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O PADQ – Programa de Apoio ao Dependente Químico da SEEDF desenvolvido na

Diretoria de Saúde Ocupacional assinala por meio de ações de acolhimento, psicoeducação e


diagnósticos um momento significativo na trajetória que venho enfrentando de lutar contra o
uso de álcool e outras drogas, bem como de desenvolver habilidades e estratégias no convívio
com situações de risco.
Saber que somos “gente” e que podemos ser cuidados e tratados dignamente
representa grande parte da felicidade que almejamos encontrar. Entender por que somos
assim? E para que estamos aqui podem ser extensões de questões básicas que acompanham o
fenômeno educativo em sua abrangência: que tipo de ser humano estamos tratando? E para que
tipo de sociedade?
Sinto-me integrado a uma rede onde cada palavra, ação e incentivo dos profissionais do
se multiplicam pelo compromisso de viver uma proteção de fato aliado ao tratamento. As
intervenções institucionais protetivas e a construção de mecanismos de prevenção são princípios
desafiantes que mudaram meu foco de lidar com o tratamento. E essa foi uma contribuição dos
profissionais da Diretoria de Saúde Ocupacional que experimentei no processo de inserção no
programa.
Aprender a cada encontro que é necessário viver um dia após o outro e que o presente
está nos oferecendo oportunidades. A orientação junto à psicóloga que acompanha meu
tratamento por meio de monitoramento- escuta e sugestão de atividades vem proporcionando
encorajamento moral e psicológico para aceitar-me tal qual sou: um indivíduo dotado de
fragilidades e que não é capaz de solucionar todos os problemas que lhes são apresentados.
Essa aceitação não se dá imediatamente. Tem sido produto e processo do meu gradual
aprofundamento no tratamento. Opção de prevenir-me à situações, ambientes e pessoas vem me
fortalecendo cotidianamente ao uso nocivo que é as drogadição.
Minha vivência e integração ao programa representaram um gradual desenvolvimento
de autoestima e valorização da carreira de docente na rede pública de ensino do DF. Em
diversas ocasiões durante o acompanhamento psicológico e terapêutico tive a oportunidade de
sentir-me inofensivo aos erros e medos que vinham operando sobre processos emocionais e
psíquicos potencializados com o uso freqüente do álcool de outras drogas.
Assim, o trabalho do PADQ constitui atividade singular de encontro do individuo
consigo possibilitando uma percepção aprimorada do que tem feito de sua vida. Acredito que
políticas de qualificação, formação e valorização dos profissionais da educação em seus amplos
segmentos passa necessariamente pela implementação de programas de educação continuada,
aperfeiçoamento e reconhecimento dos limites e os campos de atuação da dimensão social
humana como expressão, por excelência, integradora da vida.
Programas, práticas e experiências que combinem tratamento e convivência com a
dependência devem integrar planos de formação e carreira das mais diversas áreas profissionais
onde cada indivíduo deve assumir-se em suas condições de risco e abraçar ações protetivas bem
como o meio institucional através do acolhimento, zelo e mediação entre sociedade e vida
produtiva redimensionando noções e estratégias em políticas de saúde pública e qualificação dos
profissionais.
Desta forma, não devemos nos espantar com nossas dores e doenças, mas, mudarmos
nosso foco de visão e considerá-las como etapas da própria cura e um caminho para
reconhecermos como nos indica Foucault o que estamos fazendo de nós mesmos? O que viemos
fazendo com o próximo? E qual trajeto de vida que estamos construindo?
José Nildo de Souza é professor e paciente em tratamento do PADQ da SEEDF

Brasília, 29 de agosto de 2012


Patrimônio Cultural da Humanidade.

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