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Sobre a validez desta teoria, O. L. Barnes escreveu na p. 1 de sua obra:
“Poderíamos legitimamente perguntar por que o ‘e - Vau ’וtem esta estranha
faculdade de conversão. Algumas gramáticas mais recentes, na tentativa de
esquivar-se do absurdo, declaram que realmente não é o ‘e - Vau ’וque tem esta
faculdade de conversão, mas é a chave ou o guia que temos de procurar para
indicar a conversão; em suma, portanto, importa exatamente na mesma coisa.
Creio que, em vista do que se declarou aqui, será evidente que, na realidade, o
‘e - Vau ’וnem tem esta faculdade, nem é preciso presumi-la para explicar a
rápida e às vezes abrupta mudança na seqüência dos tempos hebraicos. Em
outras palavras, podemos dispensar completamente a mítica teoria do Vau
Consecutivo inventada por gramáticos.”
Aproximadamente há cem anos, Benjamin Wills Newton, na sua obra The Altered
Translation of Genesis ii. 5, Londres, 1888, pp. 49-51, adotou uma posição firme
contra a teoria do Vau Consecutivo. Depois de apresentar um exemplo da
tradução de Gên 1:3-8, Newton concluiu nas pp. 50, 51: “No capítulo inteiro usa-
se o futuro para indicar progressão. Na nossa tradução, com bastante correção,
usamos o pretérito, porque não conseguimos com o nosso tempo futuro indicar
progressão de maneira similar. Há uma amplitude no uso do futuro no hebraico
que o nosso futuro não tem; e, por conseguinte, há maior exatidão nas
declarações. Eu poderia acrescentar que certamente não há nenhuma margem
para a teoria do Vau conversivo neste capítulo, e não há nenhuma base para se
dizer, portanto (por nosso futuro não conseguir adaptar-se à elasticidade do
futuro do hebraico), que o futuro do hebraico deva ser despojado de suas
futuro do hebraico), que o futuro do hebraico deva ser despojado de suas
prerrogativas e convertido no pretérito. É de admirar que alguém se tenha
aventurado a propor algo tão absurdo.”
Apresentamos a seguir Gên 1:3-8 em três versões diferentes: a tradução de
Benjamin Wills Newton, a Tradução do Novo Mundo e a tradução de James
Washington Watts.
E Deus passou a dizer [futuro]: Venha a haver Luz, e passou a vir a haver [futuro]
Luz.
3 E Deus passou a dizer: “Venha a haver luz.” Então veio a haver luz.
3 Depois, Deus passou a dizer: “Haja luz”; e gradualmente veio à existência a luz.
E Deus passou a contemplar [futuro] a Luz, que ela [era] boa; e Deus passou a
separar [futuro] a Luz e a escuridão;
4 Depois, Deus viu que a luz era boa e Deus fez separação entre a luz e a
escuridão.
4 Também Deus passou a observar a luz, [vendo] que era boa; assim passou a
separar a luz e a escuridão.
e Deus passou a chamar [futuro] a luz de Dia, e a escuridão Ele chamou [não
“passou a chamar”; usa-se o pretérito] de Noite; e a noitinha passou a ser
[futuro], e a manhã passou a ser [futuro] Dia um.
5 Daí, Deus começou a chamar a luz de Dia, e a escuridão ele chamou de Noite.
Assim veio a ser uma noitinha e uma manhã, sim, um dia.
E Deus passou a dizer [futuro] Venha a haver um firmamento no meio das águas,
e venha ele a ser separatório entre águas e águas.
7 Deus passou então a fazer a expansão e a fazer separação entre as águas que
haviam de ficar debaixo da expansão e as águas que haviam de ficar por cima
da expansão. E assim se deu.