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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
4. TRABALHO EM REDE........................................................................................... 29
GABARITO ................................................................................................................ 51
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 52
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1. INTRODUÇÃO
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Segundo Trindade (2002), a atividade do assistente social não se vincula
diretamente com a produção material e sim com a reprodução social - intervenção junto
às condições de vida e às consciências dos trabalhadores. Assim, os nossos
instrumentos e técnicas provêm das ciências sociais e “potencializam a produção de
atitude.
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a- o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização
da ação profissional é denominado de instrumental.
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2. OS INSTRUMENTOS TÉCNICOS OPERATIVOS
Observação Participante
Observar é muito mais do que ver ou olhar. Observar é estar atento, é direcionar
o olhar, é saber para onde se olha (Cruz Neto, 2004).
Na definição clássica, a observação é o uso dos sentidos humanos (visão,
audição, tato, olfato e paladar) para o conhecimento da realidade. Mas não um uso
ingênuo dos sentidos, e sim, um uso que tem como objetivo produzir um conhecimento
sobre a realidade – tem-se um objetivo a alcançar.
Porém, o Assistente Social, ao estabelecer uma interação face a face,
estabelece uma relação social com outro ser humano, que possui expectativas quanto
às intervenções que serão realizadas pelo profissional. Assim, além de observador, o
profissional também é observado.
E ainda: na medida em que o Assistente Social realiza intervenções, ele participa
diretamente do processo de conhecimento acerca da realidade que está sendo
investigada. Por isso, não se trata de uma observação fria, ou como querem alguns,
“neutra”, em que o profissional pensa estar em uma posição de não envolvimento com
a situação. Por isso, trata-se de uma observação participante – o profissional, além de
observar, interage com o outro, e participa ativamente do processo de observação.
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relação de poder entre esses dois sujeitos – relação essa em que o Assistente Social
aparece em uma posição hierarquicamente superior.
Mas se defendemos a democracia e o respeito à diversidade como valores éticos
fundamentais da nossa profissão, o momento da entrevista é um espaço que o usuário
pode exprimir suas ideias, vontades, necessidades, ou seja, que ele possa ser ouvido
em tempo: ser ouvido não é concordar com tudo o que usuário diz.
Estabelecer essa relação é fundamental, pois se o usuário não é respeitado
nesse direito básico, não apenas estaremos desrespeitando-o, como prejudicando o
próprio processo de construção de um conhecimento sólido sobre a realidade social que
ele está trazendo, comprometendo toda a intervenção.
Importante ressaltar que, por ser um observador participante, o Assistente Social
também emite suas opiniões, valores, a partir dos conhecimentos que já possui.
Desse modo, entrevistar é mais do que apenas “conversar”: requer um rigoroso
conhecimento teórico-metodológico (Silva, 1995), a fim de possibilitar um planejamento
sério da entrevista, bem como a busca por alcançar os objetivos estabelecidos para sua
realização.
Entrevista
* Instrumento mais utilizado para operar na realidade de trabalho do Assistente Social;
* Há predomínios das entrevistas individuais, com casal, com a família e com os
colaterais;
* Com grupos são menos utilizadas;
* Os tipos de entrevistas se dão pela especificidade da situação atendida e pelos
locais adequados para atendimento;
* Deverá ser realizada em condições ambientais adequados;
* Os entrevistados deverão estar em condições emocionais de participarem.
* Estabelece-se vínculo entre duas ou mais pessoas;
* Os objetivos a serem buscados por quem a aplica e os fundamentos da profissão é
que definem e diferenciam seu uso;
* A coleta de informações para conhecer e compreender as situações possibilita a
construção de alternativas de intervenções;
* O diálogo é o elemento fundamental da entrevista, exige do profissional a
qualificação necessária para o desenvolvimento com base em princípios éticos,
teóricos e metodológicos, na direção de garantia de direitos;
O profissional, durante a entrevista, deve procurar compreender o sujeito, sua
realidade, contradições e relações que consegue estabelecer. A postura profissional
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tem de ser atenta, com uso de linguagem adequada, postura de ser entendida pelo
entrevistado, que deve ser compreendido e visto como sujeito de direitos (Magalhaes,
2003).
Tipos de Entrevistas
Tipos de perguntas:
* Esclarecimento - Há quanto tempo trabalha lá?
* Análise - Por que acha que ele bate em você?
* Ação - O que você pretende fazer em relação a isso?
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* Solicitação de permissão para realizar anotações durante a entrevista, explicando a
razão.
b-perícia social para conhecer e interpretar a realidade social é realizada pelo assistente
social e não cabe a ele, intervir na situação para além dessa perícia.
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2013/FGV/MPE-MS. As entrevistas constituem uma das modalidades mais usuais
de abordagem realizadas pelo Serviço Social para a apreensão da realidade na
qual se inscreve a população atendida nos diferentes estabelecimentos que
implementam políticas sociais. Embora possa ser utilizada a partir de diferentes
aportes teórico-metodológicos a entrevista consiste em um dos instrumentos da
intervenção profissional que muitas vezes segue padrões previamente definidos
pelas instituições contratantes, pelos programas sociais ou, mesmo, pelas
chefias imediatas.
e) A razão instrumental que a orienta só pode ser pensada sob o ponto de vista
institucional.
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b- familiares possibilitam ao assistente social compreender a dinâmica e a estrutura
psicológica dos indivíduos.
Certo / Errado
Grupo
Conforme Magalhães (2003) é outro instrumento de comunicação oral cujos
objetivos em geral se aproximam da entrevista, mas com a diferença de envolverem um
maior número de pessoas.
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Tipos de grupo:
* Aberto- possibilidade de ingresso de novos participantes quando a duração não é
programada e o próprio grupo define o momento de se dissolver;
* Fechado- limites de tempo, duração e número de participantes.
Tipos de condução:
* Diretiva- atividades grupais com objetivos determinados;
* Não diretiva- propícia à reflexão e à autonomia do grupo. Aqui o trabalho pode
iniciar-se “a partir de uma queixa, uma fala, um tema escolhido pelos membros
do grupo ou, dependendo do tipo de grupo, pelo coordenador” (p.51).
* Caráter/Direção: informativo ou educativo.
* O grupo favorece experiências horizontais e solidárias;
Dinâmica de Grupo
Sucintamente, a dinâmica de grupo é uma técnica que utiliza jogos, brincadeiras,
simulações de determinadas situações, com vistas a permitir que os membros do grupo
produzam uma reflexão acerca de uma temática definida.
No caso do Serviço Social, uma temática que tenha relação com o objeto de sua
intervenção – as diferentes expressões da “questão social”. Para tanto, o Assistente
Social age como um facilitador, um agente que provoca situações que levem à reflexão
do grupo. Isso requer tanto habilidades teóricas (a escolha do tema e como ele será
trabalhado), como uma postura política democrática (que deixa o grupo produzir), mas
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também uma necessidade de controle do processo de dinâmica – caso contrário, a
dinâmica vira uma “brincadeira” e não alcança os objetivos principais: provocar a
reflexão do grupo.
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
Reunião
Assim como a dinâmica de grupo, as reuniões são espaços coletivos. São
encontros grupais, que têm como objetivo estabelecer alguma espécie de reflexão sobre
determinado tema. Mas, sobretudo, uma reunião tem como objetivo a tomada de uma
decisão sobre algum assunto.
As reuniões podem ocorrer com diferentes sujeitos – podem ser realizadas junto
à população usuária, junto à equipe de profissionais que trabalham na instituição. Enfim
ela se realiza em todo espaço em que se pretende que uma determinada decisão não
seja tomada individualmente, mas coletivamente.
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Essa postura já indica que, ao coletivizar a decisão, o coordenador de uma reunião se
coloca em uma posição democrática.
Entretanto, colocar-se como um líder democrático não significa não ter firmeza
quanto ao cumprimento dos objetivos da reunião. O espaço de tomada de decisões é
um espaço essencialmente político, pois diferentes interesses estão em confronto.
Saber reconhecê-los e como se relacionar com eles requer uma competência teórica e
política, de modo que a reunião possa alcançar o objetivo de tomar uma decisão que
envolva todos os seus participantes.
Visita Domiciliar
De acordo com Magalhães (2003, p. 54) a visita tem como objetivo “clarificar
situações, considerar o caso na particularidade do seu contexto sociocultural e de
relações sociais”, não podendo, jamais, ser uma “visita invasiva”.
Por meio de entrevistas, individuais ou conjuntas, busca-se “... conhecer as
condições (residência, bairro) em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do
cotidiano das suas relações, aspectos esses que geralmente escapam às entrevistas
de gabinete” (Mioto, 2001, p.148).
No transcorrer da visita outros instrumentos são utilizados, como a observação,
e em muitas situações ocorre também à intervenção na dinâmica familiar.
Conforme Sarmento é preciso “... compreender a visita domiciliar como um
instrumento que potencializa as possibilidades de conhecimento da realidade
(conhecendo como o usuário as suas dificuldades e não o que já sei...), e, que tem como
ponto de referência, a garantia de seus direitos (...) onde se exerce um papel educativo
(colocando o saber técnico à disposição) de reflexão sobre a qualidade de vida” (1994,
p.303).
As visitas domiciliares até o contexto do Movimento de Reconceituação
tinham as seguintes características:
* Os ‘visitadores sociais’ tinham como objetivo “ajudar o indivíduo a ele próprio
alcançar o seu propósito dentro de um padrão de normalidade previamente
estabelecido” (averiguação, inspeção).
* Tendências psicologizante e individualizante no enfrentamento das
expressões da questão social;
* Indivíduo a ser apoiado para se “ajustar” à sociedade equilibrada (controle
social).
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Após, retomada do uso da técnica - visão crítica- as visitas domiciliares
adquiriram as seguintes características:
* Deve ser realizada, depois de devido planejamento, apenas quando de fato
necessária e de acordo com o usuário - prévio agendamento para evitar
invasão de privacidade;
* Utilização das informações coletadas nas entrevistas dando, mas ênfase na
capacidade de observação para leitura das condições socioeconômicas e
culturais de vida.
2015/FGV/DPE-MT. A idosa Isaura sofre maus tratos praticados por seu filho. Os
vizinhos, ao perceberem o comportamento violento do rapaz, fizeram uma
denúncia ao Ministério Público, que designou um Assistente Social para avaliar o
caso. Ao receber a denúncia, o Assistente Social construiu um plano de
intervenção que tinha como primeira ação clarificar a situação, considerando o
caso na particularidade de seu contexto sociocultural, objetivando complementar
dados, observar relações sociais em sua singularidade, no ambiente de
convivência da idosa.
Com base nessa descrição, assinale a opção que indica a ação realizada.
a) Visita domiciliar.
b) Diagnóstico social.
c) Entrevista social.
d) Vistoria técnica.
e) Observação empírica.
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Comentário: Visita Domiciliar. Trata-se de um instrumento que tem como principal
objetivo conhecer as condições e modos de vida da população usuária em sua realidade
cotidiana, ou seja, no local onde ela estabelece suas relações do dia a dia: em seu
domicílio. A visita domiciliar é um instrumento que, ao final, aproxima a instituição que
está atendendo ao usuário de sua realidade, via Assistente Social. Assim as instituições
devem garantir as condições para que a visita domiciliar seja realizada (transporte, por
exemplo). Como os demais instrumentos, a visita domiciliar não é exclusividade do
Assistente Social: ela só é realizada quando o objetivo da mesma é analisar as
condições sociais de vida e de existência de uma família ou de um usuário – pois é esse
“olhar” que determina a inserção do Serviço Social na divisão social do trabalho.
Contudo, a visita domiciliar sempre foi um dos principais instrumentos de controle das
classes populares que as instituições utilizavam. Uma vez que o usuário está sendo
atendido na instituição, ele está acionando um espaço público: quando a instituição se
propõe a ir até a casa do usuário, ela está adentrando no terreno do privado. A
residência é o espaço privado da família que lá vive. Ter essa dimensão é fundamental
para que o Assistente Social rompa com uma postura autoritária, controladora e
fiscalizadora. Porém, é de suma importância que o profissional que realiza a visita tenha
competência teórica para saber identificar que as condições de moradia não estão
descoladas das condições de vida de uma comunidade onde a casa se localiza, e que,
por sua vez, não estão separadas do contexto social e histórico. Assim, o profissional
consegue romper uma mera “constatação” da singularidade, mas situá-la no campo da
universalidade, ou seja, no contexto sócio econômico vigente.
Visita institucional
Assim como a visita domiciliar, aqui se fala de quando o Assistente Social realiza
visita a instituições de diversas naturezas – entidades públicas, empresas, ONGs etc.
Muitas podem ser as motivações para que o Assistente Social realize uma visita
institucional.
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Pode-se perceber, a partir do elencado acima, que os instrumentos de trabalho
não são atomizados ou estáticos: eles podem coexistir em um mesmo momento. A
observação participante está presente em todos os demais; em uma visita domiciliar a
entrevista pode ser utilizada; no trabalho de mobilização comunitária, reuniões podem
ocorrer, além de visitas institucionais, dentre outras situações.
Várias combinações entre eles podem ser descritas, porque a realidade da
prática profissional é muito mais dinâmica e rica do que qualquer tentativa de
classificação dos instrumentos de trabalho.
Mobilização de comunidades
Faz-se necessário clarificar o que se entende por comunidade. Segundo a
definição de Souza (2004), comunidade é um Conjunto de grupos e subgrupos de uma
mesma classe social, que têm interesses e preocupações comuns sobre condições de
vivência no espaço de moradia e que, dadas as suas condições fundamentais de
existência, tendem a ampliar continuamente o âmbito de repercussão dos seus
interesses, preocupações e enfrentamentos comuns (SOUZA: 2004; p. 68).
Assim, temos algumas características que definem o que entendemos por
comunidade: Falamos de um território geograficamente definido, mas ao mesmo tempo,
entendendo que a divisão geográfica do espaço territorial reflete as diferentes divisões
da sociedade em classes sociais e segmentos de classes sociais.
Assim, trabalhar em uma comunidade significa compreendê-la dentro de um
contexto econômico, social, político e cultural de uma sociedade dividida em classes
sociais – e que ela não está descolada da totalidade da realidade social.
Trabalhar em projetos comunitários na perspectiva ético-política defendida pelo
Serviço Social, hoje, significa criar estratégias para mobilizar e envolver os membros de
uma população situada historicamente no tempo e no espaço nas decisões das ações
que serão desenvolvidas, uma vez que são eles o público-alvo do trabalho do Assistente
Social. Assim, trata-se de um processo de mobilização comunitária.
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3. INSTRUMENTOS DE REGISTROS
Estudo Social
É um estudo de caso ou avaliação social com fundamentação rigorosa, teórica,
ética e técnica. O estudo social é um processo metodológico específico do Serviço
Social, que tem por finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma
determinada situação ou expressão da questão social, objeto de intervenção
profissional - em seus aspectos sócios econômicos e culturais. Vale afirmar que de sua
fundamentação rigorosa, teórica, ética e técnica, com base no projeto da profissão,
depende a sua devida utilização para a garantia e ampliação de direitos dos sujeitos
usuários dos serviços sociais.
Certo / Errado
Perícia social
Quando solicitada a um profissional de Serviço Social se trata de estudo ou
parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada
por meio do estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um
parecer. A perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço Social, é chamada de
perícia social, recebendo esta dominação por se tratar de estudo e parecer cuja
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finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio de
estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. O
profissional faz uso de instrumentos e técnicas pertinente ao exercício da profissão,
sendo facultada a ele a realização de tantas entrevistas, visitas, pesquisa documental
bibliográfica que considerar necessárias para análise e a interpretação da situação em
questão e a elaboração de parecer. A perícia é o estudo social, realizado com base nos
fundamentos teórico-metodológico, éticos políticos e técnico-operativos próprios do
Serviço Social e com finalidades relacionadas a avaliações e julgamentos.
Certo / Errado.
a) a técnica.
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b) a documentação.
c) o recurso.
d) a metodologia.
e) a teoria.
Laudo social
O laudo oferece elementos de base social para a formação de um juízo e tomada
de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais. Enquanto documento resultante
do processo de perícia social ele apresenta o registro das informações mais
significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social. Ele possui uma
estrutura que se constitui por uma introdução (demanda judicial e objetivo), uma
identificação breve dos sujeitos envolvidos, a metodologia para construí-lo
(especificidade da profissão e os objetivos do estudo), um relato analítico da construção
histórica da questão estudada e do estado social, e uma conclusão ou parecer social,
que deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar conclusões ou
indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço social.
Certo / Errado
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Comentário: O Laudo Social enquanto documento resultante do processo de perícia
social, apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da análise
realizada e o parecer social. É resultante do processo de perícia social (avaliação,
exame técnico ou científico da área do Serviço Social). É, portanto, o registro escrito e
fundamentado dos estudos e conclusões da perícia (ou seja, que envolve uma avaliação
detalhada do que foi estudado) no qual o perito emite seu parecer e eventualmente
responde a quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ou pelas partes interessadas.
Certo / Errado
Parecer social
Opinião do assistente social, com base em observação e estudo de uma
situação, esse parecer deve ser elaborado tendo como referência a perspectiva do
direito social e da inclusão da população usuária na concessão de benefícios sociais, o
parecer, portanto é um instrumento de viabilização de direitos. O parecer deve
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apresentar aspectos socioeconômicos do núcleo familiar básico, análise das relações
de necessidades básicas, avaliar as implicações sócias da doença e outras dimensões,
dependendo da finalidade do parecer.
* Exposição e manifestação suscinta;
* Referenciada em fundamentos teórico, éticos e técnicos do Serviço Social;
* Estudo rigoroso e fundamentado;
* Finalização de caráter conclusivo ou indicativo;
* Parte final ou conclusão de um laudo
* Resposta e consulta
* Expõe, esclarece, analisa
* Conclusivo e final de laudo social.
Parecer social
Segundo Moreira e Alvarenga in CFESS (2003:56), parecer social constitui “a
opinião profissional do assistente social, com base na observação e estudo de uma dada
situação, fornecendo elementos para a concessão de um benefício, recurso material e
decisão médico-pericial”.
Exemplos de situações para emissão de parecer na previdência: dependência
econômica/ união estável (pensão por morte, auxílio reclusão) e patologias (subsídio à
perícia médica para auxílio-doença, aposentadoria por invalidez).
Para as autoras (ibid:66), “a elaboração do parecer social não pode ser uma
comprovação de informação e não deve possuir um caráter de fiscalização: ele é um
viabilizador de direitos”.
Consideram-se como elemento constitutivo do parecer social as representações,
os valores e os significados presentes no contexto sociocultural, no qual o usuário
desenvolve relações sociais e de convivência. O parecer deve considerar o núcleo
familiar e a posição do usuário, a satisfação das necessidades básicas, a inserção no
mercado de trabalho.
A elaboração do parecer deve se basear num estudo socioeconômico e cultural
(história de vida) por meio de entrevistas, visita domiciliar etc. Sem que estes insumos
detalhados sejam encaminhados para os solicitantes. O conteúdo do parecer deve ser
sucinto, claro e objetivo sem ser superficial.
Atenção pertinente no Parecer social:
* Parecer social não é relatório;
* O processo de elaboração deve se socializado com o usuário numa desmistificação
do poder institucional;
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* O assistente social pode emiti-lo por iniciativa própria conforme a situação;
* Quando da falta de provas documentais, cuidado com os próprios preconceitos –
princípio do Código de 1993, pelo empenho na eliminação.
Atenção pertinente ao Parecer social:
* Clareza quanto ao objetivo, coerência dos aspectos levantados e expressão de
posicionamento profissional;
* Na conclusão, mais adequado o termo “caracterização” do que “verificação”,
“constatação”, “comprovação”.
Certo / Errado
Certo / Errado
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Resposta Correta: Certo
Comentário: O Parecer emitido pelo assistente social, pode ser emitido enquanto parte
final ou conclusão de um laudo, bem como resposta à determinação da autoridade
judiciária a respeito de alguma questão constante em processo. Ou seja, diz respeito as
análises e esclarecimentos, tendo como base os conhecimentos específicos do Serviço
Social, a questões relacionadas a decisões judiciais. Finalização de caráter conclusivo
ou indicativo.
Certo / Errado
c- o estudo, diagnóstico social com análise dos fatores internos e subjetivos de natureza
psicossocial, situacional e social.
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d- coleta de informações, procedendo todas as investigações relativas ao usuário com
vistas ao restabelecimento da “verdade” dos fatos, ou da construção “de provas”, de
forma a oferecer subsídios técnico-científicos à decisão do juiz.
SERVIÇO SOCIAL
Registros de Atendimentos
Esclarecer.
Analisar.
Parecer Social Exposição suscinta e objetiva.
Fundamentos: teóricos, éticos e técnicos.
Finalização: conclusivo ou indicativo.
Parte final e ou conclusão de um laudo
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2012/FCC/MPE-AP. Foi solicitado a um assistente social que atua junto ao
Ministério Público elaborar um estudo social que envolve a requisição de direito
de um adolescente referente ao acesso aos serviços de saúde mental. O estudo
social é um procedimento que tem como objetivo:
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mais minucioso e aprofundado sobre determinada problemática, que contém um
parecer bem fundamentado acerca de determinada problemática atendida pelo
profissional. O laudo oferece elementos de base social para formação de um juízo e
tomada de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais. Documento
RESULTANDO de PERÍCIA SOCIAL, ele apresenta o registro das informações mais
significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social. Não necessita
expressar detalhamento dos conteúdos do estudo realizado (salvo exceções).
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4. TRABALHO EM REDE
Conceituação de Rede
Como definição básica, o termo rede origina-se do latim retis, e é definido pelos
dicionários da língua portuguesa como o entrelaçamento de fios com aberturas
regulares, capazes de formar uma espécie de tecido. A partir da noção de
entrelaçamento, assim como da estrutura reticulada, a palavra rede foi ganhando novos
significados, de modo a caracterizar-se diante das mais diferenciadas situações.
Os diversos sentidos de “rede” foram enfatizados ainda no artigo de Loiola e
Moura (2000 p.54). As autoras buscaram evidenciar a natureza e ressaltar as vantagens
e definições do termo, fator que auxiliou e serviu de base para identificar, por
comparação, os sentidos convergentes e divergentes relacionados às redes de
atendimento, possibilitando o destaque de aspectos atuais, vinculados à utilização do
conceito.
Ressaltando as várias implicações, as quais permeiam o sentido do termo em
destaque, para as autoras anteriores, tal termo nos remete às diferentes vertentes, tais
como armadilha (rede de pesca); instrumento amortecedor ou protetor (rede de circo,
tela de arame); ideia de fluxo e de circulação (enfatizando pontos de origem e destino,
tal como a energia elétrica). Em consideração a determinados fluxos, estes ocorrem
sem que haja necessariamente um centro propulsor e as várias unidades constituem a
rede, como no caso da internet.
Dentre tantas vertentes, uma que realmente nos interessa por ocasião, refere-
se àquela direcionada às ciências sociais, enfatizando as áreas relativas à Sociologia,
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juntamente ao Serviço Social, o qual se preocupa com o estudo do ser humano em suas
inter-relações contextualizando-o ao ambiente em que vive.
No sentido de estudar e trabalhar em rede parte-se do conceito fundamental,
diante do qual a Sociologia aborda as redes sociais, agregando-as ao mundo dos
negócios; estes, por sua vez, caracterizam-se a partir de algumas definições,
considerando as inter-relações, associações encadeadas, interações, vínculos não
hierarquizados, todos estes aspectos envolvendo relações de comunicação, assim
como o intercâmbio de informações e trocas diversas.
Faz-se necessário relacionar, segundo Amaral (2007) que “a rede se refere a um
sistema aberto & fechado, cujos elementos encontram-se intrinsecamente relacionados
por regras, dispositivos, artefatos e situações de comunicação não subordinada”. Deste
modo compreende-se que as redes compartilham objetivos e tarefas comuns e, na
conectividade, geram dinâmicas capazes de promover a auto-organização.
No jargão das Organizações Não Governamentais - ONGs, o termo rede refere-
se às pessoas de uma organização, as quais se comunicam com outros integrantes de
uma instituição diferenciada ou movimento, através de qualquer meio, objetivando
articular uma ação. Redes de ONGs podem ser consideradas, portanto, um modo
estratégico de articulação.
A igualdade e a complementariedade entre as partes entendendo por este termo
todas as organizações, programas governamentais ou não governamentais
representam aspectos básicos, onde cada organização institucional que compõe a rede
de atendimento social apresenta-se como fundamental para o todo, mas só formam a
rede se ligadas e inter-relacionadas.
FIGURA 1
CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE REDES
NO CAMPO DOS NEGÓCIOS E NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
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Importa ressaltar que não há diferenças hierárquicas significativas a serem
priorizadas dentre as redes, uma vez que se parte da importância das informações, as
quais transitam através dos canais que interligam os vários integrantes ou
colaboradores de uma determinada instituição organizacional.
Verifica-se ainda que as informações transitadas pela rede de atendimento social
deverão circular livremente, tendo como alvo e principal meta o atendimento às
demandas dos usuários finais do serviço considerado.
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Os fatores que diferenciam as redes sociais das redes espontâneas referem-
se aos objetivos, juntamente à intencionalidade nos relacionamentos comuns,
conscientes e compartilhados.
Na obra “redes sociais e redes naturais: a dinâmica da vida” a autora realiza uma
significativa caracterização destas formas de rede, destacando:
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Tornar a rede produtiva implica em ações conjuntas, requer investimentos
financeiros, de tempo, dentre outros, pois as pessoas precisam conviver e se integrar,
desenvolvendo a confiança recíproca, deve concordar em relação aos objetivos e as
realizações, além da possibilidade de desenvolver um sentimento de que fazem parte
da rede. Tais pessoas devem constituir um grupo capaz de agir coletivamente e, para
os representantes e colaboradores das organizações os objetivos da rede e as regras
de convivência necessitam ser significativamente claros.
Amaral (2007) enfatiza que as redes manifestam um desejo coletivo de inovação
quanto às formas de organização política, numa desorganização consciente e
intencional de estruturas que não mais correspondem às demandas e aspirações do
grupo; revelam a existência de problemas que não conseguem ser resolvidos através
das antigas estruturas e formas de gestão. A autora destaca que o padrão rede pode
trazer vários benefícios, tais como,
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integrantes. Inclusive podem se organizar redes com o único objetivo de intercâmbio de
informações”.
O autor destaca que a informação implica em poder, sendo que nas pirâmides,
o poder se concentra, por isso também a informação permanece guardada para ser
usada no momento oportuno, com vistas a se acumular e se concentrar cada vez mais.
Nas redes, o poder se desconcentra, por isso também a informação se distribui
e a livre intercomunicação horizontal torna-se uma exigência essencial para o bom
funcionamento de uma rede. Todos os seus membros têm que ter acesso a todas as
informações que nela circulem pelos canais que os interliguem.
Em seus estudos o autor enfatiza ainda o fato de que quando pessoas ou
entidades se associam para realizar determinados objetivos, estes precisam se
organizar, sendo que a estrutura de organização mais usualmente adotada é a
piramidal. Outra estrutura de organização que vem sendo cada vez mais experimentada,
principalmente nos países do Primeiro Mundo se refere à estrutura horizontal em rede.
Assim, o mais importante da rede refere-se à distribuição de responsabilidades
e as redes sociais partem do conceito básico de horizontalidade, como uma malha, fios
ligados horizontalmente, sem ganchos de sustentação.
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FIGURA 2
RELAÇÃO COMPARATIVA ENTRE A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PIRAMIDAL E A ESTRUTURA EM REDE
CONCEITOS
ESTRUTURA
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em dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e participativo. Sustentam-se através
da vontade e afinidade de seus integrantes, revelando um significativo recurso
organizacional, tanto para as relações pessoais quanto para a estruturação social.
Partindo-se dos pressupostos fundamentais capazes de caracterizar as várias
possibilidades de integração quanto ao ambiente de rede podem ser considerados como
integrantes do referido processo as pessoas e as entidades organizacionais, elementos
que se encontram destacados na figura a seguir.
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As redes sociais, em suas diferentes configurações indicam uma nova forma de
organizar e vivenciar espaços de poder e segundo as afirmações de Amaral (2007) a
expressão denominada “horizontalidade das relações resulta em princípios, os quais
devem se revelar através da gestão e nas relações caracterizadas pela
descentralização, insubordinação, conectividade, multiliderança, autonomia,
transparência, cooperação e interdependência”.
Cada rede possui uma configuração particular, dependente do ambiente onde
se forma e atua, depende ainda da cultura política dos membros e, em especial,
daqueles considerados como os facilitadores, além dos objetivos compartilhados.
Verifica-se que as configurações e dinâmicas das redes podem ser delineadas
como significativamente variáveis. O que há em comum são os princípios sistêmicos do
padrão organizacional em rede, por isso faz-se essencial entender tal padrão,
juntamente com os seus princípios.
Em consideração às contribuições do padrão rede, para os bons resultados
ocorrerem faz-se necessário que a operação da rede, sua facilitação, permita o
desenvolvimento de dinâmicas de opostos (contraditórias) e emergências (surgimento
do novo).
Para Amaral (2007) “gerir uma dinâmica de opostos implica abordagens
dialéticas e dialógicas, em conseguir conviver com contradições sem cair no erro da
simplificação, em buscar a descentralização, o desejo de colaboração e a capacidade
para enfrentar a novidade”.
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Na perspectiva de formular um referencial analítico para a inter-relação
entre as diferentes redes, Baptista, (2000) localiza e destaca os vários espaços e
âmbitos nos quais tais redes se configuram, sendo que as características em
destaque se encontram ilustradas abaixo.
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Considerando as ideias de Néri (2004) pode-se melhor compreender o fato de
que as várias redes de relações sociais, assim como o apoio social representam
pressupostos, os quais devem ser considerados como inseridos nos âmbitos de outras
áreas científico humanas que se encontram inter-relacionadas de forma complexa, tais
como a psicologia, a sociologia, a pedagogia, dentre outras, sendo que todas possuem
ações, direcionamentos e fundamentações teóricas que muito contribuem para os
estudos e efetivação da promoção relativa ao bem-estar da população em geral.
Importa ressaltar que o interesse pelo desenvolvimento das teorias relacionadas ao
suporte social aumentou significativamente e ainda encontra-se vinculado às redes de
atendimento social, aspecto que se fundamentou a partir da década de 1970, com
destaque para os estudos de Matsukura; Marturano; Oishi, (2002) tendo em vista,
particularmente a relação entre suporte social e os indicadores de presença ou ausência
de vários desajustes sociais, além de diversas doenças, bem como a relação de suporte
com as previsões de diagnóstico e restabelecimento pessoal.
Os autores enfatizam o fato de que o suporte social ajuda a aumentar a
competência adaptativa, através do manejo e contribuição para o maior direcionamento
e equilíbrio como um todo, fatores que se encontram vinculados à dependência de
influências ambientais e sociais às quais os indivíduos encontram-se expostos.
39
d) O contrato de trabalho visa aprofundar e estimular o exercício de reflexão pelo
usuário.
Certo / Errado
Certo / Errado
40
Resposta Correta: Errado.
Comentário: Para que o profissional possa intervir numa dada realidade, é importante
primeiramente conhecer essa tal realidade, em seguida definir os objetivos da ação, e
finalmente escolher qual o instrumento e a estratégia para desenvolvimento da sua
ação. Para que o profissional tenha uma intervenção segura, eficaz e eficiente o
instrumental e a técnica deve estar de acordo com o problema. Não sendo assim, sua
ação não causará mudança, muito menos impacto na tal realidade e o seu trabalho não
terá sentido.
PONTOS COMENTADOS
Serviço Social
41
social do trabalho. Contudo, a visita domiciliar sempre foi um dos principais
instrumentos de controle das classes populares que as instituições utilizavam. Uma
vez que o usuário está sendo atendido na instituição, ele está acionando um espaço
público: quando a instituição se propõe a ir até a casa do usuário, ela está
adentrando no terreno do privado. A residência é o espaço privado da família que lá
vive. Ter essa dimensão é fundamental para que o Assistente Social rompa com
uma postura autoritária, controladora e fiscalizadora. Porém, é de suma importância
que o profissional que realiza a visita tenha competência teórica para saber
identificar que as condições de moradia não estão descoladas das condições de
vida de uma comunidade onde a casa se localiza, e que, por sua vez, não estão
separadas do contexto social e histórico. Assim, o profissional consegue romper
uma mera “constatação” da singularidade, mas situá-la no campo da universalidade,
ou seja, no contexto sócio econômico vigente.
• Estudo Social: se objetiva por meio de entrevistas, visitas domiciliares e contatos
com colaterais, pesquisas documentais e bibliográficas instrumentais que tem no
relacionamento um elemento constante e dinâmico.
• A perícia social tem sido no decorrer da atividade profissional, o documento pelo
qual o assistente social tem manifestado o seu trabalho técnico e científico, frente a
uma realidade específica. Ela é realizada por meio do estudo social e implica na
elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para a sua construção, o
profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício da
profissão, sendo facultado a ele a realização de tantas entrevistas, contatos, visitas,
pesquisa documental e bibliográfica que considerar necessária para a análise e a
interpretação da situação em questão e a elaboração de parecer. Mesmo que
solicitado para uma perícia, o assistente social pode – e, em muitas situações, deve
– ir além do procedimento da constatação, descrição e interpretação da situação. A
ação em prol da possibilidade de efetivação de direitos pode ser parte integrante de
informações importantes a serem registradas em relatórios e laudos que instruirão
o processo judicial.
• Dentre os instrumentos básicos que o Assistente Social dispõe para
realização da perícia, na etapa do estudo social, são: entrevista, observação,
visita domiciliar e análise da documentação.
• O Laudo Social enquanto documento resultante do processo de perícia social,
apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da análise
realizada e o parecer social. É resultante do processo de perícia social (avaliação,
exame técnico ou científico da área do Serviço Social). É, portanto, o registro escrito
e fundamentado dos estudos e conclusões da perícia (ou seja, que envolve uma
avaliação detalhada do que foi estudado) no qual o perito emite seu parecer e
eventualmente responde a quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ou pelas
partes interessadas.
• Laudo Social: Introdução: indica a demanda judicial e objetivos; Identificação breve
dos sujeitos envolvidos; Metodologia; Relato analítico da construção histórica da
questão estudada e do estado social atual da mesma e Conclusão ou Parecer, que
deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar conclusões ou
indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço Social. Conforme literatura
da área, os marcos significativos da história de vida são também um dado importante
de análise, especialmente para profissionais que lidam com depoimentos verbais,
com manifestos. Esse histórico deve ser breve, com o relato do que é sumamente
42
importante para melhor entendimento da situação e da análise do profissional.
Desse modo, o histórico de vida assume papel introdutório no corpo do texto, e o
desenvolvimento assume características de análise. A avaliação final encaminha
para a conclusão e para as sugestões.
• Parecer Social diz respeito a esclarecimento e análises, com base em
conhecimento específico do Serviço Social, a uma questão ou questões
relacionadas a decisão a serem tomadas. É uma finalização, de caráter conclusivo
ou indicativo. O Parecer Social é um instrumento de viabilização de direitos, um meio
de realização do compromisso profissional com os usuários, tendo em vista a
equidade, a igualdade, a justiça social e a cidadania. É necessário que o conteúdo
não seja excessivo e deve ser expresso de maneira clara e objetiva. É preciso
compreender que Parecer Social não é relatório. Tem que ser sucinto, sem ser
superficial. Parecer social - é uma das partes que integram o estudo social, onde o
assistente social, tomando por base os dados coletados ao longo do estudo social,
cuja análise sempre se dá à luz do referencial teórico, é onde o profissional expressa
a sua posição técnica de como alguma situação em questão (que gerou o estudo
social) poderá ser solucionado.
• O Parecer emitido pelo assistente social, pode ser emitido enquanto parte final ou
conclusão de um laudo, bem como resposta à determinação da autoridade judiciária
a respeito de alguma questão constante em processo. Ou seja, diz respeito as
análises e esclarecimentos, tendo como base os conhecimentos específicos do
Serviço Social, a questões relacionadas a decisões judiciais. Finalização de caráter
conclusivo ou indicativo.
• De acordo com a literatura da área, o parecer social diz respeito ao
esclarecimento e análise, com base em conhecimentos específicos do Serviço
Social, de uma questão relacionada a decisões a serem tomadas. Trata-se de
exposição e manifestação sucinta, enfocando objetivamente a questão ou a situação
social analisada, os objetivos do trabalho solicitado e apresentado, portanto, é uma
análise referenciada em fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao
Serviço Social. Esse parecer também deve conter uma análise prospectiva e
levantar hipóteses acerca de possíveis consequências da situação.
• Elementos constitutivos do parecer social: ao levantar os elementos constitutivos
para emissão do parecer social devem-se levar em consideração as representações,
os valores e os significados presentes no contexto sociocultural onde o usuário
desenvolve relações sociais e de convivência.
• ESTUDO SOCIAL- Processo metodológico de especificidade do assistente social,
que tem por finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma
determinada situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção
profissional. PARECER SOCIAL- é uma das partes que integram o estudo social,
onde o assistente social, tomando por base os dados coletados ao longo do estudo
social, cuja análise sempre se dá à luz do referencial teórico, é onde o profissional
expressa a sua posição técnica de como alguma situação em questão (que gerou o
estudo social) poderá ser solucionado. PERÍCIA SOCIAL- a perícia, quando
solicitada a um profissional de Serviço social, é chamada de perícia social,
recebendo esta denominação por se tratar de estudo e parecer cuja finalidade é
subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio do estudo
social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para sua
construção o profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao
43
exercício da profissão, sendo facultado a ele a realização de tantas entrevistas,
contatos, visitas, pesquisa documental e bibliografia que considerar necessárias
para análise e a interpretação da situação em questão e a elaboração de parecer.
Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos fundamentos teórico-
metodológicos, ético-político e técnico operativo, próprios do serviço social, e com
finalidade relacionada a avaliações e julgamento. RELATÓRIO SOCIAL- é referente
a apresentação das atividades desenvolvidas na área de atuação do profissional
(visitas domiciliares, informações e providências tomadas, bem como as suas
justificativas). Seu conteúdo deve ir além do burocrático, contendo informações
relevantes ao processo interventivo, não deve, porém, somente informar, mas
explicitar as razões das ações (encaminhamentos) tomadas ou a serem realizadas.
O relatório não se trata de um boletim informativo. LAUDO SOCIAL- o laudo resulta
de um estudo mais minucioso e aprofundado sobre determinada problemática, que
contém um parecer bem fundamentado acerca de determinada problemática
atendida pelo profissional. O laudo oferece elementos de base social para formação
de um juízo e tomada de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais.
Documento RESULTANDO de PERÍCIA SOCIAL, ele apresenta o registro das
informações mais significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social.
Não necessita expressar detalhamento dos conteúdos do estudo realizado (salvo
exceções).
• A configuração dos procedimentos e do instrumental técnico-operativo
acompanha as alterações históricas da base sócio organizacional do Serviço Social
e está marcado por tratamentos diferenciados conferidos pelos diversos projetos
profissionais. Ainda que alguns instrumentos e técnicas constituam o acervo
interventivo dos assistentes sociais desde os primórdios, eles são acionados como
parte dos procedimentos que constituem um processo de intervenção nas relações
sociais. Assim, o instrumental coloca-se como um conjunto articulado
historicamente, pois faz parte do atendimento de necessidades reais, permeadas
pelas relações sociais. Não se constituindo, portanto, um acervo neutro e
meramente técnico, embora assim seja apresentado pelo pensamento dominante,
racionalista-formal.
• Para que o profissional possa intervir numa dada realidade, é importante
primeiramente conhecer essa tal realidade, em seguida definir os objetivos da
ação, e finalmente escolher qual o instrumento e a estratégia para
desenvolvimento da sua ação. Para que o profissional tenha uma intervenção
segura, eficaz e eficiente o instrumental e a técnica deve estar de acordo com o
problema. Não sendo assim, sua ação não causará mudança, muito menos impacto
na tal realidade e o seu trabalho não terá sentido.
44
QUESTÕES DE PROVAS
b-perícia social para conhecer e interpretar a realidade social é realizada pelo assistente
social e não cabe a ele, intervir na situação para além dessa perícia.
45
d- entrevista é um instrumento utilizado pelo profissional, sendo que para desenvolvê-
la, faz-se importante munir-se das informações referentes a antecedentes da situação
a ser estudada, para obter elementos que possibilitem o avanço do diálogo.
e) A razão instrumental que a orienta só pode ser pensada sob o ponto de vista
institucional.
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d- semiestruturadas comportam os roteiros preestabelecidos e o diálogo aberto com os
entrevistados.
c) I e III, somente.
6. 2015/FGV/DPE-MT. A idosa Isaura sofre maus tratos praticados por seu filho.
Os vizinhos, ao perceberem o comportamento violento do rapaz, fizeram uma
denúncia ao Ministério Público, que designou um Assistente Social para avaliar o
caso. Ao receber a denúncia, o Assistente Social construiu um plano de
intervenção que tinha como primeira ação clarificar a situação, considerando o
caso na particularidade de seu contexto sociocultural, objetivando complementar
dados, observar relações sociais em sua singularidade, no ambiente de
convivência da idosa.
Com base nessa descrição, assinale a opção que indica a ação realizada.
a) Visita domiciliar.
b) Diagnóstico social.
c) Entrevista social.
d) Vistoria técnica.
e) Observação empírica.
47
intervenção profissional, que pode se utilizar, ainda, de dados obtidos em visita
domiciliar.
Certo / Errado
Certo / Errado.
Certo / Errado
Certo / Errado
Certo / Errado
Certo / Errado
48
13. 2014/CESPE/POLÍCIA FEDERAL. No que se refere aos instrumentos técnicos
do serviço social, julgue o item que se segue. Considerando-se que, ao elaborar
o parecer social, cabe ao assistente social emitir opinião acerca de uma situação
social com base em análise essencialmente teórica, é vedado a esse profissional
o levantamento de hipóteses a respeito das possíveis consequências dessa
situação.
Certo / Errado
c- o estudo, diagnóstico social com análise dos fatores internos e subjetivos de natureza
psicossocial, situacional e social.
49
16. 2011/FUNIVERSA/SES-DF. A realização de trabalho com grupos no serviço
social contribui para formação de redes, apoio mútuo, construção de identidade,
organização política dos sujeitos, ou seja, ações permitidas pela troca de
experiências, de orientação social, de vivências, entre outras. Assinale a
alternativa correta com relação ao trabalho com grupos em serviço social.
a) a técnica. d) a metodologia.
b) a documentação. e) a teoria.
c) o recurso.
Certo / Errado
Certo / Errado
50
20. 2012/CESPE/TJ-AC. Em sua intervenção, é facultado ao assistente social
trabalhar tanto com entrevistas não estruturadas quanto com entrevistas
semiestruturadas, já que ambas utilizam o diálogo aberto com os entrevistados.
Certo / Errado
GABARITO
1 A 11 ERRADO
2 D 12 CERTO
3 B 13 ERRADO
4 D 14 E
5 E 15 C
6 A 16 B
7 CERTO 17 B
8 ERRADO 18 ERRADO
9 CERTO 19 ERRADO
10 CERTO 20 CERTO
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BIBLIOGRAFIA
KERN, Francisco A. Visita domiciliar: a linguagem das relações. Mimeo, s/l, s/d.
NEVES, Marília Nogueira. Rede de Atendimento social: Uma ação possível? Acesse:
http://bit.ly/1ZV22Q3
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