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2. CONCEITO
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito
não mais sujeita a recurso
- Dinamarco/Liebman: qualidade da sentença que torna seus efeitos imutáveis e indiscutíveis
- Barbosa Moreira/Nery: conteúdo da sentença torna-se imutável e indiscutível; coisa julgada não é uma qualidade
da sentença, mas uma situação jurídica

3. FUNÇÃO NEGATIVA
- impedimento de julgamento no mérito em caso de repropositura da ação
- teoria da tríplice identidade (tria eadem)
Obs. identidade de partes materiais e não processuais
- matéria de ordem pública (pode ser conhecida de ofício)
- conflito de coisas julgadas: Nery/Scarpinella – a posterior não existe juridicamente x Dinamarco/Barbosa Morei-
ra/HTJr./ – vale a anterior até o vencimento do prazo de AR da segunda, quando essa substitui a primeira
* STJ: aplicação do art. 966, IV, do Novo CPC (STJ, 1.ª Seção, AR 3.130)

4. FUNÇÃO POSITIVA
- juiz está vinculado à coisa julgada em seu julgamento
- teoria da identidade da relação jurídica

5. LIMITES OBJETIVOS
- somente o dispositivo faz coisa julgada (art. 504 do Novo CPC)

Art. 504. Não fazem coisa julgada:


I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.

- objetivo da coisa julgada é evitar contradição prática, não se importando com contradições lógicas
- solução da questão prejudicial (extinção da ADI) (art. 503, CPC)
- coisa julgada desde que:
(i) dessa resolução depender o julgamento do mérito (§ 1º);
Obs: não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o apro-
fundamento da análise da questão prejudicial (§ 2º)
(ii) a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo (§ 1º),
Obs: não se aplicando no caso de revelia;
(iii) o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal (§ 1º).
- aplicável somente a processos iniciados sob a égide do Novo CPC (art. 1.054)

6. LIMITES SUBJETIVOS
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
- inter partes (princípios da ampla defesa e contraditório)
- exceções à regra: sucessores e substituídos processuais

Obs: art. 18, parágrafo único, Novo CPC


- dimensão do benefício ao terceiro:
* collateral estoppel (Marinoni)
* secundum eventum litis in utilibus (Medina/Scarpinella)
* litisconsórcio facultativo unitário (Fredie Didier)
* cotitulares (Leonardo Greco)

Art. 274, CC. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável
aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
- só atinge os substituídos para beneficiar (Barbosa Moreira: coisa julgada secundum eventum litis)

* Tutela coletiva
Art. 103, CDC. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer
legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I
do parágrafo único do art. 81;

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II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas,
nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores,
na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

7. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA


Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações
e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido
- todas as matérias que poderiam ter sido alegadas pelo réu
- todos os fundamentos do autor, desde que dentro da mesma causa de pedir (STJ, 1.ª Turma, REsp 875.635/MG;
STJ, 2ª Turma, REsp 861.270/PR)

8. COISA JULGADA NAS RELAÇÕES CONTINUATIVAS


Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito,
caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença
- Greco Filho: a mera possibilidade de revisão da decisão impede a formação da coisa julgada material
- Nery/HTJr: sentença com clausula rebus sic stantibus implícita
- Barbosa Moreira/Araken de Assis: mudança de fato ou de direito modifica a causa de pedir

9. RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA

9.1. Introdução
- diferentes formas de relativização (típicas e atípicas)
- a inconstitucionalidade não é da coisa julgada, mas da decisão que a produz

9.2. coisa julgada inconstitucional


Art. 525, § 12 e 535, § 5 do Novo CPC: Para efeito do disposto no inciso III do § 1o deste artigo, considera-se
também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo conside-
rado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato
normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de
constitucionalidade concentrado ou difuso.
- Nery/Marinoni/Leonardo Greco: normas inconstitucionais X Araken de Assis/Zavascki: cabe ao legislador infra-
constitucional o tratamento da coisa julgada material
- Leonardo Greco: retirada de efeito da decisão x Lucon/Talamini (STJ, 5.ª Turma, REsp 795.710/RS, rel. Min.
Felix Fischer, j. 06.06.2006): desconstituição da decisão
- não basta a declaração de inconstitucionalidade do juízo da execução
- controle difuso e concentrado realizado pelo STF
- efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser modulados no tempo, em atenção à segurança
jurídica (art. 27 da Lei 9.868/99) (§§ 13 e 6)
- decisão do Supremo Tribunal Federal ter sido proferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda;
após o trânsito em julgado cabe ação rescisória (termo inicial do prazo: TJ da decisão do STF) (§§ 14 e 15 e 7 e
8)

9.2. coisa julgada injusta inconstitucional


- sentença de mérito transitada em julgado causar uma extrema injustiça, com ofensa clara e direta a preceitos e
valores constitucionais fundamentais.

- conflito entre segurança jurídica e justiça: ponderação entre a manutenção da segurança jurídica e a manuten-
ção da ofensa a direito fundamental garantido pela Constituição Federal (juízo de proporcionalidade)

- José Delgado: reconhece que existe que há coisa julgada, mas vale a pena afastá-la
- Doutrina que não admite a existência de coisa julgada nesse caso:
* Dinamarco (plano da eficácia): sentença juridicamente impossível de gerar efeitos
* HTJr. (plano da validade): mera aparência de coisa julgada – vício transrescisório
* Tereza Arruda Alvim Wambier (plano da existência) : ausência de possibilidade jurídica do pedido – sentença
juridicamente inexistente

Informativos 622, 629 e 631 do STF: Tribunal Pleno, RE 363.889/DF


Informativo 512 do STJ: 4ª Turma, REsp. 1.223.610/RS

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- CRITICAS
* função primordial para o Estado de Direito da coisa julgada (estabilização das relações jurídicas); coisa julga-
da é essencial à promessa de inafastabilidade da jurisdição (Nery)
* com a criação de uma exceção, será incontrolável a busca pela relativização da coisa julgada (Araken de As-
sis/Marinoni)

* eternização dos conflitos, pelo caráter subjetivo de decisão justa (Barbosa Moreira/Ovídio Baptista).
* desconstituição por grau hierarquicamente inferior (juízo da execução ou de ação declaratória – 1.ª Turma, REsp
622.405/SP, rel. Min. Denise Arruda, j. 14.08.2007 (Informativo 327 do STJ).
- PROPOSTAS (regulamentação)
* ações de investigação de paternidade coisa julgada secundum eventum probationis (Nery)

* ampliação do significado de documento novo para a propositura da ação rescisória, com prazo decadencial de
dois anos a ser contado a partir do momento em que a parte obtenha o exame de DNA (Barbosa Moreira/STJ).
Obs: ação rescisória com fundamento em documento novo (STJ, 4ª Turma, REsp 653.942/MG)
* modificação do art. 966 do Novo CPC, com a inclusão de mais uma causa de cabimento da ação rescisória,
justamente de sentença que ofenda norma ou valores constitucionais (Câmara)
* mudança do termo inicial do prazo de 2 anos em determinadas situações (Barbosa Moreira/Marinoni)
* revisão do sistema de proteção à coisa julgada pela remodelação da ação rescisória e uma sistematização ade-
quada da querela nullitatis (Ovídio Bapitsta/Didier).

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