Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
I. Base e Dimensão de um EV
Teorema 1: Seja A= { v1, v2, ..., vn } um conjunto de vetores não nulos que geram um EV V.
Então dentre estes vetores podemos extrair uma base de V;
Cabe ressaltar que, como A é gerador do EV V, podemos ter duas situações:
Teorema 2: Seja um espaço vetorial V gerado por um conjunto finito de vetores A= { v1, v2,
..., vn }. Sendo A uma base de V, então, qualquer conjunto com mais de n vetores é
necessariamente LD.
Cabe destacar aqui que, como A é uma base de V, então A é LI. Portanto, qualquer
outro elemento inserido no conjunto A será necessariamente uma combinação linear
dos elementos que já pertenciam ao conjunto A.
Ex1.: O conjunto = {(1,0), (0,1)} é a base canônica de R2, que possui dim = 2.
Ex2.: O conjunto = {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} é a base canônica de R3, que possui dim = 3.
Ex3.: O conjunto ={(1,0,0),(0,1,0)} é uma base do SEV W={(x,y,0) R3 | x,y R), que
possui dim = 2.
Observações:
• dim Rn = n;
• dim M(2,2) = 4;
• dim M(m,n) = m.n;
• dim Pn = n + 1;
• dim {0} = 0;
• Se dim V = n, qualquer subconjunto de V com n vetores LI é uma base de V.
Ex4: Verifique se os seguintes conjuntos formam uma base para os respectivos EV.
(a) ={(1,1), (0,1)} para o EV R2.
Precisaremos verificar se é um conjunto LI e se gera todo o R2. É evidente
verificar que é LI. Para verificarmos se este conjunto é gerador de R2,
precisaremos observar o seguinte: Para qualquer (x,y) R2, este vetor poderá
ser gerado por uma combinação linear dos elementos de ? Se isso for
verdade, deveremos garantir a existência de escalares a e b R, tais que
(x,y) = a.(1,1) + b.(0,1). Assim, teremos
x=a
y=a+bb=y–ab=y-x
Teorema 3: Seja = (v1, v2, ..., vn} uma base de um EV V. Então, todo vetor v V se
exprime de maneira única como uma combinação linear dos vetores de .
Base Ortogonal
Diz-se que uma base { v1, v2, ..., vn } de V é ortogonal se os seus vetores são dois a
dois ortogonais.
Base Ortonormal
Uma base B de um espaço vetorial V é ortonormal se B é ortogonal e todos os seus
vetores são unitários.
3 1 1 3
Observe se o conjunto B={( ( , ), ( , ) )} é uma base de R2.
2 2 2 2
Processo de Ortogonalização de Gram-Schimidt
Dado um EV euclidiano V e uma base qualquer B={v1, v2, v3, ..., vn} desse
espaço, não ortogonal. Consideraremos que w1 = v1.
v 2 w1
(w2.w1)=0 (v2 - w1).w1 = 0 v2w1 - w1w1 = 0 , i.é,
w1 w1
v w
w2 v2 2 1 w1
w1 w2
v3 w1
1º) w3.w1 = 0 (v3 – 2w2 – 1w1).w1 = 0 1
w1 w1
v3 w2
2º) w3.w2 = 0 (v3 – 2w2 – 1w1).w2 = 0 2
w2 w2
vw v w
Assim, w3 v3 3 2 .w2 3 1 w1
w2 w2 w1 w1
8 6
Portanto, o conjunto formado pelos vetores w1 = (3,4) e w2 = , é uma
25 25
base ortogonal. Verifique que w1.w2 = 0.
Seja V = R2 com produto interno usual e a base ortogonal B = {(2,1), (-1, 2)}.
Pode-se calcular as coordenadas de um vetor w (na base canônica) em relação à base
B, utilizando-se a seguinte fórmula:
w = a1v1 + a2v2
a1 = w.v1 = (4,7).(2,1) 3
v1v1 (2,1).(2,1)
a2 = w.v2 = (4,7).(1,2) 2
v2v2 (1,2).(1,2)
Exercícios:
1) Para que valores de k o conjunto = {(1, k), (k, 4)} é base do R2?
2) Verificar se os conjuntos formam uma base de R2:
a- B1 = {(1, 2), (-1, 3)}
b- B2 = {(3, -1), (2, 3)}
2 3 1 1 3 2 3 7
4) Mostrar que o conjunto 1 0, 0 2, 1
1 2 5
, é uma base de M(2,2).
8) Determinar a dimensão e uma base para cada um dos seguintes espaços vetoriais:
a- {(x,y,z) R3 | y = 3x}
b- {(x,y,z) R3 | y = 5x e z = 0}
c- {(x,y) R2 | x + y = 0}
d- {(x,y,z) R3 | z = 0}
e- {(a, 2a, 3a); a R}
f- a b
; b a c e d c
c d
g- a b
; b a c
c d
h- a a b
; a e b R
a b
9) Encontrar uma base e a dimensão do espaço-solução dos sistemas:
a- x 2 y 2z t 0
b- x 2 y z 0
2x 4 y z t 0 2 x y 3 z 0
x 2 y 3z 2t 0 x 3 y 4z 0
10) Sendo v1=(1, -1, 0, 0), v2 = (0, 0, 1, 1), v3 = (-2, 2, 1, 1) e v4 = (1, 0, 0, 0), determine uma
base para [v1, v2, v3, v4] e determine a dimensão.
t1 = t3 – 2t2 + 4t + 1
t2 = 2t3 -3t2 + 9t – 1
t3 = t3 + 6t – 5
t4 = 2t3 – 5t2 + 7t + 5
12) Determine m de modo que os vetores u = (2, m, -3) e v = (m-1, 2, 4) sejam ortogonais em
relação ao produto interno usual do R3.
13) Dado o produto interno em R3 (x1, y1, z1).(x2, y2, z2) = 2x1x2 + 3y1y2 + z1z2, determinar um
vetor que seja ortogonal ao vetor u=(1,2,1) e ao vetor v=(1,1,1).
14) A partir do vetor v1=(1, -2, 1), determinar uma base ortogonal do R3, em relação ao produto
interno usual.
15) Determinar uma base ortonormal, a partir da base ortogonal encontrada no exercício
anterior.
16) Determinar o valor de b, de modo que o conjunto B={(1, -1), (2, b)} seja uma base
ortogonal do R2 em relação ao produto interno (x1, y1).(x2, y2) = 2x1x2 + y1y2.
17) Com o produto interno usual, determinar um vetor de R3 ortogonal aos vetores v1 = (1, 1,
2), v2 = (5, 1, 3) e v3 = (2, -2, -3).
18) Sendo o conjunto B = {(1, -3, 2), (2, 2, 2), (a, b, c)} uma base ortogonal do R3, em relação
ao produto interno usual, determine ao valores de a, b e c.
19) Ortonormalizar as seguintes bases:
a- B = {(3, 4), (1,2)}
b- B = {(1, 0, 0), (0, 1, 1), (0, 1, 2)}
c- B = {(1, 0, 1), (1, 0, -1), (0, 3, 4)}
20) Determinar as coordenadas do vetor v = (2, 4) em relação à base B = 1 , 1 , 1 , 1
2 2 2 2
21) Determinar uma base ortonormal para o subespaço do R4 gerado pelos vetores v1 = (1, 0, -
1, 1), v2 = (0, 1, 0, 1) e v3 = (1, 1, -1, 2), em relação ao produto interno usual.
Até breve....