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XII Conferencia Brasileira sobre Estabilidade de Encostas

COBRAE 2017 - 2 a 4 Novembro


Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
© ABMS, 2017

Procedimentos experimentais e numéricos para uso no Ensaio de


Infiltração Monitorada
Felipe Alves Rosa
Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, Brasil, felipealvesrosa@gmail.com

Guilherme José Cunha Gomes


Departamento de Estradas de Rodagem / Universidade Estácio de Sá – Vila Velha, Espírito Santo,
Brasil, guilhermejcg@yahoo.com.br

Rodrigo Menezes Raposo de Almeida


Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil, rraposo@id.uff.br

Raquel Quadros Velloso


Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, Brasil, rqvelloso@gmail.com

Eurípedes do Amaral Vargas Jr.


Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, Brasil, vargas@puc-rio.br

RESUMO: No presente estudo foi utilizado o ensaio de campo, denominado Ensaio de Infiltração
Monitorada (EIM), para determinação dos parâmetros hidráulicos não saturados. Neste ensaio é
mantida uma carga constante em um furo, utilizando um permeâmetro tipo Gueplh, sendo
monitorada, com o auxílio de um tensiômetro, a variação da sucção ocasionada pela frente de
infiltração. Quando a variação da sucção no solo torna-se constante e próxima a zero, o ensaio atingiu,
portanto, a condição de fluxo permanente, podendo-se assim finalizar o teste. A curva de saturação
do solo e os respectivos parâmetros hidráulicos não saturados que descrevem a curva de saturação
versus o potencial mátrico é obtida matematicamente, utilizando a resolução do problema inverso,
para ajuste dos parâmetros que permitem reproduzir a curva de variação da sucção medida no campo,
no tensiômetro instalado logo abaixo da zona de saturação, no ensaio de infiltração. A geometria do
problema consiste em um furo feito a trado com aproximadamente 20 cm de profundidade e 13 cm
de diâmetro, onde é instalado um tensiômetro na posição vertical sobre o eixo de simetria do furo em
uma profundidade de 10 cm da base do furo. Os ensaios foram realizados em solos residuais em 4
áreas do Estado do Rio de Janeiro, sendo três realizados em solo residual correspondente à alteração
de Gnaisse facoidal no município de Niterói e, por último, um colúvio em Itaboraí. Para a realização
dos ensaios em solo residual, buscou-se locais onde houve corte de taludes e, desta forma, expondo
o solo residual a ser estudado. A estimativa de parâmetros foi realizada através da retroanálise do
ensaio, i.e. através da resolução de problemas inversos. Para isto, foi utilizado o software Hydrus
versão 2.05, que por sua vez já pussui o algoritmo de otimização de Levemberg-Marquardt já
devidamente implementado. Finalmente, as curvas de infiltração modeladas com os parâmetros
calculados através de cada método apresentaram ajustes próximos aos dados observados. As curvas
retroanalisadas pelo Hydrus apresentaram coeficiente de determinação (R²) variando entre 0,96 e 0,99
apresentando boa representatividade física, i.e. dados observados comparados com os dados
calculados.

PALAVRAS-CHAVE: Ensaio de Infiltração Monitorada, Solos não saturados, Problema inverso,


Curva característica.

COBRAE 2017, Florianópolis/SC, Brasil.


1 INTRODUÇÃO ,Velloso ,2000, Morales, 2008, Pinto, 2013).
Tais ensaios possibilitam o conhecimento da
Em solos residuais, particularmente em regiões variabilidade espacial das características
tropicais, como é o caso brasileiro, a condição hidráulicas do solo, importante na determinação
não saturada é bastante significativa, tornando- dos processos de fluxo. Nesse sentido, vem se
se primordial um maior conhecimento sobre os verificando que a determinação das propriedades
conceitos e as teorias da mecânica dos solos não in-situ, apesar de em alguns casos serem
saturada (Carvalho et al, 2015). consideradas longas e custosas, possam ser mais
O solo não saturado é composto por um relevantes e significativas que àquelas obtidas
sistema de três fases, sendo uma parcela definida em laboratório (Kool et. al.,1985).
pelas partículas do solo e as demais por dois No presente estudo as propriedades
fluidos imiscíveis (água e ar). As propriedades hidráulicas não saturadas de solos residuas foram
hidráulicas nestas condições podem ser avaliadas através do Ensaio de Infiltração
representadas através da curva característica do Monitorada (EIM). No EIM, proposto
solo, definida pela relação do teor de umidade inicialmente por Velloso (2000), o coeficiente de
volumétrica com a carga de pressão e através da permeabilidade da zona não saturada do solo,
curva de condutividade hidráulica, representada assim como os parâmetros hidráulicos não
pela variação da permeabilidade com a carga de saturados do modelo de Van Genuchten-Mualem
pressão do solo (Fredlund & Rahardjo, 1993). – VGM (van Genuchten, 1980) é determinado a
Estas propriedades, representam a influência da partir de um ensaio de infiltração com carga
carga de pressão (h) na retenção e transmissão de constante, utilizando um permeâmetro de carga
água no solo, tendo em vista que, em solos não constante do tipo Gueplh e um tensiometro,
saturados, o teor de umidade volumétrica (θ) e a ambos automatizados. Durante o ensaio,
condutividade hidráulica (k) variam em função monitora-se a variação do nível d´água no tubo
da carga de pressão (h), diferente do que ocorre do permeâmetro, através de um transdutor de
em solos saturados, onde estes dois parâmetros, pressão de vácuo e a sucção do solo através do
podem ser considerados como constantes. tensiômetro.
No que se refere à determinação dos A curva de saturação do solo e os respectivos
parâmetros hidráulicos não saturados, é parâmetros de Van Genuchten são obtidos
importante notar que, nem sempre as condições matematicamente através da resolução do
ensaiadas no laboratório conseguem representar problema inverso, i.e. o ajuste dos parâmetros
efetivamente as situações reais vistas em campo. que permitem reproduzir a curva de variação da
O ensaio de laboratório, apresenta a vantagem sucção medida no campo, no tensiômetro
de ser mais facilmente controlado que os ensaios instalado logo abaixo da zona de saturação
de campo. Destacam-se ainda, que podem ser durante o ensaio de infiltração. Deste modo, em
determinadas em laboratório, as relações de um mesmo ensaio de infiltração no campo, com
curva de retenção (h x θ) e a curva de medição da variação da sucção no tempo, é
condutividade hidráulica (k x h), por meio de possível determinar o coeficiente de
ensaios de placa de pressão, papel filtro, entre permeabilidade da zona não saturada e os
outros. Apesar disso a desvantagem destes parâmetros de Van Genuchten que descrevem a
ensaios de laboratório está relacionada com o curva de saturação da zona não saturada.
tamanho da amostra, que por serem de pequenas A estimativa destes parâmetros foi realizada
dimensões podem não representar através da retroanálise, i.e. através da resolução
adequadamente as propriedades hidraúlicas em de problemas inversos. O modelo inverso, tem
escalas maiores (Scharnagl et al., 2011). como entrada do modelo, os dados observados
Em contrapartida, inúmeros ensaios de campo em campo (efeitos) e, por sua vez, como saída,
vêm sendo desenvolvidos e fazem o uso de os parâmetros desejados (causas). O problema
medidas de carga de pressão no tempo, para a físico pode ser resolvido através de equações
determinação das propriedades hidráulicas analíticas ou métodos numéricos, sendo validado
(Kodesova et al. , 1996, Simunek et al. ,1998 através de algoritmos de otimização. Segundo

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Engl et al. (1996), em suma, a resolução do
problema inverso, consiste em determinar causas
desconhecidas, a partir de efeitos observados.
Em geral, os algoritmos de otimização, podem
ser classificados em métodos de otimização de
pesquisa locais e globais. Neste estudo foi
utilizado o método de otimização de Levenberg-
Marquardt, classificado como um método de
busca local, já implementado no software
Hydrus 3D.
Para a realização dos ensaios em solo
residual, buscou-se locais onde houve corte de
taludes e, desta forma, expondo o solo residual a
ser estudado. Foram realizados um total de 5
(cinco) ensaios em solo residual, sendo três
destes realizados em solo residual
Figura 1. Equipamentos utilizado para a realização dos
correspondente à um Gnaisse facoidal nos ensaios.
municípios de Niterói e São Gonçalo, outro em
Hornblenda Biotita Ganaisse em Rio das Ostras 2.3 Procedimentos do ensaio
e, por último, um colúvio em Itaboraí. Como
parte integrante deste trabalho e de forma Os procedimentos realizados nos ensaios, foram
complementar aos dados obtidos nos ensaios de previamente padronizados, com base nas
campo, foram realizados também, ensaio de orientações descritas nos estudos anteriores
laboratório de caracterização física do solo. (Veloso, 2000, Morales, 2008 e Pinto, 2013), de
O objetivo principal do presente trabalho, forma a garantir a mesma qualidade em todos os
portanto, é apresentar a metodologia adotada ensaios executados.
para a determinação dos parâmetros hidráulicos Foi utilizada a geometria apresentada na
não saturados através do ensaio de campo, Figura 02, sendo instalado o tensiômetro na
denominado Ensaio de Infiltração Monitorada. posição sobre o eixo de simetria do furo.
Segundo Pinto (2013), esta geometria do ensaio
2 METODOLOGIA apresentou melhores coeficientes de correlação e
não é necessário a execução de uma berma como
2.1 Equipamentos utilizados necessário na posição horizontal. Como
Para a realização dos Ensaios de Infiltração desvantagem desta geometria, pode-se destacar
Monitorada foram utilizados os seguintes o maior uso de água, segundo Pinto (2013).
equipamentos, ilustrados na Figura 01:
• 01 tensiômetro com sensor de pressão de
vácuo
• 01 Permeâmetro de carga constante do
tipo guelph
• 01 sistema de aquisição de dados
• 01 notebook
• Kit de trados
o 01 trado de 4”
o 01 trado caçamba de 4”
o 01 trado parafuso de 3/4”

Figura 2. Seção esquemática da geometria do ensaio,


ilustrando o posicionamento do tensiômetro no centro do
furo e 10 cm abaixo da base do furo.

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A execução do ensaio foi sistematizada em 6
(seis) etapas, distribuídas em:

Etapa 01- Preparação do terreno


Consiste na planificação e limpeza do terreno
no local onde será realizado o ensaio e realização
do furo com o auxílio de um trado de 4” até uma
profundidade de aproximadamente 20 cm. Feito
isso, faz-se a limpeza e preparação do furo de 4”
com o trado caçamba.

Etapa 02 - Preparação do tensiômetro


Consiste na instalação do tensiômetro na
profundidade adequada. É importante certificar
que a pedra porosa chegou até o fundo do furo,
uma vez que o tensiômetro deve entrar bem justo
no furo para que se tenha um bom contato com
as paredes do furo. Verificar a leitura inicial do Figura 3. Montagem final do ensaio.
tensiômetro até a sua devida estabilização
(aproximadamente 30 minutos). 2.3 Solução numérica para fluxo não saturado

Etapa 03 – Montagem do permeâmetro A equação diferencial geral, que descreve o


Esta etapa consiste em montar o permeâmetro fluxo de água líquida em solos não saturados, foi
posicionando a sua base dentro do furo chamada de Equação de Richards, tal equação,
executado e próximo ao tensiômetro, conforme promoveu a combinação entre as Equações de
ilustrado na Figura 3. Darcy e Buckinghan, conforme explicitada por
Carvalho et al (2015, p 312-313), e apresentada
Etapa 04 - Início do ensaio da seguinte forma:
O início do ensaio depende da estabilização 𝜕 𝜕
𝜕ℎ 𝜕 𝜕 (𝜃)
da sucção do tensimetro. Portanto, para o ensaio 𝜕𝑥
⌈𝑘𝑥 ⌉ + 𝜕𝑦
𝜕𝑥
⌈𝑘𝑦 𝜕ℎ
𝜕𝑦
⌉+ 𝜕𝑧
⌈𝑘𝑧 𝜕ℎ
𝜕𝑧
⌉= 𝜕𝑡
(1)
ser iniciado e necessário certificar a equalização
da sucção do solo com o tensiômetro.
Foi utilizado o software Hydrus-2D para a
Etapa 05 - Término do ensaio resolução da equação supracitada para as
O ensaio pode ser finalizado no momento em condições do ensaio de campo.
que a sucção, monitorada com o tensiômetro
esteja próxima de zero, indicando a saturação do 2.4 Metodologia para estimativa de
terreno. parâmetros através do modelo numérico

Etapa 06 - Coleta de amostras indeformadas A retroanálise foi realizada com o software


Ao fim do ensaio, deve-se coletar uma Hydrus 2D, sendo estabelecidas condições de
amostra indeformada representativa do local do axissimetria, conforme ilustrado na Figura 4, em
ensaio para a determinação da porosidade que um furo de profundidade conhecida, limitado a
será utilizada como entrada no modelo uma dada carga de pressão positiva constante
numérico. (linha vermelha), que é imposta como parte do
contorno do problema. Como entrada no modelo,
foram consideradas a geometria do ensaio, as
condições de contorno e os dados observados.
Desta forma foram retroanalisados todos os
cinco parâmetros de VGM (θr, θs, α, n e k).

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Como condição inicial, foi considerada a
sucção inicial do solo, i.e. a sucção monitorada
após a estabilização do tensiômetro antes do
início do ensaio. Foi utilizada uma malha de
elementos finitos de dimensão 1 cm de lado, com
aproximadamente 9000 elementos. Como
condição de contorno, foi considerada uma carga
constante de 13 cm, simulando a carga imposta
pelo permeâmetro no furo, representado pela
linha vermelha na Figura 4, e as linhas em azul
indicam uma condição de contorno em que não
há fluxo.

Figura 05. Fluxograma para resolução de problemas


inverso utilizando o software HYDRUS com o algoritmo
de otimização de Levenberg-Marquardt

3 Área de estudo

Para a realização dos ensaios em solo residual,


buscou-se locais onde houve corte de taludes e,
Figura 4. Representação da axissimetria imposta desta forma, expondo o solo residual a ser
no modelo, e apresentação da malha de elementos finitos
utlizada e as condições de contorno consideradas. estudado. Foram realizados um total de 4
(quatro) ensaios. Destes, três foram realizados
A busca do melhor parâmetro é realizada em solo residual correspondente à alteração de
através do algoritimo de Levenberg–-Marquardt Gnaisse facoidal no município de Niterói-RJ,
já implentado no software Hydrus 2D, versão sendo dois realizados em um solo residual
2.05. A Figura 05 apresenta um fluxograma das jovem, denominados de GF-01-J, GF-02-J e
etapas para a estimativa de parâmetros utilizando outro em um solo residual maduro, denominado
algoritmos de otimização como o de Levenberg- de GF-03-M. Além destes, foi realizado um
Marquardt. Como entrada do modelo temos a ensaio em um solo coluvionar, localizado no
geometria do problema, as condições de município de Itaboraí-RJ, denominado de
contorno (Carga hidráulica constante), e uma Colúvio.
estimativa inicial dos parâmetros hidráulicos do
modelo VGM. Assim, é possível simular a 4 Resultados
infiltração nas condições ensaiadas. Os 4.1 Ensaio de caracterização
resultados obtidos são comparados com os
resultados de campo até que os resultados sejam Os índices físicos foram obtidos através das
satisfatórios, obtendo assim os melhores amostras indeformadas coletadas para os ensaios
parâmetros. Logo, observa-se que é um processo de papel filtro. A porosidade dos solos estudados
onde são analisados diversos parâmetros variou entre 32% e 50%. A amostra do colúvio,
hidráulicos de entrada até ser possível estimar os como era de se esperar, apresentou valores
melhores parâmetros. elevados atingindo 50% de porosidade média
entre as amostras. A menor porosidade foi
encontrada no solo residual maduro (GF-M-03)
com valor de 31%. A umidade natural das
amostras variou entre 9% (GF-M-03) e 21%
(Colúvio). Quanto ao grau de saturação, observa-

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se que em geral apresentou valores elevados, ensaios, variando entre 0,90 m (GF-03-M) e 6,00
com valor mínimo de 43 % GF-02-J. m (Colúvio). Quanto ao tempo de saturação do
Quanto as análises granulométricas, tensiômetro, observa-se que, em geral, foram
constatou-se que os solos estudados, em geral, ensaios rápidos variando entre 300 s no solo
foram majoritariamente arenosos, com exceção residual GF-03-M e 3000 s no Colúvio.
da amostra BG-01 que apresentou elevada fração É importante destacar que as curvas de
de silte (38%). infiltração retroanalisadas pelo Hydrus
apresentaram ótimo ajuste aos dados observados
Tabela 1. Resumo das análises granulométricas e índices em campo, apresentando coeficiente R² de 0,99
físicos. nos ensaio GF-01-J, GF-02-J e GF-03-M e de
Porosidade Areias Silte Argila
Solo
(%) (%) (%) (%)
0.96 no Colúvio.
GF-J-01 38 81.1 13.5 5.4 0
GF-J-02 39 68.8 19.4 11.7
-20
GF-M-03 31 73.8 14.7 11.6
Colúvio 50 65 26.6 8.4 -40

h (cm)
-60 Observado
4.2 Ensaio de permeabilidade saturada HYDRUS
-80

Os ensaios de permeabilidade saturada -100


realizados com o permeâmetro de carga -120
constante automatizado resultaram nos valores 0 500 1000 1500 2000
de permeabilidade saturada (ksat) apresentados Tempo (s)
na Tabela 2. Constatou-se que, em geral, que os Figura 06. Ajuste da curva de infiltração para os
solo ensaiados apresentaram elevadas diferentes métodos testados - GF-01-J.
permeabilidades variando entre 3,09 x 10-4 cm/s 0
e 6,59 x 10-4 cm/s.
-50
Tabela 2. Resumo das análises granulométricas.
Ksat -100
h(cm)

Solo
(cm/s)
GF-J-01 4.3 E-04 -150
GF-J-02 3.0 E-04
GF-M-03 6.6 E-04 -200
Colúvio 8.4 E-04
-250
4.3 Ensaio de Infiltração Monitorada 0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Tempo (s)
Neste item estão apresentados os resultados dos Figura 07. Ajuste da curva de infiltração para os
EIM para cada área de estudo. Inicialmente são diferentes métodos testados - GF-02-J.
apresentados os resultados obtidos em campos, 0
i.e. a variação da sucção monitorada com o
tensiômetro. Posteriormente são apresentados os -20
resultados dos parâmetros hidráulicos não
saturados obtidos através da retroanálise da -40
h(cm)

Observado
curva de infiltração, com o software Hydrus 2D HYDRUS
-60
e representados através de curvas características.
A Figura 06 até a Figura 09 apresentam a -80
variação da sucção durante o ensaio (linha
pontilhada de cor preta) e os resultados -100
modelados através da retroanálise (linha cheia de 0 100 200 300 400
cor azul) nos ensaios GF-01-J, GF-02-J, GF-03- Tempo (s)
M e Colúvio. Observa-se que foram testadas Figura 08. Ajuste da curva de infiltração para os
diferentes métodos testados - GF-03-M.
diferentes valores de sucção inicial nos quatro

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0
1.E-01

Condutividade hidráulica (cm/s)


-100
1.E-04
Observado
-200 1.E-07
HYDRUS
-300
h(cm)

1.E-10
-400 1.E-13
-500 1.E-16
-600 1.E-19
-700 1.E-22
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 1.E+00 1.E+02 1.E+04 1.E+06
Tempo (s)
Figura 09. Ajuste da curva de infiltração para os Sucção (cm)
diferentes métodos testados - Colúvio. 40%

Umidade Volumétrica (%)


A partir dos resultados foram elaboradas as 30%
curvas características da condutividade
hidráulica e umidade volumétrica. Os resultados 20%
obtidos para cada ensaio através da retroanálise 10%
da curva de infiltração estão representados pelas
curvas características apresentadas na Figura 10 0%
até a Figura 14 e os valores de cada parâmetros 1.E+00 1.E+02 1.E+04 1.E+06
descritos na Tabela 3. Sucção (cm)

1.E-01 Figura 12. Curvas características para o ensaio GF-


Condutividade hidráulica (cm/s)

02-J
1.E-05
1.E-01
1.E-09
Condutividade hidráulica (cm/s)

1.E-03
1.E-13
1.E-05
1.E-17
1.E-07
1.E-21 1.E-09
1.E-25 1.E-11
1.E+00 1.E+02 1.E+04 1.E+06
1.E-13
Sucção (cm)
1.E-15

50% 1.E-17
Umidade Volumétrica (%)

1.E+00 1.E+02 1.E+04 1.E+06


40% Sucção (cm)
40%
30%
Umidade Volumétrica (%)

20% 30%

10% 20%

0% 10%
1 100 10000 1000000
Sucção (cm) 0%
1.E+00 1.E+02 1.E+04 1.E+06
Figura 11. Curvas características para o ensaio GF- Sucção (cm)
01-J
Figura 13. Curvas características para o ensaio GF-
03-M

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Destaca-se que as curvas retroanalisadas pelo
Hydrus apresentaram coeficiente de
determinação (R²) variando entre 0,96 e 0,99
apresentando boa representatividade física, i.e.
dados observados comparados com os dados
calculados.
Finalmente, conclui-se que o EIM apresentou
bons ajustes da curva de infiltração com as
curvas retroanalisadas com o software Hydrus-
3D, mostrando-se uma boa alternativa para a
determinação dos parâmetros hidráulicos não
saturados via ensaios de campo.

REFERÊNCIAS
Carvalho, J. C et al. (2015). Solos não saturados no
contexto geotécnico. Associação Brasileira de
Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica – São
Paulo 759 p.
Engl, H. W., Hanke, M., Neubauer, A. (1996).
Regularization of Inverse Problems. Mathematics and
its Applications. Vol. 375. Kluwer Academic
Publishers Group, Dordrecht.
Fredlund, D. G., Rahardjo, H. (1993). Soil mechanics for
Figura 14. Curvas características para o ensaio unsaturated soils. New York: John Wiley & Sons.
Colúvio Kodesová, R., Gribb, M., Simunek, J. (1998). Estimating
soil hydraulic properties from transient cone
Tabela 3. Parâmetros hidráulicos não saturados obtidos permeameter data. Soil Science , Vol. 163, p. 436-453.
pela retroanálise dos EIM. Kool, J.B., Parker, J. C., Van Genuchten, M. T. (1985).
RES SAT  n kSat Determining soil hydraulic properties from one-step
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(1/cm) (cm/s)
Soc. Am. Vol. 49, p. 1348-1354.
GF-J-01 0.033 0.39 0.04 1.67 1.1 E-03 Morales, M.S.T. (2008). Estudo Numérico e Experimental
GF-J-02 0.028 0.37 0.02 1.44 8.3 E-04 de Problemas de Fluxo Saturado – Não Saturado em
GF-M-03 0.029 0.36 0.01 1.11 1.0 E-03 solos. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil -
Colúvio 0.034 0.50 0.06 1.62 6.5 E-04 Geotecnia). PUC- RJ.
Pinto, J. L. T. M. G. (2013). Determinação das
4 Considerações finais propriedades hidráulicas de solos residuais do Rio de
Janeiro. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil -
Geotecnia). PUC- RJ.
Os resultados da permeabilidade saturada obtida Scharnagl, B, et. al. (2011). Inverse modelling of in situ
através do permeâmetro apresentaram valores soil water dynamics: investigating the effect of
concordantes com valores os obtidos nas different prior distributions of the soil hydraulic
retroanálises dos EIM. Portanto, pôde-se parameters, Hydrol. Earth Syst. Sci., Vol. 15, p. 3043–
determinar a permeabilidade saturada apenas 3059.
Simunek, J., Van Genuchten, M. T., Gribb, M. M.,
através da retroanálise dos EIM, não sendo Hopmansc, J. W. (1998). Parameter estimation of
necessário a determinação deste parâmetro unsaturated soil hydraulic properties from transient
através do permeâmetro de Guelph. No entanto, flow processes. Soil and Tillage Research, Vol. 47, p.
é importante ressaltar que, em geral, a 27-36.
permeabilidade saturada obtida pelo Van Genuchten, M. T. (1980). A closed-form equation for
predicting the hidraulic conductivity of unsatured soil.
permeâmetro apresentou valores menores do que Soil Science Society of America Journal, Vol. 44(5) p.
os calculados através da retroanálise. 892-898.
O mesmo pode-se afirmar quanto ao valor da Velloso, R. Q. (2000). Estudo Numérico da Estimativa de
umidade volumétrica saturada (SAT) que Parâmetros Hidráulicos em Solos Parcialmente
apresentou valores consistentes quando Saturados. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Civil- Geotécnia) PUC -RJ, 2000.
comparados com a porosidade obtida através de
amostras indeformadas.

COBRAE 2017, Florianópolis/SC, Brasil.

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