Álgebra Linear

Aula 12: Transformações Lineares

Prof. André Assumpção

I. Definição

Uma função T: V(K)  W(K), definida do Espaço Vetorial V(K) no Espaço

Vetorial W(K), é chamada uma transformação linear se satisfizer as seguintes
condições.

i) T( u + v) = T(u) + T(v)
ii) T(ku) = kT(u)
Onde u e v são elementos arbitrários de V(K) e k é um elemento do corpo K.

Ex1.: Seja T: R3 R3 a Transformação Linear “projeção” no plano xy definida por

T(x,y,z) = (x,y,0).

Vamos utilizar dois pontos arbitrários de R3: u = (x1, y1, z1) e v = (x2, y2, z2). Observe
que T(u) = (x1, y1, 0) e T(v) = (x2, y2, 0).

Observe também que u + v = (x1 + x2, y1 + y2, z1 + z2). Portanto, T(u + v) = (x1 + x2, y1 +
y2, 0). Como T(u) + T(v) = (x1, y1, 0) + (x2, y2, 0) = (x1 + x2, y1 + y2, 0), então T(u+v) = T(u)
+ T(v) .

Agora vamos determinar T(ku). Como ku = (kx1, ky1,kz1), então T(ku) = (kx1, ky1,0).

Sabemos que T(u) = (x1, y1, 0). Portanto, k.T(u) = k. (x1, y1, 0) = (kx1, ky1, 0).
Concluímos, então, que T(ku) = k.T(u).

Assim, percebemos que as duas propiedades são válidas. Logo, T é uma

Transformação Linear.

OBS.: Uma transformação T:V(K)  W(K) é linear, se, e somente se, para quaisquer
u, v  V(k) e qualquer k  K,

T(ku + v) = kT(u) + T(v)

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Transformações no Plano
a) Semelhança: T(v) = kv, onde k > 0

b) Reflexão na origem: T(v) = -v

c) Rotação de 90o : T(x,y) = (-y,x)

d) Reflexão no eixo x : T(x,y) = (x, -y)

e) Cisalhamento paralelo ao eixo dos x: T(x,y) = (x1 + hx2, x2), onde h  0.

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Exercícios:

1) Mostre que as seguintes transformações T são lineares:

a) T: R2R2 definida por T(x,y) = (3x, 2y)
b) T: R3  R2 definida por T(x,y,z) = (z, x + y)
c) T: R2  R2 definida por T(x, y) = (senx, y)

2) Faça o gráfico de um vetor correspondente à transformação T: R2  R2.

a) T(x,y) = (2x, y)
b) T(x, y) = (2x, 0)

3) Considere as transformações do plano T: R2  R2

a) Verifique se a TL semelhança transforma retas em retas;
b) Seja o círculo x2 + y2 = 1. Aplique a ele um cisalhamento paralelo ao eixo dos x.
Qual a figura semelhante?

II. Núcleo e Imagem de uma Transformação

Seja T: V(K)  W(K) uma TL. O núcleo de T é um subconjunto de V(K)
definido por

N(T) = {v  V  T(v) = 0w}

Ou seja, o núcleo será formado por todos os valores de V que serão levados ao vetor
nulo por meio da transformação linear.

A imagem da transformação será o conjunto dos valores da TL T, indicado por

I(T) = { T(v)  v  V}.

Proposição 1. Se T: V(K)  W(K) é uma TL então N(T) é um SEV de V(K) e I(T) é um

SEV de W(k).

Dimensão

T: V  W, então dim N(T) + dim Im(T) = dim V

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III. Matriz de uma Transformação Linear

Vamos retomar a transformação linear que gera uma reflexão de um vetor em

R , definida por T(x,y) = (x, -y). Podemos observar que essa transformação irá gerar
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um conjunto de vetores por meio da combinação linear x.(1,0) + y.(0,-1).

Portanto, poderemos escrever essa transformação por meio de um produto de
matrizes, sendo:
1 0 
0 1 a matriz Transformação Linear
 
 x
 y  o vetor que será transformado
 
Assim, teremos

1 0   x 
T(x,y) =  . 
0 1  y 

Para u = (1, 2), teremos

1 0  1  1.1  0.2  1 
T(u) =  .  = = 
0 1  2 0.1  1.2  2

Rotação

Denomina-se rotação à transformação linear do plano T: R2 – R2, cuja matriz

canônica é:

cos   sen  
T   
sen  cos  

Ex.: Determinar a imagem do vetor v = (4,2) pela rotação de 90o .

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Exercícios Complementares

1) Encontrar uma base e a dimensão do espaço-solução do sistema:

 x  2 y  2z  t  0

 2x  4 y  z  t  0
 x  2 y  3z  2t  0


2) Dentre as seguintes transformações, verificar quais são lineares:

a) T(x,y) = (x-3y, 2x+5y)
b) T(x,y)=(y,x)
c) T(x,y)=(x+1,y)
d) (x,y)=(x – y, 3x – 2y)

Até breve....

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