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A deusa fortuna Empiricus Research - Página 1 de 8

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03 DE AGOSTO DE 2018 - 19H08

A deusa fortuna
Empiricus Research Portugal

Paul Tudor Jones é um dos traders mais bem-sucedidos da história.

Em 1976, começou a trabalhar na bolsa como estagiário e, pouco

tempo depois, tornou-se corretor da E.F. Hutton & Co. Hoje em dia, a

sua fortuna está avaliada em 4,7 biliões de dólares.

Como toda a gente, Paul também enfrenta o espelho todas as

manhãs…

Um dia acordou e não conseguia explicar como é que tinha ganhado

tanto dinheiro.

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“Num momento de inspiração em 1993, eu compreendi que realmente

não sabia exatamente como e por que fiz tanto dinheiro naqueles 17

anos. A minha confiança ficou abalada.”

Esta realização deve ser elogiada, porque é tão rara entre os gurus

financeiros.

Para mim, é um sinal que Paul Tudor Jones entende o risco. Mas mais

importante que isso, ele entende a sorte.

A sorte é o outro lado do risco. Ninguém gosta de admitir que a

aleatoriedade é um fator fundamental na hora de investir.

Felizmente… ou infelizmente, não sei ao certo, não podemos entender

um sem examinar o outro.

Se o risco é o que acontece quando toma boas decisões, mas acaba

tendo um mau desempenho, a sorte é o que acontece quando toma

decisões erradas ou medíocres, mas acaba tendo um ótimo resultado.

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Ambos acontecem porque o mundo é complexo demais para permitir

que 100% das suas ações ditem a totalidade dos seus resultados.

São as duas faces da mesma moeda, impulsionados pela mesma coisa:

somos apenas um grão de areia num jogo de 7 biliões de jogadores.

Assim, o comportamento dos demais players pode ser mais relevante


do que o seu.

Don’t hate the player, hate the game

Experienciar o risco faz com que reconheça que algumas coisas estão
(irremediavelmente) fora do seu controlo.  Este feedback pode ajudá-lo

a ajustar a sua estratégia.

Em contrapartida, ser bafejado pela sorte normalmente tem o feito

oposto.

Gera uma falsa sensação de que o investidor está no controlo da

situação, porque obteve o resultado que queria. Mesmo que a decisão

tenha sido tomada com base em falsos pressupostos.

Ao investir, uma enorme quantidade de esforço é direcionada para

identificar e gerir os riscos desse investimento.

Curiosamente, ninguém realmente preocupa-se com a sorte.

Grandes firmas de investimento contratam batalhões de engenheiros

para gerir o risco; ninguém quer um consultor de sorte.

As empresas são obrigadas a divulgar os vários “riscos” das suas

atividades nos seus relatórios anuais; ninguém precisa de divulgar que

o sucesso desse ano aconteceu por causa de uma jogada de sorte.

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Há retornos ajustados ao risco, nunca retornos ajustados pela sorte.

Esta é a ironia de investir: risco e sorte são lados diferentes da mesma

moeda, mas na indústria financeira tratamos uma como criticamente

importante, e a outra como se não existisse – pelo menos quando a

coisa está a correr bem…

Este enviesamento deriva em parte do ego, mas ainda mais sobre o

desejo de identificar padrões daquilo que funciona.

Adoramos a ideia que existe uma fórmula repetível que nos permite

ganhar novamente no futuro.

Nós amamos as narrativas que explicam as coisas, e a narrativa mais

confortável é: “Eu sou bom nisto e vou continuar a ser”.

Aprender com o risco

Os bons investidores tentam quantificar o risco.

Deviam fazer o mesmo para o fator “sorte”.

Empresas de capital de risco – como já falei por aqui – assumem que


cerca de metade dos seus investimentos vão valer zero.

Os grandes investidores sabem que existe uma correção de 30% uma

ou duas vezes por década.

Jeff Bezos não tem problemas em admitir que a Amazon já teve vários
projetos falhados.

Devia ser dada a mesma atenção à sorte.

Ao ganharmos consciência de que parte do sucesso foi causado pela

sorte e que não é estruturalmente repetível, lidaremos melhor com a

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realidade de que as atividades competitivas são uma cadeia contínua

de erros e sucessos.

Assim que recomendámos a venda das ações da Altri e da Navigator.

A nossa caixa de email ficou cheia com pedidos de novas

recomendações milionárias em território nacional. Infelizmente, a vida

não funciona.

As pessoas são normalmente boas a descontar os riscos que ameaçam

o seu sucesso.

São igualmente boas a desvalorizar o papel da sorte nos seus êxitos.

Dizer que alguém teve sorte é insultante, porque lesa o esforço que a

pessoa investiu no seu empreendimento. Mas o risco está se

marimbando para o seu esforço, assim como a sorte.

Ambos apenas aparecem, sem aviso prévio, ansiosos para abanar com

o paradigma.

A única diferença é que o risco te humilha assim que aparece, enquanto

a sorte empurra-te numa direção, apenas para te abandonar de um

momento para o outro.

O risco é difícil de definir e significa coisas diferentes para pessoas

diferentes

A sorte também é.

Um sem-abrigo que ganha na loteria é sortudo.

Um português que nasce de pais ricos também tem sorte.

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Mas, em teoria, são tipos diferentes de sorte, e o último pode ser mais

perigoso porque a sorte estrutural é mais difícil de identificar, porque a

pessoa que a disfruta acostuma-se com essa realidade.

Isso distorce a sua perceção de como o mundo funciona…

Experimentar o risco reduz a confiança quando deveria meramente

realçar a realidade, o que pode tornar as pessoas mais conservadoras

do que deveriam ser.

A sorte aumenta a confiança sem aumentar a capacidade, o que

também amplia a forma como as pessoas respondem a essas

situações.

Naturalmente, as pessoas ficam tentadas a repetir as ações que lhe

trouxeram o seu golpe de sorte.

Normalmente de forma descuidada: usando alavancagem, sem espaço

para erros e arriscando perder tudo.

Perceber que a sorte e o risco são uma parte sempre presente e normal

do jogo, levará o leitor a aceitar que nem tudo está sob seu controlo.

Foque-se apenas naquilo que consegue controlar.

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