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Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 2, nº1, julho de 2007. ISSN 1980-6116
http://www.unicentro.br - Engenharia

A ARTE CARTOGRÁFICA E SUA UTILIZAÇÃO NAS ANÁLISES AMBIENTAIS

Sandra Bernaski1
Luciano Farinha Watzlawick2

Aprovado em 23 de outubro de 2006

RESUMO

Quando se estuda o espaço geográfico, percebe-se a importância das


representações deste espaço, embora seja difícil de analisá-lo dentro de seu porte
real. Esta função é destinada à cartografia, a qual tem por objetivo retratar a
realidade em que o homem vive utilizando-se dos mapas enquanto instrumento de
representação. Assim, a cartografia, enquanto meio de análise, pode contribuir de
modo aprofundado para pesquisas ambientais, buscando refletir sobre esta temática
e auxiliar na formação de visões e ações cada vez mais críticas entre a relação
sociedade-espaço. Sendo assim, este artigo apresenta experiências e
considerações sobre a importância da cartografia e sua aplicação em análises
ambientais, abordando aspectos relacionados às contribuições que esta ciência
proporciona. Diante deste enfoque e das observações gerais, verificam-se
perspectivas de análises específicas para fins determinados, pois considera-se que
a arte cartográfica proporciona possibilidades múltiplas.
Palavras-chave: meio ambiente; gestão ambiental; cartografia ambiental.

ABSTRACT

When you study the geographic space, we notice the importance of representation of
space even if it is difficult to analyse it inside of its real structure. This function being
destined to cartography which has the aim to portray the reality, where man lives
using maps as instrumental of representation. So, the cartography, as means of
analyses can contribute to a deep way on environment searching, trying to reflect
about this thematic and helping on a formation of visions and critical actions between
the society – space relation. Thus article presents experiences and considerations

1
Pós-Graduanda do Curso de Especialização (Pós-Graduação lato sensu) em Gestão Ambiental.
UNICENTRO. 2006.
2
Professor Orientador. Doutor em Engenharia Florestal. Departamento de Agronomia. UNICENTRO.

BERNASKI, S.;WATZLAWICK, L. F. - A Arte Cartográfica e sua Utilização nas Análises


Ambientais (p. 112-129)
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about the cartography importance and its application in environmental analyses


and boarding aspects related to the contributions that this science provides.
Before this focus and general observations you can see perspectives of specific
analyses to specific purposes. Now the cartography art provides several
possibilities.
Key words: environment; environmental management; environmental
cartography.

1 INTRODUÇÃO

A compreensão das questões ambientais pressupõe um trabalho


interdisciplinar. A análise de problemas ambientais envolve questões políticas,
históricas, econômicas, ecológicas, geográficas, enfim, envolve processos
variados, portanto não seria possível compreendê-los e explicá-los pelo olhar de
uma única ciência (P.C.N. 1998).
O estudo mais detalhado das grandes questões do Meio Ambiente
(poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos naturais,
sustentabilidade, desperdício), permite o trabalho com a especialização dos
fenômenos geográficos por meio da cartografia (P.C.N. 1998)
A questão está inserida na busca de novos meios de análises, mais
complexo, os quais terão auxílio da ciência cartográfica. Permeando a mesma
faz-se considerações onde existem os vários modos de ser utilizada, por isso
será realizado um enfoque geral do que é a cartografia e de como é utilizada,
relatando quais os seus pontos relevantes, suas regras, convenções,
expressando a gramática cartográfica de forma convencional.
A Cartografia tem por objetivo retratar a realidade em que o homem vive,
o mais fielmente possível, utilizando-se dos mapas enquanto instrumento de
representação. Para isso, busca-se apresentar uma proposta voltada à temática
ambiental, área que a Geografia, enquanto ciência, tem muito a contribuir.
Assim, buscar-se-á verificar, nesta pesquisa, como a cartografia, juntamente
com outras áreas do conhecimento, está contribuindo para o processo de análise
e educação ambiental. Esta proposta está pautada na necessidade de
repensarmos os impactos ambientais, tais como a destruição da flora e fauna, a
perda da qualidade de vida dos seres humanos, o desequilíbrio climático e dos
demais ciclos bióticos e abióticos, utilizando-se da cartografia.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A Cartografia como Ciência


Para SOUZA & KATUTA (2001), a cartografia pode ser definida como “a
arte de conceber, de levantar, de redigir e de divulgar mapas”, e, através deles,

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há diferentes possibilidades de representar graficamente determinada área da


superfície terrestre, utilizando-se para isso de simbologias, cores, traçados, a fim
de que o leitor consiga, com maior precisão, captar as informações presentes
nos mesmos.
Dessa maneira, DUARTE (1994) define a cartografia como “ciência
porque se constitui num campo de atividade humana que requer o
desenvolvimento de conhecimentos específicos, aplicação sistemática de
operações, metodologia de trabalho, aplicação de técnicas e conhecimentos de
outras ciências. Tudo com vistas à obtenção de um documento de caráter
altamente técnico, o mapa, objetivando representar os aspectos naturais e
artificiais da superfície terrestre, de outros astros ou mesmo do céu. Enfim, a
organização do espaço, seja ele terrestre ou não, é mostrado através de mapas,
os quais resultam de uma série de operações que fazem parte de um campo
definido da atividade humana: a cartografia.
A cartografia tem como função maior a representação da superfície
terrestre de forma clara e precisa, possibilitando a identificação das
características geométricas, da natureza e de outras particularidades dos objetos
e fenômenos observados. Assim, essa Ciência, desde seus primórdios,
apropriou-se das técnicas de comunicação visual, no sentido de disponibilizar a
informação cartográfica através de um modelo de representação cartográfica.
Dessa forma a Cartografia é uma ciência de cunho geográfico que se apóia em
princípios matemáticos e nas artes gráficas para descrever e comunicar, através
de um código de sinais, o conhecimento dos mais diversos aspectos físicos e
culturais da paisagem. Assim, o principal objetivo da Cartografia é a
comunicação de idéias, fatos e conhecimentos através de um “veículo” de
interpretação imediata, o mapa (BRANDÃO, 2001).
Contudo, sabe-se que não é tão simples trabalhar com a arte
cartográfica, pois a mesma requer conhecimentos amplos, fato que dificulta e
estreita o campo referenciado, conforme relata FRANCISCHETT (1997) A
dificuldade de conhecer e lidar com a Cartografia não é fato apenas do passado;
a nossa, hoje, está relacionada também com as atitudes de nossos governantes,
que divulgam somente os fatos que lhes interessam. A dominação eletizada da
cultura e do conhecimento é algo que herdamos desde a origem de nossa
história, pois muitos registros apontam significados camuflados da realidade,
com o intuito de garantir o interesse distorcido dos fatos, dar fama aos heróis.
MARTINELLI (2003) vem reforçar esta questão, quando afirma que: “(...)
a finalidade mais marcante em toda a história dos mapas, desde o seu início,
parece ter sido aquele de estarem sempre voltados à prática, principalmente a
serviço da dominação, do poder. Sempre registraram o que mais interessava a
uma minoria, fato este que acabou estimulando o incessante aperfeiçoamento
deles.”

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E, neste contexto, ao se analisar toda a trajetória do desenvolvimento da


Cartografia e sua utilização, pode-se observar que esta área passou por grandes
avanços, recebendo auxílio de diversas áreas afins, principalmente com o
advento da fotogrametria, do SIG e do sensoriamento remoto, assistido por um
vasto processo de informatização, o que sem dúvida possibilitou o acesso mais
rápido às informações sobre os lugares e análises mais aprimoradas, obtendo-se
mapas com maior precisão em suas especificidades (BERNASKI 2004).
Conforme MARTINELLI (2003): o desenvolvimento de tecnologias
computacionais trouxe para a cartografia, junto aos interesses da visualização, a
exploração de novas operações de multimídia com grande aplicação
educacional, interligando os lares às livrarias, escolas, empresas, instituições,
através de redes de informação cartográfica.
Com o auxílio de satélites e computadores, a cartografia vem se tornando
cada vez mais um verdadeiro Sistema de Informações Geográficas, visando à
coleta, o armazenamento, a recuperação, a análise e a apresentação de
informações sobre lugares, sendo estas monitoradas no tempo, além de
proporcionar simulações de eventos e situações complexas da realidade, tendo
em vista a tomada de decisões deliberadas (MARTINELLI, 2003).
Para JOLY (1990), todo esse processo de automação contribui
grandemente para a efetivação dos trabalhos na área de cartografia, uma vez
que oferece vantagens de rapidez na elaboração dos dados e na atualização dos
mapas. Porém, vale destacar que nem todo este avanço dispensa a capacidade
do ser humano, pois este, através de seu intelecto, consegue modificar e criar
novos instrumentos que venham facilitar e agilizar o desenvolvimento de suas
ações.
Conforme SIMIELLI (1999), os mapas nos permitem ter domínio espacial
e fazer a síntese dos fenômenos que ocorrem num determinado espaço. No
cotidiano de todos é possível ter-se a leitura do espaço por meio de diferentes
informações e, na cartografia, por diferentes formas de representar estas
informações. Pode-se ainda ter diferentes produtos representando diferentes
informações para diferentes finalidades: mapas de turismo, mapas de
planejamento, mapas rodoviários, mapas de minerais, mapas geológicos, entre
outros.
Para isso, se faz necessário utilizar diferentes fontes de informações e
recursos tecnológicos, o que conduz ao questionamento das mesmas,
verificando o grau de veracidade de cada informação, sendo capaz de formular
problemas e tentar resolvê-los, com pensamento lógico, criatividade, intuição e
capacidade de análise crítica.

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2.2 Representação Cartográfica


Conforme MARTINELLI (2003), referenciado por BERNASKI (2004) a
representação gráfica constitui-se um meio de comunicação visual e social, uma
vez que, utilizando sinais específicos criados pelo homem, permite, através de
uma linguagem gráfica, estabelecer uma comunicação entre a imagem e o seu
leitor, sendo que a informação a ser transmitida assume um único significado,
integrando-se a um sistema semiológico monossêmico. Quando se elabora um
mapa, registra-se uma determinada informação que deve ser analisada
igualitariamente por todos que tiverem contato com o mesmo, e isso certamente
vem justificar a existência de simbologias específicas universais, a fim de que
não haja problemas com ambigüidade de informações. Desse modo, pode-se
observar algumas características dos mesmos no Quadro 1:
QUADRO 1 - Características dos Símbolos Cartográficos
Categorias Características e funções
Sinais convencionais Esquemas centrados em posição real, que permitem identificar um
objeto cuja superfície, na escala, é demasiado pequena;
Sinais simbólicos Representam signos evocadores, ou seja, que chama atenção do
leitor para a sua informação.
Pictogramas São símbolos facilmente reconhecidos, como por exemplo, um
navio;
Ideograma É um pictograma representativo de um conceito ou de uma idéia;
Símbolo regular É uma repetição regular, ou seja, repete-se um mesmo elemento
gráfico sobre um determinado espaço.
Símbolo Proporcional Representa quantidades e valor, dependendo do tamanho
representado.
Organização: BERNASKI (2004), adaptado de JOLY (1990)
Somando-se a estas características, a representação gráfica tem por
meta transcrever três relações fundamentais existentes entre os objetos
representados no mapa - diversidade (≠), ordem(O) e proporcionalidade(Q), pois
são diversos os métodos a serem utilizados para construir um mapa temático,
conforme as características de cada fenômeno a ser estudado. Estes métodos
fundamentam-se em quatro categorias específicas: métodos para representação
qualitativa, quantitativa, ordenada e dinâmica, sendo que o qualitativo responde
à pergunta “o quê?”, tendo relações de diversidade entre os lugares. O ordenado
responde à pergunta “em que ordem?”, relação de ordens e o quantitativo
responde à pergunta “quantos?”, relação de proporção, (MARTINELLI, 2003), o
qual exemplifica da seguinte maneira:
● Métodos para representações qualitativas: cujas representações
qualitativas em mapas são empregadas para expressar a existência, a
localização e a extensão das ocorrências dos fenômenos que se

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diferenciam pela natureza, tipo, podendo ser classificadas por critérios


estabelecidos pelas ciências que estudam tais fenômenos.
● Métodos para representações ordenadas: as representações
ordenadas em mapas são indicadas quando os fenômenos admitem uma
classificação segundo uma ordem, com categorias deduzidas de
interpretações quantitativas ou de datações. São exemplos as hierarquias
das cidades
● Métodos para representações quantitativas: as representações
quantitativas em mapas são empregadas para comunicar quantidades ou
ordens de grandezas de fenômenos, às quais podem ser atribuídos
valores numéricos, evidenciando a proporcionalidade entre eles: a cidade
A tem quatro vezes mais moradores que a cidade B.
● Métodos para representações dinâmicas: o dinamismo dos
fenômenos pode ser apreciado no tempo e no espaço. No tempo, ele se
traduz pelas transformações de estados que se sucedem, ou pelas
variações quantitativas (acréscimos ou decréscimos) dos fenômenos
para um mesmo lugar. No espaço, o dinamismo dos fenômenos se
manifesta através de movimentos, deslocamento de quantidades ao
longo de percursos, as quais poderão receber três tipos básicos de
implantação, quais sejam, a implantação pontual (a área utilizada é
mínima, mas tem a vantagem de ser precisa), a implantação linear
(considera o comprimento e não a largura) e a implantação zonal
(utilizada para representar uma área com maior extensão) (BERTIN,
1973), que devem fornecer especial atenção às variáveis visuais a serem
utilizadas as quais possuam propriedades perceptivas compatíveis.
Assim, respeitando-se a especificidade de cada fenômeno a ser
representado, determina-se o método e a variável mais adequada à sua
representação. Conforme verifica-se no Quadro 2, são vários os métodos
possíveis de serem utilizados que devem respeitar os objetivos de cada
representação.

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Quadro 2 – Métodos de representação cartográfica


Métodos de Características Variáveis Visuais
Representação
Método para Informam a diferenciação dos Forma, granulação, orientação
representações qualitativas elementos representados e cores (diferenciadas)
Método para Informam a proporção entre os Tamanho
representações elementos representados em
quantitativas (figuras quantidade
geométricas proporcionais,
coroplético e ponto de
cotagem)
Método para Informam ordem entre os Valor e cor (em degradê)
representações ordenadas elementos representados
Método para Informam como os elementos Neste caso dependerá do
representações dinâmicas representados se alteram no fenômeno a ser representado.
tempo e no espaço Ex: dados climáticos, fluxos
migratórios, desmatamentos.
Assim, de acordo com o tema
a ser representado define-se a
variável
Organização: BERNASKI, 2004. Fonte: MARTINELLI, 1998.
Cada uma delas possui propriedades perceptivas específicas que vão
possibilitar ao leitor dos mapas uma compreensão mais adequada e instantânea
dos elementos representados. As variáveis visuais são: tamanho, valor, textura,
granulação, cor, orientação e forma e as propriedades perceptivas que podem
possuir são de ordem, diversidade e quantidade. No quadro 3 pode-se observar
de forma mais clara as propriedades perceptivas e as variáveis visuais que
representam as relações entre os dados que serão representados (MARTINELLI,
2003).
QUADRO 3 - Propriedades perceptivas e variáveis visuais
Propriedades Perceptivas Características Variáveis Visuais
Ordem Os elementos representados Valor, cor (em degradê)
ordenam-se espontaneamente
Quantidade Os elementos representados Tamanho
apresentam uma proporção
imediata de tamanho
Diversidade (qualidade) Os elementos representados se Forma, granulação,
diferenciam orientação e cor (diferente)
Organização: BERNASKI, (2004). Fonte: MARTINELLI, (2003 )
• Conforme (BERTIN, 1973) (...) são seis as variáveis retinianas ou
variáveis visuais, através das quais pode-se exprimir a diferenciação local
dos componentes de qualificação, sendo:

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• A forma da mancha, geométrica ou figurativa, permite ao mesmo tempo


uma qualificação precisa dos objetos e uma boa percepção de sua
similitude ou de suas diferenças;
• O tamanho, ou dimensão da superfície da mancha, pode ser proporcional
ao do objeto a representar; é praticamente a melhor expressão de uma
comparação entre quantidades distintas;
• A orientação, na ausência da cor, é uma boa variável seletiva, sobretudo
em implantação zonal;
• A cor, ou tonalidade, é a variável mais forte, facilmente perceptível e
intensamente seletiva; é também a mais delicada para manipular e a
mais difícil de utilizar;
• O valor ou matiz da cor é resultado de uma adição à cor pura ou cor
"chapada" de uma certa quantidade de branco que enfraquece a
tonalidade; o valor é uma boa variável seletiva que permite diferenciar os
subgrupos de um conjunto do mesmo tamanho ou da mesma forma e
também um bom meio de classificação para ordenar uma série
progressiva;
• A granulação, ou estrutura da mancha, é uma modulação da impressão
visual, fornecida por variações de tamanho dos elementos figurados, sem
modificação da proporção de cor e de branco por unidade de superfície;
tal como o valor, a granulação é uma boa variável seletiva e,
secundariamente, de classificação de uma série ordenada.
Estas variáveis, segundo (MARTINELLI, 1998), apresentam propriedades
perceptivas características, como:
1. Percepção dissociativa: a visibilidade é variável, afastando-se da vista
tamanhos e valores visuais diferentes, somem sucessivamente (tamanho,
valor).
2. Percepção associativa: a visibilidade é constante, pois as categorias se
confundem; afastando-se da vista, entretanto, não somem (forma,
granulação, cores de mesmo valor visual, orientação ).
3. Percepção seletiva: o olho consegue isolar os elementos distintos (cor,
tamanho,valor,granulação,forma).
4. Percepção ordenada: as categorias se ordenam espontaneamente (valor,
tamanho).
5. Percepção quantitativa: a relação de proporção é imediata (unicamente o
tamanho).
Além das diversas formas de representação, deve-se utilizar as escalas
corretas para o fim desejado, pois cada objetivo requer uma escala específica,
as quais estão representadas no quadro 4.

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QUADRO 4 - Modalidades de mapas ou cartas com escalas específicas


Tipos de cartas Características Escala
Cartas Gerais Representam regiões de Sempre superior a
considerável área 1:1.000.000
Cartas Corográficas Representam regiões total ou Varia de 1: 200.000 a
parcialmente 1:1.000.000
Cartas Geográficas Representam régios ainda Varia de 1:20.000 até
menores (trechos de um país, 1:200.000
estado ou município, etc.)
Plantas Caracterizam-se por serem Atinge no máximo
escalas bastante ampliadas em 1:20.000
uma área de cobertura muito
reduzida
Organização: BERNASKI, 2004, adaptado de Enciclopédia Brasileira de Pesquisa Estudantil
(s/d, p. 2126)
Somando-se ao exposto, tem-se ainda a classificação sugerida por
(ALMEIDA & RIGOLIN, 2005):
Quanto à finalidade das cartas e dos mapas:
● Gerais: contêm informações sobre temas variados e geralmente são
elaboradas em escala reduzida (1:1 000 000).
● Especiais: contêm informações técnicas e específicas a profissionais
especializados, como geólogos e meteorologistas.
● Temáticos: fazem referência a um determinado aspecto da geografia, em
geral os topográficos.
Quanto aos tipos de mapas e cartas:
● Cartas cadastrais ou plantas, são geralmente plantas urbanas com
detalhes que auxiliam na administração pública (1:500 a 1:10 000).
● Mapas ou cartas topográficas: possuem um certo grau de precisão (1:25
000 a 1: 250 000).
● Mapas ou cartas geográficas: representam grandes regiões, como
países, continentes e o mundo (1:500 000 a 1:000 000).
Dentro deste contexto, têm-se os mapas, enquanto instrumentos, que
auxiliam o indivíduo a olhar mais criticamente para sua realidade, uma vez que
possibilitam obter uma visão de passado/presente e até mesmo fazer projeções
futuras, o que facilita conhecê-lo sócio/histórico/culturalmente e agir sobre ele.
Para que o ser humano se engaje na reconstrução desse espaço-
sociedade, é preciso que ele seja antes de mais nada um “geógrafo crítico”, um
leitor competente do espaço e de sua representação. Um leitor crítico do espaço
é aquele capaz de ler o espaço real e sua representação, o mapa. E através
dessas leituras apreender os problemas do espaço e ao mesmo tempo

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conseguir pensar as transformações possíveis para aquele espaço (PASSINI,


1994).
Depreende-se disso que um mapa não pode ser construído do “dia para a
noite”, ele exige a utilização de técnicas e métodos específicos, bem como a
definição clara dos objetivos que se pretende alcançar, pois deve ser
possibilitado ao leitor o entendimento de suas informações e, através do
conteúdo nele presente, que possibilite ampliar seus conhecimentos,
entendendo melhor o seu espaço e sabendo como nele agir (BERNASKI, 2004).

2.3 Cartografia Analógica/Digital


A cartografia cresceu significativamente, tanto na forma analógica quanto
digital e tridimensional. Pode-se assim dizer que a cartografia digital deixou de
ser inédita, pois alguns usuários e profissionais da área questionam as
propriedades funcionais e a qualidade dos produtos cartográficos digitais
disponíveis.
O "mapa digital” (MD) é um modelo numérico do mapa, criado através da
digitalização das fontes cartográficas, via transformação fotogramétrica dos
materiais de sensoriamento remoto, através do registro digital dos dados de
trabalhos de campo (ex. GPS) ou com outros métodos. Pela sua essência, o MD
significa exatamente o modelo numérico (inglês - digital) ou dados cartográficos
numéricos. O MD cria-se com cumprimento total das normas e regras de
mapeamento, da precisão de mapas, da generalização e dos sistemas dos sinais
convencionais, serve de base para edição dos mapas em papel, mapas
computacionais e mapas eletrônicos; faz parte dos bancos de dados
cartográficos; representa um dos elementos mais importantes de fornecimento
informativo dos SIG e ao mesmo tempo pode ser o resultado de funcionamento
destas (BERLIANT, 1998, referenciado In: KARNAUKHOVA e LOCH, 2001).
Além disso, tem-se o mapa computacional e o mapa eletrônico, conceitos
muitas vezes confundidos entre si. Entende-se como: “mapa eletrônico”, a
representação cartográfica visualizada com auxílio dos softwares e meios
técnicos numa dada projeção, formato e do sistema de sinais convencionais no
vídeo (tela) do computador com base nos dados de mapas digitais ou dos
bancos de dados do SIG. Quando há necessidade pode ser transformado ou
completado com novos dados (ex. com informação operativa) (BERLIANT, 1998,
referenciado In: KARNAUKHOVA e LOCH, 2001).
O “mapa computacional” é um mapa sobre papel, poliester, filme
fotográfico ou outros materiais, adquirido com auxílio dos meios de mapeamento
automatizados (digitalizadores, plotters, etc.). Sendo assim, a “cartografia digital"
representa a parte da Cartografia que abrange a teoria e os métodos de criação
e uso prático dos mapas digitais e outros modelos cartográficos digitais espacial

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- temporários (BERLIANT, 1998, referenciado In: KARNAUKHOVA e LOCH,


2001).
Os mapeamentos por computador e os sistemas de SIG continuam
explorando novos caminhos de aplicação com grande rapidez no processamento
na capacidade de armazenamento de dados, na flexibilidade de compilação e na
visualização da informação (...). A ênfase à visualização tem o potencial de
revitalizar a cartografia para além do SIG e da cartografia digital, em direção aos
Atlas eletrônicos interativos e sistemas de multimídia que incorporam o SIG
apenas como uma das inúmeras tecnologias. Os conceitos deste tipo de Atlas
envolvem a visualização da informação, esquematização, análise comparativa,
ordenação, animação, modelagem dinâmica, projeção, navegação casual,
hipertexto, base de dados e uma capacidade para processamento de
interatividade. (ARCHELA & ARCHELA, 2002).
Tem-se também como definição de GIS (Geographical Information
System) ou SIG, segundo ALMEIDA & RIGOLIN (2005), o conjunto de
tecnologias que permite a coleta de informações sobre determinado tema. Além
de ser um sistema de processamento de dados, o GIS permite a superposição e
o cruzamento de informações, tendo como características integrar, em uma
única base, informações diversas de forma que seja possível consultar,
comparar e analisar essas informações, além de produzir mapas, podendo ser
aplicado a qualquer tema que envolva informações de um lugar com elementos
que possam ser representados.

2.4 SIG X Cartografia Ambiental


As definições encontradas, referentes ao SIG, podem ser entendidas
desta maneira: segundo os Cursos em Geoprocessamento – Edição 2003
(encontrado no site www.cav.udesc.br) os Sistemas de Informação Geográfica
SIG/GIS são tecnologias de Geoprocessamento que lidam com informação
geográfica na forma de dados geográficos. Por sua vez, dados geográficos
podem ser classificados como dados espaciais e dados de atributos. A
Geomática reúne métodos, técnicas, metodologias e tecnologias das Ciências
Geodésicas com o formalismo matemático, com o objetivo de coletar, tratar e
processar dados espaciais, tornando-os aptos a serem utilizados por tecnologias
SIG. Estes dados permitem que se conheça a estrutura geométrica de entes
espaciais e sua posição no espaço geográfico. SIG trata-se de um conjunto
integrado de componentes com a função de fornecer informação, na forma de
dado, aos processos decisórios. Em certa medida, um SIG é um SADE, ou seja,
um Sistema de Apoio à Decisão Espacial.
Um SIG pode ser utilizado para a produção de mapas gerando um banco
de dados geográficos, que dará suporte para análises espaciais de diversas
ordens. Sendo assim, pode-se perceber que tal arte traz possibilidades

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grandiosas de conhecimentos e análises. Enfim, é uma “arma” poderosa de


trabalho e, desse modo, acredita-se ser indispensável nas questões ambientais,
como análises, monitoramento, recuperações de áreas degradadas, prevenção
de maiores prejuízos e técnicas a serem desenvolvidas a favor de um meio
ambiente mais saudável (BERNASKI, 2004).
Para representar a dinâmica do Meio Ambiente é importante que se
busque uma cartografia que incorpore todas as relações existentes entre os
elementos naturais e sociais, como um instrumento capaz de revelar o conteúdo
da informação mobilizada de forma abrangente, esclarecedora e crítica
(ARCHELA et al, 2002).
Nas questões ambientais são os mapas de síntese que melhor
representam a cartografia ambiental, pois (...) o mapa de síntese é a fusão de
mapas analíticos em conjuntos espaciais característicos, que dão a dinâmica
necessária à cartografia ambiental, permitindo a compreensão e a visualização
da dinâmica do meio ambiente (ARCHELA et al, 2002).
Os primeiros trabalhos desenvolvidos na cartografia ambiental foram no
Laboratório de Geomorfologia do Centro National de Rechercher Scientifiquer
em Caen, na França, sob a coordenação do Professor (André Journaux 1985 In:
ARCHELA et al). Dentro desta pesquisa foram utilizadas escalas de diversos
tamanhos, que possibilitaram conduzir decisões de planejamento territorial, da
estrutura e da dinâmica do meio natural e antrôpico, incluindo inter-relações
entre ar, água, solo, degradação e recuperação. Pesquisa esta que permitiu a
adoção da legenda criada pela equipe de Caen, como modelo padrão para todas
as regiões da França, adotado pela Comissão Nacional de Cartografia do Meio
Ambiente e de sua Dinâmica, do Comitê Nacional Francês de Geografia.
As cartas elaboradas a partir da metodologia citada passaram a ser
utilizadas intensamente pelos órgãos do governo Francês, nos trabalhos de
planejamento de uso e ocupação do espaço. Journaux (1985) apresenta uma
classificação metodológica para as cartas que tratam da temática ambiental
desde a análise simples dos fenômenos até a síntese complexa e classifica os
mapas em três níveis: cartas de análise, cartas de sistemas e cartas de síntese
(ARCHELA, et al, 2002).
Dentro destes três tipos de cartas, Journaux explica a função de cada
uma, sua utilização e para quais fins cada uma é mais apropriada.
As cartas de análise têm por objetivo cartografar elementos ou processos
simples. Por elementos podem ser consideradas as coberturas superficiais, as
formações geológicas, as distribuições fitológicas, os espaços agrícolas, tipos de
construções urbanas, densidades populacionais, refeitos e poluições do ar, da
água, etc. (...). Por processos podem ser consideradas as cartas
geomorfológicas, as de utilização do solo, de degradação do ambiente, etc. (...).
As cartas de sistema têm por objetivo cartografar as associações de elementos

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ou de processos, para definir sistemas ou obter cartas de aptidão (...). Por


sistemas são consideradas as cartas de sistemas agrários, cartas ecológicas,
que permitem visualizar a degradação do meio ambiente etc. (ARCHELA et al
2002).
As cartas de síntese são as cartas de sensibilização aos problemas
ambientais, destinadas não somente à conscientização do estado e da dinâmica
ambiental, mas para subsidiar as ações e decisões no planejamento territorial. A
carta do meio ambiente e sua dinâmica podem ser elaboradas na forma digital
ou analógica, porém deve levar em conta os elementos naturais, água, ar e solo
e a ação antrópica passada e presente (ARCHELA et al 2002).
Pode-se citar exemplos de cartas, que têm objetivos específicos, tais
como: as cartas mostram que a utilização dessa metodologia para a elaboração
de cartas ambientais pode representar uma contribuição importante para a
avaliação das condições de vida da população, e também para avaliação da
qualidade ambiental, como um instrumento de conscientização. A cartografia
está sendo utilizada no estudo do meio ambiente, mas a sua importância ainda
não é a mesma das análises ambientais. É certo que o uso dos sistemas de
informações geográficas viabilizam o gerenciamento do espaço, possibilitando
ao usuário estabelecer, por exemplo, previsões de impactos ambientais e
planejar medidas eficazes (ARCHELA et al, 2002).

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A partir de observações que instigaram a realizar esta pesquisa, percebe-


se a necessidade de buscar os caminhos possíveis para trabalhar melhor a
questão cartográfica em torno da temática ambiental. Esta questão envolve
vários fatores estruturais, a fim de elucidar a presente proposta ao contexto no
qual ela se insere e apresentar alguns pontos que acreditamos estar ligados às
dificuldades e limitações de um trabalho cartográfico ambiental, que visa à
educação ambiental.
Além da experiência que adquirimos na prática pedagógica, a realização
do trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Geografia nos aproximou
ainda mais da temática, mediante a pesquisa realizada na área da educação,
mas especificamente, o uso da cartografia no ensino de geografia. Esses
problemas que nos atingem há muito tempo têm se ampliado de forma
generalizada, principalmente pela ética antropocêntrica e sua relação com o
meio. Neste contexto, considera-se fundamental pensar a educação ambiental
através da contribuição cartográfica como um dos caminhos possíveis para se
pensar soluções em torno da problemática ambiental e, ao mesmo tempo,
verificar como este processo pode contribuir para a modificação dos atuais
valores, atitudes e comportamentos da sociedade com relação ao meio

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ambiente. Assim, pretende-se continuar a desenvolver pesquisas nesta área,


com o objetivo de contribuir para o aprofundamento teórico sobre a temática e
também para a formação profissional.
Assim, dentro de todo esse crescimento, o que ainda está faltando é o
reconhecimento e a divulgação da cartografia e, principalmente, a
democratização dos seus produtos, em especial, os mapas. Neste processo de
conquistas técnicas, a ciência cartográfica foi recebendo diferentes concepções,
que variam entre o entendimento da cartografia como ciência, técnica, arte etc,
tendo em comum o fato de considerá-la como o mecanismo de conhecer a Terra
e representá-la em escalas diferenciadas.
A partir do surgimento da computação gráfica, as possibilidades da
cartografia multiplicaram-se para além do reconhecimento da distribuição
espacial dos objetos e fenômenos. Isso devido aos produtos cartográficos
digitais, que permitem um amplo aproveitamento do potencial dos recursos
oferecidos pela computação eletrônica, como: a capacidade de armazenamento
e processamento de grandes volumes de dados, a recuperação de dados
armazenados, a possibilidade de geração de modelos derivados e a realização
de simulações.
Atualmente a cartografia deve estar direcionada a trazer informações
mais complexas sobre a estruturação do espaço, tais como sua forma de
organização, como está constituído, sua transformação ao longo dos anos e
demais informações que permitirão ao indivíduo sair de visões superficiais, para
atingir dados mais aprimorados do objeto em estudo. Então, dentro de uma
perspectiva cartográfica, os mapas vêm assumir um papel extremamente
relevante, pois por meio destes possibilita-se ao homem a obtenção de diversas
visões e re-dimensionamentos do tema neles especificados, sendo possível
analisá-los sob diversos aspectos, o que certamente colaborará para a
efetivação de estudos com maior fundamentação, abrindo-se um leque de
possibilidades para o entendimento dos mesmos, o que caracteriza a pluralidade
do trabalho com os mapas.
Desta forma, partindo do objetivo que se quer atingir, assim deverá ser
utilizada a carta adequada, por exemplo, é importante saber as causas da
degradação e sua amplitude para poder corrigir e prevenir novas degradações.
Portanto tendo como base a linha de pesquisa, far-se-á a coleta de dados onde
se faz importante uma ordem, a qual pode ser geográfica ou cronológica.
Quando se sobrepõem muitos dados no mesmo mapa, deve-se seguir
um parâmetro para não confundir as informações. Por exemplo, utilizar a cor
azul para hidrografia e hidrologia; o branco para o ar; o laranja para espaços
construídos, o marrom para espaços cultivados e o verde para formações
vegetais. Para representar a dinâmica do meio ambiente utilizam-se vermelho,
lilás e roxo. Essas cores são utilizadas para as modificações do meio ambiente

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(solo, ar e água) e o preto para as áreas de proteção. Desta forma, tem-se: lilás
= poluição das águas; roxo = poluição do ar; preto = proteção e melhorias, por
exemplo.
Visando essa linha de pesquisa, expôs-se as aspirações, onde buscou-se
mostrar considerações referentes à arte cartográfica, pois a curiosidade
estimula-nos a pesquisar, o que nos leva a um saber mais profundo.
“Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que
não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito” (FREIRE, 1996).
Observando o que Freire cita, refletimos sobre nossa capacidade em contribuir
para um pensar mais sensibilizado às questões ambientais, mesmo para quem
pensa incorretamente. Pois já dizia (FREIRE, 1996) “só na verdade, quem pensa
certo, mesmo que, às vezes pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo”.
Deste modo, salienta-se a grandiosidade de poder que se têm em mãos,
sendo possível através da cartografia ampliar os horizontes ambientais,
contribuindo para a sua preservação. Assim espera-se, pois o futuro depende de
uma participação ativa, presente, consciente e responsável por parte dos
educadores.

4. CONCLUSÃO

Diante da pesquisa realizada, pode-se afirmar que a cartografia pode e


deve ser utilizada em muitas pesquisas, bem como nas análises ambientais, fato
este que enriquece e amplia o conhecimento de áreas específicas, sejam elas
para fins diversos, com objetivos múltiplos, como exemplo a contenção de uma
área em deterioração ou prevenção de um desequilíbrio ecológico.
Portanto, pesquisar, analisar, vivenciar as situações e tentar resolvê-las
requer ferramentas que facilitem o trabalho e uma delas é a cartografia.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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