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condenação de Luciano Huck por “se apoderar de um bem da sociedade” em sua mansão
em Angra dos Reis.
Não por coincidência, é a mesma desculpa usada pelos Marinhos para manter a Paraty
House longe de estranhos. Uma paisagista que trabalhou lá escreveu um depoimento ao
DCM.
“No caso da Paraty House, o que se fez foi uma fazenda marinha de fachada para
impedir acesso das pessoas e embarcações à praia. As lanternas [estruturas onde os
moluscos ficam armazenados] possuíam 4-6 animais completamente abandonados. Em
suma, era uma aquicultura mentirosa.”
Huck também foi favorecido, em seu empreendimento, pelo então governador Sérgio
Cabral. Reproduzo abaixo trechos de uma reportagem do Estadão de janeiro de 2010
sobre a “Lei Luciano Huck”.
“Alvo de ação civil pública movida pelo município de Angra dos Reis em outubro de
2007 por supostos danos ambientais e construções irregulares em sua casa de
veraneio, o apresentador de TV Luciano Huck é representado pelo escritório de
direito do qual é sócia a primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo Cabral.
Seu marido, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), editou, em junho do ano
passado, o Decreto 41.921, que alterava a legislação da Área de Proteção Ambiental
(APA) de Tamoios, na Baía de Ilha Grande.
O município obteve liminar, em maio de 2008, que obrigou Huck a paralisar as obras
em sua casa, que incluíam a construção de bangalôs, decks, garagem de barcos e muro
para criação de praia artificial, “o que pode ocasionar danos ambientais
irreversíveis, assim como agravar os já existentes”, conforme despacho do juiz Ivan
Pereira Mirancos Junior.
Em nota, o Inea informou que a licença ambiental para a casa de Luciano Huck foi
concedida em junho de 2004 e o Estado “desconhece a existência de ação do município
de Angra contra o apresentador e os motivos que fizeram com que o município movesse
a ação citada”. Segundo o Inea, Huck nunca fez pedido ao Estado com base no
decreto.