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Já percebeu que algumas pessoas realmente adoram argumentar que os 4 evangelhos são

muito discrepantes quanto ao relato da ressurreição de Jesus e que esse seria um motivo para
desacreditá-los?

Eu já. E tenho de confessar que de início sempre achei muito confuso todas aquelas diferenças
encontradas em cada um dos evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Mas mesmo assim nunca me deixei abalar por isso. Sempre soube que havia uma explicação. E
que a Bíblia é a verdade. E que um dia eu teria a resposta certa sobre essa questão.

E realmente aconteceu...

A luz necessária para que eu pudesse sanar essa dúvida veio até mim após assistir a um
debate entre William Lane Craig e o agnóstico Bart Ehrman sobre a veracidade histórica da
ressurreição de Jesus.

Só que, por incrível que possa parecer, foi pelas próprias palavras de Ehrman que eu soube o
que deveria fazer.

Logo em sua primeira fala, ele disse: "A maneira de enxergar as diferenças nos evangelhos é
lê-los horizontalmente". [1] Claro que o que ele quis argumentar é que se colocássemos os
relatos dos evangelhos lado a lado o que encontraríamos seriam razões suficientes para
perdermos nossa fé nas Escrituras.

Mas mesmo assim fiz o que ele disse. E, ao contrário do que ele pressupôs, acabei por
encontrar mais razões para crer no relato Bíblico.

Mostrarei, portanto, como procedi.

Primeiro, listei separadamente todos os pontos descritos pelos 4 evangelhos sobre como teria
ocorrido a ressurreição de Jesus e os comparei entre si...

▶ MATEUS: Maria Madalena e a outra Maria chegaram ao túmulo ao alvorecer do dia e


aparentemente presenciaram um grande terremoto e um único anjo descendo do céu para rolar
a pedra para o lado (28.1-3). O anjo diz para as mulheres irem anunciar a notícia da
ressurreição aos discípulos; e o fizeram com grande temor e alegria (28.4-8). No meio do
caminho, Jesus lhes aparece e elas o adoram, abraçando seus pés (28.9-10). Após isso, há um
salto no tempo, onde é relatado que os discípulos foram para a Galileia, onde Jesus lhes
apareceu, porém alguns ainda assim, duvidavam a princípio, provavelmente por acharem que
estavam delirando (28.16-17).

▶ MARCOS: Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, foram ao túmulo de Jesus, ao
nascer do sol. Testemunharam que a pedra do túmulo já estava rolada para o lado (16.1-4).
Quando entraram no sepulcro, viram um anjo em forma de jovem homem sentado lá dentro
(16.5). O anjo lhes diz para irem anunciar a ressurreição aos demais discípulos, mas ao irem, o
foram com grande temor e se calaram, não falando nada para ninguém (16.6-8). Em algum
momento, provavelmente no meio do caminho, Jesus apareceu a Maria Madalena, que quando
chegou até os discípulos, contou-lhes tudo (16.9-10). Os discípulos, ao ouvirem a boa nova, não
o creram a princípio. Em algum momento, Jesus aparece para dois discípulos não nomeados, e
depois aos onze, em outro momento (16.11-14).

▶ LUCAS: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e outras, foram ao túmulo de Jesus
aquando ainda estava escuro e viram a pedra já removida (Lc 24.1-2,10). Dentro do túmulo,
viram dois anjos com aparência de homens. Eles lhes contam a boa nova da ressurreição e elas
correm para anunciar isso aos demais discípulos (24.4-9). Os discípulos não creram no
testemunho das mulheres, mas Pedro correu para o túmulo (24.11-12). Dois discípulos não
nomeados se encontram com Jesus no caminho para Emaús (24.13-31). Tais discípulos foram
até os demais discípulos para lhes anunciar a boa nova, afirmando que Ele já havia aparecido
para o próprio Simão, quando, inesperadamente, Jesus lhes aparece (24.33-36); durante algum
tempo, espantados ao verem Jesus, muitos deles não acreditavam no que estavam vendo;
Jesus passou a ensinar-lhes (24.37-48).

▶ JOÃO: Aparentemente, apenas Maria Madalena se dirigiu ao túmulo, quando ainda estava
escuro, e viu a pedra já removida (Jo 20.1). Após isso, correu diretamente a contar tal fato para
os discípulos, pensando que alguém havia roubado o corpo do Senhor Jesus (Jo 20.2). Pedro e
João, então, correram em direção ao sepulcro para verificar o ocorrido. Perceberam que de fato
o túmulo estava vazio e se questionavam a respeito, enquanto voltavam para casa (Jo 20.3-10).
Maria Madalena, que também havia voltado ao túmulo, chorava do lado de fora, quando viu dois
anjos dentro do sepulcro. Eles lhe anunciaram a boa nova da ressurreição e quando se voltou
para trás, viu o Senhor Jesus, sem saber que era ele (Jo 20.11-14). Jesus se revela a Maria
Madalena e lhe manda anunciar o ocorrido aos demais discípulos; ela o faz. (Jo 20.15-18).
Depois, Jesus aparece, durante a tarde daquele mesmo dia, aos demais discípulos, menos a
Tomé, que não estava entre eles (Jo 20.19-24). Os discípulos disseram para Tomé que viram o
Senhor, mas este não creu, até que o Senhor Jesus lhe apareceu, também (Jo 20.25-29).

Depois, listei todas as suas semelhanças e em que, exatamente, eles divergem, ponderando se
as discrepâncias são realmente gritantes ou secundárias...

1⃣ Vemos que Maria Madalena é citada em todos os relatos, enquanto que os demais
evangelhos acrescentam mais nomes, sendo que Lucas afirma que haviam outras não
nomeadas. Logo, muitas mulheres seguiram para o túmulo e os evangelistas destacaram
apenas as que acharam mais relevantes, de forma independente. É pedante afirmar que isso
seja uma real contradição.

2⃣ A hora em que as mulheres foram, certamente era o período entre o fim da noite e o início da
manhã; cada um escreveu apenas do seu ponto de vista: “ao amanhecer”, ou “ainda de noite”. É
o mesmo que ocorre quando uma pessoa diz que um copo está meio vazio e outra diz que está
meio cheio; no fim, estão ambos corretos.

3⃣ Provavelmente elas testemunharam o evento do terremoto, mas apenas Mateus teria


registrado isso, enquanto que os demais apenas saltaram esta parte, por não acharem
relevante, ou por não terem tido conhecimento deste detalhe, ou ainda por não estarem bem
certos se elas foram mesmo testemunhas do terremoto, ou não (e isso dependeria das fontes
consultadas pelos autores dos 4 Evangelhos).
4⃣ É bem plausível que tenham havido dois anjos, ao invés de apenas um. A questão aqui, mais
uma vez, é de perspectiva. Mateus e Marcos devem ter registrado um único anjo devido a ter
sido ele o falante, enquanto que o outro apenas o acompanhava. Quanto a onde eles estavam,
se dentro ou fora (sobre a rocha que fechava o túmulo de Jesus), é extremamente irrelevante. É
provável que os dois relatos estejam corretos: os anjos rolaram a pedra e depois entraram no
túmulo do Senhor Jesus, e quando as mulheres se aproximaram, um deles lhes falou sobre a
boa nova da ressurreição; o ponto passivo é que haviam anjos e eles falaram algo para as
mulheres.

5⃣ Quanto a se as mulheres se encontraram com Jesus no meio do caminho, antes de anunciar a


boa nova para os discípulos, ou se o encontraram depois, também é uma divergência mínima,
que não compromete em nada o relato como um todo.

A conclusão, para mim, foi bastante óbvia.

Mesmo com cada uma dessas discrepâncias, os relatos da ressurreição se harmonizam de


forma quase que perfeita; os detalhes principais, como as testemunhas, o local da crucificação,
o dia da ressurreição e a hora em que ocorreu, permanecem sem contradição alguma.

E fato é que cada uma dessas discrepâncias corrobora, no fim das contas, para a veracidade
histórica do ocorrido e não o contrário, pois cada autor contou-a de forma independente, sem
plágio algum, a partir de suas próprias fontes.

É importante sabermos que se os 4 Evangelhos fossem totalmente idênticos isso levantaria a


suspeita de plágio entre eles. Qualquer tribunal poderia, então, acusá-los de serem falsos; os
autores poderiam ser acusados de se unirem e forjarem as evidências.

Com esses diversos relatos independentes, nenhum historiador sério realmente descartaria os
Evangelhos só por causa de discrepâncias secundárias. E você?

Gabriell Stevenson.

REFERÊNCIAS
[1] YOUTUBE. Debate - Bart D. Ehrman vs Willian Lane Craig. Disponível em:
<​http://bit.ly/2heelvf​>.

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