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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO

HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS


Profa. Eleonora Domenico - 1º semestre de 2009

APOSTILA 8: A renascença

Adaptado de:
CAPRA, Fritjof. A ciência de Leonardo da Vinci: um profundo mergulho na mente do grande gênio da Renascença. São
Paulo: Cultrix, 2008.
CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 2004.
GARBI, Gilberto G. A rainha das ciências: um passeio pelo maravilhoso mundo da matemática. São Paulo: Editora Livraria da
Física, 2007.
RONAN, Colin A. História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge, volume 3: da Renascença a Revolução
Científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

Ilustração extraída do “Livro dos Peixes Marinhos”, de


Rondelet (foi médico, e professor de Medicina e Anatomia na
França; sua obra é resultado do seu interesse em Biologia
Marinha).

Dois esboços Anatômicos de Leonardo da Vinci (1452-1519),


mostrando o detalhado conhecimento obtido a partir de repetidas e
cuidadosas dissecções de cadáveres. Nesses estudos ele levou a anatomia
muito além dos limites de sua época, mas grande parte de seu trabalho
esteve perdido durante muitos séculos. Os esboços estão depositados na
Biblioteca Real do Castelo de Windsor, na Inglaterra - o Castelo de Windsor é
um símbolo da monarquia britânica há 900 anos.

Fatores que contribuíram para o início da Renascença


1. Descoberta das Américas: A arte da navegação em alto-mar
induziu uma nova perspectiva científica entre os estudiosos da
renascença.

2. Invenção da Imprensa: Prensa tipográfica de 1522; a difusão da


impressão nos setenta anos anteriores acelerou a criação de uma
comunidade de cientistas, fazendo com que as idéias e ilustrações
científicas se tornassem disponível a um grande número de pessoas.
O papel como conhecemos surgiu na China no início do século 2,
através de um oficial da corte chinesa, a partir do córtex de plantas, A caravela usada por Colombo, de acordo com uma
tecidos velhos e fragmentos de rede de pesca. A técnica baseava-se no tapeçaria contemporânea.
cozimento de fibras do líber (floema) estendidas por martelos de
madeira até se formar uma fina camada de fibras. Posteriormente, as fibras eram misturadas com água em uma caixa de
madeira até se transformar numa pasta. Mas a invenção levou muito tempo até chegar ao Ocidente.

O papel é considerado o principal suporte para divulgação das informações e conhecimento humano. Dados
históricos mostram que o papel foi muito difundido entre os árabes, e que foram eles os responsáveis pela instalação da
primeira fábrica de papel na cidade de Játiva, Espanha, em 1150 após a invasão da Península Ibérica. No final da Idade
Média, a importância do papel cresceu com a expansão do comércio europeu e tornou-se produto essencial para a
administração pública e para a divulgação literária. Johann Gutenberg inventou o processo de impressão com caracteres
móveis - a tipografia. Nascido, em 1397, da cidade de Mogúncia, Alemanha, trabalhava na Casa da Moeda onde
aprendeu a arte de trabalhos em metal. Em 1428, Gutenbergparte para Estrasburgo, onde fez as primeiras tentativa de
impressão.

A tipografia clássica baseia-se em pequenas peças de madeira ou metal com relevos de letras e símbolos — os tipos
móveis. Tipos rudimentares foram inventados inicialmente pelos chineses. Mas, no século XV, foram redescobertos, por
Johann Gutenberg, com a invenção da prensa tipográfica. A diferença entre os tipos chineses e os de Gutenberg é que
os primeiros não eram reutilizáveis. A reutilização dos mesmos tipos para compor diferentes textos mostrou-se eficaz e é
utilizada até aos dias de hoje, constituindo a base da imprensa durante muitos séculos. Essa revolução que deu início à
comunicação em massa, foi cunhada pelo teórico Marshall McLuhan como o início do “homem tipográfico”.

3. Reforma Protestante: Martinho Lutero (1483-1546) mestre em filosofia,


doutor em teologia e monge agostiniano, em outubro de 1517, queimou a bula
papal (as doutrinas de "Tesouraria da Igreja" e "Tesouraria dos Merecimentos",
que serviam para reforçar a doutrina e venda e das indulgências, haviam se
baseado na bula papal de 1343, do Papa Clemente VI). Publicou as 95 teses que
marcaram o início da Reforma Protestante. Martinho Lutero opôs-se aos abusos
que a Igreja cometia ao conceder indulgências em troca de contribuições
materiais para a construção da Catedral de São Pedro em Roma. Banido da
Igreja em 1521, iniciou a tradução da bíblia para o alemão e começou a organizar
sua igreja. Isso significou uma significativa modificação nos princípios da Igreja
de Roma e no poder do clero. Os reformadores buscavam maior liberdade de
pensamento, a restauração da disciplina da Igreja e a diminuição do controle
dogmático exercido por ela.

A Ilustração na Renascença
A Renascença viu surgir, no campo da arte, um novo dogma de teoria Martinho Lutero (1483-1546) mestre em
estética, segundo o qual uma obra de arte é uma representação direta e fiel filosofia, doutor em teologia e monge
dos fenômenos naturais. Essa concepção exigia que o artista se familiarizasse agostiniano.
com a estrutura e as propriedades físicas dos fenômenos naturais a fim de retratá-la objetivamente. Para tanto, era
necessário o conhecimento da perspectiva e da matemática, as quais propiciariam a obtenção da exatidão
representativa. A arte torna-se científica.
Biologia na Renascença

I. Ilustrações em Botânica e Zoologia

Albrecht Dürer (1471-1528)

Albrecht Dürer nasceu em 1471 em Nurenberg (Alemanha) e foi a figura central da Renascença alemã. Estudou
com o seu pai, um ourives húngaro que emigrou para a Alemanha, e em 1486 começou a pintar. Tornou-se aprendiz do
pintor Michael Wolgumut com quem iniciou os seus trabalhos de gravura em madeira e cobre. Dürer inspirou-se nos
trabalhos dos pintores dos dois maiores centros artísticos europeus (Itália e Holanda), mas sendo muito mais inovador. A
partir de 1940 Dürer viajou bastante para estudar, passando nomeadamente por Itália e Antuérpia.

Dürer também estava convencido de que a nova arte da Renascença devia basear-se na ciência. Suas obras
artísticas envolviam proporção e disposição gráfica, revelando a ênfase que despendia à matemática. Por exemplo, com
relação à gravura Adão e Eva, Dürer descreveu intrincadas construções de régua e compasso que ele utilizou para
construir as figuras.

Em 1508, começa a coleccionar material para um dos maiores trabalhos na matemática e na sua aplicação à arte
e, posteriormente, em 1514, realiza uma das mais famosas gravuras: Melancolia. Na imagem, as faces do poliedro
aparentam consistir em dois triângulos equiláteros e seis pentágonos regulares. Há ainda um quadrado mágico que
Dürer introduziu no canto superior direito, o primeiro visto na Europa. Um quadrado mágico é um arranjo de números
inteiros, em linhas e colunas, de tal maneira que os números em cada linha, em cada coluna e em diagonal têm sempre
igual soma, a chamada soma mágica (na 1ª linha, 16 + 3 + 2 + 13 = 34; na 2ª coluna: 3 + 10 + 6 + 15 = 34; na diagonal:
16 + 10 + 7 + 1 = 34; e assim sucessivamente). O quadrado de Dürer tem ainda a particularidade de, por via simbólica,
através da asa do anjo, indicar a data em que a gravura foi executada: 1514, o conjunto dos quatro algarismos centrais
da última linha.

Seus livros versavam sobre questões técnicas: Instruções para medições à régua e compasso (1525), que
tratava da Matemática e das explicações necessárias para entender sua terceira obra; Tratados sobre fortificações
(1527), obra de referência da Arquitetura; Sobre a proporção do corpo humano (1528, publicado logo após sua morte),
que era baseado em sólidos princípios ópticos.

Em sua época, Düher conquistou prestígio por seus trabalhos com matemática e ótica e com suas pinturas e
desenhos. Com esta última atividade, conseguiu prestígio comercial, de modo que ganhou bastante dinheiro com a arte.
Suas composições que representam figuras botânicas e zoológicas apresentam precisão científica, uma tendência da
época, também observada nos trabalhos de Leonardo da Vinci. Dürer fazia parte da nova revolução científica dentro da
Renascença, que tinha como base a observação e interpretação científica dos elementos biológicos representados.
II. Principais Autores de Obras em Botânica

1. Otto Brunfels (1488-1534)

Otto Brunfels nasceu em Mogúncia (cidade alemã). Graduou-se na sua cidade


natal, da qual partiu para um mosteiro de Estrasburgo (França). Em 1521, trocou a fé
católica pelo luteranismo. Após um período como pastor luterano, abriu sua própria escola
em Estrasburgo.

Apesar de seus numerosos trabalhos em teologia, Brunfels publicou trabalhos em


pedagogia, idioma árabe, farmacêutica e botânica. Ele é freqüentemente chamado de pai
da botânica, porque em seus trabalhos na área ela não só baseia-se nos autores que o
precederam, como também em sua própria observação.

Em suas obras, Ilustrações Vivas de Plantas (em três volumes), há descrições e


informações sobre a distribuição geográfica de plantas, bem como, esboços acurados de
Helloborus niger de Ilustrações 238 espécies desenhados pelo artista Hans Weditz. As ilustrações mostram uma
Vivas de Plantas. combinação de encanto estético e precisão científica.
2. Jerome Bock (1498-1554)

Educado como católico, Jerome Bock também se


voltou para o luteranismo e atuou, por algum tempo,
como médico, o que indica que provavelmente recebeu
uma educação formal em medicina.

Tornou-se célebre no campo de botânica com seu


trabalho Novo Livro das Plantas, que foi publicado em
1539 e assinalou um marco na botânica. Bock utilizou
uma nova concepção para abordar o assunto: além de
fornecer descrições, escreve sobre o modo de vida das
espécies de planta e tenta estabelecer ligações de
semelhança entre as diferentes espécies.

Todavia, a primeira edição de sua obra não


despertou muito interesse, porque não tinha ilustrações
e porque toda a atenção estava voltada para as obras
de Brunfels. Somente em 1546, quando foi publicada
uma edição ilustrada por David Kandel, Bock foi
merecidamente reconhecido.

3. Leonhard Fuchs (1501-1566)

Leonhard Fuchs era também médico e luterano. Nasceu na Baviera (Alemanha). Até 1533 atuou como médico,
passando então a lecionar medicina na faculdade de Tübingen (Alemanha), onde passou os últimos trinta anos de sua
vida e faleceu, em 1566. Fuchs é lembrado pelo seu trabalho sobre ervas medicinais, intitulado A História Natural das
Plantas, uma obra ricamente ilustrada por Heinrich Füllmaurer e Albrecht Meyer. As xilogravuras (técnica de gravura na
qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte
adequado) foram feitas Rudolph Speckle. A História Natural das Plantas notabilizou-se por tentar estabelecer um sistema
de nomenclatura botânica. Além disso, o autor apresenta seu texto em ordem alfabética, o que facilita enormemente sua
consulta.
III. Principais Autores de Obras em Zoologia

1. Pierre Belon (1517-1564)

Pierre Belon nasceu na França e recebeu instruções como farmacêutico como farmacêutico em Paris. Em
Wittenberg (Alemanha) conheceu o botânico Valerius Cordus, com o qual viajou pela Inglaterra. Em seu retorno a
França, tornou-se protegido do bispo Le Mans e conquistou um lugar na corte do rei Carlo IX, o qual concedeu-lhe uma
pensão do Estado. Em 1546, partiu para uma expedição científica, visitando a Grécia, Ásia Menor, Egito e Oriente Médio,
retornando em 1549. Com base em suas observações e ilustrações feitas durante a viagem, publicou três livros:

▬ A História Natural de Estranhos Peixes Marinhos (1551) – que contém a classificação de peixes e cetáceos
(golfinhos e baleias). Nesta obra ele reconheceu a presença de glândulas mamárias nos cetáceos, concluindo que
estava lidando com mamíferos que respiravam o ar atmosférico, apesar de habitarem os oceanos.

▬ Sobre a Vida Aquática (1553) – outro catálogo com descrição de animais marinhos.

▬ A História e a Natureza dos Pássaros (1555) – Livro que lhe conferiu maior fama. Nele, Belon fez um detalhado
estudo anatômico das aves, comparando-as com esqueletos humanos. Seu pioneirismo nesse campo lhe valeu o título
de “pai da anatomia comparada”.

Prancha comparando um esqueleto humano com o esqueleto de uma ave. Extraído de A História
e a Natureza dos Pássaros.

2. Guillaume Rondelet (1507-1566)

Guillaume Rondelet freqüentou a Universidade de Paris para estudar humanidades, mas não se adaptou a esse
campo, transferindo-se para a faculdade de medicina. Tornou-se um médico notável e foi professor de Medicina e
Anatomia na França. Seu grande interesse em Biologia Marinha teve como produto sua obra Livro dos Peixes
Marinhos publicado em 1554. No livro, Rondelet descreveu os sistemas respiratório, digestivo e reprodutivo dos animais
estudados e tentou relacionar função com ambiente. Foi o primeiro a descrever a bexiga natatória dos peixes. Seu livro
contém descrições de mais de trezentas espécies de organismos aquáticos (desde equinodermos, como o ouriço, até
mamíferos, como o golfinho), sendo a maior parte delas ilustradas.
IV. Ciência Médica

1. André Vesálio (1514-1564)

André Vesálio nasceu em Bruxelas (Bélgica). No período de 1528 a 1533, estudou na Universidade de Louvain
(Bélgica), onde recebeu sólidas bases de latim e, possivelmente, algumas noções de grego, e deu continuidade à leitura,
iniciada em casa, das obras científicas dos escritores medievais.

Em 1533, Vesálio transferiu-se para a Faculdade de Medicina de Paris, onde dedicou particular atenção à
anatomia. Após permanecer aproximadamente três anos em Paris, Vesálio deixou a Escola de Medicina sem se graduar
e retornou a Louvain. A causa de sua partida foi a eclosão da guerra entre a França e o Sacro Império Romano
Germânico.

Após completar seu bacharelado em Louvain, Vesálio se dirigiu em 1535 à Universidade Pádua (Itália), a mais
imponente faculdade de medicina da época, que também atuava como centro da renascença científica, destacando-se
ainda nas artes, na literatura e na filosofia.

Em Pádua, recebeu o título de doutor e assumiu o posto de assistente em cirurgia e anatomia. Vesálio conduzia
dissecções para ensinar anatomia aos estudantes da Universidade. Dissecava tanto corpos de animais como de
humanos. Em 1539, foi auxiliado por Marcantonio Contarini, juiz da corte criminal de Pádua, que lhe colocava a
disposição os corpos dos criminosos executados.

Em 1543, publicou A Organização do Corpo Humano, uma obra que contou com a colaboração dos melhores
desenhistas e xilógrafos e que se tornou modelo do que havia de melhor na produção de livros da Renascença. O livro
abrange sete seções: a primeira refere-se a ossos e articulações, a segunda trata de músculos e é a seção mais famosa
por suas ilustrações, a terceira menciona o coração e o sistema circulatório, a quarta abrange os nervos, a quinta refere-
se aos órgãos abdominais, a sexta inclui os órgãos torácicos e a sétima Seção descreve o cérebro e mostra partes
jamais descritas. A Organização do Corpo Humano representa um dos mais notáveis livros científicos escritos e
certamente constituiu um marco no nosso conhecimento do corpo humano.
Uma lição de anatomia de André Vesálio em Pádua. O professor faz conferência enquanto o
assistente demonstra o que está sendo descrito. Frontispício do livro A Organização do
Corpo Humano.
2. Gabriele Falópio (1523-1562)

● Estudou medicina em Ferrara (Itália) e se tornou professor de anatomia naquela cidade e, posteriormente, em
Pisa e em Pádua, onde trabalhou com André Vesálio.

● Falópio escreveu em 1561 a obra Observações anatômicas, na qual corrige alguns erros presentes em A
Organização do Corpo Humano, e descreve o aparelho reprodutor e o desenvolvimento do feto. A denominação trompas
de Falópio, que refere-se aos canais que ligam os ovários ao útero, é uma homenagem a esse autor, o qual descobriu
essa estrutura.

3. Bartolommeo Eustacchio (1500 a 1510 – 1574)


● Foi um anatomista italiano, perito em árabe hebraico e grego. Produziu uma série de trabalhos, que defendiam e
aperfeiçoavam as idéias de Galeno (médico da cultura greco-romana): O Exame dos Osso, O Movimento da Cabeça, A
Estrutura do A Estrutura do Rim e O Órgão da Audição. Os dois primeiros se opunham as idéias de Vesálio.

● Descreveu uma estrutura desconhecida do ouvido médio, que o conecta a faringe e que atualmente é conhecida
como trompa de Eustáquio.

V. Leonardo da Vinci (1452-1519)

Leonardo da Vinci, nasceu no vilarejo de Vinci, situado a cerca de 30km de


Florença (Itália). Leonardo da Vinci era filho ilegítimo, o que limitava suas opções de
carreira. Por esta razão, não teve instrução universitária e não teve um aprendizado
formal em latim. Aprendeu pintura e desenho e as habilidades de ourives e escultor no
ateliê de Andrea del Verrocchio, em Florença. Lá iniciou seus conhecimentos de
arquitetura e engenharia e adquiriu o hábito de anotar suas idéias e trabalhos em
cadernos de notas. Seu conhecimento de latim e das ciências foi adquirido de modo
autodidata. Todos esses fatores dificultaram a publicação da obra de Leonardo.

Sua pesquisa científica extremamente inovadora, precisa, empírica e a frente de


seu tempo, mas ficou dispersa e pulverizada em uma série de observações esparsas e
apontamentos escritos para si mesmo. Ele tentou publicar seus estudos e passou os
últimos anos de sua vida dedicando-se à organização de seus cadernos de notas, mas
não pôde concluir esse trabalho antes de sua morte. Acredita-se que a coleção
completa de seus cadernos de anotações tenha cerca de 13 mil páginas. Eles
permaneceram obscuros até o século XIX. Hoje restam pouco mais de seis mil. Seus
manuscritos se encontram em bibliotecas e museus, alguns disponíveis em edições
modernas com transcrições.

Começou seu aprendizado como artista aos 15 anos em Florença. Passou


doze anos no ateliê de Verocchio onde aprendeu habilidades artísticas e técnicas. Auto-retrato de Leonardo, c.
Ainda em Florença, atuou como pintor, escultor e projetista. Em 1480, foi para Milão, 1512, Biblioteca Real, Turim.
uma cidade cuja cultura estava ligada às grandes universidades cuja ênfase estava
nos estudo do mundo físico através da ciência. Neste ambiente, Leonardo passou a uma abordagem mais analítica e
sistemática da natureza.

Ao oferecer seus serviços de projetista de armas e engenheiro para a corte de Sforza (de Milão) e ser recusado,
Leonardo percebeu que a ausência de educação formal havia se tornado para ele uma desvantagem. Iniciou então seu
extenso programa autodidático. Tentou ampliar seu vocabulário latino (o italiano não era uma língua literária e Leonardo
inicialmente não sabia latim). Começou a formar uma biblioteca pessoal (que chegou a conter cerca de 200 livros, um
número razoável para um erudito da Renascença). Os assuntos de seus livros incluíam matemática, astronomia,
anatomia e medicina, história natural, geografia e geologia, bem como arquitetura e ciência militar.

Com a reputação com pintor e a influência de amigos que conquistou Leonardo conseguiu aceitação gradual na
corte, passando a receber encomendas (entre elas uma escultura de um cavalo e A última ceia).

A Última ceia de Leonardo é


dramaticamente diferente das
representações anteriores do tema. De
fato, ficou famosa por toda a Europa
imediatamente após sua conclusão.
A obra deveria ser um grande afresco para o refeitório
de Santa Maria delle Grazie, em Milão. Demonstrando
domínio de geometria, Leonardo concebeu uma séria de
paradoxos visuais que fez com que a sala onde estava a
Última ceia parecer uma extensão do próprio refeitório. A
Última ceia era tradicionalmente representada no momento
da comunhão , mas Leonardo escolheu o momento em que
Jesus diz: “Um de vós me trairá.” As palavras de cristo
provoca uma comoção no grupo solene. Judas, o terceiro
homem a direita de Jesus, forma um grupo com Pedro e
João. Ele pode ser reconhecido imediatamente, encolhendo-
se para trás da sombra de João e apertando sua bolsa de
moedas com nervosismo.

Após retornar à Florença,em 1502, foi contratado para


viajar pela Itália Central pelo comandante militar César para
inspecionar as fortificações da cidade e sugerir melhorias.
Plano da cidade de Imola, c. 1502, Museo Vinciano.
Neste período, Leonardo desenhou mapas detalhados e
interessou-se pelo estudo do vôo dos pássaros.

Leonardo foi fundador de muitas idéias científicas modernas. A história da ciência poderia ter sido diferente se sua
trabalhos fossem encontrados e estudados logo após sua morte.

• Projetos arquitetônicos: Leonardo produziu diversos projetos para vilas, palácios, templos e catedrais. Como
projetista, Leonardo empregava técnicas inovadoras que não existiam em seu tempo. Trabalhou em projetos de
canalização, irrigação, drenagem de pântanos e uso da força hidráulica para bombeamento e moagem.

• Botânica: Listou diferentes espécies de plantas,


registrando suas características essenciais em desenhos e
diagramas. Os estudos das formas vivas iniciaram-se com a
aparência que elas tinham ao olhar do pintor e prosseguiram
como investigações detalhadas de sua natureza intrínseca.

• Matemática e física: Estudo do fluxo da água (Leonardo


reconhecia o papel vital da água para a manutenção da vida: “É a
expansão e o humor de todos os corpos vivos”, escreveu). Suas
análises e desenhos de fluxo de água e do ar, de redemoinhos e
de padrões de turbulência estabelecem Leonardo como pioneiro
do estudo da dinâmica dos fluidos. Estudo de progressões
geométricas em sequências de que revela o conhecimento da
geometria euclidiana. Estudo das transformações das figuras
geométricas, técnica que prenuncia o desenvolvimento do cálculo
integral (desenvolvido por Newton e Leibniz no século XVIII).

• Zoologia: Interessou-se pelo estudo do vôo dos pássaros.


Estudou a anatomia comparada.

• Geografia: Leonardo desenhou mapas detalhados da Itália


Central.

• Anatomia: Foi pioneiro no estudo da anatomia e da


fisiologia dos olhos e do cérebro. Estudou a mecânica dos
músculos, tendões e ossos. Ele participou em autópsias e
produziu muitos desenhos anatômicos extremamente detalhados.
Suas áreas de maior interesse foi o estudo dos osso e tendões e
a mecânica dos movimento e a estrutura e funcionamento do
Codex sobre o vôo dos pássaros, fólio 8r; 1505, cérebro e do olho humano. Fez também magnífico desenhos do
Biblioteca Real, Turim. feto no útero materno comparando com as estruturas reprodutivas
da flor.
• Máquinas e dispositivos mecânicos: projetou numerosas máquinas e dispositivos mecânicos. Muitos não eram
originais, mas invariavelmente apresentavam melhorias e modificações. Entre suas invenções mais extraordinárias
estão: portas automáticas operadas por contrapesos, mobílias dobráveis, odômetro, prensas, máquinas têxteis,
máquinas de guerra (canhões, um tanque blindado movimentado por humanos ou cavalos, bombas de agrupamento etc.)
um submarino, uma máquina a vapor, salva-vidas, pára-quedas, bicicleta, entre outras. Leonardo projetou muitas
máquinas voadoras e perseguiu obstinadamente o objetivo de ver o homem voar. Sua ciência do vôo envolvia diversas
disciplinas, da dinâmica dos fluidos a anatomia humana e de pássaros e engenharia mecânica.

Ao redor do ano 1490, ele produziu um estudo das proporções humanas


baseado no tratado recém-redescoberto do arquiteto romano Vitruvius. Leonardo
debruçou-se sobre o que foi chamado o Homem Vitruviano, o que acabou se
tornando um dos seus trabalhos mais famosos e um símbolo do espírito
renascentista. O Homem Vitruviano é um desenho famoso que acompanhava as
notas que Leonardo da Vinci fez ao redor do ano 1490 num dos seus diários.
Descreve uma figura masculina desnuda separadamente e simultaneamente em
duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado.
A cabeça é calculada como sendo um oitavo da altura total. Às vezes, o desenho
e o texto são chamados de Cânone das Proporções.

Examinando o desenho, pode ser notado que a combinação das posições


dos braços e pernas formam quatro posturas diferentes. As posições com os
braços em cruz e os pés são inscritas juntas no quadrado. Por outro lado, a
posição superior dos braços e das pernas é inscrita no círculo. Isto ilustra o
princípio que na mudança entre as duas posições, o centro aparente da figura
parece se mover, mas de fato o umbigo da figura, que é o verdadeiro centro de
gravidade, permanece imóvel. O Homem Vitruviano é baseado numa famosa
passagem do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio, em que ele descreve as
proporções do corpo humano: um palmo é a largura de quatro dedos, um pé é
a largura de quatro palmos, um antebraço é a largura de seis palmos, a altura O Homem vitruviano.
de um homem é quatro antebraços (24 palmos), um passo é quatro antebraços,
o comprimento dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele, a distância entre o nascimento do cabelo e o
queixo é um décimo da altura de um homem etc.

Da Vinci não publicou e nem distribuiu os conteúdos de seus cadernos. A maioria dos estudiosos acredita que
Leonardo quis publicar os cadernos e fazer com que as sua observações fossem de conhecimento público. Eles
permaneceram obscuros até o século XIX. Leonardo da Vinci foi certamente um homem da ciência, mas, em sua época,
esse aspecto era desconhecido, exceto talvez por alguns íntimos. Em geral, ele era conhecido como mecânico e como
artista e sua ciência só foi compreendida muito após a sua morte. Certamente foi opção sua porque embora não tivesse
intrução formal, a invenção da imprensa estava disponível e ele poderia tê-la utilizado para divulgar seus trabalhos.
Talvez ele o tenha estudado e contemplado para os seus próprios benefícios.

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