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APRESENTAÇÃO
Materialidade e Relevância 1 1
Risco de Auditoria 1 1
Fraude e erro 0
Planejamento 1 1 1 3
Amostragem 0
Testes de auditoria 1 1
Técnicas e procedimentos 1 1
Instrumentos de fiscalização 2 1 3
Tipos de auditoria 1 2 3
Auditoria independente 0
Outros 1 1 2
Aula Conteúdo
00 Definições e conceitos iniciais de auditoria e controle.
01 Governança no Setor Público e Controle Interno segundo COSO.
02 Planejamento de Auditoria.
03 Execução de Auditoria.
04 Comunicação dos resultados (relatórios de auditoria),
monitoramento, supervisão e controle de qualidade.
05 Normas de Auditoria da Intosai
06 Normas de Auditoria do IIA e da CGU.
07 NBASP – Normas Brasileiras Aplicada ao Setor Público
08 NBC TSP – Estrutura Conceitual (Entidades do Setor Público)
09 Destaques da Auditoria Independente - NBC
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial,
na página do curso.
Podemos começar?
DESTAQUE
Alguns pontos da definição merecem destaque:
a) O objetivo é voltado para os usuários das
demonstrações: investidores, governo, credores como
bancos comerciais etc. Estes precisam ter mais confiança
nas informações contidas nesses demonstrativos;
b) A auditoria só se preocupa com aspectos relevantes.
c) Verifica se as estruturas dos relatórios são aceitas do ponto
de vista legal e definições do Conselho Federal de
Contabilidade – CFC (em conformidade com uma estrutura
de relatório financeiro aplicável);
d) Norma antiga falava em Parecer, a nova em Opinião. Na
prática as duas expressões são aceitas e podem ser
cobradas em prova, assim como Relatório.
ATENÇÃO
Para fins de concurso, é importante que o candidato saiba
também o que NÃO É objetivo do auditor, pois cai bastante em
prova:
- elaborar os demonstrativos. Esta é de responsabilidade da
empresa auditada;
- identificar erros e fraudes. Apesar de o auditor ter que
estar atento às suas existências, a responsabilidade pela
prevenção e detecção dos erros e fraudes é da administração
da empresa auditada. Fique atento, não caia nesta pegadinha;
- certificar, atestar ou garantir a integridade das
informações contábeis. O auditor não pode garantir 100%
que os demonstrativos estão livres de distorções relevantes,
apenas razoável segurança;
- assegurar viabilidade futura da entidade. Mesmo que o
auditor conclua que não encontrou distorção relevante que
comprometa as demonstrações analisadas, isso não é igual a
Elaborar
demonstrativos
Assegurar Não é
Identificar
viabilidade objetivo
erros e
futura da do
fraudes
entidade AUDITOR
Garantir
100% das
informações
Independente e objetiva
Avaliação ou consultoria
ATENÇÃO!
Para fins de questões, Auditoria Externa = Auditoria
Independente = Auditoria Independente das demonstrações
Contábeis = Auditoria Independente das Demonstrações
Financeiras = Auditoria Contábil.
Nesse contexto focado para concurso, outra diferença bem cobrada se
refere a finalidade do trabalho, enquanto que o objetivo da auditoria
independente é apenas emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis,
a auditoria interna é bem mais ampla e tem por objetivo auxiliar a gestão,
emitindo conclusões e recomendações sobre o que foi analisado, não se
restringindo às demonstrações financeiras.
Auditoria Governamental
Primeiro apresento a INTOSAI (The International Organisation of
Supreme Audit Institutions), uma instituição internacional que congrega as
Entidades de Fiscalização Superiores – EFS, com objetivo de compartilhar
experiências globais e emitir orientações sobre melhores práticas de atividades
e procedimentos de auditoria governamental.
Essas EFS são instituições estatais de auditoria governamental,
responsáveis por verificar a regularidade das transações do Governo,
adequação das demonstrações financeiras, além da salvaguarda dos ativos
públicos. Nosso representante aqui no Brasil é o TCU.
A INTOSAI define auditoria governamental como sendo uma atividade
independente e objetiva que, por meio de aplicação de procedimentos
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre as contas dos governos,
IMPORTANTE
A auditoria governamental alcança pessoas físicas ou
pessoas jurídicas, público ou privadas, que guardem,
arrecadem, gerencie, administrem ou utilizem (GAGAU)
recursos públicos. Mexeu com recursos públicos, é passível de
uma auditoria governamental.
AUDITORIA
GOVERNAMENTAL
Acompanha
Avaliação da Auditoria Auditoria Auditoria
mento da
Gestão Contábil Operacional Especial
Gestão
ACOMPANHAMENTO
DA GESTÃO objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos
de
uma unidade ou entidade federal
AUDITORIA
ESPECIAL das unidades ou entidades da administração
pública
federal, programas de governo, projetos,
atividades, ou
segmentos destes
Resolução:
Conforme leciona o professor Lucas Salvetti, aparentemente a banca
considerou a auditoria de avaliação de gestão como “auditoria de gestão”, e
deu como gabarito da questão a Alternativa A, no entanto, na parte
doutrinária isso não é claro já que em muitos casos, a auditoria operacional é
confundida com a auditoria de gestão.
Portanto, com base nisso (não previsão da definição pela norma citada,
e coincidência na definição doutrinária entre auditoria de gestão e
operacional), e, por isso, a questão deveria ter sido anulada. Portanto,
atenção REDOBRADA!!
Gabarito 5: A.
2) Indireta:
a) Compartilhada (coordenada pela CGU);
b) Terceirizada (auditores externos).
3) Simplificada:
Feita a distância, custo-benefício não justifica o deslocamento.
ATENÇÃO!
A auditoria Operacional se preocupa com os 5 E’s:
Efetividade – Eficiência – Eficácia – Economicidade
(Economia) - Equidade. Mas se as questões trouxerem os
três primeiros também estará certa. Aliás, dependendo do
contexto, até se citar só um pode o item estar correto. É a
ideia do café com leite. O café com leite é feito com café? Sim.
É feito com leite? Certo. É feito com café e leite? Certo
também. Agora se disser que é feito SÓ com café ou SÓ com
leite, ai sim o item estará errado. Fique atento!
E você sabe a diferença entre esses E’s? “Eu não deveria, mas vou lhe
ajudar...” Ta lembrado da escolinha do professor Raimundo? E não venha me
dizer que é coisa de velho, pois tem a nova versão que eu sei viu, rsrsrs. É
claro que tenho que te ajudar meu amigo (a), estamos juntos nessa não é
mesmo? Segue a diferença:
Economicidade tem a ver com economia de recursos, comprar o mais barato
possível, sem necessariamente se preocupara com a qualidade do produto. Se
atém ao custo.
Eficácia se preocupa em atingir o objetivo específico da ação (meta),
independente dos meios e recursos utilizados. Se preocupa com resultados
específicos.
Auditoria de Conformidade
Audioria de
Regulaidade
Auditoria Contábil
Auditoria
Goernamental
Auditoria de Desempenho
Auditoria
Operacional
Avaliação de Programa
Auditoria Contábil
O objetivo da contabilidade é o estudo das variações quantitativas e
qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações)
das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio).
O objeto da contabilidade é o Patrimônio.
O objetivo da auditoria contábil é obter elementos comprobatórios
suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as
demonstrações contábeis refletem, em todos seus aspectos relevantes, a
realidade patrimonial da entidade. Os objetos da auditoria contábil são os
demonstrativos e os registros contábeis. Tem por objeto, também,
verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes
financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas
executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a
emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações
financeiras.
Utiliza-se de procedimentos específicos, pertinentes ao controle do
patrimônio de uma unidade, entidade ou projeto. É mais ou menos como se
impacto
Menor participação do gestor Maior participação do gestor
IMPORTANTE
Apesar dessa divisão, muitos trabalhos podem envolver as
duas características de avaliação: regularidade e operacional. O
que vai decidir na classificação é o peso de cada avaliação no
escopo do trabalho. Se a auditoria tiver mais aspectos
operacionais a ser analisados, essa será classificada como
operacional. Da mesma forma uma auditoria operacional pode
englobar tanto o desempenho operacional como a avaliação de
programa. Para fins de concurso, o importante é você
conhecer os conceitos e saber diferenciar bem uma da
outra.
NOTA
Em ambos os casos, as propostas de encaminhamento, que
são ações posteriores à auditoria que devem ser tomadas, NÃO
devem ser incluídas no relatório preliminar, sempre que sua
divulgação ponha em risco os objetivos da auditoria.
2- O que é controle?
Controlar é cuidar, zelar para que as coisas estejam como se
programou, se planejou, visando alcançar determinado(s) objetivo(s).
Quando você controla o horário de estudo dos seus filhos está velando
para que eles ampliem seus conhecimentos, objetivando, entre outras coisas,
um futuro melhor, mais oportunidades de encarar e vencer na vida.
Ao controlar as saídas do namorado você cuida para que o assédio das
“periguetes” não comprometa o namoro! Em fim, exemplos poderíamos dar
aos montes. No nosso caso, vamos iniciar a explicação de controle se valendo
da seção IX da Constituição Federal de 1988 – CF88, da fiscalização contábil,
financeira e orçamentária. Afinal, fiscalização também é controle.
Contábil
Orçamentária
Fiscalização COFOP
do controle externo e Financeira
interno
Operacional
Patrimonial
Legalidade
Aplicação das
subvenções
Abrange a
Administração direta Legitimidade
e indireta quanto:
Economicidade
Renúncia de receita
Guarde
Arrecade
Prestará contas de
recursos públicos Gerencie
TODOS que
Administre
Utilize
Por sua vez, o controle interno é exercido por cada Poder, por cada
um de seus órgãos, digo ainda mais, por cada um de seus colaboradores,
sejam servidores efetivos ou não.
O objetivo de ambos os controles é contribuir para promoção da
accountability pública, ou seja, promoção da transparência,
responsabilização e prestação de contas dos gastos públicos, verificando
se os recursos estão sendo direcionados para os interesses sociais, exercidos
indiretamente pelos representantes do povo, ou diretamente na forma da
Constituição.
Quanto à prestação de contas observe que vale para qualquer
pessoa, física ou jurídica, público ou privado, independente de valor. Óbvio
que a administração pode dispensar ou simplificar, por meio de legislação, em
alguns casos como os de baixo valor.
Segundo Hely Lopes Meirelles, controle, em tema de administração
pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder,
órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional do outro.
Se pegarmos a definição do Dicionário Aurélio Eletrônico, controle é a
fiscalização exercida sobre a atividade de pessoas, órgãos, departamentos ou
sobre produtos etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das
normas preestabelecidas.
Unindo essas duas definições percebe-se que controle é uma faculdade.
De fato você controla seus filhos e seu namorado se quiser. No Poder público,
esta faculdade é mitigada sob pena de responsabilidade do gestor, mas
mesmo assim ele possui a discricionariedade a respeito do rigor e da atenção
dispensada para esta área. Também depreende-se ser o controle uma
fiscalização de uma pessoa sobre outra, de um Poder, órgão ou autoridade
sobre outro, sempre comparando as atividades ou produtos envolvidos com
parâmetros preestabelecidos, no caso da administração pública são as leis no
sentido amplo (Constituições, leis regulamentos, normas etc).
Controle externo
O controle externo é estabelecido no art. 71 da CF88:
Controle interno
Segundo o IIA, controle interno é "qualquer ação tomada pela
administração, conselho ou outras partes para gerenciar os riscos e aumentar
a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos serão alcançados. A
administração planeja, organiza e dirige a execução de ações suficientes para
prover razoável certeza de que os objetivos e metas serão alcançados".
São diversos tipos de estrutura de controles internos, o mais difundido
deles e o mais importante para concursos, pois é cobrado expressamente e
veremos na próxima aula, é o modelo COSO. Mas além dele, há outros
modelos de sistema de controle interno, como o canadense CoCo, os ingleses
TurnBull Report e o Cadbury Committee, e o COBIT, a estrutura mais
conhecida para controles de TI.
Como veremos o assunto com profundidade na próxima aula, vou me
limitar a essas informações por enquanto ok? Aguarde as cenas dos próximos
capítulos.
Controle preventivo
Podemos dizer que os controles preventivos compreendem o conjunto
de mecanismos e procedimentos utilizados para analisar as operações antes
de sua autorização ou de seu começo, com o fim de determinar a veracidade,
legalidade e/ou conformidade das operações.
Estes controles garantem que antes de uma ação começar, por
exemplo, tenha sido feito o orçamento de Recursos Humanos, de materiais e
recursos financeiros que serão necessários. Além dos orçamentos, podemos
citar outro exemplo de controle preventivo, a programação, pois estas
atividades preliminares ajudam na conformidade das operações futuras.
O controle preventivo normalmente é realizado pela própria
organização, como parte de seu sistema de controlo interno. Por esta razão,
muitos doutrinadores dizem que o controle preventivo é sempre interno. Eu
diria que ele é essencialmente interno, mas não exclusivamente. Uma sabatina
do Senado Federal sobre a indicação de Ministros do STF é um exemplo de
controle externo preventivo. Fique atento!
Controle concomitante
Os controles concomitantes ou simultâneos são aqueles feitos
durante o desenvolvimento de uma atividade. O mais conhecido desse tipo de
controle é a supervisão direta. Assim, um supervisor observa as atividades dos
trabalhadores, e pode corrigir as situações problemáticas assim que
aparecerem. Os sistemas de computadores se utilizam muito deste tipo de
controle, eles podem ser programados para dar ao operador uma resposta
imediata no caso de ocorrência de erro ou processamento equivocado de uma
informação.
Nesses casos, o sistema de controles simultâneos do sistema irá rejeitar
a ordem e indicarão onde está o erro. Legal não é?
Controle posterior
Os controles posteriores são aqueles que são feitos após a ação
controlada. Assim, são determinadas as causas de qualquer desvio ou violação
do plano original, da regra, em fim, do parâmetro de comparação. Os
resultados são aplicados em atividades futuras para que os erros não se
repitam. São bons exemplos deste tipo de controle as Auditorias Contábeis, a
auditoria operacional e as auditorias fiscais.
ATENÇÃO!
A INTOSAI não faz menção ao controle concomitante.
Quando estudarmos a Declaração de Lima, documento
importante que estabelece linhas gerais de auditoria
governamental da INTOSAI, vocês verão que eles
dispõem de dois momentos de controle: o prévio,
denominado de pré-auditoria e o posterior, chamado pós-
auditoria. Por enquanto fique com esse bizuzinho.
ATENÇÃO!
Observe que a atitude preventiva se refere ao aspecto moral e
não a atuação preventiva, como muitos alunos podem achar.
Assim como o aspecto intelectual se refere à atitude
profissional e não à atitude mental, segundo o autor. Não caia
Ética profissional
Relacionada mais aos aspectos morais do que legais, a ética
profissional do auditor exige dele um comportamento exemplar pautado na
honestidade e nos padrões morais que confiram credibilidade aos
trabalhos executados.
Aspecto Moral
Comportamento exemplar
ÉTICA
Honestidade
PROFISSIONAL
Credibilidade
Independência
Trata-se de um requisito de credibilidade sendo condição primordial para o
exercício da auditoria de modo a se obter de forma imparcial as evidências
necessárias ao seu julgamento e à formação de opinião do auditor. A
independência deve orientar o trabalho do auditor na busca pela verdade e
se desviando de interesses, conflitos e vantagens indevidas que possam
aparecer. Por isso há alguns impedimentos ao exercício da auditoria que o
candidato deve se atentar. Segundo a NBC PA 290, os conceitos sobre a
independência devem ser aplicados de forma a:
Identificar ameaças à independência;
Avaliar a importância dessas ameaças identificadas;
Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar essas ameaças
ou reduzi-las a um nível aceitável;
Declinar do trabalho no caso de não eliminar ou reduzir essas ameaças
a um nível aceitável.
Ainda segundo a Norma, não basta o auditor ser independente, devendo
também aparentar ser independente. Assim também está no Código de
Ética do Contabilista. Veja como está disciplinado na NBC PA:
I) independência de pensamento - Postura mental que permite expressar
opinião sem ser afetado por influências que comprometam o julgamento
profissional, permitindo que à pessoa agir com integridade, objetividade e
ceticismo profissional.
II) aparência de independência - Evitar fatos e circunstâncias significativos
a ponto de um terceiro com experiência, bom senso e conhecimento de todas
as informações pertinentes, concluiria dentro do razoável que a integridade, a
objetividade ou o ceticismo profissional da firma de auditoria ou de membro
da equipe de auditoria fossem comprometidos.
Ser imparcial
Buscar a verdade
INDEPENDÊNCIA nas
Livre de interesses
ações e na aparência
Evitar conflitos
Vínculos empregatícios
O auditor perde a
independência Interesses particulares ou de clientes
quando:
Sofre intimidações
Autorrevisão
Integridade
O auditor deve ser íntegro em todos os seus compromissos, tanto
em relação ao auditado, quanto em relação ao público em geral, partes
interessadas e aos seus pares (entidade de classe a qual pertença).
Em relação à empresa auditada o auditor deve ser íntegro quanto às
suas exposições e opiniões, quanto aos serviços prestados, inclusive na
cobrança de honorários profissionais.
Em relação ao público geral e a terceiros interessados o auditor deve
transmitir veracidade, validando as informações contidas nas demonstrações
quando refletirem a realidade ou expondo as divergências quando existirem.
Finalmente, em relação à entidade de classe a qual pertença, o auditor
deve ser leal com seus concorrentes de classe, inclusive não concedendo
benefícios financeiros ou redução drástica de honorários que ponham em risco
os objetivos do trabalho.
O auditor poderá ser responsabilizado por ato de descrédito quando, no
desempenho de suas funções:
Eficiência
O serviço de auditoria precisa ser estabelecido mediante uma
abrangência técnica adequada, estimando-se quando possível o prazo
para sua conclusão, a extensão dos trabalhos e o momento de obtenção das
provas.
O auditor só deve emitir opinião ou dar informações quando o exame
assim o permitir e houver condições para fazê-lo. Sua opinião deve ser
objetiva e clara, apresentando as razões para se chegar àquela conclusão.
Por isso que os auditores independentes, por exemplo, podem se abster de
dar opinião. Veremos em momento oportuno que isso se dá quando as
circunstâncias não permitirem ao auditor obter informações suficientes e
adequadas para formar sua opinião.
Um relatório de auditoria é eficiente quando atende aos
objetivos de auditoria por meio de padrões técnicos adequados,
redigidos com clareza e objetividade.
EFICIÊNCIA
Confidencialidade
É o requisito que proíbe o auditor de fornecer informações sigilosas da
entidade auditada a terceiros. Esse sigilo se dá na relação entre auditor e
auditado, entre os próprios auditores, na relação entre auditores e órgãos
fiscalizadores e reguladores, e entre auditores e terceiros, devendo observar
os seguintes aspectos:
a) Não pode divulgar fora da firma de auditoria ou da organização
empregadora informações sigilosas obtidas em decorrência de
relacionamentos profissionais e comerciais, sem estar prévia e
especificamente autorizado por escrito pelo cliente;
b) Não pode usar as informações obtidas em decorrência desses
relacionamentos profissionais e comerciais para obter vantagens
pessoais para si ou para outrem;
O sigilo deve ser mantido mesmo após o término das relações profissionais
com o cliente ou empregador.
Julgamento profissional
É o requisito usado no planejamento e execução da auditoria.
Trata-se de aspecto bem subjetivo que envolve competência e experiência
profissional necessário especialmente nas decisões sobre:
• materialidade e definição do risco de auditoria;
JULGAMENTO
PROFISSIONAL evidência suficiente e adequada
Subjetivo quanto à
Conclusões da auditoria
Competência profissional
O auditor deve possuir a competência técnica necessária para
executar o serviço a que foi contratado. Essa competência inclui conhecimento
de auditoria propriamente dito e conhecimento da legislação específica
pertinente a área da entidade auditada.
Desse modo, o auditor antes de assumir os trabalhos deve ter um
conhecimento prévio mínimo sobre a auditada de modo a identificar e
compreender as atividades realizadas, avaliar a estrutura organizacional e a
complexidade de suas operações. Apenas depois desta análise, poderá
aceitar ou rejeitar o trabalho baseado na sua competência profissional.
O CFC, por exemplo, exige o Exame de competência profissional para
registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes - CNAI, que por
Zelo profissional
O auditor deve ser cuidadoso no exercício de sua profissão. Este zelo
compreende o manuseio dos papeis de trabalho, o contato com auditado e
com terceiros. Inclui a proficiência (conhecimento, habilidades e outras
competências) e o devido cuidado profissional.
As normas costumam trazer este requisito junto com a competência,
como a NBC PA 01, que chama de “competência e zelo profissional”. De fato
são complementares, costumo dizer que o zelo profissional é o somatório de
competência com o cuidado nos trabalhos.
Educação continuada
Considerado requisito de qualidade, o auditor deve se manter
atualizado sobre sua área de atuação, ampliando conhecimento por meio de
educação permanente, atentando principalmente às normas que regem o
exercício da atividade de auditoria e as que regem o objeto da auditoria.
O auditor independente tem seu programa de educação continuada
regulamentada pelo CFC. O auditor interno membro do IIA, tem sua regulação
própria feita por esta instituição.
Realmente, até para dar mais credibilidade à sua opinião, o auditor deve
estar sempre bem informado e capacitado. Não é muito legal o auditor
fundamentar sua opinião em uma norma superada, por exemplo. Nem
cometer erros considerados primários na aplicação de seus trabalhos.
Infelizmente ainda acontece muito na administração pública pessoal, inclusive
entre auditores, infelizmente!
Ceticismo profissional
Também é considerado requisito essencial do auditor que deve planejar
e executar sua auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem
existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações
contábeis, por exemplo.
Deve ser empregado o ceticismo em todo o trabalho de auditoria,
buscando reduzir os riscos de generalização excessiva de conclusões baseadas
em observações de auditoria, bem como de ignorar circunstâncias não usuais
que possam prejudicar a determinação da natureza, época e extensão dos
trabalhos de auditoria, influenciando na avaliação dos resultados.
O ceticismo profissional inclui uma mente questionadora e estar
alerta, por exemplo, a:
• confrontos de evidências de auditoria. Ocorre quando algumas
evidências de auditoria contradizem outras evidências obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas às indagações a serem usadas como evidências
de auditoria;
• condições que possam indicar possíveis fraudes.
NBC TA 200
A referida norma informa que os princípios fundamentais de ética
profissional são relevantes para o auditor quando da condução de auditoria
das demonstrações contábeis e estão implícitos no Código de Ética Profissional
do Contabilista, que fornece estrutura conceitual para a aplicação desses
princípios. São eles competência e zelo profissional, integridade,
confidencialidade, conduta (comportamento) e objetividade. Esses princípios
também estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo
cumprimento é obrigatório dos auditores.
Segue um mnemônico para facilitar. Os flamenguistas vão gostar:
- para a NBC TA, os princípios fundamentais da ética profissional são a “ética
de ZICCCO”. Lembrando que a norma considera Competência e Zelo como um
só princípio, mas já vimos que a FCC, por exemplo, não pensa bem assim.
Z = Zelo Profissional e Competência
I = Integridade
C = Competência e Zelo profissional
C = Confidencialidade
C = Conduta
O = Objetividade
(E) oportunidade.
Resolução
Para as Normas Brasileiras de Contabilidade só tem ZICCCO.
Integridade é o único princípio presente entre as alternativas.
Gabarito 11: A.
ATENÇÃO!
ROTAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
A NBC PA 290 editou norma visando impedir o risco de perda
da objetividade e do ceticismo profissional, o prejudicaria a
imparcialidade na avaliação pelo auditor, estabelecendo:
a) Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de
controle de qualidade a intervalos não superiores a 5 anos
consecutivos;
b) Intervalo mínimo de 2 anos para o retorno desses
responsáveis à equipe de auditoria.
Obs.: Essa determinação, segundo a Norma, vale apenas para
as entidades de interesse público que compreende às que
assim são definidas pela legislação, as companhias abertas ou
as que pela legislação são equiparadas às companhias abertas
para fins de auditoria independente (como as sociedades de
grande porte definidas pela Lei 11.638/07).
IN CGU n. 03/2017
A atuação dos auditores internos governamentais em conformidade com
princípios e requisitos éticos proporciona credibilidade e autoridade à
atividade de auditoria interna governamental.
4- Questões Comentadas
12- (CESPE) Analista/DPU – 2016 - Com base nas normas brasileiras
para o exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os itens
subsequentes. O principal objetivo do auditor interno é obter achados que
permitam fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria
aplicados.
Resolução
Veja o objetivo do auditor interno segundo a NBC TI 01:
A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com
enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade
agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio
da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.
Ainda não estudamos evidências e achados de auditoria, mas já temos
condições de resolver esta questão pelos conceitos passados de auditoria
interna, sempre voltada para agregar valor, independentemente de encontrar
algo errado (achados).
Gabarito 12: E
trabalhar (férias, licença etc) o serviço não poderá ser realizado, pois não
haveria pessoas competentes para atender ao escopo.
Gabarito 21: E
Resolução
A única alternativa que não demonstra uma atividade da auditoria interna é a
E. Não faz sentido um relatório de auditoria externa, que presume-se ser mais
independente, ser submetido à uma auditoria interna. Esta pode auxiliar a
auditoria externa no andamento dos trabalhos, o que não caracteriza espécie
de hierarquia ou submissão, apenas responsabilidade profissional de cada
uma.
Gabarito 28: E
(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
Resolução
O contexto desta questão nos parece que se deu em relação à perícia contábil.
Os dois último itens se referem à perícia e os dois primeiros à auditoria, logo a
letra A é o gabarito da questão.
Diferente da auditoria, a perícia é uma prova elucidativa dos fatos e possui
mais rigores metodológicos, uma vez que a auditoria é periódica e utiliza-se
de amostragem. A perícia repudia a amostragem como critério e tem caráter
de eventualidade, só trabalha com o universo completo e a opinião é
expressada com rigores de 1cem por cento de análise, enquanto que a
auditoria busca uma segurança razoável, sem certeza absoluta.
Veja esta tabela comparativa do Prof.: Wilson Zappa, CRC/PR:
Gabarito 39: A
O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos
padrões de auditoria e de ética, considere os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta
profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio
(A) da neutralidade politica.
(B) da objetividade.
(C) da aparência.
(D) do conflito de interesse.
(E) de integridade.
Resolução
De acordo com a INTOSAI, a integridade constitui o valor central do Código
de Ética. Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir
normas elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu
trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas.
Gabarito 46: E
5- Lista de exercícios
1- (FGV) Auditor - ISS/Recife - 2014
O auditor, ao expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.
estrangeiras e internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária
6- Gabarito
7- Referencial Bibliográfico
ANEXO I
Requisitos Éticos
Os requisitos éticos representam valores aceitáveis e esperados em relação à
conduta dos auditores internos governamentais e visam promover uma cultura
ética e íntegra em relação à prática da atividade de auditoria interna.
Integridade e Comportamento
Os auditores internos governamentais devem servir ao interesse público e
honrar a confiança pública, executando seus trabalhos com honestidade,
diligência e responsabilidade, contribuindo para o alcance dos objetivos
legítimos e éticos da unidade auditada.
Os auditores devem evitar quaisquer condutas que possam comprometer a
confiança em relação ao seu trabalho e renunciar a quaisquer práticas ilegais
ou que possam desacreditar a sua função, a UAIG em que atuam ou a própria
atividade de auditoria interna governamental. 42. Os auditores internos
governamentais devem ser capazes de lidar de forma adequada com pressões
ou situações que ameacem seus princípios éticos ou que possam resultar em
ganhos pessoais ou organizacionais inadequados, mantendo conduta íntegra e
irreparável.
Os auditores internos governamentais devem se comportar com cortesia e
respeito no trato com pessoas, mesmo em situações de divergência de
opinião, abstendo-se de emitir juízo ou adotar práticas que indiquem qualquer
tipo de discriminação ou preconceito.
Ao executar suas atividades, os auditores internos governamentais devem
observar a lei e divulgar todas as informações exigidas por lei e pela profissão.
Sigilo Profissional
As informações e recursos públicos somente devem ser utilizados para fins
oficiais. É vedada e compromete a credibilidade da atividade de auditoria
interna a utilização de informações relevantes ou potencialmente relevantes,
obtidas em decorrência dos trabalhos, em benefício de interesses pessoais,
familiares ou de organizações pelas quais o auditor tenha qualquer interesse.
O auditor deve manter sigilo e agir com cuidado em relação a dados e
informações obtidos em decorrência do exercício de suas funções. Ao longo da
execução dos trabalhos, o sigilo deve ser mantido mesmo que as informações
não estejam diretamente relacionadas ao escopo do trabalho.
O auditor interno governamental não deve divulgar informações relativas aos
trabalhos desenvolvidos ou a serem realizados ou repassá-las a terceiros sem
prévia anuência da autoridade competente
As comunicações sobre os trabalhos de auditoria devem sempre ser realizadas
em nível institucional e contemplar todos os fatos materiais de conhecimento
do auditor que, caso não divulgados, possam distorcer o relatório apresentado
sobre as atividades objeto da avaliação.