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COPIA, COLA E CRIA: Nova


tecnologia facilita edição de genes e
complica discussão sobre
melhoramento humano
16-21 minutos

Para investir no futuro dos filhos, pais e mães bancam escolas


particulares, aulas de inglês (quem sabe um intercâmbio no
ensino médio) e, para completar, mensalidades caríssimas em
universidades privadas. E se desse para pagar também para
aperfeiçoar o DNA de um embrião que vai crescer mais
saudável, mais inteligente ou mais ágil? Esse empurrãozinho
rumo ao sucesso entraria nessa conta sem pesar na
consciência?

Um sistema chamado CRISPR-Cas 9 (mais conhecido apenas


por CRISPR) vem provocando essas discussões desde 2012,
quando um grupo de cientistas percebeu que ele poderia ser
usado para editar com facilidade partes do DNA, inclusive de
seres humanos. O avanço deixou a comunidade científica

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especialmente animada com as possibilidades de prevenção de


doenças hereditárias como distrofia muscular, hemofilia e fibrose
cística, além dos diversos usos em áreas como agricultura e
veterinária.

Isso tudo já está em estudo, inclusive aqui no Brasil. Mas há


também muita cautela acerca do CRISPR. Quem vai poder
pagar por tais vantagens? Quem vai ganhar dinheiro com a
técnica? E a partir de que ponto essa tecnologia já disponível
para a compra online deixa de ser terapêutica e passa a ser uma
ferramenta de eugenia, a busca racista por um homem ideal?

A bioquímica Jennifer Doudna, líder da equipe que descobriu a


técnica em 2012, apresentou um TED Talk três anos mais tarde
e ressaltou que o debate sobre os limites éticos do uso,
principalmente em humanos, é incontornável. "Imaginem se
pudermos criar humanos que tenham propriedades melhoradas,
como ossos mais fortes, ou que sejam menos suscetíveis a
doenças cardiovasculares, ou mesmo com propriedades que nós
podemos considerar desejáveis, como cor dos olhos ou altura
maior", provocou a cientista. "A tecnologia do CRISPR nos dá as
ferramentas para isso, levantando questões éticas que
precisamos considerar."

Se você achou o nome esquisito, espere até saber o que ele


significa. CRISPR é um acrônimo para o termo em inglês
"Clusters of Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats".
Traduzir para o português não ajuda muito: Repetições
Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente
Interespaçadas. A explicação é complicada, mas a ferramenta
ganhou popularidade por simplificar muito o trabalho dos
cientistas. Na prática, o CRISPR tornou mais rápido, mais fácil,
mais barato e mais preciso desativar, corrigir ou substituir genes.

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Em 2003, a conclusão do Projeto Genoma Humano foi


considerada um dos maiores avanços da biologia. Depois de 13
anos de trabalho, os cientistas conseguiram finalmente
sequenciar os cerca de três bilhões de pares de bases
nitrogenadas (lembra da adenina, timina, guanina e citosina?)
que formam eu e você.

Mesmo com todo o DNA rastreado, os cientistas não


conseguiam encontrar uma maneira simples de modificar genes
quando eles apresentassem mutações ou doenças congênitas.
Até que, em 2012, um time liderado pela norte-americana
Jennifer Doudna e sua colega francesa Emmanuelle Charpentier
descobriu que era possível pegar emprestada uma técnica
usada pelas bactérias para fazer isso.

Assim como outros seres vivos, as bactérias podem ser vítimas


de ataques de vírus. Para combatê-los, elas usam um sistema
que identifica o DNA perigoso do vírus, copia e lembra-se dele
para se defender na próxima invasão. É como a carta a ser
procurada em um jogo de memória. Quando o vírus reaparece, a
bactéria usa esse gabarito para encontrá-lo. É aí que em entra
em ação a proteína Cas9: como uma tesoura, ela elimina a parte
problemática do DNA. Pronto: o vírus fica impedido de se
reproduzir.

Doudna e Charpentier aplicaram o mecanismo das bactérias em


outras células, inclusive de seres humanos. Elas perceberam
que é possível entregar para a Cas9 um retrato da parte do DNA
que se quer mudar. A proteína, então, entra em ação nas células
tirando uma sequência específica de DNA que gera doenças,
substituindo-a por outra ou deixando os genes se regenerarem
sozinhos. É essa técnica que permite a edição genética em
seres humanos. Bingo!

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Ainda estamos longe de conseguir editar características


pessoais, mas o mecanismo já está aí. No episódio Designer
DNA da série "Explained", disponível na Netflix, Doudna
compara as possibilidades do uso do CRISPR ao filme "Gattaca"
(1997). Na obra, o genoma dos indivíduos funciona como uma
espécie de ficha de identidade. Pense em um perfil no LinkedIn
no qual, em vez de descrever suas habilidades, você pode
indicar que tem os genes necessários para desempenhar certas
funções.

No longa-metragem, para garantir o futuro dos filhos, os pais


escolhem os embriões com as melhores características.
"Quando eu assisti àquele filme era completamente ficção
científica. É incrível pensar que, agora, estamos à beira de isso
se tornar uma possibilidade real", disse a cientista.

O melhoramento humano deixou de ser apenas tema de


distopias distantes em cinemas ou bibliotecas. Os primeiros
bebês geneticamente editados do mundo já nasceram. Em
novembro de 2018, a publicação MIT Technology Review revelou
que o cientista chinês He Jiankui e sua equipe estavam criando
embriões com DNA manipulado e implantando-os no útero das
mães. Poucos dias depois, o próprio He admitiu o fato em uma
conferência em Hong Kong e deixou pesquisadores do mundo
todo em choque.

Ele disse que usou a técnica CRISPR para editar em laboratório,


in vitro, o genoma de embriões que viriam a se tornar Lulu e
Nana, duas irmãs gêmeas filhas de um pai portador de HIV. He
disse que conseguiu desativar o gene que permite a infecção
pelo vírus. Isso sem avisar as autoridades.

No entanto, ainda não se sabe quais efeitos colaterais poderão


afetar as garotas durante a vida. Uma das maiores

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preocupações é que outras partes do DNA das meninas tenham


sido afetadas. Pior ainda: como a edição foi feita ainda nos
embriões, poderá ser transmitida às próximas gerações. Uma
pesquisa feita após o nascimento delas indica que seus cérebros
podem ter sido alterados, com consequências para memória e
cognição. O que levantou a questão: será que He já sabia disso
e estaria, na verdade, tentando gerar bebês mais "inteligentes"?

Doudna disse ao New York Times que ficou "horrorizada"


quando soube do ocorrido. Ela recebeu um email de He com o
título "Babies Born" (bebês nasceram). "Eu me senti fisicamente
meio enjoada", relatou. O governo chinês afirmou que ele vai
sofrer consequências legais. O cientista foi confinado ao campus
da universidade de Shenzhen e não é visto desde janeiro. Além
das gêmeas, ele admitiu que uma segunda mulher estava
grávida de um bebê geneticamente modificado pela técnica, que
teria nascido.

Mesmo com toda a reação negativa, um cientista russo disse à


Nature em junho deste ano que também pretende modificar
embriões usando CRISPR. "Acho que sou louco o suficiente
para fazê-lo", declarou Denis Rebrikov. Ele pretende desativar o
mesmo gene que He desativou nas gêmeas, mas em vez de um
pai com HIV, Rebrikov quer fazer o experimento em embriões
com mães que tenham o vírus.

Um mês mais tarde, o russo disse à New Scientist que cinco


casais com um tipo recessivo de surdez - ou seja, que
inevitavelmente será transmitida aos filhos - já estão na fila para
testar o uso do CRISPR em seus embriões. O caso é ainda mais
polêmico porque não envolve uma doença com risco de vida aos
bebês.

Rebrikov, que tem um laboratório de genética na maior clínica de

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fertilização do país, aguarda agora a aprovação do governo para


seguir em frente. Na Rússia, a engenharia genética é proibida na
maior parte dos casos. No entanto, como o CRISPR ainda é uma
técnica relativamente nova, não há regras específicas por lá, o
que é o caso em praticamente todo o mundo.

Por enquanto, há uma espécie de acordo global entre os


cientistas de que é preciso fazer mais testes antes de aplicar o
CRISPR em embriões. Em adultos, a técnica começou a ser
testada neste ano nos Estados Unidos, no Canadá e em alguns
outros países. Mais recentemente, foi anunciado o primeiro
estudo com uso de CRISPR dentro do corpo humano, e não em
uma célula editada em laboratório. O experimento será realizado
por duas empresas de saúde dos Estados Unidos e pretende
testar a efetividade da técnica para curar um tipo de cegueira
hereditária em adultos e crianças.

Aqui no Brasil não há legislação específica para o uso do


CRISPR em seres humanos, então é preciso recorrer a

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resoluções mais abrangentes e debater caso a caso. De acordo


com a professora Celia Priszkulnik Koiffmann, coordenadora do
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de
Biologia da USP, pesquisas in vitro com células retiradas do
corpo e sem intenção de implantação não configuram ataques à
ética. No entanto, para reintroduzir células modificadas no corpo,
é preciso ter autorização.

Jorge Venâncio, coordenador da Conep (Conselho Nacional de


Ética em Pesquisa) diz que a criação de regras específicas para
pesquisas com CRISPR em seres humanos pode entrar em
pauta a partir do fim deste ano. Para ele, essas regulamentações
devem ser consideradas com mais urgência se o conselho
começar a receber propostas de pesquisa em células
germinativas. Mas ainda não é o caso. As pesquisas que
chegaram para análise da Conep são, por enquanto, focadas em
células somáticas. Essas células são maioria no nosso corpo,
mas não englobam espermatozóide e óvulo.

Na agricultura, o uso do CRISPR foi aprovado pela CTNBio


(Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em junho de
2018. O primeiro organismo desenvolvido com a técnica foi uma
levedura para produção de bioetanol, e a decisão foi
comemorada por quem faz pesquisas na área, já que não
enquadra os organismos editados com uso do CRISPR como
transgênicos - além de facilitar o processo de regulamentação
dos produtos. "Como o Brasil entende que o produto deve ser
regulamentado e põe menos peso no processo, o que vai
acontecer é a possibilidade muito grande de criação de um
ambiente favorável ao desenvolvimento de novas empresas e
startups no ramo", prevê o presidente da Sociedade Brasileira de
Genética, Márcio de Castro Silva Filho.

Silva Filho diz que a descoberta é tão importante que deve

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render em breve um prêmio Nobel. "É um processo irreversível e


um avanço sem precedentes", afirma. "É um daqueles grandes
momentos de ruptura do conhecimento. Essa técnica muda o
patamar [da edição genética] em função da especificidade com
que consegue editar o gene, muito parecida com a evolução
natural."

Por enquanto, as modificações possíveis no DNA são restritas.


Ainda não se sabe ao certo quais genes estão envolvidos em
cada uma das nossas características. Além disso, muitas delas
não dependem apenas do DNA. Inteligência e facilidade em
tocar um instrumento musical, por exemplo, se devem a uma
soma de fatores que podem incluir genética, ambiente e esforço
pessoal.

Não há um único "gene da inteligência" que possa ser


selecionado em um embrião. Mesmo características que
parecem mais simples, como altura, ainda não foram totalmente
mapeadas no genoma.

"A limitação aí não é da técnica CRISPR, mas sim da genética",


explica Clarissa Ribeiro Reily Rocha, professora da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo). "Se a genética evoluir no
sentido de entender os genes responsáveis por cada
característica, pronto. O CRISPR vai lá e faz."

Discutir os limites éticos de uso do CRISPR desde já - mesmo


que com uma dose de futurismo - é importante. Quando a
tecnologia estiver disponível, uma coisa é certa: haverá
demanda.

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Médicos que realizam fertilização in vitro já percebem grande


interesse de futuros pais na seleção genética dos embriões.
Georges Fassolas, diretor da Clínica de Reprodução Humana
Vivitá, de São Paulo, relata que há dois questionamentos
bastante frequentes, além da preocupação com doenças. O mais
comum é querer escolher o sexo do bebê e, em segundo lugar, a
cor dos olhos. A resposta, em ambos os casos, é não.

As técnicas de reprodução assistida não podem ser aplicadas


com a intenção de selecionar o sexo ou qualquer outra
característica biológica do futuro filho, exceto para evitar
doenças, determina o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Mesmo que ainda não exista regulamentação para o uso de
CRISPR em humanos no Brasil, a resolução acima indica que a
comunidade médica não vê com bons olhos a interferência em
embriões, a menos que seja para evitar doenças.

No Brasil, é permitido fazer testes genéticos nos embriões e


descartar ou doar para pesquisa aqueles que apresentarem
mutações ou genes responsáveis por causar doenças. A
geneticista Mayana Zatz, diretora do Centro de Pesquisas sobre
o Genoma Humano e células-tronco da USP, defende que o
CRISPR já seja usado em embriões que não serão implantados,
apenas com finalidade de pesquisa. "Em vez de descartar os

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embriões não usados, que eles sejam corrigidos. Isso permitiria


no futuro eliminar a mutação nas gerações seguintes", afirma.
Mas implantar esses embriões é outra coisa, reconhece a
pesquisadora. "Temos que caminhar bastante ainda em termos
de pesquisa."

Por enquanto, o CRISPR fica restrito aos laboratórios, e as mães


podem escolher implantar apenas embriões saudáveis por meio
da reprodução assistida. Mas elas nem sempre querem interferir.
Fassolas conta que uma de suas pacientes fez fertilização in
vitro sem análise genética e teve um filho com Síndrome de
Down. Quando ela voltou ao consultório para ter um segundo
filho pela reprodução assistida, o médico imaginou que a
paciente fosse optar pela análise genética. Estava errado. "Eu
propus fazer análise genética, achei que nem seria uma dúvida",
lembra. "Mas ela me disse uma coisa interessante e que sempre
vou lembrar: 'Doutor Georges, sinceramente, eu amo meu filho
mais do que tudo. Por que eu vou fazer análise genética? Se eu
tiver a notícia de que o segundo tem a mesma síndrome, eu vou
colocar aquele embrião do mesmo jeito.' Então a perspectiva
muda de acordo com as vivências de cada paciente."

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Uma preocupação que aflige tanto especialistas quanto


possíveis pacientes é: quem vai poder pagar pelos tratamentos?
A pesquisa da AP-NORC mostra que 76% dos norte-americanos
consideram pouco provável que a edição genética venha a ser
acessível para a maioria das pessoas. "Temos que brigar para
isso não acontecer, mas infelizmente é o que acontece. É a
mesma coisa com a medicina de ponta: quem tem mais dinheiro
tem mais acesso", diz Mayana. Ela observa que testes
genéticos, por exemplo, não são cobertos pelo SUS (Sistema
Único de Saúde) atualmente.

Em artigo publicado no New England Journal of Medicine, três


pesquisadores tentam acalmar a ansiedade de quem se
preocupa com um futuro em que teremos bebês geneticamente
arquitetados. Para eles, ainda estamos longe de chegar a tal
ponto. Mas não é por falta de vontade.

No próprio Vale do Silício, dezenas de startups genéticas estão


recebendo investimentos de grandes fundos, que estão de olho
nos lucros de futuros produtos e serviços que a área pode criar
nos próximos anos. Para controlar um pouco tanto
empreendedorismo, em janeiro de 2020 a Califórnia colocará em
vigor uma lei em que os kits laboratoriais caseiros de edição
genética (alguns custam US$ 150 e podem ser entregues por
correio) venham com o alerta de que não são para o uso pessoal
- o Estado está tentando regulamentar o chamado biohacking
humano, experimentos de modificações corporais que vão de
implantar chips sob a pele até transfusão de sangue jovem e
experimentos para "otimizar" o corpo.

"Nossa maior proteção contra a edição inapropriada do genoma

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pode ser a não aceitação de se influenciar características como


inteligência, que emergem de interações complexas entre
diversos genes e ambientes", escrevem George Q. Daley
(Universidade de Harvard), Robin Lovell-Badge (Francis Crick
Institute) e Julie Steffann (Université Paris Descartes). "Nossa
ignorância em relação a tal complexidade pode, no fim das
contas, nos salvar dos perigos da arrogância humana."

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