Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES
Rio de Janeiro
2008
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
Rio de Janeiro
2008
© 2008
143p. il.
CDD 629.04
2
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
Rio de Janeiro
2008
3
Dedico este trabalho a meus pais, que sempre
acreditaram em mim e torceram por meu sucesso.
4
AGRADECIMENTOS
Esta dissertação não teria sido possível sem a ajuda de algumas pessoas. Por isso, eu
agradeço:
A DEUS com louvor, por mais esta vitória, pelas demais conquistas que me proporcionou
e por sempre me dar forças para continuar lutando.
Ao Instituto Militar de Engenharia, por reunir excelentes condições em material humano,
através de seu corpo docente para apoio à realização desta dissertação.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), pelo apoio
financeiro durante o curso.
À equipe do escritório da Promon Engenharia em São Luís, principalmente aos meus
chefes, Engenheiros CARLOS HENRIQUES OLIVEIRA e RONAN AYER, pelo total apoio
para que eu concluísse a dissertação.
À minha querida orientadora, Professora VÂNIA BARCELLOS GOUVÊA CAMPOS,
por ter acreditado em mim, pelas discussões sempre que havia alguma divergência de
opiniões, pelos incentivos nos momentos de “nebulosidade”, e por toda a atenção dispensada
na realização não só desta dissertação, mas também na realização de diversos artigos, resumos
e relatórios enviados a congressos e seminários.
Ao Professor Cel R/1 LUIZ ANTÔNIO SILVEIRA LOPES, pelo apoio e incentivo a
utilizar o MATLAB na minha dissertação e pelo encaminhamento profissional.
Aos demais professores com os quais tive aula (Cel R/1 LOPES, TC R/1 FERREIRA
FILHO, Maj SANDRO, Cap CARRILHO, CRISTINA, QUINTELLA, BUSTAMANTE e
MARCELO SUCENA), pelos conhecimentos ensinados.
Ao Engº. JOSÉ CARLOS VIEIRA, da ARTESP, pela atenção dispensada e pelas
informações importantes que foram repassadas.
Ao professor Cel R/1 DIEGUEZ, pelos ensinamentos passados durante o Estágio em
Docência.
Aos professores MARIA CRISTINA FOGLIATTI DE SINAY, LUIZ FRANCISCO
MUNIZ DA SILVA e PAULO CEZAR MARTINS RIBEIRO, pela gentileza em aceitar o
convite para examinar este trabalho.
Aos funcionários da secretaria da SE/2, em especial ao Sgt OAZEM, por toda a ajuda
para o cumprimento dos diversos trâmites burocráticos durante o curso.
5
Aos colegas da Turma de 2005 (Cap SIQUARA, Ten GIUSEPPE, Ten MACEDO,
DANILO, DENISE, ERBLAI, GIOVANNI, NATÁLIA, NEI e OLÍVIO), pelas dicas e
orientações sempre oportunas.
Aos colegas da Turma de 2007 (Cap TARCÍSIO, Cap CASTILHO, Cap HOTTA, Ten
CUSTÓDIO, Ten AMORIM, BÁRBARA, DAVID, ORIVALDE, ROBERTO, ROSANA e
VANDA), pelo bom convívio.
Aos colegas da Turma de 2006 – Minha turma, o “CLUBE DOS TREZE”! – pela
convivência sempre harmoniosa e por apoiarmos uns aos outros sempre que preciso:
• Ao Maj DINIZ e ao Cap GUERSON, pela confiança depositada em mim ao
permitirem ter-me como hóspede em seus respectivos apartamentos enquanto foi
possível, dando mais um significado à “mão amiga” do Exército Brasileiro;
• Ao Cap RENATO, por nos ensinar bastante com sua perseverança: mesmo quando
tudo parecia perdido, ele não deixava que nada abalasse seu bom humor;
• Ao ANDRÉ, ao CLAUBER e ao MARCELO, pelos bons momentos como colegas de
apartamento (o Marcelo era um hóspede esporádico), e pela ótima companhia para
uma cervejinha às sextas-feiras (e às quintas, quartas, terças...);
• Ao Ten ÁVILA e ao CAZELLI, por serem excelentes colegas de baia e por dividirem
seu intelecto e sua paciência com a turma nos momentos mais difíceis;
• Ao RICARDO, pela amizade e pelo companheirismo, dentro e fora das salas de aula e
desde a época da graduação, por me incentivar a me inscrever no Mestrado faltando
poucos dias para terminarem as inscrições e, claro, também pela convivência como
colega de baia;
• À MARCELA, à MARIANA e à SABRINA – as “Meninas Superpoderosas” – por sua
doçura e carinho durante esses dois anos de batalha.
Ao ANDRÉ MEDEIROS, por todo o suporte de informática prestado.
À CRISTINA OLIVEIRA, pelas conversas no corredor e por compartilhar sua simpatia
constante.
Ao AMÍLCAR e à ISOLINA, pelas aulas involuntárias de “portunhol” durante nossas
conversas.
E a todos que contribuíram diretamente ou indiretamente para a realização deste trabalho.
6
“O sucesso nasce do querer. Sempre que o homem
aplicar a determinação e a persistência para um
objetivo, ele vencerá os obstáculos, e se não atingir o
alvo, pelo menos fará coisas admiráveis.”
JOSÉ DE ALENCAR (1829-1877)
7
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.................................................................................................. 11
LISTA DE TABELAS............................................................................................................ 14
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17
8
3. TÉCNICAS APLICADAS À ANÁLISE DE PRAÇAS DE PEDÁGIO ................ 41
9
6. FORMULAÇÃO DO PROCEDIMENTO............................................................... 84
9. APÊNDICES............................................................................................................. 119
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIG 2.6. Pedágio de bloqueio com sistema em espécie: BR-116 (Rodovia Presidente Dutra),
operada pela concessionária NovaDutra.................................................................. 30
FIG 2.7. Pedágio de barreira: SP-330 (Rodovia Anhangüera), operada pela concessionária
Intervias ................................................................................................................... 31
FIG 2.8. Praça de pedágio sem divisão de sentido: Av. Carlos Lacerda (Linha Amarela), Rio
de Janeiro, operada pela concessionária LAMSA ................................................... 32
FIG 2.9. Praça de pedágio com divisão de sentido e sem separação longitudinal: SP-330
(Rodovia Anhangüera), operada pela concessionária AutoBAn ............................. 32
FIG 2.10. Praça de pedágio com separação longitudinal: SP-280 (Rodovia Presidente Castello
Branco), operada pela concessionária ViaOeste...................................................... 33
FIG 2.11. Praça de pedágio com faixas exclusivas para pagamento eletrônico – Illinois State
Toll Highway Authority ........................................................................................... 33
FIG 2.12. Zonas de aproximação e de afastamento de uma praça de pedágio: SP-270 (Rodovia
Raposo Tavares), operada pela concessionária ViaOeste........................................ 34
FIG 2.17. Praça de pedágio com faixas reversíveis: BR-116/RJ (Rodovia Presidente Dutra),
operada pela concessionária NovaDutra.................................................................. 38
11
FIG 2.18. Praça de pedágio com cobrança unidirecional: BR-101 (Ponte Rio-Niterói), operada
pela concessionária Ponte S/A................................................................................. 38
FIG 2.20. Praça de pedágio com faixas ramificadas: SP-160 (Rodovia dos Imigrantes),
operada pela concessionária Ecovias....................................................................... 40
FIG 3.2. Praças de pedágio com layout simétrico (a) e assimétrico (b)................................. 50
FIG 6.4. Variação do número de cabines manuais em função do tipo de veículo e da forma
de pagamento. .......................................................................................................... 90
FIG 6.6. Equação para o taper da zona de aproximação baseado nos valores propostos por
McDonald & Stammer (2001) ................................................................................. 93
12
FIG 6.7. Equação para o taper da zona de aproximação baseado nos valores apresentados
por Schaufler (1997) ................................................................................................ 94
FIG 6.8. Equação para o comprimento mínimo da área de transição baseado nos valores
apresentados por Schaufler (1997) .......................................................................... 94
FIG 6.9. Equação para o raio da curva de concordância baseado nos valores apresentados por
Schaufler (1997) ...................................................................................................... 95
FIG 6.11. Equação para o taper da zona de afastamento baseado nos valores propostos por
McDonald & Stammer (2001) ................................................................................. 98
FIG 6.12. Equação para o taper da zona de afastamento baseado nos valores apresentados por
Schaufler (1997) ...................................................................................................... 99
FIG 6.13. Equação para o raio da curva de concordância da zona de afastamento baseado nos
valores apresentados por Schaufler (1997).............................................................. 99
FIG 6.14. Taper de aproximação: comparação entre McDonald & Stammer (2001) e
Schaufler (1997) .................................................................................................... 101
FIG 6.15. Taper de afastamento: Comparação entre McDonald & Stammer (2001) e Schaufler
(1997)..................................................................................................................... 101
FIG 6.16. Modelo de praça de pedágio calculado pelo protótipo computacional.................. 106
13
LISTA DE TABELAS
TAB 2.1. Valores encontrados na literatura para capacidade de cabines de pedágio ........... 28
TAB 5.1. Medidas de eficiência para praças de pedágio encontradas na literatura .............. 71
TAB 5.4. Escala de nível de serviço proposta por Lin & Su (1994)..................................... 76
TAB 5.5. Escala de nível de serviço utilizada por Gulewicz & Danko (1994)..................... 78
TAB 5.6. Escala de nível de serviço proposta por Klodzinski & Al-Deek (2001) ............... 80
TAB 6.3. Escala proposta de Nível de Serviço: tempo médio no sistema ............................ 86
TAB 6.6. Valores do taper de aproximação propostos por McDonald & Stammer ............. 93
14
RESUMO
15
ABSTRACT
In this dissertation, a procedure for the toll plazas’ layout dimensioning is proposed as a
way to subsidise the building of new plazas in new highway concessions, or in improving the
existing ones aiming at a better level-of-service to the user. For that, toll plazas are initially
characterized about payment type, location of the plaza in the highway system, the layout and
the main elements of design.
For the dimensioning process, the main tools of toll plaza analysis are presented and
described: the Queuing Theory and Simulation. Some international examples of existing toll
plazas in literature, in which these tools are used, are also shown.
A study about level-of-service scales for toll plazas was made, concluding with the
definition of a level-of-service scale to be used in the proposed procedure.
Based on these analyses, a procedure is proposed to the toll plazas’ layout dimensioning
considering the relationship between toll plazas’ characteristics and the desired level-of-
service to the user.
A computational prototype was developed for scenarios analysis about the number of
tollbooths, and other to the layout elements calculi.
16
1. INTRODUÇÃO
17
e inconstitucionalidade. Atualmente, o pedágio no Brasil está relacionado ao início da
desestatização da malha viária (VASCONCELOS, 2004).
Na primeira etapa do programa de concessões federais, que se iniciou em 1995, cerca de
1500 km de rodovias federais foram concedidos à iniciativa privada (ANTT, 2006a). Além
das rodovias federais, mais de 8300 km de rodovias estaduais também sofreram um processo
de licitação para concessão durante o período cerca de 20 anos (ABCR, 2007). Isso representa
aproximadamente 6% dos 160.000 km de estradas pavimentadas do Brasil. Apesar da
porcentagem relativamente pequena, a importância dessas concessões é enorme, já que entre
as estradas concedidas estão as principais rodovias do país, que passam pelos grandes centros
econômicos do Brasil. As concessionárias, em troca do pedágio, cuidam da conservação e
sinalização das rodovias, além de fornecerem outros serviços adicionais previstos nos
contratos de concessão (CONSUMIDOR BRASIL, 2007).
Existem hoje em operação 169 praças de pedágio em rodovias concedidas: algumas com
cobrança bidirecional; outras, com cobrança unidirecional. Além dessas, existem 26 praças
sob operação de órgãos vinculados a governos estaduais em São Paulo, Ceará, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O Anexo A apresenta a localização de todas as
praças em operação no Brasil.
Com a segunda etapa do programa de concessões federais, este número tende a aumentar
significativamente, já que serão concedidos 2600 km de rodovias federais. Estima-se que
serão construídas 36 praças de pedágio na nova malha concedida (ANTT, 2006b) A FIG 1.1
apresenta as rodovias a serem concedidas.
18
Além das concessões rodoviárias, existe um estudo de uma parceria público-privada
(PPP). Este estudo consiste na concessão para recuperação, manutenção, operação e aumento
de capacidade em uma extensão de 680,6 quilômetros das rodovias federais BR-116 e BR-
324, no Estado da Bahia, conforme ilustra a FIG 1.2. O sistema cobrirá um trecho de 113,2
quilômetros da BR-324 entre as cidades de Salvador e Feira de Santana, um segmento de
554,1 quilômetros da BR-116, entre Feira de Santana até a divisa entre os estados da Bahia e
Minas Gerais, e um trecho de 13,3 quilômetros da BA-526 e da BA-528 ligando a BR-324 até
a Base Naval de Aratu, perto de Salvador. O prazo da concessão variará de 13 a 17 anos a
depender do volume de tráfego observado (BNDES, 2007).
19
Diante desta perspectiva, evidencia-se a necessidade de estudos que contribuam para o
dimensionamento adequado das praças considerando-se a avaliação do nível de serviço das
mesmas visando-se a um melhor atendimento ao usuário.
1.2. OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma metodologia para subsidiar a
implantação de uma praça de pedágio, quanto ao seu dimensionamento e layout, com base na
relação entre as características da praça e o nível de serviço para o usuário.
1.3. JUSTIFICATIVA
Praças de pedágio são, notoriamente, gargalos no fluxo de uma rodovia. Por esse motivo,
é importante que o planejamento de uma praça de pedágio seja feito de forma a minimizar,
dentre outros fatores, o tempo de espera do usuário, tanto na fila quanto durante o pagamento.
A situação ideal seria a que existisse algum dispositivo eletrônico de cobrança para todos
os veículos que utilizassem a rodovia. Desta forma, a praça não precisaria existir fisicamente,
bastando, apenas, um pórtico onde ficariam os equipamentos que fariam a leitura dos
dispositivos nos veículos. Como essa situação, embora fosse ideal, é impossível de ocorrer, já
que sempre haverá usuários eventuais da rodovia, é importante que a passagem dos veículos
pela praça de pedágio seja feita com o melhor nível de serviço possível.
Para isso, faz-se necessária a aplicação de um procedimento que subsidie o
dimensionamento do layout de praças de pedágio visando-se ao melhor nível de serviço para
os usuários.
Outro fator importante a ser considerado é o fato de que, com relação à geometria das
praças de pedágio, não existe uma formulação para o dimensionamento de suas larguras,
comprimentos de zonas de aproximação, dentre outros parâmetros. O que ocorre é uma
padronização desses valores, modificando-se somente o número de cabines em cada praça
20
(DER-SP, 2007). Isto gera um problema, visto que cada rodovia possui suas peculiaridades,
não podendo simplesmente ser feito um projeto aplicável a todas elas.
Como resultado dessa padronização, têm-se grandes congestionamentos, principalmente
nos períodos de grandes feriados e férias escolares. Esses congestionamentos, muitas vezes,
vão além da área da praça de pedágio.
Para atingir o objetivo mencionado, são necessários alguns estudos, que serão
desenvolvidos segundo as seguintes etapas:
No Capítulo 1 (um) são apresentadas as Considerações Iniciais, a Justificativa, o Objetivo
e a Estruturação do Trabalho.
No Capítulo 2 (dois) são apresentadas as principais características das praças de pedágio.
São descritos os métodos de cobrança e são citadas as diferentes formas de disposição das
praças de pedágio ao longo da rodovia. Além disso, são apresentadas características de layout
e os principais elementos de projeto a serem dimensionados.
No Capítulo 3 (três) são apresentadas duas técnicas de análise de desempenho de praças
de pedágio: teoria das filas e simulação.
No Capítulo 4 (quatro) são abordados os critérios de dimensionamento dos principais
elementos do layout de uma praça de pedágio.
No Capítulo 5 (cinco) são apresentados procedimentos para análise do nível de serviço em
praças de pedágio.
No Capítulo 6 (seis) é feita a formulação do procedimento para o dimensionamento do
layout de uma praça de pedágio.
No Capítulo 7 (sete) são apresentadas as conclusões e as recomendações referentes ao
trabalho realizado.
Em seguida são apresentadas as referências bibliográficas e os apêndices.
21
2. CARACTERÍSTICAS DAS PRAÇAS DE PEDÁGIO
22
do usuário depende, dentre outros fatores, da freqüência em que é utilizada a rodovia.
SCHAUFLER (1997) descreve os três métodos de cobrança, conforme apresentados a seguir.
23
2.2.2. COLETA AUTOMÁTICA
24
2.2.3. COLETA ELETRÔNICA
A coleta eletrônica (conhecida também como ETC – electronic toll collection, ou AVI –
automatic vehicle identification) é um sistema em que uma antena identifica o veículo
equipado com uma etiqueta ou com um transponder, também conhecido como “tag” (FIG
2.3), quando este se aproxima da praça. Desta forma, o sistema debita o valor da tarifa
correspondente ao veículo. A cobrança eletrônica de pedágio aumenta a capacidade de
atendimento da praça, já que os veículos não precisam parar para efetuar o pagamento.
25
caminhão-cegonha), o segundo laço indutivo é ativado antes que os sensores de eixo sejam
liberados. Neste caso, o veículo é fotografado novamente, mas desta vez, de perfil.
Se houver divergência entre a fotografia e a informação do tag, ou se o tag estiver com
defeito, ou ainda, se o tag estiver na “lista negra”, o primeiro alarme é soado, indicando que o
veículo deve parar e esperar o atendimento do fiscal de pista. Se mesmo assim, o veículo não
parar, um segundo alarme é soado, indicando que, a partir daquele instante, o veículo será
multado.
Caso não haja anomalias, a cancela é levantada e o veículo segue viagem. Após a
passagem do veículo, a segunda barreira ótica detecta o final da passagem e a cancela é
abaixada.
CARVALHO (2003) apresenta as principais inovações tecnológicas no que tange à coleta
eletrônica de pedágio:
26
2.2.3.2. SISTEMAS ÓTICOS E SEMI-ÓTICOS
27
da rodovia, esse valor, quando da automação do processo, pode subir para 1800 veículos por
hora, considerando-se a existência de faixas exclusivas para automóveis. Para a cobrança
automática, onde são utilizadas máquinas automáticas de moedas, a taxa de atendimento é de
500 veículos por hora. ARAÚJO (2001) sintetiza alguns valores para taxas de atendimento
encontradas na literatura, conforme mostra a TAB 2.1.
28
paguem a tarifa. Nos sistemas “abertos”, alguns usuários trafegam gratuitamente pela rodovia
entre alguns acessos.
29
FIG 2.6. Pedágio de bloqueio com sistema em espécie: BR-116 (Rodovia Presidente Dutra),
operada pela concessionária NovaDutra
Fonte: GOOGLE EARTH (2007a)
30
FIG 2.7. Pedágio de barreira: SP-330 (Rodovia Anhangüera), operada pela concessionária
Intervias
Fonte: GOOGLE EARTH (2007b)
2.4. LAYOUT
O layout de uma praça de pedágio é determinado por diversos fatores, como por exemplo,
limitações físicas no local de sua implantação, o volume do tráfego a passar pela praça e o
método de coleta a ser empregado. As praças de pedágio podem ser sem divisão de sentido
(que permite a implementação de faixas reversíveis, FIG 2.8), com divisão de sentido (com
separação longitudinal ou não, FIG 2.9 e FIG 2.10) e, além de possuir divisão de sentido,
possuir também faixas expressas para veículos que efetuam pagamento eletrônico (FIG 2.11).
Para esses últimos, é como se a praça de pedágio não existisse.
31
FIG 2.8. Praça de pedágio sem divisão de sentido: Av. Carlos Lacerda (Linha Amarela), Rio
de Janeiro, operada pela concessionária LAMSA
Fonte: GOOGLE EARTH (2007c)
FIG 2.9. Praça de pedágio com divisão de sentido e sem separação longitudinal: SP-330
(Rodovia Anhangüera), operada pela concessionária AutoBAn
Fonte: GOOGLE EARTH (2007d)
32
FIG 2.10. Praça de pedágio com separação longitudinal: SP-280 (Rodovia Presidente Castello
Branco), operada pela concessionária ViaOeste
Fonte: GOOGLE EARTH (2007e)
FIG 2.11. Praça de pedágio com faixas exclusivas para pagamento eletrônico – Illinois State
Toll Highway Authority
Fonte: GOOGLE EARTH (2007f)
33
2.4.1. ELEMENTOS DE PROJETO DO LAYOUT
34
2.4.1.1. ZONA DE APROXIMAÇÃO
A região da praça de pedágio onde o número de faixas, que é igual ao número de cabines,
diminui para que fique apenas o número de faixas da rodovia também é um ponto crucial no
que diz respeito ao nível de serviço. O modo pelo qual essa transição ocorre varia de acordo
com a rodovia.
A zona de afastamento inclui a área de recuperação, que é uma área de largura constante
usada para que os motoristas possam acelerar seus veículos sem que haja interferência de
veículos em outras faixas; e a área de transição onde o pavimento sofre um estreitamento
transversal.
Às vezes, algumas faixas desaparecem abruptamente, fazendo com que os motoristas
precisem de um cuidado extra para que não haja choques com veículos de outras faixas; em
outros casos, essa região é longa o suficiente para que os veículos possam atingir a velocidade
diretriz sem maiores problemas.
Existem diferentes padrões de junção de faixas em uma área de afastamento. Com muitas
faixas convergindo para uma faixa em um único ponto (FIG 2.14), tantos veículos quantas
forem as faixas podem interferir entre si neste ponto.
35
FIG 2.14. Quatro faixas se transformando em uma
Uma forma bastante comum é iniciar a junção da faixa mais à direita (ou mais à
esquerda) e diminuir até que se atinja o número desejado de faixas (FIG 2.15). Esta forma é
vantajosa para os usuários que ocupam as faixas onde não há junções, no entanto, os
motoristas que estão do outro lado precisarão fazer várias junções até o fim da área de
afastamento da praça.
Existe, ainda, uma forma “equilibrada” de se fazer esta junção, onde as faixas se juntam
duas a duas, podendo esta junção ser centralizada (FIG 2.16), ou não.
36
2.5. MEDIDAS DE CONTROLE DE CONGESTIONAMENTO
Para a adoção de faixas reversíveis, deve existir uma diferença significativa entre os
volumes dos horários de pico da manhã e da tarde. Utilizando-se cones ou barreiras móveis,
obtém-se um acréscimo na capacidade com a instalação de equipamentos em um determinado
número de faixas centrais nos dois sentidos do tráfego. O sucesso desta técnica depende,
dentre outros fatores, de haver espaço suficiente nas zonas de aproximação e de afastamento
de tal forma que essas áreas comportem adequadamente o aumento do tráfego na praça. A
FIG 2.17 mostra uma praça de pedágio na BR-116 que possui faixas reversíveis.
A cobrança unidirecional de pedágio é outra opção que é bastante utilizada, mas não
exclusivamente, em pedágios de pontes e túneis. Esta técnica é aplicável em praças de
pedágio onde os caminhos alternativos sejam inexistentes ou muito distantes para que haja
fuga de usuários. A FIG 2.18 apresenta uma praça de pedágio com cobrança unidirecional.
Similarmente ao conceito de faixas reversíveis, o pedágio unidirecional aumenta o
número de faixas de cobrança em uma determinada direção. Além disso, não há necessidade
de instalação de equipamentos redundantes, como é no caso da adoção de faixas reversíveis.
37
FIG 2.17. Praça de pedágio com faixas reversíveis: BR-116/RJ (Rodovia Presidente Dutra),
operada pela concessionária NovaDutra
Fonte: GOOGLE EARTH (2007h)
FIG 2.18. Praça de pedágio com cobrança unidirecional: BR-101 (Ponte Rio-Niterói), operada
pela concessionária Ponte S/A
Fonte: GOOGLE EARTH (2007i)
38
2.5.3. CABINES DE COBRANÇA EM “TANDEM”
39
FIG 2.20. Praça de pedágio com faixas ramificadas: SP-160 (Rodovia dos Imigrantes),
operada pela concessionária Ecovias
Fonte: GOOGLE EARTH (2007j)
40
3. TÉCNICAS APLICADAS À ANÁLISE DE PRAÇAS DE PEDÁGIO
Neste capítulo serão apresentadas duas técnicas de análise de praças de pedágio: teoria
das filas e simulação. Também serão analisados alguns casos em que essas técnicas foram
utilizadas para o projeto do layout de praças de pedágio.
O primeiro estudo sobre teoria das filas surgiu em 1909, quando A. K. Erlang,
funcionário de uma companhia telefônica da Dinamarca, tentava solucionar problemas de
congestionamentos das linhas telefônicas. Devido a seu pioneirismo, Erlang ficou conhecido
como o “pai” da Teoria das Filas (UNIA, 2004).
A teoria das filas, de acordo com FOGLIATTI & MATTOS (2007), é a modelagem
analítica de processos ou sistemas que resultam em espera e tem como objetivo determinar e
avaliar quantidades, denominadas medidas de desempenho, que expressam a
produtividade/operacionalidade desses processos.
Essa técnica serve à modelagem dos sistemas em que as entidades que chegam
aleatoriamente e necessitam de períodos diversos de tempo para serem atendidas possam
41
esperar em fila até serem servidas. Os modelos deste tipo trabalham com padrões típicos de
chegada e atendimento e, através de fórmulas analíticas, medem características intrínsecas às
filas de espera, tais como: comprimento, tempo médio de espera e outros. Tais parâmetros
podem ser obtidos através das distribuições de probabilidade dos tempos de chegadas e de
serviço para as entidades envolvidas. A teoria das filas tem uma aplicação importante num
sistema propenso ao congestionamento, onde os recursos que dão provimento à melhoria dos
serviços estão equilibrados com os que suportam a congestão (PORTUGAL, 2005).
A modelagem de um sistema de filas requer aproximações e simplificações do sistema
real. Tais simplificações, no entanto, não devem interferir nas estimativas das medidas de
desempenho do sistema.
42
O processo de chegada dos usuários é especificado pelo comportamento do fluxo de
chegadas dos mesmos ao sistema. Se forem conhecidos o número de chegadas e os instantes
de tempo em que elas acontecem, esse processo é denominado determinístico; caso contrário,
tem-se um comportamento aleatório constituindo um processo estocástico caracterizado por
uma distribuição de probabilidade. Para essa distribuição, é necessária a especificação de um
parâmetro denominado taxa de chegadas, que representa o número de usuários que chegam ao
sistema por unidade de tempo.
O processo de atendimento é especificado pelo comportamento do fluxo de usuários
atendidos e a sua caracterização é análoga à do processo de chegadas.
Os canais ou postos de serviço (em paralelo) são os locais (físicos ou não) onde são
atendidos os usuários. O número de postos de um sistema pode ser finito ou infinito. Como
exemplo do primeiro caso, podem-se citar os guichês de um posto de pedágio e do segundo,
qualquer atendimento do tipo self-service, onde cliente e servidor são a mesma pessoa e onde
o serviço está sempre disponível.
A capacidade do sistema é o número máximo de usuários que o mesmo comporta
(incluindo fila e atendimento) e pode ser finita ou infinita. Como exemplo do primeiro caso,
pode-se citar um posto de vistoria de carros que admite um número máximo de carros
aguardando pelo serviço, e do segundo caso, um porto aonde navios chegam para
descarregamento aguardando, se necessário, no mar. No caso de capacidade finita, quando
esta é atingida, os usuários que chegam até o instante da próxima liberação são rejeitados.
A disciplina de atendimento é o critério estabelecido pela gerência do sistema, segundo
o qual os usuários que se encontram na fila são atendidos quando um posto fica disponível.
Dentre as disciplinas mais utilizadas, podem-se citar a FIFO (first in, first out), onde os
usuários são atendidos na ordem das chegadas, e a LIFO (last in, fisrt out), em que o primeiro
usuário a ser atendido é o último a ter chegado.
3.2.2. NOTAÇÃO
A notação de processos de filas mais utilizada atualmente foi proposta por Kendall, em
1953, e é descrita por uma série de símbolos, tais como, A/B/m/k/M, onde A indica o
processo de chegada, B o processo de atendimento, m o número de postos de atendimento em
paralelo, k a capacidade do sistema e M a disciplina de atendimento.
43
Os valores de A e B dependem do tipo de distribuição de probabilidade que melhor se
ajusta ao processo de chegada e ao tempo de atendimento. As distribuições mais utilizadas
são:
• M: distribuição exponencial
• D: distribuição determinística
• En: distribuição de Erlang
• G: distribuição geral
3.3. SIMULAÇÃO
44
• Os modelos de simulação são mais simples de serem compreendidos e aplicados que
os modelos analíticos;
• Enquanto os modelos analíticos usualmente exigem um grande número de hipóteses
simplificadoras para torná-los matematicamente tratáveis, modelos de simulação não
possuem essa restrição;
• Em muitos casos, a simulação é o único meio de se resolver um problema.
Desvantagens:
• Os modelos podem ser caros, consumindo um longo tempo para a sua elaboração e
validação;
• Usualmente, é necessário um grande número de replicações para garantir a qualidade
dos dados de saída do modelo, o que pode segnificar custos elevados em alguns casos;
• O uso da simulação é desvantajoso para casos onde técnicas analíticas seriam mais
adequadas para a análise do problema.
De acordo com Moccellin (1999), um estudo de simulação passa por quatro etapas:
construção do modelo, geração de números aleatórios, preparação do programa de simulação,
e validação do modelo.
45
deveria ser inteiramente testado, peça por peça. Isto pode ser feito, parcialmente, executando-
se uma versão grosseira da simulação numa calculadora e verificando se cada entrada é
recebida da fonte apropriada e cada resultado é aceitável para o submodelo seguinte.
Entretanto, cada um dos componentes no modelo também deveria ser testado isoladamente,
para verificar se seu desempenho interno é razoavelmente consistente com a realidade
(MOCCELLIN, 1999).
46
alternativas que serão consideradas. Como, freqüentemente, é impossível predizer exatamente
que alternativas interessantes serão descobertas durante o curso do estudo, é essencial que
sejam incluídas no programa flexibilidade e provisão para modificações rápidas e simples. A
estratégia do estudo da simulação deve ser estudada cuidadosamente antes de terminar o
programa de simulação. Fazer com que o computador meramente compile massas de dados,
numa procura cega de alternativas atraentes, está longe de ser adequado. A simulação é,
basicamente, um meio de conduzir uma investigação experimental. Por isso, exatamente
como com um experimento físico, deveria ser dada uma atenção cuidadosa à construção de
uma teoria de hipóteses formais a serem testadas e ao projeto habilidoso de um experimento
estatístico que resultará em conclusões válidas (MOCCELLIN, 1999).
47
de uma praça de pedágio criando-se um modelo computacional. Após uma discussão sobre o
comportamento natural do tráfego e de fazerem-se algumas considerações para simplificar o
fluxo, o processo de passagem por uma praça de pedágio foi dividido em duas etapas: o
pagamento da tarifa e a junção das pistas após este. A Teoria das Filas foi aplicada a cada
etapa, como se cada uma fosse um sistema distinto de filas. Levando-se em consideração que
uma praça de pedágio bem dimensionada diminui o tempo de viagem, foram definidas
fórmulas para calcular o tempo perdido por motorista em função do número de faixas na
rodovia antes da praça, o fluxo na rodovia e o número de cabines de cobrança.
Foram consideradas apenas as praças de pedágio do tipo barreira, descartando-se,
portanto, a análise de praças do tipo bloqueio. Além disso, a coleta eletrônica não foi levada
em consideração no conjunto de cabines, ou seja, como se as faixas destinadas às mesmas
estivessem em faixas exclusivas para aqueles veículos que efetuam pagamento eletrônico da
tarifa. Isto porque, para esses usuários, é como se a praça de pedágio não existisse, já que eles
passam por baixo de pórticos onde ficam posicionadas as antenas que realizam a leitura dos
tags e, posteriormente, debitam o valor da tarifa.
Quanto aos usuários, CHERNG et alii (2005) os divide em duas categorias: os irracionais
e os racionais. Os irracionais são aqueles que possuem um comportamento imprevisível. Eles
podem, por exemplo, escolher uma cabine que possua uma fila grande ao invés de escolher
uma que possua menos veículos aguardando. Eles podem, inclusive, escolher uma faixa com
fila mesmo quando há cabines ociosas.
Além disso, os motoristas irracionais executam manobras perigosas que podem causar
colisões e até mesmo o fechamento de algumas cabines, reduzindo a capacidade da praça.
Outras situações podem ocorrer, como, por exemplo, o usuário não ter dinheiro suficiente
para pagar a tarifa e ficar parado na fila até que o problema seja resolvido. É inevitável que o
fraco desempenho dos motoristas irracionais cause a queda do desempenho da praça de
pedágio. A dúvida que fica, portanto, é se esse motorista irracional deve ser incluído no
modelo de simulação da praça, e caso seja, de que forma isso seria elaborada esta inclusão.
Em uma modelagem, poderiam ser incluídos alguns comportamentos típicos de motoristas
irracionais, mas a mente humana parece não ter limites. Com isso, sempre haveria um
comportamento, por mais bizarro que fosse, que não seria computado no modelo.
O motorista racional, por outro lado, está interessado em passar pela praça de pedágio no
menor espaço de tempo possível, de acordo com as condições do tráfego, a presença de outros
veículos e o comportamento destes. Um motorista, quando chega à praça, não sabe como está
48
o tráfego após as cabines. Desta forma, ele não pode considerar esta variável na escolha da
faixa onde irá efetuar o pagamento da tarifa. O único critério de escolha é o tamanho das filas
antes de chegar às cabines.
As considerações feitas para o estudo foram as seguintes:
• O fluxo é constante em um curto período de tempo;
• O intervalo entre chegadas à praça de pedágio segue uma distribuição exponencial;
• O tráfego se distribui uniformemente na praça de acordo com o formato de um leque;
• Os motoristas esperam na fila até chegarem à cabine, ou seja, uma vez escolhida uma
fila, o motorista não pode ir para outra;
• O tempo de atendimento nas cabines também segue uma distribuição exponencial;
• Os motoristas, após saírem das cabines, entram em um processo de fila na área de
afastamento da praça de pedágio;
• A praça adota a junção do tipo lateral na saída da praça.
ITO (2005) propõe um modelo de simulação para avaliar praças de pedágio com faixas
exclusivas para pagamento eletrônico em rodovias do Japão. Foi estudado o layout ideal para
aumentar o rendimento da praça.
O grande problema das faixas exclusivas para pagamento eletrônico é que em muitas
vezes, as filas para pagamento manual são longas o bastante para obstruir o caminho dos
veículos equipados com algum dispositivo eletrônico de cobrança. Com isso, é gerada uma
grande ociosidade nas faixas eletrônicas, e esse foi o propósito de ITO (2005): modelar uma
praça de tal forma que não haja essas obstruções.
Para a simulação da praça, foi utilizado o software Arena, da Rockwell Software. Foram
criados seis procedimentos para simular o pagamento da tarifa:
• Módulo “create”: cria entidades baseado em configurações preestabelecidas, como
períodos do dia e as taxas de chegadas dos veículos em cada um desses períodos.
• Módulo “process”: representa os tempos de processamento.
• Módulo “decide”: determina as decisões quando necessário.
• Módulo “assign”: atribui valores a parâmetros do sistema.
49
• Módulo “record”: coleta valores estatísticos.
• Módulo “dispose”: representa o final da simulação. Os valores estatísticos são salvos
antes do começo da simulação seguinte.
A simulação também foi dividida em seis etapas. São elas:
• Geração de veículos: são criados dois tipos de veículos, “ETC”, formado pelos
veículos que efetuam pagamento eletrônico, e “geral”, formado pelos demais veículos.
É definido o tempo de atendimento de acordo com o tipo de veículo e de acordo com o
período do dia.
• Escolha de faixa: os veículos surgem de uma determinada faixa da rodovia antes da
praça de acordo com distribuições de probabilidade, o tipo do veículo, as condições do
tráfego etc.
• Área de aproximação: são definidos os tempos que os veículos demorarão antes de
chegar à cabine em função do tráfego.
• Escolha da cabine: é decidido para qual cabine cada veículo será encaminhado.
• Arrecadação: o veículo chega à cabine e, após um período de tempo definido
anteriormente, é liberado.
• Partida: após os dados serem devidamente armazenados, o veículo sai da praça e sua
respectiva entidade é destruída.
Quanto ao layout da praça, foi feito um estudo no que diz respeito à sua simetria. Foram
estudados dois layouts: um, com as cabines distribuídas simetricamente; outro, com a cabine
de coleta eletrônica mais afastada do eixo de simetria da praça (FIG 3.2).
FIG 3.2. Praças de pedágio com layout simétrico (a) e assimétrico (b)
Fonte: ITO (2005)
50
Os resultados da simulação comprovaram que a solução assimétrica apresenta melhor
desempenho para fluxos acima de 700 veículos por hora. Para fluxos menores, não há
diferenças significativas. Nestes casos, o tempo médio na praça é de cerca de 100 segundos.
Para fluxos de 800, 1000 e 1200 veículos por hora, na praça com layout simétrico os tempos
médios são, respectivamente, 200, 600 e 750 segundos, enquanto que na configuração
assimétrica, esses tempos são de 100, 400 e 500-600 segundos, respectivamente.
O objetivo principal do trabalho foi propor uma solução prática para resolver o problema
dos congestionamentos que atrapalham a operação das faixas de cobrança eletrônica nas
praças de pedágio. Os resultados foram favoráveis, mas o modelo precisa ser melhorado. O
autor sugere mais estudos de caso para refinar o modelo de tal forma que se avancem as
pesquisas em sistemas de pagamento eletrônico.
VAN DIJK et alii (1999) utilizam a teoria das filas em conjunto com simulação para
mudar o layout da praça de pedágio do túnel sob o rio Westerschelde, na Holanda (FIG 3.3).
O layout anterior (FIG 3.4) ao estudo possuía vários problemas como, por exemplo, o acesso
à área de serviços nas proximidades da praça de pedágio, que compreende um posto de
gasolina, um estacionamento e um restaurante. Este acesso era bastante confuso devido ao
layout antigo da praça.
51
FIG 3.4. Layout inicial da praça de pedágio
Fonte: Van DIJK et alli (1999)
52
vezes maiores do que o tempo de atendimento. Para manter os tempos de espera os
menores possíveis, é importante que a variabilidade do tempo de atendimento também
seja a menor possível.
• Comprimento das filas – outro indicador importante, principalmente sob o ponto de
vista operacional, e que merece ser monitorado. Os comprimentos das filas dependem
dos tempos de atendimento, tempos de espera, e dos padrões de chegadas dos veículos
à praça. A área de filas antes das cabines deve ser grande o suficiente para comportar
os veículos de tal forma que as cabines mais laterais não fiquem ociosas devido a
obstruções em suas faixas. No caso do túnel, é esperado um grande número de
caminhões que efetuam pagamento eletrônico. No modelo de simulação apresentado,
os veículos que chegam à praça escolhem a faixa que possui a menor fila.
• Taxa de ocupação – a taxa de ocupação de uma cabine de cobrança em uma praça de
pedágio é a porcentagem de tempo em que a cabine está atendendo aos usuários. Sob
uma perspectiva da operadora da rodovia, taxas de ocupação muito baixas não são
desejáveis, enquanto que taxas muito altas podem causar tempos de espera elevados. É
importante, portanto, que as taxas de ocupação sejam balanceadas de acordo com as
características do tráfego.
Em uma praça de pedágio, os veículos que chegam têm que escolher uma cabine de
acordo com a forma de pagamento a ser realizada e de acordo com o tamanho das filas que
oferecem tal forma de pagamento. Ao analisar o desempenho das cabines, VAN DIJK et alii
(1999) perceberam que é necessário utilizar um método flexível, já que deve ser analisada
uma grande variedade de configurações na praça.
O número de cabines precisava ser determinado com o objetivo de atender à demanda do
horário de pico sem que se formassem longas filas. Duas opções de configuração das cabines,
quanto à forma de pagamento, eram possíveis: todos os tipos de cobrança em todas as
cabines, ou um único tipo de pagamento em cada cabine.
A opção de se receber em uma faixa somente uma forma de pagamento tem a
desvantagem de que algumas cabines poderão ficar subutilizadas enquanto em outras se
formarão longas filas. Ao oferecer todas as formas de pagamento em todas as cabines, o
sistema poderia se comportar como uma fila única. A vantagem neste caso, segundo os
autores, é que a flexibilidade aumenta a eficiência da praça. No entanto, a desvantagem é que
surge uma grande variação nos tempos de atendimento em cada cabine. Como a variabilidade
53
nos tempos de atendimento é uma das principais causas nos aumentos das filas, essa
desvantagem pode anular o ganho em eficiência.
Ao se combinarem as duas alternativas, surge uma terceira em que as cabines operam
uma única forma de pagamento, mas que possam usar outros métodos de cobrança quando
houver formação de filas longas na praça.
De acordo com a simulação realizada, e com discussões com usuários e a empresa que
administra o túnel, foi feito um novo layout da praça (FIG 3.5). As principais mudanças
foram:
• Simetria: antes do estudo, a praça era assimétrica, e isso causava sérios problemas aos
usuários nas proximidades da praça. Após a definição de um layout simétrico, o
tráfego passou a fluir mais suavemente, resultando em riscos menores de acidentes.
• Sistemas de pagamento separados: a simulação mostrou que o pagamento eletrônico
deveria ser separado das outras formas de cobrança.
• Menos cabines: o estudo mostrou que uma quantidade menor de cabines é necessária
quando as diversas formas de pagamento são separadas, já que uma combinação de
diferentes formas de pagamento em uma única cabine aumenta a variabilidade dos
tempos de atendimento. Essa variabilidade afeta a eficiência da praça. Menos cabines
resultam em uma área menor para a praça e, conseqüentemente, menores custos de
construção e, posteriormente, de operação.
54
3.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A teoria das filas e a simulação são ferramentas bastante eficazes na análise de praças de
pedágio. Quando existe uma formulação analítica de baixa complexidade, utiliza-se a Teoria
das Filas sem maiores dificuldades. No entanto, existem casos – como, por exemplo, as praças
de pedágio – em que nem sempre é possível modelar um sistema de filas que possa ser
solucionado analiticamente. Desta forma, a simulação torna-se um elemento de grande valia
na análise de praças de pedágio.
Neste capítulo foi feita uma apresentação qualitativa de como podem ser analisadas as
praças de pedágio. No próximo capítulo será apresentada esta análise de forma quantitativa no
que diz respeito ao dimensionamento dos principais elementos que constituem o layout.
55
4. PROCESSOS DE DIMENSIONAMENTO DE PRAÇAS DE PEDÁGIO
TIEFENSEE (2005) utilizou um modelo matemático baseado na Teoria das Filas para
dimensionar o número de cabines de cobrança a serem abertas nas praças de pedágio das
rodovias concessionadas no estado do Rio Grande do Sul. Esta solução também pode ser
56
utilizada para o dimensionamento de uma nova praça de pedágio, já que a única diferença é
que não existe inicialmente um número máximo de cabines a serem operadas.
O modelo adotado foi o M/M/C, ou seja, a taxa de chegada e a taxa de atendimento
seguem distribuição exponencial de probabilidade. Os parâmetros que atendem exigências
contratuais e operacionais foram os seguintes:
• Tempo médio de espera no sistema: 40 segundos;
• Número máximo de veículos no sistema: três veículos por cabine.
Para representar o modelo, utilizou-se um diagrama de fluxo de dados. O diagrama de
fluxo de dados é uma ferramenta de modelagem que permite que um sistema seja visto como
uma rede de processos assíncronos e funcionais, interligados por fluxos de dados e
repositórios de armazenamento de dados. É uma das ferramentas mais utilizadas de
modelagem de sistemas, principalmente para sistemas nos quais as suas funções sejam mais
importantes e mais complexas que os dados por ele manipulados (BOVO et alii, 2004).
O modelo apresentado por TIEFENSEE (2005) foi dividido em três níveis. O nível zero
(FIG 4.1) apresenta uma visão geral do sistema, onde são representadas as diversas entradas
de dados que alimentam o modelo, seu processamento macro e o destino final dos dados.
No nível 1 (FIG 4.2), faz-se uma análise mais detalhada do processo de dimensionamento
das cabines de cobrança:
• Os dados de tráfego são tabulados e são calculados o Volume Diário Médio Anual
(VDMA) e a sazonalidade por praça de pedágio;
• Da tabulação dos dados de pesquisa de tempo de atendimento por praça, resulta a
média de tempo de atendimento;
• Com estes dados, juntamente com o tempo de espera na fila mais o número de cabines
disponíveis por praça e os fatores de segurança e crescimento, calcula-se o número de
cabines, descrito no nível 2.
• Posteriormente, o sistema pode ser monitorado, comparando-se o dimensionamento
indicado com os dados de cabines abertas registrados no sistema que controla a
operação da praça.
O nível 2 (FIG 4.3) desdobra o processo de cálculo propriamente dito:
• O sistema disponibiliza a opção de escolher a praça de pedágio e o mês a que se refere
o dimensionamento;
• Os VDMAs por praça são corrigidos pela sazonalidade, conforme o mês em questão.
Sobre ele existe também a possibilidade de ser aplicado um fator de segurança e de
57
crescimento. Dividindo-se o VDMA horário por 60 minutos, obtém-se a taxa de
chegada λ, em veículos por minuto;
• A partir de então, parte-se para os cálculos usando-se os recursos da Teoria das Filas.
Com a taxa de chegada λ, o tempo de atendimento µ e o número de cabines
disponíveis c, é calculada a taxa de congestionamento ρ;
• Com os mesmos parâmetros utilizados para o cálculo da taxa de congestionamento,
calcula-se agora o tempo médio na fila W;
• Em seguida, calcula-se o número médio de veículos na fila L;
• Após isso, os parâmetros ρ, W e L são verificados se atendem às condições
preestabelecidas;
• Caso algum parâmetro não tenha sido atendido, incrementa-se uma cabine e os
parâmetros são novamente calculados;
• Caso os parâmetros atendam às condições necessárias, é verificado se o número de
cabines existente é suficiente para atender à operação;
• Os resultados são encaminhados para a praça de pedágio para serem analisados e
aplicados. Caso não haja disponibilidade de abrir todas as cabines, segue um alerta
para a supervisão da praça indicando-se que alguma medida operacional deve ser
tomada.
58
FIG 4.2. Nível 1 – Dimensionar cabines de cobrança
Fonte: TIEFENSEE (2005)
59
no horário de pico é calculado para o ano de projeto. Esse cálculo é feito a partir do volume
no período de 15 minutos de maior movimento que, multiplicado por quatro, fornece o
volume horário a ser usado nos cálculos. A porcentagem de veículos que utilizam cada forma
de pagamento é estimada e com a capacidade de atendimento de cada forma de pagamento, o
número de faixas necessário é determinado. A seguir está um exemplo apresentado pelos
autores:
• Volume no período de 15 minutos de maior movimento: 850 vph
• Volume no horário de pico: 850 × 4 = 3.400vph
• 20% dos usuários: pagamento manual
• 50% dos usuários: pagamento automático (máquinas de moedas)
• 30% dos usuários: pagamento eletrônico
• Pagamento manual: 350 veículos por hora por faixa
• Pagamento automático: 550 veículos por hora por faixa
• Pagamento eletrônico: 1200 veículos por hora por faixa
3400 × 0,20
• Pagamento manual: = 1,9 ≈ 2 faixas
350
3400 × 0,50
• Pagamento automático: = 3,1 ≈ 4 faixas
550
3400 × 0,30
• Pagamento eletrônico: = 0,91 ≈ 1 faixa
1200
• Total: 7 faixas
Os autores sugerem que pode ser retirada uma faixa se o resultado estiver entre quatro e
oito faixas, e podem ser retiradas duas faixas se os cálculos indicarem que devem ser
implantadas nove ou mais faixas na praça de pedágio. A faixa a ser reduzida deve ser a que
possuir menor capacidade de atendimento.
60
equipamentos que são instalados ao longo da praça, tais como sensores óticos, semáforos e
barreiras automáticas do tipo “cancela”. Outra utilidade das ilhas de cobrança é conter as
escadas de acesso a passagens subterrâneas, se for o caso. Nas extremidades das ilhas de
cobrança é comum a instalação de dispositivos amortecedores de impacto. Esses dispositivos
têm a finalidade de reduzir a velocidade de veículos desgovernados e minimizar as chances de
estes atingirem os equipamentos e as pessoas que estejam na praça. Além dos amortecedores
de impacto, também são instalados blocos e rampas. As rampas têm a finalidade de conduzir
um veículo levemente desgovernado de volta para a pista. Os blocos, feitos de concreto
armado, protegem efetivamente de quaisquer colisões as cabines e os equipamentos da praça.
Os blocos podem ser simples ou duplos, dependendo do tipo de veículo que se espera trafegar
pela rodovia (SMITH, 2006).
A pesquisa realizada por SCHAUFLER (1997) indica que as ilhas variam no
comprimento entre 6,1 metros e 38,9 metros. Apesar disso, SMITH (2006) diz que não existe
uma padronização no que diz respeito ao comprimento das ilhas de cobrança. Estes
comprimentos variam em função da existência (ou não) de escadas de acesso, e do tipo e da
quantidade de equipamentos instalados na praça. Quanto à largura, esta deve ser de, no
mínimo, 1,80 metro, com folga de, no mínimo, 30 centímetros para cada lado em relação à
cabine de cobrança.
SCHAUFLER (1997) diz que os blocos de proteção nas ilhas de cobrança possuem em
média 90 centímetros de altura e variam entre 50 centímetros e 2,40 metros no comprimento.
A FIG 4.4 apresenta as diversas combinações possíveis com relação à utilização de blocos,
rampas e atenuadores de impacto.
61
FIG 4.4. Configurações típicas de ilhas de cobrança
Fonte: Adaptado de SCHAUFLER (1997)
62
4.4. ZONA DE APROXIMAÇÃO
A zona de aproximação de uma praça de pedágio é composta por uma área de transição,
onde o pavimento se alarga até o tamanho necessário para comportar todas as faixas de
cobrança e suas respectivas ilhas (área de transição), e por uma área de largura constante,
onde são formadas as filas para cada uma das faixas (área de fila).
O principal problema na zona de aproximação está nas faixas mais laterais da praça. A
taxa de alargamento da praça, ou seja, a inclinação com a qual a praça aumenta sua largura, é
conhecida como taper. Por exemplo, um taper de 6:1 indica que para cada 6 metros no
sentido longitudinal, a praça aumenta 1 metro no sentido transversal. Dependendo do valor do
taper de aproximação, as filas nas faixas centrais podem obstruir o tráfego nas faixas laterais,
que geralmente são reservadas para pagamento eletrônico. Esse fenômeno é conhecido como
“spillback”, e é ilustrado pela FIG 4.5.
63
McDONALD & STAMMER (2001) realizaram um levantamento de rodovias, pontes e
túneis pedagiados nos Estados Unidos. Os autores coletaram informações a respeito dos
tapers utilizados nas zonas de aproximação das praças de pedágio estudadas. A partir desses
valores, os autores propuseram uma formulação analítica para o cálculo do comprimento da
área de transição dentro da zona de aproximação. Essa formulação considera a velocidade de
aproximação e o offset da praça.
Offset é a largura adicional na rodovia para que esta alcance a largura da praça. O valor
do offset depende do padrão de aproximação (ou de afastamento) da praça. Se a praça é
alargada somente para o lado direito ou somente para o lado equerdo, o offset é a diferença
entre a largura da praça e a largura da rodovia. No entanto, se a praça é alargada para ambos
os lados, o offset é a metade da diferença entre a largura da praça e a da rodovia.
As equações propostas são as seguintes:
W ⋅S2
Até 70km/h: L = (4.1)
290
Mais de 70km/h: L = 0,23 ⋅ W ⋅ S (4.2)
onde:
L: comprimento mínimo da área de transição, em metros;
S: velocidade de aproximação, em quilômetros por hora;
W: offset da praça de pedágio, em metros.
64
SCHAUFLER (1997) realizou um trabalho mais completo com relação à zona de
aproximação. Como apresenta a FIG 4.6, são definidos valores para o comprimento da área de
fila (122m), para o taper da área de transição, e também são definidos os raios de
concordância no começo da área de transição e entre esta e a área de fila.
65
Segundo RASTORFER (2004), o comprimento da área de transição dentro da zona de
aproximação é função da velocidade de aproximação e do número de cabines existentes na
praça. A TAB 4.3 apresenta os valores recomendados pelo autor.
SMITH (2006) apresenta os resultados de uma pesquisa feita com diferentes rodovias nos
Estados Unidos. Os comprimentos das áreas de fila variam de 30 a 396 metros. O autor, no
entanto, recomenda um comprimento mínimo de 61 metros. No estudo não fica claro se nos
comprimentos maiores estão incluídas também as áreas de transição. Os tapers na área de
transição em rodovias variam entre 3,73:1 e 40:1. Em pontes e túneis pedagiados essa
variação fica entre 2:1 e 17:1. Como esclarece o autor, os valores do taper em pontes e túneis
tende a ser menor devido a restrições no comprimento máximo da zona de aproximação.
CHERNG et alii (2005) afirmam que a análise na zona de afastamento é mais complexa
quando comparada à zona de aproximação. Foi considerada pelos autores a junção de faixas
duas a duas. Quando um motorista chega a um ponto de junção, o tempo de espera depende se
existe um veículo em uma faixa adjacente chegando ao mesmo ponto de junção ao mesmo
tempo. Se a faixa adjacente estiver vazia, o motorista passa normalmente; caso contrário, é
necessário parar e esperar sua vez de prosseguir.
Dois veículos chegando a um mesmo ponto de junção podem ser considerados como uma
única fila. Como não se pode distinguir de qual faixa vem cada veículo, o usuário da rodovia
66
precisa parar e esperar enquanto houver um veículo à sua frente na fila. O tempo de
atendimento neste caso é o tempo gasto para passar pela zona de afastamento.
McDONALD & STAMMER (2001) estabeleceram para a zona de afastamento uma
diretriz similar à estabelecida para a zona de aproximação. Como o estudo realizado pelos
autores não contemplava zonas de afastamento com altas velocidades, a formulação
matemática se limitou à velocidade de 60 quilômetros por hora. Desta forma, o comprimento
mínimo da área de transição é dado por:
W ⋅S2
L = 1,5 ⋅ + 5 ⋅W (4.3)
290
Onde:
L: comprimento mínimo da área de aceleração, em metros;
S: velocidade regulamentada, em quilômetros por hora;
W: offset da praça de pedágio, em metros.
67
(área de recuperação) e duas curvas reversas ligadas por um trecho em tangente, seguido por
um trecho com um taper de 50:1 até o final da zona de aproximação. O autor recomenda que
a área de recuperação possua um comprimento mínimo igual ao do veículo de projeto.
68
A TAB 4.6 apresenta os valores recomendados pelo autor.
SMITH (2006), em sua pesquisa, diz que a área de recuperação na zona de afastamento
deve possuir no mínimo 61 metros, e preferencialmente 91 metros. A área de transição das
rodovias analisadas possuem tapers que variam entre 40:1 e 3:1, com média de 9:1. Para
pontes e túneis, a variação é entre 11:1 e 4:1. Novamente, valores menores para pontes e
túneis se devem principalmente ao fato de possuírem maiores restrições de espaço para
implantação de praças de pedágio maiores.
Este capítulo tratou dos processos de dimensionamento existentes na literatura. Como foi
visto, os principais elementos a serem dimensionados são os tapers de aproximação e de
afastamento, e os comprimentos das áreas de filas e de recuperação. Os comprimentos das
ilhas de cobrança dependem de fatores que fogem ao escopo desta dissertação. Por isso, esse
tema não será mais abordado, deixando apenas as diretrizes básicas para seu
dimensionamento. A definição do número de cabines já existe, mas é necessário, ainda,
definir o valor inicial para que se proceda com os cálculos iterativos.
Desta forma, será definido mais adiante o procedimento para o cálculo dos elementos de
layout da zona de aproximação (área de transição e área de filas) e da zona de afastamento
(área de recuperação e área de transição). Antes disso, porém, serão abordados no próximo
capítulo os procedimentos para análise do nível de serviço em praças de pedágio, ou seja,
quais fatores são relevantes para avaliar a qualidade do serviço prestado ao usuário.
69
5. ANÁLISE DO NÍVEL DE SERVIÇO
70
TAB 5.1. Medidas de eficiência para praças de pedágio encontradas na literatura
Medidas de eficiência
Estudos Nível de agregação
utilizadas
Individual por Veículo; Por cabine da
Edie (1954) Atraso Médio; Fila Máxima
Praça
Relação Volume-Capacidade
Woo & Hoel (1991) Agregado para toda a Praça
(V/C)
Fan & Saito (1998) Atraso Médio de Parada Agregado para toda a Praça
Klodzinski & Al-Deek (2002a) Atraso Individual Acumulado Individual por veículo
71
TAB 5.2. Descrição do nível de serviço para auto-estradas
Nível de
Descrição
serviço
Operação ainda ocorre em regime de fluxo livre, e a velocidade de fluxo livre ainda é
B mantida. Facilidade de manobra dentro da corrente de tráfego. Alto nível de conforto
psicológico para os usuários.
72
• Lote 08 – Centrovias: SP310 e SP225
• Lote 09 - Triângulo do Sol: SP310, SP326 e SP333
• Lote 10 – Autovias: SP330, SP334, SP255, SP345 e SP318
• Lote 11 – Renovias: SP340, SP342, SP350, SP215 e SP344
• Lote 12 – Viaoeste: SP270, SP280 e SP075
• Lote 13 - Rodovias das Colinas: SP075, SP300, SP280 e SP127
• Lote 20 – SPVias: SP280, SP270, SP127, SP255 e SP258
• Lote 22 – Ecovias: SP150, SP160, SP055, SP041 e SP059
A diferença, neste caso, está no uso da média nos 15% dos casos fiscalizados. Esta
medida é mais tolerante para a concessionária. Os critérios continuam da seguinte forma:
73
• Para todos os lotes 1, 3, 5, 11 e 12 – Não superior a 1 (um) minuto em 85% da
fiscalização efetuada. Nos 15% restantes o tempo não deverá exceder a 5 (cinco)
minutos, no primeiro ano de operação, e 3 (três) minutos, nos anos subseqüentes.
• Para os lotes 6, 8, 9, 10, 13 e 20 – Não superior a 1 (um) minuto em 85% da
fiscalização efetuada. Nos 15% restantes o tempo não deverá exceder a média de 5
(cinco) minutos, no primeiro ano de operação, e a média de 3 (três) minutos, nos anos
subseqüentes.
• Para o lote 22 – Não superior a 1 (um) minuto em 85% da fiscalização efetuada. Nos
10% restantes o tempo não deverá exceder a média de 10 (cinco) minutos, do primeiro
ao quinto ano de operação, e a média de 5 (cinco) minutos, nos anos subseqüentes.”
O lote 22 possui uma escala diferenciada no tempo de espera na fila devido ao fato de,
nos feriados prolongados, o sistema Anchieta-Imigrantes (operado pela concessionária
Ecovias) receber cerca de 700 mil veículos considerando a “subida” e a “descida” da Serra do
Mar.
A TAB 5.3 resume essas condições.
Lotes: 1, 3, 5, 11 e 12 Lotes 1, 3, 5, 11 e 12
≤ 12s: 85% dos casos considerados ≤ 1min: 85% das fiscalizações
≤ 1min: 15% dos casos considerados ≤ 5min: 15% das fiscalizações (ano 1)
≤ 3min: 15% das fiscalizações (anos 2-20)
Lotes 6, 8, 9, 10, 12, 20 e 22
≤ 12s: 85% dos casos considerados Lotes 6, 8, 9, 10, 13 e 20
≤ média 1min: 15% dos casos considerados ≤ 1min: 85% das fiscalizações
≤ média 5min: 15% das fiscalizações (ano 1)
≤ média 3min: 15% das fiscalizações (anos 2-20)
Lote 22
≤ 1min: 90% das fiscalizações
≤ média 10min: 10% das fiscalizações (ano 1)
≤ média 5min: 10% das fiscalizações (anos 2-20)
74
5.3. METODOLOGIA DE LIN & SU (1994)
A metodologia desenvolvida por LIN & SU teve como objetivo avaliar o nível de serviço
nas praças de pedágio da Chung-San Freeway, em Taiwan.
A arrecadação do pedágio na Chung-San Freeway é totalmente manual. As cabines são
divididas em quatro tipos: veículos pequenos com dinheiro exato ou cupons pré-pagos;
veículos pequenos que necessitam de troco; caminhões; e traileres e ônibus.
Neste trabalho foi utilizado um modelo de simulação denominado toll-plaza simulation
model (TPS). Este modelo possui oito módulos principais: entrada de dados, chegada, ordem
de atendimento, escolha de faixa, hora de chegada, hora de saída, afastamento e resultados. O
módulo entrada define as características da praça e permite que se controle a simulação. O
módulo chegada gera chegadas aleatórias à praça de pedágio de acordo com uma distribuição
exponencial. O módulo ordem de atendimento determina qual veículo deve ser processado
primeiro. Para processar um veículo, o módulo escolha de faixa é primeiramente usado para
determinar qual a cabine que será utilizada pelo veículo. Essa escolha simula o
comportamento do usuário. O módulo hora de chegada é então usado para determinar quando
o veículo entra no sistema. Para veículos que não esperam em uma fila, o horário de chegada
é considerado quando este chega à cabine. Para veículos que chegam ao sistema e ficam em
uma fila, a hora de chegada é exatamente a hora em que o veículo chega ao final da fila. O
módulo hora de saída determina o tempo de atendimento segundo uma distribuição de
probabilidade e estima a hora em que o veículo deixa a cabine. No módulo afastamento a hora
de saída do sistema pode ser mudada se a área de afastamento da praça de pedágio estiver
congestionada. Este módulo também simula possíveis filas para a entrada no trecho da
rodovia após a praça de pedágio. Como resultados, o modelo apresenta medidas de eficiência
específicas de cada cabine, a relação volume/capacidade dos veículos que saem das cabines
de cobrança, e a velocidade dos veículos na praça. O modelo também avisa quando as filas
atingem um tamanho maior do que o da zona de aproximação da praça. As medidas de
eficiência incluem atraso médio na aproximação, tempo médio no sistema, tamanho médio
das filas, e tamanho máximo das filas.
O tamanho médio das filas e o tempo médio no sistema foram as medidas de eficiência
escolhidas para avaliar a operação da praça. O tamanho médio da fila é talvez a medida de
eficiência mais perceptível sob o ponto de vista do usuário, principalmente quando o
75
congestionamento é grande. Além disso, essa é uma medida que pode ser facilmente
quantificada. A relação volume/capacidade (V/C) também foi sugerida para classificar o nível
de serviço nas praças de pedágio.
As simulações indicaram que a operação das praças de pedágio são geralmente estáveis
enquanto existem até três veículos, em média, em cada fila. Uma operação estável geralmente
é associada a um nível de serviço A, B ou C quando se considera uma praça de pedágio. Com
isso, foi sugerido que para um nível de serviço C existissem até três veículos em média em
cada fila. O nível de serviço B indica uma fila média de até dois veículos, e um nível de
serviço A está associado a menos de um veículo, em media, por fila.
Para filas médias maiores que três veículos, a operação da praça pode tornar-se meta-
estável ou instável. Inicialmente, em um nível meta-estável, as filas médias ficam entre três e
seis veículos. Foi associado, desta forma, um nível de serviço D para esta faixa.
A empresa que administra a Chung-San Freeway considera que filas com mais de 10
veículos são altamente indesejáveis. Com isso, o nível de serviço E fica definido para filas
médias com mais de seis e menos de 10 veículos.
A TAB 5.4 resume a escala de nível de serviço proposta pelos autores:
TAB 5.4. Escala de nível de serviço proposta por LIN & SU (1994)
76
5.4. METODOLOGIA DE GULEWICZ & DANKO (1994)
77
A escala utilizada para a validação do modelo foi a do Highway Capacity Manual (1998),
conforme apresenta a TAB 5.5. Vale ressaltar que essa escala é relacionada ao nível de
serviço em interseções semaforizadas, que são as instalações que mais se aproximam a uma
praça de pedágio.
TAB 5.5. Escala de nível de serviço utilizada por GULEWICZ & DANKO (1994)
Nível de Serviço Tempo médio de espera na fila (s)
A ≤5
B ≤ 15
C ≤ 25
D ≤ 40
E ≤ 60
F > 60
Fonte: GULEWICZ & DANKO (1994)
Motivados pelo fato de o Highway Capacity Manual não possuir uma escala de nível de
serviço aplicada especificamente a praças de pedágio, os autores elaboraram uma escala com
base em estudos realizados em praças de pedágio de várias rodovias da Flórida, nos Estados
Unidos.
Neste trabalho, foi feita uma contagem classificada entre os anos de 1994 e 2000 durante
os horários de pico da manhã e da tarde. Gravações em vídeo forneceram informações como
chegadas, saídas e tempo de atendimento.
78
Era desejável que fossem utilizados dados sob condições normais de operação para que se
determinasse uma metodologia válida. O estudo comprovou que 92% da receita era gerada
por pessoas que usavam freqüentemente a rodovia.
Os dados de entrada do simulador dizem respeito à geometria da praça e ao tipo de
cobrança em cada faixa. As características do tráfego consideradas foram o volume, a
porcentagem de cada tipo de pagamento, a porcentagem de cada tipo de veículo e as
distribuições de probabilidade dos tempos de atendimento para cada faixa. As medidas de
eficiência geradas pelo modelo incluem o volume na praça, os comprimentos das filas e os
tempos de parada.
Para determinar a escala para cada nível de serviço, foi assumido que o nível de serviço
mais alto que um usuário poderia usufruir seria não encontrar filas na praça de pedágio. Desta
forma, o único tempo perdido seria o tempo necessário para efetuar o pagamento da tarifa.
Este seria o nível de serviço “A” da nova metodologia.
O tempo médio no sistema, ou seja, a soma do tempo de espera com o tempo de
atendimento, é a medida mais adequada devido às variações de cada cabine. Além disso, cada
usuário que não se utiliza de pagamento eletrônico influencia seu próprio atendimento com
variações no pagamento da tarifa com diversas quantias de dinheiro, o tempo de reação após o
levantamento da cancela, ou, eventualmente, o usuário pode demorar alguns segundos
pedindo algum tipo de informação ao arrecadador. Outro fator que influencia o tempo de
atendimento é o tipo de veículo, já que os veículos mais pesados possuem taxas de aceleração
menores que as de carros de passeio, por exemplo.
As conclusões da pesquisa sugeriram um valor máximo de 14 segundos para o tempo de
atendimento em cabines manuais. Desta forma, o nível de serviço “A” é de até 14 segundos
por veículo, já que neste nível de serviço o usuário não enfrenta fila.
Para os demais níveis de serviço, o mesmo percentual de aumento utilizado no HCM para
os níveis subseqüentes foi aplicado para as praças de pedágio.
A TAB 5.6 a seguir explicita a escala proposta.
79
TAB 5.6. Escala de nível de serviço proposta por KLODZINSKI & AL-DEEK (2001)
Nível de Serviço Tempo médio no sistema(s)
A ≤ 14
B 14 < W ≤ 28
C 28 < W ≤ 49
D 49 < W ≤ 77
E 77 < W ≤ 112
F W > 112
Fonte: KLODZINSKI & AL-DEEK (2001)
A revisão bibliográfica de ARAÚJO (2001) se baseou nos trabalhos de LIN & SU (1994)
e GULEWICZ & DANKO (1995). Nas simulações realizadas em seu trabalho, a autora
concluiu que os parâmetros adotados pelos autores estrangeiros não eram adequados para o
seu estudo, que foi baseado em rodovias do estado de São Paulo. Tanto a fila média quanto o
tempo médio no sistema apresentavam grandes discrepâncias no que diz respeito ao nível de
serviço E, que corresponde à capacidade da praça. A solução encontrada foi aumentar o limite
superior do nível de serviço E. Para isto, a capacidade da praça é definida para um fluxo de
chegada que corresponde a uma situação tal que a fila fique contida no limite da praça, sem se
estender pelo trecho a montante desta.
A autora, com o auxílio de um modelo de simulação, estabeleceu a capacidade da praça
como o fluxo máximo no qual a fila se limita à praça de pedágio. Os demais limites da escala
de nível de serviço foram estabelecidos em função do tempo médio do sistema. O limite do
nível de serviço A, por exemplo, foi estabelecido considerando-se que o tempo médio no
sistema não deveria ultrapassar a soma do tempo de atendimento do veículo com a metade do
tempo de atendimento de outro veículo, o que corresponderia a menos de um veículo na fila.
Além do tempo médio no sistema, foi considerado o comprimento médio das filas na
construção da escala de nível de serviço. Também foi levada em conta a influência do
pagamento eletrônico (AVI) no desempenho da praça. Quanto maior for a porcentagem dos
veículos que utilizam tags nas praças de pedágio, menores são as filas e menor é o tempo
médio no sistema.A TAB 5.7 apresenta a escala de nível de serviço proposta pela autora e a
80
FIG 5.1 e a FIG 5.2 apresentam a correlação entre o fluxo e o tempo médio no sistema, e entre
o fluxo e o comprimento médio das filas.
81
TAB 5.7. Escala de nível de serviço proposta por ARAÚJO (2001)
Nível de Serviço Tempo médio no sistema (s) Fila média (veic)
A ≤ 40 ≤1
B ≤ 60 ≤2
C ≤ 90 ≤3
D ≤ 120 ≤4
E ≤ 650 ≤ 30
F > 650 > 30
Fonte: ARAÚJO (2001)
82
5.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
83
6. FORMULAÇÃO DO PROCEDIMENTO
84
6.2. ETAPA 1: DEFINIÇÃO DO NÍVEL DE SERVIÇO
Para se definir o nível de serviço, propõe-se uma escala de nível de serviço que se baseia
nos estudos desenvolvido por ARAÚJO (2001) e KLODZINSKI & AL-DEEK (2001),
apresentados no Capítulo 5 desta dissertação. Para a elaboração da escala, Araújo (2001)
procurou definir o limite superior de sua escala de nível de serviço, referente ao nível de
serviço E, ou seja, a capacidade da praça. No entanto, como existe uma grande diferença entre
o nível D e o nível E (TAB 6.1) quando se analisa o tempo no sistema (de 120 para 650
segundos) e o número médio de veículos na fila (de 4 para 30 veículos), considerou-se
conveniente criar uma nova escala para medir o desempenho da praça.
Assim, a escala proposta tem como base o limite superior do nível de serviço A proposto
por Araújo (2001). Os demais valores da escala serão definidos de acordo com o critério de
KLODZINSKI & AL-DEEK (2001). Esse critério corresponde ao aumento percentual
utilizado pelo Highway Capacity Manual (2000) na escala de nível de serviço para interseções
semaforizadas. Esta prática ocorre devido à similaridade entre o atraso de paradas para
situações de tráfego em interseções semaforizadas e o atraso ocasionado por paradas em uma
praça de pedágio. Tal similaridade buscava a simplificação do problema (OLIVEIRA, 2005).
A TAB 6.2 apresenta os valores adotados pelo Highway Capacity Manual.
85
TAB 6.2. Escala de nível de serviço para interseções semaforizadas
Nível de serviço Atraso por veículo (s)
A W ≤ 10
B 10 < W ≤ 20
C 20 < W ≤ 35
D 35 < W ≤ 55
E 55 < W ≤ 80
F W > 80
Fonte: Highway Capacity Manual (2000)
Para a definição da escala de nível de serviço baseada no tamanho médio das filas,
utiliza-se a escala proposta por ARAÚJO (2001), plotada em um gráfico do tamanho da fila
em função do tempo no sistema, conforme apresenta a FIG 6.2.
86
Escala de nível de serviço proposta por ARAÚJO (2001)
35
30 y = 0,0138x1,19
25
Fila média (veic)
20
15
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Tempo no sistema (s)
Com a relação entre o tempo médio no sistema e o tamanho médio das filas, pode-se
definir a nova escala de tamanho médio das filas em função da nova escala de tempo médio
no sistema, conforme apresenta a TAB 6.4.
87
6.3. ETAPA 2: DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CABINES
88
é possível estimar a porcentagem de veículos que efetuarão pagamento eletrônico. Portanto,
uma análise de cenários torna-se bastante útil para que se tenha uma noção da quantidade de
cabines que será necessário implantar de acordo com a variação da origem da arrecadação.
Veículos pesados perdem mais tempo no pagamento da tarifa, já que seu comprimento e
seu poder de aceleração limitado devido à sua alta relação massa/potência influenciam
diretamente na taxa de atendimento (WOO & HOEL, 1991 apud ARAÚJO, 2001). Com isso,
é razoável supor-se que, quanto mais veículos pesados utilizarem a rodovia, maiores serão os
tempos de atendimento e, conseqüentemente, maiores serão as filas. Para que as filas atendam
um determinado nível de serviço, devem ser implantadas mais cabines. A FIG 6.4 apresenta o
gráfico da variação do número de cabines manuais em função da porcentagem de usuários que
efetuam pagamento manual e da porcentagem de veículos de passeio.
O pagamento eletrônico possui uma taxa de atendimento superior à do pagamento
manual. Logo, quanto mais veículos efetuarem pagamento eletrônico, menos cabines manuais
serão necessárias.
89
FIG 6.4. Variação do número de cabines manuais em função do tipo de veículo e da forma de
pagamento.
90
FIG 6.5. Fluxograma para o dimensionamento dos elementos de layout
91
isso, a área de transição seria usada somente em situações atípicas de tráfego na rodovia. O
procedimento proposto nesta dissertação será baseado na segunda forma de dimensionamento.
Conforme descrito no Capítulo 4 desta dissertação, alguns autores propõem valores para
os comprimentos da zona de aproximação baseados exclusivamente na velocidade de
aproximação da praça. Dependendo do número de cabines a serem implantadas, esse
comprimento pode ser insuficiente, já que o taper, ou seja, a taxa de alargamento da praça,
poderia atingir valores muito baixos. Isso poderia provocar obstruções nas faixas mais laterais
da praça. Conseqüentemente, é necessário considerar o número de cabines existentes na praça
de pedágio para um dimensionamento adequado. SCHAUFLER (1997) e McDONALD &
STAMMER (2001) propõem valores para o taper da zona de aproximação. Esses valores
podem ser função somente da velocidade, já que o taper, multiplicado pelo offset, fornece o
comprimento necessário para a zona de aproximação. O offset é o quanto a rodovia precisa
alargar para que se consiga implantar o número necessário de faixas para a cobrança de
pedágio.
Além disso, SCHAUFLER (1997) apresenta valores mínimos para o comprimento da
área de transição e para o raio da curva de concordância no início da zona de aproximação,
conforme apresentados na TAB 6.5.
75 6 168 610
88 7 229 945
92
TAB 6.6. Valores do taper de aproximação propostos por McDONALD & STAMMER
Velocidade de
40 50 55 65 70 80 90 100 105 110
aproximação (km/h)
Taper 6 9 12 15 17 19 21 23 24 26
No entanto, pode-se perceber pela FIG 6.6 que é razoável criar uma equação que atenda a
qualquer valor, já que uma curva no formato y = a ⋅ x b possui coeficiente de correlação
próximo a 1, o que indica boa aderência dos valores pesquisados.
Analogamente, pode-se criar uma equação no mesmo formato utilizando os valores
propostos por SCHAUFLER (1997). A FIG 6.7 apresenta o gráfico e sua respectiva curva de
ajuste.
T aper de aproximação
30
25
y = 0,047x1,3566
R 2 = 0,9599
20
Taper (n:1)
15
10
5
40 50 60 70 80 90 100 110
Velocidade de aproximação (km/h)
FIG 6.6. Equação para o taper da zona de aproximação baseado nos valores propostos por
McDONALD & STAMMER (2001)
93
Taper de aproximação
8
y = 0,0611x1,0601
7,5
R 2 = 0,9968
7
Taper (n:1)
6,5
5,5
5
70 75 80 85 90 95
Velocidade de aproximação (km/h)
FIG 6.7. Equação para o taper da zona de aproximação baseado nos valores apresentados por
SCHAUFLER (1997)
250
y = 0,0138x2,1722
R 2 = 0,9939
Comprimento mínimo (m)
225
200
175
150
125
70 75 80 85 90 95
Velocidade de aproximação (km/h)
FIG 6.8. Equação para o comprimento mínimo da área de transição baseado nos valores
apresentados por SCHAUFLER (1997)
94
Raio da curva de concordância
1200
1100 y = 0,0062x2,6654
R 2 = 0,9991
1000
900
Raio (m)
800
700
600
500
70 75 80 85 90 95
Velocidade de aproximação (km/h)
FIG 6.9. Equação para o raio da curva de concordância baseado nos valores apresentados por
SCHAUFLER (1997)
c ⋅ r c +1
Lq = ⋅ P0 (6.2)
c!⋅(c − r )
2
95
Com o número médio de veículos e o comprimento médio de um veículo que utiliza a
rodovia, tem-se o comprimento da área de filas. Para este comprimento, SCHAUFLER (1997)
propõe um valor mínimo de 122 metros. Já McDONALD & STAMMER (2001) consideram
um valor adequado entre 61 e 76 metros. SMITH (2006) sugere um valor mínimo de 61
metros. Para o procedimento proposto nesta dissertação, será considerado um valor mínimo
de 61 metros para a área de filas, que é o menor valor proposto pelos autores pesquisados.
96
Comprimento da área de recuperação
95
y = 1,2x - 23
90
Comprimento da área de recuperação (m)
85
80
75
70
65
60
70 75 80 85 90 95
Velocidade (km/h)
97
TAB 6.8. Taper de afastamento
Velocidade (km/h) Taper
29 9:1
37 12:1
40 13:1
49 17:1
56 22:1
Fonte: McDONALD & STAMMER (2001)
T aper de afastamento
25
23
y = 0,0987x1,3319
21
R 2 = 0,9889
19
Taper (n:1)
17
15
13
11
7
25 30 35 40 45 50 55 60
Velocidade (km/h)
FIG 6.11. Equação para o taper da zona de afastamento baseado nos valores propostos por
McDONALD & STAMMER (2001)
98
T aper de afastamento
11
y = 4E-06x3,2383
10
R 2 = 0,9962
8
Taper (n:1)
4
70 75 80 85 90 95
Velocidade (km/h)
FIG 6.12. Equação para o taper da zona de afastamento baseado nos valores apresentados por
SCHAUFLER (1997)
1100
y = 0,0069x2,6429
R 2 = 0,9999
1000
900
Raio (m)
800
700
600
500
70 75 80 85 90 95
Velocidade (km/h)
FIG 6.13. Equação para o raio da curva de concordância da zona de afastamento baseado nos
valores apresentados por SCHAUFLER (1997)
99
6.5. CÁLCULOS DO PROCEDIMENTO
faixas da rodovia será duplicado quantas vezes forem necessárias para que se
atinja o número de faixas da praça. Com isso, N r × 2 N tran = N p .
100
Taper de aproximação
30
Schaufler
1,3566
McDonald & Stammer y = 0,047x
25 Ajuste (McDonald & Stammer) 2
R = 0,9599
Ajuste (Schaufler)
20
Taper (n:1)
15
10
5
1,0601
y = 0,0611x
2
R = 0,9968
0
40 50 60 70 80 90 100 110
Velocidade (km/h)
FIG 6.14. Taper de aproximação: comparação entre McDONALD & STAMMER (2001) e
SCHAUFLER (1997)
Taper de afastamento
50
y = 0,0987x 1,3319
45 Schaufler R2 = 0,9889
McDonald & Stammer
40 Ajuste (McDonald & Stammer)
Ajuste (Schaufler)
35
30
Taper (n:1)
25
20
15
10
5 y = 4E-06x 3,2383
R2 = 0,9962
0
20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade (km/h)
FIG 6.15. Taper de afastamento: Comparação entre McDONALD & STAMMER (2001) e
SCHAUFLER (1997)
101
Para verificar quais valores são os mais adequados para o dimensionamento do layout, foi
elaborado um questionário (apresentado no Apêndice B) para se levantar as medidas das
praças de pedágio das rodovias operadas pela iniciativa privada no Brasil. Infelizmente, não
houve retorno desses questionários. Com isso, uma alternativa para se levantar tais
quantitativos foi recorrer ao aplicativo Google® Earth™. Foram escolhidas 21 praças, 16 no
Brasil e 5 no exterior. A TAB 6.9 apresenta informações a respeito dessas praças.
102
TAB 6.10. Velocidades equivalentes
Schaufler 122 94
Considerando-se uma velocidade média de 80km/h nas rodovias, percebe-se que uma
solução razoável é utilizar uma curva que seja a média entre as curvas propostas pelos
autores. Como se trata de análises empíricas, não é necessário fazer uma média ponderada, o
que seria mais exato do ponto de vista matemático.
Na TAB 6.11 é apresentado um quadro com o resumo de todas as equações necessárias
para o dimensionamento do layout.
Comprimento da W ⋅V 1, 27
área de transição 21,5
Comprimento V 2,17
Aproximação mínimo da área de
transição 72
Raio de V 2, 67
concordância 164
Comprimento da
área de 1,2 ⋅V − 32
recuperação
Raio de V 2, 64
concordância 143
Onde:
• W = offset, em metros;
• V = velocidade, em quilômetros por hora.
103
6.6. PROTÓTIPO COMPUTACIONAL E EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Esta seção apresenta um exemplo numérico de como os cálculos são executados pelo
protótipo computacional.
Dados iniciais:
• Taxa de chegada: 3400 veículos/hora
• Taxa de atendimento manual para veículos de passeio: 250 veículos/hora
• Taxa de atendimento manual para veículos pesados: 150 veículos/hora
• Taxa de atendimento eletrônico: 800 veículos/hora
• Porcentagem de veículos de passeio: 65%
• Porcentagem de veículos pesados: 35%
• Porcentagem de pagamentos manuais: 65%
• Porcentagem de pagamentos eletrônicos: 35%
• Nível de serviço desejado: D
o Tempo médio de espera na fila: 220s
o Tamanho médio das filas: 8,5 veículos
104
Taxa de chegada de veículos que efetuam pagamento eletrônico: 3400 × 0,35 = 1190veíc / h
Taxa de chegada de veículos que efetuam pagamento manual: 3400 × 0,65 = 2210veíc / h
105
FIG 6.16. Modelo de praça de pedágio calculado pelo protótipo computacional
Dados iniciais:
• Velocidade de aproximação: 80km/h;
• Número de faixas na rodovia: 3;
• Largura de cada faixa na rodovia: 3,60m;
• Número de faixas na praça: 14;
• Largura de cada faixa na praça: 3,00m;
• Largura de cada ilha de cobrança: 1,80m;
• Comprimento médio de um veículo de passeio: 4,50m;
• Comprimento médio de um veículo comercial: 12,00m
Zona de aproximação:
106
Largura de cada faixa em cada transição:
Início da 1ª transição: 3,60m
Fim da 1ª transição: 3,60 + 0,30 = 3,90m
Fim da 2ª transição: 3,90 + 0,30 = 4,20m
Fim da 3ª transição: 4,20 + 0,30 = 4,50m
Fim da área de filas: 4,50 + 0,30 = 4,80m
Velocidades de aproximação:
Velocidade inicial de aproximação: 80km/h
Decréscimo de velocidade em cada trecho: (80 4 ) = 20km / h
Offsets:
107
Comprimento de cada trecho:
6,30 × 801, 27
1º trecho da área de transição: = 76,53m
21,5
13,50 × 601, 27
2º trecho da área de transição: = 113,80m
21,5
6,30 × 401, 27
3º trecho da área de transição: = 31,73m
21,5
80 2,17
Comprimento mínimo da área de transição: = 187,23m
72
Comprimento total da área de transição: 76,53 + 113,80 + 31,73 = 222,06m > 187,23 ⇒ OK !
10,279112 × 0,85659
Lq = × 2,5248 × 10 −5 = 3,0546
12!×(1 − 0,85659 )
2
80 2, 67
Raio de concordância: = 735,20m
164
Zona de afastamento:
108
Velocidades de afastamento:
Velocidade final de afastamento: 80km/h
Acréscimo de velocidade em cada trecho: (80 4 ) = 20km / h
Offsets:
8,55 × 201,57
1º trecho da área de transição: = 14,63m
47,5
13,50 × 401,57
2º trecho da área de transição: = 93,08m
47,5
6,30 × 601,57
3º trecho da área de transição: = 82,10m
47,5
109
80 2, 64
Raio de concordância: = 739,30m
143
Como pôde ser visto, o procedimento proposto neste capítulo é simples e permite
dimensionar os principais elementos de layout de uma praça de pedágio. No próximo capítulo
serão apresentadas as conclusões deste trabalho e as recomendações para trabalhos futuros.
110
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
111
Após este embasamento inicial, foi possível propor um procedimento para o
dimensionamento do layout propriamente dito. Buscaram-se, na literatura especializada,
subsídios para o cálculo dos principais elementos do layout, tanto na zona de aproximação,
quanto na zona de afastamento.
Assim, neste trabalho, foram identificados, inicialmente, alguns fatores que têm
influência direta sobre o dimensionamento do layout:
• O número de cabines é função da quantidade de veículos que trafega na rodovia. Para
as cabines manuais, quanto maior for a porcentagem de veículos que efetuam
pagamento manual, maior será o número de cabines para que se atinja um determinado
nível de serviço. Também será maior quanto maior for a porcentagem de veículos
pesados, devido ao maior tempo necessário para o atendimento.
• O comprimento da área de transição da zona de aproximação (e também da zona de
afastamento) aumenta em função da velocidade e do padrão de alargamento (e de
encurtamento) adotado. Para alargamentos para a esquerda, ou para a direita, o
comprimento das áreas de transição são maiores que os mesmos utilizando-se um
padrão de alargamento centralizado. O fluxo exerce influência no dimensionamento, já
que o offset é função do número de cabines que, por sua vez, é função, dentre outros
fatores, do fluxo no horário de pico.
• O comprimento da área de filas depende do nível de serviço desejado.
• O dimensionamento das ilhas de cobrança depende mais do tipo de equipamento
utilizado do que do tráfego propriamente dito.
112
pudesse validar o procedimento. Com isso, a abordagem deste trabalho se manteve no âmbito
teórico.
Dada a complexidade do assunto, o procedimento tem por limitações as seguintes
características:
• Não há cabines reversíveis na praça.
• A rodovia possui mais de uma faixa por sentido. Isso é uma informação importante, já
que em rodovias de uma faixa podem ser formados “pelotões” atrás de veículos lentos.
Esse fenômeno tende a ocorrer em trechos montanhosos da rodovia.
• Não há limitação transversal quanto à largura da praça.
• Não são utilizadas cabines em “tandem” ou cabines ramificadas. Essas limitações se
dão somente pelo fato de não terem sido estudadas essas peculiaridades possíveis a
uma praça de pedágio.
113
• Determinação do comprimento mínimo das áreas de transição para que não haja
bloqueio das faixas mais laterais da praça;
• Posicionamento ideal das faixas de cobranças eletrônica na praça;
• Estudo de formação de “pelotões” em rodovias de pista simples;
• Estudos comparativos dos custos de implantação de cada tipo de praça (alargamento
centralizado x não-centralizado, cabines em “tandem”, cabines ramificadas etc.);
• Influência da adoção de cabines reversíveis no layout da praça;
• A influência dos arrecadadores volantes (papa-filas) no dimensionamento do layout;
• Dimensionamento das ilhas de cobrança, embora este assunto aparentemente seja mais
voltado à eletrônica.
Outro ponto a ser sugerido é o aprimoramento do protótipo computacional de forma a
dimensionar o layout de qualquer tipo de praça de pedágio com quaisquer tipos de
configurações. Algumas sugestões para melhorar o programa:
• Desenvolver uma interface “amigável” em vez de os dados serem inseridos através de
linhas de comando;
• Compilar o programa em um arquivo executável, de tal forma que não seja necessário
o usuário possuir o MATLAB instalado em seu computador;
• Permitir que sejam utilizadas quaisquer distribuições de probabilidade, tanto para a
chegada de veículos quanto para os tempos de atendimento;
• Atribuir mais categorias de veículos (motos, veículos de passeio com reboque,
veículos pesados de dois, três, quatro eixos ou mais) na simulação
• Impor restrições de largura de tal forma que o uso de cabines ramificadas seja uma
opção viável;
• Permitir que o usuário escolha quais cabines operarão determinado tipo de veículo
e/ou pagamento;
• Criar um ambiente computacional onde se possa visualizar a operação da praça.
114
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
115
CARVALHO, Antonio Gledson; et alii. A experiência brasileira de concessões de
rodovias. Laboratório de Sistemas de Transportes. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre, 2003.
CFIT – United Kingdom Comission for Integrated Transport. Road Charging Scheme: Asia
– Japan. Disponível em <http://www.cfit.gov.uk/map/asia-japan.htm>. Visualizado em
28 Abr, 2007.
CHERNG, Cary; LEWIS, Andrew; PAI, Simon. Modelling Toll Plaza Behavior Using
Queueing Theory. University of Washington, 2005. Disponível em
<http://www.math.washington.edu/~morrow/mcm/cary05.pdf>. Visualizado em 04 Out,
2006.
FOGLIATTI, Maria Cristina; MATTOS, Néli Maria Costa. Teoria de filas. Rio de Janeiro:
Interciência, 2007.
116
______. Imagem de satélite. Coordenadas 41°43’59”N, 88°02’05”W. Visualizada em 21
Mai, 2007 (f).
ITO, Teruaki. Process simulation approach to design and evaluation of toll plaza with
ETC gates. In: International Journal of Simulation, Vol. 6, No. 5, March 2005.
ITO, Teruaki; HIRAMOTO, Tomoyuki. A general simulator approach to ETC toll traffic
congestion. Journal of Intelligent Manufacturing, Volume 17, No. 15, October 2006.
LIN, Feng-Bor; SU, Cheng-Wei. Level-of-service analysis of toll plazas on freeway main
lines. Journal of Transportation Engineering, Vol.120, No.2, 1994.
117
OLIVEIRA, Marcelo Leismann de. Fatores intervenientes na capacidade de atendimento
de praças de pedágio. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Porto Alegre, 2004.
RASTORFER, Robert L. Toll plaza concepts. ASCE Fall Conference, Houston, EUA, 2004.
SCHAUFLER, Albert E. Toll Plaza Design. NCHRP Synthesis of Highway Practice 240.
Transportation Research Board, National Research Council. Washington, EUA, 1997.
SENNA, Luis Afonso dos Santos. Concessão de rodovias no Rio Grande do Sul – Análise
das razões de sua implantação, da visão dos usuários, do custo-benefício e de seu
impacto econômico. Laboratório de Transportes, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Porto Alegre, 1998.
UNIA – Centro Universitário de Santo André. Teoria das filas e das simulações. Santo
André, 2004.
Van DIJK, Nico M.; et alii. Designing the Westerscheldetunnel Toll Plaza Using a
Combination of Queueing and Simulation. In: Proceedings of the 1999 Winter
Simulation Conference. Holanda, 1999.
118
9. APÊNDICES
119
9.1. APÊNDICE A: PRAÇAS DE PEDÁGIO EXISTENTES NO BRASIL
120
Rodovia Município Estado Km Sentido de cobrança Empresa
121
Rodovia Município Estado Km Sentido de cobrança Empresa
122
Rodovia Município Estado Km Sentido de cobrança Empresa
123
RODOVIAS ADMINISTRADAS POR ÓRGÃOS ESTADUAIS
124
9.2. APÊNDICE B: QUESTIONÁRIO ENVIADO ÀS EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS
DE RODOVIAS
I. Informações Gerais
E. Dimensões:
1. Comprimento total: ______km
2. Comprimento em pista simples: ______km
3. Comprimento em pista dupla: ______km
4. Comprimento em pista com três ou mais faixas por sentido: ______km
5. Total de praças de pedágio do tipo bloqueio: ______
6. Total de praças de pedágio do tipo barreira: ______
G. Métodos de arrecadação:
1. ( ) Manual (Dinheiro, cartão, tíquete etc.)
2. ( ) Automática (Máquinas automáticas de moedas)
3. ( ) Eletrônico (faixa exclusiva, bypass, mista)
125
II. Projeto
126
III. Layout
A. Geometria
B. Pavimento
C. Equipamentos na pista
127
D. Configuração das faixas
1. Existe alguma configuração fixa nas faixas de cobrança como, por exemplo,
posicionar as faixas de cobrança eletrônica à esquerda (Sim ou Não)? ( ) Sim ( ) Não
Pedágio de barreira
(Esquerda) ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ (Direita)
___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___
a. ( ) Cabines em série
b. ( ) Cabines avançadas
c. ( ) Arrecadadores móveis (papa-filas)
d. ( ) Nenhuma das anteriores
128
E. Capacidade
F. Reversibilidade
129
IV. Operação
4. Como são tratados os veículos isentos de pagamento (ambulância, forças armadas etc.)?
Existe uma pista exclusiva para isentos, ou eles passam pelas cabines de cobrança
manual?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
V. Observações
Muito obrigado por responder o questionário e auxiliar a pesquisa. Favor retornar o quanto
antes o questionário respondido para <bsfaria@gmail.com>.
130
Anexo: Praça de pedágio em planta
131
Anexo: Praça de pedágio em elevação
132
9.3. APÊNDICE C: CÓDIGO-FONTE DO PROGRAMA – PARTE 1
function pedagio2008a
%PEDAGIO2008a Determina o numero de cabines em uma praca de pedagio.
disp('**********************');
disp('P E D A G I O 2 0 0 8');
disp('**********************');
disp('Autor: Bruno Santana de Faria');
disp('E-mail: bsfaria arroba gmail ponto com');
disp(' ');
disp('Dados de trafego:');
lambda=input('Taxa de chegada (veic/h): '); %3400
mipas=input('Taxa de atendimento manual para veiculos de passeio (veic/h): '); %250
micom=input('Taxa de atendimento manual para veiculos comerciais (veic/h): '); %150
miavi=input('Taxa de atendimento eletronico (veic/h): '); %800
disp(' ');
disp('Nivel de servico:')
ns=lower(input('Nivel de servico desejado (A, B, C, D, E): ', 's'));
escala=1;
while escala==1,
switch ns
case 'a',
tmax=40;
veicmax=1;
escala=0;
case 'b',
tmax=80;
veicmax=2.5;
escala=0;
case 'c',
tmax=140;
veicmax=5;
escala=0;
case 'd',
tmax=220;
veicmax=8.5;
escala=0;
case 'e',
tmax=320;
veicmax=13;
escala=0;
otherwise,
disp('Nivel de servico invalido!');
ns=lower(input('Nivel de servico desejado (A, B, C, D, E): ', 's'));
end;
end;
disp(['Nivel de servico ' upper(ns) ':']);
disp(['Tempo medio no sistema: ' num2str(tmax) ' segundos']);
disp(['Numero medio de veiculos na fila: ' num2str(veicmax) ' veiculos']);
disp(' ');
disp('Pressione ENTER para iniciar os calculos...');
pause;
lambdamanual=lambda.*(.1:.1:1);
mimanual=mipas.*(.1:.1:1)+micom.*(.9:-.1:.0);
cman=zeros(10);
for i=1:10,
for j=1:10,
W=Inf;
Lq=Inf;
r=lambdamanual(i)/mimanual(j);
c=ceil(lambdamanual(i)/mimanual(j));
while W>tmax || Lq>veicmax,
soma1=0;
for n=0:c-1,
soma1=soma1+((r^n)/factorial(n));
end;
ro=r/c;
if ro>=1,
c=c+1;
else
133
soma2=(c*(r^c))/(factorial(c)*(c-r));
P0=1/(soma1+soma2);
Lq=P0*c*r^(c+1)/(factorial(c)*(c-r)^2);
Wq=(r^c)*mimanual(j)*P0/(factorial(c-1)*(c*mimanual(j)-lambdamanual(i))^2);
W=(1/mimanual(j))+Wq;
c=c+1;
end;
end;
cman(i,j)=c-1;
end;
end;
d=(10:10:100)';
c=[0:10:100;d cman];
cman=c;
disp(' ');
disp('NUMERO DE CABINES MANUAIS');
disp('(As colunas indicam a variacao da porcentagem de veiculos de passeio; as linhas,');
disp('a variacao da porcentagem de veiculos que efetuam pagamento manual.');
disp(' ');
disp(cman);
cavi=zeros(10,1);
for i=1:10,
Wq=Inf;
Lq=Inf;
r=lambdamanual(i)/miavi;
c=ceil(lambdamanual(i)/miavi);
while Wq>tmax || Lq>veicmax,
soma1=0;
for n=0:c-1,
soma1=soma1+((r^n)/factorial(n));
end;
ro=r/c;
if ro>=1,
c=c+1;
else
soma2=(r^c)/(factorial(c)*(1-ro));
P0=1/(soma1+soma2);
Lq=P0*((r^c)*ro)/(factorial(c)*((1-ro)^2));
Wq=3600*Lq/lambdamanual(i);
c=c+1;
end;
end;
cavi(i)=c-1;
end;
c=zeros(10,2);
c(:,1)=10:10:100;
c(:,2)=cavi';
cavi=c;
disp('Pressione ENTER para continuar...');
pause;
disp(' ');
disp('NUMERO DE CABINES ELETRONICAS');
disp('(As linhas indicam a variacao da porcentagem de veiculos que');
disp('efetuam pagamento eletronico.');
disp(' ');
disp(cavi);
134
9.4. APÊNDICE D: CÓDIGO-FONTE DO PROGRAMA – PARTE 2
function pedagio2008b
%PEDAGIO2008b Calcula os elementos de layout de uma praca de pedagio.
disp('**********************');
disp('P E D A G I O 2 0 0 8');
disp('**********************');
disp('Autor: Bruno Santana de Faria');
disp('E-mail: bsfaria arroba gmail ponto com');
disp(' ');
disp('Nivel de servico:')
ns=lower(input('Nivel de servico desejado (A, B, C, D, E): ', 's'));
escala=1;
while escala==1,
switch ns
case 'a',
tmax=40;
veicmax=1;
escala=0;
case 'b',
tmax=80;
veicmax=2.5;
escala=0;
case 'c',
tmax=140;
veicmax=5;
escala=0;
case 'd',
tmax=220;
veicmax=8.5;
escala=0;
case 'e',
tmax=320;
veicmax=13;
escala=0;
otherwise,
disp('Nivel de servico invalido!');
ns=lower(input('Nivel de servico desejado (A, B, C, D, E): ', 's'));
end;
end;
disp(['Nivel de servico ' upper(ns) ':']);
disp(['Tempo medio no sistema: ' num2str(tmax) ' segundos']);
disp(['Numero medio de veiculos na fila: ' num2str(veicmax) ' veiculos']);
disp(' ');
disp('Dados da rodovia:');
fluxo=input('Fluxo no horario de pico (veic/h): ');
fpasseio=input('Porcentagem de veiculos de passeio (100%=1): ');
fcomercial=1-fpasseio;
fmanual=input('Porcentagem de pagamento manual (100%=1): ');
favi=1-fmanual;
nfaixas=input('Numero de faixas na rodovia: ');
largfaixa=input('Largura das faixas da rodovia (m): ');
velrod=input('Velocidade na rodovia (km/h): ');
veicpas=input('Comprimento medio de um veiculo de passeio (m): ');
veiccom=input('Comprimento medio de um veiculo comercial (m): ');
disp(' ');
disp('Dados da praca:');
mipasseio=input('Taxa de atendimento manual para veiculos de passeio (veic/h): ');
micomercial=input('Taxa de atendimento manual para veiculos pesados (veic/h): ');
miavi=input('Taxa de atendimento eletronico (veic/h): ');
largpraca=input('Largura de cada faixa na praca (m): ');
largilha=input('Largura das ilhas de cobranca (m): ');
disp(' ');
disp('Pressione qualquer tecla para iniciar os calculos...');
pause;
lambdaavi=fluxo*favi;
lambdamanual=fluxo*fmanual;
mimanual=(mipasseio*fpasseio)+(micomercial*fcomercial);
veicmedio=(veicpas*fpasseio)+(veiccom*fcomercial);
135
disp('-----------------');
disp('NUMERO DE CABINES');
disp('-----------------');
ncab=cavi+cman;
disp(' ');
disp(['Numero de cabines eletronicas: ' num2str(cavi)]);
disp(['Numero de cabines manuais: ' num2str(cman)]);
disp(' ');
disp('Pressione qualquer tecla para continuar...');
pause;
disp(' ');
disp('-------------------');
disp('ZONA DE APROXIMACAO');
disp('-------------------');
disp(' ');
ntran=ceil(log2(ncab/nfaixas));
disp(['Numero de transicoes: ' num2str(ntran)]);
largfped=largilha+largpraca;
disp(['Largura de cada faixa+ilha: ' num2str(largfped) ' metros']);
alarg=largfped-largfaixa;
disp(['Alargamento necessario: ' num2str(alarg) ' metros']);
alarg=alarg/(ntran+1);
disp(['Alargamento em cada trecho: ' num2str(alarg) ' metros']);
136
disp(' ');
disp('Largura de cada faixa em cada transicao');
disp('---------------------------------------');
disp(['Inicio da 1a. transicao: ' num2str(largfaixa) ' metros']);
larg=zeros(ntran,1);
for i=1:ntran,
larg(i)=largfaixa+i*alarg;
disp(['Fim da ' num2str(i) 'a. transicao: ' num2str(larg(i)) ' metros']);
end;
disp(['Fim da area de filas: ' num2str(largfped) ' metros']);
disp(' ');
disp('Velocidades de aproximacao');
disp('--------------------------');
disp(['Velocidade de aproximacao: ' num2str(velrod) ' km/h']);
velred=velrod/(ntran+1);
disp(['Decrescimo de velocidade em cada trecho: ' num2str(velred) ' km/h']);
disp(' ')
disp('Velocidades em cada trecho');
disp('--------------------------');
disp(['Inicio da 1a. transicao: ' num2str(velrod) ' km/h']);
velap=zeros(ntran,1);
for i=1:ntran,
velap(i)=velrod-i*velred;
disp(['Fim da ' num2str(i) 'a. transicao: ' num2str(velap(i)) ' km/h']);
end;
disp(' ');
disp('Numero de faixas em cada trecho');
disp('-------------------------------');
disp(['Inicio da 1a. transicao: ' num2str(nfaixas)]);
nftran=zeros(ntran,1);
for i=1:ntran,
nftran(i)=nfaixas*2^i;
if nftran(i)>ncab,
nftran(i)=ncab;
end;
disp(['Fim da ' num2str(i) 'a. transicao: ' num2str(nftran(i))]);
end;
disp(' ');
disp('Ofsets');
disp('------');
offset(1)=((nftran(1)*larg(1))-(nfaixas*largfaixa))/2;
disp(['Fim do 1o. trecho da transicao: ' num2str(offset(1)) ' metros']);
for i=2:ntran,
offset(i)=((nftran(i)*larg(i))-(nftran(i-1)*larg(i-1)))/2;
disp(['Fim do ' num2str(i) 'o. trecho da transicao: ' num2str(offset(i)) ' metros']);
end;
disp(' ');
disp('Comprimento de cada trecho');
disp('--------------------------');
comptran=zeros(ntran,1);
comptran(1)=(offset(1)*velrod^1.27)/21.5;
disp(['1o. trecho da area de transicao: ' num2str(comptran(1)) ' metros']);
for i=2:ntran,
comptran(i)=(offset(i)*velap(i-1)^1.27)/21.5;
disp([num2str(i) 'o. trecho da area de transicao: ' num2str(comptran(i)) ' metros']);
end;
disp(' ');
comptrantotal=sum(comptran);
disp(['Comprimento total da area de transicao: ' num2str(comptrantotal) ' metros']);
comptranmin=velrod^2.17/72;
disp(['Comprimento minimo da area de transicao: ' num2str(comptranmin) ' metros']);
if comptrantotal>=comptranmin,
disp('OK!');
else
disp(' ');
disp('Corrigindo...');
comptran2=zeros(ntran,1);
for i=1:ntran,
comptran2(i)=comptran(i)*comptranmin/comptrantotal;
disp([num2str(i) 'o. trecho da area de transicao: ' num2str(comptran2(i)) ' metros']);
end;
comptran=comptran2;
end;
disp(' ')
disp('Area de filas')
137
disp('-------------');
compfilas=Lq*veicmedio;
disp(['Comprimento da Area de filas: ' num2str(compfilas) ' metros']);
disp('Comprimento minimo da Area de filas: 61 metros');
if compfilas<61,
disp(' ');
compfilas=61;
disp('Corrigindo...');
disp('Comprimento da Area de filas: 61 metros');
end;
compap=[comptran; compfilas];
disp(' ');
disp('Raio de concordancia');
disp('--------------------');
raioconc1=(velrod^2.67)/164;
disp(['Raio de concordancia: ' num2str(raioconc1) ' metros']);
disp(' ');
disp('-------------------');
disp('ZONA DE AFASTAMENTO');
disp('-------------------');
disp(' ');
disp('Area de recuperacao');
disp('-------------------');
recup=(1.2*velrod)-23;
if recup<0,
recup=0;
end;
disp(['Comprimento da area de recuperacao: ' num2str(recup) ' metros']);
disp(' ');
ntran=ceil(log2(ncab/nfaixas));
disp(['Numero de transicoes: ' num2str(ntran)]);
largfped=largilha+largpraca;
disp(['Largura de cada faixa+ilha: ' num2str(largfped) ' metros']);
estreit=largfped-largfaixa;
disp(['Estreitamento necessario: ' num2str(estreit) ' metros']);
estreit=estreit/(ntran+1);
disp(['Estreitamento em cada trecho: ' num2str(estreit) ' metros']);
disp(' ');
disp('Largura de cada faixa em cada transicao');
disp('---------------------------------------');
disp(['Inicio da area de recuperacao: ' num2str(largfped) ' metros']);
larg=zeros(ntran+1,1);
larg(1)=largfped-estreit;
disp(['Fim da area de recuperacao: ' num2str(larg(1)) ' metros']);
for i=2:ntran+1,
larg(i)=largfped-i*estreit;
disp(['Fim da ' num2str(i-1) 'a. transicao: ' num2str(larg(i)) ' metros']);
end;
disp(' ');
disp('Velocidades de afastamento');
disp('--------------------------');
disp(['Velocidade de afastamento: ' num2str(velrod) ' km/h']);
velac=velrod/(ntran+1);
disp(['Acrescimo de velocidade em cada trecho: ' num2str(velred) ' km/h']);
disp(' ')
disp('Velocidades em cada trecho');
disp('--------------------------');
disp(['Fim da area de recuperacao: ' num2str(velac) ' km/h']);
velaf=zeros(ntran,1);
for i=1:ntran,
velaf(i)=velac*(i+1);
disp(['Fim da ' num2str(i) 'a. transicao: ' num2str(velaf(i)) ' km/h']);
end;
disp(' ');
disp('Numero de faixas em cada trecho');
disp('-------------------------------');
disp(['Fim da area de recuperacao: ' num2str(ncab)]);
nftran=zeros(ntran,1);
for i=ntran:-1:1,
nftran(i)=nfaixas*2^(ntran-i);
end;
for i=1:ntran,
disp(['Fim da ' num2str(i) 'a. transicao: ' num2str(nftran(i))]);
end;
138
disp(' ');
disp('Ofsets');
disp('------');
offset(1)=((ncab*larg(1))-(nftran(1)*larg(2)))/2;
disp(['Fim do 1o. trecho da transicao: ' num2str(offset(1)) ' metros']);
for i=2:ntran,
offset(i)=((nftran(i-1)*larg(i))-(nftran(i)*larg(i+1)))/2;
disp(['Fim do ' num2str(i) 'o. trecho da transicao: ' num2str(offset(i)) ' metros']);
end;
disp(' ');
disp('Comprimento de cada trecho');
disp('--------------------------');
comptran(1)=(offset(1)*velac^1.57)/47.5;
disp(['1o. trecho da area de transicao: ' num2str(comptran(1)) ' metros']);
for i=2:ntran,
comptran(i)=(offset(i)*velaf(i-1)^1.57)/47.5;
disp([num2str(i) 'o. trecho da area de transicao: ' num2str(comptran(i)) ' metros']);
end;
compaf=[recup; comptran];
disp(' ');
disp('Raio de concordancia');
disp('--------------------');
raioconc2=(velrod^2.64)/143;
disp(['Raio de concordancia: ' num2str(raioconc2) ' metros']);
disp(' ');
disp('Pressione qualquer tecla para continuar...');
pause;
disp(' ');
disp('---------------------');
disp('RESUMO DOS RESULTADOS');
disp('---------------------');
disp(' ');
disp('Zona de aproximacao:');
for i=1:ntran,
disp([num2str(i) 'a. transicao: ' num2str(compap(i)) ' metros']);
end;
disp(['Area de filas: ' num2str(compap(ntran+1)) ' metros']);
disp(['Raio de concordancia: ' num2str(raioconc1) ' metros']);
disp(' ');
disp('Zona de afastamento:');
disp(['Area de recuperacao: ' num2str(recup) ' metros']);
for i=2:ntran+1,
disp([num2str(i-1) 'a. transicao: ' num2str(compaf(i)) ' metros']);
end;
disp(['Raio de concordancia: ' num2str(raioconc2) ' metros']);
disp(' ');
disp('Pressione qualquer tecla para finalizar o programa...');
pause;
139
9.5. APÊNDICE E: EXEMPLO DE DADOS DE SAÍDA DO PROGRAMA – PARTE 1
>> pedagio2008a
**********************
P E D A G I O 2 0 0 8
**********************
Autor: Bruno Santana de Faria
E-mail: bsfaria arroba gmail ponto com
Dados de trafego:
Taxa de chegada (veic/h): 3400
Taxa de atendimento manual para veiculos de passeio (veic/h): 250
Taxa de atendimento manual para veiculos pesados (veic/h): 150
Taxa de atendimento eletronico (veic/h): 800
Nivel de servico:
Nivel de servico desejado (A, B, C, D, E): d
Nivel de servico D:
Tempo medio no sistema: 220 segundos
Numero medio de veiculos na fila: 8.5 veiculos
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
10 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2
20 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4
30 8 7 7 7 6 6 6 5 5 5
40 10 9 9 8 8 8 7 7 7 7
50 12 12 11 10 10 10 9 9 8 8
60 15 14 13 12 12 11 11 10 10 10
70 17 16 15 14 14 13 12 12 12 11
80 19 18 17 16 16 15 14 14 13 13
90 21 20 19 18 17 17 16 15 15 14
100 24 22 21 20 19 18 18 17 16 16
10 1
20 1
30 2
40 2
50 3
60 3
70 4
80 4
90 5
100 5
140
9.6. APÊNDICE F: EXEMPLO DE DADOS DE SAÍDA DO PROGRAMA – PARTE 2
>> pedagio2008b
**********************
P E D A G I O 2 0 0 8
**********************
Autor: Bruno Santana de Faria
E-mail: bsfaria arroba gmail ponto com
Nivel de servico:
Nivel de servico desejado (A, B, C, D, E): d
Nivel de servico D:
Tempo medio no sistema: 220 segundos
Numero medio de veiculos na fila: 8.5 veiculos
Dados da rodovia:
Fluxo no horario de pico (veic/h): 3400
Porcentagem de veiculos de passeio (100%=1): .65
Porcentagem de pagamento manual (100%=1): .65
Numero de faixas na rodovia: 3
Largura das faixas da rodovia (m): 3.6
Velocidade na rodovia (km/h): 80
Comprimento medio de um veiculo de passeio (m): 4.5
Comprimento medio de um veiculo comercial (m): 12
Dados da praca:
Taxa de atendimento manual para veiculos de passeio (veic/h): 250
Taxa de atendimento manual para veiculos pesados (veic/h): 150
Taxa de atendimento eletronico (veic/h): 800
Largura de cada faixa na praca (m): 3
Largura das ilhas de cobranca (m): 1.8
11 cabines:
Lq= 10.8967 veic
Wq= 17.7503 s
12 cabines:
Lq= 3.0546 veic
Wq= 4.9757 s
OK!
2 cabines:
Lq= 1.8415 veic
Wq= 5.5708 s
OK!
-------------------
ZONA DE APROXIMACAO
-------------------
Numero de transicoes: 3
Largura de cada faixa+ilha: 4.8 metros
141
Alargamento necessario: 1.2 metros
Alargamento em cada trecho: 0.3 metros
Velocidades de aproximacao
--------------------------
Velocidade de aproximacao: 80 km/h
Decrescimo de velocidade em cada trecho: 20 km/h
Ofsets
------
Fim do 1o. trecho da transicao: 6.3 metros
Fim do 2o. trecho da transicao: 13.5 metros
Fim do 3o. trecho da transicao: 6.3 metros
Area de filas
-------------
Comprimento da Area de filas: 21.7793 metros
Comprimento minimo da Area de filas: 61 metros
Corrigindo...
Comprimento da Area de filas: 61 metros
Raio de concordancia
--------------------
Raio de concordancia: 735.2016 metros
-------------------
ZONA DE AFASTAMENTO
-------------------
Area de recuperacao
-------------------
Comprimento da area de recuperacao: 73 metros
Numero de transicoes: 3
142
Largura de cada faixa+ilha: 4.8 metros
Estreitamento necessario: 1.2 metros
Estreitamento em cada trecho: 0.3 metros
Velocidades de afastamento
--------------------------
Velocidade de afastamento: 80 km/h
Acrescimo de velocidade em cada trecho: 20 km/h
Ofsets
------
Fim do 1o. trecho da transicao: 6.3 metros
Fim do 2o. trecho da transicao: 13.5 metros
Fim do 3o. trecho da transicao: 6.3 metros
Raio de concordancia
--------------------
Raio de concordancia: 739.3014 metros
---------------------
RESUMO DOS RESULTADOS
---------------------
Zona de aproximacao:
1a. transicao: 76.5291 metros
2a. transicao: 113.8013 metros
3a. transicao: 31.7335 metros
Area de filas: 61 metros
Raio de concordancia: 735.2016 metros
Zona de afastamento:
Area de recuperacao: 73.0000 metros
1a. transicao: 14.6307 metros
2a. transicao: 93.0839 metros
3a. transicao: 82.1002 metros
Raio de concordancia: 739.3014 metros
143
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )