGARÁ
Essas são as p alav ras proferid as c) C ada indivíduo passou a p e n a s
pelo apóstolo Paulo e elas p e rm a n e ­ pela ação física de fum ar.
cem como um desafio pelo desagrado d) Em cada indivíduo foi in je ta d a
de Deus p o r aquelas coisas que te n ­ p equena q u a n tid ad e de n ico tin a, n a
dem a d e stru ir nossos corpos e des- veia.
q u alificar-n o s à v ista do nosso C ria ­ Os q u a tro te stes acim a fo ram c o n ­
dor. E m bora sejam os nascidos n a duzidos em cad a indivíduo, sob as se ­
sem elhan ça do nosso P a i dos Céus, nós g u in tes condições:
devem os seguir os sãos princípios de
saúde que. Êle nos deu, se quiserm os 1) Em posição de descanso.
conservar nossas aptidões físicas. R e ­ 2) S en tado.
cen tem en te u m a convenção m édica 3) A ndando vagarosam ente.
endossou e registrou o fato de que “o 4) Em atividade n o rm al.
alcool e n c u rta a vida do hom em , 5) Vestido com roupas leves.
p reju d ica seu cérebro, coração, p u l­ 6) Vestidos com roupas pesad as.
mões e tecidos do corpo” . Uma
extensiva investigação d a ação p e­ Os testes fin ais pro v aram conclusi­
lo uso do fum o sôbre o co r­ v am en te que ca d a indivíduo que f u ­
po h u m a n o m o stra que se um rap az m ou os cigarros com uns ex p erim en ­
de vinte anos fu m a r dois cigarros c o ­ to u q u a tro m u d an ç as físicas:
m uns, êle te r á im e d ia ta m e n te u m a P rim eiro — D im inuição n a te m p e ­
pressão san g u ín ea e pulsações de um r a tu r a c u tâ n e a dos dedos dos pés de
hom em norm al de 35 a 40 anos, e um 0.7 a q u a tro g ráus centigrado. (D i­
hom em de 40 anos que fu m a r te rá m inuição m édia 1.8.° C ).
pressão n o rm al de um hom em de 60 Segundo — D im inuição n a te m p e ­
anos. E sta investigação foi conduzi­ r a tu r a c u tâ n ea dos dedos d as m ãos,
d a por G race M. R oth, d o u to r em f i­ de um e um quinto a seis e meio
losofia, Jo h n B . M ac D onald, capitão gráus C. (D im inuição m édia de 3.2.°
m édico do exército am erican o e C h a r­ C ) . E stas m u d an ças de te m p e ra tu ­
les S heard , dou to r em filosofia, de Ro- ra d u ra ra m cerca de 30 m in u to s a
chester, M innesota; e os resu ltad o s duas h o ra s.
foram publicados no “A m erican Me­ T erceiro — A pressão san g u ín ea
dicai Jo u rn a l” . a u m en to u de dez a 35 pontos (m édia
O grupo de indivíduos escolhidos do au m en to 19 pontos) sístole (ação
p a ra os testes eram de am bos os se­ c o n tra tiv a do coração e a rté ria s ), e
xos, de v árias idades, todos com s a ú ­
(C ontinue na pág. 113)
de norm al. As experiências foram
conduzidas com todos os d etalh es, e
de acôrdo com os m ais exatos req u i­
sitos d a ciência. Em resum o, fo ram
os seguin tes os resu ltad o s:
a) C ada indivíduo fu m av a dois ci­
g arro s com uns, sucessivam ente.
b) C ad a indivíduo fu m av a cig ar­
ros feitos de o u tro in g red ien te, que
não fosse ta b a c o .
— 100 —
Jp
Lembrança do Monte Cuniorah
4.a. PARTE

O PROPOSITO DO LIVRO DE MORMON

E stá explicado n a p á g in a fro n teira, “B íblia”, usando a expressão “registro


a qual, em form a condensada é su - que vem dos Ju deus aos gentios” .
m áriam en te como segue:
É um re la to escrito por um antig o EVIDENCIA EM FAVOR DO LIVRO
p rofeta, M oroni, sobre p lacas tira d a s DE MORMQN
de o u tra s p lacas de um o utro an tig o
lider ch am ad o N ephi; e é um resum o A seguinte inform ação é reem pri-
do reg istro dos N ep h itas e do o u tro m id a p o r perm issão do livro, com d i­
ram o dos N ep h itas ch am ados L am a- reito s reservados: “M istério dos T em ­
n ita s (que se to rn a ra m nossos a tu a is pos” .
ín d io s). O livro é escrito aos L am a-
nitas que são rem an escen tes d a casa JOSÉ DO EGITO
de Israel e tam b ém aos Ju d eu s e G en ­
tios; escrito p a ra ser ap resen tad o p o r Q uão longe via o P ai Celestial
interm édio de um G entio e ser in te r ­ quando perm itiu aos irm ãos de José
p retad o p o r d ádiva de Deus. vende-lo no Egito. O próprio Josc
Contém ta m b é m um resum o de um disse aos seus irm ãos, quando se deu
livro ch am ad o E th er, que é o registro a conhecer quando vieram p rocurá-lo
de um povo ‘ch am ad o Ja re d ita s, que no tem po de fom e: “Deus enviou-m e
vieram da B abilônia n a época da co n ­ a d ia n te de vós, p a ra que vos fique
fusão d a s lín g u as. um resquício sôbre a te rra , e p a ra
O livro é p a ra convencer a am bos, conservar-vos em vida por um a g ra n ­
Gentios e Judeus, que Jesu s é o Cristo, de lib e rtaç ão ” .
o Deus Eteríio, e que se m a n ife sta à Q uando Jacob ju n to u seus filhos e
tôdas as nações. os abençoou, disse: “José é um ram o
Num a posterior revelação ao p ro ­ fru tífe ro ju n to à fonte, seus ra m i­
fe ta José S m ith em Ju lh o de 1828, foi- nhos se extendem sobre o m uro” . —
lhe d ita as razões p ela qual o livro (G enesis 49:22).
foi escrito. O m uro e ra o g ran d e oceano, os r a ­
1.° — que o conhecim ento de um m inhos que extendem -se sobre o m u ­
Salvador v iria e n tre os rem an escen tes ro era m os filhos de Lehi, d a tríb u
da casa de Israel, no hem isfério oeste. de M anassés, que nav eg ariam p a ra
2.° — que os L a m a n ita s (índios) f i­ este co n tin en te, d esta m a n eira c ru ­
caram sabendo de su a origem . zando o g rande “m u ro ” ou oceano.
3.° — que os L a m a n ita s sab eriam Sendo José educado n a linguagem
das prom essas do S en h o r visando seus e a rte s dos egípcios, a fim de que m e­
pais e a si p róprios. lh o r pudesse cu id ar dos negócios de
O próprio M orm on em seus escritos faraó , n ão som ente to rn o u -se fa m i­
afirm a que o livro iria aos d escrentes lia r com a linguagem egípcia, m as
Judeu s a fim de que convencessem de com su a linguagem escrita, arte s e
que Jesu s é o Cristo, Filho de Deus ciências, e a seus irm ãos foi dado se­
Vivo, e tam b ém que o P a i r e s ta u ra ­ m e lh a n tes privilégios e educação.
rá a casa de Isra e l ao país de sua S abe-se que os egípcios u sa ra m 3 es­
h e ra n ç a . M ais ta rd e ele a firm a que pécies de escrita, e os Toltecs da Amé­
o livro de M orm on foi tam b ém escri­ rica C en tral tin h a m duas escritas, a
to p a ra ser u m a te ste m u n h a p a ra a h ie rá tic a u sada pelos sacerdotes e a
101
m ilitar, en q u a n to suas inscrições e lav ras de certos p ro fetas como Isaías
m anuscrito s em pap el é su p o stam en ­ e o u tro s .
te em cara c tere s com uns. T rab alh ad o res em la tã o sabem
T hom as W . B rockbank, e stu d a n te quão b rilh a n te ele pode se to rn a r e,
das língu as h eb ra ic a e in d ia n a , tem em Isa ía s 8:1, 2, o S enhor disse: “To­
provado que, os Israelitas, n ã o só­ m ai um polido ta b le te de la tã o e es­
m en te tin h a m registros em p ap iru s crevei nele à m a n e ira do hom em .” A
como os egipcios, m as tam b ém em seqüência do p en sam en to d á a idéia
placas de chum bo e placas de rocha, de que o ta m a n h o do rolo ou ta b le ­
m ais ou m enos em 1520 A. C .. M ais te n ão seria do ta m a n h o de um t a ­
ta rd e u sa ra m p ergam inho, véu e b a- blete, porém , de u m a série de ta b le ­
sil p re p a ra d o d a pele de carn eiro e tes ou um livro de tab lete s ou placas,
cabras enrolados em páu, d aí o nom e isto é afirm ad o pelo D r. A dam Clarke,
'“p a u ” . u m a au to rid ad e m u ndial em in te rp re ­
tações h ebráicas. Ele a firm a que
No Exodo 28:36, lem os a ordem : “E
essas placas podem d u ra r e te rn a m e n ­
vós fa re is p lacas de ouro p u ro e g ra -
te. No e n tre ta n to nem Ju d eu s n em
vareis sobre elas como a gravação de
G entios podem explicar o que a c o n ­
um sinete, “S a n tid a d e ao S e n h o r”.
teceu a estas placas, não é razoavel
E tam b ém o m odo de o rn a m e n ta ­
concluir que as placas desap areceram
ção, as “lig ad u ras de ouro” são re fe ­
quando Lehi as trouxe a este c o n ti­
rid as ta n to q u a n to as m u ita s o u tra s
n e n te ?
a rte s n ecessárias n a co n stru ção do
Si e sta s p lacas fo ram feitas n a épo­
tabernáculo .
ca re fe rid a e conteem as e sc rita s sa ­
Não é possível que eles que fizeram g rad as de Isaías, h á razão p a ra su ­
este tra b a lh o tivessem anos de expe­ por que estas placas fo ram escritas
riência sujeito s aos egípcios? As m a s­ em ca ra c tere s egípcios como a firm a
sas Isra e lita s eram -obrigadas ao t r a ­ o Livro de M orm on.
balho penoso; e porque n ã o o m ais D uzentos anos e n tre os egípcios
intelig en te p a ra ex ecu tar N tra b a lh o sig n ificaria que, em vez dos egípcios
m ais fino? a p ren d erem a língua dos seus esc ra ­
O Senhor, em m a n d an d o José a n ­ vos, os egípcios fo rçariam a e stu d a r
tes de seus irm ãos ao Egito tin h a p la ­ su a p ró p ria língua.
nos de um g ran d e tra b a lh o p a ra um Im ag in e nossa posição como e sc ra ­
g ran d e povo e causou su a associação vos por um espaço de 209 anos e n tre
com um a ra ç a a lta m e n te civilizada, u m a n ação dom inadora, su bsistiria
afim de que pudessem absorver as a r ­ nossa lín g u a e escrita ou seriam os a b ­
tes e educação daquele povo, em p re ­ sorvidos pelos nossos dom inadores?
p aração ao tem po quando L ehi in ic ia ­ Tom em os a condição do n egro e s­
ria o povo deste país da A m érica — cravo, vindo d a A frica, e m esm o d a s
a T e rra P rom etida. tríb u s ind ígenas que fre q ü e n ta ra m
Os in stru íd o s e stu d a n te s de h e b rá i- escolas dos brancos. Assim, podem os
co vieram te r m u ita s vêzes à p a la v ra deduzir que os isra elitas tiv era m c o ­
“G illayon”, n a Bíblia, a qual tr a d u ­ n h ecim en to e uso dos c a rac teres eg í­
z ira m como “rolo” ; contudo, a e x a ta pcios .
tra d u ç ã o é “um ta b le te polido” ou Si estas p lacas de la tã o e ram escri­
“espelho de m e ta l” . ta s em c a rac teres egípcios, que m ais
No Livro de M orm on, u m a d as cou­ poderíam os esp erar que os registros
sas que Deus ordenou a Lehi a fazer dos N ephitas o fossem tam b ém .
era o b te r posse d as P lacas de L atão, O ouro e ra enco n trad o em g rande
contendo a genealogia de Lehi, os r e ­ q u an tid ad e pelos N ephitas e, se p a ra
gistros dos seus an tep assad o s e a s p a ­ (C ontinue na pág. 115)
— 102 —
SE EU FOSSE UMA JOVEM NOIV A
Por Mary Brentnall.

Se eu fosse um a jo­ Teria fé em meu m a­


vem noiva, nêste novo rido, no casamento e
ano de 1948, tentaria em Deus.
ser uma ótim a espôsa, Tendo esta fé, ten­
criaria um am ável lar ta ria fazer de m inha
e fa r ia do meu casa­ religião uma força do­
mento um grande su­ m inante em meu la r.
cesso; então, tentaria Reconheceria as bên­
descobrir os princípios çãos e poder do Sa­
básicos da vida, e co­ cerdócio.
mo aplicá-los ao casa­ Incentivaria m eu
mento. m arido para a a tiv i­
coração e meus dade dentro da Igreja.
ços de acôrdo com T rábalharia pessoal­
estes princípios, então mente, auxiliando na
adicionaria u m pouco organização da Igreja.
de alegria com toque Estabeleceria cômo­
pessoal a este c a s a m e n to . F a r ia isto, dos e básicos hábitos, tais como: pagar
com a m e s m a fa c ilid a d e com que es­ dízimos, orar em comunidade com meu
co lheria u m vestido sim ples p a r a uso marido, ir regularm ente às reuniões sa­
geral, d a nd o- lhe v id a , o rn a m e n ta n - c ra m e n ta is , g u a r d a r a p a la v r a d a s a ­
do-o com jo ias, u m a fa ix a ou u m a bedo ria, e c o n fia r iá que po r esse m eio,
flo r. o b te ria a nece ssária in s p ir a ç ã o e fo r ­
Se eu fôsse u m a jo v e m n d iv a , t e n ­ ça p a r a s u p o rta r os g ra n d e s s o fri­
ta r ia ser g ra ta , po r ter e n c o n tra d o m e n to s e ale g ria s d a nossa v id a co n ­
m eu a m o r e m e u c o m p a n h e iro , e p o r ju g a l.
estar v iv en do n u m p a ís r e la tiv a m e n ­ Se eu fosse u m a jo v e m n o iv a , te n ­
te livre, onde pudesse tr a b a lh a r de ta r ia s im p lific a r m in h a v id a . In v e s ­
acôrdo com m in h a s idéias. E m reco­ t ig a r ia 99% de tu d o que fizesse ou
n h e c im e n to pe las im e n sas b ê n ção s d a com prasse, p a r a saber se re a lm e n te
lib erdade c o n fia d a s a m im , t e n ta r ia v a lia a p e n a. N ão to m a r ia m e u te m ­
m o strar a m im m e s m a e a to d o m u n ­ po n e m m e u la r co m cousas fúteis.
do, que m a ra v ilh o s o s resu ltad os p o ­ Por exem plo, se v e rd a d e ira m e n te
dem ser obtidos, q u a n d o colocam os gostasse de fig u rin o s — deleitando-
nossas a lm a s n a e s p o n tâ n e a v o n ta d e m e n a s delicadezas de seus de talh e s —
de u m co ração liv re . eu os te r ia diversos; se eu tivesse
Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , j a ­ m eios p a r a com prá-los e te m p o p a r a
m ais m e p re o c u p a ria , p e n s a ria o u p l a ­ ze la r deles, m as, an te s de com prá-los
n e ja r ia ler sôbre co m o “P re n d e r” ou te n ta r ia d e cid ir co m to d a h o n e s tid a ­
“G o v e rn a r” m e u m a rid o . R e s p e ita ria de q u a l deles c o n tr ib u ir ia m a is p a ra
a d ig n id a d e d a nossa prom essa de c a ­ a m in h a p e rso n a lid a d e , ou q u a l deles
sam e nto e, te n h o p le n a certeza de que eu d e se ja ria .
m eu m a r id o seria sem pre m e u e que E u te ria m e u p ró p rio la r, tã o cedo
nosso m ú t u o a m o r e c o n fia n ç a , a u ­ q u a n to possível'. N ã o m o r a ria com
m e n ta r ia m d u r a n te os an os e d u m a pare nte s, u m d ia a m a is do que fosse
ex tre m id ad e a o u tr a d a e te rn id a d e . a b s o lu ta m e n te necessário, porém , se

— 103 —
por a lg u m te m p o isto fòsse necessá­ ra c io c in a n d o os processos e a r r a n jo s .
rio, t e n ta r ia a d a p ta r- m e àqu e le la r T e n ta r ia ser ord eira .
ale grem e nte, le m b ra n d o que ele seria N ão p e rd e ria m e u te m p o ir r e g u ­
e r /olvido p o r todos, po rém , te n ta r ia la rm e n te , p re p a ra n d o custosos e c o m ­
fí> er u m q u a r to ou d iv isão inviola- p lic ad o s alim e n to s, m as e s tu d a r ia n u ­
v e lm en te nosso. N ão m o r a r ia n u m a tr iç ã o e m e d ita r ia sôbre as c o n tín u a s
casa a lu g a d a u m d ia a m a is do que in v estig açõe s dos avisos da do s n a p a ­
o necessário p a r a de cidir on d e dese­ la v r a d a sabedoria. G a s ta r ia m e u
jasse m o r a r ; n ã o m o r a r ia u m d ia a d in h e ir o em alim e n to s, te n d o e m v is ­
m a is do que o necessário, p a r a e sta­ t a a saúde, u s a n d o m in h a in g e n u id a ­
belece os p la n o s d a m in h a p r ó p r ia de n a c o sin h a, p a r a fazê-los a p e tito ­
casa, u m d ia a m a is do q u e o neces­ sos.
sário p a r a e n c o n tr a r u m m e io satis- Se eu fosse u m a jo v e m n o iv a , abs-
fa to r io p a r a a c o n stru ção d aqu ele la r ter-m e-ia de d ív id a s . T e n ta r ia g a s­
— m esm o que fôsse p e qu en o . t a r s a b ia m e n te m e u d in h e iro , t r a t a n ­
do-se de co m pras, espe raria ta n to
Se e u fósse u m a jo v e m n o iv a , e n ­ q u a n to possível — in v e s tig a n d o tu d o
q u a n to estivesse espe ran do pe lo m e u o que quisesse — pois do c o n tr á r io
la r, p a s s a ria tod o o te m p o disp o n íve l arriscava- m e a c o m p ra r a lg u m a cou-
que pudesse p la n e ja n d o este la r. C om sa in ú t il que m a is ta rd e a c h a r ia s u ­
respeito a o ed ifício , p e n s a ria n o l u ­ p é r flu a .
gar, t e n t a r ia e n c o n tr a r u m b o m te r ­ Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , n ã o
re n o . V e ria a p o ssib ilid ad e de a m ­ g a s ta r ia m e u d in h e ir o e m d iv e r ti­
p lia r u m a casa p e qu en a. E s tu d a ria , m e n to s co m u ns, ta is com o u m a sec-
p e r g u n ta r ia e v eria, o que é comu- ção de c in e m a todos os sábado s à n o i­
m e n te desenvolvido n o m u n d o d a te, seguido p o r u m la n c h e , isto é 'm o r ­
p ré- fab ricação . O ra ria , p a r a que o t a l p a r a o esp írito e p a r a as fin a n ç a s .
m é to d o dispen dioso e restrito, désse Se tivesse u m a o p o r tu n id a d e p a r a
c a m in h o à c o n stru ção do nosso la r , ver u m a boa p e ça ou film e , o u v ir u m
d ia n te d a nossa u rg e n te necessidade co n c e rto 'e sp e cia l, d a r u m prese nte de
d a casa. In v e s tig a r ia as p o s sib ilid a ­ a n iv e rsário , o u c o m p ra r u m b o m l i ­
des das h a b ita ç õ e s a n tig a s — p a r t i­ v ro o u u m á lb u m de discos, c o n ­
c u la rm e n te se o m a io r tr a b a lh o de s id e ra ria isto m e d ita d a m e n te — d a n ­
ren o v ação pudesse ser fe ito p o r nós do a id é ia ou in d o a d e a n te co m ela.
m e sm o s. com o parecesse m e lh o r — m a s eu n ã o
Se e u fôsse u m a jo v e m n o iv a , d e ­ d e s p e rd içaria u m a c o n je c tu ra , o u ãez
s e ja ria possuir a lg u m a e d u c a ção d o ­ tostões em u m a diversão, a p e n a s p a r a
m é stic a p a r a c u id a r d a casa, po rém m a t a r o te m p o . A c h a r ia m e lh o r e
se n ã o fôsse possível, ex p o ria a m im m a is alegre passear, é m en o s d is p e n ­
m e s m a as m elho res id é ia s e m com o dioso — a n ã o ser que o p re ço dos
c u id a r de u m a casa. A p re n d e ria a sap a to s co n tin u asse a s u b ir.
ser e ficie n te ; f a r ia tô d o o possível M as, se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a ,
p a r a te r sem pre m in h a casa asseada, n ã o d a r ia p o r te r m in a d o os d iv e r ti­
c o n fo rtá v e l e feliz. S e ria asseada e m e n to s . E scolhe ria, e sele cio na ria, e
lim p a se isto n ã o in terferisse com creio que a in d a seria b a s ta n te jo v e m
cousas m a is im p o r ta n te s ; p o ré m eu p a r a m e d iv e rtir u m a ta rd e e m u m
seria o rd e ira , pois se n ã o fosse, sei pic- nic, e n tre am ig o s que fossem a le ­
que n ã o p o d e ria desenvolver estas gres, jov e ns e a p a ix o n a d a s .
cousas, c h a m a d a s im p o rta n te s . S a b e ­ E u os c o n d u z iria à m in h a casa p a r a
r ia que o asseio é sobre a su perfície u m a ta ç a de s a la d a e u m a x íc a ra de
d a te rra m a is que a o rd e m : é a base, cho co late e depois u m a p e q u e n a r e u ­
e te m que ser fe ito in te lig e n te m e n te n iã o de c a n to .

— 104 —
O r g a n iz a r ia a lg u n s ja n ta r e s em m e n ta r a p e q u e n a c e n te lh a e m u d a r
c o n ju n to co m m e u s am igos, u m q u a r ­ o aspecto d a v id a que se conserva em
teto o u u m tr io e nos d iv e rtiría m o s co n s ta n te m e la n c o lia . N ão h á razão
p r a tic a n d o ju n to s . p a r a que isto n ã o seja o r ig in a l com igo.
Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , se­ Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , te n ta r ia
r ia m u it o a p lic a d a e h a b ilid o s a n o ser u m pouco o r ig in a l e m m in h a c a ­
m eu te m p o v ag o . A p re n d e ria a m a ­ sa, com m in h a s roupas, m eu s a lim e n ­
n e ja r u m p in c e l de p in t u r a e u m tos, m in h a p e rso n a lid a d e . T e n ta ria
m a rte lo tã o b e m com o u m a a g u lh a . ser eu m e s m a .
A p re n d e ria a faze r c o rtin a s e p e n d u ­ S im , ir ia m a is longe. T e n ta ria ser
rá-las d ir e ito . T e n ta r ia faze r tô d a s m u it o h o n e sta com igo, co m m e u m a ­
as cousas que achasse possível, p a r a rid o e com m in h a v id a .
m im e p a r a m e u la r — desde os pães
M as, ta m b e m eu te n ta r ia ser bela
até as casas de botões — desde os
— t ã o bela, q u a n to eu pudesse, sem
capachos a té os qu e b ra luzes. A p r e n ­
faze r “fe tic h e ” de beleza. T rajar-m e-
de ria a solver, re p a ra r e r e s ta u ra r.
ia c o n v e n ie n te m e n te q u a n to possível.
A p re n d e ria m u ito sôbre o tr a b a lh o
J a m a is p e r m itir ia a m im m e sm a ter
de m e u m a rid o , que r fôsse fa z e n d e i­
p re v a le cim e n to . T e n ta r ia ser b o n d o ­
ro ou g uarda- liv ros; p o lític o o u pin-
sa, p o n d e ra d a , m e d ita tiv a e genero­
cheleiro; p in to r ou d e n tista . T e n ta ­
sa. C u ltiv a r ia m in h a in te lig ê n c ia
r ia e n c o ra ja r seu progresso d e n tro do
t ã o a ss id u a m e n te q u a n to m e u corpo.
cam p o escolhido. A ju d á- lo - ia em
L e ria bons livros e o u v iria b ô a m ú s i­
seus d e s a p o n ta m e n to s e c o n g r a tu la ­
ca, t e n ta r ia desenvolver m e u s t a le n ­
va-me e m seus sucessos.
tos. S im , t e n ta r ia ser b e la .
Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , te n ­
Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , te n ­
ta r ia conhecer a m in h a c o m u n id a d e ,
t a r ia ser p e rfe ita — e m tod o o s e n ti­
"m over-m e-ia” n a m in h a v is in h a n ç a
do . E e x ig iria isto do m e u m a r id o e
e a p re n d e ria s u a h is tó r ia , v is ita r ia os
p ara fô r ç a de exem plo, ta m b é m dos
lugares que m e interessassem e m m i ­
m eu s a m ig o s .
n h a v is in h a n ç a e a c h a r ia isto m a r a ­
v ilho so. C o n h e ce ria suas colinas, Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a , que
florestas e regatos, veria-as e n tã o ao tivesse de tr a b a lh a r , p o r ser m e u m a ­
b rilh o do sol e das som bras, p e la m a ­ rid o u m e stu d a n te , co m p e q u e n a ou
n h ã e ao lu a r. E n c o n tr a r ia o r o m a n ­ n e n h u m a re n d a , f a r ia isto o m e lh o r
ce do m e u v ale . possível, m a s p e n s a ria n is to ap e n a s
Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a, t e n ­ com o cousa pro visória.. F a r ia d a m i­
ta r ia p ro g re d ir co m m e u m a r id o . T a n ­ n h a casa u m la r tã o h a b itá v e l q u a n ­
to q u a n to possível, fa r ia dos seus d i ­ to possível — u s a n d o m in h a in g e n u i­
v ertim e nto s, os m eus d iv e rtim e n to s; d a d e p a r a renová- la. N ã o g a s ta ria
dos seus interesses os m eu s; das suas d in h e ir o n e n h u m p o r coisas in ú te is .
esperanças e aspirações, m in h a s es­ R e c o n h e c id a m e n te a c e ita r ia a ju d a
peranças e aspiraçõe s. A ju d á- lo - ia o dos m eu s p a is e dos p a is de m e u m a ­
m e lh o r possível e m seus p ro b le m as e rido, se eles fizessem isso co m c o n ­
esperaria que ele m e aju d a sse nos te n ta m e n to . T e n ta r ia d e m o n s tra r m i­
m eus. N ã o te r ia segredos p a r a ele e n h a g r a tid ã o , sendo feliz, afe tu o sa e
fa r ia m eu s p la n o s em c o m u m e m e ­ co n sid e ra d a p o r eles. E n q u a n to es-
d ia n te acôrdo ge ral — depois de c u i­ tisse tr a b a lh a n d o , t e n t a r ia dispensar
dadosa c o n s u lta . T e n ta r ia s u p o rta r a d e v id a a te n ç ã o à f a m ília p rim o ro ­
ju n to s nossos p ro b le m a s. sa m e n te de ac ô rd o co m o tem po e as
Se eu fôsse u m a jo v e m n o iv a fa r ia posses en tre eu e m e u m a rid o . P o ­
da m o d a a m in h a a m ig a e n ã o m in h a ré m recon hece ria a s itu a ç ã o com o n ã o
m estra. A m o d a fo i cre ad a p a r a a u ­ <C o n tin u e na pág . 119-

105 —
BRADO À MOCIDADE
T r a d . po r R e m o R oselli.

N ã o parece n a d a lóg ico f a la r à m o ­ r ia tu d o o que te n h o ou que m a is a l ­


c id ad e co m term o s a b s tra to s; c o n tu ­ m e je i possuir, p a r a que pudesse re ­
do, épocas ex istem q u a n d o as a b s tr a ­ to r n a r àqueles d istra íd o s e felizes dias
ções são rec o n h e cid a s com o os m a io ­ que pre c e d e ram ao p rim e iro pecado
res ca racterístic o s que a h u m a n id a d e que a tin g iu o m e u coração.
pode desenvolver. D ific ilm e n te recon heci que escorre­
A tu a lm e n te , n a s nossas t ã o tr a n s ­ g a v a em a lg u m a cousa que po d e ria
to r n a d a s condições, a m o c id a d e ca re ­ tra ze r t a n t a triste za e r u in a à v id a de
ce de p e n s a r n a s suas ações. Os j o ­ u m a pessoa. D e s e ja ria po der revelar-
vens são esse ncialm en te bons, e in d u ­ lh e a a n g ú s tia e o s e n tim e n to que
b ita v e lm e n te corajosos. P re d o m in a h o je e n c h e m o m e u coração, e faze-
n a s m e n te s d a m a io r ia o desejo de los reconhecer que o m a is precioso dos
faze r o que é direito. D e s e ja m eles dons d a te rra escapoliu-se de m im .
e n c a ra r os fa to s — e sab em o que são E n tr e i n e g lig e n te m e n te n o m u n d a n is -
os fatos. T od a v ia, a lg u n s desses jo ­ m o e x c ita n te e n a s ale grias d a v id a ,
vens ex istem que p re c is a ria m ser p re ­ e de tu d o isso, som e nte cinzas r e s ta ­
v enidos de qu e a d issip a ção de suas r a m n a s m in h a s m ão s .
necessidades em o cio na is em face d a M O Ç A S ! A p r e n d a m a viver p lá c i­
presente e m e rg ên cia n ã o lhes t r a r á a d a e sim p le sm e n te e deleitem -se c o m ­
de se jad a e p r o c u ra d a co m pen sação. p le ta m e n te co m as do çu ras dos bons
P o r e starm o s ag o ra n u m a s itu a ç ã o livros, co m a c o n v iv ê n cia de suas
alg o c a ó tic a o ú n ic o c a m in h o p a r a se am ig a s , sua m ã e e sua f a m ília . Si
seguir é esquecer as condições c o n f u ­ se conservarem am o rosas e m e ig as, as
sas e a c h a r alg o que nos ab sorv a m e n ­ ale grias e em oções d a v id a v ir ã o em
ta lm e n te , que nos canse fis ic a m e n te sua época p ró p ria . N ão se apressem
e nos acorde e s p iritu a lm e n te . A lg u n s p a r a ir ao seu e n c o n tro ou elas m u r ­
h a v e rão que d ir ã o n ã o que re rem ser c h a r ã o e m suas m ão s, m irra n d o -
que stion ado s q u a n to a ta is n e ce ssid a­ se com o u m a flo r a r r a n c a d a p e la g e a ­
des, p r o c la m a n d o que d e se ja m viver d a an te s que tivesse te m p o de flo re s­
p a r a o te m p o presente, e d e ix ar que cer.
o fu tu r o cuide de s i. É im possível Oh! Se pelo m enos as m o ça s o u ­
ex istir u m a s a tis fa çã o d u r a d o u r a e vissem os conselhos p a te rn a is.
u m a fe lic id a d e g e n u ín a seguindo-se E sta jo v e m ap re n d e u , — assim co­
esse ra c io c ín io . m o a p re n d e rã o tô d a s as que escolhe­
T alvez a seg u in te c a r ta d it a r á u m a re m o m a u c a m in h o — que o arreba-
m e n sag e m àqueles que a n s e ia m por ta m e n to p r e m a tu r o d a fe lic id a d e pa- '
u m b o m a u x ílio . A jo v e m que nos ra a nossa possessão n ã o nos asse gu ­
m a n d o u a c a r ta de sejava que usásse­ r a r á a su a p e rm a n ê n c ia . A o c o n t r á ­
m os p a r a a u x ilia r a lg u n s outros in e x ­ rio, o oposto é o v erd ad e iro : a fe lic i­
p e rie n te s a a p re n d e re m o s ig n ific a d o d a d e p a r a ser d u r a d o u r a precisa ser
de re s triç ão . n u t r id a p a c ie n te e d ilig e n te m e n te .
Escrevo esta c a rta das p ro fu n d e za s N a verdade, isso d e m a n d a r á sa c ri­
de u m co ração q u e b ra n ta d o , n a espe­ fícios, e g a r a n tid a m e n te m u ita s d o ­
r a n ç a de q u e ela seja u m a adm oesta- res de cabeça sobrevirão.
ção , p a r a que o u tra s m oças n u n c a p a r ­ M as o certo é que, essas jov e ns que
tic ip e m , n e m e x p e rim e n te m d a m es­ p e rm a n e c e m consistentes, fiéis e re-
m a a m a r g u r a que veio a m im . E u da- (Continue na pág. 115)
— 106 —
ESCOLA DOMINICAL

O VERSO SACRAMENTAL
POR JUNHO

“Venho à Ti. todo penitente


Sinto Teu amôr por mim.
Querido Salvador neste Sacramento
Lembro-me de Ti.”

OS S IN A IS DOS TEM POS

P o r R o b e rt F. Pool.
' “C h e g a ra m os fariseus e saduceus Q u a n d o isto aconteceu, D eus a fa s to u
e, p a r a e x p e rim e n ta r a Jesus, p e d ir a m a a u to r id a d e do s a n to sacerdócio d o
que lhes m ostrasse u m s in a l do céu m undo.
M as ele re sp o nd e u: À ta rd e dizeis: P o r ca u sa di^to, Jesus C risto disse
Terem os b o m tem po , po rque o céu que ele r e s ta u r a r ia este sacerdócio e
está a v e rm e lh a d o ; e p e la m a n h ã : su a ig r e ja n o m u n d o d u r a n te os ú l ­
H o je terem os tem p e stad e , p o rqu e o tim o s d ia s . E ag ora, po rque estam os
céu está de u m v e rm e lh o s o m b r io . nós su rp re e n d id o que Jesus apareceu
Sabeis, n a verdade, d isce rn ir o aspec­ p a r a José S m it h e d e u a ele a u to r i­
to do céu, e n ã o podeis d isc e rn ir os d a d e p a r a re s ta u ra r a ig r e ja dele?
sin ais dos te m p o s ? ” (M a te u s 16:1-3). Jo ã o , ta m b é m , escreve que “v iu
• Dois m il an o s depòis, estas p a la ­ u m a n jo v o a n d o n o céu, p r o c la m a n d o
vras fo ra m fa la d a s , n ó s a in d a p o d e ­ o e v a n g e lh o e te rn o ” . U m a n jo a p a ­
m os ou v ir o cla m o r, “M ostra-m e seus receu p a r a José S m it h e co nto u- lhe
sinais, se vocês são d a ig r é ja v e rd a d e i­ o n d e fic a v a m as p la c a s de ouro que
ra de D e u s” . E a in d a n ó s estam os d i ­ c o n t in h a o e v a n g e lh o v erd ade iro de
zendo, “Vocês n ã o p o d e m d isce rn ir os D e u s. O n ze ou tro s h o m e n s v ir a m
sin ais dos te m p o s ? ”. estas p la c a s e três deles v ir a m t a m ­
A fim de que possam os co m pree nde r b é m este a n jo .
a verdade desta ig r e ja em re la ç ã o ao Is a ía s disse que nos ú ltim o s dias
c u m p r im e n to às p ro fe cia s que nosso S iã o seria estabelecida n o “ cu m e dos
* S en ho r disse, deve preceder a s e g u n ­ m o n te s ” . N a visão, B r ig h a m Y o u n g
d a v in d a dele, v am o s ver, q u a is são v iu a te rra d a p ro m issão n a s “M o n ­
estes sin ais dos te m p o s . * * ta n h a s R o c h o sas” . E n t ã o q u a n d o ele
P rim e ira m e n te , ele disse que h a v e ­ che go u n o v ale do L ag o S a lg a d o ele
r ia u m a g ra n d e apo stasia. T rezentos reconheceu esta te rra com o aq u e la que
an os depois de C risto, os povos que v iu n a v isão . Eles q u ize ra m c h a ­
se c h a m a v a m eles p róp rio s cristãos, m a r esta te rra Deseret, m a s o governo
tro c a ra m as p a la v ra s e q u e b r a r a m o dos E stados U n id o s troc ou p a r a U ta h .
co nv ên io eterno. Eles p a r a r a m de v i­ U ta h é u m a p a la v r a in d íg e n a que si­
ver os m a n d a m e n to s de D eus e co­ g n ific a o cu m e dos m o n te s. Assim.
m e ç a ra m a viver em in iq ü id a d e . (C o n tin u e n a p á g . 116 )
— 107 —
pri m A ri a
A P U L S E IR IN H A D IF E R E N T E

U m a vez, h a m u ito s an o s a trá s , em to n a v e lh a c a ix a de jó ia s . Com o é


u m a te r r a do o u tro la d o do m a r , v i­ triste esperar.
via, m u ito s o litá ria , u m a p u ls e ir in h a U m d ia , ap a re ce u n a L o ja u ’a m o ç a
de ouro , n u m escuro e p o e ire n to c a n ­ que p a re c ia ser e m p re g a d a de f a m í ­
to de u m a ca ix a de jó ia s . A ntes, ela lia re a l.
m o ra v a n u m a lin d a v itr in e e n tre o u ­ “Q uero vêr suas m elho res p u ls e ira s ’*,
tras jó ia s ta m b é m lin d a s , m a s q u a n ­ disse ela g e n tilm e n te ao jo a lh e iro .
do n in g u é m a q u is co m p ra r, o jo a lh e i­ Este m ostro u- lhe tô d a s as p u lse ira s
ro a tiro u p o n d o em seu lu g a r u m de b a n d a lin d a m e n te tr a b a lh a d a s ,
c o la r . d ize n d o : “A q u i estão a lg u m a s p u ls e i­
ras m u it o fin a s . Todos g o sta m m u i ­
E n tr e ta n to , ela era m e sm o lin d a
to d e la s ” .
esta p u ls e ir in h a , m a s n in g u é m a q u e ­
P a r a sua surpresa, a m o ç a pare ce u
r ia p o r ser tã o d ife re n te . T ôdas as
d e s a p o n ta d a : “E stas p u ls e ira s são
o u tra s p u lse iras t in h a m la rg a s b a n ­
ig u a is a tô d a s as o u tr a s ”, disse ela.
das de ouro, f in a m e n te esculpidas. A
“E u quero u m a cousa b e m d ife r e n ­
p u ls e ir in h a s o litá r ia t in h a som e nte
te ” .
u m a t r a n c in h a de ouro com u m a pla-
“S in to m u it o ”, com eçou a d ize r o
q u in h a c h a ta n o m eio. E la estava
jo a lh e iro , e n q u a n to a e m p re g a d a se
m u ito triste, po rque seu m a io r dese­
d ir ig ia p a r a a p o rta . M a s de r e p e n ­
jo era ser ig u a l as o utras. “N in g u é m
te ele se le m b ro u d a p u ls e ir in h a de
m e q u e r” , p e n sa v a ela. “Q u e m m e
t r a n ç a e c o n tin u o u : “ Q u a s i m e es­
dera ser ig u a l às o u tr a s ” . Q u a n d o o
queci, eu te n h o m a is u m a p u ls e ir a .
jo a lh e ir o v iu o q u a n to a p u ls e ir in h a
Espere u m m o m e n to que v ou m o strá-
estava triste, consolou-a d ize n d o lie-
la ” .
g re m e n te : “T e n h a p a c iê n c ia e espe­
A p u ls e ir in h a triste, p ro c u ro u f ic a r
re, que a lg u e m v ir á b u sc ar você q u a l­
ale gre. E la n u n c a estivera t ã o b o ­
quer d ia destes. Você é m u ito b o n i­
n it a com o q u a n d o o jo a lh e ir o a tir o u
t a ” . È n tã o a p u ls e ir in h a triste t r a ­
d a ca ix a p a r a m ostra- la. A e m p r e ­
to u de te r p a c iê n c ia . E la esperou, es­
g a d a fic o u t ã o c o n te n te q u a n d o v iu
p e ro u e e s p e r o u ...
a p u ls e ir in h a , que n e m sa b ia o q u e
O jo a lh e ir o m o s tra v a a p u ls e ir in h a d ize r.
d ife re n te p a r a todos os que e n tr a v a m “ C o m o é lin d a ! e que d ife r e n te !” e la
n a lo ja , m a s to d o o m u n d o dizia, s a ­ ex clam o u . “É e x a ta m e n te a p u ls e ira
c u d in d o a cabeça: “ N ão, n ã o gosto, é q ue eu p r o c u ra v a h a t a n t o te m p o ” .
m u it o d ife r e n te ” . E tô d a s as vêzes Q u e r faze r o fa v o r de g r a v a r n a p l a ­
a p u ls e ir in h a , triste, su sp ira v a e v o l­ ca do ce ntro o n o m e : P rin ce za Eli-
ta v a p a r a seu c a n to escuro e p o e ire n ­ (Continue na pág. 117)

— 108 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
O Profeta dá à Mulher
os Direitos adquiridos
por Nascença

A e m a n c ip a ç ã o d a m u lh e r d a Ig r e ­
ja de Jesus C risto dos S a n to s dos Ú l ­
tim o s D ias an tece de u em v á ria s d é ­
cadas a e m a n c ip a ç ã o d a m u lh e r em
A MULHER E O CASAMENTO , o u tra s c o m u n id a d e s e Ig re ja s m o d e r­
ENTRE OS MORMONS n a s.
A ig u a ld a d e religiosa fo i re c o n h e ­
cid a pelo p ro fe ta José S m ith . A m u ­
A Posição da Mulher lh e r recebeu o d ire ito de m a n ife star-
se e de faze r o u v ir a su a voz n o p r ó ­
A P o sição d a M u lh e r no la r, n a so­ p rio d ia d a o rg a n iz a ç ã o d a Ig r e ja em
ciedade e p e ra n te a lei é co nsiderada 6 de A b ril de 1830. E desde e n tã o a
com o u m excelente p a d r ã o pelo q u a l m u lh e r te m exercido sua lib e rd a d e
se pode m e d ir o g r a u de progresso de religiosa e seu voto é tã o poderoso
q u alqu e r povo ou n a ç ão . A ssim sen ­ q u a n to o do h o m e m n o m iste r de ele­
do, a Ig r e ja M o r m o n pode ser classi­ ger e a p o ia r as a u to rid a d e s d a Ig r e ­
fic a d a e n tre as g ra n d e s in stitu içõ e s ja . N a verdade, essa d o u tr in a , e n ­
de todos os tem pos. Porque em n e ­ tão re v o lu c io n ária , dos d ireito s f e m i­
n h u m a o u tr a p a r te do m u n d o a m u ­ n in o s fo i in s t it u id a pelo P ro fe ta com o
lher é m a is a lta m e n te p r e s tig ia d a ou u m d ire ito in a lie n á v e l, in e re n te da
sua' in d e p e n d ê n c ia a c e ita e re c o n h e ­ m u lh e r com o ser h u m a n o .
cida d a m a n e ir a m a is c o m p le ta .
Igualdade Moral
A ig u a ld a d e m o r a l dos sexos fo i u m
A Mulher na Antiguidade re su ltad o a in d a m a is assom broso do
m in is té rio d o P ro fe ta . N a Ig r e ja M o r­
D u r a n te a id a d e m é d ia as m u lh e re s m o n os m e n in o s são educados desde
v iviam , p o r assim dizer, ac o rre n tad a s a m a is te n r a in f â n c ia a preservar
e e ra m po u co m e n o s do que escravas suas v irtu d e s e seu c a rá te r tã o c u id a ­
nas m ão s de seus m a rid o s e senhores, d o sam e n te com o o são as suas irm ãs.
os quais t in h a m o po der de a c a r ic ia r A c a stid a d e de p e n sa m e n to s e de atos
e a m a r, c a s tig a r o u to r tu r a r e des­ é in c u lc a d a a am b o s os sexos in d is t in ­
tru ir co nfo rm e lh e s aprouvesse. ta m e n te e q u a lq u e r v io la ç ão assum e
A esposa era co n sid e ra d a p a r te da os m esm os aspectos de g ra v id a d e t a n ­
pro pried ade do h o m e m ; e a m u lh e r to p a r a u m com o p a r a outro. U m p a ­
era v ir tu a lm e n te escrava do seu p a i d r ã o ú n ic o de m o r a l deve ser sem pre
até passar, pe lo m a tr im ô n io , ao seu parte in te g r a l d o verdadeiro E v ang e­
m a rid o e s e n h o r. lh o e te m sido m a n tid o pelo povo des­
D u r a n te séculos v iveu ela sob c o n ­ ta Ig r e ja j á h á um a" c e n te n a de anos.
dições de po uco m en o s do q ue c o m ­ U m re su ltad o d a ob ediência a esta
pleta serv id ão. lei f u n d a m e n t a l fo i a fo rm ação , sem

109 —
precedentes, de u m a m b ie n te de p az Ig r e ja se o r g a n iz a r a m e m u m a Sociè-
e a le g ria n a fa m ília , co m o co nse qüe n ­ d ade de A ú x ílio s que te m p o r o b je ti­
te fo r ta le c im e n to d a fo rç a físic a e vos a elevação d a m u lh e r e a p r á tic a
p u re za m o r a l. d a doce ca rid a d e . As jov e ns tê m , n a
Ig r e ja , a o p o r tu n id a d e de se p r e p a ­
Igualdade Cívica ra re m p a r a u m a m a tu r id a d e ú t i l co­
m o m e m b ro s d a A ssociação F e m in i­
A ig u a ld a d e cívica seria fo rço sa­ n a de M e lh o r a m e n to M ú tu o . As crian-*
m e n te co n c e d id a à m ulher* po r u m
ças estão ig u a lm e n te sob os c u id ad o s
povo que co m p re e nd e o E v a n g e lh o em
d a A ssociação P r im á r ia , cujo s m e m ­
to d a a s u a p le n itu d e . P ro v a v e lm e n ­
bros são pequenos de 6 a 14 a n o s e
te, as p r im e ir a s m u lh e re s, nos tem po s
que n e la e n c o n tr a m a s a tis fa ç ã o dos
m odernos, a exercer in te g r a lm e n te a
seus ju sto s anseios. C a d a u m a destas
lib e rd a d e cív ic a fo r a m as m u lh e re s da
Associações F e m in in a s acha-se filia - '
Ig r e ja M o r m o n . E m 1849, q u a n d o o
d a aos C onselhos N a c io n a l e I n t e r ­
povo v iv ia e m u m a c o m u n id a d e is o ­
n a c io n a l .
la d a n o lo n g ín q u o te r r itó r io do oes­
N ó te rre n o d a m ú s ic a e d a lit e r a ­
te, c o lo n iza n d o os postos a v an çad o s
tu r a a m u lh e r M o r m o n sem pre teve
d a e n tã o c h a m a d a “ c iv iliz a ç ã o ” , n a
p ap e l de g ra n d e destaque, sendo-lhe
A m é ric a O c id e n ta l, procedeu-se a
d a d a s tô d a s as o p o rtu n id a d e s p a r a
u m a eleição p a r a p r e e n c h im e n to de
c u ltiv a r seus ta le n to s n a tu r a is , em
v ário s cargos civis, n a q u a l as m u lh e ­
todos os setores d a a tiv id a d e h u m a ­
res v o ta r a m la d o a la d o co m seus p a is
n a . E ducação in te n s iv a , desde o
e m arid o s. “Esta é provavelmente a
p r in c ip ia n te ao u n iv e rs itário , sem pre
primeira vez nos Estados Unidos em fo i o p r o g r a m a de a ç ã o d a Ig r e ja . E m
que foi permitido o sufrágio femini­ su m a, as m u lh e re s tê m e s tím u lo p a ­
no.” — ( B a n c r o f t ) . r a se elevarem , pois com o m ã e s ou
Ig u a l s u frá g io fo i co ncedido em
fu tu r a s m ães, sua necessidade de f i r ­
1870 p e la le g islação te r r ito r ia l de
m e za de c a rá te r e vigor in te le c tu a l
U ta h e m a is ta rd e in c lu íd o n a C o n s­
sem pre fo i re c o n h e cid a e p r o c la m a d a .
t itu iç ã o E s ta d u a l. E desde e n tã o as
m u lh e re s tê m exercido cargos p ú b li­
O Casamento à Luz do
cos, n a s escolas, com o m e m b ro s do
j u r i com o senadores, e e m u m a das
Evangelho Restaurado
cidades d o sul de U t a h de 1910 a 1913
O E v a n g e lh o de Jesu s C risto, t a l
fu nções de p re fe ito e de to d o o corpo
com o é in te r p r e ta d o pelos S a n to s dos
a d m in is tr a tiv o e ra m exercidos e x c lu ­
Ú ltim o s D ias, e n s in a que o h o m e m é
siv a m e n te po r m u lh e re s.
u m ser eterno. “No p r in c íp io o H o ­
T o d a v ia as m u lh e re s que p re e n c h e m
m e m estava com D e us” . E s ta v id a ,
fu nçõ e s p ú b lic a s c o n s titu e m exceção,
p o r ta n to , n ã o pode ser o com êço d a
p o rq u a n to as m u lh e re s “Mormons”
ex istência, pois o que é im o r ta l q u a n ­
p re fe re m os deveres de esposa e de
to ao f im deve ta m b é m ser im o r ta l
m ãe , e se n te m que u m voto in te lig e n ­
q u a n to ao p r in c íp io . O po der de
te m e lh o r e x prim e s u a re sp o n sa b ili­
progressão e te rn a é in e re n te a to d a
dade cívica. C onsideram -se felizes
in te lig ê n c ia e te rn a .
e m c u ltiv a r u m a e le vada m o r a l do
O s filh o s e s p iritu a is do nosso P a i
dever cívico.
C e lestial, n a m a r c h a do progresso
eterno, devem se to r n a r possuidores
Organização para o
de ta b e rn á c u lo s m o rtais. Eles n ã o
Progresso da Mulher
p o dem p assar d a v id a a n te r io r à t e r ­
A tra v é s d a in s tr u m e n ta lid a d e do ra às g ló rias d a v id a f u t u r a sem as
P ro fe ta José S m ith , as m u lh e re s d a ex periências d a m o rta lid a d e . O nas-

— no —
c im e n to p a r a a v id a te rre n a co m as com o p o d e ria o h o m e m ser o filh o es­
experiências d a v id a m a te r ia l, é p o r ­ p ir itu a l de seu P a l C e le stial? M u ito
ta n to u m p riv ilé g io pe lo q u a l os es­ m enos, e n tão , p o d e ria esse p a re n te s ­
p írito s pre-existentes estão a n s io s a ­ co in c o m p a rá v e l extinguir-se co m a
m en te espe rando ; e h á u m sem n ú ­ presente v id a .
m ero de filh o s e s p iritu a is de nosso As E scritu ras e n s in a m que as co i­
P a i C e le stial a g u a r d a n d o a o p o r tu ­ sas te rre n as te m “ aspectos típ ico s”
n id a d e de u m possível progresso a t r a ­ das coisas celestiais. P o rta n to , o c a ­
vés de u m a v id a te rre n a, revestidos sa m e n to na Ig r e ja re s ta u ra d a é
de u m corpo m o r ta l. O re c o n h e ci­ “ p a r a o te m p o e p a r a to d a a e te r n i­
m e n to destas verdades to r n a o c a s a ­ d a d e ”.
m e n to e a p a te r n id a d e p riv ilé g io s s a ­ A f a m ília é a u n id a d e das ex istê n ­
grados aos m e m b ro s d a Ig r e ja de cias te rre n a e celestial e a form ação-
C r is to . de u m a f a m ília de nobres p rin cíp io s
é a fo n te d a m a io r e m a is gloriosa
ex p e riên cia te rre n a .
P o lig a m ia
O p riv ilé g io d a p a te r n id a d e torna-
se o id e a l de c a d a m e m b ro d a Ig r e ja
A p r a tic a d a p o lig a m ia com o a to
de C risto, pois nessa m issão de g r a n ­
religioso fo i s a n c io n a d a pelos P a t r ia r ­
diosa re sp o n sa b ilid ad e c h e g a m êles
cas do P assado e a c e ita p o r pequen o
qu asi a assem elhar-se ao P a i Celestial.
n ú m e ro de m e m b ro s d a Ig r e ja d a q u e ­
E n c a r a d o sob esse aspecto, o c a sa m e n ­
la época (n ã o m a is de 2 % ), co m o
to se to r n a v e rd a d e ira m e n te u m s a ­
propósito de d a r ta b e rn á c u lo s m o rta is
c r a m e n to e o p riv ilé g io d a p a t e r n i­
aos espíritos pre-existentes. E n c a r a ­
da d e u m a to de asso ciação co m o
d a sob q u a lq u e r o u tro p o n to de v is­
S e n h o r.
ta, esta p r á tic a n ã o e n c o n tra j u s t if i­
O co ntro le pessoal n a e x tin ç ã o d a
cativ a a lg u m a . Q u a n d o a" C ôrte S u ­
pro le n a tu r a lm e n te não é pra­
prem a dos E stados U n id o s estabele­
tic a d o n e m to le ra d o por aqueles que
ceu que a p o lig a m ia t in h a u m c a r á ­
co m p re e n d e m as gloriosas verdades do
ter m a is civil que religioso, d e c la r a n ­
E v a n g e lh o de C risto .
do-a p o r ta n to ile g al, o povo ac e ito u o
decreto com o d o u trin a i fin a l. E m
O L u g a r d a M u lh e r
1800 o costum e fo i ab o lid o e d e c la r a ­
do ilíc ito pelo corpo d a Ig r e ja , pois
A m u lh e r n ã o exerce o sacerdócio,
que era c o n tr á r io às leis do p a ís e
o q u a l é p r a tic a d o po r todos os h o ­
p o r ta n to às d a Ig r e ja .
m e n s ju sto s d a Ig r e ja ; p o ré m com o
U m dos p rim e iro s p r in c íp io s d a Ig r e ­
p a r tic ip a n te s d a verd ade restab ele ci­
ja é h o n r a r e p re s tig ia r as leis d a te r ­
d a e la c o m p a r tilh a co m seu p a i ou
ra que a m p a r a o seu povo. Q u a lq u e r
m a r id o de tô d a s as b ê n ção s que dela
in fra ç ã o a esta le i é p u n id a p e la Ig r e ­
d e riv a m . A sua m issão é a d a M a ­
ja com a p e n a de e x c o m u n h ão .
te rn id a d e , co m o sag rad o p riv ilé g io
de m o ld a r as a lm a s p lá s tic a s dos f i ­
As Relações de F a m ília lh o s nos seus an os m a is favoráveis,
são E te rn as in f lu in d o desse m o d o e de fo r m a i n ­
d iscu tív e l nos destinos d a h u m a n id a ­
As relações de f a m ília n a te r r a n ã o de. N a verd ade esse p riv ilé g io é tã o
são sen ão u m tip o de v id a in te r m e ­ g ra n d e e absorv en te que, se ela o acei­
d iá r io e n tre as ex istê nc ias a n te r io r t a em to d a a su a extensão, n ã o lhe
e po sterio r à v id a te r r e n a . As f u n ­ sobra te m p o e m en o s in c lin a ç ã o p a ra
ções de p a te r n id a d e n ã o co m e çam a s s u m ir q u a lq u e r fu n ç ã o sacerdotal.
neste m u n d o , po is de o u tro m o d o (C o n tin u e n a p á g . 118)

111 --
i
t

SACERDÓCIO
ESTEJAE TAMBEM PREPARADOS
J á houve um a época de cham ar, mas P ai Celestial e Seu grande poder. De­
chegou o tempo p ara um a época de es­ vem ter aprendido a amá-Lo com tôdas
colher; e deixem ser escolhidos aqueles as suas forças. O temer a Deus é o
que são dignos. ( D . C . , 105:35). amor a Deus — um am or tão forte que
Os privilégios especiais, as bênçãos os homens tem am ofende-Lo desobede­
relativas à Ig re ja e o direito de pos­ cendo as Suas Leis.
suir e usar o Sacerdócio com suas pos­ 2.°).— A M O R : H á um a outra q u a li­
sibilidades ilim itadas e poderes eternos, dade principal requerida p ara m in is tra r
pertencerão, assim como agora, aqueles com a autoridade do Sacerdócio. O Pai,
que entrem no convênio e tornem-se por causa do am or pelos Seus filhos, es­
membros da Ig re ja de Jesus Cristo. tabeleceu o plano de Salvação, e deu
Tôdas as pessoas j á batizadas n a Ig re ­ aos seus filhos o privilégio de um a vida
ja deviam estar preparando e a rru m a n ­ m ortal e entregou Seu F ilho unigenito
do a sua vida de acordo com as leis di­ a um a morte terrena, para que os ho­
vinas p ara que possam merecer um a boa mens pudessem ganhai* a vida eterna.
recompensa no Reino de nosso Pai. E s­ Desde que o plano do evangelho está
pecialmente os homens deviam estar se fundado no amor, o Sacerdócio, O Pa-
preparando p ara receber o Sacerdócio der do Todo Poderoso, deve tam bém
e se treinando p ara o trabalho do Se­ m ostrar o amor profundo. N ão sendo
nhor aqui na te rra. feito isso, o Sacerdócio é vasio e perde
Os homens deviam ser dignos para o seu poder e vigor.
receber o Sacerdócio. Êles devem pro­
3 .°)— D E V O Ç Ã O A O T R A B A L H O :
var pelas suas vidas que são merecedo­
U m homem pode mostrar-se digno de
res do mesmo. A p tidão para receber o
receber o Sacerdócio dem onstrando sua
Sacerdócio foi definida pelo Sacerdote
devoção ao Senhor. O Evangelho tem
Jethro quando disse: "A lé m disso procu-
que ser compreendido. Portanto, os can­
rarás dentre o povo homens capazes, te­
didatos ao Sacerdócio deviam ser estu­
mentes a Deus, homens de verdade, que
dantes das escrituras e das palavras de
aborrecem a avareza.” Isto é, um ho­
Deus, e deviam fam iliarizar-se com os
mem, p ara receber o Sacerdócio deve ser
princípios, ordenanças e organizações
capaz e temente a Deus — um homem
da Ig r e ja . Deviam tam bém aprender
de verdade, que aborrece a avareza.
como o conhecimento do evangelho pode
ser adm inistrado nas coisas temporais
C O M O P O D E S E T O R N A R D IG N O ?
e espirituais do homem; e acim a de
1 .°)— F E ’ E M D E U S : Os homens tudo, deviam tra b a lh a r diligentemente
tornam-se dignos de receber o Sacerdó­ no Evangelho de Jesus Cristo.
cio por temer a Deus. Isso significa que 4 .°)— H U M IL D A D E : O Senhor orde­
os candidatos p ara receber o Sacerdócio nou que nenhum homem receberá os be­
devem reconhecer a existencia de nosso nefícios do Santo Sacerdócio sem h u m i­

— 112 —
lhar-se perante Êle, e dar-Lhe gló ria pe­ que virei rapidam ente, e vos receberei.
los ensinamentos dados a fim de que pos­ Amém. ( D . C . 88:123-126).
sa testem unhar a todo o m undo a vera­ O Sacerdócio im plica liderança. As
cidade do evangelho. Tem que reconhe­ Revelações do Senhor declaram repeti­
cer Deus como o doador de tôdas as coi­ damente que aqueles que receberam o
sas boas. E isso se faz por gu a rd ar to­ Sacerdócio levam a responsabilidade de
dos os Seus m andam entos. ser um bom exemplo e um líder trab a­
Sejais limpos, vós que levais os vasos lhando pelo progresso e crescimento da
do Senhor. ( D . C . 38 :42). Ig re ja de Cristo restaurada.
C uidai que vós ameis uns aos outros; O homem que pensa que devia ser ele­
cessai de ser cubiçosos; aprendei a dar, vado a um grau m ais alto no Sacerdó­
um ao outro como requer o evangelho; cio do que j á ocupe não compreende a
parai de procurar as fraquezas dos ou­ sua posição e cham ada, e não é capaz de
tros; cessai de do rm ir mas do que seja m elhorá-la. Não tem ele já o privilégio
necessário; deitai-vos cedo, que não es- de m ostrar todos os talentos que pos­
tejais fatig ad os; levantai-vos cedo, que sua? — O privilégio de fazer todo o pos-
seus corpos e suas mentes podem ser sivel neste Reino? Sim , e é seu dever
estimulados. E acim a de tcdas as coi­ sagrado ser um bom exemplo e trab a­
sas, vesti-vos com o vínculo de caridade, lh ar diligentem ente para a edificação
como se fosse um m anto que é o vínculo do Reino de Deus aqui na te rra.
da perfeição e da p a z . O ra i sempre, que
não desmaiardes, até que E u venha. E is W arren J . W ilson.

Profanai Vosso Tabernáculo T odav ia, aqueles que fu m a m , b a ix a m


a te m p e r a tu r a dos seus d íg ito s de dois
de 6 a 20 p o n to s (m é d ia do a u m e n to a seis g ráu s, e a lg u n s d ize m n ã o hav e r
catorze po ntos) d iásto le (período de m a l em f u m a r u m o c asio na l cig arro .
d ila ta ç ã o do c o r a ç ã o ) . A c iê n c ia m é d ic a po uco pode fazer
Q u a r to — M é d ia de p u lsa ção a u ­ pe la pressão a lta , e esta c o n d iç ão re ­
m e n ta d a de v in te a c in c o e n ta e du as c la m a m u ita s v id as e m c a d a a n o .
p a n c a d a s por m in u t o (a u m e n to m é ­ A in d a assim a lg u n s dos que f u m a m
dio, t r in t a e du as pulsações i . e x p e rim e n ta m consolar-se a c h a n d o
O re s u lta d o das ex periências c o n ­ que de dez a t r in t a e cinco p o n to s de
du zid a s cc m m a te r ia l d ife re n te de a u m e n to n ã o p o d e m c a u sa r m a l. E
tabaco, n ã o p r o d u z ir a m os m esm os p o r ú ltim o , m a s n ã o m en o s im p o r t a n ­
resultados ou m esm o u m a p a r te das te, a m e n o r m u d a n ç a em nosso c o ra ­
m u d a n ç a s físicas. C o n tu d o , o siste­ ção alarm a- n o s. C o n tu d o f u m a r dois
m a do n ervo s im p á tic o m o stro u u m a cigarros c a u sa rá u m a u m e n to de v in te
fra ç ão de 1 g r á u de m u d a n ç a de t e m ­ a q u a r e n ta e q u a tr o pulsações p o r m i ­
p e ra tu ra , nos dedos das m ão s e pés, n u to . D eixem os àqueles que f u m a m ou
em a lg u n s dos in d iv íd u o s . z o m b a m co m a id é ia de u m ocasio nal
As a tiv id a d e s físicas e posições dos cigarro , p o n d e ra re m esses fa to s c ie n ­
in d iv íd u o s n ã o c a u s a r a m m u d a n ç a , tíficos. Nós devem os ler e reler os
n e m ta m b é m o aspecto m e n ta l, m a s fa to s po rque os m édico s te m p ro v a ­
o f u m a r cau so u tô d a s as m u d a n ç a s do que o ta b a c o n ã o é bo m p a r a o
em todos os in d iv íd u o s sob os testes. hom em .
A te m p e r a tu r a n o r m a l do corpo é T ra d . p o r C ícero P ro ença L a n a .
de 36.7 gráus, e se esta aum enta ou
b a ix a de dois a três g ráus, n ó s im e ­ “ O céu é sem pre firm e , as n u v e n s
d ia ta m e n te c h a m a m o s nosso m éd ico . é que p a s s a m ” .
Evidências e Reconciliações
P or E lder Jo ã o A . W idtsoe

C X IX — Qual é maior — o Sacerdócio ou a Igreja?


S e g u n d o J o ã o T aylor, terceiro p r e ­ Isso fic o u b e m claro n o p r in c íp io
sid en te d a Ig r e ja , o S ace rdócio “ . . . é d a Ig r e ja re s ta u r a d a . No d ia 25 de
o po der de D eus, d a d o a in te lig ê n c ia s M a io de 1829, a n te s d a Ig r e ja ser o r ­
nos céus e ao h o m e m n a te r r a .” E sta g a n iz a d a , José S m it h e O liv e r Cow-
d e fin iç ã o te m sido c o n fir m a d a pelos dery fo r a m o rd e n ad o s po r J o ã o B a ­
líderes d a Ig r e ja . P o r exem plo, José tista , u m ser ressuscitado, à a u t o r id a ­
F . S m ith , sexto preside nte d a Ig r e ja , de do S acerdócio de A a r ã o ou S ace r­
disse: “ O S ace rdócio é n a d a m a is ou d ócio m e n o r . Sob a q u e la a u to rid a d e ,
m en os do que o po der de D eus dele­ eles fo r a m b a tiz a d o s . P o u co te m p o
gado ao h o m e m pelo q u a l o h o m e m depois, os apóstolos ressuscitados,
pode a g ir n a te rra p a r a a s alv ação Pedro, T iag o e J o ã o c o n fe rir a m o S a ­
d a f a m ília h u m a n a . Sob esta d e f in i­ cerdócio de M elquizedec, o u o S a c e r­
ção, n a d a pode ser m a io r do que o d ócio M a io r sobre os jo v e n s . O ra
S ace rd óc io . N a d a pode exceder o eles fo r a m b a tizad o s, e t in h a m tod o
po der de D e u s. T u d o deve ser p r o ­ o po der do sacerdócio necessário; t u ­
d u to deste p o d e r. do que o S e n h o r a c h a r ad e q u a d o p a r a
N a tu r a lm e n te , o h o m e m n ã o pos- ser c o n fe rid o a q u a lq u e r pessoa sobre
sue tod o o po der de Deus. E le te m o a te rra .
b a stan te , p a r a c u m p r ir tô d a s as obras M a s a Ig r e ja de C risto n ã o t in h a
re la c io n a d a s co m o p la n o de s a lv a ­ sido a in d a o rg a n iz a d a . P o r ta n to , cer­
ção d a f a m ília h u m a n a . N a te rra , o ca do m esm o te m p o D eus in s t r u iu a
h o m e m n ã o precisa m a is . José e O liv e r p a r a que o rg a n iza sse m
P o rém , q u a n d o a Ig r e ja de Jesus a Ig r e ja de C risto . F o r a m in s t r u í­
existe n a te rra, tô d a s as a tiv id a d e s do dos a faze r isso sob a a u to r id a d e c o n ­
S acerdócio o p e ra m d e n tro d a I g r e ja . fe rid a sobre eles. P o rém , fic o u be m
S ó q u a n d o a Ig r e ja n ã o existe n a te r ­ claro que, q u a n d o a Ig r e ja fosse o r ­
ra p o d e m os h o m e n s te r o sacerdócio g a n iz a d a , esses dois jov e ns d e v ia m ser
d ifu sa m e n te . N o m o m e n to e m que a b a tiza d o s n a Ig r e ja , e o rd en ado s
Ig r e ja é o r g a n iz a d a , todos os p o ssu i­ com o E lders n a Ig r e ja . As in stru çõe s
dores do sacerdócio p o d e m usá-lo so­ fo r a m e x p lícitas: “ . . . A p a la v r a de
m e n te sob a a u to r id a d e e d ire ção d a D eus veio a n ó s n o q u a rto , co m an-
Ig eJa . Isso que r dizer que, q u a n d o d and o- no s que eu ordenasse O liv e r
a Pyreja está o r g a n iz a d a , n u n c a p o ­ Cow dery com o u m E ld e r n a Ig r e ja de
d e m h a v e r n a te r r a d u a s classes de Jesus C risto, e que ele ta m b e m m e
possuidores d o sacerdócio: aqueles ordenasse ao m esm o ofício; e, e n tã o ,
que u s a m seu po der d e n tro d a Igreja-, o rd e n a r outros, seg u nd o as revelações
e aqueles que u sa m - n o fo r a d a Ig r e ­ que receberíam os de te m p o e m t e m ­
ja . po . F om os, p o ré m , c o m a n d a d o s a
De fa to , a Ig r e ja é u m p ro d u to do a d ia r nossa o rd e n a ç ão a té q u a n d o
sacerdócio, e pode ser o r g a n iz a d a só fosse possível te r nossos irm ã o s que
p o r aqueles que te m o sacerdócio. É t in h a m sidos, e que d e v ia m ser b a t i­
o in s tr u m e n to pelo q u a l o sacerdócio zados, re u n id o s conosco, e e n tã o n e ­
fu n c io n a . N a v erdade, a q u i n a te rra, ce ssitaríam os de a p ro v a ç ão p a r a o r ­
o S ace rd óc io e a Ig r e ja c o n s titu e m d e n a rm o s u m ao o u tr o ” .
u m a u n id a d e — u m n ã o p o de f u n c io ­ Isso fo i c u m p rid o , p o rque n o d ia 6
n a r sem o o u tro . de A b r il de 1830, a Ig r e ja fo i o r g a n i­
— 114 —
zada-, os seis org an izad o re s in clusiv e to à im p o r ta n c ia r e la tiv a do S ac e rd ó ­
José S m it h e O liv e r Cow dery, fo r a m cio e a Ig r e ja n ã o te m s ig n ific a ç ã o
batizad os na Ig r e ja , c o n firm a d o s p a r a o h o m e m m o r ta l.
m em bros d a Ig r e ja , receberam o d o m H á aqueles que, te n d o sido exco­
do E sp írito S a n to , e ordenado s a u m m u n g a d o s, p e n s a m que eles a in d a te m
ofício n o sacerdócio. o S ace rdócio que eles receberam sob
“Eu, e n tã o , im p u z m ão s sobre O l i­ a a u to r id a d e d a I g r e ja . Isso é u m
ver Cowdery, e ordenei-o u m E lder d isp arate . O que fo i recebido sob a
da Ig r e ja de Jesus C risto dos S a n to s a u to r id a d e d a Ig r e ja e tira d o d u m
dos Ú ltim o s D ias; depois do q u a l ele h o m e m q u a n d o é ex c o m u ng ad o só f i ­
me ord en ou ta m b é m ao ofício de E l­ ca a m e m ó r ia p a r a vexar sua a lm a .
der. H á outros que, d e s e n c a m in h a d o s pelo
“ . . . A gora c h a m a re m o s e o rd e n a ­ po der do m a l, p e n sa m que a Ig r e ja
rem os a lg u n s de nossos irm ã o s a d i ­ está e rra d a em u m a m a n e ir a ou o u ­
ferentes ofícios do sacerdócio, com o o tra , e que re m m u d a r as condições, i n ­
E sp írito m an ifôstou - se a n ó s ” . de p e n d e n te m e n te , com a u x ílio do s a ­
O b a tis m o e ordenações j á recebi­ cerdócio que eles receberam d a Ig r e ­
das, a u to r iz a r a m José e O live r, sob ja . E stas pessoas são ig u a lm e n te
u m m a n d a m e n to de D eus, a o r g a n i­ to las. Se a Ig r e ja está e rrada, seus
zar a Ig r e ja , m as, d a í, p o r ta n to , seu do ns n ã o são a u to r ita tiv o s e estes re ­
poder e a u to r id a d e po de ser u sad o só fo rm ad o re s que se q u a lific a m a si m es­
d e n tro d a Ig r e jà , e sob a a u to r id a d e e m os devem p ro c u ra r a u to r id a d e em
direção. N in g u é m na m o r ta lid a d e o u tr a p a r te .
pode exercer os d ireito s do sac e rd ó­ Todos os v ia ja n te s n a e strad a d a
cio fo ra d a Ig r e ja . fa ls id a d e p o d e m ser avisados que eles
Assim , sem o S acerdócio, n ã o pode estão a g in d o sob a in s p ir a ç ã o do
existir u m a Ig r e ja . S e m a Ig r e ja n ã o p r ín c ip e d a escuridão , o in im ig o i n ­
pode h a v e r u m sacerdócio em p le n a telig en te sem consciência, m a s im i t a ­
operação n a te r r a . S acerdócio e Ig r e ­ d o r e e n g a n a d o r d a verdade, e que
ja c o n stitu e m u m a u n id a d e , são i n ­ n ã o t ê m o Sacerdócio, a n ã o ser o
separáveis. P o r ta n to , a qu e stão q u a n ­ de s a ta n a z . T rad, J . A lius

Brado A Mocidade be m v iv id a , de sacrifícios in te lig e n ­


te m e n te feitos, e a certeza d a posses­
verentes a essas verdades, e n c o n tr a ­ são de espíritos e te rn a m e n te e n riq u e ­
rão ale grias que n ã o e sta rão u n id a s cidos .
a n e n h u m s e n tim e n to de c u lp a b ilid a ­
de, a fliç ã o n e m rem o rso .
T ôdas as m aio re s fig u ra s desde o Lembrança do Monte Cumorah
p rin c íp io dos tem po s, c o n se g u ira m p ro v a r isso n ã o quize rm os to m a r a
en co n trar atrav é s dos sacrifícios o p a la v r a do L iv ro de M o rm o n , que m e ­
poder p a r a d ir ig ir su a en e rg ia d a f o r ­ lh o r e v id ên cia precisam o s que o fa to
ça p r im itiv a p a r a a c u ltu r a e s p iritu a l. de q u a n d o o c o n q u is ta d o r Pizzaro
P a r a os jov e ns de h o je , v irã o o te s­ p re n d e u o che fe In c a , A ta h u a lp a .
te do sac rifíc io , a p e rd a de seus e n ­ com o refe m , este lh e ofereceu, p a ra
tes queridos, e sonho s irre alisad o s. re cob rar su a lib e rd a d e ta n t o ouro
M as àqueles que p e rm a n e c e m leais que e n c h e ria u m q u a r to de 6 m etros
aos seus ideais, id ea is legados p o r a n ­ p o r 7, a té a m e ta d e d a parede.
tepassados de coragem , fib r a e deno-
do, v ir á a em o ção de u m a ex istê nc ia ( C o n tin ú a n o p ró x im o n ú m e ro ).

115 —
Os Sinais dos Tempos disse que nos ú ltim o s dias, u m pouco
a n te s de sua v in d a a te r r a p e la se­
eles c u m p r ir a m esta p ro fe c ia de g u n d a vez, h a v e r ia gra nd es carestias
I s a ía s . e pe stilências. N ão está se c u m p r in ­
Is a ía s , ta m b é m , disse que “o deser­ do esta pro fecia?'
Estes, m eus irm ã o s , são os sin a is
to e x u lta r á e florescerá com o a rosa."
N a verdade, q u a n d o B r ig h a m Y o u n g dos te m p o s. P o rque é d ifíc il p a r a os
povos do m u n d o reconhecer esta v e r­
v iu p r im e ir a m e n te o vale do L ag o S a l­
d a d e . D eus deu-nos estas p ro fe cia s
gado, ele v iu u m deserto estéril em
p a r a guiar- no s nos ú ltim o s dias. P a r a
árvores, sem g r a m a e sem q u a lq u e r
coisa que pudesse servir de susten to a ju d a r- n o s a reconhecer a ig r e ja v e r­
Os h o m e n s que e s ta v a m com ele n e s­ d a d e ir a e a c e itá - la . M a s o m u n d o
c o n tin ú a n o c a m in h o do pecado. Eles
te tem po , c e rta m e n te p e n s a r a m que
n ã o te m interesse e m C risto. Eles
ele d e v ia esta r e rra d o po rque n ã o h a ­
n ã o te m te m p o p a r a o S e n h o r a té que
v ia p o ssib ilid a d e de viver n aq u e le l u ­
e s te ja m n a h o r a d a m orte, q u a n d o
g a r e sté ril. M as êles tiv e ra m fé em
e n tã o r e a liz a m o que estão n o lim ia r
B r ig h a m Y o u n g co m o p ro fe ta de
d a e te rn id a d e e se e n c o n tr a m sem
D eus e c o m e ç a ra m a c u ltiv a r a terra.
q u a lq u e r p re p a ra ção .
H oje , n a verdade, o v ale do L ag o S a l­
gado floresce com o u m a rosa. * Q ue p re p a ra ç ã o j á fez você p a r a a
e te rn id a d e ? Serve o S e n h o r e g u a r d a
* C risto disse: “N a verd ade E lias h á
os m a n d a m e n to s dele? Se sua res­
de vir, e r e s ta u r a r á tô d a s as coisas".
po sta n ã o é u m “ s im ” e n tã o p r o v a ­
E lia s ap a re ce u p a r a José S m it h e O li­
v e lm e n te você e s ta rá en tre aqueles
ver C o w dry e deu a eles as chaves do
que fic a r ã o “ o nde h á ch ô ro e r a n ­
tr a b a lh o nos tem plo s. Assim , q u a n ­
ger de de nte s” .
do José S m it h estabeleceu a o r g a n i­
zação o r ig in a l de C risto co m o san to O pe rigo é real e m u ito g ra n d e
sacerdócio, ele re sta u ro u tô d a s as Pode acontecer p a r a você. H á m u it a
coisas com o elas j á e x is tira m nos p o s s ib ilid a d e .
dias de C risto . , “C o m o posso eu o b te r a v id a e te r­
n a ? ” p e r g u n ta r á você? Assiste su a
f» T ôdas estas coisas j á acontece ram .
Ig r e ja em tô d a s as suas re u n iõ e s . S u ­
M as, a lg u m a s pro fe cias de C risto a i n ­
po rte sua Ig r e ja e m tô d a s suas a t i ­
d a n ã o se c u m p r ira m . P o rém , n ós ve­
v id ade s. P ag u e seu d ízim o . G u a r ­
m os o c u m p r im e n to destas h o je .
de a p a la v r a d a sab ed o ria e g u a rd e
A p ro fe cia d iz que nos ú ltim o s dias tô d a s as leis d a ig r e ja . f
os ju d e u s se riam a ju n ta d o s em J e r u ­
U m a vez eu e n c o n tre i u m a m u lh e r
s a lé m . O que é que nós podem os ler
que disse; “a c re d ito que s u a ig r e ja é
nos jo r n a is todos os dias; G u e r r a n a
v e rd a d e ira e que José S m it h fo i u m
P a le s tin a porque os ju d e u s estão v o l­
p ro fe ta verd ade iro de Deus. P o ré m
ta n d o . É o c u m p r im e n to d a p r o fe ­
n ã o filiar-m e-ei à ig r e ja p o rq u e eu
c ia ? |
quero fic a r co m m eus a m ig o s ” .
Todos os d ia s lem os nos jo r n a is so­
bre a g u e rra n a C h in a e n a G re c ia . E u p e rg u n te i a ela, “ Q u e r fic a r co m
É isto o c u m p r im e n to d a p ro fe c ia que seus am igos, m esm o que eles este ja m
nos ú ltim o s dias “hav e is de o u v ir f a ­ n o IN F E R N O ? ” E la teve u m teste­
la r de gu e rras e ru m ore s de g u e rra s ? ” m u n h o do E v a n g e lh o e n ã o o aceitou.
Po rque e n v iam o s ro up a s, m e d ic a ­ É preciso escolher ag ora, Jesus C risto
m e n to s e c o m id a p a r a a E u ro p a e ou s a ta n a z !
A sia? N o ú lt im o an o, g ra n d e n ú m e ­ Q u a n d o vocês n ã o g u a r d a m os
ro de pessoas, nestes c o n tin e n te s, m o r ­ m a n d a m e n to s de D eus, vocêè estão
re ra m de c a re stia e p e stilê n c ia . C risto a g in d o c o n tr a seu S alv ad o r. Sóm en-

— 116 —
te os pe rfe itos p o d e m ser q u a lific a d o s “ Deixe-nos ve-la, deixe-nos ve-la”
m o ra r n a sua presença n a e te r­ g r ita v a m tôd as, e se esqueceram de
n id a d e . o lh a r os balões coloridos, as la n te rn i-
E s tá você se q u a lific a n d o ? n h a s de p ap e l cre pon e as fita s de
s e t im .
Depressa a e m p re g a d a a b r iu a c a i­
A Pulseirinha Diferente x a e lá , n o seu berço de alg odão , b r i­
lh a n d o com o a lu z do sol, está a l i n ­
z a b e th ? ” A p u ls e ir in h a riu-se ale gre­
d a p u ls e ir in h a de ouro. Q ue su rp re ­
m e n te do e sp a n to do jo a lh e iro . “E n ­
sa p a r a tôd as!
tã o é p a r a a f ilh a de nosso r e i? ” ele
P o r u m seg und o a p u ls e ir in h a teve
p e r g u n to u .
m ed o de que a P rin ce za n ã o gostasse
“S im , é”, disse a em p re g a d a. “E la
dela. A id é ia de ter que v o lta r p a r a
v ai d a r u m g ra n d e ba ile a m a n h ã ,
a v e lh a ca ix a de joias, fe-la sentir-se
n o p a lá c io , e m b e ne fício das cria n ça s
m u ito s o zin h a de n o v o . M a s e n tão ,
pobres e pe diu- m e que lh e e n c o n tra s ­
e la o u v iu a P rin ce za e x c la m a r: “J u s ­
se u m a p u ls e ira de ouro d ife re n te de
ta m e n te o que eu q u e ria ” , “E x a ta ­
tôdas as o u tra s, p a r a u sar n a festa.
m e n te o que eu q u e ria ”, e de t a n t a
E stou tã o c o n te n te de ter e n c o n tra d o
a le g ria a P r in c e z in h a a té b a te u p a l­
esta, porque sei que a P rin ce za v ai
m a s.
gostar m u it o d e la ” .
“É l in d a ”, disse u m a de suas a m i­
“E u ta m b é m estou m u ito c o n te n te ”
gas.
disse o jo a lh e iro . “V ou ag o ra m esm o
“S im ”, e v e ja com o é d ife re n te ",
g ra v a r “P rin ce za E liz a b e th ” n a p la c a
disse o u tr a .
do m e io ” . E le ta m b é m q u e ria a g r a ­
d a r a P rin c e za . “É tã o b o n ita e tã o d ife re n te , que
eu vou g u a rd a - la em m in h a m e lh o r
A ntes d a p u ls e ir in h a de ix ar a lo ja ,
c a ix a de jó ia s ” , re p lico u a P rin ce za,
ela fo i c u id a d o s a m e n te po sta e m u m a
“e fe c h are i a ca ix a co m a m in h a cha-
c a ix in h a ch e ia de a lg o d ã o . T in h a m
v in h a de ouro, p a r a que n u n c a se
da d o ta n t o b r ilh o e m sua t r a n c in h a
p erca.”
de ouro, que ela b r ilh a v a com o o sol
E n a festa, n o o u tro d ia , todos os
e n a p la c a c h a ta do m e io estava a le ­
nobres do re in o f a la r a m sobre a p u l­
grem ente g ra v ado “P rin c e za E liza-
b e th ”. s e ir in h a d ife re n te que a P rin c e za u sa ­
v a. E tod o o povo d aquele re in o o u ­
P e la p r im e ir a vez em to d a a sua
v ir a m f a la r n e la ta m b é m . E depois
vida, a p u ls e ir in h a triste sentiu-se
disso, sem pre que a P rin ce sa d a v a u m a
m u ito im p o r ta n te . N ão m a is te ria
festa, v in h a m v is ita n te s de tô d a s as
que m o r a r n a v e lh a e b o lo re n ta c a i­
p arte s do m u n d o p a r a ver a p u ls e ir i­
xa de jo ia s .
n h a que era tã o dife re n te . E m u ito
“A P rin ce za m e que r! A P rin ce za
d in h e ir o fo i a r r a n ja d o p a r a a ju d a r as
me q u e r !” c a n ta v a p a r a si d u r a n te o
crin ças pobres.
c a m in h o . E ra n a verdade, a p u ls e i­
E vocês p o d e m te r a certeza de que
r in h a m a is feliz do reino. A P rin c e za
a p u ls e ir in h a de t r a n ç a de ouro e pla-
E liza b e th e suas a m ig a s e sta v a m
q u in h a c h a ta n o m eio, n u n c a m a is
o lh a n d o os em pregados e n fe ita r e m os
teve te m p o de se n tir s o z in h a .
ja r d in s , q u a n d o a e m p re g a d a chegou.
“Q ue b o m que é p e rte ncer a a lg u e m ”
“P rin c e za E liz a b e th ”, c h a m o u ela,
pe nsou ela m u ita s vezes, “m a s m u ito
encontrei-a. E n c o n tre i a p u ls e ir in h a
m e lh o r a in d a é po der a ju d a r alg uem .
d ife re n te ” .
C o m o estou c o n te n te de te r tid o p a ­
C o n te n tís s im a , correu a P rin ce za
c iê n c ia e espe rad o” .
E lizab e th seg u id a de suas am ig a s, ao
e n co n tro d a e m p re g a d a . T rad. po r S ílv ia Courrege.

117 —
(C o n tin u a ç ã o ) bons cid a d ão s de D eus e d a P á t r ia .
Q u a n d o , po r fatore s a lh e io s à sua
m esm o que isto fosse possível. E la
v o n tade , a m u lh e r n ã o pode a lc a n ­
co m pree nde tã o b e m a im p o r tâ n c ia
ça r esse su prem o id e a l d a fe lic id a d e
e n orm e e a re sp o n sa b ilid ad e do seu
fe m in in a , e n tã o ela se e n tre g a in t e i­
glorioso p riv ilé g io de ge rar novos se­
r a m e n te ao t r a b a lh o de e d u c a ç ã o e
res e m o d e la r o c a rá te r e a a lm a dos
ap e rfe iç o a m e n to do p ró x im o ; e nessa
h o m e n s que se to r n a h u m ild e e feliz
ta re fa , r e a liz a d a co m ale g ria , e la e n ­
de viver d e n tr o de su a p r ó p r ia esfera
c o n tr a sua p r ó p r ia fe lic id a d e e c u m ­
e p o d e r e n g ra n d e c e r a sua m issão .
pre de m a n e ir a d ig n a e lo u v áv e l o seu
U m a d m ir á v e l t r a b a lh o de c o n ju n ­
de stin o n a te rra. N ã o se pode p r o ­
to re s u lta destas relações en tre o h o ­
c la m a r que as m u lh e re s M o rm o n s são
m e m e a m u lh e r : êle assum e a res­
p e rfe itas, m a s que elas po ssa m t r ilh a r
p o n s a b ilid a d e de a g ir em n o m e de
c o n s ta n te m e n te a e stra d a que le v a à
seu P a i C e le stial em tô d a s as neces­
p e rfe ição — eis o o b je tiv o e o id e a l
sidades d a Ig r e ja ; é o ch é fe d a sua
de seus líderes.
p r ó p r ia f a m ília , deven do o lh a r pelo
su ste n to e be m -estar. E la assum e o
p riv ilé g io d a m a te r n id a d e e d a a d m i­ Tirando a Prova
n is tr a ç ã o do la r assim com o de u m a
Q u a is os re su ltad o s a té a g o ra o b t i­
p a r tic ip a ç ã o a tiv a e m tô d a s as o r g a ­
dos p e la Ig r e ja a trav é s de tod os os
nizações que a Ig r e ja ge ne rosam e nte
esplêndidos e n s in a m e n to s q u e v isa m
fu n d o u e m a n te m p a r a a ele vação d a
a elevação m o r a l e in te le c tu a l d a
m u lh e r .
M u lh e r ? A té que p o n to t ê m eles i n ­
N ã o h á p ro b le m as de superio rid ad e flu e n c ia d o os lares e as fa m ília s ?
ou in fe r io r id a d e — tu d o se resum e T êm estas ev o luido p a r a m e lh o r ? V e ­
n u m a q u e stão de o rg a n iz a ç ã o p a r a o ja m o s a lg u n s fa to s que p o d e rão res­
progresso h u m a n o . p o n d e r a essas p e rg u n ta s :
N a v e rd a d e ira Ig r e ja de C risto os “O s re la tó rio s d a Ig r e ja M o rm o n
direito s d a M u lh e r n ã o estão e m d e ­ re v e la m que os m e m b ro s d a Ig r e ja
sacordo com os direito s h u m a n o s , p o r ­ te m u m a m é d ia de c a sam e n to s b a s ­
que u m sexo é c o m p le m e n to do o u ­ t a n te a lta , a c im a d o n o r m a l e q u e o
tro; o que f a lt a a u m o o u tro pro vê; ín d ic e de divórcios é e x tre m a m e n te
onde u m revela fra q u e za o o u tro a p re ­ baixo. As fa m ília s , e m geral, c o m ­
sen ta fo rç a — a m b o s re a liz a n d o a põe-se de num e roso s m e m b ro s. A
u n id a d e d a v id a te rre n a e f u t u r a . m é d ia de n a s c im e n to s é su perior em
m a is d a m e ta d e à m é d ia dos países
Os Direitos da Mulher civilizad os, e n q u a n to que a p ro p o rç ão
M u ito se f a la e se discu te sobre os de ób itos n ã o che ga à m e ta d e dos í n ­
direito s d a m u lh e r e s u a esfera de dices apre sen tado s p o r esses paises.
ação . O d ire ito d a m u lh e r consiste A p en as u m a d é c im a p a r te de ile g it i­
e m p a r tic ip a r o m b ro a o m b ro com m id a d e é observada e m c o m p a r a ç ã o
seu m a r id o o u ir m ã o do g ra n d e jog o co m as nações m a is im p o r ta n te s . O
d a v id a , s u p o r ta n d o co m v a lo r sua n ú m e r o de divórcios é in s ig n ific a n te .
p a rte n a s d ific u ld a d e s, d iv id in d o co m A v id a e m f a m ília é fe liz e a pobreza
ele as preocupações e cuidad os, co m ­ p r á tic a m e n te n ã o existe.
p a r t ilh a n d o de suas ale g ria s e triu n - Estas co m paraçõe s são assom brosas
fos. e m o s tr a m que as m u lh e re s estão r e a l­
M u lh e r fe liz é a q u e la q u e p ree nc he m e n te a g in d o com o faze doras do la r e
in te ir a m e n te su a m issão de c ria r e preservadoras d a m o r a l d o m é s tic a .
ed u c a r u m a f a m ília de filh o s sadios E n q u a n to as m u lh e re s se ape garem
e fortes, esforçando-se p o r to m a - lo s a o id e a l do la r e à doce v id a em f a ­

— 118 —
m ília , e n q u a n to ex e cu tare m sua p a r ­ sos filh o s, q u a n to s e q u a n d o n ó s os t e ­
te com o e d ific a d o ra s do verd ade iro ríam os.
lar, e n g ra n d e c e n d o o a lto p riv ilé g io S a b e n d o que esta c o n sta n te fe lic i­
que D eus lhes concedeu p a r a b e n e fí­ d a d e n ã o seria rec o n hecida , n ã o es­
cios de seus filh o s e ta m b é m dos f i ­ p e ra ria ser fe liz a tod o m in u to . N ão
lhos alheios, e n tã o a Ig r e ja e a N a ­ espe raria ser liv re de pe nas e p r o ­
ção e sta rão salvas e seu fu tu r o asse­ b le m a s o u a lg u m a s das v ita is expe­
gurado . riê n c ia s d a v id a ; m a s espe raria que
Assim t ê m a g id o as m u lh e re s Mor- co m orações, a m ô r e p a c iê n c ia , com
m o n s de h o je e esperam os que assim jo v ia lid a d e e b o m h u m o r , assim e n ­
pro ssigam p a r a sem pre. c o n tr a r ia as necessidades de ca d a d ia.
S a b e ria que eu e m e u m a r id o te r ía ­
m os desacordo de vez e m q u a n d o .
M as eu t e n ta r ia a c o m p a n h a r a regra
Se eu fosse uma noiva d a m o d a a n tig a ; que o f im do d ia en-
co ntrassem -nos e m ac ôrd o e o sôno
desejável e m e rg ên cia, e c o n c lu ir ia seria dôce porque, eu se g u iria d e sin ­
isto tã o cedo q u a n to possível. teressada à bu sca d a co m pree nsão e
Se e u fôsse u m a n o iv a que t r a ­ r e c o n c ilia ç ão m ú t u a .
balhasse e m e u m a r id o ta m b é m e fô s ­ S im , se eu fôsse u m a n o iv a , cons­
se possível viver de seu s a lário , pa- t r u ir ia m e u c a sam e n to , baseado e m :
r a r ia de t r a b a lh a r de u m a vez, isto é fé, a m ô r e tr a b a lh o ; a d ic io n a n d o m e u
— a m e n o s que eu fôsse pessôa de a m á v e l toque pessoal. E sei que se­
tã o r a r a ca p a c id a d e , c u ja in te r r u p ç ã o r ia m a ra v ilh o s o — v e rd a d e ira m e n te
de m in h a ca rre ira fôsse u m a p e rd a belo.
p a r a o m u n d o e o re su lta d o desastro­ Trad. Odon dos Santos.
so p a r a m im . A ra z ã o que m e le v a ­
ria a a g ir assim j n ã o é que e u espe­
rasse descansar, p o rém , s im p le sm e n te
porque este d u p lo tr a b a lh o estabele- O hom em que destribue bondades
ria u m falso senso de v alor, p r o d u ­ deve ficar quieto a seu respeito; aque­
zin d o ao m esm o te m p o u m a in d e v id a le que as recebe deve espalhá-las.
tensão e fa d ig a , nos p rim e iro s m êses
— S e n e c a ...
de c a sam e n to , q u a n d o seria essêncial
u m descanso físico e m e n ta l, p a r a
assegurar u m a in d is p e n sáv e l e s tr u tu ­ D ê trabalho antes que esmolas ao
ra de u m a casa, do c o n tr á r io seria pobre; aquele lança fora a idolência,
desastroso o nosso c a s a m e n to . U m a m as estas expulsam a indústria.
n o iv a te m as m ã o s che ias de t r a b a ­ — Tryon E d w a rd s. ..
lh o p a r a estabelecer o básico v a lo r
do seu c a s a m e n to .
M as de tu d o , se eu fôsse u m a jo v e m
Devo m eu feliz êxito n a vida ao fato
noiva, te n ta r ia p re p arar- m e eu m e s m a
de, em todas as cousas, sempre e em
p a r a u m a b ô a m ã e de fa m ília . C o n s­
toda parte, estar adeantado u m quarto
tr u ir ia m e u la r do com êço co m am o r,
de ho ra” .
seg uran ça e s im p lic id a d e . C o n s tr u ir ia
— N e ls o n ...
m e u c a s a m e n to co m am o r, a le g ria e
sim p lic id ad e . C o m fé, d a r ia fôrças
a m in h a v id a , fé e m m e u la r, em m e u “E ’ im possível a fa s ta r de nossa casa
m arid o , n o a m o r e n o c a s a m e n to . E tô d a s as co n tra rie d a d e s e todos os
com esta fé, eu d e ix a ria que m e u P a i ab orrecim en tos, m a s n ã o sois ob rig a­
E te rn o , decidisse a respeito dos n o s ­ do a lhes oferecer p o ltr o n a s ”.

U9 —
São Paulo São Pau,lo

D u ran te os anos da guerra, os m e m ­ Realizou-se no dia 8 de M aio u m


bros do D istrito de S. P aulo reuniram-se batismo* de seis pessoas aqui em São
nu m a só sala no centro da C idade. Paulo. F oi u m a reunião lin d a n a pe­
Esses anos eram tristes às vezes, mas, quena picina do C lube Floresta. “E n ­
com corações corajosos e u m a grande trai pela porta estreita,. . . porque es­
fé no Senhor, os mem bros fieis pas­ treita é a porta e apertada a estrada
saram , triunfantes, pelas dificuldades. que conduz à v id a,” disse o nosso
M ais u m a vez, com a volta dos m is­ Salvador, e assim fizeram essas seis
sionários, a lu z do evangelho verda­ pesosas entrando n a água do batism o,
deiro está se espalhando por todo o que é a porta ao R eino de D e u s . . .
B rasil e é fá c il ver que o trabalho do Resta somente um a v id a justa na es­
Senhor está crescendo como u m a onda trada apertada para ganhar ao fim a
do m a r aq u i em São Paulo. exaltação no Reino, do Pai.
Nc ano passado organizaram-se, sob P lan e jam realizar um outro batism o
a direção de nosso am ado Presidente, logo em Ju n h o .
H arold M . Rex, u m a Escola D om inical
em São M ig u el na casa do nosso bon­
Novas do D istrito de São Paulo
doso irm ão D om ingo Conto, o qual
ofereceu a casa e seus serviços para
Cada M arço na cidade de Lago S a l­
este fim . Desde então, a Escola D o­
gado, realiza-se o m aior cam peonato
m in ical lá tem crescido m uito. As
do m u n d o inteiro com o m aio r n u m e ­
crianças, e mesmo os adultos vêm de
ro de jogadores participando. E ’ a
todo lado sôbre as colinas verdes e
grande “ M -M en” Cam peonato da Igre­
lindas para aprender sobre os ca m i­
ja de Jesus Cristo dos Santos dos
nhos felizes da v ida eterna.
Ú ltim os Dias. Neste cam peonato os
A irm ã M argaret B ent ofereceu a
m elhores jogadores de cada estaca da
sua casa e sob a direção dos m issioná­
Igreja — de H aw a ii, C anadá, M exico,
rios e o trabalho diligente de M argaret,
— reunem-se na cidade de Lago S a l­
existe um a bela Escola D o m inical na
gado para lá participarem ju n to s neste
F abrica com m ais de vinte crianças
grande certame que ganha p u b lic id a ­
entusiasm adas.
de em todo o m undo.
O trab alho aqui em São Paulo, pe­
gou fogo e atualm ente temos quatro
Escolas D om inicais aq u i na capital O rganização de u m tim e de Bola ao
Bandeirante: N a casa do irm ão C o n ­ Cesto entre os M issionários Brasileiros
to; na casa da irm ã Bent; no centro e
no R am o de Santo Amaro.. P lan ejam Com eçando no m ês de A b ril, os M is ­
começar u m a outra na L ap a e u m a na sionários deste distrito in ic iaram como
Mooca bem em breve. A v ante m oci­ um novo projeto para espalhar o evan­
dade B rasileira, estejai preparados gelho entre o povo Brasileiro o esta­
para o encontro com Jesus. belecimento de u m tim e de Basketball.

— 120 — —
E ’ nosso desejo irmos jogar Bola ao sa, amaVel, oü louVavel, nós a procura­
Cesto com cs diversos clubes da cidade remos.
de São Paulo e tam be m das cidades E ’ nosso proposito tentar m ostrar ao
vizinhas de um a m an eira que agrade povo brasileiro o que significa a Igre­
e assim esperamos poder fazer contato ja dos Santos dos Ú ltim o s Dias, a Igre­
com a mocidade. T am bem é nosso ja da q u al em dois dos últim os tres
desejo tentar m ostrar ao povo u m pou­ anos, times de Basketball compostos
co m ais do que eles já conhecem so­ de todos os “Santos” vindos da U n i­
bre a Igre ja de Jesus Cristo dos S an ­ versidade de U ta h ganharam c. cam ­
tos dos Ú ltim o s Dias. P ara fazer isto peonato dos Estados U nidos inteiro.
queremos ser bons exemplos em tudo Estes jogadores m ostraram pelas vidas
que fizerm os seja o que for. Talvez deles que h á numerosas bênçãos rece­
tenhamos a oportunidade de apresen­ bidas por viverm os os ensinamentos
tar u m pequeno program a de m usica contidos na “P ala vra de Sabedoria” e
cu coisa semelhante antes de um jogo. nos outros ensinamentos inspirados.
Por esse meio queremos dem onstrar Que nós possamos tam bem m ostrar
que somos representantes de um a os frutos do Evangelho, oremos.
Igreja que oferece desenvolvim ento
não somente espiritual como tam bem B. Orson Tew
físico e intelectual. Querem os mos­
trar que a Igreja R estaurada trate de F ilh in h o : “M am ãe, nós vam os b rin ­
todas as coisas boas da vida, como a car como elefantes no circo e quere­
u ltim a regra de fé diz: Cremos em mos que a senhora nos aju d e ” .
sermos honestos, verdaderos, castos, M am ãe: “ P ux a, o que é que posso
benevolentes, virtuosos e em fazer o fazer?”
bem a todos os homens; n a realidade
F ilhin ho : “Pode ser a senhora que
podemos dizer que seguimc-s a admoes-
dá am endoins e bolas aos elefantes” .
tação de Paulo: “Cremos em todas as
— The Instructor
coisas e confiam os em todas as coisas,”
temos suportado m uitas coisas e con­
fiamos na capacidade de tudo supor­ “E ’ n o c a m in h o a m a r g o d a expe­
tar. Se houver qualquer coisa v irtu o ­ r iê n c ia que se a p r im o r a o c a r á te r ”.

*£♦*»* *»* *í< *2* >t4*í**2*♦£* *£**í**£* *£♦♦£****♦**♦í**2* *£**$ * **♦*•** *** •*$* *$* ♦£*+** -O O •**

Você Sabia Que... 'I


A biblia, pelo m enos em parte, tem d®' ar para cada quatro litros de gâzo-
sido pub licada em 1051 linguas dife­ lin a .
rentes, doze pela prim eira vez em H á cerca de cinco m ilhões de libras
1940. U m a grande parte deste trab a­ de ouro em cada m ilh a cúbica da agua
lho foi feito pela Sociedade B ib lic^ do m ar. A tu alm e nte o custo para ex­
Britanica e Estrangeira a q u a l têm tra ir o ouro por ele.rolisis vale cinco
distribuído m ais de quatrocentos m i­ vezes m ais do que o ouro.
lhões de livros no século e um quarto Os babilonios em tempos antigos de­
antes de 1930. m an dav am 20% e às vezes mais do
O m otor de um autom cvel com um que 33 1/3% por ano como renda de
usa mais de trezentos metros cúbicos dinheiro emprestado.
O DIA DESTA VIDA
0 passar do temjio, medido por um a mo­ 6am su rg ir. Aparecem então à luz, estas
nótona invenção mecanica, impulsiona- palavras dos regitros sacros:
ncs atravez de modos estranhos. A lguns P or isso estais vós também apercebi­
deles entendemos mas outros são pro fu n ­ dos; porque não sabeis em que hora tem
dos enigm as para nós. M u i gradativa, de v ir o F ilho do Homem. M as daquele
mas tão rapidam ente envelhecemos que dia, nem daquela hora, ninguém sabe,
enquanto sentimo-nos ainda jovens, já nem os anjos dos céus, senão só o Pai.
somos vistos como velhos, pelos olhos Porque assim como nos dias de Noé, as­
dos que são m ais jovens ain d a . Na sim será a vinda do F ilho do homem.
juventude, com nossa visão ilim itada, Pois assim como naqueles dias antes do
aspiramos grandes realizações, e enquan­ dilúvio comiam e bebiam, casavam-se e
to supomos possuir a nossa mocidade, ou- davam-se em casamento, até o dia, em
v tros existem que, m ais jovens, come­ que Noé entrou na arca e não o perce­
çam a olhar-nos como se j á m uito além beram senão quando veiu o dilúvio, e os
a tivéssemos deixado. levou a todos; assim será também a v in ­
Tão rapidam ente passamos por essas do do F ilho do homem. A vida não res­
cenas paradoxais, tão rapidam ente pas­ peita as pessoas exceto se lhe dermos o
samos da juventude p ara a m aturidade, respeito merecido. N ão possuimos g a ­
que, quando principiam os a reconhecer rantia de tempo. N inguém a possue. P ara
a lentidão com a qual alguns de nós to­ todos nós um term ino pode v ir inespe­
m am decisões vitais, a indiferença com radamente. P a ra uns pode acontecer
que alguns de nós adiam as prepara­ hoje — p ara outros am anhã. E conser­
ções p ara os profundam ente sérios pro­ vando-nos sempre em retidão e honestos
blemas da vida, perturba de certa m a­ para com os homens e com Deus nosso
neira, o nosso pensamento, e m om enta­ Pai encontraremos segurança e felici­
neamente cientificamo-nos que não exis­ dade. “ Pois que, nesta vida, é o tempo
te no mundo ninguém tão jovem que que o homem tem p ara se prep arar p a ra
não esteja em tempo de se preparar para o encontro com D eus; sim, nesta vida é
a vida, e nem velhos ou moços que não que o homem deve executar a sua obra.”
devam viver em constante prontidão,
para quaisquer eventualidades que pos- Trad. por Alfredo L . Vaz

NOSS A S MÃES
H á em inglês u m provérbio tão bo­ Isto não quer dizer que esses anjos
nito como conhecido, o qu al diz: “Não m aravilhosos sejam esquecidos nos de­
podendo Deus estar em todos os lu g a­ m ais dias do ano, a razão é que elas
res ao mesmo tempo, criou as m ães.” exercem tam anha influe ncia nas vidas
M ãe... Ser sublim e, toda entendi­ que trouxeram ao m und o que são ti­
m ento e afetuosidade criado pelo Todo- das como partes dessas mesmas vidas;
Poderoso. São ainda, m uitas vezes as O provérbio acim a tem m uitos sen­
pessoas m ais esquecidas da terra, mas tidos: Deus sabendo do am or que h a ­
mesmo assim ainda houve alguem que bita nos seus corações, e- do senso de
não as esqueceu, de todo, e teve a ju s ­
responsabilidade que elas possuem,
ta ideia de criar u m dia em cada ano
entre os quais se acha o dever de en ­
especialmente dedicado a elas. Gesto
sinar seus filhes, que espiritualm ente
benigno e m agnifico sim bolizado num
são filho> d ’E le tam bem , as elegeu
dia do mês de M aio. E é no segundo
dom ingo do citado mês que a h u m a­ para serem nossas mães, dando assim
nidade toda, de u m m odo geral, pres­ Ele propi io o valor que elas merecem
ta a devida hom enagem , que na sua bem ante;; que a própria hum an id ade
grandiosidade é ainda singela e simples. o pudesse compreender.
ANO I-NUM. 6 Q aiuota JUNHO - IS
PADRE NOSSO
J oão de D eus

P ai nosso, de todos nós, Seja feita, assim n a terra

Que todos somos irm ãos; Como no céu onde habita,

A ti erguemos as mãos Esse, cuja m ão encerra

E levantam os a voz: A criação in fin ita !

A ti, que estás lá no céu, O pão nosso, nesta lida

E nos lanças com clemência, De cada dia, nos dá

Do vasto estrelado véo, H oje, e basta. . . a luz da v id a

Os olhos da Providência! Q uem sabe o que durará!

Bendito, santificado, E perdôa-nos, Senhor,

Seja o teu nome, Senhor! As nossas dividas; sim!

Invioláv el, sagrado, Grandes são, mas é m aior

Na boca do pecador! Essa bondade sem fim !

E venha a nós o teu reino, Assim como nós (se é dado

Acabe o da v il cubiça! Julgar-nos tam bém credores)

Reine o am or à justiça Perdoamos de bom grado

Que pregava o Nazareno; Cá aos nossos devedores.

De modo que seja feita E não nos deixes, bom Pai,

A tua santa vontade, C air nunca em tentação;

Sempre a expressão perfeita Que o H om em , por condição,

Da justiça e da verdade! Sem o teu au x ilio cái!

Mas tu, que não tens segundo

E m u ito menos igual,

Dá-nos a m ão neste m undo,

Senhor! livra-nos do m al!


Ano I — N.° 6 Junho de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do E terno Evangelho)
Órgão O ficial da M issão B rasileira da Ig re ja de Jesus Cristo
dos Santos dos Ú ltim os Dias
Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.

A ssinatura A n u al no B rasil . Cr$ 20,00


D ire to r: . . . C láudio M artin s dos Santos
A ssinatura an ual do E xterior C r f 40,00
R e d a to r :...................................... João Serro
Exem plar I n d iv id u a l ........ .. Cr$ 2,00
Tòda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a :
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São P aulo — B rasil

Í N D I C E

E d ito r ia l... “Buscai o R eino de D eus” ........................... Pres. H arold M . R ex 122


A Força de S u p o r t a r .......................................................................... R. L. Evans capa

A R T IG O S E S P E C IA IS
O Apostolo Spencer W . K i m b a l l ......................................... W arren J . W ilson 123
Os Nossos Corpos como Templos de D e u s ................................ R ich ard Sellers 124
Se E u S o u b e s s e .................................................................................. Haydee H ube rt 125
Se E u Fôsse u m Jo v e m M a r i d o ..................................Jo h n e M ary B re ntnall 126
L em brança do M onte C u m o r a h .......................................................... (5.a Parte) 129

A U X IL IA R E S
Escola D om inical:
Nossa m aior O b r ig a ç ã o ......................................... Elder Robert F. Pool 132
Verso Sacram ental por Ju lh o e A g o s t o ..................................................... 132
P rim ária:
Os Sete Q uadradinho s de um A v ental . . . . Trad. por S ilv ia Courrege 133
Sociedade de Socorro:
O L a r ........................................................................................... D ian ia Rex 135

S A C E R D Ó C IO
Arrependim ento ....................................................................... W a rre n J . W ilson 137

V Á R IO S
Evidências e Reconciliações:
C V . Pcde-se acreditar nos testemunhos
do L iv ro de M o r m o n ? ........................................ Jo ão A. W idtsoe 138
Resposta à Confusão ................................................................... R. L. Evans 131
A C apa ....................................................................................................... W . J . W . capa
O R u m o dos Ram os ................................................................................................ .... . 144
Poesia ................................................................................................... João de Deus capa
EDITORIAL ípípípíp & ípípípíp IpípIpíp&I p

“...Buscai o Reino de Deus...


rif>
ijnt

A despeito de suas convicções pessoais e suas crenças re li­


giosas, um grande num ero de pessoas ad m iram os m issionários dos
Santos dos Ú ltim os Dias pelo tempo, dinheiro e esforço que eles
gastam, desinteressados, para espalhar o evangelho. O esforço
acum ulado dos m issionários dos Santos dos Ú ltim o s Dias é tre­
m endo. O trabalho parace ganhar ím peto e está crescendo com
o tempo. A o v oltar aos seus lares, depois de com pletar a missão,
os m issionários relatam suas experiencias; os m em bros e os outros
notam que eles foram m u ito abençoados por sua missão, e daí
rom eçam a procurar estas mesmas bênçãos.
M as vam os parar u m pouco e perguntar a nós mesmos, “P or­
que é assim ?” O Salvador disse: “N ão andeis cuidadosos da vossa
vida pelo que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo pelo
qr.e haveis de vestir; o lh a i p ara as aves do céu, que não semeiam
nem ceifam, nem aju n ta m em celeiros, e vosso Pai Celestial as
a lim e n t a ... Considerai como crescem os lirio s do campo: eles
não trab alh am nem fia m , contudo vos digo que nem S alom ão em
toda a sua gloria se vestiu como u m deles.. . buscai prim eiram ente
o R eino de Deus e a S ua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.”
Talvez o m issionário, durante sua missão, viv a m ais perto a
este grande e lin do ensinam ento do que qualque r ou tra pessoa
no m undo. O resultado ao cu m prir a lei é obter a benção. As
bênçãos derram adas sobre aqueles que façam o trabalho m issioná­
rio é aquilo que atrai os ou tro s.
Este é u m exem plo m aravilhoso para toda a hum anidade. N ão
precisamos pensar tanto em “ como conservarei m eu em prego” ou
“com o posso obter emprego m elhor.” N ão devemos ser egoistas,
cubiçosos nem ávidos. Ao contrario, o Senhor nos disse que de­
vemos aprender a dar, um ao outro como requer o evangelho; e
vcstir-nos com o v ínculo de caridade, e assim estaremos abençoa­
dos nas necessidades da vida. Vam os prim eiram ente viver o ev an ­
gelho de Jesus Cristo e deixar todas as outras coisas p ara o se­
gundo lugar, e fazendo assim teremos as bênçãos tam bem para as
coisas tem porais desta vida. 4

Presidente H aro ld M. Rex

•ir.rSri rüh b r3r,rir<r3(' r3r>r3 (''3 f rfnrinrSn r3nrínr9nrínrínr§n


Vç* yJV "V* "V* "v* "v* "v* *Ur' *¥* *ur *yr V «i**
0 Apostolo Spencer IV. K im ball
Por W arren J. W ilson

Spencer W . K im b a ll é um decenden-
te de Heber C . K im b a ll, que era apos­
tolo do Senhor, am igo e discipulo de
José S m ith, conselheiro do Presidente
Y o u n g e um m issionário extraordina-
rio para a Igreja. F c i Heber C. K im ­
ba ll que a b riu a Missão B ritanica da
Igre ja em 1837.
O avô do lado da mãe foi E d w in D.
W oolley, u m grande lider na Cidade
do Lago Salgado. Gerente dos nego-
cios para o Presidente B rig ham Y oung
e grande Bispo, por 40 anos, da paró­
q uia treze. S em pre zeloso e m u ito fiel
na Igreja ele fez m u ito pela edifica­
ção da Ig re ja no oeste, especialmente
na A rizona e Texas ocidental.
Desta linhagem nasceu Spencer W .
K im b a ll no dia 28 de m arço de 1895,
na Cidade do Lago Salgado.
Cedo na vida, E lder K im b a ll apren­
deu o valor de u m a v ida justa. A p ren ­
deu, tam bém , a trab alh ar e econom i-,
zar, sendo diligente e consciencioso em
tudo que fazia.
O apóstolo Spencer W. Kimball
Por m uitos anos ele assistiu todas as
E ra um dia tipico da Arizona em reuniões da Escola D o m inical e da P r i­
m aio de 1898, o scl brilhante n u m ceu m aria, sem um a falta. U m a segunda-
azul, quando A ndrew K im b a ll e sua feira quando estava au x iliand o os seus
estimada esposa O live, e sua fami- irm ãos na colheita, o sino tocou para
lia descerem do trem em Thatcher ir à reunião da P rim a ria.
A rizon a. A prim e ira presidencia cha­ “ Tenho que ir à P rim a ria ,” disse ele,
mara-o para suceder Christcpher tim idam ente.
Layton como presidente da estaca de “ Não podes ir hoje; precisamos de
São José, no grande vale de G ila , na ti,” disseram seus irm ãos.
A rizona. E ra um a fa m ilia interessan­ “Mas, pap ai m e deixaria ir, si esti­
te — os pais bondosos e nc florescer vesse aq u i,” replicou o rapaz.
da vida — os filhos inteligentes e fo r­ “P ap ai não está a q u i,” disseram eles,
tes — Devia ter sido u m a experiência “e tu não irás.”
agradavel para os Santos que estavam
C o ntinuou a trab alhar, m as fin a l­
lá na estação para recebe-los. Mas,
m ente conseguiu deixar seus irm ãos e
talvez, ninguém daqueles presentes sa­
estava quasi chegando: à igreja antes
bia nem sonhava, que Spencer, o f i ­
que eles notassem sua ausência, e as-
lho de três anos, seria algum dia um
apostolo do Senhor. (C o n tin u a n a p á g . 130)

— 123 —
Os Nossos Corpos como Templos de Deus
R ich ard Sellers

Nos Estados Unidos os Santos dos das, assim devemos nós agir com re­
Ú ltim os D ias têm seis Templos de lação ao nosso tem plo ou corpo. Nossas
Deus; tam be m possuem u m no C a na­ roupas devem ser bem lim pas, bem
dá, ç outro no H a w a ii. . . Todos são como nossos quartos e casas. E n fim
conservados e bonitos; o terreno que todas as coisas necessarias a v id a dia-
os circunda é bem cuidado e agrada- ria deveriam estar nas m esm as co nd i­
vel. Porem estas condições de ordem ções. Tenham os tam bem um lin d o
e asseio são encontradas de u m a m a ­ ja r d im circundando, nosso t e m p lo ...
neira m ais assentuada nos seus inte­ não é dificil!
riores, atestando o progresso do trab a­ E ntrem os agora no interior de nos­
lho de Deus. sos tempos. O que vam os achar? \
P orem não h á necessidade de ir-se Doenças? Infecção? Corrupção? Se este
m u ito longe para encontrar esses tem ­ é o seu estado é porque n ão tem os obe­
plos; temo-nos aqu i mesmo no B rasil decido as leis do bem viver e a P a ­
ou em qualque r outra parte, porque la v ra de S ab e d o ria. . . Nós não v ie ­
câda um de nós temos o nosso pro- mos a q u i p ara ser fonte de pestilen-
p rio tem plo, o qual está sempre co­ cia e infelicidade! “ O hom em existe
nosco em todos os momentos de nossa p ara que tenha alegria” . Se u m m o ­
y id a . . . Estes são cs tem plos de nos­ tor não fu nc ion a bem é porque não
sas alm as; estes são o nosso proprio tem sidoi cuidado como devia, e o m es­
corpo, e do mesmo modo. como são m o acontece com o corpo. Se n ão co­
cuidados os Templos nos Estados U n i­ m erm os alim entos saudaveis, nos en­
dos devemos nós cuidar dos nossos, fraqueceremos, e a doença é in e v itá ­
cònservando-os lim pos e bonitos, por­ v e l. ., Portanto cuidemos d.e ter o in ­
que sem estas condições o trabalho de terior de nosso tem plo tam bem em o r­
Deus em nós não pode progredir. dem.
Q uando vim os a este m u nd o, rece­ Finalm ente, entremos no u ltim o
bemos u m corpo, o qu al é dado como quarto de nosso tem plo, que é o m ais
u m la r para o espirito nele habitar, im portante de todos, “nossa m e n te ” .
qu ando o recebemos, ele é lim po, per- A q u i costumamos decidir os ca m i­
íeito sem pecado e m aldade. M as por­ nhos que seguimos. A q u i decidim os
que o; recebemos? Sim plesm ente para pelo privilegio de aceitar e tam bem de
que por interm edio dele, possamos recusar os ensinam entos recebidos. So­
progredir, desenvolver e trab alh ar no bre este lugar Satanaz terá poder se
necessário para nossa salv ação . . . Em o deixarm os a li e n t r a r ... Portanto
outras palavras, ganham os u m tem plo, vêde quão im portante é esse com par­
dentro do qual nosso espirito pede p ro ­ tim ento, e quanto m ais im po rtante é
var a Deus que é u m digno filh o d ’Ele. conserva-lo lim po. Vam os varrer dali
Sabemos perfeitam ente que o Espi­ todos os m aus pensamentos, e vam os
rito de Deus não habita em lugar sujo enche-lo do E spirito e dos ensin am en ­
e contam inado, e para que possamos tos de Deus.
progredir no cam inho da retidão, te­ Obedeçamos e sigamos Seus m a n d a ­
m os necessidade de que Seu Espirito mentos, vam os ter u m tem plo digno
perm aneça conosco. da habitação de Deus, para que assim
C om o as terras que circundam os possamos gozar de suas m elhores bên ­
Templos, são bonitas e bem a rru m a ­ çãos.

— 124 —
)
Se Eu Soubesse Discurso proferido pela irm ã
Haydee H ube rt no Ram o de São
Paulo, no dia 25 de A b ril p. p.

Quando a R a in h a V itória de In g la te r­ U m a carruagem do palácio real apro-


ra, era j á de idade avançada, sentia ximava-se vagarosamente da porta da
grande prazer em andar incógnita pe­ casa do operário, onde na vespera a r a i­
las ruas de Londres. U m a tarde passa­ nha V itó ria pedira o guarda-chuva.
va sozinha por um bairro pobre, hab i­ D a carruagem saltou u m mensageiro
tado por operários, quando repentina­ corretamente vestido que bateu à porta.
mente caiu um a chuva torrencial. Quando a dona da casa abriu a janela,
N ão querendo demorar-se em voltar, ficou assustada, e tôda afobada pergun­
ela aproximou-se da casa de um operá­ tou o que é que se passava.
rio e pediu um guarda-chuva empresta­ O mensageiro, m ui gentilm ente per­
do. guntou se fora ela quem no d ia anterior
A mulher, dona da casa, abriu a j a ­ emprestava um guarda-chuva. A m u ­
nela e atendeu-a meio desconfiada, pois lher respondeu que sim, indagando quem
sem saber quem era, não sabia com quem era aquela senhora que pedira o g u a r­
estava fa la n d o . da-chuva emprestado, ao que o mensa­
Depois de atende-la com pouca von­ geiro descobrindo-se respondeu: “ M inha
tade, voltou ao interior da casa dizendo senhora, quem esteve ontem aqui a sua
consigo m esm o; “ Tenho dois guarda-chu­ porta, foi sua magestade a ra in h a V i­
vas; um j á velho e furado, e um novo tó ria .” Entregando-lhe o guarda-chuva,
que uso aos domingos em passeios. Vou o mensageiro passou tam bém as mãos da
emprestar-lhe o velho, porque certamen­ pobre m ulher um envelope dizendo: “ Se­
te não voltará m ais.” E dizendo estas nhora, aqui está o guarda-chuva que a
palavras, pegou o guarda-chuva velho senhora emprestou a R a in h a . E la m a n ­
que estava em um canto da casa, e vol­ dou-lhe agradecer m uitissim o pelo favor
tou com um a desculpa nos seguintes ter­ e enviou-lhe este presente que tenho a
mos: “ A senhora me descupe, mas tudo honra de lhe entregar.”
o que lhe posso a r r a n ja r é este guarda- Inclinando-se saudou a pobre m ulher
chuva um pouco usado.” e entrou no carro que rodou de volta
A ra in h a recebendo o guada-chuva ve­ p ara o palácio r e a l.
lho e furado abriu-o e disse que estava A m ulher abriu o envelope e viu que
m uito bom. Agradeceu e prometeu que a ra in h a lhe m andara um presente em
no -dia seguinte m an daria um portador dinheiro que v alia m ais do que cem g u a r­
trazê-lo de volta. Despediu-se com m il da-chuvas. A pobre m ulher ficando tôda
agradecimentos e um grande sorriso. cercada de vizinhos curiosos exclamou,
(N ão esqueceu-se de tom ar nota do nome cheia de emoção.
da rua e do número da casa.) “ A h ! A m in ha rainh a , a m in h a >ra i­
A m ulher fechou a jan ela resm ungan­ n h a . Se eu soubesse que era ela teria
do entre os dentes: " A h . . . eu sei que dado o m elhor. SE E U S O U B E S S E .”
esse não volta m a is . . . vá l á . . . fazes o Porém suas lamentações e lágrim as
bem não olhes a q u e m . . . ” . foram em vão. N unca mais ela teve
No dia seguinte notou-se um m ovi­ oportunidade de ver a rainha, de pres­
mento extraordinário no bairro pobre dos tar-lhe um fav o r. E la perdera a única
operários. Todos se achegavam as ja n e ­ oportunidade de sua vid a.
las p ara saber o que acontecera. (C ontinua na p ág. 142)
— 125 —
Se EU Fôsse um
Se eu fôsse u m jovem m arido, a p li­ tras despezas e planos, porque todas
caria o “Novo Ponto de V ista” . T al­ as fases de problem as da v id a c o n ju ­
vez apenas os j á iniciados o reconhe­ gal, tem seus aspectos financeiros e
ceriam , m as creio que eu o sentiria não pode ser d iv idido como as despe­
in tu itiv a m e nte porque seria composto zas da casa, m as requer cuidadosa
to em prim e iro lugar: do orgulho de com paração e avaliação.
que m in h a jov e m espôsa, m ais encan­ D iscutiria com ela perfeitam ente l i ­
tadora do que ning u ém , acha-me o ho­ vre, os problem as de impostos, ren­
m em m ais perfeito do m und o ; em se­ das, seguros etc., não somente po r­
gundo: da determ inação de justificar que u m com pleto conhecimento e av a­
e m an te r sua confiança; em terceiro: liação de tais assuntos a ju d a m uito ,
da gratidão devida ao C riador de to­ sobretudo, nos planos de um a v ida em
das as coisas pela m aio r op o rtunida­ com um , mas tam bem porque isto a
de que temos n a vida: a oportunidade a ju d a ria m aterialm ente se, alg u m dia,
de realizar u m casamento feliz, e que ela tivesse que arcar com estes assun­
está em m in has mãos. tos sosinha.
Se eu fôsse u m jovem m arido, ten­ N ão esperaria que m in ha esposa
taria conhecer-me. Conheceria m i­ fôsse um a experiente agente de nego-
nhas fraquezas e sôbre elas edificaria cios no começo. Porem ficaria sur­
a h u m ild ad e e o arrependim ento. P ro­ preso e contente se ela esperasse a ser
curaria m eus pontos bons, e sôbre eles u m dia tanto quanto .e u — sábia e
edificaria o respeito proprio e a fid e ­ cuidadosa, sobretudo generosa. Se
lidade. Conheceria m in h a religião e a houvesse alg um a dificuldade fin an cei­
viveria ativam ente. Com preenderia ra, tentaria ser paciente e trab alhar
m eu Sacerdocio, e que ele quer dizer fora do nosso tem po de folga juntos,
“ Ser exercido ju stam ente” . Conhece­ e reduziria ao m in im o os nossos gas­
ria as ordenanças do m eu Sacerdocio tos desnecessários.
e seria capaz de exercê-las. P ratica­ E m m in h a profissão tentaria selecio­
ria os deveres concernentes ao m eu n a r u m trabalho, o q u al oferecesse
lar, direito desde o ccmêço, e os faria oportunidade para progredir-mos ju n ­
tão n a tu ra l e n o rm al nesta parte do tos, não somente porque seria o p ortu­
m eu casamento, como u m a outra f u n ­ no, m as tam bem porque quando nossas
ção qualqu e r. D eix aria meus senti­ necessidades financeiras tcrnassem-se
mentos espirituais prevalecer sôbre maiores, nossa renda, tam bem logica­
m in h a vida fisica e m ental. m ente e perfeitam ente tornar-se-ia
Se eu fôsse u m jovem m arido, d i­ m aior com elas. A ceitaria, n a tu ra l­
v id iria com pletam ente m in h a v id a com m ente, m enos dinheiro e u m a oportu­
m in h a esposa, não teria segredos para n idade para desenvolvim ento do- que
ela — incluindo os segredos fin an cei­ u m a posição lucrativa, sem n e n hum a
ros. Saberia que esta divisão seria evidencia de futuro.
um a compreensão m útu a dos nossos Se fôsse necessário ou proveitoso
problem as financeiros. Não daria a para m in h a esposa trab alh ar, tentaria
ela u m a im po rtancia estipulada para esclarecer que seria apenas p ara a ju ­
governar a casa e deixá-la com pleta­ dar nas nossas responsabilidades. E
m ente a sós atendendo a todas as ou­ veria para que a renda adicional, se-

— 126 —
Jovem MARIDO
Por J o h n e M ary B rentnall

ria usada para u m proposito especial constantemente e não desdenharia do


im préte rivelm e nte. Reconheceria o desenvolvim ento de outros talentos e
fato, que o m aior tem po que nos ti- habilidades que eu pudesse possuir.
vessemos duas rendas, seria depois T rabalharia n a igreja, para o bem da
mais d ificil viver sobre u m a apenas e m in h a própria alm a. Seria ativo fis i­
trazia tam bem m aior tentação para camente — com m in h a saúde e inte-
adiar as responsabilidades p a te rn a is . ligencia. Desenvolveria talentos cria­
Tentaria viver dentro do m eu salário, dores — para satisfação pessoal e sa­
mesmo que não parecesse bastante, e beria u m pouco das artes m anuais
tentaria tam bem guardar u m pouco. concernerites a sim ples reparos e m a ­
Reconheceria o fato de que poucas pes­ nutenção do m eu la r — para a garan­
soas, se nenhum a, acham que eles tem tia de m in h as recentes e insuficientes
um salario adequado. A lg u em disse finanças.
que quase todas as pessoas — a des­ Se eu fôsse um jov e m m arido, colo­
peito de seu salario, seja pouco ou caria raizes n a perm anente construção
bastante, sentem que precisam até v in ­ da nossa casa, tão cedo; quanto possí­
te por cento m ais do que o necessário. vel — preferivelm ente, é natural, um
Se eu fôsse um jovem m arido, seria la r que eu pudesse expandir. E, se
um “ aprendiz de tu d o ” e especialista comprasse u m a casa já construída, ten­
de um a. Esforçar-me-ia p ara chegar taria encontrar u m a que tivesse os ele­
ao alto, no m eu campo escolhido — mentos de bôa visinhança, e u m a cons­
fôsse ele qu al fôsse, mas estim aria in- trução solida p ara que se m ais tarde

— 127 —
não servisse para nós, poderiam os ven­ ja-la-ia a fazer isto e tam bem espera­
de-la sem prejuízo. N ão consideraria ria apoiá-la onde dois” fossem preci­
m eu la r como um bem negociável, po­ sos.
rem tentaria traze-lo em bôas condi­ Seria afetuoso para com a fa m ilia
ções, saberia que um a casa tem ele­ de m in h a esposa. F aria com que eles
mentos intangíveis que fazem nela fossem benvindos a m in h a casa. Seria
certos característicos de grande valor. considerado por eles, generoso para
Se eu fôsse um jovem m arido seria eles. E seria m uito feliz se m in h a es­
tão atencioso, quanto o meu tempo e posa tomasse a mesma atitude para com
capacidade pen-pitisse, em fazer do m in h a fam ilia.
nosso la r u m am avel lugar que refle­ Se eu fôsse um jovem m arido, faria
tisse nosso próprio gosto, sentimento, um inteligente esforço para reconhecer
interesse e atividade. Seria atencioso os elementos emocionais e m entais en­
em construi-lo confortável, e hospita­ tre nós, os quais faria m a v id a seguir
lar, para que não procurasse conforto igualm ente. T entaria aum e ntar estas
fora dele. situações bôas, as quais conduz à h a r­
T entaria não trazer pára casa, m u i­ m onia, do contrario conduz a um m a l
tas das dificuldades e desagradaveis entendido. Se diferentes indiferenças
trívialídades dc dia. T entaria le m ­ se desenvolvesse, tentaria rapidam ente
brar-m e das alegres e vitais novidades tranquilizá-las e não as p e rm itiria cres­
p a ra o deleite de m in h a esposa. Não cer, e inflamar-se.
m e sentiria restrito ou constrangido. Se eu fôsse um jovem m arido, ten­
E u saberia que m in h a esposa deseja­ taria lem brar, que aquilo que parece
ria saber o peor — porque eu estava alegre para u m a pessoa, nem sempre
preocupado, para que ela nâo se sen­ é o mesmo para outra, e que u m a jo ­
tisse tam bem infeliz ou a n g u stia d a. vem esposa é provavelm ente m ais em o­
Saberia que agora m in h a v ida era de cionalm ente envolvida e afetiva por
m in h a esposa e a dela a m in h a ; que u m a alteração do que seu jov e m m a ­
m eus planes eram dela e que ela aju- rido, porque seus interesses são exten­
dar-me-ia, trazendo-os à frutificação, sivam ente agrupados em seu la r e m a ­
que m inhas preocupações eram delas rido.
e que ela ajudar-me-ia a reduzi-las
Esperaria participar em algum a das
ao m in im o .
tarefas da casa, seria tão apaixanado
Se eu fôsse um jovem m a rid o se­ que divertir-me-ia trab alhando com
ria leal para m in hq esposa, jam ais dis­ m in h a esposa, tanto como se estivesse
cu tiria ccm qualque r pessoa os assun­ brincando, e desejaria tam bem sermos
tos concernentes a nós proprios. E livres para outras tantas atividades
saberia que ela ter-me-ia a mesm a que pudessemos participar. T entaria,
lealdade. Ja m a is faria u m a deprecia­ tam be m conseguir dela aju d a p ara
ção ou um a rid icula observação a ou­ m im , no ja rd im , cu na p in tu ra ou tudo
tros referentes a m in h a esposa. que precisasse fazer quando estives-
Não esperaria continuar juntam e nte semos juntos.
com ela os esportes e atividades com Se eu fôsse u m jovem m arido, seria
os quais estava acostum ado, m as ten­ generoso em louvar reconhecidamente
taria achar outras cousas que pudes- u m bom trabalho feito po" m in h a es­
semos fazer juntos e as colocaria em posa — quer fôsse tocando violino< ou
prim eiro plano, porem não m e envol­ fazendo biscoutos.
veria em dispendiosas atividades.
Esperaria aceitar e arcar com m i­
Esperaria que .m in h a esposa tivesse
nhas responsabilidades de esposo, mas
tam bem algum a associação e atividade
p rópria que ela mantivesse, e encora­ ( C o n tin u a n a p á g . !40)

— 128 —
Lembrança do Monte Cumorah
(5.a Parte)

E ’ exibido, hoje em dia, em alguns do” ou com binação de caracteres que


museus da A m erica do Sul, placas de os descendentes daqueles Israelitas,
ouro fino em algum as das quais se vê que tin ham sido escravos no Egito, n a­
gravados hieroglifos, outras aind a lisas turalm ente assim ilaram e m isturaram
prontas para serem gravadas. depois de haverem estado em contacto
E ldsr M e lv in B a lla rd da Igreja dos com a escrita egipeia.
Santos dos U ltim es Dias d á um a a r­ A folha solta, presa com aneis, que
rebatadora descrição de algum as p la ­ hoje favorece alguns magazines comer­
cas de ouro vistas em L im a, Peru, con­ ciais, catálogos, cadernos, etc., foi des­
tando ser seu tam an ho de 7 x 8 po­ crita há m ais de 100 anos pelo profeta
legadas, o que é aproxim adam ente o m orm on, José S m ith, que disse que as
tam anho descrito por José S m ith das placas de ouro do L iv ro de M orm on
placas do L iv ro de M orm on. As p la ­ eram presas entre si na parte de fora,
cas exibidas neste M useu são finas por aneis, os quais p e rm itiam ser as
como papel, e toda a p ilh a m edia 3 placas abertas com o u m livro.
centímetros de grossura, mais ou menos
o tam anho de u m livro, porem nada E M B L E M A S C R IS T Ã O S E E G ÍP C IO S
havia dos lados, como si estivessem ENCO N T RA DOS ENTRE AS
prontas para u m trabalhei como o L i­ A N T IG U ID A D E S M A Y A S
vro de M orm on.
E lder B a lla rd com entando o fato Os H espanhois registraram o encon­
disse que tin h a m ouro em grande abun- tro de escritas Mayas, porem , queima^-
dancia e sabia como faze-lo flexivel; ram-nas pensando estar assim pondo
com sua hab ilid ad e em esculpir duras fim aos livros heréticos. L a n d a conta
pedras não seria m u ito d ifíc il gravar que os nativos encheram-se de dôr e
sobre placas de ouro. E lder B a llard tristeza quando seus livros foram quei­
disse tam bem que v iu figuras de ouro mados. Assim, m u ita evidência na
• de grande valor e de form as exquisi- form a dos livros, rolos de pergam inho
tas, as quais proclama-se serem supe­ e placas gravadas foram destruidas,
riores a qualquer coisa encontrada no contudo alguns desses m anuscritos es­
Egito. tão expostos em museus da Espanha
Isto juntar-se-ia perfeitam ente ao e m uitos museus do México.
relato do profeta José S m ith quando Vera C ruz é c> nom e da cidade cons­
disse que o L iv ro de M orm on ou “Bi- tru ída pelos hespanhois, onde eles p r i­
blia de O u ro ” como foi apelidado, é m eiram ente aportavam . O nom e fo i ins­
um a historia dos antigos habitantes pirado pelo fato de haver sido encon­
deste continente que feram os precur­ trada u m a enorm e Cruz de pedra n a ­
sores dos índios A m ericanos e que eles quele lugar. M uitas outras foram en­
eram descendentes dos Israelitas da contradas em varios lugares, um as eri­
Casa de Jacob. Antigos lideres deste gidas, outras esculpidas nas paredes
povo, chamados M orm on e M oroni, es­ dos templos.
creveram a 'h is to r ia de seu povo em A cruz é vista adornando o peito de
placas de curo e depois de se d irig i­ estatuetas em P alenque e outras ve­
rem da A m erica do S u l à região do lhas cidades de G u atem ala, Nicaragua
Estado de Nova Y o rk enterraram seus e outras localidades da A m erica Cen­
registros no M onte C um orah, onde José tral.
S m ith os encontrou. Os caracteres ali Rem esal e T orquem ada contam em
gravados eram em “Egipcio reform a­ seus respectivos livros que quando

— 129 —
Córtez e suas tropas hespanholas apor­ m eira letra do alfabeto dos antigos
taram n a Ilh a Cozum el encontraram os M ayas e Egipcios. A palavra “m a ”
nativos adorando cruzes e deuses nos em am bas as linguas significa “ Terra
seus templos. ou região” .
Na verga de um a porta de u m an ­ No jo rn a l “Deseret News” de 30 de
tigo p alácio em Chichen-Itza está a a b ril de 1932, na secção “ Ig re ja ” é
im agem perfeita de u m a crQz, na f a ­ m ostrada u m a comparação' entre os a l­
chada leste. fabetos M aya e Egipcio, e sendo colo­
Q u e m pode d u v id a r da relação en­ cados lado a lado a sem elhança é enor­
tre os antigos egipcios e antigos Mayas, me, de fato, as letras B - H - K - L -
quando se com para os seguintes fatos: M- N - P - T - T H - Y - C H - TZ são exa­
Os egipcios são famosos pelas suas tam ente as mesm as para am bos os ca­
grandes pirâm ides. A s pirâm ides do sos.
M exico, deixadas pelos antepassados
N a introdução doi liv ro de Desire
cobrem área m aior que as do Egito.
C harney, M r. A . T. Rice diz:
O A n tig o hierático alfabeto egpcio e
“A n tig uidade s S u l A m ericanas p ro ­
o antigo alfabeto M ay a são m uito p a ­
v am conecção entre Israelitas e os a n ­
recidos e pelos séculos de separação
tigos habitantes; entre arq u ite tu ra e
é facilm ente compreensível ccmo se
esculturas babilonicas e egipeias como
deu a m odificação, pois a v elha escri­
a dos antigos nativos am ericanos e M e ­
ta inglesa de Chaucer é hoje em dia
xicanos.”
dificilm ente decifrada per u m leigo.
O circulo com u m ponto no centro O extenso trab alho de L o rd Kings-
é encontrado entre os m onum entos berough é u m arsenal de analogias em
Mayas, especialmente n o tronco dos favor da teoria da origem hebraica dos
elefantes, nas fachados dos Templos nativos americanos.
M ayas e em ,o utro s edificios. E ’ a pri- (C o n tin u a no proxim o n u m e r o ) .

Apóstolo Kimball As Escrituras nos diz que D a n ie l


quando era jovem “ assentou no cora­
sim conservou a assistência na P r im a ­
ção não se co ntam inar com as ig u a ­
r ia perfeita em assiduidade.
rias reais nem com o v in ho que o rei
O jovem Spencer cresceu à m a tu r i­
bebia.” Com o D aniel, E lder K im b a ll
dade em Thatcher, Estado de A rizona
e aò com pletar sua educação nas es­ jam ais tem se contam inado. S i pe rg un ­
colas publicas ele entrou na Academ ia tassem a ele si tem guardado sempre
de G ila , o instituto que foi estabele­ a palavra de Sabedoria, ele lhes d i­
cido pela Igreja nos prim eiros dias da ria, com modéstia, que nu nca experi­
colonização do vale. E m 1914 formou- m entou chá, café, licor nem tabaco.
se com as honras m ais altas e como E lder K im b a ll com pletou u m a m is­
presidente da classe. E le fo i u m cam ­ são nos estados centrais dos E E .U U .
peão do tim e de basket-ball, e muitos A o fim dessa missão ele era o presi­
jogos eram ganhos por sua pexácia. dente da conferencia de M issouri com
E lder K im b a ll possue um corpo fo r­ trinta m issionários servindo sob a sua
te e sadio per causa de um a vida lim ­ lid e ra n ç a .
pa, anos de trabalho e a vida nos cam ­ O sucesso du m hom em depende gra n ­
pos. Tem um a personalidade m uito demente de sua espôsa! E lder K im ­
agradavel e am igavel e está sempre b a ll tem um a esposa bondosa e encan­
pronto a servir para o bem estar da tadora. E la tem sido u m a com panhei­
hum anidade. Possue a firm eza e dig­ ra paciente, am avel, cheia de enten­
nidade de u m hom em forte e u m sor­ dim ento e an im ação para com seu m a ­
riso e otim ism o de um rapaz alegre. rido. C a m illa é a filh a de Edw ardo

— 130 —
Respostas à Confusão
R . L. Evans
A cena m u n d ia l que vemos agora e sua sabedoria não regula m inuciosa­
aqueles acontecimentos os quais a pre­ m ente cada particularidade de nossas
cederam, tem trazido u m cinism o e vidas, assim como nossos pais terrenos
um a incredulidade crescentes. Nos l á ­ não nos ditam todas as coisas que fa ­
bios de m u itas pessoas, em todas as n a ­ zemos. Ensinam-nos o que deveríamos
ções e entre todos os povos, achamos a fazer, a despeito do que, usando as
questão prim o rd ia l: Porque pe rm itiria nossas próprias liberdades e exercen­
u m Deus onipotente e to d o s áb io e ju s ­ do nossa própria vontade, colocãmo-
to e misericordioso tais acontecimen­ nos em diversas e m u itas contrarieda­
tos?” N ão conseguindo achar um a des. O P a i de todos os homens nos
resposta que traga paz aos seus cora­ d á m andam entos, principios, regras de
ções confusos, hcm ens, em num ero vida, os quais, observados, conduzirão
sempre m aior perdem fé e esperança às nossas m ax im as possibilidades. E n ­
e compreensão e clam am com amar- tre tanto, o C riador deixa a cada ho­
gor contra Deus. M as aqueles que se m em determ inar até que ponto viverá
acham nesta condição de pensam ento de acôrdo com estes principios e m a n ­
deveriam ser lem brados que u m dos damentos.
prim eiros principios do plan o de v id a Q ue os principios fund am en tais não
é livre arb ítrio — o privilégio de esco­ foram observados, os acontecimentos
lha. Foi assim nos céus antes de co­ de nossos dias a í estão para testemu-
m eçar o tem po e co ntinuará a ser nhá-lo, m as não podemos culpar ao
assim nos m undos sem fim . V erda­ Senhor. As dificuldades são nossa
deiram ente, o desafio p ara este p r iv i­ obra, tanto coletiva como in d iv id u a l­
legio de determ inação p róp ria foi a m ente em m uitos casos. P or quanto
causa da guerra no céu e fo i u m a das tem po será pe rm itido o curso atu a l dos
causas provocadoras de todas as guer­ acontecimentos, nen hum hom em pode­
ras desde aquele tempo. E m outras r á saber, m as de u m a coisa temos cer­
palavras o Senhor Deus, nosso P a i no teza: os inocentes que sofrem com os
céu não força o hom em a ser bom . Si culpados n ão serão esquecidos; o Se­
E le fizesse isso, não haveria recom pen­ n h o r Deus é onipotente para, no de­
sa por ser bom , e não haveria progres­ vido tempo, p ô r fim às coisas para
são das almas. As alm as dos homens m elhor; e cada hom em 'será recompe/i-
estão reprim idas quando são forçadas sado de acôrdo com a escolha que ti­
a viver de acordo com u m modelo de ver feito. Nesse ínte rim , os justos não
alguem mais, ou forçada dentro de um a devem temer, pois “ os julgam entos do
outra form a. E ’ por isso que Deus em Todo-Poderoso são sempre certos.”
Trad. por W . J . W ilson

C hristian E y rin g e C aroline Rom m ey. E lder K im b a ll possue tantas q u a lid a ­


Eles foram deM ex ico à A rizona em 1912 des que qualificam -no para ser um
por causa da revolução M exicana. Foi lider na Igreja, que é d ifíc il dizer qual
em 1917 quando ela era professora n a delas é a m aior. Assim , u m lider de
A cadem ia de G ila que se encontrou m u ita experiencia, E lder K im b a ll foi
com Spencer, e não levou m u ito te m ­ escolhido e cham ado pela Prim eira
po até o casamento. Presidencia da Ig re ja em 8 de Ju lh o
O Elder. e a irm ã K im b a ll são os de 1943 para ser um Apostolo do Se-
pais de quatro filhos: Spencer L eV an; nhcr. U m a posição de alta responsa­
O liv e Beth; A n d re w E y rin g e E dw ard bilidade — u m grande e apto homem ,
Lawrence. o Apostolo Spencer W . K im b a ll. . .
— 131 —
ESCOLA Do m i n i c a l
V ERSO SACRAM ENTAL VERSO SACRA M EN TA L
P O R JU L H O PO R AGOSTO

E u sei que vive m eu Senhor; Que vive, ó! louvores dai;


Consolo é a m im , saber E sempre o Cristo elogiai!
Q ue vive, aind a que m orreu; Tão grato é ouv ir falar:
E sempre seu am or terei. “ E u sei que vive m eu S enhor” .

Nossa M aior Obrigação por E lder Robert F. Póol

M uitas pessoas pensam, quando ção sem conhecimento esta seria a si­
aceitam o batism o, que eles devem sa­ tuação que encontraríam os do outro
ber tudo sobre o evangelho e todas as lado se esta le i não existisse.
suas complexidades. Que quando eles
Se vam os ter a com panhia do P ai
são batisados o u ltim o obstáculo para
Celestial, devemos procurar fazer nos­
ganhar salvação foi transposto.
sas vidas perfeitas e ganhar o conhe­
M uito poucas pessoas na terra, se é
cim ento que ele já ad qu iriu. A d ife ­
que existe alguém , sabem tudo sobre
rença entre o hom em e D us é o co-
o evangelho. Este objetivo não se
nhcim ento. “Com o c hom em é Deus
realizará até que nós residamos com
foi u m a vez, como Deus é o hom em
o P ai. M as batism o é essencial para
pode tornar-se.”
que possamos aprender m u ito m ais do
O relatorio de nossa Escola D o m i­
que seus fundam entos básicos. Por
nical m ostra um a grande falta do de­
exem plo, m u ito pode ser aprendido no
sejo de nossos m em bros para ganharem
tem plo da m an eira plan ejad a pelo Se­
m ais conhecimento. A Escola D o m in i­
nhor, m as até que um m em bro tenha
cal é essencialmente o lu gar onde m u i­
sido batisado e vivido justam ente ele
to deste conhecimento precisado para
n ão é elegivel p a ra admissão ao tem ­
salvação pode ser ganhado.
plo. Aprender o evangelho é um a
obra do tem po da v id a que a pessca Se nós não assistimos estas classes,
deve fazer por si proprio se ele quiser como podemos esperar ganhar este co­
ganhar salvação no reino do Pai. nhecim ento que é m u ito preciso para
M uitos quererão saber porque o co­ a nossa salvação?
nhecim ento é preciso para a salvação. A Escola D o m inical só existe com o
Porque “n ing uém pode ser salvo em intento de aum entar o nosso conheci­
ig no ran cia” ? Para que respondamos a mento. Com o o estudo n a escola é
isto, nós perguntam os a questão, “ O necessário para ganhar o conhecimento
que gozaria u m bobo se tivesse que suficiente para graduar-se e entrar em
passar a eternidade na com panhia de um a universidade, assim o estudo do
doutores de filoso fia?” Em com para­ evangelho de Jesus Cristo é preciso

— 132 —
PRIMÁRIA
OS SETE Q U A D R A D IN H O S DE UM
AVENTAL

K aren está sosinha em seu quintal, So hav ia u m a cousa de que ela gos­
escondida atraz de u m grande arbus­ tava entre tudo o que tinha. E ra um
to. As seis m eninas que estavam d a n ­ “avental da am izade” , isto é, u m aven­
do um a festa no q u in ta l visinho, não tal feito de quadradinhos, e em cada
podiam ve-la, mas ela as podia ver e quad radinh o estava bordado o nom e de
ouvir suas vozes e alegres risadas. u m a das sócias de u m pequeno clube
Como K are n g o s a r ia de estar entre a que ela pertencia. K are n o estava
elas! O ntem ela sorrira para Betsy, a usando hoje, porque parecia-lhe que
m enina que m orava ao lado e que es­ assim suas am igas estavam m ais per­
tava dando a festa, mas Betsy fu gira to. D evagarinho ela passou u m dedo
correndo, perseguindo seu gatinho e sobre cada nome bordado em seu aven­
cham ando: “Volte, Pisca-pisca, volte” . tal. De repente ela gritou “ A i” ! e p u ­
K aren achou que ela n ão era nada lou para traz, esfregando a perna, mas
amiga. logo so-riu, porque debaixo do grande
Ka-en sentia-se tão sosinha e com arbusto, espiando por entre os ramos
tantas saudades de suas companheiri- estavam o gatinho da Betsy, o Pisca-
tihas queridas, que seus olhos se en­ pisca.
cheram de lagrim as. Apesar de terem “Ele arranhou você” ? K are n olhou
m ais dinheiro agora, ela bem queria para cim a depressa, ouvindo a voz.
que o pap ai não tivesse arranjado o Perto da cerca, olhando ansiosa para
novo emprego, nesta cidade nova Que a perna de K aren estava a Betsy e ao
adianta ter dinhe iro quando não se lado dela as outras cinco m eninas.
tem amigos? As roupas e brinquedos K are n sorriu para Betsy, apesar dela
novos que a m am ãe e o pap ai davam n ão lhe ter sorrido no dia anterior e
a K aren não conseguiam faze-la feliz. disse: “ Oh, n ão ” e abaixou-se para

Nossa maior obrigação tes da aula e assistir nossas aulas na


Escola D om inical.
para ganhar o conhecimento que é re­ A responsabilidade de vossa salva-
querido para entrar no R eino do Céu. çãoi fica convosco, porque “E m igno-
Vamos então apressar-nos em nossos rancia n ing uém pode ser salvo.” Na
esforços nos meses que vêm para ob­ verdade, para ganhar conhecimento e
termos conhecimento por estudar o aplicar-se em nossas vidas é nossa
nossas lições da Escola D o m in ical an- m aior obrigação.

— 133 —
pegar o gatinho e entrega-lc. a Betsy todas se ju n ta m e cada um a dá um
por cim a da cerca. M as como u m quadrado em troca de u m de cada
raio ele passou por um b u ra q u in h o na um a de suas amigas. E m seguida,
cerca e fu g iu para casa. Betsy riu-se costuram-se os sete quadrados, seis
e disse: “ P or isso é que eu o cham o para fazer o avental e u m para fazer
de Pisca-pisca. Como u m a estrela ele o peitinho. C ada m en in a deve cortai
pisca e . .. desaparece! F iqu e i com pena os quadrados do m esm o ta m a n h o que
de não ter falado com você ontem, os das outras, p ara que o ave ntal f i ­
m as qu an d o eu voltei depois da per­ que direito” .
seguição toda, você já tin h a ido para “V ai ser u m clube m arav ilh o so ” ,
casa” . disse Susana, a m e n in a de n arizm h o
Todas as m eninas lhe sorriam ago­ arrebitado.
ra e K are n sentiu u m calorzinho gos­ “Devemos fazer tudo para que seja
toso de p u ra felicidade. assim ” , disse K aren. “E m m eu outro
“O h, não faz m a l” disse ela, “mas clube, nós n unca falam os m a l u m a das
é que eu estava m e sentindo' m uito outras. Se alguem faz alg um a cousa
sosinha e queria que você viesse b r in ­ de que nós n ã o gostamos, nós falam os
car com igo” . com essa pessoa quando ela estiver so­
sinha, m as nunca perdemos a paciên ­
Betsy olhou para suas com panheiras
cia e contamos às outras.”
e perguntou então: “Você quer v ir à
Susana disse em voz baixa: “ eu te­
m in h a festa, agora? E u faço dez anos
nho m u ito m a u genio, mas v ou fazer
ho je ” .
o possivel para m elho rar.”
“ O h, sim , que bom , m as prim eiro
“ E eu tam bem , e eu ta m b e m ” , dis­
tenho que pedir licença à m a m ãe ” ,
seram todas as m eninas ju nta s e riram -
disse K aren, com cs olhos brilhand o
se felizes.
de felicidade.
Corn u m começo tão bom , pensou
Logo, ela voltou correndo. A m a ­ K aren, com certeza o clube v a i ser
m ãe estava m u ito contente dela ter otimo.
arranjado novas amigas. Trad. por S ilv ia Courrege
K are n aind a estava com o “ avental
d a am izade” e quando as outras o v i­
ra m quiseram saber tudo a respeito do “A alma não teria arco-iris se os
clube de K aren. olhos não tivessem lágrimas”.
“V e ja” , disse Betsy, contando os
quadradinhos brancos, “ h á sete nomes, Freguês: “ Aquele frango que m e
justam ente o num ero de m eninas de vendeu para o ja n ta r de dom ingo foi
nossa festa. nada m ais do que pele e ossos” .
E ntão A n a M aria, u m a lin d a more- F rangueiro: "P u x a , senhora, queria
nin h a, disse: “Q ue bom , então nós tam bém as penas?”
tam be m podemos fazer u m clube igual- — Ja ffo d ills
sinho” .
--- x---
“E tam bem fazer “aventais da ami-
zadede” como o de K aren, sugeriu “Tuas faculdades au m e ntam com o
Betsy, se ela quiser nos ensinar” , con­ exercicio e se atro fiam pela inacção.’’
tinuou.
K a re n sorriu. “E ’ m u ito facil. Cada
m en in a precisa arran jar sete quadrados, “Faze o teu program a de ação quo­
todos do m esm o tam anho, bordando tidiano, coloca a cada cousa em seu
seu nom e em cada u m deles. Depois lu g a r.” »

— 134 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
O L A R

Por D ian ia Rex

“A libérdade que nasce no berço da


fa m ilia sã não é a liberdade da an ar­
quia. É a liberdade do respeito m u ­ votos serão oferecidos em retidão, to­
tuo, da caridade de tra b alh ar com os dos os dias e a todos os tem pos”
outros e para os outros, da tolerância, (D. & C. 59 :11).
da cooperação, de superar os instintos
interesseiros no interesse de todos. É C O RA G E M ATRAVÉS DO A M O R
o tipo de liberdade que nossos ante­ E E N T E N D IM E N T O
passados conheceram. É a liberdade
baseada nos princípios cristãos” . (M . Lem os em G aiatas que “o frutoi do
L. W ils o n ) . Estas sãci as qualidades e E spirito é a caridade, o gozo, a paz,
praticas do la r que devemos tentar a longanim idade, a benignidade, a bon­
conservar p ara fazer do lar, o lugar dade, a fidelidade, a m ansidão, a tem ­
m ais querido de todos. H á alguns anos perança; contra tais cousas não h á le i.”
que varias pessoas foram inqueridas E tam bem em E fésios.. . “ Tornai-vos,
pelo radio para fazerem lista das dez porem, bondosos uns para com os ou­
m ais lindas palavras. N ão é de a d m i­ tros, compassivos, perdoando-vos uns
rar due quando os vetos foram conta­ aos outros, como tam bem Deus em
dos a palavra “la r ” colocava-se a fre n ­ Cristo vos perdoou.”
te da lista m ais vezes do que as outras. A fé em si mesmos renova-se q u a n ­
“O L a r ” quer dizer m u ita coisa para do o in d iv íd u o sente que aqueles pro-
inúm eras pessoas, mas hoje é p ro v á­ xim os dele o am am e o entendem.
vel que deva ocupar o lugar de alen­ A atitude e o espirito de cada lar
to para todos os mem bros do grupo. deve ser o de tentar compreender os
A palavra “ alento” prim eiram ente veio im pulsos e sentimentos que in flu e n ­
da palavra “ coração.” c ia m os varios m em bros da f a m ilia .
“Sejais hum ildes; e o Senhor vosso D o lar, que an im a ou encoraja a se­
Deus guiar-vos-á pela m ão e vos dará gurança do in div íd u o, v irá a caridade
a resposta de vossos corações” (D . & C. e o am or para com o vizinho e isto
112:10) . é resultado do am biente du m lar.
Nas orações da fa m ilia , existe g ra n ­ Os pais devem saber inspirar nos f i­
de oportunidade p ara cim entar a u n i­ lhos, u m sentim ento de segurança com
dade da fa m ilia . A oração é u m m eio respeito a eles proprios. R epartir o
de obter poder de Deus. José S m ith recreio como tam bem o tem po de tra ­
disse: “Por un ião de sentim ento obte­ balho é benefico aos pais e aos filhos.
mos poder de Deus.” A oração secre­ A m bos precisam do descanso para re­
ta como tam be m a oração da fa m ilia cuperar novas energias. Cada fam ilia
poderá dar aos in dividuo s, força espi­ cooperando e d iv id in d o o trabalho, po­
ritu a l in fle x íve l para suportar as vi- derá fazer suas próprias tradições. As
cissitudes. da vida. tradições surgem de personalidades e
“E ensinarão aos seus filhos orar, e m antem um a curiosa m odalidade delas
an dar em retidão perante o Senhor” mesmas. L er em voz alta depois de
(D . & C. 68 :28). “Todavia, os vossos jan tar, contar anedotas em fa m ilia .

— 135 —
um pic-nic que não ge esperava, um Na? escrituras somos ensinados que
dia de pescar, — estas e m uitas ou­ “Nem a m ulher é independente do ho­
tras coisas pequenas, tornam-se as que m em , nem o homem é independente *
se lem b ra m no coração. da m ulher, no Senhor” , dando a conhe­
cer que os dois form am u m a unidade
DE Q U A N T A IM P O R T A N C IA na S ua presença.
É A C A S T ID A D E ? Na escritura m oderna lemos: “ Pois
que esta é m in h a obra e m in h a gloria
“N ão sabeis vós que sois c tem plo — trazer a im ortalidade e v ida eterna
de Deus, e que o Espirito de Deus h a ­ ao h o m e m ” (Moisés 1 :3 9 ). '
bita em vós? Se alguem destruir o C om binando estes pensamentos, che­
tem plo de Deus, Deus o destruirá; por­ gamos a entender que nosso prim eiro
que o tem plo de Deus, que sois vós, interesse na vida terrena, é mostrar-
é santo.” nos dignos de a ju d a r nosso P ai Celes­
J á sabemos que é um grande p r iv i­ tial a ad ian tar o seu trabalho, a fim
légio e bênção receber u m corpo m or­ de que o hom em possa ter alegria. E
tal, pois que sem o corpo não pode­ “o que tem a castidade com tudo isso” ?
ríam os progredir. T am bem sabemos Sim plesm ente isto: A castidade g u a r­
que possuiremos nossos corpos, para da pura a fonte da v ida para que cs
eternidade. O que, então poderá ser filhos espirituais do Nosso P a i possam
mais im portante do que guardá-los li­ ter tabernaculos dignos de serem h a ­
vres de polução? J á se reconheceu bitados quando forem m andados para
que a d im in u ição da crença xeligiosa esta terra.
e a decadência da v ida do lar desen­ Q u a l é o unico padrão de m o ra li­
volvem-se sim ultaneam ente. A força dade? U m a m ax im a distinta dos “ S a n ­
da civilização1 relaciona-se diretam en­ tos dos Ú ltim os Dias é a nossa crença
te com a estabilidade dos seus lares e aceitação do principio que se cham a,
individuais. E o vigor do lar repou­ “O unico padrão de M oralidade.” Por
sa em grande m edia, na sua fidelidade este padrão queremos dizer que o mes­
e m oralidade. mo grau de pureza e castidade é ex i­
D u ran te o século passado, os padrões gido dos homens como tam bem das
de higiene e saude tem m elhorado m u i­ mulheres. Os hom ens são tão respon­
to. H oje em dia exigim os que a agua sáveis pela conduta m oral como as
seja pura, que o leite seja pasteuri m ulheres e o m esm o padrão aplica-se
zado, que a com ida na feira seja ins- a ambos. Nossos filhos, como tam bem
peccionada pela sua pureza por causa nossas filhas são ensinados a observar
da lei. Queremos somente a m elhor, a a mesm a pureza de vida.
sadia na dieta. Q uanto m ais, então,
devemos exigir a pureza do corpo e Q U A IS S Ã O O S B E N E F ÍC IO S D E R I­
do espirito. E cada vez m aior é a ne­ V A D O S D E U M A V ID A C A ST A ?
cessidade de prevenir a “erosão da al-
Os beneficios são espirituais e fisi-
■m a ” , e conservar a castidade. A edu­
cos. U m a consciência clara, u m a paz
cação a respeito da pureza da v ida não
de espirito, u m contentam ento intim o,
tem recebido a atenção que foi dada
em saber que não temos deshonrado a
a assuntos de menos im portancia.
nós mesmos, nem a nossa fa m ilia , nem
Como Santos dos Ú ltim o s Dias, res­
a q u alqu e r outra pessoa; u m a satisfa­
peitamos o casamento fu nd am en tal
ção pessoal ao ganhar o poder de resis­
para o m aior desenvolvim ento e exal­
tir à tentação da carne.
tação do hom em e da m ulher. Mas
A vida casta guarda-nos ctfntra o pe
por outro lado, a perversão ou o abuso
cado e o sofrim ento fisico. G u ard an -
a respeito do casamento é u m dos pio ­
res pecados. (C o n tin u a n a p á g . 141)

—- 136 —
SACERDÓCIO
A R R E P E N D IM E N T O

por W arren J . W ilson

0 homem não foi pôsto na terra p ara Deus que vos criou, e vos tem guardado
andar as apalpadelas n a escuridão. e conservado, e fez com que vos regosi
Grandes homens e profetas têm sido es­ jasseis e vivêsseis em paz uns com os
colhidos pelo Senhor em diversos tem ­ outros; E vos digo que se servirdes ao
pos para g u iar o povo no caminho da que vos criou desde o comêço, e vos está
felicidade e salvação. Por isso agrade­ conservando de dia p a r a dia, dando-vos
cidos devemos ser em vista da m iseri­ alento, p a ra que possais viver, mover e
córdia que tem tido o Senhor para com faze r as cousas segundo vossa vontade,
os filhos dos homens desde a fundação e até vos suportando a todo momento;
do m undo. E agradecidos devemos ser digo-vos, se o servirdes com tôda a vos­
por Deus nos ter enviado o Profeta José sa alm a, aind a assim sereis servidores
S m ith nestes últim os dias para que pos­ inúteis.
samos ouvir o puro evangelho e que pos­ E is que Êle sómente requer que g u a r­
samos compreender o plano de Salvação deis seus m andam entos; e Êle prometeu
de nosso Senhor e Salvador. A única que, se guardardes seus mandamentos,
m aneira de agradecer a Deus é fazer a prosperareis na terra; e Êle é in v a riá ­
sua vontade aqui na te rra . vel sobre o que diz; portanto, se g u a r­
O Rei B e njam im nos deu um a boa ex­ dardes seus mandamentos, Êle vos aben­
plicação de nosso dever p a ra com o Se­ çoará e vos f a r á prosperar. E agora,
nhor e como temos que ser hum ildes pe­ em prim eiro lugar, Êle vos criou, e vos
rante Deus, o Rei dos Reis. “ E is que concedeu vossas vidas, pelo que lhe sois
ora vos digo ao afirmar-vos ter empre­ devedores. E m segundo lugar, Êle re­
gado meus dias em vosso serviço, que quer que façais o que Êle ordena; e, se
não é meu desejo vangloriar-me, pois que assim o cumprirdes, sereis im ediatam en­
só estive ao serviço de Deus. M as eis te abençoados; e, portanto, vos terá
que vos digo estas cousas p a r a que apren­ pago. E vos aind a assim lhe sereis de­
dais; e p a ra que saibais que, quando es­ vedores, o sois e o sereis p ara sempre;
tais a serviço de vosso próximo, estais portanto, de que vos vangloriais?
sómente a serviço de vosso Deus. E is E agora vos pergunto; poderei eu algo
que me haveis chamado re i; e se eu, a dizer por vós mesmos? E u vos digo; Não.
quem chamais rei, trabalhei p a ra vos N ão podereis até dizer que sois tanto
servir, não deveis vós tam bém trab a­ como a poeira da terra; ainda assim,
lhar p ara servir uns aos outros? E eis fostes criados do pó da terra; eis, po­
também que, se eu, a quem vós chamais rém, que o pó pertence àquele que vos
vosso rei, tendo empregado todos os meus criou.” (M osiah 2:16-25).
dias em vosso serviço, e assim estive a Vemos que somos devedores — somos
serviço de Deus, mereço vossos agrade­ e seremos sempre. Porém, para ag ra­
cimentos, óh quanto deveis agradecer ao decer à Deus nós temos que servir em
vosso eterno R e il E u vos digo, meus ir ­ tudo possivel, confessando os nossos pe­
mãos, que se renderdes todos os vossos cados e as nossas fraquezas — tendo
agradecimentos e louvores que vossas cuidado que não sejamos inclinados a
alm as tem , o poder de possuir, àquele (Continua na pág. 141)
— 337 —-
Evidências e Reconciliações
Pcr Elder João A. Widtsoe

CV. Pode-se acreditar nos testemu­ m ente ao proposito divino ao q u a l o


nhos do L ivro de M orm on? Profeta disse que fo i cham ado.
2. São descritos em detalhe cir­
Três homens, e m ais tarde m ais oito cunstancial os acontecimentos que
homens, declararam por dois depoi­ g uiaram as testemunhas a d a r os de­
mentos form ais e assinados, que v iram poimentos.
e ap a lp aram as placas das quais foi Logo após a advertência, os três h o ­
traduzido o L iv ro de M orm on. m ens que se tornaram o prim e iro g ru ­
A grande im portancia destes depoi­ po de testemunhas — O live r Cow dery,
m entos em estabelecer fé na missão D a v id Whit-mer, e M a rtin H arris —
d iv in a de José S m ith, o Profeta, tem pediram que fossem escolhidos para
sido reconhecida por todos os estudan­ ver as placas. E nquanto estes eram
tes do evangelho restaurado. P ara os m u ito diferentes de tem peram ento,
Santos dos XJltimos D ias estes ju r a ­ eram iguais, tendo suas próprias m e n ­
m entos, publicados em toda a edição tes e suas próprias dúvidas. Q ueriam
autorizada do L iv ro de M orm on, têm saber por si mesmo se a historia de
sido e continuam a ser fonte de fé . v Jcsé era verdadeira.
C ontudo, os que não crêm na o ri­
Cerca de dois meses m ais tarde, em
gem d iv in a do L iv ro de M orm on f i ­
J u n h o de 1829, as placas foram m os­
cam embaraçados e confundidos pe ran ­
tradas às três testemunhas. No desig­
te os depoim entos dessas testemunhas.
nado dia, José S m ith e as três teste­
As evidências pela veracidade dessas
m unhas, O live r Cowdery, D a v id Whit-
testemunhas são convincentes, e não
mer, M a rtin H arris, procuraram vim
podem ser negadas. Conhece-se a lg u ­
lu gar retirado na floresta. D epois de
mas das provas:
cada u m orar e n ada acontecer, M a r­
1. Foi profetizado que três tefctemu-
tin H arris retirou-se, declarando que
nhas veriam as placas e d a ria m teste­
a sua fa lta de fé era a causa de não
m u n h o dessa experiência.
obterem a m anifestação. Depois de
E ' u m fato notável que a seguinte
sua retirada, u m mensageiro celeste
profecia foi recebida pelo Profeta em"
ficou n a frente deles no m eio de u m a
M arço de 1829, antes do L iv ro de M o r­
luz brilhante, segurando as placas nas
m on ser traduzido. U m a parte é a se­
mãos. V irou as folhas, e falou-lhes.
guinte:
E m seguida, eles ouviram u m a voz de­
“A le m de seu testemunho, o teste­
clarando que:
m u n h o de três de meus servos, os
quais cham arei e ordenarei, e aos “Estas placas foram reveladas pelo
quais m ostrarei estas coisas, sairão com poder de Deus e foram traduzidas pelo
as m in h a s palavras dadas através de m esm o poder. A sua trad ução que vós
você. S im , eles saberão com certeza vistes está certa e vos ordeno a tes­
que estas coisas são verdadeiras, pcds. tem unhar o que agora vistes e ouvis-
dos céus lhas declararei. Dar-lhes-ei tes.”
poder em que verão e exam inarão es­ E ntão José foi à procura de M artin
tas coisas” ( D .C . 5:11-13). H arris, e quando o encontrou, juntou-
O depoim ento unido das três teste­ se com ele em oração. P ara a grande
m unhas é cum prim ento lite ra l dessa alegria de M a rtin H arris, a m esm a v i­
profecia. N ão se pode racionalizar isto, são lhe foi aberta. Assim , ós três rea­
pois a profecia e seu cum prim ento lizaram os seus desejos.
realm ente ocorreram . C onduz direta- E ’ verdade que o relatório deste
acontecimento foi escrito por José Nephitas. O live r Cowdery praticava a
S m ith, porém as testemunhas ainda es­ lei. Diversas vezes, perante tribunais,
tavam vivas, e poderiam ter corrigido a sua integridade foi im pug nada por
q u alqu e r erro na relação. M as assim causa de sua aceitação do L iv ro de
não fizeram . M crm on. De cada vez prestou teste­
U m a narração detalhada de qualquer m u nho poderoso da verdade do regis­
acontecimento sempre é um a evidên­ tro dos Nephitas. O nde quer que fôsse,
cia da sua veracidade. Impostores gozava de m u ita honra. Faleceu com
sempre cuidam de escrever poucos de­ o seu testemunho nos labios.
talhes e m uitas generalidades. Esse D avid W hitm er’ ficou em R ichm ond,
completo acontecimento ocorreu em no Estado de M issouri, até o fim da
pleno dia. Todos os homens eram jo ­ sua vida. Chegou a ser u m hom em
vens e vigorosos de saúde. m uito velho. M uitas pessoas vinham-
3. M ais oito testemunhas corrobo­ lhe perguntando a respeito de seu tes­
raram o depoim ento das três testemu­ tem unho do L iv ro de M crm on. Orson
nhas. Pratt, Joseph F. S m ith , Jam es H . Moy-
Para assegurar duplam ente, as p la ­ le, e C. C. Richards eram alguns des­
cas foram m ostradas m ais tarde a mais ses visitantes. A todos ele reafirm ava
oito homens. Se todos os oito v iram as seu testemunho. Faleceu com o seu
placas aot mesmo tempo não se sabe. testemunho nos labios.
Porém, os homens, C hristian W hitm er, M a rtin Harris, depois de varias des­
Jacob W hitm er, Pedro W hitm er J r . , venturas ficou por m uitos anos na
Jo ão W hitm er, H iram Page, José S m ith parte leste dos E E .U U . perto do te m ­
Sr., H y ru m S m ith, e S am uel H. S m ith, plo de K irtla n d (no Estado de O h io ).
ju ntam e nte redigiram o depoim ento L á visitantes inquiriam -no à respeito
em que descreveram as placas e as da sua crença no L iv ro de M o rm o n.
suas gravações, aind a mais declarando Entre esses estavam E dw ardo Steven-
que realmente pegaram e apalparam son e W . H. H om er. A resposta de
as placas. M artin H arris era in v ariave l, que ele
Tal corroboração do depoim ento dos tin ha tanta certeza do seu testemunho
três homens, sob condições e tempos quanto a do sol nos altos céus. F i­
diferentes, atesta à verdade dos acon­ nalm ente, n a sua velhice, repousou em
tecimentos. Clarkston, no Est. de U ta h . Faleceu
4: As testemunhas ficaram fieis aos com o seu testemunho nos labios.
seus testemunhos até o fim da sua A v id a das oito testemunhas conta
v id a . a m esm a historia. U m a dessas, Jo ã o
A lgum as das testemunhas sairam da W hitm er, foi excom ungado da Igreja.
Igreja, outras foram excomungadas, M ais duas, Jacob W h itm e r e H iram
porém os seus testemunhos da verdade Page, afastaram-se dela. As outras
do L iv ro de M o rm o n ficaram firm es cinco, C hristian W hitm er, Pedro W h it­
e sem m udança. m er Jr., José S m ith Sr., H y ru m S m ith,
Das três testemunhas, O liv e r C ow de­ e S am uel H. S m ith ficaram membros
ry e D a v id W h itm e r foram excom un­ fieis, servindc à Igreja durante a sua
gados. M artin H arris afastou-se. C ow ­ vida inteira.
dery, de inteligência alta e indiscutível, Todas as oito testemunhas, quer na
e H arris, m antendo pertinazm ente as Igreja ou fora, a firm a ra m até o u lti­
suas ideias, ambos v oltaram e foram mo suspiro que v ira m e apalparam as
batisados na Igre ja outra vez. W hitm er, placas das quais fo i traduzido o L ivro
conservando os seus queixum es, e f i­ de M orm on.
cando desafeto à Igreja, dava freqüen ­ 5. Apenas a explicação pelas tes­
te testem unho da verdade da tradução tem unhas é aceitavel.
do L iv ro de M orm on, das placas dos Os fatos concernentes às testemunhas
do L iv ro de M orm on são tão irre fu­ Mesmo o crente confirm ado do h ip n o ­
táveis que têm sido e continuam a ser tism o quasi não ousa afirm a r tanto po­
tropeços perturbantes aos incrédulos. der. Outrossim , aind a que se conceda
Críticos desfavoraveis usualm ente ten­ que o Profeta tin ha personalidade m ag ­
tam desviar a atenção deles, como sen­ nética, não há nada na sua v id a bem-
do de póuca im portancia. docum entada que lhe dê tanto ou q u a l­
Os incrédulos m ais honestos ten ta­ quer poder hipnótico.
ram duas explicações, e apenas duas. Q u a n to m ais se estuda as testem u­
A prim e ira sugestão, é que as teste­ nhas tanto m ais se tornam os seus tes­
m unhas eram deshonestas, e estavam tem unhos verdadeiros e irrefutáveis.
em conluio com o Profeta. Isto é, a Eles eram homens honestos, pensa­
com pleta historia das placas foi in v en ­ dores, intrépidos, e não eram fa c ilm e n ­
tada, e não tinha base de fato. Essa te influenciados. Eles v ira m e ap a l­
explicação caiu por terra h á m uito param as pláCas dos Nephitas." Eles
tempo. Isto é ad m itido per m uitos es­ ouviram um a voz dos céus, declarando
critores anti-M ormons. A bem-atesta- ser verdadeiro o T rabalho. Eles n ão
da historia da v ida das oito testemu­ podiam fázer outra coisa senão a de
nhas mostra que cada um a delas era dar testem unho a esta experienria glo­
honesta e digna nos seus negocios com riosa. O testemunho das testem unhas
os homens. Se os seus testemunhos do L iv ro de M orm on é u m a prova ir ­
não fossem verdadeiros, u m ou outro refutável à missão d iv in a do Profeta
teria revelado a sua perfidia. M uitas José S m ith.
oportunidades deram-se a eles. O liver
Trad. por C. E lm o T urner
Cowdery, D av id W h itm e r e Jo ão Whi-
tm er foram excom ungados da Igreja e
eles pensaram que isto era injusto. E n ­ Se fôsse um jovem marido
tão ficaram zangados com o Profeta e
com a Igreja. Assim, lhes foi dada a tam bem esperaria ser consideravelm en­
oportunidade de declarar tudo um a te alegre durante todo tempo. Esperaria
fraude. E m vez disso fica ram fieis aos perm anecer sempre ativo.
seus testemunhos. Mesmo anti-M or­ D eix aria m in h a jov ialidade, quando
m ons concederam que u m concluio en­ se tratasse de cousa de im portancia.
tre José S m ith e as testem unhas é não seria egoista, exigente ou irres­
m uito im provável. ponsável, mas manter-me-ia firm e m e n ­
A segunda explicação, concebida em te no que contribuísse para a alegria,
desespero pelos que não acreditam na jo v ialidade, arrojo e coragem.
verdade, é que José S m ith foi dotado Seria interessado nas preocupações
com grande poder hipnótico, que o tor­ de m in h a esposa, e esperava que ela
n ou capaz de fazer as onze testemu­ gostasse de ter-me com o a ju d a n te nas
nhas pensar que v iram ccisas que real­ escolhas de suas cousas, como no tr a ­
m ente não existiam . Essa explicação jar-se, se m eu tem po permitisse, não
parece u m homem se afogando e agar- estaria indisposto para ir com ela e
rando-se a u m a palha’. dar-lhe m eu palpite e juizo. Saberia
Essa explicação absurda pede-nos que, fund am en talm en te ela vestia-se
acreditar que onze hom ens m u ito dis- para agradar-me acim a de tudo o
semelhantes, todos questionando as mais.
pretensões do Profeta, podiam ser o b ri­ Se eu desejasse asseio e higiene em •
gados a ver, ouvir, e tocar, ig ualm en ­ m in h a esposa, manter-me-ia assim
te, um a coisa fabulosa. E ’ pedido ab­ tam bem , p u n h a meus predicados como
surdo para pessoas inteligentes. O um bom exemplo.
testemunho das testemunhas repousa Se eu fôsse u m jov e m m arido, ten-
em três sentidos: ver, ouvir, tocar. (C o n tin u a n a p á g . 143)
Arrependimento “ .. .e perdoa-nos as nossas dividas,
obedecer ao m au espírito, do qual os assim como nós também temos perdoado
profetas nos falarem . “ Porque há um a aos nossos devedores” . (M at. 6 :1 2 ). Por
desgraça prom etida a quem quer que se certo não obteremos perdão a menos que
incline a obedecer a esse espirito; por­ perdoemos os nossos semelhantes —
" P o is ” , disse Êle, “ se perdoardes aos ho­
que todo aquele que se inclina a essa
mens as suas ofensas, tam bém vosso P a i
obediencia, permanecendo e morrendo em
celestial vos pe rd oará; m as se não per­
seus pecados, esse bebe a condenação
doardes aos homens, tão pouco vosso
para sua p ró p ria a lm a ; porque recebe
P a i perdoará as vossas offensas” . (M at.
em recompensa u m eterno castigo, por
6:14-15).
ter transgredido a lei de Deus sabendo
o que fa zia .” (M osiah 2 :3 3 ). Confiança no sacrifício expiatório de
“ Se dissermos que não cometemos pe­ Cristo constitue u m a condição essencial
cado, a nós mesmos nos enganamos, e a em obter a remissão dos peccados. O
verdade não está em nós.” ( I João 1 :8 ). nome de Jesus Cristo e o único nome
Sim, cometemos pecados e por isso nós abaixo dos céus pelo qual o homem pode
temos que nos arrepender. Verdadeiro ser salvo. M as nenhum a pessoa pode
arrependimento, deixando os caminhos verdadeiram ente professar fé em Cris­
do pecado e desgraça e destruição e “ se to e negar-se a obedecer os Seus m anda­
confessarmos os nossos pecados, Êle é mentos; Portanto, obediencia e essencial
fie l e justo p a ra nos perdoar os mes­ p ara remissão do pecado; e o peeador
mos, e p a ra nos p u rific a r de tóda a in ­ verdadeiram ente penitente procurará
ju stiça.” ( I Jo ão 1 :9 ). “ Aquele que en­ aprender o que é requerido dele.
cobre «s suas transgressões, não prospe­ O Apóstolo Orsen P r a tt disse: “ seria
r a r á ; m as quem as confessa e abandona, in ú til p a ra o pecador confessar seus pe­
alcançará m isericórdia.” (P ro v . 28:13). cados à Deus a menos que êle tenha de­
Podereis saber se um 'homem se arre­ term inado deixá-los: N ão seria benefício
pende de seus pecados — se êle se con­ alg um sentir pena dos erros, a menos
fessa/r e deixar de pecar.” (D&C 58:43). que pretenda não errar n unca m ais. A r ­
O ra o pecador tem que perdoar os ou­ rependimento, então, não é sómente a
tros se deseja obter perdão. O arrepen­ confissão dos pecados, com um coração
dimento do homem é apenas superficial hum ilde e penitente, mas u m a forte de­
se não tiver tolerância pelas fraquezas terminação a deixar o m au caminho.”
do seu próxim o. O Salvador ensinou-nos Arrependimento é essencial para a sal­
a orar ao P ai assim: vação .

O lar trib u irão para esta im portante parte


da educação dos filhos. P rim eira, o
do-se castidade, obedece-=e à u m dos am biente do lar deve confirm ar aos f i­
maiores m andam entos da lei de Deus. lhes que o casamento é u m a in stitu i­
A obediencia a este preceito e aos ou­ ção sagrada, que a felicidade habita
tros m andam entos, assegura-nos a he­ ali, e que existem am or e considera­
rança da m aior gloria que existe para ção entre pai e mãe. E nquanto os f i­
os homens: o Reinei dos Ceus. Estas lhos crescem, deve se cham ar a aten­
dadivas valem qualque r sacrifício. ção ao fato de que as m ães e as filhas
COMO PODEREM OS E N S IN A R são protegidas pelos homens na fa m i­
N O S SO S F IL H O S a ser estritamente lia. Q u an do os moços tem idade su­
virtuosos? H á m uitas coisas que con­ ficiente, devem ser ensinados a sentir

— 141 —
que é sua obrigação como a do pai, e tabaco é u m dos maiores meies nas
acom panhar ou v oltar para buscar a m ãos do adversário pelo qu al ele pode
m ãe ou as irm ãs quando elas tem que desvirtuar a mocidade do bem . Q uasi
sair de noite sozinhas. Deve-se c u lti­ sempre acontece que os que perdem a
var o sentim ento de confiança entre os virtude, prim eiram ente tom am das
pais e os filhos para que os filhos te­ coisas que excitam as paixões ou d i­
n h am liberdade de ir a seus pais com m in u em a resistencia e a n u v iam a
perguntas e problem as e receber justa m ente."
consideração. A m ocidade deve ser ensinada a im ­
Os colegas de nossa juv en tud e tem portancia de ter pensamentos puros,
grande in flu e n c ia nas ideias e na con­ porque atraz de cada ato m a u está o
duta dela especialmente durante a ado- m au pensamento. “ Porque, como (o
lescencia. Os pais podem a ju d a r m u i­ hom em ) im aginou na sua alm a,
to sugerindo certos amigos e certas a ti­ assim é.”
vidades.
H oje em dia m uitas tentações e m ás
O Presidente J . Rueben C lark deu
sugastões defrontam a m ocidade por
u m a vez m uito bons conselhos às m o­
tedo lado através de revistas vulgares,
ças e senhoras. E le referiu-se ao as­
correntes livros de ficção, o cinem a,
sunto da in d u m e n taria das m ulheres e
etc. Pais diligentes logo verificá&i que
esepcialmente a m an eira com que se
a m aior proteção vem do proprio tre i­
vestem na p raia e lugares de recreio.
nam ento no lar. U m a boa m an eira de
E le disse que afin a l de contas o h o ­
despertar interesse para a boa leitura é
m e m e só hu m an o e que tem emoções
in tro d u zir cedo o habito de ler livros
hum anas, que ele não é feito de ferro,
bons em voz alta no seio da fa m ilia .
e que n e n h u m a moça tem o direito de
Assim os m eninos adquirem gosto para
tentá-lo alem do poder de resistir pela
a m elhor literatura. H istorias suges­
m aneira em que se expõe. A m odés­
tivas, anedotas m eio vulgares não tem
tia continua a ser u m a virtude, e a
lugar no lar, e os filhos devem rece­
m oça é responsável pela sua ccnduta
ber instrução para não escutarem-nas
e em grande parte pela conduta de
fora dele.
seu com panheiro.
O Presidente G ra n t disse o seguinte Nós somos mães e pais — nós temes
sobre a influencia do tabaco e licor a responsabilidade bem grande de en ­
na vida quotidiana: “E u quero que sinar nossos filhos os cam inhos m e lh o ­
fique bem claro de que o uso do licor res, e m ais certos.

Se eu soubesse remos também a nossa única oportunida­


de, quem sabe única em tôda a v id a.
Q uantos de nós já tivemos u m a opor­ E ntão diremos. “ S E E U S O U B E S S E .”
tunidade e soubemos aproveita-la? Pensemos um pouco. A lguem entre
Os m issionários nos visitam por in ­ nós teria coragem de deixar o la r e os
termédio de Jesus Cristo, e se o receber­ bem amados p ara pregar um a missão
mos não ganharemos um envelope con­ de dois anos?
tendo dinheiro, mas receberemos a E m S. Lucas, 16:19-31, lemos:
G L Ó R IA E T E R N A que dinheiro ne­ O ra hav ia um homem rico, e vestia-
nhum pode com prar. se de linho e p u rp u ra e v iv ia todos os
Q uando os missionários baterem em dias regalada e explendidam ente. H a ­
nossas portas, vamos recebe-los e ouvir via tam bém um certo m endingo chamado
sua mensagem, porque se dissermos que Lázaro, que ja z ia cheio de chagas a por­
não temos tempo para atende-los perde­ ta daquele: e desejava alimentar-se com

— 142 —
as m igalhas que caiam da mesa do rico. profetas; ouçam-nos.” E disse êle ‘ Não,
e os próprios cães vinham lhe lamber pai A b raão ; mas, se algum dos mortos
as chagas. fosse ter com êles, arrepender-se-iam.”
E aconteceu que o mendigo morreu e Porém A braão lhe disse: “ Se não ou­
foi levado pelos anjos p ara o seio de vem a Moisés e aos profetas, tão pouco
A braão; e morreu tam bém o rico e foi acreditarão, ainda que algum dos m or­
sepultado. E no Hades ergueu os olhos, tos ressuscitem.”
estando em tormentos, e v iu ao longe Tôdas as vezes que tivermos uma opor­
Abraão, e Lazaro no seu seio. tunidade de prestar algum serviço a
“ Pai A braão, tem m isericórdia de m im , Cristo, por m ais pequenino que seja, não
e manda a Lazaro, que molhe na ág u a a devemos re je ita r. Devemos nos enfor-
ponta de seu dedo e me refresque a lín ­ çar pela Ig re ja , esforçar é apenas um
gua, porque estou atormentado nesta hábito de fa la r, porque servir a Cristo
cham a.” em nossa vida aqui não pode ser consi­
Disse porém A b raão : "P ilh o , lembra- derado um esforço é sim um prazer.
te que recebeste os teus bens em tu a Portanto vamos ser mais humildes e
vida, e Lazaro sómente males; e agora m ais perseverantes p ara que possamos
este é consolado e tu atorm entado; e além seguir o verdadeiro Evangelho de Jesus
disso está posto um grande abismo en­ Cristo.
tre nós e vós, de sorte que os que qui- E u tenho um forte testemunho da
zessem passar daqui p r á vos não pode­ Ig re ja dos Santos dos Ú ltim os D ias.
riam , nem tão pouco os de lá passar E u sei que Deus vive, e que José Sm ith
para cá.” foi um verdadeiro pro feta. E sei ta m ­
E disse êle: 'Rogo-te pois, o pai, que bém que se vivermos vidas lim pas tere­
o mandes a casa de meu p a i. Pois tenho mos como recompensa a G L O R IA E T E R ­
cinco irm ãos; p ara que lhes dê testemu­ NA.
nho, a fim de que não venham tam bém Estas são m inhas humildes palavras
para este lu g a r de torm ento. que deixo em nome de Jesus Cristo.
Disse-lhe A b raão : “ Tem Moisés e os Am ém .

Se fôsse um jovem marido ridade, veria que mesmo zangados, h a ­


veria elementos de beleza e de gracio­
taria m anter o cavalherism o e as con­ sidade. Sustentaria nossas tradições
siderações que ativa o coração. Se me —• aniversarios, festas fam iliares e n a­
afastasse de casa, escreveria a ela to­ tal.
dos os dias — mesmo que fôsse um a A rra n ja ria um circulo de amigos —
linha. Na volta traria um presente, nem sempre da m in h a idade, nem das
mesmo que pequeno. Ajuda-la-ia a mesmas condições — mas sempre es­
sentar-se para c. ja n ta r e ab riria a por­ tim u lan do , encorajando e sendo fiel
ta do carro para ela. p ara com os ideais para os quais v i­
Jam ais pensaria por um m om ento vemos. A charia m u ita cousa que p u ­
que alg um a cousa alem da morte, p u ­ desse fazer com estes amigos.
desse nos separar, e a morte, somente F aria preces para que não houvesse
tem porariamente. Pensaria como per- doenças, adversidades ou outras quais­
tencendo-nos m utu alm e n te e eterna­ quer dificuldades e que se houvesse,
mente, e em construir a especie de encontrasse-me sempre firm e.
vida que quizem cs viver eternamente. Lembrar-me-ia que o am or aum en­
V iveria simples, mas de m aneira bela. ta com expressões am aveis; guardaria
Se alg um a cousa levasse-nos a auste­ (Continua na 3 * capa)

— 143 —
SÃO PAULO ANIVERSÁRIO
No Dom ingo, dia 30 de M aio, re a li­ E ’ de interesse para todos os m e m ­
zou-se a reunião que começou de novo bros e amigos da Igreja de Jesus Cristo
o ram o da Mooca, na C apital B ande i­ dos Santos dos Ú ltim os D ias a q u i no
rante. Brasil que saibam que a M issão B r a ­
Os Elders R ich ard Sellers e Ross sileira fez trese anos no dia 25 de M aio.
V iehw eg estão atualm ente trabalhando
na Mooca, e h á pouco tempo acharam O Presidente R u lo n S. H ow ells acom ­
u m a bela sala para lá realizarem as panhado pelos E lder E m il, A. J . Schin-
reuniões — os nossos parabéns, Elders dler, M erlin Palm er, no sábado dia 25
Selleres e Viehweg! de Maici de 1935, em Jo in v ille , Est. de
A reunião foi assistida pelo Presi­ S anta C atarina, decidiram que esta foi
dente da Missão, H aro ld M. Rex e a data do principo ativo da Missão
sua esposa e fam ilia. Brasileira. A prim e ira conferencia foi
O Presidente Rex presidiu na reu­ realizada no dia seguinte n a nossa
nião e o E lder Sellers D irig iu o pro- Igre ja em Jo in v ille dia 26 de M aio.
I grama.
F oram cerca de trin ta e seis pessoas A prim e ira reunião dos m issionários
que assistiram esta prim e ira reunião. foi realizada '-na segunda-feira d ia 27
Foi um bom começo e temos confiança de Maic: de 1935 com o Presidente R u ­
de que este ram o v ai ser u m dos m e­ lon S. H ow ells assistindo. Todos os
lhores do Distrito de São Paulo. missionários no B rasil estavam presen­
T am bem presentes, estiveram o Bis­ tes, quais foram E lder E m il A . C.
po Grover C. D u n fo rd e sua esposa. Schindler, E lder P a u l Stoll, E lder Mel-
Eles estão visitando a A m erica do S u l v in C. Cannon, Elder Reed E. Bayles,
depois de assistirem a conferencia do Elder P h illip G. Patterson, E lder D av id
R otary In te rn a tio n al no R io de Janeiro. H. S m ith, E lder J . H. H enry H unger,
E lder D u n fo rd falou na reun ião tra ­ e E lder M e rlin Palm er. Todos presta­
zendo saudações de Los Angeles, C a­ ram seus testemunhos com espirita h u ­
lifórn ia. Ele relatou que o trabalho lá m ild e e sincero.
está progredindo cada vez m ais nas
estacas e paroquias. Disse tam bem que Antes daquele tem po o B rasil foi u m
gosta m u ito do B rasil e que tem cer­ distrito da Missão Sul-A m ericana com
teza de que o trabalho do Senhor vai escritorio central da Missão, em Bue-
progredir aqui com a m ocidade brasi­ nos^Aires, Argentina.
leira.
W . J . W. T. Nielsen

D IT A M E S
“S i queres a d q u irir a estima dos ou- “H á, na vida, tantas cousas uteis e
tros, deves poder estimar-te a ti mes- agradaveis que é pena perder o tem-
m o” . po com atos inúteis.”

— 144 —
Se fôsse um jovem marido responsabilidade e persuadiria m inha
esposa a sentir do mesmo modo. J a ­
portanto a sensibilidade da béleza de m ais insistiria para que ela votasse
m inha esposa, que fôsse de carater de para os meus candidatos simplesmente
inteligencia, de coração, de beleza fi- porque eu o tivesse feito. Mas dese­
sica, etc. E a deixaria saber que sen­ ja ria conversar sôbre nossas ideias e
tia isto. tom ar conhecimentos por interm edio
Desejaria conservar-me estudando e de publicações e pessoas, pois assim
tentaria dessnvolver o interesse nas não agiríam os inconcientemente a este
cousas que pudessemos estuder juntos. respeito.
T entaria pensar sobre as noções po pu­ Consideraria que u m dos grandes
lares da epoca — politicam ente e eco­ objetivos do nosso casamento seria a
nom icam ente — e as provaria pelos consolidação de todcs os nossos esfor­
principios de vida dos quais tivesse ços, m ediante a unidade.
aceitado e assim esperava ficar fora Se eu fôsse u m jovem m arido, con-
das fraudulosas e errôneas doutrinas. servar-me-ia unicam ente para m in ha
Tornar-me-ia vitalm ente interessado esposa. Seria m oralm ente lim po, v ir­
em adm inistração de assuntos m u n ic i­ tuoso, e casto. Agradeceria ao m eu
pais, escolares. P ai nos Céus por esta solida rccha so­
bre a qual construiria m eu casamento.
Consideraria o vóto, não como um a
cousa sem im portancia mas como um a Trad. por O don dos Santos

A CAPA
Apresentamos, na capa da “G A IV O T A ” deste mês, u m a vista do
famoso órgão no tabernáculo da Cidade do Lago Salgado, tirada d u ­
rante a coníerencia de O u tu b ro passado.
O órgão foi construído sob a direção do Presidente B rig h am Y oung,
e o Elder Joseph Ridges, nativo da Ing laterra que filiou-se à Igreja na
A ustralia, foi escolhido para realizar a grande tarefa.
A construção levou oito anos. E lder Ridges zelou pelo trabalho
cuidadosam ente durante todo este tem po e m an dav a quasi diariam ente
u m relatorio ao Presidente Y ou n g.
Ao descrever ssu trabalho, ele disse que cs tubos variavam de dez
metros de altura e u m metro e m eio quadrado no interior, até o ta m a ­
nho do seu dedo.
O órgão o riginal tinha dois teclados, vinte e sete pedais, trinta e
cinco registres e dois m il tubos.
Enorm es assopradores eletricos fornecem a força do órgão que an ­
tigam ente era fornecida por meio de fóles e m ais tarde por um assopra-
dor m ovido per u m a roda de água.
A tualm ente, estão adicionando sete secçôes de tubos novos e assim
o órgão ocupará sua posição entre os melhores órgãos do. m u n d o .
O Bispo Thorpe B. Isaacson, diretor das renovações, explicou que
a lin d a aparência exterior do grande instrum ento m usical não. será
m udada.
W. J. W.
A FORÇA DE SUPORTAR
M uitas vezes consideramos as des­ fazer a respeito delas, tam bem porque
venturas alheias e nos adm iram os cctno cremos que haverá um fim aos nossos
os outros as suportam . Vemos os que sofrimentos e porque temos convicção
foram derrepente acometidos por tris­ que a v id a tem seu direito de ser v i­
tezas. acidentes por qualquer ação de­ vida; porque existe um a justiça e um a
satinada ou m a l intencionada, ou pela compensação eventual e que não falha.
perda de alg um ente querido' e nos De3ta form a nós aprendem os a viver
adm iram os como lhes sãc: fortes em su­ dia após dia, isto é o que cada homem
portar. Vemos outrossim os que têm so­ deve fazer e de fato todos nós pode­
frid o longas provações e desenganos, mos fazer. N ão podemos viver a vida
talvez anos seguidos e ncs m a ra v ilh a ­ m ais depressa que ela exigir, mas po­
mos como continu am a encarar a vida demos -ivê-la e devemos como ela exi­
com denodo e coragem. gir, e encontraremos em forças im pre­
Supondo-nos em tais circunstâncias vistas auxílio, compreensão e reconci­
somos levados a pensar, que possivel­ liação de acordo com nossas necessida­
m ente não conseguiriamos aguentar se des e isso se dará até nos transes e
tais tragédias nos tivessem ating ido . desenganos m ais dolorosos. Assim so­
M as o fato é que nós não sabemos até mos levados além do lim ite que não
que ponto poderiam os suportar. A v i­ esperávamos passar, e é com um perce­
da não nos indaga sobre o tempo, o ber que não será o lim ite fin al. A cha­
lugar, o modo ou o grau de provação remos tam bem a força de praticar o
que ela vai m andar. H á incalculáveis que temos de praticar e de suportar
m ilhares de homens e m ulheres que o que devemos suportar. O saber que
passaram pelas m ais am argas espécies m uitas vezes acontererá isso nos liv r a ­
de provações, pensando de antem ão rá de m uitas preocupações desneces-
que jam ais as teriam podido suportar. sarias, por cousas que jam ais aconte­
A o chegarem porém as dificuldades, cerão, e isto nos da rá m ais coragem
nós naturalm ente fazemos algo para para enfrentar os fatos que nos acon­
suportá-las. Nós as aturam os, por­ tecem .
quanto às vezes nada m ais existe a R. L . Evans

ENSINO DAS CRIANÇAS


E ’ o dever de todos os pais ensinar suas crianças o cam inho que devem
ir, instruindo-os em todos cs princípios corretos, tão depressa quanto estejam
capazes de receber, e estabelecendo u m exem plo digno de im itação; pois o Se­
nhor considera os pais responsáveis pela conduta de seus filhos, até que tenham
atineido a idade da compreensão perante Ele: e os pais terão que responder
por todos os delitos originados de sua negligência. As mães devem ensinar
seus filhinho s a orar logo que sejam capaz de falar. Os Elders que presidem
devem ser meticulosos em instruir os pais com respeita aos seus deveres, e
mestres e diaconos devem ver que eles os. c u m p re m .

— Epistola G eral do Conselho, dos Doze


Apostolos à Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Ú ltim os Dias. D atada
W in te r Quarters, 23 de Dezembro, 1847.
ANO I-NUM. 7 > 7 i J C L L Ü O L C l JULHO - 1
0 SONO D UM ANJO
Por Luiz Guimarães.

Quando ela dorme como dorme a estrela


Nos vapores da tímida alvorada,
E a sua doce fronte extasiada
Mais -perfeita que um lírio, e tão singela,

Tão serena, tão lúcida, tão bela


Como dos anjos a cabeça amada,
Repoisa na cambrais perfumada,
Eu vejo absorto o puro sono dela.

E rogo a Deus, enquanto a estrela brilha.


Deus que protege a planta e a flôr obscura
E nos indica do futuro a trilha,

Deus, por quem toda a Creação se humilha,


Que tenha pena d’essa creatura,
Desse botão de flôr que é minha filha.
Ano I — N.° 7 Julho de 1948

«A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do E terno Evangelho)
Órgão O ficial da Missão B rasileira da Ig re ja de Jesus Cristo
dos Santos dos Ú ltim os Dias

Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.

A ssinatura A n ual no B rasil . Cr$ 30,00


D i r e t o r .C láudio M artins do» Santos
Assinatura an u al do Exterior Cr$ 40,00
R e d á to r :...................................... João Serra
Exem plar In d iv id u a l ............. Cr$ 3,00
T6da correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviadou a :
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — B rasil

Í N D I C E

E d ito r i& l... Proteção D iv in a ............................................ Pres. H arold M. Rex 146

A R T IG O S E S P E C IA IS
E z ra T. Benson do Conselho dos D oze.................................... W arren J. W ilson 147
Depois D a Tempestade vem a bo nança................................Johannes A. A liu s 148
Lem brança Do Monte Contorah ............................................................. (6.a parte) 151

A U X IL IA R E S
Escola D o m in ic a l:
Ensaio de Canto para Julh o & Agosto ................................B. Orson Tew 153
P rim á ria :
O E m pate — H istória de U m Menino de coração de ouro. .S a ra O. Moss 155
Sociedade de Socorro:
A V ida de U m a Recem-Casada
E ntre os Pioneiros ................................................................. R. C. Atwood 157

S A C E R D Ó C IO
Instruções .........................................................................................W a ffe u -/. W ilsmi 160
C arta da Presidencia da Missão
Aos membros do Sacerdócio Aaronico ..................................................................... 161
Referências p ara “ A P ala vra de Sabedoria” ......................................................... 163

V Á R IO S
A C apa .............................................. .............................................................W. J. W. 164
O Rum o dos Ramos ..................................................................................................... 168
Poesia .....................................................................................................L uiz Guim arães capa
e d it o r ia l

Proteção Divina ...


r$n
tà^W

Há cem anos os Santos dos Últimos dias regosijavam-


se no vale do Lago Salgado enquanto o trabalho quotidiano
progredia cada vez mais: Suas casas foram construídas; mais
membros estavam chegando no vale, depois de longa viagem;
e a plantação estava crescendo linda e verde.
Os pioneiros tinham arado o árido solo do vale e tinham
semeiado cinco mil cento e trinta e tres acres de terra. Quasi
novecentos destes acres foram plantados de trigo.
Os pioneiros dependiam desta plantação para alimentar-se
e também os membros em caminho para "O Cume dos Montes."
Se a colheita falhasse não sobreviveriam ao inverno vindouro.
Durante estes lindos dias de verão os pioneiros descobri­
ram que sua provação ainda estava por terminar. . Enxames de
gafanhotos desceram das montanhas e começaram a devorar a
colheita. Vieram como nuvens escuras, aos milhões, arrasando os
campos verdes até ficarem como cinzas. Os Santos pelejaram
de tôdas as maneiras possíveis mas os milhares de insetos iam
ganhando a luta.
O Senhor foi chamado em oração comum e particular. Fi­
nalmente, quando em profundo desespero pela colheita, o céu
encheu-se de nuvens de aves, que desceram sobre os campos de
trigo. Os pioneiros pensaram que isto fosse o fim — mas logo
descobriram que estas aves lindas e brancas de azas cinzentas
estavam comendo os gafanhotos. Comeram-nos até ficarem
cheios e então voaram ao lago para vomitá-los, voltando a re­
petir o mesmo. Isto continuou até que as gaivotas destruíram
completamente os gafanhotos.
A colheita foi bôa aquele primeiro ano no vale, e com
grande fé e muito trabalho os pioneiros tornaram-se um povo
poderoso no cume das montanhas rochosas.
Neste ano de 1948 as “Gaivotas”' estão fazendo uma bôa
obra no Brasil. Agora ela é uma linda e importante revista em
vez de uma linda ave branca e cinza. Ela está trazendo a
mensagem alegre do evangelho restaurado. Vamos apreciar e
usar estas mensagens em nossas vidas diárias.

P residente H a ro ld M. Rex.

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EZRA T. BENSON
DO C O N S E L H O DOS DOZE
A
Por W arren J . Wilson

coragem de grande homens. Seu bis­


avô, para quem foi nomeado, viajou as
planícies com os primeiros pioneiros na
com panhia do Presidente B righam
Y oung.
Este grande homem um apostolo do
Senhor, voltou a W in te r Q uarters no
outono de 1847 com B righam Y oung e
foi designado p ara presidir sobre os san­
tos em P ottaw attam ie County. E m 1849
ele voltou à cidade do Lago Salgado e
serviu no governo do Territorio de U tah.
M ais íárd e ele presidiu, temporanea-
mente, sobre a missão H a v aian a . Ver­
dadeiram ente um grande homem que
sempre trabalhou pela construção do
Reino de Deus aqui na te rra .
E zra T . Benson nasceu no dia 4 de
Agosto de 1899. Foi um a prece do pai
e dos avós que o salvou quando o médi­
co disse “ a situação é m uito grave.”
Seus pais, George T , J r . e Sarah
B a llif Benson m oravam n um a fazenda
em W hitney, Idaho e seus avos. George
T. e Louisa D unkley Benson, estiveram
Apóstolo E Z R A T. B E N S O N entre os prim eiros povoadores daquela
re g ião .
, Recentemente um homem m uito apto Mesmo como os fazendeiros das qua­
foi chamado e designado para ser mem ­ tro gerações antes dele, “ T.” - como foi
bro do Comitê Regional Executivo da apelidado pela fa m ília , cresceu forte e
Região Doze, Escoteiros da A m érica. sadio, trab alhando com seu pai nos cam­
O Elder E zra T. Benson foi eleito a pos. Aos cinco anos ele sabia m ontar à
esta posição na reunião em Los Ange­ cavalo e arrebanhar o gado. E le quer
les no d ia 28 de A b ril. m uito bem aos cavalos e ainda hoje diz:
E sta é um a posição im portante, não " prefiro andar a cavalo m ais do que
sómente para E lder Benson mas tam ­ g u ia r o melhor automovel do m undo.”
bém para a mocidade do oeste — os E lder Benson trabalhou diligentemen­
escoteiros e os demais rapazes que se­ te na fazenda e quando seu pai aceitou
rão os homens e os líderes de am anhã. u m chamado para ser missionário, ele e
E lder Benson possue as qualificações ne­ seus irm ãos tiveram um a bôa porção da
cessárias para ser um líder da mocida­ responsabilidade da fazenda e gado.
de — para g u iar os jovens nos caminhos Aqueles anos eram dificeis para uma
da felicidade na vida. mãe e oitò filhos, m as os princípios fu n ­
Ele tem um a herança nobre, porque dam entais de cooperação e fé religiosa
seus antepassados possuiram a fib ra e a (Continua na pág. 152)

— 147 —
DEPOIS DA TEMPEST/
Linguas de chamas, altas e brilhantes, B righam Y oung, Presidente dos Doze
lam beram o ceu da noite, e n a cidade Apostolos, à quem, juntam ente com os
de Nauvoo, reinou terror e confusão. A outros, foi conferido os poderes de guia
cidade m aior e mais linda, do novo esta­ da Igre ja com todas as chaves, sob as
do de Illino is, construida com trabalho, mãos de José S m ith foi escolhido como
suor, e lág rim a s dos Santos dos Ú lt i­ presidente da Ig re ja pelo Senhor e pe­
mos Dias, foi devastada outra vez. los membros.
E nos Estados Unidos da A m érica do Diversos tributos e apelações foram
Norte, onde a constituição inspirada g a ­ doados a B righam Y oung. “ Am erica
rante a liberdade religiosa, zombando nunca produziu um homem m aior,”
dela, surgiram homens aos m ilhares para disse o secretario do estado do G abi­
expulsar de suas casas os acom panhan­ nete do Presidente A braham L incoln. . .
tes do Profeta José S m ith. Com arm as, " U m Moisés Moderno,” diziam outros. . .
cacetêtes, e 'tochas, procuravam os San­ “ Sem ele, o ‘ M ormonism o’ teria f a lh a ­
tos, e estes, não querendo r e s id ir aos do.” Mas nada talvez, foi mais conve­
ataques, fu g ira m , d’esta vez pará ficar niente do que; “ O Leão M órm on.”
fora dos seus lares com os poucos bens A té mesmo sua fisionom ia falav a de
que puderam salvar. coragem e destemor. Sua testa alta
dava indicação de sua inteligencia.
Atravez do Rio M ississippi — gelado,
Este, então, aos 46 anos de idade, era
como se o Senhor tivesse preparado uma
o homem que iria liv rar os Santos do
ponte para eles, como fêz para os Israe­
cativeiro do odio e do ciume, dizendo
litas fugitivos h á milhares de anos —
calmamente as suas palavras de conse­
eles se apressaram procurando um a se­
gurança tem poraria no Estado de Iowa. lho, ou bramando como faz o leão, caso
fosse necessário, em palavras inspirada?
E , das margens, cheias de neve, onde
eles se ju n ta ra m aos m ilhares, cansa­ •—• “ Não cuide do corpo, nem da vida do
corpo, mas cuida da alm a e da vida da
dos, de corações quebrados, m as corajo­
a lm a ” — encorajados, os Santos tom a­
sos e fieis, olharam o seu antigo ceu
ram os seus bens, arrumaram-nos em
tornar-se um verdadeiro inferno por ho­
mens ignorantes e barbaros, que não carroças puxadas à mão ou por bois, e
souberam porque destruiram , nem por­ deixaram as margens do Mississippi.
que pilharam . E assim começou a mais longa, e a
m ais histórica peregrinação jam ais vis­
Isso fo i no dia quatro de Fevereiro,
ta pelo mundo desde que os Israelitas
1846. Naquela noite; em abrigos r u ­
deixaram o Egito.
des, tendas, ou carroças, nove crianças
Deus era o lider; B righam Y oung o
nasceram. N inguém sabe exatamente
pilar.
quantas pessoas m orreram.
Cristo dissera aos Santos pelo p r i­
Claram ente, o tempo chegára em que meiro profeta dos últim os dias, que Ele,
a profecia feito por José S m ith deve­ o Senhor abençóá-los-ia quando tivesse
ria ter o seu principio. Ele tinha pro­ feito o que Ele dissera. Disse tambem
fetizado que os Santos deveriam ir ao h á m uitos anos;
(u m e dos montes para refugio. “ Bemaventurados sois vós, quando vos
Mas o Lider José, já tin ha sido raav- in ju riare m e perseguirem, e mentindo,
tirizado ; m atado à sangue frio em C a r­ disseram todo o m al contra vós por
thage, Illinois, algum tempo atraz. m inha causa.”

— 148 —
>E VEM A BONANÇA
■ por Johannes A. Alius

Eles obedeceram os seus m andam en­ um a carroça rangia suavemente dei­


tos, e sabiam que o Senhor não esque­ xando um a pequena sepultura que m ar­
ceria suas palavras. cou o u ltim o repouso m ortal de um
Porem, os sonhos dum fu turo bem- amado m arido, filho ou esposa. Não
estar parecia dificil de gozar enquanto havia cruz nem marco, — a pressa era
um homem peregrinava ^ n um a nuvem grande demais. N ada, só um reparo
de pó, ao ladp dum a carroça, a qual de pedras, para que os lobos não pu­
carregava sua esposa, com seu filhinho dessem mexer no c o r p o ...
ainda por nascer. E le sabia que ela A peregrinação levou mais ou me­
m ordia os labios de dor, cada vez que nos tres ou quatro meses — muitos dos
um a roda encontrava-se com as m uitas pioneiros tocaram para a frente com
pedras do caminho. apenas um quarto de kilo de fa rin h a e
Breve, o filho nasceria. O trem de um pouco de toucinho para lhes susten­
carroças pararia, e um a das irm ãs v i­ tar. U m a vez, ao chegar num a povoa-
riam ajudar o nascimento. Talvez, cho­ ção, um a m ulher que trouxera suas joias,
vesse, e assim, m ais pessoas entrariam vendeu-as por toucinho e 300 kilos de
na pequena carroça com panelas para farinha. E dividiu tudo com os outros.
pegar a agua ao cair pela lona estra­ Sonhos do fu tu ro são verdadeiros,
gada a fim de que não pudesse m olhar quando você sacrifica o bem-estar de
a mãe e o filhinho. E poucos dias de­ hoje.
pois, a m ulher corajosamente sairia da E sendo assim é claro que as visões
carroça para andar ao lado do marido, de grandes recompensas não eram a
fazendo assim m ais leve a lotação para força que m ovia a histórica peregrina­
os bois f a tig a d o s ... ção, m as sim um verdadeiro e poderoso
Os sonhos dum futuro bem-estar ta m ­ desejo de adorar a Deus em paz, e um a
bem parecia dificil de gozar enquanto fé ardente no Evangelho de Jesus Cristo.

149 —
E fieis eles eram com um fervor não Chegando a morte, tudo irá bem,
sobrepujado na historia: Vamos paz, todos ter;
Ter fé quando para continuar a v ia ­ Livres das lutas e dores tam bém ,
gem depois que a fu g a geral de um re­ Com os Justos viver.
banho de búfalos quasi destruiu um trem Mas se a vida, Deus nos guardar,
de carroças puxadas à m ão . . . Ter fé Bem alto poderemos cantar,
para continuar, depois que os indíoí E num a só voz entoar:
roubaram o gado dum a com panhia. . Tudo bem! Tudo bem!
Ter fé p ara descer um a carroça pelas
M ilhares e m ilhares de Santos sobre­
encostas dum a m ontanha, ou guiá-la
viveram à peregrinação, mas muitos
atravez de u m rio turbulento.
m orreram antes do term ino da viagem .
Foi dito que o Senhor form a os seus
Dezesete de um a só companhia foram
servos n a fo rja da adversidade. As f a ­
tristemente enterrados num sepulcro n u ­
digas que os Santos passaram nas pe­
m a noite. E um dos mortos a ju d a ra a
regrinações queimou toda a escoria quo
escavá-lo na noite anterior.
talvez existisse antes nas suas alm as,
Estiveram eles n um a com panhia que
e deixaram só o que havia de melhor
atravessou o deserto com carroças p u ­
pelas; tornou-os m ais capazes nos seus
xadas à mão. E desde aquele tempo,
oficios, quer fossem cozinheiros, ferrei­
os lideres da expedição foram criticados
ros, ou poetas. U m homem, W illiam
por terem deixado os membros a tra ­
Clayton, escreveu durante a viagem , sem
vessar as planícies assim.
duvida, o hino m ais tocante dos Santos
U m a vez, um velho homem, que este­
dos Ú ltim os Dias:
ve naquela mesma turm a, disse a uir.
critico:
Vinde, ó! Santos, sem medo e temor
“ Peço-te çjue pares , com estas criti­
Mas alegres, andai;
cas. Falas de um a coisa sobre a qual
D uro é o caminho ao triste viajor,
não sabes nada. Fatos historicos e frios
Mas com fé cam inhai.
nada querem dizer, porque não dão um a
É bem melhor encorajar
interpretação real das questões envolvi­
E o sofrimento elim inar;
das. Foi erro m andar aquela com panhia
E m paz podereis entoar:
atravez do territorio, tão tarde naquela
Tudo bem! Tudo bem!
estação do ano? Sim. Mas, eu e m i­
nha esposa nela estivemos. Sofremos
P or que dizeis: é dura a porção?
m ais do que podes im aginar, e m uitos
Tudo é bom, não temais;
Por que pensais em grande galardão, m orreram de fome e sofrimento, jam ais
Se a luta evitais? ouviste um dos que ficaram vivos dizer
N ão deveis desanim ar; um a palavra de critica? N enhum a d a ­
Se tendes Deus para vos am ar, quelas pessoas da com panhia, deixou a
Bem alto podereis cantar: Igreja, porque cada um de nos ganhou
Tudo bem ! Tudo bem! um testemunho absoluto que Deus vive,
porque O conhecemos em nossos sofri­
Sem aflição, em paz e sem temor mentos.
Encontrám os um lar; “ Puxei meu carro quando estava tão
J á libertos do pezar e dor, cansado e fraco de doença e fome que
V am os todos cantar, quasi não podia colocar um pé a frente
P artind o de nosso coração do outro. T inha olhado para a frente,
Bem alto e com emoção, e visto um m uro ou m ancha de areia, e
O nosso glorioso refrão: tinha dito, eu só poderei ir até lá, e en-
Tudo bem ! Tudo bem! (C o n tin u a na pág . 163)

— 150 —

i
Lembrança do Monte Cumorah
(6.a PARTE)

E M B L E M A S DOS T E M P L O S M AYAS P A R E C E M - S E COM OS DO T E M P L O


DO R E I S A L O M Ã O

Os habitantes tinham conhecimento da dental por algum sacerdote que estava


cruz e do Salvador m uito tempo antes fam iliarisad o com eles e intitulado a
dos Hespanhóis invadirem a terra. Nas construir templos e continuar este tra ­
paredes do Templo do Sol há cruzes de balho no novo mundo. No livro de Mór-
5 pés de altura por 3 de largura escul­ mon, 2o Nephi, 5:16 diz:
pida sobre pedras. A qui, em um a das “ E eu, Nephi, construi um tem plo; e
paredes há u m a bússola tão clara como construi-o segundo o modêlo do templo
uma moderna, 17 polegadas de ponta de Salom ão, só não tendo como esse
a ponta. H á tam bem gravações de es­ tantas cousas preciosas. . . mas o plano
quadros e no centro da côrte do templo de sua construção era igual ao do tem ­
há uma prancha de pedra para sacrifi- plo de Salom ão.”
cios, de 9x7 pés, encaixada de tal m a ­ E sta é mais u m a evidência de que a
neira que o sangue dos anim ais sacri­ historia do Livro de M órmon, quanto
ficados cairia num a grande bacia de à origem dos antigos deste continente,
pedra pretejada por anos de fogo. é verdadeira e que o profeta judeu, Lehi,
Quem já viu as ruinas destes templos veio e pelo seu filho Nephi estabeleceu
tem que concluir que seus edificadores templos segundo a m aneira do Rei S a­
tinham conhecimento do Templo de S a­ lomão.
lomão, pois, todo ele é simbolos, m a r­ E m fav or da ligação dos Israelitas
cas e desenhos semelhantes aos descri­ com os achados arqueologicos na A m eri­
tos naquele templo de Jerusalem, tanto ca Central e do Sul, particularm ente nas
quanto a evidência de que os antigos íu in a s de Chi-Chen-Itza em Yucatan, T.
habitantes da Am erica conheciam a lei A . W illa r d em sua descrição do trab a­
do sacrifício. lho de Edwardo Herbert Thompson,
O livro de Mormon, impresso m uito ( “ Cidade da Fonte S agrada” ) descreve
antes destas descobertas serem conheci­ na pag ina 36, um baixo relevo em um
das conta que quando o povo chegou a dos templos mostrando um a foto grafia
este continente americano, construiu de um a das fig ura s com acentuado
templos à m aneira do Templo de S a­ tipo de rosto Judeu e M r. Edward
lomão. H unting ton, no Sem anario H arper refe­
re ao tipo característico de Judeu dos
Certos emblemas como: colmeia;
modernos M ayas.
bússola e esquadro, mãos postas, etc.,
eram, estranho relatar, encontrados em T R A D IÇ Ã O À R E S P E IT O D A A P A R I­
ambos os templos no antigo do Rei S a­ ÇÃ O D E G R A N D E S M E S T R E S DO
lomão e nos templos dos antigos hab i­ T IP O DO M E S S IA S . . .
tantes da Am erica do Sul, p articu lar­ Tradições dos nativos da America Cen­
mente nos associados com as a n tig u i­ tral e mexicanos à respeito da repen­
dades Mayas. Portanto a conclusão é tin a aparição e repentino desapareci­
que, se estes emblemas eram associa­ mento de grandes reformadores e civi­
dos ao Templo de Salomão, foram , evi­ lizadores que m ais tarde foram conside­
dentemente, trazidos ao hemisfério oci­ rados deuses ou herois cultuados, tem

— 151 —
sido sempre e continuam sendo enigmas. tudo que uir. homem podia carregar;
Quetzacoatl entre os Mexicanos, Votan melões m ediam tanto quanto 4 pés o
entre os Usum ancitas, Cukulcan e tin ta era desnecessaria pois a cór era
Itza n n a entre os Mayas de Y ucatan e dada pela própria natureza.
Gucum atz com as tribus de Guatem ala, De acordo com as lendas, todo o povo
(apoiam o Livro de M órm on). era rico, era a idade dourada. E n q u a n ­
É relatado no L ivro de M órm on como to o país estava no cume de sua pros­
quando Cristo falou à grandes massas peridade eles declararam que E le p a r­
populares, Sua voz foi ouvida por todo?. tir a para outro reino a m andado de
Os que fize ram criticas antecipadas de­ um Deus m ais alto, porem, promete­
clararam ser um a coisa impossivel, pois ra que no fu tu ro v oltaria. Com o
os que estavam perto ficariam surdes correr dos anos e de um a trib u para
caso Sua voz fosse tão alta a ponto de outra, a historia transformou-se um ta n ­
ser ouvida pelos que estavam bem lon­ to e misturou-se com outras tradições,
ge (d ’E le ). porem é inegável que Ele creou um a
De acordo com as lendas nativas, religião baseada em jejum , penitência e
quando Quetzacoatl desejava prom ulgar virtude, e que E le pertencia à um a outra
um a lei, ele m andava um heroi, cuja raça que E le visitou e civilizou.
voz podia ser ouvida a 100 léguas de N ão h á de que se ad m irar que os
distancia, proclamá-lo do cume de Hespanhóis tenham conquistado os
Tzatzitepetl (m ontanha dos clam o res). Aztecas, pois que estes estavam espe­
Isto hoje nos lem bra os am plificadores rando a volta do “ Deus branco” e to­
usados nas modernas transmissões de um m aram os invasores como representan­
discurso para um a enorme massa popu­ tes desse Deus, quando estes produzi- '
lar, em amplos salões e reuniões ao ar ram fogo e raios com suas espingardas-
livre. e apareceram montados à cavalo como
Sob os ensinamentos e sabedoria de homem e an im al combinados.
Quetzacoatl, o m ilho indiano ating iu tal
tam anho que um a simples espiga era (C ontinua no proximo num ero)

Ezra T. Benson
criou um lar que venceu todas as d ifi­ p rim ária , escola dominical, A . M . M .,
culdades . Sacerdocio, etc. E le tin h a um grande
As raízes de sua carreira religiosa e desejo de ser um líder entre os moços
sua carreira profissional entrelaçaram- e enquanto ainda jovem começou a en­
se nos prim eiros anos da sua vida, e sinar na escola dom inical, A . M . M . , e
enquanto ainda no colégio “ T ” resolveu escoteiros. “ M in h a m aior satisfação e
ga nh a r não somente um a educação cien­ gozo daqueles anos” , — disse ele, “ veiu
tific a da plantação mas tambem um a m im quando meu coro de vinte e q u a ­
chamado p ara ser m issionário. Seus de­ tro escoteiros da paróquia de W h itn e y
sejos religiosos predom inaram e ele ganhou prim eiro lu g a r na competição da
procurou e trabalhou com todas as suas estaca e m ais tarde cantou no taber-
forças p ara se tornar digno de um cha­ naculo de Logan, ganhando prim eiro lo-
mado . g a r outra vez.”
E lder Benson recorda m uito bem sua A in d a que E lder Benson tenha tr a ­
juventude — assistindo as reuniões da balhado diligentem ente e tenha se e»-

( C o n t in u a n a p á g . 1 © )

— 152 —
ESCOLA D o m inical
Por Elder B. Orson Tew

Todos os Domingos na Escola D om i­ quer outra canção ou hino que jam ais
nical h á dez minutos designados para o foram escritos, e a sua missão não ter­
ensaio dos hinos da Igre ja. Nesta colu­ minou com o período das “ Carroças Co­
na da Gaivota designaremos os hinos bertos” . A popularidade dele parece a u ­
para ensaiar e queremos publicar tam ­ m entar com o tempo.
bem um a pequena historia sobre o hino
escolhido. Damos-Te Graças

P ara o mês de Agosto temos para en­


Knsaio de Canto para Julho saio de canto um H ino em m em ória es­
Vinde O ! Santos pecial do Profeta Joseph S m ith. As suas
Ensaio de Canto para Agosto palavras aplicam-se a todos os profetas,
Damos-Tc Graças videntes e reveladores da Ig r e ja d a q u e ­
le tempo, mas foi escrito por W illia m
Vinde O ! Santos Fowler, tendo em mente o profeta J o ­
seph .
De tcdos os Hinos da coligação e v ia­ Frequentemente este hino é usado pela
gem p ara Sion, provavelmente o mais congregação no tabernaculo em Salt
conhecido e talvez o m ais amado de to­ Lake p a ra começar ou term inar as
dos é o hino que foi escrito à pedido grandes reuniões das cor.ferencias se­
especial do profeta B rig ham Y ou n g. m estrais. Im aginem um a congregação
de dez m il pessoas cantando louvores a
Os santos; rejeitados pela "C iv iliz a ­
Deus nas seguintes palavras:
ção” com m uito pouco o que comer e o
que vestir; com poucas expressões de
Damos graças a Ti, Senhor nosso
aym patia e menos ainda de auxilio ex-
Por nos mandares com sua luz,
tendido em sua direção, era n a tu ra l que
U m profeta com Teu Evangelho
eles no deserto as vezes estivessem des­
Que ao céu, nossas mentes conduz!
contentes. Qentro do prazo de duas ho­
E graças por todas as bênçãos
ras, em resposta ao pedido do profeta
Que recebemos de Tuas mãos,
feito a .ele pessoalmente, W illia m Clay-
Nós temos prazer em servir-Te
ton, um homem de grandes conhecimen­
E queremos cum prir Tuas leis.
tos de música, deu aos Santos este H ino
animado e cheio de alm a.
Quandos nos sobrevier perigo
Que a nossa paz ameaçar
Vinde, OJ Santos, sem medo e temor
E m Ti, nós temos confiança
Mas alegres, andai; (Vide página 150) Pois do m al, poderás nos liv rar.
Conhecemos Teu grande amor
• E bem verdade dizer-se que este H ino Ajuda-nos sempre, Senhor.
tem trazido m ais alegria aos corações Certamente serão punidos
dos Santos dos Ú ltim os Dias do que q u al­ Todos que renegaram Sião.

— 153 —
De Deus cantaremos a glória 2.°— N ão cremos em ditadores m usi­
E o louvaremos com amor cais. Um bom maestro d irig irá branda­
Gozamos do Seu Evangelho mente como um bom pastor. N unca usa­
Que nos dá vida, com seu calor. rá a força da sua batuta arb itraria m e n ­
Os justos e fieis terão, te. U m a vez que o povo começou a can­
A gló ria da Salvação, tar, nunca deve pedir para m udar o
M as aos que negarem a mensagem, ritm o e p ara cantar m ais depressa. Isto
Tambem será negada a paz. simplesmente não é feito pelos melho­
...CANTO CONGREGATIVO res diretores. Simplesmente deverá con­
servar o compasso um pouco adiante dos
Como m odo de adorar a D e u s. . .
cantores para que o tempo do hino não
Por A lexander Schreiner
se retarde demais.
O rg an ista do Órgão do Tabernaculo
O D outor H am ilton C . M acD ougall
Canto congregativo é um modo de ado­ de Wellesley College, um a autoridade
r a r . A im portancia deste modo é bem nacional escreve: "N ã o é incomum para
grande para o membro ordinário d a con­ um organista ou maestro acossar e im ­
gregação. P a ra extrangeiros e v isita n ­ pelir u m a congregação. N ão é isso um a
tes o ato de cantarm os juntos deve pa­ demonstração nociva, destruidora da bôa
recer a parte mais efetiva do serviço in ­ interpretação de um hino? Por esta r a ­
teiro. As emoções excitam-se; os cora­ zão acho-me m uitas vezes incapaz de
ções estão tocados e a coragem renovada cantar os hinos n a Ig r e ja . Quando era
pelo canto dos hinos. jovem tive a idéia de que o canto dos
O canto- é a unica oportunidade per­ hinos era um a execução m usical, mas
m itida à congregação para participa r a ti­ agora quando me ju lgo m ais sabido no
vamente na adoração. Consequentemen­ assunto, sou fortemente da opinião de
te os músicos devem fazer todo o pos­ que o hino cantado é em prim eiro lu g a r
sível para fazer disto um a inspiração e’ um modo e parte da adoração.
um a parte do program a agradavel à Os nossos melhores diretores profissio­
todos. Como isto pode ser feito? Consi­ nais quando dirigem a congregação nos
deremos somente tres itens. hinos dirigem brandam ente de acordo
1.°— Vamos diferenciar claramente os com os ensinamentos do Bom P astor cujo
dois tipos da canção liderança — recrea­ exemplo estamos tentando seguir.
tiv a e devota. A prim eira é quando o
3.°— A ind a precisamos d a r algum a
grupo canta só para divertimento. C an ­
atenção à seleção das canções. H á cer­
tando p ara divertimento, os olhos do
tas canções designadas especialmente
diretor b rilh a rão . U sa rá a personalida­
para as crianças. Estas não deveriam
de dele e a tr a ir á a atenção dos seus
ser usadas p ara criar um espírito de
cantores a si. O diretor fa la r á m uito
adoração p ara os adultos. ,
com esse proposito, mas nenhum a des­
tas técnicas é boa para um grupo que Líderes as vezes escolhem canções de
grande efeito sonoro, evitando as de
está reunido p ara adoração no domingo.
poder e s p iritu a l. M uitas pessoas concor­
Os melhores diretores nada dirão e
darão que aquilo que toca o coração é
não desejarão a atenção dos cantores,
de mais influencia do que aquilo que
pois a atenção deles deve ser dirig ida
aos hinos pelos quais estão adorando. produz um som estrondoso. N ão negli­
Q uando a congregação dirige-se a D i­ genciamos os hinos de significado es­
vindade cantando “ O Meu P a i” , “ Re­ p iritu a l.
dento r de Israel” , ou “ Suave é o T ra­ Esperemos que a aplicação destes tres
balho” , então o diretor fa r á bem em d i­ princípios aumente o gozo, a qualidade
rig ir com ta l modéstia que as ações dele espiritual, e força do nosso canto con­
não perturbem a devoção. gregativo .

— 154 —
PRIMARIA
O EMPATE — História de um menino
de' coração de ouro
Por Sara O. Moss.

D ick e J a c k a r r a s t a r a m se u c a r ­ em su a bolsa. “N ão, eu a c h o que


rin h o p a r a o g ra m a d o d a f re n te d a não, m a s do g e ito qu e vam os, le v a re i
F a z e n d a T ay lo r. E ra um g ra n d e to d o o v e rã o p a r a j u n t a r b a s ta n te
c a rro “E x p re sso ”, p in ta d o de verd e, e p a r a p o d e r c o m p ra r u m a b ic ic le ta ”.
nele e s ta v a m os re sto s de um c a r r e ­ J a c k o lh o u parçi a s n u v e n s co m u m
g a m e n to de v e rd u ra . H a v ia m aços a r p re o c u p ad o . “E u a c h o q u e ta m ­
d e ra b a n e te s , a lg u n s n a b o s, u m a s b ém c o n tin u a r e i a n d a n d o a p é no
p o u ca s e rv ilh a s e u m a c a ix a de m o ­ p ró x im o v erão , D ick. E u n ã o co n si­
ran g o s, que j á a g o ra p a re c ia m u m go j u n t a r d in h e iro com o você.
ta n to m u rc h o s. “O ra J a c k ”, d isse D ick, e ele p a r e ­
“Bem , h o je q u asi v en d e m o s tu d o ” cia m u ito a b o rrec id o . “Você n e m
disse J a c k , jo g a n d o -se n a g r a m a h ú ­ t e n t a e a in d a p o r c im a você d á p a r a
m ida, à so m b ra, e d e ita n d o -se com os o u tro s m e ta d e d a v e rd u ra . E u n ã o
p raz er. vejo p o rq u e você n ã o c o b ra do velh o
“S im ”, c o n tin u o u D ick, sem e n t u ­ S r. P e rk in s o q u e ele re c e b e ” .
siasm o, “m a s eu g o s ta ria que tiv e s-
J a c k so rriu , q u a n d o se le m b ro u do
sem os v en d id o o r e s to . G a n h a r í a ­
p o b re v elh o so litá rio . “O ra, eu n ã o
m o s pelo m e n o s u n s dez cru z eiro s
posso D ick”, d isse ele. “E u sei que o
m a is p a r a c a d a u m ” .
p ouco d in h e iro q u e ele te m só d á
“O ra, que é q u e te m ”, riu -s e J a c k , p a r a c o m p ra r m a n tim e n to s , e além
“n o ssa s m ã e s p o d e rã o u s a r tu d o o disso, a s s e m e n te s p a r a o ja rd im n ã o
qu e ficou n o c a rro p a r a o alm oço. sã o c a r a s e n ó s n ã o se n tim o s f a lta
N ad a f ic a r á p e rd id o . d a s v e rd u ra s q u e eu d o u ao S r. P e r­
M as D ick p a r e c ia d esco n so la d o . k in s. A m a m ã e diz que e la ta m b é m
“Sim , é v e rd a d e , m a s isso n ã o f a r á s e n te p e n a dele, e d e vez em q u a n d o
com que m in h a s e c o n o m ia s p a r a c o m ­ a té lh e m a n d a p ã o fresco e b isco u -
p r a r a b ic ic le ta a u m e n te m . A m a ­ tos. E u a c h o qu e ele é m esm o m u i­
m ã e n ã o v ai c o m p ra r v e rd u ra de seu to p o b re ” .
p ró p rio ja r d im ” .
“P o is eu n ã o ”, disse D ick se c a m e n ­
“E sta é b o a ”, riu -s e J a c k . “E é te. “E u a c h o qu e ele n ã o é n a d a p o ­
claro que você n ã o po d e e s p e r a r que b re . A m in h a m ã e disse que ele te m
e la fa ç a isso, q u a n d o n ó s m e sm o s é u m filh o n a c id a d e que te m u m ó ti­
q u e v am o s c o m e -la s” . m o e m p re g o e u m a f ilh a que ta m b é m
D ick com eçou a c o n ta r os to stõ es m o ra n a c id a d e .”

— 155 —
“Talvez, mas o Sr. Perkins é mui­ JacTi le v a n to u -s e d ecid id o , d iz en d o :
to o rg u lh o so e eu creio que ele não “A n d a re i d e p re ssa e e n c o n tr a r -m e - e i
c o n ta ao s filhos tôdas as suas difi­ com você d e n tro de u m a h o r a , t a m ­
c u ld ad e s. Ele é formidável”, conti­ bém , D ick ”.
n u o u J a c k com entusiasmo. M as n a bô ca de D ick d e s e n h a ra m -
Os dois m e n in o s f ic a ra m em silê n ­ se s in a is de o b stin a ç ã o . “E u n ã o vou,
cio p o r a lg u n s m in u to s, até que fo ­ d isse ele com fin a lid a d e . “N ão vou
ra m d e s p e rta d o s de seu s o n h a r- d e - p a g a r dois cru z eiro s de p assag e m , e
o lh o s-a b e rto s pelo b a ru lh o de alg u em p o r ta n to , n a d a fe ito ”.
c o rre n d o . M ais u m in s ta n te e Lee J a c k a b r iu m u ito os o lh o s e disse
G ra y so n d e ix o u -se c a ir ao la d o deles, d e s a p o n ta d o : “M as D ick, você n ã o
tra z e n d o n o ro sto s in a is e v id e n te s de pode d e ix a r d e ir. Você é q u em m e ­
g ra n d e s n o v id a d es. J a c k fico u logo lh o r “s a lta - c a r n iç a ”. Você p re c is a
a le r ta . “Você d esco b riu se a L iga vai ir ”, te rm in o u , q u e re n d o co n v en ce-lo .
h o je ao vale, L ee ?” “T alvez, m a s eu é que n ã o vou g a s ­
Os o lh os de Lee b r ilh a ra m . “Sim , t a r m e u d in h e iro em p a s s a g e n s ”.
vão s a ir a u m q u a r to p a r a a s trê s, J a c k com eço u a f a la r, m a s m u d o u
•m a s c a d a u m m e n in o p re c isa p a g a r de id é ia, le v a n ta n d o -s e e p o n d o se u
d o is cru z eiro s de p a s sa g e m . O S r. c h a p é u d e a b a s la rg a s. “S in to m u i­
C reb b s n ã o po d e le v a r os m e n in o s n o to você n ã o i r ”, fo i só m e n te o qu e
c a m in h ã o , p o r isso a L ig a a lu g o u um disse, ao d irig ir-s e p a r a c a s a .
. c a m in h ã o ” .
F oi u m a ta r d e c o m p rid a p a r a D ick,
“.Você v a i? ” p e rg u n to u J a c k . so zin h o em c a sa . E le te n to u ler, m a s
“ N ão”, disse Lee, m u ito tr is te . “A seu p e n s a m e n to d irig ia -s e se m p re
m a m ã e n ã o po d e m è d a r os dois c r u ­ p a r a o p a rq u e do v ale o n d e os r a p a ­
zeiro s p a r a a p a s sa g e m ”. A m ã e de zes d a L iga e s ta v a m se d iv e rtin d o ,
Lee e r a viu v a e h a v ia pouco d in h e i­ n a d a n d o , p u la n d o e jo g a n d o b o la. Ao
ro em c a sa . a n o ite c e r, eles s e n ta r - s e - ia m a o re d o r
J a c k le v a n to u -s e e a p a lp o u seus d a fo g u eira, co m en d o e c o n ta n d o
bolsos. “O lhe aq u i Lee, disse ele, e n ­ h is tó ria s e n g ra ç a d a s, e seu c h e fe , o
tre g a n d o -lh e dois crueziros. D eixe- S r. H olden, e n c a n tá - lo s - ia co m s u a s
m e p a g a r - lh e a p a s sa g e m h o je ”. M as h is tó ria s de a v e n tu ra s . Em to d o o
Lee re c u so u -se sa c u d in d o a ca/beça. v aie n ã o h a v ia lu g a r m e lh o r q u e esse
“N ão posso, Ja c k . V ocê p asso u a m a ­ p a rq u e e n e n h u m a c o m p a n h ia p o d ia
n h ã to d a v en d e n d o v e rd u ra s e a s d u a s se c o jn p a ra r a dos ra p a z e s d a L iga.
p a s sa g e n s f a r ã o com q u e você fique “M as eu e sto u d ecid id o a c o m p ra r
sem d in h e iro a lg u m . N ão faz m a l. a q u e la b ic ic le ta ”, to rn o u a d iz e r D ick,
Ire i n a p ró x im a vez”, disse ele e sp e ­ m a s d e s ta vez p a r a su a m ãe, “e se
ra n ç o so . • J a c k n ã o d e ix a r de g a s ta r co m o ele
J a c k p en so u p o r u m m o m e n to . faz, n u n c a c o n se g u irá c o m p ra r a s u a ”,
'“V am os fa z e r u m a cousa, in s is tiu elé. te rm in o u ele im p la c a v e l.
p o n d o o d in h e iro n o bolso de L ee. E u A S ra . T a y lo r so rriu p a c ie n te m e n ­
p a g o s u a p a s sa g e m h o j^ e a m a n h ã te, e n q u a n to b a tia o bolo q ué e s ta ­
cedo você vem m e a ju d a r a t i r a r o v a fazen d o . “Você a c h a que J a c k g a s ­
m a to do ja r d im . E s tá b em ? A gora t a seu d in h e iro em b o b ag en s, D ick ” ?
c o r r s .s e a p r o n ta r , que n ó s v am o s n o s “O ra, n ã o sei o q ue você p o d e ria
e n c o n tr a r d e n tro de u m a h o r a ”. c h a m a r o qu e ele faz; pelo m e n o s ele
“M u ito ob rig ad o , d isse Lee, você é n ã o ee o n o m isa m u ito , a p e s a r de
um e m ig ã o ” , e sa iu c o rre n d o , c o n te n ­ que eu s u p o n h o q ue eu d iria q ue
tíssim o , le v a n ta n d o u m a n u v e m de
p o e ira à s u a p a s sa g e m . (C ontinua na pág. 166)

— 156 — t
SOCIEDADE DE SOCORRO
A VIDA DE UMA RECEM -CASADA
EN TR E OS PIO N E IR O S

P o r K. C. Atw ood.

E n tr e os p io n e iro s que v ie ra m p a r a
e s ta re g iã o em 1847, e v o lta ra m p a r a
W in te r Q u a rte rs no C ou n cill B lu ffs No d ia 23 d e D ezem bro m u d arn o -
n esse m esm o an o , a c h a v a -s e o h o ­ n os p a r a n o ssa h u m ild e re sid ê n c ia ,
m e m que logo depois ,to rn o u -s e m eu ch eio s de g ra tid á o p a r a com o nosso
m a rid o . Nós n o s vim os p e la p r im e i­ P a e C eleste, qu e n o s p e rm itiu te rm o s
r a vez n o com eço d a p rim a v e ra de u m a h a b ita ç ã o que n o s p ro te g e ria
1848', e p ouco depois nos c a sa m o s. c o n tra o frio p e n e tr a n te e as te m p e s ­
D en tro de u m m ês a c h a v a m o -n o s a ta d e s de in v e rn o . E n q u a n to isso v i­
c a m in h o do v ale d a C o m p a n h ia do vem os em n o ssa ca rro ç a . A n ev e já
P re sid e n te B rig h a m Y o u n g . No d ia h a v ia co m eçad o a c a ir e co b ria to d a
19' d e S e te m b ro fa z ia e x a ta m e n te 4 a te r r a n u m a p ro fu n d id a d e d e t r in ta
m ezes que le v am o s p a r a c h e g a r a té c e n tím e tro s ou m ais, e os e sfa im a d o s
a q u i. T in h a m o s u m a p e q u e n a r e s e r ­ lobos p o d ia m se r ouvidos u iv a n d o à
v a d e provisões, a lg u m a ro u p a , n o sso n o ite à p r o c u ra de a lim e n to . U m a
e q u ip a m e n to e n o ssa s m ã o s com as n o ite eles c h e g a ra m tã o p e r to q u e p u ­
q u ais c o n ta m o s p a r a n o s a ju d a r . F a ­ d e ra m r o u b a r u m a g a lin h a d a p a r ­
zen d o u m a ex ceção s u rg ia m a lg u n s te p o ste rio r do c a rro , e n q u a n to e s ta -
r e ta lh o s de g r a m a .que os p io n eiro s v am o s d o rm in d o . Os ín d io s se lv a ­
h a v ia m con seg u id o p la n ta r , e r a r a ­ g en s ta m b é m v a g a v a m p e d in d o co­
m e n te a p a r e c ia à n o ssa v ista u m a á r ­ m id a. Nosso esto q u e d e p ro v isõ es co­
vore ou a rb u sto . A p en as u m a o u d u a s m eçou. a se to r n a r escasso, e tiv em o s
ca sa s e n c o n tra v a m -s e fo ra d a f o r ti­ que n o s im p ô r u m a se v era d ie ta de
fica çã o . p e q u e n a s ra ç õ e s. De a lg u m a m a n e i­
M eu m a rid o fez os tijo lo s su fic ie n ­ r a se m p re o b tiv em o s u m p o uco d e f a ­
te s p a r a le v a n ta r u m a c a s a de dois r in h a de m ilh o m o íd a, qu e serv iu
c o m p a rtim e n to s, e com m u ita d ific u l­ p a r a p o u p a r n o ssa f a r in h a de trig o .
d a d e c o n seg u iu o b tè r a m a d e ira p a r a O co m b u stív el e ra m a d e ira do d e s fi­
fa z e r o te lh a d o , co b rir o c h ã o e f a ­ la d e iro ; n o ssa p a r e lh a com eço u a d e ­
zer a s p o rta s. N a c o n s tru ç ã o desse f in h a r , h a v ia p o u c a co m id a p a r a eles,
tr a b a lh o fo ra m e m p re g a d o s e x c lu si­ e e ra com d ific u ld a d e que c o n se g u ía ­
v a m e n te crav o s de m a d e ir a em vez m os a té a m a d e ira .
d e pregos, pois e s te s e r a m d ific ílim o s D avam o s g ra ç a s à D eus de te rm o s
de se r conseguidos. A c la rid a d e p e ­ velas d e sebo com o ilu m in aç ão .
n e tra v a a tra v é s de seis v id ro s de j a ­ Q u a n d o a p rim a v e ra ch eg o u , e n -
n e la q u eb rad o s, que ele obtev e de um c o n tro u -n o s in te ir a m e n te sem m a n ­
v izinho, re b o c a n d o p a r a este a luz de tim e n to s e tiv e m o s que n o s a lim e n ­
v e la . t a r p o r a lg u m ,te m p o , ex c lu siv am e n ­
N ossa m o b ília c o n s istia n u m a c a ­ te de h e rv a s e r a íz e s .’ A ch av am o -
d e ira com a s s e n to de couro crú , u m a n os n o c o ra ção do d eserto , a m il m i­
©ama fe ita à m a c h a d o , u m g u a r d a - lh a s d a civilização, s e m . a lim e n to ou
loiv*a com tr e s g ro sse ira s p r a te le ira s coisa p a re c id a , o solo arid o e p ro ib i­
à u m c a n to d a sa la , e u m a m e s a . tiv o . N essa ép o ca de n ecessid ad e e
f a lta d e a lim e n to s e v e stu á rio , H eber A n tes c u rv a m o -n o s p e r a n te o
C. K im b a ll e rg u e u -se n o m eio do S e n h o r e im p lo ra m o s s u a b ê n ç ã o .
povo e p ro fe tiz o u que d e n tro de seis S eu E sp írito d esceu a té n ó s p ro d ig io ­
m ezes, ro u p a s e p rovisões se ria m v e n ­ sa m e n te , n a d á d iv a d a lin g u a g e m e
didos em S a lt L ake C ity tã o b a ra to s in te r p r e ta ç ã o d a m e sm a . M eu m a r i­
q u a n to em S t. L ouis. Nós n o s m a r a ­ do c o m e ç a ra a r e z a r n a s u a m a n e ir a
v ilh a m o s e fica m o s a d m ira d o s de que h a b itu a l, e d e r e p e n te ele com eço u
isso fosse possível. a f a la r n u m a lin g u a g e m d e s c o n h e c i­
P o r m a is e s tr a n h o que p a re ç a , em d a . Eu e n te n d i o que ele d izia. A
m e n o s d e seis m ezes v ie ra m os im i­ p rin c íp io foi u m a re p re e n ç ã o do
g r a n te s dos e s ta d o s que ia m à c a m i­ S e n h o r p e la n o ssa in c re d u lid a d e . F oi
n h o d a s reg iõ es o u rífe ra s d a C a lifó r­ e x a ta m e n te isto : “N ão vos tro u x e E u
n ia , c a r re g a n d o a p e tre c h o s de la v o u ­ a tra v é s d esse lo n g o . c a m in h o , d a t e r ­
ra , u te n sílio s de c o z in h a e o u tro s a r t i ­ r a de vossos in im ig o s p a r a e s ta b õ a r e ­
gos de u tilid a d e d o m é stic a , n ã o n e ­ gião? E E u a b e n ç o a re i e s ta t e r r a
cessá rio s n u m a jo r n a d a . p a r a o b em do m e u povo, se eles t i ­
S u a s p a r e lh a s e s ta v a m e x a u s ta s e v ere m fé. em M im , e e la t r a r á u m
assim eles fo ra m o b rig ad o s p a r a a l i­ f u tu ro de g r a n d e a b u n d â n c ia , d e p a s ­
v iá -la s, a v e n d e r s u a c a rg a p o r b a i­ to, c e reais, e v e g e ta is d e to d a a e s ­
xo p reç o . pécie, fru to s ta m b é m d a m e lh o r q u a ­
lid a d e , e su a s m e sa s se rã o se rv id a s
A lg u n s v e n d e ra m seu s c a rro s e r e u ­
dos m e lh o re s f ru to s qu e e x is te m .
n ir a m se u s a n im a is p a r a a c o n tin u a ­
A p en a s co n fie m em M im . P la n ta i e
ção d a jo r n a d a .
co lh e re is. ”
A esse te m p o a p ro fe c ia do Irm ã o
K im b a ll h a v ia sido c u m p rid a p le n a ­ E rg u e m o -n o s e r e tira m o -n o s p a r a
m e n te . d e s c a n sa r, m a s n ã o p a r a d o rm ir. O
Aqui re la to u m in c id e n te do nosso sono fu g ira d e n o sso s o lh o s. E s ta -
te m p o d e p la n tio : M eu m a rid o h a v ia vam os ch eio s de e s p a n to , a m o r e a d ­
fica d o co m u m lo te d e t e r r a p e r to do m ira ç ã o . N ão m a is p o d ía m o s d u v i­
local c h a m a d o a tu a lm e n te “p a ró q u ia d a r . V oltam o s ao tr a b a lh o co m r e ­
n o v a d a corag em . A te r r a p ro d u z ia
de S u g a r H ouse. Ele a p re s to u su a
p a r e lh a e foi a r a r e p r e p a rá -lo p a r a c a d a vez m ais, e n o a n o de 1850, m e u
a s e m e n te ira . N a d ev id a ép o c a foi m a rid o co lh eu q u a r e n ta saco s d e t r i ­
p la n ta r o m ilh o e e n c o n tro u a te r r a go p o r ac re. N essa h o r ta ta m b é m p r o ­
se ca com o c in za a té u m a g ra n d e p r o ­ du ziu v e g e ta is esco lh id o s. M as q u a n ­
fu n d id a d e . P a re c e u -lh e im possível do o solo com eço u a v ic e ja r, d esco ­
q ue u m a s e m e n te ira g e rm in a sse em b rim o s que n o ssa p ro v a ç ã o a in d a e s ­
s e m e lh a n te solo. E le p la n to u a s se­ ta v a p o r te rm in a r . Os g a f a n h o to s
m e n te s a p e z a r disso, le m b ra n d o -s e a p a r e c e ra m em n ú m e ro a l a r m a n te e
d e “q u em n ã o p la n ta n ã o c o lh e ”. R e ­ a r r a s a r a m n o ssa c o lh e ita . U m c a m ­
po d e trig o q u e s u rg ia fresco e p r o ­
g resso u à c a s a esfo m ead o , a b a tid o e
m issor, fico u em p o u ca s h o r a s d e s ­
e x a u sto . E u ta m b é m e s ta v a c a n s a ­
p ido com o u m a r u a .
d íss im a p elo tr a b a lh o do dia. H a v ía ­
m o s p la n ta d o u m a h o r ta p e r to d a M eu m a rid o foi c h a m a d o p a r a u m a *
c a s a e e u h a v ia b a ld e a d o á g u a do m issão n a I n g la te r r a em 1852, e d e i­
r ia c h o d a cid a d e d u r a n te to d o o d ia x o u -m e e m c a s a com u m a p e q u e n in a
p a r a r e g á -lo (o re g a to d esc ia à le ste de dois an o s. O m a is v elho d e n o s ­
d a r u a M a in e) e a á g u a to r n a r a a sos filh o s fa le c e ra d evido à g r a v id a ­
t e r r a , d u r a com o u m tijo lo . R e p a r ti­ de de u m a q u e im a d u ra , q u a tro m ezes
m os n o s s a e x ig u a ra ç ã o e n o s r e t i r a ­ a n te s . M eu m a rid o e m a is tr e s E l­
m os p a r a d e s c a n s a r. d e rs a p r e s e n ta r a m seu s a n im a is p a r a

— 158 —
a tra v e s s a re m as p la n ícies. D epois de a g ra d e c id o s. As irm ã s ao m esm o
bem prov id o de v íveres e ro u p as, so­ te m p o m in is tr a r a m - n o s p a la v r a s de
b ro u -lh e s o ito c e n ta v o s q u e ele m e c o n fo rto e b ên ção s, e p ro fe tiz a ra m
deu, se g u in d o v ia g em de bolsos v a ­ que aq u e le d ia s e ria o início de m e ­
zios. lh o re s te m p o s; e v e rd a d e ira m e n te
No o u tro v erã o eu m a n tiv e u m a p e ­ a ssim foi p a r a m im , pois n o m e u r e ­
q u e n a esco la em m in h a c a sa p a r a m e gresso p a r a c a sa , e n c o n tre i um saco
a u x ilia r a v iv e r. T a m b é m tin h a o de f a r in h a de m ilh o , o u tro d e b a t a ­
m eu lo te se m ea d o de trig o q u e j á p r o ­ ta s, e a m in h a v a c a q u e h a v ia d e s a ­
m e tia m u ito . M as u m belo d ia , os p a re c id o h á a lg u m te m p o , e sp erav a -
g a fa n h o to s a p a re c e ra m e se i n s t a la ­ m e n o q u i n t a l .. .
ra m n o m e u tr ig a l. E u s a b ia q u e a l ­ Q u a n d o já tin h a m o s a s n o ssa s c a ­
g u m a co isa tin h a que se r fe ita , se ­ sa s c o n s tru íd a s, c o stu m a v a m o s r e u ­
n ã o eles tu d o d e v o ra ria m . A cu d iu - n ir - n o s n a s n o ite s fria s de in v e rn o
m e u m p e n s a m e n to ; o de r e u n ir as p a r a c a n ta r e re z a r, e às vêzes n o s
c ria n ç a s d a escola e fo rm a n d o u m a d iv e rtirm o s d a n ç a n d o . I m a g in a v a -
fila, de m ã o s d a d a s, fiz com q u e c a ­ m o -n o s bem v e stid a s, em m o d e sto s
m in h a sse m a tra v é s do trig o . O s v o ­ v estid o s de p e rc a l e c h a p é u s d e sol.
razes in se to s f o rm a r a m com o que u m
A n te s q ue os irm ã o s p u d essem
só corpo, e s e g u ira m n a d ire ç ã o do
c o n s tru ir u m lu g a r p a r a o cu lto , f a ­
n o rd e ste , d e s a p a re c e n d o a t r a z d a s
zíam o s a s re u n iõ e s do d ia do S e n h o r
m o n ta n h a s p a r a n ã o m a is v o lta r.
a o a r liv re q u a n d o o te m p o p e rm itia .
O trig o cre sce u e a m a d u re c e u , e N a p rim a v e ra , d ep o is qu e as c o lh e ita s
q u a n d o foi seg ad o se m p re tiv e alg u m te rm in a r a m , os h o m e n s s a íra m com
p a r a e m p re s ta r ao s m e u s v iz in h o s. su a s p a r e lh a s e a r r a s t a r a m tro n c o s
A té e ssa ép o c a h a v ia e n c o n tr a d o e v erd e s g alh o s do d esfilaie ro . Com
m u ita d ific u ld a d e em o b te r in g r e ­ isso u m c a r ra m a n c h ã o fo i fe ito p a r a
d ie n te s p a r a fa z e r pão. S u b sisti m u i­ p ro te g e r-n o s c o n tr a os a b r a z a n te s
tos d ia s sucessivos com a p e n a s u m a r a io s do sol. Isso e r a tu d o q u e se
co lh er de m in g a u de f a r in h a de m i­ ti n h a a fa z e r e m a n te v e a to d o s o c u ­
lho p o r dia. T in h a a lg u m a f a r in h a pados. N ão e x istia m p a r a s ita s , e r e a l­
de trig o que g u a rd a v a p a r a m in h a m e n te o lu g a r p o d e ria se r c h a m a d o
filh a . “a co lm eia do d e s e re t” (1). T u d o foi
N essa ocasião a lg u m a s b o as irm ã s re a liz a d o sob a d ire ç ã o do n o sso n o ­
o rg a n iz a ra m u m p ic -n ic p a r a a s se ­ b re e m u i a m a d o p re s id e n te e lid e r
n h o r a s dos m issio n ário s. E u fu i u m a B rig h a m Y o u n g .
das fa v o re c id a s c o n v id a d a s. E ste
foi u m d ia de que n u n c a m e e sq u e­ Trad. por Dulce Aguirre.
cerei. A m e sa e s ta v a c o b e rta d a s
m ais v a r ia d a s e m e lh o re s ig u a ria s ( í) D eseret: P alavra Ja re d ita — (Veja
Nós tu d o re p a rtim o s com corações Livro de Mormon. paJ. 534, verso 3)

“ Se cada homem fosse obrigado pela


sociedade á ap re n d er um ofício lu c ra ti­
vo, não h averia pobres, nem ladrões, nem
descontentes.”
SACERDOCIO
. Iniciam os neste num ero da "G aivota” 7. Instruções sobre os deveres e sobre
o p ro g ram a do Sacerdocio que os diver­ o cum prim ento das designações
sos g rupos sacerdotais na m issão devem 8. A tividades sociais e fra te rn a is
seguir p a ra o progresso coletivo e pes­
soal . (B ) PER ÍO D O DA LIÇÃO:
A presentarem os instruções, sugestões
e auxilios cada mês nesta coluna p a ra Lição S acerdotal da sem ana — In s­
que os grupos possam crescer e se de­ truções por um membro da presidencia
senvolver no trab alh o do Senhor. do Ramo sobre hábitos e v irtu d es.
“ . . . E é expediente que a ig reja se
reu n a fre q u e n te m e n te ...” foram as pa­ MAIS IN ST R U Ç Õ E S E D ETALHES
la v ra s do Senhor ao p ro fe ta José Smith...
" E agora, eis que E u vos dou um m anda­ (A ) PER ÍO D O DE A T IV ID A D E :
mento, que quando estejais reunidos,
in stru ire is e edificareis uns aos outros, 1. Hino — P a ra e n tra r no espirito
que possais saber d irig ir m inha Ig re ja da reunião e p a rtilh a r na irm andade do
e saber como se age nos pontos dos meus Sacerdocio, é sem pre bom com eçar a
m andam entos e leis, os quais vos tenho reunião com um hino da I g re ja . Que
dado. E assim tornar-vos-eis instruídos lu g a r tris te seria este mundo sem m usica.
na lei da m inha Ig re ja, e estareis sa n ­ 2. O ração — pelos membros do g ru ­
tificados por aquilo que tendes recebido, po em rotação de sem ana em sem an á.
e obrigar-vos-eis a a g ir em toda S an­ E ’ muito im portante que todos os mem­
tidade d iante de mim.” bros do grupo saibam a o ra r em publicu
As reuniões do Sacerdocio deviam ser tanto como na intim idade.
realizad as um a vez por sem ana d u ran te 3. O propósito d e um a C ham ada é
o ano in teiro . N estas reuniões deve se cham ar a atenção de todos os membros
Considerar os problem as do Ramo e re ­ do grupo p a ra aqueles que estão e àque­
solver a solução delas. les que não estão presentes à reu n ião ..
A reunião está dividida em duas p a r­ Um esforço devia ser em pregado p a ra
tes como se g u e: term os todos os membros do gru p o p re ­
sentes, porque a reunião S acerdotal é
(A ) PER ÍO D O DE A T IV ID A D E : um a d as m ais im portantes da Ig re ja .
Aqueles que não podem assistir n a re u ­
1. Hino nião devem m an d ar um recado p a r a o
2. O ração P residente do Ramo ou os E ld ers p re­
3. Cham ada sidindo, explicando as razões p o r sua
4. Relato scbre as designações execu­ ausência. A reunião Sacerdotal deve
ta d a s d u ran te a sem ana tom ar o prim eiro lu g a r em nossas vidas,
5. Consideração das m aneiras p ara porque o Sacerdocio é o alicerce da Ig re ­
a t r a ir os membros ;ausentes ja — o governo do ram o, d istrito , p a ­
6. D esignação dos deveres p a ra todos roquia ou estaca.
os m em bros' 4. Relato sobre as Designações — N a

— 160 —
i
E sc ritó rio 'd a M issão.
1 d e J u lh o de 1948.

C a rta d a P re sid ê n c ia d a M issão


Aos m e m b ro s do S ace rd ó cio A aro n ico .

C aro s Irm ã o s :

P a r a o m e lh o r d esen v o lv im en to de vossos ta le n to s e p o d er do
S a n to S acerdócio, d e se ja m o s in ic ia r ju n to com o cu rso d a s re u n iõ e s
S a c e rd o ta is, um p r o g ra m a c h a m a d o “A N ossa S a ú d e e a P a la v ra de
S a b e d o ria ” .
N este p ro g ra m a q u ere m o s que to d o s vós te n h a is a o p o rtu n id a d e
d e f a la r d iv e rsa s vêzes sobre sa ú d e e a " P a la v r a d a S a b e b d o ria ” n a s
re u n iõ e s S a c r a m e n ta is .
T odos os dom ingos, c o m eç an d o d ia 18 de J u lh o v in d o u ro , d e ­
se jam o s que u m dos m e m b ro s do S ace rd ó cio A aronico, em ro ta ç ã o ,
d ir ija u m d isc u rso de 5 a 8 m in u to s sô b re o a s s u n to a c im a m e n ­
cionado. É o d ev e r do p ro fe sso r ou p re s id e n te do g ru p o fa z e r d e ­
sig n a çõ e s c a d a s e m a n a . N a tu r a lm e n te e s ta o p o rtu n id a d e é v o lu n ­
tá r i a dé vossa p a r te . As d e sig n aç õ es d ev e m e s ta r p ro n ta.s com u m a
s e m a n a de a n te c e d ê n c ia e e s c rita s n o liv ro ou re g istro do grupo;
ta n to a d esig n aç ão q u a n to o c u m p rim e n to d a m e sm a .
S a irã o n a G a iv o ta de c a d a m ez, u n s a rtig o s, re fe rê n c ia s e in s ­
tru ç õ e s p a r a a j u d a r n e s ta e a s d e m a is fu n çõ e s do S ace rd ó cio .
V am os a p r o v e ita r este g ra n d e p riv ilég io e o p o rtu n id a d e d e d e ­
sen v o lv er os nossos ta le n to s e a j u d a r n o tr a b a lh o do S e n h o r. V a ­
m os m o s tra r ao m u n d o q u e som os d ig n o s de p o ssu ir o S acerd ó cio —
O p o d er de D eus que sig n ific a lid e r a n ç a ! !!
Q ue D eus vos a b e n ço e n e s te p ro g ra m a .

S in c e ra m e n te ,

Harold M. Rex.
Wayne Beck.
Thayle Nielsen.

Chamada, cada membro, ao responder, do grupo como m issionários p a ra v sitar


deve tam bem r e la ta r em poucas p a la ­ os ausentes d u ran te a sem ana; convites
vras as designações executadas d u ra n ­ especiais da presidencia do ram o : conta­
te a sem ana: Ou um a reportagem das to com os p ais; e o u tras m an eiras bôas,
■designações executadas pode seguir a m ostrando sem pre o am or e carinho que
Cham ada. A coisa im p o rtan te é obter vêm no evangelho de Jesu s C risto.
um relato das designações realizadas
cada sem ana por todos os mem bros. 6. D esignação dos deveres p a ra to­
5. Consideração das m aneiras p a ra dos os membros — U sando o livro de
conseguirmos que os membros ausentes cham ada como guia, os varios deveres
assistam as reuniões regularm ente. M a­ devem ser designados p a ra todos os
neiras efetivas incluem ; en v iar membros membros do grupo em rotação.

— 161 —
Designações para os Diaconos grupos ou g rau s do Sacerdocio. V isi­
tando os doentes, ajudando os membros
A) D istrib u ir o Sacram ento e compadecendo-se em tempo de co n tra­
B) F a la r num a reunião S acram ental riedades^ desenvolvem o espírito f r a te r ­
C) Porteiro nal .
D) L im par a sala ou Ig re ja — os copos
e bandejas do Sacram ento—recolher (B ) PER ÍO D O DA LIÇÃO:
os hinarios
E ) A ju d ar o P residente do Ramo 9. Rever a Lição do Sacerdocio p a ra
F ) A visar os membros sobre as reuniões a Sem ana: C ada lição deve ser designa­
da p a ra ler, pelo menos um a vez em
Designações para os Mestres c asa. O professor, depois de p rep aração
m eticulosa, deve rev e r a lição n a aula
G) P re p a ra r o Sacram ento p a ra desenvolver as m ensagens im por­
ta n te s da liç ão . O tempo lim itado na
H,i V IS IT A R OS M EM BROS COMO aula faz necessário e im p o rtan te que
P R O FE S SO R V IS IT A N T E os membros leiam a lição em casa e o
professor p re p a ra -a intensivam ente
Designações para os Sacerdotes p a ra obter os m elhores resu ltad o s.
10. Instruções sobre hábitos e v irtu ­
I) A d m in istrar e abençoar o S acra­ des por um membro da presidencia do
mento ram o. C ada membro da presidencia deve
J ) A ju d ar os m issionários num a " re u ­ p re p a ra r algum as sugestões e instruções
nião em ca sa’' a respeito dos hábitos pessoais, padrões
K ) B atizar da I g re ja de Je su s C risto dos S antos dos
L) T razer um membro novo à reunião Últim os dias, etc. U m a p a le stra breve,
M ) R eativar um mem bro inativo . dada cada sem ana estim u lará pensamen-,
N ) F azer ordenações rio Sacerdocio tos e atos bons e a ju d a rá os m em bros a
Aaronico e v ita r as tentações.
(vide "A G aivota” Num. 4, página
93, ‘'D everes dos Sacerdotes) Lições para os Grupos Sacerdotais
Deve se lem brar que ps Sacerdotes e
os M estres podem e devem, quando fo r T erceira Sem ana de Ju lh o :
necessário, faz er as designações dos "A fundação d a Ig re ja no Tem po do
oficios m ais baixos. Rei M osiah”
7. Instruções sobre os deveres e so­ C apítulo 25 de Mosiah — Livro de
b re o cum prim ento d a s designações: Mórmon
U m a das obrigações principais dos ofi­ Q uarta Sem ana de Ju lh o :
ciais do grupo sacerdotal é en sin ar a "Instruções do Senhor sôbre os
cada membro os seus deveres e encorajá- Incrédulos e M alfeitores”
lo a cum pri-los. Os membros novos, p a r­ C apítulo 26 d e Mosiah — Livro de
ticularm ente, devem receber instruções Mórmon
m eticulosas sobre seus deveres e res­ P rim eira Sem ana de A g o sto :
ponsabilidades e devem se r iniciados nos “ Perseguição no Tempo dos N ephitas
métodos melhores p a ra re a liz a r as coi­ e H oje em D ia”
sas a eles designadas. C apítulo 27 de Mosiah, versículos 1 a
8. A tividades Sociais e fra te rn a is : A 7 — Livro de Mórmon
unidade e o m oral podem ser estim ula­ Segunda Sem ana de A gosto:
dos p o r um pro g ram a social e fra te rn a l “ Conversão M ilagrosa”
definido — excursões ou diversões de­ C apítulo 27 de M osiah, versículos 8 a
vem ser realizadas frequentem ente pelos 19 — L ivro de Mórmon

— 162 —
Depois da Tempestade Ele o conheceu quando o viu. A
carroça parou alguns momentos, e de­
táo devo desistir, pois não posso puxar pois de olhar fixo o vale lá em baixo,
mais. E quando alcancei este ponto, o B righam disse as palavras agora tã<
carro começou a puxar-m e. Tendo o lha­ m em oráveis:
do p ara tra z m uitas vezes, p ara ver
quem em purrava o carro, meus olhos “ É b astan te. E ste é o lu g a r certo.
nunca viram ninguém . Sabia que os C ontinuem . ”
anjos de Deus estavam lá. Sua esposa, Clara, ouvindo as pala­
vras, chorou, pois pareceu-lhe que o lu­
“ E stave eu triste porque escolhi para
g a r era o lugar m ais desolado em todo
v ir assim ? Não. Nem naquele tempo,
o mundo.
nem em qualquer momento da m inha
vida desde então. O preço que p a g a ­ Mas com estas lágrim as vieram ta m ­
mos p ara nos to rn a r m ais proxim os de bem lágrim as de a le g ria . . . lágrim as
Deus foi um privilegio p ag a r, e estou que b ro taram pela realização da profe­
g rato porque tive o privilegio de v ir.” cia de que finalm ente, depois de sem a­
nas cansativas de viagem e queim adu­
Porem, tudo não foi m orte, tra b a ­ ra s do sol, fome e sede, Jeová tin h a
lho. e lá g rim as. guiado o seu povo ao seu destino. Ao
H avia noites em que, ap ezar de b ra ­ novo la r deles. E, não h á lu g a r como
ços e p ern as inchados, eles dansavam , o la r.
cantando o lindo hino do Irm ão Clayton L igeiram ente as p alav ras p assaram
e outros cantos. Tinham declamações pelo tre m de carroças. E daquele trem
historias e poesias. p a ra um outro e assim por deante.
E houve o dia 24 de Julho, 1847!! ‘‘E ste é o lu g a r!” . . . “ Chegam os” . . .
"H o san n a” . . . “ E ste é o lu g a r!!” . . .
N aquele dia, a carroça trazendo o P ro ­ “ Os prim eiros- Santos ch egaram nos
fe ta B righam Young — que estav a de cumes dos m ontes” . “ H osanna!”
cam a com febre — chegou ao cume dum Homens e m ulheres cairam de joelhos
pequeno m onte e parou. Em baixo jazia em agradecim entos alegres, e oração.
o que parecia ser um vale árido, onde
se divisava um espelho de agua — o “ E ste é o lu g a r .”
grande Lago Salgado. Foi um a cena N aquela noite, o corpo principal do
de desolação; um lu g a r onde, pelos pou­ prim eiro trem dos pioneiros reuniu-se
cos exploradores que o viram , nada cres­ junto àqueles poucos que ch egaram no
ceria. E B righam disse: “ Si há um lu ­ vale o dia an terio r, e descansaram , to ­
g a r tão pobre que ninguém quer, aque­ caram , e can taram como não faziam há
le é o lugar p ara n ó s .” a n o s.

Referencias para "A Palavra de Sabedoria”

Gênesis 1:29 Livro de Mórmon "A G aivota” : *


Genesis 3:18 M osiah, capítulo 22 Ano I Num. 3 — página 54
página 58
Deut. 14:3-20 Num. 4 — p ág in a 78
Juizes, 13:13-14 Doc. & Conv. Num. 5 — pág in a 98
página 100
página 113
I Coríntios 3:16-17 Sec. 89 Num. 6 — pág in a 124 , página 142
— 1-63 —
Mas não foi um Eden, e no dia se­ tem plo lindo, com suas espirais, foi de­
guinte o trab alh o p ara to m a r o lugar dicado ao Criador.
assim , cómeçou. Um rio foi represado, * Mas com o fim da viagem não te rm i­
a te rr a reg a d a e arada. Porem , a épo­ n aram as provações. Veio a p ra g a dos
ca da plantação já havia passado; e as gafanhotos, da qual os Santos foram sal­
b a ta ta s que cresceram não eram m aiores vos pelo m ilag re moderno das G aivotas.
do que nozes. No dia 24 de Julho, 1947, no mesmo
P a ra os m ilhares de Santos que p assa­ lugar em que B righam Young e seus
ram aquele prim eiro inverno no vale do conselheiros fieis, H eber C. Kimball e
Grande Lago Salgado — cham ado por W ilford W oodruff, tin h am visto o vale
exploradores a te rr a que Deus esqueceu do Lago Salgado cem anos a tra z , foi
— a vida e ra dura. E m uitos comeram erigido um m onum ento. N a sua coluna
raizes das p la n tas que lá havia. m ais a lta, estão as fig u ra s daqueles tre s
homens.
“ Não som ente de pão vive o homem,”
eram as p alavras inspiradas do P ro fe­ N a sua base e lados estão outros ho­
ta B righam Young e seus conselheiros m ens, m ulheres e filhos, exploradores e
que fala ra m frequentem ente em nome d t pioneiros. E em le tra s g randes se 5ê:
Deus, e festa s espirituais existiram em E ST E É O LUGAR.
abundancia. Escolas, em tendas, em
b arracas, em carroças, levantaram -se O m onum ento tem a fre n te não p ara
como cogum elos. um vale deserto, m as um deserto que
Na prim avera seguinte, os pioneiros tem florescido como um a ro sa.
viraram o curso dos riachos, construí­ N aquele vale fica um a das m ais belas
ram rep resas e com eçaram o sistem a de cidades da A m erica, rodeada por m oi­
irrigação da te rr a seca. No outono a ta s outras igualm ente convidativas,
colheita foi bôa.
igualm ente ind u strio sas e igualm ente
A te rra que Deus esqueceu? N ão. conhecidas por sua m anutenção da lei e
A te rr a que Deus reservou p a ra os seus da ordem, e de um povo divino.
filh o s. * O lu g a r tornou-se um Im pério in te ­
rio r sem com paração.
“ E ste é o lu g a r . *’
V erdadeiram ente, os hum ildes — os
Em fim , m ilhares de Santos chega­ m altratados — e ainda os fo rte s e co­
ram no vale, e extenderam -se p ara os
rajosos tem herdado a te rra .
vales vizinhos. A Cidade do Lago Sal­
gado foi planejada, e o trabalho, num TUDO BEM! TUDO BEM!

A /" i A T» A Apresentamos na capa deste mês um retrato das figuras


■A. v ^A Jr A do monumento erigido em Julho do ano passado. Esquerda à
direita: — HEBER C. KIMBALL, BRIGHAM YOUNG e
WILFORD WOODRUFF.

O que és é dádiva divina, o que fazes


de ti mesmo é tu a dádiva a D eus.

— J64 —
Ezra T. Benson Desde aquele tempo ele tem recebido
v a ria s designações im p o rtan tes n a ig re ­
j a . Em Ja n eiro de 1946 foi designado
forçado p ara g a n h a r um a bôa educa­ p a ra presid ir na missão E uropéia. Foi
ção, sem pre tem achado tem po p ara ser g rande sua responsabilidade naqueles
alegre — rindo com seus am igos — d i­ dias de sofrim ento de após g u erra, p a ra
vertindo-se num baile ou f e s ta . Um ho­ re-org an izar os d istrito s e paróquias e
mem alegre é sem pre amigo e líder da colocar os Santos, organizando auxilios
m ocidade. e planejando alivio p a ra o sofrim ento
O cham ado tão desejado p a r a servir — comida, roupas, roupa da cam a, se­
como m issionário veiu quando E lder m entes, etc. — tudo fdrnecido pelo a r ­
Benson estava na U niversidade A gríco­ mazém do "P la n o do Bem e s ta r” (Wel-
la do E stado de U tah, e deixou a esco­ fa re P lan ) que tin h a sido instalado des­
la p a ra se rv ir na G rã-B retan h a de 1921 de o ano de 1936, preparando-se p ara
a 1923. Suas qualidades esp iritu ais e ta is acontecim entos.
sua habilidade de liderança desenvolve­ E lder Benson foi escolhido p a ra re a ­
ram -se logo n a m issão e foi escolhido lizar esta g ran d e ta re fa e sob sua di­
como presidente da conferencia (d istri­ reção o trab alh o avançou e m uito foi
to) de N ew castle. feito p a ra os membros de lá .
Em Ju n h o de 1946 m ais de 500 santos
Depois de cum prir a m issão na In g la ­
reuniram -se em H am burgo onde foi rea-
te rra ele voltou a escola, m as ja m ais es­
zada um a conferência. H av ia cinco m is­
queceu seu trab alh o na ig re ja . Serviu
sionários trab alh an d o alí e espalhando
n a d ireto ria da escola dominical da e s ta ­
o E vangelho R estau rad o . E ld er Benson
ca, tam bem na d ireto ria da A . M . M . e
disse que muitos daqueles que assistiram
na superinteudencia da estaca prog res­
a conferencia eram m agros, fraco s e p as­
sivam ente .
sando fome, m as nos seus olhos b rilhava
No Templo de S alt Lake, no dia 10 a luz da verdade e de suas bocas saiu
de Setembro de 1926, E lder Benson ca­ um testem unho de fé e devoção que devia
sou-se com F lo ra Sm ith Amussen, filha ser um exemplo p a ra toda a ig reja. Não
mais jovem de C arl C hristian Amussen, havia nenhum a expressão de desalento
joalheiro proem inente da Cidade do Lago nem a m arg o r: Sómente um sentim ento
Salgado. Depois do casam ento eles en­ de am or e g ratid ão pelo evangelho de
tra ra m na U niversidade A grícola do E s­ Jesus C risto e p a ra seus irm ãos e ir ­
tado de Iowa, num a bolsa de estudos, mãs que nas suas vidas m ostram o es­
onde E lder Benson ganhou um diploma p irito verdadeiro do "M orm onism o.”
em ciência e foi eleito à sociedade Gama E ld er Benson viajou pelos países da
Sigma D elta, a sociedade de honra na E u ropa visitando os Santos em Cope-
a g ric u ltu ra . nhagen, E sb jerg , Kiel, H am burgo, Bre-
E lder Benson teve m uitas o u tras posi­ men, H anover, B erlin e m uitos outros
ções e h o n rarias, tan to na vida civil lu gares do continente.
como na ig re ja — trab alh o que o levou V erdadeiram ente ele fez m uito p a ra
p a ra todas as p arte s do oeste e a W as­ aliv ia r um pouquinho o sofrim ento nes­
hington D . C . ses países, e o mundo está sem pre me­
Em O utubro de 1943 E zra T . Benson lhorado por homens como E zra T . Ben­
recebeu o cham ado da p rilh e ira presi­ son. A fo rtu n ad o é o povo que o tem es­
dencia p a ra ser um apostolo e membro colhido como líd er. A vida do E lder
do conselho dos doze. S ua vida ativ a e Benson tem sido e sem pre será um a luz
ju s ta qualifica-o p a r a esta grande po­ aos santos dos últim os dias e ao mundo
sição na Ig re ja do Senhor. in te iro .

— 165 —
0 Empate c ic le ta de D ick — a b ic ic le ta p e la
q u al ele h a ta n to te m p o v in h a t r a ­
ele " d á ” se u d in h e iro . H oje ele deu b a lh a n d o e e c o n o m is a n d o . E J a c k
do is c ru z eiro s a L ee G ra y so n p a r a p a ­ d esejo u , ta m b é m , a rd e n te m e n te , es­
g a r a p a s sa g e m e o n te m d e u dez c e n ­ t a r c o m p ra n d o u m a b ic ic le ta .
ta v o s à m e n in in h a dos N o lan d , p a r a “M as n ã o a d i a n ta n a d a s u s p ira r ”
c o m p ra r so rv ete, p o rq u e e la e s ta v a ti n h a ele d ito a D ick, q u a n d o se d i­
c h o ra n d o . E depois, o o u tro d ia , ele rig ia m p a r a a lo ja . “E u n ã o g u a rd e i
co m p ro u u m a v a r a de p e s c a r p a r a o b a s ta n to d in h e iro e a c h o qu e se p a s ­
B a rto n , p a r a ele p o d er nos se g u ir e s a r á m u ito te m p o a n te s qu e eu p o s­
fin g ir q u e p escâ v a, e eu j á lh e c o n ­ s a ”, m a s assim m esm o ele e n tro u n a
te i so b re o velh o S r. P e rk in s , m a ­ lo ja, com D ick, ex c ita d íssim o com a
m ã e, com o o J a c k o e n c h e de v e r d u ­ p e rsp e c tiv a d a co m p ra .
r a s e f ru ta s , fin g in d o que n ã o pode Os m e n in o s e x a m in a ra m tô d a s a s
v e n d e -la s, e diz ao velh o que de q u a l­ b ic ic le ta s e f in a lm e n te D ick d e c id iu -
q u e r m odo e la s vão se p e rd e r. se p o r u m a . E ra u m a b ic ic le ta l i n ­
E ste foi u m d isc u rso m u ito c o m p ri­ d a, lo n g a , de lin h a s a e ro -d in a m ic a s ,
do p a r a D ick, e ele se n to u -s e e sp e ­ com to d o s os in s tru m e n to s n e c e s s á ­
ra n d o p a r a o u v ir o que su a m ã e d i­ rios p a r a fa z e r d e u m p asseio u m a
r ia . a l e g r ia .
A S ra . T a y lo r c o n tin u o u a b a te r “É fo rm id á v e l”, disse J a c k com e n ­
o bolo p o r u m m o m e n to ; d ep o is vi- tu siasm o , e e n t ã o - u m a e x p re ssão de
ro u -se p a r a D ick e disse p e n s a tiv a ­ s u rp re s a a g ra d á v e l e s p a lh o u -se p o r
m e n te : “J a c k é u m m e n in o m u ito su a s feições ao v e r e n t r a r n a lo ja o
bom D ick, e s u a m a n e ir a de d a r S r. P e rk in s .
q u a n d o a p a re c e m o casiões que m e ­ “Com o vai, S r. P e r k in s ”, disse ele,
rec em , m o s tra u m m a g n ífic o tra ç o de “v e n h a v er a b ic ic le ta que o D ick e s tá
se u c a r a te r ”. c o m p ra n d o ” .
D ick p e n so u p o r u m m o m e n to . “Sim , O v elh o se n h o r veio e x a m in a r a
m a m ã e , q u a n d o é que você p e n s a que b ic icleta, s u a n o b re ca b e ç a m a n tid a
ele v ai p o d e r c o m p ra r a b ic icleta , se o rg u lh o sa m e n te e r e ta em se u s o m b ro s
ele d á tu d o q u a n to g a n h a ? ” um pouco cu rv o s. Ele p a r e c ia m u i­
“E u se m p re digo D ick, que “d a r s a ­ to d ig n o e a r is to c rá tic o em s u a s r o u ­
b ia m e n te é u m a o u tr a m a n e ir a de p a s n o v a s e b em c o rta d a s , e os m e ­
e c o n o m is a r”, re sp o n d e u su a m ã e e n in o s n o ta r a m q u e seu s s a p a to s e s ta ­
te rm in o u tía co b rir o bolo, g u a r d a n - vam e n g ra x a d o s e qu e seu novo c h a ­
d o -o p a r a o j a n t a r . p éu cin z a c o m p le ta v a su a a p a r ê n c ia
D u ra n te o v erã o todo, os m e n in o s d is tin ta .
c o n tin u a r a m a v e n d e r su a s v e rd u ra s P o r e x tra n h o acaso , eles s e n tir a m
e f ru ta s . E les tr a b a lh a r a m d ilig e n ­ m a is f o rte m e n te n esse d ia , a p e rs o ­
te m e n te , le v a n ta n d o -s e cedo n o s d ia s n a lid a d e fo rte do S r. P erk in s.
q u e n te s p a r a co lh e r v e rd u ra s, fa z e n ­ “B em , m e u filh o , é re a lm e n te u m a
do m a ço s e la v a n d o - a s a n te s q u e o ó tim a b ic ic le ta a qu e você e s c o lh e u .
sol to r n a - s e d e m a sia d o q u e n te . Eles E u só d e s e ja ria e s ta r a q u i p a r a v er
m a n tiv e r a m seu s c lie n te s su p rid o s e você u s á -la ”.
sa tis fe ito s , com a lfa c e fre s c a e verdi- O s m e n in o s fic a ra m a d m ir a d o s .
n h a , b e te r ra b a s te n ra s , e rv ilh a s e m i­ “M as o S e n h o r n ã o v ai em b o ra , v ai
lh o e a s m a is gosto sas f r u ta s . S r. P e r k in s ? ”, d iss e ra m ju n to s.
F o i em fin s de S e te m b ro e n u m s á ­ “Sim , v o u -m e e m b o ra e s ta ta r d e .
b a d o de m a n h ã que os dois m e n in o s Eu a lu g u e i m in h a c a sa p o r to d o o i n ­
se d ir ig ir a m à lo ja p a r a e sco lh e r a b i­ verno. v e n d i m in h a v a c a e a g o ra vou

— 166 —
v o lta r p a r a a cid ad e m o ra r com m eu vou fa z e r com o m e u c a v a lin h o . S e rá
filh o e m in h a f ilh a . E les e s tã o es­ q u e você g o s ta ria d e to m a r c o n ta dele
p e ra n d o que eu a c a b e m e u s negócios. d u r a n te e ste in v e rn o ? T e n h o fen o lá
Vocês sab em , c o n tin u o u ele rin d o , eles em c a sa , que você p o d e ir b u scar".
a c h a m que eu n ã o to m o b em c o n ta “G o s ta ria m u ito , disse Ja c k , e eu
de m im , a q u i. to m a re i m u ito b em c o n ta d ele”.
Os m e n in o s rira m - s e ta m b é m com “T e n h o c e rte z a de qu e você to m a rá .
êle, m a s n ã o p u d e ra m d e ix a r d e p e n ­ E eu q u e ro re c o m p e n sá -lo pelo fav o r
s a r que seu s filh o s tin h a m raz ão , ao q u e m e p re s ta . Q ue a c h a você d isto ?
le m b ra re m -se d a m a n e ir a e n g ra ç a d a disse ele, com b rilh o tra v a s s o n o s
com que o S r. P e rk in s to m a v a co n olhos, m o s tra n d o a b ic ic le ta que D ick
t a d a c a s a e do g eito com q u e êle co ­ ia c o m p ra r.
z in h a v a . M as de re p e n te , J a c k s e n ­ “M as S r. P e rk in s, eu — n em sei
tiu -s e m u ito o rg u lh o so de s u a a m iz a ­ o q u e d izer, ex c la m o u Ja c k , m a s o
de co m o S r. P e rk in s, e o lh o u -o com S r. P e rk in s j á tin h a d ad o o rd em ao
m u ita p e n a de p e rd e r tã o b om a m i­ v e n d e d o r p a r a d o b ra r o p ed id o de
go . E D ick s e n tiu ta m b é m u m a p e n a D ick.
a p e r ta r seu co ra ção , p e n a p o rq u e ele Q u a n d o d iss e ra m a d e u s ao S r.
d eseja v a a g o ra , a rd e n te m e n te , te r P e rk in s, fic a ra m n a esq u in a, c a d a u m
sido u m p ouco m e n o s e g o ísta p a r a com s u a b ic icleta , o lh a n d o p a r a o v e­
com o S r. P e rk in s, e q u e ta m b é m lh o s e n h o r qu e se d is ta n c ia v a .
pud esse te r a seu c ré d ito a lg u n s a to s “É e n g ra ç a d o , d isse D ick, d u r a n te
de b o n d a d e ju n to ao velh o se n h o r, de to d o o v erã o , eu g u a rd e i d in h e iro
que ele p u d esse se re c o rd a r q u a n d o com o u m louco, e fiq u ei em casa, p a r a
estiv esse de v o lta à c id a d e . p o d e r c o m p ra r e s ta b ic ic le ta , e você
“S in to m u ito que o s e n h o r v á e m ­ d eu q u a si to d o o seu d in h e iro , d iv e r­
b o ra, d isse J a c k , sé rio . V am os s e n tir tiu - s e a v a le r e a f in a r a c a b a m o s g a ­
m u ito a su a f a l t a ” . n h a n d o a m e sm a c o u s a ”, ele riu -s e
“V am os m esm o, a c re s c e n to u D ick de bom h u m o r. “A cho. q ue é com o
com h o n e s tid a d e . N a d a p a r e c e r á d i­ a m a m ã e diz: “d a r s a b ia m e n te é u m a
re ito sem a s u a p re s e n ç a a q u i.” o u tr a m a n e ir a de e c o n o m is a r”.
“E eu vou s e n tir f a lta de vocês t a m ­ J a c k n ã o disse n a d a p o r u m m o ­
bém , m e n in o s. Vou s e n tir f a lt a de m e n to , m a s e n q u a n to o lh a v a p a r a a
vocês com o se fossem m e u s p ro p rio s fig u ra do S r. P e rk in s q u e se d e sv a ­
n eto s. E vocês f o ra m tã o b o n s p a r a n e c ia ao lo n g e, e qu e e r a u m d e seu s
m im , disse ele o lh a n d o firm e p a r a m e lh o re s am igos, a s u n ic a s p a la v r a s
Ja c k , m a s v o lta re i n a p rim a v e ra , t e r ­ que a c h o u p a r a d izer fo ra m : — "Ele
m in o u a le g re m e n te , e vocês v ão m e é u m velh o fo rm id á v e l”.
e n s in a r a p la n ta r d e n o v o . E J a c k ,
h á a in d a u m a cousa. N ão sei o que T ra d . p o r S ilv ia C ourrege.

"N ão há, quasi, desgraças na te r r á ; há principalm ente, obstáculos; a vonta­


de sem pre os vence.”

— 167 —
Jo in v ille Depois de um dia em São Paulo E lder
Lee foi a Cam pinas. E stá atu alm en te
No dia 15 de maio de 1948, precisa­ trabalhando com os E lders em C u ritib a .
m ente 119 anos depois da restau ração do Sede Bemvindo ao B rasil, E ld er Lee!!!
Sacerdocio A aronico por João B atista,
realizou-se em Joinville, o m aior b a tis­
mo de um ram o n a h isto ria da Missão C u ritib a
B rasileira. N aquele dia m aravilhoso 12
pessoas en tra ra m nas aguas do rio Os fru to s do trab alh o estão se mos­
Cubatão e foram b atisadas — aum entan­ trando em C uritiba. No dia 27 de maio
do assim o num ero de membros em Jo in ­ p p. realizou-se um grande baile naque­
ville a quasi 110. Mais de 50 pessoas le Ram o. Dizem-se que foi um grande
assistira m o batism o e ficaram assom ­ sucesso com m ais de 250 pessoas p re ­
b rad as pela beleza e sim plicidade da ce­ sentes. As senhoras da Sociedade do
rim onia. Logo após a cerim onia tiv e­ Socorro forneceram e serviram sanduí­
ra m um “ pic-nic” . Fez-se um a foguei­ ches, doces e refrescos.
r a e todos assaram “cachorros quentes” Muitos moços e moças assistiram —
e beberam refrescos. O grupo foi e m ostrando que a mocidade B rasileira
voltou de càminhão, cantando e gozan­ está interessad a em divertim ento de um
do o trajeto . Foi um dia inesquecível alto nivel.
para todos os assisten tes. — C. E . T. Os nossos parabéns, Curitiba.

Novo Missionário
São Miguel
E lder Boyd H . Lee, de S alt Lake City,
desceu do N avio “ SS A rg e n tin a” em Houve dois batism os em São Paulo no
S antos no dia 4 de Junho pp. Chegou mês passado. No dia 5 foi realizado o
aqui na Casa da Missão à tarde do m es­ batism o de três pessoas n a piscina do
mo dia. Muito contente de e s ta r na bôa Club F loresta. Foi um lindo dia e um
te rr a novam ente, depois de 13 dias nr, lindo batismo.
alto m ar, ele disse que está gostando do Mais seis pessoas foram batisad as 110
B rasil m as quer conhecer m ais deste dia 12 de junho n a lagoa do B airro do
g ran d e P aís. Limoeiro. T iveram um pequeno p ro g ra ­
E lder Lee é sobrinho do Apostolo Ha m a de hinos e orações an tes de e n tra r
rold B. Lee. (G aivota de M aio). N as­ na agua. Depois da cerim onia, foram
ceu em S a lt Lake City e foi edueado todos p ara a casa do irm ão Conto e foi
alí tam bem . servido um pequeno e delicioso lanche.

— 168 —
Você Sabia Que ?

1. O prim eiro discurso em publico so­ ses depois, no dia 24 de Ju lh o . Cento e


bre o evangelho por um E lder nesta dis- qu are n ta e oito pessoas fo rm aram esta
pensação foi proferido no dia 11 de abril pequena e corajosa com panhia. <145
de 1830 por Oliver Cowdery, que falou homens, 3 m ulheres e 2 meninos);
num a reuniáo na casa de Pedro W hit­
m er, em F ay ette, Nova York, cinco dias 5. E zra T. Benson, apostolo do Se­
depois d a fundação da Ig re ja . nhor e bisavô do apostolo E z ra T . Ben­
son de nossos dias, foi um dos homens
2. E stá escrito em Isa ía s: "E acon­ da p rim e ira com panhia dos pioneiros.
tecerá nos últim os dias que o m onte da (V eja pág in a 147).
casa de Jeová será estabelecido no cume
dos m ontes, e se rá exaltado sobre os 6. Os pioneiros v ia jaram 3.367 kilo­
outeiros; e concorrerão a ele todas as m etros sobre as planícies, desertos, mon­
nações. ta n h as, e atra v essaram m uitos rios e
ribeiros p a r a chegarem ao vale do Lago
E virão m uitos povos, e dirão: Vinde, Salgado, no “cume dos M ontes.”
e subamos ao Monte do Senhor, à casa
de Deus de Jacó, p ara que nos ensine o 7. A m aior p a rte dos pioneiros via­
que concerne aos seus caminhos, e ande­ ja ra m a pé e h av ia as com panhias de
mos nas suas veredas; porque de Sião carroças de mão (h an d -ca rt com panies)
sa irá a lei, e de Jerusalém a p a la v ra do que cam inharam toda a d istan cia pu­
S enhor!” xando su as p ró p rias carroças. Em duas
destas com panhias fo rm ad as de 1026 pes­
3. E dw ard P a rtrid g e foi designado,
soas, 220 m o rreram no cam inho p o r cau­
pela imposição das mãos, como o p ri­
sa dos sofrim entos e tem po frio .
meiro bispo presidindo a Ig re ja em 4
de fevereiro de 1831. 8. A p a la v ra " U ta h ” é um a p a la v ra
da língu a dos índios e ela significa *'0
4. A prim eira com panhia dos pionei­
Cume dos M ontes.”
ros p a rtiu de W in ter Q u arters em abril
de 1847 e chegou ao "cum e dos mon­ 9. O preço da "G aiv o ta” aum entou
te s” (o vale do Lago Salgado) trê s me­ ao com eçar este m ês.

D ITA M E S

Quando retrib u es in jú ria s por in jú ria , "Q uasi todos os inales não tem fu n ­
pôe-te abaixo do teu inimigo, quando dam ento senão n a nossa im aginação.
dele te vingas, a ele te assem elhas, quan­
São os nossos tem ores do fu tu ro que os
do, porém, perdoa-lhes, colocas-te acim a
■dele. — Benjamin Franklin. aguçam . O sofrim ento presente, g eral­
* ;i * m ente bem leve, não nos b a s ta . Q uere­
Quando vires o mal, combate-o — mos sofrer, além disso, no passado e no
Lincoln fu tu ro .” — Lamemiais.
A MENSAGEM
DA PRIMEIRA “PRESIDENCIA
AOS MEMBROS DA IGREJA
“ O LA R ”

O la r é considerado a residencia do As forças do m al estão trabalhando


homem. É de origem divina e é, po r­ ag o ra p ara d e stru ir o san tu ario do la r.
tanto, um a instituição sagrada. O lar Com o pensam ento que o la r pode for-
é, há m uito tempo, reconhecido como o tificar-se dentro de si mesmo, a Ig re ja
alicerce da sociedade e da nação. “ No está recomendando a adoção de um a
am or do la r nasce o am or à p a tria .” “ noite do la r ”, um a vez p o r sem ana.
A civilização atu al é um produto As instruções da P rim eira Presidenr
do lar, da escola e da ig reja. O cia são as seguintes:
la r é o m ais im portante desses f a ­ Pai’a esse fim aconselham os a inau­
tores. McCullock em seu livro, O L ar, guração da “ N oite do L a r” atrav ez de
O Salvador da Civilização, diz: De todos toda a Ig re ja , ocasião essa em que os
os fato res que entram no am biente da pais e as m ães podem reu n ir seus f i­
criança, ou de qualquer outra pessôa, o lhos e filh as com eles no lar, e ensi­
la r é o m ais poderoso, tan to assim que ná-los a palav ra do S en h o r. . . “ N oite
se pode dizer que o la r faz ou põe a do L a r” deve ser devotada a oração,
perder o ca ráter. A criança desde o hinos, canções, m usica in stru m en tal, le i­
dia de seu nascim ento, du ran te pelo m e­ tu r a das escritu ras, tem as fam iliares, e
nos doze anos, é tão dominada pelas in­ instruções específicos nos princípios do
fluencias do lar, bôas ou m ás, que ela evangelho, e sobre os problem as éticos
é absolutam ente im possibilitada de r e ­ da vida, tão bem como os deveres e as
sisti-las . obrigações dos filhos p a ra com os pais,
Uma responsabilidade definitiva cabt o lar, a ig reja, a sociedade e a nação.
aos pais em prover um la r ideal. U m a prom essa é fe ita às fam ilias qne
A travez das facilidades do la r desen­ desejam ad o tar este plano:
volvem-se todos os virtudes de um a so­ Si os S antos obedecerem este conse­
ciedade nobre; perpetua-se a raça h u ­ lho, prom etem os que serão g randem en­
m ana; constroem -se as bases do c a rá te r; te abençoados. O am or no la r e obe­
promove-se a diligencia; acum ula-se a diencia aos pais crescerão. A fé se
riqueza; cultiva-se a a rte e m antem -se desenvolverá nos corações da juventude
a religião. O ensino no la r é o fa to r de Israel, e g an h arão poder p ara com­
que determ ina praticam ente o fu tu ro de b ater as m ás influencias e tentações que
quasi to d a a hum anidade. Nos lares os ro d eiam .
onde m antem -se ideais elevados, os pais Deve-se lem brar que se o ensino que
e não os professores construirão o a li­ uma criança deve receber no la r fo r n e­
cerce do ca ráte r, os princípios da eco­ gligenciado, a Ig re ja e a escola não pode
nomia, e fé em Deus nos corações de de modo algum com pensar pela perda.
seus filh o s. Os pais devem viver de acordo a
Desde o inicio, a edificação do la r tem adm oestação divina, “ E eles tam bem e n ­
sido um dos principais objetivos desta sinarão seus filhos a o rar e an d ar em
Ig re ja . É considerado tão vital que to r­ retidão perante o S e n h o r.” (D&C
na-se um a instituição perm anente, espe­ 6 8 :2 8) .
rado d u rar p ara a eternidade. Trad. José Cam argo
ANO 1 -NUM . 8 Q aioota AGOSTO -1 9
Primeiro Salmo de David
João de Deus.

Bendito o que não cái em se guiar


Por conselhos de gente depravada,
E em vendo que vai mal, muda de estrada,
E nunca se demora em mau lugar.

Que o seu empenho é só unicamente


A lei de Deus, que estuda noite e dia.
Como a árvore ao pé d’agua corrente,
Dá à seu tem po o fruto que devia.

Nunca lhe cái a folh a: empresa sua


Sai por força conforme o seu intento;
Enquanto o ímpio, o m au trabalha e sua,
E é sempre como o pó, que espalha o vento!

No tribunal, onde há-de ser ouvido,


Não conte com sentença a seu favor;
Que não entra no número escolhido
Dos justos, dos amigos do Senhor.

O justo, Deus bem sabe o seu caminho,


E guia-o não o deixa andar sozinho;
E o caminho do mau, pelo contrário,
E’ beco sem saída e solitário.
Ano I — N.° 8 Agôsto de 1948

“A GAIVOTA”
(T razendo N otícias do E te rn o E vangelho)
ó rg ão
O ficial da M issão B ra sile ira da Ig re ja de Je su s C risto
dos S antos dos Último? D ias
R egistrado sob N .° 66, conform e D ecreto N .° 4857, de 9-11-1939.
Á aainatura A nual no B rasil . Cr$ 30,00 D i r e t o r .Cláudio M artins dos Santos
A ssinatura anual do E x te rio r Cr$ 40,00
R e d a to r:....................................... João Serra
Exem plar Individual ............. Cr$ 3,00
Tôda correspondência, a ssin atu ra s, e rem essas de dinheiro devem ser enviados a :
“A G A I V O T A ”
Caixa P o stal 862 São Paulo — B rasil

ÍNDICE
ED ITO RIA L — Conselho sobre o Conselho ................ Richard L. Evans 170
H om ens e P a la v ra s .......................... .................................................................................caga
A RTIG O S E S P E C IA IS
A lb ert E. B ow en — Um L id e r de Isra el M o d e r n o .............. W arren J. W ilson 171
L em brança do M onte C um orah ........................................... .. . . . . (7.a p a rte ) 172
O Poder da V erdade ........................................... Presidente Heber J. G rant 174
A U X IL IA R E S
Escola D om inical:
V erso S acram en tal p a ra o mês de S etem bro ............................................. 177
E nsaio de Canto p a ra o m ês de S etem bro ................................................ 177
O P rofessor P re p arad o é o S ustentáculo
d a Escola D om inical ...................................... Joseph K. Nicholes 178
P rim á r ia :
A m m on, o F ilho de um Rei ......................................... Lowell Bennion 181
Sociedade de Socorro:
A C aridade T udo E spera, T udo S u p o rta ..................................................... 183
SACERDÓCIO
Serviço do Sacerdocio ........................................................ .... . John A. Widtsoe 185
Lições p a ra os G rupos S acerdotais ................................... W arren J. Wilson 185-6
VÁRIOS
E videncias e Reconciliações:
P orq u e são os S antos dos Ú ltim os D ias
considerados um povo estranho? ............................. João A. Widtsoe 187
Você Sabia Q u e ...? .................................................................. Warren J. Wilson 182
A C apa .............................................................................................. Alberto Valeixo 191
C a rtas ao E ditor e Q uero S a b e r ...! ............................ ............................................. 192
Poesia • • • ........................................................ ................................ João de Deus caj>a
T D i n i T n r N n v T r a ir a ir r& >* $ ? * <r& > r J ^ » ■ & > r fa *■&■><*&><*&><•&*»
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| Conselho sobre o Conselho


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<$, U m a coisa que faz com q u e a m a io r p a r te d a s p esso as se a b o r r e ­
ç a m é re c e b e r u m co n selh o q u e - e la s n ã o d e s e ja m e n ã o p e d ira m
U m a vez ou o u tra , ta n to n a in o c ê n c ia d a ju v e n tu d e , com o n a m a ­
tu r id a d e a u to -s a tis fe ita , n ã o é r a r o p a r a n ó s p re su m irm o s q u e p o d e ­
m os p ro g re d ir se m n e n h u m co n selh o .
P a r a a lg u n s de nós, le v a m u ito te m p o a té q u e a p re n d a m o s que.
o r d in a r ia m e n te te m o s m a is de que a r r e p e n d e r -n o s , q u a n d o n ã o p o ­
m os os nossos co n selh e iro s ao p a r de n o ssa s c o n f id ê n c ia s . E q u a n
. do a lg u e m o ferec e u m c o m e n tá rio ca u te lo so , n ó s, m u ita s vêzes, im -
*£• p a c ie n te m e n te , p e n s a m o s que sa b em o s tô d a s a s re s p o s ta s e n a o n e -
^ c e ssitam o s a d m o e s ta ç õ e s .
jtj. É e s p e c ia lm e n te d ific u lto so p a r a os p a is fa z e r com q ue os filh o s
*** se d e m o re m o te m p o b a s ta n te p a r a o u v ir a s p re c a u ç õ e s d ita s pouco
4Jçj a n te s deles p a rtire m , p o rq u e os jo v e n s a b re m , ra p id a m e n te , o c a m i­
* n h o em d ire ç ã o à s a íd a m a is p ró x im a .
U m a fra s e de u m velh o filósofo e x p re ssa e ssa a titu d e q u asi que
Cf, u n iv e rsa l: “Q u a lq u e r q u e s e ja o se u co n selh o , f a ç a - o b re v e ” . E n -
«jjp tre ta rito , o u tr a c ita ç ã o c h e g a a in d a m a is p e r to do m io lh o do a s s u n -
jb to : “O co n selh o n ã o se to r n a a n tip á tic o sim p le sm e n te p o r se r c o n -
se lh o ; m a s p o rq u e m u ito p o u c a s p esso as sa b e m com o d á - lo ”. O f a to
de qu e o conselho, a s m a is d a s vêzes, n ã o é a p re c ia d o p o d e se r t a n to
p ela f a lta de q u em o d á com o de qu em o re c e b e . S i ele é d a d o com
* excesso de c o n fia n ç a , de u m a m a n e ir a j á b a s ta n te c o n h e c id a , o u com
$ a rro g â n c ia , ele te m p o u c a p ro b a b ilid a d e de a c e ita ç ã o . O co n selh o
o ferecid o em u m a c o n v e rsa ç a o m o d e ra d a te m m u ito m a is possibili -
♦ d a d e s de se r ouvido do q u e o co n selh o q u e n o s é d a d o em fo rm a de
se rm ã o . O co n selh o que d e ix a tr a n s p a r e c e r q u e sa b em o s a lg u m a
i co isa so b re o a s su n to , te m , p ro v a v e lm e n te , m u ito m a is p o ssib ilid a d es
*3* d e se r ouvido do que o co n selh o q u e p re su m e se rm o s in te ir a m e n te
«Jf-» ig n o r a n te s de seu c o n te ú d o . C om "efeito, m u ito s b o n s co n selh o s sã o
re g e ita d o s p o rq u e a lg u e m p re su m e q u e ele p o d e s e r m e tid o à fo rç a
^ n a c a b e ç a de o u tr a p e sso a . N ão to le ra m o s o co n s elh o d essa fo rm a ,
«3jC> n e m m esm o q u a n d o ele é b o m . U m h o m e m q u e tr a z u m a m e n s a -
jf r gem , deve o fe re c e r m a is do q u e u m a sim p les m e n sa g e m . Ele deve
^ p o ssu ir u m p e rfe ito e n te n d im e n to d a s n e c e ssid a d e s e d esejo s d a s o u -
Cfc t r a s p esso as e r e s p e ita r os seu s p o n to s de v is ta : E a q u i e s tá o u tr a
* f ra s e de u m sábio filósofo p a r a to d o d o a d o r de b o n s co n selh o s: —
“Q u a n d o a v id a de u m c o n se lh e iro é c o n h e c id a com o e s ta n d o ac o rd e
<$> co m su a s p a la v ra s, é im possivel que seu s co n selh o s n ã o te n h a m g r a n ­
d e p re p o n d e râ n c ia .” M u ito s b o n s co n selh o s se p e rd e m pelo em p re g o
d e tá tic a s e rrô n e a s, m o m e n to s in o p o rtu n o s, m á u g ê n io . E m u ito s
m á u s co n selh o s são a c e ito s p o rq u e são, a g ra d a v e lm e n te a p re s e n ta d o s .
E m co n clu são , vam o s c ita r dois sin a is in fa liv e is d e sa b e d o ria : U m é
$ a p r e n d e r com o d a r co n selh o s e o o u tro é a p r e n d e r com o rec eb ê-lo s

ELD ER R ICH A RD L . EVANS.


*
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wjw «^y «JJw wjv b
ALBERTO E BOWEN
Um dos L ideres de Israel M oderno

P or Warren J. Wilson

a tra b a lh a r p ara g an h ar a vida q u o ti­


diana. F oi seu trab alh o co n stan te e
sua econom ia q ue tornou possivel sua
aspiração: a de obter um a educação
profissional.
E lder Bowen ganhou um diplom a
na U niversidade de B righam Young.
(N aquele tem po a u n iv ersid ad e esteve
na Cidade d e Logan. A tu alm en te está
em Provo, U ta h ). Depois de fo rm a r-
se, E lder Bow en foi cham ado a cum ­
p rir um a m issão na A lem anha. Ficou
lá tres anos pregando o Evangelho
R estaurado.
Ao v o ltar p ara os Estados U nidos,
ele aceitou um a posição n a u n iv e rsid a­
de e ensinou p o r diversos anos. Isto
foi o começo' de um a possivel ca rre ira
n otável como educador, porem , ele de­
cidiu estu d ar a lei. Em 1911 ele se
form ou n a U niversidade de Chicago
com a distinção de D outor da Lei.
V oltou a L ogan e com eçou sua ca r­
re ira de advogado, m orando ali até
1920 quando m ud o u -se p ara a Cidade
ALBERT E. BOWEN do Lago Salgado.
E lder Bow en foi e é um m em bro
O nascim ento de um filho abenço&u m uito ativo na Igreja. S erviu q u atro
o la r hum ilde de D avid e A nnie Sha- anos como su p erin ten d en te da Escola
ckleton Bowen, no dia 31 de O utubro D om inical e em 1922 foi designado
de 1875. N aquele dia o setim o íilho m em bro d a D iretoria G eral da Escola
desse am avel casal nasceu em H ender- Dom inical, onde p resto u ótim o serviço
son C reek no estado de Idaho. até a designação à su p erintendencia da
A infancia e a ju v e n tu d e de A lbert A .M .M . em 1935.
E. Bow en foram vividas num am bien­ Em A bril de 1937 ele foi escolhido
te p ioneiro na fazenda de seu pai. Os e cham ado p ara ser um m em bro do
pais foram convertidos à Ig re ja n a In ­ conselho dos doze apostolos.
g la te rra e v ia jaram atra v és as p la n í­ E ’ com m uito orgulho que lhes a p re­
cies p a ra ju n ta rem -se com o corpo da sentam os neste num ero da “A G aivota"
Ig reja na C idade do Lago Salgado. o nosso A postolo bem am ado, o E lder
Logo na vida E lder B ow en aprendeu A lbert E. Bowen.

— 171 —
Lembrança do Monte Cumorah
A B íblia rela ta a p artid a do S alv a­ abandonar os seus m aravilhosos T em ­
d o r d eix ando seus discípulos n a P a ­ plos, palacios e g ran d es cidades, p ara
lestina. Ele lhes diz que v ai v isitar escapar dos L am an itas, chegando' atè
o utro reb anho, não do aprisco d e J e - m esm o tão longe como o Estado de
rusalem . Sem duvida este rebanho' era Nova York, onde e n te rra ra m algun*
o povo das regiões do L ivro de M ór­ dos seus reg istro s no M onte C um orah,
mon, e o rela to no T erceiro N ephi r e ­ os q uais fo ram encontrados pelo P ro ­
g istra os te rrív e is acontecim entos que feta Jo seph Sm ith.
p reced eram a vin d a de C risto, tais
como g ran d es m odificações no contor­
no d a te rra , cidades incendiadas, la ­ OS IN D ÍG EN A S MODERNOS P A R E ­
gos ap arecendo em lu g ares onde a CEM-SE COM OS ANTIGOS
te rra era árid a e grandes m on tan h as HEBREUS
tom ando lu g ares de planícies. G eólo­
gos ad m item agora que os A ndes são N um artigo da A ssociated P re ss d a ­
de origem recente, possivelm ente de 3 tado d e I de Maio d e 1931, d á um a
o u 4 m il anos atrás. As convulsões na descrição d o encontro p o r V enturello
n atu reza, d escritas pelo L ivro de M ór- (de T urim , Ita lia ) , de u m a trib u de
m on d atam de ap ro x im ad am en te 2 m il indios conhecidos como os A ruacos em
anos atrás. M adalena, um dos m aiores estados da
Colombia.
As tradições dos nativos em m uitas
E sta tr ib u tem os costum es e vestes
regiões testem u n h am este período de
idênticas aos h eb re u s d a P alestina. As
d estru ição com a vinda de Q uetzalcoatl
m ulh eres usam v éu s e os chapéus dos
acom panhando-o tre s dias e tre s noi­
hom ens são sem elhantes ao do c e ri­
tes d e trev a s ta l como relatad o no L i­
m onial ju d eu , u m a especie de tu r b a n ­
vro de M órmon.
te. Os hom ens usam cabelos co m p ri­
dos e p en tea m -se cuidadosam ente.
E sta p ergunta é sem pre feita pelos S uas vestes p are cem -se com as dos po­
arqueólogos: “O que causou o rep en ­ vos que vivem n a A sia M enor, e as­
tino fim de um a g ran d e civilização sem elha-se tam bem no colorido.
com o m o stra o abandono de grandes
cidades e regiões in te iras do p aís?” RELAÇÃO EN TRE AS PALAVRAS
A lguns respondem esta p erg u n ta su­ HEBRAICAS E INDÍGENAS
gerindo a possibilidade de prag as ou
g ran d es secas que os fizessem m u d a r E stu d an tes d as linguas de v aria s tri-
p a ra o u tras regiões. Nós sabem os a b us indigenas tem afirm ad o q u e m u i­
resposta pelo L ivro de M órm on: tas p alav ras são de construção hebraica.
Q uando o povo se esqueceu do g ra n ­ A lista que segue m o stra a sem elh an ­
d e exem plo dado pelo S alvador, q u a n ­ ça em significado e pron u n cia d e m u i­
do Ele os visitou e depois de 400 anos tas p alav ras ju d aicas e indigenas, e a
d e v iv er, de acordo com os Seus en ­ sem elhança é ta n ta que elas não pen­
sinam entos, eles to rn aram -se d esleix a­ dem ser assim construídas p o r m era
dos e indiferentes caindo novam ente coincidência. E sta p ro v a d a v eracid ad e
em pecado. E ntão veiu o castigo con­ do L ivro de M órm on com u m a p re ­
form e o. prom etido, pois o ataq u e dos p o n d eran te peso, pode-se a v a lia r le­
L am an itas em p u rro u os N ep h itas de vando-se em consideração tudo o que
um a região p ara o u tra, fazendo-os lemos.

— 172 —
INDÍGENA HEBRAICO SIGNIFICADO

Yáoewawk Jehovah Jeová


Ale Ale Deus
Abba Abba Pae
Phale Phalae Rezar
Nichir Neher Nariz
Korah Kora Inverno
Na Na Agora
Awah Eweh Esposa
Tsa Tsur Pedra
Y u lik Illek Estes
Heru hara Hara hara Muitoi quente
Kesh Kish Retaguarda
Phaube Phaubac Soprar

H á centenas de nom es indios, p a la ­ C risto en tre os n ativos da A m erica


vras e frases que são sem elhantes em afim de estabelecer S ua Igreja.
som e significado, porem o espaço não E ld e r T en n y v isitou esta trib u m e­
perm ite m ais reproduções. As acim a xicana afim d e ap re n d er seus costu­
são suficientes p ara p ro v a r conexão m es e fazer-lh es algum as pregações.
e n tre as linguas hebraicas e indias (o u ­ Eles vivem em m o n tan h as e flo restas
tra p ro v a de que os heb reu s tinham em S onora e em regiões de dificil aces­
conexão com os prim eiros h ab itan tes so q u e as vezes se to rn a im possível
deste C ontinente. vê-los.
No m useu de G oshoctcn, Ohio, estão Sendo n aq u ela epoca a religião Ca­
as “P ed ras S agradas d e N ew ark ” , as tólica a religião do E stado e p ra tic a ­
quais contem inscrições hebraicas. Fo­ da pelos serviços públicos, onde tudo
ram descobertas p o r D avid W yrick, era Católico, os nativos tin h a m um a
perto de N ew ark, E stado d e Ohio, em religiãoi sag rad a e culto sagrado, a
1860 e varios peritos tendo-a ex a m i­ q ual eles p raticav am em segredo. E l­
nado dem crad am en te d eclararam sua d er T enney re la ta que p a ra sua g ra n ­
autenticidade. Mr. W yrick declara ser de surpresa, eles tin h am um “q u o ru m ”
esta um a prova de que foram os h e­ de 12 apostolos, o q u al eles diziam te r
b reu s os construtores dos trab alh o s d e sido organizado e n tre eles p o r Jesu s
te rra e m u ralh as do Oeste. Em um a C risto em pessoa, q uando E le esteve
das p ed ra s está desenhada um a figura no C ontinente, e o q u al sem pre esteve
que rep resen ta Moisés, em o u tra está organizado desde aq u ela época. Eles
um ex tra to dos 10 m andam entos. A clam am ferv o ro sam en te que este apos-
segunda p ed ra foi encontrada a 22 q u i­ tolado lhes foi d ado d u ra n te u m a v i­
lôm etros da p rim e ira e em cim a de sita pessoal de Je su s C risto e n tre eles.
um m onticulo de te rra. Q uando perguntado' se tudo isto não
lhes te ria sido ensinado pelos p rim ei­
OS DOZE A PO STA LO S OU OS DOZE ros p ad res espanhóis, responderam :
DISCÍPU LO S DE CRISTO AINDA SÃO “N ão” , que C ôrtês e seu povo não vie­
CONHECIDOS DOS IND IG EN A S ram a té eles e que sua religião era
YANQUIS m uita antiga, an tes m esm o de Côrtês
h av e r chegado.
A Seção da Ig re ja no D eseret News, Dissecam que ela v iera de um a d i­
em 16 de Ja n e iro de 1932, nos d á a re ta v isita de Cristo., que organizou os
evidencia quanto ao aparecim ento de (C ontinua na pág. 180)

— 173 —
0 PODER I
“ P ara o indivíduo não h á ta l cousa como verdade te ó rica;
um a g ran d e verdade que não é inteiram ente absorvida pela
nossa m ente e vida, e que não se tornou um a p a rte in sep ara-
vel de nossa vida não é um a verdade rea l p a r a nós” .

William George Jordem.

“ Se conhecemos a verdade e não a vivemos, nossa vida é


j um a m e n tira ” .
William George Jordan.

E u me correspondi por m uitos anos, viver corajosam ente nossas vidas em


até a sua m orte, com um homem que harm onia com nossos ideais; é sem pre
acudia pelo nome de W illiam George Jo r- — poder” .
dan e que escreveu um livro intitulado “ A verdade sem pre d esafia com pleta
"O Poder da V erdade” . definição. Como a eletricidade ela só­
Caiu-me po r sorte num ano d istrib u ir m ente poder se r explanada notando-se
m ais de sete mil cópias do prim eiro en­ suas m anifestações. E la é a bússola da
saio deste livro dos quais m ais de cinco alm a, o g u ard ião d a conciência, a p ed ra
m il foram por mim auto g rafad o s e caiu- de toque fin al do d ire ito . A verdade é
m e por sorte a u to g ra fa r en tre 2500 a a revelação do ideal; m as é tam bém um a
3000 exem plares do livro. E u comprei v inspiração p a ra re a lis a r esse ideal, um
4.000 exem plares da edição inglesa des­ constante im pulso p a ra vive-lo” .
te livro quando me achava em missão na
E u ro p a, h á tr in ta e cinco anos passados. “ P a ra o indivíduo não h á ta l cousa
E u tin h a um a c a rta do a u to r expres­ como verdade teó rica; um a g ran d e v er­
sando a opinião de que ele si tin h a con­ dade que não é absorvida in teiram en te
vencido, por investigação pessoal, que pela nossa m ente e vida, e que não se
m ais de que qualquer o u tra religião com tornou um a p a rte inseparavel do nosso
a qual ele e ra fam iliar, a religião que modo de viver, não é um a verdade rea l
temos adotado e sabemos ser verdadeira, p a ra n ó s. Se conhecemos a verdade é
produz dividendos de m elhores vias in- não a vivemos, nossa vida é um a m en­
. ividuais, e um a religião é de valor até tir a ” .
ao ponto em que m elhora a condição do “ Se nós, porém, vivemos pela verdade
homem que a adota. que conhecemos, e sem pre procuram os
E u su g e riria a todos os jovens que sa b er m ais, nós nos pomos n a atitu d e
aprendessem decor pelo menos os p ri­ e sp iritu al de receptividade p a ra conhe­
m eiros q u atro p a ra g ra fo s im pressos cer a verdade n a intereza de sua fo r­
abaixo, e eu espero que eles lhes sejam ça”.
um a estre la g u ia atrav és da jo rn a d a da
v id a. * * *
“ A verdade é o alicerce de rocha de
todos os gran d es c a racteres. E ’ lealda­ “ E nsine a crian ça em m il m aneiras,
de ao d ireito como nós o conhecemos; é d iré ta e indirétam ente, o poder da ver-

— 174 —
A VERDADE
P residente Heber J. Grant

(iade e a doçura e descanso na com pa­ “ A m ais poderosa m an eira de um ho­


n h ia da verdade. mem fo rtalecer o poder d a verdade no
“ E se ela fô r o alicerce n a rocha do mundo é vive-la ele mesmo, em todos os
ca ra c te r da criança, como um fa to e não detalhes de pensam ento, p a la v ra e ato
como um a teoria, o fu tu ro dessa c ria n ­ p a ra fa z e r de si mesmo um sol de i r r a ­
ça e stá tão perfeitam ente seguro quan­ diação pessoal da verdade e d eix ar sua
to possivel p a ra a previsão hum ana a s­ silenciosa influência f a la r por ela e seus
se g u ra r” . diretos atos glorifica-la, tã o longe q uan­
* * * to ele puder n a su a esfe ra de ação e
v id a” .
* * *
"Com o am ôr da verdade, o indivíduo
desdenha fa z e r um a cousa m esquinha,
mesmo que todo o mundo a aprove, E le “ N a ex a ta proporção p a ra com a ver­
não sa crifica a sanção de su a p ró p ria dade basica nelas contidas, as religiões
e a lta consideração pór qualquer ganho, du ram , tornam -se perm an en tes e cres­
ele v o luntariam ente não d esviaria a bús­ cem, satisfazem e inspiram os corações
sola dos seus pensam entos e a g iria fo ra dos hom ens. Os cogumelos do e rro cres­
do verdadeiro norte, como ele o conhe­ cem rap id am en te, poréní exaurem sua
ce, n a m enor variação possivel. Ele, por v italidade e m orrem enquanto que a ver­
si mesmo ,conheceria o desvio — isso dade perm anece v iv a” .
seria o b a s ta n te . Que im p o rta o que o “ O homem que faz da aquisição d e r i­
mundo pensa se ele tem su a p ró p ria quezas o alvo fin a l de sua vida, vendo-a
desaprovação?” como um fim an tes que um meio p a ra
• o fim , não é v erdadeiro. P orque o m un­
/ * * * do usualm ente faz dos bens m ateria is o
critério de sucesso e riquezas o sinôni­
“O homem que em política vota na mo de talen to ” ?
m esm a chapa, sem se im p o rta r com os O sucesso rea l n a vida significa a
problem as os homens, ou resultados f i­ conquista individual de si mesmo, signi­
nais, m eram ente votando de um a ce rta fica “como êle se tornou melhor, e não
m aneira, porque ele sem pre votou assim como ele m elhourou sua fo rtu n a ” . A
está sacrificando a lealdade p a r a com a g ran d e questão d a vida não é “ O que
verdade p o r um fraco, enganoso e te i­ tenho eu ?” , m ás “ O que sou eu ?” .
moso ag a rra m en to a um usado prece­
dente. T al homem d everia fic a r toda a * *
sua vida em um bêrço por que ele pas­
sou seus prim eiros anos a li” .
“ A prosperidade perm anente dos ne-
gocios de um indivíduo, de um a cidade
* * *
ou nação repousa apenas e finalm ente
na integ rid ad e com ercial, a despeito de
“ N ão im porta o prêço que o homem tudo quanto os cínicos possam dizer, ou
p ag a pela verdade, êle está obtendo-a a despeito de todas as excessões cujos
m uito b a ra to ” . sucessos tem porários possam engana-los.

— 175 —
“ O u su a ra rio nunca esquece onde ocul­ onda da saúde m oral elevando-se a t r a ­
ta o seu tesouro” diz um dos antigos f i­ vés de vós como o rápido sangue corre
lósofos. Cultivemos essa verdadeira pelo corpo daquele que está contente,
h o n ra que re p u ta nopsa p alav ra tão su ­ gloriosam ente orgulhoso de su a saúde
prem a e sa g ra d a que o esquece-la pa­ físic a. Sabereis que tudo se to rn a rá
receria um crim e e nega-la seria impos­ certo no fim , que assim deve acontecer,
sível” . que o erro deve fu g ir an te a g ran d e luz
b ran c a da verdade ,como a escuridão
❖ íjí sjc esquiva-se e desaparece no n ad a n a p re ­
sença do sol nascente. E n tão com a v er­
“ Aquele que não observa seus ap o n ta­ dade como vosso guia, com panheiro, alia­
mentos, quebrando-os ou ignorando-os é do e vossa inspiração, estrem ecereis com
um irrefletid o ladrão do tem po de ou­ conciência do vosso parentesco com o in ­
trem . Isto revela egoismo, descuido, e finito e todas as pequenas provas, tr is ­
lassidão m oral em negocios. Isto é f a l­ tezas, e sofrim entos d a vida, dissipar-se-
sidade a m ais sim ples ju stiç a da vida.” ão como tem p o rarias e inofensivas vi­
sões v istas num sonho” .
* * “ E u estou m uito g ra to pelo triu n fo ,
por assim dizer, d a verdade que aceita­
“ Aquele que procura obter os maiores mos. As m en tiras não tem v alo r neste
ordenados pelas m enores quantidades de mundo, e nada é m ais fo rte do que a
serviços possiveis, não é verdadeiro” . exposição de W illiam George Jo rd an
acerca da m e n tira . E le vai ad ian te <*
* * * diz que as m en tiras são como um b an ­
do de homens em briagados procurando
“ O homem que conserva sua religião em vão su p o rta r uns aos outros.”
em can fo ra toda a sem ana e tira -a p ara E u tenho ouvido alguns de m eus co­
fo ra sóm ente aos domingos, não é v er­ nhecidos pregarem sermões notavelm en-
dadeiro. A verdade é a linha ré ta em m ente lindos sobre o dízimo, tive a opor­
m oral. E ’ a m ais c u rta distancia entre tunidade de olh ar seus reg istro s, porque
um fa to e sua expressão” . sabia que eles estavam negligenciando
os seus deveres e verifiquei que não h a ­
•í í í via credito no re g istro âos dízim os. A
fé sem obras nos foi dito, é m o rta.
“ Um homem não pode verdadeiram en­ E u espero que todos os homens e m u­
te c rê r em Deus sem a c re d ita r no final lheres que são membros d esta ig re ja
e inevitável triu n fo da verdade. Se te n ­ possam ser inspirados a decidirem , ta n ­
des a verdade do vosso lado podereis to quanto concernir às suas cap acid a­
p a ssa r in trépio atra v és o escuro vale da des e abilidades, viverem dentro deste
calunia, deturpação e abuso, como se evangelho, de m an eira que su as vidae
vestisseis um a cota de m alhas que ne­ sejam a pregação v iv a da verdade dele.
nhum a bala ou dardo pudesse p e n e tra r. E u hum ildem ente rogo a Deus q u eira
Podereis le v a n ta r vossa cabeça, ergue- a ju d a r a vós e a mim e a todas as al­
la sem mêdo, olhar todos os hom ens nos m as que sabem ser este o evangelho da
olhos, calm am ente e sem hesitação, como vida, que nossas vidas possam se r um a
se m ontasseis um cavalo, como um vito­ verdade e não um a m en tira, e que nossa
rioso rei, retornando a fre n te de suas v erdadeira deligencia e fidelidade pos­
legiões com bandeiras trem u lan tes e la n ­ sa in sp ira r o u tra s pessoas a v iv er o
ças brilhando e clarins enchendo o a r evangelho.
de m úsica.
Podereis se n tir a g ran d e e expansiva T raduzido por Cicero Proença Lana.

— 176 —
ESCOLA DOMINICAL

VERSO SACRAM ENTAL PARA O


MÊS DE SETEM BRO P or Elder B. O rson Tew

Que vive para bemdizer, Ensaio d e C anto p ara o m ês de S e­


E antes a Deus, por m im pediu; tem bro: “Com unhão C eleste” —■ H i-
Que vive, para amparo dar, nário — pág. 11
E a minha alma acalentar.

“COMUNHÃO C ELESTE”

M usica por D r. W illiam H en ry M onk


L e tra de H enry F ra n cis L yte

H enry F ran cis L yte nasceu em lha escrevendo 3 anos após sua m orte,
Ednam , p erto de K elso, R oxburgshire, nos esclarece que o hino foi escrito
Escócia em 1 de Ju n h o de 1793. Q uan­ na P aro q u ia de B rixham . R ealm ente,
do e ra um m enino estudou em P o rto - porem , a d ata e o lu g ar não im por­
ra, um a escola em E m m iskillen. Q ue­ tam . A coisa que im porta é que este
ria seguir a c a rre ira de m edicina, m as grande hinci foi escrito e foi dado ao
devido à su a fra ca saude, nunca con­ m undo p a ra que pessoas de m u itas n a­
seguiu. Sendo sem pre fraco, ele ficou ções pudessem c a n ta r louvores a Deus
tuberculoso e então decidiu seguir p ara por meio dele.
a Italia, onde o clim a e ra m ais q u en ­ C onquanto o hino “C om unhão Celes­
te, m as não chegcu à Italia, m o rre n ­ te ” não seja um H ino d a Ig re ja dos
do em Nice, F ran ça, no dia 20 de N o­ Santos dos Ú ltim os Dias, e não esta­
vem bro de 1847, o m esm o ano q u e os va incluido nos prim eiro s livros da
P ioneiros en tra ra m no vale do Lago Igreja, ele agora é visto nos livros de
Salgado. H inos da Escola D om inical e nos li­
vros de hinos da Ig reja por ser um
O Hino hino p o p u lar e reverenciado.

“C om unhão C eleste” é um dos m aio­ A Musica


res hinos religiosos do m undo cristão.
Diz-se que L yte recebeu a inspiração L yte, escreveu a m usica p ara este
para escrever este hino, d as p alav ras seu hino. Mas, p erd eu -se com o tem ­
dos apostolos p a ra Jesus: “E eles O po. E assim , Dr. W illiam H enry Monk,
constrangeram , dizendo: F ica conosco, o edito r m usical que editou o hino,
porque já é tarde, e já declinou o dia. com pôs a m usica p ara o hino. A his­
E en tro u p a ra fica r com eles.” (L u ­ to ria diz que o Dr. Monk compôs a
cas 2 4 :2 9 ). E xistem porem , m uitas m usica em 10 m inutos. Dr. Monk nas­
historias sobre o local e d a ta onde ele ceu em L ondres em 1823 e m orreu em
escreveu o hino. Um g rande hinolo- 1889. E le com pôs a m usica p ara inú­
gista diz que ele o escreveu cerca de m eros hinos p ara as Ig rejas da In g la­
15 dias an tes de m orrer. Mas, sua fi­ terra.

— 177 —
O PRO FESSO R PREPA RA D O É O b ) Fazendo p erg u n ta s e lendo so­
SUSTENTACULO DA ESCOLA bre m elhores professores;
DOM INICAL c) P ratican d o o en sin ar sob um a ob­
P or Joseph K. Nicholes servação critica. (Si nós não puderm os
dispor de professores criticos, deixem os
E videntem ente, o lecionar d ev e ser cs estu d an tes serv ir d e guia. Os estu ­
um a experiencia interessante ou não d antes são criticos reg u lares q u anto
h averiam tantos professores. No seio ao bem le cio n a r);
dos S antos dos Ú ltim os Dias, d i­ d ) R ecorrendo aos nossos professo­
vidido e n tre 1.300 ram os e 160 e sta ­ res:
cas, existem ap ro x im ad am en te 150.000 1) P orq u e nós lem bram os deles
professores, ou seja 15% da população com p ro fu n d a apreciação;
total.
2) Q uais as qualid ad es q u e possuem
Todos nós somes professores. Nós
eles?
somos u m a im p o rta n te p a rte da com u­
nidade da Igreja. Nós nos sacrifica- . 3) R eco rrer som ente alguns m o­
m os p a ra ensinar. Nós pagam os pelo m entos à professores inferiores. O que
privilegio de ensinar, m as tem os pro ­ caracterizam sua insignificancia?
blem as — não. problem as p articu la re s 4) Podem os nós rec o rrer a um sa-
com nossa fé ou a boa vontade de se r­ tisfatorio professor o q u al não é p re ­
vir, m as sim , com nossa não eficien- parado?
cia em atin g ir pelo m enos a m etade 5) M uitas vezes professores os
d a Ig reja. As pessoas relacionadas na q uais são talentosos m as, não p re p a ra ­
Escola D om inical é m enes que 50% e dos, debatem -se em fre n te a u m a clas­
som ente 25% dos m em bros da Ig re ja se p a ra orientação, lu tam p o r concei­
com parecem a ela. Com os anos nós tos rev e lan te s e exibem fa lta d e conhe­
tem os m elhorado a organização e ad ­ cim ento como o periodo de en sin ar ao
m inistração da Escola D om inical, m as, longo um a conclusão sem firm eza. Um
o problem a basico continuou sem so­ professor que não esteja p rep a ra d o
lução. S erá possivel que a p reparação sem d u vida fica rá desconcertado num a
do professor aju d e a solução? Vamos posição de responsabilidade.
an alisar esta possibilidade.
Q uando um a responsabilidade p ara
S eria razoavel e não ofenderia n in ­ en sin ar nos é d ad a, isto é, q u an d o so­
guém dizerm os que alguns de nós so­ mos cham ados pelo P resid en te do Ram o
mos m elhores professores que outros, ou o S uperin ten d en te d a Escola D om i­
n en h u m de nós é capaz como d ev e ría­ nical, o que poderem os fazer p a ra nos
mos ser, ou gostaria de ser, e nós te ­ tornarm os m elhores professores? Se o
mos razão em ac red ita r que todos nós tem po e as circu n stan cias p erm itirem ,
poderemos^ m elhorar. Nossa afirm ação nós poderem os ir à um colégio d e P ro ­
nos en coraja, m as ficam os pensando fessores e estu d ar, a a rte d e lecionar
como seria possivel. Como podem os e a m a téria a ser estudada. M as, a
nós m e lh o rar em lecionar? P a ra esta cham ada c p ara en sin ar na Escola Do­
p e rg u n ta basica, vejam os: m inical. no proxim o dem ingo às 11,00
1. U m estudo dos principios de ed u ­ horas. E somos avisados que devem os
cação. a ten d e r a Escola D om inical com a g a­
2. A d quirindo a a rte de lecionar ra n tia de um a 'in te re ssan te e religiosa
lição. Q ual é a esp eran ça que tem os
por:
de cu m p rir esta obrigação com um a
a) O bservação e im itação de m e­ satisfação p ara nós mesmos e p ara os
lhores professores; nossos superiores? Bem, a possibilida-
1
— 178 —
de de sucesso resu lta som ente na p re ­ m im d u ra n te a p rim e ira sem ana e q u a ­
paração. adequada da lição. A p re p a ­ si consum iu m in h a m ente. M as, o p ro ­
ração d a lição d esp erta in teresse da fessor, u m H olandês flam engo do N o r­
m atéria que o professor ensinará. E la te da Bélgica, fez crescer confidencia
gera interesse na classe e um desejo em m im diariamentfe. O m edo d esa­
do professor em d a r um a nova e a p u ­ p are ceu d e .m im . E u ap ren d i relações
rad a inform ação. A h arm o n ia de mesmo, alem d aq u elas de razoavel
a p re n d er estim ula ã a rte de lecionar e com preensão. U m p a d re catolico, um
o hom em do povo se levanta p a ra um quim ico chinês, u m engenheiro civil,
novo n ível de inteligencia. candidatos p a ra o m ais alto g ra u em
T odas as pessoas adm iram um bem Filosofia, e tre s professores form avam
p rep arad o professor e ele é poucas v e­ a classe. Nós com eçam os como e stra n ­
zes com pensadam ente pago, m as, ele geiros com ares reservados. O m ag n e­
é respeitado alem do preço d a av a lia ­ tism o pessoal de nosso professor e sua
ção financeira. O M estre e ra um p ro ­ p ro fu n d a p rep a ra ção nos u n iu como
fessor: os P ro fetas eram professores; os um a fam ilia. O ex am e fin a l te v e q u a­
pais são professores. Os valores m o­ tro h o ras e m e ia de duração. Todos
rais, q u e form am a celula d e nossa ci­ nós fom os aprovados com distinção. A
vilização, a a rte que faz o desenvol­ experien cia to rn o u -se sagrada.
vim ento hum ano, e as pesquisas cien­ Q uando d eixei o cam po (o local ondé
tificas q u e susten tam as necessidades estu d av a m ), eu levei comigo u m a g ra ­
da sociedade são pro d u to s de p re p a ra ­ ta im pressão do d ireto r, e q uando eu
dos ensinam entos. O professor p re p a ­ o agradeci pelo curso e pelo profes­
rad o é a base do progresso. sor, ele sim plesm ente respondeu:
” Tenho testem unhado m arav ilh as em “O brigado voce, e u sei como voce se
professores prep arad o s aqui na U n i­ sente. E u com o u tro s cinco colegas ti­
versidade de B righaih Young. Q uando ram os o m esm o curso no ano passado.”
estu dante da U niversidade eu vi m eus D u ra n te os negros p ericdos d a S e­
colegas b rigarem po r te r um lu g a r na g unda G u erra M undial nossos lideres
classe de religião de W illean H. C ham - políticos u n iram o povo nu m a m assa
berlain. N enhum a sala, nem m esm o a de superhom ens, ensinándo-os os p rin ­
sala “D ” era g rande bastante. Os és- cípios m ais sublim es. A trav ez d e m ais
dantes não perg u n tav am qual a m a­ de meio. século a P ro v id en cia p re p a ­
téria ou o critério adotado. Eles_ q u e­ ro u Roosevelt e C hurchill. M ark S u l-
riam era, e n tra r. Eles aju n ta v a m -se liv a n reco rd a-se do seguinte sobre
aos grupos, no in terv alo das aulas; eles C h u rch ill no n u m ero d e J u lh o d e 1945
iam discutindo o m etodo de ensino do da Seleções do R ead er’s D igest:
professor C ham berlain, em longas c a ­ “A n te nossos olhos ele foi o m aior
m inhadas. C erta vez p ed iram p ara em ação e in su p eráv el perso n alid a­
ele dizer o tempo, q u e tin h a gasto no d e atrav ez dos tem pcs.”
p reparo de um a certa lição. S ua re s­ A gran d eza estav a com ele. O que
posta foi: “C erca de 40 anos” . lh e deu sua m elh o r form a foi, q u a n ­
O utra vez eu tam bem tiv e ocasião do desceu sobre ele a força no trágico
de teste m u n h ar a grandeza de en sin ar m om ento, q u an d o a In g la te rra estava
n as classes. E u estava num a classe de só. A queda da F ra n ç a em 1940 criou
sete, num a serie de le itu ras sobre ter- a ccasião p ara o surgim ento da g ran ­
m odinam ica, aproxim ação p a ra um deza de C h u rch ill e p ara o momento-,
estudo da n atu re za das soluções de so efeito qu e p ara ele estava destinar
fo rtes eletrolitos. E u estav a p o b re­ do na civilização.
m ente p rep arad o em m atem atica p ara “E agora veiu a té nós p ara ficar só
esta classe. U m m edo apossou-se de no r o m p im e n to ... irm os p era n te

— 179 —
Deus hum ildem ente, m as conscien­ veres, e executá-los bem ; se o Im ­
tem ente de que nós servim os um pério B ritânico e seu povo d u r a r
pr&pósito crescente. Nós estam os ainda 1.000 anos, cs hom ens dirão:
lu ta n d o p a ra nós mesmos, m as nós “E sta foi sua m elhor h o ra ” .
não estam os lutando a sós. A qui É dito q u e a forrte m enos desenvol­
n esta enorm e cidade c'f refugio, a vida é a m en te do hom em , e a m aio­
q u al g u ard a as ações do progresso ria precisa in flu en cia e p a ra esta in ­
hum ano, e é a p ro fu n d a consequen- fluencia é que servem os prep arad o s
cia da civilização cristã, nós espe­ professores. N a Escola D om inical nós
ram os sem tem or o assalto em inen­ aceitam os a responsabilidade d e cons­
t e . . . Nós não desm orecem os. Nem tr u ir a m oral d a civilização Mórmon.
o subito choque da b atalh a, nem as Nós serem os bem sucedidos, como nós
longas horas de espera e de vigi- precisam os; nós o farem os atra v éz de
lan cia nos a b a te rã o . . . V am os en ­ um a adequad a p rep a ra ção religiosa.
tão nós abraçarm os com nossos de­ T raduzido p o r Alberto Valeixo

VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON ?

Lembrança do Monte Cumorah deste modo' o Tem plo todo estava cer­
cado po r essas im ensas colunas de p e­
12 apostolos pessoalm ente. E le lhes dra.
contou de sua crucificação e ensinou- U m prin cip e egípcio que v isitou es­
lhes o E vangelho o q u al foi aceito e tes m onolitos disse: “Eu sou egípcio
to rn aram -se um g rande e bondoso po­ de nascimento, de sangue real. Sem
vo. S eguiram seus m andam entos e já duvida alguma estes hieroglifos são
v iv iam de acordo com ele quando vie­ egipcios, o qual leio como historia, po­
ram os prim eiros padres. rem o problema que me deixa perple­
xo é como tão longe de minha Patria
ouço u m tão puro dialeto egipcio como
o falado por estes indigenas”.
No g ran d e P lan alto A ndino a gente
se sente im pressionado pelas evid en ­ MONUM ENTOS COM DATA CO N ­
cias de um a antiga civilização* que de­ FIRM AM O LIVRO DE MORMON
ve te r sido populosa ao red o r das
p raias do L ago Titicaca. Os antigos h ab itan tes da A m erica
Na p raia sul do Lago está situada a tem sua opinião sobre o tem po e d atas
velha cidade de TICHUANACO, d i­ im p o rtan tes como evidenciadas pelo
zendo alguns te r ela 8.000 anos de id a­ m aravilhoso sistem a calendario.
de, o qu e não passa de um a suposi­ A rqueologistas descobriram re c e n te ­
ção. N esta cidade a ru in a de um T em ­ m ente um meio de d eterm in a r o dia,
p lo do Sol, que ocupa ap ro x im ad am en ­ m ês e ano indicado nestes calendarios
te a m esm a áre a da G ra n d e P irâm id e de pedra.
do Egito, a q u al tem cerca de 10 acres. O m ais velho tab elete encontrado,
Em torno deste Tem plo do Sol a traz a d a ta d e 6 de A gosto de 613 A .C .,
are a é grande, m onolitcs talh ad o s com e a rev ista “P o p u lar Science” , com en­
m ais de 3 m etros e 60 centim etros de ta o fato dizendo:
a ltu ra por 2 m etros e 40 centim etros “Com a inscrição talhada em impe-
d e la rg u ra e 60 centim etros de fundo. recível pedra, os Maias repentinam en-
H aviam 28 m onolitos em cada lado. < C ontinua ha pág. 184)

— 180 —
PRIMÁRIA
AMMON, O F IL H O DE UM REI

P o r how ell Bennion

Um velho rei, cham ado M osiah, ti­ inim igos dos N ephitas. Em todas as
nha vários filhos que eram m uito oportun id ad es estes L am an itas m a ta­
am ados pele pai e seu povo. Q uando vam e ro u b av am os N ephitas. P e r 500
M osiah ficou velho, e soube que mor- anos os N ephitas e L am an itas foram
re ira em breve, ele desejou fazer um inimigos. E agora A m m on e seus ir­
dos seus filhos governador em seu lu ­ m ãos recusavam a o p o rtu n id ad e de
gar. Todo o povo q u eria isto tam bem ; to rn arem -se r e i dos N ephitas, indo
eles queriam que um dos filhos de p ara a te rra dos L am an itas contar-lhes
Mosiah se tornasse seu rei. a respeito do Salvador.
M uitos filhos q u ere ria m alegrem ente Os L am an itas não eram som ente in i­
migos, m as um selvagem e furioso
to rn ar-se rei. M uitas historias dos ve­
povo. Eles am avam riquezas, ouro,
lhos tem pos contam como irm ãos lu ­
taram uns contra os outros p a ra v êr p rata e p ed ras preciosas. Eles eram
q u al viria a ser rei. Reis possuem r i­ preguiçosos e p referiam ro u b ar em vez
quezas, p oder e honra. Eles tem c ria ­ de tra b a lh a r p o r essas cousas qu e seus
dos e exércitos sob seus com andos. corações desejavam . E m lu g ar de r e ­
Eles vivem em palácios. zar à nosso P a i do Céu, m uitos deles
faziam idolos ou im agens de hom ens
E x tran h o para re la ta r, estes filhos e feras, e inclinavam -se p ara adoração
de M osiah eram diferentes. C ada um ante êles. E les sabiam pouco ou nada
deles, do m ais velho ao m ais moço, em a respeito d e Je su s que em breve h a­
geral recusaram a realeza com seu luxo veria de nascer em Belem.
e poder. O utros fins acenaram a eles. A m m on e seus irm ãos eram hom ens
Eles desejavam faz er-se m issionários e de fé e coragem e seus corações eram
ir em bora e en sin ar o povo acerca do ard en tes com am o r p ara o Evangelho.
Salvador. Q uando moços eles fizeram Eles precisav am ir e en sin ar estes L a ­
cousas que não eram certas. A gora m an itas sem im p o rta r qu e lhes cus­
eles estavam aborrecidos d e seus fe i­ ta ria. Eles fo ram , e quando chegaram ,
tos passados. Eles estavam anciosos na fro n te ira d a te rra dos L am anitas,
p ara apagá-los com bons feitos. seperaram -se. C ada um foi sozinho a
A m issão q u e eles escolheram não um diferen te lu g ar, com a esperança
e ra facil. S eria repleta de av e n tu ra e de v er os outros em algum a ocasião
perigo. Eles iriam aos L am anitas, os n o futuro.

— 181 —
A m m on o irm ão m ais velho, m a r­ F o rte em corpo, esperto e cheio de
chou em direção de um grupo de L a ­ fé no auxilio de Deus, A m m cn viu sua
m anitas. Estes o am arra ra m , “como oportunidade. E le com eçou a a g i r .
era seu costum e a m a rra r todos os N e­ Com o auxilio de outros serv en tes ele
p h itas qu e caiam em suas m ães, e os cercou os reb an h o s do re i novam ente;
levavam p a ra an te o rei; e assim era e então A m m on veio p a ra lu ta r com
deixado ao prazer do re i m atá-los, ou um g ran d e grupo de L am anitas. Ele
rete-los em cativeiro ou lançá-los d e n ­ veio sozinho com u m a fu n d a e um a
tro da prisão, o u . . . fora do país, de espada. Com sua fu n d a êle atiro u p e­
acordo com seu q u ere r e p raz er.” d ras neles, matando- seis. E ntão, como
O rei dos L am an itas nesta p a rte do eles in v e stiram p a ra ele com clavas,
país era cham ado L am oni. L am oni ele m atou seu chefe e feriu outros com
gostou de A m m cn e p ropôs-lhe casar sua ^spada.
um a das suas filhas; porém A m m on A m m on não tin h a desejo de m a ta r
disse: “Não, m as deixe+me , se r seU ou prejudicaT hom ens. P orem , como
servo.” Seus serviços foram aceitados, um fiel criado ã c rei, ele tin h a d e sal­
e A m m on foi p a ra d ia n te com L am a­ v a r os rebanhos. L u tan d o p o r seus
nitas, re u n ir e le v a r ao bebedouro os direitos, ele g anhou o respeito e g ra ti­
rebanhos do rei. dão de seus com panheiros e ig u alm en ­
O p rim eiro d ia outros L am an itas te do rei. A m m on ganhou seu câm i-
v ieram e espalharam os reb an h o s do nho p ara os corações dos L am anitas.
re i com o propositoi de roubá-los. Os Eles estavam agora dispostos a escu­
criados ficaram receosos. Sim , êles ta r a este estran h o N ep h ita qu e fõ ra
choraram , porque o re i m a to u outros obediente, b rav o e forte. E le estava
criados que tin h a m perdido- seus re b a ­ agora n o porto de ser um v erd ad eiro
nhos. H avia um e n tre êles que não m issionário.
tin h a medo. A quele foi Am m on, o Ne-
phita. T rad. p o r Doris Schm alz

Você Sabia Que ?


1. O num ero de adeptos da Ig reja foram batizad as n a Ig reja. Sendo- 10.471
de Je su s C risto dos S antos dos Ú lti­ convertidos, n as estacas e missões.
mos D ias ao fim do ano de 1947 foi 4. H á 7.430 m issionários tra b a ­
1.016.170, segundo a reportagem esta ­ lhando p a ra e sp alh a r a g ran d e m en sa­
tística d ada na conferencia geral de gem de que o Evangelho d e Je su s
abril. C risto foi resta u rad o pela u ltim a vez,
2. A Ig re ja de Je su s C risto dosantes d a vinda do S alvador. D este n u ­
S an to s dos Ú ltim os D ias foi fu n d ad a m ero, 4.132 estão trab a lh an d o n as 42
com seis pessoas sob a ordem e rev e­ missões do m undo; os outros estão fa ­
lação d ireta de Deus. zendo trab a lh o s m issionários n as d i­
3 . No ano passado 28.735 pessoas versas estacas nos E E . U U .


VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON ?
I

SOCIEDADE DE SOCORRO
“A CARIDADE TUDO ESPERA ,
TUDO SU PO R T A ”
A Caridade Suporta a Ofensa com Pa­
ciência, Entendimento e Esperança. . .

“O uvistes o que foi dito: A m arás o estudo cuidadoso e d e receb er um con­


teu proxim o e aborrecerás o teu in i­ selho sabio não en c o n trar em si a cau ­
migo. Eu porem vos digo; A m ai a sa da ofensa, então pode alegrar-se
vossos inim igos, bendizei os que vos p orque a acusação co n tra ela não foi
m aldizem , íazei o bem aos que vos justificad a.
cdeiam e o rai pelos que vos m a ltra ­ As épocas dificeis de sofrim ento
tam e vos perseguem . P a ra que sejais constituem um a p a rte n o rm al n a vida
filhos de vosso P a i que está nos céus.” de um a pessoa. “E desceu a chuva, e
(M at. 5:4 3 -4 5 ). co rreram os rios, e assopravam ventos
e com bateram aq u ela casa, e não caiu,
E sta é um a d o u trin a poderosa. P a ­
porque estav a edificada sobre a ro ­
rece que toca m ais ao hom em p o r n a ­
ch a ” (M ateus 7 :2 4 -2 7 ). Às vezes es­
tureza. Os criticos e céticos conside­
ta s coisás nos sobrevem como conse-
ram este ideal cristão proprio p a ra o
quencia n a tu ra l de nossa p ró p ria igno-
reino dos céus e não* p a ra este m undo.
ran cia e pecado; fre q u en tem en te são os
Sem em bargo podem os p erg u n ta r. O
resultado s d a ignorancia e pecado de
que é que a experiencia nos ensina.
outros e das condições n a tu ra is da
F requentem ente, quando um a pessoa vida te rren a . S eja o. q u e fo r a sua
está sendo tra ta d a in ju stam en te sua causa, não nos d eix a sem m ancha. A l­
prim eira reação é lu ta r pelos seus di­ guém que se põe fre n te a fre n te com
reitos, estim ular o apoio d e seus am i­ a lu ta e o sofrim ento v erd ad eiro n u n ­
gos o u ainda tra n sfo rm a r o m a l p a ra ca v o ltará a ser a m esm a pessoa. Ou
en sin ar ao ofehsor o seu cam inho er- nela se a u m en ta rá o cinismo, a a m a r­
roneo. gura, a m elancolia e a com paixão pró­
pria, ou crescerá em hum ildade, em
A experiencia nos revela a in u tili­
com paixão, enten d en d im en to e am or.
dade de ta l curso e ação, po rq u e o a r ­
N ão é o que passam oç, m as sim o que
gum ento som ente agita m ais o a rg u ­
nos diz que é im p o rtan te, senão, a
m ento, como o vento faz a u m en ta r o
fogoi; a m aldade não só au m en ta o m al, nossa a titu d e p a ra aquelas coisas ou
p ara aquelas pessoas q ue nos ofendem .
como tam bem ju stifica o prim eiro
A carid ad e é um a fonte infalivel de
ofensor.
poder que nos a ju d a a an d a r no ca­
U m a pessoa caridosa sabe como r e ­ m inho da vida com v alo r e fé, com
ceber as ofensas que lh e dirigem . P o r­ paciência, entendim ento e am or. P re ­
que a caridade não busca o seu in te­ p a ra a m ente e o coração p ara m elhor
resse; a sua p rim e ira reação à in ju ria reconhecer a v erd ad e e a justiça. Ca­
ou à critica, não é p rep a ra r-se p ara rid ad e não q u er d izer subm eter-se ao
sua defesa p ró p ria, e sim buscar em m al e ao erro, q u e r dizer m ais poder
seu interior a causa dessa ofensa, seja p ara o bem e a verdade.
real ou fingida. Se depois de fazer um T rad. p o r A. L. Vaz

— 183 —
Lembrança do Monte Cumorah ou depois d e alcançarem G u atem ala,
voltaram p ara o N orte e estabeleceram -
te fazem sua prim eira aparição no ce­ se ao Sul, alguns.
nário historico em 6 de Agosto de 613 Joel Ricks, em seu m apa do estabe­
A. C. Nessa remota data, a mais an­ lecim ento do povo do L ivro d e M ór­
tiga na Historia da America ,eles põem mon, diz que os Ja re d ita s fix aram -se
em operação um trabalhado e estontean­ em G uatem ala e seguiram p ara o N or­
te e acurado sistema calendario, o qual te. Ele tam bem localiza a chegada dos
tem sido a m aravilha do mundo cien­ N ephitas na costa do Chile e d o s M u-
tifico desde que foi decifrado”. lekitas na Costa d e P o rto Rico, n o lu ­
“Onde estavam os Maias no dia 5 de gar hoje conhecido como Golfo do Mos­
Agosto? Viviam eles, aravam o solo, quito.
desenvolviam sua maravilhosa astrono­ L anda, rela ta em seu livre* qu e al­
mia e admiravel arquitetura, possuiam guns velhos nativos d e Y acatan co n ta­
suas artes e ciências, neste Continente ram -lh e u m a h isto ria que tem sido
antes de fazerem aquela inscrição? Se contada po r m u itas gerações; qu e os
assim o for, por quanto tempo? Se prim eiros povoadores tinham vindo da
assim não aconteceu, quando vieram agua do lade. Leste. E stes eram os q u e
eles? Ninguém sabe.” “Deus havia libertado, abrindo pata
Mas, o L ivro de M órm on indica que eles as 12 estradas para o mar”. T. A.
cerca do ano 600 A . C ., L ehi e seus W illard, em seu livro “C idade d a
seguidores deix aram Je ru sa le m com F onte S a g ra d a ” observa; estes proge-
destino à A m erica e não poderia ter nitores devem ter sido uma das Tri­
sido que, p a ra com em orar a sua che­ bus de Israel. U m a in teressan te e d e­
gada, tivessem eregido esta pedra que sinteressada confirm ação do L iv ro de
contem a data? M orm on. Mr. W illard tam bem refere-
se à d istin ta casta Sem itica do feitio
LEGENDAS NATIVAS CONFIRM AM de algum as an tig as escu ltu ras e m u ­
O LIVRO DE MÓRMON rais encontrados em C h ich en -Itza e
o utras cidades M aias. Ele afirm a: “A
Os m itos M aias e tradições A ztecas dignidade da face e pêse serena da fi­
confirm am a origem do povo de Lehi, gura gravada ou pintada é bem hebrai­
o povo de alem -m ar. ca”. E le tam bem diz: “É claramente
Os M aias clam am que seu lider foi estabelecido que as escritas e legendas
Itzam na, um hero i-d iv in d ad e e alguns Maias, tiveram duas imigrações, a
dos M aias sãc conhecidos como Itzas maior vinda do Oeste ou Norte e a
Nos L ivros M aias, Itzam n a é rep resen ­ menor do Leste".
tado como um velho tendo um só d e n ­
A rqueologistas teem m uitas vezes co­
te e m an dibula afundada. L ehi era. já
m entado tan to sobre os caracteres ju ­
velho q uando conduziu seu povo à
daicos com o egipcios sobré as desco­
T e rra P rom etida do Leste, de alem -
b ertas nas escavações su l-am erican as e
m ar. A conexão é obvia.
em conexão cham am os a atenção à um
Os aztecas, sobre sua origem , con­ item da N oticia In tern acio n al p u b lica­
ta m de m uitas diferentes trib u s de do no D eseret N ew s poucos anos atrás,
su a nação desem bacaram de botes a estabelecendo que ach cu -se evidencias
boca do Rio Panuco, o qual eles cha­ que algum as trib u s d e Israel fizeram
m avam de P an tclan , o que significa seu cam inho p ara este C ontinente e
“onde o m ar se a p e rta ” . Seu chefe foi foram os an tecedentes aborigenes dos
M exitl ,e eles desceram na costa da indios am ericanos.
G u atem ala. A lguns se estabeleceram
em vários lugares, pelas praias, antes (C ontinua na pág. 188)

— 184 —
SACERDÓCIO

SERVIÇO DO SACERDÓCIO

SACERDÓCIO: UMA IRMANDADE. ja. Isto é, em tô d a s a s s u a s a tiv id a d e s,


A queles que po ssu em o S ace rd ó cio do um m e m b ro do S ace rd ó cio deve c o n ­
S en h o r são resp o n sá v eis p elo c u m p ri­ s e rv a r em m e n te a s tr ê s re s p o n sa b ili­
m e n to de g ra n d e s d ev e res a si m e s­ d a d e s que re p o u sa m so b re a Ig re ja , a
m o, à s su a s fa m ília s e à to d a a h u ­ sa b e r:
m a n id a d e ; e o p o d e r n e c e s sá rio p a r a 1. Z e la r dos m e m b ro s d a Ig re ja ,
e x e c u ta r e s ta s o b ra s foi co n fe rid o a c o n s e rv a n d o -o s fiéis n o s c a m in h o s do
eles. O s m e m b ro s do S acerd ó cio , p o s­ S e n h o r.
su in d o a s m e sm a s c re n ç a s, te n d o o 2. E n s in a r o E v a n g e lh o àq u eles
m esm o o b je tiv o n a v id a, e p o ssu in d o q u e n ã o o o u v ira m .
o m esm o p oder, fo rm a m u m a ir m a n ­ 3. D a r ao s m o rto s a o p o rtu n id a d e ,
d ad e p oderosa, que, em te m p o , to r - se fo re m o b ed ien te s, p a r a p a r tic ip a r
n a r - s e - á a m a is p o d e ro sa n a te r r a , n a s b ê n ç ã o s do R e in o d e D eus. Is to
g u ia d a pelos p rin c íp io s p u ro s e s im ­ p ode se r fe ito p elo s tr a b a lh o s nos
p le s do E v a n g e lh o de Je s u s C risto . te m p lo s p o r aq u e le s q u e j á a c e ita r a m
O P R IM E IR O DEVER. O p rim e iro o E v a n g e lh o v e rd a d e iro aq u i n a te r r a .
d ev er de to d o s os m e m b ro s do S a c e r ­
dócio é a j u d a r n o p ro g re sso d a I g r e ­ E ld e r J o h n A. W idtsoe.

PERÍODO DE A TIV ID A D E : Hino, oração, chamada, relato sobre as designações execui%•


das durante a semana, consideração das m aneiras para atrair os m em bros ausentes, designa­
ção dos deveres para todos os m em bros, instruções sobre os deveres e sobre o cum prim ento
das designações, atividades sociais e fraternais.
PERÍODO DA LIÇÃO: Lição Sacerdotal da sem ana — Instruções por u m m em bro da
presidencia do R am o sobre hábitos e virtudes.

VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON?

— 185 —
Lições para os Grupos Sacerdotais

T e rc e ira S e m a n a d e A gosto: 2. As p la c a s q ue N ep h i fez (I N e­


p h i 9:3-5 — P a la v ra s d e M ó rm o n 3-7).
C o n tin u a ç ã o de “C o n v e rsão M ila ­ 3. O p ro p ó sito d a s p la c a s de N e­
g ro sa " . p h i (I N e p h i 6 :3 -6 ).
C a p ítu lo 27 de M osiah, v ersícu lo s 19 4. As P la c a s d e o u ro d e M ó rm o n
a 37 — L ivro de M ó rm o n . Segunda S em ana de Setem bro:
P o n to s p a r a a d iscu ssão :
1. O p o d e r d e o ra ç ã o e je ju m . C o n tin u a ç ã o d e “R e g istro s G ra v a ­
2. A rre p e n d im e n to . dos em P la c a s M e ta is” .
3. N a sc im e n to do e s p írito . C a p ítu lo 28 d e M osiah, v ersíc u lo s 11
4. E sp a lh a n d o o E v a n g e lh o . a 19 — L ivro d e M ó rm o n .
P o n to s p a r a a d iscu ssão :
Q uarta S em ana de Agosto: 1. As 24 P la c a s d e O uro.
2. D ond e v ie ra m e s ta s p la c a s ?
“O D esejo de S e r M issio n ário .”
M osiah 8:6-11; E th e r, 1:1-5; E th e r,
C a p ítu lo 28 de M osiah, v ersíc u lo s 1
13:20-22; E th e r, 15:32-33; O m ni, v e r ­
a 9 — L ivro de M ó rm o n .
P o n to s p a r a a d isc u ssã o : * so 21.
1. P o rq u e os filh o s de M osiah q u e ­
Terceira S em ana de Setem bro:
r ia m se r M issio n ário s?
2 M issio n ário s c h a m a d o s p o r r e ­ “O U ltim o R e i dos N e p h ita s — e o
v elaç ão . E sta b e le c im e n to d e u m G o v ern o D e­
3 M issio n ário s fam o so s n o te m p o m o c rá tic o ”.
d e Jo sé S m ith e B rig h a m C a p ítu lo 28 d e M osiah, v ersíc u lo 20.
Y o ung. C a p ítu lo 29 d e M osiah, v ersic u lo s 1
a 11. — L ivro de M órm on.
Q uinta S e m a n a de A gosto: P o n to s p a r a a d isc u ssã o :
R e v er a s L ições a n te r io r e s e f in d a r 1. A S a b e d o ria e ju s tiç a do R ei
a d isc u ssã o dos p o n to s e q u e stõ e s do M o siah .
g ru p o 2. M o siah e r a filh o de q u em ? (M o­
C a p ítu lo s 27 e 28:1-9 de M o siah — sia h , c a p ítu lo 1).
L ivro d e M órm on.
Q uarta Sem ana de Setem bro:
P rim e ira S e m a n a de S e te m b ro :
C o n tin u a ç ã o do U ltim o .
“R e g istro s g ra v a d o s em P la c a s M e­ C a p ítu lo 29 d e M o siah , v ersíc u lo s
ta ls" .
12 a 47. — L iv ro d e M órm on.
. C a p ítu lo 28 de M osiah, v ersícu lo s 10 P o n to s p a r a a d iscu ssão :
e 11 — L ivro de M ó rm o n . 1. As d e s v a n ta g e n s d e u m R ei m a l­
P o n to s p a r a a d iseu ssão : vad o e in ju s to .
1. As p la c a s que L e h i tro u x e de 2. F u n ç õ e s d e u m g o v ern o d em o ­
J e ru s a le m (I N ephi, c a p ítu lo s 3-4-5). c rá tic o .

R eferências p ara “ A palavra de sabedoria”


G enesis 9:2-3 L ivro de M órm on D outrinas & Convênios
P rovérbios 20:1 Alm a capitulo 55 Seção 88:124
P rovérbios 23:31-35 E th e r 14:5-6 (vide “A G aivota” pág. 112)
Evidencias e Reconciliações
P o r João A. Widtsoe

Porque são os Santos dos Últimos Dias realm ente sua m aior peculiaridade. E sta
considerados um povo estranho ? diferença torna-se ainda m ais evidente
com a declaração de que seres celestes,
-Era aparência, roupas, idioma, edu­ homens que viveram na te rra , m o rre­
cação, negocios, e p ra tic a s sociais co­ ram e depois ressu scitaram , d eram m ais
m uns, são os “ M ormons” iguais aos ou­ instruções a Joseph Sm ith, guiando-o no
tros povos. trab a lh o que ele tinha sido cham ado a
faz er. E sta íntim a ligação e n tre o m un­
Quando o term o ' estran h o ” é aplicado do te rren o e o mundo celeste é, em cer­
à nós, refere-se a nossas convicções r e ­
tos respeitos, e stra n h a ao mundo cris­
ligiosas e p ra tic a s baseadas nessas con­
tão e faz de nós um povo es tran h o .
vicções, cousas— de um a n a tu re z a toda
pessoal, m as que diferem de outros cre­ 2.°— Uma enorm e diferença encontra-
dos e ig rejas cristãs. se ainda na declaração de que a Ig re ­
ja R estau rad a, m odelada precisam ente
E sta s diferenças são de im portancia pela P rim itiv a I g re ja de Cristo, é o ins­
vital e não podem ser re fu ta d a s . E las
trum ento oficial, p o r meio do qual E le
fa rã o com que sejam os considerados um efetu a 11a te r r a seu plano de salvação
povo estran h o a té q u e’ no mundo h a ja p a ra os filhos dos hom ens. A missão
uma só fé religiosa. Nós não exibimos da Ig re ja de C risto é estabelecer o reino
nossas diferenças p era n te am igos de ou­ de Deus n a te r r a . P a ra isto, é preciso
tr a s fés, m as tam pouco procuram os es- possuir-se o poder necessário p a ra execu­
conde-las. Nós nos orgulham os delas, ta r com auto rid ad e os m andam entos do
porquanto são baseadas na verdade e a Reino. E ste foi dado à Ig re ja . O S a­
verdade é a nossa m ais querida posses­ grado Sacerdócio foi conferido à Ig re ­
são. Nós sabemos além disso que se a nos­ ja pelos antigos apóstolos que dele eram
sa F é fosse seguida em todo o mundo, os possuidores quando a I g re ja e ra
a paz desceria de novo sobre a te r r a . p u ra . Desde que se deu a ap o stasia d a
As peculiaridades dos Santos dos Ú l­ Ig re ja p rim itiv a, e que todas as o u tras
timos D ias podem ser divididas em cin­ ig rejas cristã s não possuem a autorida-
co tópicos principais: dade do S anto Sacerdócio, todos aqueles
1.°—A I g re ja declara, sem reservas, que desejam e n tra r no reino de Deus,
que foi fu n d ad a p o r revelação d ire ta de precisam e n tra r p a ra os lim ites d a Ig re ­
D eus. O .P a i e o Filho, aparecendo di­ ja R e sta u ra d a de C risto. E ’ a Ig re ja
retam ente a Joseph Sm ith iniciaram o autorizad a do Senhor. Sob ta is condições
trab alh o que deu origem à organização o destino da Ig re ja está seg u ro . 0
d a Ig re ja . P o r esta aparição Deus mos­ Senhor é sem pre vitorioso; assim o será
sua Ig re ja .
tro u te r a fo rm a de um homem, que f a ­
lou com sua p ró p ria vóz ao jovem P ro ­ Àqueles de o u tras religiões, estas pa­
feta, instruindo-o. Em um a época em recem ser a rro ja d a s afirm ativ as, mas
qué a m aioria dos homens acred ita que somente ta l fé d á coragem e estabilida­
Deus é um ser etéreo, sem corpo e sem de aos membros da Ig re ja . Em face de
form a, que h á m uito deixou de fa la r tal fé, medo do fu tu ro desaparece, se
aos homens, esta afirm ação da I g re ja é procurarm os, tão somente, seg u ir com

— 187 —
firm eza os preceitos do S enhor. ou esquecidas elas fazem com que nós
3.°— No corpo das doutrinas ou p rin ­ que as aceitam os pareçam os d iferen tes.
cípios d a I g re ja h á um a g rande diferen­ M as neste m aior e m ais completo conhe­
ça. A Ig re ja é a g u a rd a dos preceitos cimento nós nos regosijam os.
de Je su s C risto — de sua com pleta dou­
4.°—A inda m ais estran h o p a ra as mul­
tr in a . Um princípio de verdade, aqui,
tidões inconcientes destes dias é a insis­
um outro ali, caracterizam as ig rejas
C ristã s. A v erdadeira Ig re ja não fica tência “ M órmon” de que u sa r a verdade
contente a não se r que possua a verdade é tão im portan te quanto conhecer a ver­
in te ira d a d o u trin a . E la declara pos­ dade; que “ fé, sem trab alh o , é fé m or­
su ir todos os princípios do plano de sal­ t a ” . C ada ato de nossa vida deve ser
vação. P o rta n to , aceita m axim as re je i­ influenciado pelas leis de nossa religião.
tad as ou ignoradas por m uitas ou todas 0 “ fim ” do plano de salvação deveria
as o u tra s ig re ja s. se r o “ fim ” , d ire ta ou in d iretam en te, de
N ote-se alguns destes princípios es­ cada ação h u m a n a. A vida de acôrdo
tran h o s à m aioria d as m odernas ig rejas com a religião não pode ser p osta de um
C ristã s: Deus é o P ai de nossos esp íri­ lado e nossas ações d iarias, to m ad as in ­
to s. Vivemos com Ele an tes de virmos dependentem ente d a religião, de o u tro .
p a ra a te r r a . De acôrdo com Seu p la­
no divino estes pre-existentes espíritos A religião deve ser vivida d iariam en ­
foram vestidos com corpos n a te r r a . Ele te. E la precisa se r vivida sinceram ente.
véla p o r seus filhos na te r r a ; e quando Obediencia às leis do Senhor — q u er se ja
a ocasião se a p re sen ta E le pode fa la r diariam ente, continuam ente, sem pre —
com seus filhos por meio do E sp írito é a v erd ad eira m edida do sucesso.
Divino, p o r m ensageiros ou de Sua pró­ N a verdade m uitos cristãos ten tam
p ria voz. A Ig re ja é guiada pelo Se­ obedecer às leis do Senhor, como eles as
nhor por meio de revelações in in ter­ entendem . A m aioria, en tre tan to , não o
ru p ta s . O Deus que falou à Sua a n ti­ fa z . D aí a em briaguez, a im oralidade,
g a I g re ja tem o poder de f a la r e assim crim es e outros atos escusos c a ra c te riz a ­
o faz hoje a Seus servidores au to riza­ rem um a idade rica em conhecim entos.
dos. T aes d o u trin a s a n tig a s são novi­
dade p a r a as ig rejas de hoje. E m nossa época, um a I g re ja que faz
A d o u trin a de salvação g rad u al, ba­ d a religião um assunto de todos os dias,
seada em nossos tra b a lh o s; progressão é, n a verdade, pecu liar.
e te rn a no Além ; e salvação p a ra os m or­ 5.°— E n tre tudo, o que causa m ais a s ­
tos pelos serviços prestados pelos vivos sombro, a cousa m ais peculiar com re ­
são como um a linguagem desconhecida ferencia aos S antos dos Ú ltim os D ias,
p a ra as ig rejas de hoje. Que o corpo — assim parece a esta nossa f ra c a ge­
é um a casa sa g ra d a do espírito e p re ­ ração — é que seus membros tem a co­
cisa se r m antido livre de toda a conta­
ragem de viver de acôrdo com su as con­
minação ou que a lei d a causa e efeito vicções em face de p ra tic a s ad v ersas.
opera no mundo e sp iritu a l; ou que os
filhos dos homens são, literalm ente, f i­ Um “ M órmon” , em um a reu n ião social,
lhos de Deus e que p o rtan to os seres recusa o coquetel com um sorriso e um
hum anos form am um a irm andade real agradecim ento. E n tre com panheiros que
e gen u ín a, parece não te r penetrado a fum am g u a rd a limpos su a boca e p u l­
conciencia dos pensadores religiosos de m ões. Q uando outros fazem do domin­
hoje. E n tre ta n to , estas e m uitas o u tras go um dia de divertim entos b aru lh en ­
verdades pertencentes à com pleta dou­ tos, ele p assa p a rte do d ia atendendo a
trin a de Je su s Cristo, são realm ente ve­ seus deveres religiosos. No meio d a imo­
lhíssim as. Mas, como foram reje ita d as ralidade, ele se m antem limpo indo p a ra

— 188 —
sua esposa tão puro quanto espera que lhosos de tro ca r o erro pela verdade, de
ela o se ja e assim se m antem d u ran te p ro c u ra r urgentem ente toda a verdade,
toda a v id a. E le p ro cu ra seg u ir o con­ de tra z e r a verdade, cada dia e em toda
selho do Salvador de viver no mundo, a p arte , p a ra nossas v idas. P o r este
mas não pertencer ao m undo. cam inho poderemos alcan çar felicidade
E o mundo se esp an ta an te ta l cora­ e poder, individual e coletivo, e to rn a r­
gem m as ad m ira-a. Homens que am am mo-nos aptos a s e rv ir este nosso confuso
a verdade acim a de tudo, que são g u ia ­ e infeliz-m undo. Se estas são exquisiti-
dos em suas vidas pelos princípios da ces, agradeçam os o Senhor por elas.
verdade e que tem a coragem de segui- Os Santos dos Últim os D ias são um
los a despeito de tentações ou compa­ povo exquisito. A ssim o eram os Santoe
nheiros caçoistas, são os que verdadei­ dos P rim eiro s D ias. Ouvi às p alav ras
ram ente ocupam o lu g a r de h o n ra no de Pedro, o Apóstolo: “ Vós sois um a
pensam ento de santos ou pecadores. São geração escolhida; um sacerdócio re a l;
por homens assim que o mundo espera um a nação s a g ra d a ; um povo d ife re n te ;
e reza, p a r a levar a hum anidade à paz que espalh ais pelo m undo os louvores
e à felicidade. M as ta l coragem fez de Àquele que vos chamou das tre v a s à
nós um povo d iferen te. e sta luz m arav ilh o sa” . (I P edro 2 :9 ).
Nós deveríam os de fá to e sta r orgu­ T rad. por Silvia Courrege.

Lembrança do Monte Cumorah VELHOS CEM ITERIOS PER TO DO


M ONTE CUMORAH
ENCONTROS ARQUEOLÓGICOS
E x traid o do L ivro
O capitulo fin a l do L ivro de M ór­
mon (E th er 15:1-24, M órm on 6:6-15 e ‘ AQUISIÇÃO H O LA N D ESA ”
M croni 8:1-14) re la ta que pouco a n ­ p o r O. T u rn er
tes de se esconder as placas de ouro,
u m a grande e im placavel g u e rra de E stam os rodeados p ela ev id en cia de
ex term inação foi com eçada pelos L a- que um a raça precedeu à dos atu ais
m a n itas (indios) co n tra seus irm ãos indios, m u ito m ais ad ian tad a em civi­
brancos e m ilh ares de hom ens, m u lh e­ lização e a rte e m uitíssim o m ais n u ­
res e crianças foram trucidados e seus m erosa. A q u i e acclá p elas encostas
corpos deixados nos cam pos de b a ta ­ dos m ontes, pelas cabeças das rav in as,
lha. existem fin as fortificações seleciona­
O P ro feta M oroni, vendo-se n a emi- d as com perícia e ad a p ta d as p a ra r e ­
nencia de ser capturado e m orto es­ fugio, subsistência e defesa. A rvores
condeu as placas de ouro no M onte d e sa rra n ja d a s d a flo resta de origem
C um orah, p erto de onde estava sendo secular, expõem seus restos desm orona­
trav a d a a b atalh a de exterm inação. dos e m ontículos descobertos m ostram
Como com provante desta historia, da m assas d e seus esqueletos confusam en­
te rrív e l carnificina de um g rande povo, te acum ulados u n s sobre os outros,
nesta região, im prim im os os seguintes como se tivessem sido juntados aos
artigos de proem inentes arqueologis- m ontes em um bem disputado, cam po
tas: de batalh a.

— 189 —
Em u m a vila, na encosta do monte, m ortal com algum inim igo. Todos os
o ara d o e a pá m ostram as ru d es f e r ­ historiadores índios dizem qu e a g u er­
ram en tas ad a p ta d as à g u erra de ca­ ra de destruição tom ou lu g ar há m u i­
çadas e uso doméstico. São estas silen ­ tas era s passadas, p ro v avelm ente h á €
ciosas, porem eloqüentes crenicas de eras (600 anos) an tes qu e os p rim ei­
eras passadas. ros hom ens brancos aq u i c h e g a ra m .
N ão h á um a região em todo os Es­ N esta fortificação, en tre um espesso
tados U nidos onde velhas reliquias se­ leito de cinzas de carvão vegetal en ­
ja m m ais num erosas. Com eçando p e r­ contraram -se m u itas reliquias, um a
to do Rio Oswego, extende-se p a ra o das quais e ra in stru m en to d e ferro com
O este sobre todos os Condados do O es­ 50 centím etros d e com prim ento. E sta­
te do Estado de N ova York. L im pa­ va bem en ferru jad o , porem quando
mos florestas e falam os fam iliarm ente lim po e posto um cabo foi usado como
em conquistar o “solo v irg em ” e ain ­ um a m achad in h a de cosinha” .
da os arados continuam a rev e lar e
m ostram os crânios daqueles cuja his­ DESCRIÇÃO DO CEM ITERIO DE
to ria está perdida. E sta porção de Nova “SHELBY CEN TER”
York possuia atrações n atu ra is e in­ “H avia g ran d e ab u n d an cia de p o n tas
centivo p ara se estabelecer favoravel­ de flexas, m achados, louças de b arro,
m ente, ou este antigo povo atacado placas ou p rato s m a n u fatu rad o s com
pelo N orte e O este fez ali seu refugio perícia apresen tan d o ornam entos r e a l­
n u m a g u erra de exterm inação, fo rtifi­ çando v aria s cores e m odelos. T am ­
cou com pelido pela em inencia, choccu- bem alguns esqueletos inteiros foram
se com o seu fim e foi objeto de seus exum ados, m uitos destes de tam an h o
adversos resultados. gigantesco, com n ad a m enos d e 2 m e­
P redom inam as evidencias de que tros ou 2 m etros e 40 centím etros de
este foi um , pelo m enos, dos seus cam ­ a ltu ra. Os crânios são largos e bera
pos de batalhas. A qui houve um a desenvolvidos no lom bo an terio r, largo
g u erra de exterm inação, todos nós e n tre as o relh as e achatado n a região
concluím os pela m assa de esqueletos craniana. O itocentos m etro s do lado
hum anos que se encontram , ajuntados, O este do F o rte ex iste um M onte de
indicando um sim ultâneo e com um se­ areia. Ali estavam ex u m ad o s e em
pulcro, de cuja idade, infancia, sexo e perfeito estado^ um g ran d e n u m ero de
nem condição foi perdoado. esqueletos, m u ito s p arecem terem sido
qu ebrados com clavas ou pedras. E ste
DA H ISTO RIA ARQUEOLOGICA foi sem d u v id a um ponto onde se tr a ­
DE NOVA YORK vou um a g ran d e b a ta lh a no passad o ” .

“ P erto de onde hoje se ergue a Vila C O N C L U S Ã O


de Victor, (a 24 quilom etros de M onte E spera-se qu e a inform ação aq u i
C u m o rah) m ilh ares de se p u ltu ras fo­ ap resentada possa cria r no leitor, um
ra m en contradas pelos pioneiros colo- desejo de e n tra r em conhecim ento com
nisadores. P o r toda a p a rte das fo rti­ o proprio L iv ro d e M órm on, pois qu e
ficações foram encontrados ossos h u ­ este m arav ilh o so liv ro é um a nova te s­
m anos. E squeletos de adultos, de am ­ tem unha d a B íblia, • sendo um a histo­
bos os sexos, de crianças e infantes, ria de D eus tra ta n d o com seu povo no
tcdos ju n to s confusam ente. F lex as re ­ C ontinente A m ericano, tan to q u an to a
sistentes e cabeças de lança foram e n ­ Biblia é um a h isto ria de seu povo' n a
co n tra d as m istu rad o s com os ossos, es­ T erra S anta.
tan d o m uitos en terrad o s nos ossos, in ­
dicando que m orreram em com bate — F IM —

— 190 —
A CAPA
O fato m ais im p o rtan te a d e sp e rta r a atenção d e q u alq u er pessoa na C i­
dade dp Lago Salgado é a m ajestosidade do G ran d e T em plo “M órm on". As
suas proporções gigantescas e m assiças, com pletam sua im ponência.
C erta vez B righam Y oung cam inhando com os seus com panheiros, subi­
ta m en te p aro u e disse: “A qui nós construirem os o T em plo de Nosso S en h o r” .
E assim o foi feito. A histo ria da construção deste tem plo, é um a h isto ria de
fé e incansavel trab alh o . E le foi construído n a época q u e um povo destituído
de tudo e despojado d e seus bens, lu ta v a p ela sua existencia. E ste tem plo p a ra
o culto' de Déus, é a ex pressão m a x im a d a fé e operosidade dos P io n eiro s
“M órm ons” .
Foi construído p a ra e n fre n ta r o tem po; p a ra d u r a r até a etern id ad e. Os
obstáculos q u asi in transponíveis q u e os P ioneiros e n fren ta ra m , fo ram co n to rn a­
dos. Os enorm es blocos d e g ranito, os q uais e ra m trazid o s de um lu g a r situado
a 32 quilom etros ao sudeste da cidade, fo ram carreg ad o s p o r meio de carros de
boi. O problem a era dem ais com plexo visto os blocos pesarem algum as to n e la­
das e a viagem le v a r q u atro dias. • D esta m a n eira os P ioneiros com eçaram a
construção de um canal, p e r m eio do q u al seria trazido p o r botes, os enorm es
blocos de granito. O s blocos da base m edem 4 m etro s e 80 centím etros de com ­
prim ento, 2 m etros e 40 centím etros d e la rg u ra . Q uanto m ais p a ra o topo do
Tem plo, os blocos vão dim inuindo de tam anho, m as ain d a conservam um ta ­
m anho e peso b astan te acentuado. O Tem plo m ede ap ro x im ad am en te 56 m e­
tros de com prim ento p o r 36 m etros de la rg u ra ; e a a ltu ra d a to rre p rin cip al é
de 63 m etros.
O Tem plo com su a o riginalidade e p ec u lia r construção se ad ap ta p erfei­
tam ente à h iste ria ro m an tica deste povo. P ode-se v er atrav és de sua m assiça
construção, suas caprichosas lin h as arquitetônicas, a perso n alid ad e e c a ra te r do
povo que o construiu. Um povo q u e tran sfo rm o u um deserto, no que é h o je
um v erdadeiro paraiso.
O Tem plo é encim ado, em sua to rre p rin cip al pela fig u ra do a n jo M oroni
soprando um a tro m b eta anunciando a resta u raçã o do E vangelho de C risto n a
T erra por meio do P ro feta Jo sé Sm ith.

A lberto V a l e ix o

P o rq u e andas de cabeça baixa, se toda a felicidade en co n trarás no alto?


— Enoy

*Èe> *9/* rsSí» *3 * +3* rü& V ■V* ríe* «sSc®


vjp úgji wjyJçj

— 191 —
IS “CARTAS AO EDITOR” §g

' Ao R edator da “A G aiv o ta” :

Escrevo esta c a rta p a ra lh es d a r m eus p arab én s p ela o b ra q u e estão fa ­


zendo com “A G aiv o ta” . É um a rev ista boa e ela fa rá m u itas coisas ú teis com
o d ec o rre r dos anos.
J á pensou em com eçar um cantinho cham ado “C a rta ao R e d ato r” ou “A
C aixa das Q uestões” no q u al o leitor podia escrever as suas p erg u n ta s sobre o
E vangelho?
C. E. T. Joinville

. . . gosto m uito d a “A G aiv o ta”. E la é u m a re v ista m aravilhosa. C o n ti­


n u e o bom trab alh o , estam os lh e apoiando!
Elder B. T. — R ibeirão P reto

...tc d o s que leiam “A G aiv o ta” aqui gostam im e n s a m e n te ...


J. A. A. — R ibeirão P reto

QUERO S A B E R . . .!

*• Manda-nos suas questões ••

E sta coluna é p a ra o uso de nossos leitores. Si você tem questões


sobre q u alq u er problem a da Ig re ja, à respeitei da d o u trin a, h isto ria, go­
verno da Ig re ja ou procedim ento, envia-as p a ra “A G aiv o ta” , C aix a
P o stal 862, São Paulo.
T odas as questões devem v ir acom panhadas com o ncm e e o en d e­
reço d a pessoa. Si a questão não pode ser respondida n esta coluna,
avisarem os o au to r peto correio.
W. J. W.

QUESTÃO: Q ual é a d ata da restau ração do Sacerdocio A arónico nestes ú lti­


mos dias?
W. B. J. — São P aulo

R ESPO STA : No dia 15 de M aio de 1829 enquanto. Jo sé S m ith e O liver C ow dery


estavam orando fervorosam ente p o r instru ção sobre a d o u trin a do
b atism o p a ra a rem issão dos pecados, a q u al Jo sé S m ith en c o n trára nas placas
d e o u ro d u ra n te a trad u ção delas, u m m ensageiro C elestial desceu n d m a n u v em
d e lu z . E le anunciou-se como sendo João, antig am en te cham ado B atista, e disse
q u e v eiu scb a direção de P edro, Tiago e João, que possuiam as chaves do S a­
cerdocio M aior. O anjo im pôs as m ãos sobre os dois jovens e os o rd en o u à
au to rid ad e do Sacerdocio A aronico.

— 192 —
QUESTÃO: É v erd a d e que algum as Ig rejas no m undo aceitem m em bros de
o u tras Ig rejas sem batism o; considerando q ue o batism o obtido
num a outra Igreja é válido e que um novo batism o não é necessário?
J. A. S. — P rovo U tah

RESPOSTA: Sim, isto é verdade. C onservem os em m ente que m u itas Igrejas


não crêm que o batism o é necessário, assim não faz diferença às
igrejas, se um candidato deseja ou não o batism o. Q uanto à nossa Igreja, nós
não reconhecem os q u alq u er batism o fora dela. Nós ensinam os que o poder do
Sacerdocio é requerido p ara fazer um batism o correto, e nós declaram os que
som ente os S antos dos Ú ltim os D ias possuem o Sacerdocio verd ad eiro ; p o rtan to
ninguém fora de nossa Ig re ja tem o d ireito de batizar. O batism o é essencial
p a ra a salvação. E le som ente poderá ser feito, sob condições especiais, in clu in ­
d o o uso do Sacerdocio verdadeiro, o q u al som ente nós possuím os.

QUESTÃO: É o batism o necessário p ara e n tra r no Reino d e Deus?


B. O. T. — São P aulo

RESPO STA : Sim. O S alv ad o r nos disse: “ .. . em verdade te digo que se al­
guém. não nascer da agua e do espirito, não pode entrar no Reino
de Deus.” (João 3 :5 ) . O ra, há som ente u m a m a n eira certa e v erd ad eira do
batism o e isto é por im ersão. O apostolo P aulo com parou o Batism o com a
m o rte dizendo: “Porventura ignorais que todos os que fomos batizados em
Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele
na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos
pela gloria do Pai, assim tambem nós andemos em novidade de vida” (Rom^
6:3,4) . Isto é, o “homem velho” ou o pecador sendo m erg u lh ad o ou “sepultado”
na agua do batism o “para que seja destruido o corpo do pecado” ren asce p a ra
um a nova vida em Cristo, fazendo assim um convênio ou prom essa com Deus,
qu e g u a rd a rá todos os m andam entos do R eino dos C éus.
P a ra ad m in istra r esta e as dem ais ordenanças do E vangelho, a A utori­
dade legitim a é necessaria. Pois, “ninguém arroga para si esta honra, senão
quando é chamado por Deus, como tam bem foi Aarão” (H eb. 5 :4 ) . E A arão foi
cham ado po r revelação e ordenado p ela im posição d as m ãos por aqueles qu e
já possuiram au to rid ad e de Deus. (Exodo 40:13 ).
Tem os as p alav ras claras do S alv ad o r sobre estes pontos: “E esta é a
minha doutrina, e é a doutrina que o Pai m e deu; . . . e e u dou testemunho de
que o Pai ordena a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam e creiam
em mim.
“Os que crerem em mim e forem batizados, se salvarão; e são estes os
que herdarão o Reino de Deus.
“E os que não crerem em m im e não receberem o batismo, serão conde­
nados” (II I N ephi Cap. 11). (Vide tam bem M oroni 8 :4 -9 ).
HOMENS E PALAVRAS
P o r Richard L. Evans

A vezes p arece que estam os vivendo que significa “ab u n d a n cia” p a ra a l­


num a g u e rra in term inável d e p alavras guns qu er dizer pobreza p a ra outros.
em que pessoas, pelos seus proprios Q <iue é “lib e rd ad e” p a ra alg u n s é es­
propósitos, ten tam fazer com que ou­ cravidão p a ra outros. E assim é com
tras pessoas pensem ser assim certas “ integridade,” castid ad e,” “h o n ra ,” e
coisas, sim plesm ente p o r d izer que são m uitas outras p alav ras significativas.
assim . É po r meio do *rocar de p a ­ O m enino que diz que v iu um m ilhão
lav ras qu e m u itas vezes testam entos e de coelhos talvez v iu apen as dois ou
con trato s são anuviados, que tratad o s tres. E falando com ele devem os le m ­
e confianças são desentendidos, que b ra r que ele é m enino, e p a ra ele d i­
leis são lidas e aplicadas erro n eam en ­ zer m ilhões é som ente um a m an eira
te. E até “direitos in alienaveis” às ve­ de falar. P orem , não é sem ente os
zes são entrav ad o s por aqueles que m eninos que usam as p alav ras liv re e
trocam as p alav ras âos seus próprios profusam ente. É pro v áv el qu e m uitos
propósitos. Um juiz de renom e um a de nós usem os elas dem ais e tam bem
v ez disse: “N ão se pode p esar o te s­ as usem os inco rretam en te. M as o ab u ­
temunho. de um hom em pelas suas p a ­ so m ais lam en tav el é q uando se usa as
la v ra s ” — porque as m esm as p alav ras p alav ras d elib erad am en te p a ra en g a­
não tem o m esm o significado p a ra to ­ n a r em vez de dizer a verd ad e, p ara
dos. M esmo depoim entos ju rad o s não esconder em vez de rev e lar o que deve
tem a m esm a significação quando h o ­ ser ccnhecido, p ara d esfig u rar an tes de
m ens d iferentes dizem as m esm as coi­ p in ta r o q u ad ro verdadeiro. Tem os %
sas. Porisso h á perigo em colocar d e­ que conhecer os hom ens p ara sab er o
m ais confiança em p a la v ra s a não ser significado das suas p alavras. Tem os
qu e saibam os os princípios e os prc- que saber se as suas p alav ras são um
pósitos dos hom ens a tra z das palavras. m anto p a ra o cu ltar os pensam entos ou
E x iste ta n ta decepção ag rad av el e um a ferra m en ta p ara dizer a verd ad e
p lausivel. H á ta n ta lisonja pela polí­ E q uizera que pesássem os bem as p a ­
tica ou pela polidez enganada. As p a ­ la v ra s de cada hom em em term os de
la v ra s estão tão b ara tas, abundantes, que ele é d en tro de si, em term os
e m u itas vezes sem significação.. A p a ­ d e seus principios, de seus propósitos,
la v ra “h o nestidade” por exem plo, p ara e de sua execução an terior.
alguns q u e r d izer h onra absoluta. P a ra
outros é um a m era tecnicalidade. O T rad. por C. Elmo Turner
ANO I-NUM . 9 ^ /( Q aivota Setembro - 1
Saudades do Céu
Guilherme Braga.

O’ mãe, quem semeou tantas estrelas


Nesse abismo que estás a contemplar?
Quem deu às ondas, que me inspiram medo,
,4s pérolas que tens no teu colar?

Seria aquele Deus cujos decretos


Nos roubaram meu pai e meus irmãos,
E para quem, de joelhos sob o leito,
Ergo ao deitar-me as pequeninas mãos?

Foi esse, foi! Vê tu como Êle é grande,


Que tantos astros espalhou nos céus!
Que tantas joias escondeu nos mares!
Vê tu como Êle é grande, aquele Deus!

O’ mãe que linda noite! Em noites d’estas


Eu sinto os anjos sôbre m im passar:
Quem me dera tam bém as azas puras
Que os vôos lhes sustentam pelo ar!

Estremeceu a mãe. Depois convulsa


Ao palpitante seio o filho uniu,
Rebentaram-lhe as lágrimas dos olhos,
E o menino a cismar nem mesmo as viu.

Uma noite, ao deitar-se, o belo infante


Ergueu de novo as pequeninas mãos,
Mas quando o sol lhe penetrou no quarto
Tinha partido em busca dos irmãos!
Ano I — N.° 9 Setembro de 1948

“A GAIVOTA”
(T razendo N otícias do E te rn o E vangelho)
Órgão Oficial da M issão B rasile ira da Ig re ja de Je su s C risto
dos Santos dos Últim os D ias
R egistrado sob N .° 66, conform e D ecreto N .° 4857, de 9-11-1939.
A ssinatura A nual no B rasil . Cr$ 30,00 . D ire to r: . . . Cláudio M artins dos Santos
A ssinatura anual do E x te rio r Cr$ 40,00
R e d a to r:...........>......................... João Serra
E xem plar Individual .............. Cr$ 3,00
Tôda correspondência, a ssin atu ra s, e rem essas de dinheiro devem ser enviados a :
“A G A I V O T A ”
C aixa P ostal 862 São P aulo — B rasil

Í N D I C E

E d ito rial ........................................................................ Presidente Harold M. R ex 194


O dia do S enhor .................................................................................................................. caça

A RTIGO S E S P E C IA IS
P en a e T inta na C ausa da V erdade
D r. Jo ão A. W idtsoe ................................................. Warren J. W ilson 195
A Filosofia de V ida dos S antos dos Ú ltim os D ias . . . . Elder Burl F. Bocrth 196
Som bras da V erd ad eira F elicidade .................................... M ilton R. Hunter 199

A U X IL IA R E S
Escola D om inical:
V erso S acra m en ta l — Ensaio de C anto ...................................................... 201
Sei Que V ive M eu S enhor ................................................................................ 201
A O ração d á P o d er p ara a P rep aração ............... Wendell J. Ashton 202
P rim á r ia :
M oghi ............................................................................................ R uth C. Hill 203
Sociedade de Socorro:
Dons ............................................................................................................................ 206
SACERDÓCIO
A s Revelações do S enhor aos D iáccnos, M estres e S acerdotes ................ 207
A plicação dos P rincípios S acerdotais ....................................................................... 207
R equ erim entos do Sacerdocio A aronico ............................................................. .. 208
Lições p a ra os grupos Sacerdotais .................................... W arren J. Wilson 208
VÁRIOS
E videncias e Reconciliações:
H á C afeina nas B ebidas Cola? ............................. João A. Widtsoe 210
O R um o dos Ram os .................................................................................... W. J. W. 215
Q uero S aber ......................................................................................................................... capa
P oesia ............................................................................................... Guilherme Braga capa
M uitos membros da missão estão confusos a respeito ao pagam en­
to do dízimo; quem deve pagá-lo e quando se deve pagá-lo. Dízimo é
10% daquilo que ganham os como salário, ren d a ou produtos da f a ­
zenda, incluindo as rendas ou salários m ais altos até os m ais baixos.
O dízimo deve ser pago por todos os membros da Ig re ja , se ja jovem
ou velho, homem ou m ulher. E ’ m ais fácil p a g a r o dízimo quando
recebemos o dinheiro. Deve ser o prim eiro pagam ento do nosso
salário ou renda, seja m ensalm ente, sem analm ente ou periodicam ente.
“A lei da prosperidade financeira dos Santos dos últimos dias,
sob convênio com Deus, é ser um pagador honesto quanto ao dízimo,
e não roubar a Deus nos dízimos e ofertas. A prosperidade vem
àqueles que observam a lei do dízimo. Quando digo prosperidade eu
não estou pensando apenas em cruzeiros e centavos, ainda que, via
de regra, os Santos dos Últimos dias que pagam seu dízimo sejam
os homens mais prósperos financeiramente falando. Porém, o que eu
considero prosperidade real, como a coisa mais valiosa para cada
homem e mulher, é o desenvolvimento do conhecimento de Deus, de
um testemunho, e do poder para viver o evangelho, inspirando as
nossas famílias a fazer o mesmo. E sta é a verdadeira prosperidade.”
Irm ãos vamos p a g a r o nosso dízimo, tornando-nos assim m e re­
cedores das bênçãos de D eus.
P residente Harold M. Rex.
P ena e tinta na causa da verdade
Por Warren J. Wilson

terra foram cobertos com escuridão,”


disse A nna.
A lguns anos m ais tard e, dois folhe­
tos sobre o E vangelho foram postos
num p ar de sapatos consertados n a sa-
p a ta ria , e aí com eçaram cs anos de es­
tudos que fin alm en te convenceram
A nna W idtsoe da v eracidade do “Mor-
m onism o” . Essa viuva corajosa foi
bem fiel ao E vangelho m esm o quando
todos os seus am igos a abandonaram .
Ela era m odista excepcional e pelo
trab a lh o diligente e a econom ia cu id a­
dosa ela em igrou-se p ara Sion, estabe-
lecendo-se em Logan.
Os dois filhos, desde a infância
a p ren d eram a an d a r nos cam inhos do
Senhor. Foi sua m ãe bondosa e sabia
que os ensinou a te r fé no S enhor —-
um D eus vivo e real — um a fé que os
levou a ação.
DR. JO Ã O A. W IDTSOE Dr. W idtsoe foi e é m uito ativo não
som ente nas carre ira s civis m as tam ­
De todos os cantos do m undo vêm bem nos trab alh o s da Ig re ja de Jesus
Cristo.
os servos de Deus p ara tra b a lh a r e
co n struir o Reino de D eus aqui na D u ran te toda a sua v id a profissional
te rra. H om ens e m ulheres em busca como cientista, educador, servo p u b li­
da verdade e ju stiça do S enhor são m o­ co, e clérigo, Dr. João A. W idtsoe tem
vidos esp iritu alm en te quando ouvem o recebido m u itas p erg u n tas daqueles
E vangelho R estaurado de Jesus Cristo, que estão h o n estam en te em p ro cu ra da
ta n to no n o rte como no sul — na A le­ verdade. P erg u n tas como: “O que é
m a n h a ou na A ustralia, e assim o foi a Verdade?” — “Como se pode obter
com João A. W idtsoe que nasceu em um testemunho da veracidade do Evan­
N oruega no dia 31 de Ja n eiro de 1872. gelho?” — “Porque e como se deve pa­
Ele foi o prim eiro filho de Jo h n A n- gar o dízimo?” — “Qual é maior, o
d reas e A nna K arin e G aard en W idtsoe Sacerdocio ou a Igreja?” — Centenas
que tiv e ram dois ao todo. Poucos m e­ de p erg u n tas como estas foram respon­
ses depois do nascim ento de O sborne, didas p er este g ran d e homem. A tual­
o segundo filho, o p a i m o rre u e este m ente alguns destes artigos, tirados do
foi um tem po realm en te triste p ara livro “ Evidencias e Reconciliações”, es-
aquela pequena fam ilia. “O céu e a (C ontinua na pág. 209)

— 195 —

\
*
A Filosofia de Vida dos Santos dos Últimos Dias
P or Elder Burl F. Booth

OS PRO FETA S lheu Deus; sim aquelas que não são,


para reduzir a nada coisas que são;
Q uando o hom em foi pôsto scbre a afim de que ninguém se glorie na pre­
te rra não o foi p ara an d a r às ap a lp a­ sença de Deus” (I C orintios 1:26-29).
delas n a escuridão e a p re n d er os en ­
sinam entos do pecado pela experiençia S em pre qu e o povo se rv ir ao Senhor,
som ente, m as foi instruido pelo S enhor se rá abençoado e p ro sp erará, m as
a respeito do m e lh o r cam inho de vida, quando se a fa star d ’Ele, o S enhor r e ­
e anjos tam bem foram m andados p a ra tira rá seus p ro fetas e seu espírito, e o
ensiná-lo. povo. será deixado en treg u e a si m e s­
mo. Depois, quando se to rn a r cheio d e
D eus deseja que o hom em viva pela ■
iniquidades, e for perseguido pelos seus
fé e não pela vista. Em conseqüência,
inim igos, le m b rar-se -á n o vam ente do
Êle não se revela ao povo in teiro do
senhor, e se v o lta rá p ara Ele. Após
m undo, m as em vez disto, escolhe al­
sofrer algum tem po, D eus le v a n ta rá
guns que se provam dignos de ser seus
outro p ro fe ta p ara dirigí-lo, e se se­
serves e os ordena com o p oder e a au ­
g u ir os seus conselhos, será abençoado.
to rid ad e p a ra ad m in istra r nas ord e­
M as quando v o lta r a p ro sp erar, n o v a­
nanças do E vangelho e en sin ar o c a ­
m ente esquecerá o Senhor, e m ais u m a
m inho da v id a v erd a d eira a todos aq u e­
vez se a fa sta rá de seus ensinam entos.
les qu e os ouvirem . E stes hom ens se
Assim tem acontecido, seguidam ente,
cham am P rofetas. E ’ m uito im p o rta n ­
desde A dão, passan d o p o r Noé, Isaac,
te que tenham os sem pre um profeta
Jacó M oisés e m uitos outros até, e d e­
p a ra nos guiar, porque o sabio re i S a­
pois da éra de Cristo.
lom ão disse: “Não havendo, profecia,
o povo se corrompe” (P rovérbios 29:
O SACERDOCIO
18). O p ro fe ta Am ós disse “certamen­
te o Senhor Jeová não fará coisa al­ E ra necessário, qu e aqueles P ro feta s
guma, sem revelar o seu segrêdo aos fossem ordenados ao S anto S acerdocio
seus servos, os profetas” (Am ós 3 :7 ) . de D eus afim de que as ordenações
O S en hor em sua sab edoria não es­ feitas po r eles sejam v alid as e em acô r­
colhe hom ens de g rande riqueza, que do com os princípios de Deus. O S e­
tem seus corações fix ad o s n as coisas n h o r não reconheceu nem aceitou
m a teria is do m undo. M ais Êle escolhe q u alq u er dos sacrifícios ou ordenações
hom ens honestos e hum ildes, geralm en ­ feitas po r aquele que não possuia o
te hom ens moços e os ensina e p re p a ­ Sacerdocio. Paulo, falan d o do S ace r­
ra pela grande responsabilidade que docio. diz: Ninguém arroga para si esta
deverão to m a r m ais ta rd e , de m odo honra, senão quando é chatmado por
q ue q uando se to rn arem poderosos e Deus, como tam bem foi Aarão” (H eb.
ricos eles provàvelm ente não p a rtirã o 5 :4 ). Como, então, foi A arão ch am a­
dcs cam inhos da justiça. “Vede ir­ do? Foi cham ado p o r revelação. O S e­
mãos, a vossa vocação, que não m ui­ nhor falou a A arão e tam bem a seu
tos sabios segundo a carne, nem m u i­ irm ão, Moisés. M as mesmo então
tos poderosos, nem m uitos nobres são A arão não tin h a a a u to rid a d e de ad ­
chamados; pelo contrário as coisas in­ m in istra r os sacram entos do Evangelho
sensatas do m undo escolheu Deus para até que M oisés o escolheu e o ordenou
envergonhar as fortes; e as coisas ignó­ sacerdote. (Exo. 28:1, 29:4-9, 40:12-16)
beis do m undo e as desprezadas, esco­ D entro do Sacerdocio h á duas d iv i­

— 196 —
sões; o A aronico e o M elquisedec que m édia”. Isaías p rev iu isto e disse: “/is
é su perior aquele. Em cu tra s p alavras trevas cobrirão a terra, e a escuridão
quem possue o Sacerdocio de M elqui­ os povos” (Isa. 60:2, 2 4 :5 -6 ).
sedec tem o direito de oficiar nas o r­ D u ran te a época da reform ação ho­
denanças do A aronico. O Sacerdocio m ens com eçaram a realizar que o
su p ericr cham a-se M elquisedec devido E vangelho não ensinava d a m esm a
à um grande Sum o S acerdote que v i­ form a que era no tem po de Cristo, e n ­
veu nos dias de Abrão. E ste S acerdo­ tão te n taram a refo rm ar a igreja a
cio, que tem o poder e au toridade de qual perten ceram , m as não puderam
ad m in istra r as ordenanças espirituais faze-lo. Em .consequencia, a d eix aram
do Evangelho, foi dado um ac outro e organizaram um a nova igreja, ensi­
e continuou até o tem po de Moisés, nando alguns principios como C risto os
m as por causa da dureza dos corações ensinava, m as não todos eles. Coloni­
dos filhos de Israel o Senhor lhes ti­ zaram a A m érica; pro cu ran d o lib e rd a­
rou e deu-lhes o Sacerdocio m ais b a i­ de religiosa e tam bem a p alav ra v e r ­
xo (A aronico), o qual possue o poder d adeira de Deus. Amós p rev iu isto e
e au toridade de ad m in istra r as o rd e ­ disse: “Eis que vêm os dias, diz oi Se­
nanças tem porais de Salvação (véja nhor Jeová, em que enviarei fome so-
Heb. capítulos 5, 6 e 7) como disse br a terra, não fome de pão nem sêde
Paulo: “um m estre de escola” p ara os de agua, mas de ouvir as palavras de
trazer ao Evangelho. Jeová. Andarão errantes de mar a
João o batista possuiu o Sacerdocio mar, e do norte até o oriente: correrão
A aronico e batizou de acordo com sua por toda a parte para buscar a palavra
autoridade, pois que o batism o é um a de Jeová, e não a acharão” (Amós
ordenança tem poral, m as ele disse: 8:11-12) .
“Eu, na verdade, vos batiso com agua
O PR O FETA JO SÉ SM ITH
para o arrependimento; mas aquele que
há de vir depois de m im , é mais po­ N estes últim os dias o S enhor fez no­
deroso do que eu, e não sou digno de vam en te su rg ir um p ro feta p ara o seu
levar-lhe as sandalias; Êle vois batisa- povo. Ele o fez da m esm a m aneira
rá com o Espirito Santo e com fogo. como nos dias passados, p o rq u e Ele é
(M at. 3 :1 1 ). Q uando o C risto veio, um D eus im u táv el e ain d a fala e rev e­
Ele trouxe consigo ç. Sacerdocio supe­ la sua vontade àqueles que são dignoís.
rio r ou M elquisedec e conferiu-o aos e desejam escutá-L o.
seus Apostolos. No ano de 1820, José S m ith J r. era
Depois da m orte de C risto o S acer­ um m enino de 14 anos. N aquele te m ­
docio grad u alm en te com eçou a falh a r po um ferv o r religioso dom inava tedo
e faltar; e term in ou por desaparecer o país e quase todos os hom ens se u n i­
com pletam ente por causa da p e rv e rsi­ ram à algum a ig reja. José, porém , não
dade do povo. Eles m a taram cs apos­ ligou-se à n en h u m a delas te m p o raria­
tolos, e m uitos dos Santos apostataram - m ente, m as continuou lendo a Bíblia,
se por causa das perseguições. M uitos pois sentia que nela poderia en co n trar
que não negaram a fé foram m ortes, um indicio q ue lh e desse a saber à q u al
outros seguiram os p rofetas e profes­ delas d ev eria se unir.
sores falsos. Depois de alguns séculos Um dia estava ele lendo o liv ro *de
não se achava m esm o um diácono ofi­ Tiago, no 1.° capitulo, e versículo 5.°,
ciando com autoridade. O Senhor m ais onde se lê: “Mas se algum de vós ne­
um a vez retiro u o seu espirito e a u to ­ cessita de sabedoria, peça-a a Deus que
rid ad e do povo e este 'ficou ab a n d o n a­ dá a todos liberalmente e • não impro-
do. E, o que aconteceu? Eles reg res­ pera, e ser-lhe-á dada. Peça-a, po­
saram ao au e o m undo cham a “idade rem, com fé, nada duvidando; porque

— 197 —
quem duvida é semelhante à vaga do dery. D u ran te a trad u ção eles ch eg a­
mar, que o venta subleva e agita”. ram a um a passagem concernente ao
Esta passagem calhou-lhe no coração batism o; que o batism o tem de ser fe i­
com g ran de poder, e ele sen tiu que, to por im ersão e que sem ele ninguém
p ara saber a que igreja devia ligar-se, pode receb er todo o Evangelho'. No
ele d ev eria fazer como disse Tiago, décim o quinto dia do mês de Maio do
“perguntar ao Senhor.” E ntão ele foi ano de 1829, p a ra a p re n d er m ais so­
no bosque da fazenda de seu pai e b re esta questão, eles retiraram -se
ajoelhou em oração. p a ra as m argens do rio S usquehanna
E n q uanto orava, ele recebeu um a e ajoelharam -se em oração. Eles n a r­
gloriosa visão de D eus o P a i e Seu F i­ ra ra m que, en q u an to orav am ap areceu-
lho Jesus C risto que ap areceram em lhes, em u m a luz b rilh an te, um ser
um a luz b rilh a n te e o in stru ira m a não ressuscitado qu e disse ser João que foi
se filia r a n enhum a igreja, pois que conhecido antig am en te e cham ado B a­
todas eram igrejas de hom ens. T am ­ tista. Em seguida ele im pôs as m ãos
bem lhe foi dito que, se vivesse dig­ sobre suas cabeças e ordenou-lhes ao
n am en te ele seria um in stru m en to nas Sacerdocio A aronico. Depois disse-lhes
mãos do Senhor, na restau ração do que fossem no rio e se batisassem m u ­
Evangelho em toda a sua plenitude, na tu a m en te por im ersão. Isto feito e após
terra. v oltarem à m argem , Jo ão disse-lhes
que tin h a sido enviado d a presença de
O LIVRO DE MÓRMON P edro, Tiago e Jc ão ; que em um fu ­
T rês anos m ais ta rd e um anjo re v e ­ tu ro p róxim o eles desceriam e confe­
lou à José S m ith, que depositado em riria m a eles a m aio r autoridade, ou
um m orro perto de sua casa estava um o Sacerdocio de M elquizedec. No m ês
antigo reg istro que fô ra escrito em seguinte, Ju n h o de 1829, P edro, Tiago,
placas de ouro, pelos p rofetas dos an ­ e João re to rn a ra m à te rra e o rd en a­
tigos h ab itan tes do continente A m eri- ra m José S m ith e O liver C ow dery p a ra
canc', que continha a plen itu d e do serem apostolos do S en h er Je su s C ris­
Evangelho como lhes havia sido rev e­ to. N ote-se que Jo sé S m ith e O liver
lado pelo Senhor. D essa m a n e ira foi C ow dery não assu m iram a au to rid ad e
p erm itido a José S m ith to m ar aqueles p a ra organizar u m a Ig reja, m as que
registros e pelo dom e pcd er de Deus receberam , essa au to rid ad e d aqueles
traduzi-los p ara a lingua inglesa. Essa que a possuiram . E igualm ente como
trad u ção foi im pressa e publicada e é A arão, não ob stan te Jo sé S m ith te r re ­
o que conhecem os p o r L ivro de M ór­ cebido m u itas e g ran d es e gloriosas
mon. A creditam os que ele é a p alav ra visões nas quais ele falo u com o Se­
de Deus que foi dada aos antepassados nhor, e com anjos, ele não tin h a a a u ­
do ín d io A m ericano, que foram canhe- torid ad e p a ra ex e cu tar q u alq u er o rd e­
cidos como os N ephitas e L am anitas, nação até que ele fosse ordenado p e r
assim como a B iblia é a p a la v ra de m ensageiros enviados de Deus.
D eus d ad a aos Ju d e u s e G entios,' e p o r­ Como designado pelo Senhor, a Ig re ­
ta n to é a escritu ra. O L ivro de M ór­ ja foi form alm en te o rganizada n ova­
m on é tam bem o u tra testem unha que m ente na te rra no sexto dia do mês
Je su s é o C risto e que a B iblia é v e r­ de A bril do ano de 1830. Sendo a Ig re­
d ad eira (Ezeq. 37:16-19; Isa. 29:11-12). ja de Cristo, ela foi cham ada “Igreja
de Jeus Cristo”, e m ais ta rd e “Dos
RESTAURAÇÃO DO SACERDOCIO
Santos áos Últimos Dias” foi adicio n a­
Na trad u ç ão do L ivro de M órmon, do p a ra f a z e r ' distinção dos “Santos”
Jo sé S m ith conseguiu a aju d a de um que viveram h a 2000 anos atraz. A igre-
jovem professor de nom e O liver Cow ­ (C ontinua ria pág. 212)

— 198 —
Sombras da Verdadeira Felicidade
OBSERV AÇÕ ES DE E L D E R M ILTON R . H U N T E R NA 118 C O N FE R Ê N C IA
SEM I-A N U A L D E 4 D E OUTUBRO D E 1947
DO P R IM E IR O C O N SELH O DOS
SETEN TA

A v ista que daqui se tem ao olhar E tern o e Seu Filho U nigenito, aparece­
sobre esse g rande auditório, é de reve­ ram ao P ro fe ta José Sm ith e ab riram a
renciai in spiração. E é com hum ildade últim a dispensação do E vangelho. Se­
que ocupo esta posição hoje. P o r isso guindo essa gran d e visão, num erosos se­
eu peço ao nosso P a i no Céu p a ra que o res celestiais apareceram ao P ro feta
Seu espírito esteja comigo. José Sm ith e deram -lhe o Sacerdócio,
Desejo d irig ir as m inhas p alav ras esta todos os poderes, dádivas, bênçãos e o r­
tarde à mocidade da Ig re ja . E u, como denações necessárias p a r a a salvação da
os nossos irm ãos que fa la ra m a n te rio r­ fam ília h u m an a. E ’ o tesouro dessas d á­
mente, tenho gande fé, adm iração e am or d ivas do Sacerdócio e bênçãos que a mo­
pela mocidade da Ig re ja . Sei que eles cidade da Ig re ja hoje possue.
tem um testem unho do Evangelho de J e ­
sus C risto e que assim o levarão av an ­ O EV A N G E L H O D E CRISTO TRAZ
te com honradez. A L E G R IA

BÊNÇÃO PRO V ID A PA R A A O E vangelho de C risto nos foi dado


afim de obterm os alegria. De fato,
MOCIDADE
“ Adão caiui para que o homem existis­
Mocidade da Ig re ja , jovens, homens se e os homens existem para que tenham
e m ulheres, sois os seres m ais ricos do alegria.”
mundo. A lguns de vós talvez perguntem O propósito e a vontade de Deus é que
m entalm ente: “ m as não temos dinheiro” . sejam os felizes hoje, am anhã, n a pró­
A mim não faz diferença si tendes dez xim a sem ana e assim daqui a cem anos
centavos ou um m ilhão de cruzeiros. D i­ sim, mesmo daqui um m ilhão de anos.
nheiro desaparece; m as o conhecimento Podeis dizer em vossas m entes “ “ m as
que tendes u ltra p a ssa tudo o que se pode não viverem os ta n to tem po” . Nós vive­
obter neste mundo e que é deste m un­ remos por ta n to tem po. A vida é eter­
do. Sois m embros da I g re ja v erdadeira n a e o im p o rtan te de reco rd ar é como
de Jesus C risto e sois recipientes do vivemos hoje, e a m an eira como vivemos
E vangelho resta u rad o de vosso Salvador. atravez d a m ortalidade, d eterm in ará a
Tendes o santo sacerdócio segundo a o r­ nossa felicidade atrav ez da eternidade
dem do Filho de D eus. Tendes às vossas e o nosso estado p a r a sem pre. P a ra
ordens tôdas as bênçãos que vem p a ra ilu s tra r o que tenho em mente, gostaria
aqueles que am am a Deus e guardam de co n tar um a velha h istó ria .
os Seus m andam entos mesmo a prom es­ E x istiu um a vez um velho cão que foi
sa da bênção de vida e te rn a que Êle ao m ercado p a ra apossar-se de um pe­
diz, é um a das suas m aiores dádivas daço de ca rn e. Ao v o ltar p a ra casa ele
p a ra o homem, (D. & C. 14:7; 6:7 ) si teve que a tra v e s s a r um a ponte que cru­
apenas quizerdes se rv ir o S enhor vosso zava um riach o . Quando êle se viu no
Deus com todo o coração, poder, e fo r­ meio da ponte, olhou p a ra dentro da
ça (Ib id . 4 :2 ; 50:5; 5 1 :1 9 ). ág u a e viu um o utro cachorro com um
H á m ais de cem anos, Deus o P ai pedaço de carn e n a boca. Como êle era

— 199 —
cubiçoso, foi tomado pela vontade de queria vossa infelicidade. O seu dese­
querer aquela carne tam bém . Assim, jo é dilacerar vossa vida esp iritu al, fí­
abriu a sua boca p a ra a rre b a tá -la do sica e m ental, como tam bém d e s tru ir
outro e quando assim fez, a carne caiu vossas possibilidades de com pleta ale­
na ág u a e foi levada pela correnteza. g ria . P or essas razões êle em prega to­
P or esse sentim ento o velho cão desco­ dos os seus esforços, ten tan d o induzir-
briu que havia tentado a r r e b a ta r a c a r­ vos ao vício do fum o.
ne que estava com o seu próprio reflexo.
N IC O T IN A :
SOMBRAS DE V E R D A D E IR A UM V E N E N O M O R TÍFER O
F E L IC ID A D E
O fumo, como todos sabemos, é muito
Jovens da Ig re ja , existem m uitas som­ venenoso. Êle m a ta o corpo. P a ra
b ras da verdadeira felicidade a que sen­ ilustrar-vos o quanto é venenoso, eu gos­
tis a tentação de a rre b a ta r, e eu vos ta ria de con tar um acontecim ento h av i­
digo que se assim o fizerdes, estareis do em m inha p ró p ria fam ilia, quando eu
fazendo o que fez o velho cão. E ntão tinha m ais de um a década de v id a.
sábereis que perdestes as boas coisas T inha um a irm ã que estav a com tr in ta
que ag o ra possuis: a felicidade, o e sete anos naquela ocasião e e ra m ãe
Evangelho e provavelm ente a vida e te r­ de sete filhos. N essa época as su as
na — e recebereis sómente som bras da crianças tiveram a tosse-com prida. Um
felicidade. As coisas que tenho em dia ela foi com seu m arido a um a cháca­
m ente nós chamamos pecados, todos os ra, próxim a d a cidade em que m oravam .
pecados que podemos com eter. Lem brai- Quando lá chegaram , seu m arido foi
vos que Alma, o p ro fe ta dos N ephitas, cham ado p a ra fa z e r um trab alh o ines­
exortou-nos que “perversidade nunca foi perado, deixando, assim , sua esposa em
.felicidade”. (A lm a 41:10; H elam an 13: uma loja, que ficav a m ais ou menos p ró ­
.38) . xim a da cidade. Quando m inha irm ã en­
O H Á BITO DO FUM O trou na loja, a senhora, d etraz do b al­
cão, perguntou-lhe como p assav am as
E xistem trê s ou q u atro som bras da crian ças. E la respondeu “não muito
v erdadeira felicidade, sobre as quais eu bem”. E ntão a senhora apanhou um pe­
g o sta ria de f a la r hoje. A prim eira é queno frasco do balcão, que continha
o hábito do fum o. Todo homem jovem um líquido escuro e preenchia m etade do
da Ig re ja , e ainda m ais, sinto te r que volume. No rótulo lia-se “co n tra tosse-
dizer, que hoje tôda a m ulher jovem com prida” . A caix eira disse en tão :
dentro da Ig re ja , é te n tad a e continuará “ E sse é o m elhor m edicamento contra
a ser te n tad a a to m ar o hábito do fumo. tosse-com prida. N ão tenho nenhum dis­
O fa to é que talvez alguns dos seus am i­ ponível agora, m as se quizer, posso con­
gos j á tenham este hábito. Talvez po­ seguir algum .” N essa ocasião ela de­
derão dizer-vos: “Ora, fum e um cigar­
positou o frasco no balcão e foi ao tele­
ro. E ’ elegante fum ar. A final é um bom fone afim de ch am ar o filho de m inha
esporte. Tôdas as pessoas importantes irm ã p a ra d irig ir o ca rro e levá-la p a ra
o fazem. Aproveita a vida enquanto és casa.
jovem e regenere-se na velhice.” De N esse intervalo, m inha irm ã apanhou
fato, eles não sómente fazem essas obser­ o frasco, tiro u a rolha, cheirou o con­
vações, m as tam bém desenvolvem inú­ teúdo e p a r a se n tir o gosto, tomou um
meros outros argum entos p a ra vos le­ pouquinho em sua boca, dizendo: “ mas
v ar ao hábito do fum o. isto é ruim mesmo” . Sem tem po p a ra
Jovens, mocidade d a Ig re ja , é o de­
dizer m ais nada, ela caiu m o rta . O
mônio que f a la atravéz de vossos amigos
p ara levar-vos a esse vicio nocivo. Êle (C ontinua na pág. 212)

— 200 —
ESCOLA Do m i n i c a l

VERSO SACRAMENTAL PARA O


MÊS DE OUTUBRO P o r E ld er R o b e rt E. G ibson.

T odos que n a T e r r a m ó ra m ,
A D eus b e n d ig a m com p ra z e r; E n saio de C a n to p a r a o m ês de
Com o os a n jo s o a d ó ra m , O u tu b ro : “Sei que Vive M eu
D evem os n ó s ta m b é m fazer. S e n h o r" — H in á rio — pág . 45.

“SEI QUE VIVE MEU SEN H O R ”

M úsica p o r Lew is D . E d w ard s


L e tra de S a m u e l M edley

O A utor. em 1789. U m liv ro so b re as m e m ó ­


r ia s dé M edley foi p u b lic ad o p o r seu
S am u e l M edley, o a u to r do h in o filh o em 1800.
“Sei que Vive M eu S e n h o r ” n a s c e u
n o d ia 23 de J u n h o de 1738, em C h e st- O C om positor.
n u t, H e re fo rd sh ire , I n g la te r ra . Seu
p ai tr a b a lh a v a n u m a E scola; d e s ta Lew is D. E d w ard s n a s c e u em Aber-
m a n e ira S a m u e l te v e u m a boa e d u ­ d a re , S o u th W ales em 1858. V indo
ca ção . C om eçou a tr a b a lh a r em p e ­ p a r a a A m érica fico u alg u m te m p o
tró leo com u m h o m e m de n egócios. n a P e n s ilv a n ia c a n ta n d o em coros de
N ão g o sta n d o d e ste tr a b a lh o in g re s ­ I g r e ja . F oi b a tiz a d o com o m em b ro
sou n a M a rin h a , com o u m g u a r d a - d a I g re ja de Je su s C risto dos S a n to s
dos Ú ltim os D ias em O gden, U ta h , no
m a r in h a . N u m a b a ta lh a com a f ro ­
ta fra n c e s a em 1759 ele ficou tã o f e ­ d ia 31 de M arço de 1878. E d w ard s
rido que te v e que a b a n d o n a r o s e r ­ co n seg u iu p e g a r”o estilo de M edley em
viço n a M a rin h a . P a sso u tã o m a l seu a c e n to n a s p a la v r a s do h in o . Não
sab em o s a d a ta em que foi escrito , m as
que q u asi te v e que a m p u ta r u m m e m ­
foi p u b lic ad o n o L ivro de H inos d a
bro. N a n o ite p re c e d e n te ele orou
E scola D o m in ic al em 1909. O no m e
h o ra s a fio, m a s n ã o e n tro u d e f in iti­
v a m e n te pelos c a m in h o s religiosos a té de E d w a rd s com o co m p o sito r sem p re
qu e escu to u u m se rm ã o p o r u m D r . s e rá le m b ra d o ju n a tm e n te com o de
W a tts . M edley, a u to r d a s p a la v r a s d a g r a n ­
de c a n ç ã o “Sei que Vive M eu S e n h o r"
E m 1767 o e n c o n tra m o s com o p a s ­
to r d a I g r e ja B a tis ta em W a rtfo rd , O H ino.
H e re fo rd sh ire . T o rn o u -se u m h o m em
de b em . S a m u e l M edley escreveu P ro c u ra n d o v a rio s liv ro s n ã o en c o n ­
in ú m e ro s h in o s, in c lu in d o este. E ste tra m o s m u ita co isa e s c rita sobre o
h in o foi p e la p r im e ira vez p u b lic ad o h in o de M edley e E d w ard s. A in d a

— 201 —
que n ã o s e ja de o rig em M órm on, dos p rim e iro s h in o s co m p ila d o s n o
E m m a S m ith , esp o sa do P ro fe ta , c e r ­ p rim e iro h in á rio d a Ig re ja . C o n c o rd a
ta m e n te te v e a in s p ira ç ã o do se u d i­ p e r f e ita m e n te co m a filo so fia dos S a n ­
v ino carg o , em e sco lh e -lo com o u m to s dos ú ltim o s D ias.

A Oração dá Poder para a Preparação


P o r Wendell J. Ashton

Bem de m adrugada um homem se le­ ra , como quando nas som bras de Gethse-
v an ta, talvez do calôr de um a fro n h a de m ane. E le rendeu g raças pelas refei­
pele de cabrito ou carneiro enchida com ções, assim como fize ra com os dois ho­
algodão ou l ã . m ens em E m m aus depois da Sua resu r-
E le p arte , indo p a ra um lu g a r soli­ reição.
tá rio , possivelm ente p a ra os suburbios A m aior p a rte dos que são professores
da cidade. A cidade é C apernaum , que do Evangelho rezam de noite e pelas
significa, segundo se diz, “ a aldeia da refeições. A lguns rezam de m a n h ã .
Consolação.” F requentem ente estas ocasiões se tornam
A lguns dos am igos deste homem se­ tã o ro tin a que quasi acham o-nos ofere­
guem p a ra o p ro c u ra r. Logo o desco­ cendo recitações em vez de súplicas e
brem . agradecim ento s.
E le estava rezando. A lição que os m estres da Escola Do­
m inical devem ap re n d er daquela oração
Assim M arcos, o a u to r do Segundo
que Je su s fez de m ad ru g ad a p erto de
Evangelho, findou o episódio a respeito
C apernaum , é que Ele -procurou o Seu
dum a súplica da m a d ru g a d a. E le não
Pai antes de ensinar.
nos re la ta o assunto da oração que o
homem, Jesus, fez. Não obstante, ele D issem inando o Evangelho R e sta u ra ­
nos faz saber que, dep^js de fa z e r aque­ do, fa rã o isto de m an eira m elhor os que
la oração secreta, o Salvador foi às a l­ tam bém procu rarem o seu P a i Celeste
deias vizinhas de Galiléo e ensinou. antes de en sin ar.
O Novo T estam ento no seu curto reg is­ P a ra fra se a n d o Seneca, ele f a r ia bem
tro re la ta m ais 18 orações do M estre-m ór, em o ra r a Deus como se seus alunos o
Jesu s rezou de m anhã, assim como quan­ estivessem escutando, e ensina-los como
do escolheu os Seus Doze A póstolos. De se Deus o estivesse vigiando.”
fato , n aquela ocasião E le pediu ao Seu E n tão a oração d a rá o seu poder p a ra
P ai a noite in te ira . E le orou de vespe- a p rep a ra ção .

VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON ?


PRIMARIA
O G H I
P o r R uth C. Hill

E ra um a vez na S iria, um país bem- pre? E u acho que seria m ais divertido
longe, um carneirinho lanudo chamado irm os sozinhos mesmo como os raposinhos.
M oghi. Êle seguiu o p asto r com sua E u sei onde a g ra m a está v erd e. E u
m ãe; brincou e rolou com a sua am iga posso ac h ar os lu g ares p a ra tom ar
Minni, que e ra bran ca e lanuda ta l como ág u a.”
êle. Minni disse, “ Você pode ir em bora se
Êle brincou e comeu, e logo tornou-se quizer, m as eu vou fic a r aqui.”
grande e fo rte , podendo comer gram a E n tã o um a noite quando a lu a e s ta ­
como as ovelhas crescidas. Êle não p re ­ va grande, Moghi levantou a sua cabe­
cisava m ais e s ta r ju n to de sua m ãe. ça e ficou escutando. M inni estav a dor­
Quando o p asto r levava o rebanho à m indo. 0 p a sto r estav a dormindo ta m ­
água calm a dos lu g ares p a ra beber, Mo­ bém, e tudo estav a calm o. Êle podia ou­
ghi bebia com os o u tro s. Quando o p as­ v ir um dos raposinhos latindo à lua, em
tor os guiou a tra v és dos desertos aos algum lu g a r n as colinas secas.
pastos n as colinas, Moghi gostou de co­ Calm am ente Moghi inclinou-se nos
m er a g ra m a deliciosa que lá crescia. seus joelhos finos, e endireitou as suas
Mas um dia Moghi disse a M inni, “ Não pern as posteriores. E n tão , olhando p a ra
está cansada de seguir o p asto r sem­ ver se estav a sendo observado, deu uma

Jeová é o meu pastor; nada me faltará.


Faz-me repousar em pastos verdejantes;
Conduz-me às águas de descanço.
Êle refrigera a minha alma,
Guia-me nas veredas de justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
Não receiarei mal algum, porque tu és comigo:
O teu cajado e o teu bordão, eles me confortam.
Deante de m im preparas um a mesa na presença dos meus inimigos;
Ungiste com oleo a minha cabeça; o meu calice transborda.
Unicamente a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida,
E habitarei na casa de Jeová por longos dias. — Salmo 23.

— 203 —
sacudidela ráp id a que desdobrou as suas estava bem em cima dele no céu escuro.
pernas an terio res. Bom! E sta v a ficando Êle não sabia que direção to m a r.
em pé, e todas as o u tras ovelhas e o O cam inho que seguiu se inclinou
p asto r estavam dorm indo. F u rtiv am e n ­ abruptam ente num a g a rg a n ta e s tre ita .
te, Moghi saiu dos arred o res do rebanho As grandes rochas fizeram som bras fu n ­
adormecido. das na luz da lu a . Em baixo dele podia-
Moghi antes nunca havia andado à se ouvir o som dum a to rre n te das mon­
noite. A lua cheia fez todo o mundo ta n h a s . Moghi p aro u um momento e tre ­
parecer macio, sombrio e de p r a ta . O m eu. Lembrou-se da vez que tentou be­
a r estava fresco enquanto êle respirou-o. ber num a to rre n te im petuosa .
O brilho da lua foi um a coisa que êle Êle tropeçou aquela vez nas pedras
jam ais v ira a n te s. E sta v a a lta e quie­ redondas e lisas, e caiu de joelhos. A n­
ta no céu estrelado; e olhe! estava ou­ tes mesmo de p en sar no que aconteceu,
tr a vez dançando no vale estreito, em a- água o cobrira, e em bebera sua pele
sua fre n te . Moghi resolveu ir e ver lanuda, que ficou tão pesada de água
porque a lua dançava assim no vale. que êle não pôde se le v an ta r novam ente.
Foi fácil seguir os cam inhos das ave- Se o p asto r não enganchasse o seu c a ja ­
lhas en tre as rochas e m oitas. “ E stas do no pescoço de Moghi, e o puxasse
ovelhas são bobas, “ Moghi pensou, olhan­ a té à beira, te ria sido levado pela ág u a
do por momentos p a ra o grupo que a tra z rá p id a . O cajado do p a s to r foi um a con­
estav a dormindo perto do p asto r e do solação v erdadeira naquele dia.
fogo. “ Q ualquer ovelha inteligente pode Mas ag o ra Moghi disse desafiando:
se su ste n ta r sem um p asto r sem pre p e r­ “ E u aprendi a m inha lição. A gora não
to.” E êle deu um a rab a n ad a rá p id a com preciso do p a s to r.” Êle andou pelas
a sua cauda lanuda e branca, e saltou som bras devagar. “ O caminho logo deve
um pouquinho enquanto se dirigiu p a ra subir de novo” , pensou êle. "T alvez h a ja
a luz que estav a dançando no vale es­ g ra m a logo” . Achou que ja m ais quizer
treito . algum a coisa, m ais do que ag o ra êle
^Foi um a viagem m ais longa, do que desejava pouco de g ra m a verde, depois
a que êle realizara, até o vale. Depois de fa z e r esse passeio n oturno.
de an d a r pouco tempo, enchendo-se com O vale e ra bem estreito agora, e escu­
os perfum es agradáveis da noite, e ou­ ro. Trêm ulo, Moghi seguiu o caminho
vindo as vozes quietas da noite, êle co­ indistinto, a té que virou-se ab ru p tam en ­
meçou a te r fom e. Inclinou a cabeça e te perto dum a borda im ensa. De repente
farejo u a g ram a nas som bras. Mas tudo tudo ficou b rilh a n te e ru m o re ja n te. A
que pôde ach ar foi rochas e m oitas com to rre n te saltou e espumou dum a ab er­
espinhos. Im pacientem ente êle olhou, e tu r a a lta nas m ontanhas de cima p a ra
percebeu que a n d a ra longe do pasto v er­ baixo, a té o abism o estre ito . A luz da
de onde as o u tras fic a ra m . Ali não h a­ lu a dançou e brilhou n a ág u a rá p id a .
via g ram a . Moghi ficou aterro rizad o . "A lu a es­
Moghi deu um a rab a n ad a rá p id a com ta v a dançando no v ale!” pensou, e sal­
a sua cauda novam ente. “ E s tá noite tou p a r a tra z p a ra f u g ir. Quando sal­
ain d a” , disse êle. “ Se eu não quizer, tou, êle tropeçou e escorregou da m a r­
não preciso comer até am an h ã” . gem . Mas um a m oitazinha crescida vi­
E ntão êle vagabundeou m ais. H avia gorosa e fo rte n a p ed ra, estendeu os
muitos cam inhos de ovelhas e Moghi não seus ram os e o pegou. Êle tentou li­
tinha certeza de quel e ra o certo. P er- vrar-se, m as a m oitazinha o se g u ro u .
lera de v ista a lu a que estava dançan- Só teve conhecimento das coisas pela
:1o no vale. H avia sómente aquela que m anhã, e ouviu gran d es asas descendo

— 204 —
perto dele. Olhando p a ra cima, viu duas p a ra a casa, com o rebanho, além das
grandes esfaim adas aves p re ta s. Moghi colinas próxim as.
baliu e chamou, “ O’ P asto r, venha, e Quando chegaram ao poço e todos se
salve-m e!” d eitaram , Moghi pensou que jám ais es­
E, quase ao mesmo tempo, pareceu- teve tão cansado e sedento. O p asto r
lhe, o p a s to r chegou. Êle bateu nas aves trouxe m uitos baldes de água, e os pôs
com a sua fo rte bastão, até elas subi­ nas raz as cistern as d e p ed ra . E ntão
ram . E n tão êle disse a Moghi, "M eu êle chamou as ovelhas em grupos p ara
pequenino, como é que veio tão longe? virem beber. F inalm ente, Moghi teve
Foi bom que você deixou im pressões de a sua oportunidade. Correu até a cister­
seus p és. E u cheguei aqui a tem po.” na e bebeu a ág u a fre sc a . Ai não havia
Com o seu bastão com gancho, êle p u ­ to rre n te s ráp id a s. Com o pasto r, tudo
xou, e Moghi tentou se le v a n ta r. A moi- ia bem .
tazinha o deixou ir, e êle ficou no ca­ Êles p a ra ra m diversas vezes p a ra des­
minho novam ente com o p a sto r. c an sar e p a s ta r nos pastosinhos, no ca­
“ A gora, volte, pequenino” , o p asto r minho p a r a a casa. M as pouco a pouco
mandou suavem ente. “ As o u tras já estão Moghi tornou-se m ais cansado, até que
comendo. A m esa está p rep a ra d a p a ra quando chegou em casa, as suas p ern as
você tam bém . E ’ sem pre onde os seus quase não o su sten tav am .
inimigos podem vê-lo, m as êles nada po­ F inalm ente êles chegaram à p o rta do
dem faz er se ficarm os ju n to s.” redil e esp eraram . O céu claro por
Moghi trotou obedientem ente pelo ca­ cima de suas cabeças estav a como ouro,
minho estreito do abismo com o p asto r por causa do sol. E ra quase noite. O
seguindo bem p e rto . Relembrou-se como p asto r estav a dentro do red il. Êles po­
teve mêdo quando tentou ir sozinho. diam vê-lo arra n ja n d o um balde de água
A gora não havia nada a tem er. O p as­ e um chifre de oleo de oliva.
tor fez todos os seus inim igos fugirem
Êle abriu a p o rta do redil e ficou na
com o seu bastão, e o puxou p a ra lu g a r
e n tra d a e s tre ita afim de que apenas
seguro, com o seu cajado. Êle restitu iu -
um a ovelha pudesse p a s sa r. Êle exam i­
lhe a vida quando êle quase a perdeu.
nou cada um a. U m a tin h a um a pern a
Finalm ente chegaram ao pastozinho m achucada. Êle esfregou a ferid a com
nas m ontanhas onde o resto do rebanho oleo. E xau stiv am en te Moghi esperou o
estava p astan d o . E nquanto cam inhava seu tem po.
p ara o rebanho, Moghi comia bocados
F inalm ente êle foi p a ra o lado do
de g ra m a . As ovelhas le v an ta ra m as
p asto r p a ra ser exam inado. “ Sua jo r ­
cabeças p a ra olhar, não p a ra Moghi, m as
nada a noite p assad a parece tê-lo feito
p a ra o seu p a s to r. O uviram a sua voz
cansado, pequenino” , disse o p asto r bon­
e ficaram tran q ü ilo s.
dosam ente. “ Aqui, deixe-me esfreg a r
Moghi procurou a sua am iga M in n i.
um pouco deste oleo n a su a cabeça. Sen­
“ Foi bom” êle disse-lhe, "que não fôsse
tir á m elh o r. . . B o m. . . E agora, será
comigo ontêm a noite.”
que quer á g u a ? ”
E la esfregou-se na bochecha dele.
O p a sto r inclinou-se sobre o seu ja rro
"F o i bom voltar, não?” E ambos come­
de á g u a ; encheu um a bilha g ran d e e
çaram comer a g ram a .
deu-a, tran sb o rd a n te e fre sca ao car-
“ A gora irem os p a ra c a sa” , disse-lhes neirinho. A rdentem ente Moghi levou
o p asto r. “ O lu g a r p a ra beber está em seus lábios cansados dentro da bilha e
fren te.” Êle dirigiu-os atra v és do p a s­ bebeu tudo.
to, e começou a descer o longo caminho (C ontinua na pág. 211)
VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON?

— 205 —
DONS

“Tôda a bôa dadiva e todo o dom


perfeito vem do alto, descendo do Pai
das Luzes em quem não há mudança
nem sombra de variação.” — (S .
Tiago 1:17) . “Então o que recebera um talento
Os dons podem ser classificados como atemorizou-se e escondeu-o na terra, e o
esp iritu ais, intelectuais ou m a teriais e seu Senhor disse: Tirai-lhe pois o talen­
“cada homem tem seu próprio dom de to e dê-o ao que tem os dez talentos.
Deus" p a ra aprecia-lo e engrandece-lo, Porque a qualquer que tiver será dado
e como o apóstolo Pedro diz, “Que cada e terá em abundância; mas ao que não
homem ministre o que tenha recebido." tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.’’
D as D outrinas e Convênios, Seção 46, O p ro fe ta José Sm ith disse: “ Tudo
versículo 11, aprendem os, “Porque não o que nos dá é legal e direito; e é na­
são todos que tem todos os dons a êles tural que gozemos seus dons e bênçãos
dados; pois existem muitos dons e a cada quando quer ou onde quer que Ele se
homem é dado um pelo espírito de Deus." disponha a depositá-los.. . Bênçãos ofe­
A um é dado a P a la v ra de Sabedoria, recidas, mas rejeitadas, não são bênçãos,
a outro fé, a outro o dom dás línguas, mas tomam-se como o talento escondi­
a outros poder p a ra cu ltiv a r as v irtudes do na terra pelo servo negligente; todo
que form am o c a rá te r C ristão. o bom oferecido volta ao ofertante; a
Q ualquer que se ja o dom, torna-se bênção é posta sôbre aqueles que rece­
nossa responsabilidade desenvolvê-lo berão e ocuparão; porque àquele que
com pletam ente p a ra o nosso próprio tem será dado, e terá abundância mas
adiantam ento e do trab alh o do M estre. àquele que não tem ou não receberá,
O S alvador ensinou isto n a parábola ser-lhe-á tirado aquilo que tinha ou que
dos “ Oito ta len to s” , (M a t. 25:14-30). podia ter tido.”
“Então aproximou-se o que recebera 5 Nós não devemos se r ambiciosos em
talentos e trouxe-lhe outros cinco talen­ exceder aos outros no desenvolvim ento
tos dizendo: Senhor entregaste-me cinco de nossos dons, m as quando nossos dons
talentos; eis aqui outros cinco talentos sejam os de poeta, a rtis ta , escrito r, lei­
que ganhei com êles. tor, donas de casa, m estras, líderes ou
E o seu Senhor lhe disse: Bem está, sequidoras, deverá ser cultivado à sua
servo bom e fiel; sóbre o pouco fôste m áxim a capacidade ao serviço de Deus
fiel, sôbre muito te colocarei; entra no e ao do próximo, e então o dom se rá
gozo do teu S e n h o r ..." aum entado.

VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON?

— 206 —
SACERDÓCIO

AS REVELAÇÕES DO SENHOR AOS


DIÁCONOS, M ESTRES E
SACERDOTES

“ E novamente, em verdade vos digo, os deveres do seu ofício, de acordo com


que os deveres de um presidente dos os convênios.
diáconos é presidir sobre 12 diáconos, “ E, também, o dever do presidente dos
reuni-los para conselho, e ensinar-lhes Sacerdotes é presidir sôbre 48 Sacerdo­
seus deveres, instruindo-os de acordo tes, e reuni-los para conselho, ensinar-
com os convênios. lhes os deveres do seu ofício, de acordo
“ E, também, o dever do presidente dos com os convênios. E ste presidente tem
mestres é presidir sôbre 24 M estres, e que ser um Bispo; pois, este é um dos
reuni-los para conselho, ensinando-li deveres desse ofício.”
(D. & C. 107:85, 86, 87 e 88)

------------ ----------------
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
SACERDO TAIS

E ’ bem claro nestas citações que os O SEGUNDO PA SSO : A o aplicar os


chamados ou ofícios no Sacerdócio Aaro­ princípios Sacerdotais na sua vida, seja
nico são muito importantes e que aque­ um exemplo nas coisas que deve ensi­
les que aceitam estes ofícios devem vi­ nar aos outros membros da Igreja.
ver de acordo com os princípios sacer­
Você deve “ orar em voz alta e em se­
dotais .
gredo, e cumprir os deveres da família.”
O PRIM EIRO PA SSO : A fim de vi­ Deve “ zelar para que não haja iniqüi­
ver como um membro do Sacerdócio deve dade” na sua própria vida, nem dureza,
viver, aprenda os deveres do seu ofício. mentira, difamações, nem calunia e es­
O Senhor nos disse por meio de revela­ forçar-se para fazer seu dever na Igre­
ção (D. & C. 107:99; 100), “ portanto,
ja . Seus ensinamentos devem ser teori-
deixe que cada homem aprenda o seu
cos E PR Á T IC O S! Estes mesmos prin­
dever, e aja com diligencia no ofício que
cípios devem ser aplicados entre o Sa­
lhe foi designado. Aquele que fo r in­
dolente não será digno de continuar e cerdócio no tratamento dispensado uns
aquele que não aprender o seu dever e aos outros. Então estará numa posição
se mostrar desaprovado não será digno progressiva nos seus deveres, e terá o
de continuar.” Espírito de Deus como companheiro.

---------- V O C Ê JÁ L E U O L I V R O DE M Ó R M O N ?

— 207 —
Requerimentos do Sacerdócio Aronico
Todos os membros do Sacerdócio de­ sujas nem imorais. Põe ideais altas e
vem conservar-se completamente apto valiosas nos seus pensamentos.
para possuir e usar o poder do Sacer­ Reconheça que pensamentos e ações
dócio. imorais desmoralizam e degeneram qual­
quer pessôa.
O C A R Á T E R : ‘‘ O caráí 3r é o que
tu és realmente. A reputação é o que DOMINIO PRÓPRIO: O Sacerdócio *
a gente pensa que sejas.” Integridade requer o treinamento da vontade pró­
significa ser genuina, valente, cabal. pria para efetuar os deveres que re­
Uma pessôa pode ser de um caráter bom, pousam sobre os membros. Um psicólo­
mau ou indiferente. A palavra caráter, go famoso diz: " A vontade é um sis­
quando usada sozinha, indica, ordinaria­ tema de hábitos. De fato, você pode
mente caráter bom. O caráter e a in­ fortificar grandemente esáe sistema de
tegridade são essenciais para o suces­ hábitos. Chama-os força de vontade si
so de qualquer coisa. Tôdas as pessoas quizer. Seu domínio próprio cresce por
que possuem o Sacerdócio devem desen­ ’ fazer uma longa série de escolhas de
volver estas qualidades. Não faça pro­ ações boas. Por assim agir muitas vezes
messas vagas. Mas quando fizer uma na maneira certa, você desenvolve esse
promessa, guarda-a. Seja verdadeiro a sistema de hábitos. Com o tempo esse
si mesmo. Seja digno de confiança. sistema de hábitos cresce tão fortemen­
Qualquer coisa que tiver que fazer, fa ­ te que repulsam literalmente quaisquer
ça-a o melhor possivel. O esforço con­ pensamentos que o incitam a fazer de
tinuo e o trabalho diligente são as coisas outro modo.” Elbert Hubbard diz: “ E ’
que tem valor. uma grande coisa ser homem; mas é mui-'
to melhor ser senhor — senhor de si
PU R E ZA DE V ID A : Conduta moral mesmo.” Salomão, o Rei Sábio disse:
é o alicerce da Sociedade. Quando a “ Melhor é o longanimo do que o valente,
imoralidade prevalece, a comunidade fa ­ e o que governa o seu espírito do que o
lha. Aqueles que possuem o Sacerdócio que toma uma cidade.” (P rov. 16:3 2 ).
devem ser limpos em pensamentos e Evite multidões ou massas. Cultive o
ações. Não conte histórias sujas; nem as bom senso. Aprenda a sacrificar os
procure oü vir. Põe essas coisas fora dos prazeres pelo trabalho. Cultive o hábi­
seus pensamentos. Não pensa em coisas to de fazer o que se deve fazer.

Lições para os grupos Sacerdotais


PERÍODO DE ATIVIDADE: Hino, oração, chamada, relato sobre as designações execu ta ­
das durante a semana, consideração das maneiras para atrair os membros ausentes, designa­
ção dos deveres para todos os membros, instruções sobre os deveres e sobre o cumprim ento
das designações, atividades sociais e fraternais.
PERÍODO DA LIÇÃO: Lição Sacerdotal da semana — Instruções por um m embro da
presidencia do Ramo sobre hábitos e virtudes.

P RIM E IR A SEM ANA DE OU TUBRO: Pontos para a discussão:

"Riquezas e Doutrinas Falsas” . 1. O que acontece quando as rique­


Capítulo I de Alma — Livro de Mór­ zas estão nas mãos dos malvados.
mon. 2. Porque os ministros não são pa­

— 208 —
gos na igreja verdadeira? (Alma Pontos para a diácusèão:
1:25 — João 1 0 :1 3 ). 1. Porque os índios de hoje tem pele
3. Aplicando a lei do governo. escura.
2. A bênção do Senhor sobre os
SEGUNDA SEM ANA DE OU TUBRO:
Nephitas.
" Revolução e calunia” . 3. Cada homem recebe a recompen­
Capítulo 2 de Alma — Livro de Mór­ sa daquele a quem escolhe para
mon . êle obedecer.
Pontos para a discussão:
1. Eleição democratica. Q U ARTA SEM ANA DE OUTUBRO:
2. Calunia dos Amalicites. “ Orgulho e Iniqüidade” .
3. Quantas pessoas foram mortas? Capítulo 4 de Alma — Livro de Mór­
4. O poder de Deus sobre os justos. mon.
Pontos para a discussão:
TER CE IR A SEM ANA DE OU TUBRO: 1. Causa das tristesas dos Nephitas.
"A Marca dos Amalicites” 2. A escolha de um juiz supremo.
Capítulo 3 de Alma — Livro de Mór­ 3. O trabalho missionário de Alma.
mon.

Referências para “ A Palavra de Sabedoria”


Isaias 5:11-12. Efésios 5:18.

Daniel cap. 1. Tito 1:7.


(Vide "A Gaivota” pág. 161, Núm. 7)

Dr. João Widtsoe dadeiro mestre, a mente aberta como


a de um sabic*, a simpatia de um verda­
crito e compilado por Elder Widtsoe,
deiro cavalheiro, é a humildade de um
estão saindo na “ A Gaivota” .
homem de Deus. Assim lhes apresen­
São numerosos os livros escritos pela
tamos o quarto Apostolo do Conselho
mão dele desde 1906. Em 1937 o li­
dos Doze — o Apostolo João A. Widtsoe.
vro maravilhoso sobre “ A Palavra de
Sabedoria” foi escrito e publicado. Elder _ P I M.. -r-
Widtsoe conhece muito bem as leis de
saúde e tem guardado estas leis com
diligencia, assim conservando seu cor­ Diante dos acontecimentos, conserva
po limpo sadio e forte. a alma tranqüila; nastuas ações sê jus­
to; não tenhas outro objetivo senão o
Sua carreira religiosa é adm irável. bem da sociedade.
Elder Widtsoe foi um mem bro da Di­ * & ❖
retoria Geral da A .M .M ., um dos di­ O’ mundo pertence àqueles que se le­
retores da Sociedade Geneologica e em vantam cedo.
1927 e 1928 foi Presidente da Missão
Europea. Durante este tempo ele reu- Não serás jamais util aos outros sem
o seres a ti mesmo.
niu-se em Haifa, na Palestina com Pre­ * *
sidente B . Piranian da Missão Siria- E’ preciso acreditar no bem para po­
Palestina, assim reabrindo a missão lá der praticá-lo. — (De Bcnald)
para os trabalhos missionários. Nesta * * *
viagem o Dr. Widtsoe e seus colegas O verdadeiro fim da vida é a prá­
visitaram a Siria, Beirut, Damasco, tica do bem e a criação vigorosa da
própria personalidade. — (Jouffroy) .
Constantinopola, Athenas e Roma. * * *
Com muita experiencia na vida, o A duvida é a expiação da inteligen-
Dr. Widtsoe possue o modo de um ver­ cia.

— 209 —
Evidências e Reconciliações
Por João A. Widtsoe
HÁ CAFEÍNA NAS BEBIDAS COLA?
(“ bebidas cola” significa as bebidas do com as análises em m ão, a m a io­
com o: Coca Cola, Braz Cola, etc.) ria delas m uito recentes, con tem g e ­
ralm ente de um quarto a um terço
Há cafein a nas bebidas co la ? M ui­ (as vezes m a is> da ca fein a en con tra ­
tos de nossos leitores tem feito esta da num a xícara de c a fé feito em casa.
p ergu nta. P ortan to a resposta é dada Nos bares o p od er da m istura dep en ­
da seguinte m an eira: de da quantidade de xarope a d icio n a ­
Em p ou cos anos, m ais de setenta do ao cop o d ’água.
m arcas de bebidas cola tem a p a reci­ É adm itido por diversos en tendidos
do no m ercado am ericano. Uma p ro ­ que ca fein a pura, con form e é usada
paganda, quasi in com parável, in ce n ­ nas bebidas cola, é mais ativa, u n id a ­
tivou o uso destas bebidas entre o de por unidade, com o a que é e n co n ­
p ovo. Estes refrescos exercem in v a ­ trad a nos grãos de ca fé . Isto é p o r ­
riavelm ente um efeito estim ulante s o ­ que n o grão, ca fe in a é con tid a em
bre o corp o e d eixam um d esejo de associação com outras substancias,
tom ar mais. T orn ou -se h ábito. Isto assim dim inuindo seu efeito fisio ló g i­
despertou nos interessados da Palavra co. P ortanto, enquanto as bebidas c o ­
da Sabedoria a pergu nta sobre a c o n - la engarrafadas, ju lgadas p elo seu
veniencia do uso destas bebidas. con teú d o de ca fein a , são consideradas
Quasi todas as bebidas cola n o m e r­ c a fé fra co, estão provavelm ente em
cad o tem sido analisadas p elo p ú b li­ igual p otên cia fisiológica com o ca fé
co e agencias particulares. Além dis­ u su a l.
so, os fabrican tes em geral, tem esta­ As bebidas cola con tem a droga, c a ­
d o pron tos em revelar a com posição fein a . P or esta razão, tod o a rg u ­
de seus produtos cola . É necessário, m en to usado con tra ca fé e ch á , e a l­
portan to, não guardar segredo sobre guns outros argum entos p od em ser
a natureza dos prin cipais in gred ien ­ usados con tra bebidas cola, e tod os os
tes dos refrescos. outros refrescos que con tém ca fein a ,
T odos os en tendidos con cord a m que ainda que, em pequena qu antid ad e.
bebidas cola são soluções de açu car Eles são fo rja d ores de h ábito, e p o ­
— cerca de 29 gram as de açu car num a dem conduzir ao h á b ito do ca fé e ch á.
ga rrafa de 174 gram as da bebida. A P reju d icam a saúde h u m a n a .
esta solução é ad icionad a um a m is­ C afein a é um a droga, um a lca ló i­
tura de form ula secreta, para colorir de, isto é, um dos m ais violentos v e ­
e arom atizar — sendo o caram elo n enos. De fa to, um a dose excessiva
usualm ente a substancia coloran te e o de ca fein a causaria a m orte. Q uando
fo sfórico, ou algum ou tro ácid o é fr e ­ a ca fein a pen etra n o corp o h um ano,
quentem en te usado entre as su bstan ­ produz prim eiram ente um a sensação
cias perfu m ad as. Então é a d icio n a ­ de estím ulo, seguido de um p eríod o de
da um a quantidade' da droga, cafeina, depressão, do qual é p rocu rad o alivio
a substancia ativa n o ca fé e n o ch á . pelo uso de m ais cafein a. É p o rta n ­
F in alm en te a m istura é carb on a d a . to um h á b ito. A fo rça de von tad e é
Estas bebidas surgem n o m ercado fra c a . E ngana a pessoa que a usa
sob duas form a s: em garrafas, ou com o na fé de que é m elhor, quando de fa to
xaropes, m isturados n os bares com está la n ça n d o os alicerces para um
água carbon ad a . Um a ga rra fa de 174 crescen te m au estado. O uso co n s ­
ou 232 gram as de bebida cola, de a c ô r ­ tante, m esm o que em pequenas q u a n ­

— 210 —
tias, de um a droga venenosa, tem e fe i­ blicar nas garrafas a qualidade de ca ­
tos acum ulantes e deixam even tu al­ feina e outras substâncias. Tais leis
m ente a pessoa d oen te. existem em alguns estados. Visto que
A ca fein a age diretam ente sobre o o consum o de ca fé e ch á n ão é p ro i­
cérebro. A preguiça é ba n id a . As bido, natu ralm en te o consum o de b e ­
im pressões vem m ais rapidam ente, de bidas cola n ão é ilegal. P ortan to a
m aneira que pensam entos unidos to r­ ap rova çã o dos bureaus govern am en ­
n am -se mais difíceis. Insônia, irrita­ tais ou outras agencias de alim ento
bilidade, perda de m em ória, alta p res­ puro, sim plesm ente querem que os re ­
são sanguínea, dores de cabeça, e o u ­ frescos n ão con ten h a m quantidades
tros tran storn os nervosos seguem g e­ excessivas de c a fe in a . As seguintes
ralm ente o uso con tín u o das bebidas bebidas cola são m en cion adas especi­
com cafein a. O coração, os m úsculos, fica m en te pelas fon tes abaixo a lista­
e o sistem a circu latório são, da m es­ das, com o con ten d o ca fe in a : Braser,
ma m aneira, afetados pela c a fe in a . B rom o-K ola , Shero, C leo-C ola, C oca -
A irritação ou estim ulação preju d icial Cola, D andí Cola, D . C. Cola, D ou -
nos rins é um dos m aiores m ales da ble Cola, Dr. Pepper, La Vida Cola, L i­
cafeina. O dan o aos olhos, ouvidos, m e Cola con cen trate, P a r-T -P a k C o­
e as várias glândulas, pelo h á b ito da la, Pepsi-C ola, R oyal Crown (R -C ) C o­
cafeina, tem sido relatado. In d iges­ la, W erstern Cola, W ynola.
tão e perda de apetite são e n co n tra ­ Os relatórios acim a são baseados es­
dos m uitas vezes entre os con su m id o­ sencialm ente sobre in form a ções p u b li­
res das bebidas cola . E nven en am en ­ cadas ou particulares forn ecid a s pelo
to de cafein a é um a d oen ça de o c o r ­ D epartam ento de A gricultura, o C on ­
rência írequ en te. selho E stadual de Utah de A gricu l­
É adm itido por todas as pessoas in ­ tura, a E stação E xperim ental de A gri­
form adas e de espírito justo, que sen ­ cultura de A labam a e C onn ecticut, o
do a ca fein a preju d icial em qualquer L aboratório Q uím ico de D akota do
período da vida, é especialm ente p e ­ Norte e do Sul, o D epartam ento de
rigosa quando usada por jov en s. As Saude de K éntucky, a A ssociação A m e­
escrupulosas ten tativas de alguns f a ­ rican a de M edicina, T he Consumers
bricantes de bebidas cola em incluir Digest, Consum ers R esearch, e F or­
tais refrescos nos lan ch es escolares e tune.
excursões de escoteiros, deveriam re ­ Dem ais in form a ções sobre o assun­
ceber con d en ação p ú blica. Da m es­ to p odem ser obtidas pelas agências
ma m aneira, guardar tais bebidas em a cim a m encionadas, seu C onselho Es­
casa, ao a lcan ce de crianças, é um tadual de Saúde, seu m édico, e por
ato perigoso. Certam ente, n ã o d eve­ quasi toda revista ou livro que trata
riam ser usados em ram os e su b -ra - desse assunto.
m os das sociedades religiosas .
Seria bom, se a lei ob riga -se a pu- Trad. por: Heiga Gutverlet.

M O G H I Minni. “ O pastor é tão bom para nós.


Êle cuida-nos quando precisamos. Vou
“ Bom, dorme bem” , disse o pastor.
ficar com êle o resto da minha vida.”
Êle afagou Moghi suavemente, e cha­
mou a ovelha seguinte. O pastor fechou a porta do redil e foi
Moghi ficou no redil observando o para a casa. As ovelhas murmuraram
pastor. Pensou no mêdo que teve a noi­ entre si e ficaram quietas. A lua cheia
te anterior. Mas agora estava cuidado subiu. Todo o mundo tornou-se macio,
e querido. sombrio e de prata. Moghi estava dor­
“ Eu não fugirei mais” , êle disse a mindo .

— 211 —
Filosofia de Vida uvas dos espinheiros, ou figos dos abro­
lhos? Assim toda a arvore boa dá bons.
ja teve a mesma organização que Cris­ frutos, porém a arvore má dá maus
to previamente tinha estabelecida na
frutos. Uma arvore boa não pode dar
Igreja tal com o Apostolos, Sumo Sa­
maus frutos, nem uma arvore má dar
cerdotes, Setentas, Elders (A n ciões),
bons frutos. Toda a arvore que não
Sacerdotes, Mestres, Diáconos, etc. etc.
dá bom fruto, é cortada e lançada no
fogo. Logo pelos seus frutos os conhe­
CUMPRIMENTO DA PROFECIA
cereis” (Mat. 7:15-20). Considerai seus
O aparecimento do Profeta José frutos. * Não as historias contadas por
Smith é o cumprimento direto da pro­ outros, mas sim o que ele próprio ad­
fecia, pois João o Revelador disse: “ £ vogou. Ponderai estas coisas em vos­
eu vi um outro anjo voar no meio dc sos corações e raciocinai-as em suas
céu, tendo o Evangelho eterno para mentes e depois humilde e sinceramen­
pregar àqueles que habitam a terra, e te pedi à Deus o Pai Eterno, se elas
a todas as nações, familias, linguas e são verdadeiras, e Ele vos manifestará
povos” . Se o Evangelho tivesse per­ a verdade delas pelo poder do Espíri­
manecido sempre na terra não haveria to Santo.
necessidade para o anjo trazé-lo, po­ E eu presto testemunhe com toda
rem ele trouxe-o, pcis João o viu. humildade e sinceridade que sei que
' (A poc. 14: 6 tambem Dan. 2:28-45; Jer. o Profeta José Smith foi um verdadei­
31:31-34; Miq. 4:1-2; Atos 3:19-21; Isa. ro profeta de Deus e que somente v i­
29:11-14; Eze. 37:15-19). vendo o Evangelho em toda sua pleni­
Se desejais saber com segurança se tude com o fo i revelado por intermedio
José Smith foi ou não um verdadeiro dele podemos ganhar uma salvação
"profeta, ponha-o à prova: “ Guardai- completa e exaltação no Reino de Deus.
vos dos falsos profetas, que veem a vós E eu dou este testemunho no nome de
' com vestes de ovelhas, mas por dentre Jesus Cristo. Amém.
são lobos vorazes. Pelos seus frutos (A continuar no proxim o número
os conhecereis. Colhem -se, porventura, “ O Ciclo de Nossa V ida” )

Sombras de Verdadeira Felicidade entregam ao vício do fumo, deixam de


lado as Sagradas escrituras, relaxam-se
médico foi trazido com tôda pressa ao
nas atividades da Igreja, enfraquecen­
local. Ao examinar o conteúdo do fras­
do a sua vida espiritual, o que é peor
co, declarou que se tratava de pura ni­
que tôdas as mortes que podemos ter.
cotina . Disse ainda que nicotina é um
Deus nos deu os seus mandamentos e
dos venenos mais mortíferos e que a
um deles é que não devemos m atar.
pequena dose tomada por minha irmã
Mocidade da Igreja, quando ingerimos
foi diretamente ao cérebro, tendo lhe
veneno concíentemente por meio desses
trazido morte instantânea.
vícios, estamos, de certo modo e até
Jovens presentes, é esse veneno mor­
certo ponto, quebrando essa lei dos
tífero que nós engulimos quando fuma­
mandamentos do Senhor.
mos ou mascamos o tabaco.
O fumo não sómente mata o corpo mas
O HÁBITO DE BEBER
também mata o espírito — mata a es­
piritualidade. E ’ incompatível a um ho­ Outra sombra da verdadeira felicida­
mem que mantem o Santo Sacerdócio do de que eu gostaria de mencionar hoje
. Senhor, o uso do tabaco ao mesmo tem­ e que é mais prejudicial nos seus efei­
po que estuda a Bíblia, ou ter o hábito tos do que o fumo, é o hábito de beber;
do fumo e manter as atividades sacra­ ou o hábito do álcool. Elder Joseph F.
mentais. Geralmente os homens que se Merrill já descreveu graficamente os
— 212 —
maus efeitos do álcool. Serei, portanto, existe pecado que entes humanos pos-
breve nesse assunto. ainda peor que as outras duas. E ’ a imo­
E ’ minha sincera opinião que o demô­ ralidade sexual. Estou certo que não
nio não descobriu ou inventou outra arma sam cometer, que causa maior perda de
tão destrutiva à alma humana como é ventura, que degenera as pessoas mais
o álcool. Êle não tem outras armas que completamente, que traz maior queda,
possam fazer decair entes humanos, jo - que mais frequentemente causa a ruina
gá-los na miséria, pobreza, degeneração, do amor, que despreza o espírito do se­
que possam causar corrupção e que po­ nhor e provoca a negação da fé na ver­
dem levar pessoas a cometer tôdas as dadeira Igreja, do que o pecado da imo­
outras espécies de pecados, como em le­ ralidade sexual.
vá-los ao vício do álcool. As pessoas Atravez de tôda a história, os profe­
quando estão embriagadas não estão com tas de Deus ensinaram o valor da casti­
a mente lúcida. Em outras palavras, es­ dade. Sim, é verdade e até podemos ou­
tão desiquilibradas. Sob a influência do vir ainda a voz do Sennhor, exortando
álcool, homens e mulheres afrouxam os a Moisés, do cume do Monte Sinai, di­
seus controles de moral e cometem tôda zendo :
sorte de pecados que não praticariam “ NÃO COMETERÁS A D U LTÉR IO ” —
em estado normal, tais como adultério e (Exodo 2 0 :1 4 ).
assassinato. Eu sei, mocidade da Igre­ Alma, o grande profeta Nephita, dis­
ja, que o demônio trata de incutir no co­ se ao seu filho Corianton, que teve uma
ração dos homens malvados, a vontade união ilícita com a meretriz Isabel, o se­
de ministrar álcool às nossas queridas guinte :
filhas, afim de embriagá-las e depois rou­ “ Não sabes, meu fiho, que essas cou­
bar-lhes a castidade. sas são abominaveis a vista do Senhor?
Com referência ao álcool, Robert G. Sim, o mais detestável de todos os p e­
Ingersoll disse: cados, com exceção de sangue inocente
“ Êle destói a alma, é a soma de tôda derramado ou negação ao Espírito San­
vileza, pai de todos os crimes, mãe de to? — (Alm a 39:5.)
tôdas as abominações, o melhor amigo do
Os profetas na Igreja de Jesus Cris­
demônio e maior inimigo do Senhor” .
to dos Santos dos Últimos Dias, os Pre­
(Editorial, Church Section, Deseret
sidentes da Igreja desde o seu princípio
News, September 27, 1947).
até o presente, declaram: que a nossa
Hoje eu faço um pedido à tôda a mo­
virtude é de tanto valor para nós como
cidade da Igreja, para decidirdes, ou me­
a nossa própria vida e nós deveríamos
lhor, para fazerdes uma resolução de
guardar nossa virtude como a própria
nunca fum ar. Se já o fizestes, que nun­
vida.
ca mais o repiteis. Que nunca mais to­
Há mais de cem anos o Senhor re­
mareis um gole de álcool de form a al­
velou o seguinte ao Profeta José Smith:
guma. Se já o fizestes, que vos arrepen­
“ E em verdade vos digo, como já
dais e resolveis hoje mesmo a nunca mais
disse antes, aquele que olhar uma mu­
o repetir. Eu vos prometo que se assim
lher para cobiçá-la ou sómente cometer
o fizerdes e nunca quebrardes essa re­
adultério em seu coração, não terá o es­
solução, alcançareis a felicidale atravez
pírito mas negará d f é e viverá no te­
desta vida e atravez da eternidade, por­
mor. Portanto, E u o Senhor tenho dito
que conservastes limpos os vossos cor­
que os que vivem sob esse temor, os
pos.
descrentes, os mentirosos, e todos os que
IM O RALIDADE SE X U A L amam a mentira, bem como os trafican­
tes de mulheres, macumbeiros, serão en­
Uma terceira sombra da pura felici­ viados àquele lago que arde em fogo e
dade que eu gostaria de mencionar, é enxofre, que é a segunda morte.

— 213 —
“ Na verdade vos digo que aqueles não dar conta de seus atos, palavras e pen­
participarão da primeira ressurreição... samentos praticados na vida mortal, ser-
“ Mas àqueles que seguem os meus lhes-á d ito :
mandamentos, darei os mistérios do meu “ Bem feito meus amados servidores,
reino, e isso será dentro deles uma fonte recebei a vossa exaltação. Recebei a vida
de água viva, projetando-se dentro da eterna.”
vida eterna. (D. & C. 63:16-18, 2 3 ). E nesse dia essa grande escritura que
foi dada ao Profeta José Smith será
CORPOS HUMANOS SÃO TEMPLOS cum prida:
DO SENHOR “ . . .e eles passarão os anjos e deu­
ses, que ali estarão colocados, para a
Mocidade da Igreja, novamente vos sua glória e exaltação em tôdas as cou­
chamo para tomardes a resolução de con­ sas, como fo i confirmado sobre suas
servar vossos corpos puros e lim pos. cabeças, que gloria será uma plenitude
Obedeçais tôdas as palavras que vem da e uma continuação da prole para todo
boca do Senhor, vivendo todos os prin­ o sempre. (E o Profeta José Smith dis­
cípios do Evangelho com o melhor de se que essa promessa significa o poder
vossa habilidade. Façais essas coisas de procriar filhos espirituais).
para terdes o regosijo que o Senhor quer “ Então eles serão deuses, porque não
que desfruteis. Lembrai-vos sempre que terão fim ; e por isso eles existirão para
vossos corpos são templos do Senhor, sempre, porque continuarão; então eles
como Paulo, o antigo apóstolo disse: estarão acima de tudo, porque as cousas
“ Não sabeis que sois um templo de estarão subordinadas a eles. Então eles
Deus e que o Espírito de Deus habita em serão deuses, porque terão todo o poder
v o s? Aquele que destruir o templo de e os anjos estarão subordinados a eles.
de Deus, Deus o destruirá; pois o tem­
“ Na verdade, vos digo, si não susten-
plo do Senhor é sagrado, e esse templo
tardes a minha palavra, não alcançareis
sois vós." (I Coríntios ■3 :16, 1 7 ).
essa glória.
Se nós fizermos tôdas essas cousas
“ Pois, estreita é a porta e apertado è
como membros da Igreja dos Santos dos
o caminho que leva à exaltação e con­
Últimos Dias, a maioria da mocidade da
tinuação da vida e poucos são os que a
Igreja, em tempo oportuno, terá o pre-
encontram, porque não me recebem no
vilégio de entrar na casa do Senhor com
a pessoa de sua escolha, e lá ser casado mundo e nem me conhecem.” (D. & C.
132:19-22) .
não somente para a vida mas também
para a eternidade, e as crianças nasci­ Isto é a vida eterna meus irmãos e
das sob esse convênio, serão deles para irmãs. Esta é a exaltação que o Evan­
sempre. Essas bênçãos, no entretanto, gelho de Jesus Cristo promete àqueles
são o atributo de uma vida de contínua que amam o Senhor e seguem seus man­
honradez. damentos .
Eu, Humildemente rogo ao nosso Pai
nos Céus para que Êle abençoe a mo­
BÊNÇÃOS PRO M ETID AS POR
cidade da Igreja, para que possam vi­
HONRADEZ
ver limpos e puros em todos os sentidos,
andando na retidão e clareza perante o
Quando chegar o dia do grande ju l­
Senhor e que possam receber essa gran­
gamento, e quando todos, homens e mu­
de exaltação da vida eterna, em nome
lheres, que tenham sido corretos e fieis
de Jesus Cristo. Amém.
em tôdas as cousas, estiverem frente a
frente ao tribunal de julgamento do Se­ (T rad . por Carlos E . Jans com a
nhor, o Pai Eterno e Jesus Cristo, para cooperação de Srta. B . N ogu eira).

— 214 —
NOVO HAMBURGO ram parte nas diversões e cola b ora ­
ram o mais que lhes fo i possível para
As n otícias do ram o de Novo H am ­ o em belezam ento da m esm a.
burgo são n otícias de progresso e de­ Após o program a de reabertura, que
senvolvim ento . fo i m uito bem apresentado pelos j o ­
No dia 4 de Abril p . p ., o irm ão vens que dele tinh am sido en ca rrega ­
Carlos Stark fo i orden ado ao S a cerd ó­ dos, tivem os m om entos de diversões,
cio de M elquisedec, sendo a segunda ju n tam en te com o qual fo i servido
pessoa no sul a receber o o fício de doces e bolos gostosíssim os que fora m
Elder na Ig reja . Há um ano que a trazidos pela m aioria dos presentes,
fam ília Stark m u dou -se de Im bituba e refrescos oferecid os pelos nossos
para Novo H am burgo. A tualm ente, o bon dosos e m uito esforçad os m issio­
irm ão Stark é prim eiro con selh eiro na nários . As nossas esperanças são
Presidência do R a m o. Sua estim ada grandes, e Deus nos enviou com o a u -
esposa é professora das crian ças na xiliares, joven s decididos e in teligen ­
Escola D om inical. Uma bôa fam ília tes.
— trabalhando diligentem ente para o A A ssociação é dirigida pelos seguin­
bem -estar dos m em bros e am igos da tes:
Igreja em Novo H am burgo. Presidente — Olga C. B ing.
1.° C onselheiro — Arm in S ch erer.
2.° C onselheiro — Júlio Massulo.
O prim eiro batism o desde 1940, foi Professor — Elder Bailey.
realizado no dia 27 de M aio p . p . , num Secretária — René Dias.
lago, cin co quilôm etros de Novo H am ­
SANTO AM ARO
burgo. Apesar da chuva o batism o
foi bon ito e todos fica ra m contentes As S enhoras d o R am o de Santo
em receber a Sra. Anilse Jacob Am aro, depois de meses de trabalho,
Herrm ann com o m em bro da Igreja. No realizaram um Bazar fo rm id á v e l.
dia 29 de 4 unho, realizou-se ou tro b a ­ Houve um p rogram a de m úsica, p o e ­
tismo, sendo batisada a filh a do ir ­ sias, etc.
mão e da irm ã Stark. As lin das»coisas que fizeram foram
penduradas nas paredes, form an d o
PORTO ALEGRE assim um espetácu lo extraordin ário
ao se en trar na sala. Quasi tudo fo i
Na noite de 13 de Julho, tivem os vendido — fron h as, guardanapos,
uma festinha sim plesm ente m aravi­ toalhas de ch á, toalhin has de e n fe i­
lhosa em com em ora çã o a reabertura te, quadros bordados à m ão, pullovers
da A ssociação do M elh oram en to M ú­ e até bolos e doces deliciosos.
tuo. Hum ! — que gostoso. . .
T odas as pessoas presentes tom a ­ O Bazar fo i um grande sucesso.

V O C Ê JÁ L E U O L I V R O DE M Ó R M O N ?

— 215 —
SANTOS berlet. Elder W ayne B eck fez a c o ­
roação .
Na praia de São V icente, dia 17 de T odos que assistiram o Baile gosta­
Julho, realizou-se o prim eiro batism o ram im ensam ente e pediram outro
do D istrito de S an tos. Há um ano igual para breve.
que os prim eiros m issionários lá c h e ­
Esperam m eus am igos, o mais lin ­
garam p ara com eçar o tra b a lh o n a ­
do de todos é o Baile A uri-verde —
quela cidade.
é pen a ser um Baile anual — p o ­
O batism o fo i m uito b on ito com um rém, o “ M útuo” (A ssociação de M e­
pequeno p rogram a de m úsica antes lh oram en to M ú tu o). Sem pre apresen ­
que os can didatos, vestidos de b ra n ­ tará os m elhores program as de ed u ­
co entrassem na água. ca çã o e divertim ento — sóm ente p re­
No dia seguinte fo i realizada uma cisa de sua coop era çã o e p a rticip a ­
con ferên cia , com o Presidente da M is­ çã o .
são, H arold M . Rex, presidindo a reu­ Os nossos parabéns, Joinville.
nião. T rinta e um investigadores do
Evangelho assistiram ao program a, e
ELDER W A Y N E M. BECK
gostaram im ensam ente das palavras
dos m issionários e do Presidente Rex.
Em 1938, Elder W ayne M . Beck veio
A m úsica fo i forn ecid a por Elder M ar-
ao Brasil para cumprir sua primeira
cell Nielsen e o quarteto de São P a u ­
missão. Êle ganhou o amor de muitas
lo.
pessoas, completou uma missão honrosa
e voltou aos Estados Unidos em 1940.
JOINVILE Elder Beck não se esqueceu do prazer
encontrado na primeira missão e assim
R ealizou -se n o R am o de Joinville em 1946 ao receber um chamado para
o grande Baile A uri-verde n o dia 23 cumprir a segunda missão no Brasil, êle
de Julho p . p . Esta foi a prim eira o aceitou imediatamente. Porém, desta
vez que h ouve esse Baile naquele vez ELder Beck não veio sozinho. Êle
R am o. trouxe consigo sua estimada esposa,
Elder Lee, o “ rep órter” do R a m o dis­ irmã Evelyn e seus dois filhinhos, Gary
se que “ enquanto vendem os os in gres­ e Jimmy.
sos, avisando o p ov o sobre o baile, Os dois anos desde sua chegada aqui
fo i-n o s d ito m uitas vezes que seria no Brasil têm passado rapidamente.
im possível a realização de um baile Em Setembro êles nos dirão adeus, e
sem bebidas alcoólicas ou fu m o ” . partirão para os Estados Unidos.
Na noite do Baile, o Elder W alter Queremos dar-lhes os nossos agrade­
T . W ilson, diretor do Baile estava um cimentos pela diligencia com que se em­
p ou co preocu p ado — porém , tu d o c o r­ penha em disseminar o Evangelho res­
reu bem e o baile fo i um grande su­ taurado entre o povo do Brasil. “ Bem
cesso . feito meus amados servidores."
“ As dez horas tivem os que parar de
ven der os ingressos” , disse Elder Lee,
“ p ois o salão estava tã o ch eio que era D I T A M E S
d ifícil d a n ça r” .
O mundo é o que deve ser para uma
D urante o in tervalo realizou-se a
pessoa ativa, isto é, constituído de Obs­
co roa çã o da R ain h a e das P rincezas. táculos.
A rain h a fo i Cecília Canaverde, e as * * *
Princezas, Iola n d a D aher e H elga G u l- Observa ordem no espaço e no tempo.

— 216 —
C A R T A S AO E D I T O R
“ QlIERO SABER”

Esta coluna é para o uso de nossos leitores. Si você tem questões


sobre qualquer problema da Igreja, à respeito da doutrina, história, go­
verno da Igreja ou procedimento, envia-as para “ A Gaivota” , Caixa Postal
862, São Paulo.
Todas as questões devem vir acompanhadas com o nome e o ende­
reço da pessoa. Si a questão não pode ser respondida nesta coluna, avi­
saremos o autor pelo correio.
W. J. W.

Questão — Quando e a quem foi Cowdrey levantou-se e confessou seus


dada a informação, nessa dispensação, erros e prestou seu testemunho. Como
sobre os descendentes de Caim e o Sa­ já se sabe, ele foi excomungado pre­
cerdócio? viamente. Na reunião do Alto Con­
A. R. W. Creston, Mont. selho em Kanesville ele pediu readmis-
são à Igreja. O caso foi considerado
e segundo a recomendação de Orson
Resposta — O Livro de Moisés na
Hyde, que era o presidente do Ramo
Pérola de Grande Valor foi revelado
de Kanesville, ele foi recebido nova­
ao Profeta José Smith em 1830. O
mente na Igreja pelo batismo. Foi
Livro inclue as visões e os escritos
seu desejo cumprir uma missão na
de Moisés como foram revelados ao
Grã-Bretanha e também visitar os
Profeta. Leia o capítulo cinco de
Santos em Salt Lake City. Antes de
Moisés e conhecerá a história do êrro
fazer isso, ele foi visitar uns parentes
de Caim e a maneira como foi casti­
em Missouri e enquanto ali pegou uma
gado a respeito do Sacerdócio. Então,
doença e morreu no dia 3 de Março de
se examinar o sétimo capítulo de Moi­ 1850.
sés, versículo 22, verá o fato de que
os descendentes de Caim são pretos. Questão — Eu creio que quando
Questão — O que aconteceu com uma pessoa morre ela pode ver sua
Oliver Cowdrey? Quando e onde família e as suas ações. É isso a ver­
morreu? dade?
Resposta — Oliver Cowdrey voltou Resposta — Deus não revelou nada
a Kanesvile, Iowa em Outubro de 1848. sobre este assunto. Porém, o Profeta
Ele esteve fora do corpo da Igreja José Smith uma vez disse que de fato
mais de 10 anos. Uma conferência eles nos vêm e que “as vezes ficam
especial da Igreja foi realizada em 21 muito tristes ao contemplarem nossas
de Outubro de 1848 na qual Oliver ações” .

P RA ÇA DO BEM E ST A R

Apresentamos na capa deste número uma vista dos grandes


elevadores de grãos, situados na praça do Bem Estar em Salt
Lake City.
0 D IA DO SENHOR
A lei do dia do Senhor é uma das Nesta ordem subentende-se claramen­
mais antigas dadas ao homem. O te esta instrução: “ Ide à casa de Ora­
Senhor sempre deu importância a essa ção no meu dia Santificado." Nota-se
exigência e quando a creação da terra distintamente onde e como deve-se pro­
estava completa, Êle abençoou o sétimo ceder à adoração. A conclusão a que
dia e o santifieou. (Genesis 2 :3 ). Esse chegam alguns de que o dia do Senhor
dia foi assim separado dos outros pelo pode ser observado em casa, no lugai
próprio Deus. O dia do Senhor foi fei­ de trabalho, ou onde se deseja, é aqui
to sagrado pela Sua vontade, e Êle tor­ refutada. A verdadeira adoração é o
nou-se o primeiro a observá-lo como um ardente amor pelo Senhor e a sincera
dia de descanço e devoção. dedicação em guardar os Seus manda­
Desde o estabelecimento desse divino mentos. A manifestação de amor pelo
estatuto, o Senhor tem repetidamente próximo é a maior evidência da sinceri­
acentuado a necessidade de sua obser­ dade e devoção ao Senhor.
vância por intermédio de seus profetas. Os benefícios resultantes da observân­
Israel já observava o dia do Senhor bem cia do Dia do Senhor são enormes e não
anteg de sua inclusão nos Dez Manda­ sómente abrangem a vida espiritual mas
mentos. O Senhor também tem demons­ também a temporal e física. A nature­
trado o seu descontentamento para com za requer que o homem descance no dia
as nações que não cumprem com esse do Senhor como complemento do descan­
decreto, e sua justa indignação abrange ço diário que recebemos com o nosso
àqueles que desrespeitam os Seus con­ sono noturno.
selhos . A história do povo de Deus e seus
Durante o Ministério pessoal do Sal­ profetas indica a extensão de vida da­
vador, Êle repetidamente insistiu na queles que viveram de conformidade com
observância do Sábado e proclamou-se a lei do dia do Senhor.
o “ Senhor do Sábado” (Lucas 6 :5 ) . Êle Adão, Enoch, Mathusalem e muitos
também disse: “ . . . 0 sábado fo i feito outros escolhidos do Senhor, tiveram
para o homem e não o homem para o uma vida de extensão quasi que ilimita­
sábado.” (Marcos 2 :2 7 ). Os apóstolos da como recompensa pelas suas vidas
continuaram a ensinar aos Santos a se­ retas. As experiências modernas estão
guir as instruções de Jesus pertencen­ a braços com a idéia da necessidade de
tes às regras do Dia do Senhor. um descanço periódico dos labores diá­
O profeta José Smith nesta dispensa- rios.
ção recebeu a revelação aconselhando aos Um cuidadoso estudo da Seção 59 das
Santos como segue: “ E para que vos Doutrinas e Convênips, revelará a natu­
guardeis mais limpos das manchas do reza das bênçãos temporais prometidas
mundo, ir eis à casa de oração e oferece- àqueles que guardam o Santo dia do Se­
i'eis vossos sacramentos no meu dia san­ nhor.
tificado. Porque certamente este é um Todos os Santos dos Últimos Dias de­
dia apontado a vós para o descanso de vem pois esmerar-se no viver em obe­
todos os vossos labores, e para render diência a êsse mandamento sem modi-
vossas devoções ao Altíssimo. (D. & C. ficá-lo ou compromete-lo, e influenciar
59 :9-10). todos os homens a agirem igualmente.
[ - ojqnjnQ m ocnvp? l/~ OrMflNi ONV
??
64Viverei Como Eu Orar

Ao findar o dia, ajoelhei-me para orar,


E pedi ao Senhor, para todos abençoar;
Dar alegria ao coração entristecido
E saúde, ao doente combalido.

E noutro dia, quando despertei,


E meu caminho, com cuidado andei,
Eu não pensei em enxugar o pranto,
E nem tão pouco, dar algum encanto
À vida triste, de um irmão cansado,
Que em meu caminho, tenha me alcançado.
E nem siquer, também, eu visitei
0 visinho doente, a quem saúde desejei.

E , quando novamente, ao findar o dia,


Ao Senhor, suas bênçãos eu pedia,
Como um sussurro, foi por mim ouvido
0 clamor de uma voz, que pôs-me comovido:
“ Basta, hipócrita! antes de orar,
Quem pensaste tu, abençoar?
A s mais doces divinas bênçãos,
São para humildes, pequeninas mãos” .

E eu, então chorei, e minha face escondi.


“ Perdoa-me, Deus, pois eu menti.
Permite-me mais vida inda gozar,
E assim, V IV E R E I COMO E U ORAR” .

Autor Desconhecido
(Trad. de Benedita P. Chagas)
Ano I — Núm. 10 Outubro de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00 D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R e d a to r:..................................... João Serra
Exemplar Individual ............ Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a :
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — B rasil

Í N D I C E

Editorial ........................................................................................ Thayle Nielsen 118


Regras de Fé ........................................................................................ José Smith capa

ARTIGOS ESPE CIA IS


George F. Richards, Presidente do
Conselho dos Doze ...................................................... Warren J. Wilson 119
A Filosofia de Vida dos Santos dos Últimos D i a s ............. Elder Burl F. Booth 220
MINHAS RAZÕES para ter entrado para a
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias . . . . Ernest E. Owens 222

A U X IL IA R E S
Escola Dominical:
Verse Sacramental — Ensaio de Canto .................................................... 230'
Mensagem aos Profetas da Escola Dominical . . . . George A lbert Smith 230*
Como a Sombra Duma Grande Rocha .................... C. Frank Steele 231’
Prim ária:
E o Mestre Sorriu ............................................... A Ida Crawford Cal l 232:
Sociedade de Socorro:
Falar Convenientemente ................................................................................ 233
SACERDÓCIO
Requerimentos do Sacerdócio A r o n i c o ....................................... (Continuação) 234
Lições para os Grupos Sacerdotais ...................................................................... 235

VÁRIOS
O Rumo dos Ramos ..................................................................................................... 239'
Cartas ao Editor ........................................................................................................... capa
Poesia ............................................................................................................................... capa
(fi3rr3rr!
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A Castidade f
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^
^
“ Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o espirito ^
*%» cie Deus habita em vos? Se alguem destruir o tem plo de Deus, ^
<3jG> Deus o destruirá, porque o templo de Deus que sois vós, é santo” «jC
(I Cor. 3:1 6-17). ^
Desde o tempo de Adão, Deus tem exigido a pureza de seus ^
jL filhos a respeito à moralidade. Um dos dez principios da socie- ju
'*£ dade Cristã, aceito por todos os adoradores verdadeiros de Deus, *T’
£oi-lhes dado no Monte Sinai quando Deus 0 escreveu com seu
proprio dedo; isto é, “ NÃO ADULTERARÁS” . O Senhcr disse
djf» tambem a Israel que não haveria rameira nem sodamita entre o ^
■4* povo ^
t^Ru Hoje em dia podemos ler e ouvir muita coisa sobre a lei da uiL
í vida. Alguns professores tentaram ensinar, aos jovens especial- ^
mente, os fatos do mistério da vida e tem roubado toda a santi-
tidade deste ato que Deus lhe deu. A Modéstia, com o Virtude ^
íjfj moral, quase não existe mais. \3jC
Meus queridos irmãos e irmãs, a doutrina de nossa Igreja é
^ isso; que o pecado sexual está proxim o ao assassínio. Deus de- ^
«j» clarou ac' profeta José Smith que os adúlteros não podem ser .
JL membros e que os adúlteros dentro da Igreja, a menos que se y
^ arrependessem, seriam lançados fora, mas se se arrependessem
lhes seria permitido ficar. Por isso, o mandamento “ Arrependei-
vos” é da maior importancia.
Ojú Não há diferença essencial entre a fornicação, o adultério ou fjjjj
a prostituição. Cada um cai na Sua condenação. rfn
Quero contar-lhes uma parte de uma mensagem da Primeira
Presidencia da Igreja aos membros no ano de 1942.
“ Queremos que vos lembreis das bênçãos que advêm de uma OjC
vida limpa e casta; nós vos exortamos a guardar vossa castidade
estritamente todos os dias, tornando-vos assim merecedores dos
dons e do Espirito do Senhor. ^
a “ Quão glorioso é aquele que vive uma vida limpa. Ele anda. •
sem medo, ao sol brilhante do m eio dia, porque não tem enfer-
tnidade moral. As flechas da calunia não o podem alcançar, por-
que sua armadura está sem falhas. Não se pode desfiar sua vir- íjÊ
tude, porque ele vive acima de acusação. Seu rosto jamais tem ^
manchas de vergonha, porque não tem pecado escondido. Ele é
JL honrado e respeitado por toda a humanidade, porque vive alem
da censura. Ele é querido de Deus, porque anda sem mancha.
•Vir A exaltação na eternidade espera sua vinda.”
Thayle Nielson ^

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George F* Richards, Presidente do Conselhos
dos Doze
P or W arren J. W ilson.

Seguindo o exem plo dos seus pais,


o A póstolo R ich ards com eçou a c a ­
m inhar nas veredas do S enhor bemt
cedo na vida. Aos quinze anos, ele
foi orden ado ao S a cerdócio de M el­
quisedec, n o o fício de Elder. Sendo
um jov em m uito sério e fiel ao evan ­
gelho de Cristo, ele recebeu as o rd e­
nanças do T em plo n o m esm o a n o .
Na prim avera de 1882 ele ca sou -se
com Alice A . R obinson, filh a de O li­
ver L. R obinson e Lucy Miller. Esse
lindo casal fo i aben çoad o com 15 f i ­
lhos, todos fortes e sadios.
Não h á m uito tem po que o A pós­
tolo R ich ards eitou a seguinte p as­
sagem bíblica num a con fe rê n cia ge­
ral: “ T orn a i-vos cum pridores da p a ­
lavra e não ouvidores tão só m en te
en g a n a n d o-vos a vós m esm os” .
P odem os dizer com toda certeza,
que Elder R ich ards é um “ cu m p rid or
GEORGE F . RICH ARDS
da p alavra” , sendo um grande exem ­
plo pára a sua fam ília e tam bém para
O Apóstolo G eorge F. R ichards, o toda a Ig re ja . Seu guia é a 13.a
mais velho das autoridades gerais, R egra de Fé de nossa Ig re ja : “ C re­
nasceu na pequena aldeia de F a r- mos ehi serm os h on estos, verdadeiros,
m ington, estado de Utah, quasi um ca stos, b en ev o len tes, virtuosos e em
século atraz. Um dos filh os de F ra n - fa z e r o bem a tod os os h o m en s; em
klin D . R ich ard s e N anny L on g s- realidade pod em os dizer que segu i­
troth, nasceu no dia 23 de Fevereiro m os a aã m oesta çã o de Paulo: C rem os
de 1861. em tôdas as cousas e con fia m os em
Os seus pais fora m pion eiros que tôdas as cou sa s; tem os suportado m ui­
conheceram o sofrim en to daqueles tas cousas e con fia m os na capacida­
que seguem e apoiam a verdade res­ de de tudo suportar. Se h ouver qual­
taurada. Sua mãe, Nanny, estava quer cousa virtuosa, am ável, ou lou­
em Nauvoo, naquele in vern o som brio, vável, nós a p rocu ra rem os” . i
quando a perseguição dos m alvados Elder R ich ard s fo i ordenado ao
foi horrorosa. Foi sóm ente depois de apostolado em abril de 1906, pelo p re­
longa viagem através das planícies sidente Joseph F . S m ith. Em 1916
que ach aram a paz no m eio das m o n ­ até 1919 ele presidiu na missão E u-
tanhas roch osas. ( Continua na pág. 235)

— 219 —
A Filosofia de Vida dos Santos dos Ultímos Dias
Por Elder Burl F. Booth

(2.a Parte)

O CICLO DE NOSSA VIDA

Como é ensinado pelas Escrituras


e revelado^ por intermédio do Pro­
feta José Smith. (V eja o mapa).

1.°) REINO DE DIVINDADE: A chamar Deus nosso pai a menos que


morada celestial de Deus. “ O céu é o atualmente Ele seja nosso Pai? O
meu trono, e a terra é o escabelo dos Apóstolo Paulo dis;e: “ Alem disto nós
meus pés” (Isa. 6 6 :1 ). “ O céu é o tivemos, na verdade nossos pais carnais
lugar onde Deus habita com todos os que nos corrigiam, e os olhavamos com
seus santos anjos. E o rei hamcmi p er­ respeito; não serem os muito mais su­
guntou-lhe: ■Está o céu acima da terra? jeitos aa Pai dos espiritos e v iv e r e ­
E Ammon disse-lhe: Sim, e ele olha mos?” e outra vez: “ Sendo, pois, g e­
para baixo sôbre todos os filhos dos ho­ ração de Deus, não devem os pensar que
mens, e conhece todos os seus pensa­ a divindade é semelhante ao ouro ou
mentos e intensões; pois que por suas à prata ou à pedra, lavrada por arte
mãos foram todos criados desde o co­ e genio do hom em ” (Heb. 12:9; Atos
m eço” (Alm a 18:32). 17:29).
2.°) VIDA ESPIRITUAL: Nosso E’ evidente que os Apóstolos sabiam
nascimento na terra não foi o princí­ que tivemos a pre-existencia, pcis eles
pio da nossa existência. As Escrituras perguntaram a Cristo: “ M estre, quem
nos conta que tivemos uma pre-exis- pecou para que este homem nascesse
tencia na qual eramos filhos espirituais cego, ele ou seus pais?” (João 9,: 2 ) .
de Deus e que habitavamos com Ele, Nota-se que a questão não era, se o ho­
vivendo pela vista e não pela fé como mem podia ou não pecar antes de Vir
vivem os hoje (II Cor. 5 :7 ) . para esta vida, mas sim que neste caso
Quase todos os Cristãos concordam especifico ele tinha pecado. Isto mos­
que Cristo vivia antes de ter nascido tra que era conhecimento comum entre
neste mundo, porem poucos são os que cs Apóstolos, que o homem podia pe­
sabem que todos nós viviamos antes de car na vida anterior, do contrário eles
vir para a mortalidade. Entretanto, c não teriam feito tal pergunta, e a nossa
Senhor disse à Jeremias que antes que condição nesta vida depende grande­
ele tinha nascido ele tinha sido santi­ mente da nossa conduta antes de vir
ficado e ordenado para ser um profeta para este mundo.
das nações (Jer. 1 :5 ) . Em Eclesiastes 2.°-a) A EXPULSÃO DE SATANÁS
12:7 é-nos dito que o corpo retorna à DO CÉU: Cristo disse que viu Satanás
terra e que nosso espirito retorna à cair do céu com o um relampago (L u­
Deus, que nos deu. Isto indica que cas 10:1 8 ). Isaias tambem fala sobre
nosso espirito uma vez residiu na pre­ o mesmo incidente: “ Como caiste do
sença de Deus, pcds que não podemos céu, ó estrela radiante, filho da alva!
voltar para um lugar que nunca esti­ como estás cortado até a terra, tu que
vemos antes. Na oração do Senhor, abatias as nações! Tu dizias no teu
Cristo ensinou-nos à dizer: “ Nosso Pai coração: Subirei ao céu, exaltarei o
que estás no céu.” Porque devemos meu trono acima das estrelas de Deus

— 220 —
e sentar-m e-ei no monte da congrega­ tanto depois do julgamento final eles
ção nas extrem idades do Norte. Subi­ serãci lançados no lago de fogo.
rei acima das alturas das nuvens, e 2.°-b) NASCIMENTO N A M ORTA­
serei semelhante ao Altíssimo. Toda­ LIDADE: “ Portanto deixa o homem o
via serás precipitado para 01 Sheol, para seu pai e a sua mãe, e se une a sua
as extrem idades do abismo. Os que te mulher; e são uma só carne” (Gên.
virem, te contemplarão, em ti fitarão 2:24). E’ um grande privilégio e honra
os olhos e dirão: Acaso é este o ho­ ter nascido e viver nesta terra. Pois êste
mem que fez estrem ecer a terra, e tre­ é o unico meio de ototer o conhecimen­
mer os rein os?' que tornou o mundo em to do bem e do mal pelo qual podemos
deserto e destruiu as suas cidades? e sobrepujar o pecado, crescer e progre­
que a seus presos não os deixou ir sol­ dir em ccnhecimento e inteligencia e
tos para suas casas?” (Isa. 14:12-17). eventualmente tornarmo-nos os filhos
Tambem em Apocalipse: “ Houve no escolhidos de Deus para reinar com
céu uma guerra, pelejando Miguel e Ele por toda a eternidade. Estando-
seus anjos contra o< dragão. O dragão nos aqui, prova que fom os uma vez va­
e seus anjos pelejaram , e não p revale­ lentes pela Causa de Cristo e que ba­
ceram; nem o seu lugar se achou mais talhamos com Miguel e seus anjos con­
no céu. Foi precipitado o grande dra­ tra Satanás e seus anjos.
gão, a antiga serpente, que se chama A menos que nos arrependamos e nos-
Diabo e Satanás, aquele que engana tornemos como uma criança não pode­
todoi o mundo; sim, foi precipitado na mos ser salvos. “ Jesus, porém , disse:
terra, e precipitados com ele os seus “ D eixai os meninos, e não os impeçais
anjos” (A poc. 1 2 :7 -9 ). de virem a mim; porque dos tais é o
3.°) O REINO DE SATANÁS: O reino dos céus” (Mat. 19:14) . Portan­
Senhor falando para a Igreja por meio to, todas as crianças são inocentes pe­
de João o Revelador, informa-nos so­ rante Deus e permanecerão assim até
bre a habitação de Satanás. “ Sei onde atingirem a idade de compreensão.
habitas; onde Satanás tem o seu trono; , 4.°) M ORTALIDADE: A o nascer­
e que conservas o meu nome e não ne- mos nesta vida nosso conhecimento, ou
gaste a minha fé m esm o nos dias de lembrança da nossa pre-existencia nos
Antipas, minha fiel testemunha, o qual são tirados afim de que possamos ser
foi morto entre vós, onde habita Sata­ adequadamente testados para provar se
nás” (A poc. 2 :1 3 ). somos ou não merecedores de entrar de
Das escrituras acima, podemos che­ volta para a presença de Deus. Este
gar à conclusão que o Reino de Sata­ teste é pela fé e não pela vista (II Cor.
nás está agora por toda a terra, que 5 :7 ).
ele e seus anjos com o espiritos sem Desde os dias de Adão, o Senhor tem
corpos mortais erram pela terra tentan­ dado para a humanidade certas leis
do e incitando a humanidade para o para serem seguidas. Eram leis justas, e
mal. “ E, portanto, os homens estão li­ os castigos afixados pela quebra das
vres, de acordo com a matéria; e todas mesmas são justos tambem. Aquelas
as coisas que lhes são necessárias, lhes mesmas leis estão em vigor hoje e é
serão dadas. E estão livres para esco­ somente pela obediencia das mesmas
lher a liberdade e a vida eterna, por que podemos ganhar' salvação, pois o
meioi da mediação de todos os homens, Evangelho não muda. Ele foi o mes­
ou para escolher o cativeiro e a morte, mo ontem, é hoje e sempre.
de acordo com o cativeiro e a poder do O Senhor sendo um Deus justo deu
demonio; pois que ele procura tornar o seu filho com o expiação pelo pecado
todos os homens tão miseráveis como original de Adão, através do qual to-
ele m esm o” (II Nephi 2 :2 7 ). No en­ (Continua na pág. 226f

— 221 —
MINHAS RAZÕES
Para ter Entrado Para A Igreja de Jesus

D om ingo, 6 de Dezem bro de 1936, Assim que o gigan tesco trem aéreo
eu fu i batisado e con firm a d o m em ­ subiu entre a terra e o céu, através
b ro da Igreja de Jesus Cristo dos S a n ­ as planícies de Illinois, Iow a e N e-
to s dos Últim os Dias. braska e den tro de profu n d os céus
Em aten ção a parentes m ui ch e g a ­ azues de W yom ing, eu vi aparecer, re ­
dos e am igos dos quais, quasi todos pen tin am en te, a distância, com seus
n ã o estão fam iliarizados com os p rin ­ p icos cobertos de deslum brante neve
cíp ios desta organização, eu ex p lica ­ secular, as prim eiras filas das m o n ­
rei as razões que me im peliram a me tanhas roch osas.
torn ar um m em bro da Ig reja de Jesus Com a prim eira vista daquelas m o n ­
-Cristo dos Santos dos Úlitm os Dias. tanhas, veio-m e a m ente o p en sa m en ­
Um an o antes eu fu i en carregado to dos pion eiros “ M órm on s” , v a g a ro ­
■de um negocio, com o advogado, para sa e dolorosam ente, com carretas e
ir a “ Salt Lake C ity” , p or um c lie n ­ ju n ta s de bois, atravessando a m e s­
te particular. Eu via jei p elo ar de m a rota que n ós estavam os p e r c o r ­
In d ian óp olis, aterrisando na cidade rendo. Porém , as m ilhas que eles c o ­
d o s “ M órm ons” na tarde de 20 de D e­ briam em um a m arch a de um lo n g o
zem bro . dia, nós estavam os percorren do em
Naquela ocasião eu estava, talvez, cin co m inutos, algum as vêzes m enos.
m enos interessado em religião do que E ntão, vagarosam ente, tom ou form a
qualquer outra cousa do m undo. Anos em m inh a im agin ação a idéia de que
d e depressão econ ôm ica , desastre, aqueles P ioneiros eram hom ens e m u ­
fo m e , m iséria, necessidade e in ju stiça lheres com um grande ideal, que eles
social trou xeram -m e a um p o n to onde n ã o estavam apenas, de boa v o n ta ­
eu zom bava da idéia de um suprem o de, sa crifica n d o tudo quanto o m u n ­
Ser ou Pai am oroso. Pessoalm ente do estim a com o precioso, mas que eles,
eu n ão tinh a m edo d o in fe rn o nem realm ente, tin h a m sa crifica d o tudo
esp eran ça do céu. Eu am ava ao p r ó ­ para revestir o seu ideal com rea li­
x im o mas tinh a p ou co respeito pelo dade.
seu ju lgam en to. M as — respondia o lado cín ico de
C om respeito aos S antos dos Ú lti­ m inh a natureza, eles eram os P io n e i­
m os Dias, ou “ M órm on s” , com o c o - ros. O M órm on m odern o tem h á m u i­
m u m en te são cham ados, eu tin h a es­ to esquecido aquele grande ideal dos
cassa in form ação, da qual a m aior seus ancestrais. Ou se ele ain da o
parte falsa. Eu apenas sabia que o retem o tem falseado, destruído sua
m eu cliente n ão era “ m ó rm o n ” , que beleza e ele m esm o tem se torn a d o
ele tin h a p rejú d icad o grandem ente estreito, tolo e m esquinho.
u m certo núm ero de “ m órm on s” e que O sinal elétrico na parte dianteira
era m eu doloroso dever d e fe n d ê -lo , o da nave brilh ou “ apertar cin tos de
m e lh or possivel, na vã esperança de segu rança” . A baixo de nós, 10.000
liv rá -lo da P risão do Estado de Utah. pés, jazia a cidade dos “ M órm on s” .
M esm o um h om em culpado, sob n o s - Um taxi trou x e-m e d o aeroporto
,sas leis, tem direito a sua defesa. para o “ T em ple Square H otel” . O

— 222 —
Cristo dos Santos dos Últim os Dias

Ernest E. Owens.

ch o fér d o taxi era um estudante u n i­ ções, eu ouvi apenas palavras de lou ­


versitário. Eu com ecei localisan do e vor.
entrevistando as pessoas que tinham De qualquer m od o eu tin h a a sen­
sido p reju dicadas pelo meu cliente. Por sação de que estava n o lim iar de uma
todos os lados h avia indústrias, loja s grande descoberta. Estas pessoas t i­
e lindas residências. C ertam ente que nham algo de intangível e indefinível.
um povo degenerado n ã o construiria Isto os fazia um povo superior em
uma cidade com o esta. tu d o. Eu estava determ in ado a achar
o que era isto.
Alguns daqueles que visitei tinham
Alguns dias antes, ao atravessar os
perdido os seus lares com o resultado
terrenos do Tem plo, eu en contrei J o ­
do desfalque do m eu cliente. Eu es­
seph Peery. Eu p rocu re i-o n o seu es­
perava en con trar toda a espécie de
critório, n o “ B ureau” de In form a ções
furor. Em cada caso, fui recebido
e disse-lhe, assás bruscam ente, que eu
calm a, cortês e alegrem ente. Não
tinha a ch ad o o p ovo “ M órm on ” um
houve m an ifestações de cólera, d is­
povo superior e p ergu n tei-lh e com o
curso in fla m ad o ou blasfêm ias. Cada
eles a lcan çaram isso. Isso fo i na ta r­
pessoa tinh a um agu çado senso de
de de 28 de D ezem bro de 1935. O sr.
justiça. Cada um deles sabia que t i­
Peery era um h om em ocupado. Mas
nha sofrido um a p rofu n d a in ju stiça .
ele conversou com igo durante uma
Mas, de algum a m aneira, todos p a re ­
hora, ex p lica n d o-m e perfeitam ente,
ciam sentir que o m eu cliente se t i­
pela prim eira vez, os p rin cípios do
nha p reju d icad o m uito m ais do que
“ M órm on ism o” . O grande ideal não
prejudicado a eles. Eles m ostravam
estava m ortp; ele n ão estava perver­
com paixão por ele em sua situação d i­
tido. Ele estava m ais vivo do que
fícil .
n un ca. Ele n ão tinh a apenas dom es­
Eu en con tra v a -m e com cada um ticado o deserto, mas, tam bém , feito
diversas vêzes. Depois eu telegrafei fé, beleza e am or enraizar n os co ra ­
ao m eu cliente n o Este, dizen d o-lhe ções de m ilhares de entes hum anos.
que ele devia fazer restituição a cada F m aiores cousas ainda estavam para
um. Ele dem orou em responder o vir.
meu telegram a. Eu estava irredu tí­ A ntes de sair, o sr. Peery deu-m e
vel. um a carta de apresentação para J a ­
Ele prom eteu execu tar m eu pedido. m es E. Flem ing, presidente do R am o
Enquanto estive esperando alguns de In dian óp olis. Eu queria ver se a
dias para ele levantar fundos, eu tive variedade de cidadãos “ M órm ons” de
considerável tem po disponível. Cada In dian ópolis era igual aos da estirpe
dia eu assistia o recital de órgão no de U tah.
T abernácu lo. Um povo degenerado E ntão veio o dia de ano n ovo. Foi
não produz a espécie de m úsica o u ­ um lon g o e solitário dia. Os lon ga ­
vida alí. Eu conversei com “ não m ente desejados, procurados e espe­
M órm ons” a cerca de seus visinhos rados fu n dos n ão tinham c h e g a d o .
“ M órm on s” . C om m ui pou cas ex ce ­ Ao an oitecer eu com ecei a sofrer cru -
cian te dôr. C ham ei o em pregado do cionários pareciam pensar m ais em
h otel e p ed i-lh e para m a n d a r-m e o salvar a m inha vida e apressar a m i­
m edico da casa. Ele respon deu-m e nha cura d o que cobrar-m e.
que eles n ão tinh am m edico. Eu d is­ M uitas vêzes, quando eu jazia n o
se-lhe para a rra n ja r-m e um m edico leito daquele hospital, m eus olhos en ­
o m ais depressa possível. L ogo veio ch ia m -se de lágrim as de gratidão c o m
o Dr. Silas S. Sm ith. Ele ex a m in ou - o pensam ento da bon dade deste m a ­
me detidam ente, diagn ostican d o o ravilhoso povo. O utra vez eu resolvi
meu caso com o sendo um agudo a ta ­ que se m inha vida fosse poupada, na
que de apen dicite e cálculos n a v e­ m inha volta para o lar, eu p rocu ra ­
sícula. Ele acon selh ou um a im ediata ria os “ M órm ons” de Indianópolis
op eração. Eu argum entei com ele o não para com p a rá -los com os de Utah,
caso, mas sem resultado. Eu exp li­ mas p ara expressar-lhe m inha g ra ti­
quei que quando em casa, eu estava dão e a gradecim en to por terem salvo
sem recursos, que o m eu clien te t i­ m inha vida.
nha deixado de cum prir sua p rom es­
Depois veio a lon ga e tem erária v ia ­
sa e que eu tinh a exatam ente sete gem de volta para o lar, sôbre estra ­
dólares na m inha bolsa e devia q u a ­ das cobertas de gelo, através da neve
tro dólares ao h otel. D outor Sm ith
e in ten so frio. Houve três sem anas
replicou que n ão era um a questão de
de descanso e alegres en contros co m
din h eiro. Era um a questão de sal­ queridos parentes e am igos. M inha
var a m inh a v id a . Eu continuava prim eira excu rsão fora de casa fo i
obstinado. Depois de ulterior c o n ­ para a casa d o Presidente Jam es E .
sulta e teste de sangue, m in h a e n fe r­ Flem ing, d o R am o de In dian óp olis.
m eira (forn ecid a p or ele) ch am ou Dr. Eu me apresentei a êle, relatei-lh e as
Sm ith e disse-lh e para apron tar a c o ­ m inhas experiências em “ Salt Lake
m odações n o hospital, n o qual ele dis­
C ity” , m a n ifestei-lh e m inha gratidão,
se que podia a rran jar que eu fosse
passei um a m ais que agradavel ta r ­
recebido, apesar da m inha con d içã o
de, e fiz a ulterior descoberta de que
fin a n ce ira .
o grande ideal atúa p or tod a p a rte.
M inha enferm eira, senhora Grace
Não h á variedade de “ M órm on s” . Um
Volkner, en ferm eira diplom ada, c h a ­
“ M órm on ” é um “ M órm on ” seja n o
m ou um taxi e nós partim os pela lo n ­
vale “ Salt Lake C ity” ou no vale de
ga colin a coberta de neve, para o H os­
“ W abash ” .
pital dos Santos dos ú ltim os D ia s.
Depois veio um período de vários
Pelo cam in h o eu lh e dei m eu cartão
mêzes em que aten di aos serviços re ­
com o en dereço de m inh a residência
ligiosos na C apela de In d ian óp olis e
e o nom e de m inh a esposa, com in s­
aos estudos dos p rin cípios filo só fico s
truções para lhe telegrafar se h o u ­
vesse necessidade. d o “ M órm on ism o” . Eu v e jo agora que
Durante m inh a estada, exatam ente não h á fim para este assunto. M as
de um mês, n o H ospital dos S antos dos alguns p rin cípios básicos devem ser
prim eiro bem com preen didos. Eles
ú ltim os Dias, tu d o qu an to a ciên cia
e m ãos carinhosas p od iam fazer p or são as pedras angulares.
um h om em , quasi duas m il m ilhas 1.° “ M órm on ism o” n ã o é um a seita
longe de casa e doente de m orte, fo i ou um a den om in ação. Ele n ã o é um
feito p or mim. O ú n ico argum ento rebento de qualquer ou tro sistema,
con trário que eu tin h a alí era fazer cred o ou culto. Ele, co m orgulho, a s­
alguem do escritório do h ospital vir sume a p osição de que é a Ig re ja de
ao m eu qu arto receber din h eiro para Jesus C risto: que fo i restaurada por
um p agam en to sobre a m inh a con ta Ele nestes últim os dias, e está estabe­
com eles. De qualquer m odo os fu n ­ lecida sob os m esm os prin cíp ios que

— 224 —
nortearam a Ig reja A postólica, com o licas doutrinas com o con ceito de Deus
organização, n os ofícios, etc. com o um Pai am oroso. Se êle era um
2.° — Ela é fu n d ada sobre a roch a Pai daquela espécie, eu estava resol­
da revelação. Os céus n ã o estão f e ­ vido a n ã o ter n ada com ele. Não há
chados. Deus con tin ú a a revelar sua lugar n o “ M órm on ism o” para tais d e ­
vontade. Em outras palavras, Deus gradadas e aviltantes idéias. A d ou tri­
não creou o universo, deu partida ao na do livre arbítrio tom a o lugar des­
m otor, com o se diz, e depois desligou ta barbara idéia. Som ente êsses p rin ­
a engrenagem . Ele ainda está con tro­ cípios tem dado co n fo rto a m ilhões
lan d o. Ele revela a sua von tade e de m ães. Êle tem substituído triste­
põe suas bên çãos em obediência a sua za por alegria. Ele tem feito a b ri­
lei. lhante estrela da E sperança brilhar
3.° — O M órm onism o g lorifica a onde de outra m aneira haveria a n o i­
Deus e exalta o hom em . C om o o h o ­ te escura da d esesp era n ça . Se o
mem é, assim Deus era; com o Deus é P rofeta José Sm ith n ão tivesse feito
assim o h om em pode se torn a r. É a n ada m ais do que destruir esta ba r­
lei do progresso eterno. Não h á lu ­ bara, cruel, in h u m an a e degradante
gar no “ M órm on ism o” para o in fern o doutrina, ele m ereceria os agrad eci­
ortodoxo de pedras de en x ofre escal­ m entos, cheios de alegria de m ilhões
dante e um lago de fogo, onde os m e ­ e m ilh õ e s . . .
nos felizes filh os de Deus são qu ei­ 6.° — “ M órm on ism o” forn ece res­
m ados através de eternidades sem posta a eterna questão, “ De onde v e ­
con ta ; nem h a um céu com ruas de n h o?” .. . “ Porque estou a q u i?” . . .
ou ro e eternidades de repouso em le i­ “ Para onde estou v ia ja n d o ” ? A o r i­
to de rosas. A vida aqui é um p e ­ gem, destino e o prop ósito do nosso
ríodo de p rovação e p rep a ra çã o. Na sêr são esclarecidos. P orta n to nós
vida, além do túm ulo, cada um de com preendem os nosso parentesco com
nós con tin u ará a crescer cada vez Deus, com o seu filh o, e com nosso
mais, para a p erfeiçã o daquele que é p r ó x im o .
P e rfe ito . 7.° — “ M órm on ism o” é um a religião
4.° — No “ M órm on ism o” n ão h á c o n ­ prática. Qpalquer religião que n ão
flito entre a ciên cia e religião. T oda se reflete na vida diária de seus a d e­
verdade, onde fôr achada, é um a p a r­ rentes é um a zom baria e um fin g i­
te do plan o de Deus. O “ M órm on is­ m en to . C ôros treinados e cantores
m o ” n ão algem a a m en te. Ao c o n ­ pagos nada sig n ifica m . Na vida de
trário, ele livra de peias a m ente dos seus m em bros é en con tra d a a ver­
hom en s. Ele não som ente en cora ja , dadeira m edida d o valor de um a reli­
mas com pele os hom ens a pensar. g iã o. Isto é um severo teste.
Pode h aver “ M órm on s” que são mais O “ M órm on ism o” vai ao seu e n co n ­
instruídos do que outros com o in d iv í­ tro com con fia n ça . Ele deseja ser ju l­
duos, mas “ M órm on ism o” é fo rço sa ­ gado pelos seus fru tos. Ele fa z h o ­
m ente vasto e p rofu n d o liberal em seu m ens e m ulheres m elhores. Ele diri­
tod o. Não h á lim itações n o p en sa ­ ge a vida de hom en s e m ulheres cada
m ento ou desenvolvim ento individual. dia da sem ana. Não é com o o usar
Deixa o indivíduo crescer ta n to qu an ­ as nossas m elhores roupas os dom in ­
to ele desejar e, então, ele a ch a que gos, som ente. Ele faz de cada um h o ­
n enhum a lim itaçã o o cerca. m em um m elhor m arido, um m elhor
5.° — Q uando m enino, eu m e a ch a ­ pai, um m elhor vizinho e um m elhor
va m ui a flito pelas doutrinas de c o n ­ c id a d ã o .
d en a çã o dos in fan tes e predestinação. 8.° — Os hom en s n ão colh em uvas
Eu n ão podia recon ciliar estas d ia b ó­ dos espinheiros n em figos dos a b ro­

— 225 —
lhos. O “ M órm on ism o” pode ser ju l­ m ens de tôdas as gerações têm sido
gado pelos seus produtos. Eu ach ei seus inim igos; portan to, êle deve ser
no p ovo “ m órm on ” um p ovo superior. d iv in o .
É um p ovo gentil e en ca n ta d or. É 10.° — O “ M órm on ism o” m e tem
um povo feliz. Num a época em que dad o grande a legria. Sobre os m eus
o trabalho à m oda antiga é olh ado joelhos, eu ten h o p ed id o a Deus que
de soslaio, eu os ach ei industriosos; me guie. Eu ten h o p ed id o ao nosso
num a época de desperdício e ex tra v a - Pai dos céus para guiar meus passos,
gancia, eu os ach ei p ratican d o e co n o ­ d a r-m e sabedoria para escolher e fo r ­
m ia; num a ép oca de uso quasi u n i­ ças para seguir m inh a escolha. Eu
versal de bebidas, eu os a ch ei sobrios; sei que José Sm ith fo i um p rofeta de
num a época de “ virtude fa c il” eu os Deus, e que esta é em verdade a Ig re ­
ach ei castos; num a época de desbra- ja de Jesus Cristo.
gada indulgência, eu os a ch ei p ra ti­ Eu m e sin to orgu lh oso de ser “ M ór­
can do abn egação e dom ínio de si m es­ m on ” .
m os.
9.° — Eu am o o “ m órm on ism o” p e ­ Traduzido p o r:
los inim igos que êle tem feito. Desde
o seu início, os mais corru ptos h o ­ C ícero Proença Lana.

A filosofia de V idà. .. de com o o Senhor pode ser um Deus


justo fazendo este decreto, quando tem
dos poderão ser salvos. “ Pois desde
havido muitos que tem vivido e m or­
que a morte veiu por um homem, tam­
rido e que, sem culpa, nunca conhe­
bem por um homem veiu a ressurrei­
ceram o nome de Cristo ou Seu Evan­
ção dos mortos. Pois assim como em gelho. Condená-los por não fazer aquilo
Adão todos m orrem , assim tambem em que não sabiam, certamente, seria in­
Cristo todos serão vivifieados” (I Cor.
justo. Então, continue pensando sobre
15:21,22).
este assunto e investiguemos as escri­
Cristo ensinou que devemos ter fé; turas mais adiante para ver se o Se­
fé n ’Ele como Filho de Deus, arrepen­ nhor não providenciou para aqueles
der dos nossos pecados, ser batisados que morreram sem o Evangelho.
e receber o Espirito Santo, e durar até 4.°-a) MORTE: Quando morremos
o fim. Ele disse em uma ocasião para nosso corpo volta para a terra. Como
Niccdemos: “ Em verdade, em verdade está escrito em Eclesiastes: “ e o pó v o l­
te digo que se alguem não nascer da te para a terra como era, e o espirito
agua e do Espirito, não pode entrar no volte para Deus que o deu” (Ec. 12-7).
reino de Deus” (João 3 :5 ) . E mais Nesse tempo já recebemos um ju lga­
tarde disse para seus apóstolos “ o que mento. parcial. Nosso espirito então
crer e jor batisado, será salvo; mas o fica colocado ou num estado de paz e
que não crer, será condenado” (M ar­ descanso, num lugar que é chamado
cos 16:16). Cristo fez este decreto e Paraizo; se tivemos guardado os man­
ele nunca fo i anulado. Portanto, deve­ damentos de Deus, ou num estado de
mos chegar à conclusão que um homem, remorso e tormento, num lugar que é
por m elhor que seja, se ele falha ao chamado Inferno, se não tivemos guar­
cumprimento da ordenança do batismo, dado os mandamentos de Deus.
não poderá ser salvo no reino de Deus. 5.°) INFERNO: Há duas classes de
Suponhamos que você está admirado indivíduos no Inferno. Aqueles que

— 226 —
conheceram o Evangelho aqui na terra Paulo em sua espístola aos Corintios
e livremente o rejeitaram; estes deve­ provando à eles que na verdade há
rão sofrer a ira do Todo Poderoso Deus, uma ressurreição, disse o seguinte: “ De
e pagar pelos seus pecados, e não fi­ outra maneira que farão os que se ba-
carão livres até que tenham .pago o ul­ tisam pelos mortos? Se realmente os
timo centil. Estes deverão permanecer m ortos não são ressuscitados, porque
no inferno e sofrerem até depois do então se batisam por eles?” (I Cor. 15:
Milênio. Os outrcs são aqueles que 29) O Senhor, falando por meio de
não tiveram o privilégio de receber o Malaquias disse: “ Eis que eu vos en­
Evangelho em toda sua plenitude en­ viarei o profeta Elias, antes que venha
quanto estavam na terra; estes estão o grande e terrivel dia de Jeová. Ele
separados do mal, e colccados numa converterá o coração das pais aos fi­
prisão. Este é o lugar onde Cristo foi lhos, e o coração dos filhos a seus pais,
durante os três dias que seu corpo fi­ para que eu não venha e fira a terra
cou no sepulcro. Aprendemos isto em com anátema” (Mal. 4 :5 -6 ).
I Pedro 3:18. “ Assim tambem Cristo Esta profecia foi literalmente cum­
morreu uma só vez pelos pecados, o prida no dia 3 de março de 1836, no
justo pelos injustos, para nos levar a Templo em Kirtland, Ohio quando uma
Deus, sendo, na verdade, mor,to na car­ visão gloriosa apareceu a José Smith
ne, mas vivificado no Espirito, no qual e Oliver Cowdery. Elias o Profeta,
tambem foi pregar aos espiritos em que foi levado para o céu sem passar
prisão, os quais noutro tem po foram pela morte, apareceu perante eles e
desobedientes, quando a longanimidade disse: Eis, o tem po já chegou, o qual
de Deus esperava nos dias de Noé, en ­ foi falado pela boca de Malaquias, tes-
quanto se fabricava a arca, na qual teficando que ele (Elias) seria envia­
poucas pessoas, isto è, oito almas, se do, antes do grande e terrivel dia da
salvaram através das aguas.” No ca­ Senhor, para converter os corações dos
pitulo seguinte Pedro explica a razão pais aos filhos e os corações dos filhos:
de Cristo pregar aos espiritos na pri­ aos pais; para que eu não venha e fira:
são. Ele diz: “ Pois por isto foi 01 Evan­ a terra com anátema. Portanto, as
gelho pregado até aos mortos, para que, chaves desta dispensação são dadas em
na verdade, fossem julgados segundo os suas mãos, e por isso vós sabereis que
homens em carne, mas vivessem segun­ o grande e terrivel dia do Senhor está
do Deus em espirito (I Pedro 4 :6 ) . perto, mesmo às portas” (D. & C. 110:
Agora sabemos que aqueles que m or­ 15-16).
rem sem ouvir o Evangelho tem a opor­ Tendo recebido esta autoridade do
tunidade de ouví-lo depois da m orte. Profeta Elias, os Santos dos Últimos
E sobre o batismo? O Senhor ainda Dias estão ardentemente empenhados
exige o batismo para entrar nci Seu em construir templos cnde esta orde­
Reino. Sendo um Deus justo, Ele pro­ nança possa ser realizada. A vinda de
videnciou um meio pelo qual, aqueles Elias tem verdadeiramente voltado os
que morreram sem se batisar, possam corações dos pais, já mortos, para os
recebe-lo. Este principio é chamado filhos aqui na terra; e os ccrações dos
“ Batismo para os M ortos” , no qual, com filhos são voltados para seus pais, pro­
autoridade especial, uma pessoa viva, curando os nomes, datas de nascimen­
pode ser batisada em lugar de qual­ to e morte dos ncssos antepassados e
quer outra que tenha morrido sem ser depois batisando-se por eles.
batisada. A historia tambem mostra que este
ESTA NÃO E’ UMA DOUTRINA principio foi praticado pelos primitivos
NOVA, POIS FOI ENSINADA PELOS Cristãcs. Epiphanio escreveu no quar­
APOSTOLOS ANTIGOS. Por exemplo, to século concernente aos Marconites,

— 227 —
os quais foram Cristãos, de quem ele
se opos: “ Neste país, eu digo Asia, e
até mesmo Gálatas, suas escolas cres­
A Filosofia de V ida dos
cera e um fatci tradicional chega à nós,
que quando uma pessoa morrera sem
batismo, eles batisaram outros em seu
R eino di
nome, receiosos que na ressurreição ela d
sofreria punições não sendo batisada”
.(Heresies 8 :7 ).
Esta narrativa prova, sem duvida,
que algumas seitas de Cristãs pratica­
ram esta doutrina, e é mais notorio
ainda o fato de que nos registros do
Ccnselho de Cartago, realizado no ano
397 D .C ., registrado no sexto regula­
mento da Igreja daquele conselho, a
igreja dominante proibia qualquer ad­
ministração posterior do batismo para
os mortos. Porque este regulamento
devia ter sido escrito se o batismo para
os mortos não era praticado entre os
C-istãos daqueles dias?
6.°) PARAÍSO : Paraiso não é o
céu, mas sim um estado intermediano
onde os espiritos justos vão esperar a
ressurreição.
Podemos achar istci nas Escrituras
onde Cristo disse o ladrão na cruz:
“ Hoje estarás com igo no Paraiso” (S .
Lucas 23:42-43), e outra vez três dias
mais tarde quando Maria quase apal- (3
pou-O: “ Não m e toques; porque ainda
não subi ao Pai, mas vai a meus irmãos
O Lago cl(
e dize-lhes que subo para meu Pai e
vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” NoW : Eal a map# e Mna. rcprastr+atçío
d * con d ições, n io <U Lu-ga^es.
(S. João, 20:16-17). Aqui Cristo ti­
nha ido ha três dias e sobre a sua
dizemos pela palavra do Senhor, que
volta Ele declarou que não tinha esta­
nós os que viverm os, os que form os
do com Seu Pai. Onde Ele tinha esta­ deixadas até a vinda do Senhor, de
do durante os três dias? Certamente
modo algum precederem os os que já
Ele esteve onde Ele disse que ia. No
dormem; porque o Senhor mesmo des­
Paraiso! E ccm o disse Pedro: “ ...t a m ­
cerá do céu com grande brado, com
bem foi pregar aos espiritos em prisão”
voz de arcanjo e com trom beta de Deus,
(I Pedro 3 :1 9 ). e os mortos em Cristo ressuscitarão pri­
6.°-a) PRIM EIRA RESSURREIÇÃO: meiro. Então nós que estiverm os vi­
A segunda vinda de Cristo para a terra vas, e form os deixados, serem os arreba­
inaugurará a primeira ressurreição. tados em nuvens juntam ente com eles
“ Pois se crem os que Jesus m orreu e ao encontro do Senhor nos ares; e assim
ressurgiu, assim tambem Deus trará com ficarem os sempre com o Senhor” (I
Jesus os que n’Ele dormem. Isto vos Thess. 4 :14-17).

— 228 —
que tinham sido decapitados porr amor
antos dos Ú ltim os Dias do testemunho de Jesus e da palavra
de Deus, e os que não adoraram a bes­
ta nem a sua imagem, e que não rece­
Divindade beram a marca na testa nem na mão;
eles viveram e reinaram com Cristo
mil anos. Os outros mortos não v ive­
ram até que fossem cumpridos os mil
anos. Esta, é a primeira ressurreição.
Bemaventurado e santo é o que tem
parte na primeira ressurreição; sobre
estes a segunda m orte não< tem poder,
mas serão sacerdotes de Deus e de Cria-
to, e reinarão com ele durante os mil
anos” (A poc. 2 0 :1 -6 ).
Durante esse tempo paz e contenta­
mento abundarão no mundo todo, com
Cristo e os virtuosos ressuscitados mi­
nistrando liberalmente para os desejo­
sos e necessitados. Verdadeiramente
será com o o profeta Isaias disse: “ O
lobo habitará com o cordeiro, e o leo­
pardo se deitará ao pé do cabrito; o
bezerro, o leão novo e o animal ceva­
do andarão juntos, e um menino pe­
quenino os conduzirá. A vaca e a ursa
pastarão, as suas crias se deitarão jun­
tas e o leão comerá palha com o o boi.
A criança de peito brincará sobre a
toca do aspide, e a criança desmamada
meterá a mão na cova do basilisco. Não
farão dano nem destruirão em todo o
meu santo monte, pcrque a terra será
cheia do conhecimento de Jeová, assim
com o as aguas cobrem o mar” (Isaias
11:6-9).
5.°-a) SEGUNDA RESSURREIÇÃO:
7 ° ) MILÊNIO: “ Vi um anjo des­ A ressurreição não é som°nte para os
cendo do céu, tenda a chave do abismo justos, mas tambem para aqueles que
e uma grande cadeia na mão. Ele se têm sido pecadores. “ Não vos maravi­
apoderou do dragão, da antiga serpen­ lheis disto, porque vem a hora em que
te, isto é do Diabp e Satanás, e o amar­ todos ois que se acham nos tumulos, ou­
rou por mil anos, e o lançou no abis­ virão a sua voz e sairão: os que fize­
mo, do qual fechou a porta e a selou rem o bem, para a ressurreição da vida;
sobre ele, para que elp não enganasse e os que praticaram o mal, para a res­
mais as nações até que fossem cumpri­ surreição do juizoi” (S. João 5:28-29).
dos os mil anos; e depois disto cumpre 8.°) JULGAMENTO FINAL: De­
que ele seja solto porr um pouco de tem ­ pois da segunda ressurreição todos que
po. Vi tambem tronos, e se assenta­ viveram na terra desde o tempo de
ram sobre eles, e foi-lh es dado o p o­ Adão devem ficar na presença de Deus
der de julgar. Vi as almas daqueles (Continua na pág. 236)

— 229 —
ESCOLA Do m i n i c a l

VERSO SACRAM ENTAL PAR A O


MÊS DE OUTUBRO ELDER ROBERT E GIBSON

Digna-Te, ó! Deus, nos assistir Ensaio de Canto para o mês de Ou­


Nesta hora de oração; tubro: “ Hino de Despedida” — Hiná-
E Teu amor faz sentir rio — página 31.
Em cada coração.
MENSAGEM AOS PROFESSORES
D A ESCOLA DOMINICAL

Per Presidente George A lbert Smith

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos que êles adquiram um conhecimento


dos Últimos Dias fo i organizada por da Missão Divina de Jesus Cristo, nosso
mandamento direto de nosso Pai Ce­ Salvador. O convite mais nobre que
leste. Sôbre a pedra da revelação esta pode ser dado a uma pessoa, é ser cha­
Igreja fed fundada e por revelação tem mado como um professor para ajudar
sido guiada. José Smith, Jr., foi cha­ construir um testemunho assim no seu
mado por Deus a ser Seu profeta e por aluno, quer jovem ou idoso. A os pro­
êle o Santo Sacerdócio de Melquisedec, fessores na Escola Dominical eu gosta­
que é o poder de Deus delegado acs ria citar as palavras do Presidente A n -
homens para agirem em Seu nome, ftfi thon H. Lund, o falecido Primeiro Con­
restaurado à terra. Por este Sacerdó­ selheiro de nossa Igreja: “ Estudai os
cio, cada ordenança do Evangelho de meios e modes melhores de alcançar os
nosso Senhor Jesus Cristo, que é ne­ corações dos homens com as verdades
cessária para a salvação dos filhos dos convencedoras do Evangelho, e deixai
homens, é administrada autoritària- os seus melhores esforços serem dirigi­
mente. dos a construir o Reino de Deus. Sêde
Uma das funções mais importantes puros em pensamento, prudentes em
desta Igreja é o ensinamento do Evan­ palavra, e sábios em ação. Enchei as
gelho para que as suas doutrinas vossas mentes com o conhecimento da
possam ser feitas compreensíveis a to­ palavra de Deus e procurai diligente­
dos os membros da Igreja. Às Escolas mente possuir o espírito do seu chama­
do.”
Dominicais têm sido dado este privi­
légio glorioso; por conseguinte, organi­ Eu tenho certeza que se fizerem isto,
zaram departamentos na Escola Domi­ serão capazes de manter seus alunos
nical afim de que todos possam rece­ com o pão da vida. Tambem, eu oro que
ber estes ensinamentos de acôrdo com sejam capazes de modelar suas vidas de
maneira que por todos seus anos anda­
as suas idades e capacidades. O pro­
pósito maior da Escola Dominical é o rão no caminho da justiça e receberão
de pôr um testemunho permanente no Vida Eterna, o dom de nesso Senhor.
coração de todos os estudantes afim de Reg

VOCÊ JÁ LEU “ III NEPHT

— 230 —
COMO A SOMBRA DUMA GRANDE ROCHA
Por C. Franlc Steele

Há alguns anos eu atravessei um de­ modificando-os, modelando-os à imagem


serto no meio do qual levantou-se uma de Deus.
grande rocha. Poderia até chamá-la Cristo revela Deus aos homens. Mas
montanha. Lá estava naquele mundo Ele faz mais. Revela os homens a si
de areia, resistindo aos ventos turbi- próprios. Ele falou com o Filho de Deus
Ihonantes e enfrentando tôdas as cor­ e tambem como Filho do Homem. Hoje
rentes e çontra-correntes. À base da­ Ele fala ao mundo pela Sua Igreja —
quela rocha encontramos lugares Igreja de Jesus Cristo dos Santcs dos
calmos, agua, plantas; lá havia vida. Últimos Dias — e ela é semelhante a
E, enquanto contemplávamos a rocha, uma grande rocha, refletindo o poder
ficámcs impressionados pela sua fôrça, e majestade de Deus.
poder, pelos seus braços protetores, e A Igreja oferece paz aos homens.
lembrámos das palavras de Isaías: Por ela o convite vem de nosso Se­
“ E será aquele V a r ã o ... como a som­ nhor: “ Vinde a mim, tcdos os que es­
bra duma grande rocha em terra se­ tais cansados e oprimidos, e eu vos ali­
denta” (Isaías 3 2 :2 ). viarei.” Ela chama os homens à uni­
Ao contemplar aquele novo e melhor dade de fé, a um Deus, a uma fé e a
mundo nos esperamos executar as pa­ um batismo. E’ a única instituição
lavras do Profeta são tão impressonan- firme do mundo hoje.
tes como nos seus dias. A chamada é Agora mesmo ouvimos muito a res­
para os homens, homens como a rocha peito da unidade Cristã. A fraqueza
na terra sedenta. Um homem assim do Cristianismo dividido foi previsto
enfrenta com confiança e calma tôdas hà muito tempo. A multiplicidade de
as tempestades. Ele não tem medo. É seitas e denominações, desarcordo nos
cheio de compaixão, de amor pelos fra­ pontos doutrinais, competição no tra­
cos. Não é influído por “ todos os ven­ balho missionário — tudo isto tem en­
tos de doutrina” . Ele pensa claramen­ fraquecido admissivelmente a • frente
te, o que pode ser mais importante nes­ Cristã. Recentemente na minha cida­
tes dias de confusão, incerteza, e medo? de — no Canadá — houve um m ovi­
Fica firmemente nos seus princípios, mento de união da Igreja da Inglaterra
nunca se compromete ccm o mal; é no Canadá e a Igreja Unida do Cana­
leal, e ama a Deus. Quando ele entrar dá. Um clérigo episcopal anglicano fez
huma sala sentimos instintivamente: esta confissão: “ A Igreja Anglicana
“ Aqui há um grande homem!” está numa posição perigosa porque o
No governo temos necessidade de Protestantismo é uma força desinte-
tal homem; tambem na Igreja, homens grante. O mundo é forte demais para
que ficam como “ a sombra duma gran­ uma igreja dividida, e é a vontade de
de rocha na terra sedenta.” Há muito Deus que a igreja seja restaurada à
naquela palavra “ sombra” , porque unidade.”
como nós achámos descanso, conforto e Ao mesmo tempo numa igreja pró­
paz na sombra daquela rocha poderosa xima, um ministro da Igreja Unida do
do deserto, assim tambem achamos fo r ­ Canadá discutiu uma base possível
ça e conforto na influência duma gran­ para unidade entre as duas comunhões.
de personalidade. O argumento mais Ele viu algumas dificuldades, mas tam­
eficiente para o Evangelho de Cristo, bem viu a necessidade de unidade de­
é a vida dum homem que vive verda­ vido a um “ secularismo crescente” no
deiramente. Nele vemos o Evangelho mundo. A Igreja Unida do Canadá é
atuando sôbre os homens, guiando-os, (Continua na pág. 238)

— 231 —
PRIMARIA
E O MESTRE SORRIU

Por Alda C raw ford Call.

Muitos, m uitos anos atrás, residia as m anhãs, Pedro tendo ao seu lad o
na Palestina, a terra de Jesus, um m e­ M ariazinha, observava sua m ãe ir em
nino de nom e Pedro e sua irm ãzi- direção ao m ercado e êle p rom etia a
nha Maria. Pedro tinh a doze anos de si m esm o que, m ais dia m enos dia,
idade e era um forte h om en zin h o. haveria de prover o sustento de sua
Mas, M aria era doen tia e n ão era mãe e irm ã.
m uito desenvolvida para um a m en i­ L ogo após a partida de sua g en ito-
na de oito an os. M ariazinha jam ais ra, P edro se ocu pava com os afazeres
tinha visto a luz do sol ou as aves, da ca sa . Ele penteava os lindos c a ­
as plantas ou sua form osa mãe. Eles ch os de M aria e depois saía para tra ­
residiam num a m inúscula casin h a de balhar no p om a r. Enquanto cu id a ­
barro, p róxim o da grande cidade de va das árvores fru tíferas, narrava
Jerusalém . Apesar de serem e x tre­ histórias para M aria — n ã o histórias
m am ente pobres, sua casinha estava com o as que vocês con ta m às suas ir -
sempre asseada e havia a toda hora, m ãzinhas, m as histórias que disser-
alegria entre êles, o que resultava um tavam sôbre as belezas da natureza
am biente sem pre feliz. e o quão bela era a m ãe de am bos —
belezas tôdas essas que eram negadas
Alguns anos antes de acon tecer o
a M ariazinha ver. Sem pre que Pedro
que vam os contar, o pai de Pedro e
com eçava a fa la r sôbre as coisas que
Maria tinh a con traid o um a e n fe rm i­
via, M ariazinha tin h a o m esm o c o ­
dade e em conseqüência falecera. Ele
m en tário: “ Ah, eu desejaria ta n to ver
tinh a deixado para os seus apenas um
tudo o que você me descreve, com
terrãozinho de terra, onde florecia um
meus próprios olh os. V ocê, Pedro,
pom ar.
deve ser belo, porque é b om .”
P ara que pudessem prover seu sus­ O utro a fazer que P edro se predis­
tento, era necessário que sua m ãe v e n ­ punha a execu tar diariam ente era o
desse a safra do pom ar n o m ercado de buscar um ja rro de água, na cis­
de Jerusalem . Pedro aju d ava a c o ­ terna pública. Na ép oca de nossa
lher as fru tas das árvores tôdas as história, h avia na P alestina grande
noites e após selecion á-las, êle as c o ­ escassez de água p otável e, portanto,
locava n um a cesta, que sua m ãe ca r­ as fon tes que existiam eram poucas.
regava n a cabeça. Ela levantava C onsequentem ente, torn ava-se n eces­
ced o tod as as m an h ãs para assim o b ­ sário, algum as vêzes, v ia ja r longe
ter um bom lugar na fe ira . T odas (Continua na pág. 237)

— 232 —
SOCIEDADE DE SOCORRO

“ FALAR C O N V E N IE N T E M E N T E ”

“ Somente vos recomendo que vos


porteis conforme o evangelho de
Cristo” . — (Filipenses 1 :2 7 ).

“ Um mexpressado pensamento pode cair Francis M. Lyman considerou o falar


no esquecimento; mas depois de ex­ decente, uma das mais importantes nor­
pressado, nem Deus pode matar as mas de vida, as quais os Santos dos
suas causas e tormentos” . Últimos Dias são ensinados a viver. Êle
Will Carlton. aconselhou aos Santos dos Últimos Dias
a não falarem mal de homem algum,
mas que procurasse desculpar as fa l­
O falar é a comunicação verbal entre
tas apontadas contra os outros, e na
um homem e outro. Pode ser comum e
ocasião propícia falassem todo o bem
degradante; pode ser ordinário, ou pode
que soubessem a respeito dêles.
ser suave e súblime. Revela o que a
Joseph F . Smith advertiu: "Procurai
mente encerra, os desejos do coração, as
o bem nos homens; construí o bem; sus­
solicitações secretas, a insignificância ou
tentai o bem, e falai o menos de mal
grandiosidade da alma humana. O falar
que possivelmente puderdes. Não faz
adequado e gracioso, revela a senhora
bem algum m agnificar o mal, fazer pú­
ou o cavalheiro; quando grosseiro e pro­
blico o mal, ou promulgá-lo pela língua
fano, indica e prova uma baixa educa­
ou pela pena.”
ção. 0 falar é um poder em qualquer
Em cada um de nós existem poderosos
departamento das relações humanas.
impulsos e vontades, que motivam o nos­
Quando a fúria e maldade do coração
so procedimento e julgamento, que in­
humano são transformadas em palavras
sistem em serem satisfeitos. Também
e atiradas com violência, o falar tem o
encontramos muitas vezes satisfação
poder de abater o espírito das pessoas;
atravéz d e %uma língua desenfreada,
enquanto que as palavras dirigidas com
não considerando a destrutividade de tal
amor e entendimento faz-nos sentir qua­
procedimento para ambos, o que fala
si semelhantes a Deus em força capaz de
e os outros.
vencer o mal e em pcder de ir sempre
Em corrigir êsse hábito devemos reco­
avante.
nhecer que é a personalidade que entra
Conversações modeladas no Evangelho aí em jo g o . Nossas expressões verbais
de Cristo eliminam tudo o que seja gros­ desenfreadas são uma espécie de liber­
seria maldades ou maneiras más. Pro­ dade emocional. Por detráz delas usual­
fanação, criticismo, murmurações, ca­ mente encontramos pequenos ciúmes,
lúnias, são inconvenientes aos Santos vaidades feridas, um senso de injustiça,
dos Últimos Dias. Nossos líderes cons­ um comportamento obstruído, ou um
tantemente nos advertem para que nos complexo de inferioridade.
guardemos das nossas línguas. Brigham Si nossa conversação deve ser mode­
Young aconselhou: “ Não deixe a tua lada no evangelho de Cristo, devemos es­
língua dar acesso ao mal que está em tar seguros de que nossas atitudes fun­
teu coração, mas ordena à tua língua que damentais estejam certas. Devemos
se cale até que o bem prevaleça sôbre aproximar nossas relações com o nosso
o mal. (Continua na pág. 23!i>

— 233 —
I

SACERDÓCIO

REQUERIM ENTOS DO SACERDÓCIO


A R O N IC O ...
(Continuação)

ORDENAÇÕES: Todas as pessoas que dos Sacerdotes, Mestres ou Diáconos deve


recebem a autoridade do Sacerdócio de­ falar, cinco minutos, cada semana numa
vem obtê-la por ordenação “ pela impo­ reunião Sacramental. O assunto da pa­
sição das mãos” daqueles que já rece­ lestra tem que ser estudado completa­
beram a autoridade legitima e divina. mente para dar bons resultados. Pode
E ’ uma coisa bôa traçar a autoridade da se cultivar o hábito de usar sua mente
pessôa que vos ordenou. Sacerdotes tem e memória.
a autoridade para ordenar outros Sacer­
CUIDADO DA PRO PRIEDADE DA
dotes, Mestres ou Diáconos, quando
IG R E JA : O Sacerdócio Aaronico é res­
chamados a fazer isso pelos Elders, po­
ponsável pelas coisas temoprais da vida.
rem, nem os Mestres nem os Diáconos
Consequentemente, o cuidado da capela
possuem autoridade de impor as mãos
ou do salão e dos terrenos da Igreja é
pelos dons espirituais. Lembrem-se de
uma parte de seus trabalhos. Ainda que
que uma pessôa pode possuir a autori­
tenham um empregado da Igreja, os
dade para ordenar outros, mas isto pode
ser feito sómente sob a direção dos o fi­ membros do Sacerdócio podem fazer mui­
to. Devem sentir a responsabilidade di­
ciais.
reta de ver que tcdas as coisas estão em
ORAÇÃO E ORATORIO PÚBLICO:
ordem na Igreja.
Todos os membros do Sacerdócio Aaroni­
co devem aprender a oferecer a primeira PRE SEN ÇA NAS R E U N IÕ E S: E’
e a última oração das reflniões públi­ esperada dos membros do Sacerdócio, a
cas. Não é necessário fazer orações sua presença, regularmente, nas reuniões
compridas. Orações apropriadas são as sacramentais, tanto como na reunião se­
mais desejáveis. A primeira oração deve manal do Sacerdócio. Devem também
expressar, essencialmente, a gratidão ao assistir a Escola Dominical, e as outras
Senhor pela oportunidade de se reuni­ reuniões das organizaçõèfe auxiliares. O
rem; e um desejo pela guia do Espirito propósito da sua presença nestas reu­
Santo durante a reunião. A última ora­ niões não é, simplesmente, estar presen­
ção deve expressar a apreciação pelas te, mas sim aprender mais do Evangelho,
coisas faladas e feitas na reunião. Di­ aprender a reconhecer a influência do
rigir-se ao Senhor dizendo: “ Nosso Pai Espírito de Deus, e obter treinamento no
que estás no Céu.” Todas as orações de? governo da Ig reja . Pois, não se pode
vem ser oferecidas “ no nome do Senhor ser um cidadão do Reino de Deus a
Jesus Cristo” . Os membros devem procu­ menos que se saiba algo do Governo
rar o espírito de oração e não simples­ dele. Mais tarde, devido ao progresso no
mente proferir palavras vagas. Sacerdócio, vocês podem dirigir tais reu­
Os membros devem se preparar para niões. Um treinamento desses, através
falar nas reuniões Sacramentais. Um da assistência regular nas reuniões, to­

— 234 —
mando parte nas diversas funções da rem, que os beneficiados não fiquem em­
Igreja, será muito proveitoso, tanto nas baraçados. Em outras palavras, eles não
atividades civis quanto nas da Igreja. devem sentir que estão ganhando assis­
AJUDANDO AS VIÚ V AS E OS DE­ tência, mas sim que estão obtendo um
MAIS N E CE SSITA D O S: Esta é uma serviço benvindo. Considerem este pro­
atividade que pode ser realizada pelo blema nos seus grupos Sacerdotais.
grupo Sacerdotal inteiro. Já foi feita Ajudemos as viúvas, os pobres e neces­
mui efectivamente. Toma cuidado, po­ sitados tanto quanto possivel.

Lições para os grupos Sacerdotais


PRIM E IR A SEM ANA DE NO VEM ­ Pontos para a discussão:
BRO: 1. Arrependimento.
2. As virtudes da humildade, genti­
“ Alma, o Grande Sumo Sacerdote
leza, diligência, longanimidade e
Nephita” .
paciência.
Capítulo 5 de Alma — Livro de Mór­
3. Fé, esperança e caridade.
mon.
Pontos para a discussão: T E R CE IR A SEM AN A DE NOVEM ­
1. O que é a Salvação? BRO:
2. Nascimento Espiritual. (Mosiah
“ Dureza de Coração” .
5:7, Mosiah 27:24-27, S. João
Capítulo 8 de Alma — Livro de Mór­
3 :5 ). mon.
3. O Tribunal de Deus e os requeri­
Pontos para a discussão:
mentos do Evangelho. 1. Comparação entre o povo Nephi­
4. O Bom Pastor.
ta e os povos de hoje em dia.
SEGUNDA SEM AN A DE NOVEM ­ 2. A guia do Senhor pelos seus an­
BRO: jos.
3. O mandamento e a profecia.
“ A Cidade de Gideon” .
Capítulos 6 e 7 de Alma — Livro de QU AR TA SEM AN A DE NOVEM BRO:
Mórmon. “ Hora livre” .

Falar C onvenientem ente G eorge F. R ichards

semelhante com um largo senso do que ropéia. Em 1921 ele fo i designado


seja certo e do que seja errado. De­ para ser o presidente do T em plo na
vemos focalizar a nossa vista, não sô­ Cidade do Lago Salgado, e ficou com
bre o que esteja mau ou errado, mas este cargo até 1945, quando foi desig­
sôbre o que esteja direito ou que seja nado para Presidente do C onselho dos
bom. doze apóstolos.
Devemos praticar a doutrina de amor A inda m uito ativo nos trabalhos do
do Mestre. Então, sabedores das nos­ Senhor, o A póstolo R ich ard s tem um
sas próprias fraquezas, deveremos es­ lugar m uito especial nos corações de
forçar-nos para que nossas próprias vi­ todos os Santos dos ú ltim os Dias.
das possam ser capazes de suportar a
mais rígida inspeção.
“ Mede-se um homem pelo tamanho da “ Os argumentos expostos com bran-
coisa que o obriga a dizer uma mesqui­ dura e calma são os mais convincen­
nhez ou uma coisa pequenina” . tes.”

— 235 —
A F ilosofia da Vida 9.°) O LAGO DE FOGO é a últi­
e serem julgados pelas suas obras na ma consignação dos filhos da perdição,
carne. os unicos em quem a segunda morte
O Apóstolo João pre-disse este ju l­ terá poder, e os quais não serão redi­
gamento. Ele está registrado em A po­ midos no devido tempo do Senhcr.
calipse 20:12: “ Vi tambem os mortos, Seus tormentos e castigos serão conhe­
grandes e pequenos, em pé diante do cidos somente àqueles que tomaram
trono; livros foram abertos, e foi aber­ parte. (D. & C. 76:31-48).
to outro livro: que é o da vida; e fo ­
10.°, 11.° e 12.°) TRÊS GRAUS DE
ram julgados os mortos pelas coisas
GLORIA: Se vamos ser julgados “p e ­
que estavam escritas nestes livros se­
las nossas obras” então cada um de nós
gundo as suas obras. O mar entregou
receberá uma recompensa ou gloria
os mortos que ele havia; a m orte e o
diferente, pois não há duas pessoas que
Hades entregaram os mortos que neles
tenham exatamente as mesmas obras.
havia; e cada um foi julgado segundo
as suas obras. A morte e o Hades fo ­ O Apóstolo Paulo fala sobre estas
ram lançados no lagoi de fogo.” diferenças na sua primeira epístola aos
Corintios 15:39 “ Nem toda a carne é
8 °-a ) SEGUNDA MORTE: Aque­
a mesma carne, mas uma é a dos ho­
les que recebem a segunda morte, os
mens, outra a dos animais, outra a das
filhos da perdição são jogados no lago
aves e outra a dos peixes. Tambem
com Satanás e seus anjos. Eles são
há corpos celestes e corpos terrestres;
aqueles que têm um perfeito conheci­
mas uma é a gloria dos celestes, e ou­
mento que Jesus é o Cristo e livre­
tra a dos terrestres. Uma é a gloria
mente negam-O, desrespeitando-O. Este
é o pecado imperdoável. Cristo disse: do sol, outra a gloria da lua e outra a
gloria das estrelas; porque uma estre­
“ Por issoi vos declaro: Todo o pecado
la difere de outra em gloria. Assim
e blasfêmia serão perdoados aos ho­
mens, mas a blasfêmia contra o Espi­ tambem é a ressurreição dos m ortos.
Semeia-se em corrupção, é ressuscitado
rito não lhes será perdoada. A o que
em incorrupção
disser alguma palavra contra o Filho
do Homem, isso lhe será perdoado; p o­ A qui Paulo nos dá três classificações
rém ao que fálar contra o Espírito San­ maiores concernente à nossa gloria de­
to, não lhe será perdoado, nem neste pois da ressurreição. Uma ele com pa­
mundo nem no vindouro” (S. Mat. ra à gloria d o sol, outra à gloria da
12:31-32). lua e outra à gloria das estrelas. Isto
O Apóstolo Paulo disse: “ Pois é im­ ainda está em harmonia com seus en­
possível que os que uma vez foram ilu­ sinamentos em outra passagem, em
minados e provaram o dom celestial, II Corintios 12:2 ele diz: Conheço um
e se tornaram participantes do Espirito homem em Cristoi que hà quatorze anos
Santo, e provaram a boa palavra de (se no corpo não sei; se fóra do corpo.
Deus, e os poderes do mundo vindouro, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado
e depois cairam; impossível é renová- até o terceiro céu.” Se há um “ tercei­
los outra vez para o arrependimento, ro céu ” , certamente deve haver tam­
visto que eles crucificam de novo para bem um primeiro e segundo.
si o Filho de Deus e o expõem à igno­ Maior conhecimento e mais detalhes,
mínia” (Heb. 6 :4 -6 ). concernentes ao nosso estado depois da
Concluímos disto que para se tornar ressurreição foi revelado em uma visão
um filhei da perdição a pessoa devia ao Profeta José Smith e Sidney Rigdon,
ser muito virtuosa. Em outras pala­ Nesta visão eles viram a gloria do
vras, quanto mais o conhecimento das Grau Celestial, que é comparavel à glo­
coisas divinas, quanto mais será a con­ ria do sol. Aqueles que recebem essa
denação ao pecar. gloria são os da Igreja do Primogênito;

— 236 —
aqueles que receberam o testemunho aqueles que são merecedores, ainda que
de Jesus, que foram batizado?, que re­ do menor grau de gloria, a receberão.
ceberam o Espirito Santo, e permane­ Quando somos uma vez colocado em
ceram fieis até o fim. um grau de gloria não podemos ir do
menor para o maior grau. Somente
Depois eles viram a gloria do Grau
aqueles que herdam o grau Celestial
terrrestre, que é ccm paravel à gloria
estarão na presença de Deus. Os ou­
da Lua. Aqueles que recebem este
tros poderão receber uma parte da G lo­
grau são os que têm sido honestos no
ria de Deus por meio da ministração
mundo, que têm sido cegados pela as­
daqueles que são merecedores de uma
túcia dos homens. Eles não negaram a
gloria maior, porem onde Deus está,
Cristo, porem suas obras não foram su­
eles nunca poderão ir. Vejam que so­
ficientes para merecerem a gloria
mente os verdadeiramente humildes e
maior.
penitentes são salvos na presença de
Depois desta cena eles viram a glo­ Deus.
ria do Grau Teleste como a gloria daa
Neste diagrama e discussão eu tenV^i
estrelas do firmamento. Aqueles que
ilustrar que a vida é um eterno circulo,
recebem este grau são os que não re-
como progredimos através de variaa
cebram o testemunho de Jesus, que não
fases de desenvolvimento, aprendendo
negaram o Espirito Santo, porem foram
preceito sobre preceito, linha sobre li­
mentirosos e se deleitaram em todaa nha, um pouco aqui, um pouco ali, fi-
as especies de maldade. Estes são aque­
nalmehte completando o ciclo da vida
les que foram conservados no inferno por entrar de volta à presença de Deus,
durante o milênio que Cristo reinou para habitar para sempre, e em fazen­
pessoalmente na terra. (D. & C. 76:
do tal nós nos tornaremos com o Deus
50-119) . e seremos Deuses, ainda os filhos de
Através desta visão vemos com o o Deus.
Senhor providencia para tcdos os h o­ E eu digo-vos que sei que estas ccá-
mens e que somente aqueles que ne­ sas são verdadeiras, e eu humildemen­
gam o Espirito Santo são completamen­ te oro que vivam os nestas verdades
te atirados fora e não recebem parte que recebemos; e podemos receber a
alguma da gloria de Deus, e permane­ plenitude da alegria quando nos encon­
cem com Satanás e seus anjos por toda trarmos nci Reino do nosso Pai que está
a eternidade. Enquanto que todos no céu. Amém.

E o M estre Sorriu nha apreciado um hom em que grita ­


va, à plena fo rça dos pulm ões: “ V e-
para obten ção de água. Felizm ente ja m -m e , eu era aleijad o e o Mestre
existia um a dessas fon tes nas p ro x i­ me orden ou que me levantasse e a n ­
midades da casa de Pedro. Depois de dasse” .
algum tem po, e talvez depois de a l­ “ Quem é êste M estre?” p ergu nta­
guns potes quebrados, Pedro já podia
ra m -lh e .
gabar de ser um perito n a d ifícil arte
“ Alguns o ch am am de N azareno” ,
que é a de equilibrar o referid o pote
disse o curado. “ Ele é um grande
de água sôbre a ca b eça . Dessa m a ­ M estre” . E con clu in do, disse Pedro
neira dirigia-se Pedro nesse dia para
— “ Se Ele fez com que aquele hom em
a fon te.
andasse, então Ele pode lhe restituir
Voltou para casa excitado, balbu - a vista” .
ciando, e con tou à M ariazinha o que “ Pedro, ah P e d r o !” , m urm urou M a­
tinh a visto n a fon te. C ontou que ti- ria.

— 237 —
Alguns dias m ais tarde, n ova m en ­ A m ultidão se com prim ia e tugia de
te P edro voltou excitado, dessa vez tal m odo que dentro em pouco, P edro
sem trazer a água. Disse “ Eu o vi, e M aria se tinham m isturado ao res­
M aria; ele estava na fon te a ensinar to do povo e apezar de esforçarem -se,
o povo, e agora eu ten h o absoluta ce r­ fo i-lh e s im possível voltarem ao lugar
teza de que ele a pode cu rar. A m a­ p rim itiv o.
nhã, M aria, ele vai a Jerusalem e nós Iria o Mestre passar, sem n otar M a -
vam os p ro cu rá -lo ” . riazin h a? Desesperado e quasi c h o ­
Nessa noite êles con ta ra m os seus rando, Pedro levantou M aria sôbre
planos à sua m ãe; esta, n o entanto, seus om bros, num a derradeira ten ta ­
m eneou a cabeça tristem ente. “ Meus tiva e gritou: “ M estre! E i-la! F aça
filhos, êsse h om em é capaz de ser um com que M aria possa v e r !!”
im p ostor. Pode ser que tudo não O M estre olh ou em direção do g ri­
passe de ilusão” , disse ela. to — prim eiro para P edro e seus o lh os
“ Mas eu o v í ! ” , disse Pedro. suplicantes, e após para M aria.
E o M estre so rriu . . . L ogo em se­
guida a m u ltidão os en golfou e em
Pedro e M aria estavam sentados sob breve, P edro e M aria fica ra m atrás.
um a fron dosa árvore ao lado da casa,
Pedro, eu v e jo ! Eu vejo! Eu v e jo
quando Pedro notou um a aglom era­
as flores e o povo! A grad eçam os-
ção de pessoas às portas da cidade.
lh e !”
“ V enha irm ã, vam os ver se o M es­
tre está lá ” . E assim fizeram . Em bora tentassem o dia todo, n ã o
Q uando alcan çaram os portões, lhes fo i possível ch egar su ficien te­
eles depararam com a m ultidão a m ente perto do M estre para lhe a g ra ­
can tar e gritar e alguns até corriam decer e, assim, voltaram para casa,
ao lon go da estrada. P or todos os la ­ correndo, indo deparar com sua m ãe,
dos se faziam com en tários sôbre o que já vinha à sua procura, p re o cu ­
M estre. A brindo cam inh o por entre pada. M aria, largou a m ão de P e­
o povo, Pedro conseguiu se postar bem dro e correu ao en con tro da m ãe; esta
à fren te da m ultidão, com sua irm ã - prendeu a respiração, tem endo que
zinha, onde percebeu alguém vin do Maria fosse tropeçar e cair. Porque
pelo cen tro da estrada, m on tan d o tinh a Pedro deixado M aria correr s o ­
num burrinho. zin h a?
A m ultidão ca n ta va e pessoas sa ­ “ M amãe, m am ãezinha, eu a vejo. O
cu diam folh a s de palm eiras, en quan ­ Mestre sorriu e eu v í” !
to crian ças atapetavam o cam inh o à A m ãe caiu de joelh os em terra, c o ­
sua passagem , com flores. lheu sua filh in h a nos braços e c h o ­
A m edida que Ele se aproxim ava, rou . Então todos os três se a jo e lh a ­
P edro viu o M estre: Que expressão ram e fizeram um a prece de graças.
tristonha pairava sôbre sua fa ce ! Com
que carin h o ele olh ava às crianças! Traduzido por R olf W yler.

C om o A Som bra dum a G rande R ocha a urgência de ação cooperativa contra


o impacto do materialismo é reconhe­
o produto duma união, em 1925, das cida.
Igrejas Metodistas, Presbiterianas, e Foi a esperança de nosso Senhor que
Congregacionais no domínio do Cana­ Seus discípulos fossem unos. Foi uma,
dá. O espírito de unidade Cristã, eu a Igreja de Cristo no princípio da dis­
tenho ncitado no Canadá, é manifesta­ pensação dos apóstolos; as divisões ras-
do em tôdas as partes do mundo onde ( Continua na pág. 240)

- 238 —
CAMPINAS ju gados dos seus m em bros, essa g ra n ­
de realização n ão teria passado de
Em virtude do enorm e trabalho dos
castelos n o ar. C om o de costume,
m issionários nos três últim os mêses.
fo i usado o am plo salão do m ais m a -
este R am o tem passado por um a fase
gestoso hotel de Cam pinas, dentro de
de progresso verdadeiram ente n o tá ­
um am biente puro e refinad o, e a o r ­
vel, fa to este provado pelos in ú m e­
questra fez-se ouvir trazendo a todos
ros batism os realisados em C am pi­
os presentes um desejo irreprim ivel
nas. A estas pessoas, cu jo s nom es
de divertir-se a valer sem fu gir aos
seguem abaixo, querem os expressar
sábios preceitos do E vangelho.
os nossos m ais sinceros cu m p rim en ­
tos e desejar que o S enhor na sua O salão en con tra v a -se orn a m en ta ­
Eterna B ondade os abençoe rica m en ­ do a carater e as flores ao redor do
te. Eis, p ortan to, os seus nom es: tron o da rain h a davam a im pressão
de que tudo era um S on ho R ea l. Sua
V ictor Azevedo Lemes. M ajestade a R ain ha M aria Am elia
D oracy M arlene M atheus. A ranha P enteado apresen tou -se lin ­
Curtis Ezele Thom as. dam ente tra ja da e na verdade, sua
R obertina K uillin Thom as. entrada triun fal no salão deu ao povo
Aline R obby Thom as. a idéia de que um a verdadeira repre­
Arlette K uillin Thom as. sentante real os visitava.
D janira Oliveira. P erto de 200 pessoas en con tra v a m -
Layssez Odette Santos Puya. se presentes, e todos fora m unanim es
Clarisse M arotta. em afirm ar que d ificilm en te assisti­
R enato W e ffo rt. ram a um baile tão p erfeito, quer na
Joaquim Cam pos Nogueira. parte con cern ente a divertim entos,
R egina Cam pos Nogueira. quer no respeito e m oralidade obser­
vados.
Deste grupo 3 pessoas fora m bati-
S en tim o-n os gratos a Deus p or essa
sadas n o dia 4 de Setem bro e c o n fir ­
oportunidade, pois pudem os d e sfa r te
m adas n o dia 5, na reunião especial
m ostrar ao povo a verdadeira m an ei­
em hom en agem ao Pres. do R am o
ra de se divertir sem ofen d er ao
Elder A lfredo Lim a Vaz que despediu-
Nosso B ondoso Pae.
se de todos para fix a r residência nos
Estados Unidos, onde irá estudar na
“ O QUE FAZEM OS”
U niversidade de B righam Y ou n g.

A Caridade — princípio lógico de


BAILE AURI-VERDE
tôdas as virtudes — é o maior ideal do
Pela segunda vez o R am o de C am ­ coração humano quando se faz desin­
pinas realisou o baile acim a, que, teressadamente, quando se exerce sem
aliás, fo i coroad o de um exito sem êsse orgulho tolo que tanto envaidece
precedentes em toda a sua h istória. quem a pratica e tanto humilha quem
Não fôra os desm edidos esforços c o n ­ a recebe.

— 239 —
“ O que fazemos” — A Sociedade So­ depois os produtos que, como o das
corro de Senhoras, que se cc.mpõe de roupas, é revertido na compra de fa ­
vários elementos femininos e que lu­ zendas para as pessoas pobres.
tam por um ideal, pode-se bem aplicar A Scciedade Socorro de Senhoras foi
a legenda acima — pois faz o bem sem fundada em Campinas, no dia 17 de
esperar recompensa, pois exerce a Ca­ Março de 1947, pela dedicada missioná­
ridade sem êsse orgulho próprio do ria Evelyn M. Beck, primeira Presi­
mundo em que se vive. dente e a quem deve o sucesso até ago­
Alí, na sua séde, durante as reuniões, ra alcançado.
são confeccionadas roupas para crian­ Atualmente, a Presidência está cons­
ças, brinquedos, bordados, pull-overs, tituída das seguintes pessoas: Presiden­
etc., os quais, após vendidos no Bazar, te — sra. Bernarda Caverni; l.a Con­
é o seu produto revertido em benefício selheira — sra. Maria Carmona; 2.a
dos pobres. Conselheira — sra. Mary D. Martins;
Durante essas reuniões, tôdas as ter- Secretária — srta. Carmela Young.
ças-feiras, enquanto as consócias exe­ Louvadas sejam, pois, tôdas as So­
cutam a sua tarefa, Elder George H. ciedades que trabalham, na medida de
Bowles aproveita a oportunidade para suas fôrças, em prol da pobreza, dedi­
dar lições form idáveis sôbre Vitaminas, cando as suas dirigentes e associadas
em cu jo mistér é auxiliado pelo Elder algumas horas de seus labores em be­
Alfredo Lima Vaz. nefício daquêles què, desherdados dos
bens materiais, vivem com dificuldade
A dirigente do programa, após essa
lição de proveito geral, ensina as con­ neste mundo.
sócias sôbre receitas de bolos, doces, Campinas, 3 de Setembro de 1948.
etc., que, bem aproveitadas, são alí
mesmo pcstas em execução e vendidos Carmela Young

C om o A Som bra Dum a G rande R ocha separa-os frequentemente. Ainda fi­


cam para todos saberem as palavras
tejaram mais tarde entre a Igreja, tra­ daquele valoroso missionário — Paulo,
zendo confusão no meio dela. Aquela na sua Epístola aos Romanos: “ O mes­
confusão existe- ainda. Homens e mu­ mo Espírito testefica com o nosso espí­
lheres em tôda a parte, pedem pão^ e rito que somos filhos de Deus.” Seria
frequentemente são lhes dado pedra. melhor se os homens em todcs os luga­
Mas há boas novas pelo mundo porque res compreendessem isto, e em com ­
a Verdade tem sido restabelecida e está preendê-lo, vivessem em acôrdo com a
sendo divulgada no mundo com o tes­ verdade que ele revela.
temunho a todos. Aqui, com certeza, é I Reg
a unidade da fé possivel para todos al-
cançá-la.
Portanto, meus amados irmãos,
“ Como a sombra duma grande rocha,”
sêde firmes e constantes, sempre
disse o profeta Isaías. E é mesmo, a in­ abundantes na obra do Senhor, sa­
fluência duma grande personalidade, no
bendo que o vosso trabalho não é
mundo é como a dita sombra, e nàs
vão no Senhor.
coisas maiores da vida, o poder da
Vigiai, estai firmes na fé; portai-
Igreja de Deus no mundo tambem é
vos varonilmente, e fortalecei-vos.
como a sombra duma grande rocha. A
religião, que tencionou unir os homens, (I Cor. 15:58 e 16:13)

— 240 —
C A R T A S AO E D I T O R
Ao Redator de “A Gaivota”.
“ Mormonismo ê, de todas as insti­
Tenho o prazer de escrever esta
cartinha, dando-lhe os meus since­ tuições que conheço, a mais perfeita
ros parabéns pela “A Gaivota” . na formação de grandes homens e
Apreciei imensamente esta revista
porque instrue a mente e beneficia a mulheres nos nossos dias” .
alma.
Uma sincera admiradora e constan­ (Palavras do imortal Presi­
te leitoras da “A Gaivota”. dente Roosevelt, ao Dr. Brossard,
ZAIRA N. SILVA. da Washington Zion Stake).
São Paulo.

QUERO SABER

Esta coluna é para o uso de nossos leitores. Si você tem questões


sobre qualquer problema da Igreja, à respeito da doutrina, história,
governo da Igreja ou procedimento, envia-as para “A GAIVOTA”,
Caixa Postal 862, São Paulo.
Todas as questões devem vir acompanhadas com o nome e o en­
dereço da pessoa. Si a questão não pode ser respondida nesta co­
luna, avisaremos o autor pelo correio.
W. J. W.

Questão — O que é o Batismo de tismo na água e naquele fogo que é o


Fogo? — F. D . Campinas. Espírito Santo, é sóm ente um Batis­
Resposta — O Batismo de Fogo é o mo. Qualquer cerimônia que não in-
Batismo do Espírito mencionado em clue os dois (batismo da água e do
S. João 3:5. Na pág. 228 do livro de Espírito) é vaga e inválida. Veja
Doutrinas e Convênios (Comentário), também S. João 1:23-35; Atos, 2 :1 -4 ;
lê-se: “ O Batismo do fogo e do Es­ M at., 3:11; Marcos, 1 :8; Lucas, 3:16;
pírito é igualmente necessário. O Ba­ Atos ,1:5; Alma, 5:14).

A CAPA

“ E não permitireis que vossos filhos tenham fom e, nem andeis nús;
nem permitireis que êles quebrem as leis de Deus, ou que briguem e
disputem uns com os outros e assim sirvam ao diabo, que é o mestre
do pecado, ou que é o espírito mau de que vossos pais falaram, sendo
êle um inimigo de toda a justiça.
Mas ensiná-los-eis a andar pelos caminhos da verdade e da mo­
déstia; e também os ensinar eis a se amarem mutuamente, e a servi­
rem uns aos outros” .
MOSIAH, 4:14-15, LIVRO DE MÓRMON.
REGRAS DE FE’
DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS


1. Crêmos em Deus, o Pai Eterno, 8. Crêmos em tudo o que Deus
e no seu Filho, Jesus Cristo e no tem revelado, em tudo o que Ele reve­
Espírito Santo. la agora e crêmos que Ele ainda re­
velará muitas grandes e importan­
2. Crêmos que os homens serão
tes cousas pertencentes ao Reino de
punidos pelos seus próprios pecados
Deus.
e não pela transgressão de Adão.
10. Crêmos na coligação literal de
3. Crêmos que por meio do sacri­
Israel e na restauração das Dez Trí-
fício expiatório de Cristo, toda a hu­
bus; que Sião será construída neste
manidade pode ser salva pela obe­
continente; que Cristo reinará pes­
diência às leis e regras do Evange­
soalmente sobre a terra, a qual será
lho.
renovada e receberá a sua glória pa­
4. Crêmos que os primeiros prin­ radisíaca .
cípios e ordenança." do Evangelho
são: Primeiro, Fé nc Senhor Jesus 11. Pretendemos o privilégio de
Cristo; Segundo, Arrependimento; adorar a Deus, Todo Poderoso, de
Terceiro, Batismo por imersão para acôrdo com os ditames da nossa cons­
remissão dos nossos pecados; Quarto, ciência e concedemos a todos os ho­
Imposição das Mãos para o Dom do mens o mesmo privilégio, deixando-
Espírito Santo. os adorar como, onde, ou o que qui-
zerem.
5. Crêmos que um homem deve
ser chamado por Deus, pela “profecia 12. Crêmos na submissão aos reis,
e pela imposição das mãos” por quem presidentes, goyernadores e magistra­
possua autoridade, para pregar o dos, como também na obediência,
Evangelho e administrar as suas or­ honra e manutenção da lei.
denanças.
13. Crêmos em sermos honestos,
6. Crêmos na mesma organização verdadeiros, castos, benevolentes, vir­
existente na Igreja primiitiva, isto é, tuosos e em fazer o bem a todos os
apóstolos, profetas, pastores, mestres, homens; na realidade podemos dizer
evangelistas, etc. que seguimos a admoestação de Pau­
lo: “Crêmos em tôdas as cousas e
7. Crêmos nos dons das línguas,
confiamos em todas as cousas” , te­
na profecia, na revelação, nas visões,
na cura, na interpretação das línguas, mos suportados muitas cousas e con­
etc. fiamos na capacidade de tudo supor­
tar. Se houver qualquer cousa vir­
8. Crêmos ser a Bíblia a palavra tuosa, amavel, ou louvável, nós a pro­
de Deus, o quanto seja correta a sua curaremos .
tradução; Crêmos também ser o livro
de Mórmon a palavra de Deus. JOSÉ SMITH.
A N 0 1 -NUM- i i J l S a iu ota
O s A p ó s t o l o
Eles fo r a m ; con d en a m -se à fom e, Onde vão? Ao rebeld e gen tio,

A penúria e do tem po ao rigor; In tra tá vel, soberbo, pugíl,

Têm do Cristo nos lábios o nom e, Onde gela o in côm od o frio,

Ao m undano poder, que os con som e, Onde a calm a su foca no estio,

C ontrapõem o pod er do Senhor. Onde a p este se espalha subtil.

Onde vão? O que valem tão p obres?


O que lhes im porta a guerra
O que avultam no m eio dos reis?
Que os h om en s e os elem en tos
.4ssás valem , avultam quaes pobres,
Lhes m ovem duros cru en tos,
Ao sop é dos palácios dos nobres
Em suas divagações?
A cruz firm am , d ecreta m as leis.
Que lhes im portam procelas

Sôbre a terra, sôbre as águas?


Mansas leis, o que o D eus vivo insinua,
E que as mais lindas estréias
Leis de am or, de celeste sa n çã o ;
Lhes toldem negros bu lcões?
Lei da terra não há que as d estru a ;

Lei da terra é tão bárbara e crúa,


Com a geral ignorância
Norma pálida e sem p erfeiç ã o !
F o rceja a verdade, lu ta ;

Aquela vacila e nuta,


Onde vão? Aos d esertos ardentes, E cái vencida a fin a l;
Onde as fera s raivadas se encaram
Já o verbo se propaga
Onde se ou vem rugidos frem en tes D e •boca em boca fe cu n d o ;
Onde n unca pululam sem en tes, É com o rola n te vaga
Onde os sóes duros raios disparam . Tangida do tem poral.

Onde vão? Aos escuros algares, Eles foram . Cum priram zelosos
Aos ca beços p on tu dos dos m o n te s ; Os d everes de sua m issão;
Vão à som bra dos longos palm ar es, Eram fr a c o s ; Deus fê -lo s fo r ç o so s ;
M uito além das balisas dos m ares, Eram tím id os; fê -lo s briosos,
M uito além dos azues horizontes. In fu n d iu -lh es celeste condão.

F r a n k i i n T á v o r
Ano I — N um . 11 Novembro de 1948

«A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00 D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior CrS 40,00
R ed a tor:..................................... João Serra
Exemplar Individual ............ CrS 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

Í N D I C E

EDITORIAL
E d it o r ia l.......................................................................Presidente Harold M. R ex 242
Maldade, Justiça e Paz P e s s o a l......................................... Richard L. Evans capa
ARTIGOS ESPE CIA IS
Pesquisador da V e r d a d e ............................................................. Joseph M. Heath 243
Exatidões de O r a ç ã o .................................................................Francis, M. Lymctn 245
O M orm on ism o........................................................................Stephen L. Richards 246
Irmandade, Am or e T o le r â n c ia ......................Presidente George A. Smith 249

A U X IL IA R E S
Escola Dominical:
Verso Sacramental — Ensaio de C a n t o ..................................................... 251
Os Nossos C a m p e õ e s ........................................................................................ 251
O! Meu Pai ........................................................................................................ 252
Prim ária:
Franz Schubert ................................................ Francês Grant B ennett 253
Sociedade de Socorro:
Unidade ................................................................................................................ 254

SACERDÓCIO
O Propósito do Sacerdócio ....................................................................................... 255
Lições para os grupos Sacerdotais .......................................................................... 256

VÁRIOS
Evidências e Reconciliações:
Recebe a Igreja Revelações H oje em Dia Como
As Recebeu na Época de José Smith? ...................... Joãa Widtsoe 258
O Rumo dos Ramos ...................................................................................................... 263
Os Apóstolos (Poesia) Franklin Tavora capa
EDITORIAL

Domingo, o Dia do Senhor


rfos
vfrj '■*-

O Senhor nos mandou conservar um dia em sete para um fim


cjp especial. Se os ncssos atos não forem de acôrdo com o propósito
ju, desse dia, o mal nos acompanhará
Podemos ver a enfase especial empregado por Deus ao referir­
ia se a este dia nas Escrituras. “ E no sétimo dia, Eu, o Senhor acabei
minha obra, e tôdas as coisas que tinha feito; e Eu descansei no
sétimo dia de todo o trabalho. . . E Eu, o Senhor, abençoei o sétimo
«3jp dia, e o santifiquei” . (Pérola de Grande Valor, Mcisés 3:2, 3;
veja Gên. 2:2, 3 ).
JT “ Lembras-te do dia do Sábado para o santificar” . (Exodo
. «jy 2 0 :8 ). “ E os habitantes de Sião também hão de guardar o dia
jjr, do Senhor para c santificar” . (D&C 6 9 :2 9 ).
Nós vemos que os dois pontos apresentados neste mandamento
divino são: Que o domingo deve ser um dia de descanso, e que
Cjfc, ele deve ser santificado.
O que significa “ descanso” ? Certamente ele não significa ocio­
tf. sidade. O sentar-se de braços cruzados ficandc quietinho durante
tf, o dia inteiro não é descanso. Porém, pode-se dizer que descanso
verdadeiro é uma mudança de ocupação quotidiana. Portanto, no
ojc
domingo devemo-nos abster dos trabalhos diários, e procurar ou­
djf* tras atividades, que devem subordinar-se às exigências requeridas
para que o dia seja santificado.
. Como se santifica o Dia do Senhor? Consegue-se isto trocando
<2}Ç> o trabalho e a recreação da semana pela adoração direta do Se-
jfr,
*3^0 nhor. A mente vira-se, então, para compreender os princípios e
práticas do Evangelho.
ôjc, Naquele dia nós pensamos especialmente nas realidades espiri-
$
$ tuais, e também pensamos em fazer as cousas de natureza espiritual,
j. O propósito sagrado do Dia do Senhor e os métodos para rea­
cfly lizá-lo foram revelados claramente na seção 59 do Livro das D ou-
ttf»
f, trinas e Ccnvênios.
Um sumário desta revelação nos ensina que no Dia do Senhor
tf, tôdas 'as pessoas devem: 1) assistir às reuniões; 2) jejuar, se qui-
my zer, e sempre jejuar no dia de jejum regular; 3) partilhar do
sacramento; 4) prestar testemunho da veracidade e bondade do Se­
tf nhor; 5) justificar-se para cem seu irmão ao mal entendido e 6)
t«jjfC» fazer tôdas as cousas com um “ coração singelo” pelo adiantamento
do propósito divino da v id a .
Com tais mandamentos é muito importante que não entremos
tJÇ-j em qualquer atividade que nos possa conduzir além do Espírito
Sagrado do Dia do Senhor.
É um fato bem estabelecido que o campo de futebol ou os
tf, cinemas não nos conduzem ao espírito verdadeiro do Senhor. Tais
jj. atividades devem ser realizadas durante a semana.
Irmãos e Irmãs usemos o Dia do Senhor para o fim pelo qual
tft nos foi dado e santificado. É o sagrado dever de todos os Santos
.«» dos Últimos Dias assistirem à Escola Dominical e à reunião sacra-
mental nesse dia.
tft Que o Senhor nos ajude sermos diligentes em nossos deveres.
Irmã Rex e eu mandamos nossas lembranças a todos os leitores
JL da “ A G A IV O T A ” .
Sinceramente,
Presidente Harold M. R ex
tf,
vjw vg* vprf vjw wjv Wjw wfé wjy wjw wjw wjw vjv vjw %7Jw vjw «•'Jw Wjw vjw wjv wy*
P e s q u i s a d o r da V e r d a d e
Por Joseph M. Hêath

ção da Igreja, 1928-1933; e o presiden­


te da Missão Europea, 1933-1936.
Nasceu no dia 24 de Agosto de 1868,
em Richmond, Utah. O jovem Merrill
tinha experiência da dura vida do pio­
neiro, conhecia o poder da fé, e apren­
deu o valor de um testemunho, humil­
de do Evangelho. Foi o mais velho de
dez filhos. A sua mãe, nascida em
1852, contou-se entre os primeiros co­
lonos em Richmond. Lá as suas opor­
tunidades para conseguir educação de
livros eram limitadas, porém a expe­
riência com o trabalho duro foi abun­
dante. Ela acreditou que as crianças
seriam as jóias brilhantes na sua coroa
celestial, e portanto a primeira consi­
deração, acima de seus próprios dese­
jos era sempre com a fam ília.
Seu pai era estimado por todos na
comunidade com o Bispo do. ramo. O
exem plo de seu caráter provocou o ar­
dor para com o serviço na Igreja que
caracterizava Elder Merrill em cada po­
Joseph F. Merrill sição ocupada durante a sua vida. Pa­
recia que todos os esforços e influen­
cias dirigiam-se para o elevar ac apos-
Hà 70 anos, muito pouca gente pen­ tola d o.
sou que esse rapaz ambicioso e diligen­ Ele cresceu num ambiente de pionei­
te ajudando o seu pai na íazenda em ros. Quando tinha 12 anos já apren­
Richmond, Condado de Cache, Utah, dera a trabalhar por si mesmo. Le­
algum dia seria escolhido para ser vou agua para a turma de construção
membro do Conselho dos Doze Após­ ferroviária. No próxim o ano com 13
tolos. Desde aquela época quando Jo­ anos ele tinha avançado, estava até fa­
seph F. Merrill estava adquirindo o zendo o trabalho dum homem na estra­
amor ao serviço diligente, a sua vida da de ferro.
tem sido uma história de realizações. Apesar das exigencias de seu empre­
Elder Merrill, cuja vida temos o pra­ go, ele arranjou tempo para sua edu­
zer de apresentar-lhes nesta “ A G aivo­ cação. Reconhecendo a importancia
ta” , é um bom exem plo daqueles que dela, passou muitas dificuldades para
sacrificaram carreiras lucrativas nas conseguir instrução nas escolas. Tinha
ocupações mundanas, para dedicar-se a que andar à pé compridas distancias.
ancs úteis no serviço do Senhor. Não obstante, o seu caminho sempre
Além de 17 anos como apóstolo, êle esteve iluminado pela luz do conheci­
ocupou as posições seguintes: Conse­ mento .
lheiro na presidência da Estaca de Gra- Os estudos universitários foram
nite, 1911-1919; Comissário de Educa­ acompanhados por arduo trabalho, mas

— 243 —
formou-se com honras na Universida­ Quando a primeira presidencia da
de de Utah. Porem não lhe bastou Igreja sob a inspiração recebida pelo
apenas um diploma, mas continuou es­ Presidente Heber J. Grant resolveu or­
tudando nas Universidades de M ichi- ganizar um comitê para combater as
gan, Cornell, Chicago e de John Hop- influencias pernicioáas do alcool e ta­
kins. De John Hopkins, a notável ins­ baco, Elder Merrill foi escolhido. Este
tituição de alta educação, ele recebeu comitê que se chamava Anti-Licor-Ta-
o título de Dr. Joseph F. Merrill e foi baco Comitê tinha o propósito de in­
honrado com diplomas de honra. Es­ vestigar e publicar as descobertas re­
tas realizações no campo da educação centes da ciência que confirmam a “ Pa­
prepararam-no para as responsabilida­ lavra de Sabedoria” . Em cumprimen­
des mais tarde encontradas com o A pós­
to deste chamado para dirigir este co­
tolo.
mitê, ele tem feito um serviço reco­
Ele casou-se com Annie Laura Hyde, mendável. Como o seu conhecimento
no mês de Junho, 1898. Ela faleceu das ciências ele ficou rèsponsavel pelo
em 1917 depois de proporcionar-lhe um esclarecimento dos efeitos danosos do
lar feliz com sete filhos e filhas. Em alcool e do- tabaco. Nas conferencias
1918 casou-se novamente com Emily L. gerais da Igreja e nos ramos onde dis­
Traub que falaceu em 1941. Elder cursa, frequentemente dá maiores e x ­
M errill tinha a maior consideração para plicações sobre as pesquisas e novida­
com sua familia. Um de seus filhos des cientificas.
expressou-se da seguinte maneira:
Numa conferencia geral da Igreja,
“ Nosso pai é um homem da fam ilia.
realizada no grande Tabernáculo na
Ele ama a todos os seus filhos e a to­
Cidade do Lago Salgado, ele deu tes­
dos os seus vinte netos profundamente,
temunho forte da divindade da revela­
e nada há que não seja capaz de fa ­
ção conhecida com o “ Palavra de Sabe­
zer para ajudá-los. Moderado em suas
doria” .
necessidades pessoais ele dá generosa­
mente a seus amados.” “ A Palavra de Sabedoria” foi dada
A sua carreira como educador tem numa época quando os cientistas tinham
pouco conhecim ento dos fatos básicos
sido notável. Foi professor de quím i­
ca e física por alguns anos; ocupou a da ciência de dietética. Desde aqueles
posição de diretor da Escola de Minas dias, e durante os 50 anos passados,
e Engenharia do Colégio de Utah State havia uma vasta pesquisa, da qual r e ­
durante 29 anos; e fo i mem bro do Co­ sultou muitas descobertas. Aqueles
mitê Executivo da Universidade de pertencentes aos ensinamentos da “ Pa­
Brigham Young em Provo. Quando lavra de Sabedoria” confirmam indu­
nomeado Comissário de Educação da bitavelm ente as verdades revelad as.
Igreja, ele iniciou o sistema seminário Este fato deve trazer alegria e satisfa­
em uso agora na Igreja. ção a todos os Santos dos Últimos Dias,
Durante cs seus 80 anos ele tem pro­ pois é testemunho irrefutável à divinda­
curado as verdades existentes no uni­ de do grande documento.”
verso. Realmente podemos dizer que Dedicando toda a sua vida em di­
Elder Merrill é um seguidor das pala­ rigir seus esforços inteligentes para a
vras do Profeta José Smith, “ A gloria exaltação do Reino de Deus, ele cum­
de Deus é a inteligencia” . Ele crê que pre a sua missão na terra. Como ho­
é o dever de todos que possuem a ver­ mem de ciência e trabalhador na Igre­
dade ensina-la a seu próxim o. Ele é ja, ele merece certamente o titulo de
genuinamente o verdadeiro educador. “ Pesquisador da Verdade” .

— 244 —-
Exatidões de Oração
P or Elder Francis M. Lyman.

(De um discurso p roferid o n a c o n ­


ferên cia da A . M . M . de 5 de Junho
de 1892 e p u blicado em “ T he C ontri-
b u tor” no Julho seguinte) .

O nosso Salvador, n o seu serm ão d o con firm ar. Há grande variedade de


m onte, disse: orações que os Elders de Israel devem
“ Quando orardes, não sejais com o saber oferecer dia após dia. Numa
os h ip ócrita s; porque eles gostam de revelação dada a Irm ão José (o p ro ­
orar de p é nas sinagogas e nos ca n ­ fe ta ) , o S en hor an un ciou que os
tos das ruas, para serem vistos dos que n ã o atenderem às suas orações
h om en s; em verd ade vos digo que já em devido tem po, serão reprovados
receberam a sua recom pen sa. Tu, perante o ju iz com u m .
porém , quando orares, en tra n o teu As orações fam iliares devem ser
quarto e, fech a d a a porta, ora a teu atendidas em tôdas as fam ílias, e n es­
Pai que está em s e c r e to ; e teu Pai sas orações, com o em tôdas as outras,
que v ê em secreto , te retribuirá. deve-se lem brar o preceito do S alva­
Quando orais, não useis d e rep etições dor, que n ão se deve fazer com o fa z
desnecessárias com o os G en tio s; p o r ­ o gentio, usar repetições vãs, ou p en ­
que pensam que pelo seu m uito falar sar que se ouve apenas por falar
serão ouvidos. Não sejais pois com o m u ito .
eles; porque vosso Pai sabe o que vos As orações devem ser p roferidas sob
é necessário a n tes que lho peçais a d ireção e inspiração do T od o P od e­
Portanto orai vós d este m od o: Pai roso. T odos os Elders de Israel d e­
nosso que estás nos c é u s; san tificado vem aprender a su jeita r-se ao Espíri­
seja o teu n o m e; ven h a o teu rein o ; to do S enhor, em tôdas as suas o ra ­
seja feita a tua von tad e, assim na te r ­ ções e em tôdas as ord en anças do
ra, com o no c é u ; o pão nosso de cada E va n gelh o.
dia nos dá h oje, e p erd oa -n os as n os­ A ora çã o da m an h ã deve se rela­
sas dívidas, assim com o nós tam bém cion ar às circu n stân cias e con dições
tem os perd oado aos nossos d ev ed ores; da fam ília, sejam elas o que for. As
e não nos d eixes cair em ten ta çã o, circunstâncias da fa m ília diferem de
mas livra -n os do mal. P orque teu é m anhã à m an h ã e de tarde à tarde,
o R eino e o poder, e a glória, para quasi com o variam nossas reuniões.
sem p te. A m ém .” (M at. 6 :5 -1 3 ). E é m uito próprio quando n ós reuni­
Os Santos dos ú ltim os Dias, su p o­ m os a fim de expedir transações no
nho, já aprenderam a sentir e ap re­ interesse dos santos de Deus, e n o in ­
ciar a im portân cia da oração, igual a teresse d o reino, que se ofereça ao
qualquer outro p ov o. Porém , nós, S enhor um a oração, p edin do as suas
com o os santos n os dias do Salvador, bên çãos sobre nós, em nosso trabalho
as vêzes precisam os de algum as su­ e em nosso conselho. Não seria p ró ­
gestões para nos a ju d a r em nossas prio, é claro, o ferecer um a oração so­
orações fam iliares, em nossas orações bre transações p a ra a abertura de
de abertura ou en cerram en to das d i­ um a con feren cia , ou para com eçar
versas reuniões, em nossas orações um a reunião do ram o ou um a reunião
con cern en tes ã bên ção do S acram en ­ Sacerdotal. Uma ora çã o deverá se
to, e em nossas orações de orden ar e (Continua na pág. 257)

— 245 —
“ O M O R fy

SOCIAL mentos. As leis eram dirigidas contra


muitos dos líderes da Igreja e eram res­
Muitas pessoas, ao ouvirem falar nos
sentidas por todo o seu corpo social, em ­
“ Mormons” , imediatamente pensam em
bora uma minoria somente estivesse pra­
poligamia. Os fatos a respeito desse
ticando essa forma de casamento. No
assunto, são os que seguem:
calor à disputa, o Governo chegou ao
A Igreja Mormon não é uma associa­
ponto de confiscar os bens da Igreja.
ção de adeptos da Poligamia. Nos dias
Esses foram os mais negros dias da
primordiais da Igreja a doutrina da
ocupação. “ M ormon” do Oeste.
pluralidade de esposas foi introduzida
Depois da Côrte Suprema ter susten­
por revelações divinas. Essa prática
tado a lei de proibição da poligamia
nunca foi geral entre os membros da
como constitucional, a prática dessa es­
Igreja e não mais de 3% das respecti­
pécie de enlace foi praticamente aban­
vas famílias foram polígamos.
donada. Contudo, homens com famílias
Quando essa prática teve início, não assim estabelecidas, persistiram no seu
contrariou as leis do- território nem da manifesto direito de defender e supor­
nação sob as quais viviam esses ho­ tar essas famílias. Alguma tolerância
mens . Subsequentemente emanaram fo i então concedida a essas situações
leis do Governo Federal, as quais con­ particulares. Em 1890 a Igreja publi­
sideram ilegal essa prática. Essas leis cou o Manifesto declarando o seu aban­
foram contestadas na côrte e sobre a dono da prática da pluralidade de ca­
sua constitucicnalidade foi aberto um samento, proibindo os seus membros a
inquérito. Os' “ Mormons” fundamen­ contrair tais relações, sem, contudo, ne­
taram ■sua defesa no fato dessas leis gar o princípio vindo de revelação ce­
constituírem atentado contra a liberda­ lestial. Desde então o casamento plu­
de de credos e pensamentos. No en­ ral constitue uma ofensa às leis da
tretanto, a Côrte Suprema dos Estados Igreja bem com o às do país, tendo sido
Unidos da America negou-lhes a razão, processados os violadores desse precei­
mantendo válidas as novas leis criadas. to, de maneira que a poligamia não é
Muitos membros da Igreja que nessa mais praticada desde há muitos anos
época tinham mais de uma esposa, fo ­ entre os “ Mormons” .
ram taxados de violadores da lei e con­ A pluralidade de casamento fo i con­
sequentemente vítimas de muitas perse­ siderada um sagrado princípio pela
guições. Houve muita relutância em Igreja. Só aqueles julgados m erecedo­
face da tentativa de dissolver a felicida­ res por uma conduta exem plar e por
de de lares baseados em anos de harmo­ grande devoção à Igreja, foram permi­
niosa união. Os homens se recusaram a tidos a contrair essas núpcias. Era
alienar e desprezar os filhos e esposas controlado pela Igreja que impunha
que a lei passou a considerar ilegais. muitos limites e proteções com o inten­
Eles preferiram as prisões do que renun­ to de manter um elevado conceito idea-
ciar às obrigações contraídas com as suas lísticc.. Mulheres que se tornavam es­
familias. As perseguições foram nume­ posas plurais nunca ficavam sujeitas a
rosas e onerosas para o povo, trazendo- quaisquer compulsões. Tratava-se de
lhe muitas e profundas desolações. Eles mútuo entendimento e consentimento
criaram um ambiente de dureza não es­ de todas as partes, incluindo a própria
perada, com muita amargura de senti­ Igreja. Muitas das mais proeminentes

— 246 —
ONISMO”
— —— Por Stepher L. Richards

e capazes personalidades de hoje na apóstolos” seguido de sete homens cha­


Igreja bem como. na comunidade, são, mados c. “ primeiro conselho dos seten­
efetivamente, o produto de tais rela­ ta” e então o Bispo Presidente com dois
ções. conselheiros.
A sociedade da Igreja “ M orm on” é Um patriarca presidente tambem tem
notável pela sua solidariedade e hom o­ seu lugar entre os 26 homens que cons­
geneidade em pensamentos e propósi­ tituem as autoridades gerais da Igreja.
tos. Isto foi e é conseguido grande­ A sua jurisdição abrange teda a Igreja
mente pela aderência de certos ideais em todo o globo. Essas autoridades
e princípios de controle espiritual, pela gerais são nomeadas pelo Prèsidente e
consideração e respeito quase universal sustentadas por todo o. corpo com po­
aos líderes da Igreja e seus conselhos nente da mesma, reunida em assem­
e pela uniformidade e padrão do sis­ bléia geral.
tema de vida e até certo, ponto, devido As maiores divisões territoriais são
às perseguições e oposições impostas ao as estacas e as missões. Uma estaca
seu povo durante a maior parte de sua se com põe de 4 a 15 paróquias sendo
história. A união com que correspon­ cada uma destas composta de 200 até
de esse povo aos seus dirigentes, con­ 1.800 pessoas. As estacas são dirigi­
tribuiu para as suas inúmeras realiza­ das por um presidente e dois conselhei­
ções, tanto no terreno da colonização ros que têm a assistência de um Alto
como no do aperfeiçoamento, de sua Conselho de 12 homens, constituindo
organização e promulgação da fé atra­ tambem um corpo judicial. Cada pa­
vés do mundo. róquia é administrada por um bispo e
A organização e governo da Igreja dois conselheiros. As estacas são orga­
abrangem autoridade geral e local, com nizadas em territórios que contam en­
oficiais para as diversas diversões ter­ tre 2.000 a 10.000 membros da Igre­
ritoriais, cabendo aos membros destas ja e que residam em relativa proxim i­
últimas o direito de aceitar ou rejeitar dade. No momento destes esclareci­
por votação os membros designados mentos existem aproximadamente 150
para esses setores pelas autoridades estacas pelos EE. U U ., Canadá, M éxi­
centrais. O direito da escolha dos di­ co e ilhas Havaianas.
rigentes cabe às autoridades da Igreja, As missões da Igreja abrangem os
porém sujeitos sempre a adesão por territórios de população mais dispersa
parte dos seus membros. Ninguém nos Estados Unidos, Europa e inúmeros
pode ser empossado, sem o consenti­ outros países. Entre as missões são
mento autorizado em “ comum acordo” ainda organizado os ramos para aten­
pela votação do povo. der aos menores grupos de associados.
Os homens que presidem a Igreja Cada missão é comandada por um pre­
como autoridades gerais e locais, são sidente que tem a assistência do presi­
selecionados de um grupo de homens dente da congregação local e numero­
chamado o Sacerdócio. O poder exe­ sos missionários em tráfego, que vem
cutivo da organização está com o Pre­ principalmente das estacas. O total
sidente e deis conselheiros que consti­ dos membros da Igreja é hoje superior
tuem a chamada “ primeira presidên­ a 1.000.000.
cia ” . Imediatamente abaixo, com po­ Além das organizações sacerdotais e
deres gerais está o “ conselho dos doze autoridades mencionadas até aqui, exis­

— 247 —
tem organizações auxiliares formadas de Utah. Essa universidade está agora
dentro da Igreja e que operam sob a em seu 70.° ano de existência e conta
direção do Sacerdócio com o fito de com aproximadamente 4.000 estudan­
atender às necessidades dos vários gru­ tes.
pos de membros. Uma dessas é a So­ Uma das mais notáveis realizações
ciedade de Socorro, organização fem i­ da Igreja nos últimos anos, foi o esta­
nina com 86.000 associados, para aten­ belecimento do programa do “ Bem Es­
der cs necessitados pela pobreza, doen­ tar” , com o objetivo de ampliar a as­
ça, ou outros desafortunados, levando sistência aos necessitados. Utilizando
avante um considerável programa para o “ quorum ” das organizações sacerdo­
construir e manter bons lares. A União tais e Sociedade de Socorro, foi desen­
da Escola Dominical, ccm 351.000 as­ volvido um sistema pelo qual são rea­
sociados, a maior das associações auxi­ lizados os projetos para preservação de
liares, isto é, em número, conduz e ela­ alimentos, roupas e outras necessida­
bora programas educacionais através des. Nesses projetos dá-se trabalho aos
de toda a Igreja, afim de dar o conhe­ desempregados e necessitados e tambem
cimento religioso e teológico à m oci­ conta-se com a cooperação de todos
dade da mesma. A Associação de Me­ associados, em benefício dos menos
lhoramento Mútuo, constituida de mo­ afortunados.
ços e moças, desenvolve atividades O programa ainda está na sua infân­
para fornecer reuniões sociais, recrea­ cia, mas já dá trabalho a milhares de
tivas e suprir as necessidades religio­ pessoas, ministrando treinamento voca­
sas para a adolescência de ambos os cional com suprimento material. Ensi­
sexcs. A associação masculina conta na o valor da economia e da conser­
com 65.400 e femenina com 77.300 as­ vação. Nos distritos que compreendem
sociados. A associação primária dessa a divisão da Igreja, foram construídos
espécie, supre a treinamento similar 71 armazéns espaçosos para a armaze­
para o mundo infanto-juvenil até 12 namento de comestíveis enlatados, bem
anos, com 120.000 membros. com o carnes, vestimentas e outros ar­
Existe, tambem, uma organização de tigos de primeira necessidade. A rm a­
estudo genealógico dentro da comuni­ zéns especiais para a preservaçãoi d e
dade, a qual nutre a prática do conhe­ grãos são mantidos conjuntamente com
cimento ancestral do povo, suprindo as o Armazém Regional da Cidade do
facilidades para o acúmulo de dados Lago Salgado.
sobre os antepassados dos seus com po­ As atividades e facilidades prepara­
nentes. A utilização das informações das pela Igreja são muito extensas, p o ­
daí obtidas, serão mencionadas adiante. dendo cobrir qualquer fase de traba­
A Igreja mantem um Departamento lhos ou obras sociais. A maioria dos
de Educação. Esse departamento su­ membros são participantes ativos e
pre a educação religiosa e espiritual a muitos são oficiais em diversas orga­
um grande número de estudantes nas nizações. O gênio de organização,
escolas públicas. Os registros presen­ como pode ser demonstrado pela Igre­
tes atestam um número superior a ja, vem da participação universal em
20.000 nesses seminários. Tambem exis­ suas atividades.
tem institutos de religião em diversas O corpo de oficiais da Igreja traba­
Universidades, para estudantes secun­ lha sem remuneração, contribuindo
dários. O departamento tambem man­ com seu tempo e muitas vezes com ou­
tem algumas escolas paroquiais e uma tros meios para o prosseguimento do
grande Universidade, conhecida pelo seu trabalho. Semente as autoridades
nome de Universidade de Brigham gerais e outros que empregam todo o
Young, localizada em Provo, no Estado (Continua na pág. 261)

— 248 —
Irmandade, Amor e Tolerância
Presidente George A. Smith.

Nós, nesta Igreja, som os apenas um deus. T en h o estado com M aom e-


p u n h a d o de gente. Existem m uitas tan os; com aqueles que creem em
Ig reja s no m undo, m esm o nos Esta­ C on fú cio; e eu poderia m en cion ar
dos Unidos, que levam os n om es dos ainda outros m uito bons que e n co n ­
h om ens que as organizaram tais com o trei. T en h o en con tra d o m a ra vilh o­
a Ig reja M etodista de W esley, e outras. sas pessoas em tôdas essas orga n iza ­
G randes e bons hom ens que vieram ções, mas tenho a trem enda respon ­
com o objetiv o e esperança de m e­ sabilidade, por onde quer que eu vá
lhorar as con d ições do povo, e as do entre eles, de n ão ofe n d e -lo s ou ferir
país onde viveram . Nós, porém , te ­ os seus sentim entos, nem critica-los,
mos a peculiar distinção de p erten ­ por causa de n ão com preenderem a
cer a um a Igreja que n ã o traz o nom e verdade.
de um hom em , porque n ão fo i o rg a ­ C om o representantes da Igreja é
nizada pela sabedoria de nenh u m h o ­ nosso dever ir a eles com am or, com o
m em . Foi n om eada pelo Pai de to ­ servos do Senhor, com o represen tan ­
dos nós em h on ra de Seu A m ado F i­ tes do M estre do Céu e da T erra.
lho, Jesus C risto. Eu gostaria de su­ Eles p oderão n ão apreciar isso; a l­
gerir a meus irm ãos e irm ãs, que h o n ­ guns poderão pensar que assim f a ­
rássemos o nom e da Ig re ja . Não é zem os a fim de despertar elogios, m as
a Igreja de T iago e João, n ão é a nada m udaria a m inha atitude. Não
Igreja de M oroni e nem a Ig reja de vou fa ze-la s infelizes se puder evitá -
M órm on. É a Ig reja de Jesus Cristo. lo . Eu quizera fa zê -los felizes a u ­
E conquanto todos estes hom ens te­ m en tan do os seus con h ecim en tos; es­
n ham sido m aravilhosos e de ca rá te- pecialm ente, sin to-m e desta m aneira
res notáveis, nós fom os ensinados a quando penso nas m aravilhosas o p o r­
seguir a Deus n um a Ig reja que ti­ tunidades e bênçãos que têm vin do a
vesse o nom e de Seu F ilho Bem A m a ­ m im por causa de ser m em bro desta
do. aben çoada Ig re ja .
Eu desejo que os nossos joven s H oje em dia, em m uitas partes do
cresçam com esse fa to em m ente. m undo, os povos estão adoran do a
T orn a m o-n os tão acostum ados a ser­ Deus da m aneira que lhes fo i ensina­
m os ch am ados de Ig reja M órm on por do a a d orar. O povo da grande n a ­
todos os nossos am igos e vizinhos de çã o chineza adora de a côrd o com a
todo m undo, que m uitas pessoas n ão sua crença, de um a m aneira prazei-
conhecem o verdadeiro nom e da Ig re ­ rosa ao C riador, se é que entendem
ja, e eu ach o que o S enhor espera que tivem os um C riador. E assim
que nós os in form em os disso. fazem m uitos ou tros. Isso se deu
Em tôdas essas Igrejas existem bons tam bém nos dias de Jesus de Nazaré.
hom ens e boas m ulheres. É a p a r­ Q uando Ele veio ao m undo, haviam
te boa existente nessas várias d en o­ m uitas den om in ações. Haviam p o ­
m inações que os con serva unidos. vos em diferentes partes do mundo,
T enh o tido o privilégio de estar com que n ão acreditavam no Deus de
pessoas de m uitas partes do m undo Abraão, Isaac e J a cob . Quando
e de estar em casa de m uitas pessoas Cristo ch egou para instruir o povo,
perten cen tes às várias denom inações não se im p ortan do com as recusas em
do m undo tan to Cristãos com o J u ­ a ceitar os seus ensinam entos, Ele dis­
se-lhes que deviam ter fé em Deus e m undo, e se am arem o seu p róx im o
viver retam ente ou n ã o agradariam com o a si m esm os, n ós progredirem os,
ao nosso Pai Celestial. O Salvador incessante felicidade b rota rá em nós,
do m un do veio com bon d ade e a m or. e o sucesso coroa rá os nossos e sfo r­
Ele viveu entre os p ovos cu rando os ços.
doentes, fazen do ouvir os surdos e Aqui m esm o posso dizer que na
dan do n ovam ente vista àqueles que Cidade de Lago Salgado, n a Igre­
estavam cegos. Eles viram estas c o i­ ja Católica, n a Ig reja Presbiteria­
sas, feitas pelo poder de Deus. C om ­ na, na M etodista, na Batista, n a
parativam ente, poucos deles puderam E piscopal e nas outras igrejas, eu te­
com preender ou crer que Ele era o n h o irm ãos e irm ãs que a m o. Eles
Filho de Deus, m as o que Ele fez fo i são todos filh os do m eu Pai, que os
am or com bondade, p a ciên cia e to le ­ am a e espera que eu e vós deixem os
râ n cia . As suas exp eriên cias eram a nossa luz tão brilhante, que esses
tais que n um a ocasião Ele disse: “ R a ­ seus outros filh os e filhas ao verem
posas têm seus covis, e os pássaros do nossas boas obras, sejam in citad os a
ar têm seus ninhos, m as o F ilho do aceitarem toda a verdade, n ã o um a
H om em n ã o tem onde repousar a c a ­ pequena parte dela, m as a in teira
beça” . verdade do E vangelho de Jesus C ris­
Esse fo i o seu Salvador e o meu, to, nosso S en h or. Que m aravilh osa
no seu p róp rio m undo, se o crerdes, oportu n idade n ós tem os! Pensem que
n o m undo perten cen te ao seu P a i. bênção receberem os se fizerm os a n o s­
T udo que aqui havia, perten cia a sa parte aqui; quando p erm a n ecer­
Deus, e ain da assim o Seu ú n ic o F i­ m os n a outra parte da G rande D ivi­
lh o tin h a que ch a m ar a aten ção de sa, quando nosso Pai reunir a sua
seus associados para o fato, com toda grande fam ília com o é seu d esejo e
a sua m agestade e sua realèza. Ele vir estes m aravilhosos hom en s e m u ­
ainda devia viver sem elhante aos o u ­ lheres, cen ten as e m ilhares deles que
tros h om en s. E quando ch egou a fora m o nosso p róxim o e vigiaram as
época de sua m orte, e Ele fo i cru ci­ nossas vidas, levan tarem -se lá e dis­
fica d o na cruz e cruelm ente tortu ­ serem : “ P ai dos Céus, n ós devem os
rado p or pessoas d o seu próp rio povo, isto a estes teus filhos, m em bros da
da sua própria raça, n ã o se en raive­ h um ilde organ ização que lev a o n om e
ceu, n ão se im portou com a b ru tali­ do teu A m ado F ilh o. D evem os isso a
dade deles, m as ain da disse, n a a g o ­ eles por term os enten dido a verdade
nia, “ Pai p erd oa-os, pois n ã o sabem e p or estarm os aqui p ara o ja n ta r
o que fa zem ” . do cord eiro! Esse é o nosso p riv ilé -
Quero que saibais que eu com p re­ go, e será a nossa bênção se fo rm o s
en d o a grande responsabilidade que fie is .
pesa sôbre os m eus om b ros. Eu sei Não discutam os com os nossos a m i­
que sem a d ireção de nosso P ai C eles­ gos e nossos vizinhos, porque eles n ã o
tial, a organ ização em que estam os aceitam o que tem os p a ra eles. P r e fi­
identificados, n ão pode obter suces­ ram os a m á -los fa zen d o coisas que
so. N enhum h om em ou grupo de h o ­ nosso P ai Celestial lhes teria feito.
mens pode lhe dar sucesso sem a sua Nós podem os fazer isto, e de n en h u ­
direção divina; m as se os m em bros m a outra m an eira poderem os gan har
desta Ig reja con tin u arem a guardar a sua c o n fia n ça ou o seu am or.
os m an dam en tos de Deus, se viverem T raduzido por
sua religião, espalhando exem plos ao A lfred o L. Vaz.

V O C Ê JÁ L E U O L I V R O DE M Ó R M O N ?

— 250 —
E S C O L A /^ DOMINICAL
ELDER ROBERT E GIBSON

OS NOSSOS CAMPEÕES
VERSO SACRAM ENTAL P A R A O
MÊS DE DEZEMBRO

Contigo, agora, comunhão,


Queremos todos ter;
Vem nos mostrar Tua salvação,
Vem Tu, em nós viver.


Ensaio de Canto para o mês de De­
zembro: “ Ó! Meu P ai” — Hinário —
página 26.


Brigham Young. A prova fo i bem dis­
putada mas José Smith venceu, final­
mente, com 810 pontos. Não obstante,
Renato Ordacowski ao receb er o outro time tinha o campeão da mis­
são — Renato Ordacowski — com 89
a “ Parker 51” do Presidente R ex
pontos. Tudo isso* foi dirigido por Eloy
Ordacowski, superintendente da Esco­
A competição da Escola Dominical la Dominical de Curitiba, e seus dois
completou-se. Este programa fo i ini­ conselheiros, Luiz V aleixo e José D o­
ciado no prim eiro domingo de Junho, mingos de Oliveira. Um pic-nic foi
e terminou no- último domingo de A gos­ realizado para os vencedores em Cas-
to. Foi baseado na presença, pontua­ catinha com mais do que 45 pessoas
lidade, participação, e alistamento de tomando parte. Foi conferido a Rena­
novos membros da Escola Dominical. to um L ivro de M ormon com o o cam­
Os ramos que participaram nesta ati­ peão do ramo. Numa data futura, será
vidade com todos os recursos, recebe­ dada uma caneta “ Parker 51” pela
ram grandes benefícios; o interêsse e missão. Como resultado de sua fideli­
a assistência foram aumentados, e uma dade, o Ramo de Curitiba tem mais dois
organização mais sólida da Escola D o­ membros da Escola Dominical.
minical fo i form ada. Para estes mem bros fiéis, a Missão
Curitiba ganhou o prêmio do> ramo, Brasileira estende os seus parabéns
tambem do indivíduo. Dividiu-se em mais cordiais.
dois times, chamados José Smith e Reg

— 251 —
Õ! MEU PAI
(Adaptado)

Música por James McGranahan


Hino por Eliza R. Snow

O H I N O mos deixados completamente na escuri­


dão, uma “ coisa secreta” , uma chave
“ Ó! Meu Pai” é considerado um dos que abre a porta ao conhecimento,
maiores de todos os hinos dos Santos é nos dada, e por ela (Estrofe III)
dos Últimos Dias, por causa do seu con­ é nos revelada a doutrina nova e glo­
teúdo dcutrinal raro, especialmente riosa de uma Mãe nos céus.
aquele contido na terceira estrofe que O Epílogo: Nossos pensamentos são
projeta um novo pensamento dentro de projetados de novo na Presença Eter­
filosofia religiosa; a saber, que temos na. Pela obediência, e pela termina­
uma Mãe Celestial nas cortes celestes. ção de tudo que nos fo i mandado fa ­
O hino foi escrito durante uma épo­ zer, com a “ aprovação mútua” de nos­
ca de condições excitantes, que final­ sos Pais nos céus, clamamos a prom es­
mente terminaram na morte trágica do sa feita no nosso estado ante-m crtal.
Profeta e do Patriarca. O casamento Verdadeiramente, “ Ó! Meu Pai” é o
de Eliza R. Snow com o Profeta José drama da vida eterna: não sómente
Smith realizou-se no dia 29 de Junho um hino, mas uma profecia e uma re­
de 1842. “ Ó! Meu P ai” fo i escrito em velação .
1843. Portanto, a poetisa c> escreveu O A U T O R
quando esposa do Profeta. Tambem
fôra governante na família dele. Este Esta mulher notável, Eliza R oxey
íntimo convívio deu-lhe inúmeras opor­ Snow Smith, uma das mulheres mais
tunidades de discutir com & Profeta notadas no “ M ormonismo” , nasceu no
sobre muitas coisas importantes e gran­ dia 21 de Janeiro, .1804, em Becket,
diosas que pertencem ao reino de Deus. Condado de Berkshire, Massechusetts.
O hino tem quatro estrofes e é um Ela era a segunda filha de Oliver e Ro-
resumo do grande drama da vida eter­ setta L. Pittibone Snow. Seu bisavô
na comci revelada pelo Evangelho Res­ foi um soldado da guerra da Revolu­
taurado de Jesus Cristo. ção.
O Prólogo: A primeira estrofe pro­ Embora fossem Batistas, os Snows
clama a Paternidade literal de Deus; eram amigos do povo de qualquer cas­
que fom os criados ao Seu lado em ta e sua porta estava aberta para to­
nossa existência ante-mcrtal, encerran­ dos de hábitos exemplares. A s crian­
do a verdade, que recebemos instrução ças eram cultas e treinadas em todas
no grande plano, cuja obediência nos as virtudes Cristãs. Elisa tinha dádi­
habilitaria a gozar de Sua presença e vas especiais como poetisa. Suas poe­
novamente olhar à Sua face. sias lhe trouxeram a amizade de mui­
A Peça: A estrofe II transfere a tos sábios e teólogos, entre os quais se
cena à vida-terrestrial, onde entramos contavam Alexander Campbell, organi­
numa escola para ver se fazemos ou zador da Igreja Campbellita, e seu aju­
não as coisas requeridas provando nosso dante, Sidney Rigdon, mais tarde um
direito à restauração prometida à pre­ sócio dos Santos dos Últimos Dias.
sença de Deus. Nosso reconhecimento A mãe e irmã de Eliza entraram na
da vida ante-mortal foi retido para que Igreja, e ela mesma, depois de fazer
possamos andar pela fé; ainda, não fo- (Continua na pág. 256)
— 252 —
PRIMÁRIA
A INFÂNCIA DE FIGURAS ILUSTRES

FRANZ SCHUBERT

Por Francês Grant Bennett

Numa noite de inverno, quasi a cen­ sinando a si mesmo de tal forma que,
to e cincoenta anos atrás, nascia numa sempre que seus mestres quizessem lhe
pequena e pobre casa em Viena, uma ensinar algo de novo, verificavam que
criança, que mais tarde tornou-se o ele já sabia tudo acerca da suposta
mais famoso compositor de músicas “ novidade” .
que o mundo já conheceu. Franz Schu- Há meninos que cantam em côros de
bert era seu nome. Já ouviram falar igrejas diferentes da nossa. O pai de
dele? Franz Schubert queria que ele cantas­
Seu pai era um mestre-escola que se no côro da Capela do Imperador,
recebia muito pouco por seu trabalho. porque os meninos aprendiam numa
Como a família de Schubert era nume­ ótima escola, outras matérias além de
rosa, dificilmente havia dinheiro sufi­ música. Porém, para serem admitidos
ciente para as necessidades, pois eram os meninos tinham que passar por um
bem pobres. exame de música. O pequeno Franz
O pequeno Schubert poderia tornar- ficou impressionado com os uniformes
se tão célebre quanto M czart o foi em usados pelos integrantes do côro e es­
sua infância, se seu pai contasse com tudou muito para ser aprovado.
recursos para lhe dar uma educação Quando se levantou afim de cantar
musical apropriada. Seu pai entendia para os examinadores da capela, Franz
de música o suficiente para ensinar vestia roupas b e m ' modestas. Alguns
violino a Franz. Um irmão mais velho meninos foram rudes e começaram a
ensinou-lhe piano-, e muito cedo já sa­ escarnecer, chamando-o de “ um filho
bia mais do que seus dois professores. de camponês” . Ele pôde perceber que
Um de seus amigos trabalhava numa todos sussurravam coisas, porém, quan­
fábrica de pianos. Franz persuadiu do principiou a cantar, imediatamente
esse seu amigo para que tambem o dei­ cessaram os murmúrios e todos perma­
xasse trabalhar lá. Enquanto os cole­ neceram quietos, observando o mais
gas de Schubert divertiam-se com brin­ completo silêncio. Sua doce e clara voz
quedos, próprios de sua idade, ele per­ era tão terna que transformava em
manecia horas inteiras na fábrica, assombro o riso e os motejos daqueles
aprendendo tudo que lhe fosse possivel que haviam-se rido da sua humildade.
sobre pianos; tocando, estudando e en- (Continua na pág. 260)

— 253 —
“ UNIDADE”

“ . . . que, quer vá e vos veja, quer


esteja ausente, ouça acerca de vós
que estais num mesmo espírito, com ­
batendo juntam ente com o mesmo
ânimo pela fé do Evangelho<” — Fil.
1:27. parassem. Então admoestou-os: “ Se
não desejardes obedecer às leis do reino
As coisas mais valiosas em nosso de Deus e procurar o espírito de Cris­
mundo, particularmente os seus' mais to, andando unidos e em humildade, eu
altos valores sociais, ou sejam, religião, vos peço, volteis para traz” .
arte, ciência e educação, têm sido cons­ A nossa fé hoje deve ser concentra­
truídos sôbre os princípios de coopera­ da em um grande trabalho: a constru­
ção amiga. A UNIDADE é essencial ção do remo de Deus na terra. A que­
no progresso, quer seja em família, na les que conservam essa fé são unido®
comundade ou na vida nacional. Não em um só coração e um só pensamen­
é um princípio novo e nem peculiar à to. Mas aqueles que não o fazem, são
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos excluídos desse trabalho e das bênçãos
Últimos Dias. É tão velho quanto à so­ trazidas pelo m esm o.
ciedade dos homens, UNIDADE vem “ E porque os Santos têm livre asces-
sem dúvida, do entendimento nascido so ao Espírito Santo e podem andar
do conhecimento, da perfeita honesti­ com a Sua luz em seus corações, e por­
dade, generosidade e amor. que possuem a inteligência que Ele é
O Mestre deu o exem plo perfeito. capaz de dar, pode existir uma harm o­
Ele pediu aos seus apóstolos “ que se­ nia maior e mais forte entre os Santos
jam um, como nós somos um ” — João do que em qualquer outra organização
17:22. de homens em qualquer outra parte do
Aos Santos dos Últimos Dias, o> prin­ m un do.
cípio é novamente revelado, “ Eu vos “ UNIDADE” no trabalho do Senhor,
digo, que sejais um, e se não fordes um, é a fortaleza de Sion.
não sereis m eus” — Doc. & Ccv. 38:27.
Sôbre esse princípio de UNIDADE a
Igreja tem crescido em força e influên­
cia. As palavras de Longfellow podem DITAMES
ser aqui, perfeitamente aplicadas,
— Os argumentos expostos com bran-
“ Toda a sua força está na sua união, dura e calma são os mais convincentes.
Todo o seu perigo está na sua discór­
dia” . — Mais vale uma pequenina ação
O sucesso da jornada daquela pri­ boa, que uma ótima intenção.
meira e nobre caravana de pioneiros,
sob a liderança de Brigham Young, fo i — “ Devo meu feliz êxito na vida ao
quasi im pedido pela desunião havida fato de, em todas as cousas, sempre e
entre os membros. A companhia acha­ em toda parte, estar adeantado um
va-se próxim a às Chimney Rocks quan­ quartoi de hora.”
do Brigham Young ordenou-lhes que — Nelson

— 254 —
SACERDÓCIO

O PROPÓSITO DO SACERDÓCIO

I. Corno Instrumento para o Bem agências e os representantes do Todo


Estar Progressivo da Humanidade — P oderoso.
O Sacerdócio implica propósito. O ho­
mem está na terra em conform idade O SACERDÓCIO COMO INSTRUMEN­
com um plano proposto pelo Senhor e TO PELA REVELAÇÃO CONTÍNUA
aceito pelo homem pre-existente. O
propósito do plano, como fo i e s c la r e ­ O Sacerdócio ou a autoridade que
cido por meio de revelação moderna, é pcssuimos é o meio ou o canal pelo
o progressivo e eterno bem estar da qual nosso Pai Celeste tem proposto a
humanidade. (Eis que esta é a minha comunicar a luz, a inteligência, os dons,
obra e a minha glória, trazer o homem os poderes, e a Salvação espiritual e
à imortalidade e à vida eterna. M oi­ temporal para esta geração.
sés 1:39). O Senhor emprega aqueles
que receberam o Sacerdócio Divino O SACERDÓCIO COMO INSTRUMEN­
para ajudá-Lo neste plano eterno. A TO PELO GOVERNO DA IGREJA
necessidade do- Sacerdócio, ou uma
agência oficial na terra, é reconhecido A organização da Igreja começa com
por todcs aqueles que acreditam que a o Sacerdócio; (Disponível a todos os
vida do homem é planejada e dirigida homens justos na Igreja) pois todos os
por nosso Pai Celestial. objetivos, atividades, e divisões da
Igreja são tirados da autoridade do Sa­
II. Como Meio de Guia Individual cerdócio .
— O Profeta José Smith disse o seguin­ O Sacerdócio é a autoridade recebi­
te sobre o Sacerdócio: “ Eu aconselho da de Deus para agir oficialmente em
a todos para continuar no caminho- da realizar c plano de Salvação. Aqueles
perfeição e para procurar mais os mis­ que possuem o Sacerdócio, e somente
térios da Santidade. Um homem não esses, podem fazer as ordenanças sa­
pode fazer nada por si próprio a m e­ gradas do Plano de Salvação, quer por
nos que Deus o dirija no caminho cer­ si mesmo ou com o oficial da Igreja de
to; e o Sacerdócio é para esse fim .” Jesus Cristo.
Quando a Igreja de Cristo está na
III. Como Guia Coletivo e Contrele terra, o Sacerdócio centraliza-se na
Social — Nenhum livro, seja o melhor Igreja e não funciona fora dela. Os
que fcr; nenhuma tradição, seja a mais membros da Igreja que pecam suficien­
venerável, é guia suficiente para um temente para serem excomungados,
povo progressivo no caminho do Reino perdem o Sacerdócio que possuíram
Celestial. Temos algo melhor do que antes.
livros — Nós temos autoridade divina,
e aqueles que a possuem constituem as Traduzido por W arren J. Wilson

— 255 —
Lições para os Grupos Sacerdotais
Período de atividades: Hino, oração, das designações, atividades sociais e
chamada, relato sobre as designações fraternais.
executadas durante a semana, conside­
ração das maneiras para atrair cs mem­ Período da Lição: Lição Sacerdotal
bros ausentes, designação dos deveres da semana — Instruções por um mem­
para todos os membros, instruções so­ bro da presidência do Ramo sobre há­
bre os deveres e sobre o cumprimento bitos e virtudes.

PRIMEIRA SEMANA DE DEZEMBRO TERCEIRA SEMANA DE DEZEMBRO


“ As duas testemunhas, Alma e Amu- “ O discurso de A lm a” — Cápitulo 12,
lek ” — Capítulos 9 e 10, Livro de M cr- Livro de Mormon.
m on .
Pontes para a discussão:
Pontos para a discussão:
1. Julgamento final.
1. A necessidade de duas testemu­
2. O que é a segunda morte ou a
nhas (Mat. 18:16; Deut. 19:15).
morte espiritual?
2. Porque caem os mais eleitos de
3. Simbolismo do lago de fogo e
Deus? O poder de Satanaz.
e h x ofre.
3. Linhagem de Lehi.
4. Propósito do querubim e espada
4. O que inspira um homem como
flamejante no jardim do Eden.
Amulek a ser convertido?
SEGUNDA SEMANA DE DEZEMBRO QUARTA SEMANA DE DEZEMBRO
“ Amulek vence sobre poderes diabó­ “ O Sacerdócio” — Capítulo 13, Livro
licos” — Capítulo 11, Livro de Mormon. de M orm on.
Pontos para a discussão: Pontos para a discussão:
1. A lei de Mosiah. 1. Porque os Sacerdotes são orde­
2. Serão salvos cs homens em seus nados?
pecados? 2. Eternidade do Sacerdócio.
3. A missão de Cristo. 3. Porque o Sumo Sacerdócio cha-
4. A morte e a ressurreição. ma-se Sacerdócio de Melquizedek.

Ó ! MeU P a i (Continuação da pág. 252) cela de novo, e escreveu muito. Foi aí


uma completa investigação, tornou-se que escreveu “ Ó! Meu Pai” , o hino que
convertida e foi batisada no dia 5 de pôs seu nome entre os imortais dos
A bril de 1835. Mais tarde no mesmo Santos dos Últimos Dias.
ano, saiu de casa e residiu em Kirtland, Quando organizou-se a Sociedade de
Ohio, onde foi professora numa escola Secorro, dia 17 de Março de 1842, Eli­
seleta para moças, e por algum tempo za R. Snow era a sua secretária. No
foi governante na família do P rofeta. dia 29 de Junho de 1842, foi realizado
Scb os ensinamentos inspirados do seu compromisso com José Smith para
Profeta dos Últimos Dias, progredia no vida e eternidade na Lei Celestial de
conhecimento e compreensão do Evan­ Casamento. No dia 27 de Junho de
gelho, e sua vida inteira tornou-se de­ 1844, c Profeta e seu irmão Hyrum fo ­
dicada à Sua disseminação. Suas poe­ ram assassinados.
sias agora revelaram a inspiração da Pesarosa, mas intrépidamente, Eliza
verdade recentemente achada, refletin­ tornou-se mais devotada do que antes
do a visão glorificada do seu profeta- na causa do seu marido. Estava no
mestre. êxodo de Nauvoo, e dc tempo de sua
Quando a família mudou-se para chegada no Vale do Lago Salgado até
Nauvoo, Illinois, Eliza ensinou na es- falecer, a vida desta mulher talentosa
— 256 —
foi sempre cheia. Em 1866 foi orde­ A M Ú S I C A
nada para presidir sobre as Sociedades “ Ó! Meu Pai” tem sido adaptado à
de Socorro da Igreja, e trabalhou na­ música por diversos compositores dos
quele posto durante vinte e um anos. Santos dos Últimos Dias. Em 1893, foi
Tambem ajudou a irmã Aurelia Spen­ cantado num funeral em Logan, Utah
cer Rogers organizar a primeira A s­ por Robert C. Easton na música de
sociação dEt Primária. No. dia 17 de “ Meu Redentor” por Frank M cGra-
Julho de 1882, o Hospital Deseret foi nahan, e causou um sentimento tão fa­
estabelecido com Eliza R. Snow Smith vorável, que Frank W. Merrill publi­
com o presidente. cou uma adaptação que fo i usada pelo
No dia 5 de Dezembro de 1887, no Irmão Easton nos serviços dedicatórios
seu octogésimo quarto ano, faleceu esta do Templo do Lago Salgado, e tambem
mulher excepcional. Cerimônias fúne­ na Exposição Mundial de Chicago
bres foram realizadas no Salão da A s­ quando o Coro do Tabernáculo em Lago
sembléia, Cidade de Lago Salgado, e Salgado cantou lá em 1893. “ Meu Re­
o enterro foi no cemitério particular do dentor” parece ainda ser sua com po­
Presidente Brigham Young. sição favorita. Reg

O ração (Continuação da pág. 245) sendo con firm a d a s m em bro da Ig re ja


de Jesus Cristo dos S antos dos ú lti­
con cern ir com a ocasião, ta n to com o m os Dias. Não se deve fazer isso
uma orden ação se con cern e às circu n s­ D evem os co n firm á -lo s e term inar,
tâncias . assim deixando a b ên ção patriarcal
A prende-se algo das propriedades para o P atriarca.
con cern entes a estas coisas pelos D ando in ício a tais reuniões, com o
exm plos que tem sido dados. Q uan­ con feren cias, deve se com preender a
do João, o B atista, orden ou o p rofeta situação de um a vez e pedir que o
José e Oliver Cowdery ao S acerdócio S en hor nos abençoe con form e fo r a
Aaronico, usou estas palavras: “ S o­ r e u n iã o .
bre vós, m eus com pan h eiros de servi­ E ncerrando, devem os pedir as b ên ­
ço, em nom e do Messias, co n firo o çãos do S enhor sobre a con gregação
Sacerdócio de A arão” . Estas eram e sobre o que fo i dito, e nos entregar
as palavras de ordenação. É verdade aos cuidados dele.
que ele disse um as poucas palavras Não é necessário o ferecer longas e
de instrução, e lhes in form ou a res­ en fa d on h a s orações, nem para in iciar
peito da natureza do S acerdócio e por n em para term in ar. Não é sóm ente
quanto tem po deverá perm an ecer na desagradavel ao S enhor p or usarm os
terra; porém , quando ele fa lou essas palavras demais, m as tam bém é desa­
palavras, aqueles hom ens fora m o r ­ gradavel aos Santos dos ú ltim os Dias.
denados . . . Dois m inutos dão para abrir qualquer
Na con firm ação, depois do batism o, tipo de reunião, e m eio m inu to dá
é necessário apenas que o ca n didato p ara en ce rrá -la .
seja con firm ad o m em bro da Ig re ja D evem o-n os lem brar da ocasião, e
de Jesus Cristo dos Santos dos Ú lti­ deixar que a ora çã o seja p rop ícia . As
m os Dias, e que o irm ão o ficia n te lhe vezes nossos h á bitos n os con trolam
con fira o Espírito Santo, em n om e de m ais do que o Espírito do Senhor, p o r­
Jesus C risto. A m ém . Estas são as tan to devem os considerar estas co i­
palavras necessárias e quando se faz sas. O fereçai orações curtas e evi­
isso, a pessoa é c o n firm a d a . . . tais repetições vãs, especialm ente a
Caim os n o h ábito de p roferir o r a ­ repetição do n om e de Deus e do S a l­
ções longas e en fadon has, sobre a c a ­ v a d or. É com u m in iciar a oração em
beça de pessoas já batisadas, m as
— 257 —
E v id ê n c ia s e R e c o n c ilia ç õ e s
Por João A. W idtsoe

Recebe a Igreja revelações hoje em ofícios, templos, salas e casas para ed i-


dia com o as recebeu na época de José ficar. O Profeta apresentava os seus
Smith? problemas ao Senhor, e com a resposta
A resposta a essa pergunta é simples­ revelada ele podia cumprir retamente
mente “ sim” . A Igreja de Cristo guia- a sua obra. É confortável sabermos que
se por revelação continua. O Senhor o nosso Pai nos Céus ajuda-nos em to­
fala à sua Igreja agora com o na época dos os atos da vida, tanto nos m eno­
do Profeta José Smith ou em épocas res com o nos maiores.
antigas, sempre que a Igreja esteja na Por exemplo, as revelações dadas
terra. para dirigir a construção de diversas
Contudo, a questão merece uma res­ salas nos primeiros dias da Igreja são
posta mais completa. Existem pelo m e­ consideradas com o palavras estimadas
nos três classificações de revelações: de Deus, pois que esclarece o parentes­
Primeiro, há revelações concernentes co íntimo e precioso entre Deus e o ho­
à organização e doutrina básica da mem.
Igreja. Tais revelações form am o ali­ Tais revelações dirigindo a Igreja nos
cerce da Igreja, sobre o qual se ccns- negócios quotidianos, são recebidas
tróe o sistema de ensino e prática por continuamente pelo seu Presidente.
todos os anos. Estas revelações são Para assegurar que revelações deste
necessárias no princípio duma dispen- tipo têm sido constantemente ofereci­
sação do Evangelho para que a Igre­ das, precisa-se somente investigar a
ja seja corretamente organizada e pre­ história dos Santos dos Últimos Dias.
parada para trazer bênçãos a humani­ Talvez seja que tenham recebido mais
dade. H oje em dia, estas revelações revelações deste segundo exem plo após
indispensáveis foram dadas a José do que durante a época de José Smith.
Smith, que foi comissionado para or­ O fato de que não são impressas num
ganizar a Igreja Restaurada. Como livro de revelações não diminue a sua
reveladas ao Profeta, elas são suficien­ veracidade.
tes para trazer salvação' aos homens Terceiro, todos os membros fiéis da
nesta dispensação. Outras revelações Igreja podem receber revelação para
concernentes à organização e doutrina sua direção diária. Portanto os mem­
podem ser dadas, se Deus quiser, pois bros podem testificar que verdadeira­
que existe uma infinidade de verdades mente têm e recebem tal direção quo­
desconhecidas, mas essas não mudarão tidiana. O testemunho da veracidade
ou anularão os princípios das revela­ do Evangelho, possessão preciosa de
ções existentes. centenas e milhares de pessoas, veio
Segundo, há revelações concernentes por meio do espírito de revelação. Pelo
aos problemas de dia. Ainda que já desejo, estudo, prática e oração' deve-se
fosse revelada a doutrina essencial, aproximar o testemunho da verdade,
form ando o alicerce e estrutura do porém se consegue finalmente só sob
Evangelho, a Igreja, dirigida por ho­ o espírito de revelação. É por este po­
mens mortais, precisa direção divina der que os olhos dos homens são aber­
para resolver os problemas correntes. tos para compreender os princípios e
Das revelações recebidas por José verdades do Evangelho. Não se pode
Smith, muitas eram deste caráter. Ha­ compreender a verdade sem esse espí­
viam missões para organizar, cidades rito. As palavras de Brigham Young
para construir, homens para chamar a são as seguintes:

- 258 —
“ Sem revelação direta dos céus, é a única pessoa que pode receber re­
impassível para qualquer pessoa enten­ velações para a direção da Igreja in­
der completamente o plano de salvação. teira. Estas limitações que vêm do
Muitas vezes ouvimos falar que os Senhor protegem a regularidade do
oráculos viventes têm que estar na Reino de Deus na terra.
Igreja para que o Reino de Deus seja Não é direito de qualquer indivíduo
estabelecido e prospere na terra. Dou elevar-se como revelador, profeta, vi~
outra interpretação deste sentido. Digo dente, ou como homem inspirado, para
que os oráculos viventes de Deus, ou ãfir revelação com o propósito de diri­
o espírito de revelação, deve estar em gir a Igreja, ou para ditar às autori­
cada indivíduo, para saber do plano de dades dirigentes da Igreja em qualquer
salvação e ficar no caminho que con­ parte do mundo, muito menos em Sião
duz à presença de Deus.” (Discursos onde a organização do Sacerdócio qua­
de Brigham Y o u n g ). si alcança perfeição, onde tudo é com­
Podemos continuar. Todas as pessoas pleto até a organização de um ramo.
nascidas na terra têm o direito do au­ Indivíduos têm o direito de ser inspi­
xílio do espírito de Deus. Isso consti­ rados e receber manifestações do Es­
tue uma espécie de revelação. Conse­ pírito Santo para a sua direção pessoal
quentemente todas as realizações do e fortificação da sua fé, para encora­
homem — em ciência, literatura, ou já-los a obras retas, para serem fiéis
nas artes, são' os produtos da revela­ e guardarem os mandamentos que lhes
ção. Assim vieram o conhecimento e foram dados por Deus; o privilégio de
à sabedoria à terra. todos os homens e mulheres é receber
Deve-se ser lembrado que as reve­ revelação pava este fim, mas não além
lações vêm usualmente segundo a ne­ disso. Quando um indivíduo eleva-se
cessidade. O Profeta José Smith es­ assumindo o direito de controlar e di­
clareceu este ponto: “ Não podemos es­ tar leis, ou julgar o seu irmão, espe­
perar saber tudo, ou mais do que sa­ cialmente contra os que presidem, ele
bemos agora, a menos que nos confor­ deve ser reprimido prontamente, se não
memos com aquelas revelações já re­ resultarão desordem, divisão e confu­
cebidas” (Ensinamentos do Profefò são . Todos os homens e mulheres nes­
José S m ith ). A questão então não ta Igrejia devem ter mais juizo para
deve ser, “ Recebemos revelações hoje não se submeter a tal espírito; no ins­
em dia como nas épocas do Profeta tante que tal sentimento se apresenta,
José?” , mas no outro lado, “ Guarda­ eles devem expulsá-lo, porque é direto
mos tão completamente as revelações antagonismo à ordem do Sacerdócio, e
já nos dadas para podermos esperar ao espírito desta obra. Nós não pode­
mais?” mos aceitar nada como autoridade a
Um outro princípio importante de menos que venha diretamente por meio
revelação na Igreja de Cristo organi­ da organização estabelecida do Sacer­
zada, é a limitação posta sobre aque­ dócio, que é o meio ordenado por Deus
les que recebem revelações. Todos os pelo qual Ele revela a sua vontade ao
membros podem pedir e receber reve­ mundo. (Presidente José F. Smith).
lação, mas sómente para si mesmos e Todos os Santos dos Últimos Dias
para todos sob a sua responsabilidade. fiéis estão certos de que a Igreja é di­
Todos os oficiais da Igreja têm direito rigida hoje em dia com o nos primeiros
a revelação para ajudá-los nos cargos anos, por revelação de Deus. A histó­
para os qiiais foram chamados, mas ria da Igreja manifesta a todos, com a
não além disso. O bispo não pode re­ vontade de procurar a verdade, a evi­
ceber revelação fora de suas obrigações dência ampla do fato de que há reve­
na paróquia; o presidente da estaca lação contínua na Igreja.
recebe sómente para as suas responsa­
bilidades; e o presidente da Igreja é Traduzido por Joseph M. Heath
Oração (Continuação da pág. 257) fica em .pé para falar com o povo, o co­
nome de Jesus Cristo, encerrar em ração de todos os que têm fé no evan­
nome dele, e possivelmente usar o seu gelho oferecerá uma prece muda,
nome algumas vêzes durante a ora­ pedindo a Deus que abençoe o seu ser­
ção. Se nos aproximarmos ao Pai, e vo com o Espírito Santo.
oferecermos as nossas petições a Ele, Evitai orações para serem vistos ou
e então encerrar em nome de Jesus ouvidos pelos homens, mas rezai ao
Cristo, é suficiente. Não há oração Senhor. Se abrirdes uma reunião,
tão grande e importante que seja ne­ uma particularidade é falar bastante
cessário usar mais de uma vez o nome alto para todos ouvirem. E o mes­
do Filho de Deus e de Deus. mo quando administrardes o Sacra­
E deixe que seja uma lição inesque­ mento. Compreendei as proprieda­
cível pára os jovens de Israel, e para des de oração e esquivai as improprie-
todos os outros, que quando um Elder dades. Trad. por C. Elmo Tumer.

Schllbert (Continuação da pág. 253) muito modestamente: “ Parece-me que


alguma coisa não está certa, papai.”
E assim, lhe foi conferido o mais ele­
Na escola as despesas não eram gran­
vado lugar do côro.
des, de modo que não necessitava de
Finalmente, agcra ele poderia estu­ muito dinheiro. Entre as principais
dar com bons professores. Tornou-se coisas que lhe exigiam dinheiro, uma
dirigente da orquestra da escola, e ra­ era a compra de papel para escrever
pidamente familiarizou-se com as com ­ músicas. E por mais que tivesse nunca
posições de mestres como Haydn, Mo- achava bastante. Seu cérebro estava
zart e Beethoven. tão repleto de idéias que parecia não
Certo dia o mestre da capela viu por haver tempo suficiente para transmiti-
acaso algumas músicas de Franz e logo las ao papel. Jamais ele ouvira uma
compreendeu que não se tratava de um poesia sem pensar em m usicá-la.
menino comum e que merecia ter os Certa noite estava ele jantando com
melhores professores possiveis, nas di­ uns amigos num restaurante. Um deles
versas da música, para que lhe fosse c^eixou cair um livro de poesias. Franz
dada a oportunidade de desenvolver o ergueu e bastou passar-lhe os olhos,
seu grande gênio. Ele aprendeu tudo para imediatamente vir-lhe à mente
tão bem e depressa que muito cedo uma melodia para um dos poemas do
ainda os melhores professores já não livro. “ Oh” disse afoitamente, “ tenho
podiam ensinar-lhe mais nada. Um de­ em minha cabeça uma sublime m elo­
les disse: “ Nada há que eu possa lhe dia para este poema. Se pelo menos
ensinar. Ele já aprendeu tudo que sei tivesse papel onde escrever! Receio
e creio que Deus tem sido seu profes­ que a esqueça se tiver que esperar.”
sor . ” Um dos presentes pegou um cardápio
Aos domingos à tarde lhe era dada e traçando algumas linhas atrás o en­
permissão para que fosse visitar seus tregou a Schubert, que anciosamente
pais. Seu pai, dois de seus irmãos e escreveu nele uma das mais belas de
ele eram os componentes de um quar­ tcdas as suas obras, enquanto os ou­
teto de cordas. Não obstante Franz tros, indiferentes, continuavam o jantar
fosse o mais jovem , era sempre quem Apezar de Schubert ter composto du­
se apercebia das falhas cometidas quan­ rante seus trinta e um anos de vida
do tocavam. Se um de seus irmãos todo gênero de música, é por suas no­
trocassem uma nota, ele, Franz, no táveis sonatas e músicas leves, conhe­
mesmo instante corrigia, mas se o erro cido e admirado por todos. Ele fez cer­
fosse de seu pai, esperava que ele rein­ ca de 600 composições ao todo.
cidisse na falta para depois observar Trad. por Elias Cassas Peinado
— 260 —
0 Mormonismo contradizem. Nos mesmos se encontra
(Continuaçõ'' da pág. 248) solidamente a autoridade para a veri­
seu tempo substantivamente nas ativi­ ficação das doutrinas teológicas e re­
dades da organização, recebem uma ligiosas de toda a Igreja. Esta é com ­
compensação. Em termos gerais, a pletamente e definitivamente Cristã em
Igreja existe sem um ministério remu­ todo e qualquer julgamento de sua ca­
nerado . racterização. Ela se apresenta como
Ainda que a Igreja mantenha essas sendo a Igreja de Jesus Cristo, tendo
diversas organizações e agências em tambem essa denominação. O sacer­
benefício dos membros, a fundação dela dócio que a governa e exerce autorida­
é o lar. As obrigações paternais e sua de, para a administração dos seus es­
autoridade, são os fundamentos básicos tatutos e cerimônias, deriva do Reden­
da filosofia da Igreja. Fundamental­ tor deste mundo. O Evangelho por ela
mente todas as instituições no ramo ensinado é o emanado do próprio Sal­
são consideradas aliadas do lar e tem vador, constituindo as virtudes cristãs
como objetivo final, a criação e manu­ o padrão de vida de seus membros. A l­
tenção de melhores lares, para uma guns princípios da fé dos “ M ormons”
vida familiar mais eficiente. O verda­ não diferem dos de outras Igrejas Cris­
deiro lugar, bem como a importância tãs . Ela acredita na Trindade e ex-
das relações domésticas na sociologia piação de Jesus Cristo, ressurreição da
da Igreja, serão esclarecidos quando as morte e imortalidade da alma. Mas a
suas doutrinas forem compreendidas. concepção dada a estas e outras dou­
trinas comumente aceitas, assim como
DOUTRINÁRIO
as contribuições que por ela tem nova
Os “ Mormons” acreditam na Bíblia aceitação e princípios teológicos, de­
e aceitam a tradução de “ King James” ram-lhe um lugar distinto e sem igual
como padronizada. Eles têm outros v o ­ no mundo religioso. Ela sustenta, ape­
lumes de escrituras divinas, mas essas sar da aparência nova de algumas de
outras escrituras não contradizem, de suas doutrinas, que não há princípios
forma alguma, a Bíblia, nem depre­ ou verdades por ela defendidos, que
ciam tão pouco a sua autoridade e im-
não sejam e não tenham sempre sido
tância. As outras escrituras que acei­
uma parte do Evangelho do Senhor Je­
tam são: O “ Livro de M orm on” , que é
sus C risto.
uma tradução inspirada de placas sa­
gradas, trazendo a história de povos E’ impraticável, no espaço que aqui
pre-históricos que imigraram para o dispomos, fazer uma exposição com ple­
continente americano, ocupando parte ta de suas doutrinas. Apenas algumas
de suas terras, com um relato de suas podem ser relatadas. A Igreja acredi­
experiências religiosas, nacionais e in­ ta na fé, arrependimento, batismo por
ternacionais; As “ Doutrinas e Convê­ imersão e no recebimento do Espírito
nios” é um compilado das revelações Santo pela imposição das mãos. A cre­
de muitos assuntos relacionados com a dita que os homens devem ser chama­
Igreja, divinamente dado ao seu profe­ dos por Deus e ordenados por aqueles
ta; A “ Pérola de Grande V alor” con­ que possuem autoridade, para pregar
tem o livro de Moisés, de Abrão e ou­ o Evangelho e administrar as suas or­
tras traduções e escrituras inspiradas a denanças. Acredita na mesma organi­
José Smith. Estes quatro volumes, que zação e dádivas idênticas ao Evange­
são: a Bíblia, o Livro de M ormon, as lho que existia na Primitiva Igreja de
Doutrinas e Convênios, e a Pérola de Jesus Cristo. A credita-se ainda em re­
Grande Valor constituem o que é cha­ velações modernas e contínuas do Se­
mado “ As Obras Clássicas” da Igreja. nhor e que o Sião será construído em
Esses livros se amplificam mas não se continente americano e que Cristo rei­

— 261 —
nará pessoalmente sobre a terra. De­ pode saber a verdade quando esta lhe
fende o privilégio de adorar c Deus é trazida, necessitando apenas recebe-
Todo Poderoso, de acordo com os di­ la de coração e mente abertes e adap­
tames da consciência, permitindo a to­ tar a sua vida aos ensinamentos do
dos os homens o mesmo direito. A cre­ Senhor. Todos os membros honesta­
dita na sujeição às autoridades civis mente convertidos têm “ testemunhe”
dos países onde seus membros vivem ou conhecimento individual dos carac­
e em obedecer, hcnrar e manter a sua terísticos divinos na Igreja, o que eles
lei. Acredita na pre-existência, prova­ atribuem à ação do Espírito Santo na
ção mortal e vida eterna após esta, natureza de seu própric espírito. Eles
com livre arbítrio e direito a escolha crêm implicitamente na realidade e
para todo o homem selecionar cu de­ poder da fé e influência espiritual.
terminar o curso de sua vida. Ela não Eles aceitam prontamente a aquisição
advoga compulsòriamente, mas sim da verdade através a ciência, mas dis­
pela bondade e amor. Ela imputa a es­ tinguem claramente a incumbência da
piritualidade em todas as ccisas, pela ciência e a da fé. A extensão do es­
criação do Universo nessa forma, antes pírito é tão real e genuino para eles
da sua criação física, tendo a Deus com c o é a do universo físico.
com o Criador e Mestre do Saber. O Na sua concepção, o espírito do ho­
corpo humane é reconhecido com o um mem não somente sobrevive, como
tabernáculo onde habita o espírito do tambem atravessa estágios de eterno
hom em . Não pode haver corrupção fí­ progresso. Tudo que se aprende ou ad­
sica pelo ate de ingerir substâncias no­ quire nesta vida é levado à vida suce­
civas à saude, sem o haver tambem dânea. A condenação ou a execração
no espírito que nele habita, de modo é um retardamento ao progresso. A
que a contaminação do corpo tem tan­ bondade acelera esse progresso e a m al­
to significado religioso como temporal. dade o retarda. Não há conceito de li­
Portanto é contrário aos princípios re­ mite no alcance do bem. Pode-se, en­
ligiosos, com o na sua prática, o ate. de fim , e através do. progresso e inteligên­
ingerir alcool, fumo, chá, café e outros cia, chegar à onipotência do próprio
narcóticos, estimulantes òu outros v e­ Senhor. O universo e todos os seres
nenos que militam contra a saúde, in­ que o compõe, são governados por leis
teligência e espiritualidade. Esta dou­ eternas e invariáveis. O homem deve
trina é dada numa revelação chamada anuir e se conformizar a essas leis go­
“ A Palavra de Sabedoria” . vernantes, para compreender as bên­
A crença da Igreja é que na Pater­ çãos da eternidade.
nidade de Deus e irmandade dos ho­ Todos çs homens são iguais perante
mens, a sua função é a de empregar a lei e todos têm a oportunidade, mes­
todos cs esforços para a salvação de mo os mortos, para aceitar as promes­
toda a família humana e que ninguém sas e bênçãos. Porém, tedos terão que
pode obter a salvação na ignorância do saber e compreender o Evangelho e
plano evangélico e que a verdade de­ aqueles mortos que entraram no mun­
verá ser levada a todos homens ante- do espiritual sem esse conhecimento,
deles poderem exercer sàbiamente o depois desta vida, terão oportunidade
direito eletivo. Para este fim a Igre­ de aceitá-lo através de trabalhos vica-
ja é uma organização propagadora, riais de seus descendentes ou outros
consagrando grande parte de seus re­ amigos da imandade da Igreja. Esses
cursos, energia e poder, na divulgação trabalhos são feitos dentro dcs tenzplos
d» sua mensagem. Ela assuma que construídos para esse fim. No reinado
através do espírito de Senhor, que com ­ do Senhor não haverá injustiça.
pete a todos os homens, toda pessoa (Continua no próxim o num ero)

— 262 —
RIBEIRÃO PRETO grama foi também um sucesso, sendo
muito animado e concorrido.
A abertura da Associação de Melho­
A Escola Dominical realizou a sua
ramento Mútuo do ramo de Ribeirão
conferência no Domingo de manhã, di­
Preto realizou-se no dia 17 de Setem­
r i g i a pelo Elder Robert E. Gibson, di­
bro com festividades especiais. retor da Escola Dominical na missão.
Cerca de 50 pessoas assistiram numa
Uma parte apreciada por todos presen­
festa que foi um bom começo das tes foi a canção interpretada pelas
atividades do Mútuo deste ano. Foi
crianças do ramo de Santo Amaro. O
apresentado um ótimo programa musi­
valer da Escola Dominical nas vidas
cal para gôzo dos presentes. das crianças, da mocidade, e de todas
Temos ouvido muito a respeito da
as idades foi demonstrado nos núme­
amizade existente entre a juventude ros apresentados.
dessa cidade. Junto com a vontade de Domingo de tarde a sessão geral foi
melhorar um ao outro, esse atributo
realizada com uma assistência para
vai assegurar resultados em todas as
mais de 110 pessoas que ouviram as
atividades realizadas. palavras do Presidente Rex e as dos
Sendo que esta é uma nova organi­ missionários que partem da missão
zação do Mútuo da Missão Brasileira neste mês. Elders Warren J. Wilson,
e o primeiro organizado em Ribeirão Jesse L. McCulley, e Cecil J. Baron
Preto, damos os nossos parabéns e bons terminaram as suas missões no Brasil
desejos por um ano próspero do Mútuo. e eles expressaram pensamentos de va­
lor desenvolvidos durante os dois anos
SÃO PAULO e meio que ficaram entre os brasilei­
Nos dias 9 e 10 de Outubro, nc dis­ ros. Na pregação do Presidente, ele
trito de São Paulo realizou-se uma con­ fez notar o progresso realizado neste
ferência de três sessões com grande distrito descrevendo o início duma nova
êxito. O Presidente Harold M. Rex épcca do serviço missionário em São
presidiu e expressou o seu orgulho em P a u lo.
ver o progresso recente deste distrito. Os nossos mais sinceros parabéns,
Todas as sessões tiveram uma nume­ São Paulo.
rosa assistência de membros, investiga­ Ross Viehweg
dores’ e amigos da Igreja. À noite, dia
9, a Associação de Melhoramento Mú­ A CONFERÊNCIA
tuo teve a sua conferência assistida por DOS MISSIONÁRIOS
mais de 150 pessoas. Foi dirigida pelo Diante de 60 missionários de todas
Elder Richard K. Sellers, presidente do as partes do Brasil, cantando os refrões
ramo na Moóca. O tema — O Dia do de “ Vinde! os Santos” terminou c> pro­
Senhor — aumentado por um “ sketch” grama musical realizado na Escola
apresentado pelos membros e amigos Graduada em São Paulo e a reunião
do Mútuo deu um melhor entendimen­ da semana inteira dos missionários da
to da importância do Domingo. missão brasileira.
Um baile realizado depois do pro­ Esse programa de números vocais e

— 263 —
instrumentais finalizou otimamente cialmente inspirativa reinando um es­
uma conferência que ficará inesquecí­ pírito forte de humildade e brandura.
vel nos corações de todos os assisten­ Seis missionários que se vão embora
tes. Missionários de Porto Alegre, do Brasil neste mês receberam tributo
N ovo Hamburgo, Joinville, Ipcmeia, especial do Presidente Harold M. Rex
Curitiba, Piracicaba, Campinas, Ribei­ pelo trabalho que fizeram entre o povo
rão Preto, Rio de Janeiro, Santos e to­ brasileiro. Elders Grant C. Tucker,
dos os ramos de São Paulo começaram Cecil J. Baron, Warren J. Wilson, Jessie
a reunir-se no princípio da segunda L. MacCulley, Donald F. G old e Bynon
semana de Outubro. Dois missionários D. Thomas lamentaram muito a termi­
voaram, diversos andaram de “ Jeep” e nação das suas missões. Os missioná­
outros viajaram de trem e auto, mas rios, membros e amigos vão sentir a
todos chegaram ansiosos para ver de falta destes embaixadores da verdade.
novo os seus velhos companheiros e Uma numerosa assistência compare­
conhecer os novos missionários que ceu ao programa musical, que realizcu-
chegaram desde a conferência do ano se dia 15 de Outubro à noite, na Es­
passado. cola Graduada. Compos-se dos núme­
Com animo eles cantaram o primeiro ros seguintes: Solo de violino pelo El­
hino terça-feira de manhã para iniciar der Frederick H. Dellenbach, dueto
as reuniões da semana. No primeiro pelas Irmãs Diania H. Rex e Renee J.
dia ouviram os presidentes dos distri­ Nielsen, solo do orgão por Robert F .
tos que deram uma indicação do pro­ Pool III, dueto pelos Elders Harry J.
gresso da missão no ano passado. de trombone pelo Elder Milton R. B lo-
Quarta-feira itodos vestiram-se com omquist, solo vocal “ The L ord’s Prayer”
roupas usadas e foram a Interlagcs pelo Elder Jay R . Fowles e vários
para realizar um pic-nic. Praticou-se quartetos, oitetos, e côros dos missio­
toda espécia de esportes, futebol ame­ nários. Os acompanhadores foram El­
ricano, baseball, voleibol, etc. Irmã ders Mareei L. Nielson e Dale S. Bai-
Rex e Irmã Nilsen auxiliadas pelo co­ ley. Alem disso houve discursos
zinheiro Elder Arnold Maas prepara­ dos Elders Franklin R. Jensen, Johan-
ram um grande banquete que constou nes A. Alius, Donald F. Gold e prega­
de galinha, salada de batata, tortas! e ção especial do Presidente R ex.
tudo que pudesse alimentar os estôma­ Os Elders um dia após ao da reunião
gos famintos dos missionários. voltaram para os ramos agradecidos
Quinta e sexta-feira gastaram-se em pela oportunidade de reunirem-se e
reuniões onde todos foram ouvidos. partilharem do alimento espiritual da
Uma reunião de testemunhos foi espe­ conferência.

Endereços dos Ramos no Brasil da Igreja de


Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
São Paulo: Rua Seminário 165 Rio de Janeiro: Rua Camaragibi 16
M oóca: Rua Leme da Silva 288 Curitiba: Rua Barão do Rio Branco 647
Santo Am aro: Rua Barão do Rio Branco 1275 Joinville: Rua Frederica Hubn#r
Piracicaba: Rua 15 de Novem bro 521 Ipoméia: Rua José Getúlio 567
Campinas: Rua Bareto Leme 1075 Porto Alegre: Rua Dr. Timóteo 688
Ribeirão Preto: Rua Mariana Janqueira 29A Novo Hamburgo: Rua David Canabarro 119
Santos: Rua A dolfo de Assis 81
— 264 —
Os Missionários

Todos reunidos em São Paulo durante a sua conferência

Harold M. Rex — Presidente CURITIBA MOÓCA


Diania H . Rex
Jay R. Fowles Sanford S. Walker
Thayle Nielsen — Segundo
Dean Clark Ross G. Viehweg
Conselheiro.
Herbert Ludwig
Renee Nielsen Juan Munk SANTO AMARO
ESCRITÓRIO DA MISSÃO
CAMPINAS Arnold E. Maas
Weldon B . Jolley Warren L . Anderson
Robert E . Gibson George H. Bowles
Joseph M. Heath Mareei L . Nielson RIBEIRÃO PRETO
Kent B . Tyler
PORTO ALEGRE Frederick H. Dellenbach Johannes A . Alius
Milton R. Bloomquist
Dale S. Bailey SANTOS Henry D . Stringham
Walter J. Boehm Lowell T . Polatis
José de Camargo Jack A . Bowen
Stanford Sorenson Joseph W. Lewis
RIO DE JANEIRO
Gerald L. Little
NOVO HAMBURGO Leonard D . Benson Richard K . Sellers
Harry J. Maxwell Merrill Worsley
Rolf J. Boehm PIRACICABA John L. Hilton
Raymond W . Maxwell Harries A . Lloyd
IPOMEIA Walter T. Wilson Rex F. Faust
Robert F. Pool III La Verne E. Smith H. Grant Kunzler
Daniel B . Larsen James H. Barwick Jr.
AOS ESTADOS UNIDOS
JOINVILE SÃO PAULO
Cecil J. Baron
C. Elmo Turner W . Lynn Pinegar Grant C. Tucker
Joseph R . Smith Franklin Ross Jensen Warren J. Wilson
Floyd A . Johnson B . Orson Tew Donald F. Gold
Boyd H . Lee Richard P . Boyce Jessie L . Mc Culley
Gerald L. Hess Marion Wride Bynon D. Thomas
Maldade, Justiça e Paz Pessoal
Por Richard L. Evans.
As vêzes vemos pessoas que pare­ Pensais vós que um homem possua
cem estar escapando com violações da paz tendo quebrado a lei e fica aguar­
lei, violação da consciência, violações dando as conseqüências dela? Pen­
de cada lei da conduta reta. Muitas sais vós que um homem possua paz
vêzes parecem gozar dos frutos duma tendo contribuido para a quéda ou a
vida falsa e dos negócios falsos. Tal­ degradação de seu próximo, não im­
vez refletamos em nossas mentes porta o proveito ou prazer temporá­
quando a justiça abrir os seus olhos rio que ganhou? E uma última per­
e exigir retribuição. Porém a razão gunta: O que há neste mundo que
de nos sentirmos assim é porque ve­ um homem pode gozar sem paz, tran­
mos apenas uma parte da figura. Se qüilidade da mente, do coração e
soubessemos os pensamentos e senti­ pensamentos tranqüilos? Se pensa­
mentos duma pessoa deshonesta con­ mos que alguém está escapando à lei,
sigo mesmo, não trocaríamos posições é porque vemos apenas uma parte da
com ele, nem aqui, nem no além -tú- figura. Se padéssemos ver o pano­
mulo por tudo que ele aparentemente rama completo, não quereríamos ne­
goza. nhuma parte dele, ainda que não
Algumas perguntas neste ponto, tal­ existisse o além túmulo, nem o gran­
vez sejam convincentes: Pensais vós de Juiz de todos os homens, ou a
que qualquer pessoa possua paz, em­ eterna justiça, todos dos quais exis­
bora saiba que outros homens têm tem. Todavia, não temos que espe­
motivo justos de odiá-lo? Pensais vós rar tanto tempo. O que os homens
que um homem possua paz tendo con­ praticam constantemente torna-se
seguido prazeres com a violação de parte deles. No discurso de Antony,
princípios que sabia serem verdadei­ Shakespeare escreveu: “A maldade
ros? Pensais vós que um homem pos­ que os hornenó praticam continúa de­
sua paz seguindo uma dupla vida, que pois deles” . Pode se acrescentar uma
está enganando aqueles a quem deve verdade maior: “A maldade que os
lealdade e fiel cumprimento, ou que homens praticam vive com eles” .
está tentando servir dois mestres, um Traduzido yor
dos quais é incompatível com o outro? Joseph M. Heath.

A CAPA
O retrato que adorna a capa da “ A GAIVOTA” deste mês repre­
senta o progresso realizado no Brasil. Conhecido pelo mundo intei­
ro por causa da arquitetura moderna e singular encontrada nas suas
cidades, o Brasil está passando por uma época de desenvolvim ento.
Desde a Proclamação da República, cujo aniversário celebramos no
dia 15 deste mês, o Brasil tem progredido bastante como uma p otên ­
cia mundial. A República, nascente, não teve com eços tranqüilos;
porém, com fé e perseverança o Brasil tem um lugar honroso entre
as nações.
ANO I-NUM. 12 Q cL L U o t a . Dezembro-194!

Pequena vila de Belém


Repousa em teu dorviir.
Enquanto os astros lá no céu,
Estão a refulgir,
Porém nas tuas trevas
Resplende eterna luz,
Incomparável, divinal;
Nasceu o bom Jesus!
OS R E I S M A G O S
Diz a sagrada escritura Era o terceiro sómente
Que, quando Jesus nasceu, Escuro de fazer d ó ...
No céu, fulgurante e pura, Os outros iam na frente;
Uma estrela apareceu. Ele ia afastado e só.

Estrela nova. . . Brilhava Nascera assim negro, e tinha


Mais do que as outras; porem A côr da noite na tez:
Caminhava, caminhava Por isso tão triste vinha.. .
Para cs ladcs de Belem. Era o mais feio dos três!

Avistando-a, os três Reis Magos Andaram. E um belo dia,


Disseram: “ Nasceu Jesus!” Da jornadía o fim chegou;
Olharam-na com afagos, E, sôbre uma estrebaria.
Seguiram a sua luz. A estrela errante parou.

E foram andando, andando, E os Magos viram que, ao fundo


Dia e noite a caminhar; Do presepe, vendo-os vir,
Viam a estrela brilhando, O salvador d’este mundo
Sempre o caminho a indicar. Estava, lindo a sorrir.

Ora, dos três caminhantes, Ajoelharam, rezaram


Dois eram brancos: o sol Humildes, postos no chão;
Não lhes tesnara os semblantes E ao Deus-Menino beijaram
Tão claros como o arrebol. A alva e pequenina mão.

E Jesus os contemplava
A todcs com o mesmo amor,
Porque, olhando-os não olhava
A diferença da cô r. . .

OLAVO BILAC
Ano I — N .° 12 Dezembro de 1948

"A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N.° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00
D i r e t o r .Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R ed a tor:..................................... João Serra
Exemplar Individual .......... .. Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

Í N D I C E

EDITORIAL

EDITORIAL — A Verdadeira P a z ......................... Presidente Harold M. Rex 266


Onde Começa a Paz .......................................................... Vesta P. Crawford capa

ARTIGOS ESPE CIA IS *


Dados Biográficos da Vida de José S m ith ........ Presidente J. Reuben Clark 267
Embaixador de Cristo ........................................................... Joseph M. Heath 269
Saudações de Natal ........................................................................................................... 270
O Mormonismo .................................................................. Stephen L. Richards 273

A U X IL IA R E S
P rim ária:
História de Natal: O A p i t o ........................................... Marie Larsen 275

Escola Dom inical:


Verso Sacramental — Ensaio de Canto ................................................. 277
Suave é o Trabalho ................................................. Robert E. Gibson 277

SACERDÓCIO
Lições para os grupos Sacerdotais ......................................................................... 279

VÁRIOS
As Dádivas da Criança .............................................................................................. 283
O Rumo> dos Ramos .................................................................................................... 287
Os Reis Magos (Poesia) Olavo Bilac capa
ffafforSprjí*
J fj v fé yjy JjJ*
TCMn\¥nP/rMn>
jr< j) I 'l y K
¥l / A\ TI -v *^ r VT- ^JV V i*

A Verdadeira Paz
«K»

V|v rit*
& ***
df*
«*« E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos.
e deitou-o numa mangedoura, porque não havia lugar para eles
i3jC> na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no
campo, e guardavam durante as vigilias da noite o seu rebanho.
«3jC> E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor
os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes
disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande
<3f> alegria, que será por sinal: Achareis o menino envolto em panos,
/jír e deitado numa mangdoura. E, no msmo instante, apareceu com
^ o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e
«F* dizendo.:
“ Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para
com os homens” .
jfc A maioria dos homens julgam a paz com o ausência de guerra
entre as nações, porém as palavras inspiradas nos proporcionam
<3{Ci alguns pensamentos bonitos sobre a paz, dos quais poderão ser
i bem ponderados em nossos c o a ç õ e s .
í “ Todos os conflitos não estão no campo de batalha, nem todas
as guerrcs entre povos e nações. A perturbação que pcssa ficar
jf c nos corações de homens quando o desejo contende com a cons-
JjL ciência, quando o prestamento de serviço opõe amor próprio, e
*%* quando prazeres imediatos desafiam o prospeto de realização ilimi-
tada, é o conflito que arruina a paz de homens, mesmo quando
as forças armadas nãc guerream. Aquele que governa a si pró­
prio encontra a paz, ainda que não exista a paz ao redor dele.
OjC. “ Estes são os fatores que estragam a nossa paz interna: O
i temor que permanece nos corações dos homens recorda-nos das
nossas fraquezas, a lembrança de atos que nunca deviam ser fei-
^ tos, a confusão que fica na mente dos homens quando se obscurece
jf c a linha de demarcação entre a verdade e o erro, o conhecimento
í do ligeiro curso de tempo sem o termos enchido com uma medida
Vjy completa de realizações, a deferência a opiniões frívolas, embora
que sejam em discórdia com declarações antigas da eterna ver-
dade, a vaidade e egoísmo, cs quais nos conduzem, às vêzes, a
^ p en s.r e agir mais baixo do que possa justificar a inteligência
jf c hum ana.
“ A paz é uma coisa positiva, e não meramente passiva. A
paz não é apenas a ausência da guerra. É um modo de viver, um
estado de bem estar, uma condição de força scbre si mesmo e
balança social, no qual o trabalho honesto de cada homem con -
*9* tribui para a criação das coisas desejáveis. É aquela maneira de
jf c viver em que gozamos da companhia de amigos e visinhos, em que
JL nenhum homem tem acusações dirigidas para com a sua consciên-
cia da sua alma. É liberdade da confusão, de lugares de desor-
djfr dem, e liberdade de confusão de pensamentos desordenados. É
viu aquela condição suprema de que falou o Salvador quando disse:
D eixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou com o o mun-
ójp do a dá. Não se turbe c vosso coração, nem se atem orize.”
Enquanto cantamos os cânticos de alegria e lêmos as escritu-
ras sagradas este Natal, vamos tomar sôbre nós determinação re-
Oji novada que a paz virá e então vivamos nossas vidas retamente
^ para que ela venha.
Presidente Harold M. Rex

rSf* Jj* yjy vjw


rir* r íe* ríf*
vJV wjw yjwt wjw wjw
cjw
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Dados Biográficos da Vida de José Smith
Pelo Presidente J. Reuben Clark

OBSERVAÇÃO DO REDATOR: De­ e desviado das verdades eternas da vida


vido ao fato de cair neste mês o ani­ m ortal. . . e da existência infinita.
versário do Profeta José Smith (o dia Em cada dispensação quando as pre­
25 de Dezembro, 1805) estamos lhe ofe­ parações por isso foram completadas,
recendo este* discurso especial sôbre a revelações vieram de Deus para o ho­
sua vida, feito no Tabernáculo pelo Pre­ mem do destino, escolhido antes da fun­
sidente J. Reuben Clark. (Veja “ A dação do mundo para principiar aque­
Gaivota” do mês de Fevereiro). la dispensação. Essas revelações de­
ram os homens a conhecer novamente
Agradeço os prezados ouvintes pela
as verdades do Evangelho de Cristo, e
atenção dispensada, e espero que o seu
o propósito e finalidade da existência.
precioso tempo não tenha sido em vão.
Tendo recebido as revelações cada
Eu sei que os princípios que tratamos são
um destes homens escolhidos proclama­
alguns daqueles pelos quais possamos
ram as verdades do Evangelho sob
guiar os nossos passos ao longo do ca­
aprovação e direção divina. Sempre
minho para imortalidade e vida eterna.
poucos aceitaram a mensagem; os de­
Nas palavras finais desta noite fala­ mais refutaram-na.
rei de uma das maiores almas de todo
Seguindo a sua proclamação da ver­
o tempo — O profeta moderno, José
dade, sobreveio a cada um destes ho­
Smith, que de baixo da direção e au­
mens zombarias, incêndios, caçoadas, e
toridade de Deus, abriu esta, a ultima
mofas dos muitos contra ele e aqueles
dispensação, a dispensação da Plenitu­
poucos que o seguiram. Depois sobre­
de dos Tempos, e organizou pela últi­
vieram perseguições, caçadas, abando­
ma vez nesta terra, a Igreja do Sal­
nos, incêndios, pilhagens, violências
vador do mundo.
contra as mulheres, e mesmo o martírio
Para aquelas pessoas que não darão de uns poucos nas mãos dos muitos,
a José Smith este lugar, podemos dizer ainda do próprio Cristo na sua dispen­
que verdade é verdade, e não importa sação .
o que o incrédulo possa dizer. O ho­
Então, sempre nas dispensações pas­
mem, débil e astuto, possa impôr igno­
sadas a minoria ficou fortalecida por
rância e erro sobre os filhos dos ho­ pouco tempo, então sobreveio a tole­
mens por um lapso de tempo, mesmo rância, então finalmente a boa vontade
por gerações, porem finalmente eles para com eles, e depois gradualmente
nunca prevalecerão. As verdades de uma decadência começou entre os pró­
José proclamadas pela inspiração de prios crentes, então aconteceu a absor­
Deus, finalmente triunfarão, pois a luz
ção da minoria pela maioria; então um
sempre dissipa a escuridão. outro lapso do mundo em apostasia,
A vida e o trabalho de José segui­ paganismo, idolatria, com ignorância e
ram o modelo da vida dos líderes de pecado mais uma vez reinando sobre
cada uma das dispensações anteriores: o povo.
Cada um destes líderes, exceto Adão Assim com Adão, Noé, Abrão e Moi­
nasceram num mundo de escuridão es­ sés, e mesmo com a igreja primitiva
piritual; o povo andava em ignorância estabelecida pelo próprio Cristo.
e pecado, cheio de intrigas sacerdotais, Porem, isso não é o destino declara­

— 267 —
do per Deus para esta última dispen- dim inuindo' de brilho, foi de novo ao
sação. Senhor para ficar melhor assegurada.
Assim como nossa boa terra tem c O anjo Moroni veio trazer a mensa­
seu fim também, e de acordo com o gem.
Plano de Deus, o homem mortal tem Justamente como. Moisés, para que
que percorrer a sua vida nela antes pudesse conduzir uma grande multi­
que o tempo se finde e advenha dão, sob um plano divino foi ensinado
a eternidade. O homem, o seu instin­ e treinado para a sua tarefa na côrte
to, desde a “ Queda” com o mal tendo real de Faraó, assim José que não ti­
se tornado “ carnal, sensual, e Diabó­ nha somente uma multidão para guiar,
lico” — (Moisés 5:13 Pérola de Gran­ mas uma multidão para ajuntar e edu­
de V alor) — “ toda a sua imaginação car e depois para guiar, e uma igreja
dos pensamentos do seu coração era para estabelecer, foi en:inado e treina­
continuamente mal” , tinha que ter uma do dentro das verdades do Evangelho
oportunidade final para salvar a si através da tradução do Livro de M ór­
próprio bem como toda sua de cendên- mon e as revelações do Senhor que
cia desde os primórdies dos tempos. transmitiu a ele.
Até agora todas as tentativas foram em Justamente com o Moisés, assim ensi­
vão. nado e treinado no princípio, precisa­
Assim que os dias do mundo terres­ va ser auxiliado na sua crescente tare­
tre estão esgotando-se, e os espíritos fa pela constante revelação da inten­
para serem materializados dentro de ção e vontade de Deus, assim José de­
mortalidade desta terra aproximam -se pois de organizar a Igreja tinha neces­
do último, há-de-vir uma dispensação sidade de mais contínua luz, e direção,
final do Evangelho que recolheria em e Deus o deu, por revelação e mais
um, tudo que. tem passado, para que to­ revelações sem limites, de acôrdo com
dos os homens desde os primórdios dos as necessidades de cada d ia .
tempos, mortos e vivos, tenham uma Diverso de Ncé, Abrão e Moisés, que
oportunidade para terem o conheci­ vieram as suas tarefas durante a fo r­
mento da verdede. Assim Deus decre­ ça da maturidade física e mental, José
tou! veio para a execução da sua tarefa
Assim José, como foram Abrão e to­ como um menino, sem ensinamentos,
dos os demais homens grandes e pode­ inexperiente e" desconhecido.
rosos na obra divina, foi chamado para A Primeira Visão veio-lhe aos qua­
o seu trabalho para o qual foi preorde- torze anos (primavera de 1820); quasi
nado no grande conselho dos Céus. quarto anos mais tarde (21 de Setembro
Como o Samuel, profeta antigo da de 1823) aos dezesseis anos, c A njo M o­
Bíblia, José foi chamado cedo para a roni primeiro veio a ele; seguindo de
sua tarefa. Ele possuia apenas quator­ uma preparação e instrução espiritual
ze anos de idade quando ele teve a de quatro anos mais, Moroni confiou
maior visão de todos os tempos — A a ele (22 de Setembro de 1827) os livros
visita do Pai e do Filho. que M oroni tinha preparado e escondido
Como João o Batista que batizou o especialmente para esse dia — José ti­
Cristo, depois declarando-o ser a O ve­ nha quasi 22 anos; então mais prepa­
lha de Deus, mesmo mais tarde perse­ ro, mais treino, com dificuldade após
guido e aprisionado, mandou os seus dificuldade e tenaz perseguição, e a
discípulos perguntarem-no, “ És tu aque­ tradução foi completada e o Livro de
le que há de vir? ou nós esperamos Mórmon foi publicado em 1830. José.
por um outro” , assim José, depois da ainda não tinha 25 anos; agora por au­
Primeira Visão, o espírito jovem su­ toridade e direção divina, José organi-
bindo do alto e a memória da visão (Continua na pág. 280)
EMBAIXADOR DE CRISTO
Por Joseph M . Heath.

minha fé. Eu sómente tenho fé em


sua fé” .
Como era no meridiano dos tem­
pos quando Jesus Cristo escolheu os
seus doze apóstolos, assim é hoje em
dia. O apostolado leva a mesma
responsabilidade com poderes e dons
iguais. Quer êles sejam pescadores
como Pedro e Tiago, ou advogados, a
chamada vem à pessoa preparada pela
sua fidelidade ao Evangelho. Elder
Cowley foi chamado, em 1945, a ser
apóstolo depois duma vida fiel e re­
pleta de responsabilidades.
Há 51 anos, no lar de Matthias
Foss e Abbie Hyde Cowley em Pres-
ton, Idaho, nasceu o menino que re­
cebeu o nome de Matthew. Ambos
os pais vieram de famílias honradas
e fortes em defender os princípios da
justiça. Este casal foi abençoado
com oito filhos e filhas. Eles ensi­
MATTHEW COWLEY
naram a seus filhos a importância de
viverem perto de Deus.
“E Jesus, chamando os seus doze Mais tarde, na sua vida, enquanto
discípulos, deu-lhes poder sobre os estava à frente do corpo da Igreja,
espíritos imundos, para os expul­ antes da sua aceitação como apósto­
sarem, e para curarem toda a en­ lo, Elder Cowley assim se expressou:
fermidade e todo o mal” .
“Agradeço a Deus, meus irmãos e
irmãs, e amigos, por ter sido criado
Quando o Apóstolo Matthew Cow- num bom lar. Dou graças por me
ley voltou às missões nas Ilhas Pa­ ter sido ensinado nesse lar a impor­
cíficas e especialmente em Nova Ze­ tância da moralidade, e que desde a ju­
lândia onde trabalhou como presi­ ventude aprendi a honrar o sacerdó­
dente da missão durante muitos anos, cio do Deus Todo Poderoso” .
êle encontrou multidões de pessoas Cedo em sua vida, aos 17 anos, co­
esperando as bênçãos invariavelmen­ meçou êle a sua primeira missão à
te trazidas por este servo de Deus. Nova Zelândia. Durante cinco anos
Com acolhidas calorosas êle entrou da primeira Guerra Mundial, êle tra­
em cada ilha, abençoando e instruin­ balhava entre o povo Maori e termi­
do o povo. Durante uma conferên­ nou esta missão em 1919. Poucos
cia 76 aflitos receberam uma bênção anos após a sua volta, realizou-se o
do Apóstolo. enlace eterno com uma moça linda
“E êles são curados”, declarou El­ e talentosa, Eiva Taylor, no templo
der Cowley, “tal é a sua fé. Eu sei de Deus.
quando ponho as mãos sobre as suas A sua educação não foi prejudica-
cabeças que serão curados. Não é a ( Continua na pág. 278)
— 269 —
SAUDAÇÕES
PELA PR IM EIR A PR ESID ÊN CIA DA IG R EJA DE

Há dezenove e meio séculos atrás, dia, primeiro à Maria Madalena, de­


Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois às mulheres da Galiléia, então
tomou um corpo mortal o que Ele fez a Pedro, aos dois discípulos no seu
cumprindo o divino plano traçado caminho a Emaús, para os Apóstolos
antes da formação do mundo, e exe­ reunidos na mais alta câmsCra, estan­
cutou aquele trabalho, sem o qual o do Tomé ausente; uma semana mais
homem não podia alcançar seu des­ tarde a todos os Apóstolos, inclusive
tino. Tomé; mais tarde aos discípulos, Pe­
Ele teve origem na mangedoura. dro e os demais, pescando no Lago
Ele era humilde, descendo abaixo da Galiléia; depois a uma grande
de tudo para que pudesse exaltar-se multidão, a Tiago, e outra vez aos
acima de tudo. discípulos, aos quais deu uma incum­
Por trinta anos Ele foi um humilde bência final e depois Sua ascenção.
carpinteiro. Então João O batizou e Algum tempo durante esse período
Deus testificou: “Este é o Meu Filho Ele veio a este hemisfério em Seu res­
Amado, em quem me comprazo” ; o suscitado corpo e administrou aos Ne­
Espírito Santo desceu sobre Ele. phitas, dirigentes de Sua,Igreja, es­
Por três anos ele viajou através colhendo outros ApóstoloC^ara espa­
da Judéia, Galiléia e Peréa, traba­ lhá-la nesta terra e repetindo a eles,
lhando extremamente, fazendo mila­ Sua “outra ovelha”, as grandes ver­
gres. Ele curou o doente, o coxo, o dades que ele tinha proclamado aos
paralítico e o cego; expulsou os demô­ Judeus da Palestina. A multidão
nios; andou sôbre a água; alimentou reunida dos Nephitas, o Pai apresen­
multidões com poucos pães e peixes; tou Cristo, dizendo:
colocou de lado a coroa que o povo “Eis aqui, meu Mui Amado Filho,
ofereceu-lhe; abençoou criancinhas; no qual me alegro, no qual glorifi-
condenou o pecado; castigou volun­ quei meu nom e; a Ele deveis ouvir” .
tariosos, persistentes pecadores; per­ Ele veio no meridiano do tempo,
doou ao pecador arrependido e o in­ exclusivamente entre o povo da terra
duziu a viver honradamente; ressus­ que respeitava o verdadeiro Deus —
citou o morto. eles eram um diminuto deístico oásis
No fim de Seu trabalho missio­ de almas numa grande, inculta e de­
nário veio a grande oração no Jar­ sabitada região de pagãos. Ainda
dim, depois a traição, o aprisiona- eles rejeitaram Cristo e O crucifica­
mento, a provação, o julgamento de ram.
Pilatos, a crucificação, e a morte na No tempo em que os Apóstolos ain­
cruz: “Pai perdoa-lhes, pois não sa­ da viviam, o paganismo com sua vida
bem o que fazem” ; e finalmente o se- de transgressão, era feito com incur­
pultamento. são sobre a verdadeira fé. As epís­
Enquanto Seu corpo estava deita­ tolas de Pedro, Tiago, João e Judas,
do na tumba, Ele visitou a “outra ove­ estão repletos com advertências, exor­
lha”, da qual Ele tinha falado aos tações, condenações, sobre a separa­
discípulos em Jerusalém — os Nephi­ ção dos membros da Igreja primiti­
tas neste hemisférió. va, dos puros princípios do Evangelho
Então veio a manhã da Sua ressur­ de Cristo e a vida que o mesmo pres­
reição e Seu aparecimento naquele crevia .
— 270 —
DE N A T A L *=***'
JESUS CRISTO DOS SAN T O S DOS ÚLTIMOS D IAS

Então os Apóstolos foram chamados pense tal homem que receberá do


de volta, e a escuridão predominou. Senhor alguma coisa”.
Escritores cristãos declaram agora Nesta escuridão espiritual, o meni­
em atenção à época post-Apostólica: no Profeta, incitado a isto pela pro­
“A época da inspiração terminou — messa de Tiago, veio para a floresta
aquele incomparável século que co­ e orou pela luz. A luz veio, e no cen­
meçou com o nascimento de Cristo e tro o Pai e Filho com sua invariável
acabou com a morte de João — o rumo declaração:
dos séculos decái mais uma vez ao “Este é o Meu Filho Amado,
metódico plano a tempo comum. A ouvi-O!”
terminação do tempo de inspiração Cristo então confirmou a José a
foi na verdade o perfeito complemen­ apostasia do mundo, aconselhou-o a
to e consumação da ascenção do não filiar-se a nenhuma das seitas,
Senhor. porque seus credos eram uma abomi-
nação aos seus olhos, seus professo­
O último fulgor de inspirada sabe­
res corruptos, seus corações estavam
doria e verdade desapareceu da ter­
longe dêle, ainda que eles pudessem
ra com a delicada despedida dos Após­
atrair com seus lábios, suas doutri­
tolos, e cruzamos neste instante a li­
nas eram mandamentos dos homens
nha misteriosa que separa o sagrado
e sua forma de devoção negava o po­
dos seculares anais do mundo — a
der de Deus.
história da época Apostólica da his­
Moroni um ente ressuscitado, veio
tória da Igreja Cristã. Um grande
mais tarde a José e preparou-o para
abismo os divide (os escritos dos pre­
receber a antiga inscrição intitulada
coces pais cristãos) e os gérminos pro­
o Livro de Mórmon. Depois disso as
dutos da divina inspiração” .
placas de ouro foram entregues, tra­
Desta maneira a escuridão espiri­ duzidas e dadas ao mundo. Então o
tual pousou sobre o mundo, as escu­ Sacerdócio foi restaurado, o Aaroni­
ras épocas vieram e a apostasia cristã co, sob as mãos de João, o Batista, o
estava completa.
Melquizedec sob as mãos de Pedro,
O verdadeiro evangelho e o Santo Tiago, e João. Sob a autoridade do
Sacerdócio de Deus não estiveram Santo Sacerdócio de Deus, a Igreja foi
maior tempo sobre a terra. A imita­ novamente organizada sobre a terra,
ção sómente esteve entre os povos do guiada e dirigida pelo Santo Sacerdó­
mundo. cio, o qual foi restaurado com tôdos
Tiago deu a chave fundamental os seus poderes e chaves.
para a aproximação de Deus, para a Em seguida veio uma sérft de gran­
divina direção: des revelações do Senhor ao jovem
“ E, se algum de vós tem falta de profeta, assentando a Igreja e orga­
sabedoria, peça a Deus, que a todos nizando o Sacerdócio.
dá liberalmente, e o não lança em Muitas vêzes o Salvador falou a
rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, po­ José, fazendo saber sua vontade
rém, com fé, não duvidando, porque grandes verdades e princípios perten­
o que duvida é semelhante a onda do centes à salvação e exaltação do ho­
mar, que é levada pelo vento, e lan­ mem.
çada de uma para outra parte. Não Ele visitou José e Sidney em Hiram,
— 271 —
Ohio; êles viram-No e conversaram e autoridade para agir em nome de
com Ele em celeste visão: Deus.
“E enquanto nós meditamos sôbre Nós, humildemente proclamamos
estas coUsas, o Senhor provou os olhos nosso testemunho que o Filho esteve
de nossos entendimentos e eles foram desde o início com o Pai; que o Filho
abertos, e a glória do Senhor brilhou foi o Criador do Mundo e tudo o que
em seu redor. há nele; que Ele foi feito de carne, o
“E nós contemplamos a glória do verdadeiro Filho de Deus, e permane­
Filho, na mão direita do Pai, e rece­ ceu entre os homens; que Ele andou
bemos da sua plenitude; entre os homens na carne, fazendo
“E vimos os santos anjos, e os que notáveis milagres; que Ele é o pão da
são santificados em frente de Seu tro­ vida e não terá fome aquele que dele
no, venerando a Deus, e o Cordeiro, come e não terá sêde aquele que n ’Ele
que O venera para sempre e eterna­ acredita; que ele é o caminho, a ver­
mente . dade e a vida; que não há outro nome
“E agora após os muitos testemu­ debaixo do céu dado entre os homens
nhos que foram dados d’Ele, este é o porque precisam ser salvos; que Ele
testemunho, o último de todos, que fez a grande expiação pela queda de
nós damos d’Ele: Que Ele vive! Adão e desta maneira fez o possível
“Porque nós O vimos mesmo na mão para que tôdos os filhos de Deus ve­
direita de Deus; e escutamos sua voz, nham de volta, finalmente para Sua
sustentando o testemunho de que Ele presença; que Ele morreu e foi ressus­
é o Unigênito do Pai. citado, os primeiros frutos da ressur­
“Que por Ele, atravez d’Ele, e d’Ele, reição; que por e através de Sua res­
os mundos são e foram criados e os surreição todos os homens serão res­
habitantes, dêsses são filhos e filhas suscitados em devida ocasião do
gerados em Deus” . Senhor.
Uma importante visão foi mais tar­ Nós declaramos, pouco adiante, que
de outorgada a José e Oliver, no Tem­ havia uma perda da primitiva fé do
plo Kirtland, no qual eles viram o Evangelho ensinado por nosso Senhor
Senhor parado no parapeito do púl­ e Mestre; que o Sacerdócio de Deus
pito do templo. Ele declarou a eles, e sua autoridade foram retirados da
“Eu sou o primeiro e o último; Eu sou terra; que a terra esteve em escuri­
aquele que vive; aquele que foi assas­ dão espiritual; que para cumprir os
sinado; Eu sou vosso advogado com propósitos de Deus de dar a todos os
o Pai” . Após terminada a visão, os seus filhos, ambos — os mortos e os
céus foram abertos e Moisés, Elias, e vivos — a oportunidade de ganhar a
Elizeu vieram e entregaram a José e vida eterna, o Evangelho precisa ser
Oliver as chaves da dispensação sò- restaurado completamente e o Santo
bre as quais deles falaram. Sacerdócio novamente colocado sobre
Assim foi aberta a Última Dispen­ a terra com seu poder e autoridade.
sação, a Dispensação da Plenitude do Nós, solenemente prestamos teste­
Tempo. Desta maneira foi revelado munho que por intermédio do jovem
ao Profeta de Deus, escolhido para en­ José Smith, um humilde instrumento
cabeçar a Última Dispensação, o Evan­ nas mãos de Deus Todo Poderoso, o
gelho de Jesus Cristo. Foi assim, Evangelho de Jesus Cristo foi nova­
restaurado o Santo Sacerdócio de mente dado a conhecer aos homens
Deus sob as mãos dos santos entes e o Sacerdócio com suas chaves foi
segurando as chaves e autoridades a restaurado para a terra; que os prin­
ele pertencentes. Mais uma vez a cípios ensinados pela Igreja de Jesus
terra foi inteiramente dotada com Cristo dos Santos dos Últimos Dias
verdade eterna e com o direito, poder (Continua na pág. 278)
— 272 —
0 MORMONISMO
Por Stephen L. Richards
2.a Parte
(Continuação do último número) os membros devam converter todas as
DOUTRINÁRIO suas propriedades em tesouro da Igre­
ja, mas é o seu dever contribuir como
Todos os homens são iguais perante
dízimo um décimo de tudo quanto per­
a lei e todos têm a oportunidade, mes­
cebem, em reconhecimento da bondade
mo os mortos, para aceitar as prom es­
do Senhor e tambem para assistir ao
sas e bênçãos. Porém, todos terão que
prosseguimento de Seu trabalho. O
saber e compreender o Evangelho e
restante de suas rendas e possessões
aqueles mortos que entraram no mun­
devem ser empregadas sábia e reve-
do espiritual sem esse conhecimento,
rencialmente para a manutenção de
depois desta vida, terão oportunidade
seus lares, adiantamento e educação de
de aceitá-loi através de trabalhos vica-
seus filhos e em outros propósitos que
riais de seus descendentes ou outros
possam contribuir para o estabeleci­
amigos da irmandade da Igreja. Esses
mento do reinado do Senhor. Tambem
trabalhos são feitos dentro dos templos
é esperado que os membros contribuam
construídos para esse fim. No reinado
para cs trabalhos missionários, para o
do Senhor não haverá injustiça.
cuidado aos pobres, construção e con­
Dentro desses templos tambem são
servação de capelas e para outros pro­
executadas cerimônias de caráter mui­
pósitos da Igreja.
to singular, para os vivos . Pela virtu­
de do Espírito Santo, um homem e uma Eles acreditam no princípio do je ­
mulher podem ser aí unidos em ma­ jum e é de seu costume se abster de
trimônio, não sómente para esta vida duas refeições no mínimo, no primeiro
com o tambem para a eternidade. A s­ domingo de cada mês e contribuir com
sim é criada uma união conjugal des­ a importância correspondente à conta
tinada a durar para sempre, e com a existente para o socorro aos pobres
prole, provinda dessa união, é estabe­ honrados. Além da utilidade dessa con­
lecida a família, instituição religiosa tribuição, eles sentem que o ato de je ­
que reputam sagrada. A sua perpetua­ juar, reduzindo a energia física do cor­
ção, da qual a retidão é constituída po, trás humildade e consequentemen­
pela ordem da Igreja, é a mais alta te, desenvolvimento espiritual. Os
benção que se pode obter. Os homens “ M orm ons” aceitam o poder do Sacer­
não podem contrair tais laços, a menoe dócio como delegação direta do Senhor.
que tenham o sacerdócio de Deus, de­ Toda a prática prescrita do Sacerdócio
vendo as mulheres apresentar fidelida­ é administrada sob a sua autoridade.
de e atos de merecimento. A projeção Um homem pode receber tal autorida­
desses lares para a eternidade é uma de pela ordenação daqueles que a pos­
grande parte do. Céu que os membros suem, mas sómente pode exerce-la com
procuram alcançar. A isso denominam humildade e retidão. Toda vez que al­
“ o princípio do casamento celestial” , guem utiliza essa autoridade para pro­
que não deve ser confundido com o ca­ pósitos egoístas ou intentos posteriores,
samento plural. ela perde q seu efeito ou valor. Ela
A concepção teológica da Igreja, é não deverá ser usada em caráter com ­
que o Senhor é o doador de tudo que pulsório, nem desviada da retidão, mas
o homem possue e que o dever deste deve se-lo pela persuação, em brandu-
é consagrar tudo que ele tem, para o ra, bondade, amor e fé. É um dote di­
engrandecimento do reinado de Deus. vino e só poderá ser usado em propó­
Essa consagração, não quer dizer que sitos semelhantes.
— 273 —
É usado frequentemente na benção e todas as outras iniciativas do desenvol­
cura dos doentes e aflitos, na doação vimento economico de um país ou de
de conselhos inspirados e predição das um povo. Sem esse auxílio, a maior
coisas a porvir. Todo homem que a parte das mais produtivas industriais
mantem é outorgado por sua divina que o povo possui não teriam sido pos­
inspiração para seu próprio governo, síveis ou pelo menos sua organização
bem como ao de sua família e à ben­ não poderia ter sido feita por muito
ção dessa. Os homens que são nomea­ tem po.
dos oficiais e sustentam esse título na A sua contribuição não foi somente
Igreja, são inspirados para a direção no desembolso de capital requerido
e benção da mesma. para tais iniciativas, mas, tambem em
Os patriarcas autorizados da Igreja, muitas ocasiões, tomou iniciativa no
adiministram a benção aos membros planejamento', fornecendo valorosos
dessa, descrevendo sob a inspiração a conselhos e supervisão na conduta des­
sua genealogia, predizendo tambem as ses assuntos. Através da lealdade, res­
suas vidas no porvir. Tais bênçãos tem peito e estima com que corresponde o
sido atendidas com singular veracidade povo aos líderes da Igreja, eles foram
de profecia e tem trazido encorajamen­ capazes de unir e dirigir as forças eco-
to, conforto e fé ao povo. nomicas de maneira a tornar possíveis
as realizações que de outra form a te­
ECONOMICO riam sido impraticáveis. O princípio
“ Santidade ao Senhor” inscrito sobre da cooperação! foi usado na linha de
a porta de uma loja e o nome “ Sião” , quasi todos os empenhos industriais.
incorporado em ncme de Bancos e ou­ Enquanto o principal objetivo da
tras instituições financeiras, oficiais da Igreja em suas atividades comerciais
Igreja inseridos e enunciados com o as­ foi sempre auxiliar o adiantamento' do
sociados dirigentes e funcionários em povo, ela chegou, contudo, a possuir
grandes empreendimentos comerciais, grandes direitos financeiros em muitas
chamam a atenção de uma situação que das maiores organizações economicas
tem poucos, se tiver algum, “ fac-sím i­ da região do oeste intermontanhoso dos
le” em todo o país. Tais evidências EE. UU. da A m érica.
da participação clériga no comércio,
são muito comuns nas comunidades HISTÓRICO
“ Mórmons” . Uma das principais pre­ O Mormonismo principiou nos dias
ocupações da Igreja tem sido a de primordiais do século X IX . Em 1820
adiantar o bem estar temporal e finan­ um jovem com somente 14 anos de ida­
ceira dos membros e das comunidades de, que residia na parte oeste do Es­
em que estes viveríf. tado de Nova York, foi tomado de gran­
Nos dias primordiais do desenvolvi­ de interesse, agitação e confusão, por
mento da região, quando os capitais discussões religiosas e conflitos desen­
ainda eram precários, essa iniciativa volvidos por seitas, na visinhança de
consagrou grandes meios em assistên­ sua residência. Religião era popular
cia ao povo, na construção, de estradas, naqueles tempos e era de se esperar
pontes, represas, canalizações e arma­ que toda pessoa aderisse a uma ou ou­
zenamento dos produtos agrícolas e até tra igreja. Este jovem tomou muito a
algumas aquisições das fazendas. Em sério o. ato da escolha que deveria fa ­
anos mais recentes, a sua contribuição zer para a sua religião. Era cuidadoso
fez-se sentir no. estabelecimento de ar­ e queria estar certo, sendo que as in­
mazéns, fábricas, minas, bancos, com ­ vestigações que foi capaz de fazer não
panhias de seguros, usinas elétricas, satisfizeram os seus intuitos. Ele não
sistemas hidráulicos, estradas de ferro, havia recebido instrução, pois sua fa-
construção de casas comerciais e em (Continua na pág. 285)
— 274 —
HISTÓRIA DE NATAL
Sancho Aprende o Significado
do Verdadeiro Natal

O APITO vistosas não sairam de seu pensamen­


to nem mesmo depois de muito tem­
Por Marie Larsen.
po, quando já haviam começado a
vender os brinquedos trazidos de tão
O ombro de Sancho doia-lhe. Con­ longe. Se ao menos seu pai contas­
duzia ele um cesto de apitos de brin­ se com recursos para dar-lhe como
quedo, caminhando por um longo ca­ presente, alguns daqueles vidros!
minho que o levaria até o mercado Enquanto Sancho, absorvido, assim
onde os venderia. E Sancho era pensava, uma velha senhora, posta­
ainda um menino de pouca idade. ra-se de pé à sua frente, com uma
“Preciso descansar, papai”, disse caixa marrou por baixo de seu chale.
ele ao alto e forte mexicano a quem Com dedos tremendo ela examinou
acompanhava. Este sorriu mostrando um apito. Era um dos que o bom
sua alva dentadura. E pareciam mexicano fizera para imitar o canto
agora seus dentes mais brancos quan­ de um pássaro.
do sorria devido a haver ele perma­ “Imita um canário?”, perguntou
necido várias horas sob sol causti- ela.
cante, trabalhando numa arvore de “Não”, respondeu Sancho.
“manzanita” de cujos galhos fazia A tristeza estava estampada nos
apitos para o Natal. Sua pele era olhos da velhinha. Vendo-a Sancho
bem morena. sentia-se como que obrigado a satis­
“Descanse, meu filho”, disse-lhe, fazê-la. No meio desta preocupação
“e então começaremos a vender” . lembrou-se que seu pai fizera um api­
Sancho depôs o cesto no chão perto to exatamente como ela desejava e
de seus pés. Enquanto estava des­ apressou-se em dizer-lhe:
cansando seus olhos divagavam. Nis­ “ó ! lembro-me agora de que meu
to viu êle lindos vidros de tintas para pai fez um apito como o que a senho­
pintar. Cores como jamais vira e ra procura” . .*
tato havia desejado. Tintas que ha­ Sancho pôs-se a procurá-lo entre
via sonhado possuir para o já tão os demais. Onde estaria o canáfio?
próximo Natal V Aqueles pequeninos Ele vira seu pai colocá-lo dentro do
vidros coloridos em vermelho, amare­ cesto. Mas lá não se encontrava.
lo e azul estavam em pé, perfeita­ Sancho escolheu um outro e o co­
mente alinhados sôbre pedestais à locou entre os lábios para que a ve­
sua frente. Como que maravilhado lha senhora ouvisse seu gorgeio sua­
avançou e chutando o cesto que tinha ve.
a seus pés quasi o virou.
Ela sacudiu a cabeça. “Eu preciso
“Vamos agora”, era seu pai quem um canário. Pois o que minha neta
assim falara. tanto estimava morreu. Ela está
Sancho, obedientemente, pegou o muito triste por não poder ouvir mais
cesto, porém aqueles vidros de tintas seu canto, õ ! se ela tivesse um des­

— 275 —
ses apitos que trinasse com o seu que­ velha sen h ora ouvindo o apito m os­
rido canário, certam ente fica ria m u i­ trou -se con ten tíssim a. E ntão ela
to co n te n te !” tom ou em suas m ãos a caixa que h a ­
“ Onde está o apito que im ita o c a ­ via con servado sob seu ch a le.
n á rio ?” seu pai queria saber porque “ Som ente lhe posso pagar com isto” ,
ouvira o que dissera a velh in h a. disse ela.
S an ch o en guliu . “ Eu penso que O pai de S an ch o pegou a caixa e
sei, p ap ai” . R epen tin am en te le m ­ olh ou d en tro. “ A senhora tam bém
brou -se que ch utara o cesto n a o c a ­ deve guardar isto para sua n e ta ” ,
sião em que estava adm irando os lin ­ d isse-lh e.
dos vidros de tinta. T eria então, ele “ N ão” , recusou ela. “ M eu esposo e
deixado cair o apito do cesto? eu as fa b rica m os. Nós n egociam os
P recip itou-se em d ireção àquela com estas aqui n o m ercado e n ã o nos
barraca. O lhou por todos os lu ga ­ fa rá falta. Fique co m êles p or f a ­
res, m as n ão en con trou o ap ito. v o r” .
“ O senhor viu um apito, que g o r - “ Está b em ” , con cord ou o m oren o
geia com o se fosse um ca n á rio ?” — m ex ica n o . E quando a velh in h a re ­
perguntou S an ch o ao velho m ex ica ­ tirou-se, S a n ch o fico u ob serv a n d o-a
n o de cabeleira bran ca que estava ali. com um sorriso n os lábios que bem
“ Vi” , respondeu êle, “ e darei por traduzia a satisfação que lhe ia na
ele tres vidros de tin ta” . a lm a.
Três vidros por um sim ples apito L ogo que a bondosa velh in h a desa­
de brinquedo! S an ch o n ã o podia pareceu o pai de S an ch o p on d o -lh e
acreditar n o que acabara de ouvir. nas m ãos a caixinh a, disse-lh e: —
Abriu desm esuradam ente a boca num “ T om e, é para v ocê” .
sorriso que refletia a mais alegre e x ­ S an ch o a b riu -a anciosam ente. D en ­
pressão de júbilo. Seu pai ce rta ­ tro dela havia dez vidros de tintas,
m ente aprovaria tal n eg ó cio . Enfim de cores harm oniosas. V erm elho,
êle teria as tintas que ta n to a m b i­ am arelo, azul. T ôdas as cores! Seus
cion ara e adm irara p ou co antes. Isto olh os arregalaram -se. O m exica n o
lhe p rop orcion aria alguns m om entos de cabeleira alva deveria ser o avô
felizes no N atal. Subitam ente aquele da m en in a . Essa era a exp lica çã o
sorriso esvaiu-se de seus lábios. S en - p elo interesse que dem on strara em
tir-se-ia êle realm ente feliz sabendo conseguir o apito de brinquedo. E
que com seu desejo satisfeito levaria p or S a n ch o ter bons sentim entos e
a ou tra criatura a tristeza? Ele m e - querer p rop orcion a r alguns instantes
neou a cabeça negativam ente, e n ­ felizes a um a m enina, ganhou dez v i­
qu anto o velho m exican o escolhia três dros dos que ta n to alm ejava ao in ­
cores de seu sortim en to. vés de apenas três.
“ Não posso a ceitá -los” , disse. “ Se S an ch o sorriu de con ten ta m en to e
os aceitasse levaria a tristeza ao c o ­ agradeceu a seu pai o presente. —
ração de um a m enina na m a n h ã de “ A m anhã será o mais belo N atal de
N atal. Não, eu preciso levar êsse tod os” , disse ele com co n v icçã o .
assobio” . Traduzido por
P egou o apito e rapidam ente v o l­
tou para on de se a ch a va seu p a i. A Elias Cassas Peinado.

FELIZ NATAL
— 276 —-
ESCOLA Dominical
ELDER ROBERT E GIBSON
VERSO SACRAMENTAL P AR A O
MÊS DE JANEIRO ENSAIO DE CANTO PARA O MÊS
A tende as nossas petições, DE JANEIRO
Tu, que és divino am or;
“ Suave é o T ra b a lh o” .
A um enta em nossos corações,
H inário — P ágina 17.
De fé um santo ardor.

SUAVE É O TRABALHO
H ino p or Isaac W atts.
M úsica p or John J . M cC lellan.

ISAAC W A TTS — O HINÓGRAFO Passou seu tem po em escrever hinos


e em publicar discursos. Seus Sal­
Southam pton, Inglaterra, fo i a c i­
mo de Davi e Canções Divinas e Mo­
dade onde nasceu Isaac W atts, a 17
rais para Crianças são os m ais c o ­
de Julho de 1674, a prim eira das oito
n h ecid os.
crian ças na fam ília. Seu pai fo i d on o
Isaac W atts m orreu a 25 de N o­
de um a pensão.
vem bro de 1748, e foi en terrado em
Isaac W atts foi um a cria n ça a d ia n ­
Bunhill Fields. Há um a placa co m e ­
tada. Estudou os clássicos aos cin co
m orativa, em m árm ore em W est-
anos, e é dito que ele escreveu v e r­
m inster Abbey e um S alão C om em o­
sos religiosos, para agradar sua mãe,
rativo em S outham pton, edificados
quando tinh a sete ou oito anos. Em
em sua h on ra .
con vicção religiosa fo i n ã o -c o n fo r -
m ista e por esta razão n ão era p er­
O HINO
m itido das universidades, mas estu ­
dou em H aberdasher’s Hall, . uma Q uando Em m a Sm ith fez a prim ei­
academ ia em L ondres. Aí, o tra b a ­ ra coleção de hinos dos Santos dos
lho excessivo cau sou -lh e um a fra q u e­ ú ltim os Dias ela escolheu e publicou
za física, da qual ele n u n ca se refez quinze escritos pelo D r. Isaac W atts.
com p letam en te. Serviu com o in s­ “ Suave é o tra b a lh o” fo i incluido, não
trutor na fam ília de Sir Joh n H ar- ten do sido, n un ca, exclu id o de nossas
top p e escreveu dois livros in stitu la- com p ila ções. Em m a Sm ith gostou
dos: Lógica, ou o Uso Correto da Ra­ desta bonita ca n çã o de elogio, assim
zão na Investigação da Verdade, e O com o os com piladores desde seu tem ­
Conhecimento Facilitado da Terra e p o . Não obstante, este h in o não é re­
dos Céus. No seu vigésim o a n o to r ­ con h ecid o pelos críticos ser tão bom
n ou -se assistente do Dr. C hauncey, com o alguns outros dos hinos de
um clérigo independente, e dois anos W atts. Um alto estandarte têm os
m ais tarde o sucedeu em M ark Lane, hinos deste autor, pois, dos 500 por ele
L ondres. Em 1712 residiu com Sir escritos, são m ais usados pelas c o n ­
T hom as Abney, de A bney Park, onde gregações de que quaisquer outros es­
perm aneceu o resto de sua vid a. critos em inglês .
O COM POSITOR — JOHN J. de 1874. Sua p recocidade m usical
McCLELLAN m a n ifestou -se em tenra idade. C o­
Em tôdas as ocu pações da vida, de m eçou o estudo de m úsica quando ti­
vez em quando aparecem h om en s e nha dez anos e fo i organ ista da Ig re ­
m ulheres que são m ais adian tados do ja com onze an os; estudou com p r o ­
que seus sem elhantes. Na ciência, fessores locais até Julho de 1891,
literatura, arte, indústria, estes g i­ quando saiu de U tah para M ichigan.
gantescos pela força natu ral de seus Lá ele trabalhou m uito, e m ais ta r­
talentos, d istin g u em -se. Um destes de, em A nn Harbor, estudou com c o m ­
fo i John M cClellan, que distinguiu-se petentes professores con h ecid os in te r­
com o organ ista e que m ais do que n a cio n a lm e n te . Lá, ele tom ou parte
qualquer outro hom em fez adm irado em m uitos program as m usicais, en si­
o órgão pelo povo am erican o. nou classes, e fu n d ou um a orquestra
Joh n J. M cClellan, filh o de Joh n sin fôn ica . Sua vida m usical na
Jasper e E lizabeth B . M cClellan, n a s­ A m érica e Europa fo i m u ito ativa, e
ceu em Payson, Utah, a 20 de Abril in iciou cursos com X a v er Sharw enka,
o pianista notável da H ungria.
Saudações (Continuação da pág. 272) Q uando residiu em S alt Lake City,
eram aqueles que fora m ensinados torn ou -se organ ista do T abern ácu lo e
p or Jesus na ca rn e; que, com o Ele diretor da Salt Lake O pera C om pany.
disse a Nicodem os, assim ain da é, que Casou com M ary Douglass, e eles f o ­
os hom en s precisam nascer da água ram aben çoados com cin co cria n ça s.
e do espírito para que possam entrar Joh n J . M cC lellan m orreu n o dia 2
no reino de Deus, que as orden ações de A gosto de 1925. Reg.
para ou torgar estes precisam torn a r-
se efetivas, serem executadas p or Embaixador de Cristo
aqueles de posse do S a cerdócio de (Continuação da pág. 269
Deus; que a roch a da revelação é a da devido ao seu serviço na Ig re ja .
roch a sobre a qual a Ig re ja de Jesus Ele estudou e afin a l fo rm o u -se co m o
Cristo dos Santos dos ú ltim os Dias a d v og a d o. Na sua carreira p ro fis­
está con stru ída; e que Deus ainda guia sional êle provou ser um h om em h á ­
Sua Ig reja pelas revelações de Sua bil e ap to nas suas ob rigações.
v on ta d e; e que a Ig reja de Jesus Ao adven to da segunda G uerra
Cristo dos Santos dos ú ltim os Dias é M undial veio a segunda ch am ad a da
a verdadeira Ig reja de Cristo e a ú n i­ prim eira presidência da Ig re ja para
ca Ig reja na fa ce da terra que possue que fôsse à N ova Zelândia para agir
as verdades do eterno E vange­ com o presidente da m issão. Desta
lh o, o direito de oficia r nas suas c e ­ vez levou con sigo a sua esposa e f a ­
rim ônias e ordenanças, e que tem a m ília. D urante m ais oito a n os êle
autoridade para agir em n om e de serviu com o presidente e fez um a
Deus, através de Seu S an to S a cerd ó­ obra m aravilhosa entre este p o v o .
cio, o qual sóm ente a Sua Ig reja pos­ Pela sua devoção ao trabalh o,
sue. am or para com o povo, bon d ade p r o ­
Nós prestam os este testem unho h u ­ p orcion ad a, grandeza e realizações
m ildem ente em n om e do S en hor Jesus da sua vida, êle positivam en te tem
Cristo, e sob Sua in spiração e pela v ir­ cum prido as palavras da sua bên ção
tude do Santo S a cerdócio de M elqui­ p atriarcal p ron u n ciad a m uitos anos
zedec, o qual guardam os, seja assim . a trá s :
A m ém . George Albert Smith. “ T u to rn a r-te -á s em baixador de
J. Reuben Clark Jr. Cristo até os m aiores lim ites da te r­
David O. McKay. ra. O teu en ten d im en to será vasto
A P rim eira Presidência. e a tua sabedoria alca n ça rá os céus.”
— 278 —
SACERDÓCIO

Período de atividades: Hino, oração, 4. A importância das reuniões.


chamada, relato sobre as designações 5. Fidelidade e prosperidade.
executadas durante a semana, conside­
ração das maneiras para atrair os m em ­ TERCEIRA SEMANA DE JANEIRO
bros ausentes, designação, dos deveres
para todos os membros, instruções so­ “ A missão maravilhosa dos filhos de
bre os deveres e sobre os cumprimen­ Mosiah àos Lamanitas” — Capítulos 17
to das designações, atividades sociais e e 18 de Alma — O Livro de Mórmon.
fraternais. Pontos para a Discussão:
Período da Lição: Lição Sacerdotal 1. A vida simples e humilde destes
da semana — Instruções por um m em ­ servos de Deus. A fonte de seu poder.
bro da presidência do Ramo sobre há­
2. Como Deus proporcionou um ca­
bitos e virtudes.
minho para que Ammon pudesse mos­
trar o “ Seu” poder nele.
PRIMEIRA SEMANA DE JANEIRO
3. O verdadeiro Deus.
4. Manifestação e força do Espírito.
“ A perseguição dos crentes” — Ca­
pitulo 14 de Alma — O Livro de M ór­
mon. QUARTA SEMANA DE JANEIRO
Pontos para a Discussão:
1. Porque é que geralmente poucos “ Ammon, Instrumento do poder de
aceitam a mensagem dos profetas? Deus” — Capítulo 19 de Alma — O
2. A destinação dos inocentes que Livro de M órmon.
sofrem injustamente. Pontes para a Discussão:
3- Tentação usada pelas forças do 1. A diferença entre a luz e a es­
mal (Vs. 24). (V eja Mat. Capítulo 4 ). curidão .
4. A libertação milagrosa de Alma 2. Há descrença ainda que tenham
e A m u lek . sinais dos Céus.
3. Não basta o batismo. A missão
SEGUNDA SEMANA DE JANEIRO: da Igreja organizada.

“ Conversão na Igreja Verdadeira” QUINTA SEMANA DE JANEIRO


— Capítulos 15 e 16 de Alma — O L i­
vro de Mórmon. “ Revista e Capítulo 20 de A lm a” —
Pontos para a Discussão: O L ivro de Mórmon.
1. Necessidade de remorso e humil­ Pontos para a Discussão:
dade para obter perdão. 1. Porque o pai de Lamoni não
2. Poder da fé para conduzir uma aceitou o seu testemunho da verdade?
pessoa ao arrependimento e ao batis­ 2. As palavras de Ammon sobre
m o. a vingança dos inocentes.
3. Estabelecimento da Igreja com 3. Resumo das experiências de
oficiais. A m m on .

— 279 —
José Smith (Continuação da pág. 268) tando liderança espiritual, do que foi
zou a Igreja de Jesus Cristo, 6 de Abril feita contra José.
de 1830. Pseudos-amigos haviam condenado-o
Então começou a perambulação do com verdades semi-ditas e louvores irô­
moderno Israel com uma vagarosa nicos.
multiplicação de seus membros o que Cada ato, palavra, e obra dele tem
durou, na éra de José, não por qua­ sido investigado minuciosamente para
renta anos, com o o velho Israel, mas se encontrar um ato equívoco, uma pa­
dezesete anos até que os Santos dos lavra casual, uma obra negligente afim
Últimos Dias achassem refúgio final e de causar suspeitas, zombarias, e tudo
uma paz comparativa nas Montanhas para destruí-lo e o seu trabalho.
Rochosas. Ainda mais — falsidades foram con­
Eles foram de Nova York, a Pennsyl- tadas usando os fatos com a intenção
vania, depois a Ohio, depois a Missou- de falsificar a verdade; situações fal­
ri, depois a Illinois, todos sob a che­ sas foram inventadas, registros dos tri­
fia do profeta, — 14 anos de grandes bunais têm sido inventados e usados
provações, grandes pobrezas, persegui­ com o as bases de livros inteiros de de­
ções de tôda prova. Os passos de José clarações falsas e vis.
eram seguidos com opressões cruéis, Nascido, e servindo no mundo m o­
perseguições sem fundamento; com derno, com comunicações modernas e
amizades falsas e destruídas dos homens uma imprensa com liberdade completa
ccm os quais, ele confiava até a própria para imprimir as suas palvaras, tudo
vida; com a apostasia de alguns sobre que ele fez e deixou de fazer, as suas
os quais ele confiou em demasia, — 14 atitudes e pareceres, e expressas e pre­
anos de pilhagens, arruaças, incêndios, sumidas, as suas fraquezas (e era so­
forçados a abandonar, estupros, e vio­ mente hum ano), e com negação de li­
lências às mulheres, para ele e seu berdade das suas virtudes ele supor­
povo, e em tudo aquilo em que ele to­ tou uma publicidade que nenhum ou­
mava completa parte. Finalmente veio tro líder de uma dispensação, nem lí­
o seu martírio, nas mãos de uma mul­ der de uma reform ação precisava su­
tidão, contra quem o Governador de portar .
Illinois havia prometido protegê-lo de
No inferno não há arma tão vil que
ira e dos seus planos sanguinários. A s­
não tem sido usada, e tornada a ser
sim selou o seu testemunho com o seu
usada contra ele.
sangue aos 38 anos de idade, ainda mais
jovem do que quando os seus grandes As escrituras que ele nos deu por
predecessôres, os líderes das outras tradução e revelação, têm sido aplica­
dispensações, chegaram ao princípio do das a todos os testes que vil ingenui­
seu trabalho. dade podia inventar. Estas escrituras
Ainda, durante^ todos estes anos, ele têm sido as beneficiárias de ataques
estava perto do Senhor, como Moisés; tão vigorosos com propósitos tão m a­
ele tinha dias após dias de grande jú ­ lignos e intencionalmente destrutivos
bilo e exaltação espiritual, quando o com o qualquer que tem sido dirigido
Senhor falou-lhe como um amigo, contra a própria Bíblia. Ambas escri­
quando recebeu, para ele mesmo e o turas têm sido as vítimas das mais in­
seu povo. de acôrdo com as necessida­ tensas guerras manifestadas e cam ou-
des, as revelações do Senhor Deus O fladas por atêios até agora dirigidas
Todo-Poderoso. Ele tinha dias de muita contra qualquer livro na história do
aflição e tribulação, mas nunca um dia mundo; ainda ambas suportaram todos
de dúvida. os testes, ambas repeliram cada ataque.
Nunca foi feita uma guerra de ca­ Que as escrituras de José eram e são
lúnia e abuso mais implacável contra os recipientes dos mesmos assaltos que
qualquer homem afirmando e manifes­ foram dirigidos contra a Bíblia é um

— 280 —
testemunho que Santanaz reconhece W oodruff O' lenço, o qual abençoou, e
que as duas escrituras — a Biblia e Irmão W oodruff passando-o nas testas
as traduções e revelações do profeta — febris dos aflitos, curou-os mesmo como
são iguais, contendo os mandamentos nos dias antigos quando os doentes fo ­
do Senhor aos homens. ram curados pelos lenços ê aventais
Pergutamos àqueles que dão pouco trazidos do corpo de Paulo (Atos 19:
valor a José, e que levam a sério ou 11 ).
caçoam o seu trabalho e os seus en­ A sua fé conheceu sómente os limi­
sinamentos, darem atenção para estes tes que Deus colocou sobre ela, pois
fatos: Deus não dá a ninguém uma fé que
Tendo um verdadeiro espírito mag­ possa frustrar os seus propósitos, e sa­
nético atraiu para si, ainda enquanto bedoria infinita, ou alterar o curso que
moço, homens adultos de experiência, e Ele delineou.
de instrução muito maior do que ele Pedimos àqueles que caçoam e zom ­
possuia. bam, a considerarem que enquanto or­
A sua própria família cedo acreditou ganizava e fortalecia a Igreja; enquan­
nele, embora que a família seja muitas to conduzia o seu povo, forçados a
vezes a última para reconhecer supe­ abandonarem lugar após lugar por la-
rioridade espiritual num dos seus mem­ mentaveis e algumas vezes sanguiná­
bros. (Parece que os irmãos e irmãs rias perseguições; enquanto- planejava
de Jesus não o aceitaram até depois da e dirigia a construção de cidade após
sua cru fica çã o ). cidade, e o erguimento de grandes edi­
Enquanto o seu trabalho efetivava- fícios públicos, o povo sempre estando
se outros grandes homens deram a José em grande pobreza, e ninguém mais
fidelidade, e respeito completo', obe­ pobre do que ele, produziu uma escri­
diência e honra — Brigham Young, tura (por tradução e revelação) que é
Heber C. Kimball, Willard Richards, quasi três quartos do tamanho do ve­
Daniel H. Wells, Jedediah Grant, W il- lho e novo testamento conjuntos; que
ford W oodruff, John Taylor, Lorenzo o Livro de Mórmon só, contem um vo­
Snow, os Pratts e muitos outros. cabulário de 5.500 palavras diversas
Ele era um homem de qualidades de — (José era um moço de 24 anos, sem
liderança sem rival. Do desastre de instrução form al quando terminou este
Zion’s Camp (Campo de Sião), e do liv r o ); que as suas escrituras contêm
meio daqueles que o seguiram num muitas passagens da mais excelente li­
exército para lutar se precissem pela teratura; que não há uma história exó­
posse das suas terras em Jackson Coun- tica por incidência erótica em todas as
ty, e atacados por praga, voltaram um escrituras que produziu, mais que se
por um, ou em pequenos grupos desor­ pode dizer da Biblia; que o Livro de
ganizados, ele sentiu-se suportado com Mórmon é quasi quatro vezes maior
ainda maior confiança e devoção de seu que os cinco livros de Moisés; que a
povo, pois, enquanto alguns criticavam maior parte do trabalho de José, o Li­
o povo em geral e 05 maiores homens vro de Mórmon, foi feito em talvez nâo
do acampamento ainda estimavam-no mais de 6 ou 8 mêses; que a sua escri­
como o sumo-sacerdote da Igreja, o tura inteira foi produzida durante um
profeta, vidente, e revelador do Senhor período de uns 17 anos (1827-1844), e
para com o seu povo. Poucos homens a maior parte dentro de 12 anos (1827-
na história sobrevieram tal desastre. 1839); que estas escrituras estão cheias
Grande era a sua fé, como naquele de referências e alusões à Bíblia, que­
dia de milagres nos brejos ao lado do ro dizer, as referências do Livro de
Rio Mississipi, quando exausto, pois “ a Mórmon aos livros da Biblia existindo
virtude tinha deixado-o enquanto cura­ antes da catividade de Israel, embora
va os muitos doentes, ele deu ao Irmão o Livro de Éter, escrito por pessoas

— 281 —
sem conhecimento dos livros da Biblia, mia, e da constituição da matéria.
mesmo os Livros de Moisés, não con­ Querc citar-lhes os grandes dramas
têm nenhuma referência à B ib lia . que escreveu, — de Nephi, Alma, He-
Com tôdas as suas caçoadas, risadas, laman, o irmão de Jared, Mórmon, M o­
mofas, defamações, os seus desejos per­ roni, e muitos outros que nos dizem
versos e falsidades, um milhão de pes­ são as resultados de inspiração divina,
soas honram e veneram a José; este e por qual todos os incrédulos hostis
povo tem um conhecimento espiritual que negam-lhe revelação de Deus, pre­
de que ele era um profeta do Deus cisam reconhecer a sua autoria e gê­
vivo; que fundou sob a direção do Se­ nio creativo, assim proclamando a sua
nhor a Igreja de Jesus Cristo dos San­ grandeza, ou precisam produzir outros
tos dos Últimos Dias; que sêres celes­ que são ois autores reais, e não há ou­
tiais mandados pelo Todo Poderoso, tros. O trabalho era seu, feito de bai­
conferiram sobre ele o Santo Sacerdó­ xo da inspiração do Todo P oderoso.
cio de Deus. Os difamadores de José precisam
Embora as dificuldades e tribulações apoiar-se neste ou naquele dilema por­
com as quais ele e seu povo estavam que mais de 100 anos de realização sem
aflitos, dias após dias, sempre esfor­ igual da Igreja que ele organizou e do
çaram -se no trabalho missionário da povo que o venera com o profeta, vi­
Igreja — ele mesmo repetidamente dente, e revelador de Deus, Todo P o­
saindo para o campo, missionário — e deroso, não podem ser dispensados
que mesmo nas horas mais terriveis os com o coisas sem importância.
adeptos multiplicaram-se rapidamente, E agora ao. findar estas palavras, eu
e a lealdade devotada a José foi básica dou em toda a humildade meu próprio
para os Santo,s dos Últimos Dias. testemunho que José Smith foi o ins­
Chamo a atenção deis difamadores de trumento nas mãos de Deus para esta­
José para o fato que mesmo enquanto belecer a Igreja de Jesus Cristo dos
longe do povo, preso sem razão numa Santos dos Últimos Dias nesta dispen-
cadeia vil, era ainda o seu líder, o povo sação. da Plenitude dos Tempos pela
ainda tinha fé e esperança nele, eles última vez nesta terra; que através de
obedeceram os seus ensinamentos, não José o Evangelho de ./esus Cristo e o
com o gente débil dominada por intri­ Santo Sacerdócio foram restaurados na
gas, mas como homens e mulheres nor­ terra, e ainda estão entre o povo de
mais entre os quais eram tais gigantes Cristo na sua Igreja; que José era, e
mentais e espirituais como já m encio­ é um profeta, vidente e revelador do
nei — Brigham Young e uma multidão Mais Sagrado; que o Evangelho Res­
de gente. Peço os inimigos de José a taurado de Cristo salvará e exaltará
voltar a sua atenção para a perfeita todos aqueles que acreditarem e obede­
diretriz e olhar no seu plano para abo­ cerem os seus princípios; e que não há
lir escravidão, as suas visões do No­ outro caminho de baixo dcs Céus pelo
roeste dos Estados Unidos, seus concei­ qual o homem possa ser salvo e exal­
tos dos princípios de governar, como tado — sómente por seguir os ensina­
ele deixou escrito, e na organização mentos restaurados do Cristo com o re-
maravilhosa da própria Igreja; a sua veladados e restauradados pelo Profeta
avaliação e estimação da Constituição, José Smith.
e a form a de govêrno dos Estados Uni­ Eu dou e apresento este testemunho
dos; as idéias dele de economia básica no nome do Redentor do mundo, Jesus
com o contidas no plano do United Cristo, e chamo a todos que ouvirem-
Order, e o cuidado dos pobres; a sua no ou lerem -no, a escutarem bem a sua
compreensão dos problemas de admi­ significação. Amém.
nistração e o,s seus princípios básicos;
os seus conceitos científicos da astrono­ Traduzido pelo Elder Harry Maxwell

— 282 —
AS DÁDIVAS DAS CRIANÇAS
Personagens:
RUTE e JOÃO, crianças camponesas
DA V f, um pequeno pastor
M ARIA, filha de um pastor
OS TRÊS REIS MAGOS

VESTUÁRIO:
O vestuário de Davi é de tecido
grosso e simples. Um pedaço de fa ­
zenda grande e quadrado, deve ser enro­
lado em sua cabeça, em estilo oriental.
João veste roupa idêntica à de Da­
vi, porem mais pomposa e rica.
Maria e Rute devem usar mantos
longos com bastante fazenda com véus
coloridos aplicados sobre as cabeças e
caindo pelas costas em estilo oriental.
Os três Reis Magos vestem mfintos
orientais e turbantes. Podem ser uti­
lizados roupões coloridos com faixas PARTICULARIDADES:
tambem coloridas e aplicadas na cin­ Para o I ato pode se fazer um poço
tura. facilmente com caixas vasias forrando-
Todos participantes devem represen­ se as partes exteriores com papel de
tar sua parte fazendo transparecer hu­ embrulho pintado de tal forma que
mildade. Devem usar tambem, sandá­ pareçam pedras. Devem ser- colocados
lias afim de simular os hábitos orien­ no poço um balde com uma corda ata­
tais. da e um cântaro grande. Dentro do
poço devem ser colocados um balde
I ATO
com água e algumas vasilhas para Ma­
Um poço perto de Belem. Rute ar­ ria dar aos Reis Magos.
rumando um bouquet de flores. Maria Para o II ato a mangedoura deve ser
sentada ao lado do poço, Davi em pé, feita de uma caixa vasia de maçãs com
perto dela inclinado, levemente apoia­ duas cruzetas pregadas no fundo, cheia
do' nas mãos. de fe n o .
------ x
M ARIA: Oh, que bonitas flores você zir as ovelhas ao mercado esta manhã.
tem Rute! U ff! Estes dias a cidade tem estado
(João entra com um cesto de uvas tão agitada!
no braço) JOÃO: Porque!
RUTE: Eu tamém as acho bonitas. OS OUTROS: Você não sabe?
A cabo de colhe-las no campo. JOÃO: Não. Não tenho ouvido nada
(Ela olha João.) Que tem você em de anormal.
seu cesta' João? DAVÍ: Meu pai viu um anjo.
JOÃO: (sentando-se sobre a borda M ARIA: E meu pai tambem viu
do p o ç o ): Uvas. Papai as venderá para esse anjo.
mim no mercado de Belem. JOÃO: Conte-me com o foi.
DAVÍ: Eu ajudei Papai a condu- M A RIA : Uma noite nossos pais es-

— 283 —
tavam vigiando as ovelhas. Reinava o RUTE: Como soubestes o caminho?
mais completo silêncio nas pastagens. TERCEIRO REI MAGO: Uma estre­
O céu estava azul e as estrelas nele la brilhante e bela surgiu no céu e vie­
cintilavam com fulgor. Repentinamen­ mos seguindo-a.
te um A njo apareceu. SEGUNDO REI M AGO: Deixamos
JOÃO: Eles não se assustaram? os camelos na encosta da montanha.
M ARIA: Sim, assustaram-se, até Eles podem se extraviar.
que o A njo falou. DAVÍ: Se quizerdes podereis tra­
JOÃO: Que disse o A njo? ze-los aqui. Daremos água a eles tam­
M ARIA: O A njo disse, “ Não temam, bem.
Eu vos trago notícias de grande júbilo. TERCEIRO REI M AGO: Somos gra-
Vosso Rei nasceu hoje na cidade de . tos, meu filho.
Belem.” PRIMERO REI M AGO: Através de
JOÃO: enfàticam ente): Meu avô toda viagem não encontrei crianças
frequentemente tem dito que nosso mais generosas que estas! Porisso hão
povo tem esperado por um Rei duran­ de ver nosso Rei um dia.
te muitos anos. Que mais aconteceu SEGUNDO REI M AGO: Traremos
naquela noite? já nossos camelos.
DAVÍ: Então, muitos anjos apare­ (Os três se vão.)
ceram e cantaram uma canção lindís­ RUTE: Oh, se eu pudesse ir ver o
sima. Papai disse que nunca havia Rei!
ouvido antes música tão suave e bonita. M A RIA : Nós não poderíamos ir?
RUTE: O que eles cantaram, Davi? DAVÍ: Eu estou certo que sim .
DAVÍ: “ Glória a Deus no infinito, Belem não fica muito distante daqui.
paz na terra e boa vontade aos justos” . M ARIA: Mas os Reis Magos têm lin­
JOÃO (anciosam ente): Oh, eu gos­ dos presentes. Nós não temos.
taria tanto de poder ver o nosso recem - RUTE: Eu poderia oferecer-Lhe m i­
nascido Rei! nhas belas flores.
OS OUTROS: Nós tambem. JOÃO: E eu o cesto de frutas.
M ARIA (erguendo-se e apontando RUTE: Você tem algum presente
para fora do p a lco): Olhem quem está Davi?
chegando! DAVÍ (com relutância): Tenho
RUTE (assomando-se fora do p a lco): apenas meu carneirinho. (ardentemen­
Três homens! Parecem cançados. te ): Quero-o tão ternamente, mas eu
(Os três Reis Magos entram.) o darei com toda alegria ao Rei.
DAVÍ: Salve, Peregrinos! M ARIA (soluçando um p ou co): Eu
REIS M AGOS: Bom dia, crianças! não tenho presente. Não posso ir.
PRIMEIRO REI M AGO: Podemos RUTE e JOÃO (desolados): Não tem
tomar um pouco de água, meus filhos? presente!
M ARIA: Pois não. Eu vos darei M ARIA: Somente uma pequenina
água. moeda. Eu não poderia dar esse insi­
(Ela retira lentamente água do poço gnificante presente ao Rei.
e lhes dá. Todos três bebem e agra­ JOÃO: Pois eu acho que sim, Ma­
decem-lhe.) ria. Ele saberia que é tudo quanto
PRIMEIRO REI MAGO: Digam-me, você tem. Ninguém pode exigir mais.
Belem é longe daqui? M ARIA (enxugando os olh os): Eu
DAVÍ: Não. Vós podereis chegar me sentiria feliz em dar tudo que pos­
alí pelo anoitecer, seguramente. suo ao nosso Rei.
SEGUNDO REI M AGO: Nós estamos RUTE: Nós perguntaremos esta
muito fatigados. Viajamos muitos dias noite se podemos ir.
para trazermos os presentes ao nosso JOÃO e M ARIA: Também pergun­
Rei. taremos h oje.
— 284 —
D AVI: Bem, vou puxar água para igrejas que procurava era a verdadei­
os camelos. ra, mas que o Evangelho em sua ple­
M ARIA: Eu ajudarei você. Os ca­ nitude iria ser restaurado-, e que ele
melos bebem muita água, você sabe. seria eleito com o um instrumento para
— C O R T I N A — essa restauração e restabelecimento da
II ATO verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Foi
Estábulo em Belem. Tantas crianças então ordenado a se preparar para o
quantas forerr), prechas. trabalho que lhe devia caber, como
Crianças ajoelhadas ao redor de uma tambem lhe foi prometido de que essa
mangedoura. Cada um segura seu pre­ visita se repetiria para novas instru­
sente. Os três Reis Magos de pé, cada ções.
qual segurando seu presente e olhan­ Quasi que completamente vencido
do em direção à mangedoura. Cantam por essa grandiosa experiência, ele vol­
suavemente, “ Noite -Feliz” . tou com grande dificuldade à sua casa,
(Iluminar com luzes azuis para se relatando o acontecimento a seus pais.
obter maior eficiência nesta c e n a ). Nos anos que se seguiram, enquanto
trabalhava como simples ajudante nos
— F IM —
trabalhe-s de uma fazenda, ele teve di­
versas visitas Celestiais e em 1823, foi
O Mormonismo
dirigido por um mensageiro Celestial a
(Continuação da pág. 274) uma colina próxima ao lugar em que
mília era pobre e não podia ministrar- residia, hoje conhecida como Monte
lhe os estudos, mas ele era inteligente Cumorah, onde lhe foi mostrado uma
e tinha algum conhecimento sobre a caixa de pedra escondida, contendo
B íblia. placas de ouro, sobre as quais haviam
Nessa perplexidade, lia ele uma pas­ gravações históricas acompanhadas de
sagem do livro de Tiago: “ Se algum instrumentos para a tradução, todos de
de vós tem falta de sabedoria, peça-a erigem da antiguidade. Depois de al­
a Deus, que a todos dá liberalmente, e gum tempo essas placas e os instru­
o não lança em rosto, e ser-lhe-á mentos lhe foram entregues, quando
dada.” Ele acreditou que poderia con­ então ele passou árduos mêses na tra­
fiar nessa promessa, indo a uma flo ­ dução desses símbolos da antiguidade,
resta próxima para orar. Escreveu um gravados nas mencionadas placas. Ele
minucioso relato a respeito do qual so­ testifica ter feito as traduções com a
mente a parte mais substancial pode ajuda dos instrumentos que acompa­
ser dada aqui. nhavam as placas e com certos dotes
Ele disse que quando se ajoelhava espirituais que lhe foram dados. Teve
para orar, foi tomado repentinamente ajuda para escrever as traduções,
de inesperada e terrível força, que o e um número de outras pessoas
prostou violentamente ao solo, pare­ vieram ver essas placas e as manipu­
cendo ameaçar sua vida. Depois de laram. O resultado desses trabalhos
lutar com essa força por um tempo que foi a produção de um livro impresso
lhe pareceu muito longo e quando se e publicado em Palmyra, Nova York,
sentia quase vencido por ela, viu, re­ chamado “ O Livro de M orm on” .
pentinamente, uma visão em sua fren Durante o tempo em ' que ele se
te, de duas gloriosas personagens em ocupou com a tradução das placas a
forma de homens, suspensas no espa­ subsequente publicação do livro, foi
ço. Nesse memento, lhe foi dado. a alvo de grandes perseguições, afrontas
conhecer que uma delas era Deus, o e injúrias públicas, devido às afirma­
Pai, sendo que essa lhe apresentou a ções que fazia de ter tido revelações,
outra como Seu Filho. Essas persona­ divinas e ter recebido encargos de Se­
gens disseram-lhe que nenhuma das res Angélicos.

— 285 —
Logo após a publicação do livro de tória de sua vida se parece com a do
Mormon e em conseqüência de instru­ Salvador, cujo representante cs seus
ções recebidas de fonte divina, ele e 6 seguidores o consideram .
outros membros, organizaram a Igreja A Igreja estabelecida por José Smith,
de Jesus Cristo dos Sai tos dos Últimos com tão rápido crescimento., não m or­
Dias, a qual a 6 de Abril de 1830, co­ reu com ele, mas a oposição e perse­
meçou a existir scb as leis do Estado guição por ele encontrada, persistiu.
de Nova York. Afirm ou ele que men­ Houve uma grande pressão por parte
sageiros divinos conferiram -lhe e a um da oposição e eles foram obrigados a
associado, a autoridade dó Santo Sa­ se transportar de Nova York a Ohio,
cerdócio, O' qual havia existido na pri­ de Ohio a Missouri e de Missouri a
mitiva Igreja e que sob esse sacerdó­ Illinois. Neste estado foram obrigados
cio e comissionado por Jesus Cristo, a se retirar da bela cidade de Nauvoo,
ele e seus associados foram batisados a maior cidade daquele estado naquela
e confirmados na veredadeira Igreja do época, de onde os seus líderes, sob o
Senhor. Com essa autoridade, outros comando de Brigham Young foram
foram batisados na Igreja e dentro de conduzidos em direção ao oeste para as
um ano aproximadamente, 1.500 mem­ Montanhas Rochosas. José Smith ha­
bros, que deram crédito aos seus rela­ via predito que eles iam se estabelecer
tos, foram trazidos para a Igreja. ali. A sua ocupação do deserto do oes­
Este jovem tinha somente 25 anos te é bem conhecida. De sua adminis­
quando a Igreja foi organizada, tendo tração central no vale da grande Cida­
ele vivido até a idade de 39. Duran­ de do Lago Salgado, mandaram mis­
te seu breve curso de vida, esse homem sionários para quase todos os recantos
fez com que os novos aderentes à Igre­ do mundo civilizado. O seu cresci­
ja fossem em missões para numerosas mento tem sido fabuloso, aumentando
partes do mundo, dc. que resultaram de centenas e milhares os seus mem­
novas conversões. Antes de sua m or­ bros, tendo as estatísticas oficiais dos
te a Igreja contava com 20.000 mem­ EE. UU. reportado que essa é a Igre­
bros. Através de revelações, ele aper­ ja de mais rápido crescimento nesse
feiçoou a organização da Igreja, da país, de acordo com sua população.
mesma forma com o no tempo do Em mais de cem anos ela nunca aban­
Salvador. Recebeu as revelações das donou nem se divergiu da organiza­
quais fez novos volumes de escri­ ção e dos princípios que lhe foram da­
turas. (Vejam “ Dadcs Biográficos da dos por José Smith. Todos os seus
Vida de José Smith” ). Predisse que líderes construíram sobre bases estabe­
seu nome iria ser conhecido por bem lecidas por ele. O seu sistema social
ou por mal sobre toda a terra. As suas elaborado, as extensas possessões da
palavras já se tornaram realidade. Igreja e mesmo em propriedades co­
Teve que defender em juizo mais de merciais, a sua importância no desen­
40 acusações infamadas durante a sua volvimento das vidas e comunidades,
existência, tendo sempre sido absolvi­ a sua única e característica doutrina,
do. Uma dessas acusaçõe torhou-se a lealdade e fidelidade de seus m em ­
de considerável hostilidade, tefldo ele bros e sua história de sacrifício e de­
que enfrenta-la sob adequada proteção dicação quasi sem paralelo, são todos
do governador de seu estado. A pro­ atributos originados da inspiração, re­
teção prometida falhou, no eritretantò, velação, devoção e poder espiritual de
tendo sido assassinado friamente por um homem jovem , modesto, fiel e sem
um vagabundo, revoltado, tornando-se’ escola chamado José Smith, o Profeta
mártir da causa que defendeu. Este dos Últimos Dias.
homem foi José Smith, o profeta e fun­ (Traduzido por O. E. Jans com a
dador da Igreja dos Mórmons. A his­ cooperação de B. Nogueira ) .
— 286 —
Porto Alegre Haviam deixado uma casa alugada
pouco tempo antes da sua partida. A
“ Das internas montanhas do grande
saida fora feita rapidamente e os pou­
vale do Lago Salgado, a Igreja de Je­
cos haveres que tinham foram deixa­
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
dos muito em desordem.
apresenta, a seguir, pelas ondas da Esperando essa mesma cena na vol­
PRF-9, Rádio Difusora Porto Alegren- ta, eles entraram em casa e tiveram
se, o grande côro e órgão do Taber- uma grande surpreza. Nas palavras do
náculo Mórmon para inspirar esta san­ Elder John L. Hilton: “ Ao chegarmos
tificada m anhã. . . ” em casa, encontramos a luz acesa e vá­
Assim, aos Domingos, vai pelo ar um rios membros (recentemente converti­
programa radiofônico dirigido ao povo dos) e amigos arrumando a casa. Umas
Gaúcho, apresentado pelos missioná­ moças estavam cozinhando o jantar.
rios que trabalham no distrito de Perto Encontramos na prateleira, em vez do
Alegre. espaço que havia, comida enlatada, pa­
Faz quasi 3 mêses que a mensagem nelas de todos os tamanhos com tam­
do Evangelho restaurado está sendo pas, pratos, tigelas, talhares, chícaras e
transmitida aos riograndenses. Todos quasi todos os utensílios imagináveis
os Domingos às 8:30 horas, um linde para cozinhar.
hino da Igreja anuncia o começo de Os membrois que fizeram tudo por
mais uma meia hora de “ musica e a sua própria iniciativa tambem nos pro­
palavra falada” do grande Tabernáculo porcionaram uma mesa com toalhas e
situado no meio do quarterrãc do tem­ guardanapos bordados. Para estabele­
plo no coração da Cidade de Lago Sal­ cer os Elders em sua casa nova até ca­
gado, Estado de Utah. A música cons­ mas nos foram dadas. Eles hão om i­
ta de gravações enviadas pela comitê tiram nada com o comida, utensílies e
de publicidade e música da Igreja. A provisões. Ficamos tão felizes e agra­
“ palavra falada” consta de comentários decidos que lágrimas quasi nos vie­
sobre a música, a Igreja e de pensa­ ram.”
mentos inspiradores de Richard L. Temos, ouvido muito do progresso; e
Evans do Conselho dos Setenta. bom espirito que existe lá no Rio. Este
Os locutores são Amim Sherer e João ato de bom Samaritano para com os
Torgan. O “ script” é preparado pelos missionários é sinal de que estamos co­
missionários, membros e amigos do dis­ lhendo os frutos do Evangelho.
trito o qual inclui os ramos de Porto
Alegre e Novo Hamburgo. Joinvile
Dale S. Bailey. Enquanto os Elders do ramo em Join­
ville ficavam avaliando o terreno do
Rio de Janeiro
quintal atrás da Igreja, eles pensavam
“ Pelos seus frutos os ccnhecereis.” em com o poderiam aproveitá-lo.
Os Elders do Rio ao voltarem da con­ Estavam pensando em poder cons­
ferência geral dos missionários apren­ truir alguma coisa que interessasse a
deram o significado destas palavras. juventude de Joinvile. Investigando,
Eles colheram, o que plantaram antes descobriram que os esportes prediletos
de terem ido para São Paulo. eram cestobol e voleibol. Então deci-
— 287
'' diu-se que um campo de cestobol e vo­ Novo Hamburgo
leibol seria ccnstruido.
A pesquisa dos materiais com eçou. Faleceu aos 71 anos, no dia 22 de
Outubro o nosso bom membro e pre­
Primeiro uma base de pedra foi neces­
sária. O dono duma pedreira foi pro­ sidente do ramo de Novo Hamburgo,
Irmão Anton Behrens após uma enfer­
curado e dis e que podiam ter gratui­
tamente as pedras necessárias se pu­ midade de alguns mêses. Além da sua
dessem transportá-las. Aqui apresen­ esposa Eva Schreiner Behrens, ele dei­
tou-se uma dificuldade, pois o orçamen­ xou três filhos e uma filha. Sua fi­
to requereria 25 carregamentos de ca­ lha Maria Magdalena Behrens mora
minhão para terminar a base do cam­ com a família em Novo Hamburgo.
po. Enquanto estavam refletindo sobre Irmão Behrens nasceu em Apatim,
a maneira pela qual poderiam arran­ Iuguslavia, no dia 7 de Dezembro de
jar caminhões, foi sugerido pedir o au­ 1876. Ele se casou com Eva Schreiner
xílio do exército. Em troca para o uso em 1899. Há 16 anos atrás eles vieram
dos caminhões, os Elders mostrariam juntos para o Brasil, e estabeceram-se
filmes apropriados a0,3 soldados. na comunidade de Novo Hamburgo.
O comandante do exército deu plena Trabalhando com vim e ele ganhava a
cooperação e as pedras foram transpor­ vida para sua família. Ele encontrou
tadas. os missionários em 1938 e ao ouvirem
a mensagem por eles trazida, ele, sua
Os missionários com o auxílio do pes­
soal da Igreja, espalharam as pedras esposa e sua filha entraram na Igreja
e a terra e aprontaram o campo para de Jesus Cristo. Elders Louis E. Buhr-
ser aplanado com rôlo. Esta tarefa ley e Harold M. Rex cs batisaram no
necessitou um rôlo. Pediram ao Pre- dia 16 de Junho de 1938 .
feto de Joinvile que lhes emprestasse Quando a guerra começou e os mis­
um rôlo usado pela Prefeitura da c i­ sionários foram obrigados a voltar para
dade. O Prefeito cooperou fornecendo servirem nas forças armadas, o presi­
um rôlo que lhes foi entregue na por­ dente da missão William W. Seegmiller
ta de casa. Os membros, as crianças em 1943 ordenou-o ao Sacerdócio Mel­
de primária, e todos mais tomaram quizedec e encarregou-o do ramo em
parte ativa para completar esta fase Novo Hamburgo como presidente. Du­
da construção. rante a época da guerra os membros
deste ramo reuniram-se em sua casa
A areia necessária para cobrir a área
para realizar reuniões. Devido à sua
tambem apresentou um problema até
grande obra em encorajar cs membros
que surgisse a idéia para que fossem
à ficarem fiéis, a sobrevivência do ramo
buscá-la no rio. Os missionários foram
foi assegurada.
com pás, baldes e carrinhos de mão ao
Os membros da Igreja, os missioná­
rio e logo se resolveu esta dificuldade.
rios e os amigos lamentam muito a par­
Outro exemplo de engenho foi a bus­
tida deste homem de Deus.
ca de trilhos da companhia ferroviária
para fortalecerem as tábuas. A final o
Santos
campo completou-se sem haver muitas
despesas. No Domingo, dia 17 de Outubro, rea-
Agora torneios estão se organizando lizou-se a segunda conferência trimes­
com times que contam com jogadores tral do progressivo ramo de Santos.
de todas as idades. Enquanto o sol brilhante da prim ave­
A realização deste campo de cesto­ ra aquecia a sala, as palavras do Pre­
bol e voleibol trazendo boa recreação sidente Harold M. Rex, o solo voèal
à juventude de Joinvile demonstra os pelo Elder Lynn Pinegar e o solo de
resultados obtidos pelo trabalho árduo, órgão pelo Elder Warren J. W ilson co­
cooperação e fé no auxílio dos Céus. moveram os corações dos presentes.
— Boyd H. Lee. ' Uma numerosa assistência com pare-
— 288 —
D
E
S
P
E
D
I

D
A
Elders Grant C. Tucker, Donald F. Gold, Warren J. Wilson, Cecil J. Baron e Bynon
S D. Thomas, em entrevista com amigos do jornal "A Gazeta” . (Elder Jessie, L.
McCulley ausente)

Terminaram as suas missões de dois Io, Ribeirão Preto e Ipomeia. Ele vai
anos e meio seis dos primeiros missio­ recomeçar as atividades n a . sua paró­
nários que voltaram após a guerra. quia em Rigby, Idaho.
Durante esse período realizou-se gran­ Entre os primeiros três que chega­
de prcgreeso na Missão Brasileira. Eles ram depois da guerra, estava Elder
foram responsáveis pelas aberturas de Tucker que durante dois anos e meio
muitos distritos e ramos novos. Parti­ trabalhou em Campinas, Piracicaba,
ram do Brasil no primeiro dia de No­ Curitiba, Ribeirão Preto, Ipomeia e
vembro pelo vapor S. S. Brazil do per­ Rio de Janeiro. Ele volta a sua resi­
to de Santos . dência em Cedar City, Utah.
Elder Wilson que finslizou a sua Elder McCulley terminou o seu
missão publicando “ A Gaivota” ocupou tempo no Brasil trabalhando em San­
a posição de secretário da missão e tra­ tos, e ante.j disso nos ramos em Cam­
balhou nos distritos de São Paulo e pinas, Piracicaba, Porto Alegre e São
Porto Alegre. Agora ele está voltando Paulo. Ele reside na comunidade de
ao seu lar em San Diego, Califórnis . M ilford, Utah.
Elder Baron começou a sua missão Elder •Thomas trabalhou em cinco
em Campinas e trabalhou nos ramos dos ramos no Brasil, — em Campinas,
seguintes: Joinvile, Curitiba, São Pau- Joinvile, Santos, Sorocaba e Ribeirão
Preto. Depois de uma missão de su­
ceu à reunião: o maior grupo jamais cesso ele vclta ao seu lar em Santa-
reunido no novo ramo de Santos. quin, Utah.
Nctou-se muito progresso neste ramo Elder Gold volta a Salt Lake City,
desde a inauguração em Maio deste Utah depois de cumprir a sua missão
an o. durante a qual trabalhou como secre­
O presidente do ramo Elder Jack tário da missão, e nos ramos de Porto,
Bowen relatou que os missionários en­ Alegre e Rio de Janeiro.
contraram uma sala maior e estão pla­ Queremos aproveitar esta oportuni­
nejando a abertura dá Associação de dade para lhes dar o,s nossos agrade­
Melhoramento Mútuo. cimentos por sua boa obra realizada
Os nossos parabéns e bons desejos, no Brasil, e desejar que as bênçãos do
Santos! Senhor os teompanhem.
ONDE COMEÇA A PAZ
Por Vesta P. Crawford

“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos nessas vidas têm que eitar em ordem
dou: não vo-la dou como o mundo a antes que possamos ser exemplos que
dá. Não se turbe o vosso coração, merecerão a estima dos demais e terão
nem se atemorize” (João 14:27). influência para criar a harmonia no
mundo.
A aspiração- pela paz está sempre A paz, contudo, compreende o velho
conosco, um desejo urgente daqueles ensinamento: eu seu o protetor do meu
que procuram o verdadeiro siginifcado irmão. Nenhum grupo pode gozar da
da vida. Especialmente no tempo de paz ideal quando existem deficiência e
Natal nossos corações se enchem com falta de segurança entre os seus mem­
a vontade forte de ver o estabelecimen­ bros. Este princípio foi claramente
to da paz sobre a terra, para que ou­ entendido por nossos primeiros líderes
tros dons possam ser acrescentados. da Igreja e é reconhecido hoje em dia
O caminho à paz, entretanto, não é em vista do programa extensivo e efec7
facilmente percorrido; o caminho à paz tivo do “ Bem Estar,” e da unidade que
é pouco conhecido. E’ o meie que pou­ liga os membros da Igreja em propó­
cos indivíduo', a minoria das nações sito comum.
têm encontrado. O mundo, em todo, Uma nação que não estabelece paz
nunca o conseguiu. no seu próprio país é fundamentalmen­
Há muito tempo, na região monta­ te fraca seja o que fôr c poder na su­
nhosa da Judéia, o Salvador ensinou perfície. Quando sacrificarem a força,
que a paz devia começar com o indi­ o bem estar e a oportunidade pela dis­
víduo. Devia ser primeiramente uma córdia, começí rão a desmoronar os al­
realização espiritual. Quando todos os tos e fortes muros duma nação.
valores intrincados sãc ponderados e Neste tempo de Natal vamos nos
dados a sua proporção própris, então lembrar do significado da mensagem
a paz pessoal se estabslece.
dos anjos que foi dirigida a todos os
Não depende completamente da hora, homsns em todos os lugares. Temos
do lugar ou da época, nem das condi­ que orar pela p l z mundial. Nenhum
ções pelas quais a pessia sabe que pode outro objetivo menor satisfará as nos­
controlar o seu des.ino espiritual. Como sas mais altas esperanças. É para a
Paulo, o apóstolo explicou, “ a inclina­ paz mundial que se animam os cânti­
ção e piritual é vida e paz” (Romanos cos de alegria. Os cantores da noite
3:6) . de Natal pensam na paz mundial en
Todavi", o indivíduo não anda só. As quanto cantam cs hinoj favoritos do
fase; da vida parecem-se às ondulações m uit.s nações.
feitas por uma pedrinha atirada no Por que um menino nos nasceu, um
lago plácido. Cada ondulação cresce e filhe se nos deu; e o principado está
torna-se parte do círculo maior. Cada sobre os seus ombros: e o seu nome
família bem ajustada e harmoniosa traz será: Maravilhoso, Conselheiro. Deut
parentss, emigos e grupes ;ocisis num forte. Pai da eternidade, Príncipe da
círculo sempre crescente em acôrdo. paz. (I aías 9 :6 ).
Porem, nós que esperamo- a paz no
mundo devemos nos lembrar que as Trad. por Joreph M. He~th
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BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO

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