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Departamento de Sociologia
Mestrado em Sociologia do Desenvolvimento
Discente:
Ruby Muinde
Docente:
Maputo,
Novembro, 2019
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Faculdade de Letras e Ciências Sociais
Departamento de Sociologia
Mestrado em Sociologia do Desenvolvimento
Maputo,
Novembro, 2019
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Índice
5. Refrência bibliográfica................................................................................................................... 9
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Repensando o desenvolvimento sustentável: que dimensão se afigura prioritária para
Moçambique?
1. Nota introdutória
Neste trabalho, procuramos fazer uma análise que se afigura necessária para repensar o
desenvolvimento sustentável em Moçambique, vendo que dimensão deve ser prioritária no
contexto do nosso país, tendo em mente as noções de fenómeno social total e discurso
interpretativo dominate (DID). O nosso o argumento é, para um país como Moçambique, não pode
emigrar para os grandes desafios do desenvolvimento sustentável, antes de ultrapassar as questões
elementares do prório desenvolvimento. É que Moçambique consta da lista dos paises mais pobres
mundo, logo continua com sério problemas de desenvolvimeno humano (educação e saúde).
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2. O que é desenvolvimento sustentável?
a) dimensão social: se refere a um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida da
população. Estas ações devem diminuir as desigualdades sociais, ampliar os direitos e garantir
acesso aos serviços (educação e saúde principalmente) que visam possibilitar as pessoas acesso
pleno à cidadania. Ou seja, pressupõe a homogeneidade social, distribuição de renda justa,
qualidade social
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e) dimensão ambiental: Respeito pelos ecossistemas naturais.
Tal como deixamos claro na introdução sobre a nossa tese, segundo a qual a prioridade de
Moçambqie deverá ser as dimensões social e política, pois o desenvolvimento sustentável, sendo
um fenómento social total que pressupõe várias perspectivas de análise e materialização,
Moçambique deve procurar contextualiza-lo `a sua realidade, dispindo-se de todos os discursos
interpretativo dominantes, das narrativas vigentes de cunho capitalista ou neoliberalistas.
A proposito, Elisio Macamo1, no seu artigo cujo título coincide com a sua tese “Os ODS são parte
duma máquina de infantilização dos nossos países”, entre vários argumentos refere:
1
Moçambicano, professor catedrático de sociologia e estudos africanos, na Universidade de Basileia, na Suíça.
https://expressodasilhas.cv/pais/2019/08/17/os-ods-sao-parte-duma-maquina-de-infantilizacao-dos-nossos-paises-
elisio-macamo/65269
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Temos, por exemplo, o desafio da transição epidemiológica em África. Num dado
momento da sua história, os europeus transitaram de doenças infecciosas para
doenças crónicas. Nós continuamos com as doenças infecciosas e acrescentámos as
crónicas, largamente por causa da nossa dieta alimentar. Portanto, os desafios na
saúde são gigantescos, porque o acesso à alimentação aumentou. Então, se calhar
não devíamos colocar a questão em termos de resultados, mas sim de processo.
Como devemos pensar os processos de desenvolvimento? Conforme já disse,
devemos pensar neles como algo intrinsicamente aberto. Devemos dar espaço à
criatividade local ao mesmo tempo que resistimos à tirania dos técnicos, sobretudo
dos burocratas internacionais. Isso implica o reforço dos processos políticos locais
como fonte da definição dos problemas a serem abordados.
Entretanto, há uma ideia de que Moçambique diante dos pactos inetrnacionais deve procurar focar-
se para a sua realidade em termos de prioridade, isto é, os ODS’s não podem se substituir à política
nacional, sob pena de a enfraquecerem e, a longo prazo, inviabilizarem a própria agenda de
transformação. (Elisio Macamo)
Portanto, há uma percepção de que para o sucesso do desenvolvimento é necessário, acima de tudo
uma vontade política desmetida, um sistema político funcional.
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Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 924 de 14 de Agosto de 2019.
https://expressodasilhas.cv/topico/objectivos-de-desenvolvimento-sustentavel
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4. Notas finais
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5. Refrência bibliográfica
Bartoli, Henri. (2003): Repensar o Desenvolvimento: Acabar com a Pobreza. Instituto Piajet,
Lisboa