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Gramática e literatura em português I - aula 7

1. Resumo

Elementos de sintaxe

Voz passiva

Em geral, as gramáticas tradicionais conceituam a voz passiva como aquela em que o


sujeito ocupa, na estrutura sintática da oração, uma posição passiva e não ativa.

João escreveu um livro.  Um livro foi escrito por João.

Maria visitou as amigas.  As amigas foram visitadas por Maria.

Na transposição da voz ativa para a voz passiva, o objeto direto torna-se sujeito, e o
sujeito torna-se o agente da passiva, que pode ser considerado uma espécie de adjunto
adnominal, pois pode ser retirado da oração sem que esta perca coesão sintática. Nas
orações acima, por João e por Maria são agentes da passiva; sem esses elementos, a
oração segue perfeitamente gramatical: “Um livro foi escrito.”; “As amigas foram
visitadas.”

Voz passiva sintética ou pronominal

A construção vista acima costuma ser chamada de “voz passiva analítica”. Há ainda um
segundo tipo de construção passiva que se forma a partir da voz passiva analítica sem o
agente da passiva:

Um livro foi escrito.  Escreveu-se um livro.

As amigas foram visitadas.  Visitaram-se as amigas.

As orações que resultaram da transformação (“Escreveu-se um livro.”, “Visitaram-se as


amigas.”) se encontram na voz passiva pronominal. O sujeito das orações na voz
passiva pronominal é o mesmo das orações na voz passiva analítica que as originaram.
Em “Escreveu-se um livro.”, o sujeito é um livro; em “Visitaram-se as amigas.”, o
sujeito é as amigas; é por isso que, na segunda frase, o verbo ficou no plural
(visitaram), concordando com o sujeito as amigas. O pronome “-se”, nesse contexto,
faz o papel de partícula apassivadora e apresenta o funcionamento de um objeto direto.
Em termos semânticos, a construção é bastante estranha; no primeiro exemplo –
“Escreveu-se um livro.” –, a frase parece implicar que um livro escreveu a si mesmo, o
que é um absurdo semântico. No entanto, como mecanismo da língua portuguesa, a voz
passiva sintética é de extrema utilidade por sua concisão.

Algo para se cuidar: é preciso cuidar para não confundir voz passiva sintética com
sujeito indeterminado. Vejamos as orações abaixo:

Discutiram-se muitos assuntos.

Tratou-se de muitos assuntos.

 
São praticamente sinônimas. O que determina que, na primeira, o verbo esteja no
plural e, na segunda, ele esteja no singular? Simples. A primeira oração é um caso de
voz passiva sintética, em que muitos assuntos é o sujeito, e o verbo, discutir, fica,
portanto no plural. Na segunda oração, muitos assuntos vem precedido da preposição
de, tornando impossível que se torne sujeito (o sujeito jamais é precedido por
preposição); nesse caso, temos um sujeito indeterminado, e a partícula “-se” funciona
como um índice de indeterminação do sujeito. É bom lembrar que os verbos que
permitem a passagem de uma oração da voz ativa para a passiva e vice-versa são os
transitivos diretos. (Uma observação importante: há casos em que o verbo tratar
funciona como transitivo direto; não é o caso, no entanto, da oração acima, onde é
transitivo indireto e não possibilita, portanto, construções na voz passiva).

Período composto

O período composto é aquele que contém duas ou mais orações. Há dois processos de
composição de períodos:

coordenação: não há hierarquia entre orações, trata-se de orações


independentes em um mesmo período.

subordinação: há uma hierarquia entre orações, umas estão subordinadas a


outras por meio de nexos oracionais.

Períodos compostos por coordenação

Em termos sintáticos, “coordenação” é uma forma de dizer “justaposição”, ou seja,


orações de valor sintático semelhante são colocadas juntas. Há duas formas de se fazer
isso: em uma, as orações são simplesmente separadas por vírgula, chamadas
assindéticas; na outra, há um nexo oracional (o síndeto) que, mesmo não
estabelecendo uma hierarquia entre as orações, assinala uma certa relação semântica
entre elas.

Assindética: “Vim, olhei, não gostei, voltei.”

Sindética: Há vários tipos, são eles:

 Aditivas: articuladas por meio de uma conjunção aditiva como e, nem ou tanto
quanto. “Vim e olhei, não gostei e voltei.” “Não vim nem voltei.”
 Adversativas: articuladas por conjunções coordenativas como mas: “Trabalhei
muito este fim de semana, mas não tive resultado nenhum.”
 Alternativas: as conjunções sugerem uma ideia de correlação como ou... ou,
ora... ora: “Ou você vem aqui e trabalha conosco ou fica em casa e não faz
nada!”
 Conclusivas: a conjunção logo assinala uma ideia de conclusão que relaciona as
duas orações: “Não li o livro de que me falaste, logo não tenho como dar
opinião.”
 Explicativas: conjunções como “porque” ou “pois” servem de nexo entre duas
orações independentes, caracterizando relação de explicação. “Não tinha
ninguém, pois a sala estava fechada.”

 
2. Exercícios

1. Qual das frases seguintes não pode ser construída na voz passiva:
a. “Entre ontem e hoje, eu arrumei praticamente toda a minha casa.”
b. “Essa questão eu nunca entendi bem.”
c. “Para chegar lá, teremos que passar por essas ruas aqui.”
d. “Você vai precisar passar toda essa roupa!”
e. “Aprecio altamente sua consideração.”
2. Levando em consideração o que foi dito sobre a diferença entre voz passiva
pronominal e sujeito indeterminado, aponte qual das seguintes opções
apresenta um exemplo de cada tipo de construção:
a. “Pois que se case com ela, então.”; “Metafísica é o tema de que se falou
no colóquio.”
b. “No ano passado, se organizou um show de primeira aqui.”; “Muito se
falou, pouco se fez.”
c. “Nada se pode fazer sobre isso.”; “Ouve-se tudo nestes aposentos.”
d. “Ele está se fazendo de louco.”; “Não se falou de nada interessante.”
e. “Tudo se pode conseguir com jeito.”; “Vive-se muito bem aqui.”
3. Qual das seguintes alternativas apresenta uma ideia correta sobre a diferença
entre o modo de composição por coordenação e modo de composição por
subordinação?
a. O período composto por subordinação se caracteriza por utilizar nexos
oracionais na articulação entre as orações que o compõem; o mesmo não
se dá com o período composto por coordenação.
b. A presença de nexos oracionais é obrigatória em ambos os tipos de
composição; a única diferença é o papel que eles desempenham em cada.
c. Sendo formados por justaposição, os períodos compostos por
coordenação rejeitam o uso de conectivos.
d. Nos períodos compostos por subordinação, os nexos oracionais
estabelecem relações de hierarquia entre as orações; naqueles
compostos por coordenação, acrescentam dados semânticos relativos a
como as orações se associam.
e. Nenhuma alternativa está correta.
4. Observe as seguintes orações: “O trabalho foi bem-feito, porém não surtiu
efeito.”; “A fruta estava madura, logo caiu do galho.”; “Seu amigo estava com
fome, pois comeu tudo que havia na geladeira.”; “Nem os alunos estão aqui,
nem o professor está pronto.” As relações semânticas estabelecidas pelas
conjunções são de, respectivamente:
a. Adversidade; conclusão; explicação, adição.
b. Adição; conclusão, adversidade; explicação.
c. Conclusão, adversidade, adição, explicação.
d. Adição, explicação, conclusão, adversidade.
e. Correlação; explicação, adversidade, adição.

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