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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4

2. OS INSTRUMENTOS TÉCNICOS OPERATIVOS .................................................... 7

3. INSTRUMENTOS DE REGISTROS ....................................................................... 19

4. TRABALHO EM REDE........................................................................................... 29

QUESTÕES DE PROVAS .......................................................................................... 45

GABARITO ................................................................................................................ 51

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 52

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1. INTRODUÇÃO

Os instrumentos técnicos operativos são componentes intrínsecos à intervenção


dos assistentes sociais, pois estes, para efetivação do trabalho, acionam instrumentais
que mediam e potencialização ações.
O modo como será empregado e quando será empregado é determinado pelo
profissional que deve dominar o conhecimento a respeito, bem como as condições para
aplicá-lo com base nos princípios éticos da profissão. Os instrumentos e técnicas
mostram-se como importante ponto de apoio em uma situação competente, todavia, não
deve ter um fim sem si mesmo. (Magalhães, 2001).

O Serviço Social constitui uma profissão que atua na viabilização dos


direitos da população através das políticas sociais. Esta constatação exige as
seguintes premissas para o exercício do assistente social:
* Clareza do norte teórico-metodológico de suas ações - visão do indivíduo e
das relações sociais;
* Clareza da orientação ético-política do atendimento às necessidades -
respostas às requisições da sociedade conforme compromissos com valores
e princípios do Código de Ética Profissional;
* Identificação dos instrumentos e técnicas manejados como meios para
alcance das finalidades profissionais - e não como fins em si mesmos
aplicáveis de modo neutro.
Sendo assim, a operacionalização da prática profissional com uso de
instrumentos e técnicas está completamente vinculada a um claro referencial teórico,
ainda que seja de desconhecimento, e a uma dada compreensão ético-política do fazer
– a compreensão do papel do Serviço Social junto à totalidade da vida social.
Os instrumentos e técnicas, meios para garantia da direção social do
exercício profissional são componentes de uma das dimensões do exercício
profissional:
* A dimensão técnico-operativa - além da teórico-metodológica e ético-política;
* Essas dimensões só adquirem sentido e direção mediante a postura
teleológica do assistente social - liberdade e criatividade nas escolhas
conforme as demandas e a finalidade do trabalho - que está ligada ao caráter
social e ético-político do projeto profissional.

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Segundo Trindade (2002), a atividade do assistente social não se vincula
diretamente com a produção material e sim com a reprodução social - intervenção junto
às condições de vida e às consciências dos trabalhadores. Assim, os nossos
instrumentos e técnicas provêm das ciências sociais e “potencializam a produção de
atitude.

Para Guerra (2000), instrumentalidade significa a instância de passagem


entre as abstrações da vontade e a concreção das intencionalidades que confere
um determinado modo de ser às profissões dentro das relações sociais. Essa
leitura crítica é oposta à herança técnico-burocrática do Serviço Social dos anos
60 e 70 preocupada com a eficácia e focalizada no imediatismo das ações.
Contexto para elenco de instrumentos e técnicas pelo assistente social:
* Clareza das incumbências profissionais no cenário institucional;
* Conhecimento dos modos de ser e viver da população usuária - linguagem e
formas de abordagem;
* Clareza das finalidades profissionais em relação às demandas assumidas
junto aos usuários;
* Condições objetivas de trabalho - caráter institucional, relacionamento com a
equipe, conjuntura, recursos materiais.
Instrumentos interventivos e técnicas correlatas:
* Instrumentos são mediadores e potencializadores do trabalho, só adquirem
significado quando postos em movimento segundo a teleologia profissional.
Exemplos: observação, entrevista, reunião, grupo, visita domiciliar;
* Técnicas dizem respeito à habilidade humana de criar e utilizar instrumentos.
Exemplos: discussão reflexiva - na entrevista; dinâmica do “telefone sem fio”
- no grupo.

2014/FCC/TRF3ª REGIÃO. O fazer profissional do assistente social requisita-o,


muitas vezes, proceder com avaliações formais, ou seja, são realizadas num
contexto profissional específico, cujos objetivos imediatos irão direcionar os
critérios a serem utilizados no desenvolvimento da ação. Nessa lógica, é correto
afirmar que:

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a- o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização
da ação profissional é denominado de instrumental.

b- o eixo técnico-operativo da profissão deve estar relacionado ao seu norte técnico-


metodológico.

c- para avaliar, é dispensável o uso de instrumentos técnicos.

d- o instrumental técnico deve ter um fim em si mesmo em razão da sua própria


utilidade.

e- independente da existência de uma intencionalidade, o assistente social deve estar


atento aos objetivos de sua avaliação, à linguagem que utiliza e aos instrumentos
escolhidos, pois esses vão direcionar a sua ação profissional.

Resposta Correta: Letra a- o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que


permitem a operacionalização da ação profissional é denominado de
instrumental.

Comentário: Os instrumentais técnico-operativos são como um conjunto articulado de


instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional.

Podemos identificar alguns instrumentos consagrados na história da profissão


de Serviço Social, e que abaixo apresentamos de forma suscinta.
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE - ENTREVISTA INDIVIDUAL E GRUPAL
ENTREVISTA
GRUPO - DINAMICA DE GRUPO – REUNIÃO
VISITA DOMICILIAR - VISITA INSTITUCIONAL
MOBILIZAÇÃO DAS COMUNIDADES

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2. OS INSTRUMENTOS TÉCNICOS OPERATIVOS

Observação Participante
Observar é muito mais do que ver ou olhar. Observar é estar atento, é direcionar
o olhar, é saber para onde se olha (Cruz Neto, 2004).
Na definição clássica, a observação é o uso dos sentidos humanos (visão,
audição, tato, olfato e paladar) para o conhecimento da realidade. Mas não um uso
ingênuo dos sentidos, e sim, um uso que tem como objetivo produzir um conhecimento
sobre a realidade – tem-se um objetivo a alcançar.
Porém, o Assistente Social, ao estabelecer uma interação face a face,
estabelece uma relação social com outro ser humano, que possui expectativas quanto
às intervenções que serão realizadas pelo profissional. Assim, além de observador, o
profissional também é observado.
E ainda: na medida em que o Assistente Social realiza intervenções, ele participa
diretamente do processo de conhecimento acerca da realidade que está sendo
investigada. Por isso, não se trata de uma observação fria, ou como querem alguns,
“neutra”, em que o profissional pensa estar em uma posição de não envolvimento com
a situação. Por isso, trata-se de uma observação participante – o profissional, além de
observar, interage com o outro, e participa ativamente do processo de observação.

Entrevista Individual e Grupal


A entrevista nada mais é do que um diálogo, um processo de comunicação direta
entre o Assistente Social e um usuário (entrevista individual), ou mais de um (entrevista
grupal). Contudo, o que diferencia a entrevista de um diálogo comum é o fato de existir
um entrevistador e um entrevistado, isto é, o Assistente Social ocupa um papel diferente
– e, sob determinado ponto de vista, desigual – do papel do usuário.
O papel do profissional entrevistador é dado pela instituição que o contrata – no
momento da interação com o usuário, o Assistente Social fala em nome da instituição.
Ambos os sujeitos (Assistente Social e usuário) possuem objetivos com a realização da
entrevista – objetivos esses necessariamente diferentes. Mas o papel de entrevistador
que cabe ao Assistente Social coloca-lhe a tarefa de conduzir o diálogo, de direcionar
para os objetivos que se pretendem alcançar.
Nem sempre é possível conciliar os objetivos do usuário e os do Assistente
Social e alcançar essa conciliação não é uma regra. Entretanto, estabelece-se uma

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relação de poder entre esses dois sujeitos – relação essa em que o Assistente Social
aparece em uma posição hierarquicamente superior.
Mas se defendemos a democracia e o respeito à diversidade como valores éticos
fundamentais da nossa profissão, o momento da entrevista é um espaço que o usuário
pode exprimir suas ideias, vontades, necessidades, ou seja, que ele possa ser ouvido
em tempo: ser ouvido não é concordar com tudo o que usuário diz.
Estabelecer essa relação é fundamental, pois se o usuário não é respeitado
nesse direito básico, não apenas estaremos desrespeitando-o, como prejudicando o
próprio processo de construção de um conhecimento sólido sobre a realidade social que
ele está trazendo, comprometendo toda a intervenção.
Importante ressaltar que, por ser um observador participante, o Assistente Social
também emite suas opiniões, valores, a partir dos conhecimentos que já possui.
Desse modo, entrevistar é mais do que apenas “conversar”: requer um rigoroso
conhecimento teórico-metodológico (Silva, 1995), a fim de possibilitar um planejamento
sério da entrevista, bem como a busca por alcançar os objetivos estabelecidos para sua
realização.

Entrevista
* Instrumento mais utilizado para operar na realidade de trabalho do Assistente Social;
* Há predomínios das entrevistas individuais, com casal, com a família e com os
colaterais;
* Com grupos são menos utilizadas;
* Os tipos de entrevistas se dão pela especificidade da situação atendida e pelos
locais adequados para atendimento;
* Deverá ser realizada em condições ambientais adequados;
* Os entrevistados deverão estar em condições emocionais de participarem.
* Estabelece-se vínculo entre duas ou mais pessoas;
* Os objetivos a serem buscados por quem a aplica e os fundamentos da profissão é
que definem e diferenciam seu uso;
* A coleta de informações para conhecer e compreender as situações possibilita a
construção de alternativas de intervenções;
* O diálogo é o elemento fundamental da entrevista, exige do profissional a
qualificação necessária para o desenvolvimento com base em princípios éticos,
teóricos e metodológicos, na direção de garantia de direitos;
O profissional, durante a entrevista, deve procurar compreender o sujeito, sua
realidade, contradições e relações que consegue estabelecer. A postura profissional

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tem de ser atenta, com uso de linguagem adequada, postura de ser entendida pelo
entrevistado, que deve ser compreendido e visto como sujeito de direitos (Magalhaes,
2003).

Conforme Magalhães (2003) é um instrumento de comunicação oral cujos


objetivos em geral são:
* Coleta de dados;
* Identificação das demandas/estabelecimento de prioridades;
* Convite à reflexão sobre o cotidiano e as formas de enfrentamento de
situações;
* Devolução do que foi constado na interação profissional.

Tipos de Entrevistas

* Livre - o entrevistado traz o tema a ser discutido;


* Estruturada ou dirigida- o entrevistador conduz conforme seus objetivos
específicos;
* Semiestruturada ou semidirigida - o entrevistador deixa que o entrevistado fale
e direciona essas falas para os objetivos.
* Caráter/Direção: informativo ou educativo.

Recursos: conhecimentos referenciais ético-políticos, relacionamento profissional,


linguagem adequada, habilidades técnicas - saber observar – o silêncio, os gestos, os
olhares, os tons de voz - perguntar, ouvir;

Tipos de perguntas:
* Esclarecimento - Há quanto tempo trabalha lá?
* Análise - Por que acha que ele bate em você?
* Ação - O que você pretende fazer em relação a isso?

Atenção pertinente na entrevista:


* Clareza e objetividade na formulação das perguntas - não fazer interrogatórios;
* Cuidado para não induzir ou manipular as respostas;
* Direcionamento das verbalizações do usuário para os objetivos do trabalho, não se
precipitando em interromper o entrevistado;
* Estímulo das reflexões evitando conselhos ou críticas;

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* Solicitação de permissão para realizar anotações durante a entrevista, explicando a
razão.

2013/FCC/TRT - 5ª Região (BA). O Assistente Social possui instrumentos técnico-


operativos para o desenvolvimento de seu trabalho. Ao atuar no Tribunal Regional
do Trabalho, com relação a esse instrumental, é correto afirmar que a:

a- orientação social é de responsabilidade do profissional. Não cabe a ele, realizar


encaminhamentos com vistas a atender a uma necessidade e/ou direito da pessoa que
está prestando atendimento e sim, realizar a orientação a esta pessoa, para que busque,
por si própria, os caminhos para o atendimento à necessidade apresentada.

b-perícia social para conhecer e interpretar a realidade social é realizada pelo assistente
social e não cabe a ele, intervir na situação para além dessa perícia.

c- visita domiciliar é comumente utilizada pelos profissionais da política de assistência


social. Portanto, para evitar a duplicidade de atuação profissional, quando da
necessidade do uso desse instrumento, deve ser demandado ao assistente social da
Assistência Social.

d- entrevista é um instrumento utilizado pelo profissional, sendo que para desenvolvê-


la, faz-se importante munir-se das informações referentes a antecedentes da situação
a ser estudada, para obter elementos que possibilitem o avanço do diálogo.

e- articulação com a rede social se configura como função do Centro de Referência de


Assistência Social - CRAS na execução da gestão territorial da Proteção Social Básica.
Essa ação deve ser requisitada pelo Promotor ou Juiz.

Resposta Correta: Letra d- entrevista é um instrumento utilizado pelo profissional,


sendo que para desenvolvê-la, faz-se importante munir-se das informações
referentes a antecedentes da situação a ser estudada, para obter elementos que
possibilitem o avanço do diálogo.

Comentário: Ao se realizar uma entrevista, parte-se de um objetivo profissional e se


almeja uma finalidade. Sempre que possível, o primeiro passo para desenvolvê-la é
munir-se das informações referentes a antecedentes da situação a ser estudada, para
obter elementos que possibilitem o avanço do diálogo, evitando que o usuário seja
obrigado a repetir informações que já constam de um prontuário ou auto processual.

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2013/FGV/MPE-MS. As entrevistas constituem uma das modalidades mais usuais
de abordagem realizadas pelo Serviço Social para a apreensão da realidade na
qual se inscreve a população atendida nos diferentes estabelecimentos que
implementam políticas sociais. Embora possa ser utilizada a partir de diferentes
aportes teórico-metodológicos a entrevista consiste em um dos instrumentos da
intervenção profissional que muitas vezes segue padrões previamente definidos
pelas instituições contratantes, pelos programas sociais ou, mesmo, pelas
chefias imediatas.

Em relação à condução da entrevista por parte do Assistente Social, assinale a


afirmativa correta.

a) Pressupõe uma prática voltada para a valorização do indivíduo em detrimento do


social.

b) Depende da autonomia técnica do Serviço Social mesmo contemplando requisições


institucionais

c) Trata-se de um instrumental apenas investigativo e não interventivo.

d) Deixa de ser instrumental do assistente social sempre que requisitada


institucionalmente.

e) A razão instrumental que a orienta só pode ser pensada sob o ponto de vista
institucional.

Resposta Correta: Letra b) Depende da autonomia técnica do Serviço Social


mesmo contemplando requisições institucionais.

Comentário: Reescrevendo, pode-se alegar que a entrevista social precisa,


necessariamente, que o assistente social tenha autonomia profissional para apreender
a realidade social.

2011/CESGRANRIO/PETROBRÁS. A entrevista é um dos instrumentos


tradicionalmente utilizados pelo assistente social para realizar estudos sociais.

Dentre as várias modalidades, as entrevistas:

a- conjuntas permitem observar o comportamento de cada indivíduo e suas relações


fora de seu contexto social.

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b- familiares possibilitam ao assistente social compreender a dinâmica e a estrutura
psicológica dos indivíduos.

c- estruturadas privilegiam o diálogo aberto e livre, conduzido preferencialmente pelo


próprio entrevistado.

d- semiestruturadas comportam os roteiros preestabelecidos e o diálogo aberto com os


entrevistados.

e- não estruturadas são conduzidas através de um formulário para a obtenção de


informações previamente definidas.

Resposta Correta: Letra d- semiestruturadas comportam os roteiros


preestabelecidos e o diálogo aberto com os entrevistados.

Comentários: Semiestruturada ou semidirigida - o entrevistador deixa que o


entrevistado fale e direciona essas falas para os objetivos.

2012/CESPE/TJ-AC. Em sua intervenção, é facultado ao assistente social trabalhar tanto


com entrevistas não estruturadas quanto com entrevistas semiestruturadas, já que ambas
utilizam o diálogo aberto com os entrevistados.

Certo / Errado

Resposta Correta: Certo.

Comentário: estruturada ou dirigida - entrevistador conduz conforme seus objetivos


específicos; semiestruturada ou semidirigida - o entrevistador deixa que o entrevistado fale e
direciona essas falas para os objetivos. Ambos os métodos possibilitam o diálogo. Ao contrário
da entrevista estruturada/ dirigida que se trata de perguntas fechadas, onde o entrevistador
conduz toda a entrevista para um objetivo.

Grupo
Conforme Magalhães (2003) é outro instrumento de comunicação oral cujos
objetivos em geral se aproximam da entrevista, mas com a diferença de envolverem um
maior número de pessoas.

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Tipos de grupo:
* Aberto- possibilidade de ingresso de novos participantes quando a duração não é
programada e o próprio grupo define o momento de se dissolver;
* Fechado- limites de tempo, duração e número de participantes.
Tipos de condução:
* Diretiva- atividades grupais com objetivos determinados;
* Não diretiva- propícia à reflexão e à autonomia do grupo. Aqui o trabalho pode
iniciar-se “a partir de uma queixa, uma fala, um tema escolhido pelos membros
do grupo ou, dependendo do tipo de grupo, pelo coordenador” (p.51).
* Caráter/Direção: informativo ou educativo.
* O grupo favorece experiências horizontais e solidárias;

Recursos: os mesmos da entrevista, isto é, conhecimentos e referenciais ético-


políticos, relacionamento profissional, linguagem adequada, habilidades técnicas-saber
observar – o silêncio, os gestos, os olhares, os tons de voz, perguntar, ouvir.

Atenção pertinente ao grupo:


* Firmamento de um contrato de trabalho “no tocante a horário, pontualidade e demais
normas, muitas delas emanadas do próprio grupo” (p.52);
* Atividade com grande número de participantes caracteriza-se palestra;
* O silêncio também é comunicação;
* Observação das conversas paralelas e daqueles participantes que se destacam no
grupo;
* Devolução das indagações e dúvidas para os participantes.

Dinâmica de Grupo
Sucintamente, a dinâmica de grupo é uma técnica que utiliza jogos, brincadeiras,
simulações de determinadas situações, com vistas a permitir que os membros do grupo
produzam uma reflexão acerca de uma temática definida.
No caso do Serviço Social, uma temática que tenha relação com o objeto de sua
intervenção – as diferentes expressões da “questão social”. Para tanto, o Assistente
Social age como um facilitador, um agente que provoca situações que levem à reflexão
do grupo. Isso requer tanto habilidades teóricas (a escolha do tema e como ele será
trabalhado), como uma postura política democrática (que deixa o grupo produzir), mas

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também uma necessidade de controle do processo de dinâmica – caso contrário, a
dinâmica vira uma “brincadeira” e não alcança os objetivos principais: provocar a
reflexão do grupo.

2009/ FCC/TJ-AP. A metodologia do trabalho em grupo, é fundamental quando se


atua com famílias e comunidades, pois pode propiciar:

I. Situações de envolvimento, troca, participação, comunicação e criatividade.

II. Ampliação do conhecimento da realidade atual em termos da constituição da família


levando os profissionais a atuarem de acordo com essa realidade.

III. Reconstrução de histórias de vida, espaço da revivência dos sentimentos e emoções.

Está correto o que se afirma em:

a) I, somente.

b) I e II, somente.

c) I e III, somente.

d) II e III, somente.

e) I, II e III.

Resposta Correta: Letra e- I, II e III.

Reunião
Assim como a dinâmica de grupo, as reuniões são espaços coletivos. São
encontros grupais, que têm como objetivo estabelecer alguma espécie de reflexão sobre
determinado tema. Mas, sobretudo, uma reunião tem como objetivo a tomada de uma
decisão sobre algum assunto.
As reuniões podem ocorrer com diferentes sujeitos – podem ser realizadas junto
à população usuária, junto à equipe de profissionais que trabalham na instituição. Enfim
ela se realiza em todo espaço em que se pretende que uma determinada decisão não
seja tomada individualmente, mas coletivamente.

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Essa postura já indica que, ao coletivizar a decisão, o coordenador de uma reunião se
coloca em uma posição democrática.
Entretanto, colocar-se como um líder democrático não significa não ter firmeza
quanto ao cumprimento dos objetivos da reunião. O espaço de tomada de decisões é
um espaço essencialmente político, pois diferentes interesses estão em confronto.
Saber reconhecê-los e como se relacionar com eles requer uma competência teórica e
política, de modo que a reunião possa alcançar o objetivo de tomar uma decisão que
envolva todos os seus participantes.

Visita Domiciliar
De acordo com Magalhães (2003, p. 54) a visita tem como objetivo “clarificar
situações, considerar o caso na particularidade do seu contexto sociocultural e de
relações sociais”, não podendo, jamais, ser uma “visita invasiva”.
Por meio de entrevistas, individuais ou conjuntas, busca-se “... conhecer as
condições (residência, bairro) em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do
cotidiano das suas relações, aspectos esses que geralmente escapam às entrevistas
de gabinete” (Mioto, 2001, p.148).
No transcorrer da visita outros instrumentos são utilizados, como a observação,
e em muitas situações ocorre também à intervenção na dinâmica familiar.
Conforme Sarmento é preciso “... compreender a visita domiciliar como um
instrumento que potencializa as possibilidades de conhecimento da realidade
(conhecendo como o usuário as suas dificuldades e não o que já sei...), e, que tem como
ponto de referência, a garantia de seus direitos (...) onde se exerce um papel educativo
(colocando o saber técnico à disposição) de reflexão sobre a qualidade de vida” (1994,
p.303).
As visitas domiciliares até o contexto do Movimento de Reconceituação
tinham as seguintes características:
* Os ‘visitadores sociais’ tinham como objetivo “ajudar o indivíduo a ele próprio
alcançar o seu propósito dentro de um padrão de normalidade previamente
estabelecido” (averiguação, inspeção).
* Tendências psicologizante e individualizante no enfrentamento das
expressões da questão social;
* Indivíduo a ser apoiado para se “ajustar” à sociedade equilibrada (controle
social).

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Após, retomada do uso da técnica - visão crítica- as visitas domiciliares
adquiriram as seguintes características:
* Deve ser realizada, depois de devido planejamento, apenas quando de fato
necessária e de acordo com o usuário - prévio agendamento para evitar
invasão de privacidade;
* Utilização das informações coletadas nas entrevistas dando, mas ênfase na
capacidade de observação para leitura das condições socioeconômicas e
culturais de vida.

Atenção pertinente na visita domiciliar:


* A comunicação deve ser descontraída, horizontal com linguagem adequada para
estabelecimento de confiança;
* A razão da visita deve ser confirmada na chegada e o consentimento do usuário
deve ser requisitado para continuação;
* Auto-observação do profissional em relação aos seus valores é fundamental porque
inexiste a neutralidade;
* Anotações breves ajudam na memorização - esclarecimento ao usuário de que o
registro visa valorizar os assuntos tratados e explicação do seu destino.

2015/FGV/DPE-MT. A idosa Isaura sofre maus tratos praticados por seu filho. Os
vizinhos, ao perceberem o comportamento violento do rapaz, fizeram uma
denúncia ao Ministério Público, que designou um Assistente Social para avaliar o
caso. Ao receber a denúncia, o Assistente Social construiu um plano de
intervenção que tinha como primeira ação clarificar a situação, considerando o
caso na particularidade de seu contexto sociocultural, objetivando complementar
dados, observar relações sociais em sua singularidade, no ambiente de
convivência da idosa.

Com base nessa descrição, assinale a opção que indica a ação realizada.

a) Visita domiciliar.

b) Diagnóstico social.

c) Entrevista social.

d) Vistoria técnica.

e) Observação empírica.

Resposta Correta: Letra a) Visita domiciliar.

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Comentário: Visita Domiciliar. Trata-se de um instrumento que tem como principal
objetivo conhecer as condições e modos de vida da população usuária em sua realidade
cotidiana, ou seja, no local onde ela estabelece suas relações do dia a dia: em seu
domicílio. A visita domiciliar é um instrumento que, ao final, aproxima a instituição que
está atendendo ao usuário de sua realidade, via Assistente Social. Assim as instituições
devem garantir as condições para que a visita domiciliar seja realizada (transporte, por
exemplo). Como os demais instrumentos, a visita domiciliar não é exclusividade do
Assistente Social: ela só é realizada quando o objetivo da mesma é analisar as
condições sociais de vida e de existência de uma família ou de um usuário – pois é esse
“olhar” que determina a inserção do Serviço Social na divisão social do trabalho.
Contudo, a visita domiciliar sempre foi um dos principais instrumentos de controle das
classes populares que as instituições utilizavam. Uma vez que o usuário está sendo
atendido na instituição, ele está acionando um espaço público: quando a instituição se
propõe a ir até a casa do usuário, ela está adentrando no terreno do privado. A
residência é o espaço privado da família que lá vive. Ter essa dimensão é fundamental
para que o Assistente Social rompa com uma postura autoritária, controladora e
fiscalizadora. Porém, é de suma importância que o profissional que realiza a visita tenha
competência teórica para saber identificar que as condições de moradia não estão
descoladas das condições de vida de uma comunidade onde a casa se localiza, e que,
por sua vez, não estão separadas do contexto social e histórico. Assim, o profissional
consegue romper uma mera “constatação” da singularidade, mas situá-la no campo da
universalidade, ou seja, no contexto sócio econômico vigente.

Visita institucional
Assim como a visita domiciliar, aqui se fala de quando o Assistente Social realiza
visita a instituições de diversas naturezas – entidades públicas, empresas, ONGs etc.
Muitas podem ser as motivações para que o Assistente Social realize uma visita
institucional.

Motivações da visita institucional:


1. Quando o Assistente Social está trabalhando em uma determinada situação singular,
e resolve visitar uma instituição com a qual o usuário mantém alguma espécie de
vínculo;
2. Quando o Assistente Social quer conhecer um determinado trabalho desenvolvido
por uma instituição;
3. Quando o Assistente Social precisa realizar uma avaliação da cobertura e da
qualidade dos serviços prestados por uma instituição.
Em todos os casos, sobretudo nos 02 últimos, o que se quer fazer é conhecer e
avaliar a qualidade da política social – o que requer do profissional um intenso
conhecimento teórico e técnico sobre políticas sociais.

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Pode-se perceber, a partir do elencado acima, que os instrumentos de trabalho
não são atomizados ou estáticos: eles podem coexistir em um mesmo momento. A
observação participante está presente em todos os demais; em uma visita domiciliar a
entrevista pode ser utilizada; no trabalho de mobilização comunitária, reuniões podem
ocorrer, além de visitas institucionais, dentre outras situações.
Várias combinações entre eles podem ser descritas, porque a realidade da
prática profissional é muito mais dinâmica e rica do que qualquer tentativa de
classificação dos instrumentos de trabalho.

Mobilização de comunidades
Faz-se necessário clarificar o que se entende por comunidade. Segundo a
definição de Souza (2004), comunidade é um Conjunto de grupos e subgrupos de uma
mesma classe social, que têm interesses e preocupações comuns sobre condições de
vivência no espaço de moradia e que, dadas as suas condições fundamentais de
existência, tendem a ampliar continuamente o âmbito de repercussão dos seus
interesses, preocupações e enfrentamentos comuns (SOUZA: 2004; p. 68).
Assim, temos algumas características que definem o que entendemos por
comunidade: Falamos de um território geograficamente definido, mas ao mesmo tempo,
entendendo que a divisão geográfica do espaço territorial reflete as diferentes divisões
da sociedade em classes sociais e segmentos de classes sociais.
Assim, trabalhar em uma comunidade significa compreendê-la dentro de um
contexto econômico, social, político e cultural de uma sociedade dividida em classes
sociais – e que ela não está descolada da totalidade da realidade social.
Trabalhar em projetos comunitários na perspectiva ético-política defendida pelo
Serviço Social, hoje, significa criar estratégias para mobilizar e envolver os membros de
uma população situada historicamente no tempo e no espaço nas decisões das ações
que serão desenvolvidas, uma vez que são eles o público-alvo do trabalho do Assistente
Social. Assim, trata-se de um processo de mobilização comunitária.

Recursos Institucionais e Comunitários


O Assistente Social deve conhecer a comunidade, os atores sociais que lá
atuam: os agentes políticos, as instituições existentes, as organizações (religiosas,
comerciais, políticas) e como se constroem as relações de poder dentro da comunidade,
mas também é necessário conhecer quais são as principais demandas e necessidades
da comunidade, de modo a propor ações que visem ao atendimento das mesmas.

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3. INSTRUMENTOS DE REGISTROS

Estudo Social
É um estudo de caso ou avaliação social com fundamentação rigorosa, teórica,
ética e técnica. O estudo social é um processo metodológico específico do Serviço
Social, que tem por finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma
determinada situação ou expressão da questão social, objeto de intervenção
profissional - em seus aspectos sócios econômicos e culturais. Vale afirmar que de sua
fundamentação rigorosa, teórica, ética e técnica, com base no projeto da profissão,
depende a sua devida utilização para a garantia e ampliação de direitos dos sujeitos
usuários dos serviços sociais.

2013/CESPE/MPU. A respeito de estudo social, laudo social e parecer social,


julgue o item que se segue. O estudo social é um instrumento empregado pelo
assistente social para conhecer e interpretar a situação que motiva sua
intervenção profissional, que pode se utilizar, ainda, de dados obtidos em visita
domiciliar.

Certo / Errado

Resposta Correta: Certo.


Comentário: Estudo Social: se objetiva por meio de entrevistas, visitas domiciliares e
contatos com colaterais, pesquisas documentais e bibliográficas instrumentais que tem
no relacionamento um elemento constante e dinâmico.

Perícia social
Quando solicitada a um profissional de Serviço Social se trata de estudo ou
parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada
por meio do estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um
parecer. A perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço Social, é chamada de
perícia social, recebendo esta dominação por se tratar de estudo e parecer cuja

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finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio de
estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. O
profissional faz uso de instrumentos e técnicas pertinente ao exercício da profissão,
sendo facultada a ele a realização de tantas entrevistas, visitas, pesquisa documental
bibliográfica que considerar necessárias para análise e a interpretação da situação em
questão e a elaboração de parecer. A perícia é o estudo social, realizado com base nos
fundamentos teórico-metodológico, éticos políticos e técnico-operativos próprios do
Serviço Social e com finalidades relacionadas a avaliações e julgamentos.

2016/CESPE/DPU. Relativamente à dimensão técnico-operativa do serviço social,


às concepções e debates sobre instrumentos e técnicas, julgue o próximo item.
Caso seja solicitado para realizar uma perícia, o assistente social deverá ater-se
aos procedimentos de constatação, descrição e interpretação da demanda
solicitada.

Certo / Errado.

Resposta Correta: Errado.

Comentário: A perícia social tem sido no decorrer da atividade profissional, o


documento pelo qual o assistente social tem manifestado o seu trabalho técnico e
científico, frente a uma realidade específica. Ela é realizada por meio do estudo social
e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para a sua construção,
o profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício da profissão,
sendo facultado a ele a realização de tantas entrevistas, contatos, visitas, pesquisa
documental e bibliográfica que considerar necessária para a análise e a interpretação
da situação em questão e a elaboração de parecer. Mesmo que solicitado para uma
perícia, o assistente social pode – e, em muitas situações, deve – ir além do
procedimento da constatação, descrição e interpretação da situação. A ação em prol da
possibilidade de efetivação de direitos pode ser parte integrante de informações
importantes a serem registradas em relatórios e laudos que instruirão o processo
judicial.

2009/FCC/ MPE-SE. Dentre os instrumentos básicos que o Assistente Social


dispõe para a realização da perícia social está:

a) a técnica.

20
b) a documentação.

c) o recurso.

d) a metodologia.

e) a teoria.

Resposta Correta: Letra b) a documentação.

Comentário: Dentre os instrumentos básicos que o Assistente Social dispõe para


realização da perícia, na etapa do estudo social, são: entrevista, observação, visita
domiciliar e análise da documentação.

Laudo social
O laudo oferece elementos de base social para a formação de um juízo e tomada
de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais. Enquanto documento resultante
do processo de perícia social ele apresenta o registro das informações mais
significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social. Ele possui uma
estrutura que se constitui por uma introdução (demanda judicial e objetivo), uma
identificação breve dos sujeitos envolvidos, a metodologia para construí-lo
(especificidade da profissão e os objetivos do estudo), um relato analítico da construção
histórica da questão estudada e do estado social, e uma conclusão ou parecer social,
que deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar conclusões ou
indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço social.

2014/CESPE/TJ-SE. Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada ao


projeto ético-político da categoria, julgue o item. O laudo social é resultante do
processo de perícia social e deve conter o registro das informações mais
relevantes do estudo realizado e o parecer social.

Certo / Errado

Resposta Correta: Certo.

21
Comentário: O Laudo Social enquanto documento resultante do processo de perícia
social, apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da análise
realizada e o parecer social. É resultante do processo de perícia social (avaliação,
exame técnico ou científico da área do Serviço Social). É, portanto, o registro escrito e
fundamentado dos estudos e conclusões da perícia (ou seja, que envolve uma avaliação
detalhada do que foi estudado) no qual o perito emite seu parecer e eventualmente
responde a quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ou pelas partes interessadas.

2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL. No que se refere aos instrumentos técnicos do


serviço social, julgue os itens que se seguem. Na elaboração do laudo social de
um usuário, os marcos da história de vida deste constituem importantes dados
de análise. Essas informações geralmente compõem a introdução do laudo, o
desenvolvimento assume características de análise, e a avaliação final direciona-
se à conclusão e às sugestões para resolução do problema.

Certo / Errado

Resposta Correta: Certo.

Comentário: Laudo Social: Introdução: indica a demanda judicial e objetivos;


Identificação breve dos sujeitos envolvidos; Metodologia; Relato analítico da construção
histórica da questão estudada e do estado social atual da mesma e Conclusão ou
Parecer, que deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar
conclusões ou indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço Social. Conforme
literatura da área, os marcos significativos da história de vida são também um dado
importante de análise, especialmente para profissionais que lidam com depoimentos
verbais, com manifestos. Esse histórico deve ser breve, com o relato do que é
sumamente importante para melhor entendimento da situação e da análise do
profissional. Desse modo, o histórico de vida assume papel introdutório no corpo do
texto, e o desenvolvimento assume características de análise. A avaliação final
encaminha para a conclusão e para as sugestões.

Parecer social
Opinião do assistente social, com base em observação e estudo de uma
situação, esse parecer deve ser elaborado tendo como referência a perspectiva do
direito social e da inclusão da população usuária na concessão de benefícios sociais, o
parecer, portanto é um instrumento de viabilização de direitos. O parecer deve

22
apresentar aspectos socioeconômicos do núcleo familiar básico, análise das relações
de necessidades básicas, avaliar as implicações sócias da doença e outras dimensões,
dependendo da finalidade do parecer.
* Exposição e manifestação suscinta;
* Referenciada em fundamentos teórico, éticos e técnicos do Serviço Social;
* Estudo rigoroso e fundamentado;
* Finalização de caráter conclusivo ou indicativo;
* Parte final ou conclusão de um laudo
* Resposta e consulta
* Expõe, esclarece, analisa
* Conclusivo e final de laudo social.

Parecer social
Segundo Moreira e Alvarenga in CFESS (2003:56), parecer social constitui “a
opinião profissional do assistente social, com base na observação e estudo de uma dada
situação, fornecendo elementos para a concessão de um benefício, recurso material e
decisão médico-pericial”.
Exemplos de situações para emissão de parecer na previdência: dependência
econômica/ união estável (pensão por morte, auxílio reclusão) e patologias (subsídio à
perícia médica para auxílio-doença, aposentadoria por invalidez).
Para as autoras (ibid:66), “a elaboração do parecer social não pode ser uma
comprovação de informação e não deve possuir um caráter de fiscalização: ele é um
viabilizador de direitos”.
Consideram-se como elemento constitutivo do parecer social as representações,
os valores e os significados presentes no contexto sociocultural, no qual o usuário
desenvolve relações sociais e de convivência. O parecer deve considerar o núcleo
familiar e a posição do usuário, a satisfação das necessidades básicas, a inserção no
mercado de trabalho.
A elaboração do parecer deve se basear num estudo socioeconômico e cultural
(história de vida) por meio de entrevistas, visita domiciliar etc. Sem que estes insumos
detalhados sejam encaminhados para os solicitantes. O conteúdo do parecer deve ser
sucinto, claro e objetivo sem ser superficial.
Atenção pertinente no Parecer social:
* Parecer social não é relatório;
* O processo de elaboração deve se socializado com o usuário numa desmistificação
do poder institucional;

23
* O assistente social pode emiti-lo por iniciativa própria conforme a situação;
* Quando da falta de provas documentais, cuidado com os próprios preconceitos –
princípio do Código de 1993, pelo empenho na eliminação.
Atenção pertinente ao Parecer social:
* Clareza quanto ao objetivo, coerência dos aspectos levantados e expressão de
posicionamento profissional;
* Na conclusão, mais adequado o termo “caracterização” do que “verificação”,
“constatação”, “comprovação”.

2015/CESPE/STJ. Em relação ao parecer social, julgue o item subsecutivo.


Considerando que o parecer social constitui a descrição detalhada de uma
questão ou situação social, para sua elaboração dispensa-se o levantamento de
hipóteses sobre possíveis consequências e a realização de análises prospectivas.

Certo / Errado

Resposta Correta: Errada.

Comentário: Parecer Social diz respeito a esclarecimento e análises, com base em


conhecimento específico do Serviço Social, a uma questão ou questões relacionadas a
decisão a serem tomadas. É uma finalização, de caráter conclusivo ou indicativo. O
Parecer Social é um instrumento de viabilização de direitos, um meio de realização do
compromisso profissional com os usuários, tendo em vista a equidade, a igualdade, a
justiça social e a cidadania. É necessário que o conteúdo não seja excessivo e deve ser
expresso de maneira clara e objetiva. É preciso compreender que Parecer Social não é
relatório. Tem que ser sucinto, sem ser superficial. Parecer social - é uma das partes
que integram o estudo social, onde o assistente social, tomando por base os dados
coletados ao longo do estudo social, cuja análise sempre se dá à luz do referencial
teórico, é onde o profissional expressa a sua posição técnica de como alguma situação
em questão (que gerou o estudo social) poderá ser solucionado.

2014/CESPE/TJ-SE. Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada ao


projeto ético-político da categoria, julgue o item. O parecer social deve prestar
esclarecimentos e análises a fim de subsidiar tomadas de decisões.

Certo / Errado

24
Resposta Correta: Certo

Comentário: O Parecer emitido pelo assistente social, pode ser emitido enquanto parte
final ou conclusão de um laudo, bem como resposta à determinação da autoridade
judiciária a respeito de alguma questão constante em processo. Ou seja, diz respeito as
análises e esclarecimentos, tendo como base os conhecimentos específicos do Serviço
Social, a questões relacionadas a decisões judiciais. Finalização de caráter conclusivo
ou indicativo.

2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL. No que se refere aos instrumentos técnicos do


serviço social, julgue o item que se segue. Considerando-se que, ao elaborar o
parecer social, cabe ao assistente social emitir opinião acerca de uma situação
social com base em análise essencialmente teórica, é vedado a esse profissional o
levantamento de hipóteses a respeito das possíveis consequências dessa situação.

Certo / Errado

Resposta Correta: Errado.

Comentário: De acordo com a literatura da área, o parecer social diz respeito ao


esclarecimento e análise, com base em conhecimentos específicos do Serviço Social, de
uma questão relacionada a decisões a serem tomadas. Trata-se de exposição e
manifestação sucinta, enfocando objetivamente a questão ou a situação social analisada,
os objetivos do trabalho solicitado e apresentado, portanto, é uma análise referenciada em
fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao Serviço Social. Esse parecer também
deve conter uma análise prospectiva e levantar hipóteses acerca de possíveis
consequências da situação.

2014/FCC/TJ-AP. Considera-se como elemento constitutivo do parecer social,


instrumento técnico utilizado pelo assistente social:

a- a caracterização da personalidade do usuário, sobretudo em seu ambiente familiar e


social.

b- a coleta de dados visando a comprovação das informações fornecidas pelo usuário.

c- o estudo, diagnóstico social com análise dos fatores internos e subjetivos de natureza
psicossocial, situacional e social.

25
d- coleta de informações, procedendo todas as investigações relativas ao usuário com
vistas ao restabelecimento da “verdade” dos fatos, ou da construção “de provas”, de
forma a oferecer subsídios técnico-científicos à decisão do juiz.

e- representações, os valores e os significados presentes no contexto sociocultural, no


qual o usuário desenvolve relações sociais e de convivência.

Resposta Correta: Letra e- representações, os valores e os significados presentes


no contexto sociocultural, no qual o usuário desenvolve relações sociais e de
convivência.

Comentário: Elementos constitutivos do parecer social: Ao levantar os elementos


constitutivos para emissão do parecer social devem-se levar em consideração as
representações, os valores e os significados presentes no contexto sociocultural onde
o usuário desenvolve relações sociais e de convivência.

SERVIÇO SOCIAL

Instrumental Técnico Operativo

Registros de Atendimentos

Estudo Social Conhecer aspectos socioeconômico e cultural.


Garantir e ampliar direitos sociais.
Estudo Social (fundamentos teórico, ético e técnico).
Avaliar e julgar.
Perícia Social
Subsidiar decisão judiciária.
Laudo e Parecer.
Elemento de prova.
Laudo Social Suporte à decisão judicial.
(Registro mais Fornece elementos socioeconômico e cultural.
importante) Introdução (demanda, objetivo, identificação dos
sujeitos).
Laudo Metodologia (objetivos do estudo).
(Relato/Conclusão/P Relato analítico histórico.
arecer) Conclusão ou parecer social (sintetizado/ breve
análise crítica/ apontar conclusões).
Expressar posição profissional frente à questão.

Esclarecer.
Analisar.
Parecer Social Exposição suscinta e objetiva.
Fundamentos: teóricos, éticos e técnicos.
Finalização: conclusivo ou indicativo.
Parte final e ou conclusão de um laudo

26
2012/FCC/MPE-AP. Foi solicitado a um assistente social que atua junto ao
Ministério Público elaborar um estudo social que envolve a requisição de direito
de um adolescente referente ao acesso aos serviços de saúde mental. O estudo
social é um procedimento que tem como objetivo:

a- exercer a vistoria, solicitada ou determinada, sempre que a situação exigir um parecer


do assistente social.

b- oferecer informações para as autoridades competentes com base, exclusivamente,


nos depoimentos dos adolescentes.

c- conhecer com profundidade e de forma crítica uma determinada situação,


especialmente em seus aspectos socioeconômicos e culturais.

d- manifestar sucintamente a situação social na qual se envolveu o adolescente, sem,


contudo ter caráter conclusivo.

e- conhecer profundamente a situação com base nos fatos relatados no processo


judicial e na visita domiciliar.

Resposta Correta: Letra c- conhecer com profundidade e de forma crítica uma


determinada situação, especialmente em seus aspectos socioeconômicos e
culturais.

Comentário: ESTUDO SOCIAL- Processo metodológico de especificidade do


assistente social, que tem por finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica,
uma determinada situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção
profissional. PARECER SOCIAL- é uma das partes que integram o estudo social, onde
o assistente social, tomando por base os dados coletados ao longo do estudo social,
cuja análise sempre se dá à luz do referencial teórico, é onde o profissional expressa a
sua posição técnica de como alguma situação em questão (que gerou o estudo social)
poderá ser solucionado. PERÍCIA SOCIAL- a perícia, quando solicitada a um
profissional de Serviço social, é chamada de perícia social, recebendo esta
denominação por se tratar de estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão,
via de regra, judicial. Ela é realizada por meio do estudo social e implica na elaboração
de um laudo e emissão de um parecer. Para sua construção o profissional faz uso dos
instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício da profissão, sendo facultado a ele a
realização de tantas entrevistas, contatos, visitas, pesquisa documental e bibliografia
que considerar necessárias para análise e a interpretação da situação em questão e a
elaboração de parecer. Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos
fundamentos teórico-metodológicos, ético-político e técnico operativo, próprios do
serviço social, e com finalidade relacionada a avaliações e julgamento. RELATÓRIO
SOCIAL- é referente a apresentação das atividades desenvolvidas na área de atuação
do profissional (visitas domiciliares, informações e providências tomadas, bem como as
suas justificativas). Seu conteúdo deve ir além do burocrático, contendo informações
relevantes ao processo interventivo, não deve, porém, somente informar, mas explicitar
as razões das ações (encaminhamentos) tomadas ou a serem realizadas. O relatório
não se trata de um boletim informativo. LAUDO SOCIAL- o laudo resulta de um estudo

27
mais minucioso e aprofundado sobre determinada problemática, que contém um
parecer bem fundamentado acerca de determinada problemática atendida pelo
profissional. O laudo oferece elementos de base social para formação de um juízo e
tomada de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais. Documento
RESULTANDO de PERÍCIA SOCIAL, ele apresenta o registro das informações mais
significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social. Não necessita
expressar detalhamento dos conteúdos do estudo realizado (salvo exceções).

28
4. TRABALHO EM REDE

Conceituação de Rede

Como definição básica, o termo rede origina-se do latim retis, e é definido pelos
dicionários da língua portuguesa como o entrelaçamento de fios com aberturas
regulares, capazes de formar uma espécie de tecido. A partir da noção de
entrelaçamento, assim como da estrutura reticulada, a palavra rede foi ganhando novos
significados, de modo a caracterizar-se diante das mais diferenciadas situações.
Os diversos sentidos de “rede” foram enfatizados ainda no artigo de Loiola e
Moura (2000 p.54). As autoras buscaram evidenciar a natureza e ressaltar as vantagens
e definições do termo, fator que auxiliou e serviu de base para identificar, por
comparação, os sentidos convergentes e divergentes relacionados às redes de
atendimento, possibilitando o destaque de aspectos atuais, vinculados à utilização do
conceito.
Ressaltando as várias implicações, as quais permeiam o sentido do termo em
destaque, para as autoras anteriores, tal termo nos remete às diferentes vertentes, tais
como armadilha (rede de pesca); instrumento amortecedor ou protetor (rede de circo,
tela de arame); ideia de fluxo e de circulação (enfatizando pontos de origem e destino,
tal como a energia elétrica). Em consideração a determinados fluxos, estes ocorrem
sem que haja necessariamente um centro propulsor e as várias unidades constituem a
rede, como no caso da internet.

As redes podem ainda ser consideradas como sistemas organizacionais


capazes de reunir indivíduos e instituições, de forma democrática e
participativa, em torno de objetivos ou realizações comuns.
Segundo informações do site rits (2007) o conceito de rede
transformou-se, nas últimas duas décadas, em uma alternativa prática de
organização, capaz de possibilitar e responder às demandas de flexibilidade,
conectividade e descentralização das esferas de atuação e articulação social
diversa.

Dentre tantas vertentes, uma que realmente nos interessa por ocasião, refere-
se àquela direcionada às ciências sociais, enfatizando as áreas relativas à Sociologia,

29
juntamente ao Serviço Social, o qual se preocupa com o estudo do ser humano em suas
inter-relações contextualizando-o ao ambiente em que vive.
No sentido de estudar e trabalhar em rede parte-se do conceito fundamental,
diante do qual a Sociologia aborda as redes sociais, agregando-as ao mundo dos
negócios; estes, por sua vez, caracterizam-se a partir de algumas definições,
considerando as inter-relações, associações encadeadas, interações, vínculos não
hierarquizados, todos estes aspectos envolvendo relações de comunicação, assim
como o intercâmbio de informações e trocas diversas.
Faz-se necessário relacionar, segundo Amaral (2007) que “a rede se refere a um
sistema aberto & fechado, cujos elementos encontram-se intrinsecamente relacionados
por regras, dispositivos, artefatos e situações de comunicação não subordinada”. Deste
modo compreende-se que as redes compartilham objetivos e tarefas comuns e, na
conectividade, geram dinâmicas capazes de promover a auto-organização.
No jargão das Organizações Não Governamentais - ONGs, o termo rede refere-
se às pessoas de uma organização, as quais se comunicam com outros integrantes de
uma instituição diferenciada ou movimento, através de qualquer meio, objetivando
articular uma ação. Redes de ONGs podem ser consideradas, portanto, um modo
estratégico de articulação.
A igualdade e a complementariedade entre as partes entendendo por este termo
todas as organizações, programas governamentais ou não governamentais
representam aspectos básicos, onde cada organização institucional que compõe a rede
de atendimento social apresenta-se como fundamental para o todo, mas só formam a
rede se ligadas e inter-relacionadas.
FIGURA 1
CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE REDES
NO CAMPO DOS NEGÓCIOS E NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

CAMPO REDE CARACTERIZAÇÃO

Agrupamento de organizações que tomam


Sistêmica decisões conjuntas e articulam esforços para
produzir produtos ou serviços.
Surgiram em respostas às necessidades
NEGÓCIOS Secundária
específicas para fornecer serviços particulares.

Conjunto de relações complexas recíprocas de


Estratégia
caráter mais cooperativo do que competitivo.

Indica níveis de interdependência e de fluxos


Urbana
entre as cidades.
CIÊNCIAS SOCIAIS
Indica formas específicas de interação entre os
Primária
indivíduos de determinados agrupamentos.
Baseado em Loiola e Moura 2000.

30
Importa ressaltar que não há diferenças hierárquicas significativas a serem
priorizadas dentre as redes, uma vez que se parte da importância das informações, as
quais transitam através dos canais que interligam os vários integrantes ou
colaboradores de uma determinada instituição organizacional.
Verifica-se ainda que as informações transitadas pela rede de atendimento social
deverão circular livremente, tendo como alvo e principal meta o atendimento às
demandas dos usuários finais do serviço considerado.

No plano das políticas públicas, mais especificamente na política de


assistência social, a rede socioassistencial constitui-se de ação articulada e
integrada entre as diversas organizações governamentais e não governamentais
que atuam nas políticas sociais. Só existe a rede na medida em que ela integra e
articula diferentes ações.
A rede de atendimento socioassistencial constitui em uma salvaguarda, para
o apoio e a proteção social destinada aos usuários dos serviços sociais, e que deverão
receber dessa rede o amparo e o atendimento aos seus direitos.
Para ser uma rede os pontos precisam estar bem “amarrados”, ou seja,
integrados e articulados para que a rede consiga cumprir o seu papel, a sua
função, ou seja, a rede de atendimento socioassistencial estará sendo tecida na
proporção direta da integração e articulação de seus diversos pontos, ou seja,
das diversas ações desenvolvidas pelas organizações que integram a política
social pública.

Estruturação e Categorias das Redes.

Observa-se que o padrão organizacional de rede se refere a um dos modelos de


organização da vida, o qual se remete ao caráter de continuidade, articulando-se como
um ciclo, elemento básico destacado por Amaral (2007) que caracteriza a estrutura de
rede, considerando-a como a manifestação de um sistema tanto aberto quanto fechado.
O ciclo aberto advém do conhecimento dos sistemas vivos e dinâmicos, assim
como também da cibernética. Por ser aberta, a referente dinâmica deve considerar as
abordagens sistêmicas que possibilitem a visão de contexto, emergências e mudanças
qualitativas.

31
Os fatores que diferenciam as redes sociais das redes espontâneas referem-
se aos objetivos, juntamente à intencionalidade nos relacionamentos comuns,
conscientes e compartilhados.
Na obra “redes sociais e redes naturais: a dinâmica da vida” a autora realiza uma
significativa caracterização destas formas de rede, destacando:

[...] apesar das características especiais, a forma de operar das


redes sociais, assim como das espontâneas traduz princípios semelhantes aos que regem os
sistemas vivos. Deste modo, um passo importante para entender as dinâmicas próprias do
trabalho em rede é conhecer os sistemas vivos, entender como a vida se sustenta e se
autoproduz. Uma diferença essencial entre os dois sistemas é que os fluxos e ciclos das redes
sociais estão permeados, representam canais de circulação de informação, conhecimentos e
valores representados pelos sistemas simbólicos. (AMARAL 2007, p 02).

A rede, ao caracterizar-se como um sistema fechado, manifesta-se em função


dos seus objetivos, foco, perfil de integrantes, regras, trama de interações e vínculos
entre os componentes, uma vez considerando os territórios biogeográficos que
normalmente abrange.
Acionar uma rede consiste deste modo, em criar um processo comum de
comunicação para todos os que estão envolvidos no problema e possuem um objetivo
comum. A efetivação da rede implica na comunicação estruturada e ainda na estratégia
viável e eficaz para articulação, intervenção e gestão dos processos.

A rede, processo estruturado de comunicação de forma reticular, segundo


Amaral (2007), apresenta as seguintes características: articula pontos que estão em
lugares diferentes; policêntrico; não hierárquico; não linear; múltiplos níveis de
organização; auto-organização; objetivos compartilhados, construídos coletivamente;
múltiplos níveis de organização e ação; dinamismo e intencionalidade dos envolvidos;
coexistência de diferentes; produção, reedição e circulação de informação;
empoderamento dos participantes; desconcentração do poder; multi-iniciativas; tensão
entre estruturas verticais e processos horizontais; tensão entre comportamento de
competição/cooperação/compartilhamento; composição multisetorial; formação
permanente; ambiente fértil para parcerias; oportunidade para relações multilaterais;
evolução coletiva e individual para a complexidade e configuração dinâmica e mutante.

32
Tornar a rede produtiva implica em ações conjuntas, requer investimentos
financeiros, de tempo, dentre outros, pois as pessoas precisam conviver e se integrar,
desenvolvendo a confiança recíproca, deve concordar em relação aos objetivos e as
realizações, além da possibilidade de desenvolver um sentimento de que fazem parte
da rede. Tais pessoas devem constituir um grupo capaz de agir coletivamente e, para
os representantes e colaboradores das organizações os objetivos da rede e as regras
de convivência necessitam ser significativamente claros.
Amaral (2007) enfatiza que as redes manifestam um desejo coletivo de inovação
quanto às formas de organização política, numa desorganização consciente e
intencional de estruturas que não mais correspondem às demandas e aspirações do
grupo; revelam a existência de problemas que não conseguem ser resolvidos através
das antigas estruturas e formas de gestão. A autora destaca que o padrão rede pode
trazer vários benefícios, tais como,

[...] a comunicação estruturada com públicos estratégicos;


transparência; desenvolvimento de uma cultura de cooperação; desenvolvimento do
protagonismo; descentralização das gestões; um ambiente/campo estruturado para possibilitar
parcerias mais seguras e confiáveis; democratização das relações, regidas pelo par
representado pela autonomia-interdependência; um espaço estruturado de interação social para
as pessoas e organizações com objetivos comuns, além de um padrão organizacional cujas
características são, por si, potencialmente facilitadoras de integração e democracia. (AMARAL,
2007 p. 02).

Vale ressaltar ainda alguns aspectos que constituem o incremento referente ao


capital social com foco no objetivo da rede, na aprendizagem individual e coletiva, além
da soma relativa à produção e difusão de informações estratégicas direcionadas aos
objetivos.
Uma vez considerando que as redes sociais se dividem em organizacional
piramidal e estrutura em rede, faz-se necessário destacar as ideias de Whitaker (2007)
que define muito bem as redes nas duas estruturas alternativas de organização
ressaltadas anteriormente.
Embora algumas redes muitas vezes surjam como uma reação aos problemas
originados a partir das estruturas piramidais, essas novas redes não pretendem
substituir ou se contrapor às estruturas relacionadas. Em algumas situações, a estrutura
em rede pode ser mais favorável à realização dos objetivos perseguidos e, deste modo,
verificam-se que o melhor seria exatamente a combinação de ambas as estruturas.
Para Whitaker (2007, p.03) “Os elos básicos - os fios - que dão consistência a
uma rede são as informações que transitam pelos canais que interligam seus

33
integrantes. Inclusive podem se organizar redes com o único objetivo de intercâmbio de
informações”.
O autor destaca que a informação implica em poder, sendo que nas pirâmides,
o poder se concentra, por isso também a informação permanece guardada para ser
usada no momento oportuno, com vistas a se acumular e se concentrar cada vez mais.
Nas redes, o poder se desconcentra, por isso também a informação se distribui
e a livre intercomunicação horizontal torna-se uma exigência essencial para o bom
funcionamento de uma rede. Todos os seus membros têm que ter acesso a todas as
informações que nela circulem pelos canais que os interliguem.
Em seus estudos o autor enfatiza ainda o fato de que quando pessoas ou
entidades se associam para realizar determinados objetivos, estes precisam se
organizar, sendo que a estrutura de organização mais usualmente adotada é a
piramidal. Outra estrutura de organização que vem sendo cada vez mais experimentada,
principalmente nos países do Primeiro Mundo se refere à estrutura horizontal em rede.
Assim, o mais importante da rede refere-se à distribuição de responsabilidades
e as redes sociais partem do conceito básico de horizontalidade, como uma malha, fios
ligados horizontalmente, sem ganchos de sustentação.

Abaixo, destaca-se uma comparação entre as duas estruturas destacadas,


relacionando-as a partir de alguns conceitos significativos, os quais fazem referências
ao contexto social das organizações. Pode-se observar, a partir da ilustração, o modo
como os conceitos básicos relativos a um trabalho em equipe são muito mais
democráticos na estrutura em rede do que na estrutura organizacional piramidal, a qual
trabalha com maior rigidez, concentração de poder e hierarquia.

34
FIGURA 2
RELAÇÃO COMPARATIVA ENTRE A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PIRAMIDAL E A ESTRUTURA EM REDE

CONCEITOS

------------------------- ORGANIZACIONAL PIRAMIDAL ESTRUTURA EM REDE

ESTRUTURA

Medem-se pela abertura à entrada de


novos membros pela liberdade de
circulação de informações em seu
Depende do modo como são
DEMOCRACIA interior, pela inexistência de censuras,
escolhidos seus dirigentes
controles, hierarquizações ou
manipulações da respectiva circulação
de articulação

Depende da aceitação dos Realização do objetivo perseguido, de


membros em relação ao poder de mofo que este seja vital para quem
PARTICIPAÇÃO quem coordena, além da participa da ação; o objetivo só pode
legitimidade e a forma de ser alcançado se houver efetiva
condução do processo participação.

Não são estabelecidos níveis de poder,


mas sim tipos de responsabilidades
REPRESENTAÇÃO com vistas à realização dos objetivos
OU DELEGAÇÃO DE Representação perseguidos; não existe representação;
PODER o poder pertence a todos os
integrantes e refere-se ao “poder
conjunto”.

Seus integrantes se ligam


Superpõem-se níveis de poder de
horizontalmente a todos os demais
decisão: na base: muitos com
diretamente ou através dos que o
pouco poder e menos
ESTRUTURA cercam. Todos têm o mesmo poder de
responsabilidade;
decisão, pois decidem sobre sua
No topo: poucos com muito poder
própria ação; corresponsabilidade. O
e muita responsabilidade.
poder se desconcentra.

Conta com a lealdade de cada um,


DISCIPLINA E Obediência e concentração de para com todos baseada na
COMANDO poder. corresponsabilidade e na capacidade
de inciativa individual.
BASEADO EM WHITAKER, 2007.

Para Silva (2007) caracterizando-se como estruturas flexíveis e cadenciadas, as


redes devem se estabelecer por relações horizontais, através de uma interconexão e

35
em dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e participativo. Sustentam-se através
da vontade e afinidade de seus integrantes, revelando um significativo recurso
organizacional, tanto para as relações pessoais quanto para a estruturação social.
Partindo-se dos pressupostos fundamentais capazes de caracterizar as várias
possibilidades de integração quanto ao ambiente de rede podem ser considerados como
integrantes do referido processo as pessoas e as entidades organizacionais, elementos
que se encontram destacados na figura a seguir.

Na estrutura em rede podem-se relacionar pessoas, juntamente às entidades


organizacionais, interligar colaboradores de uma mesma organização, ou ainda unir
organizações ou entidades diferenciadas. Deste modo é possível checar programas,
assim como projetos semelhantes e trabalhar o diferencial dos mesmos,
redimensionando-os em função dos usuários dos serviços sociais, evitando a
sobreposição de ações e, sobretudo, vislumbrando o significativo aumento de recursos
financeiros, humanos e materiais direcionados em benefício das ações existentes e dos
objetivos pretendidos.
Uma entidade organizacional tem que ter conhecimento do que é feito pelas
outras organizações para poder acionar ou encaminhar o usuário que atende para
outros serviços de atendimento social.

Não é incomum encontrar em uma entidade organizacional com grande


variedade de serviços, a existência de um total desconhecimento e uma falta de
integração entre seus próprios serviços.

36
As redes sociais, em suas diferentes configurações indicam uma nova forma de
organizar e vivenciar espaços de poder e segundo as afirmações de Amaral (2007) a
expressão denominada “horizontalidade das relações resulta em princípios, os quais
devem se revelar através da gestão e nas relações caracterizadas pela
descentralização, insubordinação, conectividade, multiliderança, autonomia,
transparência, cooperação e interdependência”.
Cada rede possui uma configuração particular, dependente do ambiente onde
se forma e atua, depende ainda da cultura política dos membros e, em especial,
daqueles considerados como os facilitadores, além dos objetivos compartilhados.
Verifica-se que as configurações e dinâmicas das redes podem ser delineadas
como significativamente variáveis. O que há em comum são os princípios sistêmicos do
padrão organizacional em rede, por isso faz-se essencial entender tal padrão,
juntamente com os seus princípios.
Em consideração às contribuições do padrão rede, para os bons resultados
ocorrerem faz-se necessário que a operação da rede, sua facilitação, permita o
desenvolvimento de dinâmicas de opostos (contraditórias) e emergências (surgimento
do novo).
Para Amaral (2007) “gerir uma dinâmica de opostos implica abordagens
dialéticas e dialógicas, em conseguir conviver com contradições sem cair no erro da
simplificação, em buscar a descentralização, o desejo de colaboração e a capacidade
para enfrentar a novidade”.

As redes sociais, nos últimos anos, definem-se como um padrão


organizacional capaz de expressar, em seu arranjo de relações, as ideias políticas
e econômicas inovadoras, as quais surgiram a partir do desejo de resolver
problemas atuais. Representam um grau de complexidade política de uma
determinada comunidade ou grupo e não podem ser criadas artificialmente, pois
emergem de processos culturais e políticos.

A partir da contextualização em destaque, cumpre ainda considerar que o


Serviço Social trabalha com o que é chamado de redes sociais. Estas mesclam as
categorias de redes vistas anteriormente, pois, as atividades possuem como foco o
indivíduo e passam deste modo a constituir uma proposta democrática de realização do
trabalho coletivo indispensável aos vários modos de transformações sociais.

37
Na perspectiva de formular um referencial analítico para a inter-relação
entre as diferentes redes, Baptista, (2000) localiza e destaca os vários espaços e
âmbitos nos quais tais redes se configuram, sendo que as características em
destaque se encontram ilustradas abaixo.

QUADRO REFERENTE AS CARACTERIZAÇÕES DAS DIFERENCIADAS FORMAS DE REDES

REDES SOCIAIS ESPONTANEAS


Relações sociais primárias, interpessoais e espontâneas (família, amigos, vizinhança, trabalho, etc.). Sua
ação concretiza-se através das relações de reciprocidade, circulação de informações e prestação de
serviços imediatos.

REDES DE SERVIÇO SÓCIOCOMUNITÁRIOS


Produzem serviços assistenciais de caráter mutualista, tais como mutirões para construção de moradias,
estas comunitárias, eventos culturais, esportivos, etc.

REDES SETORIAIS PÚBLICAS OU SOCIOGOVERNAMENTAIS


No campo do Estado as redes representam formas de articulação entre agências governamentais,
juntamente com as redes sociais e implementam-se através das políticas públicas. Estrutura-se a partir
do espaço público em função de necessidades tidas como direitos dos indivíduos (saúde, educação,
habitação, etc.). Representam ainda coordenações ou comissões formais que reagrupam instituições
engajadas nas mesmas políticas. A composição e missão são, geralmente impostas, por uma
regulamentação, sendo que ocorre a constituição de espaços públicos de negociação e participação da
cidadania, na gestão local, devido ao processo da democratização, nas relações entre Estado e Sociedade
Civil.

REDES SETORIAIS PRIVADAS


Por serem de caráter privado, seguem as leis do mercado, oferecendo seus serviços mediante pagamento.
As relações que caracterizam as mesmas são definidas por normas precisas, por funções e papeis
atribuídos aos indivíduos para realização dos serviços. Nessas redes ocorre um nível avançado de
formalização.

REDES SOCIAIS MOVIMENTALISTAS


Movimento social de defesa, garantia de direitos, de vigilância e luta reivindicatória por melhores condições
de vida, além da afirmação de direitos. Constituem-se a partir da articulação de grupos e organizações
sociais de natureza e funções diversas, ligados através de relações institucionais e interpessoais. Estas
redes oxigenam todas as demais, assumindo o papel de instituintes das novas demandas de justiça,
mudanças de paradigmas evolução sócio educacional e promoção humana.
Com adaptação. Baseado em Baptista (2000).

38
Considerando as ideias de Néri (2004) pode-se melhor compreender o fato de
que as várias redes de relações sociais, assim como o apoio social representam
pressupostos, os quais devem ser considerados como inseridos nos âmbitos de outras
áreas científico humanas que se encontram inter-relacionadas de forma complexa, tais
como a psicologia, a sociologia, a pedagogia, dentre outras, sendo que todas possuem
ações, direcionamentos e fundamentações teóricas que muito contribuem para os
estudos e efetivação da promoção relativa ao bem-estar da população em geral.
Importa ressaltar que o interesse pelo desenvolvimento das teorias relacionadas ao
suporte social aumentou significativamente e ainda encontra-se vinculado às redes de
atendimento social, aspecto que se fundamentou a partir da década de 1970, com
destaque para os estudos de Matsukura; Marturano; Oishi, (2002) tendo em vista,
particularmente a relação entre suporte social e os indicadores de presença ou ausência
de vários desajustes sociais, além de diversas doenças, bem como a relação de suporte
com as previsões de diagnóstico e restabelecimento pessoal.
Os autores enfatizam o fato de que o suporte social ajuda a aumentar a
competência adaptativa, através do manejo e contribuição para o maior direcionamento
e equilíbrio como um todo, fatores que se encontram vinculados à dependência de
influências ambientais e sociais às quais os indivíduos encontram-se expostos.

2011/FUNIVERSA/SES-DF. A realização de trabalho com grupos no serviço social


contribui para formação de redes, apoio mútuo, construção de identidade,
organização política dos sujeitos, ou seja, ações permitidas pela troca de
experiências, de orientação social, de vivências, entre outras. Assinale a
alternativa correta com relação ao trabalho com grupos em serviço social.

a) Os momentos de silêncio que permeiam o processo de grupo devem ser evitados


para não causar constrangimentos e demonstrar o esgotamento do assunto.

b) A socialização de informações pelo assistente social representa o conhecimento


profissional que deve ser acrescentado ao que já foi produzido a partir dos próprios
integrantes do processo, quando este tiver se esgotado.

c) O uso de analogias entre diferentes situações e de decomposição de uma questão


em partes constitui uma estratégia de aproximação da prática profissional a uma
conversa informal.

39
d) O contrato de trabalho visa aprofundar e estimular o exercício de reflexão pelo
usuário.

e) A sumarização e a devolução de diversas situações e questões têm por finalidade


integrar o grupo nas suas relações interpessoais.

Resposta Correta: Letra b) A socialização de informações pelo assistente social


representa o conhecimento profissional que deve ser acrescentado ao que já foi
produzido a partir dos próprios integrantes do processo, quando este tiver se
esgotado.

2012/CESPE/TJ-AC. Os instrumentos e as técnicas presentes nos procedimentos


profissionais do assistente social constituem acervo imparcial e essencialmente
técnico.

Certo / Errado

Resposta Correta: Errado.

Comentário: A configuração dos procedimentos e do instrumental técnico-operativo


acompanha as alterações históricas da base sócio organizacional do Serviço Social e
está marcado por tratamentos diferenciados conferidos pelos diversos projetos
profissionais. Ainda que alguns instrumentos e técnicas constituam o acervo interventivo
dos assistentes sociais desde os primórdios, eles são acionados como parte dos
procedimentos que constituem um processo de intervenção nas relações sociais. Assim,
o instrumental coloca-se como um conjunto articulado historicamente, pois faz parte do
atendimento de necessidades reais, permeadas pelas relações sociais. Não se
constituindo, portanto, um acervo neutro e meramente técnico, embora assim seja
apresentado pelo pensamento dominante, racionalista-formal.

2011/CESPE/TJ-ES. A escolha dos instrumentos, técnicas ou estratégias e dos


modelos de abordagem individual, familiar ou de grupos a serem adotadas pelos
assistentes sociais, no âmbito das instituições sociais, independe do objetivo da
ação profissional.

Certo / Errado

40
Resposta Correta: Errado.

Comentário: Para que o profissional possa intervir numa dada realidade, é importante
primeiramente conhecer essa tal realidade, em seguida definir os objetivos da ação, e
finalmente escolher qual o instrumento e a estratégia para desenvolvimento da sua
ação. Para que o profissional tenha uma intervenção segura, eficaz e eficiente o
instrumental e a técnica deve estar de acordo com o problema. Não sendo assim, sua
ação não causará mudança, muito menos impacto na tal realidade e o seu trabalho não
terá sentido.

PONTOS COMENTADOS

Serviço Social

Os Instrumentos Técnicos Operativos

• Os instrumentais técnico-operativos são como um conjunto articulado de


instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional.
• Ao se realizar uma entrevista, parte-se de um objetivo profissional e se almeja uma
finalidade. Sempre que possível, o primeiro passo para desenvolvê-la é munir-se
das informações referentes a antecedentes da situação a ser estudada, para obter
elementos que possibilitem o avanço do diálogo, evitando que o usuário seja
obrigado a repetir informações que já constam de um prontuário ou auto processual.
• Reescrevendo, pode-se alegar que a entrevista social precisa, necessariamente,
que o assistente social tenha autonomia profissional para apreender a realidade
social.
• Semiestruturada ou semidirigida - o entrevistador deixa que o entrevistado fale e
direciona essas falas para os objetivos.
• Estruturada ou dirigida - entrevistador conduz conforme seus objetivos
específicos.
• Semiestruturada ou semidirigida - o entrevistador deixa que o entrevistado fale e
direciona essas falas para os objetivos. Ambos os métodos possibilitam o diálogo.
Ao contrário da entrevista estruturada/ dirigida que se trata de perguntas fechadas,
onde o entrevistador conduz toda a entrevista para um objetivo.
• Visita Domiciliar. Trata-se de um instrumento que tem como principal objetivo
conhecer as condições e modos de vida da população usuária em sua realidade
cotidiana, ou seja, no local onde ela estabelece suas relações do dia a dia: em seu
domicílio. A visita domiciliar é um instrumento que, ao final, aproxima a instituição
que está atendendo ao usuário de sua realidade, via Assistente Social. Assim as
instituições devem garantir as condições para que a visita domiciliar seja realizada
(transporte, por exemplo). Como os demais instrumentos, a visita domiciliar não é
exclusividade do Assistente Social: ela só é realizada quando o objetivo da mesma
é analisar as condições sociais de vida e de existência de uma família ou de um
usuário – pois é esse “olhar” que determina a inserção do Serviço Social na divisão

41
social do trabalho. Contudo, a visita domiciliar sempre foi um dos principais
instrumentos de controle das classes populares que as instituições utilizavam. Uma
vez que o usuário está sendo atendido na instituição, ele está acionando um espaço
público: quando a instituição se propõe a ir até a casa do usuário, ela está
adentrando no terreno do privado. A residência é o espaço privado da família que lá
vive. Ter essa dimensão é fundamental para que o Assistente Social rompa com
uma postura autoritária, controladora e fiscalizadora. Porém, é de suma importância
que o profissional que realiza a visita tenha competência teórica para saber
identificar que as condições de moradia não estão descoladas das condições de
vida de uma comunidade onde a casa se localiza, e que, por sua vez, não estão
separadas do contexto social e histórico. Assim, o profissional consegue romper
uma mera “constatação” da singularidade, mas situá-la no campo da universalidade,
ou seja, no contexto sócio econômico vigente.
• Estudo Social: se objetiva por meio de entrevistas, visitas domiciliares e contatos
com colaterais, pesquisas documentais e bibliográficas instrumentais que tem no
relacionamento um elemento constante e dinâmico.
• A perícia social tem sido no decorrer da atividade profissional, o documento pelo
qual o assistente social tem manifestado o seu trabalho técnico e científico, frente a
uma realidade específica. Ela é realizada por meio do estudo social e implica na
elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para a sua construção, o
profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício da
profissão, sendo facultado a ele a realização de tantas entrevistas, contatos, visitas,
pesquisa documental e bibliográfica que considerar necessária para a análise e a
interpretação da situação em questão e a elaboração de parecer. Mesmo que
solicitado para uma perícia, o assistente social pode – e, em muitas situações, deve
– ir além do procedimento da constatação, descrição e interpretação da situação. A
ação em prol da possibilidade de efetivação de direitos pode ser parte integrante de
informações importantes a serem registradas em relatórios e laudos que instruirão
o processo judicial.
• Dentre os instrumentos básicos que o Assistente Social dispõe para
realização da perícia, na etapa do estudo social, são: entrevista, observação,
visita domiciliar e análise da documentação.
• O Laudo Social enquanto documento resultante do processo de perícia social,
apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da análise
realizada e o parecer social. É resultante do processo de perícia social (avaliação,
exame técnico ou científico da área do Serviço Social). É, portanto, o registro escrito
e fundamentado dos estudos e conclusões da perícia (ou seja, que envolve uma
avaliação detalhada do que foi estudado) no qual o perito emite seu parecer e
eventualmente responde a quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ou pelas
partes interessadas.
• Laudo Social: Introdução: indica a demanda judicial e objetivos; Identificação breve
dos sujeitos envolvidos; Metodologia; Relato analítico da construção histórica da
questão estudada e do estado social atual da mesma e Conclusão ou Parecer, que
deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar conclusões ou
indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço Social. Conforme literatura
da área, os marcos significativos da história de vida são também um dado importante
de análise, especialmente para profissionais que lidam com depoimentos verbais,
com manifestos. Esse histórico deve ser breve, com o relato do que é sumamente

42
importante para melhor entendimento da situação e da análise do profissional.
Desse modo, o histórico de vida assume papel introdutório no corpo do texto, e o
desenvolvimento assume características de análise. A avaliação final encaminha
para a conclusão e para as sugestões.
• Parecer Social diz respeito a esclarecimento e análises, com base em
conhecimento específico do Serviço Social, a uma questão ou questões
relacionadas a decisão a serem tomadas. É uma finalização, de caráter conclusivo
ou indicativo. O Parecer Social é um instrumento de viabilização de direitos, um meio
de realização do compromisso profissional com os usuários, tendo em vista a
equidade, a igualdade, a justiça social e a cidadania. É necessário que o conteúdo
não seja excessivo e deve ser expresso de maneira clara e objetiva. É preciso
compreender que Parecer Social não é relatório. Tem que ser sucinto, sem ser
superficial. Parecer social - é uma das partes que integram o estudo social, onde o
assistente social, tomando por base os dados coletados ao longo do estudo social,
cuja análise sempre se dá à luz do referencial teórico, é onde o profissional expressa
a sua posição técnica de como alguma situação em questão (que gerou o estudo
social) poderá ser solucionado.
• O Parecer emitido pelo assistente social, pode ser emitido enquanto parte final ou
conclusão de um laudo, bem como resposta à determinação da autoridade judiciária
a respeito de alguma questão constante em processo. Ou seja, diz respeito as
análises e esclarecimentos, tendo como base os conhecimentos específicos do
Serviço Social, a questões relacionadas a decisões judiciais. Finalização de caráter
conclusivo ou indicativo.
• De acordo com a literatura da área, o parecer social diz respeito ao
esclarecimento e análise, com base em conhecimentos específicos do Serviço
Social, de uma questão relacionada a decisões a serem tomadas. Trata-se de
exposição e manifestação sucinta, enfocando objetivamente a questão ou a situação
social analisada, os objetivos do trabalho solicitado e apresentado, portanto, é uma
análise referenciada em fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao
Serviço Social. Esse parecer também deve conter uma análise prospectiva e
levantar hipóteses acerca de possíveis consequências da situação.
• Elementos constitutivos do parecer social: ao levantar os elementos constitutivos
para emissão do parecer social devem-se levar em consideração as representações,
os valores e os significados presentes no contexto sociocultural onde o usuário
desenvolve relações sociais e de convivência.
• ESTUDO SOCIAL- Processo metodológico de especificidade do assistente social,
que tem por finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma
determinada situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção
profissional. PARECER SOCIAL- é uma das partes que integram o estudo social,
onde o assistente social, tomando por base os dados coletados ao longo do estudo
social, cuja análise sempre se dá à luz do referencial teórico, é onde o profissional
expressa a sua posição técnica de como alguma situação em questão (que gerou o
estudo social) poderá ser solucionado. PERÍCIA SOCIAL- a perícia, quando
solicitada a um profissional de Serviço social, é chamada de perícia social,
recebendo esta denominação por se tratar de estudo e parecer cuja finalidade é
subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio do estudo
social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para sua
construção o profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao

43
exercício da profissão, sendo facultado a ele a realização de tantas entrevistas,
contatos, visitas, pesquisa documental e bibliografia que considerar necessárias
para análise e a interpretação da situação em questão e a elaboração de parecer.
Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos fundamentos teórico-
metodológicos, ético-político e técnico operativo, próprios do serviço social, e com
finalidade relacionada a avaliações e julgamento. RELATÓRIO SOCIAL- é referente
a apresentação das atividades desenvolvidas na área de atuação do profissional
(visitas domiciliares, informações e providências tomadas, bem como as suas
justificativas). Seu conteúdo deve ir além do burocrático, contendo informações
relevantes ao processo interventivo, não deve, porém, somente informar, mas
explicitar as razões das ações (encaminhamentos) tomadas ou a serem realizadas.
O relatório não se trata de um boletim informativo. LAUDO SOCIAL- o laudo resulta
de um estudo mais minucioso e aprofundado sobre determinada problemática, que
contém um parecer bem fundamentado acerca de determinada problemática
atendida pelo profissional. O laudo oferece elementos de base social para formação
de um juízo e tomada de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais.
Documento RESULTANDO de PERÍCIA SOCIAL, ele apresenta o registro das
informações mais significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social.
Não necessita expressar detalhamento dos conteúdos do estudo realizado (salvo
exceções).
• A configuração dos procedimentos e do instrumental técnico-operativo
acompanha as alterações históricas da base sócio organizacional do Serviço Social
e está marcado por tratamentos diferenciados conferidos pelos diversos projetos
profissionais. Ainda que alguns instrumentos e técnicas constituam o acervo
interventivo dos assistentes sociais desde os primórdios, eles são acionados como
parte dos procedimentos que constituem um processo de intervenção nas relações
sociais. Assim, o instrumental coloca-se como um conjunto articulado
historicamente, pois faz parte do atendimento de necessidades reais, permeadas
pelas relações sociais. Não se constituindo, portanto, um acervo neutro e
meramente técnico, embora assim seja apresentado pelo pensamento dominante,
racionalista-formal.
• Para que o profissional possa intervir numa dada realidade, é importante
primeiramente conhecer essa tal realidade, em seguida definir os objetivos da
ação, e finalmente escolher qual o instrumento e a estratégia para
desenvolvimento da sua ação. Para que o profissional tenha uma intervenção
segura, eficaz e eficiente o instrumental e a técnica deve estar de acordo com o
problema. Não sendo assim, sua ação não causará mudança, muito menos impacto
na tal realidade e o seu trabalho não terá sentido.

44
QUESTÕES DE PROVAS

1. 2014/FCC/TRF3ªREGIÃO. O fazer profissional do assistente social requisita-o,


muitas vezes, proceder com avaliações formais, ou seja, são realizadas num
contexto profissional específico, cujos objetivos imediatos irão direcionar os
critérios a serem utilizados no desenvolvimento da ação. Nessa lógica, é correto
afirmar que:

a- o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização


da ação profissional é denominado de instrumental.

b- o eixo técnico-operativo da profissão deve estar relacionado ao seu norte técnico-


metodológico.

c- para avaliar, é dispensável o uso de instrumentos técnicos.

d- o instrumental técnico deve ter um fim em si mesmo em razão da sua própria


utilidade.

e- independente da existência de uma intencionalidade, o assistente social deve estar


atento aos objetivos de sua avaliação, à linguagem que utiliza e aos instrumentos
escolhidos, pois esses vão direcionar a sua ação profissional.

2. 2013/FCC/TRT5ªR. (BA). O Assistente Social possui instrumentos técnico-


operativos para o desenvolvimento de seu trabalho. Ao atuar no Tribunal Regional
do Trabalho, com relação a esse instrumental, é correto afirmar que a:

a- orientação social é de responsabilidade do profissional. Não cabe a ele, realizar


encaminhamentos com vistas a atender a uma necessidade e/ou direito da pessoa que
está prestando atendimento e sim, realizar a orientação a esta pessoa, para que busque,
por si própria, os caminhos para o atendimento à necessidade apresentada.

b-perícia social para conhecer e interpretar a realidade social é realizada pelo assistente
social e não cabe a ele, intervir na situação para além dessa perícia.

c- visita domiciliar é comumente utilizada pelos profissionais da política de assistência


social. Portanto, para evitar a duplicidade de atuação profissional, quando da
necessidade do uso desse instrumento, deve ser demandado ao assistente social da
Assistência Social.

45
d- entrevista é um instrumento utilizado pelo profissional, sendo que para desenvolvê-
la, faz-se importante munir-se das informações referentes a antecedentes da situação
a ser estudada, para obter elementos que possibilitem o avanço do diálogo.

e- articulação com a rede social se configura como função do Centro de Referência de


Assistência Social - CRAS na execução da gestão territorial da Proteção Social Básica.
Essa ação deve ser requisitada pelo Promotor ou Juiz.

3. 2013/FGV/MPE-MS. As entrevistas constituem uma das modalidades mais


usuais de abordagem realizadas pelo Serviço Social para a apreensão da
realidade na qual se inscreve a população atendida nos diferentes
estabelecimentos que implementam políticas sociais. Embora possa ser utilizada
a partir de diferentes aportes teórico-metodológicos a entrevista consiste em um
dos instrumentos da intervenção profissional que muitas vezes segue padrões
previamente definidos pelas instituições contratantes, pelos programas sociais
ou, mesmo, pelas chefias imediatas.

Em relação à condução da entrevista por parte do Assistente Social, assinale a


afirmativa correta.

a) pressupõe uma prática voltada para a valorização do indivíduo em detrimento do


social.

b) Depende da autonomia técnica do Serviço Social mesmo contemplando requisições


institucionais

c) Trata-se de um instrumental apenas investigativo e não interventivo.

d) Deixa de ser instrumental do assistente social sempre que requisitada


institucionalmente.

e) A razão instrumental que a orienta só pode ser pensada sob o ponto de vista
institucional.

4. 2011/CESGRANRIO/PETROBRÁS. A entrevista é um dos instrumentos


tradicionalmente utilizados pelo assistente social para realizar estudos sociais.

Dentre as várias modalidades, as entrevistas:

a- conjuntas permitem observar o comportamento de cada indivíduo e suas relações


fora de seu contexto social.

b- familiares possibilitam ao assistente social compreender a dinâmica e a estrutura


psicológica dos indivíduos.

c- estruturadas privilegiam o diálogo aberto e livre, conduzido preferencialmente pelo


próprio entrevistado.

46
d- semiestruturadas comportam os roteiros preestabelecidos e o diálogo aberto com os
entrevistados.

e- não estruturadas são conduzidas através de um formulário para a obtenção de


informações previamente definidas.

5. 2009/ FCC/TJ-AP. A metodologia do trabalho em grupo, é fundamental quando


se atua com famílias e comunidades, pois pode propiciar:

I. Situações de envolvimento, troca, participação, comunicação e criatividade.

II. Ampliação do conhecimento da realidade atual em termos da constituição da família


levando os profissionais a atuarem de acordo com essa realidade.

III. Reconstrução de histórias de vida, espaço da revivência dos sentimentos e emoções.

Está correto o que se afirma em:

a) I, somente. d) II e III, somente.

b) I e II, somente. e) I, II e III.

c) I e III, somente.

6. 2015/FGV/DPE-MT. A idosa Isaura sofre maus tratos praticados por seu filho.
Os vizinhos, ao perceberem o comportamento violento do rapaz, fizeram uma
denúncia ao Ministério Público, que designou um Assistente Social para avaliar o
caso. Ao receber a denúncia, o Assistente Social construiu um plano de
intervenção que tinha como primeira ação clarificar a situação, considerando o
caso na particularidade de seu contexto sociocultural, objetivando complementar
dados, observar relações sociais em sua singularidade, no ambiente de
convivência da idosa.

Com base nessa descrição, assinale a opção que indica a ação realizada.

a) Visita domiciliar.

b) Diagnóstico social.

c) Entrevista social.

d) Vistoria técnica.

e) Observação empírica.

7.2013/CESPE/MPU. A respeito de estudo social, laudo social e parecer social,


julgue o item que se segue. O estudo social é um instrumento empregado pelo
assistente social para conhecer e interpretar a situação que motiva sua

47
intervenção profissional, que pode se utilizar, ainda, de dados obtidos em visita
domiciliar.

Certo / Errado

8. 2016/CESPE/DPU. Relativamente à dimensão técnico-operativa do serviço


social, às concepções e debates sobre instrumentos e técnicas, julgue o próximo
item. Caso seja solicitado para realizar uma perícia, o assistente social deverá
ater-se aos procedimentos de constatação, descrição e interpretação da demanda
solicitada.

Certo / Errado.

9. 2014/CESPE/TJ-SE. Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada


ao projeto ético-político da categoria, julgue o item. O laudo social é resultante do
processo de perícia social e deve conter o registro das informações mais
relevantes do estudo realizado e o parecer social.

Certo / Errado

10. 2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL. No que se refere aos instrumentos técnicos


do serviço social, julgue o item que se segue. Na elaboração do laudo social de
um usuário, os marcos da história de vida deste constituem importantes dados
de análise. Essas informações geralmente compõem a introdução do laudo, o
desenvolvimento assume características de análise, e a avaliação final direciona-
se à conclusão e às sugestões para resolução do problema.

Certo / Errado

11. 2015/CESPE/STJ. Em relação ao parecer social, julgue o item subsecutivo.


Considerando que o parecer social constitui a descrição detalhada de uma
questão ou situação social, para sua elaboração dispensa-se o levantamento de
hipóteses sobre possíveis consequências e a realização de análises prospectivas.

Certo / Errado

12. 2014/CESPE/TJ-SE. Acerca da instrumentalidade no serviço social, articulada


ao projeto ético-político da categoria, julgue o item. O parecer social deve prestar
esclarecimentos e análises a fim de subsidiar tomadas de decisões.

Certo / Errado

48
13. 2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL. No que se refere aos instrumentos técnicos
do serviço social, julgue o item que se segue. Considerando-se que, ao elaborar
o parecer social, cabe ao assistente social emitir opinião acerca de uma situação
social com base em análise essencialmente teórica, é vedado a esse profissional
o levantamento de hipóteses a respeito das possíveis consequências dessa
situação.

Certo / Errado

14. 2014/FCC/TJ-AP. Considera-se como elemento constitutivo do parecer social,


instrumento técnico utilizado pelo assistente social:

a- a caracterização da personalidade do usuário, sobretudo em seu ambiente familiar e


social.

b- a coleta de dados visando a comprovação das informações fornecidas pelo usuário.

c- o estudo, diagnóstico social com análise dos fatores internos e subjetivos de natureza
psicossocial, situacional e social.

d- coleta de informações, procedendo todas as investigações relativas ao usuário com


vistas ao restabelecimento da “verdade” dos fatos, ou da construção “de provas”, de
forma a oferecer subsídios técnico-científicos à decisão do juiz.

e- representações, os valores e os significados presentes no contexto sociocultural, no


qual o usuário desenvolve relações sociais e de convivência.

15. 2012/FCC/MPE-AP. Foi solicitado a um assistente social que atua junto ao


Ministério Público elaborar um estudo social que envolve a requisição de direito
de um adolescente referente ao acesso aos serviços de saúde mental. O estudo
social é um procedimento que tem como objetivo:

a- exercer a vistoria, solicitada ou determinada, sempre que a situação exigir um parecer


do assistente social.

b- oferecer informações para as autoridades competentes com base, exclusivamente,


nos depoimentos dos adolescentes.

c- conhecer com profundidade e de forma crítica uma determinada situação,


especialmente em seus aspectos socioeconômicos e culturais.

d- manifestar sucintamente a situação social na qual se envolveu o adolescente, sem,


contudo ter caráter conclusivo.

e- conhecer profundamente a situação com base nos fatos relatados no processo


judicial e na visita domiciliar.

49
16. 2011/FUNIVERSA/SES-DF. A realização de trabalho com grupos no serviço
social contribui para formação de redes, apoio mútuo, construção de identidade,
organização política dos sujeitos, ou seja, ações permitidas pela troca de
experiências, de orientação social, de vivências, entre outras. Assinale a
alternativa correta com relação ao trabalho com grupos em serviço social.

a) Os momentos de silêncio que permeiam o processo de grupo devem ser evitados


para não causar constrangimentos e demonstrar o esgotamento do assunto.

b) A socialização de informações pelo assistente social representa o conhecimento


profissional que deve ser acrescentado ao que já foi produzido a partir dos próprios
integrantes do processo, quando este tiver se esgotado.

c) O uso de analogias entre diferentes situações e de decomposição de uma questão


em partes constitui uma estratégia de aproximação da prática profissional a uma
conversa informal.

d) O contrato de trabalho visa aprofundar e estimular o exercício de reflexão pelo


usuário.

e) A sumarização e a devolução de diversas situações e questões têm por finalidade


integrar o grupo nas suas relações interpessoais.

17. 2009/FCC/ MPE-SE. Dentre os instrumentos básicos que o Assistente Social


dispõe para a realização da perícia social está:

a) a técnica. d) a metodologia.

b) a documentação. e) a teoria.

c) o recurso.

18. 2011/CESPE/TJ-ES. A escolha dos instrumentos, técnicas ou estratégias e dos


modelos de abordagem individual, familiar ou de grupos a serem adotadas pelos
assistentes sociais, no âmbito das instituições sociais, independe do objetivo da
ação profissional.

Certo / Errado

19. 2012/CESPE/TJ-AC. Os instrumentos e as técnicas presentes nos


procedimentos profissionais do assistente social constituem acervo imparcial e
essencialmente técnico.

Certo / Errado

50
20. 2012/CESPE/TJ-AC. Em sua intervenção, é facultado ao assistente social
trabalhar tanto com entrevistas não estruturadas quanto com entrevistas
semiestruturadas, já que ambas utilizam o diálogo aberto com os entrevistados.

Certo / Errado

GABARITO

1 A 11 ERRADO

2 D 12 CERTO

3 B 13 ERRADO

4 D 14 E

5 E 15 C

6 A 16 B

7 CERTO 17 B

8 ERRADO 18 ERRADO

9 CERTO 19 ERRADO

10 CERTO 20 CERTO

51
BIBLIOGRAFIA

CFESS (org.). O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição


ao debate no judiciário, no penitenciário e na previdência social. 4ªed. – São Paulo:
Cortez, 2005.

GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do processo de trabalho e serviço social. In:


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