Sunteți pe pagina 1din 95

Aula 00

Matéria: Auditoria Governamental – CGE-CE


Professor: Hamon Stelitano
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

APRESENTAÇÃO

Olá, amigos e amigas! Tudo bem?

Que imensa satisfação poder compartilhar um pouco do nosso


conhecimento com vocês por meio dessa equipe fantástica e competente do
Exponencial, da qual me sinto muito honrado em participar!
Bom, como quase todos os mestres do Exponencial, também estive ai
do outro lado, “queimando pestanas” para ingressar em um bom cargo público
que me proporcionasse segurança, satisfação profissional e pessoal, além de
carga horária justa e bom salário. Esses eram meus principais objetivos, são
parecidos com os seus?
Antes de iniciarmos nossa jornada me permita fazer uma breve
apresentação, afinal é o objetivo do tópico : meu nome é Hamon Stelitano,
sou Auditor Governamental da Controladoria Geral do Estado do Piauí -
CGE/PI, eu sou economista formado pela UFPE e pós-graduado em MBA em
gerência contábil e Controladoria pelo IBPEX, cursando Mestrado em Auditoria
e Gestão Empresarial pela FUNIBER, membro do Instituto dos Auditores
Internos do Brasil, vinculada a instituição internacional The Insitute of Internal
Auditors ou IIA Global e Presidente da Associação dos Auditores
Governamentais.
Minha trajetória nos concursos públicos começou por acaso no início dos
anos 2000 quando procurei emprego, na verdade estágios, e simplesmente
não lograva êxito. Era época de faculdade e eu particularmente não acreditava
muito em concursos, achava que era tudo “arrumadinho”, sem transparência e
sem credibilidade.
Foi quando um colega de faculdade passou no concurso do Banco do
Brasil e de repente, aquele “nerd” todo desajeitado agora andava todo
“posudo”, bem vestido, cheio da grana e isso me despertou interesse, porém
pensei: esse é o maior CDF, o cara estuda muito, por isso conseguiu, mesmo
com “cartas marcadas” ele conseguiu, mas não dá pra mim. Em seguida outro
colega foi aprovado, esse com perfil totalmente diverso, apesar de já ser pai
de família, dava pinta de que não queria nada com a vida, desleixado,
tranquilo... Que nada, depois descobri que ele era muito responsável e mesmo
sem nunca ter sido um grande aluno, resolveu um dia encarar de frente os
estudos e se preparar para concursos.
Dai pessoal e antes de prosseguir, eu tirei a primeira conclusão sobre
concursos e passo aos senhores: concurso público não seleciona o mais
inteligente, ou o mais rico, o solteiro sem filhos, o desempregado com tempo
sobrando, a mais bonita... não. Concurso seleciona os mais preparados,
intelectualmente e emocionalmente naquele determinado momento, e para
chegar nesse nível independe de condição social, tempo disponível, se é

Prof. Hamon Stelitano 2 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

casado ou solteiro, se tem ou não filhos. Depende essencialmente do esforço,


organização e perseverança de cada um. É claro que essas e outras variáveis
afetam, por exemplo, se você tiver condições de estudar 8 horas por dia com
qualidade, certamente vai chegar em um nível de aprovação mais rápido do
que quem tem menos tempo, mas o que eu quero dizer é que já vi aprovação
de jovens, idosos, solteiros, pais de famílias com quatro filhos, casais etc. É
muito democrático, basta querer.
Voltando a minha apresentação, passei a acreditar nas seleções e
prestei concurso para o IBGE e a Caixa Econômica Federal, tendo sido
aprovado e trabalhado em ambos. Neste último estava satisfeito e cheguei a
dedicar oito anos da minha vida profissional. No entanto, já formado em
economia, vi algumas portas de promoções serem fechadas para mim e resolvi
tentar voos maiores em cargos mais relevantes. Escolhi auditoria fiscal
inicialmente, mais especificamente para o fisco estadual de Pernambuco,
concurso que só viria a acontecer em 2014.
Antes descobri e me apaixonei pela área de controle. Um dos primeiros
concursos que prestei nesta área foi justamente o que estou trabalhando
atualmente. O certame da CGE/PI ocorreu em 2007, sendo nomeado em 2011
no apagar das luzes, mesmo sem ter tido uma preparação adequada. Para
vocês terem uma ideia, esta matéria que hoje leciono, havia estudado errado,
estudei auditoria independente e a prova trouxe expressões que parecia grego
para mim. Mais uma lição: estude atentamente o edital e se prepare com
materiais adequados como os do exponencial.
A terceira e talvez a mais importante dica que eu passo é acredite em
você. Você pode ser aquele CDF por um momento, basta se preparar com
foco e material adequado. Todos podem passar. É sério!
Em resumo, além dos já mencionados fui aprovado nos seguintes
concursos: Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia da
Aneel, concurso nacional em que obtive o 1° lugar da minha área; Auditor das
Contas Públicas da CGE/PB; Analista de Controle Externo do TCE/CE; Analista
de Planejamento Orçamento e Finanças Públicas - APOFP da Secretaria de
Fazenda de São Paulo; Analista em Gestão Administrativa da Secretaria de
Administração de Pernambuco, entre outros.
Então nobres leitores, há mais de oito anos trabalhando e me
capacitando nesta área de auditoria governamental, realizando cursos como
licitações internacionais pelo Banco Mundial - BIRD, auditoria interna,
auditoria operacional, capacitações do IIA, entre outros, participando de
exercícios conjuntos com instituições de controle como TCU, CGU, TCE/PI e
MPs, proferindo palestras e ministrando aulas em cursos preparatórios para
concursos em Teresina, e principalmente por ter estudado muito para
concursos como você está fazendo agora, é que me sinto capacitado em
compartilhar meus conhecimentos com os senhores. É! Como falei no início,
há pouco tempo eu estava ai do outro lado e sei como é ser concurseiro, o

Prof. Hamon Stelitano 3 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

profissional de concursos públicos. É assim que você deve encarar os estudos,


com profissionalismo!
A nossa didática será direcionada para o desenvolvimento da teoria
intercalado com questões comentadas à medida que os temas forem sendo
apresentados, de modo a unir a teoria e a prática de prova, fazendo com que
você tenha uma visão completa do assunto. Também fazemos usos de
esquemas para ajudar na memorização e associação dos assuntos.
Isso ajuda muito na preparação, já que o estudo somente da teoria
pode se tornar cansativo, com muitos detalhes que acabam por confundir o
aluno.
No intuito de facilitar o aprendizado, as questões serão selecionadas de
modo que a teoria seja bem entendida após a sua resolução.
Durante a exposição da teoria, todas as questões apresentadas serão
comentadas.
Além disso, no final de cada aula, serão propostas ao menos 30
questões para que você as resolva, proceda à correção pelo gabarito e revise
através dos comentários apresentados no final. Isto significa que nosso curso
será composto de teoria + aproximadamente 350 questões comentadas.
A nossa disciplina passou por mudanças, desde o final de 2009, quando
o Conselho Federal de Contabilidade – CFC promoveu uma profunda
modificação na estrutura das Normas Brasileiras de Auditoria e publicou
diversas resoluções, no intuito de alinhar as disposições brasileiras com os
padrões internacionais ditados pela International Federation of Accounting –
IFAC. Vamos estudar as contempladas nos últimos editais, acrescentado das
normas mais recentes e trazer questões de diversas bancas para melhor
entendimento, especialmente da CESPE que normalmente é a organizadora do
certame. Para isso, nosso curso será dividido em nove aulas, incluindo esta
aula demonstrativa, que trataremos dos conceitos iniciais da matéria para
introdução e melhor assimilação. Se precisar, acrescentaremos mais uma aula.
Contem conosco nessa jornada! Estarei à disposição no Fórum tira-
dúvidas.

Edital, histórico e análise das provas


Auditoria Governamental para o CGE CE

Conforme a segunda dica mencionada acima, você deve estudar


atentamente o edital. Como a banca deverá ser o CESPE, vamos focar em
exercícios dela, segundo as últimas provas.
Na tabela abaixo elaboramos um Raio-X das últimas provas do CESPE
sobre a nossa matéria. Vejamos.

Prof. Hamon Stelitano 4 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

TCM- TCE- TCU


BA PR
ASSUNTO

2018 2016 2015 Total

Introdução, Estrutura das NBC, Conceitos Gerais, Termos dos


0
Trabalhos e Trabalhos iniciais

Normas Profissionais do Auditor 2 2 4

Governança no setor público 1 1

Auditoria e controle Interno, inclusive COSO e IIA 1 2 3

Materialidade e Relevância 1 1

Risco de Auditoria 1 1

Evidências e achados de auditoria 2 1 1 4

Fraude e erro 0

Planejamento 1 1 1 3

Documentação de Auditoria (papéis de trabalho) 1 1 1 3

Amostragem 0

Testes de auditoria 1 1

Técnicas e procedimentos 1 1

Instrumentos de fiscalização 2 1 3

Comunicação dos resultados, Relatório (Opinião) do Auditor 1 1 1 3

Tipos de auditoria 1 2 3

Auditoria independente 0

Controle externo e Normas do Intosai 2 1 3

Monitoramento, supervisão e controle de qualidade 1 2 1 4

Outros 1 1 2

Observem que os assuntos são bem distribuídos nas provas, de


modo que não há um assunto específico que devemos focar. Temos
que formar um bom entendimento de todas as passagens, pois todas
podem ser cobradas.

Prof. Hamon Stelitano 5 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Saindo o edital,


nós iremos atualizar o material, se necessário.

Aula Conteúdo
00 Definições e conceitos iniciais de auditoria e controle.
01 Governança no Setor Público e Controle Interno segundo COSO.
02 Planejamento de Auditoria.
03 Execução de Auditoria.
04 Comunicação dos resultados (relatórios de auditoria),
monitoramento, supervisão e controle de qualidade.
05 Normas de Auditoria da Intosai
06 Normas de Auditoria do IIA e da CGU.
07 NBASP – Normas Brasileiras Aplicada ao Setor Público
08 NBC TSP – Estrutura Conceitual (Entidades do Setor Público)
09 Destaques da Auditoria Independente - NBC
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial,
na página do curso.

Qualquer novidade do edital será alterado e contemplado no


nosso curso com a maior brevidade possível, de modo que você não se
prejudique e tenha uma excelente preparação!

Podemos começar?

Prof. Hamon Stelitano 6 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Aula – Definições e conceitos iniciais de auditoria e controle.

1- O Que é Auditoria? Como surgiu? .................................................... 8


1.1- Classificações importantes .................................................................................................... 13
1.1.1- Auditoria Interna X Auditoria Externa............................................................................ 13
1.1.2- Auditoria Governamental X Auditoria Privada. ............................................................. 18
1.1.3- Auditoria de Regularidade X Auditoria Operacional. ..................................................... 27
2- O que é controle? .......................................................................... 33
2.1- Classificações importantes. ................................................................................................... 36
2.1.1- Controle Interno X Controle Externo. ............................................................................ 36
2.1.2- Classificação quanto ao momento do controle. ............................................................ 40
2.1.3- Controle Social. .............................................................................................................. 41
3- Normas da pessoa do auditor ........................................................ 43
3.1- Requisitos do auditor. ........................................................................................................... 44
4- Questões Comentadas ................................................................... 56
5- Lista de exercícios ......................................................................... 77
6- Gabarito ........................................................................................ 90
7- Referencial Bibliográfico................................................................ 90

Lista de imagens usadas nesta aula.


FIGURA 1 – ESQUEMA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA 9
FIGURA 2 – ESQUEMA DO QUE NÃO É OBJETIVO DO AUDITOR 13
FIGURA 3 – ESQUEMA DA AUDITORIA INTERNA SEGUNDO IIA 14
FIGURA 4 – COMPARATIVO ENTRE AUDITOR INTERNO E EXTERNO 17
FIGURA 5 – F LUXO DO OBJETIVO DA AUDITORIA INDEPENDENTE (A UTOR: L UCAS SALVETTI) 19
FIGURA 6 – C LASSIFICAÇÃO DE A UDITORIA GOVERNAMENTAL PELA ANTIGA IN 01/01. 21
FIGURA 7 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DE GESTÃO 23
FIGURA 8 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO 23
FIGURA 9 – ESQUEMA DA AUDITORIA CONTÁBIL 23
FIGURA 10 – ESQUEMA DA AUDITORIA OPERACIONAL 24
FIGURA 11 – ESQUEMA DA AUDITORIA ESPECIAL 24
FIGURA 12 – ESQUEMA DAS FORMAS DE EXECUÇÃO DE AUDITORIA PELA IN 01/01. 26
FIGURA 13 – C LASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL QUANTO À NATUREZA . 30
FIGURA 14 – TABELA COMPARATIVA ENTRE A UDITORIA DE R EGULARIDADE E OPERACIONAL . 32
FIGURA 15 – ESQUEMA FISCALIZAÇÃO COFOP 34
FIGURA 16 – ESQUEMA LALER DA FISCALIZAÇÃO COFOP 35
FIGURA 17 – ESQUEMA GAGAU PARA QUEM MEXEU COM RECURSOS PÚBLICOS 35
FIGURA 18 – ESQUEMA DA ÉTICA PROFISSIONAL 44
FIGURA 19 – ESQUEMA DA INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR 46
FIGURA 20 –ESQUEMA DA PERDA DE INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR 47
FIGURA 21 – ESQUEMA DA INTEGRIDADE DOS AUDITORES 48
FIGURA 22 – ESQUEMA DA EFICIÊNCIA DOS AUDITORES 49
FIGURA 23 – ESQUEMA DO JULGAMENTO PROFISSIONAL DOS AUDITORES 50
FIGURA 24 – M NEMÔNICO DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DO AUDITOR PELA NBC TA 53

Prof. Hamon Stelitano 7 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Nesta aula introduziremos a disciplina de forma didática para


familiarizar os novatos e recordar os veteranos, abordando conceitos iniciais
da matéria. A lista de imagens serve para facilitar suas revisões quanto às
tabelas, gráficos, figuras e mnemônicos. Vamos lá?

1- O Que é Auditoria? Como surgiu?


Auditar é investigar, examinar as atividades desenvolvidas em uma
instituição ou setor para verificar se estão dentro de uma normalidade, se
estão atendendo a um parâmetro pré-estabelecido. A palavra auditoria deriva
do latim Audire, que significa “ouvir”. Então o profissional de auditoria ouve,
observa, analisa uma situação em concreto e a compara com uma situação em
abstrato, os parâmetros que podem ser legais, de desempenho,
principiológicos etc. Posteriormente vamos agregar termos mais técnicos ok?
Neste momento desejamos que você entenda a lógica da matéria e
como surgiu, sua evolução, para seguirmos com os assuntos do edital.
Em auditoria não se pode falar em certificar ou atestar com 100% de
certeza sobre os resultados decorrente dos trabalhos, não há garantia
absoluta nas conclusões de auditoria. Isto não é ruim, muito pelo
contrário, esta garantia absoluta seria muito cara e talvez sequer possível.
Normalmente trabalhamos por amostragem, técnica estatística fundamental
para nossa profissão e que vamos estudar com mais detalhes oportunamente.
Veja a importância do que estou falando na forma deste exemplo:
Imagine uma indústria com patrimônio de R$ 2 bilhões e toda
sua complexidade organizacional, fluxos de processos,
quantidade de pessoal, sistemas de informação, controle de
produção e de estoques entre outras. Agora imagine você,
auditor, ter que se ater a cada real! O custo benefício de se
controlar tudo (100%) não é compensatório, se quer viável. Na
mesma linha de pensamento, não é nada inteligente você
preparar uma estrutura de controle que custasse R$ 100 mil
todo ano, objetivando corrigir distorções que provoquem
prejuízos mensais de R$ 2 ou R$ 3 mil. Definitivamente não
compensaria.
É importante também você entender a evolução da auditoria, que surgiu
da necessidade decorrente da evolução do capitalismo, qual seja a
necessidade de as empresas captarem recursos externos para se desenvolver
e crescer. Dessa forma, as empresas anteriormente pequenas, muitas delas
familiares, precisaram abrir seu capital a investidores, obter empréstimos
bancários, em fim, adquirir recursos de terceiros para financiar suas
atividades.
Esses terceiros, por sua vez, precisam saber onde estão pondo seu
dinheiro ou a quem estão emprestando, precisam confiar nas informações
patrimoniais prestadas pela empresa. Esta vai apresentar suas demonstrações

Prof. Hamon Stelitano 8 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

contábeis, mas você confiaria nessas informações? Não seria no mínimo


suspeito?
Agora se outra pessoa física – PF ou jurídica - PJ, de reputação ilibada e
sem interesse particular na empresa, analisasse esses demonstrativos e
emitisse uma opinião imparcial, obviamente cobrando um preço justo pelos
serviços, não seria interessante? Uma opinião independente que
demonstrasse a real situação da empresa! Você não se sentiria mais seguro
em investir ou emprestar dinheiro a esta instituição? Dai surgiu a figura dos
auditores independentes, PF ou PJ. Pessoas responsáveis por dar segurança de
que as informações apresentadas pelas entidades mereçam fé, são fidedignas
e representam sua real situação patrimonial, financeira e econômica.

Auditoria Investidores necessitam de opinião isenta


Surge com
enfoque
contábil garantem 100%
decorrente da Auditores
evolução do
capitalismo NÃO atestam viabilidade
futura

FIGURA 1 – ESQUEMA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA

Então uma auditoria independente deve ser executada por profissionais


isentos em relação às empresas auditadas, objetivando fornecer uma opinião
imparcial aos usuários. Quando o objeto que demanda a opinião for as
demonstrações contábeis (ainda chamada pelas normas de demonstrações
financeiras), trata-se de auditoria independente das demonstrações contábeis
ou simplesmente auditoria contábil, que é uma das quatro técnicas da
contabilidade, lembra? As outras são escrituração, demonstrações financeiras
e análises dos demonstrativos (análises de balanços).
Percebe-se que a auditoria surgiu realmente com enfoque contábil e
posteriormente seu campo de atuação foi se ampliando, incluindo análise da
legalidade para verificar a existência de desconformidades em relação aos
aspectos legais, normativos ou regulamentares, e posteriormente chegou ao
nível atual, em que algumas auditorias são focadas para análise da eficiência
da gestão.
No Brasil, segundo William Attie, as principais influências que
possibilitaram o desenvolvimento da auditoria foram:
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades
internacionais;

Prof. Hamon Stelitano 9 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de


descentralização e diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do
Brasil em 1972; e
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades
por Ações.

Esses fatores apontados pelo autor têm basicamente a mesma


motivação que fez com que a contabilidade brasileira se adequasse às normas
internacionais. Investidores estrangeiros precisavam entender e confiar nos
demonstrativos brasileiros para por seu capital aqui. As empresas brasileiras,
por sua vez necessitavam de capital externo para ampliar seus negócios. Uma
das melhores formas de obter esses recursos é via mercado de capitais,
tornando-se uma SA e vendendo ações da empresa. Naturalmente este
desenvolvimento do mercado de capitais foi acompanhado da modernização
das legislações, na qual o autor destaca as normas do BACEN, CVM e a Lei
6.604/76, conhecida como Lei das SAs.
Vamos lá, é importante que o aluno saiba as principais fontes de estudo
da matéria e as apresento agora:
i) Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC do Conselho
Federal de Contabilidade - CFC, que foram atualizadas para se adequar
às normas internacionais. São aprovadas por meio de Resoluções do
CFC e são compreendidas pelas Normas Técnicas (NBC TA) e Normas
Profissionais (NBC PA). As que vamos mais estudar são a NBC TA 200,
NBC PA, NBC TI 01(Auditoria Interna) e a NBC TAG (de auditoria
governamental);
ii) NAT - Normas de auditoria do TCU (Portaria-TCU nº
280/2010). São normas principiológicas, de planejamento, de execução
e de elaboração de relatório de auditoria;
iii) ISSAI – Normas da INTOSAI (ISSAIs 100, 200, 300 e 400).
INTOSAI é uma entidade internacional autônoma, independente e
apolítica, responsável por emitir normas e regulamentos que orientam
as atividades e procedimentos de auditoria governamental. Veremos o
Código de ética e Princípios Fundamentais;
iv) Normas Internacionais de Auditoria Interna do IIA
(Institute of Internal Auditors), como independência, proficiência e zelo
profissional. Trata-se de uma instituição internacional sem fins
econômicos que busca fornecer liderança dinâmica da profissão global
de Auditoria Interna. Sua sede é na Califórnia, EUA e no Brasil é
representada pelo IIA Brasil.;

Prof. Hamon Stelitano 10 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

v) Normas de Auditoria Governamental, NBASP e as instituídas


pela IN CGU n. 03/2017 e Normas de Controles internos, gestão de
riscos e governança no âmbito do Poder Executivo Federal, instituída
pela IN Conjunta MP/CGU n. 01/2016.

Apresentada essas principais fontes, vamos à definição dada pela NBC


TA 200 para os objetivos da auditoria independente:

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas


demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante
a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião
expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. A auditoria conduzida
em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes
capacita o auditor a formar essa opinião.
Observe como se encaixa na introdução que apresentamos sobre
opinião isenta para aumentar a confiança na informação por parte dos
usuários!

DESTAQUE
Alguns pontos da definição merecem destaque:
a) O objetivo é voltado para os usuários das
demonstrações: investidores, governo, credores como
bancos comerciais etc. Estes precisam ter mais confiança
nas informações contidas nesses demonstrativos;
b) A auditoria só se preocupa com aspectos relevantes.
c) Verifica se as estruturas dos relatórios são aceitas do ponto
de vista legal e definições do Conselho Federal de
Contabilidade – CFC (em conformidade com uma estrutura
de relatório financeiro aplicável);
d) Norma antiga falava em Parecer, a nova em Opinião. Na
prática as duas expressões são aceitas e podem ser
cobradas em prova, assim como Relatório.

Prof. Hamon Stelitano 11 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

1- (FGV) Auditor - ISS/Recife - 2014


O auditor, ao expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.
Resolução:
Tal qual como vimos na definição da NBC TA 200 para os objetivos da
auditoria independente: aumentar o grau de confiança dos usuários nas
demonstrações contábeis. Logo o gabarito é a alternativa D.
Gabarito 1: D

ATENÇÃO
Para fins de concurso, é importante que o candidato saiba
também o que NÃO É objetivo do auditor, pois cai bastante em
prova:
- elaborar os demonstrativos. Esta é de responsabilidade da
empresa auditada;
- identificar erros e fraudes. Apesar de o auditor ter que
estar atento às suas existências, a responsabilidade pela
prevenção e detecção dos erros e fraudes é da administração
da empresa auditada. Fique atento, não caia nesta pegadinha;
- certificar, atestar ou garantir a integridade das
informações contábeis. O auditor não pode garantir 100%
que os demonstrativos estão livres de distorções relevantes,
apenas razoável segurança;
- assegurar viabilidade futura da entidade. Mesmo que o
auditor conclua que não encontrou distorção relevante que
comprometa as demonstrações analisadas, isso não é igual a

Prof. Hamon Stelitano 12 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

afirmar que a empresa continuará em pleno funcionamento,


sem possibilidades de interrupção futura. Este risco continuará
existindo em qualquer atividade.
- aprovar relatório de auditores independentes. Este não
é um objetivo dos auditores internos.

Elaborar
demonstrativos

Assegurar Não é
Identificar
viabilidade objetivo
erros e
futura da do
fraudes
entidade AUDITOR

Garantir
100% das
informações

FIGURA 2 – ESQUEMA DO QUE NÃO É OBJETIVO DO AUDITOR

1.1- Classificações importantes


Vamos ver rapidamente algumas das classificações mais cobradas em
prova. É importante também para seu discernimento sobre a matéria.

1.1.1- Auditoria Interna X Auditoria Externa.


É uma classificação importante e bem intuitiva, divide a auditoria em
dois grandes grupos. Auditoria é classificada como externa quando o executor
responsável não pertence à instituição auditada. Diferente da auditoria interna
que é executada pela própria organização como parte de seu controle interno.
A auditoria interna é mais ampla, podendo ser não apenas um serviço
de avaliação (assurance), como também de consultoria, melhorando o
gerenciamento dos riscos, adicionando valor à instituição auditada.
Já a auditoria externa tende a ser mais objetiva e também mais
independente, pois o vínculo com a auditada é apenas profissional e não
empregatício.
Percebe-se que a principal diferença entre auditoria interna e externa é
de fácil dedução: interna é realizada por auditores dentro da instituição

Prof. Hamon Stelitano 13 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

auditada (empregados da empresa) e externa realizada por terceiros


contratados para isso (prestadores de serviços).

Veja algumas definições de auditoria interna:


- Segundo o IIA, a auditoria interna é uma atividade independente e
objetiva que presta serviços de avaliação (assurance) e de consultoria
com o objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização. A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos por
meio de uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e
melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de risco, controle e
governança corporativa.
Observe que a Auditoria Interna é uma atividade de avaliação e
consultoria. Ele subsidia o gestor da entidade com informações
independentes e objetivas. A consultoria consiste em opiniões com
recomendações aos gestores, sempre buscando agregar valor à instituição.
É uma atividade independente e objetiva. Os auditores devem ser os
mais independentes possíveis, mesmo sendo normalmente empregados da
empresa. A objetividade tem a ver com a imparcialidade na realização de
seus trabalhos.
É uma atividade que agrega valor a Cia, melhorando suas operações.
Os auditores devem conhecer bem os objetivos da empresa para auxiliá-la no
alcance de suas metas.
Auditoria interna ajuda a organização a atingir seus objetivos por meio
de uma abordagem sistemática e disciplinada. Suas análises buscam
melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos corporativos,
controle interno e governança.

AUDITORIA INTERNA (IIA)

Independente e objetiva

Avaliação ou consultoria

Adiciona valor à instituição

Abordagem sistemática e disciplinada

Gerencia risco, controle e governança

FIGURA 3 – ESQUEMA DA AUDITORIA INTERNA SEGUNDO IIA

Prof. Hamon Stelitano 14 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

A definição do IIA é moderna e completa, apesar de alguns autores


ainda não “engolirem” bem essa parte de consultoria. Normalmente são os
mais conservadores, mas assessoria é a essência do controle interno moderno,
que auxilia o gestor a atingir seus objetivos (em última análise na iniciativa
privada é obter lucro e na esfera governamental atender aos interesses do
Povo) via principalmente redução dos riscos, que nada mais são do que a
probabilidade de dar errado (objetivo da empresa ou do governo não ser
atingido).

- Segundo a IN CGU 03/17, a Auditoria Interna governamental – AIG é


uma atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria,
desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização. Deve buscar auxiliar as organizações públicas a realizarem
seus objetivos, a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e
disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de
governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos.
Qualquer semelhança com a definição anterior não é mera coincidência,
é inspiração mesmo. A definição de auditoria governamental pela nova IN da
CGU se baseou totalmente no IIA, como pode ser visto.

- Segundo a NBC TI 01, a Auditoria Interna compreende os exames, análises,


avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados
para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles
internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

- Segundo William Attie, auditoria interna é aquela exercida por funcionários


da própria empresa, em caráter permanente. Apesar de seu vinculo à
empresa, o auditor interno deve exercer sua função com absoluta
independência profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao
auditor externo, mas também exigindo da empresa o cumprimento daquelas
que lhe cabem. Ele deve exercer sua função com total obediência às normas
de auditoria e o vinculo de emprego não lhe deve tirar a independência
profissional, pois sua subordinação à administração da empresa deve ser
apenas com o aspecto funcional.

Agora vejamos algumas definições de auditoria externa:


- Segundo o INTOSAI, a auditoria não é um fim em si, e sim um elemento
indispensável de um sistema regulatório cujo objetivo é revelar
desvios das normas e violações dos princípios da legalidade,

Prof. Hamon Stelitano 15 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

eficiência, eficácia e economia na gestão financeira com a


tempestividade necessária para que medidas corretivas possam ter tomadas
em casos individuais, para fazer com que os responsáveis por esses desvios
assumam a responsabilidade por eles, para obter o devido ressarcimento ou
para tomar medidas para impedir, ou pelo menos dificultar, a ocorrência
dessas violações.
Observe que a INTOSAI não define auditoria externa em si, mas como
ela trata de auditoria externa governamental, podemos considerar.

- Segundo a NBC TA, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança


nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
Aqui também não temos uma definição para o que é auditoria externa,
apenas o seu objetivo. Mas guarde isso, é muito importante.

- Segundo William Attie, auditoria externa é aquela realizada por profissional


liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a entidade
auditada, e que poderá ser contratado para auditoria permanentemente ou
eventualmente.
É muito comum em questões você encontrar o termo auditoria externa
como sinônimo de auditoria independente. De fato, uma auditoria
independente das demonstrações contábeis é uma auditoria externa pela
classificação que acabamos de conhecer, mas evidentemente que há outras
auditorias externas que podem ser contratadas. Podemos citar vários
exemplos: auditoria externa de RH, de controle de estoques, auditoria para
verificar a correta aplicação de recursos públicos por meio de Termos de
Parcerias com OSCIPs (Art 15-B, IX da Lei 9.790/99) etc. Mas nosso foco é o
concurso não é? Então sejamos objetivos: trate como sinônimos.

ATENÇÃO!
Para fins de questões, Auditoria Externa = Auditoria
Independente = Auditoria Independente das demonstrações
Contábeis = Auditoria Independente das Demonstrações
Financeiras = Auditoria Contábil.
Nesse contexto focado para concurso, outra diferença bem cobrada se
refere a finalidade do trabalho, enquanto que o objetivo da auditoria
independente é apenas emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis,
a auditoria interna é bem mais ampla e tem por objetivo auxiliar a gestão,
emitindo conclusões e recomendações sobre o que foi analisado, não se
restringindo às demonstrações financeiras.

Prof. Hamon Stelitano 16 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Este quadro comparativo demonstra as principais diferenças entre os


dois tipos de auditoria:
AUDITOR INTERNO AUDITOR EXTERNO
Finalidade Emitir opinião sobre o Emitir uma opinião
que foi analisado, sobre a adequação das
apresentando conclusões demonstrações
e recomendações ao contábeis
gestor
Relação trabalhista com Empregado Sem vinculo
a auditada empregatício
Grau de independência Menor Maior
Tipo de auditoria Contábil e operacional Contábil
Público alvo Interno Interno e externo
Duração Contínua Eventual
Volume de testes Maior Menor
Responsabilidade Trabalhista, civil e penal Civil e penal

FIGURA 4 – COMPARATIVO ENTRE AUDITOR INTERNO E EXTERNO

Está tudo muito tranquilo, vamos polemizar? Segundo as Normas


Brasileiras de Contabilidade, só quem pode executar auditoria independente e
a interna é contador registrado no Conselho (CRC). Eu, por exemplo, sou
economista e faço auditoria interna governamental (vamos ver já). E agora?
Estou errado? A Controladoria está errada em me contratar? O TCE só pode
ter auditores formados em contabilidade? Não. É que a norma fala de auditoria
contábil. Esta é restrita ao profissional de contabilidade realmente. Agora,
certamente um contador não é a pessoa mais indicada para realizar uma
auditoria médica não é mesmo? A auditoria interna, assim como a auditoria
governamental, é multidisciplinar, até pela amplitude de sua atuação, sendo
primordial a variedade de conhecimentos.

2- (CESPE) AFCE/TCU - 2013


As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro
caso, estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e,
no segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou
empresa. O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o
externo, responsabilidade profissional, civil e criminal.
Resolução:

Prof. Hamon Stelitano 17 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Correto, veja a tabela acima. De fato, o auditor interno é funcionário da


empresa, enquanto o externo é um prestador de serviço. Agora chamo
atenção aos detalhes, a questão falou em responsabilidade “essencialmente”
trabalhista e não exclusivamente. O item está certo. É claro que ele terá
responsabilidade civil e penal como qualquer pessoa, empregada ou não, mas
primordialmente a responsabilidade é trabalhista. Assim como o auditor
externo possui responsabilidade por exercer sua profissão, além da civil e
penal. Por isso a importância de responder questões, nos ajuda a raciocinar e
fixar o conteúdo.
Gabarito 2: C

3- (CESPE) Especialista/ANP - 2013


Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de
auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação de
recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e
patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela
auditoria interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações
contábeis.
Resolução:
Questão aparentemente correta, mas só na aparência mesmo, rsrs. Se
você analisar atentamente, a questão se refere à auditoria externa ou
independente, e não a interna. Atenção aos detalhes!
Gabarito 3: E

1.1.2- Auditoria Governamental X Auditoria Privada.


Outra classificação fácil de diferenciar pela nomenclatura. Aliás, nossa
matéria é bem intuitiva mesmo, você conhecendo a teoria, pegando nossos
bizús e praticando com questões verá que muitas delas se resolvem aplicando
a lógica.
Enquanto que a auditoria privada é aquela particular exercida por
pessoas físicas ou principalmente pessoas jurídicas, prestando serviços
privados, a auditoria governamental é aquela exercida pela Administração
Pública, prestando serviço público, de grande relevância por sinal.
Exemplos: as conhecidas Ernst Young e PricewaterhouseCoopers são
empresas privadas que realizam auditorias externas. O TCU e a CGU fazem
auditorias governamentais, sendo que o primeiro faz auditoria governamental
externa enquanto que a Controladoria realiza auditoria governamental interna
em relação ao governo federal.

Prof. Hamon Stelitano 18 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Nosso produto de estudo é essencialmente a auditoria governamental,


que é exercida nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal) e
nos três Poderes (executivo, legislativo e judiciário). Mas antes de ampliar
seus conhecimentos na área específica, faz-se importante apresentar a
auditoria privada que mais nos interessa: a auditoria independente.

Auditoria Independente das demonstrações contábeis


Como vimos, de acordo com a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é
aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Conforme esquematiza o ilustre prof.: Lucas Salvetti em seus cursos de
auditoria independente no Exponencial, temos:

FIGURA 5 – FLUXO DO OBJETIVO DA AUDITORIA INDEPENDENTE (AUTOR: LUCAS SALVETTI)

Auditoria Governamental
Primeiro apresento a INTOSAI (The International Organisation of
Supreme Audit Institutions), uma instituição internacional que congrega as
Entidades de Fiscalização Superiores – EFS, com objetivo de compartilhar
experiências globais e emitir orientações sobre melhores práticas de atividades
e procedimentos de auditoria governamental.
Essas EFS são instituições estatais de auditoria governamental,
responsáveis por verificar a regularidade das transações do Governo,
adequação das demonstrações financeiras, além da salvaguarda dos ativos
públicos. Nosso representante aqui no Brasil é o TCU.
A INTOSAI define auditoria governamental como sendo uma atividade
independente e objetiva que, por meio de aplicação de procedimentos
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre as contas dos governos,

Prof. Hamon Stelitano 19 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e o


resultado dos programas de governo.
Veja as características da auditoria novamente presente nesta definição:
utilização de procedimentos para executar uma atividade independente e
objetiva, com a finalidade de emitir opinião sobre algo, neste caso, sobre a
adequação das contas governamentais, sobre o desempenho da gestão e
sobre os resultados dos programas.

IMPORTANTE
A auditoria governamental alcança pessoas físicas ou
pessoas jurídicas, público ou privadas, que guardem,
arrecadem, gerencie, administrem ou utilizem (GAGAU)
recursos públicos. Mexeu com recursos públicos, é passível de
uma auditoria governamental.

A INTOSAI classifica a auditoria governamental em auditoria de


regularidade, financeira e auditoria operacional. Mas antes apresento a
classificação de tipos de auditoria governamental segundo a revogada IN
SFC/MF n. 01/2001. Apesar de revogada pela IN CGU N. 03/2017, resolvemos
apresentar, uma vez que o “seguro morreu de velho”, e já vimos provas
cobrarem normas que perderam a vigência, mas que guardavam conceitos
interessantes como este caso.

- Auditoria Governamental segundo a IN N. 03/2017 da CGU


Com o propósito de aumentar e proteger o valor organizacional das
instituições públicas, fornecendo avaliação, assessoria e aconselhamento
baseados em risco, a Instrução Normativa nº 03/2017 aprova o Referencial
Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo
Federal, regulamentando o Art 74 CF88, cujo objetivo é a avaliação da ação
governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por
intermédio da fiscalização COFOP contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, com a finalidade de:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União; e
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Prof. Hamon Stelitano 20 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

4- (CESPE) Auditor – FUB - 2011


Com relação aos aspectos que envolvem os sistemas de controle
interno, julgue o item a seguir.
O controle sobre as operações de crédito, avais e garantias é competência do
controle interno, mas o cumprimento das metas previstas no plano plurianual
(PPA) e nos orçamentos da União deve ser acompanhado exclusivamente pelo
sistema de planejamento de orçamento.
Resolução:
Vimos que a primeira atividade essencial do SCI que a Instrução cita é a
avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual que visa a
comprovar a conformidade da sua execução, por isso o item está errado.
Certamente o Ministério de Planejamento – MPOG e Orçamento também faz
suas averiguações, mas não é atividade exclusiva do MPOG.
O controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres
da União, que visa a aferir a sua consistência e a adequação, também é
atividade precípua do SCI.
Gabarito 4: E.

O CESPE costumava cobrar muito a classificação de auditoria


governamental segundo a revogada Instrução Normativa Nº 01/2001 do
Ministério da Fazenda – SFC (Secretaria Federal de Controle Interno). As
novas normas da CGU não trouxeram esta classificação de modo que
preferimos apresenta-la, uma vez que é comum as bancas repetirem conceitos
antigos, mesmo após revogações. Inclusive foi cobrada recentemente no edital
da AGU para o cargo de contador. Mas alerto novamente, a IN 01/2001
MF/SFC está revogada! Segue a classificação e conceitos:

AUDITORIA
GOVERNAMENTAL

Acompanha
Avaliação da Auditoria Auditoria Auditoria
mento da
Gestão Contábil Operacional Especial
Gestão

FIGURA 6 – CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL PELA ANTIGA IN 01/01.

I. Auditoria de Avaliação da Gestão: esse tipo de auditoria objetiva emitir


opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução
de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos
dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da

Prof. Hamon Stelitano 21 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

União ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes


aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou
prestação de contas; exame da documentação comprobatória dos atos e fatos
administrativos; verificação da eficiência dos sistemas de controles
administrativo e contábil; verificação do cumprimento da legislação
pertinente; e avaliação dos resultados operacionais e da execução dos
programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia dos
mesmos.
II. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos
processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os
atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou
entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no processo
ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional.
III. Auditoria Contábil: compreende o exame dos registros e
documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante
procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de uma
unidade, entidade ou projeto. Objetivam obter elementos comprobatórios
suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as
demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos
mais relevantes, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados
do período administrativo examinado e as demais situações nelas
demonstradas. Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação
de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos
internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos
celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a
adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.
IV. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das
unidades ou entidades da administração pública federal, programas de
governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir
uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e
economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos
resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os
procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade
gerencial. Este tipo de procedimento auditorial, consiste numa atividade de
assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos
atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no
contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas
governamentais e sistemas informatizados.
V. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas
relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas
para atender determinação expressa de autoridade competente. Classifica-se

Prof. Hamon Stelitano 22 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de


atividades.
Esquematizando:

AVALIAÇÃO certificar a regularidade das contas


DA GESTÃO

Objetiva verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou


emitir uma ajustes
opinião com
vistas a:

verificar a probidade na aplicação do dinheiro público e


na guarda ou administração de valores e outros bens

FIGURA 7 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DE GESTÃO

realizada ao longo dos processos de gestão

ACOMPANHAMENTO
DA GESTÃO objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos
de
uma unidade ou entidade federal

FIGURA 8 – ESQUEMA DA AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO

exame dos registros e documentos


(mediante procedimentos específicos)

AUDITORIA coleta de informações e confirmações


CONTÁBIL
pertinentes ao controle do patrimônio de
uma
unidade, entidade ou projeto

FIGURA 9 – ESQUEMA DA AUDITORIA CONTÁBIL

Prof. Hamon Stelitano 23 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

avaliar as ações gerenciais e os procedimentos


relacionados ao processo operacional, ou parte dele

das unidades ou entidades da administração pública


AUDITORIA federal, programas de governo, projetos,
OPERACIONAL atividades, ou
segmentos destes

com a finalidade de emitir uma opinião sobre a


gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia
e economicidade

FIGURA 10 – ESQUEMA DA AUDITORIA OPERACIONAL

avaliar as ações gerenciais e os procedimentos


relacionados ao processo operacional, ou parte
dele

AUDITORIA
ESPECIAL das unidades ou entidades da administração
pública
federal, programas de governo, projetos,
atividades, ou
segmentos destes

FIGURA 11 – ESQUEMA DA AUDITORIA ESPECIAL

5- (ESAF) AFRFB 2012


Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações
contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O objetivo é avaliar se os
recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos
montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações
aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência
física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificado como auditoria
a) de gestão.
b) de programas.
c) operacional.
d) contábil.
e) de sistemas.

Prof. Hamon Stelitano 24 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Resolução:
Conforme leciona o professor Lucas Salvetti, aparentemente a banca
considerou a auditoria de avaliação de gestão como “auditoria de gestão”, e
deu como gabarito da questão a Alternativa A, no entanto, na parte
doutrinária isso não é claro já que em muitos casos, a auditoria operacional é
confundida com a auditoria de gestão.
Portanto, com base nisso (não previsão da definição pela norma citada,
e coincidência na definição doutrinária entre auditoria de gestão e
operacional), e, por isso, a questão deveria ter sido anulada. Portanto,
atenção REDOBRADA!!
Gabarito 5: A.

Continuando, além da classificação, gosto de apresentar aos meus


alunos as formas de execução das auditorias governamentais segundo a
revogada IN, também cobrado em provas de diversas organizadoras.
As auditorias serão executadas das seguintes formas:
I. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por
servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em:
a) centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício
nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal.
b) descentralizada – executada exclusivamente por servidores em
exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal.
c) integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício
nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
II. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a
participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de
auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou
entidade privada.
a) compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou
privada.
b) terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas
denominadas empresas de auditoria externa.

Prof. Hamon Stelitano 25 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

III. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas, por


servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou
setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sobre
informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico,
específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica
o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução de
auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que
fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.

Veja na página seguinte o resumo dessas formas de execução de


auditoria segundo a antiga IN 01/01. Fiquem atentos, apesar de revogada,
ainda podem cair.

RESUMO DAS FORMAS DE EXECUÇÃO DE AUDITORIA


Direta, Indireta ou Simplificada.
1) Direta:
a) Centralizada (órgão central ou setorial);
b) Descentralizada (regionais ou setoriais);
c) Integrada (conjunta).

2) Indireta:
a) Compartilhada (coordenada pela CGU);
b) Terceirizada (auditores externos).

3) Simplificada:
Feita a distância, custo-benefício não justifica o deslocamento.

Direta Indireta Simplificada

Centralizada Descentralizada Integrada Compartilhada Terceirizada

FIGURA 12 – ESQUEMA DAS FORMAS DE EXECUÇÃO DE AUDITORIA PELA IN 01/01.

Prof. Hamon Stelitano 26 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

6- ((CESPE) Analista de Controle Externo – TCE-ES –


2012) A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder
Executivo federal e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) instituições públicas
ou privadas é classificada, quanto a forma de execução, como indireta e
compartilhada.
Resolução:
Indireta compartilhada é coordenada pelo Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições
públicas ou privada. Correto.
Gabarito 6: C.

1.1.3- Auditoria de Regularidade X Auditoria Operacional.


Quanto à natureza, a auditoria se divide em auditoria de regularidade e
auditoria operacional. A auditoria de regularidade, também chamada de
auditoria de conformidade, está preocupada com a conformidade dos atos
analisados (por isso regularidade). Eu já falei que nossa matéria é intuitiva?
Explicando, é uma atividade preocupada com o exame da legalidade e
da legitimidade dos gastos públicos, por meio da análise das prestações de
contas, avaliação do controle interno, emitindo opinião sobre as
demonstrações financeiras etc. A legalidade se atém aos aspectos formais em
obediência às Leis, Decretos, Portarias e demais regulamentos e normas. A
legitimidade é voltada mais à moralidade e à ética.
O ato pode ser legal, porém ilegítimo, por ferir princípios, especialmente
morais. O grande exemplo citado na doutrina é a licitação regular de um
automóvel de luxo ou um superesportivo. Pra quê a administração pública
adquirir uma Mercedes top de linha ou uma Ferrari? Agora que entendemos
esta primeira classificação, veja os objetivos da auditoria de regularidade
segundo o INTOSAI:
1. Verificar se os responsáveis por gerir recursos públicos
cumpriram com sua obrigação de prestar contas, incluindo a correta
apresentação das demonstrações contábeis e registros financeiros;
2. Emitir opinião sobre as contas do Governo;
3. Auditar os gastos públicos do ponto de vista legal (incluindo leis,
normas e regulamentos);
4. Auditar o sistema de controle interno e as funções de auditoria
interna;
5. Verificar a probidade e adequação das decisões administrativas
adotadas pela entidade auditada.

Prof. Hamon Stelitano 27 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Já a Auditoria Operacional se preocupa com a efetividade dos


programas governamentais, identificando o real alcance de suas ações,
seus principais “gargalos” e efeitos produzidos. Chega a ser uma espécie de
consultoria (assessoria) ao gestor público.
A auditoria operacional, também chamada de auditoria de desempenho,
verifica o cumprimento das metas, a eficiência, eficácia e economicidade, a
operacionalização das ações etc. Veja os objetivos segundo o INTOSAI:
1. Verificar se a administração desempenhou suas atividades com
economia, de acordo com os princípios e políticas administrativas
corretas;
2. Verificar se os recursos públicos são utilizados com eficiência,
para isso analisa o sistema de informação, os procedimentos adotados,
controle de desempenho e de correção dos desvios e deficiências
detectados;
3. Verificar a eficácia do desempenho das entidades auditadas em
relação ao alcance de seus objetivos e a avaliação dos resultados
alcançados em relação aos pretendidos.

ATENÇÃO!
A auditoria Operacional se preocupa com os 5 E’s:
Efetividade – Eficiência – Eficácia – Economicidade
(Economia) - Equidade. Mas se as questões trouxerem os
três primeiros também estará certa. Aliás, dependendo do
contexto, até se citar só um pode o item estar correto. É a
ideia do café com leite. O café com leite é feito com café? Sim.
É feito com leite? Certo. É feito com café e leite? Certo
também. Agora se disser que é feito SÓ com café ou SÓ com
leite, ai sim o item estará errado. Fique atento!

E você sabe a diferença entre esses E’s? “Eu não deveria, mas vou lhe
ajudar...” Ta lembrado da escolinha do professor Raimundo? E não venha me
dizer que é coisa de velho, pois tem a nova versão que eu sei viu, rsrsrs. É
claro que tenho que te ajudar meu amigo (a), estamos juntos nessa não é
mesmo? Segue a diferença:
Economicidade tem a ver com economia de recursos, comprar o mais barato
possível, sem necessariamente se preocupara com a qualidade do produto. Se
atém ao custo.
Eficácia se preocupa em atingir o objetivo específico da ação (meta),
independente dos meios e recursos utilizados. Se preocupa com resultados
específicos.

Prof. Hamon Stelitano 28 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

A eficiência é mais abrangente, tem o objetivo de atingir a meta da melhor


forma possível, ou seja, ser eficaz e econômico ao mesmo tempo. Se
preocupa com o custo-benefício.
E efetividade é atingir o objetivo maior, macro. É uma eficácia no sentido
amplo, mas também preocupada com a eficiência. Refere-se aos impactos
amplos.
Equidade se refere a isonomia na trato e na aplicação da coisa pública.
Gosto de mostrar um exemplo de vacinação pública que aprendi no
curso de formação do TCU em 2011. É mais ou menos assim:
Um ente público criou um programa de vacinação para
erradicar uma doença X em um ano após o término de uma
campanha orçada em R$ 1 milhão, que duraria 2 meses e tinha
uma meta de vacinar 90% daquela população.
Pois bem, houve diversas e regulares licitações que custou R$
950 mil tudo, ou seja, houve uma economicidade de R$ 50 mil.
91% da população foi vacinada em 56 dias. Isso demonstra a
eficácia (vacinou até mais do que os 90% previsto) e eficiência,
pois além da economia na compra, a eficácia foi atingida num
tempo menor que o esperado. Não houve maiores reclamações
dos fornecedores nem da população atendida, como dito, as
licitações foram regulares, logo a equidade foi atendida.
Porém, um ano após o fim da campanha, a doença não foi
erradicada, o programa não foi efetivo.
A efetividade neste exemplo, pode não ter sido atingida por
vários motivos, qualidade da vacina, erro na estimação do
tempo para erradicar a doença (talvez em 2 anos se
conseguisse) ou no percentual de vacinados, erro na
mensuração da população, teria que ser 95% ou mais etc.

Entenderam a diferença? Então vamos em frente.


Há uma pequena subdivisão da auditoria de regularidade, ela é
composta de auditoria de conformidade e de auditoria contábil, e da auditoria
operacional, que é composta da auditoria de desempenho e da auditoria de
avaliação de programa.

Prof. Hamon Stelitano 29 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Auditoria de Conformidade
Audioria de
Regulaidade
Auditoria Contábil
Auditoria
Goernamental
Auditoria de Desempenho
Auditoria
Operacional
Avaliação de Programa

FIGURA 13 – CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL QUANTO À NATUREZA .

Como a Contabilidade Pública brasileira considera a auditoria contábil


àquela realizada sobre as demonstrações contábeis, orçamentárias, financeiras
e patrimoniais da Administração Pública, nesta classificação quanto à
natureza, a auditoria contábil também deve seguir este mesmo raciocínio.
Vamos ver um pouco de cada uma.

 Auditoria de conformidade (regularidade)


Já vimos seu conceito no início do tópico. É aquela que se preocupa com
a legalidade e legitimidade dos atos públicos. Nesta subdivisão, exclua as que
envolvem matéria de contabilidade, que será enquadrada como Auditoria de
Regularidade Contábil.

 Auditoria Contábil
O objetivo da contabilidade é o estudo das variações quantitativas e
qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações)
das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio).
O objeto da contabilidade é o Patrimônio.
O objetivo da auditoria contábil é obter elementos comprobatórios
suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as
demonstrações contábeis refletem, em todos seus aspectos relevantes, a
realidade patrimonial da entidade. Os objetos da auditoria contábil são os
demonstrativos e os registros contábeis. Tem por objeto, também,
verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes
financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas
executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a
emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações
financeiras.
Utiliza-se de procedimentos específicos, pertinentes ao controle do
patrimônio de uma unidade, entidade ou projeto. É mais ou menos como se

Prof. Hamon Stelitano 30 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

fosse uma auditoria independente das demonstrações contábeis feita por


auditores internos governamentais.
Você já deve saber, mas não custa relembrar:
O Objeto da contabilidade = Patrimônio.
Objetivo contabilidade = estudar as variações do patrimônio.
Objeto da auditoria contábil = demonstrativos e registros
contábeis
Objetivo da auditoria contábil = testar a confiança desses
registros. (TESTAR, NÃO ATESTAR!!!)

 Auditoria de Desempenho (operacional)


A auditoria de desempenho operacional se atém ao processo de gestão,
emitindo uma opinião sobre a economicidade, eficácia e eficiência dos gastos
públicos. São preocupações comuns nas auditorias de desempenho:
- As metas previstas foram cumpridas?
- A gestão foi eficaz, econômica e eficiente?
- As práticas antieconômicas e ineficientes foram tratadas?
Este tipo de auditoria busca auxiliar a administração no alcance de seus
resultados, por meio de recomendações que visam o aprimoramento dos
procedimentos.

 Auditoria de Avaliação de Programa


Verifica a efetividade de um programa governamental. Identifica o real
alcance de um projeto ou um programa de governo, se os efeitos produzidos
foram os desejados. Lembra-se do exemplo da vacina? A avaliação de
programa vai pesquisar se a doença foi de fato erradicada, pois era o efeito
desejado do programa de vacinação. A Auditoria operacional verificaria se as
metas propostas foram cumpridas, podendo recomendar melhorias na
aquisição ou na distribuição dos produtos, por exemplo.
Para facilitar na resolução de questões, segue um quadro comparativo
entre esses dois tipos de auditorias:
Auditoria de Regularidade Auditoria Operacional
Adotam padrões mais fixos Adotam padrões mais flexíveis
Relatórios mais concisos e objetivos Relatórios mais analíticos e
argumentativo.
O relatório preliminar só é remetido ao Remessa do relatório preliminar ao gestor
gestor obrigatoriamente se houver é obrigatória
achados de alta complexidade ou alto

Prof. Hamon Stelitano 31 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

impacto
Menor participação do gestor Maior participação do gestor

FIGURA 14 – TABELA COMPARATIVA ENTRE AUDITORIA DE REGULARIDADE E OPERACIONAL.

IMPORTANTE
Apesar dessa divisão, muitos trabalhos podem envolver as
duas características de avaliação: regularidade e operacional. O
que vai decidir na classificação é o peso de cada avaliação no
escopo do trabalho. Se a auditoria tiver mais aspectos
operacionais a ser analisados, essa será classificada como
operacional. Da mesma forma uma auditoria operacional pode
englobar tanto o desempenho operacional como a avaliação de
programa. Para fins de concurso, o importante é você
conhecer os conceitos e saber diferenciar bem uma da
outra.

As auditorias operacionais adotam padrões de auditoria mais


flexível devido ao seu escopo mais amplo e ao próprio objetivo do trabalho.
Nas auditorias de regularidade, a padronização é mais forte, sua
finalidade é emitir uma opinião sobre as demonstrações (contábil) ou sobre a
conformidade, adequação dos controles internos, ou seja, tem objeto bem
definido e direto, permitindo maior padronização. A auditoria operacional
emprega uma variedade de métodos utilizando de conhecimentos
multidisciplinares, exige muita flexibilidade e criatividade do auditor.
Isso influencia no Relatório de Auditoria, documento formal que
expressa a opinião do auditor. A auditoria operacional trata dos 4 E’s e por
isso é bem mais argumentativa e analítica.
Na auditoria operacional, a participação do gestor é intensa desde o
inicio dos trabalhos. Isso soava meio estranho no começo, pois havia uma
ideia equivocada de que a auditoria só servia para encontrar coisa errada e
punir o gestor, criando uma certa resistência. Mas acredito que isto já foi
bastante superado. O sucesso da auditoria operacional depende muito da
participação ativa da alta gestão da auditada e ela pode se beneficiar muito
dos trabalhos. Como dissemos antes, trata-se de uma espécie de consultoria.
Essa sintonia entre as partes ajuda muito na implementação das
recomendações e na efetividade do trabalho e do próprio programa ou projeto
avaliado.
Importante destacar que a remessa do relatório preliminar é obrigatório
nas auditorias operacionais e facultativa nas de conformidade, exceto se estas
contiverem achados de auditoria de alta complexidade ou alto impacto. Ainda

Prof. Hamon Stelitano 32 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

não conceituamos achado de auditoria, por enquanto entenda que achado é


algo relevante encontrado na auditoria que destoa do comum, do regular, do
parâmetro comparativo utilizado.
Esse relatório preliminar não precisa ser respondido pelo gestor, é uma
faculdade dele. Não é considerado uma etapa de defesa e a ausência de sua
manifestação não impede o andamento do processo.

NOTA
Em ambos os casos, as propostas de encaminhamento, que
são ações posteriores à auditoria que devem ser tomadas, NÃO
devem ser incluídas no relatório preliminar, sempre que sua
divulgação ponha em risco os objetivos da auditoria.

7- (CESPE) AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGEPI -


2015
A auditoria, que inicialmente era voltada para a prevenção de riscos,
interpretação e orientação das operações, hoje se ocupa da tecnologia de
revisão dos registros contábeis. Julgue Certo ou Errado.
Resolução:
É o contrário não é mesmo? Inicialmente a auditoria era essencialmente
contábil, voltada a dar maior credibilidade às demonstrações contábeis.
Posteriormente foi evoluindo e agregando outras atribuições como a auditoria
operacional, que se preocupa com os 4 E’s.
Gabarito 7: E

2- O que é controle?
Controlar é cuidar, zelar para que as coisas estejam como se
programou, se planejou, visando alcançar determinado(s) objetivo(s).
Quando você controla o horário de estudo dos seus filhos está velando
para que eles ampliem seus conhecimentos, objetivando, entre outras coisas,
um futuro melhor, mais oportunidades de encarar e vencer na vida.
Ao controlar as saídas do namorado você cuida para que o assédio das
“periguetes” não comprometa o namoro! Em fim, exemplos poderíamos dar
aos montes. No nosso caso, vamos iniciar a explicação de controle se valendo
da seção IX da Constituição Federal de 1988 – CF88, da fiscalização contábil,
financeira e orçamentária. Afinal, fiscalização também é controle.

Prof. Hamon Stelitano 33 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Em seu artigo 70, a CF88 estabelece:

Art. 70º. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.

Estamos falando da fiscalização COFOP quanto ao LALER para todos que


GAGAU com recursos públicos. Entenderam?
Não!!!! Vamos entender os mnemônicos:

Contábil

Orçamentária

Fiscalização COFOP
do controle externo e Financeira
interno

Operacional

Patrimonial

FIGURA 15 – ESQUEMA FISCALIZAÇÃO COFOP

Prof. Hamon Stelitano 34 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Legalidade

Aplicação das
subvenções

Abrange a
Administração direta Legitimidade
e indireta quanto:

Economicidade

Renúncia de receita

FIGURA 16 – ESQUEMA LALER DA FISCALIZAÇÃO COFOP

Guarde

Arrecade

Prestará contas de
recursos públicos Gerencie
TODOS que

Administre

Utilize

FIGURA 17 – ESQUEMA GAGAU PARA QUEM MEXEU COM RECURSOS PÚBLICOS

Observem que o titular do controle externo é o Poder Legislativo -


PL, na esfera federal a cargo do Congresso Nacional, nos Estados as
Assembleias Legislativas, nos municípios as Câmeras Municipais de vereadores
e no Distrito Federal a Câmera Legislativa.

Prof. Hamon Stelitano 35 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Por sua vez, o controle interno é exercido por cada Poder, por cada
um de seus órgãos, digo ainda mais, por cada um de seus colaboradores,
sejam servidores efetivos ou não.
O objetivo de ambos os controles é contribuir para promoção da
accountability pública, ou seja, promoção da transparência,
responsabilização e prestação de contas dos gastos públicos, verificando
se os recursos estão sendo direcionados para os interesses sociais, exercidos
indiretamente pelos representantes do povo, ou diretamente na forma da
Constituição.
Quanto à prestação de contas observe que vale para qualquer
pessoa, física ou jurídica, público ou privado, independente de valor. Óbvio
que a administração pode dispensar ou simplificar, por meio de legislação, em
alguns casos como os de baixo valor.
Segundo Hely Lopes Meirelles, controle, em tema de administração
pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder,
órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional do outro.
Se pegarmos a definição do Dicionário Aurélio Eletrônico, controle é a
fiscalização exercida sobre a atividade de pessoas, órgãos, departamentos ou
sobre produtos etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das
normas preestabelecidas.
Unindo essas duas definições percebe-se que controle é uma faculdade.
De fato você controla seus filhos e seu namorado se quiser. No Poder público,
esta faculdade é mitigada sob pena de responsabilidade do gestor, mas
mesmo assim ele possui a discricionariedade a respeito do rigor e da atenção
dispensada para esta área. Também depreende-se ser o controle uma
fiscalização de uma pessoa sobre outra, de um Poder, órgão ou autoridade
sobre outro, sempre comparando as atividades ou produtos envolvidos com
parâmetros preestabelecidos, no caso da administração pública são as leis no
sentido amplo (Constituições, leis regulamentos, normas etc).

2.1- Classificações importantes.

2.1.1- Controle Interno X Controle Externo.


Também na definição de controle tem-se esta diferença na classificação.
O controle interno é um conjunto integrado de métodos e procedimentos
adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e
promoção da confiabilidade e tempestividade de seus registros contábeis.
Segundo o COSO (The Committee of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission), que estudaremos mais adiante, os controles internos
asseguram o atingimento dos objetivos, de maneira correta e tempestiva, com
a mínima utilização de recursos.

Prof. Hamon Stelitano 36 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Já o controle externo é o conjunto de métodos e procedimentos


adotados por uma entidade controladora ou fiscalizadora em uma entidade
controlada ou fiscalizada, objetivando salvaguardar o patrimônio e garantir a
confiabilidade das informações da controlada ou fiscalizada.
A diferenciação básica entre Controle Interno e Externo na
administração pública é que, naquele, o controle é exercido por órgãos
integrantes do mesmo Poder e neste há a fiscalização de um Poder sobre os
atos administrativos de outro Poder. Controle interno é controle
administrativo, enquanto que o controle externo é controle político (social).
Para melhor elucidar o tema, recorro ao professor José Afonso da Silva
quando trata sobre a matéria:
“A Constituição estabelece que os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, manterão, de forma integrada, o controle interno (Art 74). Trata-se
de controle de natureza administrativa, exercido sobre funcionários
encarregados de executar os programas orçamentários e da aplicação do
dinheiro público, por seus superiores hierárquicos: ministros, diretores, chefes
de divisão etc. (...). O controle externo é, pois, função do Poder Legislativo,
sendo de competência do Congresso Nacional no âmbito federal, das
Assembleias Legislativas nos Estados, da Câmara Legislativa no Distrito
Federal e das Câmaras Municipais nos Municípios como o auxílio dos
respectivos Tribunais de Contas. Consiste, assim, na atuação da função
fiscalizadora do povo, por meio de seus representantes, sobre a administração
financeira e orçamentária. É, portanto, um controle de natureza política, no
Brasil, mas sujeito à prévia apreciação técnico-administrativa do Tribunal de
Contas competente, que, assim, se apresenta como órgão técnico, e suas
decisões administrativas, não jurisdicionais, como, às vezes, se sustenta, à
vista da expressão ‘julgar as contas’ referida à sua atividade.“

 Controle externo
O controle externo é estabelecido no art. 71 da CF88:

Art. 71º. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,


será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e

Prof. Hamon Stelitano 37 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra


irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta
e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do
ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais
de cujo capital social a União participe, de forma direta ou
indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados
pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de
auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou
abusos apurados.

Prof. Hamon Stelitano 38 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Evidente que não vamos explorar muito este assunto, que é de


conhecimento obrigatório para candidatos de tribunais de contas e justamente
por isso é que não vamos aprofundar, sendo matéria isolada de outro curso
(controle externo). Obviamente que recomendo aquisição de um bom
material específico para sua preparação. Caso esteja gostando e queira nos
prestigiar, adquira o pacote do Exponencial. A disciplina controle externo é
ministrada em conjunto com o prof. Luiz Airosa do TCU, muito bom e por sinal
o mais completo do mercado. Pode conferir!
Seguindo, analogamente, quem auxilia o PL nos demais entes são os
Tribunais de Contas Estaduais – TCE e Municipais - TCM, quando houver. Os
TCE podem ser divididos ainda em Tribunais de Contas dos Municípios, como é
o caso aqui da Bahia, por exemplo.

 Controle interno
Segundo o IIA, controle interno é "qualquer ação tomada pela
administração, conselho ou outras partes para gerenciar os riscos e aumentar
a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos serão alcançados. A
administração planeja, organiza e dirige a execução de ações suficientes para
prover razoável certeza de que os objetivos e metas serão alcançados".
São diversos tipos de estrutura de controles internos, o mais difundido
deles e o mais importante para concursos, pois é cobrado expressamente e
veremos na próxima aula, é o modelo COSO. Mas além dele, há outros
modelos de sistema de controle interno, como o canadense CoCo, os ingleses
TurnBull Report e o Cadbury Committee, e o COBIT, a estrutura mais
conhecida para controles de TI.
Como veremos o assunto com profundidade na próxima aula, vou me
limitar a essas informações por enquanto ok? Aguarde as cenas dos próximos
capítulos.

8- (CESPE) ACE/TCU - 2007


É responsabilidade da auditoria interna fazer periodicamente uma avaliação
dos controles internos. Nesse sentido, é correto afirmar que a auditoria interna
representa um controle interno.
Resolução
Questão muito inteligente do CESPE. De fato, o controle interno - CI é
um conceito mais amplo e engloba a auditoria interna - AI. CI é um conjunto
de procedimentos e atividades e um desses procedimentos e atividades é a AI.
AI está contida no conceito mais amplo de CI.

Prof. Hamon Stelitano 39 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Veja novamente as definições:


CI é um conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela
própria organização para proteção de seu patrimônio e promoção da
confiabilidade e tempestividade de seus registros contábeis.
AI é uma atividade independente e objetiva de avaliação (assurance) e
de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de
uma organização.
Gabarito 8: C

2.1.2- Classificação quanto ao momento do controle.


Quanto ao momento do controle, ele pode ser: preventivo,
concomitante ou posterior.
O controle preventivo ou a priori visa impedir que eventos indesejados
ocorram. Já os controles concomitantes são aqueles realizados durante a
execução da atividade controlada. Finalmente o controle a posteriori ou
posterior se dá após o evento.

 Controle preventivo
Podemos dizer que os controles preventivos compreendem o conjunto
de mecanismos e procedimentos utilizados para analisar as operações antes
de sua autorização ou de seu começo, com o fim de determinar a veracidade,
legalidade e/ou conformidade das operações.
Estes controles garantem que antes de uma ação começar, por
exemplo, tenha sido feito o orçamento de Recursos Humanos, de materiais e
recursos financeiros que serão necessários. Além dos orçamentos, podemos
citar outro exemplo de controle preventivo, a programação, pois estas
atividades preliminares ajudam na conformidade das operações futuras.
O controle preventivo normalmente é realizado pela própria
organização, como parte de seu sistema de controlo interno. Por esta razão,
muitos doutrinadores dizem que o controle preventivo é sempre interno. Eu

Prof. Hamon Stelitano 40 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

diria que ele é essencialmente interno, mas não exclusivamente. Uma sabatina
do Senado Federal sobre a indicação de Ministros do STF é um exemplo de
controle externo preventivo. Fique atento!

 Controle concomitante
Os controles concomitantes ou simultâneos são aqueles feitos
durante o desenvolvimento de uma atividade. O mais conhecido desse tipo de
controle é a supervisão direta. Assim, um supervisor observa as atividades dos
trabalhadores, e pode corrigir as situações problemáticas assim que
aparecerem. Os sistemas de computadores se utilizam muito deste tipo de
controle, eles podem ser programados para dar ao operador uma resposta
imediata no caso de ocorrência de erro ou processamento equivocado de uma
informação.
Nesses casos, o sistema de controles simultâneos do sistema irá rejeitar
a ordem e indicarão onde está o erro. Legal não é?

 Controle posterior
Os controles posteriores são aqueles que são feitos após a ação
controlada. Assim, são determinadas as causas de qualquer desvio ou violação
do plano original, da regra, em fim, do parâmetro de comparação. Os
resultados são aplicados em atividades futuras para que os erros não se
repitam. São bons exemplos deste tipo de controle as Auditorias Contábeis, a
auditoria operacional e as auditorias fiscais.

ATENÇÃO!
A INTOSAI não faz menção ao controle concomitante.
Quando estudarmos a Declaração de Lima, documento
importante que estabelece linhas gerais de auditoria
governamental da INTOSAI, vocês verão que eles
dispõem de dois momentos de controle: o prévio,
denominado de pré-auditoria e o posterior, chamado pós-
auditoria. Por enquanto fique com esse bizuzinho.

2.1.3- Controle Social.


De acordo com o Governo Federal Brasileiro, Controle Social é a
participação da sociedade civil nos processos de planejamento,
acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações da gestão pública e
na execução das políticas e programas públicos.

Prof. Hamon Stelitano 41 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Segundo Edward Ross, o controle social é o conjunto de sanções


positivas e negativas que uma sociedade recorre para assegurar a
conformidade das condutas, dos modelos, normas e valores culturais
estabelecidos. Controle social é a integração da sociedade com a
administração pública com a finalidade de solucionar problemas e as
deficiências sociais com mais eficiência e empenho.
Controle Social é na verdade uma modalidade de controle externo
exercido pelo cidadão seja de forma individualizada ou por meio de
sociedade civil organizada como ONGs, Conselhos de Políticas Públicas
(Conselho de Saúde e de Educação), Associação de Moradores (sem fins
lucrativos) etc.
Controle Social formal é exercido por meio de alguns mecanismos como
denúncias e representações aos Tribunais de Contas, Orçamento Participativo,
audiências públicas, ação popular e ação civil pública.
Veja no sitio da CGU o que a instituição pensa sobre o tema, disponível
no endereço http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/:
As ideias de participação e controle social estão intimamente relacionadas: por
meio da participação na gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada
da decisão administrativa, orientando a Administração para que adote medidas
que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo tempo, podem
exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste
contas de sua atuação.
A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito
assegurado pela Constituição Federal, permitindo que os cidadãos não só
participem da formulação das políticas públicas, mas, também, fiscalizem de
forma permanente a aplicação dos recursos públicos.
Assim, o cidadão tem o direito não só de escolher, de quatro em quatro anos,
seus representantes, mas também de acompanhar de perto, durante todo o
mandato, como esse poder delegado está sendo exercido, supervisionando e
avaliando a tomada das decisões administrativas.
É de fundamental importância que cada cidadão assuma essa tarefa de
participar de gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro
público. A Controladoria-Geral da União (CGU) é um dos órgãos de controle da
correta aplicação dos recursos federais repassados a estados, municípios e
Distrito Federal. No entanto, devido às dimensões do Estado Brasileiro e do
número muito grande de municípios que possui (5.560), a CGU conta com
participação dos cidadãos para que o controle dos recursos seja feito de
maneira ainda mais eficaz.
Com a ajuda da sociedade, será mais fácil controlar os gastos do Governo
Federal em todo Brasil e garantir, assim, a correta aplicação dos recursos
públicos.

Prof. Hamon Stelitano 42 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Aprenda como participar das discussões sobre o uso do dinheiro público e


como controlar a sua aplicação:
 Conselhos municipais e controle social
 Orçamento participativo
 Controle social nas prefeituras
 Portal da Transparência
 Órgãos de fiscalização
 Denuncie irregularidades
 Olho vivo
 Cursos para a promoção do controle social oferecidos pela CGU
 Transparência como Instrumento de Controle Social
 Manual Prático do Portal da Transparência

3- Normas da pessoa do auditor


Amigos, esta parte da disciplina é bastante exigida nas provas e sempre
passível de cobrança, pois não há auditoria sem auditor, não é verdade? Estas
normas estão presentes em diversos assuntos cobrados nos editais como
Normas do INTOSAI, IIA e do TCU. Vamos lá!
William Attie inicia sua obra explicando que a auditoria é sustentada por
atitudes mentais, profissionais e preventivas do auditor.
A atitude mental é fundamentada na crítica e no ceticismo do
auditor, ele deve ter a segurança necessária para formar sua opinião que
será sustentada por provas (veremos que a auditoria chama de
evidências). A atitude profissional se refere à combinação de capacitação
intelectual, por meio de estudos continuados, com a experiência
adquirida de trabalhos realizados ao longo da carreira de auditor. Já a
atitude preventiva deve primar pela construção de uma reputação reta,
proba. Trata-se de uma opinião de um profissional com força moral
suficiente para conferir credibilidade às demonstrações financeiras (ou ao
que se está analisando).

ATENÇÃO!
Observe que a atitude preventiva se refere ao aspecto moral e
não a atuação preventiva, como muitos alunos podem achar.
Assim como o aspecto intelectual se refere à atitude
profissional e não à atitude mental, segundo o autor. Não caia

Prof. Hamon Stelitano 43 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

em pegadinhas de questão. Segue o esquema abaixo para


facilitar:
ATITUDE MENTAL » Ceticismo – Segurança – Evidências
ATITUDE PROFISSIONAL » Capacitação – Experiência
ATITUDE PREVENTIVA » Probidade – Retidão - Credibilidade

Demonstradas as atitudes do auditor, apresentaremos agora os


requisitos que um profissional de auditoria deve possuir para desempenhar
com excelência sua atividade. Atenção, pois é importante.

3.1- Requisitos do auditor.


O auditor deve possuir algumas qualidades para executar de forma
adequada o importante trabalho dispensado à sua função. São os requisitos do
auditor. Vejamos os mais cobrados em prova:

 Ética profissional
Relacionada mais aos aspectos morais do que legais, a ética
profissional do auditor exige dele um comportamento exemplar pautado na
honestidade e nos padrões morais que confiram credibilidade aos
trabalhos executados.

Aspecto Moral

Comportamento exemplar

ÉTICA
Honestidade
PROFISSIONAL

Elevado padrão moral

Credibilidade

FIGURA 18 – ESQUEMA DA ÉTICA PROFISSIONAL

Attie, com enfoque na auditoria independente, explica que “a pessoa do


auditor deve ser a de alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez
que sua opinião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a
interesses financeiros e comerciais que eventuais acionistas, proprietários,
clientes e fornecedores, dentre outros, possam ter.”.

Prof. Hamon Stelitano 44 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

O autor segue informando que a auditoria exige a observância de


princípios éticos fundamentais que se apoiam na independência,
integridade, eficiência e confidencialidade que, juntos com outros, se
tornaram requisitos essenciais do auditor.

 Independência
Trata-se de um requisito de credibilidade sendo condição primordial para o
exercício da auditoria de modo a se obter de forma imparcial as evidências
necessárias ao seu julgamento e à formação de opinião do auditor. A
independência deve orientar o trabalho do auditor na busca pela verdade e
se desviando de interesses, conflitos e vantagens indevidas que possam
aparecer. Por isso há alguns impedimentos ao exercício da auditoria que o
candidato deve se atentar. Segundo a NBC PA 290, os conceitos sobre a
independência devem ser aplicados de forma a:
 Identificar ameaças à independência;
 Avaliar a importância dessas ameaças identificadas;
 Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar essas ameaças
ou reduzi-las a um nível aceitável;
 Declinar do trabalho no caso de não eliminar ou reduzir essas ameaças
a um nível aceitável.
Ainda segundo a Norma, não basta o auditor ser independente, devendo
também aparentar ser independente. Assim também está no Código de
Ética do Contabilista. Veja como está disciplinado na NBC PA:
I) independência de pensamento - Postura mental que permite expressar
opinião sem ser afetado por influências que comprometam o julgamento
profissional, permitindo que à pessoa agir com integridade, objetividade e
ceticismo profissional.
II) aparência de independência - Evitar fatos e circunstâncias significativos
a ponto de um terceiro com experiência, bom senso e conhecimento de todas
as informações pertinentes, concluiria dentro do razoável que a integridade, a
objetividade ou o ceticismo profissional da firma de auditoria ou de membro
da equipe de auditoria fossem comprometidos.

Prof. Hamon Stelitano 45 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Ser imparcial

Buscar a verdade

INDEPENDÊNCIA nas
Livre de interesses
ações e na aparência

Evitar conflitos

Não receber vantagens indevidas

FIGURA 19 – ESQUEMA DA INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR

O aluno deve se atentar às possibilidades de perda da independência por


parte do auditor perante o auditado, muito cobrado, das quais destacam-se:
a) Relacionamentos familiares – A independência é ferida quando um
familiar imediato de membro da equipe de auditoria é conselheiro,
diretor ou empregado com influência significativa sobre as
informações objetos de auditoria, ou que possa exercer influência
durante qualquer período coberto pelo trabalho. É claro que se estas
influências puderem ser reduzidas para um nível aceitável mediante a
retirada do auditor da equipe ou outra salvaguarda, os trabalhos não
serão prejudicados.
b) Relacionamentos pessoais - A independência é afetada quando um
amigo íntimo ou um inimigo capital de um membro da equipe de
auditoria é conselheiro, diretor ou empregado com influência
significativa sobre as informações objetos de auditoria, ou que possa
exercer influência durante qualquer período coberto pelo trabalho.
c) Vínculos empregatícios - conselheiro, diretor ou empregado com
influência significativa era funcionário da firma de auditoria. Fere a
independência sem possibilidade de salvaguarda. Veja a norma:
“Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um membro da
equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor do
cliente de auditoria, ou foi empregado em cargo que exerce influência
significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do cliente ou das
demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de
auditoria, a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda
poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável.”
d) Interesses particulares – é a ameaça referente a interesses financeiros
ou outros que possam influenciar de forma inadequada o julgamento
profissional do auditor.

Prof. Hamon Stelitano 46 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

e) Intimidações – são pressões reais ou aparentes visando exercer


influências indevidas sobre o auditor;
f) Ameaça de autorrevisão – é a ameaça de que o auditor não avaliará
apropriadamente os resultados de julgamento de um determinado
serviço por ele realizado (ou na qual era responsável), influenciando no
julgamento da prestação de serviços atual;
g) Defesa do interesse do cliente – quando o auditor promove ou defende
a posição do seu cliente a ponto de a objetividade ficar comprometida.

Relacionamentos pessoais e familiares

Vínculos empregatícios

O auditor perde a
independência Interesses particulares ou de clientes
quando:

Sofre intimidações

Autorrevisão

FIGURA 20 –ESQUEMA DA PERDA DE INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR

 Integridade
O auditor deve ser íntegro em todos os seus compromissos, tanto
em relação ao auditado, quanto em relação ao público em geral, partes
interessadas e aos seus pares (entidade de classe a qual pertença).
Em relação à empresa auditada o auditor deve ser íntegro quanto às
suas exposições e opiniões, quanto aos serviços prestados, inclusive na
cobrança de honorários profissionais.
Em relação ao público geral e a terceiros interessados o auditor deve
transmitir veracidade, validando as informações contidas nas demonstrações
quando refletirem a realidade ou expondo as divergências quando existirem.
Finalmente, em relação à entidade de classe a qual pertença, o auditor
deve ser leal com seus concorrentes de classe, inclusive não concedendo
benefícios financeiros ou redução drástica de honorários que ponham em risco
os objetivos do trabalho.
O auditor poderá ser responsabilizado por ato de descrédito quando, no
desempenho de suas funções:

Prof. Hamon Stelitano 47 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

a) Deixar de expressar um fato importante da qual tenha conhecimento e


que poderia mudar sua opinião;
b) Negligenciar testes ou exames importantes na formação da sua opinião;
c) Não reunir evidências suficientes e adequadas para justificar sua
opinião;
d) Não relatar qualquer desvio importante da qual tenha conhecimento, ou
não expor qualquer omissão relevante aos princípios contábeis (ou
outros princípios).
A confiança da sociedade é afetada pelo nível de integridade dos auditores,
pois esta constitui o valor central da ética do auditor.

em relação aos quanto à prestação


auditados dos serviços

em relação ao quanto à veracidade


INTEGRIDADE
público em geral das informações

em relação aos seus ser leal quanto aos


pares concorrentes

FIGURA 21 – ESQUEMA DA INTEGRIDADE DOS AUDITORES

 Eficiência
O serviço de auditoria precisa ser estabelecido mediante uma
abrangência técnica adequada, estimando-se quando possível o prazo
para sua conclusão, a extensão dos trabalhos e o momento de obtenção das
provas.
O auditor só deve emitir opinião ou dar informações quando o exame
assim o permitir e houver condições para fazê-lo. Sua opinião deve ser
objetiva e clara, apresentando as razões para se chegar àquela conclusão.
Por isso que os auditores independentes, por exemplo, podem se abster de
dar opinião. Veremos em momento oportuno que isso se dá quando as
circunstâncias não permitirem ao auditor obter informações suficientes e
adequadas para formar sua opinião.
Um relatório de auditoria é eficiente quando atende aos
objetivos de auditoria por meio de padrões técnicos adequados,
redigidos com clareza e objetividade.

Prof. Hamon Stelitano 48 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

EFICIÊNCIA

Atende aos Utiliza padrões Relatório com


objetivos da técnicos clareza e
auditoria adequados objetividade

FIGURA 22 – ESQUEMA DA EFICIÊNCIA DOS AUDITORES

 Confidencialidade
É o requisito que proíbe o auditor de fornecer informações sigilosas da
entidade auditada a terceiros. Esse sigilo se dá na relação entre auditor e
auditado, entre os próprios auditores, na relação entre auditores e órgãos
fiscalizadores e reguladores, e entre auditores e terceiros, devendo observar
os seguintes aspectos:
a) Não pode divulgar fora da firma de auditoria ou da organização
empregadora informações sigilosas obtidas em decorrência de
relacionamentos profissionais e comerciais, sem estar prévia e
especificamente autorizado por escrito pelo cliente;
b) Não pode usar as informações obtidas em decorrência desses
relacionamentos profissionais e comerciais para obter vantagens
pessoais para si ou para outrem;
O sigilo deve ser mantido mesmo após o término das relações profissionais
com o cliente ou empregador.

Esse sigilo não será observado quando houver obrigação legal


ou profissional de divulgação das informações. Ex.: Ordem
Judicial e Requisição Formal por escrito do CFC.

 Julgamento profissional
É o requisito usado no planejamento e execução da auditoria.
Trata-se de aspecto bem subjetivo que envolve competência e experiência
profissional necessário especialmente nas decisões sobre:
• materialidade e definição do risco de auditoria;

Prof. Hamon Stelitano 49 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

• definição da natureza, época e extensão dos procedimentos de


auditoria;
• avaliação sobre a obtenção de evidência de auditoria suficiente e
adequada aos objetivos gerais da auditoria;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade, no caso das auditorias
independentes.

materialidade e do risco de auditoria

natureza, época e extensão dos trabalhos

JULGAMENTO
PROFISSIONAL evidência suficiente e adequada
Subjetivo quanto à

Conclusões da auditoria

opiniões dos auditados

FIGURA 23 – ESQUEMA DO JULGAMENTO PROFISSIONAL DOS AUDITORES

 Competência profissional
O auditor deve possuir a competência técnica necessária para
executar o serviço a que foi contratado. Essa competência inclui conhecimento
de auditoria propriamente dito e conhecimento da legislação específica
pertinente a área da entidade auditada.
Desse modo, o auditor antes de assumir os trabalhos deve ter um
conhecimento prévio mínimo sobre a auditada de modo a identificar e
compreender as atividades realizadas, avaliar a estrutura organizacional e a
complexidade de suas operações. Apenas depois desta análise, poderá
aceitar ou rejeitar o trabalho baseado na sua competência profissional.
O CFC, por exemplo, exige o Exame de competência profissional para
registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes - CNAI, que por

Prof. Hamon Stelitano 50 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

objetivo aferir o nível de conhecimento e competência técnica para atuação na


área de auditoria independente.

 Zelo profissional
O auditor deve ser cuidadoso no exercício de sua profissão. Este zelo
compreende o manuseio dos papeis de trabalho, o contato com auditado e
com terceiros. Inclui a proficiência (conhecimento, habilidades e outras
competências) e o devido cuidado profissional.
As normas costumam trazer este requisito junto com a competência,
como a NBC PA 01, que chama de “competência e zelo profissional”. De fato
são complementares, costumo dizer que o zelo profissional é o somatório de
competência com o cuidado nos trabalhos.

ZELO PROFISSIONAL = COMPETÊNCIA + CUIDADO.


Particularmente, gosto de apresentar este requisito separadamente aos
meus alunos, até elo entendimento de algumas bancas. Vejam esta da FCC:

9- (FCC) Auditor – TCE/AM – 2013) Um auditor


detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.
Resolução
Todas as alternativas representam requisitos profissionais e observe que
a banca diferenciou competência técnica do zelo profissional. Ao detectar uma
irregularidade relevante fora do escopo da auditoria, o auditor deve realmente
comunicar o fato ao seu superior para que este tome as medidas cabíveis que
pode ser incluir ao escopo da auditoria em andamento ou realizar uma nova
auditoria, por exemplo. Essa atitude é devida ao cuidado que o auditor deve
ter com o auditado e com a firma de auditoria, incluindo sua própria imagem.
Trata-se do Zelo Profissional.
Gabarito 9: B.

Prof. Hamon Stelitano 51 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

 Educação continuada
Considerado requisito de qualidade, o auditor deve se manter
atualizado sobre sua área de atuação, ampliando conhecimento por meio de
educação permanente, atentando principalmente às normas que regem o
exercício da atividade de auditoria e as que regem o objeto da auditoria.
O auditor independente tem seu programa de educação continuada
regulamentada pelo CFC. O auditor interno membro do IIA, tem sua regulação
própria feita por esta instituição.
Realmente, até para dar mais credibilidade à sua opinião, o auditor deve
estar sempre bem informado e capacitado. Não é muito legal o auditor
fundamentar sua opinião em uma norma superada, por exemplo. Nem
cometer erros considerados primários na aplicação de seus trabalhos.
Infelizmente ainda acontece muito na administração pública pessoal, inclusive
entre auditores, infelizmente!

 Ceticismo profissional
Também é considerado requisito essencial do auditor que deve planejar
e executar sua auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem
existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações
contábeis, por exemplo.
Deve ser empregado o ceticismo em todo o trabalho de auditoria,
buscando reduzir os riscos de generalização excessiva de conclusões baseadas
em observações de auditoria, bem como de ignorar circunstâncias não usuais
que possam prejudicar a determinação da natureza, época e extensão dos
trabalhos de auditoria, influenciando na avaliação dos resultados.
O ceticismo profissional inclui uma mente questionadora e estar
alerta, por exemplo, a:
• confrontos de evidências de auditoria. Ocorre quando algumas
evidências de auditoria contradizem outras evidências obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas às indagações a serem usadas como evidências
de auditoria;
• condições que possam indicar possíveis fraudes.

10- (FCC) Auditor – TCE/RS - 2014


O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por
exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que

Prof. Hamon Stelitano 52 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

coloquem em dúvida a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado


é denominado
(A) alerta constante por parte do auditor.
(B) perfil investigativo do auditor.
(C) capacidade de percepção do auditor.
(D) ceticismo profissional do auditor.
(E) ética profissional do auditor.
Resolução
Estar alerta, mentalidade questionadora e afins são características do
ceticismo profissional. Logo o gabarito é a alternativa D.
Gabarito 10: D

Agora que conhecemos os requisitos profissionais da carreira de auditor,


vamos ver como as principais normas tratam do assunto.

 NBC TA 200
A referida norma informa que os princípios fundamentais de ética
profissional são relevantes para o auditor quando da condução de auditoria
das demonstrações contábeis e estão implícitos no Código de Ética Profissional
do Contabilista, que fornece estrutura conceitual para a aplicação desses
princípios. São eles competência e zelo profissional, integridade,
confidencialidade, conduta (comportamento) e objetividade. Esses princípios
também estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo
cumprimento é obrigatório dos auditores.
Segue um mnemônico para facilitar. Os flamenguistas vão gostar:
- para a NBC TA, os princípios fundamentais da ética profissional são a “ética
de ZICCCO”. Lembrando que a norma considera Competência e Zelo como um
só princípio, mas já vimos que a FCC, por exemplo, não pensa bem assim.
Z = Zelo Profissional e Competência
I = Integridade
C = Competência e Zelo profissional
C = Confidencialidade
C = Conduta
O = Objetividade

FIGURA 24 – MNEMÔNICO DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DO AUDITOR PELA NBC TA

Prof. Hamon Stelitano 53 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

11- (FCC) Analista – ASLEPE - 2014


De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria, entre os princípios
fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.

(E) oportunidade.
Resolução
Para as Normas Brasileiras de Contabilidade só tem ZICCCO.
Integridade é o único princípio presente entre as alternativas.
Gabarito 11: A.

ATENÇÃO!
ROTAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
A NBC PA 290 editou norma visando impedir o risco de perda
da objetividade e do ceticismo profissional, o prejudicaria a
imparcialidade na avaliação pelo auditor, estabelecendo:
a) Rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor de
controle de qualidade a intervalos não superiores a 5 anos
consecutivos;
b) Intervalo mínimo de 2 anos para o retorno desses
responsáveis à equipe de auditoria.
Obs.: Essa determinação, segundo a Norma, vale apenas para
as entidades de interesse público que compreende às que
assim são definidas pela legislação, as companhias abertas ou
as que pela legislação são equiparadas às companhias abertas
para fins de auditoria independente (como as sociedades de
grande porte definidas pela Lei 11.638/07).

 IN CGU n. 03/2017
A atuação dos auditores internos governamentais em conformidade com
princípios e requisitos éticos proporciona credibilidade e autoridade à
atividade de auditoria interna governamental.

Prof. Hamon Stelitano 54 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Os princípios representam o arcabouço teórico sobre o qual repousam


as normas de auditoria. São valores persistentes no tempo e no espaço,
que concedem sentido lógico e harmônico à atividade de auditoria interna
governamental e lhe proporcionam eficácia. São princípios fundamentais
do auditor:
a) integridade;
b) proficiência e zelo profissional;
c) autonomia técnica e objetividade;
d) alinhamento às estratégias, objetivos e riscos da Unidade Auditada;
e) atuação respaldada em adequado posicionamento e em recursos
apropriados;
f) qualidade e melhoria contínua; e
g) comunicação eficaz.

Sugiro leitura da norma sobre estes requisitos para ajuda-los na


compreensão e fixação. Como é muito extenso e não “primordial” para seu
estudo, apenas de forma complementar, colocamos como anexo a esta aula.
Sempre que houver algo complementar que não seja essencial iremos
fazer isso ok? Deixa seu material completo sem ser por demais extenso.

Vamos exercitar todo este conhecimento? É muito importante para o


aprendizado resolver questões de concursos anteriores, muito mesmo.

Prof. Hamon Stelitano 55 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

4- Questões Comentadas
12- (CESPE) Analista/DPU – 2016 - Com base nas normas brasileiras
para o exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os itens
subsequentes. O principal objetivo do auditor interno é obter achados que
permitam fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria
aplicados.
Resolução
Veja o objetivo do auditor interno segundo a NBC TI 01:
A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com
enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade
agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio
da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.
Ainda não estudamos evidências e achados de auditoria, mas já temos
condições de resolver esta questão pelos conceitos passados de auditoria
interna, sempre voltada para agregar valor, independentemente de encontrar
algo errado (achados).
Gabarito 12: E

13- (CESPE) Câmara dos Deputados – 2014 - A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor público, julgue os itens a seguir.
Um dos objetivos da auditoria contábil é emitir opinião acerca da adequação e
da fidedignidade das demonstrações financeiras quanto à aplicação, por parte
das entidades públicas executoras, de recursos externos oriundos de projetos
celebrados com organismos internacionais.
Resolução
Item correto conforme teoria vista e dispensa maiores comentários.
Gabarito 13: C

14- (CESPE) Câmara dos Deputados – 2014 - A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor público, julgue os itens a seguir.
Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstáculos ao desempenho
da missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre
os atos efetivos da entidade.
Resolução:
Auditoria operacional é tipicamente a posteriori. Lembra que falei sobre a IN
SFC/MF n. 01/2001 que era bem explorada pelas bancas? A definição da

Prof. Hamon Stelitano 56 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

questão traz o conceito de auditoria de acompanhamento da gestão e não de


auditoria operacional que, via de regra, não atua em tempo real.
Gabarito 14: E

15- (CESPE) Auditor/FUB-DF/2013


A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu
tamanho e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o
surgimento de administradores profissionais, que não se confundem com os
próprios acionistas.
Resolução
As empresas cresceram, se expandiram, inclusive por novos mercados em
outros países, aumentando a necessidade de obter novos recursos. Uma das
formas é captando recursos de terceiros. Estes precisam de uma opinião
isenta sobre os demonstrativos das empresas para aumentar a segurança em
investir nelas. Surge a figura dos auditores independentes. Questão correta.
Gabarito 15: C

16- (CESPE) Analista/CNJ - 2013


O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe
prestar assessoria ao conselho fiscal ou órgãos equivalentes.
Resolução
É claro que o auditor deve preservar sua autonomia funcional, mas prestar
assessoria à administração ou conselho fiscal não fere esta autonomia, muito
pelo contrário, faz parte de suas atribuições segundo os conceitos modernos.
Gabarito 16: E

17- (CESPE) Auditor/TCDF - 2012


Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os serviços de auditoria
interna, estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, são,
na maior medida possível, no âmbito de sua respectiva estrutura,
independentes nos aspectos funcionais e de organização.
Resolução: Exatamente. A auditoria interna deve buscar a maior
independência possível, seja na iniciativa privada ou pública, mesmo sabendo
que não se atingirá, ao menos em teoria, a independência dos auditores
externos, devido ao seu vinculo empregatício.
Gabarito 17: C

Prof. Hamon Stelitano 57 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

18- (CESPE) IBRAM - 2009


A auditoria contábil governamental compreende a avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à
economicidade, eficiência e eficácia.
Resolução
Este conceito não é da auditoria contábil e sim da auditoria operacional. Alerto
que se a questão estivesse falando em auditoria operacional o item estaria
correto. Nós vimos que além da economicidade, eficiência e eficácia, tem-
se a efetividade (4 E’s), mas não é por que o item está incompleto que ele
esteja errado. Muita atenção.
Gabarito 18: E

19- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


As influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil não
incluem:
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições estrangeiras e
internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária
Resolução
CESPE também utiliza múltipla escolha (a, b, c, d, e) de vez em quando.
Conforme vimos, a alternativa C é a única que não influencia no
desenvolvimento da auditoria no Brasil, segundo William Attie.
Gabarito 19: C

20- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança,
liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

Prof. Hamon Stelitano 58 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do


exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.
Resolução
Item A está correto e é o gabarito da questão. Vimos que a necessidade de
capitação de recursos de terceiros devido à necessidade de evolução das
empresas capitalistas é um dos motivos para o surgimento da auditoria.
O item B está errado quando afirma que o maior interessado na auditoria
independente são os próprios acionistas fundadores e os sócios-gerentes. Na
verdade são os terceiros usuários da informação contábil como investidores
(os acionistas sem participação na gestão), potenciais investidores e governo,
por exemplo. Quem participa da gestão já tem informações suficientes para
formar sua opinião e confiar ou não nos demonstrativos, possivelmente tem
acesso aos auditores internos, prescindindo assim de uma auditoria
independente.
O item C está mais associado à auditoria interna (consultoria).
Item D. Não, a auditoria interna veio para agregar valor à instituição,
identificando e tratando os riscos de não se atingir as metas institucionais.
Item E está errado. Apesar de os auditores internos também realizar auditoria
contábil, esta não é sua única atribuição. Lembre-se da amplitude da auditoria
interna e de sua característica de ser multidisciplinar.
Gabarito 20: A

21- (CESPE) Analista/STF – 2009 A amplitude do trabalho do auditor


interno e sua responsabilidade não estão limitadas à sua área de atuação, pois
compete à auditoria interna avaliar o grau de confiabilidade dos controles
internos.
Resolução
A última parte da assertiva está correta, pois não há dúvidas que o auditor
interno avalia a qualidade dos controles internos. Mas, apesar da amplitude do
trabalho característico dos auditores internos, ele deve se limitar à sua área de
atuação. Esta área deve estar condizente com seu nível de proficiência
(competência na área). Não dá pra exigir que o auditor interno tenha
conhecimento de tudo, o que se exige é que a equipe de auditoria tenha
conhecimento de tudo que estiver no escopo dos trabalhos, percebe a
diferença? Caso não tenha proficiência, não pode fazer o serviço.
Ex.: Auditoria no sistema atuarial de uma Entidade. Se apenas os auditores
internos A e B possuem esta competência, o trabalho só pode ser feito ao
menos com um deles. Se por algum motivo esses auditores não puderem

Prof. Hamon Stelitano 59 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

trabalhar (férias, licença etc) o serviço não poderá ser realizado, pois não
haveria pessoas competentes para atender ao escopo.
Gabarito 21: E

22- (FGV) Auditor Substituto/TCE-RJ - 2015


O procedimento de auditoria governamental realizado com o objetivo de
avaliação da performance da Administração Pública quanto à economicidade, à
eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
(A) tomada de contas especial;
(B) auditoria de conformidade;
(C) inspeção extraordinária;
(D) análise econômico-financeira;
(E) auditoria operacional.
Resolução
A auditoria dos 4 E´s é a... é a... AUDITORIA OPERACIONAL!!!!!
Certa a resposta!  Cai até em concurso de auditor substituto de conselheiro,
tá vendo ai?
Gabarito 22: E

23- (FCC) Auditor/SEFAZ-PE - 2014


Agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processo, por meio da recomendação de soluções para
as não conformidades apontadas nos relatórios, é finalidade, decorrente
da atividade:
A) do conselho fiscal.
B) da auditoria externa.
C) do conselho de administração.
D) do controle interno.
E) da auditoria interna
Resolução
Pessoal, falou em agregar valor à instituição por meio de atividades e
procedimentos, é conceito moderno de auditoria interna, segundo NBC TI 01
e o IIA. Corra para o abraço sem medo de ser feliz.
Gabarito 23: E

Prof. Hamon Stelitano 60 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

24- (FGV) Auditor/INEA-RJ - 2013


Assinale a alternativa que indica uma característica da auditoria interna de
uma organização.
A) Mostra maior grau de independência funcional sobre as atividades
operacionais.
B) Emite um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
C) Atende e exclusivamente às normas de contabilidade em vigor.
D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias
operacional e contábil.
E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrações contábeis.
Resolução
Aquela nossa tabela comparativa ajuda a resolver esta questão.
Item A está errado, pois uma auditoria externa é mais independente.
Item B está errado. Esta é uma responsabilidade da auditoria independente ou
da auditoria contábil.
Item C errado, auditoria interna é bem ampla, multidisciplinar e atende a
diversas normas.
O erro do item E também não confere, pois se refere ao auditor independente
que se atém a equívocos relevantes (substanciais) nas demonstrações.
Item D é o gabarito. Já vimos que a auditoria interna realiza muito mais testes
que a auditoria externa, mesmo a operacional, pela abrangência e
continuidade característica de sua existência.
Gabarito 24: D

25- (FCC) Analista/TRT12 - 2013


Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão
sendo usados eficientemente em um programa da área de saúde é
denominada de auditoria:
A) de conformidade.
B) contábil.
C) operacional.
D) de regularidade.
E) de legalidade.
Resolução
Questão fácil não acha? Auditoria de conformidade e regularidade podem ser
consideradas a mesma coisa, logo os itens A e D não podem ser resposta à

Prof. Hamon Stelitano 61 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

questão. O INTOSAI é quem divide auditoria de regularidade em conformidade


e contábil. Esta também não é resposta da questão, pois se atém aos aspectos
da contabilidade e não a eficiência da aplicação dos recursos. Finalmente, a
auditoria de legalidade foi uma continuidade da evolução das aplicações de
auditoria e se preocupa com aspectos formais das leis em sentido amplo.
Então item C é nossa resposta. Tranquilo.
Gabarito 25: C

26- (FUNDATEC) Auditor/SEFAZ-RS - 2014


A elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e com os controles
internos que foram determinados como necessários para permitir a elaboração
de demonstrações contábeis livres de distorções relevante, independente se
causada por erro ou fraude, é responsabilidade:
A) Dos auditores independentes
B) os órgãos reguladores
C) Do conselho fiscal
D) Da assembleia dos acionistas
E) Da administração da Companhia.
Resolução
A responsabilidade pela elaboração dos demonstrativos é da empresa,
a responsabilidade do auditor se resume a dar uma opinião sobre a
consistência desses demonstrativos. Veja o que diz a NBC TA 200:
“O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações
contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão
de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.”
“As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade,
elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos
responsáveis pela governança.”
Tanto que você verá, quando estudarmos sobre Comunicação dos resultados,
que é item obrigatório no Relatório dos auditores independentes expor as
responsabilidades da administração (que inclui a elaboração dos
demonstrativos) e as responsabilidade do auditor.
Gabarito 26: E

Prof. Hamon Stelitano 62 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

27- (CESGRANRIO) Analsita/BNDES - 2013


Uma companhia, na elaboração das suas demonstrações contábeis financeiras
relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face às
dúvidas existentes de classificação e apuração de algumas receitas, teve a
participação da auditoria externa na apuração de tais valores, na classificação
das contas e na elaboração de parte das demonstrações contábeis. Nesse
contexto, a responsabilidade pela elaboração de tais demonstrações é do (a):
A) Auditor Externo
B) Auditor Externo e do Contador
C) Administrador e do Auditor Externo
D) Empresa e do Auditor Externo
E) Empresa
Resolução
Mais uma vez: a responsabilidade pela elaboração dos demonstrativos é
da empresa, a responsabilidade do auditor é emitir uma opinião
independente sobre essas demonstrações, se foram elaboradas conforme uma
estrutura de relatório financeiro aplicável. Até o gabarito é o mesmo, rsrs.
Gabarito 27: E

28- (FCC) Auditor/ISS-SP - 2012


Não é uma atividade da função da auditoria interna:
A) a avaliação do processo de governança.
B) a gestão de risco.
C) o monitoramento do controle interno.
D) o exame das informações contábeis e operacionais.
E) a aprovação do relatório de auditoria externa.

Resolução
A única alternativa que não demonstra uma atividade da auditoria interna é a
E. Não faz sentido um relatório de auditoria externa, que presume-se ser mais
independente, ser submetido à uma auditoria interna. Esta pode auxiliar a
auditoria externa no andamento dos trabalhos, o que não caracteriza espécie
de hierarquia ou submissão, apenas responsabilidade profissional de cada
uma.
Gabarito 28: E

Prof. Hamon Stelitano 63 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

29- (FCC) Analista/TCE-AP - 2012


O controle externo no Brasil é exercido:
(A) a posteriori, mas não a priori nem de forma concomitante.
(B) a priori e concomitante, mas não a posteriori.
(C) de forma concomitante e a posteriori, mas não a priori.
(D) a priori e a posteriori, mas não de forma concomitante.
(E) a priori, de forma concomitante e a posteriori.
Resolução
Vimos que o Brasil se utiliza do controle em seus três momentos, a priori,
quando analisa previamente um processo licitatório ou um concurso público,
por exemplo, concomitante, podemos citar uma auditoria concomitante à
execução de um contrato administrativo, e a posterior no julgamento de
contas de um gestor, por exemplo.
Gabarito 29: E

30- (ESAF) AFRFB - 2009


A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.
Resolução: Questão clássica. O candidato deve saber que não é o objetivo do
auditor detectar fraude ou erro, deve, evidentemente, está atento a eles. A
responsabilidade pelo controle interno – CI é de todos. Todas as pessoas que
compõe a instituição podem e devem contribuir para o fortalecimento do CI.
No caso específico da prevenção e detecção de fraudes e erros, a alta
administração é a responsável primariamente. A dificuldade que talvez você
tenha tido na resolução desta questão seria entre o item A ou C. Mas não é só
o Conselho de Administração e sim toda ela, presidência, diretoria executiva,
em fim, toda a alta administração. Ou talvez tenha se atrapalhado quando a
questão fala de “detecção” e se poderia ser de responsabilidade da auditoria.
Ao aplicar os procedimentos de auditoria o auditor deve considerar a
possibilidade de encontrar erro ou fraude, devendo estar atento a isto, mas de
fato a responsabilidade primordialmente é da governança da instituição, o que
afasta os itens B, D e E do gabarito.
Gabarito 30: A

Prof. Hamon Stelitano 64 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

31- (ESAF) Auditor/TCU - 2006


Em relação à auditoria interna pode-se afirmar que,
A) com relação às pessoas jurídicas de direito público não é sua atribuição
avaliar a economicidade dos processos, visto que o objetivo do governo é de
controle, independente do valor.
B) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir as normas por ela
criadas em sua plenitude.
C) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião ou sugestões para
que sejam feitas as correções ou melhorias necessárias.
D) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que sempre que tiver
quaisquer indícios ou constatações deverá informar a administração, de forma
reservada e por escrito.
E) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações
realizadas, sem ter como objetivo assistir à administração da entidade no
cumprimento de suas atribuições.
Resolução
Item A equivocado. É lógico que os auditores internos governamentais se
preocupam com o valor e buscam a economicidade.
Item B traz uma responsabilidade da administração. A auditoria só vai testar o
cumprimento das normas, podendo até recomendar e contribuir para o
aperfeiçoamento dos processos. Lembre-se, auditor não executa tarefas
operacionais que não sejam relacionadas à auditoria ou controle.
Item C errado. É sua missão agregar valor à instituição, diminuindo os riscos
de não atingir os resultados. A melhor forma de fazer isso é justamente por
meio das recomendações.
Item D está correto. O auditor não elabora seu trabalho para descobrir fraude
ou erro, não é sua principal atribuição, mas deve está atento a eles e prevenir
suas ocorrências. Uma vez ocorrendo, deve comunicar de forma reservada e
por escrito à administração. Veja o que diz a NBC TI 01:
A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho
de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por
escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
Item E não está correto. Auditor não é pago para validar processos, até por
que se estiver errado ele faz justamente o contrário, apontando os erros e
riscos de não se corrigir. Um dos objetivos da auditoria interna é assessorar a
administração no cumprimento de suas atribuições.
Gabarito 31: D

Prof. Hamon Stelitano 65 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

32- (FCC) Analista/TRT 20 - 2011


As revelações acerca das demonstrações contábeis têm relação com as
informações a que o auditor tem acesso pelo trabalho realizado. Desse modo,
o auditor pode deixar de revelar informações, muitas vezes privilegiadas em
razão da confidencialidade a ele conferida pela empresa sob auditoria, desde
que o usuário não seja induzido a conclusões errôneas e prejudiciais ao seu
próprio interesse.
Resolução
A afirmativa é verdadeira, pois trata-se da confidencialidade. O auditor tem
acesso a informações privilegiadas que não devem ser divulgadas sem
autorização administrativa ou judicial. Agora se estas informações
comprometem as demonstrações contábeis ao ponto de influenciar terceiros
usuários dessas informações (distorções relevantes), devem ser divulgadas e
não fere o princípio ético da confidencialidade.
Gabarito 32: C

33- (FCC) Auditor/TCE-AM - 2013


Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.
Resolução
Todas as alternativas representam requisitos profissionais e observe que a
banca diferenciou competência técnica do zelo profissional. Ao detectar uma
irregularidade relevante fora do escopo da auditoria, o auditor deve realmente
comunicar o fato ao seu superior para que este tome as medidas cabíveis que
pode ser incluir ao escopo da auditoria em andamento ou realizar uma nova
auditoria, por exemplo. Essa atitude é devida ao cuidado que o auditor deve
ter com o auditado e com a firma de auditoria, incluindo sua própria imagem.
Trata-se do Zelo Profissional.
Gabarito 33: B

34- (FCC) Analista/TRT4 - 2011


Não corresponde a um princípio fundamental da conduta ética do auditor a:

Prof. Hamon Stelitano 66 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

a) integridade dos trabalhos executados.


b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.
Resolução
É só lembrar do ZICCCO. Os procedimentos geralmente são padronizados e a
subjetividade só é usada no julgamento profissional do auditor. Aos
procedimentos devem ser aplicado o princípio da objetividade.
Gabarito 34: D

35- (FCC) Analista/TRT 20 - 2011


Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes
para o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.
Resolução
Olha o ZICCCO ai novamente. Estão fora: formalismo e confiabilidade,
pessoalidade e motivação.
Gabarito 35: E

36- (FGV) ACI/Recife - 2014


De acordo com a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário para a
tomada de decisões nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das metas
de resultados operacionais e financeiros da empresa.
b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados
para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de
evidências de auditoria.
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se algo
mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de

Prof. Hamon Stelitano 67 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

relatório financeiro aplicável da entidade.


e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por
exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.
Resolução
No item A23 da NBC TA 200 sobre o julgamento profissional temos que “ É
necessário, em particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria
e a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas,
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas
pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.
Observe que resultados operacionais e financeiros são atividades alheias ao
auditor independente. Não cabe a este apurar as metas da empresa auditada.
Os demais itens tem correspondência com a norma.”
Gabarito 36: A

37- (FGV) Auditor/AL BA - 2014


O requisito ético relacionado à auditoria das demonstrações contábeis que
exigem do auditor o reconhecimento de que podem existir circunstâncias que
causarão distorções relevantes nas demonstrações contábeis é
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) evidência de auditoria apropriada.
d) condução da auditoria em conformidade com as normas relevantes.
e) confiabilidade na conduta dos trabalhos.
Resolução

Prof. Hamon Stelitano 68 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Conforme a NBC TA 200, “o auditor deve planejar e executar a auditoria com


ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que
causam distorção relevante nas demonstrações contábeis”.
A norma define ceticismo profissional como sendo “a postura que inclui uma
mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria”.
Gabarito 37: B

38- (FGV) ATM/Recife - 2014


O reconhecimento pelo auditor de que existem circunstâncias que podem
causar distorção relevante nas demonstrações contábeis revela o requisito
ético relacionado à auditoria de demonstrações contábeis, denominado
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.
Resolução
Mais uma vez o item 15 da NBC TA 200 resolve a questão. Leitura fortemente
recomendada.
Gabarito 38: C

39- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considere os objetivos:
I. Emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da
entidade.
II. Opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas
demonstrações contábeis.
III. Demonstrar a veracidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição
de prova em processo judicial.
IV. Auxiliar na emissão de laudo ou parecer.
São objetivos aplicados exclusivamente à Auditoria Governamental os que
constam APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.

Prof. Hamon Stelitano 69 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
Resolução
O contexto desta questão nos parece que se deu em relação à perícia contábil.
Os dois último itens se referem à perícia e os dois primeiros à auditoria, logo a
letra A é o gabarito da questão.
Diferente da auditoria, a perícia é uma prova elucidativa dos fatos e possui
mais rigores metodológicos, uma vez que a auditoria é periódica e utiliza-se
de amostragem. A perícia repudia a amostragem como critério e tem caráter
de eventualidade, só trabalha com o universo completo e a opinião é
expressada com rigores de 1cem por cento de análise, enquanto que a
auditoria busca uma segurança razoável, sem certeza absoluta.
Veja esta tabela comparativa do Prof.: Wilson Zappa, CRC/PR:

Itens PERÍCIA AUDITORIA


1 Executada somente por pessoa física, Pode ser executada tanto por
profissional de nível universitário (CPC, pessoa física quanto por
art. 145). jurídica.
2 A perícia serve a uma época, Tende à necessidade
questionamento específico, por constante, como exemplo:
exemplo apuração de haveres na auditoria de balanço,
dissolução de sociedade. repetindo-se anualmente.
3 A perícia se prende ao caráter Auditoria se prende à
científico de uma prova com o objetivo continuidade de uma gestão;
de esclarecer controvérsias. parecer sobre atos e fatos
contábeis.
4 É específica, restrita aos quesitos e Pode ser específica ou não;
pontos controvertidos, especificados exemplo: auditoria de
pelo condutor judicial. Recursos Humanos, ou em
toda empresa.
5 Sua análise é irrestrita e abrangente. Feita por amostragem.
Tabela - QUADRO COMPARATIVO ENTRE AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL

Gabarito 39: A

40- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considerando que cabe ao Estado promover a justiça, a segurança e o bem-
estar social, o objetivo prioritário da Auditoria Governamental é
(A) garantir o cumprimento dos percentuais mínimos para os gastos com
ensino e saúde.
(B) atestar o cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.

Prof. Hamon Stelitano 70 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

(C) zelar pela obediência ao princípio da competitividade nas licitações


públicas.
(D) atestar a fidedignidade dos registros contábeis mantidos nos entes
públicos.
(E) avaliar o resultado real obtido na execução das ações governamentais.
Resolução
Em ultima análise o que a auditoria governamental quer realmente é “avaliar o
resultado real obtido na execução das ações governamentais”, dando o
feedback necessário ao gestor e informando à sociedade. Veja algumas
definições de auditoria governamental:
· A INTOSAI define auditoria governamental como sendo uma atividade
independente e objetiva que, por meio de aplicação de procedimentos
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre as contas dos governos,
assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e
o resultado dos programas de governo;
· Com o propósito de aumentar e proteger o valor organizacional das
instituições públicas, fornecendo avaliação, assessoria e aconselhamento
baseados em risco, a Instrução Normativa nº 03/2017 aprova o Referencial
Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo
Federal, regulamentando o Art 74 CF88, cujo objetivo é a avaliação da
ação governamental e da gestão dos administradores públicos
federais, por intermédio da fiscalização COFOP contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, com a finalidade de:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União; e
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Os demais itens podem ser contemplados numa auditoria governamental sem


sombra de dúvidas, mas com certeza não fazem parte de seu objetivo
prioritário.
Gabarito 40: E

Prof. Hamon Stelitano 71 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

41- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


A auditoria interna:
A) é exercida por profissional independente.
B) é realizada de forma periódica.
C) emite Parecer.
D) opina sobre as demonstrações Contábeis.
E) emite recomendações a entidade auditada.
Resolução
Item A é mais característico de auditor externo.
Item B: auditoria interna se dá de forma contínua, auditoria independente é
que é periódico, normalmente no inicio de um exercício para se avaliar o
anterior.
Item C: aqui chamo atenção que a nova norma de auditoria independente fala
em “relatório” e não mais parecer, mas não é incomum encontrar questões
que ainda trazem expressões de normas revogadas, como falei antes. De
qualquer forma, auditoria interna realmente expressa sua opinião por meio de
relatório, não de parecer, item errado.
Já vimos que auditoria interna é bem ampla e não se resume a opinar sobre
as demonstrações Contábeis, que é característica das auditorias
independentes, logo item D está errado.
Item E está de acordo com a teoria de assessoramento da auditoria interna
que é dada por recomendações à gestão..
Gabarito 41: E

42- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Avaliar a execução das decisões tomadas, sob o ponto de vista da eficiência e
eficácia, enquadra-se no escopo da auditoria
(A) contábil.
(B) administrativa.
(C) de regularidade.
(D) operacional.
(E) de planejamento estratégico.
Resolução
A auditoria de desempenho operacional se atém ao processo de gestão,
emitindo uma opinião sobre a economicidade, eficácia e eficiência dos gastos
públicos. São preocupações comuns nas auditorias de desempenho:

Prof. Hamon Stelitano 72 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

- As metas previstas foram cumpridas?


- A gestão foi eficaz, econômica e eficiente?
- As práticas antieconômicas e ineficientes foram tratadas?
Este tipo de auditoria busca auxiliar a administração no alcance de seus
resultados, por meio de recomendações que visam o aprimoramento dos
procedimentos.
Auditoria operacional é a auditoria dos 4 E´s: Eficiência, eficácia,
economicidade e efetividade.
A questão está incompleta, pois só falou dos dois primeiros, mas isso não quer
dizer que esteja errada. É muito comum citar apenas alguns deles. Atenção!
Gabarito 42: D

43- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A auditoria realizada em determinada autarquia pública na qual o relatório
emitido pelos auditores aborda os aspectos da economicidade e da eficiência
na aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade
dos resultados alcançados, refere-se à auditoria
(A) operacional.
(B) de acompanhamento de gestão.
(C) de avaliação de gestão.
(D) orçamentária.
(E) de gestão de recursos
Resolução
Vocês já devem estar carecas de saber que a auditoria dos 4 E´s é a
AUDITORIA OPERACIONAL.
A auditoria Operacional se preocupa com a efetividade dos programas
governamentais, identificando o real alcance de suas ações, seus principais
“gargalos” e efeitos produzidos.
Chega a ser uma espécie de consultoria (assessoria) ao gestor público. A
auditoria operacional, também chamada de auditoria de desempenho, verifica
o cumprimento das metas, a eficiência, eficácia e economicidade, a
operacionalização das ações etc.
Gabarito 43: A

Prof. Hamon Stelitano 73 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

44- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das
entidades da Administração direta e indireta será exercida mediante o controle
externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. No âmbito do
Estado do Ceará, uma auditoria de natureza patrimonial em determinada
secretaria estadual, por iniciativa da Assembleia Legislativa, será realizada
(A) pelo sistema de controle interno do Poder Executivo.
(B) pelo Tribunal de Contas do Estado.
(C) pela Auditoria Interna da secretaria.
(D) pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
(E) pela comissão permanente de fiscalização e controle da Assembleia
Legislativa.
Resolução
Pelo inicio da questão já vemos que se trata do Art 70 da CF88, nossa velha e
conhecida fiscalização COFOP do controle externo e interno.
No caso prático da questão, ainda temos que conjugar com o Art 71 que traz
as competências dos Tribunais de Contas, órgão que auxilia o Poder
Legislativo na sua função de controle externo.
Uma dessas ações está no inciso IV:

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,


do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;

Como o ordenamento da questão aponta para a iniciativa da Assembleia


Legislativa de Goiás e a uma secretaria estadual que obviamente utiliza
recursos estaduais, o órgão competente será o TCE de GO, gabarito B.
Destaco que lá ainda tem o TCM GO, um Tribunal Estadual que fiscaliza
recursos dos municípios Goianos. Caso o comando da questão alterasse para
iniciativa de uma determinada Câmara Municipal em Goiás e a uma secretaria
municipal, a resposta mudaria para item D.
Gabarito 44: B

45- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


As Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS do setor público, nas quais
incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as normas emitidas pela
International Organization of Supreme Audit Institutios − INTOSAI, que em
sua norma ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A auditoria que objetiva

Prof. Hamon Stelitano 74 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

examinar a economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e qualidade de


organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão
pública, segundo o manual de auditoria do TCU adaptado às normas
internacionais, é a Auditoria
(A) das Demonstrações Contábeis.
(B) operacional.
(C) de Conformidade.
(D) de Qualidade.
(E) dos Sistemas ou TI.
Resolução
A Norma ISSAI 100 considera três tipos de auditoria:
- Auditoria financeira: o objeto é a posição financeira, o desempenho, o
fluxo de caixa ou outros elementos que são reconhecidos, mensurados e
apresentados em demonstrações financeiras. A informação sobre o objeto
são as demonstrações financeiras.
- Auditoria operacional: o objeto é definido pelos objetivos e questões de
auditoria. Os objetos podem ser programas específicos, entidades, fundos ou
certas atividades (com seus produtos, resultados e impactos), situações
encontradas (incluindo causas e efeitos), assim como informações financeiras
ou não financeiras sobre qualquer um desses elementos. O auditor mensura
ou avalia o objeto para avaliar a extensão na qual os critérios estabelecidos
foram ou não atendidos.
- Auditoria de conformidade: o objeto é definido pelo escopo da auditoria.
Podem ser atividades, transações financeiras ou informações. Em trabalhos de
certificação sobre conformidade, o auditor foca na informação sobre o objeto,
que pode ser uma declaração de conformidade com uma estrutura de relatório
estabelecida e padronizada.
Mesmo sem conhecer a norma, além de a questão afirmar no início, você já
sabe que a auditoria dos 4 E´s é a operacional não é mesmo?
Gabarito 45: B

46- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


Na condução de auditorias, devem ser observados os princípios éticos
estruturais do código de Ética do International Organization of Supreme Audit
Institutios − INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores −
EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do conflito de
interesse, da objetividade, da imparcialidade, da aparência, da neutralidade
política, da confidencialidade e do profissionalismo.

Prof. Hamon Stelitano 75 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos
padrões de auditoria e de ética, considere os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta
profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio
(A) da neutralidade politica.
(B) da objetividade.
(C) da aparência.
(D) do conflito de interesse.
(E) de integridade.
Resolução
De acordo com a INTOSAI, a integridade constitui o valor central do Código
de Ética. Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir
normas elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu
trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas.
Gabarito 46: E

Prof. Hamon Stelitano 76 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

5- Lista de exercícios
1- (FGV) Auditor - ISS/Recife - 2014
O auditor, ao expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.

2- (CESPE) AFCE/TCU - 2013


As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro
caso, estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e,
no segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou
empresa. O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o
externo, responsabilidade profissional, civil e criminal.

3- (CESPE) Especialista/ANP - 2013


Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de
auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação de
recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e
patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela
auditoria interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações
contábeis.

4- (CESPE) Auditor – FUB - 2011


Com relação aos aspectos que envolvem os sistemas de controle
interno, julgue o item a seguir.
O controle sobre as operações de crédito, avais e garantias é competência do
controle interno, mas o cumprimento das metas previstas no plano plurianual

Prof. Hamon Stelitano 77 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

(PPA) e nos orçamentos da União deve ser acompanhado exclusivamente pelo


sistema de planejamento de orçamento.

5- (ESAF) AFRFB 2012


Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações
contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O objetivo é avaliar se os
recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos
montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações
aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência
física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificado como auditoria
a) de gestão.
b) de programas.
c) operacional.
d) contábil.
e) de sistemas.

6- (CESPE) Analista de Controle Externo – TCE-ES - 2012


A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder Executivo
federal e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) instituições públicas ou
privadas é classificada, quanto a forma de execução, como indireta e
compartilhada.

7- (CESPE) AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGEPI - 2015


A auditoria, que inicialmente era voltada para a prevenção de riscos,
interpretação e orientação das operações, hoje se ocupa da tecnologia de
revisão dos registros contábeis. Julgue Certo ou Errado.

8- (CESPE) ACE/TCU - 2007


É responsabilidade da auditoria interna fazer periodicamente uma avaliação
dos controles internos. Nesse sentido, é correto afirmar que a auditoria interna
representa um controle interno.

9- (FCC) Auditor – TCE/AM - 2013


Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.

Prof. Hamon Stelitano 78 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

(B) ao zelo profissional.


(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

10- (FCC) Auditor – TCE/RS - 2014


O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por
exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que
coloquem em dúvida a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado
é denominado
(A) alerta constante por parte do auditor.
(B) perfil investigativo do auditor.
(C) capacidade de percepção do auditor.
(D) ceticismo profissional do auditor.
(E) ética profissional do auditor.

11- (FCC) Analista – ASLEPE - 2014


De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria, entre os princípios
fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.
(E) oportunidade.

12- (CESPE) Analista/DPU - 2016


Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de
trabalho da auditoria interna, julgue os itens subsequentes.
O principal objetivo do auditor interno é obter achados que permitam
fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria aplicados.

13- (CESPE) Câmara dos Deputados - 2014


A respeito dos tipos e modalidades de auditoria no setor público,
julgue os itens a seguir.

Prof. Hamon Stelitano 79 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstáculos ao desempenho


da missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre
os atos efetivos da entidade.

14- (CESPE) Câmara dos Deputados - 2014


A respeito dos tipos e modalidades de auditoria no setor público,
julgue os itens a seguir.
Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstáculos ao desempenho
da missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre
os atos efetivos da entidade.

15- (CESPE) Auditor/FUB - 2013


A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu
tamanho e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o
surgimento de administradores profissionais, que não se confundem com os
próprios acionistas.

16- (CESPE) Analista/CNJ - 2013


O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, logo não lhe cabe
prestar assessoria ao conselho fiscal ou órgãos equivalentes.

17- (CESPE) Auditor/TCDF - 2012


Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os serviços de auditoria
interna, estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, são,
na maior medida possível, no âmbito de sua respectiva estrutura,
independentes nos aspectos funcionais e de organização.

18- (CESPE) IBRAM - 2009


A auditoria contábil governamental compreende a avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à
economicidade, eficiência e eficácia.

19- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


As influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil não
incluem:
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições

Prof. Hamon Stelitano 80 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

estrangeiras e internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária

20- (CESPE) Auditor/AUGE-MG - 2009


Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança,
liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.
D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do
exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

21- (CESPE) Analista/STF - 2009


A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade não estão
limitadas à sua área de atuação, pois compete à auditoria interna avaliar o
grau de confiabilidade dos controles internos.

22- (FGV) Auditor Substituto/TCE-RJ - 2015


O procedimento de auditoria governamental realizado com o objetivo de
avaliação da performance da Administração Pública quanto à economicidade, à
eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se:
(A) tomada de contas especial;
(B) auditoria de conformidade;
(C) inspeção extraordinária;
(D) análise econômico-financeira;
(E) auditoria operacional.

Prof. Hamon Stelitano 81 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

23- (FCC) Auditor/SEFAZ-PE - 2014


Agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processo, por meio da recomendação de soluções para
as não conformidades apontadas nos relatórios, é finalidade, decorrente da
atividade:
A) do conselho fiscal.
B) da auditoria externa.
C) do conselho de administração.
D) do controle interno.
E) da auditoria interna.

24- (FGV) Auditor/INEA-RJ - 2013


Assinale a alternativa que indica uma característica da auditoria interna de
uma organização.
A) Mostra maior grau de independência funcional sobre as atividades
operacionais.
B) Emite um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.
C) Atende e exclusivamente às normas de contabilidade em vigor.
D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias
operacional e contábil.
E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrações contábeis.

25- (FCC) Analista/TRT12 - 2013


Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos estão
sendo usados eficientemente em um programa da área de saúde é
denominada de auditoria:
A) de conformidade.
B) contábil.
C) operacional.
D) de regularidade.
E) de legalidade.

26- (FUNDATEC) Auditor/SEFAZ-RS - 2014


A elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e com os controles

Prof. Hamon Stelitano 82 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

internos que foram determinados como necessários para permitir a elaboração


de demonstrações contábeis livres de distorções relevante, independente se
causada por erro ou fraude, é responsabilidade:
A) Dos auditores independentes
B) os órgãos reguladores
C) Do conselho fiscal
D) Da assembleia dos acionistas
E) Da administração da Companhia

27- (CESGRANRIO) Analsita/BNDES - 2013


Uma companhia, na elaboração das suas demonstrações contábeis financeiras
relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face às
dúvidas existentes de classificação e apuração de algumas receitas, teve a
participação da auditoria externa na apuração de tais valores, na classificação
das contas e na elaboração de parte das demonstrações contábeis. Nesse
contexto, a responsabilidade pela elaboração de tais demonstrações é do (a):
A) Auditor Externo
B) Auditor Externo e do Contador
C) Administrador e do Auditor Externo
D) Empresa e do Auditor Externo
E) Empresa

28- (FCC) Auditor/ISS-SP - 2012


Não é uma atividade da função da auditoria interna:
A) a avaliação do processo de governança.
B) a gestão de risco.
C) o monitoramento do controle interno.
D) o exame das informações contábeis e operacionais.
E) a aprovação do relatório de auditoria externa.

29- (FCC) Analista/TCE-AP - 2012


O controle externo no Brasil é exercido:
(A) a posteriori, mas não a priori nem de forma concomitante.
(B) a priori e concomitante, mas não a posteriori.

Prof. Hamon Stelitano 83 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

(C) de forma concomitante e a posteriori, mas não a priori.


(D) a priori e a posteriori, mas não de forma concomitante.
(E) a priori, de forma concomitante e a posteriori.

30- (ESAF) AFRFB - 2009


A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.

31- (ESAF) Auditor/TCU - 2006


Em relação à auditoria interna pode-se afirmar que,
A) com relação às pessoas jurídicas de direito público não é sua atribuição
avaliar a economicidade dos processos, visto que o objetivo do governo é de
controle, independente do valor.
B) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir as normas por ela
criadas em sua plenitude.
C) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião ou sugestões para
que sejam feitas as correções ou melhorias necessárias.
D) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que sempre que tiver
quaisquer indícios ou constatações deverá informar a administração, de forma
reservada e por escrito.
E) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações
realizadas, sem ter como objetivo assistir à administração da entidade no
cumprimento de suas atribuições.

32- (CESPE) AFCE/TCU - 2008


As revelações acerca das demonstrações contábeis têm relação com as
informações a que o auditor tem acesso pelo trabalho realizado. Desse modo,
o auditor pode deixar de revelar informações, muitas vezes privilegiadas em
razão da confidencialidade a ele conferida pela empresa sob auditoria, desde
que o usuário não seja induzido a conclusões errôneas e prejudiciais ao seu
próprio interesse.

Prof. Hamon Stelitano 84 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

33- (FCC) Auditor/TCE-AM - 2013


Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato
que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das
providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

34- (FCC) Analista/TRT4 - 2011


Não corresponde a um princípio fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.

35- (FCC) Analista/TRT 20 - 2011


Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes
para o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.

36- (FGV) ACI (Recife) - 2014


De acordo com a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário para
atomada de decisões nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das metas
de resultados operacionais e financeiros da empresa.

Prof. Hamon Stelitano 85 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados


para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de
evidências de auditoria.
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se algo
mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade.
e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por
exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.

37- (FGV) Auditor (AL BA) - 2014


O requisito ético relacionado à auditoria das demonstrações contábeis que
exigem do auditor o reconhecimento de que podem existir circunstâncias que
causarão distorções relevantes nas demonstrações contábeis é
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) evidência de auditoria apropriada.
d) condução da auditoria em conformidade com as normas relevantes.
e) confiabilidade na conduta dos trabalhos.

38- (FGV) ATM (Recife) - 2014


O reconhecimento pelo auditor de que existem circunstâncias que podem
causar distorção relevante nas demonstrações contábeis revela o requisito
ético relacionado à auditoria de demonstrações contábeis, denominado
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.

39- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considere os objetivos:
I. Emitir opinião sobre a eficiência e eficácia dos controles internos da
entidade.

Prof. Hamon Stelitano 86 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

II. Opinar sobre a conformidade da situação patrimonial retratada nas


demonstrações contábeis.
III. Demonstrar a veracidade dos fatos de maneira imparcial, para constituição
de prova em processo judicial.
IV. Auxiliar na emissão de laudo ou parecer.
São objetivos aplicados exclusivamente à Auditoria Governamental os que
constam APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.

40- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Considerando que cabe ao Estado promover a justiça, a segurança e o bem-
estar social, o objetivo prioritário da Auditoria Governamental é
(A) garantir o cumprimento dos percentuais mínimos para os gastos com
ensino e saúde.
(B) atestar o cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal.
(C) zelar pela obediência ao princípio da competitividade nas licitações
públicas.
(D) atestar a fidedignidade dos registros contábeis mantidos nos entes
públicos.
(E) avaliar o resultado real obtido na execução das ações governamentais.

41- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


A auditoria interna:
A) é exercida por profissional independente.
B) é realizada de forma periódica.
C) emite Parecer.
D) opina sobre as demonstrações Contábeis.
E) emite recomendações a entidade auditada.

Prof. Hamon Stelitano 87 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

42- (FCC) Auditor/TCE-PI - 2014


Avaliar a execução das decisões tomadas, sob o ponto de vista da eficiência e
eficácia, enquadra-se no escopo da auditoria
(A) contábil.
(B) administrativa.
(C) de regularidade.
(D) operacional.
(E) de planejamento estratégico.

43- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A auditoria realizada em determinada autarquia pública na qual o relatório
emitido pelos auditores aborda os aspectos da economicidade e da eficiência
na aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade
dos resultados alcançados, refere-se à auditoria
(A) operacional.
(B) de acompanhamento de gestão.
(C) de avaliação de gestão.
(D) orçamentária.
(E) de gestão de recursos

44- (FCC) Auditor/TCE-CE - 2015


A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das
entidades da Administração direta e indireta será exercida mediante o controle
externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. No âmbito do
Estado do Ceará, uma auditoria de natureza patrimonial em determinada
secretaria estadual, por iniciativa da Assembleia Legislativa, será realizada
(A) pelo sistema de controle interno do Poder Executivo.
(B) pelo Tribunal de Contas do Estado.
(C) pela Auditoria Interna da secretaria.
(D) pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
(E) pela comissão permanente de fiscalização e controle da Assembleia
Legislativa.

Prof. Hamon Stelitano 88 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

45- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


As Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS do setor público, nas quais
incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as normas emitidas pela
International Organization of Supreme Audit Institutios − INTOSAI, que em
sua norma ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A auditoria que objetiva
examinar a economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e qualidade de
organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de
avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão
pública, segundo o manual de auditoria do TCU adaptado às normas
internacionais, é a Auditoria
(A) das Demonstrações Contábeis.
(B) operacional.
(C) de Conformidade.
(D) de Qualidade.
(E) dos Sistemas ou TI.

46- (FCC) Auditor/TCM-GO - 2015


Na condução de auditorias, devem ser observados os princípios éticos
estruturais do código de Ética do International Organization of Supreme Audit
Institutios − INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores −
EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do conflito de
interesse, da objetividade, da imparcialidade, da aparência, da neutralidade
política, da confidencialidade e do profissionalismo.
O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos
padrões de auditoria e de ética, considere os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta
profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio
(A) da neutralidade politica.
(B) da objetividade.
(C) da aparência.
(D) do conflito de interesse.
(E) de integridade.

Prof. Hamon Stelitano 89 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

6- Gabarito

Gabarito 1: D Gabarito 19: C Gabarito 37: B

Gabarito 2: C Gabarito 20: A Gabarito 38: C

Gabarito 3: E Gabarito 21: E Gabarito 39: A

Gabarito 4: E. Gabarito 22: E Gabarito 40: E

Gabarito 5: A. Gabarito 23: E Gabarito 41: E

Gabarito 6: C. Gabarito 24: D Gabarito 42: D

Gabarito 7: E Gabarito 25: C Gabarito 43: A

Gabarito 8: C Gabarito 26: E Gabarito 44: B

Gabarito 9: B. Gabarito 27: E Gabarito 45: B

Gabarito 10: D Gabarito 28: E Gabarito 46: E

Gabarito 11: A. Gabarito 29: E

Gabarito 12: E Gabarito 30: A

Gabarito 13: C Gabarito 31: D

Gabarito 14: E Gabarito 32: C

Gabarito 15: C Gabarito 33: B

Gabarito 16: E Gabarito 34: D

Gabarito 17: C Gabarito 35: E

Gabarito 18: E Gabarito 36: A

Prof. Hamon Stelitano 90 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

7- Referencial Bibliográfico

- ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7


ed. São Paulo: Atlas, 2010.
- ATTIE, William. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
- Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09, CFC 1.328/11 -
NBC TA 200 e NBC TI 01
- Controladoria Geral da União, visita ao endereço eletrônico:
http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/
- Instrução Normativa Nº 01, de 6 de abril de 2001 – Ministério da Fazenda
Secretaria Federal de Controle Interno – Manual do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal, revogada pela IN N º 03/2017 da CGU;
- Instrução Normativa CGU N.º 03/, de 9 de junho de 2017;
- Tribunal de Contas da União. Normas de Auditoria do TCU (NAT).

ANEXO I

Princípios Fundamentais para a Prática da Atividade de Auditoria


Interna Governamental – AIG segundo IN CGU N. 03/2017
Os princípios representam o arcabouço teórico sobre o qual repousam as
normas de auditoria. São valores persistentes no tempo e no espaço, que
concedem sentido lógico e harmônico à atividade de auditoria interna
governamental e lhe proporcionam eficácia. As UAIG devem assegurar que a
prática da atividade de auditoria interna governamental seja pautada pelos
seguintes princípios:
a) integridade;
b) proficiência e zelo profissional;
c) autonomia técnica e objetividade;
d) alinhamento às estratégias, objetivos e riscos da Unidade Auditada;
e) atuação respaldada em adequado posicionamento e em recursos
apropriados;
f) qualidade e melhoria contínua; e
g) comunicação eficaz.

Prof. Hamon Stelitano 90 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Requisitos Éticos
Os requisitos éticos representam valores aceitáveis e esperados em relação à
conduta dos auditores internos governamentais e visam promover uma cultura
ética e íntegra em relação à prática da atividade de auditoria interna.

Integridade e Comportamento
Os auditores internos governamentais devem servir ao interesse público e
honrar a confiança pública, executando seus trabalhos com honestidade,
diligência e responsabilidade, contribuindo para o alcance dos objetivos
legítimos e éticos da unidade auditada.
Os auditores devem evitar quaisquer condutas que possam comprometer a
confiança em relação ao seu trabalho e renunciar a quaisquer práticas ilegais
ou que possam desacreditar a sua função, a UAIG em que atuam ou a própria
atividade de auditoria interna governamental. 42. Os auditores internos
governamentais devem ser capazes de lidar de forma adequada com pressões
ou situações que ameacem seus princípios éticos ou que possam resultar em
ganhos pessoais ou organizacionais inadequados, mantendo conduta íntegra e
irreparável.
Os auditores internos governamentais devem se comportar com cortesia e
respeito no trato com pessoas, mesmo em situações de divergência de
opinião, abstendo-se de emitir juízo ou adotar práticas que indiquem qualquer
tipo de discriminação ou preconceito.
Ao executar suas atividades, os auditores internos governamentais devem
observar a lei e divulgar todas as informações exigidas por lei e pela profissão.

Autonomia Técnica e Objetividade


Os requisitos de autonomia técnica e objetividade estão associados ao
posicionamento da UAIG e à atitude do auditor em relação à Unidade
Auditada, com a finalidade de orientar a condução dos trabalhos e subsidiar a
emissão de opinião institucional pela UAIG. Para tanto, tem-se como
pressupostos que a unidade de auditoria disponha de autonomia técnica e que
os auditores sejam objetivos.
As ameaças à autonomia técnica e à objetividade devem ser gerenciadas nos
níveis da função de auditoria interna governamental, da organização, do
trabalho de auditoria e do auditor. Eventuais interferências, de fato ou
veladas, devem ser reportadas à alta administração e ao conselho, se houver,
e as consequências devem ser adequadamente discutidas e tratadas.
Autonomia Técnica
A autonomia técnica refere-se à capacidade da UAIG de desenvolver trabalhos
de maneira imparcial. Nesse sentido, a atividade de auditoria interna

Prof. Hamon Stelitano 91 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

governamental deve ser realizada livre de interferências na determinação do


escopo, na execução dos procedimentos, no julgamento profissional e na
comunicação dos resultados.
O Responsável pela UAIG deve se reportar a, se comunicar e interagir com um
nível dentro da Unidade Auditada que permita à UAIG cumprir com as suas
responsabilidades, seja a alta administração da organização, seja o conselho,
se houver. Caso a independência organizacional da UAIG não esteja
assegurada por lei ou regulamento, ela deve ser confirmada junto à
administração ou ao conselho, se houver, pelo menos anualmente.
Nos casos em que o Responsável pela UAIG tenha atribuições de gestão
externas à atividade de auditoria interna, ou exista a expectativa de exercer
tais atribuições no âmbito da Unidade Auditada, devem ser adotadas
salvaguardas para limitar o prejuízo à autonomia técnica e à objetividade.
Caso efetivamente ele detenha tais atribuições, o trabalho de avaliação sobre
os processos pelos quais foi responsável deve ser supervisionado por uma
unidade externa à auditoria interna.
Objetividade
Os auditores internos governamentais devem atuar de forma imparcial e
isenta, evitando situações de conflito de interesses ou quaisquer outras que
afetem sua objetividade, de fato ou na aparência, ou comprometam seu
julgamento profissional.
Os auditores devem declarar impedimento nas situações que possam afetar o
desempenho das suas atribuições e, em caso de dúvidas sobre potencial risco
para a objetividade, devem buscar orientação junto aos responsáveis pela
supervisão do trabalho ou à comissão de ética ou instância similar, conforme
apropriado na organização.
Os auditores internos governamentais devem se abster de auditar operações
específicas com as quais estiveram envolvidos nos últimos 24 meses, quer na
condição de gestores, quer em decorrência de vínculos profissionais,
comerciais, pessoais, familiares ou de outra natureza, mesmo que tenham
executado atividades em nível operacional.
Os auditores internos governamentais podem prestar serviços de consultoria
sobre operações que tenham avaliado anteriormente ou avaliar operações
sobre as quais tenham prestado prévio serviço de consultoria, desde que a
natureza da consultoria não prejudique a objetividade e que a objetividade
individual seja gerenciada na alocação de recursos para o trabalho. Qualquer
trabalho deve ser recusado caso existam potenciais prejuízos à autonomia
técnica ou à objetividade.
Como pressuposto da objetividade, as comunicações decorrentes dos
trabalhos de auditoria devem ser precisas, e as conclusões e opiniões sobre os
fatos ou situações examinadas devem estar respaldadas por critérios e
evidências adequados e suficientes.

Prof. Hamon Stelitano 92 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

Sigilo Profissional
As informações e recursos públicos somente devem ser utilizados para fins
oficiais. É vedada e compromete a credibilidade da atividade de auditoria
interna a utilização de informações relevantes ou potencialmente relevantes,
obtidas em decorrência dos trabalhos, em benefício de interesses pessoais,
familiares ou de organizações pelas quais o auditor tenha qualquer interesse.
O auditor deve manter sigilo e agir com cuidado em relação a dados e
informações obtidos em decorrência do exercício de suas funções. Ao longo da
execução dos trabalhos, o sigilo deve ser mantido mesmo que as informações
não estejam diretamente relacionadas ao escopo do trabalho.
O auditor interno governamental não deve divulgar informações relativas aos
trabalhos desenvolvidos ou a serem realizados ou repassá-las a terceiros sem
prévia anuência da autoridade competente
As comunicações sobre os trabalhos de auditoria devem sempre ser realizadas
em nível institucional e contemplar todos os fatos materiais de conhecimento
do auditor que, caso não divulgados, possam distorcer o relatório apresentado
sobre as atividades objeto da avaliação.

Proficiência e Zelo Profissional


Proficiência e zelo profissional estão associados aos conhecimentos,
habilidades e cuidados requeridos do auditor interno governamental para
proporcionar razoável segurança acerca das opiniões emitidas pela UAIG.
Tem-se como pressupostos que a atividade de auditoria deve ser realizada
com proficiência e com zelo profissional devido, em conformidade com este
Referencial Técnico e demais normas aplicáveis.
Proficiência
A proficiência é um termo coletivo que diz respeito à capacidade dos auditores
internos governamentais de realizar os trabalhos para os quais foram
designados. Os auditores devem possuir e manter o conhecimento, as
habilidades e outras competências necessárias ao desempenho de suas
responsabilidades individuais.
Os auditores internos governamentais, em conjunto, devem reunir qualificação
e conhecimentos necessários para o trabalho. São necessários conhecimentos
suficientes sobre técnicas de auditoria; identificação e mitigação de riscos;
conhecimento das normas aplicáveis; entendimento das operações da Unidade
Auditada; compreensão e experiência acerca da auditoria a ser realizada; e
habilidade para exercer o julgamento profissional devido.
Os auditores internos governamentais devem possuir conhecimentos
suficientes sobre os principais riscos de fraude, sobre riscos e controles de
tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em
tecnologias disponíveis para a execução dos trabalhos a eles designados.

Prof. Hamon Stelitano 93 de 95


www.exponencialconcursos.com.br
Auditoria Governamental
Teoria e Questões comentadas
Prof. Hamon Stelitano

As UAIG e os auditores internos governamentais devem zelar pelo


aperfeiçoamento de seus conhecimentos, habilidades e outras competências,
por meio do desenvolvimento profissional contínuo.
O Responsável pela UAIG deve declinar de trabalho específico ou solicitar
opinião técnica especializada por meio de prestadores de serviços externos, a
exemplo de perícias e pareceres, caso os auditores internos não possuam, e
não possam obter tempestiva e satisfatoriamente, os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou de
parte de um trabalho de auditoria. Os trabalhos desenvolvidos por
especialistas externos devem ser apropriadamente supervisionados pela UAIG.
Zelo Profissional
O zelo profissional se refere à atitude esperada do auditor interno
governamental na condução dos trabalhos e nos resultados obtidos. O auditor
deve deter as habilidades necessárias e adotar o cuidado esperado de um
profissional prudente e competente, mantendo postura de ceticismo
profissional; agir com atenção; demonstrar diligência e responsabilidade no
desempenho das tarefas a ele atribuídas, de modo a reduzir ao mínimo a
possibilidade de erros; e buscar atuar de maneira precipuamente preventiva.
O zelo profissional se aplica a todas as etapas dos trabalhos de avaliação e de
consultoria. O planejamento deve levar em consideração a extensão e os
objetivos do trabalho, as expectativas do cliente, a complexidade, a
materialidade ou a significância relativa dos assuntos sobre os quais os testes
serão aplicados e deve prever a utilização de auditoria baseada em tecnologia
e outras técnicas de análise adequadas.
O auditor interno governamental deve considerar a adequação e a eficácia dos
processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos
da Unidade Auditada, a probabilidade de ocorrência de erros, fraudes ou não
conformidades significativas, bem como o custo da avaliação e da consultoria
em relação aos potenciais benefícios.
Os auditores internos governamentais devem estar alerta aos riscos
significativos que possam afetar os objetivos, as operações ou os recursos da
Unidade Auditada. Entretanto, deve-se ter em mente que os testes
isoladamente aplicados, mesmo quando realizados com o zelo profissional
devido, não garantem que todos os riscos significativos sejam identificados.

Prof. Hamon Stelitano 94 de 95


www.exponencialconcursos.com.br

S-ar putea să vă placă și